Consumidor 2.0

Transcrição

Consumidor 2.0
Revista do Sistema
Fecomércio-DF:
Sesc, Senac e
Instituto Fecomércio
Ano XIX nº 212
Fevereiro de 2016
Consumidor 2.0
Como os empresários
devem agir diante de
clientes cada vez mais
exigentes
Entrevista // Pág. 8
Juliano Costa Couto
presidente da OAB-DF
R$ 194,66 – Amil 400 QC Nacional R Copart PJCA (registro na ANS nº 472.929/14-3), da Amil, faixa etária até 18 anos, com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2015 – DF).
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2
Revista Fecomércio DF
Revista Fecomércio DF
3
Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos
a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Novembro/2015.
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está do seu lado.
fevereiro/2016
registradora
[email protected]
Comercial
do Senac-DF
é indicado a prêmio
Comunicação
com cara nova
O comercial criado pela equipe de
comunicação do Senac-DF para a
campanha de 2015 do vestibular da
Faculdade de Tecnologia é um dos
indicados ao prêmio O Melhor Comercial
Regional do Brasil, do SBT. A premiação é realizada nacionalmente desde
2009, mas esta é a primeira vez que haverá uma edição regional, na qual
o Senac-DF está concorrendo. O vencedor participará de um almoço na
emissora em São Paulo e poderá ir ao Festival de Cannes. O vídeo tem 30
segundos e teve criação de Auana Pontes de Andrade e Paulo Raymundo, sob
a coordenação de Ana Paula Gontijo, Marcus César Alencar e Diego Recena.
Hoje é cada vez mais
comum o uso dos
chamados “emojis”.
Segundo pesquisa
da Arkadin, empresa
de comunicação
colaborativa, já existem cerca de 845
emojis pelo mundo. Quanto mais
expressivo o traço, maior é a intenção
de sentimento que se quer representar
na mensagem. Além disso, 75% das
pessoas entrevistadas afirmaram que
usam as “carinhas” em mensagens
corporativas, que se tornaram uma
espécie de idioma universal.
34
12
2016: ano do
m-commerce
revista
Capa
Empresários têm um desafio
nos negócios, se adequarem aos novos padrões de
consumo e a clientes cada
vez mais bem-informados e
exigentes
Lei distrital pretende inibir
emissão de documentos de
saúde falsos no DF
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO
SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
18
Agenda Fiscal
Adriano Marrocos
22
Doses Econômicas
Ronalde Silva Lins
18
Economia
Raul Velloso
54
Direito no Trabalho
Cely Sousa Soares
Todos os anos, a empresa Pantone, conhecida
como ditar a linguagem padrão para a comunicação
em todas as fases, do designer até o fabricante,
anuncia as cores que serão tendência. Em 2016
foram escolhidas a Rose Quartz e o Serenity Blue. É a
primeira vez desde 1992 que a Pantone escolhe duas
cores que serão referência para o mundo da moda,
decoração, design, beleza, consumo e comportamento.
Juntas sugerem paz, tranquilidade e desaceleração.
/fecomerciodf
fecomerciodf.com.br
16
Gastronomix
Rodrigo Caetano
20
Gente
Liliam Rezende
56
Tecnologia
Máximo Migliari e
Renato Carvalho
58
Vitrine
Taís Rocha
REVISTA FECOMÉRCIO
Diretor de Redação: Diego Recena
Joel Rodrigues
Editora-Chefe: Taís Rocha
Editora Senac: Ana Paula Gontijo
Editor Sesc: Marcus César Alencar
Repórteres: Andrea Ventura, Daniel
Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa,
Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo
As cores do ano
Revista Fecomércio DF
Artigos
Atestado médico digital
Fotógrafos: Joel Rodrigues e Raphael Carmona
4
Entrevista
Juliano Costa Couto
Colunas
De acordo com dados da E-bit, o mercado de
e-commerce superou as expectativas e registrou
alta de 26% em vendas no último Natal. Pensando
nesse contexto, a Adyen, empresa global de
pagamentos, divulgou um guia com as tendências
para o comércio eletrônico em 2016. Uma das
tendências é o mobile commerce, que engloba pagamentos in-app, compra em
um clique; transações diretamente em canais de mídias sociais e pagamentos
recorrentes para assinaturas, tudo pelo dispositivo móvel. Fica a dica!
@fecomerciodf
8
Projeto Gráfico Gustavo Pinto e
Anderson Ribeiro
Seções
Diagramação: Gustavo Pinto
Capa: Denis Sousa
Revisora: Fátima Loppi
Impressão: Coronário
Tiragem: 60 mil exemplares
REDAÇÃO
SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Newton Rossi,
2º andar - Brasília - DF - 70.306-908
(61) 3038-7527
40
Diálogo empresarial
Fecomércio-DF
promoveu encontro com
investidores americanos
interessados em Brasília
48
52
55
62
66
Indicadores do Comércio
Caso de Sucesso
Empresário do Mês
Pesquisa Conjuntural
Pesquisa Relâmpago
Revista Fecomércio DF
5
editorial
DIRETORIA (TITULARES)
Presidente
Adelmir Araujo Santana
1º Vice-presidente
Miguel Setembrino Emery de Carvalho
2º Vice-presidente
Francisco Maia Farias
3º Vice-presidente
Fábio de Carvalho
VICE-PRESIDENTES
Antonio Tadeu Peron
Carlos Hiram Bentes David
Edy Elly Bender Kohnert Seidler
Francisco das Chagas Almeida
José Geraldo Dias Pimentel
Glauco Oliveira Santana
Tallal Ahmad Ismail Abu Allan
DIRETORES-SECRETÁRIOS
Vice-Presidente-Administrativo
José Aparecido da Costa Freire
2º Diretor-Secretário
Hamilton Cesar Junqueira Guimarães
3º Diretor-Secretário
Roger Benac
DIRETORES-TESOUREIROS
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2º Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
3º Diretor-Tesoureiro
Charles Dickens Azara Amaral
DIRETORES ADJUNTOS:
Hélio Queiroz da Silva
Diocesmar Felipe de Faria
Francisco Valdenir Machado Elias
DIRETOR DE ÁREA
DE COMBUSTÍVEIS
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS,
BARES, RESTAURANTES E SIMILARES
Jael Antônio da Silva
DIRETORES SUPLENTES:
Alexandre Augusto Bitencourt
Ana Alice de Souza
Antonio Carlos Aguiar
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Erico Cagali
Fernando Bezerra
Francisco Messias Vasconcelos
Francisco Sávio de Oliveira
Geraldo Cesar de Araújo
Jó Rufino Alves
Jose Fagundes Maia
Jose Fernando Ferreira da Silva
Luiz Alberto Cruz de Moraes
Milton Carlos da Silva
Miguel Soares Neto
Roberto Gomide Castanheira
Sérgio Lúcio Silva Andrade
Sulivan Pedro Covre
CONSELHO FISCAL:
Titulares:
Alexandre Machado Costa
Benjamin Rodrigues dos Santos
Raul Carlos da Cunha Neto
Suplentes:
Antônio Fernandes de Sousa Filho
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Henrique Pizzolante Cartaxo
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À CNC
Delegados Titulares
1- Adelmir Araujo Santana
2- Rogério Tokarski
Delegados Suplentes:
1 - Antônio José Matias de Sousa
2 - Mitri Moufarrege
DIRETOR REGIONAL DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e
Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos
Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais
Autônomos na Área de Beleza e Institutos
de Beleza para Homens e Senhoras do DF
(Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de
Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma)
• Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros
de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e
“AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas
de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes
Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) •
Sindicato das Empresas de Serviços de Informática
do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de
Promoção, Organização, Produção e Montagem de
Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos)
• Sindicato das Empresas Videolocadoras
do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio
Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do
Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios
do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios
Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio)
• Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do
DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista
de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios,
Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília
(Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de
Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) •
Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos
Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato
das Empresas de Loterias, Comissários e
Consignatários e de Produtos Assemelhados
do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF
(Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material
Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato
do Comércio Varejista de Material de Escritório,
Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato
dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato
do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF
(Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista
do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos
e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF
(Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato
das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança do Distrito Federal (Siese)
SINDICATOS ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis e de
Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília-DF – 70306-911 – (61) 3038-7500
6
Revista Fecomércio DF
O economista americano Jeremy Rifki defendeu recentemente
que a busca do interesse próprio
está sendo moderada pela pressão
de interesses colaborativos, e o tradicional sonho de enriquecimento
financeiro está sendo suplantado
pelo sonho de uma qualidade de
vida sustentável. Para ele, enquanto o mercado capitalista baseia-se
no interesse próprio e é guiado pelo
ganho material, os bens comuns
sociais são motivados por interesses colaborativos e guiados por
um profundo desejo de se conectar
com os outros e de compartilhar.
O “ter” tem perdido espaço para o
“ser”, sobretudo se esse vier acompanhado de uma vivência compartilhada e colaborativa. Não importa
ao jovem de hoje ter algo se ele não
puder dividir isso com os amigos e
pessoas próximas.
Paralelamente a isso, temos
consumidores conscientes e cada
vez mais exigentes. Ele compra online, não aceita ser enganado, tem
as redes sociais para reclamar do
mal atendimento ou do produto
caro, compara preços, sabe o que
quer quando chega à loja e muitas
vezes conhece o produto melhor
que o vendedor. Compara a performance de produtos em sites
especializados, tem ciência plena
de seus direitos e do modo como
exercê-los, tudo isso via celular ou
computador. São novos padrões de
consumo que demandam novas atitudes dos empresários.
De acordo com o consultor de
empresas e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rodrigo
Navarro, os empresários devem ter
ciência do desafio e reconhecer a
necessidade de um maior preparo
da força de vendas para lidar com
esses novos agentes de consumo.
Vários empresários da cidade já
se deram conta disso e têm oferecido facilidades não só para os clientes, como para os profissionais. O
espaço que antes ficava ocioso no
estabelecimento passa a ser usado
por outro profissional.
A capacitação constante é um
dos segredos para se adaptar e
conquistar mais vendas.
Além disso, oferecer facilidades
é premissa para o sucesso, como
criar canais entre a loja física e a
online, por exemplo.
Ainda sobre novos cenários nos
ambientes de negócios, detectamos uma modalidade de trabalho
que deverá ser o futuro das relações. Com a mudança do cenário
econômico, os profissionais e empresários de setores como os de
eventos, tecnologia e consultorias
têm se ajustado a uma nova modalidade de contratação que promete facilitar para ambas as partes.
O trabalho intermitente vem com
a proposta de jornada de trabalho
flexível e móvel, definido como
variação de tempo em serviço a depender da demanda do
empregador. Essa é mais uma
possibilidade de atuação para
os empresários.
“São novos
padrões de
consumo que
demandam
novas
atitudes dos
empresários”
Cristiano Costa
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Alberto Salvatore Giovani Vilardo
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
Jose Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Mitri Moufarrege
Rogério Tokarski
Desafios
aceitos
Adelmir Santana
Presidente do Sistema
Fecomércio-DF:
Fecomércio, Sesc, Senac
e Instituto Fecomércio
Revista Fecomércio DF
7
entrevista
Diálogo com a
sociedade
//Por Taís Rocha
Fotos: Joel Rodrigues
Recém-eleito para representar
nos próximos três anos cerca de
34 mil advogados
à frente da OAB-DF,
Juliano Costa Couto é
pós-graduado em Direito
Processual Civil e mestrando
em Direito Constitucional.
Nesta entrevista exclusiva à
Revista Fecomércio, ele fala
dos projetos para a entidade
e comenta questões sobre o
setor produtivo local.
8
Revista Fecomércio DF
O senhor está à frente de uma das
mais representativas entidades
do DF. Quais são os principais
projetos para os próximos três
anos?
Pretendo continuar avançando
nas conquistas que tivemos
na última gestão quanto
à advocacia, concretizar e
consolidar a perspectiva do
advogado no Distrito Federal
de um trabalho franco, honesto
e justo, inclusive com atenção
especial ao jovem advogado. Além
disso, pretendemos aumentar
a participação da Ordem na
defesa da cidadania, da sociedade
do DF. Inclusive temos muita
preocupação e criaremos duas
comissões específicas para
a Promoção do Combate à
Corrupção e outra vinculada ao
setor produtivo, por meio da qual
dialogaremos com a indústria,
o comércio e os prestadores
de serviços para que, juntos,
possamos encontrar soluções
viáveis e convenientes para a
sociedade do DF. Registro que
nossa gestão estará de portas,
ouvidos e coração abertos para
os apelos e anseios da sociedade
e funcionaremos como caixa
de repercussão de diálogo.
Estamos à inteira disposição da
Fecomércio, de seus associados e
diretoria. Será sempre uma honra
estabelecer esse diálogo para
que trabalhemos em conjunto por
uma sociedade e por um DF cada
vez melhor.
E o senhor já tem ideia, em linhas
gerais, de como será o trabalho
dessas duas comissões?
À Comissão de Combate à
Corrupção pretendemos trazer
propostas de outros estados,
de outros países, previstas na
doutrina, que serão objeto de
debate e de diálogo com os
demais órgãos de controle do
Estado, para que apresentemos
propostas e formas de trabalho
no combate à corrupção.
Entendemos que quanto mais
eficaz for o Estado, menor espaço
há para a corrupção. Ela é hoje
um câncer que assola o País.
Estamos em um momento de
crise, no qual a sociedade merece
o melhor tratamento do serviço
público, e de maior qualidade
possível, além da destinação
correta das verbas públicas
que são do Estado por meio do
pagamento de impostos. Em
relação ao setor produtivo, eu
identifico que o DF não tem, via
de regra, uma vocação para a
atividade privada, mas isso vem
em uma crescente, inclusive
pelo talento dos empresários
corajosos do DF. A Ordem,
como uma grande interlocutora
da sociedade civil, pretende
estabelecer o diálogo com os
setores produtivos, como a
Fecomércio-DF, a Fibra, as
associações comerciais, para
que identifiquemos os gargalos
e tornemos o DF o ambiente
mais propício possível ao
desenvolvimento das atividades
econômicas. Desse modo
ganharemos todos, ganhará
a sociedade com o maior
pagamento e recolhimento de
impostos, geração de empregos e
renda no DF.
Uma das bandeiras da
Fecomércio-DF é lutar contra a
corrupção. Tanto é que no ano
passado, apoiamos a campanha
10 Medidas contra a corrupção
do Ministério Público, colhendo
assinaturas e divulgando as
medidas. Na opinião do senhor,
a corrupção tem conserto no
Brasil?
Temos que acreditar que há
conserto. Prefiro ser um otimista
frustrado do que um pessimista
realizado. Acredito que o que
nos move é a esperança de um
País melhor, inclusive quanto
aos cargos de liderança, os
representantes de um segmento
da sociedade, como é o caso do
presidente da Ordem, precisamos
sim ter esperança. E o que separa
A OAB, como uma
grande interlocutora
da sociedade
civil, pretende
estabelecer o diálogo
com os setores
produtivos, como
a Fecomércio, a
Fibra, as associações
comerciais, para
que identifiquemos
os gargalos e
tornemos o DF
o ambiente mais
propício possível
ao desenvolvimento
das atividades
econômicas
Revista Fecomércio DF
9
entrevista
espaço a ela concedido. E quando
me perguntam qual é o lugar
da mulher, digo que é onde ela
quiser estar. Assim será na minha
gestão.
o sonho da realidade é a ação.
Estejam seguros que nesta
gestão não faltarão ações que
busquem uma sociedade melhor,
mais fraterna, mais justa e mais
honesta. Trabalharemos, e muito,
em prol da sociedade.
Gostaria de saber a opinião da
OAB-DF sobre alguns temas
caros à Fecomércio, como o FCO e
os puxadinhos.
A Ordem tem muitos ouvidos
e muitas visões, com muita
capilaridade na atuação de nossa
entidade. Contamos com uma
Comissão de Direito Urbanístico,
uma Comissão de Direitos
Humanos, além dessas duas que
serão criadas agora, Tributária
e do Setor Produtivo. Entendo
que a cidade de Brasília deve
ser preservada e protegida, mas
seu tombamento não significa
seu engessamento. A cidade de
Brasília de 2015 é muito diferente
da imaginada em 1960 por Lúcio
Costa e Oscar Niemeyer. Então,
com respeito à cidade, avanços e
adaptações devem ser realizados.
O governo deve ter bom senso
para identificar isso. A cidade
hoje tem mais de dois milhões de
habitantes e os espaços públicos
e privados devem ser adaptados
a essa nova realidade, de forma
que a cidade receba com um braço
mais fraterno e solidário tanto os
cidadãos, quanto as atividades
econômicas aqui desenvolvidas.
Sobre o FCO, entendo que a Ordem
pode e deve contribuir com as
demais entidades e instituições
financeiras para que fomentem
com cada vez mais eficácia a
10 Revista Fecomércio DF
É com muita tristeza
que vemos o DF
passar por essa
situação. O menor
estado do País, no
aspecto geográfico,
a maior renda per
capita média do País,
inclusive puxada
para cima, por
conta dos milhares
de servidores
públicos, um ente da
Federação que tem
o auxílio do Fundo
Constitucional
atividade local. O FCO, que facilita
o acesso a empréstimos e aportes
para as empresas, deve ser
utilizado em sua grande maioria
e deve ser facilitado. Percebo
que os empresários do DF já
demonstraram talento e grande
capacidade para, com muita
sabedoria, fazer uso dos recursos
colocados à disposição. Inclusive,
pretendo participar da efetivação,
tornar real o Parque Tecnológico
do DF.
Para a OAB, 2016 será o Ano da
Mulher Advogada. Quais são
as principais reivindicações
das mulheres advogadas?
Imagino que, como em qualquer
outra profissão, ainda exista
preconceito, desrespeito também
nesta área, certo?
Estou muito orgulhoso de ter, no
primeiro ano do meu mandato, a
alegria de fazer parte do Ano da
Mulher Advogada na história do
Sistema OAB. Conto com uma
vice-presidente mulher, Daniela
Teixeira, e estamos valorizando
a mulher advogada no nosso
conselho e na composição das
diretorias de nossas comissões.
A mulher advogada tem muito a
contribuir com sua sensibilidade,
inteligência e capacidade de
trabalho. Entendo que um dos
grandes desafios é trazer mais
mulheres ainda para a Ordem.
Os homens ainda são maioria na
representação política, mas não
na base. Há hoje mais mulheres
inscritas na OAB-DF do que
homens. Elas também já são
maioria nas faculdades de Direito.
A mulher merece ter todo o
Atualmente são quantos inscritos
na OAB-DF?
Entregaremos agora em 2016,
a carteira OAB de número 50
mil. Mas com licenciamentos,
desligamentos e falecimentos,
temos hoje por volta de 34
mil advogados ativos no
DF, um número que cresce
exponencialmente. Para se ter
ideia, nos últimos dez anos, a
população brasileira cresceu
19% e a população de advogados
cresceu 56%. Logo, é uma classe
que merece atenção e carinho.
