Comentários sobre os Padrões e sobre a Raça FB

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Comentários sobre os Padrões e sobre a Raça FB
Comentários sobre os Padrões e sobre a Raça FB
Aparência Geral: O FB deve ter uma cabeça braquicéfala, ou seja, a
largura do crânio aproxima-se muito do seu comprimento, deve estar em
harmonia com o tronco. Orelhas grandes, grossas, caídas lateralmente
(orelhas de molosso), ou dobradas para trás, mostrando o seu
interior,
focinho largo, forte, comprido (entre 2/3 até quase 1/1 do
comprimento
do crânio), profundo (não pode ser igual ou mais profundo do que a
medida do seu comprimento), dando a impressão de grande, porém,
sempre
proporcional ao crânio, lábios superiores grossos, pendentes
(caídos).
Uma cabeça grande, pesada, maciça, sempre em harmonia com o tronco
(corpo). Tronco forte, largo e profundo, dando a impressão de grande
força concentrada e pronta a ser desencadeada, porém, isso não lhe
anula a agilidade, a leveza dos movimentos livres, ágeis e ritmados.
O
FB pertence ao grupo dos Cães de Esqueleto Convencional. Ossatura
poderosa, harmoniosa, proporcional e compacta. As fêmeas exibem
feminilidade bem pronunciada, diferenciando-se nitidamente dos
machos.
Deve-se punir com mais rigor um macho com aparência feminina do que
uma fêmea com aparência masculina. A figura do Fila é determinada
pela
altura da cernelha mais 10 %, portanto, o comprimento é superior à
altura, isto é, ele é retangular. Tórax mais longo que o abdômen; não
deve parecer comprido, deve ser e parecer ser compacto (nem quadrado,
nem longo). A harmonia deve estar presente em todo o corpo e em todas
as suas partes; volume da cabeça, diâmetro do pescoço, grandeza dos
ombros, massa, ossatura, (caracteres sexuais secundários) devem
revelar o sexo à distância.
Defeitos: Crânio estreito, orelhas muito grandes ou pequenas, de
implantação alta ou de implantação muito baixa, focinho curto ou
comprido tanto quanto ou mais do que o crânio,, lábios superiores
curtos, ossatura leve, figura quadrada, curta e alta, desarmoniosa,
pernas curtas ou pernaltas (pernas mais longas), presença de rugas no
crânio, estando em repouso, falta de substância (massa), movimentação
pesada, dura, sem molejo, igual a um “robot”, abaixo do mínimo de
altura ou acima do máximo, ausência de pele solta, etc..
Figura: O comprimento do corpo do Fila é determinado pela altura da
cernelha mais 10%, portanto o comprimento é superior à altura, isto
é,
ele é retangular, tórax mais longo que o abdômen, não deve parecer
longo, nem comprido, deve ser e parecer ser compacto, sem destacar
qualquer parte das demais. A harmonia deve estar presente em todo o
corpo: volume da cabeça, diâmetro do pescoço, grandeza dos ombros,
massa, ossatura, musculatura, devem revelar o sexo masculino à
distância. A delicadeza da cabeça, da ossatura, denuncia
feminilidade.
Defeitos: figura quadrada, curta, alta, longa ou desarmoniosa; pernas
curtas, leves, pernaltas (pernas longas), ossatura fraca,
excessivamente pesado; compacto sem elegância, principalmente nas
fêmeas (elas podem ser um pouco mais longas).
Caráter e Temperamento: O Fila é um cão dotado de coragem,
determinação e valentia. Não oculta sua aversão (ojeriza) a
estranhos,
nem sua meiguice, obediência, submissão e fidelidade ao dono e sua
família, dócil com os de casa. Extremamente tolerante com as
crianças,
procura com insistência a companhia do dono. De comportamento sereno,
revelando confiança e segurança. Excelente cão de guarda, exímio cão
boiadeiro, sua expressão é de determinação.
Defeitos: Animais medrosos, cauda entre as pernas, olhar aflito,
covardia, sensibilidade negativa ao tiro ou a outro barulho súbito,
nervosismo exagerado, temor procurando a proteção do dono,
agressividade sem motivação, animal assustadiço, etc..
