Emprego da Corporação nos Casos de Grandes
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Emprego da Corporação nos Casos de Grandes
,. r'''''' .,. I... , " O,r .' • ~~~'------------------~------------~--~--~ , , POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO CENTRO DE APERFEIÇOAM E N'TO E ESTUDOS SUPERIORES 'CAES , , CAO-I/85 ESTE TRABALHO PERTENCE . A BIBLlO, lECA 04) [ ~ ES -<>- DEVOLVft-O UB PRaZO CERTO CAO 1/85 ~,------------------------------~------------------ POL.ICIA MILITAR DO ESTADO DE S~O PAULO CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E ESTUDOS SUPERIORES Monografia - EMPREGO DA CORPORACÃO NOS CASOS DE GRANDES INUNDACÕES, COORDENADO COM OSÓRGÃOS DA DEFESA CIVIL CAo-I-85 oficial aluno: CAP PM WALDIR NACCARATO . junho-1.985 CAO 1/85 .ANEXO "c .. P !RECER DA COMISSIO Aluno: Cap PM WALDIR. NACCARATO Curso: de Aperfeiçoamento de Ofic'iais - CAO-I/85 Tema: Emprego da Corporação nos Casos de Grandes Inundações, Coorde nado com os Órgãos de Defesa Civil. PARECER: ~~ ~ ,s.~p&:jQ c-k- 7iYJ AA-~ ]~4 :;L'/\':""_AA [ ~' J'; , j. i . . mbb/cf!J A~~~ I - PREFÁCIO CAO 1/85 01 PREF1\CIO Diante da proposta de realizar urna monografia que abrangesse o terna inundações - suas causas e efeitos, bem corno o ~mprego da Corporação c00rdenado com os . órgãos da Defesa Civil, natu.ralrnente não tinha em mente que assun to de tal relevância fosse totalmente inexplorado. Ternos ciência que o Governo Federal, pelo seu Ministério do InteriQr, mantém um Programa Especial de Con tro~e de Enchentes, através do Departamento Nacional de Obras e Saneamento. O saneamento é meta prioritária que se complementa nos Estados da Federação e nos municípios. A Prefei tura da Cidade de são Paulo, através do assoreamento da calha dos rios que cortam a capital, procura minimizar os desastrosos efeitos das enchentes. O Departamento 1\guas e Energia de Elétrica - DAEE, vem ao longo dos anos, de senvolvendo estudos que visam o aperfeiçoamento do conheci mento das di versas fases do ciclo hidrológico. Pelos as pectos de aplicação prática e imediata, evidenciam-se os estudos e trabalhos que visam melhor conhecer os param~ tros que influenciam as enchentes em áreas urbanas. A panhia Energética de são Paulo - CESP procura Com conciliar seus aproveitamentos com manobras operativas para preveE ção e controle de cheias, ao mesmo tempo que mantém mate rial e pessoal preparados para o resgate e salvamento de pessoas ilhadas ao longo dos rios e barragens sob sua res ponsabilidade. A Polícia Militar, nao obstante constituir maior anteparo de recursos humanos dos quais a Defesa o Ci ~--------------------------------------------------------------~--------~ CAO 1/85 02 vil ,poderá contar numa eventualidade - mantém um plano de nominado "Operação Enchente" que visa o atendimento de ca sos rotineiros dentro do perímetro urbano da Capital do Es plan~ tado. :g faci lmente perceptíve I que carecemos de um jamento mais abrangente que atenda o Estado inteiro em suas diversas bacias hidrográficas. Identifica-se neste particular uma lacuna que se refere a umplanej amento mais amplo, que Polícia Militar assumir urna atuação preventiva e no perrni ta a coordena da com os órgãos da Defesa Civil. O objetivo deste trabalho visa exatamente ten tar suprir esta deficiência. - o autor 'CAO 1/85 - - IN TRODUCA O CAO 1/85 03 INTRODUÇÃO ASPECTOS TEÓRICOS Apesar das dúvidas que os estudos mais atualizados e os equipamentos científicos mais avançados não con 'seguem dirimir, há uma larga concordância entre metereolo gistas, físicos e demais especialistas estudiosos do assun to de que está havendo uma confluência de fenômenos cícli cos com atuação direta sobre o clima no planeta. O prime! p~ ro deles, em. importância, é a atividade solar, medida las manchas solares. Ao se exacerbar em tempestades magnê ticas, tais manchas - que evoluem em ciclos de onze, seten ta, centenas, ou milhares .de anos - passam a agir sobre Terra, alternando a química de sua atmosfera. a Acredita-se que, atualmente, pelo: . menos dois