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O OZÔNIO COMO INIBIDOR DA EVAGINAÇÃO DE ESCÓLEX DE Cysticercus bovis
JOÃO HELDER REDERICO DE FARIA NAVES1
CESAR AUGUSTO GARCIA2
SAIRA MABEL NARA NEVES3
RESUMO
A cisticercose é uma das mais importantes zoonoses nos aspectos social, econômico e de
saúde pública em nosso país. Foi realizado um estudo para determinar se há a inibição dos
escólex de Taenia saginata frente a concentrações de ozônio, utilizando os métodos de exposição
direta à mistura oxigênio/ozônio e imersão em água ozonizada concentrada, durante um período
de 60 minutos. Foram utilizadas 200 amostras de cistos contidos em cortes de carne, sendo que
100 foram analisadas pelo método de exposição direta à mistura oxigênio/ozônio e 100 em
imersão em água ozonizada. O tratamento com ozônio em imersão em água ozonizada inibiu
41% dos cistos enquanto a exposição direta á mistura gasosa de oxigênio / ozônio inibiu 35%,
nas concentrações e tempo de exposição estudados no presente trabalho.
Palavras chave: ozônio; cisticercose; inibição
1 Bolsista CNPq/UFU, acadêmico do curso de Medicina Veterinária – FAMEV-UFU, Rua Timbiras, 1137,
B. Saraiva Uberlândia-MG, CEP 38408-418. Endereço eletrônico: [email protected]
2 Orientador/ Professor do curso de Medicina Veterinária – FAMEV-UFU. Endereço eletrônico:
[email protected]
3 Acadêmica do curso de Medicina Veterinária – FAMEV-UFU. Endereço eletrônico:[email protected]
1
ABSTRACT
The cysticercosis is one of the most important aspects zoonoses in social, economic and public
health in our country. It was conducted a study to determine whether there is the disqualification
of escólex Taenia saginata front of the concentrations of ozone, using the methods of direct
exposure to the mixture oxygen / ozone and immersion in ozonizied water concentrated, for a
period of 60 minutes. We used 200 samples of cysts contained in cuts of meat, and that 100 were
analyzed by the method of direct exposure to the mixture oxygen / ozone and 100 in immersion
in ozonizied water. Treatment with ozone in immersion in ozonizied water inhibited 41% of cysts
while direct exposure to the gas mixture of oxygen / ozone inhibited 35%, in concentrations and
exposure time studied in this work.
Key words: ozone; cysticercosis; inhibition
2
INTRODUÇÃO
A cisticercose é uma doença que age silenciosamente no rebanho, causando grandes
prejuízos tanto para a indústria, que tem gastos adicionais com tratamento pelo frio das carcaças
com cisticercos ou seu aproveitamento condicional (conserva e salsicharia), quanto para o
produtor, que pode sofrer deságio de até 30% no valor da arroba ou não receber nada, em caso de
condenação total da carcaça. A doença também representa importante problema de saúde
pública, pela possibilidade de transmissão para o homem, via consumo de carnes cruas ou mal
cozidas, da cisticercose muscular ou da neurocisticercose.
As estratégias de controle e/ou erradicação deste grave problema de saúde pública
passam pela educação sanitária dos produtores e consumidores indo até a pesquisa de
instrumentos eficazes que visem a inativação dos parasitos adultos (tênias) ou de suas formas
imaturas (cisticercos).
Uma vez instalado o cisto no organismo do animal ou do homem, medidas radicais tais
como uso de drogas muito tóxicas, cirurgias e/ou irradiações são utilizadas na tentativa de matar
os escólex das tênias presentes dentro dos cisticercos.
O ozônio é um gás altamente instável, incolor e com alto poder microbicida. Tem sido
utilizado como uma alternativa barata, confiável, prática e sem efeitos colaterais, no tratamento
de várias doenças em humanos e animais, além de sua aplicação na descontaminação bacteriana,
fúngica e viral de fluidos, objetos, alimentos e ambientes.
