Jesus caminha com a gente! - Paróquia Santuário São Judas Tadeu

Transcrição

Jesus caminha com a gente! - Paróquia Santuário São Judas Tadeu
São Judas e Você
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TAPETES CORPUS CHRISTI
fotos: Priscila Thomé Nuzzi
Claudia Dal Maso Lino - Parabéns pastorais, serviços
e movimentos da Paróquia/Santuário São Judas Tadeu!
Alessandra Rodrigues - Que lindo. Parabéns povo
de São Judas Tadeu.
Nair Bana - Parabéns São Judas Tadeu... Ficou lindo!!!!!
Zara Gonçalves Neves - Muito bonito.
Juscy Cravo - Lindos os trabalhos... Parabéns a todos.
Cecilia Santos - Parabéns. Louvado seja Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Paula Caetano - Foi uma cerimônia linda e envolvente!
Parabéns a todos os organizadores!
Maria Solange Paula Oliveira - Tudo muito lindo demais!!! Abençoado Santuário São Judas Tadeu!!!
EMAIL
“Fico muito feliz ao receber a sua Carta e a Revista São
Judas. Sou devota há muito tempo. Há 20 anos se formou a
nossa comunidade aqui perto de casa, que é São Judas Tadeu, em Ibiúna. Hoje eu peço a Deus e a São Judas Tadeu
que me ajude e ilumine para que eu continue evangelizando
e testemunhando os pedidos e as graças alcançadas por São
Judas Tadeu”.
“A paz de Jesus! Recebi a Revista São Judas e
já li. Gostei muito. Vocês estão de parabéns.
Eu, graças a Deus, estou bem melhor. Fiz novos exames e deram todos negativos. Foi uma
graça muito grande que recebi, só tenho que
agradecer a todos vocês que rezaram por
mim”.
Bernardete Aparecida Florêncio Pinto/ Ibiúna - SP
Neuza Ap. Brugnaro Baron/ Limeira – SP
INSTAGRAM
Em 1976 a igreja nova do Santuário
já recebia milhares de fiéis.
Erica Pereira - Amo o Santuário...
Sheila Ciarrocchi - Eu tinha 1 aninho!
Simone Carvalho Pinto - E eu estava na barriga de mamãe!
Bene Oliver - Noooossa, eu era recém-chegada em São Paulo,
vinda de Coronel Macedo, SP. Hoje faço parte deste Santuário São
Judas Tadeu. Que bênção! Graças a Deus!
Lourdes Fraccaro - Que saudade, nesse ano eu e o meu marido,
Armando, trabalhávamos no Encontro de Casais com Cristo – ECC
São Judas. Foi uma maravilha para nós!!!
Marcos Regis DS Regis - Fiz minha primeira comunhão nessa
igreja em 1981. Que tempo bom!!!
Rubens Tadeu - Que saudades. Eu fui batizado nesta igreja.
foto: arquivo São Judas em reprodução no Instagram
CARTA
ENVIE SUA MENSAGEM! ELA PODE SER PUBLICADA NESTA PÁGINA!
Av. Jabaquara, 2.682 – Jabaquara – CEP 04046-500 – São Paulo/SP
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fotos: Priscila Thomé Nuzzi
Jesus caminha com a gente!
Pe. Sérgio Hemkemeier,scj Pároco e Reitor da Paróquia/
Santuário São Judas Tadeu
Caros amigos, devotos e
devotas de São Judas Tadeu,
colaboradores da Revista São
Judas, acabada a festa pela
Copa do Mundo, retomamos a
nossa rotina com belas lembranças da empolgação, torcida, da vibração e até das manifestações de fé em nosso
país. Quantas pessoas vieram
a este Santuário rezar, pedir
pela Seleção brasileira, e até
colocaram os nomes dos jogadores aos pés da imagem de
São Judas Tadeu! Com tudo
isso percebemos o quanto
Deus é lembrado quando queremos pedir, e isso não é errado. Mas a fé envolve mais do
que isso. Ter fé não é só pedir.
É a gente ser envolvido por Alguém que dá sentido à nossa
vida! É ter sempre diante de
qualquer desafio da vida a confiança em um Deus, que é Pai e
que se comunica conosco. E na
pessoa de Jesus Cristo, Verbo de
Deus encarnado, encontramos a
perfeita comunicação de Deus
com toda a humanidade. Jesus é
um Deus conosco, gente como
a gente, que se mistura com o
seu povo, sente as mesmas alegrias e dores, e não fica indiferente com a injustiça e opressão.
Jesus caminha com a gente!
Assim, nós, como Paróquia
e Santuário, precisamos também
estar junto ao povo de Deus. O
sinal de que uma Igreja é católica não é apenas o sinal de uma
Cruz em cima da torre de uma
construção, mas a opção prefe-
rencial e evangélica pelos pobres.
Ao pobre que me pede algo devo
dar o peixe sim: um lambari ou
uma sardinha, não precisa ser
salmão... Mas é preciso também
ensinar a pescar e a lutar pela
sua própria dignidade. Arregacemos as mangas na defesa dos
direitos dos pobres, promovendo os pobres, cuidando da estrutura social. É preciso que tomemos as dores de quem sofre
e lutar por ele. Tenhamos sempre fome e sede de justiça!
