Living the - Rissho Kosei-kai

Transcrição

Living the - Rissho Kosei-kai
Living the
LOTUS
Buddhism in Everyday Life
No tulo Living the Lotus – Buddhism in
Everyday Life (Vivendo o Sutra de Lótus – O
Budismo dentro da vida diária) está
condo o desejo de enriquecer e fazer ser
mais valiosa a vida a parr da vivência do
Sutra de Lótus no codiano, assim como a
bela flor de lótus, a qual floresce de dentro
da lama. Através da internet, temos nos
dedicado em entregar, ao público leitor do
mundo todo, o ensinamento do budismo
que pode ser vivenciado dentro da vida
diária.
O informavo Living the Lotus é publicado
em quatorze línguas, com a cooperação
das filiais do exterior. Entretanto, em
algumas línguas a publicação é irregular e
contém apenas a orientação do Mestre
Presidente
Niwano.
Connuaremos
tentando aperfeiçoar o informavo e, para
tanto, contamos com o precioso apoio e
comentários dos leitores.
Living the Lotus
Vol. 102 (março 2014)
Publicação:
Rissho Kosei-kai Internacional
Fumonkan, 2-6-1 Wada, Suginami-ku,
Tokyo, 166-8537 Japan
TEL: 03-5341-1124
FAX: 03-5341-1224
E-mail:
[email protected]
Editor Responsável: Shoko Mizutani
Editora: Etsuko Nakamura
Tradutora: Nicia Lemi Kishi
Revisora: Angela Sivalli Ignatti
Equipe de Edição: Shiho Matsuoka,
Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao,
Shizuyo Miura, Sachi Mikawa, Yurie
Nogawa, Yoshihiro Nakayama, Bold
Munkhtsetseg
A Homenagem prestada aos
Três Tesouros que reverencia
também os defeitos
3
2014
VOL. 102
Founder’s
Essay
A paz não será obtida se não conseguirmos aceitar aquela pessoa que
consideramos não combinar conosco.
A pessoa rebelde geralmente é vista como inimiga, sendo considerada
uma pessoa em quem não podemos confiar. Mesmo assim, devemos nos
controlar emocionalmente e tentar ouvir as razões do próximo,
colocando-nos em seu lugar.
Cada um possui seu modo de pensar próprio e suas razões. Ao nos
esforçarmos em compreender o sentimento do próximo, de imediato ele
se colocará do nosso lado. Qualquer pessoa possui uma índole natural
verdadeiramente límpida. Conforme o modo de nos relacionarmos com
os outros, irão surgir as várias faces e características de cada pessoa.
Buda, que é perfeito e impecável, irá crer e não terá dúvidas em
relação ao próximo; mas sobre as pessoas que estão à nossa volta, se não
conseguimos acreditar nelas, significa que ainda não temos a verdadeira
crença em Buda.
É normal enxergarmos os defeitos das pessoas mais próximas de nós.
A verdadeira homenagem aos Três Tesouros acontecerá quando
pudermos reverenciar a índole natural do próximo, acreditando que ele
também é filho de Buda.
Kaiso Zuikan, vol.7, p.174-175
Basic Buddhism Through Comics
by Mitsutoshi Furuya
1
O Ensinamento básico de Buda
(O Selo das Três Leis)
Todas as coisas são transitórias
Hoje vamos
estudar o selo das
Três Leis, que é
considerado o
estandarte do
ensinamento de
Buda.
1
É a respeito de que
“Todas as coisas são
transitórias”; de que
“Nada tem um ego”
(todas as coisas
estão interligadas) e
que “Nirvana é paz
espiritual”.
2
1
Trata-se
de quê?
Entendi, é o
mesmo que “O
som do gongo
do Templo
Guion ressoa
como ‘Todas
as coisas sendo
transitórias’”.
Você sabe
de coisas
difíceis, ein?
Significa
que tudo é
efêmero e
sem sentido,
não é?
LIVING THE LOTUS março 2014
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra
poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios
existentes sem autorização por escrito dos editores.
2
Veja só... seu
conhecimento está
falhando, ein?
Meu marido não
sobe na vida e fica
em casa sem fazer
nada.
É demais!
O pessoal
de casa não
toma jeito!
Meu filho não
estuda e só
fica brincando
de video
game...
Não sei o que
minha filha
está pensando,
mas fica só
trancada no
quarto.
Vamos
observar as
pessoas e
estudar o que
significa o fato
de todas as
coisas serem
transitórias.
Não é? Então o
que significa?
E mais...!
Não entr
e!
O
pessoal
de casa
Não toma
jeito!
Continued on page 12
LIVING THE LOTUS março 2014
3
ORIENTAÇÃO DO
MESTRE PRESIDENTE
A Gentileza
Nichiko Niwano
Mestre Presidente da Risho Kossei-kai
Pensar,
preocupar-se com o próximo
Há pouco tempo, quando, por acaso,
verifiquei no calendário das flores o dia 5 de
março, dia comemorativo da fundação da Risho
Kossei-kai, observei que a flor de íris
representava aquele dia, e a qualidade atribuída a
ela era “gentileza”.
Nós da Risho Kossei-kai damos importância a
sermos “alegres, gentis e calorosos”, poderíamos
dizer que foi uma coincidência a data da
fundação da igreja cair justamente no dia dessa
flor, mas a qualidade da flor de íris é mesmo a
ideal para a nossa data comemorativa, e, mais
uma vez, obtivemos a oportunidade de pensar a
respeito da gentileza.