destes ciclos - o de onze e o de setenta anos - se estejam sobrepondo em .. atividade máxima e, com isso, trazendo distúrbios ao regime de chu vas, aos mecanismos dos ventos e ã temperatura do planeta. Além do Sol, também as inclinações no eixo Terra, mesmo pequenas, têm efeitos imediatos. Não se garantir que.o eixo esteja sofrendo atualmente uma da pode oscila ção considerável, mas é certo que em períodos de atividade solar intensa, qualquer inclinação gera consequências cli máticas extremadas. A estes agentes naturais deve-se somar os fatores manipulados pelo homem, que hoje já começam ·a ter uma influência considerável - como por exemplo o aumeg to da quantidade de gás carbônico na atmosfera, :. resulbado .da excessiva queima de florestas, gasolina e OutDOS combus tíveis·fósseis. Catalizados, estes agentes estão trazendo ~------------------------------------------------------------------------~ CAO 1/85 . 07 regiões mais afetadas por inundações no arasil . O· O ilustração OI o ,r••de "';dl. pequena CAO IL85 08 Nos últimos dois anos o Estado de Santa Catari na, foi abalado por catástrofes climáticas sem precede.,!! tes em sua história. As intensas chuvas que caíram em seu território em 1983, ocasionaram inundações em 138 dos 199 municípios, deixando um saldo de 250.000 desabrigados além de dezenas de mortos. A ENCHENTE DO NORDESTE Este início de ano de 1985, as águas começaram a cair isoladamente em diversas partes do País. A princf . pio o fato foi encarado corno ·"chuvas de verão", de caracte rísticas passageiras. Mas as horas e os dias se sucederam e a previsão da metereologia nao se alterava quanto prognóstic~_de mais chuvas. Logo começaram as ao tragédias. Espírito Santo, Minas, Rio de Janeiro e são Paulo. E o fenômeno que foi encarado inicialn,ente co mo simples ch.uva de verão, tornou-se uma triste e incessan te realidade, praticamente paralizando a região Sudeste- a de maior concentração po·pulacional e de maior atividade no Brasil. Em fins de março, começo de abril de 1985 depa ramos com a maior inundação da história da região Nordeste do Brasil nos últimos 100 anos.,.. mais de um milhão de desa brigados. Em fins de rr,ai.·o deste ano o ·presidente José Sar ney anunciou a aplicação de três trilhões de cruzeiros em obras de reparação dos danos caus.ados pelas enchentes no Nordeste. B natural que estes fenômenos climáticos vem ultimamente chamando a atenção das autori"dades bras·ileiras, uma vez que há mais de dez anos preocupam entidades CAO 1/85 09 cializadas em estudar o assunto, tais como a Organização preocupa Mundial de Metereologia. Nos últimos anos, esta ção vem crescendo rapidamente, pois praticamente todos os países vêm se ressentindo dos danosos efe:::itos dessas mu danças climáticas sobre a produção de alimentos, onde veri ficam-se safras inteiras perdidas, milhares de pessoas de ,sabrigadas, montes, desabamentos, etc. ADVE RT1!:N CIA ~ prevista uma grande precipitação pluviométri, ca para0 período compreendido entre fevereiro e março de 1986. Neste período são esperados fenômenos metereológicos cíclicos, que se manifestam através de chuvas torrenciais que se repetem de dez em dez anos. Registrados desde 1928, - tais "dilúvios decenais" deverão desencadear o desabamento de pelo menos 60 (sessenta) kilômetros quadrados de escar p6S serranas na Serra do Mar em são Paulo, soterrando o pó , , lo petroquímico siderúrgico de Cubatão e porto de Santos. Os moradores de Cubatão em nGmero aproximado de 80.000, não c,ontam com nenhum r>lano de evacuação na eventualidade , " de ocorrência desta natureza. Em última análise nosso trabalho tem como fina lidade fixar um planejamento globalizante, das operaçoes de resgate e salvamento, alocando recursos humanos e riais na própria corporação e também na comunidade, de neira a viabilizar em todo Estado de são Paulo o mate ma - emprego da Polícia Militar coordenado com os órgãos da Defesa Ci vil', em face de ocorrências desta natureza. 