O Papa Francisco tem nos
dito constantemente: tenham
misericórdia, bondade, acolham
as pessoas, acolham uma criança, um doente ou um paralítico
nos braços... E o Papa nos diz
isso não só com palavras, mas
com gestos e atitudes amorosas
concretas. O Papa nos ensina a
imitar Cristo com o seu próprio
testemunho de amor! Este homem de Deus está encantando
o mundo com gestos de ternura
e bondade. Em Corpus Christi
ele disse: “A carne do pobre é a
carne de Cristo!”
Façamos uma revisão de
vida como cristãos, e enquanto
Paróquia e Santuário, abracemos
todos a vocação para o amor,
que compete a todos e a cada
um de nós batizados. Que nosso Patrono, São Judas Tadeu,
nos auxilie, intercedendo por
nossas necessidades, nos ajudando a imitar Cristo, cultivando uma vida cristã coerente e
santa, a começar dentro de
nossa própria família!
EXPEDIENTE - A Revista São Judas é uma publicação mensal do Santuário São Judas Tadeu. Av. Jabaquara, 2.682
Jabaquara – São Paulo/SP – CEP 04046-500 - Tel: (11) 3504-5700 / 5072-9928
Pároco e Reitor: Pe. Sérgio Hemkemeier, scj. Diretor: Pe. Damião da Silva, scj. Realização: PASCOM/Santuário São Judas Tadeu (Marli Amaro, Marcos,
Érika Takahashi, Marcelo Alves e Anderson Guedes). Jornalista Responsável: Priscila Thomé Nuzzi – MTb nº 29753 L. 131 F. 26. Colaboração
Revisão: Fernanda Buniotto e Maria Angélica Cunha. Diagramação: Sidnei da Cunha – www.sidneicunha.com.br . Contato: [email protected]
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Revista São Judas
Igreja. Seu filho mora com uma
mulher divorciada, mas nenhum
dos dois quer casamento na
Igreja. Os dois não acreditam
em sacramento. Dizem que se
amam, mas não querem servir
de testemunhas e modelos para
nada nem ninguém. Não querem testemunhas. Se der certo,
que no futuro alguém aprenda
com eles. Mas testemunhar e
jurar amor eterno e ainda por
cima, consagrar seu amor à
Igreja, não! Não crêem o suficiente na Igreja para lhe permitir que opine sobre o seu
casamento. É assunto só deles.
Sacramento sem amor. E
há o outro casal. Fez tudo segundo o figurino. Festa de arromba. Lua de mel em Punta
Del Este. Veio o bebê. Outra
festa! Tudo foi bem até que
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começaram as queixas e os beijos ficaram
raros. O entusiasmo
acabou. Vivem na mesma casa, mas de
maneira morna
e sem alma. Podia ter crescido
como sacramento, mas não cresceu. A relação estagnou. Ele não
mais a vê como
o amor da sua
vida, custa a
elogiá-la. Ela
diz que, se a
coisa continuar
assim, vai se divorciar.
Há amores sacramentos,
amores sem sacramento e sacramentos sem amor. Se o
amor não é sagrado fica muito mais difícil vivê-lo, porque
nem tudo nem todos os que
amamos são agradáveis. Não
amamos o outro só porque ele
nos agrada, mas agradamos o
outro porque o amamos. O sacramento passa pelo agrado,
mas tem mais a ver com o
agradar do que com o agradar-se. Se entendermos isso,
entenderemos o sacramento.
Mas, se para uma relação virar sacramento tem que ser
exatamente do jeito que encomendamos, então não vai virar nunca! É que o amor tem
seus deleites, e as pessoas os
seus defeitos!…Ou levamos a
laranja com a doçura que ela
tem ou não haverá laranjada.
Felizes os que sabem para que
serve o açúcar mascavo!
Pe. Zezinho,scj
foto: reprodução
Amor sacramento: Existem amores que são sacramentos. O batismo, a crisma, a penitência, a eucaristia, a unção
dos enfermos, o sacerdócio, o
matrimônio por
amor ao
reino de
Deus são sinais e sacramentos. Hav e n d o
amor e a intenção de vivê-lo
em função de outros que passarem por nossa vida ou que
virão de nosso afeto, conscientes de que tudo isso é dom
de Deus, haverá um sacramento. Terá o selo do santo e do
sagrado. Muitos desses atos
podem ser sinais de Deus, mas
assim mesmo é possível alguém
não vivê-los como sacramento.
Ou falta fé, ou conhecimento ou
vontade de testemunhar a graça de Deus em nós.
Amor sem sacramento.
Muitos pais se casaram direitinho, no papel e na Igreja, testemunhando que o seu amor vinha de Deus e a Deus levava e
que eles o queriam oferecer à
Igreja e ao mundo, na família
que começavam. Hoje andam
perplexos. A moral mudou muito. Sua filha mantém um longo
romance de muitos anos com
um rapaz e com relacionamento íntimo, mas nem um nem
outro querem o sacramento na
foto: Priscila Thomé Nuzzi
Eu morava nos Estados
Unidos. Estava grávida de 5
meses e tinha o meu filho de 9
meses no colo. Era o dia 23 de
Agosto de 1992. Anunciaram
pelos meios de comunicação que
passaria um furacão chamado
Andrews no local onde morávamos. O furacão de nível 5 passou a 250 Km/hora, o mais sério e violento em velocidade de
vento, com o diâmetro de 80
Km. Só ficamos porque o meu
marido insistiu para ficarmos.