O ideograma que indica “gentileza” é
composto por dois ideogramas cujos significados
são: ‘pessoa’ e ‘preocupar-se’. Preocupar-se é o
mesmo que “atormentar-se, sofrer”, isto é,
compreender bem a tristeza do próximo. O
ideograma possui duas leituras e uma delas
possui o significado de “pensar, como se fosse o
próprio problema e ser sensível em relação à
tristeza do próximo”. Creio que aquele que
possui essa qualidade é a “pessoa cheia de
ternura e gentileza”.
Shakyamuni Buda estava consciente da
morte, a partir da refeição preparada e oferecida
pelo ferreiro Chunda. Por isso, para que Chunda
não fosse condenado pelas pessoas e para que ele
mesmo não sentisse remorsos, Buda deixou dito
ao discípulo Ananda: “Shakyamuni, a partir de
sua última oferenda de alimento, conseguiu
entrar no nirvana; portanto você possui uma
grande virtude”.
Em relação à compreensão da tristeza do
próximo, ao pensamento profundo no próximo,
4
isto é, ter gentileza ao extremo, nós possuímos
também esse mesmo sentimento de Buda.
Entretanto achamos que não conseguimos chegar
a ser como Shakyamuni. Nesse ponto,
Shakyamuni nos ensina o que se segue:
Vamos ser amigos de todos e vamos oferecer
alegria. Vamos pensar naquele que sofre e vamos
lhe estender as mãos. Vamos nos compenetrar na
felicidade do próximo e vamos nos alegrar
juntos. Vamos nos livrar dos apegos e considerar
tudo dentro da igualdade. Ao praticarmos o
sentimento altruísta, com as mesmas quatro
infinitas virtudes de Buda, “Ji-Hi-Ki-Sha”,
naturalmente nos tornaremos pessoas gentis.
ORIENTAÇÃO DO
MESTRE PRESIDENTE
A felicidade por ter se tornado gentil
Nós geralmente dizemos que é importante ser
“rigoroso consigo mesmo e gentil com o
próximo”. No Confucionismo existem as
palavras “Procurar o prazer após a felicidade do
próximo estar assegurada”, que é preocupar-se
primeiro com o próximo e divertir-se depois.
Pensando bem, não será um só elemento o ser
gentil com o próximo e o polir a própria alma?
Para ser verdadeiramente gentil com o próximo
preciso reforçar minha fidelidade e humildade ou
a minha benevolência e o rigor por eu estar
pensando no próximo.
O Mestre Fundador disse que para extrair a
generosidade e cultivá-la é importante “o
ambiente religioso dentro do lar”. Isso faz
cultivar a reverência ao que é grandioso e não
visível aos olhos e alimenta a humildade e o
caráter magnânimo.
Um exemplo mais próximo seria cuidar de
plantas ou bichos de estimação. Sentimos a
alegria em poder dar amor e a tristeza da
separação e, dessa maneira, podemos cultivar o
sentimento de aceitação com sensibilidade, nas
situações de tristeza.
Além disso, temos o ensinamento de Buda e,
dentro do sangha, podemos nos aprimorar e ter a
oportunidade de sermos gentis.
Uma pessoa que estava consciente dos últimos
momentos que lhe restavam de vida, disse:
“Aprendi o ensinamento de Buda e pude obter o
máximo da vida”. Disse também que esse
máximo da vida foi “ter podido ser gentil com o
próximo”. Essa pessoa, nos últimos momentos de
vida, teve orgulho de si mesma por ser feliz e por
ter podido ser gentil com o próximo. Ao
ouvirmos essas histórias, podemos enxergar a
gentileza dentro daquele que faz do ensinamento
a sua luz e se aprimora dando importância à
atitude de ser alegre, gentil e caloroso,
estendendo suas mãos àquele que está sofrendo.
Neste ano comemorativo dos cinquenta anos
de construção do Grande Salão Sagrado, eu
também estou comemorando os setenta e sete
anos de vida, como costume antigo japonês. A
partir de hoje também, com muita gratidão,
quero, junto com todos, perseverar no Caminho.
Revista Koosei, março de 2014
LIVING THE LOTUS April 2014
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O SORRISO É A FLOR DOS CÉUS
Reverenda Kosho Niwano
Próxima Presidente designada da Risho Kossei-kai
Fazendo Compras
Num dia de domingo, quando eu havia terminado a minha função na
matriz, recebi uma mensagem das minhas filhas.
A mensagem dizia: “Nós queremos ir até a loja em frente à estação de
trem. Quando a senhora voltar, pode ir conosco?”.
Respondi: “Tudo bem! Estou voltando para casa. Esperem mais um
pouco”.
Quando voltei para casa, as duas já estavam prontas, com suas
respectivas carteiras, me esperando ansiosas no portão.
Na época, minha segunda filha estava no quarto ano e minha terceira
filha no primeiro ano. Normalmente a mesada que as crianças ganhavam
era dividida em poupança, doações e dinheiro que podiam usar livremente.
O valor era determinado por elas mesmas e o dinheiro que podiam gastar
livremente colocavam na carteira. Com esta preciosa mesada, nós três nos
dirigimos à estação.
O objetivo das meninas era comprar material para a escola, o que era
gracioso. Quando chegamos à loja, as duas começaram a escolher
animadas, pegando as coisas nas mãos. De vez em quando, elas
perguntavam “Qual será melhor?”, e, ao mesmo tempo que eu respondia,
observava o jeito delas de preocupação. Naquele dia, eu havia decidido
fazer companhia a elas, então esperei com calma, sem apressá-las.
Entretanto, passados trinta a quarenta minutos, nada havia sido
definido. Havia tanta coisa que queriam comprar, mas ficava fora do
orçamento delas. Minha filha mais nova podia comprar até 318 ienes. O
jogo de carimbos custava mais de 400 ienes e mesmo para comprar uma
pasta e uma lapiseira, faltava um pouco de dinheiro. Se escolhesse uma
pasta e um lápis, ela parecia não ficar satisfeita e, então, ficava olhando
para mim como se quisesse uma ajuda.