Na hipótese de ser eficiente na inibição da evaginação de cistos de tênias, o ozônio se
constituiria numa alternativa barata, eficiente, prática e segura para o controle e/ou erradicação
desta parasitose em homens e animais.
De acordo com Rey, (1991), Os cestódeos Taenia solium e Taenia saginata são
responsáveis pela teníase humana. O gênero Taenia pertence à família Taenidae, à classe
Cestoidea e à ordem Cyclophyllidea.
As respectivas formas larvais (Cysticercus cellulosae e Cysticercus bovis - denominação
sem valor taxonômico) produzem a cisticercose. O ciclo das tênias implica dois hospedeiros, um
definitivo e um intermediário, e uma fase de vida livre. O único hospedeiro definitivo de ambas
3
as tênias (fase adulta do parasito) é o homem, em cujo intestino delgado se alojam. Os
hospedeiros intermediários de Taenia solium são os suínos e os de Taenia saginata são os
bovinos, desenvolvendo-se na musculatura (ACHA & SZYFRES, 1986; REY, 1991).
Há, portanto, três fases com relação à população de parasitas: adulto no hospedeiro
definitivo, ovos no ambiente e cisticercos (fase larval) no hospedeiro intermediário (GEMMELL
& LAWSON, 1982; GEMMELL et al., 1983). Quando os ovos de tênia são ingeridos pelos
hospedeiros intermediários, os embriões (oncosferas) se libertam do ovo no intestino delgado
pela ação dos sucos digestivos e bile. As oncosferas penetram na parede intestinal e, em 24 a 72
horas, difundem-se no organismo através da circulação sangüínea. Ocorre então formação de
cisticercos nos músculos esqueléticos e cardíaco (GEMMELL et al., 1983).
Os cistos medem de 7 mm a 12 mm de comprimento por 4 mm a 6 mm de largura (REY,
1992). Os parasitas adultos (tênias) são específicos do hospedeiro definitivo, enquanto que as
fases larvárias (cisticercos) não são específicas dos hospedeiros intermediários (REY, 1973;
REY, 1991).
Alguns autores sustentam que a cisticercose humana por cisticercos de Taenia saginata é
extremamente rara ou não ocorre, mas não há comprovação científica desse fato (ACHA &
SZIFRES, 1986; BENENSON, 1992; ORGANIZACION PANAMERICANA DE LA SALUD,
1994; SCHANTZ et al., 1994; SCHENONE et al., 1982), enquanto outros admitem a
possibilidade de cisticercose humana por ambas as espécies de tênia (GEMMELL et al., 1983;
PAWLOWSKI & SCHULTZ, 1972; REY, 1973; REY, 1991).
A Taenia solium mede de 3 a 5 metros de comprimento. A cabeça ou escólex é provida de
4 ventosas e rostro armado com dupla coroa de ganchos. Além do escólex, possui o colo ou
pescoço (mais delgado) e, finalmente, o estróbilo ou corpo com as proglotes ou anéis. As
proglotes se dividem em jovens, maduras e grávidas, estando estas últimas repletas de ovos. As
proglotes grávidas medem 1cm de comprimento por 0,6 a 0,7cm de largura. Taenia saginata
mede 6 a 7 metros e não possui ganchos no rostro (CARRADA-BRAVO, 1987; GEMMELL et
al., 1983; HUGGINS, 1989).
As tênias podem viver muitos anos no intestino delgado do homem. No caso de Taenia
solium, podem ser eliminadas de três a seis proglotes diariamente. Cada proglote contém uma
média de 30.000 a 50.000 ovos. Cada proglote grávida de Taenia saginata contém em torno de
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80.000 ovos, sendo que um paciente parasitado pode contaminar o meio ambiente com cerca de
700.000 ovos por dia (REY, 1992).
O homem adquire a tênia ao ingerir carne contaminada crua ou mal cozida contendo
cisticercos (GEMMELL et al., 1983). Os cisticercos são liberados durante a digestão da carne e o
escólex desenvagina sob ação da bile, fixando-se no intestino delgado. As primeiras proglotes são
eliminadas dentro de 60 a 70 dias. A tênia vive no intestino delgado do homem e, normalmente, o
hospedeiro alberga apenas um parasita. Isso poderia ser devido à imunidade desenvolvida pelo
próprio hospedeiro, impedindo o desenvolvimento de outras tênias da mesma espécie (REY,
1992).