Antes do furacão recebemos pela
mídia diversas orientações: para
comprar baterias, água, para cozinhar com carvão, pois iriam
cortar a energia. Disseram para
enchermos as banheiras com
água, de reserva, e para ficarmos longe de janelas para não
canalizar o vento. Minha casa
não ficava na zona de evacuação e dois casais conhecidos nossos vieram se abrigar em minha
casa. Eram 5 horas da manhã.
Eu fiquei dentro do closet no
meu quarto. Quando o vento
começou, ficamos no escuro. Eu
tinha comigo o meu filho, bebê,
e uma bolsa com fralda e mamadeira para ele.
O barulho do vento começou a aumentar e o teto do meu
quarto começou a se desfazer.
Tudo começou a voar. Então,
para não ficar presa dentro do
armário se o teto caísse, resolvi
sair do quarto. A cozinha parecia mais segura e me sentei com
o meu filho debaixo da mesa. O
meu marido e os dois homens
que estavam em casa com as
esposas seguravam colchões nas
portas. Tudo ficava batendo e
voando pela casa com muita violência. Passaram 5 minutos, 10
minutos... O tempo parecia não
passar.
Sempre fui devota de São
Judas Tadeu e eu pedi a ele em
oração que se eu não pudesse
sair viva daquele furacão que alguém cuidasse do meu filho.
Pedi a intercessão dele com muita fé. De repente eu vi uma luz
muito forte que me envolveu,
senti paz e uma tranquilidade tão
grande que pareceu que eu saí
dali, daquele terror. Passei por
tudo aquilo em paz. O furacão
ficou horas batendo tudo em
minha casa, despedaçando tudo
e era como se eu me retirasse
dali. O meu filho até dormiu no
meu colo. Ao todo foram 4 horas e meia de vento. Às 9 e meia
da manhã, o silêncio. Liguei o
rádio e disseram para não nos
iludirmos com o silêncio, que
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quem estivesse na calmaria de
repente poderia estar no meio do
olho do furacão. Até o meio dia
não ouvimos mais nada.
Saímos. A sala não existia.
Os quartos também não. Só sobrou a cozinha onde eu estava e
a garagem com o nosso carro
coberto por destroços, mas inteiro. O restante voou. Sentamos
no carro e pensamos: “Vamos
para onde?”. Nem a pé a gente
conseguiria sair. Depois de três
dias, sem banho, sem água nem
comida, o exército veio nos resgatar. Mas este período não foi
fácil: a piscina cheirava a podre,
pelos bichos mortos e o esgoto;
as pessoas faziam saques; o nível de agressividade aumenta,
casais se separam, há as doenças infecciosas. Haviam muitos
que viviam em trailers na região
e estavam todos mortos. O cheiro era insuportável.
Eu vi a morte de frente e
aprendi que a vida é o que temos de mais importante. Tudo
o que passei não é nada, pois
mantive a minha vida e família.
O bem material não é nada. Voltamos para o Brasil e, por 15
anos, eu trouxe os meus dois filhos para a Paróquia/Santuário
São Judas Tadeu no dia 28 de
Outubro, para agradecer. A paz
e o bem estar que eu senti no
dia daquele terrível furacão não
dá para colocar em palavras, não
dá para explicar. Aquela luz me
envolvendo, me tirando dali...
Para mim esta é a prova de que
Deus está ao nosso lado. Feliz
aquele que crê! Senti isso, aquele bem estar sem tamanho, e a
minha impotência diante das forças da natureza. O vento não me
derrubou. Estou aqui para contar essa Graça.
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Podemos agora inverter a
pergunta: se o modelo que tínhamos antigamente não era um modelo de família mais confiável,
por que será que as famílias se
encontravam com mais facilidade, os filhos pediam constantemente a bênção aos pais, o casamento era sonhado, preparado e
concebido para a vida toda? Os
pais rezavam com seus filhos, e,
aos domingos, um dos compromissos mais importantes era sem
dúvida a Santa Missa.
Na sua grande maioria, os
membros da família gastavam
tempo conversando uns com os
outros. Os compadres e as comadres, quando se encontravam,
sentiam o dia passar sem se darem conta. Havia muito diálogo e
companheirismo, um profundo
respeito pela pessoa do pai e da
mãe, a quem costumeiramente nos
dirigíamos como “senhor” ou “senhora”. Frequentemente se falava “obrigado, com licença, por
favor, Deus te abençoe”, etc..
Longe de imaginarmos que
hoje não encontramos famílias
que trazem consigo belíssimos
valores, e que são exemplos em
meio a nossa sociedade. Também
não queremos afirmar que as famílias do passado fossem imunes
a problemas. Mas em muitos lares perdeu-se o
“cheiro de família”.
