LIVRO 6

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LIVRO 6
LIVRO 6
LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
fluido. Os mercados, e não as empresas, decidem sobre os
preços de produtos e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico (a
praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação (o
espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso,
mas sim de uma grande comunidade online e com o capital de
relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida
no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface — a interface entre o marketplace e
o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder. As
comunidades online perturbam drasticamente esse modelo.
Os consumidores com frequência têm acesso a informações
sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem
o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas
por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito
bom.
LÍNGUA PORTUGUESA
1.
(INSPER-2012)
O que motivou o apito do juiz foi
(A) a necessidade de empregar a ênclise para seguir a normapadrão.
(B) o uso de um objeto direto no lugar de um objeto indireto.
(C) a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de “a”.
(D) a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção
linguística.
(E) a transgressão às regras de concordância nominal
relacionadas ao pronome.
RESPOSTA : B
COMENTÁRIO: No primeiro quadro, observa-se falha
gramatical na fala da cobra que usa o pronome oblíquo “o” em
vez de “lhe”. O verbo “escapar” é transitivo indireto, exigindo
assim o pronome com essa função, o que valida à opção (B).
TEXTO PARA A PROXIMA QUESTÃO: toma por base um artigo
de Don Tapscott (1947-).
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo, Editora Abril,
janeiro 2011, p. 22.)
2.
O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor — com a web não é mais
assim.
Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do
marketing — produto, praça, preço e promoção — não
funcionam mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos;
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet
transforma todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos
consumidores. Por meio de comunidades online, os
consumidores hoje participam do desenvolvimento do
produto. Produtos estão se tornando experiências. Estão
mortas as velhas concepções industriais na definição e
marketing de produtos.
(...)
Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado, os
preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas
que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os
consumidores vão oferecer vários preços por um produto,
dependendo de condições específicas. Compradores e
vendedores trocam mais informações e o preço se torna
(UNESP-2012) Nós criamos produtos; fixamos preços;
definimos os locais onde vendê-los; e fazemos anúncios. Nós
controlamos a mensagem.
Nas orações que compõem os dois períodos transcritos, os
termos destacados exercem a função de
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) objeto indireto.
(D) predicativo do sujeito.
(E) predicativo do objeto.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Todos os termos destacados exercem a função
de objeto direto. Com efeito, ligam-se diretamente (ou seja,
sem a presença de uma preposição) a verbos transitivos
diretos cujo sentido completam: criar, fixar, definir, fazer,
controlar. A comprovação prática é que esses termos
poderiam ser substituídos pelo pronome pessoal átono os
(produtos, preços, os locais, anúncios) ou a (a mensagem).
Verifica-se também que, se as orações em questão fossem
colocadas na voz passiva, todos esses termos passariam da
função de objeto direto para a de sujeito da oração.
TEXTO PARA AS QUESTÃOES 3 E 4:
O padeiro
Levanto cedo, faço a higiene pessoal, ponho a chaleira no fogo
para fazer café e abro a porta do apartamento − mas não
encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de
ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a “greve do
pão dormido”. De resto não é bem uma greve, é um lockout,
greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno;
1
acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com
pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo meu café com pão dormido, que não é tão
ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um
homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha
deixar pão à porta do apartamento ele apertava a campainha,
mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
– Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de
ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de
uma casa e ser atendido por uma empregada ou por uma
outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro
perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer
para dentro: “não é ninguém, não senhora, é o padeiro”.
Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda
sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando
com um colega, ainda menos importante. Naquele tempo eu
também, como os padeiros, fazia trabalho noturno.
Era pela madrugada que deixava a redação do jornal, quase
sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes
saía já levando na mão um dos exemplares rodados, o jornal
ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me
julgava importante porque no jornal que levava para casa,
além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia
uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão
estavam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu
coração eu recebi uma lição daquele homem entre todos útil e
entre todos alegre; “não é ninguém, é o padeiro!”.
E assoviava pelas escadas.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A expressão “sem mágica” indica circunstância
de modo e reproduz o sentimento do padeiro ao explicar a
razão do alerta que fazia sempre que tocava a campainha para
anunciar a entrega do pão.
5.
(IFPE-2012)
De um jogador brasileiro a um técnico espanhol
João Cabral de Melo Neto
Não é a bola alguma carta
que se leva de casa em casa:
é antes telegrama que vai
de onde o atiram ao onde cai.
Parado, o brasileiro a faz
ir onde há-de, sem leva e traz;
com aritméticas de circo
ele a faz ir onde é preciso;
em telegrama, que é sem tempo
ele a faz ir ao mais extremo.
Não corre: ele sabe que a bola,
Telegrama, mais que corre voa.
(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor,
1960. Adaptado)
3.
(IFSP-2012) Considere o trecho em que a expressão em
destaque exerce a função de agente da passiva.
Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e
ser atendido por uma empregada ou por uma outra pessoa
qualquer, e ouvir uma voz...
Assinale a alternativa em que o trecho em destaque exerce a
mesma função sintática.
(A) Esta é a avenida por onde passarão as escolas de samba.
(B) Ele fez tudo isso por você, a quem admira muito.
(C) Incomodou-o por semanas um problema que parecia
sem solução.
(D) O vestido, que havia sido feito por um renomado
estilista, impressionou a todos.
(E) Ela sentiu-se arrependida por ter respondido de forma
indelicada ao funcionário.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: apenas em C o segmento sublinhado é agente
da passiva, pois indica o executor da ação sofrida pelo sujeito
da oração.
4.
(IFSP-2012) Assinale a alternativa em que o pronome em
destaque está empregado de acordo com a norma padrão.
(A) Avisaram-na de que era necessário reconhecer firma dos
documentos.
(B) Pediu para mim enviar-lhe as faturas do último mês.
(C) Como gostou da bolsa, comprou ela sem pensar duas
vezes.
(D) Eu e minha irmã se encontraremos com amigos no
sábado.
(E) Recrutaram-o para realizar tarefas pouco prazerosas.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Na opção (A), o termo verbal “avisaram”
apresenta transitividade direta e indireta, pois a oração
subordinada substantiva “de que era necessário” exercer a
função de objeto indireto e “(n)a” de objeto direto. Nas
demais opções os pronomes deveriam ser substituídos por
“me”, “a”, “nos” e “no”, sequencialmente, para se adaptarem
às regras da gramática normativa.
(Disponível em:
<http://www.revista.agulha.nom.br/futebol.html#jogador> Acesso
em: 12 out. 2011.)
6.
(IFSP-2012) Em − Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e
se despediu ainda sorrindo. − o trecho em destaque expressa
a circunstância de
(A) modo, pois revela a maneira como o padeiro se
comportou diante da situação.
(B) negação, pois o padeiro não se ofendia com o tratamento
recebido dos moradores.
(C) meio, pois o cronista deseja enfatizar a modéstia e a
inteligência do padeiro.
(D) afirmação, pois, ao sorrir, o padeiro mostrava não se
magoar ao ouvir que “não era ninguém”.
(E) causa, pois aprendera que “não era ninguém” com as
pessoas que o atendiam nos apartamentos.
2
(IFPE-2012) Quanto aos aspectos morfossintáticos do texto,
assinale a alternativa correta.
(A) O sujeito das duas primeiras estrofes é indeterminado,
como se verifica pelos verbos “se leva” e “atiram”.
(B) O predicado em “Não é a bola alguma carta” e “é antes
telegrama...” é verbal, pois os verbos indicam o estado da
bola.
(C) O sujeito simples “brasileiro” da terceira estrofe é
retomado nas demais estrofes pelo pronome “ele”.
(D) O predicado da oração “Ele a faz ir”, na quarta e quinta
estrofes, é verbo-nominal, pois indica ação e descreve a
bola.
(E) O substantivo “telegrama”, no último verso do poema, é
um adjunto adnominal de “bola”.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: A penas é correto o que se afirma em (C), pois
as demais apresentam as seguintes incorreções:
Em (A) o sujeito da oração subordinada adjetiva “que se leva
de casa em casa” é o pronome relativo “que”, relacionando ao
antecedente “carta”, por isso, simples;
Em (B) os predicados das frases mencionadas são ambos
nominais, pois apresentam como núcleo um predicativo do
sujeito (:”alguma carta” e “telegrama”, respectivamente) e
verbo de ligação (“é”);
Em (D) o predicado da oração “Ele a faz rir” é verbal, pois
apresenta como núcleo um verbo nacional, isto é, verbo que
indica ação;
Em (E) o substantivo “telegrama” exerce a função de aposto.
Em (E) na expressão “Ter um hectare de terra” constitui um
adjunto adnuminal.
8.
(G1-CPS-2011) Em 1966, Armando Nogueira publicou o livro
em que aparece a crônica que você lerá a seguir.
TEXTO PARA A PROXIMA QUESTÃO:
A rua do Caloca
Você lerá no texto um trecho do poema “Morte e vida
Severina”, de João Cabral de Melo Neto, importante poeta
pernambucano da Geração de 45 do Modernismo brasileiro.
No excerto, um retirante chamado Severino, protagonista da
obra, encontra dois homens que estão carregando um defunto
numa rede.
Bendito o bairro em que os meninos ainda podem jogar
futebol pelas calçadas. Ipanema, as ruas amenas de Ipanema
estão sempre cheias de meninos a chutar bolas. Hoje de
manhã, mesmo, passei por dois garotinhos, um de seis anos,
outro de três, no máximo: o maior ensinava, pacientemente, o
menor a chutar com o peito do pé e, ontem, a turma da Rua
Barão de Jaguaribe enfrentou o time da Rua Redentor.
Quando estou folgado, subo e desço as ruas da vizinhança,
olhando os meninos no futebol: são vinte, trinta de cada lado,
todos garotinhos abaixo de dez anos, ardendo na pelada que
nunca tem hora para acabar; não há muito rigor contra a
violência e só uma regra é respeitada − a mão na bola. Tocou o
dedo na bola, falta, “quem cobra sou eu” e forma-se um
bolinho em volta da bola, parece cobrança de pênalti no
Maracanã.
De quando em quando, um automóvel interrompe a partida
de futebol, mas invariavelmente os motoristas têm o carinho
de reduzir a marcha a uma velocidade que não ponha em risco
a vida das crianças e que, por outro lado, lhes permita
desfrutar, ainda que como espectadores, das emoções da
pelada.
Das ruas, a mais encantadora, sem desmerecer as outras, é a
Redentor, que eu saúdo como a rua do time do Caloca. Pena é
que, numa das esquinas, more uma senhora estranha ao clima
espiritual deste bairro, onde as meninas brincam de cantigas
de roda e os meninos de jogar futebol.
Se eu fosse alguma coisa neste país, já teria corrido de
Ipanema aquela mulher rabugenta, que, na presença de vinte
meninos, furou a bola deles com uma tesoura e, depois,
cortou em pedacinhos. Só porque uma rebatida imprecisa do
Diguinho jogou a bola contra a casa dela.
Era uma bonita bola, rosada, seleção de ouro, que os meninos
tinham comprado em uma vaquinha por novecentos cruzeiros.
(Nogueira, Armando. Na grande área. Rio de Janeiro: Bloch
Editores, 1966. Adaptado).
Texto
“— A quem estais carregando, irmãos das almas, embrulhado
nessa rede? Dizei que eu saiba.
— A um defunto de nada, irmão das almas, que há muitas
horas viaja à sua morada.
— E sabeis quem era ele, irmãos das almas, sabeis como ele se
chama ou se chamava?
— Severino Lavrador, irmão das almas, Severino Lavrador, mas
já não lavra.
— E de onde que o estais trazendo, irmãos das almas, onde foi
que começou vossa jornada?
— Onde a Caatinga é mais seca, irmão das almas, onde uma
terra que não dá nem planta brava.
— E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi morte
morrida ou foi matada?
(...)
— E quem foi que o emboscou, irmãos das almas, quem
contra ele soltou essa ave-bala?
— Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma bala
voando desocupada.
— E o que havia ele feito irmãos das almas, e o que havia ele
feito contra a tal pássara?
— Ter um hectare de terra, irmão das almas, de pedra e areia
lavada que cultivava.
— Mas que roças que ele tinha, irmãos das almas que podia
ele plantar na pedra avara?
— Nos magros lábios de areia, irmão das almas, os intervalos
das pedras, plantava palha.”
7.
(IFPE-2012) Em relação à sintaxe dos períodos retirados no
texto, é correto afirmar que:
(A) Em “há muitas horas viaja à sua morada”, no segundo
verso, o sujeito do verbo haver é “muitas horas”.
(B) Em “há uma bala voando desocupada”, o termo
destacado funciona como um adjunto adverbial de modo.
(C) “um defunto de nada” é sujeito do verbo haver que
aparece no mesmo verso.
(D) No quinto verso, o possessivo “vossa” pode estar-se
referindo apenas ao “irmão das almas”, condutor do
defunto, ou a ambos, ou seja, ao condutor e ao defunto.
(E) Na expressão “Ter um hectare de terra”, “de terra”
constitui um objeto indireto do verbo “ter”, tendo em
vista ter sido exigida uma preposição.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: As opções (A), (B), (C) e (E) são incorretas, pois:
Em (A) o verbo haver no sentido de tempo decorrido configura
oração sem sujeito;.