Gostaria de deixar registrado aqui
que diante da crise que estamos
todos vivendo não é só pública,
mas também privada. Convido e
convoco a todos os associados da
Fecomércio que tenham interesse
em estabelecer um diálogo
comercial privilegiado com a
classe dos advogados, que procure
nossa Caixa de Assistência, para
a celebração de convênios. Nós
temos interesse em celebrar
convênios que privilegiem a
classe dos advogados, como
a concessão de descontos e
facilidades. Essas propostas
podem ser apresentadas na Caixa
de Assistência pelo telefone
3347-0213. Entendo que esses
convênios fomentariam a
atividade econômica do DF. Já
temos convênios com academias,
restaurantes, papelarias,
cinemas, hospitais e profissionais
liberais. Será uma honra
estabelecer com os empresários
ligados à Fecomércio esse tipo de
diálogo.
Dentro desse contexto de
crescimento do número de
advogados no País, uma das
bandeiras da entidade é a luta
contra a criação do “paralegal”.
Gostaria que o senhor falasse um
pouco sobre isso.
Iremos defender com unhas
e dentes a manutenção,
aperfeiçoamento e manutenção
do Exame de Ordem. Só pode ser
advogado o Bacharel em Direito,
regularmente aprovado no exame.
Não admitimos mudança nesse
quesito de retirada do exame da
Ordem. Somos contra a criação
da profissão do paralegal. Ao
Bacharel em Direito é dada a
persecução de diversos caminhos,
inclusive concursos públicos, o
exercício da atividade empresarial.
Quem quiser, efetivamente,
ser advogado, tem que ser
obrigatoriamente aprovado no
Exame da Ordem.
Como está esse trâmite no
Congresso?
O Projeto de Lei (PL) 5749/2013,
relativo ao paralegal,
aparentemente, está aguardando
deliberação de recursos da
Mesa Diretora da Câmara dos
Deputados.
Tem-se falado muito na esfera
administrativa em transparência
e fiscalização no uso dos recursos
públicos. O senhor acredita que
ainda há muito o que fazer no
País? Em que medida a OAB pode
contribuir para isso?
A comissão que criaremos, de
combate à corrupção, vai também
abordar a questão de compliance,
que é um instituto jurídico que
ganha cada vez mais força e trata
de todas as normas aplicáveis
tanto pelos administradores da
coisa pública, como também por
parte dos empresários. Imagine
que nenhum empresário quer
pagar propina. Ele não paga
voluntariamente essa propina. Ele
paga porque, volta e meia, ele se vê
obrigado a, dentro de um sistema
em que a corrupção está presente,
diminuir parcela de receita que
seria sua ou de sua empresa.
Esse é um dos aspectos. Quanto à
transparência das contas públicas,
é de absoluta necessidade, não
só das contas, mas também dos
dados e informações, inclusive
dos servidores. O dinheiro público
não é um dinheiro do Estado,
mas sim de todo e qualquer
cidadão. Nós temos que saber
as receitas, as despesas e
seu destino. E junto a isso, eu
acredito que dentro dessa ideia de
melhora e avanço da sociedade,
pretendo criar aqui, com o
estabelecimento de parcerias com
outras entidades, a Comissão da
Sustentabilidade. O País vive hoje
um grande problema de água, de
alimentação. O Centro-Oeste tem
suas dificuldades no fornecimento
de água e temos que fazer um
trabalho de conscientização das
empresas e dos cidadãos acerca
do correto uso e destinação
dos recursos naturais que nos
são apresentados. Pretendo
estabelecer um diálogo intenso
com o governo e sociedade como
um todo.
Estamos vivendo uma falência
dos estados brasileiros no que
se refere ao inchaço da máquina
pública e à impossibilidade
de pagamento de dívidas e até
mesmo da folha. O DF está nessa
situação. Como o senhor avalia
isso?
É com muita tristeza que vemos
o DF passar por essa situação - o
menor estado do País, no aspecto
geográfico, a maior renda per capta
média do País, inclusive puxada
para cima, por conta dos milhares
de servidores públicos, um ente
da Federação que tem o auxílio
do Fundo Constitucional, onde há
o suporte financeiro para custeio
de toda a segurança pública,
abrangendo todas as forças
policiais, civil, militar e corpo de
bombeiros, além do aporte para a
saúde e educação. Aparentemente,
o DF, em vez de estar entre os
falidos, deveria estar entre os
exemplos de entes da Federação
a serem seguidos. Acredito e
espero que o governo atual e os
futuros tratem com mais carinho,
consideração e apreço o DF, para
que ele volte ao espaço de destaque
que merece no cenário federal.
Revista Fecomércio DF 11
atestado
Fim da farra
dos atestados
//Por Daniel Alcântara
Fotos: Joel Rodrigues
Nova lei distrital pretende frear a emissão de
documentos falsos que só no setor varejista
causa prejuízo de R$ 20 milhões ao ano no DF
C
om o intuito de frear a atuação da máfia de falsos atestados médicos e com o prejuízo que eles causam às empresas
e aos órgãos públicos da cidade, o
Governo de Brasília regulamentou a Lei i nº 5.526/2015, que trata da obrigatoriedade da emissão
de atestados médicos digitais, feita por meio de certificação digital.
Idealizada pelo Sindicato do Co-
“Durante o processo
de análise conferimos
o carimbo do médico e
o CRM. Já aconteceu
de encontrarmos
carimbo de médico
que já tinha falecido”
Alexandre Bitencourt
presidente do Sindlab
mércio Varejista do Distrito Federal
(Sindivarejista-DF) e apresentada à
deputada distrital Sandra Faraj (Solidariedade), a lei exige que os novos atestados deverão conter dados
do paciente (nome, CPF e email);
do médico (nome, assinatura eletrônica e registro profissional); e
do atendimento médico (local, data,
instituição, CID da doença). Além da
exibição do código de autenticação
1,8 MIL
é o número
de atestados
falsos
apresentados
no setor
varejista por
mês no DF
12 Revista Fecomércio DF
documental, e período correspondente à indicação de afastamento,
se for o caso.
De acordo com o presidente do
sindicato, Edson de Castro, a deputada Sandra Faraj apoiou a ideia e,
em tempo recorde, aprovou a nova
determinação. A lei entra em vigor
em 180 dias a contar de 14 de dezembro de 2015. Conforme a regulamentação, a Secretaria de Estado
de Saúde vai oferecer acesso on-line aos E-atestados a todos os interessados, por meio de “protocolo
seguro e de alta performance”. O
documento estabelece ainda que,
nos casos de profissionais liberais
e/ou empresas privadas, a fiscalização de cumprimento das regras
será realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDC/Procon-DF). O descumprimento da determinação pode acarretar sanções
que vão desde advertência por escrito até mesmo aplicação de multa
no valor de R$ 5 mil por notificação.
Atualmente, apenas no setor
varejista são mais de 1,8 mil atestados falsos emitidos por mês,
segundo dados do Sindicato. No
entendimento de Edson de Castro,
a compra de atestados falsos é recorrente na capital e causa um prejuízo em torno de R$ 20 milhões ao
ano para o comércio local. Castro
comenta ainda que o pico de emissão de atestados falsos é após fe-
riados e às segundas-feiras.
“O sindicato vem lutando há
bastante tempo para acabar com
a prática no DF. Hoje, é fácil achar
quadrilhas especializadas que vendem atestados forjados. Qualquer
cidadão com R$ 15 no bolso consegue efetuar a compra em vários
pontos da cidade, como: Rodoviária, Conic e na Praça do Relógio em
Taguatinga. Com a lei, evitaremos
um prejuízo do comércio, que não
é só do segmento varejista, mas de
todos os empresários da cidade”,
acredita Edson.
“É importante lembrar que vender atestado é crime de falsidade
ideológica, cuja pena pode chegar
a cinco anos de reclusão. Já quem
apresenta atestado médico falso no
trabalho fica sujeito à demissão por
justa causa”, observa Castro.
TRABALHO DE CONFERÊNCIA
O presidente do Sindicato dos
Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Distrito Federal
(Sindlab), Alexandre Bitencourt, é
proprietário de uma clínica médica
que atua no segmento de Medicina
do Trabalho e tem contrato com
grandes empresas e autarquias
públicas federais. Entre os serviços
oferecidos na clínica de Alexandre
está o de homologação de atestado
médico, no qual é feito um trabalho
de perícia para confirmar a autenRevista Fecomércio DF 13
atestado
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
NC
À IN F Â
UNICEF/BRZ/João Ripper
norma beneficiará os comerciantes
e também para os trabalhadores
que não serão mais questionados
sobre a veracidade do laudo médico. “Quando se coíbe a emissão de
documentos falsos os empreendimentos são beneficiados, além de
resguardar também o médico, que
pode sofrer um processo por ter
seu nome vinculado a um atestado
falso”, diz Sandra.
A deputada lembra ainda que
outro benefício importante da lei
será o banco de dados que os novos atestados digitais irão gerar.
Com isso, o governo poderá ter dados reais de quais as doenças que
mais afetam a população e aonde
elas mais ocorrem. “O governo vai
poder trabalhar com dados estatísticos gerados pelo novo sistema
de regulamentação que está sendo
proposto. Isso dará uma melhor
visualização dos motivos que afastam as pessoas do trabalho. Assim,
poderão ser elaboradas políticas
públicas de prevenção e aperfeiçoar as compras de remédios com
dados comprovados, evitando gasto indevido do dinheiro público”,
diz Sandra.
UNICEF/BRZ/João Ripper
BENEFÍCIO PARA TODOS
Para a deputada Sandra Faraj,
autora da Lei 5.526/2015, ela ajudará muitas pessoas ao colocar um
ponto final na indústria de falsificação de atestado. Segundo ela, a
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
Edson de Castro
presidente do Sindivarejista-DF
Sandra Faraj
deputada distrital
14 Revista Fecomércio DF
A
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
ticidade do documento. “Durante
o processo de análise conferimos
o carimbo do médico e o CRM. Já
aconteceu caso de encontrarmos
carimbo de médico já falecido, ou
até mesmo de um ginecologista
que supostamente atendeu um
paciente do sexo masculino”, conta Bitencourt.
Segundo Alexandre, o estabelecimento administrado por ele
faz em torno de 1,2 mil análises
mensais. Desse total, 23% dos
atestados têm indícios de irregularidade. “Quando descobrimos algo
estranho, relatamos às empresas.
Assim, o responsável pode tomar a
atitude que lhe melhor convir com
o funcionário”, explica.
Agora, com a nova lei que exige
a certificação digital, Alexandre explica que o trabalho de homologação será reduzido em 99%. “Com a
mudança, vamos verificar apenas se
a certificação digital está correta. A
redução de números de atestados
falsos cairá bruscamente”, afirma.
EMPRES
secure.unicef.org.br/empresasolidaria
0800 605 2020
[email protected]
Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho
e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos
a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.
Revista Fecomércio DF 15
gastronomix
Tejo desembarca na capital
http://bloggastronomix.blogspot.com
Rodrigo Caetano
[email protected]
Jornalista
e blogueiro
www.facebook.com/portalgastronomix
Parrilla Madri em nova fase
O Parrilla Madrid já começou o ano
com nova atmosfera. Atento ao
mercado, aos clientes e realizando
um desejo pessoal, Gil Guimarães
resolveu dar uma mexida no astral
do lugar. Uma das principais
mudanças é a estreia de uma carta
com seis hambúgueres diferentes.
“A experiência que tivemos com
o choripan e o Kobe burguer
servidos na calçada, de maneira
mais casual, foi bastante positiva.
Quis explorar essa vertente mais a
fundo. Boa comida, simples, com
ingredientes de qualidade”, conta
Gil ao Gastronomix.
A casa passou por uma pequena
reforma. A porta da frente foi
reaberta e foi criado o Burguer Bar,
dentro do Parrilla Madrid, com um
balcão. No cardápio, seis tipos de
hambúrguer que custam entre R$
23 e R$ 29, incluindo um vegano.
Para chegar ao hambúrguer ideal,
ele passou três meses fazendo
testes para equilibrar carne e
gordura e chegar a um blend ideal.
O pão será um brioche fabricado
diariamente lá mesmo.
Viagens gastronômicas
La Colombe – Um restaurante
e uma bela experiência
gastronômica. Localizado na
vinícola da região de Constantia
Valley, o local é berço de comida
de ótima qualidade. Com menu
restrito, mas diversificado, o
chef da casa aposta na comida
contemporânea, em que há uma
fusão de técnicas culinárias, uma
combinação de sabores inusitados
e uma apresentação criativa do
prato. O ambiente é um convite
16 Revista Fecomércio DF
O chef Custódio Rodrigues Alves,
que acompanha Manuelzinho desde
o Antiquarius do Rio de Janeiro,
desenvolveu alguns pratos com
Para os molhos, uma parceria com
um produtor local, a Cornucópia.
Foram desenvolvidos três:
Chipotle, outro à base do whisky
Jack Daniel´s e um de goiabada
picante. Os clientes também
terão a opção de montar o próprio
hambúrguer escolhendo seus
acompanhamentos.
408 Sul, bloco D, loja 1
Drinks de verão
(61) 3443-0698
Cidade do Cabo (África do Sul)
R$ 15 bilhões
para passar pelas etapas do
menu comendo e contemplando a
paisagem. Espetacular.
Brasília tem um novo restaurante
português: Tejo. O nome é
uma homenagem ao rio que
corta a cidade de Lisboa, terra
do restauranter Manuel Pires
(Manuelzinho, como é conhecido),
um dos sócios da casa. Com 100
lugares disponíveis, o local pretende
saudar a culinária lusitana na
sua melhor essência e com seus
pratos típicos como o Bacalhau
Dourado (R$ 75), que vem desfiado
com batata palha e ovos batidos
temperados; Bacalhau à Gomes
de Sá (R$ 76), assado em lascas,
com ovos, batatas e azeitonas,
e Bacalhau Espiritual (R$ 69),
desfiado e cozido com creme de leite
e cenoura e, em seguida, gratinado.
foi o valor movimentado
no mundo no último ano
com a venda de azeite.
No Brasil, as vendas
cresceram 121% em
valor e 81% em volume
nos últimos cinco anos.
O Taypá adicionou em sua
carta de drinks opções novas
para a estação do ano. O
barman peruano Simón
Escobar criou o Pismojito de
Maracujá, com pisco, suco
de maracujá, açúcar, club
soda, folhas de hortelã e gelo
(R$ 26,50); o La Perricholi,
com pisco, curaçau blue,
manjericão, suco de limão,
suco de maracujá (R$ 26,50)
e o Tropical Brasilian, com
gin, suco de limão, suco
de laranja, creme de coco
e curaçau blue (R$ 26,50).
Para os amantes da cerveja,
a sugestão é o Cocktail de
Cerveja, com run, gengibre,
xarope, Orange bitter e
cerveja artesanal (R$ 26,50).
Aproveite que o verão já está
quase indo...
sua assinatura
como o Bacalhau
Tejo, feito no
azeite ao forno,
acompanhado
de cebola feita ao
vinho espanhol Jerez
e batatas cortadas em
rodelas; o filé à Tejo (R$
59), que vem fatiado,
ao molho de mostarda,
creme de leite, ervas
secas, mostarda e batata
palito e o camarão à Tejo
flambado no conhaque com molho
rosado, curry, orégano, coentros e
arroz de amêndoa.
A casa funcionará também com um
cardápio especial para o almoço
de terça a sexta, com 12 opções de
pratos principais, entre R$ 29 e R$
79. Haverá ainda a sugestão do dia,
no sábado, a feijoada será servida
para duas pessoas e, no domingo,
a paella de frutos do mar também
servirá duas pessoas.
404/405 Sul, bloco B, loja 27
(61) 8311-1951
Horário de funcionamento: de terça
a sábado para almoço e jantar e aos
domingos, somente para almoço.
Tour pela Itália
O especialista em café Antonello
Monardo está organizando mais um tour
gastronômico pela Itália entre 14 e 26 de
maio. Desta vez, a região escolhida é o
Sul: Campania (Sorrento, Capri, Positano,
Amalfi, Avellino, Napoli); Sicília (Marsala, Agrigento, Cefalú, Castelbuono,
Palermo) e Sardegna (Orgosolo, Oristano, Cagliari). As conexões entre as
regiões serão feitas pelo Mar de Tirrento, parte do Mediterrâneo. A viagem
inicia e finaliza em Roma. O valor do tour por pessoa (excluindo a viagem
aérea) em quarto duplo ou de casal = € 2.650. E, em quarto single, € 3.350.
Outras informações pelos telefones (61) 3425-3566 e (61) 9971-7349. Ou pelo
e-mail: [email protected]
Tour por Mendoza
E de 23 a 27 de abril, o chef Paulo Tarso promove seu 2º tour
gastronômico. Destino: Mendoza, região de vinhos na Argentina. A
viagem promete, em quatro dias, um passeio pelas melhores vinícolas
da região e pelos restaurantes de lá. Quem se interessar deve entrar
em contato com a Viana Turismo pelo telefone (61) 3248-2419.
Revista Fecomércio DF 17
agenda fiscal
A garra do leão, mais
próxima em 2016
Vamos apresentar a recém-chegada à família SPED, uma novidade
que preocupa desde o dia 1º de dezembro: e-Financeira. Os bancos
deverão apresentar semestralmente à Receita Federal (SRF) dados
financeiros, como o saldo no último
dia útil do ano de qualquer conta de
depósito, inclusive de poupança, e de
cada aplicação financeira; dos rendimentos brutos auferidos mês a mês;
as transferências entre quaisquer
contas do mesmo titular, e as operações em moeda estrangeira. Além
dos bancos, estão também obriga-
Calendário
das as seguradoras e as administradoras de planos de previdência e de
consórcio e outras. Relativamente a
2015 (dezembro) a entrega será em
maio/2016, mas, a regularidade semestral terá sua primeira apresentação em agosto/16 e fevereiro/17 e
assim por diante. A faixa de corte é
muito baixa, sendo R$ 2 mil (pessoa
física) e R$ 6 mil (pessoa jurídica) na
conta corrente, caderneta de poupança e aplicações, inclusive em moeda estrangeira. A Receita Federal
não receberá apenas a informação
do mês de dezembro/2015, pois os
demais meses serão apresentados
na Declaração de Informações sobre
Movimentação Financeira (Dimof).
A diferença é a acessibilidade aos
dados e a facilidade de cruzamento
desses com outros módulos, como
o e-Social e o ECD. Se, por um lado,
alguns alegam o fim do Sigilo Fiscal,
por outro, a SRF alega que as informações declaradas estão incompletas e que o objetivo é identificar a
sonegação e a lavagem de dinheiro.
Enfim, é a “mão invisível” do Estado
(ou a garra do leão) mais próxima do
contribuinte.
1º a 29/02/2016
O QUÊ e QUANDO pagar?
Data-limite para pagamento dos Salários referente à 1/2016.
5/02
FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social)
referente a 1/2016.
Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente a 1/2016.
15/02
19/02
Cristiano Costa
22/02
Contribuição Previdenciária (segurados empregados e contribuintes individuais e facultativos)
referente a 1/2016.
Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas
desoneradas) referente a 1/2016.
Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 1/2016.
SIMPLES NACIONAL referentes a 1/2016.
ISS e ICMS referentes a 1/2016 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
25/02
PIS e COFINS referentes a 1/2016.
29/02
Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 1/2016.
2ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 4º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido
ou Arbitrado.