0.0 , ... CAO 1/85 - DESENVOLVIMENTO CAO 1/85 10 DESENVOLVIMENTO COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL Ao abordarmos os assuntos referentes aos versos setores de atividade do Sistema e da di Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de são Paulo, no que se refere principalmente ã sua organização básica, p1anejame,!! to das ações, etc, não poderíamos deixar de citar que sua conotação é meramente doutrinária, não possuindo ; .portanto embasamento legal, não obstante a tentativa e esforços Oficiais da Polícia Militar que serviram na Casa de Militar do Péüácio do Governo, no sentido de. tornar a doutrina Defesa Civil em legislação mais adequada como por de exemplo lei ou decreto-lei. No entanto podemos concei tuar que Defesa-.' Ci vil em última análise é o esfórçoconjunto para· coordena ção dos meios humanos e materiais (logística), em face a eventos que fogem à normalidade e o controle do homem. Qua.!! do conseguimos alocar acertadamente recursos humanos e ma teriais para o controle e atendimento de calamidades, te mos grandes probabilidades de atingir nossos objetivos. A Coordenadoria Estadual orientará, em âmbi to estadual, todas as medidas preventivas, de socorro, .as sistenciais e recuperativas relacionadas com a Defesa Ci vil. organograma da Coordenadoria Estadual de De fesa Civil. CAO 1/85 11 CEDEC Coordenador Estadual S Ex , li" ARcA I D.E FE S A , AREA 2 A P 010 ARE A :3 RÉLpúsLlCAS lJustrac=ão 02 CAO 1/85 12 A cada Secretaria ou 6rgão da Administração estão afetos vários encargos ligados ã destinação legal ordinária de cada um, e comp~ mas orientados; todos, para a sição dos recursos necessár~os ã Defesa Civil. Todos os setores sao abrangidos de modo a possibilitar um planejameg to amplo das providências a serem desencadeadas. O_Chefe da Casa Militar será o Coordenador Estadual de Defesa Civil, incumbindo-lhe planejar as medi das preventivas de defesa civil e, na ocorrência de evento desastroso, tomar todas as providências requeridas pelo ca so, inclusive requisitar funcionários de outros órgãoses taduais, coordenar -a ação de quaisquer desses órgãos e licitar, em nome do Governador, todos os meios que so forem necessários para enfrentar a situaçao. O Chefe da Casa Militar do Governador, na qualidade de Coordenador Estadual de Defesa Civil, reunirá a CEDEC sempre que julgar necessário, tanto para coordena ção de medidas preventivas, como para enfrentar a ocorren - cia de eventos desastrosos. Tão logo tenha notIcia da ocorrência de qual quer evento desastroso, o Coordenador, nos termos do go 12, e seu parágrafo único, do Decreto 7.550/76, arti tomará todas as medidas necessárias para-enfrentar a situação, m~ bilizando os órgãos do sistema e- quaisquer outros cujo co~ curso seja necessário. Para tal, fica investido de os poderes necessários, que exercerá em nome do todos Governado~ durante a ocorrência do evento desastroso e no período ne cessário ã normalização da situação. Se entender necessário, o Coordenador prop~ rã ao Govenrador o reconhecimento od5icial por decreto, da CAO IL85 13 sLtuação emergencial. O Coordenador Estadual disporá de uma .Asses soria que possibili te a Integraç~a(idas Atividades Operaci~ nais, Administrativas e o desenvolvimento de Pesquisa e Es tudos Especiais. A Assessoria do Coordenador será constituída pela Secretaria Executiva, pelo Conselho de Entidades Não -Governamentais e pelos Grupos de Trabalhos Especiais. A Casa Militar dará o necessário suporte ministrativo ã CEDEC, através da Subchefia para ad. Assuntos de Defesa Civil, que funcionará como sua Secretaria Execu tiva (SEx). Será constituída, ainda, uma Junta Delibera tiva, com representantes da. Casa Militar, da Secretaria de Economia e Planejamento da Secretaria da Fazenda. A Secretaria Executiva da Coordenadoria Esta dual de Defesa Civil" (SEx/CEDEC)· centralizará todas as ati vidades administrativas referentes às áreas de operações, incluindo a parte de informações o expediente. Dará igual mente assist"ência à junta Deiiberativa, incumbida de plan~ jar a aplicação de recursos financeiros em todas as açoes de defesa. O Conselho