Expressão: Em repouso é calma, nobre e segura. Nunca apresenta olhar
vago ou de enfado. Em atenção, sua expressão é firme e penetrante,
todavia, sempre mostrará obediência.
Defeitos: Falta de confiança, medo, olhar vago ou de enfado, apatia,
etc..
Altura: é errado considerar o Fila como um cão gigante. Cruzamentos
mal orientados, podem produzir cães pernaltas ou acima do tamanho. O
Fila se iguala à altura de muitas raças de tamanho médio. O tamanho
decorre de sua grande massa, ossatura, cabeça, largura, musculatura.
Por isso é importante respeitar as alturas máxima e mínima
estabelecidas no Padrão.
Defeitos: Cães abaixo ou acima do Padrão.
Peso: Apesar de ser uma avaliação difícil e muito subjetiva, como o
Padrão somente estabelece os pesos mínimos, consideramos que o cão
desde que não esteja abaixo desse peso mínimo, estará com bom peso
desde que se movimente adequadamente sem se cansar aos mínimos
esforços.
Defeitos: Cães abaixo do mínimo estabelecido; cães visivelmente
magros
ou gordos (obesos) em incompatibilidade ao porte que ostentar e/ou
dificultando a sua movimentação.
Cor: Basicamente, na atualidade, os cães Fila apresentam-se, a
exemplo
do como já o faziam na época de antes do seu primeiro Padrão, como:
Dourados (amarelos em suas diversas tonalidades), tigrados ou rajados
( rajas pretas sob um fundo em cor sólida) e os pretos (em suas
variadas tonalidades).
Comentário: As listras ou rajas nos cães tigrados não são cheias e
fechadas e sim são formadas de pequenos riscos pretos sobre um fundo
de cor sólida (entre as permitidas). Em alguns cães a quantidade de
rajas é muito maior do que em outros e as rajas podem ser compridas
ou
curtas. Dourado em todas as tonalidades, desde o baio até o dourado
avermelhado (cor de barro). Pode, ou não, apresentar máscara preta. O
detalhe interessante é a simetria do branco nos pés, peito e ponta da
cauda, não podendo exceder a ¼ do total.
Defeitos: manchetados, manchados, branco, cinza rato, malhado, preto
e
castanho (“black and tan”) e azul, mais de ¼ de branco, e branco em
lugares diferentes do permitido.
Pele: É grossa, solta, veste todo o corpo do Fila. Todas as sobras
ficam penduradas, aparecendo nas partes baixas; formando-se na
garganta (pescoço) duas barbelas (dobras de pele paralelas entre si e
no sentido longitudinal ao corpo), as quais, às vezes, estendem-se
pelo corpo e abdômen. Alguns apresentam dobras na face, pescoço e
cernelha. Assim, sendo, a testa não deve apresentar rugas, não
estando
em atenção. Convém repetir: o fila por ter a pele solta, grossa e
pesada, leva os seus excessos embaixo do pescoço, pela mesma razão a
comissura labial deve ser aparente. Cães com a pele solta, ao
movimentarem-se, esta se movimenta para a frente e para trás,
inclusive lateralmente, principalmente quando a passo.
Defeitos: Ausência de pele solta (pele esticada), pele fina, ausência
de barbelas, testa ou crânio enrugados (apresentando rugas mesmo sem
o
cão estar em atenção), papada (dobra de pele, porém no sentido
transversal ao do corpo).
Pelagem: Apesar da pelagem ser formada de pêlos curtos, bem
assentados, macios e espessos, é formada de pêlos grossos, também se
sentindo isso ao tato.
Defeitos: Pelagem longa, principalmente nas pernas, cauda, dorso,
orelhas, pêlo muito fino.
Cabeça: O capítulo mais importante e que serve de distinção entre as
raças é o da cabeça. No Fila não é diferente. Apesar do Padrão dizer:
grande, pesada e maciça, isso não autoriza os exageros, pois deve
sempre estar em harmonia com o tronco (corpo), de modo algum deve
atrair a atenção do observador. Se alguma coisa se sobressair, ou há
exagero nessa ou do restante. Se um Fila tem uma cabeça que se
sobressai muito, ou ela (cabeça) é grande para aquele corpo, ou o
corpo é fraco demais para a cabeça. No Fila grande e pesada, deve ser
entendido no sentido de que nunca deve parecer pequena e leve, mas
harmoniosa com o tronco, principalmente nos machos..