Adquirimos tantas
coisas para compor nossas casas, com mobílias lindas,
lustres belos, cortinas
q u e
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combinam com os jogos de sofá
e quarto... A casa está tomada de
coisas que pouco a pouco fomos
trazendo de todos os lados, das
mais diversas lojas. No entanto,
nossas casas estão vazias de paciência, carinho, de alguém que nos
ouça, de amor. Aos poucos
estamos trocando as pessoas pelas coisas. Eis o vazio do ser humano, a lacuna da família!
A “cura” desta doença não
se dá com remédio de farmácia,
ou uma consulta com um médico, por mais especialista que
seja. O caminho é gastar tempo
com as pessoas, ouvi-las, prestando o devido cuidado, perdoando quantas vezes for preciso.
E por último, o “remédio” que
muitas famílias deixaram de buscar: Deus. Uma família que não
tem Deus como centro de suas
vidas, certamente os membros
desta casa não se suportarão, se
odiarão. Onde o amor foi eleito
em primeiro lugar, nenhum mal
poderá tocá-los.
A família que temos buscado mora conosco, e ainda não nos
demos conta. Se você deseja salvar as famílias do mundo, comece salvando a sua. Hoje mesmo,
procure fazer aquilo que há tempo não faz mais: converse com
eles. Sendo assim, resgataremos
mais uma família e seus valores.
Fr. Agnaldo Aparecido Gonzeli, scj
foto: reprodução
Há quem diga que os tempos mudaram e que estamos vivendo a pós-modernidade, um
tempo novo, onde os costumes
são outros. Há quem acredita que
aquele modelo de família que tínhamos no passado já está superado; que filho não precisa
mais pedir a bênção aos pais;
outros até querem provar que essa
história de ir à Igreja, participar
da Missa, fazer catequese, confessar-se, isso tudo valeu para o
passado, mas agora vivemos em
outra era, a era da “liberdade”,
onde tudo pode, pois afinal das
contas Deus não nos fez livres?
Possivelmente você conhece ou já ouviu falar de casos semelhantes a esses que acabamos
de relatar. E não precisamos ir
muito longe para detectar que vivemos uma realidade semelhante
a esta. Quem sabe esse exemplo
esteja presente em nossas casas?
A pergunta que podemos
nos fazer é: se o modelo de família que temos hoje é o modelo ideal, por que será que nossa sociedade está tão “doente”? E por
que nossos jovens tem vivido uma
consequente insegurança em decidir o rumo de suas vidas, de terem um relacionamento consistente, um matrimônio durável, onde
os laços se tornaram tão superficiais, que diante dos primeiros desafios, se decidem a findar o relacionamento. Com a tomada de
decisão, o casal seguirá com algumas marcas que poderão repercutir por toda a vida. Se tiverem filhos, estes possivelmente
não terão a presença materna e
paterna o tempo suficiente para
garantir uma boa educação e
equilíbrio.
foto: reprodução
Caro devoto, o último pilar da espiritualidade católica infelizmente tem sido deixado de
lado nos últimos tempos. Talvez por estar sempre associado a senhoras idosas que têm
tempo de sobra, ou por receio de
uma devoção exagerada à Maria. O fato
é que as novas gerações de católicos raramente cultivam o hábito de rezar o terço.
O mundo moderno foi seduzido pela
complexidade. Com a evolução da tecnologia e a
fascinação das pessoas frente àquilo que parece ser
difícil de explicar, nossa tendência é esquecer as coisas simples.
Acontece que Deus é simples. Jesus é simples. Amar é simples. As coisas mais simples são
as que mais nos ensinam. Ao rezarmos o terço,
aprendemos a ter paciência e autocontrole, além
de foco em nosso objetivo e sabedoria para
agir. Como tudo isso é possível em tão pequeno objeto? É simples!
Quando estamos enfrentando algum
problema em nossa vida, tendemos a ficar
mais agitados e aflitos. Rezar o terço, pedindo a intercessão de Maria junto ao Pai,
nos tranquiliza por sabermos que alguém
olha por nós, e mais calmos, temos mais
sabedoria e somos capazes de raciocinar melhor em busca de uma solução para nosso
problema.
Vamos resgatar esse hábito tão saudável e
tão desacreditado! Forme um grupo de oração,
comece a rezar o terço em comunidade. A cada
dezena podem cantar uma música, fazer uma leitura,
qualquer coisa que ajude a elevar o coração a Deus. E
principalmente, dê ao seu círculo de amizades uma motivação para buscar as coisas simples que nos levam
mais perto do Céu!
Erika e Marcos Takahashi
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que se ofereceu inteiramente a nós, Jesus
ressuscitado.
Os jovens por vezes não conseguem
orientar a sua vida e espiritualidade, se perdendo em modelos narcisistas que não transmitem o Cristo.
Cristo conduz cada pessoa da maneira
que lhe agrada e cada pessoa responde-lhe
conforme a determinação do seu coração e
as expressões pessoais na manifestação de
sua espiritualidade. Mas pergunto a você jovem, qual é a sua resposta diante dos apelos
de Deus para a sua vida? Como você “alimenta” a sua espiritualidade?