Carnê Leão referente a 1/2016.
IRPJ e CSLL referente à 01/2016, por estimativa.
Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da
Lei 11.941/2009 (consolidado).
O QUÊ e QUANDO entregar?
05/02
15/02
22/02
29/02
Várias
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente a
1/2016.
Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/
Receita (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 12/2015.
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF
referente a 12/2015.
Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente a 1/2016.
Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) a SRF/MF referente a 2015.
Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) a SRF/MF referente
a 2015.
Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 01/2016: observar Portaria/SEFP nº
398 (9/10/2009). Várias datas no mês de 2/2016.
Adriano de Andrade Marrocos
Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF
18 Revista Fecomércio DF
Revista Fecomércio DF 19
gente
Cursinho gratuito para
estudantes carentes
Futebol feminino
ganha espaço
//Por Liliam Rezende
Foto: Raphael Carmona
O Capital Feminina Futebol Clube nasceu em
2012, quando duas atletas uniram o sonho por
uma melhor gestão do futebol feminino e o ideal de
transformar vidas e criar oportunidades por meio
do esporte. Camilla Orlando Santana Veríssimo,
formada em Educação Física pela Lincoln Memorial University, no Tennessee, e Monaliza de Souza
Vieira Corrêa, estudante de Administração e colega
de equipe de Camilla, desenvolveram uma metodologia com base nas experiências adquiridas ao
longo de suas carreiras como jogadoras. O método
trabalha a individualidade feminina e acompanha
de perto a evolução de cada aluna, preocupando-se com a parte técnica, tática, física, mental e
espiritual, sempre respeitando a individualidade de
cada uma. “Nossa meta é ser parte do desenvolvimento da modalidade. Queremos, além de auxiliar
nesta mudança, ser um clube de futebol feminino
referência no Brasil e no mundo”, destaca Camila.
O Capital Feminina FC é responsável por ensinar
futebol e introduzir a língua inglesa para meninas
de 6 a 18 anos, nas unidades sociais na Estrutural,
Fercal e Paranoá. Já as escolinhas de futebol funcionam na Asa Norte, Asa Sul e Águas Claras.
20 Revista Fecomércio DF
Foto: Raphael Carmona
O projeto Galt funciona como um cursinho
pré-vestibular gratuito e a ideia veio de quatro
amigos, todos ex-alunos da UnB. Formado em
Relações Internacionais, Rubenilson Cerqueira,
de 26 anos, é um dos fundadores do projeto. “Decidimos fazer algo voltado para a educação. Estudei em escola pública a vida toda, então entendo
a dificuldade que os jovens têm de se preparar,
de competir com outros de escolas particulares.
Na época fiz um cursinho muito parecido, vi como
uma oportunidade para que outros jovens também
pudessem concretizar seus sonhos de entrar para
uma faculdade”, conta. O processo seletivo tem
uma prova objetiva e uma entrevista. O cursinho é
gratuito e o único retorno que os alunos têm que
oferecer em troca, segundo Rubenilson, são os
estudos. Com pouco menos de 1 ano, o projeto já
toma força e começou sua expansão, agora em
parceria com a UDF, que cedeu uma sala para 150
alunos no período da manhã. Já no Gisno o Galt
atende 50 alunos no período noturno. Atualmente
são 43 professores voluntários, divididos em 11
disciplinas, 13 membros que trabalham na administração e oito psicólogos que atendem os alunos
durante o semestre. “Estamos à procura de parcerias com gráficas para imprimir o material que
nossos professores elaboram para disponibilizar
para os alunos”.
//Por Liliam Rezende
Leonardo Marchini, 38 anos, formou-se em
Processamento de Dados e fez pós em Gestão
de Projetos. Apaixonado por cervejas, criou um
aplicativo para avaliação de cervejas, o Zito.
Por que lançar um aplicativo sobre cervejas?
Sou apaixonado pelo mundo das cervejas. Fiz
um curso de Tecnologia Cervejeira e como
sócio de uma empresa de aplicativos, uni
tecnologia da informação e cervejeira.
Professora
inspiradora
//Por Liliam Rezende
Foto: Raphael Carmona
A professora Gina de Albuquerque tem 43 anos e
há 25 se dedica à Secretaria de Educação do DF. Lotada desde 2012 no Centro de Ensino Fundamental
12 de Ceilândia, teve seu projeto – Mulheres Inspiradoras - classificado em primeiro lugar na quarta
edição do Prêmio Ibero-americano de Educação
em Direitos Humanos. A premiação tem o objetivo
de contribuir para a formação de uma cultura que
defenda valores, atitudes e práticas sociais que respeitem os direitos dos cidadãos em todos os espaços
da sociedade. Executado na escola que leciona, o
projeto de Gina foi selecionado entre 260 trabalhos
de todo o País. Mulheres Inspiradoras foi elaborado
para lidar com a representação da mulher na mídia
e com uma alta incidência de comportamentos associados ao cyberbullying, a pornografia de revanche e a divulgação de imagens eróticas nas redes
sociais. Ela mapeou o uso das redes sociais pelos
estudantes e constatou que essa relação virtual entre alunos e alunas era um dos problemas da escola.
Para Gina, é missão da escola ajudar a refletir sobre
os problemas cotidianos. “A escola fechada em si
mesma, voltada apenas para o conteúdo dos livros,
não serve para a complexidade do que estamos vivendo. Ela não pode se furtar da responsabilidade de
trazer esses temas para a sala de aula.”
De onde surgiu a ideia de criar o Zito?
Pensei na possibilidade de criar uma
ferramenta que pudesse ajudar o consumidor a
encontrar uma cerveja que o agradasse.
O foco é no consumidor?
É uma ferramenta para estabelecimentos,
cervejarias e profissionais da área, conhecidos
como Zitólogos (de onde vem o nome do app).
Quais as funcionalidades?
O cadastro das cartas de cervejas e a
extração de relatórios que mostram
o padrão de consumo da região.
As cervejarias podem analisar
onde suas cervejas estão sendo
vendidas e ver a avaliação dos
consumidores. Os zitólogos
fazem a avaliação
detalhada de cada
cerveja e entram em
um ranking que dá
visibilidade a ele.
Há outros benefícios
para o consumidor?
A visualização dos
estabelecimentos
que vendem cervejas
próximos a ele, os
preços e detalhes de
cada uma. A partir da
avaliação, o aplicativo
mapeia suas predileções.
Revista Fecomércio DF 21
Raphael Carmona
//Por Liliam Rezende
Cinco
perguntas para
Leonardo Marchini
artigo doses econômicas
Brasilienses estão alugando
mais imóveis que comprando
ba, Florianópolis, Fortaleza, Niterói,
Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador, Santo André, São Bernardo
do Campo, São Caetano do Sul, São
Paulo, Vila Velha, Campinas, Goiânia,
Contagem, Santos e Vitória.
O valor médio do metro quadrado das 20 cidades em junho/2015 foi
de R$ 7.608. A cidade com o metro
quadrado mais caro continua sendo o Rio de Janeiro (R$ 10.643),
seguida por São Paulo (R$ 8.593) e
Brasília (R$ 7.969). Os dois municípios que apresentaram os menores
preços foram Contagem (R$ 3.550)
e Goiânia (R$ 4.162).
É claro que a casa própria é um
dos principais sonhos dos brasileiros, esse perfil não mudou ainda,
mas com o financiamento cada dia
mais caro e com exigências cada vez
mais difíceis de serem atendidas, os
consumidores estão se adequando
à nova realidade do Brasil, o que não
é de tudo ruim, movimentando esse
mercado.
Outro fator determinante para
os aluguéis foi que eles subiram
menos que o IPCA, índice oficial de
inflação calculado pelo IBGE. Visto
que a inflação ao consumidor sobe
três vezes mais do que os preços de locação. Em 2014,
enquanto o IPCA chegou a
7,14%, o índice dos aluguéis
chegou a 2,38%. É verdade,
há um pequeno truque aí.
Usou-se o IPCA em vez do
IGP-M, que é o índice tradi-
cional para reajuste de aluguéis, assim, para entender um pouco melhor o comportamento dos aluguéis,
comparamos o IGP-M que avançou
apenas 3,67% em 2014, e os aluguéis que subiram 2,38%.
Para 2015, a façanha do aluguel
foi maior ainda. O aumento nominal
no acumulado foi de 1,95%, enquanto no mesmo período, a inflação
medida pelo IPCA foi de 10,53%.
Logo surge a pergunta: alugar
ou comprar, qual a melhor opção?
Cada uma tem suas vantagens e
suas desvantagens, mas não vamos
entrar nesses detalhes. Contudo, é
bom lembrar que em situação de
crise econômica, precisamos analisar cuidadosamente cada situação, para obtermos mais conforto
e segurança econômica e que não
tenhamos dissabores futuros.
Raphael Carmona
Nos últimos oitos meses, o
consumidor brasiliense vem demonstrando um comportamento
não muito tradicional com relação
à opção de compra da casa própria,
“estão preferindo” alugar o imóvel.
Essa tendência tem diversos fatores, entre eles alta dos juros, inflação, desemprego, desconfiança
no mercado imobiliário, alteração
na modalidade de financiamento de
imóveis, perda de credibilidade no
governo e também de sua política
econômica. O consumidor vem se
adequando ao mercado imobiliário
diante da crise econômica pela qual
o País passa.
Nos últimos anos, os imóveis
estão supervalorizados, o preço subiu absurdamente no Brasil e, em
algumas das principais cidades do
País, o valor chegou a triplicar. Em
São Paulo, os preços das casas e
dos apartamentos subiram cerca de
8,1% nos últimos 12 meses. No Rio
de Janeiro a média de crescimento
foi de 8,5% e em Recife, de 6,4%.
Em Brasília, mesmo com queda de 0,6% em 2015, os preços dos
imóveis estão muito altos de acordo com a Fipe (tabela comparativa
da Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas).
Antes de prosseguir na análise, é
importante saber que o índice FIPE-Zap é uma média do aumento dos
preços de imóveis anunciados no site
Zap Imóveis em 20 cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, CuritiParceria:
Ronalde Silva Lins
Economista e Vice-Presidente
do Corecon-DF
22 Revista Fecomércio DF
Revista Fecomércio DF 23
oportunidade
Alto verão
//Por Fabíola Souza
Foto: Joel Rodrigues
Nesta época do ano, alguns setores como academias e
centros de estética têm aumento no faturamento de 30% em
comparação aos meses de inverno
E
nquanto algumas pessoas
aproveitam os meses de
dezembro e janeiro para
descansar e gastar dinheiro
nas férias, empresários aproveitam a época que os dias são mais
longos por causa do horário de
verão, para lucrar mais que nos
outros meses. O aumento no faturamento, em muitos casos, chega
a 30% em comparação aos meses
de inverno.
O presidente do Sindicato do
Comércio Varejista de Produtos
Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF), Francisco
Messias Vasconcelos, aponta que
o setor também lucra bastante no
verão. Segundo ele, os produtos
como protetor solar, bronzeador e
de higiene pessoal são os que mais
vendem. Nesse período o aumento
nas vendas chega a 20% em comparação com os outros meses.
“O pessoal compra na cidade,
mas normalmente utiliza em viagens para praia, fora do DF”, comenta o presidente. Atualmente o
DF conta com duas mil farmácias.
Outro produto com bastante saída
nesta época são os antialérgicos.
Com o tempo chuvoso, muitas
pessoas têm alergias e infecções
de garganta.
Messias conta que por causa
do surto de Zika Virus, transmitido
pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da
febre chikungunya, a procura e a
venda de repelentes aumentaram
em 60% nas farmácias brasilienses desde outubro.
“Por conta do final
de ano e as férias
chegando, as
pessoas preferem
investir nelas
mesmas”
Giovanna Diniz
Proprietária da
empresa Dr. Laser
24 Revista Fecomércio DF
Tempo de beleza
A empreendedora Giovanna
Diniz é um exemplo disso. Dona
da empresa Dr. Laser – Centro
Avançado de Depilação a Laser,
localizado na Asa Norte, ela afirma
que desde outubro o movimento
na loja aumentou consideravelmente. “Por conta do final de ano
e as férias chegando, as pessoas
preferem investir nelas mesmas
que em outros artigos, como vestuários. Por isso a nossa demanda
cresceu bastante”, aponta.
De acordo com a empresária,
todos os procedimentos que a clínica oferece têm grande procura
nesta época, mas os mais requisitados são os de botox, tratamento
contra acne e celulites. Em relação a outubro na comparação com
setembro, ocorreu um aumento de
10% no faturamento da empresa, e
essa porcentagem continuou crescendo. Em novembro, a comparação com outubro, o aumento foi de
20% e, em dezembro, na comparação com o mês anterior foi de 30%.
“Nós pensamos que em janeiro haveria uma queda, mas ao
contrário, o ano começou muito
bem, com a procura em alta pelos clientes”, comemora Giovanna.
De acordo com ela, o ano de 2015
para o segmento foi contra a maré
da crise. O setor teve um aumento
de 20% na procura e demanda por
tratamentos estéticos.
A maioria do público que procura a clínica é formada por mulheres, mas a empresária ressalta que há algum tempo os homens
estão se interessando em cuidar
mais de si, e preocupando mais
com a aparência. A clínica oferece, entre outros, os serviços de
depilação a laser, rejuvenescimento facial a laser, clareamento de manchas, tratamento de
estrias e cicatrizes, tratamento
de acne, tratamento de celulite e
drenagem linfática.
Na academia Nação Club, que tem duas unidades no DF, a
atividade com mais procura atualmente é o crossfit
Atividade física
A proprietária da empresa do
complexo esportivo e recreativo Nação Club, Nailde Pimentel,
aponta que o verão é a época de
mais procura por esportes durante
o período anual. A partir de outubro, a procura cresce 30% a mais
em relação aos outros meses do
ano. A empresa conta com duas
unidades, uma em Taguatinga e
outra no Park Way - Águas Claras.
A Nação Club é um centro esportivo com atividades para toda a
família. Atualmente, existem mais
de mil alunos com idades que variam de 4 a 70 anos praticando esportes no local. Entre as atividades
oferecidas para crianças estão:
natação, judô, tênis, patinação,
crossfit, ginástica rítmica, street
dance, capoeira e a escolinha de
futebol oficial do São Paulo. Para
os adultos são oferecidos crossfit, tênis, jiu-jitsu, futevôlei, ioga
e hidroginástica. “O ano passado
foi um ano muito bom para nós. A
intenção é que os familiares pratiquem esporte juntos, as crianças,
os pais e até os avós. Ao todo são
13 modalidades”, diz Pimentel.
De acordo com a empresária,
hoje a atividade física que mais
movimenta o negócio é o crossfit. “É como se fosse uma família,
além de se encontrarem no treino, combinam de sair, criaram
uma amizade mesmo”, diz. Outra
atividade que tem sido a predileta
pelos clientes é o futevôlei. Nailde afirma que algumas pessoas já
cansaram de academias tradicionais e procuram atividades diferentes em espaços abertos.
Revista Fecomércio DF 25
conjuntura
“Defendo condições
mais dignas para
essa população,
mas o Distrito
Federal também
precisa de recursos
para manter seus
empreendimentos e
ajudar a fortalecer o
desenvolvimento do
Centro-Oeste”
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF
Em defesa do FCO
//Por Daniel Alcântara
Fotos: Joel Rodrigues
Fecomércio se pronuncia contra PL que
pretende diminuir de 19% para 9% recursos
do fundo para o DF
U
m Projeto de Lei (PL) que está em fase inicial de tramitação no Senado, de autoria do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), pretende
diminuir de 19% para 9% os recursos do Fundo Constitucional do
Centro-Oeste (FCO) destinados ao DF e aumentar de 29% para 39% a participação do estado de Goiás no fundo. A alegação de Caiado é que a Região
Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE) precisa de mais investimentos. No entanto, a maior parte dos recursos brasilienses já é investida
nessa região, enquanto os recursos goianos são destinados para outros
municípios.
Em novembro de 2015, a Fecomércio-DF participou de uma audiência
pública para debater o assunto. Na ocasião, o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, se manifestou contra a iniciativa. Segundo ele, as
mudanças dos percentuais de participação no FCO não serão benéficas
nem para o Distrito Federal nem para o Entorno.
26 Revista Fecomércio DF
“A maior parte dos recursos do
FCO destinados ao DF já é aplicada
na região do Entorno. Nesse aspecto, atualmente, 100% do montante
brasiliense destinado para a área
rural são aplicados no Entorno,
assim como 50% dos nossos recursos da indústria e 20% da verba
do comércio vão para essa região.
Defendo condições mais dignas
para essa população, mas o Distrito Federal também precisa de
recursos para manter seus empreendimentos e ajudar a fortalecer o
desenvolvimento do Centro-Oeste”,
ressaltou Adelmir Santana.
Para ele, não é simplesmente
tirando de Brasília e passando para
Goiás que vamos resolver a questão do Entorno. “Pelo contrário, se
é da nossa responsabilidade cuidar
dos municípios da RIDE, que esse
percentual seja acrescido com a
destinação para os municípios do
Entorno”, enfatizou.
O presidente da Fecomércio-DF
explicou ainda que o maior projeto
de investimento na área industrial
com recursos do FCO foi feito na cidade de Formosa, localizada na região da RIDE, para uma empresa de
cimento, com recursos do DF. “Nos
últimos dois anos, os recursos do
DF foram integralmente aplicados.
Quando isso não ocorre, é feita uma
revisão e o saldo é rateado entre os
demais componentes da região”,
explicou. Caso a proposta do parlamentar goiano seja aprovada, dos
R$ 979 milhões recebidos neste
ano, o DF ficaria com R$ 464 milhões e o governo de Goiás com R$
515 milhões.
SOBRE O FUNDO
O FCO foi criado pela Constituição Federal de 1988 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social da
Região Centro-Oeste, mediante financiamentos às atividades produtivas nos setores: rural, industrial,
agroindustrial, mineral, turístico,
comercial, de serviços e de infraestrutura econômica. O fundo é
administrado conjuntamente pelo
Ministério da Integração Nacional,
Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/
Sudeco) e Banco do Brasil.
De acordo com o gerente-executivo da diretoria de Governo do
Banco do Brasil, Valter Coelho, o
FCO tem uma grande importância
para o desenvolvimento dos estados que recebem o montante. “O
fundo é uma fonte de financiamento muito importante. Trata-se de
uma iniciativa cativa de recursos.
Atualmente, temos indicadores de
atuação em todos os municípios
da região Centro-Oeste”, explica
Coelho. Ele diz ainda que nem todos os estados gastam 100% dos
recursos. “O DF gastou em torno
de 85% a 90% do montante destinado. A maioria dos estados ficam
na mesma faixa de consumo dos
investimentos”, acrescenta Coelho.
O Banco do Brasil contratou
R$ 5 bilhões em operações com
recursos do Fundo Constitucional
de Financiamento do Centro-Oeste
(FCO) no ano de 2015. Foram destinados R$ 2,7 bilhões para o setor
rural e R$ 2,3 bilhões para o empresarial, divididos dentre os estados
do Centro-Oeste. Pelo segundo ano
consecutivo, todos os 467 municípios da região foram beneficiados
pelos recursos do FCO, segundo informações do BB. No Distrito Federal, uma média de R$ 900 milhões
foi aplicada por meio do fundo. Para
o ano de 2016, a expectativa é que
o FCO disponibilize R$ 5,1 bilhões,
seguindo os mesmos critérios de
distribuição.