Em (B) o termo “descupada” exerce a função de predicativo do
objeto direto;
Em (C) o segmento da oração “um defunto de nada”, resposta
à pergunta anterior “A quem estais carregando, irmão das
almas, embrulhado nessa rede?”, exerce a função de objetos
direto preposicionado;
Assinale a alternativa em que as duas expressões em destaque
são adjuntos adverbiais de lugar.
(A) ... as ruas amenas de Ipanema estão sempre cheias de
meninos...... parece cobrança de pênalti no Maracanã.
(B) ... os meninos ainda podem jogar futebol pelas
calçadas.... forma-se um bolinho em volta da bola...
(C) Pena é que, numa das esquinas, more uma senhora......
ontem, a turma da rua Barão de Jaguaribe enfrentou...
(D) se eu fosse alguma coisa neste país...... que eu saúdo
como a rua do time do Caloca.
(E) Quando estou folgado, subo e desço as ruas da
vizinhança...... já teria corrido de Ipanema aquela mulher
rabugenta...
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Apenas em b) os termos grifados são adjuntos
adverbiais de lugar, já que designam o espaço onde ocorrem
as ações de “jogar futebol” e “formar bolinho”. Nas opções a),
c), d) e e), apresentam-se como sujeito/adjunto adverbial de
lugar, adjunto adverbial de lugar/adjunto adnominal, adjunto
adverbial de lugar/predicativo do objeto, objeto direto/
adjunto adverbial de lugar, respectivamente
3
TEXTO PARA A PROXIMA QUESTÃO:
(UNIFESP-2011) Instrução: A questão de número 10 toma por
base o fragmento seguinte.
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Co’os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
(Chico Buarque. Geni e o zepelim.)
As provocações no recreio eram frequentes, oriundas do
enfado; irritadiços todos como feridas; os inspetores a cada
passo precisavam intervir em conflitos; as importunações
andavam em busca das suscetibilidades; as suscetibilidades a
procurar a sarna das importunações. Viam de joelhos o Franco,
puxavam-lhe os cabelos. Viam Rômulo passar, lançavam-lhe o
apelido:mestre-cuca!
Esta provocação era, além de tudo, inverdade. Cozinheiro,
Rômulo! Só porque lembrava culinária, com a carnosidade
bamba, fofa da dos pastelões, ou porque era gordo das
enxúndias enganadoras dos fregistas, dissolução mórbida de
sardinha e azeite, sob os aspectos de mais volumosa saúde?
(...)
Rômulo era antipatizado. Para que o não manifestassem
excessivamente, fazia-se temer pela brutalidade. Ao mais
insignificante gracejo de um pequeno, atirava contra o infeliz
toda a corpulência das infiltrações de gordura solta,
desmoronava-se em socos. Dos mais fortes vingava-se,
resmungando intrepidamente.
Para desesperá-lo, aproveitavam-se os menores do escuro.
Rômulo, no meio, ficava tonto, esbravejando juras de morte,
mostrando o punho. Em geral procurava reconhecer algum dos
impertinentes e o marcava para a vindita. Vindita inexorável.
No decorrer enfadonho das últimas semanas, foi Rômulo
escolhido, principalmente, para expiatório do desfastio.
Mestre-cuca! Via-se apregoado por vozes fantásticas, saídas
da terra; mestre-cuca! Por vozes do espaço rouquenhas ou
esganiçadas. Sentava-se acabrunhado, vendo se se lembrava
de haver tratado panelas algum dia na vida; a unanimidade
impressionava. Mais frequentemente, entregava-se a acessos
de raiva. Arremetia bufando, espumando, olhos fechados,
punhos para trás, contra os grupos. Os rapazes corriam a rir,
abrindo caminho, deixando rolar adiante aquela ambulância
danada de elefantíase.
(Raul Pompeia. O Ateneu.)
Indique a alternativa que apresenta a função sintática do verso
De tudo que é nego torto.
(A) Adjunto adverbial de modo.
(B) Objeto indireto.
(C) Predicativo do sujeito.
(D) Adjunto adnominal.
(E) Complemento nominal.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: O excerto faz parte do período “De tudo que é
nego torto/Do mangue e do cais do porto/Ela já foi namorada”
a que corresponderia, na ordem direta: ela já foi namorada de
tudo que é nego torto do mangue e do cais do porto. Assim,
“De tudo que é nego torto” é complemento do substantivo
“namorada”, regido de preposição, portanto, complemento
nominal, como de enuncia em (E).
TEXTO PARA A PROXIMA QUESTÃO:
(IFCE-2011)
NASCE UM ESCRITOR
9.
(UNIFESP-2011) Tendo em vista a função sintática da palavra
grifada no fragmento Para que o não manifestassem
excessivamente, fazia-se temer pela brutalidade, assinale a
alternativa em que o termo sublinhado exerce a mesma
função:
(A) Dos
mais
fortes
vingava-se,
resmungando
intrepidamente.
(B) Para desesperá-lo, aproveitavam-se os menores do
escuro.
(C) Via-se apregoado por vozes fantásticas, saídas da terra.
(D) Mais frequentemente, entregava-se a acessos de raiva.
(E) Viam de joelhos o Franco, puxavam-lhe os cabelos.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: No trecho “Para que o não manifestassem
excessivamente, fazia-se temer pela brutalidade”, o termo
sublinhado desempenhar a função de objeto direto, o que
acontece também na frase “Viram de joelhos o Franco,
puxavam-lhe os cabelos”. Em (A), (C) e (D), são objetos
indireto, agente da passiva e objeto indireto, respectivamente,
e em (B) sujeito.
O primeiro dever passado pelo novo professor de português
foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou,
toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca
dantes navegados. O episódio do Adamastor foi reescrito pela
meninada. Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das
praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar
de Ilhéus foi o tema de minha descrição.
Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na
aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de
uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu
que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza,
afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um
escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de
completar onze anos.
Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do
colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de
1
matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui
2
admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam
3
alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir
prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em
que estudei no colégio dos jesuítas.
4
5
Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno
interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou
em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens
de Gulliver", depois clássicos portugueses, traduções de
ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época minha
paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark
10. (UNIFESP-2011)
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
4
Twain: o norte-americano não figurava entre os prediletos do
padre Cabral.
Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e
amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo
por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o
mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois
anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha
primeira prisão.
AMADO, Jorge. O menino Grapiúna. Rio de Janeiro. Record.
1987. p. 117-20.
COMENTÁRIO: “Estranhas coisas” praticam a ação verbal de
entrar para o trapiche, por isso o verbo estar conjugado no
plural, concordando com o seu sujeito.
14. (FGV) Observe a seguinte frase:
“Recorrendo a elas, arrisco-me a usar expressões técnicas,
desconhecidas do público, e a ser tido por pedante.”
Das alternativas abaixo, assinale aquela em que a palavra
sublinhada exerça a mesma função sintática de pedante,
dessa frase.
(A) As estações tinham passado rápido, sem que tivesse sido
possível vê-las direito.
(B) Fui julgado culpado, embora não houvesse provas
decisivas a respeito do crime.
(C) Ele era difícil de convencer, mas concordou quando a
quantia foi oferecida.
(D) Caminhou depressa por entre os coqueiros.
(E) Ele passeou demasiado ontem; hoje, doem-lhe as pernas.
Vai ser obrigado a deitar-se mais cedo.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: O termo pedante, na oração, tem função de
predicativo do sujeito. O único item que traz predicativo do
sujeito é o item B.
11. (IFCE-2011) Pondo-se a expressão “... sensível mudança...”
(ref.5) no plural, a forma verbal “Houve” (ref.4)
(A) deve ser trocada por houveram.
(B) não deve sofrer alteração.
(C) pode ser trocada por existiu.
(D) pode ser substituída por estão havendo.
(E) pode ser trocada por vão haver.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: o verbo “haver”, no sentido de “existir”, é
impessoal, configurando uma oração sem sujeito. Por isso,
deve manter-se na terceira pessoa do singular, mesmo que
acompanhados por outros verbos, o que contraria as opções
a), d) e e). Poderia ser trocado por “existiram”, não o que
porpõe a opção c). Assim, apenas b) é correta.
12. (IFCE-2011) A expressão “... alunos mais velhos.” (ref.3) exerce
a função de
(A) sujeito da forma verbal “brilhavam” (ref.2).
(B) objeto indireto.
(C) agente da ação expressa pela forma verbal “obtinham”
(ref.1).
(D) agente da passiva.
(E) objeto direto.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Na oração “onde brilhavam alunos mais
velhos”, a expressão “alunos mais velhos” exerce a função
sintática de sujeito (simples).
15. (OBJETIVO-SP) Leia o fragmento de texto:
"Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de
preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As
crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio
enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria cheio de
preás, gordos, enormes. "
("Baleia" em: Ramos, G. "Vidas Secas". Rio de Janeiro: José
Olympio, 1947.)
Em “Acordaria feliz, num mundo cheio de preás.”, temos:
(A) Predicado verbal com verbo intransitivo.
(B) Predicado nominal com predicativo do sujeito.
(C) Predicado verbal com verbo transitivo e predicativo do
sujeito.
(D) Predicado verbo-nominal com verbo intransitivo e
predicativo do sujeito.
(E) Predicado verbo-nominal com verbo transitivo e
predicativo do sujeito.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: Predicado verbo-nominal, cujos núcleos são o
verbo intransitivo “acordaria” e o predicativo do sujeito
“feliz”.
13. (FATEC-2010) Leia o texto seguinte e responda
Logo depois transferiu-se para o trapiche [local destinado à
guarda de mercadorias para importação ou exportação] o
depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes
proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o
trapiche. Não mais estranhas, porém, que aqueles meninos,
moleques de todas as cores e de idades, as mais variadas,
desde os 9 aos 16 anos, que à noite se estendiam pelo
assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao
vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva
que muitas vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as
luzes dos navios, com os ouvidos presos às canções que
vinham das embarcações. . .
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos
ligados a variedades da língua portuguesa no mundo e no
Brasil.
(AMADO, Jorge. O trapiche. Capitães de Areia. São Paulo: Livraria Martins Ed.,
1937. Adaptado.)
Texto I
Acompanhando os navegadores, colonizadores e comerciantes
portugueses em todas as suas incríveis viagens, a partir do
século XV, o português se transformou na língua de um
império. Nesse processo, entrou em contato – forçado, o mais
das vezes; amigável, em alguns casos – com as mais diversas
línguas, passando por processos de variação e de mudança
linguística. Assim, contar a história do português do Brasil é
mergulhar na sua história colonial e de país independente, já
que as línguas não são mecanismos desgarrados dos povos
que as utilizam. Nesse cenário, são muitos os aspectos da
estrutura linguística que não só expressam a diferença entre
Portugal e Brasil como também definem, no Brasil, diferenças
regionais e sociais. PAGOTTO, E. P. Línguas do Brasil.
Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem como
sujeito aquele apresentado entre colchetes.
(A) Logo depois transferiu-se para o trapiche o depósito dos
objetos... [os objetos]
(B) ... o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes
proporcionava. [o depósito dos objetos]
(C) Estranhas coisas entraram então para o trapiche.
[estranhas coisas]
(D) ... indiferentes ao vento que circundava o casarão
uivando... [o casarão]
(E) ... com os ouvidos presos às canções que vinham das
embarcações. . . [as embarcações]
RESPOSTA: C
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Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br Acesso em 5 jul.
2009 (adaptado)
(A) apresenta, sem explicitar juízos de valor, costume da
época, descrevendo os pratos servidos no jantar e a
atitude de Nhô Tomé e de Tia Policena.
(B) desvaloriza a norma culta da língua porque incorpora à
narrativa usos próprios da linguagem regional das
personagens.
(C) condena os hábitos descritos, dando voz a Tia Policena,
que tenta impedir Nhô Tomé de deitar-se após as
refeições.
(D) utiliza a diversidade sociocultural e lingüística para
demonstrar seu desrespeito às populações das zonas
rurais do início do século XX.
(E) manifesta preconceito em relação a Tia Policena ao
transcrever a fala dela com os erros próprios da região.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: O narrador do texto de Cornélio Pires é
inteiramente isento em relação aos hábitos que descreve e à
linguagem que reproduz.
Texto II
Barbarismo é vício que se comete na escritura de cada uma
das partes da construção ou na pronunciação. E em nenhuma
parte da Terra se comete mais essa figura da pronunciação
que nestes reinos, por causa das muitas nações que
trouxemos ao jugo do nosso serviço. Porque bem como os
Gregos e Romanos haviam por bárbaras todas as outras
nações estranhas a eles, por não poderem formar sua
linguagem, assim nós podemos dizer que as nações de África,
Guiné, Asia, Brasil barbarizam quando querem imitar a nossa.
BARROS, J. Gramática da língua portuguesa. Porto: Porto
Editora, 1957 (adaptado).
16. Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras
línguas e processos de variação e de mudança decorridos
desse contato. Da comparação entre os textos, conclui-se que
a posição de João de Barros (Texto II), em relação aos usos
sociais da linguagem, revela
(A) atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações
a serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo tempo, de
benevolência quanto ao conhecimento que os povos
tinham de suas línguas.
(B) atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das
nações sob domínio português, dado o interesse dos
falantes dessa línguas em copiar a língua do império, o
que implicou a falência do idioma falado em Portugal.
(C) o desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da
variante padrão da língua grega – em oposição às
consideradas bárbaras –, em vista da necessidade de
preservação do padrão de correção dessa língua à época.
(D) adesão à concepção de língua como entidade homogênea
e invariável, e negação da ideia de que a língua
portuguesa pertence a outros povos.
(E) atitude crítica, que se estende à própria língua
portuguesa, por se tratar de sistema que não disporia de
elementos necessários para a plena inserção sociocultural
de falantes não nativos do português.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: A visão preconceituosa de João de Barros,
compreensível e talvez inevitável na época, considera a língua
portuguesa como propriedade dos portugueses e como
entidade homogênea, pois rejeita suas variantes.
Texto: Depois de um bom jantar: feijão com carne-seca, orelha
de porco e couve com angu, arroz-mole engordurado, carne
de vento assada no espeto, torresmo enxuto de toicinho da
barriga, viradinho de milho verde e um prato de caldo de
couve, jantar encerrado por um prato fundo de canjica com
torrões de açúcar, Nhô Tomé saboreou o café forte e se
estendeu na rede. A mão direita sob a cabeça, à guisa de
travesseiro, o indefectível cigarro de palha entre as pontas do
indicador e do polegar, envernizados pela fumaça, de unhas
encanoadas e longas, ficou-se de pança para o ar, modorrento,
a olhar para as ripas do telhado. Quem come e não deita, a
comida não aproveita, pensava Nhô Tomé… E pôs-se a
cochilar. A sua modorra durou pouco: Tia Policena, ao passar
pela sala, bradou assombrada:
— Êêh! Sinhô! Vai drumi agora? Não! Num presta… Dá
pisadêra e póde morrê de ataque de cabeça!
Depois do armoço num far má… mais despois da janta?!”
Cornélio Pires. Conversas ao pé do fogo. São Paulo: Imprensa Oficial
do Estado de São Paulo, 1987.
17. Nesse trecho, extraído de texto publicado originalmente em
1921, o narrador
Texto:
18. É correto afirmar que a charge visa
(A) apoiar a atitude dos alunos e propor a liberação geral da
frequência às aulas.
(B) enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho
docente.
(C) indicar a deflagração de uma greve e incentivar a adesão
a ela.
(D) recriminar os alunos e declarar apoio à política
educacional.
(E) criticar a situação atual do ensino e denunciar a evasão
escolar.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: A denúncia à situação atual do ensino é
depreendida pela fi gura caricata do professor (olhos
arregalados, dentes à mostra), com uma postura não
amistosa, e pela própria alusão à evasão escolar, insinuada por
um dos sentidos que a palavra “sujeito” pode assumir no
contexto humorístico (“sujeito” como sinônimo de pessoa,
indivíduo, aluno).
Texto: Leia os versos de Cecília Meireles, extraídos do poema
Epigrama no 8.
Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.
Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.
Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil,
fiquei sem poder chorar, quando caí.
19. O eu lírico reconhece que a pessoa em quem depôs sua vida
representava
(A) uma relação incerta, por isso os desenganos vividos
seriam inevitáveis.
(B) um sentimento intenso, por isso tinha certeza de que não
sofreria.
(C) um caso de amor passageiro, por isso se sentia enganado.
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(D) uma angústia inevitável, por isso seria melhor aquele
amor.
(E) uma opção equivocada, por isso sempre teve medo de
amar.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: O poema de Cecília Meireles trata de uma
relação sentimental. A instabilidade dessa relação é expressa
por imagens como “onda”, “nuvem” e “frágil”. A consciência
que o eu lírico possui dessa instabilidade, bem como do
sofrimento advindo dela, é evidenciada pelas fl exões do verbo
saber: “sabendo” e “sabia”.
Texto:
Todo estudante sabe que atualidade também é questão de
vestibular. Para garantir um bom desempenho, fi que atento a
temas que se repetem durante alguns dias em jornais, sites ou
canais de TV. Quando estiver se informando, relacione os
acontecimentos aos conteúdos aprendidos em sala de aula. E
cuidado especial com meio ambiente, sempre em alta nas
provas. (Veja, 18.05.2011.)
20. A intenção explícita do texto, considerada a interlocução nele
defi nida, é
(A) descrever que o próprio vestibular é um tema de
atualidade.
(B) orientar os vestibulandos sobre como estudar atualidade.
(C) mostrar aos professores que a tv é importante para se
ensinar atualidade.
(D) enfatizar as divergências entre informações da mídia e da
escola.
(E) indicar aos estudantes que meio ambiente é um tema já
desgastado.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: A partir da afirmação de que “atualidade
também é questão de vestibular”, o texto orienta o
aluno/vestibulando (interlocutor implícito) sobre como
proceder para adquirir conhecimentos de atualidades e obter
um desempenho satisfatório nas provas. A orientação fi ca
explícita por meio das formas imperativas empregadas: ”fique
atento”, “relacione os acontecimentos” e “(tome) cuidado”.
evidenciam que “emagrecer faz bem à memória” — título
adequado, já que sintetiza a ideia central do texto.
22. (Ufpa 2013) Em fevereiro de 1897, o poeta Olavo Bilac
substitui o já renomado romancista Machado de Assis na
função de cronista do periódico fluminense Gazeta de
Notícias. A crônica, que no século XIX cumpre a função de
registrar as questões mais prementes do dia, fossem políticas,
culturais ou literárias, é o gênero ao qual se dedicará o poeta
conhecido como um dos mestres do verso parnasiano.
A respeito da crônica “A prostituição infantil”, é correto
afirmar que Olavo Bilac
(A) assume uma postura neutra com relação à prostituição e
exploração do trabalho infantil que grassavam nas ruas
do Rio de Janeiro de fins do século XIX.
(B) narra seu encontro noturno com uma criança que vendia
flores, demonstra sua indignação com a prostituição e
exploração do trabalho infantil, pondo sua verve literária
a serviço de uma causa social.
(C) considera que a prostituição e o trabalho infantil não são
um problema social no Rio de Janeiro de sua época.
(D) afirma que todos têm “mais o que fazer”, de forma que
não interessa a ele e aos leitores o destino das meninas
que se prostituem e vendem flores aos passantes.
(E) elogia a polícia por ter dado fim à prostituição e ao
trabalho infantil nas ruas do Rio de Janeiro.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Olavo Bilac, em “A prostituição infantil”,
considera as crianças como vítimas de um sistema injusto que
existe na sociedade em geral e para o qual não consegue
prever solução, chegando a dizer que uma “morte
providencial” seria talvez a melhor sorte para essas crianças
ultrajadas e desamparadas, o que descarta as alternativas [A],
[C], [D] e [E]. Assim, é correta apenas a alternativa [B].
23. (G1 - utfpr 2013) Leia.
Novo slogan político
Rubem Alves
Alguém escreveu num muro branco da Universidade do Porto,
em Portugal, a sua exigência política: “Queremos mentiras
novas”. Quem o escreveu sabia das coisas. Sabia que era inútil
pedir o impossível: “Basta de mentiras!”. Na política, apenas
as mentiras são possíveis. Mas ele já estava cansado de
mentiras velhas, batidas, como piadas cujo fim já se conhece,
que diariamente aparecem nos jornais. Mentiras velhas são
um desrespeito à inteligência daqueles a quem são dirigidas.
Que mintam, mas que respeitem a minha inteligência! Mintam
usando a imaginação. Por isso escrevia, em nome da
inteligência, do possível e do humor: “Queremos mentiras
novas”.
Texto:
O que o excesso de gordura tem a ver com problemas de
memória? Tudo, segundo estudos recentes. O último foi feito
na Kent State University (EUA) e mostrou que pacientes
submetidos à cirurgia bariátrica
exibiram melhora na
capacidade de armazenar informações 12 semanas depois da
operação. “Estamos acompanhando esses indivíduos para
checar se a performance continuará a mesma um ano e dois
anos depois”, disse à ISTOÉ John Gunstad, líder da pesquisa.
Na sua experiência clínica, o médico Roberto Rizzi, membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, já
havia observado a associação. “Percebe-se que após uma
grande perda de peso há melhoria no poder de se lembrar das
coisas”, diz. (IstoÉ, 22.06.2011. Adaptado.)
ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Editora Planeta, 2008, p.
17.
De acordo com o texto acima, o autor:
I. gosta de ser enganado e por isso pede novas mentiras.
II. acredita que na política a verdade não é possível e,
portanto, pedir para que não haja mais mentiras é inútil.
III. pede respeito à inteligência daqueles a quem as mentiras
são dirigidas, pois, já que os políticos não falam a
verdade, a repetição de mentiras chega a ser um
desrespeito em dobro.
21. Um título adequado ao texto é
(A) Emagrecer faz bem à memória.
(B) Médico brasileiro contesta estudo americano.
(C) Gordura em excesso potencializa a memória.
(D) Memória fi ca inalterada até dois anos após cirurgia.
(E) Cirurgia traz perda de peso e de memória.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Os trechos “pacientes submetidos à cirurgia
bariátrica [destinada ao emagrecimento] exibiram melhora na
capacidade de armazenar informações” e “após uma grande
perda de peso há melhoria no poder de se lembrar das coisas”
Está(ão) correta(s) apenas:
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) III.
(D) II.
(E) I.
7
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: De acordo com o texto, o autor concorda com
o pedido de mentiras novas não porque gosta de ser
enganado, mas porque está tão descrente com a política que
não acredita mais na possibilidade de não haver mais
mentiras; pede, no entanto, que respeitem sua inteligência,
com mentiras originais pelo menos. Assim, está incorreta a
afirmativa I.
24. (G1 - utfpr 2013) A partir da leitura da charge (considerando
imagem e texto), é correto afirmar que:
(A) Em função de a charge representar apenas a semana da
consciência negra, ela pouco critica a situação dos
negros.
(B) O homem que oferece a flor e um aperto de mão ao
personagem negro representa o apoio crescente do
governo para tirar os negros da situação de abandono.
(C) Os negros são sempre lembrados, independente do dia
da consciência negra.
(D) A charge demonstra que os negros vivem em situação de
abandono durante todo o ano e apenas no dia da
consciência negra eles são lembrados.
(E) A flor dada ao personagem negro por um personagem
branco simboliza a paz entre as raças.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: De acordo com a charge, nos dias 16, 17, 18 e
19/11, o personagem está em situação degradante, buscando
alimentos no lixo. No dia 20/11, um personagem vestindo
terno (talvez para representar um político) oferece a ele uma
flor como homenagem ao Dia da Consciência Negra. No
entanto, no dia seguinte, ele aparece em situação de
abandono mais uma vez, revirando lixo. A intenção do autor
da charge é de demonstrar que a sociedade continua a mesma
apesar do feriado, que a “consciência negra” não parece estar
na consciência da população, já que a situação dos negros não
parece ter mudado com ele.
COMENTÁRIO:A opção [D] assinala o castelhano, personagem
de “Deve um queijo!”, e que, depois de provocar o Lessa,
acaba levando a pior, pois leva uma grande surra e foge
espavorido da fúria do velho gaúcho.
26. (Upf 2012)
Em Triste fim de Policarpo Quaresma, a
personagem principal, nos instantes que antecedem sua
morte, conclui que todos os seus projetos haviam resultado
em sucessivas decepções e que a pátria que idealizara não
existia. Nesses momentos, ___________________ do
protagonista e ___________________ do narrador é que
propiciam ao leitor a possibilidade de tomar conhecimento de
tais conclusões.
A alternativa que completa corretamente as lacunas do texto
anterior é:
(A) o ufanismo - a onisciência
(B) o patriotismo - a onisciência
(C) a tristeza - o ufanismo
(D) a tristeza - o patriotismo
(E) a reflexão - a onisciência
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO:Policarpo Quaresma, antes de morrer, recobra
a razão e percebe que a pátria que idealizara era uma ilusão e
que as suas atitudes patrióticas tinham sido inúteis e
patéticas. O leitor toma consciência destas reflexões através
do recurso narrativo: narrador onisciente.
27. (Uesc 2011) [...] Considerei-me feliz no lugar de contínuo da
redação do O Globo. Tinha atravessado um grande braço de
mar, agarrara-me a um ilhéu e não tinha coragem de nadar de
novo para a terra firme que barrava o horizonte a algumas
centenas de metros. Os mariscos bastavam-me e os insetos já
se me tinham feito grossa a pele... De tal maneira é forte o
poder de nos iludirmos, que um ano depois cheguei a ter até
orgulho da minha posição. Senti-me muito mais que um
contínuo qualquer, mesmo mais que um, contínuo de
ministro. As conversas da redação tinham-me dado a
convicção de que o doutor Loberant era o homem mais
poderoso do Brasil; fazia e desfazia ministros, demitia
diretores, julgava juízes e o presidente. Logo ao amanhecer, lia
o seu jornal, para saber se tal ou qual ato seu tinha tido o
placet desejado do doutor Ricardo.
BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaías Caminha. 3. ed. São Paulo:
Ática, 1994. p. 99.
O texto, articulado com a obra, permite considerar correta a
alternativa
(A) Isaías Caminha revela-se um ser humano desprovido de
qualquer vaidade.
(B) O narrador utiliza, no seu relato, uma linguagem
essencialmente objetiva e precisa.
(C) O narrador atribui tão somente aos outros a não
realização de seus projetos de vida.
(D) O narrador reconhece, na narrativa, a atuação da
imprensa de seu tempo como marcada pela ética e pelo
compromisso com o social.
(E) Isaías, através do relato de sua trajetória de vida, mostra
o ambiente social como discriminador de pessoas pobres
e de negros e mulatos.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: O primeiro romance de Lima Barreto,
“Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, tem como tema a
denúncia do preconceito racial e a subordinação da imprensa
à elite. Através do personagem Isaías Caminha, alter ego de
Lima Barreto, relata também os seus dramas individuais e as
dificuldades que, na condição de mulato, teve de enfrentar na
cidade do Rio de Janeiro. O narrador confessa, em linguagem
que mescla subjetividade a uma visão crítica e objetiva da
sociedade da época, preocupação com o seu status
LITERATURA
25. (Upf 2012) No livro Simões Lopes Neto: regionalismo &
literatura, Flávio Loureiro Chaves, ao referir-se ao autor de
Contos gauchescos, esclarece: "[...] para o escritor existe um
passado heroico e nele o que se encontra ainda é o herói
gaúcho, gerado por uma tradição (em parte histórica, em
parte literária) [...]".
Com base nessa constatação, pode-se afirmar que a
personagem de Contos gauchescos que não se constitui num
representante do "herói gaúcho" no livro mencionado é:
(A) Blau Nunes, personagem de "Trezentas onças"
(B) o velho Lessa, personagem de "Deve um queijo!..."
(C) Juca Guerra, personagem do conto de mesmo nome
(D) o castelhano, personagem de "Deve um queijo!..."
(E) José de Abreu, personagem de "O Anjo da Vitória"
RESPOSTA: D
8
profissional (“... De tal maneira é forte o poder de nos
iludirmos, que um ano depois cheguei a ter até orgulho da
minha posição). Portanto, apenas e) é correta.
28. (Ufpr 2011) Cirino de Campos, o protagonista do romance
Inocência, do Visconde de Taunay, apresenta-se como médico.
Sabemos, no entanto, que ele jamais se formou em medicina e
tirou todo seu conhecimento científico de um manual do
século XIX, caracterizado como “seu livro de ouro”, o
Chernoviz – na verdade o Formulário e guia médico, escrito
pelo médico polonês Pedro Luís Napoleão Chernoviz (1812–
1881). A medicina e esse manual também aparecem em mais
de um texto de Urupês, de Monteiro Lobato. A esse respeito,
considere as seguintes afirmativas:
1. Cirino anota em seu Chernoviz tratamentos populares
aprendidos com sertanejos, e isso permite que ele
aplique um tratamento diferente, à base de plantas, a um
homem que estava “empalamado”, ou seja, fora vítima
de sucessivas maleitas e tornou-se um doente crônico.
2. Cirino, de tanto estudar o Chernoviz, acaba se
convencendo de que é médico de verdade, exige ser
chamado de “doutor”, explora financeiramente os
sertanejos que o procuram, até mesmo os que sofrem de
doenças incuráveis, sem se importar com sua saúde, e
morre sem se arrepender desse seu procedimento.
3. No último texto de seu livro, o artigo “Urupês”, Monteiro
Lobato caracteriza a medicina do caboclo como
ignorante, baseada numa grande quantidade de
remédios sem efeito, compendiados num “Chernoviz não
escrito”, somados a um conjunto de simpatias que
também não dão resultados.
4. O protagonista do conto “Pollice verso”, do volume
Urupês, é um filho de coronel do interior que se forma no
Rio de Janeiro e leva a medicina científica para a pequena
cidade, dispensando o Chernoviz e enriquecendo, porque
resolve problemas que a medicina popular não é capaz de
resolver.
5. No conto “O engraçado arrependido”, de Urupês, o
protagonista, Pontes, para obter um emprego público já
ocupado por um velho cardíaco, decide matá-lo. Para
isso, utiliza seu poder cômico e a leitura do Chernoviz,
onde aprende que um ataque de riso pode fazer
arrebentar um aneurisma fatal.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas 1, 3 e 5 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 2, 3 e 5 são verdadeiras.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:As afirmações constantes em 2 e 4 são
improcedentes. O personagem Cirino era um simples
curandeiro, um praticante leigo a quem chamavam de doutor,
pois tinha sido caixeiro numa botica onde obtivera
conhecimentos precários de medicina antes de se aventurar
pelo interior medicando as pessoas, usando conhecimentos da
medicina popular, mas não era explorador nem mau-caráter.
Inácio da Gama, o Inacinho, que sai de Itaoca para estudar
medicina no Rio, volta à cidadezinha já formado e revela-se
incompetente, mau caráter, sem nenhuma vocação para o
trabalho médico, interessando-se apenas em descobrir um
meio rápido de ganhar dinheiro.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES:
Embaixo, o rumor da água pipocando sobre o pedregulho;
vaga-lumes retouçando no escuro. Desci, dei-me com o lugar
onde havia estado; tenteei os galhos do sarandi; achei a pedra
onde tinha posto a guaiaca e as armas, corri as mãos por todos
os lados, mais pra lá, mais pra cá...; nada... nada!...
Então, senti frio dentro da alma. . . o meu patrão ia dizer
que eu havia roubado!... roubado... Pois então eu ia lá perder
as onças!... Qual! Ladrão, ladrão, é que era!...
E logo uma tenção ruim entrou-me nos miolos: eu devia
matar-me, para não sofrer a vergonha daquela suposição.
É, era o que eu devia fazer: matar-me... e já, aqui mesmo!
Tirei a pistola do cinto: amartilhei o gatilho... benzi-me, e
encostei no ouvido o cano, grosso e frio, carregado de bala...
Ah! patrício! Deus existe!... No refilão daquele tormento,
olhei para diante e vi... as Três-Marias luzindo na água... o
cusco encarapitado na pedra, ao meu lado, estava me
lambendo a mão... e logo, logo, o zaino relinchou lá em cima,
na barranca do riacho, ao mesmíssimo tempo que a cantoria
alegre de um grilo retinia ali perto, num oco de pau!...
Patrício! não me avexo duma heresia; mas era Deus que
estava no luzimento daquelas estrelas, era ele que mandava
aqueles bichos brutos arredarem de mim a má tenção...
O cachorrinho tão fiel lembrou-me a amizade da minha
gente; o meu cavalo lembrou-me a liberdade, o trabalho, e
aquele grilo cantador trouxe a esperança...
Eh-pucha! patrício, eu sou mui rude... a gente vê caras,
não vê corações...; pois o meu, dentro do peito, naquela hora,
estava como um espinilho ao sol, num descampado, no pino
do meio-dia: era luz de Deus por todos os lados!...
E já todo no meu sossego de homem, meti a pistola no
cinto. Fechei um baio, bati o isqueiro e comecei a pitar.
(LOPES NETO, J. S. Contos gauchescos. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2008.
p. 21-22.)
29. (Uel 2011) Com base no texto, assinale a alternativa correta.
(A) A expressão “[...] eu sou mui rude...”, por meio da qual o
narrador se caracteriza, atesta seu comportamento
descortês em relação ao interlocutor.
(B) A comunicação entre o protagonista e os animais
estabelece uma relação de hierarquia, na qual o homem
é superior.
(C) A ausência de marcas de oralidade revela que o
protagonista não age de acordo com os costumes de seu
meio.
(D) Ao “meter a pistola no cinto” e, em seguida, tentar o
suicídio como última saída, o protagonista revela falta de
valentia e desconsideração pelos valores religiosos.
(E) A expressão “como um espinilho ao sol, num
descampado, no pino do meio-dia” exprime a súbita
iluminação espiritual vivenciada pelo vaqueano.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: A caracterização que o personagem faz de si
mesmo (“eu sou mui rude”) sugere humildade e consciência
das suas limitações culturais e não comportamento descortês,
como se afirma em [A]. As atitudes dos animais, descritas pelo
narrador protagonista, sugerem identificação com o seu
desespero e contribuem de forma positiva para que o ato
suicida não se concretize, o que invalida [B]. Também as
opções [C] e [D] estão erradas, pois há marcas de oralidade no
texto (provérbios populares, interjeições de entusiasmo ou
repulsa, frases idiomáticas do gaúcho) e o ato de meter a
pistola no cinto é posterior à intenção de suicídio, assinalando
o momento de lucidez que o demove do ato tresloucado para
encontrar uma solução para o problema. Assim, está correta a
opção [E].
30. (Uel 2011) Acerca da obra Contos gauchescos, de João Simões
Lopes Neto, é correto afirmar:
(A) É representativa da chamada Geração de 30, de feição
neorrealismo,
preocupada
em
apresentar
as
desigualdades sociais do Brasil.
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(B) Trata a afinidade entre o homem e a natureza de forma
inverossímil, o que a filia à tradição do realismo mágico
no Brasil.
(C) Publicada antes da Semana de Arte Moderna, é uma obra
representativa do regionalismo, tendência estética
iniciada no período romântico.
(D) Sob uma perspectiva crítica, delineia os contornos físicos
e sociais dos grandes centros urbanos sulistas.
(E) Caracteriza-se por conter referências à história do Brasil,
indo desde a chegada dos portugueses até a Era Vargas.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: José Simões Lopes Neto é considerado o
patriarca das letras gaúchas e sua obra está inserida no
regionalismo antemodernista, início do século XX. Seus contos
refletem a cultura dos pampas, retratando de forma verossímil
a realidade social e psicológica dos enredos e das
personagens.
31. (Uel 2011) É correto afirmar que a história é narrada
(A) em primeira pessoa, por João Simões Lopes Neto, que,
num tom autobiográfico, conta fatos da época em que
atuou na Revolução Farroupilha.
(B) em terceira pessoa, por uma personagem textualmente
nomeada Patrício, que relata todo o seu arrependimento
por ter roubado as onças do patrão.
(C) por um narrador testemunha, mais precisamente o
patrão do protagonista, que registra as qualidades morais
de seu empregado.
(D) em primeira pessoa, pelo vaqueano Blau Nunes, que
relata como e onde perdeu as onças do patrão.
(E) por um narrador onisciente, não nomeado, que registra
fatos relacionados à agitada e violenta época do cangaço
rio-grandense.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: O narrador em 1ª pessoa, Blau Nunes,
vaqueano típico dos pampas, relata um episódio marcante em
sua vida. Ele perdera uma bolsa carregada de moedas de ouro
que seu patrão lhe tinha confiado e, perante a hipótese de ser
considerado ladrão, resolve cometer suicídio. No entanto, no
último momento, as sensações provocadas pelo cenário
sugestivo devolvem-lhe o apego à vida, incutem-lhe a razão,
fazendo com que se arrependa do gesto tresloucado que ia
fazer, enfrente o problema e busque outra solução.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Texto
Foi na estância dos Lagoões, duma gente Silva, uns Silvas
mui políticos, sempre metidos em eleições e enredos de
qualificações de votantes.
A estância era como aqui e o arroio como a umas dez
quadras; lá era o banho da família. Fazia uma ponta, tinha um
sarandizal e logo era uma volta forte, como uma meia-lua,
onde as areias se amontoavam formando um baixo: o perau
era do lado de lá. O mato aí parecia plantado de propósito: era
quase que pura guabiroba e pitanga, araçá e guabiju; no
tempo, o chão coalhava-se de fruta: era um regalo!
Já vê... o banheiro não era longe, podia-se bem ir lá, de a
pé, mas a família ia sempre de carretão, puxado a bois, uma
junta, mui mansos, governados de regeira por uma das
senhoras-donas e tocados com uma rama por qualquer das
crianças.
Eram dois pais da paciência, os dois bois. Um se chamava
Dourado, era baio; o outro, Cabiúna, era preto, com a orelha
do lado de laçar branca, e uma risca na papada.
Estavam tão mestres naquele piquete, que, quando a
família, de manhãzita, depois da jacuba de leite, pegava a
aprontar-se, que a criançada pulava para o terreiro ainda
mastigando um naco de pão e as crioulas apareciam com as
toalhas e por fim as senhoras-donas, quando se gritava pelo
carretão, já os bois havia muito tempo que estavam
encostados no cabeçalho, remoendo muito sossegados,
esperando que qualquer peão os ajoujasse.
(LOPES NETO, Simões. Contos gauchescos. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2008. p.
65-66.)
32. (Uel 2011) Acerca dos fatos narrados no texto, considere as
afirmativas a seguir.
I. Agora que já estavam velhos e cansados, os animais eram
mantidos na estância para servir às mulheres e às
crianças da família, especialmente para irem até o riacho.