Percebendo isso, a irmã disse: “Eu já decidi; quer que eu pague um
pouco?”. A mais nova espiou a carteira da irmã mais velha e disse: “Uau!
Você tem 900 ienes!” mas, mesmo assim, como achou que a irmã também
estava resistindo às suas vontades disse: “Não precisa não!”.
Eu segurei as palavras “Quer que compre?” que já estavam para ser
ditas e disse: “A mamãe também quer comprar para as duas; seria mais
fácil. Mas já que vocês vieram decididas a comprar o que quisessem com a
mesada de vocês, gastem o seu dinheiro; espero o tempo que for preciso.”.
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LIVING THE LOTUS março 2014
Reverenda Kosho Niwano
Nasceu em Tóquio, como primogênita do Mestre
Presidente Nichiko Niwano. Formada em Direito pela
Universidade Gakushuin, estudou o curso regular no
Seminário Gakurin, sistema de treinamento de líderes da
Risho Kossei-kai. Atualmente, enquanto trabalha na
investigação do Sutra do Lótus, empenha-se às palestras
em eventos principais da entidade e a atividades de
cooperação religiosa dentro e fora do Japão; continua
sua prática como próxima presidente designada. Casada
com o Rev. Munehiro, eles têm um filho e três filhas.
As duas balançaram a cabeça afirmativamente; a mais velha,
compreendendo o sentimento da mais nova, aproximou-se dela e ajudou a
escolher.
Depois disso, levou mais quinze minutos, e finalmente haviam decidido
o que comprar; então, as duas, satisfeitas, dirigiram-se ao caixa. Lá
disseram: “Não precisamos de embalagem”, e cada uma ganhou dois ienes
de desconto. Receberam o troco e guardaram com cuidado o dinheiro na
carteira.
Quando saímos da loja, sugeri às duas: “Já que hoje é domingo, que tal
antes de voltarmos, comprarmos pão para o lanche? Vocês me ajudam a
escolher o pão para cada um da família?”.
As duas, que nem esperavam por isso, ficaram muito felizes.
Imaginando o rosto feliz de todos da família, escolheram um pão para cada
um.
“São seis pães e o total é de 1020 ienes.”.
As duas arregalaram os olhos quando ouviram o preço no caixa.
A mais velha disse: “Nossa, como o pão é caro! Não podemos ficar
escolhendo muito. Da outra vez vamos tomar cuidado. Mamãe, obrigada
por ter comprado pão para todos.”.
Depois de terem passado pela experiência de fazer compras dentro do
orçamento delas, todas nós pudemos sentir a importância do dinheiro e,
levando conosco aquilo que foi comprado com o dinheiro, mas também o
tesouro que não é possível ser comprado com dinheiro. Assim, voltamos
felizes para casa.
Revista Yakushin, novembro de 2012.
LIVING THE LOTUS março 2014
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Spiritual Journey
Agradecimento à Vida Recebida
Kenichiro Ohashi
Regional de Seattle
Igreja de S.Francisco
Este relato de experiência foi realizado na Cerimônia de Finados, o Urabon-e, no dia 14 de julho de 2013, na regional de Seattle, igreja de S.Francisco.
No final de outubro de 2008, graças ao apoio
de várias pessoas, vim para o Canadá como
imigrante, realizando um sonho de criança, que
era “ter uma vida num país fora do Japão”. Vim
para Northwest simplesmente atrás de um sonho,
e eu não tinha nenhum plano traçado
anteriormente. Eu estava satisfeito apenas “por
ter realizado um sonho de criança. Estava feliz”.
No início não encontrei nenhum emprego, e
fiquei um tempo perdido, mas em abril do ano
seguinte consegui me empregar na empresa na
qual trabalho atualmente. Sabe-se que em
Northwest é muito difícil ter um emprego
estável, portanto para mim, um imigrante dando
os primeiros passos, o meu início foi, sem
dúvida, sensacional. A empresa onde trabalho
valoriza o funcionário, e o salário pago também
é bom. Quando converso com outros imigrantes
companheiros japoneses eles comentam com
certa inveja: “É difícil poder trabalhar numa
empresa como essa. Como conseguiu?”. Eu
também fiquei surpreso por poder trabalhar
numa empresa tão boa como essa.
Entretanto, eu enfrentava um problema que
havia surgido desde que comecei a trabalhar
nessa empresa: a dificuldade de comunicação
com as pessoas. Originalmente gosto de
trabalhar calado e não procuro ter iniciativa em
me comunicar com os colegas. Além disso, não
falo bem o inglês; não entendo o que o outro fala
e nem eu sou compreendido por ele. Isso se
tornou um círculo vicioso e comecei a achar que
não deveria falar mais do que o necessário.
Assim, fui me afastando das pessoas e, quando
percebi, eu era uma existência isolada dentro da
empresa. Eu ficava muitos dias sem falar com
ninguém o dia todo; trabalhava oito horas por dia
e voltava para casa. Eu mesmo achava errada
aquela postura, mas não tinha nem ideia do que
fazer e por onde começar para mudar. Para não
ser afastado do emprego, primeiramente fazia o
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possível para não diminuir o meu volume de
trabalho. Achava que a todo custo tinha que
entregar o trabalho na data prevista e, se achava
que não iria dar tempo, levava o serviço para
terminar em casa. Trabalhava de segunda a sexta
e ficava estressado. Nos finais de semana,
participava de atividades da igreja e da
comunidade japonesa à qual havia me filiado;
raramente eu descansava.
Nesse ritmo, o que me aliviava era o cigarro.