Estão mais sujeitas à teníase as pessoas que preparam alimentos e provam a carne antes
de cozinhar e indivíduos que fazem as refeições fora de casa. Fatores econômicos, culturais
(hábitos alimentares) e religiosos tendem a expor certos grupos de indivíduos em maior ou menor
grau. Na culinária tradicional de muitas culturas, há pratos que utilizam carne crua, por exemplo,
o quibe cru. (REY, 1991).
As duas espécies de tênias, segundo Acha & Szyfres (1986) estão distribuídas em todo o
mundo. É endêmica na América Latina (GEMMELL et al., 1983). No Brasil, foi detectada uma
freqüência média de 1% entre os anos de 1965 a 1968 e de 3% entre os anos de 1986 a 1989
(GEMMELL et al., 1983; ORGANIZACION PANAMERICANA DE LA SALUD, 1994).
O diagnóstico pode ser realizado através do exame de proglotes nas fezes, pesquisa de
ovos nas fezes, ou pesquisa de ovos com a técnica da fita gomada na região perianal. Os ovos das
duas espécies de tênia não podem ser diferenciados (HUGGINS, 1989; REY, 1992).
Quando os bovinos ou os suínos ingerem os ovos das tênias junto com o pasto ou a água,
desenvolvem cisticercos em seus tecidos. O hábito pouco higiênico das pessoas defecarem
diretamente no ambiente, ou em sanitários sem as devidas fossas, muitas delas instaladas sobre
córregos e rios, contribui para o problema (ACHA & SZYFRES, 1986). Para Gemmell &
Lawson (1982), a ingestão de ovos pelos animais se dá na maior parte das vezes, por ingestão de
fezes. Os bovinos normalmente evitam pastar ao redor de fezes, mas podem, sob condições
adversas, por falta de alimentos ingerirem fezes. As perdas econômicas pela cisticercose bovina e
suína são consideráveis pela condenação das carcaças contendo cisticercos. Ungar & Germano
(1992) examinaram os dados de fichas dos abatedouros do Estado de São Paulo e encontraram
uma prevalência de cisticercose bovina de 5,5%. Os autores estimam que a prevalência da
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cisticercose bovina no Brasil está entre 0,7 e 5,3%. Nos bovinos, o cisticerco se desenvolve em
60 a 75 dias. Em algumas semanas, ou até 9 meses, os cistos começam a degenerar, morrem e
calcificam (ACHA & SZIFRES, 1986). Nos suínos, o desenvolvimento completo dos cisticercos
se dá em 60 dias após a infecção (SALAZAR-SCHETTINO & HARO-ARTEAGA, 1990),
permanecendo a larva infectante para o homem durante vários anos (REY, 1992).
Foi realizado um estudo para determinar a viabilidade do cisticerco frente à diferentes
concentrações de sal e períodos de tempo, em que 208 amostras de cistos contidos em cortes de
carne, provenientes de uma infecção natural detectada em um frigorífico, foram submetidas à
salmoura com concentrações de 4%, 5%, 6% e 7% e em períodos de 12, 24, 36 e 48 horas. Todos
os 121 cisticercos testados em concentrações de 6% por um período de 48 horas e 7% por um
período de 24 horas, foram inviabilizados, obtendo um índice de mortalidade de 100%
(AQUINO, et al., 2005).
Os cisticercos são pouco resistentes à ação do calor, morrem a 50°C,
mas é preciso considerar que é difícil aquecer o centro de uma porção de carne; por exemplo, um
presunto cozido por duas horas não atinge no centro mais que 46°C, na carne defumada as larvas
podem escapar aos efeitos do calor (REY, 1991).