II. O riacho, local de banho da família, não ficava muito
longe da casa, mas assim mesmo eles utilizavam a carreta
de bois para se locomover até lá.
III. Depois da higiene matinal e de tomar o café da manhã, os
moradores da estância reuniam-se no terreiro para
começar a trabalhar na plantação.
IV. Os bois eram tão mansos e acostumados com a tarefa
que até mesmo as mulheres e as crianças podiam
conduzir a carreta puxada por eles.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
(B) Somente as afirmativas I e III são corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:No fragmento do conto “Boi Velho” não existe
referência a qualquer atividade dos moradores após a higiene
matinal, o que invalida a afirmativa III. Todas as demais estão
corretas.
33. (Uel 2011) Contos gauchescos é uma obra representativa
(A) da escola romântica, pelas imagens poéticas na descrição
espacial e pelo retrato de personagens sensíveis e
heroicas.
(B) da estética naturalista, pois defende a determinação do
comportamento das personagens pelo espaço geográfico
e por fatores genéticos.
(C) da tendência regionalista em literatura, por retratar a
substância real de um espaço e a relação entre ele e o
homem que o habita.
(D) do movimento realista, por assumir forte tom de crítica
social e adotar uma linguagem científica na construção da
narrativa.
(E) da fase heroica do Modernismo brasileiro, caracterizada
pela incorporação da oralidade e pela criação de
neologismos.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: José Simões Lopes Neto é a principal figura
do regionalismo rio-grandense no período do pré-modernismo
da Literatura brasileira. A obra Contos Gauchescos é
constituída por 19 contos que retratam o cotidiano do gaúcho
no interior do Rio Grande do Sul e a personalidade dos
vaqueanos em perfeita harmonia com animais e paisagem.
6
Viajam de bonde silenciosamente. Devia ser quase uma hora,
pois o veículo já se enchia do público especial dos domingos.
2
Eram meninas do povo envolvidas nos seus vestidos
empoados com suas fitinhas cor-de-rosa ao cabelo e o leque
indispensável; eram as baratas casemiras claras dos ternos,
[...] eram as velhas mães, prematuramente envelhecidas com
7
a maternidade frequente, a acompanhar a escadinha dos
filhos, ao lado dos maiores, ainda moços, que fumavam os
mais compactos charutos do mercado — era dessa gente que
1
10
se enchia o bonde e se via pelas calçadas em direção aos
jardins, aos teatros em matiné, aos arrabaldes e às praias.
3
4
Era enfim o povo, o povo variegado da minha terra. As
napolitanas baixas com seus vestidos de roda e suas africanas,
as portuguesas coradas e fortes, caboclas, mulatas e pretas —
era tudo sim preto, às vezes todos exemplares em bando, às
8
vezes separados, que a viagem de bonde me deu a ver.
E muito me fez meditar o seu semblante alegre, a sua força
prolífica, atestada pela cauda de filhos que arrastavam, a sua
despreocupação nas anemias que havia, em nada significando
5
a preocupação de seu verdadeiro estado — e tudo isso muito
me obrigou a pensar sobre o destino daquela gente.
BARRETO, Lima. O domingo. Contos completos de Lima Barreto.
Organização e introdução de Lília Moritz Schwarcz. São Paulo: Companhia
das Letras, 2010. p. 589.
34. (Uesc 2011) O texto traduz preferência do autor por
(A) retratar aspectos marcantes da beleza exótica do
cotidiano do interior.
(B) apresentar características negativas de uma metrópole
pós-moderna.
(C) narrar ações de tipos pouco comuns, idealizados, do
mundo contemporâneo.
(D) descrever cenários naturais da paisagem física local,
adversos aos da paisagem humana.
(E) observar a realidade da vida num centro urbano e,
sobretudo, revelar sua preocupação com o homem.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: O texto reproduz, além da realidade da cidade,
a preocupação do autor com o homem, o que pode ser
observado no último parágrafo (“E muito me fez meditar…
tudo isso muito me obrigou a pensar sobre o destino daquela
gente”).
Poema
Encontrado por Thiago de Mello
No Itinerário de Pasárgada
Vênus luzia sobre nós tão grande,
Tão intensa, tão bela, que chegava
A parecer escandalosa, e dava
Vontade de morrer.
Manuel Bandeira
36. (Fgvrj 2013) Nesse breve poema de Bandeira, manifesta-se
um aspecto que alguns de seus principais estudiosos
consideram central e decisivo na obra do poeta, a saber,
(A) a aversão tipicamente modernista ao belo natural.
(B) a rejeição do que é grande e, também, do que é sublime.
(C) o sestro romântico de transfigurar a paisagem.
(D) a conjugação da maior expansão vital e do sentimento de
morte.
(E) o erotismo de caráter amoral, que contamina todo o
cosmo.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: Trata-se de uma poética que celebra o milagre
da existência em momentos de plenitude vivenciados pelo eu
lírico, ao mesmo tempo que a consciência da morte os torna
únicos e irrepetíveis, como se afirma em [D].
37. (Ucs 2012) Leia os fragmentos do conto “Primeiro de Maio”,
do livro Contos Novos, de Mário de Andrade.
No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já
o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até
alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz
que queria celebrar e havia de celebrar. (p. 35)
35. (Unifesp 2013) Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa.
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.
(...) Deu um ódio tal no 35, um desespero tamanho, passava
um bonde, correu, tomou o bonde sem se despedir do 486,
com ódio do 486, com ódio do primeiro de maio, quase com
ódio de viver. (p. 41)
(ANDRADE, Mário. Contos novos. 17. ed. Belo Horizonte, Rio de Janeiro: Itatiaia,
1999.)
Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.
Em relação a essa narrativa, considere as seguintes
afirmações.
I. No início do conto, o 35 está eufórico porque é Primeiro
de Maio e ele organizará uma grande festa em
homenagem aos trabalhadores.
II. O protagonista, ao longo da narrativa, vai se
decepcionando e retorna para casa cansado, sem voltar
ao trabalho.
III. No fragmento em questão, a mudança no registro
ortográfico da expressão primeiro de maio sugere uma
modificação da personagem principal em relação a seu
sentimento sobre essa data.
Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância –
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
(Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)
Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser considerado
nacionalista, na medida em que o eu lírico
(A) apresenta Portugal como uma nação decadente, que não
faz jus ao seu passado de heroísmo e glórias.
(B) inspira-se no passado de heroísmo do povo português
que, no presente, já não acredita na sua história.
(C) busca reviver o sonho de uma da nação grandiosa,
cantando um Portugal almejado por seus feitos gloriosos.
(D) reconhece o desejo de o povo português glorificar seus
heróis, o que não foi possível até o seu presente.
(E) descreve o Portugal de seu tempo como uma nação
gloriosa e marcada por histórias de heroísmo.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: É correta a opção [C], pois, nos versos “Mas a
chama… / A mão do vento pode erguê-la ainda” e “E outra vez
conquistaremos a Distância – / Do mar ou outra”, o eu lírico
expressa o desejo de que as glórias do passado possam ser
revividas em um futuro próximo.
Das afirmativas acima, pode-se dizer que
(A) apenas I está correta.
(B) apenas III está correta.
(C) apenas II e III estão corretas.
(D) apenas I e III estão corretas.
(E) I, II e III estão corretas.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: As afirmações I e II estão incorretas, pois
I – o protagonista, para celebrar o Primeiro de Maio, decidira
percorrer a cidade e passar na Estação da Luz para
cumprimentar os amigos;
II – no final do conto, o 35 não retornou para casa, entrou
num café, comeu um pão com manteiga, comprou uma maçã
11
e voltou à Estação da Luz onde estavam os seus
companheiros.
A interação das palavras, a composição do poema e as linhas
da imagem produzem uma ilusão
(A) de frescor marítimo e de correntes de ar.
(B) de queda de água e de distorção de objetos.
(C) de movimento de onda e de vibração óptica.
(D) de ruído do mar e de dinamismo social.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: A alternância de fonemas nasais e orais nas
palavras “onda”, “anda”, “ainda” e “aonde” reproduzem o
som do mar, assim como a disposição das palavras nos versos,
o seu movimento. Também as linhas onduladas da imagem
provocam um efeito de ilusão óptica de vibração, como se
afirma em [B].
38. (Ufrgs 2012) Considere as seguintes afirmações sobre a poesia
de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.
I. Em Todas as Cartas de Amor São, o eu lírico recusa-se a
escrever porque prefere sonhar a viver.
II. No Poema em Linha Reta, a trajetória do indivíduo é
descrita como sendo vinculada a fracassos e vilezas, o
que provoca seu cansaço e sua revolta.
III. Em Aniversário, o eu lírico, acreditando ter recuperado a
perfeição do passado, renega os familiares mortos.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e II.
(D) Apenas I e III.
(E) I, II e III.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: A única afirmação correta é a II.
Em Todas as Cartas de Amor São, o heterônimo de Fernando
Pessoa, Álvaro de Campos, deixa transparecer sua visão
prática do mundo: as cartas de amor são ridículas, porque as
pessoas, quando estão apaixonadas, agem de maneira ridícula.
Trata-se de uma visão bastante realista do amor. Assim, é
incorreto afirmar que o eu lírico prefere sonhar a viver.
Em Aniversário, o eu lírico relembra dias mais felizes, dias
inocentes da infância, em que os seus familiares se reuniam
por ele. Em momento algum ele renega os familiares mortos,
pelo contrário, recorda-os saudoso: “O que eu sou hoje (e a
casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
/ O que eu sou hoje é terem vendido a casa, / É terem morrido
todos, / É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um
fósforo frio...”. Assim, está errada a afirmativa III.
40. (Ufpr 2012) “A ambição do grupo [modernista] era grande:
educar o Brasil, curá-lo do analfabetismo letrado, e,
sobretudo, pesquisar uma maneira nova de expressão,
compatível com o tempo do cinema, do telégrafo sem fio, das
travessias aéreas intercontinentais”.
(Boaventura, M. E. A Semana de Arte Moderna e a Crítica Contemporânea:
vanguarda e modernidade nas artes brasileiras. Conferência – IEL-Unicamp,
2005, p.5-6. Fonte: http://www.iar.unicamp.br/dap/vanguarda/artigos.html).
Conforme o trecho acima e os conhecimentos sobre a Semana
de Arte Moderna de 1922 e o modernismo brasileiro
subsequente, é correto afirmar:
(A) A Semana de 1922 marcou o modernismo inspirado em
vanguardas europeias, buscando uma nova arte com uma
identidade
brasileira
experimental,
miscigenada,
antropofágica e cosmopolita. O movimento celebrava o
progresso da nação, simbolizado pelo desenvolvimento
da cidade de São Paulo.
(B) A Semana foi o grande marco da arte moderna brasileira,
caracterizando-se pela busca por uma imitação do
surrealismo e do cubismo, realizada por acadêmicos em
constante contato com os artistas europeus.
(C) A Semana de 1922 somou-se ao regionalismo nordestino
para mostrar as raízes da cultura brasileira, recusando
qualquer interferência da arte estrangeira. Os
modernistas fizeram, com isso, uma forte crítica à
modernização e à alfabetização brasileira.
(D) Monteiro Lobato e Mário de Andrade lideraram a Semana
de 1922, que teve o intuito de aliar as produções mais
recentes no campo da música, literatura e artes plásticas
futuristas com as obras tradicionalistas da arte brasileira.
(E) Os modernistas passaram a se organizar, depois da
Semana de 1922, para efetivar uma arte revolucionária
nos moldes do realismo soviético, pois acreditavam na
conscientização da população para uma mudança no
poder.
RESPOSTA: A
39. (Ueg 2012)
São incorretas as opções [B], [C], [D] e [E], pois:
Em [B], a Semana de 22 foi organizada por um grupo de
artistas que se opunha à arte conservadora dos estéticas
anteriores. A nova intelectualidade brasileira criticava o
academicismo, desconhecedor e distante e dos movimentos
artísticos das vanguardas europeias que começavam a chegar
ao Brasil, principalmente o futurismo;
Em [C], os modernistas pretendiam reconstruir a cultura
brasileira sobre bases nacionais, através de uma revisão crítica
da história e das tradições culturais do país para valorizar o
primitivo e o natural, ao mesmo tempo em que reconheciam a
importância da tecnologia em uma nova sociedade
industrializada;
Em [D], Monteiro Lobato era avesso às novas concepções
artísticas das vanguardas europeias, tecendo severas críticas à
A onda
Manuel Bandeira
AONDA
a onda anda
aonde anda
a onda?
a onda ainda
ainda onda
ainda anda
aonde?
aonde?
a onda a onda
Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 267.
12
exposição de Anita Malfatti, cujas pinturas demonstravam
influências do cubismo, expressionismo e futurismo;
Em [E], o objetivo dos modernistas não era ideológico nem
político, pretendiam renovar o ambiente artístico e cultural da
cidade à luz do que vinha acontecendo na Europa e começava
a chegar ao Brasil.
41. (Upf 2012) Sobre Libertinagem, de Manuel Bandeira, é
correto afirmar:
(A) Verifica-se, nos poemas, a sobreposição da estética
parnasiano-simbolista sobre a estética modernista.