A relação crânio e focinho, este deve ser ligeiramente menor do que o
crânio, guardando aproximadamente uma proporção de 1:1 O Padrão exige
que se mantenha próximo a proporção citada. A orelha deve ser, e
parecer ser, grande e pesada, pendente, em forma de “V”, larga,
inserida na altura da linha média dos olhos, quando em repouso e com
a
linha superior longitudinal do crânio bem nivelada com a linha do
horizonte (horizontalizada); seu tamanho deve ser considerado em
relação ao tamanho da cabeça.
O Stop é praticamente inexistente, porém existe, visto de frente, é
baixo e inclinado. As linhas superiores longitudinais do crânio e do
focinho são divergentes em direção à frente do animal. Devendo se
penalizar nos casos das linhas superiores longitudinais do crânio e
do
focinho serem paralelas ou convergentes.
Defeitos: cabeça estreita, pequena, muito grande destacando-se do
todo, focinho curto, focinho mais comprido do que o crânio, focinho
estreito, occipital sem destaque (escondido), orelha alta, pequena ou
fina, de inserção alta, “stop” alto, crânio estreito, plano (sem
convexidade); linhas superiores longitudinais do crânio e do focinho
em paralelismo ou em convergência; etc..
Crânio: De perfil deve aparentar uma curvatura muito suave. De frente
é largo, amplo, com a linha superior suavemente, ligeiramente
arqueada, porém não deve dar à cabeça a forma de bola
(circunferência).
Defeitos: crânio chato (sem uma ligeira convexidade) de perfil ou de
frente, crânio muito alto na frente e baixo atrás (fugidío), sem
destaque ao occipital (escondido), cabeça estreita, crânio de
cumeeira
(“V” invertido).
Stop: No Fila deve ser muito suave, quase inexistente, quando visto
de
frente; visto de perfil é virtualmente formado pelas “salientes”
arcadas supraciliares.
Defeitos: Stop muito pronunciado visto de frente; presença de rugas
na
testa, etc..
Focinho: O focinho, inicialmente, na raiz é grosso, forte e profundo,
afinando ligeiramente à medida que avança para a ponta (trufa), até a
altura dos caninos, quando se nota, visto de cima, um ligeiro
engrossamento e, logo, volta a afinar ligeiramente (suavemente) em
direção a sua ponta. As linhas superiores longitudinais do focinho e
do crânio são divergentes em direção à frente do animal.
Defeitos: Focinho curto (com tamanho/proporção menor do que 3:2
crânio:focinho), arrebitado (nariz em prato), comprido (com tamanho
maior do que 3:3 ou seja o focinho maior do que o crânio); fino em
relação ao crânio; estreito; rima labial em “V” invertido; rima
labial
com o ângulo muito fechado; lábios superiores muito curtos (sem pelo
menos alcançar em profundidade a linha inferior do focinho);
comissura
labial escondida (não aparente); etc..
Nariz: As narinas devem ser bem abertas, facilitando a entrada do ar.
Quando o focinho é estreito, a trufa (nariz) ocupa toda a largura do
focinho, sendo que o correto é, ao olharmos de frente, vermos o
focinho de ambos os lados da trufa; a trufa sempre deve estar bem
pigmentada de preto.
Defeitos: Nariz (trufa) grande em demasia (ocupando toda a frente do
focinho); narinas estreitas; trufa cor de carne (total ou
parcialmente); trufa despigmentada; nariz arrebitado, etc..
Olhos: Devem ser amendoados (ovais) de tamanho médio a grande, devem
ser bem separados (mais do que 1,5 vezes a largura de um dos olhos);
a
coloração deve estar de acordo com a cor da pelagem, porém não se
penalizará olhos escuros em pelagens claras, ao inverso sim, deve-se
penalizar com rigor olhos claros em pelagens escuras; visando a
melhoria da saúde, devemos evitar reproduzir cães com pálpebras
(inferiores) caídas, pois, a pálpebra (caída) serve como um
receptáculo de sujeira.