Conforme Al Jadar (1988); Rey (1991), Benenson (1992); Pfuetzenreither (1997)
Palmeira et al (2002); ao analisarem as variações de temperatura e de tempo capaz de inviabilizar
cisticercos, observaram diferentes temperaturas que vão desde -30°C a -5°C por 24 horas a 6
dias; existindo entre esses resultados algumas contradições.
O ozônio vem sendo estudado há vários anos e testado com as mais diversas finalidades,
principalmente como agente esterilizante. Torres et al. (1996), dizem que Van Marum, em 1785,
observou as características eletrostáticas do ar devido ao O3 e que Shombein, em 1801, relatou o
odor característico como sendo uma nova substância, de nome ozônio e sugeriu que este gás
ocorreria naturalmente na atmosfera.
De acordo com De Renzo (1981), a concentração no ambiente atmosférico chega a maior
extensão de 0,08 ppm de volume depois de tempestades elétricas. Normalmente a concentração
na atmosfera está abaixo do limite de 0,01 – 0,03 ppm e é um resultado da ação fotoquímica da
luz solar no oxigênio atmosférico.
De Renzo (1981), explica que o ozônio é produzido por meio de uma ruptura na molécula
de oxigênio que pode se combinar a outras moléculas também de oxigênio, como na reação:
6
O2
2(O) + 2 O2
2 O3
Essa ruptura pode acontecer devido à passagem do oxigênio em altas descargas de
voltagem elétrica ou em altas ou em baixas freqüências elétricas em altas radiações, que se
decompõem mais rapidamente no ar, formando intermediários que quando oxidados, são potentes
agentes bactericidas.
Podemos demonstrar através das equações de decomposição abaixo que radicais livres
(HO2 E HO) formados quando o ozônio se decompõe em solução aquosa tem grande ação
oxidante e desaparecem rapidamente podendo reagir com muitas impurezas, tais como sais
metálicos, matéria orgânica e hidrogênio presentes na solução não deixando traços dosáveis na
água.
O3 +H2O ⎪ HO3+ + OH-
(1)
H3O+ + OH- Õ 2HO2
(2)
O3 + HO2 Ö HO + 2 O2
(3)
HO + HO2 Ö H2O + O2
(4)
Yang; Chen (1979) refere-se a uma maior estabilidade do ozônio em solução diretamente
proporcional ao aumento da acidez da água.
Em 1906, em Nice, na França, realizou–se o primeiro tratamento de vegetais com água
ozonizada em escala industrial e desde essa mesma época, o ozônio também vem sendo utilizado
na desinfecção de água potável na Europa. Foi verificado que esse método de tratamento não
alterava as características organolépticas da água e sua ação sobre os microrganismos era tão
eficaz quanto ao cloro (CHANG; SHELDON, 1989).
Comparando ainda a vantagem de se utilizar o ozônio ao invés do cloro Korol et al.
(1995), dizem que ambos são agentes desinfetantes que destroem, neutralizam e inibem a maioria
dos microrganismos patogênicos. Em seus experimentos foi comprovado que o ozônio em doses
de 0.33 mg/l promove uma redução de 5 log da população de aproximadamente 1 x 106 células/ml
de Escherichia coli, Vibrio cholerae, Salmonella thypi, Yersínia enterocolítica, Pseudomonas
aeruginosa, Aeromonas hydrophila, Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus em
amostras de água inoculada artificialmente. Com
0,50 mg/ml de cloro, a redução foi muito
menor para os organismos citados (exceto Vibrio cholerae) onde foi necessário 2mg/ml da
substancia para um efeito similar ao ozônio. Sabe–se que numerosos compostos industriais de
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desinfecção, além de provocarem mutações, deixam resíduos, enquanto que no processo de
ozonização realizado através de práticas, dosagens e tempo de exposição adequada, não se
encontram resíduos e a ação é muito mais eficaz. Também estão comprovadas as propriedades
germicidas do ozônio, sendo possível inativar 100% de células de Salmonella sp, mediante
aplicação do mesmo em diferentes tempos e em determinadas concentrações (TORRES et
al..,1996).