A capilaridade da rede de
atendimento da instituição financeira é um fator preponderante
para o desempenho das contratações do FCO. “São mais de dois
mil pontos de atendimento na Região Centro-Oeste, 482 agências,
que facilitam o acesso ao crédito pelo empresário e produtor
rural, além da capacitação dos
funcionários para o atendimento
às operações de financiamento”,
destaca Valter Coelho.
Para obter financiamento com
recursos do FCO, o empresário ou
produtor rural deve comparecer a
uma agência do Banco do Brasil,
onde receberá todas as informações. O beneficiário pode adquirir
o financiamento em qualquer parte
do Brasil, desde que o investimento
seja aplicado no Distrito Federal ou
nos estados de Goiás, Mato Grosso
e Mato Grosso do Sul.
Revista Fecomércio DF 27
artigo economia
Investir
é a solução
28 Revista Fecomércio DF
uma depreciação da taxa de câmbio,
algo que estimula as exportações e
contém as importações, evitando
o pior nas contas externas. Mas é
pouco e pode demorar. E como os
fatores de impulsão do consumo,
item de maior peso, estão travados,
só resta a demanda de investimento como válvula de escape da crise.
E tem mais: investindo, amplia-se a
capacidade de produção e aumenta-se a produtividade, evitando a
volta da recessão.
Ou seja, o governo deveria pedir um tempo aos “movimentos
sociais” mostrando que ainda somos uma economia capitalista, e
que é dela que saem as riquezas
e o emprego. Diante da bomba dos
gastos públicos correntes, que vai
estourar mais cedo ou mais tarde,
deveria apresentar um programa
consistente de ajuste de curto e
longo prazo das contas públicas,
capaz de motivar os empresários
a investir. Além disso, deve colocar
em prática um mutirão para remover os inúmeros obstáculos que estão travando o investimento privado
em concessões, assunto que tenho
discutido em vários trabalhos no
site www.inae.org.br
No setor público,
a queda resultante
na arrecadação
cria buracos
financeiros
profundos,
porque ele não
demite nem ajusta
os demais gastos
correntes, todos
majoritários nos
orçamentos
Cristiano Costa
Desaceleração econômica é um
dos grandes problemas que se abatem sobre o País desde meados de
2014. Aqui, o governo sempre responsabilizou os fatores externos,
embora comece a admitir culpa no
cartório. Analistas pró-governo dizem que o erro foi do “ajuste Levy”,
cujas metas na verdade nunca foram cumpridas. Nesse sentido, a
vinda de Barbosa para a Fazenda
foi positiva, pois agora pelo menos
ninguém tem dúvidas sobre quem
manda de fato no governo. Outra
alegação é que antes de a economia voltar a crescer não tem como
fazer ajuste, pois a arrecadação
não decola. Só que é difícil crescer
de novo sem pelo menos um cheiro
de ajuste do gasto público corrente.
A recessão desorganiza tudo.
Destrói a produção, aumenta o desemprego e reduz salários (essa
última reação ainda não aconteceu
com toda a força que poderá vir).
No setor público, a queda resultante na arrecadação cria buracos
financeiros profundos, porque ele
não demite nem ajusta os demais
gastos correntes, todos majoritários nos orçamentos. Quando muito, corta investimento, algo que, ao
contrário, deveria até expandir.
Nos estados e municípios, há
uma guerra para identificar receitas extraordinárias, além de, em
casos extremos, atrasar salários e
outros pagamentos, inclusive em
setores críticos como a saúde, ou
esconder os buracos, como vários
ex-governadores fizeram impunemente em 2014. É só ver o que tem
ocorrido no nosso DF.
É fato que, diante da recessão, a
própria economia reage produzindo
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
Revista Fecomércio DF 29
Carnaval:
viajar para quê?
// Por Andrea Ventura
Brasília se consolida com uma festa cada vez
mais fortalecida, sobretudo pela presença dos
blocos de rua, que neste ano chegarão a 30
O
Carnaval de Brasília não
é mais o mesmo. A cada
ano vem ganhando força por meio dos blocos de rua que
carrega adeptos pela cidade. São
jovens e crianças, famílias inteiras
que se unem aos blocos para participar da folia. Os blocos de rua em
30 Revista Fecomércio DF
Brasília começaram cedo neste ano,
ainda em janeiro e seguem até pelo
menos meados de fevereiro. Serão
cerca de 30 blocos alternativos circulando pela cidade.
De acordo com a Secretaria de
Cultura do DF serão investidos cerca de R$ 800 mil para os blocos. A
secretaria fornecerá estrutura para
a festa, como banheiros químicos,
tenda ambulância, brigadista, segurança, alambrado, gerador e som,
palco, trio elétrico e carro de som.
“O Carnaval de Brasília se vende
naturalmente e a cada ano tem levado mais gente às ruas. Acredito
que em 2016 será mais forte ainda”,
revela o subsecretário de Marketing
da Secretaria Adjunta de Turismo,
Sandro Cunha. Já para as escolas
de samba, a secretaria não fará investimentos, pois, segundo a pasta,
a estrutura é grande e requer R$ 13
milhões, inviáveis no momento.
A expectativa do presidente do
Sindicato de Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares de Brasília (Sindhobar/DF), Jael Antônio da Silva,
é de que o movimento em bares e
restaurantes seja igual em relação
ao mesmo período do ano passado.
“Pelo menos esperamos que não
haja uma queda. O setor vem se recuperando apesar da crise. No caso
dos bares o aumento deverá ser de
5%, já que têm mais movimento,
pois servem de esquenta para antes
dos blocos”, acredita o presidente.
Já em relação ao movimento de
hotéis, Jael tem boas expectativas.
“A taxa média de ocupação neste
período é de 55%, mas neste ano
esperamos que chegue a 60%”, ressalta. Além disso, os hotéis apostam
em promoções durante o Carnaval
para os moradores da cidade. “Alguns hotéis oferecem tarifas especiais com almoço incluído e algumas
pessoas se hospedam em hotéis
próximos aos blocos, porque podem
beber à vontade sem a preocupação
de voltar para casa”, aponta.
FANTASIAS
A loja de aluguel de fantasias
Fantasia.com oferece produtos para
crianças e adultos. O proprietário
André Vieira destaca que as fantasias para o público infantil são as
mais procuradas. “Eu atendo muitas escolas, mas neste ano será
diferente porque o período letivo vai
iniciar depois do Carnaval”, revela. Mas segundo André, as pessoas
alugam as fantasias para pular o
Carnaval nas cidades próximas a
Brasília. “Aqui em Brasília o cenário
está mudando porque agora há mui-
tos blocos de rua na região central e
nas satélites”, explica.
A expectativa é de que as vendas aumentem em 50% em relação
ao início do ano. As fantasias mais
procuradas são dos personagens do
filme Frozen. “As crianças também
gostam da Malévola e da Cinderela.
Outra que está vendendo bem é a de
Alice (no País das Maravilhas)”, revela André. Já para o público adulto
as peças mais procuradas são as
tradicionais, que revelam o protesto
da população contra a corrupção. O
empresário possui cinco lojas e um
acervo de mais de cinco mil fantasias. O aluguel de fantasias infantis
varia de R$ 50 a R$ 120. Já as peças para adulto vão de R$ 80 a R$
250. “Para este momento que o País
está passando não estou prevendo
melhora, mas tentando diversificar
para intensificar as vendas”.
Proprietário do Armarinho Milano, Paulo Milano também está preocupado com o calendário escolar.
“Neste ano o Carnaval está muito
cedo, então boa parte das pessoas
está fora de Brasília e as escolas
também não começaram as aulas.
Geralmente elas fazem bailinhos
para os alunos”, afirma. A expectativa do empresário está nos blocos de
rua e nos clubes. “Esperamos pelo
Carnaval de rua. Ainda não sabemos como serão as vendas porque
muitas pessoas deixam para a última hora”, comenta. Seu armarinho
vende fantasias e adereços, como
máscaras, serpentinas, chapéus e
perucas. Para a data, Paulo afirma
que os adultos optam por adereços,
acessórios, chapéus e máscaras
tradicionais, com lantejoulas e pedrarias. Já as crianças preferem os
super-heróis.
Há ainda os foliões que preferem
confeccionar as próprias fantasias,
como abadás e procuram personalizar de acordo com a criatividade de
cada um. “Acredito que neste ano
o consumidor seja mais comedido,
não tem como ignorar, por causa
das despesas de início de ano e a
situação do País. Mas as fantasias
infantis devem ser destaque porque
são um brinquedo para a criança,
que ela usa muitas vezes depois do
Carnaval, ao contrário do adulto, que
compra só para a ocasião”, acredita.
No Armarinho Milano há máscaras
a partir de R$ 20 e as fantasias chegam a R$ 300.
“Aqui em Brasília
o cenário está
mudando porque
agora há muitos
blocos de rua na
região central e nas
satélites”
André Vieira
Proprietário da Fantasia.com
Revista Fecomércio DF 31
Joel Rodrigues
Júnior Aragão/Secult/DF
folia
Entre na era digital.
livro
O Ciclo do Ouro e o Barroco
A Fecomércio ajuda você a emitir e renovar os certificados
necessários para sua empresa trabalhar com segurança,
autenticidade e conveniência no mundo da internet.
//Por Liliam Rezende
Sesc-DF lança catálago em homenagem às belezas e
riquezas das cidades históricas de Minas Gerais
O
ouro foi o grande responsável por reascender a
economia portuguesa e
brasileira durante o período colonial. Com o ouro extraído, Minas
Gerais também fez brilhar os olhos
dos melhores artesãos e artistas,
que transformaram o estado no
berço colonial de uma das mais
importantes artes – o Barroco. O
catálogo “O Ciclo do Ouro e o Barroco em Minas Gerais” promove
um verdadeiro passeio às belezas
reveladas nos patrimônios históricos. Por meio da rica pesquisa
produzida e realizada pela instituição, o livro conta que a era do ouro
no Brasil deixou marcas presentes
até hoje na cultura, arte, arquitetura e culinária mineira.
Ao percorrer essa história de
maneira atenta, observam-se as
grandes mudanças provocadas
pelas jazidas mineiras. “Dessa
forma, o Serviço Social do Comércio no Distrito Federal não poderia
deixar de registrar esses 300 anos
de extração do nobre metal que
mudou de vez o rumo do Brasil,
principalmente durante os séculos
XVII e XVIII”, destaca o presidente
do Sesc-DF, Adelmir Santana.
Mas é na arquitetura que se
destaca a exuberância e as majestosas obras que o ouro provocou.
Quando o assunto é referência na
arte de lapidar, o primeiro nome
que vem à mente é o de Antônio
Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. Já quando
falamos de pintura barroca, o artista Manuel da Costa Athayde, o
Mestre Athayde, é lembrado ao
32 Revista Fecomércio DF
contemplar os tetos e
paredes dos templos
cristãos
mineiros.
“Com uma linha do
tempo altamente detalhada, que começa
em 1560 e vai até o
final do período colonial, e a presença de
muitos personagens,
o Sesc mais uma vez
confirma sua preocupação com a história
e a influência dela
para a educação”,
conclui Adelmir.
O livro foi editado
com base em pesquisa histórico-descritiva, ilustrações e
registros fotográficos obtidos durante viagem a cidades
históricas da região.
A obra é enriquecida
com relatos de fatos, informações
e curiosidades, mediante os quais
o leitor poderá conhecer o passado histórico brasileiro – em especial de Minas Gerais.
Segundo o curador do projeto, Casimiro Neto, o catálago é
resultado de um ano de trabalho
que vem complementar as outras
publicações da série histórica iniciada em 2014. “Empreendemos
uma viagem de uma semana para
trabalho de pesquisa e tomada de
imagens de igrejas, casarios, arquitetura e acervo barroco, museus e também das cidades históricas de Minas Gerais que fizeram
parte do circuito do ouro”, conta.
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Revista Fecomércio DF 33
capa
NOVOS PADRÕES
DE
CONSUMO
//Por Sacha Bourdette
Fotos: Raphael Carmona
O
O atual desafio dos empresários é
lidar e conquistar clientes cada vez
mais conectados e exigentes
consumidor não é mais o mesmo de até pouco
tempo atrás. Cada vez mais exigentes e conectados, eles comparam os preços na internet,
checam reclamações nas redes sociais, dão
valor aos detalhes durante o atendimento, chegam às lojas já sabendo o que querem e muitas vezes conhecendo
o produto mais do que o vendedor. Esses fatores exigem
dos empresários profundo conhecimento do perfil dos
novos consumidores na era da informação. Praticidade,
conveniência, foco em saúde, boas experiências e preço
aliado à qualidade formam alguns dos valores e prioridades da nova tendência de consumo.
De acordo com o consultor de empresas e professor
da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rodrigo Navarro, os
empresários devem ter ciência do desafio e reconhecer
a necessidade de um maior preparo da força de vendas
para lidar com esses novos consumidores. “O cliente hoje
realiza pesquisas online, compara performance de produtos em sites especializados, têm ciência plena de seus
direitos e como exercê-los, tudo isso via celular ou computador. Isso certamente representa um grande desafio
para a equipe de vendas, que idealmente precisa entender
bem não só o produto ou serviço, mas também seus potenciais substitutos e complementos, para poder transmitir confiança e interagir de forma adequada com esse
cliente cada vez mais exigente”, apontou.
A capacitação constante é um dos segredos para se
adaptar e conquistar mais vendas. “As empresas preci-
34 Revista Fecomércio DF
sam fomentar em seus funcionários
a busca pela melhoria contínua,
aprender com casos de sucesso e
com os erros também. Desenvolver
competências como negociação, comunicação interpessoal e inteligência emocional deve se somar à obtenção de conhecimento específico
sobre determinados produtos e serviços. As estratégias empresariais
também podem ser revistas. Desenvolver produtos e serviços com maior
ou menor diferenciação, ter foco em
custo ou atender nichos de mercado podem constituir movimentos
interessantes. Em resumo, deve-se
procurar vender não o que você tem
disponível, mas o que o seu cliente
realmente quer”, destacou Navarro.
O Brasília Shopping acredita nas
premissas de que a criatividade, ousadia e inovação ajudaram a lidar
com as novas tendências no consumo. Segundo a gerente de Marketing
do empreendimento, Maíra Garcia,
hoje o acesso à informação é muito
fácil e o varejista não tem que combater isso, mas sim se preparar. “É
preciso complementar o negócio e
capacitar o funcionário para conseguir fidelizar o cliente. O que buscamos é oferecer sempre uma experiência a mais. Conhecer seu produto
e serviço e ainda fazer uma ponte
entre a loja online e a loja física é fundamental”, contou.
Em 2015 o shopping realizou
eventos diferenciados para os consumidores. Para este ano estão programadas novas ações, incluindo
especiais para as Olimpíadas. “Como
o público está preocupado com a
alimentação saudável realizamos o
Mercadinho do Brasília; na área de
moda, tivemos o Conexão Brasília
Shopping; na parte cultural, o Ciclo
de Arte; e o Brasília Doce para os que
apreciam guloseimas. O Mercadinho Brasília vai fazer um ano e está
sendo um sucesso. Vimos isso no radar, mapeamos e criamos o evento.
Percebemos uma forte ligação com
“É preciso complementar
o negócio e capacitar
o funcionário para
conseguir fidelizar o
cliente. O que buscamos
é oferecer sempre uma
experiência a mais.
Conhecer seu produto
e serviço e ainda fazer
uma ponte entre a loja
online e a loja física é
fundamental”
Maíra Garcia
gerente de Marketing
Revista Fecomércio DF 35
capa
o cliente por meio dessas ações e
já estamos nos preparando para as
Olimpíadas”, adiantou.
A gerente explica que as possibilidades que a internet oferece devem
ser aproveitadas. “Se você é ágil no
meio online, dá uma resposta adequada e resolve o problema, o cliente
fica feliz e ele compartilha nas redes
sociais e acaba sendo um propagador positivo. Não podemos encarar
as possibilidades da internet como
um fator negativo. Se você souber
administrar, ela vai te ajudar. Acredito também que você não pode ser
só vendas, porque vendas por vendas
o cliente pode comprar pela internet”, finalizou. Além disso, o centro
de compras realiza treinamentos em
parceria com o Sebrae e realiza promoções de incentivo aos vendedores
nas datas comemorativas.
CONSULTORIA NAS VENDAS
A empresária e diretora-executiva da empresa Ferragens Pinheiro,
Janine Brito, diz que a empresa deve
se colocar no lugar do consumidor.
“Percebemos que há uma concorrência acirrada e a internet tornou o
desafio ainda maior. O cliente muitas
vezes nem precisa sair de casa para
pesquisar preços e escolher os produtos. Por isso, treinamos nossos
vendedores para serem consultores
de venda. Além de mostrar o orçamento, eles explicam qual é o produto mais indicado para aquela obra, a
quantidade exata e o melhor tamanho. Temos trabalhado com esse
diferencial para lidar com as exigências do mercado”, ressaltou.
A empresária enxerga esses novos consumidores como uma busca
constante pelo melhor atendimento.
“Não podemos perder a excelência
no atendimento e no mix de produtos, contamos com mais de dois
mil artigos e um estoque para que
o cliente não fique na mão. Temos
que atender às demandas porque do
contrário ele busca outras opções e
36 Revista Fecomércio DF
canais. Eu vejo com bons olhos as
redes sociais e acredito que as empresas devem se adequar e essa tendência de que o consumidor possui
muita informação não deve ser detida, mas sim trabalhada pelas empresas”, confirmou.
LOJA FÍSICA E ONLINE
O gerente de Marketing da Livraria Cultura, Fábio Herz, destaca que a
dinâmica do consumidor mudou e as
empresas precisam se adequar também. “Os celulares transformaram a
dinâmica do consumo, hoje ficamos
online o tempo inteiro. Por isso, realizamos estudo detalhado do comportamento do consumidor. As redes
sociais são um grande termômetro
para avaliar nossos atendimentos
e é como uma consultoria gratuita.
Percebemos maior poder do cliente
e que precisamos suprir suas necessidades e ir além das expectativas”,
contou.
Na busca por proporcionar facilidades e maior interação, a livraria
possibilita canais entre a loja física e
online. “O cliente pode comprar pelo
site e retirar o produto em uma de
nossas lojas. Com isso, evitamos um
fator opressor, que é o frete. Além
disso, é possível também trocar na
loja um produto comprado pelo site.
Percebemos que é um serviço que
gera confiança e que na loja é possível tangibilizar o meio online. Disponibilizamos esse serviço há mais de
dois anos”, revelou Herz.
O especialista Navarro dá dicas
para lidar com a nova forma de consumir. “O fato de o cliente ir até uma
loja física para retirar um produto
adquirido online pode fazer com que
ele se interesse por outras mercadorias ou serviços complementares,
por exemplo. Mas se o cliente desejar uma entrega rápida, não adianta
forçá-lo, dando-lhe esta como única
opção. O ponto seria sempre fazer
perguntas, buscando entender o perfil de cada consumidor, visando ao
que chamamos de co-criação de valor, ou seja, construção conjunta de
valor”, concluiu.