Defeitos: Olhos de cor azul louçados; redondos; excessivamente
claros;
muito juntos ou excessivamente afastados (com distância de mais do
que
2,5 vezes a largura de um dos olhos); salientes (protuberantes);
fechados do tipo “achinesado” (semi cerrados); pequenos (muito
profundos); com heterocromia (cores diferentes);
estrabismo(divergência de foco); etc..
Orelhas: De inserção baixa, ou seja, no nível da linha mediana dos
olhos (de ambos os olhos) com o cão em repouso e com a linha superior
longitudinal do crânio horizontalizada (em nível). A mobilidade das
orelhas (em repouso baixa, em atenção alta) exige do julgador um
especial cuidado para não penalizar incorretamente orelhas de
inserção
corretas; grandes e grossas; pendentes (não eretas, nem semi-eretas).
Defeitos: Inserção alta, estando o cão em repouso; pequenas; finas;
operadas; não tendo o formato em “V” ; etc..
Dentes: caracterizam-se pela maior espessura (grossura) do que pela
altura; são brancos; a mordedura ideal é a em tesoura (incisivos
superiores se fecham à frente, tocando os inferiores com a sua parte
interna), sendo admitida a em “torquês” (incisivos superiores e
inferiores se tocando de “top”). Em focinhos de bom comprimento e
grossura, dificilmente se encontrarão falhas dentárias.
Defeitos:ausência de qualquer um dos 42 dentes; prognatismo (inferior
projetado adiante) ou retrognatismo (superior projetado adiante);
dentes de cinomose (amarelados escuros); escuros; de uma só largura;
desalinhados ou não ortogonais; etc..
Pescoço: Suficientemente forte para apresar (segurar) um Boi ou uma
caça de porte grande.
Defeitos: pescoço fino; longo; garganta desprovida de barbelas; com
papada (dobra de pele no sentido transversal ao do corpo); pescoço
portado acima da linha do dorso; etc..
Tronco: forte, largo e profundo (atingindo o nível dos cotovelos),
revestido de pele solta; tórax mais longo que o abdômen. O
comprimento
do tronco, medido do antepeito (ponta do esterno) `a parte posterior
da nádega (ponta do ísquio), é igual à altura da cernelha mais 10%.
Defeitos: Tronco estreito; com largura muito avantajada (em barril);
etc.
Linha Superior: A cernelha inclinada, aberta (as coroas dos omoplatas
distam entre si cerca de quatro centímetros, aproximadamente a
largura
de dois dedos da mão juntos), sem qualquer tendência a sela ou
carpeamento e ligeiramente mais baixa que a garupa (protuberância
ilíaca ou anca), perfeitamente aparente em linha inclinada, no ponto
em que termina a cernelha, logo após (“dobradiça”), a linha superior
muda de direção e ascende (sobe) em linha reta até a garupa (anca),
tornando visível a garupa mais alta do que a cernelha (coroa dos
omoplatas).
Defeitos: Dorso reto (nivelado); selado (côncavo); carpeado
(arqueado); frente (cernelha) mais alta do que a garupa (garupa
baixa); etc..
Tórax: As costelas devem ter um bom arqueamento, descer em linha
suave
e de ângulo igual ao de partida.
Se a costela desce em curva muito acentuada (erroneamente), dá a
impressão de tórax em barril. Se a costela desce em vertical, sem
curva ou quase sem curva (também erroneamente), o tórax fica longe
dos
ombros (estreito), frente francesa. Cotovelos apontando para dentro
(devem apontar no sentido longitudinal ao do tronco), pés para fora
(devem apontar para a frente); costela com curva em demasia
(erroneamente), fica curta e não chega (não alcança) aos cotovelos
(como seria o ideal), tórax sem profundidade (faltoso).
Defeitos: Tórax em barril; peito estreito; cotovelos soltos; frente
francesa; tórax curto; peito sem profundidade; peito excessivamente
profundo; etc..