Com ele, em apenas cinco minutos, eu conseguia
me renovar, mudando internamente de sintonia; o
cigarro havia se tornado um meio muito
conveniente de me desestressar. Nas refeições
também comia e bebia o que gostava e acabava
dispersando o estresse acumulado. Nos finais de
semana que não tinha compromisso, levava uma
vida irregular; ficava até tarde da noite acordado
e dormia até a tarde do dia seguinte. Não fazia
praticamente nenhum exercício físico.
Certo dia, como todas as manhãs, eu estava
fumando o meu cigarro no quintal e, de repente,
senti uma dor apertando o meu peito. Nessa
época eu sentia muita dor nas costas, nas juntas,
nos cotovelos e nos joelhos e simplesmente
pensei: “Será que a dor chegou até o peito?”. Na
Kenichiro Ohashi, durante relato de experiência na Cerimônia do
Urabon-e, regional de Seattle, igreja de S.Francisco
LIVING THE LOTUS março 2014
Spiritual Journey
realidade a dor logo desaparecia e não chegou a
me preocupar. Entretanto, após alguns dias, a dor
começou a se estender por mais tempo. Passei
dez dias com essa dor e, numa tarde de domingo,
quando eu estava na internet, comecei
novamente a sentir a dor. Fiquei na dúvida se iria
ao Pronto-Socorro, mas como a dor continuou
por mais de dez minutos, achei que deveria fazer
algo e pedi então ao proprietário da casa que me
levasse de carro até o Pronto-Socorro.
Depois de ter passado pelo atendimento,
passei pela medição da pressão arterial, o
eletrocardiograma, exames de sangue e raio-x.
Conversei com o médico a respeito de meus
sintomas e fiquei aguardando o resultado.
Entretanto o médico disse: “Examinei tudo, mas
não encontrei nenhum problema. Por via das
dúvidas, marquei um teste de carga para verificar
o eletrocardiograma após um leve exercício. Por
favor, venha fazer o teste amanhã.”. O médico
não me passou nenhum remédio e assim, voltei
para casa. Fiquei tranquilo porque não foi
encontrado nenhum problema; como o
eletrocardiograma não havia detectado nada, a
causa da dor não deveria ser o coração e, como o
raio-x também não havia detectado nada, não
deveria ser câncer de pulmão. Pensei: “Deve ser
outra coisa, ainda bem”.
Entretanto, no dia seguinte, fui ao local
marcado para fazer o teste de carga e, dois a três
minutos após o início do exercício, o médico
interrompeu o teste e me fez deitar. Depois de ver
por um tempo o eletrocardiograma, dirigiu-se a
mim dizendo: “Vou escrever uma recomendação
para o médico; portanto volte imediatamente ao
Pronto-Socorro. Há uma anomalia em seu
eletrocardiograma.”. Voltei ao Pronto-Socorro e,
logo que mostrei a carta de recomendação, de
imediato me colocaram numa maca e fui levado
para o pavilhão de especialidades cardíacas. A
princípio avisei a empresa que iria faltar, mas
fiquei indeciso se deveria ou não avisar a minha
irmã. Entretanto o médico me disse que teria que
ficar pelo menos dois a três dias e, se fosse
preciso, deveria ficar até o final da semana.
Como não podia mais ficar sem falar, avisei a
minha irmã. Pela reação notei que ela havia se
assustado, mas logo voltou ao normal e começou
a perguntar preocupada: “E a troca de roupa?
Você levou os apetrechos de higiene?”. Minha
irmã chegou ao hospital logo em seguida. A
LIVING THE LOTUS março 2014
enfermeira me informou que o meu caso era
estreitamento da artéria, que impedia
parcialmente a passagem do oxigênio ao coração.
Assim, o coração ficava momentaneamente com
deficiência de oxigênio, e a dor provinha desse
espasmo. O problema é denominado angina e a
enfermeira, entregando um material, sugeriu que
eu assistisse ao video ou lesse o panfleto
referente a essa doença. Nessa hora ainda
pensava: “Quero que faça logo a cirurgia e quero
receber alta. Preciso recuperar logo o serviço
atrasado”. Eu não tinha consciência da gravidade
da minha doença.
No dia seguinte fui operado. Foram apenas
vinte minutos de cirurgia. Pensei: “Pelo jeito
amanhã vou ter alta e depois de amanhã posso
voltar a trabalhar”. Nessa hora ouvi a conversa
entre o paciente vizinho e a enfermeira: “Não dá
para eu me tratar sem precisar tomar remédios?”
e a enfermeira disse: “Infelizmente, você vai ter
que tomar remédios pelo resto da vida”. Pensei:
“Como? Será que eu também vou ter que tomar
remédios pelo resto da vida?”. Apressei-me a ler
o panfleto que me foi entregue pela enfermeira.
Quase na última página encontrei escrito que se
fosse prescrita a aspirina, normalmente tomaria a
vida toda; outros remédios, dependendo do caso,
seriam recomendáveis tomar por pelo menos um
ano”. Senti-me perdido num vazio só de pensar
que eu dependeria de remédios o resto da minha
vida.
No dia seguinte o médico especialista veio e
disse: “Você poderá ter alta hoje, mas antes de
mais nada quero conversar a respeito da sua vida
diária após a sua alta”. Ele me falou então da
proibição do fumo, da alimentação balanceada,
de exercícios físicos moderados e dos remédios
prescritos. Perguntei: “Preciso continuar
tomando os remédios?” e ele respondeu
claramente: “Sim, a vida toda”. Levei um
segundo choque após ouvir aquela confirmação.
Na hora da minha alta, a enfermeira me
entregou nitroglicerina para ser usada em caso de
urgência; foi aí que me dei conta da gravidade da
minha doença. Eu e minha irmã saímos do
hospital, almoçamos juntos e, quando voltei para
casa, fui procurar na internet informações a
respeito da minha doença e dos remédios.