A tradição cristã conservou três expressões principais da vida de oração: a oração
vocal, a meditação e a contemplação, que
devem ser manifestadas concretamente
como reflexo da nossa relação com Deus,
no dia a dia em tudo que fazemos, pelo exercício da caridade. Se não alimentamos o corpo ele padece pela fraqueza física. Se não
exercitamos a mente, regredimos no conhecimento e percepção de nós mesmos. E se
não cultivarmos uma espiritualidade consistente, corremos o risco de ter a nossa vida
orientada pelos impulsos fugazes do tempo,
do consumo, do individualismo pragmático
que no íntimo de cada pessoa não agrega
nenhum sentido.
A espiritualidade é o modo com que
cada pessoa exercita sua capacidade de sair
de si e ir ao encontro de Deus. Na trajetória
da vida não caminhamos sozinhos, pois a
promessa daquele que é caminho, verdade
e vida é real. Assim disse Jesus: “Eis que
estou convosco todos os dias, até o fim do
mundo!” (Mt 28, 20).
Não perca tempo, abra-se à
espiritualidade, viva a sua espiritualidade, fazendo de cada tempo rezado, meditado, partilhado e oferecido uma possibilidade de desfrutar, já aqui na terra, de pequenos fragmentos de eternidade. Fraterno abraço e até
a próxima.
Frater José Ronaldo
de Castro Gouvêa, scj
foto: reprodução
Antes de adentrarmos em nossa
temática, consideremos que somos constituídos por várias dimensões: corporal, intelectual, psíquica e espiritual. Essas dimensões compõem a integridade da pessoa, fazendo-a viver sempre mais em plenitude, conhecendo seus limites, vícios, dons, virtudes e capacidades. Partindo deste pressuposto, queremos falar da capacidade que
todo ser humano tem de transcender, ou seja,
de sair de si mesmo para buscar algo mais,
para além das coisas terrenas, isto é, estar
em contato com o próprio Deus.
A espiritualidade traduz uma dimensão
da pessoa, que é um ser naturalmente religioso. Portanto, “se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são do alto, onde
Cristo está assentado à direita de Deus” (Cl
3, 1). A espiritualidade é um modo de cultivar a nossa relação com Deus, pois da mesma forma que alimentamos o nosso corpo e
exercitamos a nossa mente, devemos também direcionar o nosso ser a Deus, criador
de todas as coisas, o único que conhece o
mais íntimo do nosso coração.
A espiritualidade é algo que dá sentido, faz com que cada um perceba o mais
profundo significado de seu existir. Esta é a
dignidade e responsabilidade da palavra capaz de orientar e direcionar toda uma vida.
Espiritualidade é muito mais do que fazer silêncio, rezar e conversar com Deus; é também colocar toda a vida e direcionar todos os
nossos atos para Deus e para o próximo. Sendo assim, somos chamados a viver nossa relação com Deus e com o próximo impulsionados pelo cultivo diário da espiritualidade que
se manifesta em tudo que somos e fazemos.
Toda e qualquer pessoa “luta” diariamente buscando e renovando o sentido de
seu existir, sobretudo, os nossos jovens. Temos a consciência que são tantos os caminhos, propostas, escolhas, contudo, nossa
espiritualidade deve ter como princípio e fundamento o próprio Cristo. O sentido, a inspiração orante, o exemplo de caridade, o protótipo de toda a humanidade está Naquele
foto: reprodução
Propor a evangelização
para as famílias e lançar em seus
corações a mensagem da Boa
Nova como fonte segura para a
vida é urgente e necessário, desafia o Papa Francisco com o Sínodo
dos Bispos neste ano, e ao mesmo tempo, propõe uma jubilosa
experiência com o Evangelho de
Jesus Cristo, por meio da Exortação Apostólica Evangelii
Gaudium, a alegria do Evangelho.
É fato que a Igreja sempre
se preocupou em tornar vivo o
Evangelho no matrimônio e na
família e os homens e mulheres
de boa vontade, em seu tempo e
contexto, caminharam ao lado da
Igreja na evangelização de famílias, pois esta é a missão de todo
batizado. Aqui mesmo, em nosso “quintal” latino-americano, temos experiências valiosas e
ensinamentos claros que podemos aproveitar como subsídio
para caminharmos com o Papa
Francisco nestes novos tempos.
Refiro-me às conclusões das
Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano e do
Caribe que, inspiradas pelo Espírito Santo, orientaram as comunidades da América Latina
por décadas. E que belas conclusões foram produzidas pelo
Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) quando da realização das Conferências Gerais
e que podemos nos servir hoje.
A força profética da Igreja latino-americana se expressou com
o olhar para a vida, para as famílias, para os jovens, para o
contexto social e várias outras
realidades do continente. Esco-
lhemos, pois, observar em especial os tópicos que valorizam a
evangelização das famílias latino-americanas.
Começando sob os novos
ares do Vaticano II, a Conferência de Medellín, Colômbia em
1969, voltou seu olhar para o
contexto sociológico da época
tocando na realidade em que viviam as famílias. A Igreja constatou que a “família deve assumir sua função no processo de
transformação social” e ocupar
o seu lugar na construção de
uma cidade digna. A família, portanto é “formadora de pessoas”,
“educadora na fé” e “promotora
do desenvolvimento” (Med, 3.
Família e democracia).