Flancos:Visto por cima, o flanco é menos largo que o tórax e que a
garupa, porém essa diferença deve ser mínima (quase imperceptível),
caso contrário poderá marcar cintura (característica indesejável).
Defeitos: Flancos sem destaque de nenhuma parte; flanco muito recuado
para o seu interior; flanco esgalgado e flanco comprido; etc...
Linha Inferior: É composta de duas linhas relativamente retas – A
primeira é paralela ao chão (linha inferior do tórax, que corresponde
à parte inferior do esterno). A segunda é suavemente (ligeiramente)
ascendente (linha do ventre). O antepeito correto é cheio e impede
que
os dianteiros cruzem durante o trote.
Defeitos: Antepeito chato (sem proeminência nenhuma em relação aos
ombros); profundidade do tronco alcançando acima, ou abaixo, do nível
dos cotovelos; esterno curto; linha inferior esgalgada ou caída
(obesidade); etc..
Garupa: Vista de cima, a largura da garupa deve, no mínimo, equivaler
ou , pelo menos, não se distanciar muito à do tórax, podendo (de
preferência), nas fêmeas, ser ainda maior do que o tórax (isso
hipoteticamente lhe facilitará no trabalho de parição); O músculo que
reveste o ilíaco, esculpe (desenha) a garupa, e desenha as curvas
anteriores e posteriores da coxa, dando-lhe formato.
Garupa plana, a cauda fica de inserção alta e tende a enroscar e, às
vezes, se apoiar na linha superior. Garupa baixa (caída, ou seja
muito
inclinada) leva a cauda a ter inserção muito baixa; garupa curta,
ílio
e ísquio pequenos (curtos); ísquio curto, nádega chata; garupa
estreita, ílio e ísquio compridos; garupa magra, músculo fraco. A
garupa vista por trás deve ser ampla, larga, musculosa e a coxa bem
estruturada, pernas paralelas às coxas.
Defeitos: Garupa plana, sem inclinação; pequena; muito alta (em
relação à cernelha); garupa com inclinação bem superior ao estipulado
(deve ser cerca de 30 º); etc..
Anteriores: A altura do cotovelo ao chão deve ser igual à do cotovelo
à cernelha (1 : 1). Os ombros são estruturados por dois ossos de
tamanho igual (escápula e úmero), sendo que a escápula faz 45º com a
horizontal e aproximadamente 90º com o úmero. No ideal, o cotovelo
(ponta mais baixa do úmero) deve coincidir com a profundidade do
tórax. A articulação escapulo-umeral (que forma a ponta do ombro),
está situada no mesmo nível (altura) e um pouco atrás da ponta do
osso
esterno (ponta do antepeito), a qual (ponta do antepeito) deve se
situar à meia altura da distância entre a cernelha e o cotovelo.
Defeitos: anteriores não aprumados (não verticalizados) ou não
paralelos entre si; distância maior, ou menor, do cotovelo ao solo do
que do cotovelo à cernelha; desvios do metacarpo para fora ou para
dentro; ausência de inclinação (cerca de 15º a 20º) dos metacarpos
para possibilitar o devido molejo amortecedor (chamado pé de mesa);
etc..
Patas: são grandes e harmônicas, ovais, sendo iguais em tamanho
(anteriores e posteriores); são uma das partes mais importantes no
manejo do cão, suavizam a movimentação. São formadas por dedos fortes
e bem arqueados, não muito juntos, almofadas plantares largas e
fortes, em sua posição correta, os dedos devem apontar para a frente.
Defeitos: Má formação na almofada plantar; dedos elevados; pata
virada
para fora, ou para dentro; pata de gato (arredondada) ou de lebre
(muito alongada); etc..
Posteriores: A coxa forma uma figura igual a de um presunto, formada
por uma boa massa muscular, que deve ser evidente. A ossatura do
posterior é forte, porém ligeiramente mais leve que a dos anteriores,
mas nunca deverá parecer fina em relação ao todo (ao corpo), sendo
que
as pernas são paralelas às coxas.
Defeitos: Muita angulação ou ausência de angulação (perna de porco),
jarrete de vaca, pernas em X ou em barril (cambota); etc..