Quanto mais eu procurava mais encontrava
verdades que eu queria evitar ler. Nessa semana
resolvi ficar em repouso em casa, avisei a
9
Spiritual Journey
empresa que iria faltar, mas eu ainda não havia
aceitado a realidade, e estava completamente
perdido. “Há cinquenta mil pessoas que seguem
uma alimentação mais mal balanceada do que eu.
Há pessoas que fumam mais do que eu. Aqui em
Northwest há incontáveis pessoas muito obesas.
Então, por que eu? Por que eu tenho que ter
angina?”. Pensei nisso várias e várias vezes e
passei dias sem encontrar resposta.
Procuro ficar sereno, mas quando vou me
deitar e sinto algo diferente no peito, coisa que
antes nem me importava, de imediato fico com
medo e penso: “Pode ser que, se eu dormir, irei
morrer” e fico acordado até o meu limite,
segurando a nitroglicerina em minhas mãos. O
meu chefe já me disse: “Não tenha pressa; volte
quando estiver bem descansado. Em primeiro
lugar a saúde”. Mas achei que se eu continuasse
em casa iria ser esmagado pelo medo. Para
superar isso, eu deveria voltar à mesma vida de
antes o mais rápido possível; assim eu me
sentiria mais seguro. Assim, a partir da
terça-feira da semana seguinte, retornei ao
trabalho. A partir dessa data até hoje passou-se
um mês.
Depois de algum tempo após a descoberta da
minha doença, recebi, através da líder, a função
de relatar a minha experiência. Normalmente,
quando se fala em relatar uma experiência, creio
que o objetivo é relatar o que se percebeu de
importante através do fenômeno que aconteceu
ao nosso redor, e compartilhar essa percepção
com aqueles que nos ouvem.
Entretanto, no presente momento, estou ainda
dentro do problema, e não consegui ainda
solucionar, muito menos consigo me lembrar de
alguma percepção que pudesse compartilhar com
todos. Mas há uma percepção mínima: quando
tive alta do hospital, por um tempo, de manhã,
quando me despertava eu pensava: “Consegui
abrir os olhos. Meu coração está batendo. Estou
respirando. Eu ainda estou vivo, que
gratificante”. Eram pensamentos que no normal
nem iria me dar conta, mas eu estava tendo
gratidão. Quando voltei ao trabalho, muitas
pessoas me disseram: “Seja bem-vindo de
volta!”. Eu, que anteriormente olhava os colegas
com olhos de julgamento, achando que as
pessoas são frias, que ninguém iria gostar de mim
por causa da minha personalidade, fiquei com
vergonha perante os colegas de trabalho. Decidi
que iria estudar inglês como se deve, para poder
falar bem e transmitir o meu sentimento a todos.
Já tenho certa idade, mas comecei a estudar em
ritmo lento o inglês.
Na realidade, enquanto eu escrevia o meu
relato, recebi um telefonema da minha mãe. Ela
me disse: “Parabéns pelo aniversário. Eu escrevi
um e-mail, portanto leia depois”. Pensei: “É
mesmo, hoje é o meu aniversário de 41 anos”.
Depois que desliguei o telefone, li o e-mail da
minha mãe: “Em toda a sua vida você deve ter se
deparado com coisas boas e coisas ruins, mas
todo esse passado se tornou seu precioso tesouro.
Aquele passado no qual tudo pareceu ser uma
sucessão de erros ou falhas, ou quando as coisas
não aconteciam como o planejado, na realidade,
se você compreender que tudo foi ‘um caminho
vivido intensamente’, mesmo que a realidade não
se transforme, o passado, da maneira como é,
torna-se um ‘tesouro’. Quando mudamos o nosso
modo de ver, os valores do passado se
transformam completamente. Creio que é o Sutra
de Lótus que nos ensina esse modo de ver. O fato
de você ter vivido intensamente não é nenhum
erro”.
Este mês completei 41 anos. Se pensarmos
que a média atual de vida é de cerca de oitenta
anos, significa que eu já cumpri a metade da
minha vida. Passando por esta doença, senti que
desejo firmemente aceitar o passado como um
“tesouro” e começar, a partir de hoje, a trilhar a
minha importante vida com um sentimento
renovado.
À direita o Sr. Ohashi, com os membros da regional de Seattle
Living the Lotus welcomes your religious experience. Why don’t you share your religious experience through Living the Lotus with members all over the
world? Please send your script or inquiry to our email address: [email protected]. Thank you.
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LIVING THE LOTUS março 2014
Living the
LOTUS
LIVING THE LOTUS março 2014
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Through Comics
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra
poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios
existentes sem autorização por escrito dos editores.
Continued from page 3
3
Eu vou
sair!
Minha
família
realmente
não toma
jeito.
Não diga isso;
você, como
mãe, é que
tem que se
esforçar.
Na teoria
pode ser,
mas a
realidade é
outra.
12
E mamãe
só reclama!
Acho melhor não
definir dessa forma.
Eu já
desisti.
Mesmo que eu
me esforce, o
pessoal não vai
mudar.
Mas para
você...
você se
sente bem
com a
situação
atual?
Buda nos
ensina que
todos os
fenômenos
...certamente
sofrem
mudanças.
Lógico
que não.
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4
Então vamos ter fé
no ensinamento de
Buda e para
começar, você
mesma tem que se
esforçar.
Como
devo
fazer?
Não defina que
“ninguém tem jeito”
e tente se colocar no
lugar do próximo.
Eu estarei
torcendo por
você!
Antigamente
você era
entusiasmado
Será que a
alegria do
trabalho está
apenas em
galgar
posições
elevadas?
... com seu
trabalho e por que
agora você perdeu
ânimo?
Espera aí!