A evangelização torna-se
essencial no pensamento da Conferência de Puebla de los
Angeles, no México, no ano de
1979. Os bispos concluem que
a família é “sujeito e objeto de
evangelização” (DP 569). Propõe um esforço pastoral de
evangelização com o objetivo de
fortalecer os valores cristãos e a
dignidade familiar. Se em Puebla
falou-se em evangelização das
famílias, a conferência seguinte,
em 1992 em Santo Domingo,
República Dominicana, falou de
nova evangelização, já de olho
em tempos de desenvolvimento
e realidade mais complexa e dinâmica. A preocupação é anunciar a Boa Nova sobre a família
numa visão contextualizada. O
documento conclusivo fala da
família como “Igreja doméstica”,
“Santuário da vida”, “lugar privilegiado para a realização pes-
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soal” e “célula primeira e vital
da sociedade” (SD 214).
A perspectiva de família
cristã destas Conferências passa
por uma decidida evangelização
e insistente motivação ao chamado missionário, “a partir de um
encontro pessoal e comunitário
com Jesus Cristo” (DAp 11). Aqui
já encontramos as palavras da última Conferência Geral, em
Aparecida do Norte-SP, em 2007.
O Documento de Aparecida chama a atenção da Igreja latino-americana, e da família cristã, para o
abandono do comodismo e tomar
novos rumos de evangelização
para o crescimento e amadurecimento na fé (DAp 16).
A Igreja recebeu de Cristo a
missão de evangelizar todas as criaturas. Esta missão a Igreja da
América Latina empreendeu em
seus caminhos. As Conferências
Gerais do Episcopado LatinoAmericano e do Caribe deixaram
um ensinamento importante e agora é possível perceber os traços
sensíveis do seu espírito nas palavras e na maneira de ser do Papa
Francisco. Ele, não por acaso, foi
um dos protagonistas da Conferência de Aparecida. Agora o cardeal chamado do “fim do mundo”, com a sua experiência latinoamericana, projeta os ventos das
conclusões das Conferências Gerais
para toda a Igreja ao adotar os pobres como opção e as famílias como
lugar para pregar e proclamar a Boa
Nova do amor divino.
Sami N. Abraão, Teólogo, Dirigente
do ECC-Encontro de Casais
e agente de pastoral da Paróquia/
Santuário São Judas Tadeu
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as noções elementares que carregamos para a vida. Quando pequenos, aprendemos a brincar e
partilhar. Mais tarde, aprendemos
a responsabilidade que temos
conosco e com os outros e por
fim, aprendemos como utilizar
toda essa bagagem na sociedade. Se a família é a célula mater
da sociedade e nela forem cultivados valores sérios e que exigem comprometimento com o
bem e a moral, deveria refletir
na sociedade um comportamento diferente do que vemos com
tanta frequência.
Conversando com José,
lembramos das palavras, às vezes duras, mas sempre carinhosas de nossos pais nos ensinando a amar, servir, olhar as dificuldades dos outros. E ainda
mais do que com palavras, nossos pais nos ensinaram com
exemplos. Eles foram nossos primeiros catequistas e nos
evangelizaram com bonitas his-
tórias de Jesus e seus discípulos. Assim aprendemos também
nós a passar os valores aprendidos aos nossos filhos e neta.
Se hoje as famílias mudaram seus hábitos e aceitaram
muitas coisas para nós estranhas,
é porque talvez a nossa
evangelização na sociedade não
tenha sido tão eficaz. É importante que repensemos tudo isto
e mudemos com coragem o que
deve ser mudado. A família é a
base da sociedade. Se ela for
“capenga”, provavelmente nossa sociedade também será assim.
Nós podemos dizer que
nesses 32 anos, com tantas pessoas que cruzaram nosso caminho, sentimos a alegria de ter
anunciado o Evangelho com
empenho e coragem e isto só renova nossas forças para continuar nossa missão.
Parafraseando
Pe.
Zezinho,scj, vale a pena amar
como Jesus amou, sonhar como
Ele sonhou e viver como Ele viveu. Pode ser do nosso jeito imperfeito, mas com toda certeza,
causa efeito e transforma.
José e Annéte Martos Garcia,
agentes de pastoral da
Paróquia/Santuário São
Judas Tadeu
Agosto 2014
foto: reprodução
Pare e pense: você certamente aprendeu que uma célula
é a unidade estrutural básica da
constituição dos seres vivos, portanto, um pedacinho da sua estrutura. Célula mater é que dá
origem à estrutura, pode-se dizer, célula mãe ou matriz. Agora
explico o porquê dessas palavras.
Nosso querido Rui Barbosa afirmou um dia que “a família é a
célula mater da sociedade”. E
é sobre isso que vamos falar agora. Imagino que muitos dos que
lerão este artigo me conheçam e
ao José, meu marido. Somos
membros ativos da comunidade
paroquial do Santuário São Judas
Tadeu há 32 anos e já atuamos
em diversas pastorais e movimentos.
Se vocês perguntarem a
razão desse serviço, a resposta
é simples: foi assim que aprendemos com nossas famílias. Por
isso, queremos chamar atenção
de todos para esse quesito. A família é realmente o cerne, a
parte mais importante,
podemos dizer até, preciosa, da sociedade.
Sem ela ninguém pode
ter
noção
de
fraternidade, justiça,
obediência, moral e
ética.