O ozônio possui poder de destruição oxidativa aplicada em poluentes orgânicos e
inorgânicos. Apresenta média solubilidade em água dependendo de sua bioassimilação, sua
toxicidade também depende de sua bioassimilação e ainda de sua solubilização, assim, devido ao
seu alto poder oxidante, a solução contendo ozônio deve ter aplicação imediata (TORRES et al.,
1996). Ainda, segundo Chang; Sheldon (1989), esta solução deve ser baixa em ppm e a
tecnologia de aplicação deve ser adaptada para o tratamento específico de cada material. Esta
instabilidade impõe certos limites na sua utilização em determinados setores industriais. O
aumento de temperatura favorece a sua decomposição, reduzindo sua ação efetiva. A presença de
terra e resíduos nos materiais também é capaz de provocar instabilidade na sua solução (BOOT,
1991).
Segundo Chen citado por Torres et al. (1996), quanto maior for o tempo de atuação da
solução ozonizada maior será o seu efeito oxidativo.
De acordo com Greene (1993), o ozônio é efetivo na destruição de bactérias e vírus, em
pH variando de 5,6 a 9,8. Segundo o mesmo autor, quando comparada a cloração, a ozonização é
mais barata, não requer calor e não deixa resíduos como os clorados. Segundo Clark; Takács
(1980), o efeito biocida do ozônio é maior à medida que reduz o pH, diminui a temperatura, com
uma umidade relativa de 60% a 80% e pouca presença de matéria orgânica, sendo as bactérias
mais sensíveis que as leveduras e os fungos. Pequenas doses (inferiores a 10ppm) são capazes de
destruir bactérias suspensas em água. E ainda segundo Yang; Chen, (1979), o efeito germicida do
ozônio pode ser afetado pelo tempo de contato (relação direta) com o material a ser esterilizado.
Já os efeitos tóxicos ocorrem principalmente na combinação do ozônio em concentração
acima de 0,3 ppm com outras substâncias como o dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre.
Esses efeitos podem acometer o trato respiratório através de sua exposição direta, provocar
distúrbios visuais, fadiga, febre, bronquite, fibrose, perda de memória, aumento da excitabilidade
muscular, mas não há relato de casos fatais (TORRES et al, 1996). A peroxidação de lípides é
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uma causa importante da toxidade do ozônio. De acordo com essa hipótese, a deficiência de
antioxidante lipídico (vitamina E ou tocoferol), poderá tornar animais mais susceptíveis à
toxicidade por ozônio, verificando que ratos com deficiência de vitamina E, são
significativamente menos resistentes (P < 0,01) do que ratos normais, apresentando edema
pulmonar, queda de peso e envelhecimento precoce (GOLDSTEIN et al., 1970).
O ozônio ataca primeiro a membrana bacteriana pelos glicolipídeos ou aminoácidos como
o triptofano e atua também nos grupos sulfidrilas de certas enzimas, resultando na disruptura da
atividade enzimática celular normal. A morte bacteriana é rápida e é freqüentemente atribuída a
mudanças na permeabilidade celular seguida pela lise celular. Entretanto a lise, provavelmente
não é por um mecanismo primário de inativação, mas a conseqüência de uma alta concentração de
oxidante. O ozônio também promove ação no material nuclear de células bacterianas, pela
modificação nas bases purínicas e pirimidínicas dos ácidos nucléicos. Estudos concluídos em
1980 dão conta que este gás foi efetivo na destruição de bactérias e vírus em pH de 6,0 a 8,5,
enquanto outros dados indicam que o ozônio destrói bactérias e vírus em pH 5,6 a 9,8 ( GREENE
et al, 1993).
A comparação do ozônio com outros métodos de esterilização tem até o presente
momento, bons resultados, alguns desses métodos são: microondas (este não pode ser usado na
esterilização de alguns materiais de cirurgia por serem de alumínio), cloridrato férrico (podem
alterar os resultados de estudos clínicos através de exames laboratoriais que utilizam vidrarias
submetidas a eles além de ser muito caro), óxido de etileno (processo de degasificação lento e alto
custo), além de outros.