Você vive dizendo
que tenho que subir
de posto...
Está bem, vou
tentar de novo.
Sim!
Onde eu
trabalho só sobe
de cargo
... o parente do
presidente ou
alguém formado
em faculdade
de
primeira
linha.
É mesmo?
Então a partir
de hoje não
vou mais falar.
LIVING THE LOTUS março 2014
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5
Então, não existe
nada neste mundo
que não sofra
transformações.
Você está
diferente
hoje...
Não precisa
estudar
tanto.
Prefiro que
diga escrever
romances...
É que hoje ouvi uma
coisa interessante.
Ouvi que não existe
nada neste mundo
que não sofra
mudanças.
14
Mas... eu puxei
meus pais e acho
que não vou ser
uma pessoa
dedicada nos
estudos.
Ué?
Você sempre
fala em estudar,
estudar...
Isso mesmo, quando
escrever um novo,
você me mostra?
Mas a minha feiura
é herança dos pais e
ninguém vai querer
nada comigo.
Falando nisso, você
gostava de
escrever histórias
infantis, não era?
Ué?
Por que a senhora
está tão sorridente
hoje?
Desculpeme por ser
parecida
comigo.
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6
Mas... pelo menos
quando encontrar
com alguém, não
deixe de
cumprimentar.
Está se
esforçando de
imediato...
Está bem.
Mamãe, hoje
você está
realmente
estranha.
Que
história
será que
vou
escrever?
É, escrever só
em hiragana
também fica
estranho.
É, mas não consigo
escrever os
ideogramas e só
estou procurando no
dicionário.
B...
bom
dia.
B...
bom
dia.
LIVING THE LOTUS março 2014
Uma semana depois...
Bom dia!
Bo... bom
dia.
Isso
mesmo.
Mamãe! Veja a
nota que tirei em
Língua Japonesa.
Nossa! Você
melhorou...
15
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra
poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios
existentes sem autorização por escrito dos editores.
7
É que na parte de
escrever os
ideogramas
consegui fazer
tudo.
É mesmo, e você
acertou outras
questões também.
Não dá para
a senhora
dizer
romances...?
Todos
ficaram
alegres.
16
Então vamos
um dia juntas
fazer compras.
Mamãe!
Eu fui convidada
para a festa de
aniversário de
uma colega.
Cheguei!
Quero que
me compre
uma roupa
bonita.
O seu gosto em
escrever histórias
infantis começou
a tomar vida.
Você começou a
entender o significado
das questões.
A vizinha estava
assustada como
você ficou alegre
ultimamente.
É mesmo?
Conseguiu
fazer
amizade?
Ué?
Está todo
mundo
sorridente...
Você também,
mamãe, parou de
reclamar.
LIVING THE LOTUS março 2014
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existentes sem autorização por escrito dos editores.
Basic Buddhism Through Comics is
on sale from Rissho Kosei-kai
International of North America.
http://www.tuttlepublishing.com/
8
Era bom
que o papai
também
mudasse.
Que bom
que todos
mudaram.
Eu queria, mas o
mundo é mais
complicado e, no
meu caso, é difícil.
Será
mesmo?
Será que o pai
vai mesmo
mudar
Como
mudou o
ambiente da
casa!
Não há nada
neste mundo
que não mude e
o pai também,
com certeza, vai
mudar. A isso
dizemos “Todas
as coisas são
transitórias”.
Isso vamos
entender à
medida que
formos
estudando.
Continua
LIVING THE LOTUS março 2014
17
Column
o
Transmitindo a Alegria do Dharma
No dia 4 de março de 1964, ano do término de construção do Grande Salão Sagrado,
aconteceu a cerimônia de entronização da estátua do Eterno Buda no Grande Salão
Sagrado. Ouvi dizer que nessa cerimônia, o Mestre Fundador Niwano, perante a
estátua do Eterno Buda, dirigiu-se, com muito entusiasmo, aos membros que lá se
reuniram: “Vamos ser mais diligentes em nossa prática, para que possamos realizar o
ideal do Eterno Buda”.
O Mestre Fundador Niwano fundou a Risho Kossei-kai com o objetivo de salvar as
pessoas e reconstruir a sociedade, através do verdadeiro espírito do budismo contido no
Sutra de Lótus. O desejo do Eterno Buda é que todas as pessoas, através do
ensinamento, possam alcançar a revelação da sua natureza búdica. Para nós, que
nascemos neste mundo originalmente como bodhisattvas, esse desejo do Eterno Buda
é também o nosso desejo.
Quero dizer a todos que, neste ano comemorativo do quinquagésimo aniversário do
Grande Salão Sagrado, possamos reafirmar o espírito da fundação da Risho Kossei-kai
e possamos transmitir a alegria do Dharma para as pessoas em seus respectivos países,
expandindo amplamente o círculo da revelação da natureza búdica.