É dentro
da família que
aprendemos
foto: Priscila Thomé Nuzzi
No dia da Solenidade do
Sagrado Coração de Jesus, neste ano em 27 de Junho, o Papa
Francisco em Santa Marta afirmou que Deus é um Pai que
nos ama ternamente: “Ele dános a graça e a alegria de celebrarmos no coração do Seu
Filho as grandes obras do seu
amor”. E na sua meditação o
Santo Padre salientou dois traços característicos do amor:
“Há dois traços do amor. Primeiro, o amor está mais no dar
que no receber. O segundo traço: o amor está mais nas obras
do que nas palavras. Quando
nós dizemos que é mais no dar
que no receber, é que o amor
comunica-se: sempre se comunica. E é recebido pelo amado.
E quando dizemos que é mais
nas obras do que nas palavras,
o amor sempre dá vida, faz
crescer.”
Segundo o Papa Francisco aquilo que Deus procura no
homem é uma relação de um pai
para com a sua criança, acariciando-a e dizendo-lhe com ternura “eu estou contigo”.
“Esta é a ternura do Senhor, no seu amor; isto é aquilo que Ele nos comunica e nos
dá força à nossa ternura. Mas
se nós nos sentimos fortes, nunca teremos a experiência do
Agosto 2014
carinho do Senhor e as Suas
carícias são tão belas. ‘Não temas, eu estou contigo, eu levote pela mão...’ São todas palavras do Senhor que nos fazem
entender aquele misterioso amor
que Ele tem por nós. E quando
Jesus fala de si próprio diz: ‘Eu
sou manso e humilde de coração’. Também Ele, o Filho de
Deus, baixa-se para receber o
amor do Pai.”
O Papa Francisco concluiu a sua homilia afirmando
que Deus nos leva pela mão nos
caminhos da vida, Ele está sempre presente antes de nós e à
nossa frente, pois sempre nos
espera.
“Quando nós chegamos,
Ele está. Quando nós procuramos, Ele procurou-nos antes.
Ele está sempre à nossa frente,
espera-nos para nos receber no
seu coração, no seu amor. E
estas duas coisas podem ajudar-nos a perceber este mistério do amor de Deus conosco.
Para exprimir-se tem necessidade da nossa pequenez, do nosso baixarmo-nos. E também
tem necessidade da nossa admiração quando procuramos e
O encontramos ali que nos espera.”
Fonte:www.news.va
Rádio Vaticana
Revista São Judas
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Caríssimos devotos e devotas, colaboradores do Santuário São Judas Tadeu, com
muito carinho, alegria e emoção
venho, neste cantinho de nossa
Revista, para manter com vocês
mais um dedinho de prosa.
Estamos em agosto, mês das
Vocações. Em nossa Igreja estaremos refletindo sobre as vocações em todos os seus níveis, não só sacerdotal, religiosa, diaconal, mas também a
vocação dos leigos cristãos,
onde estão inseridos todos
aqueles batizados que se colocam a serviço de Deus, dentro
de uma comunidade: os
catequistas, os integrantes de
diversas pastorais, sociais e
onde se incluem, especialmente, os casais cristãos, que unidos pelo sacramento do matrimônio, desempenham uma importantíssima vocação, quando
a partir do seu “sim” se comprometeram a zelar pela vida
dos filhos e da família.
Foi exatamente pensando
na família que me debrucei em
pensamentos e reflexões durante o tempo que recentemente
vivemos no Brasil - a Copa do
Mundo de Futebol. Todos sabemos que o povo brasileiro é
apaixonado pelo futebol. Nos
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Revista São Judas
dias de jogos da Seleção brasileira o país parou mobilizando
a maioria da população, com
torcedores orgulhosos exibindo o pavilhão nacional, invadindo não só os estádios e as arenas, mas também lotando ruas,
praças e avenidas, com sua tradicional alegria verde-amarela.
A euforia tomou conta do
ar. E todos nós brasileiros vibramos torcendo pela Seleção
Canarinho na disputa pela bola
e torcedores ferrenhos, nos tornamos o “12º jogador” e entramos no campo e jogamos junto com o time, cantando, suando, rezando, “empurrando” os
atletas para o almejado gol da
vitória. O verdadeiro torcedor
é incansável, se empenha, grita
e briga, ri e chora pelo seu time.
É o “Brasil de fé e chuteiras” –
no dizer de Dom Anuar Battisti,
Arcebispo de Maringá - que
aproveita a Copa do Mundo
para amar mais o país, pois,
referindo-se ao grande estadista brasileiro Rui Barbosa, “a
pátria é a família ampliada”. E
prossegue: para este inflamado
torcedor o importante é “jamais
desistir, nunca retroceder, buscar sempre, acreditar no melhor
e jamais sentir-se sozinho”, pois
“a Pátria somos nós, a bandeiAgosto 2014
Marli Amaro, coordenadora da
PASCOM-Pastoral da Comunicação
Paróquia/Santuário São Judas Tadeu
foto: reprodução
ra o que nos une, no verde da
esperança que não morre e no
amarelo ouro que brilha”.