(B) A linguagem coloquial se faz presente na obra.
(C) O desejo de liberdade, expresso no título do livro, não se
manifesta na temática dos poemas.
(D) O desejo de liberdade, expresso no título do livro, não se
manifesta na forma dos poemas.
(E) O verso livre está ausente da obra.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Em “Libertinagem”, Manuel Bandeira sintetiza
as aspirações libertárias do Modernismo, tanto no aspecto
estético quanto temático: valorização do cotidiano, linguagem
coloquial, uso de versos livres, emancipação do rigor sintaxe
lusíada, humor crítico e ironia. Assim, é correta a opção [B].
I. revela o comportamento do personagem.
II. é próprio do contexto socioeconômico da época.
III. afeta diretamente a vida do personagem.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) III, apenas.
(E) todas.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: O poema “Crackar” é um dos 163 capítulos do
romance “Memórias Sentimentais de João Miramar”, escrito
em diversos estilos: cartas, poemas, citações, diálogos,
impressões, relatos de viagem, etc. João Miramar é uma
espécie de caricatura do homem paulistano das classes mais
abastadas que será vítima das suas atitudes inconsequentes e
dos descalabros financeiros que o levarão à falência. Assim,
todas são corretas.
44. (Pucrs 2010) Leia o trecho Memórias sentimentais de João
Miramar, de Oswald de Andrade.
“A costa brasileira depois de um pulo de farol sumiu como um
peixe. O mar era um oleado azul. O sol afogado queimava
arranha-céus de nuvens.
Dois pontos sujaram o horizonte faiscando longínquos bons
dias sem fio.
Os olhos hipócritas dos viajantes andavam longe dos livros –
agora polichinelos sentados nas cadeiras vazias.”
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Verbo crackar
Eu empobreço de repente
Tu enriqueces por minha causa
Ele azula para o sertão
Nós entramos em concordata
Vós protestais por preferência
Eles escafedem a massa
A aproximação do texto literário à prosa cinematográfica,
caracterizada pela _________, permite afirmar que o
fragmento acima, de autoria de Oswald de Andrade,
enquadra-se na estética _________.
(A) simultaneidade de imagens / modernista
(B) exaltação de objetos / romântica
(C) presença da ironia / realista
(D) idealização da paisagem / pós-moderna
(E) exploração do local / simbolista
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Oswald de Andrade representou muito bem o
movimento modernista ao ousar, fazendo a aproximação do
texto literário à prosa cinematográfica.
Sê pirata
Sede trouxa
Abrindo o pala
Pessoal sarado.
Oxalá que eu tivesse sabido que esse verbo era irregular.
(Oswald de Andrade)
Azula: foge
Abrindo o pala: escapando
Sarado: valentão, abusado
42. (Ita 2012) Com base no poema, a única opção que não
contempla a proposta modernista é
(A) o escape da visão lírico-amorosa.
(B) a apresentação de problemas existenciais.
(C) a inovação da linguagem literária.
(D) a apresentação de problemas sociais.
(E) a ironia ao sistema econômico-social.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: O poema “crackar” de Oswald de Andrade
exemplifica a proposta modernista de romper com o
academicismo e adotar recursos avessos a fórmulas
preestabelecidas pelos cânones das estéticas anteriores.
Rejeitando as propostas do Parnasianismo, a poesia revela-se
no verso livre e branco para tematizar o cotidiano vulgar,
como a instabilidade econômica advinda das variações na
Bolsa da cotação do café. O verbo “crackar”, classificado pelo
eu lírico de irregular, estabelece paralelo com a poesia
moderna, avessa a idealizações amorosas e a temáticas
metafísicas ou existenciais para transcrever, em linguagem
coloquial e muitas vezes de forma irônica, os problemas do dia
a dia.
43. (Ita 2012)
romance,
INGLÊS
THE 5 WORST COMPUTER VIRUS ATTACKS OF ALL TIME
It’s just another day as you slide into your seat and hit the
start button on your computer. You guzzle coffee as you wait
for your system to start up, and bam! Your stomach drops as
you stare at the deep indigo colored screen. It’s not a folk tale,
it’s not an urban legend…it’s the blue screen of death. (BSOD)
Yikes. There goes your day.
We all know that it’s common sense to stay away from funny
looking email. If you don’t know who sent it, don’t open it. It’s
a great concept, in theory. In fact, lots of us with itchy, triggerhappy fingers (verb) email titled I LOVE YOU only to be bitten
by the love bug. Ouch. Let’s take a look at some of the worst
network attacks of all time.
- I LOVE YOU (2000) The ILOVEYOU is one of the first viruses
to trick users into opening a file. The virus used mailing lists as
its source for targets, so the messages appeared to come from
someone known to the user, such as a friend or relative,
making it seem safe to open. In reality, the file was a VBS
script with an avalanche of junk mail that deleted thousands of
files, including multimedia, music, and personal files. The
author is not known, (conjuction) it started in the Philippines.
O título do poema “Crackar”, relacionado ao
13
-Nimda (2001)
Built on Code Red’s attack system of finding multiple
avenues into machines such as email, websites, and network
connections, Nimda (admin backwards) computer worm
infected Web servers and user machines. It was so effective it
managed to leave a wide trail of casualties in its wake a mere
22 minutes after it was released. Nimda heavily impacted
users of Windows programs. Some groups linked Nimda to AlQaeda because of the massive and quick destruction it caused,
but this theory (passive voice). The author of Nimda remains
unknown but left $635 million in destructive damage.
-Slammer (2003)
The Slammer computer worm spread rapidly, infecting
most of its 75,000 victims (preposition) ten minutes. When
routers started to crash, it slowed the Internet to a crawl and
shut down thousands of websites. The Slammer was named by
Christopher J. Rouland because of it’s sudden effect. Although
named SQL Slammer, it did not use SQL language. 22,000
systems were affected worldwide and South Koreans reported
th
Internet shut downs for hours nationwide on January 25 ,
2003.
-MyDoom ? 2004
When MyDoom hit the scene it became the fastestspreading computer worm of all time. Once it succeeded to
infect computers, it would in turn send even more junk mail
through infected computers with the subject “andy; I’m just
doing my job, nothing personal, sorry”. There was speculation
that MyDoom was used to attack the website of SCO Group, in
retaliation of legal actions against a Linux or open source
supporter. This claim since then has been dismissed and
denied. The Author of this worm is not known.
-Storm ? 2007
Storm, a backdoor Trojan horse, swooped in and infected
thousands of computers using an email with a subject line
about a weather disaster. A Trojan (adverb) appears to
perform a specific action, but destructs and infects through a
virus attack by performing something completely different.
Trojans install backdoor programs. It mutated and spread via
email spam with a fake attachment, and infected 10 million
computers.
So is it over? Attackers continue to probe and sniff out
weaknesses in hardware or software to gain access to
networks, so take sensible precautions. In 2006, Malware
resulted in $13.3 billion in damages across corporate America.
Remember to avoid opening attachments or download
programs that seem questionable or odd because it can take
one click to bring down your (genitive case).
Adpated
by
Jefferson
Celestino
from
http://www.palaestratraining.com/
45. Match the correct sequence of translations:
a) to guzzle
b) to stare
c) itchy
d) to trick
e) backwards
f) to dismiss
g) to spread
h) crawl
i) claim
j) to swoop
k) attachment
l) to probe
(
(
(
(
) de trás pra frente
) velocidade muito baixa
) atacar rapidamente
) beber avidamente
( ) anexo
( ) alegação
( ) irrequieto
( ) sondar, investigar
( ) rejeitar, por de lado, descartar
( ) enganar
( ) propagar, espalhar, difundir
( ) fitar
RESPOSTA: E, H, J, A, K, I, C, L, F, D, G, B
COMENTÁRIO: 1. A sequencia correta é:
a) to guzzle = beber avidamente
b) to stare = fitar
c) itchy = irrequieto
d) to trick = enganar
e) backwards = de trás pra frente
f) to dismiss = rejeitar, por de lado, descartar
g) to spread = propagar, espalhar, difundir
h) crawl = velocidade muito baixa
i) claim = alegação
j) to swoop = atacar rapidamente
k) attachment = anexo
l) to probe = sondar, investigar
46. The expression in fact (2nd paragraph) can be replaced by:
(A) Although
(B) Also
(C) Therefore
(D) Indeed
(E) Unless
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:A expressão in fact tem o mesmo sentido de
indeed: de fato, na verdade.
47. According to the text, fill in the gaps of the following sentence
meaningfully:
Up till now, _________________ of the authors of the
________________
viruses
ever
created
were
_______________________.
(A) all – worse – caught
(B) none – worst – arrested
(C) some – most deadly – taken
(D) nobody – most badly – incarcerated
(E) not a soul – most dangerous – released.
RESPOSRA: B
COMENTÁRIO: Consoante o texto, “até agora, nenhum dos
autores dos piores vírus já criados foi preso” (Up till now, none
of the authors of the worst viroses ever created were
arrested).
48. The introduction of the text:
(A) advises that you should be careful with some kinds of
Web viruses.
(B) tells a story impossible to happen depite being an
apparently common situation.
(C) shows an unpleasant situation that could happen to
anyone.
(D) explains how to avoid worms and viruses in your
computer.
(E) reports the day the author’s computer was attacked by
five viruses.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: A introdução do texto descreve uma situação
que pode acontecer a qualquer pessoa: você chega ao
trabalho, toma um café enquanto espera seu computador ligar
e, de repente, percebe que há algo errado com sua maquina,
lá se vai o seu dia.
14
49. Which of these questions cannot be answered by the text?
(A) How many people were directly affected by Slammer?
(B) Why was Al-Qaeda linked to Nimda?
(C) How many machines were damaged by Storm?
(D) What can be done to avoid computers are infected by
viruses?
(E) Which are the world’s most efficient anti-virus programs?
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: A pergunta Which are the world’s most
efficient anti-virus programs? (Quais são os programas
antivirus mais eficientes do mundo?) não pode ser respondida
pelo texto.
50. Which of the following words cannot receive the suffix –ness
as weakness (last paragraph)?
(A) Wild.
(B) Good.
(C) Alone.
(D) Selfish.
(E) Nervous.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Apenas o vocábulo wild (selvagem) não recebe
o sufixo –ness. Os demais: goodness (bondade), aloneness
(solidão), selfisheness (egoísmo) e nervousness (nervosismo).
51. Fill in the gap (verb) in the text.
(A) have not opened
(B) has opened
(C) have opened
(D) has not opened
(E) have open
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: Apenas o Present Perfect Tense (to have + past
participle) completa a lacuna, já que a ação descrita ocorre em
um tempo não definido no passado: have opened (abriu).
52. Fill in the gap (conjunction) in the text:
(A) also
(B) but
(C) besides
(D) furthermore
(E) hence
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: É necessária a utilização de uma conjunção
adversativa porque o trecho em questão mostra que apesar
do fato do autor do vírus ILOVEYOU ser desconhecido, sabe-se
que o vírus partiu das Filipinas: But (mas).
53. Fill in the gap (passice voice) in the text:
(A) is dismissed
(B) would be dismissed
(C) will be dismissed
(D) were be dismissed
(E) was dismissed
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: A estrutura passiva a ser utilizada precisa estar
no passado, pois a sentença indica que a teoria que ligava o
vírus Nimda à rede terrorista Al-Qaeda “foi descartada” (was
dismissed).
COMENTÁRIO: A preposição a ser utilizada deve indicar o
período de tempo em que uma determinada ação ocorreu.
Apenas within (dentro de) possui tal função dentre as
apresentadas,
55. Fill in the gap (adverb) in the text
(A) likely
(B) nearly
(C) highly
(D) widely
(E) wholly
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Apenas likely completa a lacuna corretamente:
A trojan likely appears to perform a specific action (Um cavalo
de tróia provavelmente aparece para executar uma ação
especifica).
56. Fill in the gap (genitive case) in the text:
(A) company entire’s network
(B) company’s entire network
(C) company’s entire’s network
(D) company’s entire network
(E) company entire network’s
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: A estrutura do Genitive Case (‘s ou ‘) deve ser
acrescentada ao possuidor, logo, teremos a estrutura
company’s entire network (a rede inteira da companhia) como
resposta correta.
57. (UFRJ) Choose the best option:
Before _______________ sent to prison, the thief will be given
the right to defend himself.
(A) being
(B) be
(C) to be
(D) he will be
(E) he has been
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:Após a preposição before usamos o verbo na
forma ING
58. (Unesp-SP) Assinale a alternativa que completa corretamente
a lacuna.
Unfortunately, many people _________________ after the
first week or second week.
(A) stop dieting
(B) stop not diet
(C) don’t stop dieting
(D) don’t stop to diet
(E) stop and go on a diet
RESPOSTA: A
COMENTARIO: O verbo stop no sentido de “deixar de fazer
algo é seguido de um verbo na forma ING.
59. In the excerpt below:
President Barack Obama has approved a significant troop
increase for Afghanistan, Pentagon officials said Tuesday. The
new troop deployment is expected to include 8.000 Marines
from Camp Lejeune, North Carolina, as well as 4.000 additional
Army troops from Fort Lewis, Washington.