A eficácia deste gás tão estudado atualmente é demonstrada segundo sua ação nos
diferentes microrganismos:
Ação esporicida: Conforme afirmações de Foegeding (1985), em solução ácida, há um
rápido efeito esporicida, capaz de, em pH 3, inativar 99% de Bacillus cereus. Já os esporos de
Clostridium perfringens e Clostridium botulinum mostraram – se mais resistentes que o B. cereus
em estudos realizados na Carolina do Norte. Sheldon; Brown (1986), dizem que devem ser
consideradas as espécies formadoras de esporos que se deseja exterminar a fim de que seja
estabelecida a concentração de ozônio a ser utilizada e o tempo de exposição necessário para
atingir a máxima ação esporicida específica.
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Ação sobre vírus: A água para consumo humano se não for tratada pode transmitir,
naturalmente, a hepatite tipo A (HVA), causada por vírus de elevada resistência ao calor, e o
efeito do ozônio sobre esses vírus pode diminuir ou erradicá-lo. (HERBOLD et al., 1989).
Ação bactericida: O tratamento com o ozônio á capaz de promover uma redução de 78%
de aeróbios, 91% de coliformes, 91% de coliformes fecais e 81% de Salmonella em comparação
com o método de lavagem em água clorada (SHELDON; BROWN, 1986).
Segundo experimentos de Herbold et. al., (1989), com água corrente a 20 0 C, pH 7 e 5
microrganismos, a ordem de resistência ao ozônio foi: poliovírus 1
(PV 1) < Escherichia
coli < HVA < Legionella pneumophila sorogrupo 6 < esporos de Bacillus subtilis . Os testes
foram repetidos com HVA, PV 1 e E. coli a 100 C e o ozônio inativou mais rapidamente HVA e
E. coli a 100 C que a 20o C. Ainda a 200 C foram necessários 0,25 – 0,38 mg de ozônio por litro
de água para completa inativação do HVA,
mas somente 0,13 mg de O3 por litro foram
suficientes para inativação do PV1.
A diminuição do crescimento de organismos na água ozonizada se deve também à
diminuição do oxigênio nela dissolvido e disponível. Sua alta capacidade de remoção de
compostos orgânicos através da parcial oxidação é um atributo importante na atuação bactericida
e desodorante (HANNA et al., 1978).
De acordo com Korol et al. (1995), a destruição microbiana se reduz quando tanto as
formas vegetativas quanto os esporos estão acompanhados de substâncias orgânicas que atuariam
como protetoras, não só para limitar a penetração do desinfetante, mas , também no caso do
ozônio, porque os radicais livres formados por este elemento reagem com as substâncias
mencionadas antes de alcançar os microrganismos.
Bocci, (2000), afirma, quando fala a respeito da solubilidade do ozônio na água, que um
platô de saturação deste gás é obtido em 5 minutos, independente da concentração de ozônio
utilizada no borbulhamento da água e, que a queda na concentração de ozônio é inversamente
proporcional à temperatura da água. Quanto mais próxima de zero a temperatura da água se
apresentar durante a ozonização, mais demorada será a diminuição da concentração de ozônio
solubilizado na água.
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MATERIAIS E MÉTODOS
As amostras foram obtidas em matadouros frigoríficos, durante o abate de bovinos, 200
fragmentos musculares (músculo Masseter e músculos cardíacos) cortados de tamanhos variados
pelos agentes de inspeção de carcaças contendo cistos. As amostras isoladas da carne foram
levadas imediatamente, em caixas isotérmicas contendo bolsas de gelo reciclável, para o
Laboratório de Doenças Viróticas da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal
de Uberlândia, onde foram submetidos à ozonização e posterior avaliação da viabilidade dos
cistos.
Os cistos eram retirados da porção muscular e submetidos à ozonização, no qual realizou
por dois métodos: exposição direta à mistura oxigênio/ozônio e imersão em água ozonizada.