Guardadas as devidas
proporções, acredito que devemos manter igual dedicação,
alegria e entusiasmo ao primeiro time que integramos na vida
- a família - da qual participamos antes mesmo de estarmos
na escola, empresa, clube, qualquer outro tipo de grupo e até
mesmo na Igreja. A família trata-se da primeira instituição divina. O ambiente familiar é o
nosso primeiro centro da fé.
Grande parte do que somos,
devemos à formação que recebemos dentro do lar. A nossa
personalidade, caráter, formação psicológica, moral, social
e
espiritual
estão
intrinsicamente, ligadas à formação que recebemos no seio da
família.
Na Igreja, o Papa Francisco nos ensina que “Jesus pede
que o sigamos por toda a vida,
pede que sejamos seus discípulos, que ‘joguemos no seu
time’, pois “quando se ‘sua a
camisa’ procurando viver como
cristãos, nós experimentamos
algo maravilhoso; nunca
estamos sozinhos, fazemos
parte de uma família de irmãos
que percorrem o mesmo caminho” (Vigília de Oração, JMJ,
27 de Julho de 2013).
Por isso, vamos continuar lutando pelas nossas famílias, já que Deus decidiu
preservá-la para a grande vitória no campeonato mundial que
só terminará na eternidade!
foto: reprodução
“Vendo a multidão,
ficou tomado de
compaixão, porque
estava enfraquecida e
abatida como ovelhas
sem pastor. Disse,
então, aos seus
discípulos: A messe é
grande, mas os
operários são poucos”
(Mt 9,36s).
Neste mês dedicado às
vocações, é necessário falar de
compaixão. Pois somente sentindo com o Coração de Jesus
somos capazes de tomar as
decisões que Ele tomou. A vocação antes de ser uma resposta
racional e de fé, é uma decisão
do coração, um movimento da
alma que se lança ao mar chamado Deus. É um mistério.
O próprio Jesus se deixa
levar por essa “onda” de amor
e compaixão. É contemplando
a fraqueza e o abatimento das
ovelhas que o pastor se comove em suas entranhas e dá a vida
para salvá-las. A entrega na cruz
é um ato de extremo amor, uma
resposta de um Deus apaixonado por sua criatura. Toda
autêntica vocação precisa ser
fruto desse amor apaixonado.
A coragem que nos falta
para largar tudo e seguir o Mestre reside nesse mistério que é
compreender que Deus te escolheu como instrumento de
salvação neste mundo de dores e incompreensões. Uma
vocação autêntica tem o poder
de atrair muitas pessoas para
Cristo. O amor vivido na
radicalidade do serviço se torna
um irrefutável testemunho de fé.
Precisamos pedir ao Espírito Santo que coloque em
nós os mesmos sentimentos de
Jesus, pois só assim será possível renunciar às comodidades
da vida e adentrarmos nesse
mar que nos arrasta para águas
sempre mais profundas. A superficialidade é a âncora dos
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fracos. Por isso disse Jesus:
“mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força;
e sereis minhas testemunhas”
(At 1,8). Somente na força do
Espírito Santo, nosso “sim”
torna-se testemunho. Um “sim”
fraco não convence ninguém.
Tem gente que passa a
vida toda pensando se deve ou
não deve dar uma chance para
Deus, mas se esquece de que
Jesus não hesitou em sofrer por
sua causa. De que você tem
medo? De perder a sua juventude? De escolher errado? De
não ser feliz? Uma palavra para
o seu coração: compaixão.
Quem se compadece dos
que sofrem, mesmo correndo
todos os riscos, escolhe doarse por amor. Se seu pai, sua
mãe, seu irmão ou alguém que
você ama muito estivesse dentro de uma casa pegando fogo,
você não iria tentar salvá-lo? Os
amados de Jesus estão em perigo num mundo em chamas. Vocação é questão de compaixão!
Que Deus possa despertar em seu coração o mesmo
desejo de salvar que enchia o
Coração de Jesus, pois certamente o Coração de Jesus te
escolheu para ser sinal de amor
e salvação. Não deixe que a indiferença o imobilize. Coragem!
O Deus que te encheu de amor
há também de te dar todas as
condições para viver essa linda
vocação.
Vinícius Paiva, Fundador da
Comunidade Servos de Caná, Rio
de Janeiro- RJ
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Revista São Judas
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Pai, obrigado pela vida!
foto: arquivo pessoal
foto: arquivo pessoal
Obrigado pela coberta que me
aquece, pelo teto que me abriga, por
tua presença amiga.
Pai, obrigado pelos doces, pelos
presentes, pelos passeios na praça.
Pai, obrigado pela proteção e
pelos braços cansados no final da
jornada para que nada me faltasse.
Pai, obrigado pelas noites em
claro. Quando o dinheiro não deu e,
mesmo assim, nunca nos abandonaste.
Obrigado porque me castigaste
quando eu estava errado e por tentar
me mostrar o caminho da verdade.
foto: arquivo pessoal
Pai, obrigado por tantas vezes que
abdicaste teus sonhos para realizar os
meus e abriste mão das tuas vontades
para realizar meus caprichos.
Pai, obrigado porque tu existes!
Porque és meu pai, e porque toda tarde,
voltas pra casa.
Pai, obrigado por tanto me amar!
Autor desconhecido
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