REV. SHOKO MIZUTANI
Diretor de Disseminação Internacional
A Risho Kossei-kai é uma organização de budistas leigos, fundada em 05 de março de 1938 pelo
Fundador Nikkyo Niwano e pela co-fundadora Myoko Naganuma. O Tríplice Sutra de Lótus é a base
deste ensinamento. Trata-se da reunião de pessoas que deseja a paz mundial através do
ensinamento de Buda, partindo da convivência diária em seus lares, locais de trabalho e dentro da
sociedade. Atualmente, junto com o Mestre Presidente Nichiko Niwano, os membros trabalham
ativamente para a difusão do ensinamento, de mãos dadas com outras religiões e organizações,
Risho Kossei-kai
Vancouver, Canada
Seattle
London, The United Kingdom
Delhi, India
San Mateo
Hong kong
☆
Shanghai
Kolkata North
Kolkata
San Francisco
Los Angeles
RKI of North America (Irvine)
Internationa Buddhist Congregation
Hawaii
Tokyo, Headquarters
Pusan
Masan
Taipei
Taichung
Jilung
Chittagong, Bangladesh
Oklahoma
New York
Tampa Bay
Dallas
San Antonio
Kona
Maui
San Diego
Las Vegas
Arizona
Tainan
Colombo, Sri Lanka
Kandy-Wattegama
Polonnaruwa
Habarana
Galle
Chicago
Dayton
Sakhalin, Russia
Seoul, Korea
Lumbini
Denver
Klamath Falls
Ulaanbaatar, Mongolia
Sukhbaatar
Venezia, Italy
Kathmandu, Nepal
Roma, Italy
Paris, France
Sacramento
San Jose
Colorado
Pingtung
Singapore
Bangkok, Thailand
Dhaka
Mayani
Patiya
Domdama
s Bazar
Satbaria
Laksham
Raozan
Sao Paulo, Brazil
RKI of South Asia
Sydney, Australia
Mogi das Cruzes
Sao Miguel
Rissho
Kosei-kai International Branches
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LIVING THE LOTUS março 2014
Rissho Kosei-kai
Overseas Dharma Centers
Rissho Kosei-kai International
5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, Japan
Tel: 81-3-5341-1124
Fax: 81-3-5341-1224
2014
Rissho Kosei-kai of New York
320 East 39th Street, New York, NY 10016, U.S.A.
Tel: 1-212-867-5677 Fax: 1-212-697-6499
e-mail: [email protected] http://rk-ny.org/
Rissho Kosei-kai International of North America (RKINA)
Rissho Kosei-kai of Chicago
4255 Campus Drive, University Center A-245 Irvine,
CA 92612, U.S.A.
Tel: 1-949-336-4430 Fax: 1-949-336-4432
e-mail: [email protected] http://www.rkina.org
1 West Euclid Ave., Mt. Prospect, IL 60056, U.S.A.
Tel : 1-773-842-5654
e-mail: [email protected]
http://home.earthlink.net/~rkchi/
Branch under RKINA
Rissho Kosei-kai of Tampa Bay
2470 Nursery Rd.Clearwater, FL 33764, USA
Tel: (727) 560-2927
e-mail: [email protected]
http://www.buddhismtampabay.org/
Rissho Kosei-kai International of South Asia (RKISA)
201 Soi 15/1, Praram 9 Road, Bangkapi, Huaykhwang
Bangkok 10310, Thailand
Tel: 66-2-716-8141 Fax: 66-2-716-8218
e-mail: [email protected]
Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Hawaii
2280 Auhuhu Street, Pearl City, HI 96782, U.S.A.
Tel: 1-808-455-3212 Fax: 1-808-455-4633
e-mail: [email protected] http://www.rkhawaii.org
Rissho Kosei-kai Maui Dharma Center
1817 Nani Street, Wailuku, HI 96793, U.S.A.
Tel: 1-808-242-6175 Fax: 1-808-244-4625
Rissho Kosei-kai Kona Dharma Center
73-4592 Mamalahoa Highway, Kailua-Kona, HI 96740, U.S.A.
Tel: 1-808-325-0015 Fax: 1-808-333-5537
Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Los Angeles
2707 East First Street, Los Angeles, CA 90033, U.S.A.
Tel: 1-323-269-4741 Fax: 1-323-269-4567
e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/losangeles.html
Rissho Kosei-kai Dharma Center of San Antonio
6083 Babcock Road, San Antonio, TX 78240, U.S.A.
Tel: 1-210-561-7991 Fax: 1-210-696-7745
e-mail: [email protected]
http://www.rkina.org/sanantonio.html
Rissho Kosei-kai Dharma Center of Oklahoma
2745 N.W. 40th Street, Oklahoma City, OK 73112, U.S.A.
Tel & Fax: 1-405-943-5030
e-mail: [email protected] http://www.rkok-dharmacenter.org
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Dallas
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Klamath Falls
724 Main St., Suite 214, Klamath Falls, OR 97601, U.S.A.
Tel: 1-541-810-8127
Rissho Kosei-kai, Dharma Center of Denver
1571 Race Street, Denver, Colorado 80206, U.S.A.
Tel: 1-303-810-3638
Rissho Kosei-kai Dharma Center of Dayton
446 “B” Patterson Road, Dayton, OH 45419, U.S.A
http://www.rkina-dayton.com/
Risho Kossei-kai do Brasil
Rua Dr. José Estefno 40, Vila Mariana, São Paulo-SP,
CEP 04116-060, Brasil
Tel: 55-11-5549-4446 / 55-11-5573-8377
Fax: 55-11-5549-4304
e-mail: [email protected] http://www.rkk.org.br
Risho Kossei-kai de Mogi das Cruzes
Av. Ipiranga 1575-Ap 1, Mogi das Cruzes-SP,
CEP 08730-000, Brasil
Rissho Kosei-kai of Taipei
4F, No. 10 Hengyang Road, Jhongjheng District, Taipei City 100, Taiwan
Tel: 886-2-2381-1632 Fax: 886-2-2331-3433
http://kosei-kai.blogspot.com/
Rissho Kosei-kai of Taichung
No. 19, Lane 260, Dongying 15th St., East Dist.,
Taichung City 401, Taiwan
Tel: 886-4-2215-4832/886-4-2215-4937 Fax: 886-4-2215-0647
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Arizona
Rissho Kosei-kai of Tainan
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Colorado
No. 45, Chongming 23rd Street, East District, Tainan City 701, Taiwan
Tel: 886-6-289-1478 Fax: 886-6-289-1488
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of San Diego
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Las Vegas
Rissho Kosei-kai of San Francisco
1031 9alencia Way, Paci¿ca, CA 94044, U.S.A.