Adapted by Jefferson Celestino from
http://www.cnn.com/POLITICS/02/17obama.troops/indexhtl.
54. Fill in the gap (preposition) in the text:
(A) amid
(B) among
(C) between
(D) within
(E) into
RESPOSTA: D
(A) there are two different verb tenses.
(B) there is no auxiliary verb.
(C) there are only regular verbs.
(D) there is only one verb tense
(E) there are only irregular verb.
RESPOSTA: A
15
COMENTÁRIO: O excerto em questão apresenta dois tempos
verbais distintos: Present Perfect (has approved – aprovou) e
Simple Past (said – disseram). A construção is expected
(espera-se) é voz (passiva) e não tempo.
include cell phones and other kinds of gadgets (laptops or
electric razors, for example) used by drivers as they drive. In
response to this problem some states in the US have banned
the use of hand-held cell phones while people are driving.
Alcoholic drinks may be also considered a distraction. That’s
why anyone with 01 of blood alcohol is considered unfit to
drive. Other potentially dangerous habits are rubbernecking
and tailgating. The first one occurs when drivers slow down to
look at another accident on the road or anything that looks
unusual. That’s dangerous because the driver in the car behind
often doesn’t have enough time to slow down. The same
applies for tailgating in that a driver who is following a car too
closely may not have enough distance to stop suddenly.
Texto para as questões de 61 e 63.
Working women in Japan are more likely to be married
than not these days, a sharp reversal of the traditional
pattern. But for most of them, continuing to work after the
wedding is an easier choice than having children. Despite
some tentative attempts by government and business to make
the working world and parenthood compatible, mothers say
Japan’s business culture remains unfriendly to them. Business
meetings often begin at 6 p.m. or later, long hours of unpaid
overtime are expected, and companies, routinely transfer
employees to different cities for years. As a result, many
women are choosing work over babies, causing the Japanese
birthrate to fall to a record low in 1990 – an average 1.34
babies per woman – an added woe for this aging nation.
THE WASHINGTON POST NATIONAL WEEKLY
EDITION August 21, 2000
60. Fuvest According to the passage, the majority of working
women in Japan
(A) expect to stop working after getting married.
(B) do not like the idea of having children.
(C) are choosing to remain single in order to keep their jobs.
(D) have been afraid to fight against traditional roles.
(E) would rather keep their jobs than have children.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: Segundo o texto, a maneira das mulheres
trabalhadoras do Japão preferem manter o emprego do que
ter filhos.
61. Fuvest “attempts (...) to make the working world and
parenthood compatible” (lines 5-6) means that:
(A) married couples are expected to delay having children.
(B) efforts have been made to improve the working
conditions of workers with children.
(C) working women have to fight hard in order to have
children.
(D) the government has proved that work and children are
incompatible.
(E) companies tend to think that people with children make
better workers.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: O trecho do texto quer dizer que esforços tem
sido feitos para melhorar as condições de trabalho das
mulheres com filhos.
62. Fuvest Which of these statements is true according to the
passage?
(A) The Japanese birthrate used to be much lower.
(B) The percentage of marriages in Japan has fallen lately.
(C) The Japanese population is getting older.
(D) Japan’s population has stopped growing since 1999.
(E) Working women do not have more than one child.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: Segundo o texto, a população Japonesa está
ficando mais velha.
(http://wzinearticles.com/?top-causes-of-caraccidents&id=302163,adaptado)
Who causes car acidents?
Percentage of at-fault accidents in all accidents with injuries
(2006)
63. It is true to assert that:
(A) Both the teens and the erderly have the lowest accident
rates.
(B) Both the teens and the elderly have the highst accident
rates.
(C) Middle-aged drivers cause more accidents than
teengagers.
(D) Middle-aged drivers cause more accidents than the
elderly.
(E) The erderly cause many more accidents than teenagers.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Podemos afirmar que os adolescentes e idosos
apresentam o maior índice de acidentes de carro.
64. One can argue that middle-aged drivers drive more:
(A) recklessly
(B) aggressively
(C) dangerously
(D) cautiously
(E) impatiently.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: A gente pode afirmar, segundo o texto, que os
motoristas de meia-idade dirigem com mais cautela.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Texto para as questões 64 e 65.
The risks of distraction
Cell phones use while driving and alcohol causes most of the
car accidents.
Drive distractions are the major causes of car accidents. They
16
TEN YEARS OF FEAR, GRIEF, REVENGE AND RESILIENCE
The Samaritan
By John Maguire
It is one of the day’s most familiar and most chilling images:
rescue workers carrying the beloved Fire Department chaplain
Father Mychal Judge from the rubble. But the man nearest
Judge was no rescue worker: he was a 28-year-old associate at
Goldman Sachs. Seeing papers flying in the air outside his
office, he headed into the chaos on the ground. Just after the
first tower fell, he found the men struggling to carry the dying
Judge. It was too late to perform CPR, so John Maguire started
back toward Ground Zero. Then the second tower collapsed. “I
jumped under a truck, and everything went black,” he recalls.
“I thought, ‘I guess this is how it’s going to end.’ ”
Maguire eventually made it to the apartment of his sister, who
showed him the photo the next day: “It seemed surreal.” He
found solace in an unexpected place. Recalled to active duty,
the West Point graduate served as a civic-affairs officer in Iraq
from 2006 to 2007. Doing so was his therapy, alleviating a
crushing sense of futility. Today, Maguire is back at Goldman.
“_____(I)_____ because I commute through that site every
day.”
unique experiences which can alter the relationship of the
population with their politicians in a dramatic way.
RUBIO, K. & MESQUITA, R. M. (2011) Olympic Studies and Olympism - the
Brazilian and the International Scenarios. EDIPUCRS, pág.171.
66. (Pucrs 2012) The best definition for the verb “facing” (ref. 6),
as it is used in the text, is
(A) being opposite to someone/something so that your front
is towards them.
(B) having to deal with something that is happening or is to
happen.
(C) not wanting something because it is unpleasant.
(D) accepting that a bad situation exists and is the truth.
(E) competing against someone who will probably beat you.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: A alternativa diz: ter que lidar com algo que
está acontecendo ou vai acontecer.
“facing” – enfrentando.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Brazil police occupy Rio favela in World Cup operation
Brazilian security forces have occupied one of Rio de Janeiro's
biggest slums as part of a major crackdown ahead of the 2014
World Cup and 2016 Olympics.
Some 800 police and special forces moved into the Mangueira
shantytown, without needing to fire a shot, having announced
the raid in advance.
The slum – or favela – is close to Rio's famous Maracana
stadium, where the World Cup final will be played.
The pre-dawn operation involved armoured vehicles and
helicopters.
According to the newspaper, O Globo, leaflets were thrown
out of the helicopters, some with photos of wanted criminals.
Others were printed with the police special forces' telephone
number so that residents could pass on information about
drugs traffickers or weapons.
BBC Brazil correspondent Paulo Cabral says most of
Mangueira's residents co-operated with the operation, as they
want to rid the area of drug dealers.
He says that Rio's authorities are making an effort to gain the
trust of those living in the slums, who – after decades of abuse
– have got used to seeing the police as their enemy.
Mangueira – home to one of Rio's most famous samba schools
– is the 18th favela that the authorities have occupied
recently.
www.newsweek.com
65. (Mackenzie 2012) The right sequence of words that properly
fill in blank I in the text is
(A) It’s hard for myself to really don’t think about…
(B) It’s hard for me to really not think about…
(C) It’s hard for me to really think not about…
(D) It’s hard to really don’t think about for me…
(E) It’s hard for me not to really think about…
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: A forma negativa do Infinitivo, em inglês, é
“not to”, e a única alternativa que contém a forma correta é a
[E].
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Adapted from: http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-13833037
The symbols, the memory and the history of the Olympic
Games are an important legacy, since the material things
1
created strengthen the image of the event in the local
population’s memory, along with the memory of viewers
everywhere who have watched the competitions. They also
2
3
represent a source of income as they are goods sold during
the event.
One of the most effective ways to ensure that the host city will
get the legacy of the Olympic Games is to have the population
4
participate in planning the work to be done. It is the very
community who knows what a neighborhood needs, in terms
of facilities, and how these can be of use after the event. The
best legacy is the one that is incorporated into the life of and
brings benefits to the community. The organization process
shared with the community may give the legacy a meaningful
dimension. Learning how to discuss the needs of the
6
community, democratically facing the differences in interests,
5
and gathering partnerships for the viability of projects are
67. (Unioeste 2012) “-got used to” refers to
(A) something that is normal, part of everyday activities.
(B) the process of something becoming normal.
(C) the consumption of something.
(D) something that was true but is not anymore.
(E) something that happened regularly in the past but no
longer happens.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: “Get used to” significa “acostumar-se a”, e a
alternativa [B] diz: “the process of something becoming
normal” – o processo de algo tornar-se normal (tradução
livre).
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
GUITAR HERO
INTERVIEW: NOEL GALLAGHER
By Marcel Anders
17
Oasis lead guitarist Noel Gallagher has been described as “the
elder statesman” of British rock. Yet this is a description that
he rejects, pointing out that, at the age of 41, he is still a young
man, when compared with the likes of Mick Jagger, Keith
Richards and even Paul Weller.
Gallagher, who has often been in conflict with the Oasis lead
singer, his younger brother Liam, recently met with the press
in order to promote the band’s latest album, Dig Into Your
Soul. As he explained, some of its songs were inspired by his
memories of LSD trips as a teenager in Manchester:
Noel Gallagher:
What do you write about when you’re 41? I don’t know. You
know,
__( I )__famous? Nobody wants to hear about that. __( II )__ in
a band?
That was kind of what Definitely Maybe was about. Women?
Too boring, you know. Money? Nobody wants to hear about
that. Politics? __( III )__, you know. Save the planet? __( IV )__.
You know, I don’t know. So, the most __( V )__ thing is like,
well, I remember when I was 16 and, you know, __( VI )__
acid, it was like, “Yeah, there’s stories to be told there, I think.”
BACK ON TRACK
Many critics say that Oasis are “back on track” with this album,
but Gallagher has his reservations:
Noel Gallagher:
For me personally, I don’t know what anybody else in the band
thinks, but when I sit down and write a song I don’t think:
“Well, is this as good as what I’ve done?” I just write them, you
know, and record them and other people decide. So, if other
people decided that we were back, you know, after “Don’t
Believe The Truth,” then great, do you know what I mean? But
I… it’s not something that I would ever… I wouldn’t enter into
a debate about it. How can I, you know? I don’t… I’m not a
professional songwriter, do you know what I mean? I kind of…
it’s what… I’ve been writing songs for as long as I can
remember, you know, for fun, it’s just so now lots of people
buy them, but if nobody bought the records tomorrow, I still
wouldn’t stop writing songs, but I’d write songs just to play to
my mates. It’s kind of what I do.
ABBEY ROAD
Dig Out Your Soul was recorded at London’s famous Abbey
Road studios, whose previous occupants have included The
Beatles and Pink Floyd. Rumour has it that Oasis had
previously been banned from the studios on account of their
unruly behaviour:
Noel Gallagher:
We had to pay the money upfront and promise to be on our
best behaviour.
We had to pay the money upfront, and so they said, “If… if you
have to leave, then you’re gonna lose the deposit.” Well, it’s
different now, you know, when we were in there in ’97,
everybody was in their 20s and whacked out on drugs all the
time, so it’s different now. Everybody’s got kids, you know.
Everybody’s a little bit more… a little bit less mental, you
know, but we still have a good time, though. We made a great
record, that’s the main thing about it, you know, and it’s good
for Abbey Road, that somebody’s finally made a great record
there!
(Speak Up)
68. (Mackenzie 2010) The right form of the words be, bore,
interest and take which appropriately complete blanks I, II, III,
IV, V and VI, in the excerpt of the text, are:
(A) been, been, boring, bored, interested and taking.
(B) being, be, bored, boring, interesting and taken.
(C) be, be, boring, boring, interested and take.
(D) been, being, bored, boring, interesting and taken.
(E) being, being, boring, boring, interesting and taking.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: Tradução de cada termo dentro do contexto:
(I) being (vb): ser;
(II) being (vb): estar;
(III) boring (adj): chato, entediante;
(IV) boring (adj) : chato, entediante;
(V) interesting (adj): interessante;
(VI) taking (vb): tomar, usar.
Petrobras approves first offshore heavy oil development
Petrobras has approved the development project for its Siri
field in the Campos basin, according to a news report from
Brazil. The field will be the first in the world ________ extra
heavy oil from an offshore site. Siri field, off the coast of
Southeast Brazil, _________ in production tests since March
and the company plans to contract production equipment in
2011.
www.ogfj.com
69. (Fgv 2010) Assinale a alternativa que completa, correta e
respectivamente, a primeira lacuna no texto.
(A) the product
(B) in production
(C) will produce
(D) is produced
(E) to produce
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: O candidato deveria reconhecer o uso do
infinitivo (com "to") após um número ordinal (the first).