ECONOMIA COLABORATIVA
Um movimento que está crescendo no Distrito Federal é o de
compartilhar espaços nas empresas.
Locais que antes ficavam ociosos ou
pouco aproveitados passam a ganhar
a presença de profissionais dispostos
a pagar aluguéis mais baratos, aproveitando de uma estrutura completa.
É a ideia de compartilhar para multiplicar os serviços, tornando as empresas sustentáveis e diferenciadas.
O salão de beleza Helio Diff aposta na economia colaborativa e aluga
o espaço para que designers de cor-
tes, de sobrancelhas, de unhas, de
cores, maquiadores, especialistas
em tratamentos capilares, depiladoras, especialistas em modelagem
e penteados possam atuar. Para o
diretor-executivo do salão, Gustavo
Nakanishi, o modelo de locação permite que muitos profissionais possam trabalhar. “A colaboração oferece a liberdade e a oportunidade para
que talentos e artistas da beleza encontrem o melhor cenário para valorizar suas potencialidades”, garantiu.
Segundo Nakanishi, a economia colaborativa é um dos grandes
responsáveis por mover o grupo de
beleza e de grande parte do setor.
“Envolve um trabalho com diversos
especialistas. Hoje temos um grupo
de 500 colaboradores em oito unida-
des de atuação. A essência de uma
economia colaborativa está na construção de um ambiente dinâmico e
diversificado. O mundo mudou, os
desafios melhoraram, as organizações se inovam e precisamos de novas interações”, afirmou.
A empresária do centro de estética Espaço das Divas, Darlene Oliver,
decidiu ampliar seu espaço e oferecer mais serviços alugando para
outros profissionais. “Como já tinha
espaço disponível em minha clínica de bronzeamento natural, decidi
incorporar outros serviços. Em um
fim de semana chego a atender 30
mulheres e que podem realizar outros procedimentos, ou seja, depois
que a cliente sai do bronzeamento, ela arruma o cabelo ou faz uma
massagem. São salas de estética
facial e corporal, de depilação, de
cabelo e manicure. Temos também
a vantagem de compartilhar a recepcionista, que cuida da agenda de
todas. Acredito que compartilhar é
o futuro que os empresários devem
buscar”, destacou.
Os setores e possibilidades são
inúmeros, inclusive em academias. O
empresário Isac Rocha oferece o serviço de personal trainer e de nutrição
esportiva compartilhando a academia. “Conto com um espaço grande
e várias salas que em determinados
turnos não são bem exploradas. Percebi que esse era o momento para
oferecer algo diferenciado disponibilizando o espaço da academia para
que outras pessoas pudessem vir e
“A colaboração
oferece a liberdade e
a oportunidade para
que talentos e artistas
da beleza encontrem
o melhor cenário
para valorizar suas
potencialidades”
Gustavo Nakanishi
diretor-executivo do Helio Diff
Revista Fecomércio DF 37
agregar mais serviços”, revelou.
A Academia Isac Rocha recebe
em média 1,2 mil alunos e conta com
15 personal trainers, além de dois
nutricionais que atendem no local
mediante agendamento. “Para os
professores que já trabalham na academia, eu cedo o espaço sem cobrar
aluguel. É uma forma de proporcionar a eles uma renda extra atuando
como personal. Para trazer comodidade e mais um serviço aos alunos,
abri minha academia para oferecer
também atendimento nutricional.
Todo mundo sai ganhando. Acredito
que a conscientização da atividade
física é que traz o aluno para a academia, mas não é a conscientização
que mantém o aluno na academia e
sim o prazer em fazer exercício. Por
isso, prezo para oferecer serviços diferenciados para cada tipo de aluno”,
ressaltou.
COLABORAR É O CAMINHO
Muito provavelmente você já
utilizou um serviço ou produto que
passou pela economia colaborativa
sem perceber, seja alugando uma bicicleta na rua ou cortando o cabelo. O
fato é que nos últimos anos o avanço
da tecnologia fomentou a produção
em escala acelerada com foco no
consumo pelo excesso de oferta. Entretanto, o economista norte-americano Jeremy Rifki acredita que esse
modelo está com os dias contados e
que o caminho mais próximo é o de
compartilhar bens, sem necessariamente comprá-los.
Segundo o especialista da FGV,
Rodrigo Navarro, as empresas devem repensar seus formatos. “Os
empresários terão que se adaptar,
inovar e ser flexíveis neste novo
cenário. O discurso de que não oferecemos este serviço deverá ser
adaptado pelo por que não fazer? No
aplicativo Uber, por exemplo, é possível dividir o valor da corrida com
outra pessoa que está indo para o
mesmo destino. Isso é economia
compartilhada e é uma tendência
que veio para ficar”, afirmou.
Com a ideia de unir designers
de moda da cidade e ter um espaço
para que possam mostrar seu trabalho, a empresária Eunice Pinheiro foi
a responsável por idealizar o coletivo
Cria Brasília, localizado no shopping
Liberty Mall. “Percebi que há tantas
pessoas que produzem coisas boas
na cidade, mas que não têm local
para expor. Então decidi procurar um
espaço maior e dividir as despesas
com outras marcas em uma só loja.
O mais interessante do Cria Brasília
é que a cada dia um dos designers
está na loja para receber o cliente,
podendo explicar o processo criativo
das peças. A loja conta atualmente com dez marcas e estamos de
portas abertas para receber mais
artistas que queiram fazer parte do
projeto”, ressaltou.
“Percebi que esse era o
momento para oferecer
algo diferenciado,
disponibilizando o
espaço da academia
para que outras pessoas
pudessem vir e agregar
mais serviços”
Isac Rocha
proprietário de academia
“A loja conta atualmente
com dez marcas e
estamos de portas
abertas para receber
mais artistas que
queiram fazer parte do
projeto”
Eunice Pinheiro (dir.)
Idealizadora do Cria Brasília
O Cria Brasília inclui roupas,
acessórios, artes plásticas, calçados
femininos, masculinos e infantis. De
acordo com uma das integrantes, a
designer da marca Mulher Bem Vestida, Liliane Santos, conhecida como
Lili Brasil, os estilistas ganharam
uma identidade a mais com o projeto e os clientes, produtos diferenciados. “Fazemos uma fabricação
direcionada, por exemplo, a pessoa
quer aquela peça, mas em outra cor
ou em outro tamanho - nós fazemos.
Uma das vantagens de estar em uma
loja é perceber que as pessoas reparam a composição do tecido. São
clientes que estão comprando sabendo que você fez uma escolha por
aquele tecido, diferente de uma loja
de departamento, em que muitas vezes o preço é determinante. As pessoas olham mesmo, são exigentes e
isso é bom porque aprimoramos e
fazemos uma produção mais direcionada”, explicou.
MADE IN BRASÍLIA
Muitas produções do Distrito
Federal têm mudado a rotina da cidade. Eventos ao ar livre e trabalhos
criativos de pessoas de Brasília, na
38 Revista Fecomércio DF
área de moda, gastronomia, música,
arte, turismo e grafite, revelaram
um grande potencial de atratividade
que a capital possui. E para dar uma
identidade a mais às marcas, produtores e agentes culturais de Brasília
se uniram e criaram o Feito em Bsb.
De acordo com um dos idealizadores da logomarca, Miguel Galvão,
o selo serve como identidade. “O
Feito em Bsb surgiu como forma de
nortear as pessoas que fazem parte
desse novo movimento candango”,
explicou.
Para retirar o selo é simples e
gratuito, basta acessar o site (feitoembsb.com.br) e fazer o download
da imagem em alta resolução. Entretanto, é preciso obedecer a alguns
pré-requisitos: ser original do DF;
ter como base mão de obra, fornecedores e atrações locais; contribuir
com o desenvolvimento sociocultural
da capital; e usar com bom senso e
responsabilidade o selo. “A cada dia
o selo está ganhando força, atraindo
mais gente e trazendo visibilidade. Até
então não existia um selo, como em
São Paulo. Nossa intenção é valorizar os negócios locais, aproximando e
formando cadeias”, concluiu.
Revista Fecomércio DF 39
economia
Joel Rodrigues
De olho
no PIS/
COFINS
//Por Daniel Alcântara
CONSUMIDORES CONECTADOS
O engenheiro Marcos Mendes
Magalhães não permite ser enganado pelo comércio e garante que corre
atrás dos seus direitos. “Já comprei
mercadoria com defeito e tive que
reclamar, mas no fim deu tudo certo. Pesquiso preço antes de comprar,
uso a internet e gosto de bater perna também para dar uma olhada.
Verifico etiqueta, especificações dos
produtos e muitas vezes quando entro na loja já é para comprar. Porém,
CONHEÇA ALGUNS PROJETOS
COLABORATIVOS E CRIATIVOS
DO DF:
4legal
SAUS, Quadra 4, bloco A, sala 725,
Edifício Victoria Office Tower
Telefone: (61) 3217-6800
CoPiloto
306 Sul, bloco A, loja 33, sobreloja
Telefone: (61) 3256-9003
Perestroika
512 Sul, bloco A, loja 33
Telefone: (61) 9228-6101
40 Revista Fecomércio DF
dependendo do atendimento, eu não
volto mais. Em restaurantes, se me
atenderem mal, não pago os 10%,
mas quando sou bem atendido, eu
recomendo. Saber cativar o cliente é
um diferencial. Eu uso as redes sociais, entro no Reclame Aqui e confiro o depoimento de outras lojas também. Sou bem exigente”, destacou.
O estudante, Lucas Nascimento, 20 anos, fica conectado o tempo
inteiro e usa as redes sociais para
pesquisar produtos. “Eu pesquiso
Square
SHN Quadra 5, bloco D, Hotel
Athos Bulcão
Telefone: (61) 3241-3600
Galeria Ponto
710/711 Norte, bloco D, loja 23
Telefone: (61) 3447-4891
Experimente Brasília
215 Norte, bloco B, sala 113
Telefone: (61) 3272-3780
Cria Brasília
SCN, Shopping Liberty Mall, térreo
bastante nas redes sociais e verifico
se não há trabalho escravo envolvido.
Participo de grupos de vendas e trocas no Facebook. Quando vejo amigos que foram enganados ao comprarem produtos, eu expresso minha
opinião e falo para outras pessoas
não comprarem determinado produto. Acredito que o lojista deve conhecer seu cliente, saber o que está
procurando e ter uma aproximação
maior. Acredito que ainda falta um
pouco isso”, contou.
Fulanitas de Tal
405 Norte, bloco D, loja 67
Telefone: (61) 3349-5133
Cobogó Mercado de Objetos
704/705 Norte, bloco E, lojas 51/56
Telefone: (61) 3039-6333
Acelere.me
512 Sul, bloco A
Telefone: (61) 9802-6800
Endossa
306 Sul, bloco A, loja 30
Telefone: (61) 3242-2972
Receita Federal
garante que a nova
base de cálculo
do tributo será
correspondente ao
valor agregado e
prevê a criação de
quatro alíquotas
diferenciadas
A
inflação não será o único vilão da população e dos empresários ao longo de 2016.
Com a crise econômica a todo o vapor, logo no início de janeiro o governo federal já aumentou o ICMS em 20
estados do País e no Distrito Federal.
Agora, a proposta é atualizar o PIS/
Cofins. Essa manobra está sendo totalmente criticada por empresários
de todo o Brasil, que temem mais
um aumento nas taxas pagas pelas
empresas.
No entendimento do presidente
da Fecomércio-DF, Adelmir Santana,
a população não aguenta mais tanto
imposto. “Mais uma vez, o governo
pretende transferir a conta para o cidadão, em vez de assumir a responsabilidade pelo rombo no orçamento.
Se o aumento se concretizar, o Poder
Executivo planeja repassar a fatura
dos seus gastos para as empresas
e para os trabalhadores pagarem a
conta”, afirma o presidente. Para ele,
uma das consequências da alta dos
impostos é o crescimento da infor-
malidade. “É preciso encontrar um
rumo para o fortalecimento das empresas do setor produtivo”, aponta.
Já, por sua vez, o secretário da
Receita Federal, Jorge Rachid, assegura que não existe intenção do Executivo elevar a carga tributária com a
reforma. De acordo com ele, o novo
modelo do PIS/Cofins manterá a
neutralidade da carga tributária. Segundo a Receita, a nova base de cálculo do tributo será correspondente
ao valor agregado. Rachid ressalta
que a proposta prevê a criação de
quatro alíquotas (zero, modal, intermediária e reduzida), mas não divulgou os valores que serão cobrados.
“Conversamos com vários setores,
apresentando a ideia e o novo modelo. Eu enfatizo sempre uma questão
que todos me indagam: a alíquota.
Neste momento, ela está em segundo plano. Primeiro é importante entender o modelo”, diz Rachid.
Os percentuais das alíquotas
do novo PIS só devem ser conhecidos quando o projeto for enviado ao
Congresso Nacional. Rachid frisa
que o governo está iniciando a reforma pelo PIS para depois avançar
nas mudanças no Cofins. “O modelo
precisa ser testado, não queremos
cobrar nem mais nem menos. Se cobrarmos menos, o Estado pode quebrar, e se for mais gera indignação e
distorção”, frisa.
Preocupada com o possível aumento do tributo, a Fecomércio-DF
“Mais uma vez, o governo
pretende transferir a
conta para o cidadão,
em vez de assumir a
responsabilidade pelo
rombo no orçamento. Se
o aumento se concretizar,
o Poder Executivo planeja
repassar a fatura dos seus
gastos para as empresas
e para os trabalhadores
pagarem a conta”
Adelmir Santana
presidente da Fecomércio-DF
realizou no dia 8 de dezembro de
2015, na sede da Confederação Nacional do Comércio (CNC), um ato
contra o dilatamento da taxa. Na
oportunidade foi lançado o site: www.
contramaisimpostos.com.br, que reúne informações sobre a mobilização
e servirá para promover a campanha
em todo o Brasil. Durante o ato, o
secretário da Receita Federal, Jorge
Rachid, informou que o projeto já foi
encaminhado para a Casa Civil.
Revista Fecomércio DF 41
trabalho
legal de “trabalho intermitente/
flexível” em nada se assemelha ao
temporário, que é regido pela Lei
6.019/74. “O trabalho temporário é
aquele prestado por pessoa física
a uma empresa para atender à necessidade transitória, por exemplo,
em licenças e férias ou em épocas
festivas”, explica. Luiz Henrique
acrescenta que o trabalho intermitente está presente apenas no
âmbito de Projetos de Lei e eventualmente em normas coletivas
fundamentadas na autonomia dos
setores abrangidos.
Ainda segundo o diretor, na prática, as propostas dos Projetos de
Lei sobre o tema propõem a prévia
contratação de horas com o trabalhador, seguida da consequente
disponibilização dessas horas de
trabalho, de acordo com a necessidade da empresa. “A proposta
sugere, por exemplo, que o empregador poderá contratar 40 horas
semanais de serviço, convocando o
trabalhador para 10 horas de serviço no domingo (pico de demanda),
2 horas na segunda-feira (menor
demanda), e assim sucessivamente, podendo variar inclusive os turnos de convocação de serviço (ora
Com data e
hora marcada
//Por Luciana Corrêa
Fotos: Raphael Carmona
Nova modalidade de contratação, o trabalho
intermitente promete facilitar a vida tanto de
empresários quanto dos profissionais
C
om a mudança do cenário
econômico, os profissionais
e empresários de setores
como, por exemplo, os de eventos,
tecnologia e consultorias têm se
ajustado a uma nova modalidade de
contratação que promete facilitar
para ambas as partes. O trabalho
intermitente vem com a proposta de jornada de trabalho flexível e
móvel, definido como variação de
42 Revista Fecomércio DF
tempo em serviço a depender da
demanda do empregador. De acordo com o presidente do Sindicato
das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem
de Feiras, Congressos e Eventos
do DF (Sindeventos), Francisco
Maia Farias, essa é uma tendência
mundial. “Cada vez mais os profissionais especializados irão se organizar para prestar serviços sob
demanda, entre eles se encaixam
os mestres de cerimônia, profissionais que prestam consultorias,
entre outros”, explicou.
Para muitos que podem confundir o trabalho intermitente com
o temporário, o diretor do Departamento de Fiscalização do Trabalho
do Ministério do Trabalho e Previdência Social, Luiz Henrique Ramos
Lopes, esclarece que a proposta
à noite/madrugada, ora de manhã,
ora à tarde)”, exemplificou.
O presidente da Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, diz
que no setor há diversos serviços
que se encaixam no perfil do trabalho intermitente e ressalta que
a legislação atual não abrange
a necessidade do mercado. “Um
exemplo fácil de compreender é
o de um serviço de bufê ou de um
evento em um bar ou restaurante,
em que um cliente decide contratar, para dois dias à frente, os
serviços para atender a cem pessoas, por exemplo, no jantar. Esta
é uma demanda esporádica e não
esperada e, assim, a empresa precisará contratar de última hora e
por hora. O exemplo se completa
quando um cliente faz uma contratação semelhante, porém para
o almoço. Com a nossa legislação
atual, o empregado que trabalhou
no dia anterior à noite, não poderá
trabalhar no almoço”, lembra.
Para o presidente da Abrasel,
o trabalho intermitente atende a
importantes grupos de interesse,
como ao trabalhador que estuda, que tem obrigações familiares
como cuidar de crianças, idosos
ou pessoas que necessitem de cuidados especiais, àqueles que já se
aposentaram, mas precisam complementar a renda, aos que desejam trabalhar somente quando se
sentem produtivos ou quando julgam precisar de dinheiro para seus
“Na nossa legislação
atual, o empregado
que trabalhou no dia
anterior à noite, não
poderá trabalhar
no almoço do dia
seguinte”
Paulo Solmucci
presidente da Abrasel
projetos de vida, como profissionais
que trabalham com o mundo digital
seja criando softwares/aplicativos,
seja cuidando de redes sociais.
Uma das sócias da empresa
promoção de eventos Ivents Brasil,
Caroline Almeida, lida diretamente com o trabalho intermitente.
A cada evento que realiza, busca
empresas e pessoas para contratar especificamente para aquela ocasião. “Não temos ninguém
fixo na empresa. Apenas fornecedores e pessoas de confiança,
mas cada evento é um contrato
com eles. Combinamos a forma
de pagamento, horas fixas, o valor e normalmente o uniforme, no
caso das recepcionistas”, explica.
Com a legalização e formalização
do trabalho intermitente, Caroline
acredita que questões importantes
serão salientadas. “Temos receios
quanto à contratação. Se as pessoas que fornecemos para o contratante sofrem um acidente de
trabalho, teremos que saber como
agir”, conta.