Pernas: Paralelas; tarsos fortes; metatarsos levemente inclinados,
mais altos que os metacarpos (o que ajuda na altura maior dos
posteriores); angulações do joelho e do jarrete moderadas.
Defeitos: Jarrete de vaca (pernas em X), joelhos e pés apontando para
fora, perna torta para fora; pernas não paralelas entre si, vistas
por
trás; etc..
Cauda: olhando de lado (de perfil), de raiz muito grossa, porém bem
adaptada à curva da garupa, não se destacando em demasia. De inserção
mediana, raiz grossa é indicativa de coluna vertebral forte.
Defeitos: Longa ou curta (deve alcançar o jarrete); fina e fraca; em
anel ou apoiada no dorso; amputada (mesmo que por acidente); etc..
Movimentação: A passo, a movimentação do Fila aparentando ao “leigo”
ser desengonçada, destrambelhada, é acentuada no andar pelos
movimentos “gingantes” e pelo passo de camelo, o balanço nas laterais
do tórax e da garupa e quadril, dão ao passo, tipicidade marcante. É
a
“ginga” (rebolado) lateral que determina a movimentação do trem
traseiro (“posterior”) se acentuando, independente do trem dianteiro
(“anterior”). Os passos são largos, elásticos e a principal
característica é a movimentação das duas pernas de um mesmo lado e
somente depois as do outro lado, é o perfeito passo de “camelo”. Esse
movimento foi fixado naturalmente (“seleção natural”) ao longo do
tempo em que a raça foi formada, pois, é o passo menos extenuante
(menos desgastante, menos cansativo) durante o acompanhamento das
marchas da boiada, que caminhava diariamente longas distâncias.
A trote: O trote é o resultado da estrutura óssea, pois, esqueleto
perfeito, trote perfeito; esqueleto defeituoso, trote defeituoso. O
trote denuncia estrutura, musculatura e angulações equilibradas,
próximas à perfeição. Classifica-se como um trote de bom rendimento,
aquele que percorre grandes espaços de terreno, com poucas passadas,
porém largas, suaves, fáceis, equilibradas, sem que o cão demonstre
cansaço ou esforço. O Fila é um cão precipuamente de trabalho, ou
seja, deve andar, trotar, galopar dentro de suas várias funções
primitivas (quando a Raça estava em formação e seleção) que eram,
onceiro, boiadeiro e guarda.
Defeitos: Ausência do passo de camelo; trote pesado, sem molejo, sem
maleabilidade, sem flexibilidade (igual aos movimentos de um
“robot”);
levantando muito as patas; trote descompassado, sem ritmo; com pouca
cobertura de solo; sem direção (efetuando curvas em zigue-zague);
trote com o corpo em diagonal (caranguejando); etc..
A Raça Fila Brasileiro
Vista de perfil (de lado), as linhas superiores longitudinais do
focinho e do crânio devem ser “quase” do mesmo comprimento e
separadas
por um “stop” muito suave, definido mais pelas “salientes” arcadas
supraciliares do que pelo osso frontal. Essas linhas devem apresentar
eixos divergentes em direção à frente do animal. Não devem ser
perfeitamente retas ou planas: A do crânio é levemente convexa,
formando uma curva baixa, suave e regular desde o “stop” até o
“occipital”; a do focinho, às vezes, mostra uma mudança discreta de
direção, formando o chamado “nariz romano”. As orelhas são grandes,
posicionadas na parte mais posterior do crânio e de inserção baixa,
sendo que a referência “baixa”, para essa apreciação, é uma linha
imaginária que passa pelo ponto intermediário dos olhos (de ambos os
olhos) e tangencia o ponto mais alto das orelhas (a inserção), desde
que o animal esteja em repouso (sem estar em atenção) e o eixo
longitudinal da linha superior do crânio esteja nivelado
(horizontalizado). O occipital deve ser bem proeminente,
principalmente nos filhotes, destacando-se da linha da nuca. A
profundidade do focinho não deve ser maior que o seu comprimento. E a
sua linha inferior deve ser bem definida, sem confundir-se com as
barbelas. Tudo que se afaste dessa descrição deve ser penalizado.