Tel: 1-650-359-6951 Fax: 1-650-359-6437
e-mail: [email protected] http://www.rksf.org
Rissho Kosei-kai of Seattle’s Buddhist Learning Center
28621 Paci¿c Highway South, Federal Way, WA 98003, U.S.A.
Tel: 1-253-945-0024 Fax: 1-253-945-0261
e-mail: [email protected]
http:// www.buddhistLearningCenter.com
Rissho Kosei-kai of Sacramento
Rissho Kosei-kai of San Jose
Rissho Kosei-kai of Vancouver
Rissho Kosei-kai of Pingtung
Korean Rissho Kosei-kai
423, Han-nam-dong, Young-San-ku, Seoul, Republic of Korea
Tel: 82-2-796-5571 Fax: 82-2-796-1696
e-mail: [email protected]
Korean Rissho Kosei-kai of Pusan
1258-13, Dae-Hyun-2-dong, Nam-ku, Kwang-yok-shi, Pusan,
Republic of Korea
Tel: 82-51-643-5571 Fax: 82-51-643-5572
Branches under the Headquarters
Rissho Kosei-kai of Hong Kong
Flat D, 5/F, Kiu Hing Mansion, 14 King’s Road,
North Point, Hong Kong,
Special Administrative Region of the People’s Republic of China
Tel & Fax: 852-2-369-1836
Rissho Kosei-kai of Ulaanbaatar
Rissho Kosei-kai of Sri Lanka
39A Apartment, room number 13, Olympic street, Khanuul district,
Ulaanbaatar, Mongolia
Tel & Fax: 976-11-318667
e-mail: [email protected]
382/17, N.A.S. Silva Mawatha, Pepiliyana, Boralesgamuwa, Sri Lanka
Tel & Fax: 94-11-2826367
Rissho Kosei-kai of Polonnaruwa
Rissho Kosei-kai of Sakhalin
Rissho Kosei-kai of Habarana
4 Gruzinski Alley, Yuzhno-Sakhalinsk
693005, Russian Federation
Tel & Fax: 7-4242-77-05-14
Rissho Kosei-kai of Galle
151, Damulla Road, Habarana, Sri Lanka
Rissho Kosei-kai of Kandy
Rissho Kosei-kai of Roma
Via Torino, 29-00184 Roma, Italia
Tel & Fax : 39-06-48913949
e-mail: [email protected]
Branches under the South Asia Division
Delhi Dharma Center
Castello-2229 30122-Venezia Ve Italy
B-117 (Basement Floors), Kalkaji,
New Delhi-110019, India
Tel & Fax: 91-11-2623-5060
e-mail: [email protected]
Rissho Kosei-kai of Paris
Rissho Kosei-kai of West Delhi
86 AV Jean Jaures 93500 Tentin Paris, France
A-139 Ganesh Nagar, Tilak Nagar
New Delhi-110018, India
Rissho Kosei-kai of the UK
Rissho Kosei-kai of Venezia
Rissho Kosei-kai of Sydney
International Buddhist Congregation (IBC)
5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, Japan
Tel: 81-3-5341-1230
Fax: 81-3-5341-1224
e-mail: [email protected] http://www.ibc-rk.org/
Rissho Kosei-kai of South Asia Division
5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami, Tokyo, 166-8537, Japan
Tel: 81-3-5341-1124
Fax: 81-3-5341-1224
Thai Rissho Friendship Foundation
201 Soi 15/1, Praram 9 Road, Bangkapi, Huaykhwang
Bangkok 10310, Thailand
Tel: 66-2-716-8141
Fax: 66-2-716-8218
e-mail: [email protected]
Rissho Kosei-kai of Bangladesh
85/A Chanmari Road, Lalkhan Bazar, Chittagong, Bangladesh
Tel & Fax: 880-31-626575
Rissho Kosei-kai of Dhaka
House No.467, Road No-8 (East), D.O.H.S Baridhara,
Dhaka Cant.-1206, Bangladesh
Tel: 880-2-8413855
Rissho Kosei-kai of Mayani
Maitree Sangha, Mayani Bazar, Mayani Barua Para, Mirsarai,
Chittagong, Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Patiya
Patiya, sadar, Patiya, Chittagong, Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Domdama
Domdama, Mirsarai, Chittagong, Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Cox’s Bazar
Ume Burmese Market, Main Road Teck Para, Cox’sbazar, Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Satbaria
Satbaria, Hajirpara, Chandanish, Chittagong, Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Laksham
Dupchar (West Para), Bhora Jatgat pur, Laksham, Comilla,
Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Raozan
West Raozan, Ramjan Ali Hat, Raozan, Chittagong, Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Chendirpuni
Chendirpuni, Adhunagor, Lohagara, Chittagong, Bangladesh
Rissho Kosei-kai of Kolkata
E-243 B. P. Township, P. O. Panchasayar,
Kolkata 700094, India
Rissho Kosei-kai of Kolkata North
AE/D/12 Arjunpur East, Teghoria, Kolkata 700059,
West Bengal, India
Rissho Kosei-kai of Kathmandu
Ward No. 3, Jhamsilhel, Sancepa-1, Lalitpur,
Kathmandu, Nepal
Tel: 977-1-552-9464 Fax: 977-1-553-9832
e-mail: [email protected]
Rissho Kosei-kai of Lumbini
Shantiban, Lumbini, Nepal
Rissho Kosei-kai of Singapore
Rissho Kosei-kai of Phnom Penh
#201E2, St 128, Sangkat Mittapheap, Khan 7 Makara,
Phnom Penh, Cambodia
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Rissho Kosei-kai Friends in Shanghai
1F, ZHUQIZHAN Art Museum, No. 580 OuYang Road,
Shanghai 200081 China

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