O advogado Milton Lopes Machado Filho garante que, enquanto
não entra em vigor uma legislação
específica, o que vale é a lei maior
do Estado, a Constituição. “A raiz,
o eixo basilar do direito é a Constituição, após, o conhecimento nos
exige saber se e onde se encaixam
os limites da relação civil ou trabalhista”, explica. Milton destaca
ainda que no contrato por prazo
determinado, se ocorrer extinção
antecipada e sem justa causa, por
culpa do empregador, o empregado
tem direito a receber indenização
igual à metade da sua remuneração, considerado para cálculo o salário-base - a que teria direito até
o término do contrato. “Em síntese,
esta modalidade (o trabalho intermitente) prevista no Direito do Trabalho socorre os empregadores, de
acordo com as necessidades, assim como oferece aos empregados,
ainda que temporariamente, meios
de subsistência e um trabalho digno com dignidade e ainda impedindo fraudes nos contratos de trabalho”, conclui.
Revista Fecomércio DF 43
reconhecimento
Prêmio Engenho
de Comunicação
//Fotos: Raphael Carmona
Ao todo, oito veículos e jornalistas foram
agraciados na 12ª edição do evento
C
om apoio institucional do
Sistema Fecomércio-DF, o
Prêmio Engenho incentiva
o trabalho de jornalistas e veículos
de comunicação e difunde valores
como liberdade de expressão, ética,
transparência, cidadania e democracia. A premiação foi instituída em
2004 para contemplar profissionais
e empresas que produzem informação de Brasília. Mais de 90% das
manchetes do Brasil nascem na capital da República.
Os vencedores da 12ª edição do
Prêmio Engenho de Comunicação
– O Dia em que o Jornalista Vira
Notícia – foram conhecidos durante
um almoço, na Embaixada de Portugal, no dia 11 de dezembro. Cerca
de 500 convidados, entre jornalistas,
empresários, representantes políticos e de entidades da sociedade
civil estiveram presentes. Após o
pronunciamento do júri, o maestro
João Carlos Martins emocionou os
presentes com uma palestra moti-
vacional. Em seguida, tocou ao lado
do maestro Cláudio Cohen e o Quinteto de Brasília.
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, fez parte da
comissão julgadora do prêmio e
entregou o troféu de melhor site/
blog para o Diário do Poder, para
o jornalista Cláudio Humberto.
“Precisamos reconhecer os bons
profissionais que atuam na nossa
cidade e o prêmio Engenho de Comunicação já virou um evento tradicional na capital da República”,
afirmou Adelmir Santana.
A comissão julgadora desta edição foi presidida pelo ministro do
STF Marco Aurélio Mello, e contou
com a participação de mais cinco
integrantes, além de Adelmir: o ministro do TCU Augusto Nardes; o
secretário de Turismo do DF, Jaime
Recena; o conselheiro de Imprensa da Embaixada de Portugal, João
Pignatelli; a professora Angélica
Córdova – Universidade Católica de
Brasília; e o professor Bruno Nalon
– UniCeub.
Conheça os
vencedores
do Prêmio
Engenho de
Comunicação
em 2015:
Jornalista do Ano:
Gerson Camarotti
Melhor Coluna:
Luiz Carlos Azedo
Melhor Site/blog:
Diário do Poder
Melhor Apresentador de TV:
Guilherme Portanova
Melhor Programa de TV:
Fatos e Versões
Melhor Programa de Rádio:
Justiça em Cena
Melhor Veículo Impresso:
Metro
Melhor Cobertura de Brasília:
Correio Braziliense
44 Revista Fecomércio DF
Revista Fecomércio DF 45
empreendimento
Brasília
como
destino de
negócios
//Por Daniel Alcântara
Foto: Raphael Carmona
José Luis Menghini (Inframerica), Noel Murray (Universidade de Chapman), Adelmir Santana (Fecomércio-DF),
Odilon Frazão (consultor internacional) e Chris Lowe (Walt Disney Company)
Fecomércio reúne investidores dos EUA
interessados no mercado local
A
Fecomércio-DF reuniu no último dia 18, em um diálogo empresarial na sede da CNTC, uma comitiva de 25 investidores, professores
e universitários dos Estados Unidos interessados em conhecer os
potenciais de investimento em Brasília. Formado por executivos de importantes empresas norte-americanas que cursam MBA na Universidade de
Chapman, na Califórnia, o grupo incluiu o diretor do Centro de Negócios
Internacionais da Universidade de Chapman, Noel Murray, e o executivo
para Desenvolvimento Global e Relações Públicas da Walt Disney Company,
Chris Lowe.
Os empreendedores norte-americanos foram recebidos pelo presidente
da Fecomércio, Adelmir Santana, por líderes empresariais da cidade; pelo
presidente da Inframérica (grupo que administra o aeroporto), o engenheiro
José Luis Menghini; por representantes da Universidade de Brasília (UnB),
Eiiti Sato, e da Universidade Católica de Brasília, Creomar Souza. Durante o
encontro, os empresários brasilienses ressaltaram que a capital da República é uma cidade em desenvolvimento, o que acaba tornando a região um
ótimo lugar para se empreender e obter lucro.
“Brasília apresenta atrativos econômicos pela sua posição estratégica
no mapa do Brasil, uma vez que saem daqui as grandes estradas e um
grande modal de comunicação. Além disso, nossa região busca dar alguns
benefícios fiscais para o setor de serviços e a indústria limpa, principalmente de tecnologia, o que pode se traduzir em projetos de grande importância
para o Brasil”, ressaltou Adelmir Santana. O presidente da Fecomércio explicou que a cidade não comporta indústrias poluentes, por causa da extensão geográfica reduzida.
Adelmir ressaltou que a capital também tem uma área gastronômica
muito pujante e em plena expansão, terceiro polo gastronômico do Brasil. Além disso, ele salientou sua vocação forte para o turismo e para
as áreas de comércio e serviços. “Brasília se coloca como uma cidade
46 Revista Fecomércio DF
“Nossa região busca
dar alguns benefícios
fiscais para o setor de
serviços e a indústria
limpa, principalmente
de tecnologia, o que
pode se traduzir em
projetos de grande
importância para
o Brasil”
Adelmir Santana
presidente da Fecomércio-DF
importante fora do eixo tradicional litorâneo brasileiro, como Rio
e São Paulo. É aqui que está o futuro do País”, disse.
O presidente da Inframerica,
o engenheiro José Luis Menghini,
explicou aos investidores sobre a
expansão do aeroporto Juscelino
Kubitschek, que gerará um potencial mercado de comércio, abrindo
várias possibilidades de empreendimento. De acordo com ele, o novo
projeto será concluído em 2022 e
terá um investimento de R$ 3,5 bilhões. “O projeto trará melhorias
operacionais e novas oportunidades comerciais de negócios. Contará com um shopping, parque temático e escritórios, além de cinco
hotéis de três a cinco estrelas, que
já estão com contrato assinado”,
salientou Menghini. A obra no aeroporto gerará mais de 10 mil empregos na fase das obras e 13 mil
empregos após a obra.
A Inframérica informou ainda
que o Aeroporto Internacional de
Brasília já é o segundo do País em
número de passageiros. O movi-
mento de pessoas no terminal tem
aumentado desde que a concessionária assumiu a administração
e iniciou uma série de obras de
ampliação para melhor atender ao
público. “O número de passageiros
está crescendo muito. Hoje, gerenciamos cerca de 50 mil passageiros
por dia. Em feriados e finais de ano,
o número chega a duplicar. Porém,
as visitas de passageiros de outros
países ainda é pequena e estamos
trabalhando para melhorar esse
aspecto”, disse o presidente da Inframérica, Luis Menghini.
Já o representante da Universidade Católica de Brasília, Creomar
Souza, informou aos norte-americanos que Brasília é uma capital
empreendedora e possui a maior
renda per capita do Brasil. Ele também salientou que o DF tem um
dos mais elevados IDHs do País,
o que significa um grande nível
de capacidade intelectual de seus
cidadãos. “Com certeza Brasília
é um dos melhores lugares para
se investir, somos uma cidade de
serviços, pontuada entre a sexta
maior economia do Brasil, também temos duas cidades próximas
que são vistas como grandes polos
do comércio: Anápolis e Goiânia.
Com elas agregadas, são mais de
sete milhões de pessoas”, afirmou
Souza. “O povo de Brasília gosta de
desenvolver ideias e ações novas.
Atualmente, somos a única unidade
da federação em que qualquer estudante de escola pública aprende
línguas estrangeiras gratuitamente. Assim, o aluno ganha um olhar
mais globalizado, voltado para o futuro”, concluiu Souza.
Ao final do encontro, os visitantes se mostraram animados com
Brasília e elogiaram os monumentos arquitetônicos idealizados por
Oscar Niemeyer. Após o diálogo
empresarial, a Fecomércio ofereceu um almoço com pratos típicos
brasileiros para os integrantes da
comitiva, além de auxiliar os investidores durante a estada em
Brasília. Na agenda, ainda estava
marcado um encontro com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
Revista Fecomércio DF 47
economia
Indicadores
do comércio
A tendência do ICF permanece de queda, embora
menor. Em relação a outubro, o indicador caiu 1,7 ponto.
A queda foi maior nas famílias de renda maior que 10 salários-mínimos (3,7 pontos), e de 4,1 pontos nas famílias
de renda menor que 10 salários-mínimos.
ICF - Intenção de Consumo das
Famílias Distrito Federal
//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho
Novembro
E
m novembro, o cenário
econômico continuou piorando, o ambiente político
ficou mais complicado,
não alterando em nada as expectativas dos empresários no curto
prazo.
As medidas de ajustes de gastos, aumentos de impostos e volume de investimentos ficaram para
2016. E agora com o complicador
do rombo orçamentário da ordem
de R$ 120 bilhões.
O poder de compra do consumidor de Brasília continua reduzido, com tendência a se agravar,
especialmente em decorrência do
aumento do desemprego e da ausência de perspectivas de reajustes dos servidores públicos locais
e federais.
PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal
Novembro
Outubro
Inadimplência
Dívida Total
48 Revista Fecomércio DF
Outubro
Novembro 2015
94,9
98,6
105,9
81,6
82,4
86,5
Até
10 SM
41,75%
34,80%
SM: Salário-Mínimo
Fonte: CNC
Outubro
41,09%
34,17%
O ICEC/DF no mês de novembro apresentou queda
de 5,2 pontos no índice geral, em relação ao mês de outubro. Isoladamente, destacam-se: queda de 6,9 pontos
nas expectativas para o setor, de 4,1 ponto no volume de
investimentos.
Setembro
Outubro
Indicadores das
condições
atuais
78,9
77,9
79,3
Geral
Fonte: CNC
Fonte: CNC
40,76%
33,55%
Capital
de giro
130,32%
127,76%
125,98%
Fonte: ANEFAC
Taxas de Juros Pessoa Física
Novembro 2015
Novembro 2015
Novembro
Setembro
Empréstimo
pessoal
bancos
120,8
127,7
122,1
42,8
47,5
46,6
81,8
87,0
84,6
Outubro
CDC
automóveis
Setembro
151,82%
149,03%
146,28%
Empréstimo
pessoal
financeiras
81,7
85,8
85,0
Indicadores
das expectativas
12,4
12,7
12,1
Novembro 2015
Desconto de
duplicatas
Novembro
Indicadores
investimento
0,6
0,3
0,3
Taxas de Juros Pessoa Jurídica
Conta garantida
85,8
87,5
92,6
Geral
Novembro
86,6
87,8
88,0
Setembro
Mais de
10 SM
ICEC - Índice de Confiança do
Empresário do Comércio DF
Setembro
Cartão de Crédito
Dívida impágavel
O endividamento, a inadimplência e a possibilidade do “calote”
mantiveram a tendência. A intenção
de consumo das famílias apresentou pequena queda no mês, elevando a redução no semestre. A confiança dos empresários apresentou
expressiva redução em todos os
indicadores, especialmente em relação às expectativas do setor.
Houve pequena elevação no nível de endividamento das famílias
em Brasília (78,9% em novembro
contra 77,9% em outubro). Como
sempre superou o nível nacional
(61,0%) em cerca de 17 pontos percentuais. A taxa de inadimplência
ficou em 12,4%, apresentando redução de 0,3 ponto percentual em
relação a outubro. A dívida impagável subiu para 0,6 ponto percentual.
Novembro 2015
As taxas de juros nominais, praticadas em novembro, continuam tranquilas na escalada de crescimento
contínuo. Na comparação de novembro com outubro,
houve alteração significativa na taxa de juros cobrada
da Pessoa Jurídica na Conta Garantida, confirmando
tendência já observada na comparação entre outubro e
setembro. No crédito à Pessoa Física, continuam absurdamente elevadas as taxas do Cheque Especial que, de
226,39% em outubro, subiram para 233,56% em novembro e do Cartão de Crédito que se elevaram de 368,27%
em outubro, para 378,76% em novembro.
66,50%
64,59%
63,84%
30,76%
30,15%
29,84%
233,56%
226,39%
222,16%
Cheque
Especial
378,76%
368,27%
361,40%
Cartão de
Crédito
Juros do
Comércio
89,04%
86,90%
86,26%
Fonte: ANEFAC
Revista Fecomércio DF 49
faculdade
social
Senac amplia campus
e oferta de cursos
//Por Luciana Corrêa
Integração pelo esporte
//Por Andrea Ventura
Sesc desenvolve projetos voltados para estimular a prática de esportes
entre crianças, grande parte em situação de vulnerabilidade social
Foto: Joel Rodrigues
Unidade da 903 Sul amplia estrutura física com
laboratórios modernos e reinaugura biblioteca
para abrigar novas turmas de pós-graduação
Os novos e atuais alunos da
Faculdade de Tecnologia Senac-DF serão recebidos neste ano,
no campus da 903 Sul, com uma
nova e moderna estrutura. A instituição inaugurou, em dezembro,
quatro laboratórios de informática,
com máquinas de alta tecnologia e estrutura de cabeamento
e rede. O novo espaço ampliará,
principalmente, o atendimento às
demandas dos alunos dos cursos
de Gestão em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia da
Informação, além dos estudantes
das pós-graduações e extensões.
Os novos laboratórios possuem
64m² cada, com uma média de 32
computadores. O atendimento foi
ampliado para quase 400 alunos a
mais por dia. Além dos espaços, a
instituição reinaugurou a Biblioteca
Adelmir Santana, que teve seu ambiente modernizado e o acervo ampliado para estudo e pesquisa dos
alunos. O nome é uma homenagem
ao presidente do Conselho Regional do Senac-DF, que também é
presidente do Sistema Fecomércio-DF e ex-senador da República.
VESTIBULAR E
PÓS-GRADUAÇÃO
O primeiro processo seletivo 2016 está com as inscrições
abertas. As provas ocorrerão em
diversas datas, sempre às quarMais informações
50 Revista Fecomércio DF
tas-feiras, às 19h, e
aos sábados, às 9h. As
inscrições podem ser
feitas pelo site (www.
senacdf.com.br/faculdade) ou presencialmente, na Central de
Relacionamento da
unidade da 903 Sul, de
segunda à sexta-feira,
das 9h às 21h30, até um
dia antes da aplicação
da prova. As datas são divulgadas
no site ou pelo telefone: 3217-8821.
Os cursos oferecidos são: Gestão
Comercial (noturno); Gestão da
Tecnologia da Informação (noturno); Marketing (noturno); Gestão
de Recursos Humanos (matutino e
noturno); e Tecnologia em Análise
e Desenvolvimento de Sistemas
(matutino e noturno). A taxa de inscrição é de R$ 20.
Para quem quer se especializar, as inscrições para as pós-graduações da Faculdade Senac
também estão abertas. São sete
opções de cursos com aulas na
unidade da 903 Sul: Banco de Dados e Business Inteligence; MBA
em Gestão Empreendedora de
Negócios; Logística da Cadeia de
Suprimentos; Gestão de Pessoas;
Gestão de Projetos; Treinamento,
Desenvolvimento e Educação Corporativa; e Governança de Tecnologia da Informação.
@senacdf
/senacdistritofederal
Foto: Raphael Carmona
O
Como novidade para 2016, alguns cursos serão ofertados nas
unidades de Ceilândia (Gestão de
Projetos e Treinamento, Desenvolvimento e Educação Corporativa); Sobradinho (MBA em Gestão
Empreendedora de Negócios e
Governança de Tecnologia da Informação); Gama (MBA em Gestão
Empreendedora de Negócios e
Gestão de Pessoas). Para essas
turmas, as aulas serão ministradas
no período noturno, três vezes por
semana. As inscrições devem ser
feitas no site (www.senacdf.com.
br/faculdade). Logo após, o aluno
deverá comparecer à Central de
Relacionamento da unidade da
903 Sul para efetivar a matrícula.
O atendimento é das 9h às 21h30,
de segunda a sexta-feira, e aos sábados e domingos, das 8h às 14h.
O número mínimo para início das
turmas é de 20 participantes.
www.senacdf.com.br
Brasil sediará pela primeira vez em sua história os
Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que ocorrerão de 5 de agosto
a 7 de setembro. O Sesc-DF investe
anualmente cerca de R$ 900 mil
nos projetos de iniciação esportiva.
“Queremos incentivar, com esses
projetos, o engajamento com o esporte. Neste ano vamos trazer ex-atletas olímpicos para bate-papos
com os futuros atletas”, afirma o
assistente de Coordenação de Esporte e Lazer do Sesc-DF, Álvaro
Sérgio Barcelos.
Descobrir novos talentos e encaminhá-los para um futuro esportivo, de alto rendimento, esse é o
objetivo do Sesc Olímpico. Implementado em 2009, contempla natação, basquete, handball, tênis, vôlei
e futsal. No total 200 jovens entre
12 e 16 anos participam das atividades, que ocorrem no contraturno
do horário escolar – um pré-requisito para participar de todos os projetos esportivos do Sesc. As atividades são realizadas nas unidades de
Ceilândia, Gama, Taguatinga Sul e
Norte. O ciclo de participação do
aluno chega a até cinco anos. Além
das aulas esportivas, o Sesc oferece todos os recursos necessários
para que os atletas possam treinar
e competir em disputas regionais e
nacionais de alto rendimento, além
de proporcionar acompanhamento
médico e odontológico.
Implementado pelo Sesc Nacional, o Triathlon Mais forma atletas
para competições. O projeto existe
desde 2011 e atende crianças entre
10 e 14 anos. Ao contrário do Sesc
Olímpico, para participar é preciso
que a família esteja em situação de
vulnerabilidade social, com renda
de até três salários. O Sesc fornece
sunga ou maiô e bicicletas, espaço
e professores para os treinos. Os
participantes recebem atendimento médico, nutricional e odontológico e passam por avaliações periódicas. O Triathlon Mais oferece 40
vagas para um ciclo de quatro anos.
Os treinos são feitos na unidade de
Ceilândia.
Crianças de sete a 12 anos podem participar do Programa Esportivo e Social do Sesc (PESC). Ao
todo 300 crianças fazem diversas
atividades de cunho esportivo e social – como oficinas de arte, dança
e teatro, além de acompanhamento
escolar. As atividades são no contraturno escolar, nas unidades do
Gama, Guará e Taguatinga Sul. Os
alunos usufruem de infraestrutura
de lazer, esporte, cultura, saúde
três vezes na semana.
O processo de escolha de novos interessados para os projetos
esportivos se dá no início do ano e
depende de vagas disponíveis. Para
participar, basta procurar a unidade que oferece a modalidade. Informações: 0800 617617.