Para o método da exposição direta a mistura oxigênio/ozônio, 100 amostras de cistos
foram retirados dos fragmentos de carne, expondo-se a vesícula com utilização de bisturi e pinça
anatômica, e em seguida submetidas à mistura oxigênio / ozônio, produzida por um gerador de
ozônio com capacidade para produção de 0,014 g/o3/hora ou 0,00023 g/o3/minuto, alimentado
por ampola de oxigênio com 99,5% de pureza, com pressão de 3,5 kgf/cm2 e fluxo de 5
litros/minuto, durante 60 minutos, em um recipiente lacrado e, especialmente adaptado para esta
finalidade.
Para o método em imersão em água ozonizada,, 100 cistos foram retirados dos fragmentos
de carne, expondo-se a vesícula com utilização de bisturi e pinça anatômica, e em seguida
imersos em recipiente de vidro com tampa, contendo 100 mililitros de água destilada e
deionizada e, em seguida, sofreram borbulhamento com mistura de oxigênio/ozônio produzida
por um gerador de ozônio com capacidade para produção de 0,014 g/o3/hora ou 0,00023
g/o3/minuto, alimentado por ampola de oxigênio, com pressão de 3,5 kgf/cm2 e fluxo de 5
litros/minuto durante 60 minutos.
Para avaliação da capacidade de evaginação dos cistos, após tratamento com ozônio, os
mesmos foram colocados em placas de petri contendo 40 ml de bile bovina “in natura”, e
incubados durante uma hora à 37ºC(AQUINO et al, 2005).
Após incubação, pesquisou-se a evaginação dos escólex pela observação microscópica em
lâmina coberta com lamínula e microscópio ótico com objetivas 4x e 10x.
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Os resultados obtidos foram anotados, tabulados e submetidos ao tratamento estatístico
para determinar o seu nível de significância. Usou-se o teste de duas proporções, envolvendo
distribuição normal ao nível de significância de 5%.
RESULTADOS
Na avaliação das 100 amostras submetidas à imersão em mistura aquosa de oxigênio /
ozônio, em apenas 41 cistos (41%) comprovou-se inibição da evaginação, enquanto que 59 cistos
(59%) não foram inibidos. Na avaliação das 100 amostras submetidas à exposição direta à
mistura gasosa oxigênio / ozônio (Tabela 1), 35 cistos (35%) apresentaram inibição da
evaginação,
enquanto
65
cistos
(65%)
não
sofreram
inibição
da
evaginação.
Os resultados foram tratados estatisticamente pelo Teste de duas proporções (z) (VIEIRA,
1998), que demonstrou não haver diferença estatisticamente significativa entre os resultados
obtidos pelos dois tratamentos.
Na análise dos dados utilizou-se o teste de duas proporções envolvendo a distribuição
normal ao nível de significância de 5%, onde Z calculado foi igual a 0,8740 e Z crítico foi de
1,96.
DISCUSSÃO
Ao analisar-se a tabela de resultados da exposição das amostras aos dois tipos de
tratamento, observa-se que, apesar de não ser estatisticamente significativa, existe uma ligeira
vantagem na inibição da evaginação dos cistos, em termos absolutos e percentuais, à favor do
tratamento que utilizou água ozonizada (41%), comparativamente ao tratamento que utilizou
exposição direta à mistura gasosa de oxigênio / ozônio (35%).
Supõe-se que essa tênue vantagem possa ser creditada à uma saturação do ozônio na
mistura aquosa e, consequentemente, um maior tempo de exposição da superfície de contato
(membrana cística) ao gás. Sabe-se que, em solução aquosa, alcança-se o platô de saturação do
gás em 5 minutos e, quanto mais próxima de zero grau for a temperatura desta solução, maior
tempo será demandado para se observar diminuição na concentração de ozônio deste líquido,
conforme citado por Bocci, 2000.
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Apesar da ligeira vantagem do método de imersão em solução aquosa sobre o método de
exposição direta ao gás, esta pesquisa demonstrou não haver confiabilidade no ozônio como
agente de inibidor da evaginação dos cistos de Cysticercus bovis, em nenhuma das técnicas
utilizadas. Os percentuais de inibição de evaginação dos cistos observados na tabela de resultados
estão distantes daqueles desejados e ideais (100%), para credenciar o ozônio, nas concentrações e
tempos de exposição utilizados neste trabalho, como uma potencial arma a ser utilizada no
controle e / ou tratamento da cisticercose animal.