Um ponto a ser ressaltado é que o focinho, visto de frente, deve ser
largo (grosso), permitindo uma boa implantação dos dentes. Visto de
cima, o focinho inicia, na raiz, bem largo, afinando muito suavemente
em direção à ponta, até atingir a altura dos caninos, onde engrossa
um
pouquinho, para em seguida continuar afinando muito levemente até a
ponta da trufa. Vista de frente, a trufa (nariz) não deve ocupar toda
a frente do focinho, devendo ser visto parte do focinho de cada lado
dessa (trufa).
Na garganta, as “barbelas” são formadas por duas dobras de pele, no
sentido longitudinal ao do pescoço, paralelas e bem definidas, com
pele solta que saem da parte mais posterior da base da mandíbula e
descem em direção ao peito. As dobras de pele no sentido transversal
ao pescoço, constituem-se em “papadas” ou a ausência de pele solta,
deixando a garganta “seca”, são faltas a serem penalizadas.
Esta pele solta é grossa não só na garganta, senão em todo o resto do
corpo, é uma das mais importantes características raciais e foi
fixada
ao longo do tempo como uma defesa natural resultante da seleção e da
adaptação a determinadas condições. No combate (luta) com os
predadores do gado, entre eles a onça, os cães de pele fina e bem
junta no corpo eram, evidentemente, muito mais vulneráveis e sujeitos
a feridas mais graves, o que lhes dava menores possibilidades de
sobrevivência, e, portanto de reproduzir-se.
No movimento também existem características raciais bem peculiares ao
Fila. A cabeça costuma ser levada por debaixo da linha do dorso e o
andar é muito elástico e flexível, recordando os movimentos da leoa
caçando na savana africana. O deslocamento a passo é em dois tempos,
com o movimento simultâneo da pata dianteira e da traseira do mesmo
lado, simultaneamente, para, somente após, realizar o movimento
simultâneo das patas do outro lado, fazendo o perfeito “passo de
camelo”. O trote é normal, devendo apresentar uma cadência correta,
suave, apesar de sua constituição forte, grande e molossóide,
elasticidade e boa cobertura de solo, com passadas largas, flexíveis
e
com boa propulsão e alcance.
As cores básicas são (como sempre foram oficialmente): o amarelo com
suas variações e tonalidades, vermelho, dourado, marrom, baio; o
preto; e o tigrado ou rajado, que é formado de rajas pretas
espalhadas
sobre um fundo de cor sólida (entre as permitidas). A máscara preta
pode estar presente, ou não. As manchas brancas são permitidas nos
pés, no peito e na ponta da cauda. Não são permitidos os cães:
brancos, cinza rato, malhados, manchetados, os preto e castanho
(“black and tan”) e os azuis. Qualquer despigmentação é indesejável.
A figura deve ser retangular, ou seja, o Fila é um cão mais comprido
do que alto, porém, deve ao mesmo tempo ser compacto, ou seja, não
pode ser mais longo do que 10% sobre a altura (comprimento = altura
na
cernelha + 10%). Nas fêmeas admite-se que o comprimento ultrapasse um
pouco, a fim de que (hipoteticamente) haja espaço para bem acomodar
sua prole.
Um ponto da estrutura que é bem próprio do Fila é a linha superior.
Esta, vindo desde a cernelha, ao passar em um ponto denominado
“dobradiça”, muda de direção e passa a ascender (subir) muito
suavemente até a garupa em sua parte anterior, mais precisamente nas
ancas, ou protuberância ilíaca. Um dorso nivelado, selado, ou
carpeado
constitue falta.
O julgador do Fila não deve penalizar com severidade o exemplar que
não se coloca estaticamente na posição de “stay” correta, ele,
julgador, deve procurar analisar convenientemente o FB como um cão de
trabalho, bem como, respeitar-lhe uma de suas características
principais, que é a aversão a estranho (o Juiz invariavelmente é um
estranho para o FB). Deve ter em mente que o cão FB é um cão cujas
funções primitivas (boiadeiro, onceiro e guarda) valorizaram sua
movimentação e seu temperamento e comportamento ante o que ele (FB)
entendia como uma ameaça.