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www.sescdf.com.br
Revista Fecomércio DF 51
caso de sucesso
De aposentada a empresária
Parceria
com o
//Por Sílvia Melo
Foto: Joel Rodrigues
Ex-aluna do
Senac, Márcia
Pacheco
inaugura café
na Asa Norte
A carioca Márcia Pacheco Laboissiere, de 55
anos, veio para Brasília em 1981 com a família,
quando o pai, que era militar, foi transferido para
a capital do País. Aqui fez faculdade, passou em
um concurso e se aposentou do serviço público.
Apesar de nunca ter trabalhado no comércio,
decidiu abrir um café na Asa Norte. Antes, fez
no Senac o curso de Padeiro e, em dezembro,
inaugurou o Café e Panificados Varandão, onde
são vendidos pães e produtos artesanais, feitos
no local por ela e duas funcionárias.
Abrir o negócio era uma ideia que Marcia
vinha estudando há algum tempo. Há um ano e
meio, ainda trabalhando, ela começou a montar
o café. Foi comprando as coisas aos poucos e
fazendo reformas. Quando se aposentou, em
setembro, estava no final do curso e contou com
o apoio e orientação para abrir sua loja. “Até então, eu ia abrir um café, queria que tivesse pães
artesanais e não tinha a menor ideia de como fazer, onde comprar os produtos. Nunca trabalhei
no comércio. Não sabia nada, absolutamente
nada”, lembra. “O curso foi fundamental. Sem
ele, eu não saberia nem conversar com as distribuidoras”, conta, destacando que faz pães de
52 Revista Fecomércio DF
queijo, bolos, pães artesanais, pães australianos
com nozes, suspiros, doces, entre outros itens.
“No curso aprendi todo o processo. Estou fazendo tudo isso aqui graças a ele”, afirma.
SOBRE O CURSO
O curso de Padeiro tem carga horária de
300h e é oferecido pela unidade de Gastronomia, do Setor Comercial Sul. A próxima turma
será realizada no período de 15 de fevereiro a 6
de junho, das 18h30 às 22h30. Ensina a elaborar produtos de panificação com o preparo de
massas: enriquecidas, fermentadas, folhadas,
assadas e fritas, utilizando de forma correta as
técnicas de produção de pães, roscas, biscoitos,
bolos, coberturas e recheios de acordo com as
normas técnicas de segurança, higiene e saúde
no trabalho. Informações: 3313-8877.
Mais informações
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www.senacdf.com.br
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Associado Fecomércio junto com a
parceria BB Seguro Auto pode contar
com a assistência de troca de pneu.
Quando o veículo segurado ficar impossibilitado de circular, em
virtude de furos ou avarias no pneu, a seguradora garantirá a
troca do pneu furado ou avariado pelo estepe.
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Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e
Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses
planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570
7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá
ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não
atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800
962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para
mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços
oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br.
Revista Fecomércio DF 53
artigo direito no trabalho
empresário do mês
Dispensa imotivada e
substituição de PNE
54 Revista Fecomércio DF
observando o princípio da razoabilidade, esclareceu de forma acertada
a questão, e entendeu que a Lei nº
8.213/91 em seu art. 93, §1º, não exige a substituição por trabalhador com
a mesma deficiência do empregado
demitido. O que significa, então, que
a interpretação correta da lei é que o
trabalhador contratado para ficar no
lugar daquele demitido seja portador de “deficiência” (qualquer), e não
portador da “mesma deficiência” do
empregado demitido. Assim, não reconheceu que a dispensa tenha sido
discriminatória, tampouco determinou sua reintegração ao emprego.
O entendimento do TST representa grande contribuição para a atividade econômica, pois é notório que as
empresas que necessitam cumprir
cotas não encontram com facilidade
trabalhadores portadores de “deficiência”, muito menos com as “mesmas deficiências”.
E é de se imaginar que se fossem
mantidos os entendimentos das instâncias inferiores, estar-se-ia diante
de uma estabilidade quase que eterna a um trabalhador com deficiência,
pois se já não é fácil encontrar trabalhadores portadores de “deficiência”,
imagina encontrar um trabalhador
com a “mesma deficiência” do empregado que se pretende demitir.
Isso, certamente, levaria a se ter uma
obrigação quase impossível de cumprir, e geraria punições injustas para
as empresas que não cumprissem as
cotas impostas pela lei.
Cely Sousa Soares
consultora jurídica
da Fecomércio-DF e da Ope
Legis Consultoria Empresarial
//Por Liliam Rezende
Foto: Joel Rodrigues
Thiago Sabadini deixou a Publicidade para
virar confeiteiro de bolos especiais
Raphael Carmona
A dispensa discriminatória dos
trabalhadores tem sido combatida
pela Justiça do Trabalho, especialmente, após a edição da Súmula
443 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no entanto, há casos que
carecem de grande atenção e cuidado por parte da Justiça, quando
analisados, para não criar, inclusive,
situações que venham a impor estabilidades não previstas em lei e que
podem inviabilizar a atividade econômica da empresa.
Um exemplo a ser citado é o caso
em que uma trabalhadora, portadora de deficiência, demitida sem justa
causa, alegava que sua dispensa foi
discriminatória por uma deficiência
física e que, como o trabalhador contratado tinha uma deficiência auditiva,
não estaria sendo respeitado o §1º, do
art. 93, da Lei nº 8.213/91, segundo o
qual a dispensa imotivada de trabalhadores portadores de deficiência
somente pode ocorrer após a contratação de um trabalhador substituto de
condição semelhante.
Essa discussão foi parar na
Justiça, cuja polêmica era saber
se a previsão na Lei nº 8.213/91,
quando menciona “condição semelhante” significaria que o novo
empregado contratado teria de ser
portador da “mesma deficiência”
do empregado demitido ou não.
Em primeira instância, o Juiz
acolheu o pedido sob o fundamento
de que pela determinação do art. 93,
§1º, a dispensa imotivada somente
poderia ocorrer após a contratação
de substituto de condição semelhante, e que condição semelhante significaria possuir o novo empregado a
“mesma deficiência” do empregado
demitido, tese até confirmada pelo
Tribunal Regional.
Só que em decisão recente o TST,
Sem glútem
e sem
lactose, mas
com sabor
A história da Komboleria começou com uma descolada Kombi de bolos. Pouco tempo depois, sob o comando do chef confeiteiro Thiago Sabadini, já possuía sua
primeira loja física, no CA do Lago Norte. Um ano após a
inauguração do endereço, a doceria seguiu para um novo
ponto, na 106 Norte. A loja apresenta um espaço maior e
mais confortável para os clientes. A Komboleria tem como
especialidade o preparo de doces e pães saudáveis feitos
sem glúten e sem leite.
Além dos bolos já conhecidos, como cacau com abobrinha, chocolate com amêndoas, cenoura com chocolate belga, e dos famosos brownies e naked cakes com
frutas vermelhas, o novo endereço foi incrementado com
um menu mais vasto. Entre as novidades estão os pães
sem glúten e as tortas veganas. “O nosso diferencial é o
frescor dos produtos. Os pães, por exemplo, são feitos diariamente, e assim que as fornadas saem, rapidamente se
esgotam. Muitos também nos procuravam pedindo itens
veganos e começamos a desenvolver produtos para esse
nicho que não pára de crescer”, destaca Thiago.
A ideia da alimentação leve veio por conta das sobrinhas de Thiago, que são alérgicas à lactose. Antes de abrir
a Komboleria, sua irmã, a jornalista Tatiana Sabadini fazia sucesso ao postar receitas na internet. A partir daí, o
empresário percebeu que aquilo poderia ser um negócio.
“Com o sucesso das receitas, eu pensei que esse segmento poderia ser lucrativo’”, explica Thiago. Após alguns
meses rodando com a Kombi aos finais de semana, o brasiliense saiu da empresa de publicidade onde trabalhava
e dedicou-se integralmente à Komboleria. Para isso, fez
diversos cursos de confeitaria e oficinas específicas.
Hoje, a empresa é familiar e conta com quatro funcionários, além de Thiago, seu pai e sua mãe. Nas três fases da empresa, o empresário conta que foram investidos
cerca de R$ 85 mil. “O primeiro passo foi comprar e adesivar a Kombi, com R$ 10 mil. Depois, para a loja do CA, o
valor empenhado foi maior, R$ 50 mil, pois investimos em
utensílios para montar a cozinha e aumentar a produção.
Por fim, com a mudança para a Asa Norte e já com experiência e uma estrutura montada na outra loja, investimos
mais R$ 25 mil até a inauguração”.
O cardápio tem grande variedade de bolos. Eles são
vendidos em vários tamanhos e custam entre R$ 7,50 e R$
45. Já os naked cakes e bolos especiais podem ser encomendados à parte, com preço médio de R$ 110.
Com o grande passo dado pela loja, a Komboleria pretende ampliar a oferta. “A ideia aqui é continuar com os
bolos e pães integrais sem glúten, além de vender refeições completas, como café da manhã e brunch. Estamos
querendo incluir o café da manhã no cardápio já a partir de
fevereiro”, destaca o empresário.
A Komboleria funciona de segunda a sexta das 12h às
19h; e sábado, das 10h às 18h. Telefone: 3711-9654. O espaço fica na 106 Norte, Bloco C.
Revista Fecomércio DF 55
tecnologia
O computador de US$ 5
Renato Carvalho
Gerente de Mídias
Sociais & Conteúdo
da ClickLab
www.clicklab.com.br
[email protected]
Maximo Migliari
www.facebook.com/agencia.clicklab
Diretor-Executivo
da ClickLab
Carreiras em Tecnologia estão em alta em 2016
Apesar de 2016 ainda prometer ser um ano de grandes desafios para todos, muitas oportunidades também
começam a aparecer, especialmente para profissionais na
área de Tecnologia. E se você é um estudante em busca de
uma carreira, ou um profissional já gabaritado em busca
de novas áreas para se aventurar, separamos algumas das
profissões mais promissoras para 2016.
Engenheiro de Big Data - Conforme mencionamos em
nossa coluna do mês passado, o Big Data é uma tendência para 2016. O Engenheiro de Big Data é o profissional
responsável por reunir informações e dados das mais
diferentes fontes e organizá-los de forma coerente, facilitando assim sua interpretação e a tomada de decisões pela
empresa. O profissional de Big Data normalmente possui
uma formação em Engenharia/Ciências da Computação,
mas também é importante que ele tenha experiência com
análise de sistemas e programação.
Gerente de Infraestrutura - Esse profissional é extremamente importante, especialmente para grandes
empresas. Ele será responsável por gerir toda a estrutura
de TI da empresa, incluindo as áreas de telecomunicações,
suporte e data center. É comum que sua formação seja em
sistemas da informação, mas consultores afirmam que
profissionais com pós-graduação e/ou experiência com
administração de banco de dados, servidores e ERPs possuem um grande diferencial no momento da contratação.
Diretor de Tecnologia - Gerencia a área de tecnologia
da empresa, trazendo soluções para as necessidades do
negócio. Esse profissional é importante, pois será responsável por otimizar custos, engajar os clientes e trazer novas
linhas de receita. Um diretor de Tecnologia normalmente
é formado em Matemática, Estatística ou Engenharia, ganhando pontos também se possuir um MBA ou mestrado.
Gerente em Marketing Digital - Normalmente formado
em Marketing ou Publicidade e Propaganda, o Gerente de
Marketing Digital será o profissional responsável por gerar informação e contrainformação a tempo de gerenciar
eventuais crises, além de promover serviços e produtos na
internet e nas redes sociais.
Em muitos países, o alto custo de um computador pode ser
uma grande barreira para aquelas pessoas interessadas
em aprender mais sobre computação e programação. Esse
problema, no entanto, parece estar bem perto de ser
solucionado. A fundação Raspberry Pi, do Reino
Unido, produz, desde 2012, um computador de bolso
desenvolvido especialmente para quem tem vontade
de aprender mais sobre Ciência da Computação.
Batizado de Raspberry Pi, o computador consiste em um
pequeno dispositivo que pode ser ligado a um monitor e a um teclado e que faz tudo
o que você espera de um computador: acessa a internet, reproduz vídeos, processa
planilhas e textos, roda jogos, entre outros. A primeira versão do dispositivo custava
aproximadamente US$ 30, sua nova versão, o Raspberry Pi Zero será ainda mais
barata, custando apenas US$ 5.
70
países no mundo possuem versões
locais do YouTube
Nexus 6P homologado
pela Anatel
Ficou interessado por alguma das carreiras? Pois saiba
que elas são apenas algumas das que estarão em alta neste ano. Momentos de crise são excelentes oportunidades
para investir em si mesmo e na própria formação, então
pesquise aquela que mais combina com você e tenha um
2016 recheado de boas mudanças.
Valor: gratuito
56 Revista Fecomércio DF
O poder do
YouTube
Um universo vasto e poderoso! Se você duvidava da
influência dos youtubers na vida das pessoas, chegou o
momento de se conformar. Através do site Socialblade
- www.socialblade.com - é possível saber exatamente
quais são os canais com mais inscritos, aqueles com mais
visualizações e, de forma geral, os mais influentes. E as
cifras não mentem, no top 10 dos mais assistidos, todos os
canais possuem algo em torno de 1 bilhão de visualizações
cada um. Já pensou em adotar a divulgação em vídeo para
sua empresa?
A música e o código de Sonic PI
Em uma antiga entrevista, Steve Jobs, co-fundador da Apple, afirmou
acreditar que todos os norte-americanos deveriam aprender a programar
um computador, pois a programação iria ensiná-los a pensar. O grande
problema é que, para a maioria das pessoas, essa é uma atividade complexa e mesmo que tenham interesse, muitos não sabem nem por onde começar. Para solucionar esse problema, o programador Sam Aaron criou
o Sonic Pi, um sintetizador que possibilita a todos criar músicas a partir
de códigos de programação. Cada código representa uma nota ou som e,
quando colocadas juntas, são usadas para criar as mais variadas composições. O sintetizador está disponível para as plataformas Windows, Mac OS
e também para o Raspberry Pi .
Valor: US$ 5
Depois de um hiato de quase dois anos, os consumidores
brasileiros parecem que finalmente terão acesso ao novo
celular do Google. Feito em parceria com a gigante chinesa
Huawei, o Nexus 6P foi lançado no final de setembro de
2015 nos Estados Unidos. O Smartphone conta com um
processador Qualcomm Snapdragon 810, 3GB de RAM,
bateria de 2.700 mAh e uma tela AMOLED de 5,7 polegadas
WQHD (2560x1440). O valor do smartphone e sua data de
lançamento ainda não foram definidos. Além do Nexus
6P, foi lançado também o Nexus 5X, versão mais simples,
mas que ainda não foi homologado pela Anatel. Ficamos
aguardando.
2.610 bilhões
número total de visualizações
dos vídeos no canal da Galinha
Pintadinha no YouTube
Revista Fecomércio DF 57
vitrine
Taís Rocha
Jornalista,
editora-chefe
da Revista
Fecomércio
[email protected]
(61) 3038-7525
Mar de bolinhas
Quer voltar a ser criança e
mandar o estresse para longe? Então, não perca a Megapiscina
de Bolinhas, instalada na praça
central do Taguatinga Shopping,
até o dia 28 de fevereiro. Com 177
m², o brinquedo não tem limite
de idade e abriga mais de 350 mil
bolinhas, além de ter um castelo
de 3m de altura e dois tobogãs.
Funciona de segunda a sábado
(10h às 22h) e aos domingos e
feriados (12h às 22h). A diversão
custa R$ 15 por 30 minutos.
Cheiro para desconectar
Que tal iniciar o ano com uma nova fragrância? Essa
é a ideia da Arbo Liberté (R$ 97), o novo perfume de O
Boticário. Desenvolvido para homens que se identificam
com a necessidade de se desconectar por alguns
instantes e reencontrar a sensação de liberdade e
refrescância, mesmo dentro da rotina urbana. O resultado
é um efeito energizante do cheiro da queda d’água nas
pedras, somado às nuances de bergamota, resultando na
sensação única de frescor e liberdade.
Proteção para malhar
Para quem precisa de uma forcinha
a mais para treinar, nada
melhor do que malhar
com roupa nova. Para
espantar a preguiça, a Track&Field
(ParkShopping, Piso Térreo) sugere em sua nova coleção,
looks para inspirar com cores fortes e estampas exclusivas,
como a viseira Mesh Elastic, cor verde-água (R$ 89).
58 Revista Fecomércio DF
Amantes
da bike
Foi aberto
o primeiro
bike café
da cidade,
o Magrelas
Café (208 Sul, bloco B, loja
26 - 3254-5001). No cardápio,
sanduíches, crepiocas e
refeições rápidas. Ao idealizar
o espaço, o proprietário João
Paulo de Luca pensou em
servir de ponto de apoio a
ciclistas do DF, uma vez que
fica ao lado de uma das mais
tradicionais lojas de pedais da
cidade, a Bike Tec. Além disso,
o café oferece um vestiário com
chuveiro para utilização dos
ciclistas. Aberto de segunda a
sábado, das 7h às 20h.
Revista Fecomércio DF 59
sindicatos
Setor no
vermelho
A
//Por Daniel Alcântara
Foto: Raphael Carmona
Sindipel-DF aponta que cerca de 25% das
papelarias fecharam as portas em 2015 e
50% estão em processo de falência
atual conjuntura econômica do País aliada ao baixo índice de intenção de consumo e ao alto nível de endividamento da população
desanima até o empresário mais otimista. No ramo das papelarias
não é diferente: nem mesmo o início do ano letivo nas escolas do DF anima os lojistas. Em 2015, o setor sofreu queda de 20% nas vendas, quando
comparadas com 2014. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de
Material de Escritório, Papelaria e Livraria do Distrito Federal (Sindipel-DF),
cerca de 25% das papelarias fecharam as portas no ano passado e cerca de
50% estão em processo de falência.
Na opinião do presidente do Sindipel-DF, José Aparecido da Costa Freire, a crise econômica que assola o Brasil foi a principal causa para a queda
brusca nas vendas no ano passado. Segundo ele, 2016 também não será um
ano bom para os empresários do setor. “Em 28 anos de atuação no ramo
de papelarias nunca passei por uma crise dessas, o que culminou com fechamento de vários estabelecimentos. Agora, para este ano, infelizmente, a
expectativa de vendas é de que, pelo menos, seja o mesmo faturamento do
ano passado”, diz José Aparecido.
Apesar da baixa expectativa de vendas, José Aparecido acredita que o
início do ano letivo será uma sobrevida para os empresários. Ele salienta
60 Revista Fecomércio DF
ainda que é necessário maior atenção na hora das vendas e compromisso com o seu empreendimento.
“O empresário precisa ser mais
consciente e aprender a ter visão.
Atualmente, muitos lojistas acreditam que apenas o volume de vendas é suficiente para manter o negócio de pé, mas é necessário obter
lucro”, explica José Aparecido.
“Com a crise e a queda nas vendas, já conseguimos notar que o empresário está mais presente em seu
empreendimento. Em anos anteriores, nesta época do ano, a maioria
estava de férias com a família. Agora,
eles estão trabalhando até depois do
expediente para tentar fazer o caixa
girar. Estão todos sabendo da dificuldade do momento e por isso todo
mundo está trabalhando para tentar
conseguir, pelo menos, o mesmo faturamento do ano passado”, acrescenta o presidente do Sindipel-DF,
José Aparecido.