Neste estudo contemplou-se apenas um tempo de exposição (60 minutos) e utilizou-se um
gerador que produzia uma concentração fixa de ozônio. Devido à constatação da inibição de
evaginação dos cistos em percentuais que variaram de 35% a 41%, pode-se especular que,
aumentando-se o tempo de exposição e / ou a concentração de ozônio em futuros trabalhos,
poderia se obter melhores resultados.
Outro aspecto que poderia melhorar a performance do ozônio na inibição da evaginação
dos cistos é a temperatura da água utilizada na ozonização. Utilizou-se temperatura ambiente (25
a 26º C) e, conforme a afirmação de Bocci, 2000, quanto mais baixa for a temperatura da água,
mais tempo a concentração de ozônio permanece estável neste veículo. Utilizando-se água
gelada, seria mantida por mais tempo a concentração de ozônio e poderia obter-se melhores
resultados em futuras pesquisas.
As pesquisas que utilizaram sal como agente inibidor da evaginação dos escólex
(AQUINO, et al., 2005) conseguiram percentuais de inibição da evaginação dos cistos melhores
que os do presente trabalho, mas demonstraram a necessidade da exposição dos cistos ao Cloreto
de sódio por muitos dias, até semanas, o que prejudica a performance deste agente, em virtude de
demandar muito tempo para o tratamento e, dependendo da concentração e do tempo de
exposição ao sal, acarretar alterações organolépticas na carne, o que é altamente indesejável neste
tipo de alimento. O ozônio por ser um gás inodoro, incolor e altamente instável, age
imediatamente ao contato com as superfícies, não se acumula no produto a ser tratado e,
consequentemente, é de se esperar que não altere as características organolépticas dos alimentos,
além de necessitar de um tempo muito menor para o tratamento.
Quanto ao calor como agente inibidor da evaginação de cistos, REY, 1991, demonstrou a
sua eficiência, salientando o inconveniente de serem necessárias temperaturas muito elevadas
para conseguir tal objetivo, desnaturando proteínas e dando ao produto aspecto cozido, o que,
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para alguns tipos de carnes, é indesejável, além do risco de não se atingir no centro da peça de
carne a temperatura obtida no exterior da mesma. Com o ozônio, dispensa-se a utilização de altas
temperaturas e, devido sua natureza gasosa, sua difusão no meio é bastante facilitada alcançando
as partes mais profundas, sem o inconveniente de desnaturar proteínas e provocar alterações de
aparência no produto.
O congelamento, segundo Al Jadar (1988); Rey (1991) Benenson (1992); Pfuetzenreither
(1997) Palmeira et al (2002); e, demonstra eficiência mas, também demanda no mínimo 24 horas
para atingir seu objetivo e, como a salga e o calor, necessitam de uma estrutura física e de
equipamentos muito grande, o que não acontece com o ozônio.
Pelo exposto, acredita-se que o ozônio deva ser mais estudado com os objetivos
propostos, em concentrações e tempos de exposição diferentes, por apresentar potencial para ser
superior às técnicas já utilizadas atualmente nas indústrias de produtos de origem animal, além de
não ter sido testado “in vivo” em bovinos parasitados.
CONCLUSÕES
A exposição dos cistos de Cysticercus bovis à solução aquosa ozonizada mostrou-se
superior à exposição direta dos cistos à mistura gasosa oxigênio – ozônio em percentual de
inibição, mas a diferença não foi significativa (p > 0,05).
O tratamento com ozônio em imersão em água ozonizada ou exposição direta á mistura
gasosa de oxigênio / ozônio, sobre Cysticercus bovis, nas concentrações e tempo de exposição
estudados no presente trabalho, não inibiu a evaginação de todos os escólex de Taenia saginata.
Novos estudos aumentandoaumentando a concentração de ozônio e / ou o tempo de exposição
deverão ser realizados.
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