70. A intenção do autor com o texto anterior nos parece ter sido:
(A) dizer que, para se reeleger, Obama lançará mão de um
Retweet.
(B) dizer que Obama é um dos poucos políticos que usa redes
sociais.
(C) mostrar que Obama está atualizado quanto às redes
sociais.
(D) criticar o uso do Twitter por Obama.
(E) dar a entender que Obama é inteligente.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Para essa questão , levemos em consideração
que dizem que Obama se elegeu graças ao uso das redes
sociais e desta vez usará o Retweet.
18
ESPANHOL
RESPOSTA : D
COMENTÁRIO: Para resolver a questão, basta recordar a regra
da silaba tonica, quando o acento (tonicidade) recai na vogal
débil (i/u), esta deve ser acentuada, desfazendo o ditongo.
Sonreia.
Es mentira, de verdad...
76. Acentúa correctamente las palabras:
I. policia
II. pajaros
III. pátio
IV. fogon
V. dormitórios
71. Com a tira, podemos enteder que:
(A) a sra. Cospedal é um passarinho.
(B) a sra. Cospedal tem um salário bastante duvidoso.
(C) a sra. Cospedal quebrou o pé direto.
(D) a sra. Cospedal ganha 8 mil pesos.
(E) a sra. Cospedal passará 40 dias presa.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: Escayolar – Enyesar, inmovilizar por médio de
un vendaje de yeso o de escayola un miembro roto, deslocado
etc. Ej.: Tuvieron que escayolarle el brazo porque se habia
fracturado el codo.
72. En la frase “... solo de momentos”, lo destacado es expresión
sinónima de:
(A) solamente.
(B) piso.
(C) suelo.
(D) soledad.
(E) música cantada o tocada por una persona apenas.
RESPOSTA: A
COMENTÁRI: O adverbio sólo (somente) tem como sinônimo o
vocábulo solamente ou unicamente. Não confundi-lo com
solo, que pode ser adjetivo (sozinho, sem companhia....) ou
substantivo (solo musical, passo de dança que se executa sem
casal ou um tipo de jogo no baralho).
73. Solo y Solo se clasifican, respectivamente, como:
(A) substantivo y adjetivo.
(B) adverbio y adjetivo.
(C) adjetivo y adverbio.
(D) substantivo y adverbio.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: O adverbio sólo (somente) tem como sinônimo
o vocábulo solamente ou unicamente. Não confundi-lo com
solo, que pode ser adjetivo (sozinho, sem companhia....) ou
substantivo (solo musical, passo de dança que se executa sem
casal ou um tipo de jogo no baralho).
74. La palabra sabiéndole está acentuada porque es:
(A) aguda acabada en vocal.
(B) grave acabada en vocal.
(C) verbo acentuada que recibió pronombre.
(D) sobresdrújula.
(E) todas las esdrújulas son acentuadas.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: Sabiéndole é uma forma proparoxítona
(esdrújula) y toda forma proparoxítona é acentuada.
75. La palabra sonreía está acentuada:
(A) por ser una grave acabada en vocal.
(B) por ser un verbo derivado de una palabra acentuada.
(C) para deshacer el diptongo.
(D) porque cuando en un encuentro vocálico la tonacidad cae
en la vocal débil, esta es acentuada.
(E) porque es una palabra esdrújula.
(A) Son acentuadas I, IV, V.
(B) Son acentuadas I, II, IV.
(C) No son acentuadas I, III, V.
(D) Todas son acentudas.
(E) Ninguna es acentuda.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Veja a acentuação correta das palavras:
Policia (hiato)
Pájaros (esdrújula).
Pátio.
Fogón (aguda terminada em N).
Dormitórios.
Portanto, estão corretos os números I, II, IV.
77. El acento de la expresión verbal repugna en “... el prestigio de
lo que repugna a la inmensa mayoría.”, reace en la sílaba que
la clasifica como una palabra:
(A) aguda
(B) grave
(C) esdrújula
(D) sobresdrújula
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: A palavra repugna, é classificada como uma
palavra grave ou llana, ou seja, o acento recai sobre a
penúltima silaba.
78. Marca la alternativa en que todas las palabras se acentuam de
acuerdo con la misma regla:
(A) republicación, elaboró, además.
(B) públicas, académicos, Cortázar.
(C) utilizó, Andaluciá, Isaías.
(D) filólogos, también, jóvenes.
(E) Península, París, fantasía.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: As palavras publicación, elaborá e ademas
estão acentuadas pela mesma regra, que diz: acentuamos
todas as palavras agudas (silaba tônica é a ultima) terminada
em vogal, N, S.
79. ? Puedes decirme__________ son aquellas personas que están
hablando con Antonio?
(A) quiénes
(B) quién
(C) quien
(D) quienes
(E) que
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: “? Puedes decime quiénes son aquellas
personas...?” Utilizamos quiénes para concordar com aquellas
personas, que é plural. Acentuamos porque, nesse caso, tratase de um pronome interrogativo, assim, é obrigatório o
acento.
80. Dónde(la señora pregunta dónde está el andén...) lleva
acento:
(A) Porque es una palabra grave terminada en e.
19
(B) Porque es una palabra llana terminada en e.
(C) Porque es una palabra esdrújula terminada en vocal.
(D) Porque es una palabra aguda.
(E) Porque es una partícula interrogativa indirecta.
RESPOSTA : E
COMENTÁRIO: Nesse caso, a palabra donde está acentuada
porque figura um caso de interrogativa indireta; que assim
como os interrogativos diretos também recebe acento gráfico.
81. “El solo hecho de pagar impuestos....” “..... no sólo a sus
órganos de gobierno ...”. En las frases arriba transcritas, el
vocablo solo aparece sin acento (en el sentido de único) y con
acento (en el sentido de solamente). La tilde, diacrítica,
tambien está presenta en:
(A) poesía.
(B) canción.
(C) aún.
(D) después.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: O acento diacrítico ou diferencial para
diferenciar um vocábulo com a mesma grafia só que com
classe gramatical diferente. Aún é um dos casos.
Veja ainda:
Aun – todavia – ainda (advérbio de tempo)
Aun – incluso – inclusive (advérbio de quantidade)
82. El árbol lleva articulo masculino pues:
(A) es masculina.
(B) es femenina.
(C) usamos regla de eufonia.
(D) está equivocado.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Árbol recebe artigo masculino não pela regra
de eufonia, mas sim porque e uma palavra masculina.
83. Está correcta la regla de eufonia en:
(A) Clara y yema.
(B) Español y inglês.
(C) Tu y yo.
(D) Historia y portugués.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A conjunção Y é substituída por E quando vier
antes de vocábulos começados por l ou HI seguidos de
consoantes.
Assm teríamos:
Clara y yema.
Español y inglês
Tú y yo.
Historia y portugués.
84. Estaria correcto el uso de el delante de todas las palabras
siguientes, menos:
(A) arbol
(B) auge
(C) hache
(D) viaje
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: Para essa questão, devemos levar em
consideração as regras de euforia, mais precisamente a 1°, que
diz: sempre que a palavra for feminina e começar por A ou HÁ
tonica, devemos substituir os artigos LA/UMA pelos
masculinos EL/UN para evitar um som desagradável. Vale
lembrar que temos 3 exceções: o nome das mulheres, o nome
das letras A e H (hache) e a cidade Haya, com elas sempre
usamos os artigos femininos, mesmo que causem cacofonia.
(A) para evitar una cacofonia, mejor dicho, un sonido
desagradable al oído.
(B) delante de palabras empezadas, respectivamente, por Y y
U.
(C) por un motivo que no es de eufonia.
(D) a causa de un equívoco gramatical que se admite
excepcionalmente.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A conjução Y é substituída por E quando vier
antes de vocábulos começados por I ou HI seguidos de
consoantes. Tudo isso ocorre para evitar uma cacofonia, ou
seja, um som desagradável.
86. “... así como el agua puede quitar la sed...”
El vocablo agua es precedido del articulo definido el, visto
que:
(A) pertenece al género masculino.
(B) se incluye entre los substantivos ambíguos en cuanto al
género.
(C) se busca evitar un sonido desagradable al oído.
(D) admite los dos géneros, con variación de significado.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: O vacabulo agua é um substantivo feminino
começado por A tônico, por isso, não se usa artigo feminino
LA, e sim EL para evitar cacofonia.
87. Indica la opción en que el empleo de los artículos esté
debidamente observado:
(A) El habla, el Haya, la águila.
(B) El arena, el habla, el yarda, la hacha.
(C) La Ana, el haba, la Águeda.
(D) La Ana, el alta cumbre, un árida tierra.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: Para essa questão, devemos levar em
consideração as regras de eufonia, mais precisamente a que
diz: sempre que a palavra for feminina e começar por A ou HA
tônica, devemos substituir os artigos LA/UNA pelos masculinos
EL/UN para evitar um som desagradável. Vale lembrar que
temos 3 exceções: o nome das mulheres, o nome das letras A
e H (hache) e a cidade HAYA, com elas sempre usamos os
artigos femininos, mesmo que causem cacafonia.
88. “_________alma melancólica puede curarse con el cariño, que
es ________ hada milagrosa.”
(A) El, el
(B) El, la
(C) La, la
(D) La, el
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Ver regras da questão anterior. Alma começa
por A tônica, recebe EL; hada começa por HA tônico, também
recebe EL.
89. “________ linguaje de ________ prensa es muy pesado.”
(A) El, la
(B) La, la
(C) El, el
(D) Lo, la
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: As palavras terminadas em AJE e OLOR são
todas masculinas! Portanto, temos: el linguaje e la prensa
(prensa significa imprensa).
85. Las conjunciones y (“y recibe al mismo tiempo una caricia”) y o
(“... hermoso o feo”) se convierten en e y , respectivamente:
20
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
COMENTÁRIO: A obra “Hoy caviar, mañana sardinas” é um
livro de memórias escrito pela família Posadas, após
vivenciarem fatos inusitados nas embaixadas em que seu pai
trabalhou.
LA VUELTA AL MUNDO ENTRE PLATOS Y EMBAJADAS
Relato autobiográfico, viaje sentimental, recetario… Carmen y
Gervasio Posadas fueron testigos de anécdotas impagables en
Madrid, Moscú, Buenos Aires y Londres, ciudades en las que
su padre fue embajador. La obra de Carmen ha sido traducida
a veintiún idiomas y su hermano, Gervasio, escritor y
publicista, también se dedica a actividades como la formación
y la consultoría.
Carmen y Gervasio Posadas
Hoy Caviar, Mañana Sardinas
“Un diplomático suele trabajar con dos armas: la política y la
cocina”. Por eso esta obra incluye, entre otras cosas, apuntes
sociológicos y recetas de diferentes épocas y lugares. A partir
de 1965, la familia Posadas transitó por Madrid en el último
tramo del franquismo, el Moscú de la Guerra Fría o el Londres
de los ochenta. No todo fueron cócteles y recepciones
fastuosas: sus recuerdos que combinan ironía y ternura a
partes iguales, desmitifican la imagen que suele asociarse a la
vida de la embajada. Carmen y Gervasio rinden también un
homenaje a su madre, sufrida esposa del embajador y autora
de agudas reflexiones contenidas en estas páginas. Ministros,
divas, vividores y marquesas – en una galería que abarca
desde Franco a Lady Di – desfilan por un menú aderezado con
escenas jugosas y consejos ingeniosos, como el pastel de
langosta sin langosta. El resultado garantiza una lectura
apasionante y muy apetitosa. Como dijo entonces el ministro
Fraga: “¡Cuando le invitan a comer a uno en la embajada de
Uruguay, no hay forma de mantener el régimen!”.
(Texto adaptado de Círculo de Lectores – Revista 4/2012 – nº. 258)
90. (Ufpr 2013) De las informaciones que se dan sobre la familia
Posadas es cierto decir que:
(A) el padre, como buen diplomático, entendía que la política
es como la cocina.
(B) han vivido en diferentes países de Europa y también en
Argentina.
(C) la madre era una mujer poco crítica, que sufría con la vida
que llevaba su marido.
(D) los hermanos Posada fueron traducidos para muchos
idiomas.
(E) era conocida por preparar los platos más caros en las
recepciones de la embajada.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: De acordo com as informações sobre a família
Posadas, se informa no texto que: “Carmen y Gervasio
Posadas fueron testigos de anécdotas impagables en Madrid,
Moscú, Buenos Aires y Londres, ciudades en las que su padre
fue embajador.” O trecho indica que a alternativa [B] está
correta, já que indica que a família viveu em diferentes países
da Europa e também na Argentina.
91. (Ufpr 2013) La obra "Hoy caviar, mañana sardinas" es
considerada:
(A) a) un relato ficcional sobre el día a día en una embajada.
(B) b) un libro de recetas con los platos que se preparaban en
la embajada.
(C) c) un libro de memorias donde los hechos se mezclan con
recetas de cocina.
(D) d) una autobiografía sobre los momentos más graciosos
vividos en la embajada.
(E) e) un relato de viajes por las embajadas de Madrid,
Moscú, Buenos Aires y Londres.
RESPOSTA: C
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