Sua coragem é impressionante, não devendo amedrontar-se ante nenhuma
situação ou ameaça. Sem embargo, essas reações não devem revelar
nervosismo ou comportamento agitado; deve ser um cão sereno, seguro
de
si mesmo e com autoconfiança em qualquer ambiente, sem manifestar
nenhum tipo de descontrole ante ruídos inesperados, ou disparos de
fogo.
Estas são as características naturais e muito típicas da raça, sendo
por isto necessário preservá-las. Mas é fundamental que o Juiz tenha
em mente que as provas de temperamento (ou Comportamento, ou de
índole, etc.) feitas nas Exposições Especializadas de Fila não devem
ser vistas como exibições de adestramento. Em algumas raças de cães
de
guarda também se fazem testes e demonstrações simulando situações de
ataque, donde se persegue principalmente apurar o nível de obediência
e condicionamento dos animais. Com o Fila é bem diferente, deve-se
valorizar as reações expontâneas, naturais e instintivas, pois, só
essas serão transmitidas geneticamente às gerações seguintes.
As provas de temperamento e de comportamento não devem seguir um
modelo pré existente e a forma de realizá-las fica a critério do
Juiz.
Normalmente um “cobaia”, ou figurante, munido de duas varas, simula
uma agressão ao dono do FB ou ao próprio FB. A reação ideal é um
ataque instantâneo expontaneamente (sem comandos ou incentivos do
apresentador), impetuoso, em diagonal ascendente (como se procurasse
morder o pescoço do agressor) e sem a menor demonstração de timidez,
insegurança ou dependência do dono. Se o FB conseguir morder uma (ou
ambas) Vara (s), o “cobaia” deve soltá-la (s) de imediato, e o FB
deve, de imediato, abandoná-la (a vara) para continuar no ataque ao
“cobaia”. Os disparos (de festim) de arma de fogo (podem ser
substituídos por fogos de artifício) não devem provocar nenhuma
reação
no FB; quando está em repouso, deve continuar indiferente; durante o
seu ataque tampouco deve causar-lhe nenhum tipo de comoção ou
alteração de seu ímpeto. Tal e como se faz ao julgar as
características físicas, o Juiz deve penalizar os defeitos de
temperamento e do sistema nervoso e em proporção a sua intensidade,
chegando, inclusive, se for o caso, a desqualificar o exemplar
(covardia). Não se pode esquecer que o temperamento do Fila se
caracteriza também por uma total submissão ao dono, e que um cão que
demonstra qualquer agressividade contra as pessoas que deve amar e
proteger deve ser severamente penalizado pelo julgador e excluído da
reprodução pelo seu proprietário. Também é preciso recordar que para
a
classificação geral outorgada a cada animal, o Juiz há de ter em
conta, além das características de tipicidade e estrutura, o
desempenho da prova de temperamento e comportamento.
Estes comentários sobre os Padrões e sobre a Raça FB foi um trabalho
em conjunto entre os associados e amigos da SPFB.
‘NÃO FIQUE SÓ, FIQUE SÓCIO DA SPFB.”
“QUANTOS MAIS FORMOS, MAIS SEREMOS OUVIDOS”
“ QUALQUER COISA É BOA, QUALQUER COISA É RUIM”.
“SEMPRE HÁ UMA SAÍDA, MESMO NUM BECO SEM SAÍDA, BASTA OLHARMOS PARA
TRÁS”.
“NÃO SE ATIRAM PEDRAS EM ÁRVORE MORTA OU QUE NÃO DÊ MAIS FRUTOS”.
“NÃO PERGUNTE O QUE O CLUBE DO FILA PODE LHE OFERECER, PERGUNTE O QUE
VOCÊ PODE OFERECER PARA O CLUBE DO FILA”.
“CRIAR É SEMPRE PROCURAR MELHORAR E NUNCA SE CONFORMAR COM O QUE JÁ
CONSEGUIU”.
“QUEM ESTÁ BUSCANDO MELHORAR, NÃO ENVELHECE’.

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