A Papelaria e Livraria Prátika, loja
especializada em venda de material
escolar, localizada na Samambaia
Sul, já está sentindo a queda nas vendas em relação ao mesmo período
do ano passado e confirma as expectativas do Sindipel. De acordo com
a gerente, Elaine Almeida, a crise
econômica afetou a procura na loja.
“Neste ano, as vendas continuam no
mesmo patamar do ano passado, ou
seja, bem abaixo da expectativa. Entretanto, acredito que após o Carnaval as vendas se aqueçam, pelo menos um pouco”, apostou Elaine.
Entre as más notícias, mais
uma: com perdas na arrecadação,
o governo federal e a maior parte
dos estados e capitais elevaram
seus principais tributos, entre eles
o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS). “A
alíquota do imposto passa de 17%
para 18%. O empresário não tem
mais como absorver esses aumentos de tributos. Os empresários já
estão trabalhando com a margem
mínima de lucro. Com isso, os preços dos produtos em papelarias
irão subir”, lamenta Aparecido.
De acordo com informações do
Sindipel, o material completo para
alunos que cursam do primeiro ao
quarto ano deve custar em torno de
R$ 1 mil. Já para os estudantes do
quinto ao nono ano o preço sobe para
R$ 1,3 mil. No ensino médio o preço
chega a ser de R$ 1,6 mil. “O preço
varia muito, depende do tipo da mochila ou do caderno que será escolhido”, afirma José Aparecido.
CARTÃO DE
MATERIAL ESCOLAR
O cartão escolar era disponibilizado desde 2013 para os alunos da
rede pública de ensino cadastrados
no Programa Bolsa Família com um
crédito de R$ 226, para ser gasto
com material escolar nas lojas à escolha do cidadão, com o custeio do
GDF. O programa ajudou muito nas
vendas no período. Porém, em 2015
o benefício foi cancelado pelo o executivo local, alegando falta de verba.
Agora, em 2016 o projeto volta a funcionar, mas sem data certa para o
carregamento dos cartões, segundo
informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
O presidente do Sindipel, José
Aparecido, afirma que quando foi
lançado o cartão material, considerado até de salvação das papelarias.
“Com a volta do projeto, cria-se um
fôlego a mais nas vendas, com uma
extensão no período de procura pelos materiais escolares”, diz.
SOBRE O SINDIPEL
O Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria (Sindipel) auxilia a
categoria desde 2001, participando
das convenções coletivas (acordos
fechados entre os sindicatos de
trabalhadores e dos empresários).
A entidade também realiza acordos
em relação a direitos, garantias e
outras regras das relações entre
funcionário e empregador.
De acordo com o presidente do
sindicato, são mais de 13 anos negociando melhorias para o setor. O
Sindipel também esteve presente
na luta para a conquista do cartão
material escolar e do veto do projeto de lei que sugeria que os professores poderiam comprar livros
nas papelarias de Brasília com
desconto de 50%. Mais um triunfo
contabilizado para o sindicato foi a
aquisição de uma sede, localizada
na Asa Norte, no Edifício Brasília
Rádio Center.
Revista Fecomércio DF 61
pesquisa conjuntural
A
//Por Fabíola Souza
Entretanto, no acumulado dos últimos 12
meses houve queda de 17,85%
Jun x Mai
Julx Jun
Agox Jul
Set x Ago
SetxOut14
Dezx Nov
Autopeças e Acessórios
4,51%
-2,28%
-3,18%
-6,83%
-36,91%
6,43%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
1,53%
-1,92%
-2,84%
-2,93%
-20,76%
4,32%
Calçados
-2,78%
-5,89%
3,83%
4,25%
-12,69%
37,67%
Desempenho de vendas
Farmácia e Perfumaria
0,50%
-3,50%
-1,06%
0,86%
-15,73%
4,90%
Floricultura
-2,16%
-15,77%
-5,58%
-10,14%
-10,64%
-5,70%
Informática
0,62%
-2,05%
-0,63%
-2,51%
-12,10%
7,41%
Livraria e Papelaria
-0,20%
-0,60%
-0,38%
-7,59%
-18,28%
25,81%
Lojas de Utilidades Domésticas
4,12%
9,46%
-13,61%
-0,42%
-13,79%
29,60%
Material de Construção
-5,95%
-2,84%
-0,45%
-4,79%
-27,09%
4,42%
Mercado e Mercearia
-2,07%
-3,66%
-0,47%
-2,58%
-19,35%
6,13%
Móveis e Decoração
-7,14%
2,42%
-2,28%
-4,21%
-25,62%
5,09%
Óticas
-2,65%
2,81%
4,88%
-11,09%
-18,54%
-0,24%
Tecidos
3,54%
-19,90%
8,53%
-7,24%
8,08%
6,36%
Vestuário
4,14%
-0,73%
1,40%
-12,62%
-10,82%
42,77%
Total
-0,16%
-2,25%
-1,27%
-3,82%
-20,06%
12,35%
Academia
-11,39%
2,91%
6,52%
-5,54%
-4,57%
-2,80%
Agências de Viagem
-6,92%
26,06%
-2,81%
13,14%
12,03%
-16,35%
Aluguel de Artigos para Festa
1,29%
-2,40%
-9,38%
-6,19%
-15,05%
6,70%
Autoescola
17,14%
-0,28%
-11,87%
-6,24%
30,42%
4,60%
Casa de Eventos
-8,22%
-14,61%
11,77%
-17,73%
-47,91%
-11,74%
Clínica de Estética
1,68%
2,58%
7,60%
-7,82%
-33,51%
14,97%
Ensino de Idiomas
0,22%
6,56%
-6,80%
-16,05%
-13,84%
-0,90%
Pet Shop
0,01%
-4,92%
6,88%
-4,69%
-13,88%
4,28%
Reparação de Eletroeletrônicos
3,79%
-16,78%
3,32%
-14,29%
-37,88%
6,62%
Salão de Beleza
2,34%
0,71%
-6,06%
-6,36%
-14,44%
19,92%
Total
-1,66%
Total
Comércio
62 Revista Fecomércio DF
-0,45%
Serviço
5,82%
-0,40%
-1,23%
-1,26%
-5,96%
4,27%
-11,27%
-18,15%
2,65%
10,39%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
2,65%
foi o crescimento
nas vendas do
setor de serviços
secutivos. “Esse resultado é o reflexo do desaquecimento no varejo ao longo
do ano, fruto de um cenário econômico com crédito mais caro, inflação alta
e queda na confiança do consumidor”, ressalta Adelmir Santana. É importante ressaltar que a Pesquisa Conjuntural é realizada apenas com Micro e
Pequenas Empresas do Distrito Federal.
Apenas os segmentos de Floricultura (-5,70%) e o de Óticas (-0,24%)
apresentaram queda no comércio. Já os segmentos que apresentaram alta
nas vendas em dezembro de 2015 foram: Vestuário (42,77%); seguido pelo
Formas de pagamento // Dezembro
100%
100%
Serviçco
cresceram 12,35%
Comércio
Vendas
s vendas do comércio
brasiliense cresceram
12,35% em dezembro
de 2015 na comparação com novembro. Já as vendas
do setor de serviços cresceram
2,65%. Entretanto, no acumulado
dos últimos 12 meses (dez 2014 x
dez 2015), as vendas tiveram queda
de 17,85% (comércio e serviços) e
fecharam o ano passado no vermelho, confirmando expectativas anteriores de que as vendas no ano de
2015 seriam menores frente a 2014,
onde o acumulado mediu -5,16%. É
o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas
do Distrito Federal, realizada pelo
Instituto Fecomércio com apoio do
Sebrae.
Segundo o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, esse
movimento de dezembro é sazonal e caracteriza-se pelo o pico de
vendas natalino, não devendo esse
aumento pontual ser caracterizado
como o fim do período de retração
que registrou o ano de 2015. O mês
de dezembro encerrou uma sequência negativa de oito meses con-
44,26%
29,29%
26,00%
21,65%
0,84%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
37,96%
14,90%
32,51%
1,40%
A prazo
Boleto
11,67%
1,85%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
A prazo
7,63%
Boleto
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 63
pesquisa conjuntural
de Calçados (37,67%); Lojas de Utilidades Domésticas (29,60%); Livraria e Papelaria (25,81%); Informática (7,41%); Autopeças e Acessórios
(6,43%); Tecidos (6,36%); Mercado
e Mercearia (6,13%); Móveis e Decoração (5,09%); Farmácia e Perfumaria (4,90%); Material de Construção (4,42%) e Bares, Restaurantes
e Lanchonetes (4,32%).
No setor de serviços, o destaque em dezembro ficou para o
segmento de Salão de Beleza que
registrou crescimento nas vendas
de 19,92%, seguido por: Clínica de
Estética (14,97%); Aluguel de Artigos para Festas (6,70%); Reparação
de Eletroeletrônicos (6,62%); Auto-
Desempenho de vendas
JunxMai
JulxJun
AgoxJul
SetxAgo
OutxSet
DezNov
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-1,97%
-0,38%
-2,35%
-4,68%
-4,68%
13,74%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
3,85%
-6,49%
2,06%
5,70%
5,70%
10,95%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
4,52%
-3,79%
0,97%
-2,88%
-2,88%
13,67%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
3,57%
0,40%
0,64%
-4,60%
-4,60%
10,17%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-1,86%
-1,38%
-1,14%
-3,50%
-3,50%
5,13%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-3,33%
-8,02%
-4,05%
-6,54%
-6,54%
15,83%
Total
-0,16%
-2,25%
-1,27%
-3,82%
-3,82%
12,35%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-2,16%
15,51%
-1,89%
1,25%
1,25%
0,47%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
-4,94%
-3,90%
4,92%
-18,93%
-18,93%
9,17%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
0,50%
-8,69%
6,77%
-3,04%
-3,04%
2,48%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
1,47%
-3,17%
-4,15%
-14,13%
-14,13%
-0,93%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-1,18%
-1,10%
-2,31%
-15,59%
-15,59%
2,03%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-7,22%
8,66%
-6,82%
-10,59%
-10,59%
13,00%
Total
-1,66%
5,82%
-1,23%
-5,96%
-5,96%
2,65%
Total
-0,45%
-0,40%
-1,26%
-4,27%
-4,27%
10,39%
Nível de emprego
JunxMai
JulxJun
AgoxJul
SetxAgo
OutxSet
DezxNov
Autopeças e Acessórios
0,63%
-2,52%
-9,82%
0,00%
7,01%
0,68%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
0,52%
-3,78%
1,46%
-1,03%
-2,59%
-1,39%
Calçados
-6,96%
0,00%
-2,80%
-5,56%
-1,83%
-5,65%
Farmácia e Perfumaria
1,09%
5,38%
-4,45%
-1,48%
-3,57%
6,25%
Floricultura
-10,71%
-8,00%
8,33%
4,00%
8,86%
-4,00%
Informática
0,00%
5,41%
-3,85%
-9,46%
0,11%
-3,90%
Livraria e Papelaria
20,27%
-2,02%
1,03%
-5,71%
-6,05%
1,98%
Lojas de Utilidades Domésticas
-6,56%
-3,51%
5,45%
-1,61%
6,23%
7,27%
Material de Construção
5,96%
3,75%
5,99%
-1,61%
-0,80%
0,00%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
Comércio
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Junx Mai
Jul x Jun
Agox Jul
Set x Ago
Out15 x
Set15
Dez x Nov
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-0,17%
-1,03%
0,09%
-0,35%
-0,17%
0,93%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
5,19%
4,23%
-6,04%
2,70%
-4,00%
-1,81%
3,00%
1,89%
0,17%
-4,58%
1,79%
-1,31%
Nível de Emprego
Mercado e Mercearia
1,10%
-2,21%
3,85%
-4,16%
0,64%
0,00%
Móveis e Decoração
0,00%
-6,94%
4,62%
-4,48%
2,67%
0,00%
Óticas
0,00%
9,68%
-17,65%
7,14%
-1,86%
7,14%
Tecidos
0,00%
4,00%
-3,85%
-7,69%
13,49%
4,35%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
1,14%
-3,01%
7,08%
2,44%
-10,00%
3,72%
-3,67%
2,41%
-1,68%
-1,39%
4,59%
2,36%
1,72%
-13,83%
-0,31%
-4,93%
-1,87%
2,57%
-1,57%
0,14%
-1,53%
-0,45%
0,77%
Vestuário
-1,08%
-3,97%
-1,50%
5,06%
3,39%
6,11%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
Total
0,72%
-1,57%
0,14%
-1,53%
-0,23%
0,77%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
Academia
-14,45%
-0,81%
-1,89%
0,73%
3,83%
-1,72%
Agências de Viagem
2,04%
-2,99%
-3,23%
7,14%
-17,99%
0,00%
Aluguel de Artigos para Festa
-3,10%
-16,80%
9,52%
-10,26%
9,41%
-0,85%
Autoescola
-9,52%
-15,79%
9,38%
-15,00%
-5,86%
2,70%
Casa de Eventos
0,00%
4,55%
-7,89%
-2,70%
12,29%
-2,63%
Clínica de Estética
2,70%
1,35%
7,50%
-15,58%
1,85%
-1,23%
Ensino de Idiomas
-27,63%
19,61%
-7,52%
8,27%
-3,12%
-3,88%
Pet Shop
-4,10%
-1,71%
-6,72%
-3,60%
2,76%
-7,08%
Reparação de Eletroeletrônicos
-0,92%
-5,56%
6,86%
3,19%
-0,60%
0,00%
Salão de Beleza
-11,11%
15,91%
-2,61%
3,41%
0,92%
-2,27%
Total
-9,39%
-0,20%
-0,48%
-1,28%
-0,11%
-2,15%
-2,11%
-1,21%
-0,03%
-1,46%
-0,21%
-0,06%
Total
Comércio
64 Revista Fecomércio DF
escola (4,60%); Petshop (4,28%). Os
segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas no
mês de dezembro foram: Agência
de Viagem (-16,35%); Casa de Eventos (-11,74%); Academia (-2,80%) e
Ensino de Idiomas (-0,90%).
Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais
utilizado nas compras durante
todo o ano de 2015. Em dezembro, a modalidade respondeu por
45,25% das vendas no comércio.
No setor de serviços, foi responsável por 40,54% das compras.
Foram consultadas 900 empresas,
sendo 595 do comércio e 305 de
serviços.
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Total
0,72%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-2,08%
-5,05%
1,02%
-0,69%
-1,40%
0,00%
Candangolândia, Guará e Núcleo
Bandeirante
0,00%
-3,92%
-2,00%
-14,04%
17,02%
-5,56%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e
Águas Claras
-7,28%
-1,81%
1,23%
-2,91%
-0,32%
-2,57%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-18,49%
12,37%
-1,85%
-8,26%
10,00%
-3,51%
3,17%
18,46%
-1,27%
5,97%
-4,41%
1,52%
-24,75%
-1,76%
-4,08%
6,11%
-12,07%
-4,76%
-9,39%
-0,20%
-0,48%
-1,28%
-2,11%
-1,21%
-0,03%
-1,46%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
Total
Total
Comércio
Serviço
-1,12%
-2,15%
-0,63%
-0,06%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 65
pesquisa relâmpago
TODO MÊS VOCÊ TEM UM ENCONTRO
MARCADO COM GRANDES ESPECIALISTAS.
Luciano Freire,
funcionário público
CPF obrigatório
para passe estudantil
Nono dígito nos
celulares do DF a
partir de Maio
REGULAR
Embora entendo ser
necessário por causa
do aumento de linhas
telefônicas no DF,
inicialmente é difícil
acostumar-se com um
número mais longo.
BOM
Acredito que ajude a
combater fraudes no
sistema, mas deve-se
estudar o caso de
estudantes muito
jovens que ainda não
têm CPF.
Calendário escolar
alternado por conta dos
Jogos Olímpicos
Zika vírus se
espalha pelo país
RUIM
Apesar das
campanhas de
conscientização para o
combate do mosquito
ainda há resistência
em assumir
responsabilidade
quanto ao combate.
BOM
Não vejo problemas
em alterar o
calendário escolar
apenas uma vez para
ajudar na promoção
de um evento
esportivo único.
Claudia Ramalho,
publicitária
REGULAR
Acredito que seja
questão de costume
ao número 9 antes
do início do número,
assim como o dígito
3 foi adicionado
anteriormente aos
telefones fixos.
BOM
Por dar identidade
ao portador do passe
estudantil, diminui
as fraudes. Pena que
os CPFs só foram
inseridos nas certidões
de nascimento
recentemente.
RUIM
Transferimos a culpa
de epidemias como
essas a terceiros, não
fazendo nossa parte em
relação ao combate ao
mosquito.
João Marcelo Mello,
Servidor da Anatel
BOM
É mais uma etapa de
um cronograma que
envolve as unidades
da federação,
buscando garantir a
prestação do serviço
à população.
BOM
A medida pode
diminuir as fraudes
na concessão desse
benefício e, com
isso, melhorar o
atendimento e o
deslocamento dos
estudantes.
RUIM
O Combate ao Zika vírus
requer a participação de
cada um de nós, o que
torna a tarefa muito mais
complexa.
Priscila Mendes,
médica obstetra
Márcia Almeida,
Professora da Sec.
de Educação do DF
REGULAR
REGULAR
Entendo como
uma necessidade.
Uma mudança
fácil de lidar,
embora adaptar-se
seja pertubador
inicialmente.
BOM
Tudo que seja feito
para melhora de
fraudes e trapaças
vale a pena, embora
acredite que a
decisão deva ter
sido motivada pelo
Estado.
RUIM
A saúde pública
já está caótica em
todos os sentidos.
Qualquer ameaça à
saúde da população
é péssima.
E O MELHOR: ONDE VOCÊ QUISER.
Apenas mais
um número a
acrescentar
nos contatos
telefônicos.
BOM
Toda medida para
prevenir fraudes
é bem-vinda.
Afinal de contas
pagamos através
de impostos por
esse benefício aos
estudantes.
RUIM
A prevenção é o
único caminho
e o governo tem
feito seu papel.
A Revisa Fecomércio traz mensalmente grandes nomes da economia, da
contabilidade e do direito. São colunas e matérias que esclarecem e orien-
REGULAR
Desde que a mudança
seja previamente
informada, não vejo
problema na mudança
do calendário escolar.
REGULAR
Talvez seja necessária
para que os jogos
olímpicos sejam um
sucesso.
BOM
Acho que a cultura
do esporte deve ser
sempre valorizada,
desde que não
prejudique o rendimento
dos alunos, obviamente.
BOM
Com o recesso no
mesmo período
dos jogos não
haverá prejuízo
nos dias letivos e
no aprendizado
dos alunos.
tam os empresários do Distrito Federal sobre os assuntos mais atuais do
comércio. Além disso, a maior revista institucional de Brasília traz dicas de
gastronomia, comportamento, tendências, tecnologia e empreendedorismo. E tem mais: cada edição apresenta uma pesquisa sobre o desempenho das vendas no DF. Aproveite! Você encontra a Revista Fecomércio nos
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