de Entidades Não-Governamentais (CENG) é coristituído por Associações e Entidades tativas da iniciativa privada, e demais represe.!! forças vivas da Co munidade. As instituição não-governamentais cooperarão com o Sistema integrando o Conselho e atuando" diretamente nos Grupos de Atividades das áreas de operaçoes. O tem como missão precípua coordenar a pa~ticipação de CENG seus CAO 1/85 14 membros nas tarefas de arregimentação e mobilização dos re cursos oriundos da comunidade. Os Grupos de Trabalho Especiais (GTE) serão constituídos pelo Coordenador Estadual, em função de obj~ tivos específicos pré-determinados e de duração temporária, integrados por representantes dos órgãos diretamente dos ã lig~ missão. Os GrU:pos Especiais serão organi zados sempre que haja necessidade de se desenvolver qualquer trabalho de pesquisa, observação e análise, vistoria ou avaliação e,. também, para planejar e executar campanhas e atividades es peciais. As operaçoes de defesa civil se desenvolvem em três grandes áreas: de defesa, de apoio e de - relações públicas. OPERAÇÕES - Area 1: Defesa - Area' 2: Apoio Area 3: Relações Públicas Cada órgão do Estado integrará uma das áreas de operações, coordenando um ou mais grupos de atividades, contribuindo com os demais grupos e designando represent~ ções para os diferentes subgrupos, de acordo com as fina1i dades e as disponibilidades dos seus respectivos depart~ mentos, unidades, setores ou repartições. A Comunidade Estadual participará dos grupos de Atividades integrando seus recursos nos diferentes sub grupos. Basicamente, cada subgrupo de atividade se CAO 1/85 15 organi zará em "pool", de forma a onerar o menos possível cada um dos membros participantes. A Coordenação setorial deverá manter um con trole dinâmico da disponibilidade, de modo a permitir a .. CEDEC o empenho adequado dos meios hipotecados. A coordenação setorial deverá manter a CEDEC "informada sobre as operações do grupo e dos respectivos subgrupos. As áreas de operações serão ativadas por re presentantes das Secretarias de Estado, Orgãos Públicos demais membros da Comunidade, todos servidores de e alto ní vel, mediante designação dos respectivos titulares, dado que desencadearão as medidas setoriais necessárias à pre~ tação de socorro. - e Caberá "ao Fundo Social de Solidariedade Coordenação dos Grupos de Atividades de Voluntariado e d~ Roupas e Agasalhos. A ~rea 2, de Operações dê Apoio, será compos ta por representantes da: " a. Secretaria da Justiça b. Secretaria dos Transportes c. Secretaria da Segurança Pública d. Serviço de Telecomunicações dos Palácios e. Polícia Militar" "" f. Polícia Civil" g. Prodesp h. Comunidade Os "representantes dos Orgaos públicos com atuação na ~rea 2 serão responsáveis pela coordenação seto rial de um ou mais dos seguintes grupos de atividades: CAO 1/85 16 a. Alarme b. Evacuação ç. Incêndio d. Perícias e. Processamento de Dados f. Proteção Policial g. Salvamento h. Segurança da Informação i. Trânsito j. Transportes  Secretaria da Justiça caberá a coordenação do Grupo de Segurança de Informações, propiciando o contr~ le de notícias' suscetíveis de causar pânicoã população. A Secr~tar~a da Justiça participará, - com recursos e ~ateriais disponíveis, eventualmente tentes nos órgãos subordinados ao Departamento tutos Penais ainda, exis dos Insti  Secretaria dos Transportes caberá a coor ,do Estado. denação do Grupo de Atividades de ,Transportes.  Secretaria de Segurança PÚblica caberá coordenação dos Grupos de Atividades de Proteção a Policial e Trânsito. A Secretaria de Segurança cooperará, taIn'bém, através de sua rede de telecomunicações • . .Ao . Serviço de Telecomunicações dos Palácios caberá a coordenação dos Grupos de Comunicações e de Alarme. A POLicIA MILITAR NO SISTEMA ESTADUAL DE D.C. Ao se relacionar o Sistema Estadual de Defe CAO 1/85 17 sa Civil e a PolIcia Militar, temos id~ia, a princIpio uma'organização padrão de Defesa Civil Estadual, te em todos os Estados, como ocorre com as de semelhan PolIci~s Milita res. Isto não ocorre, pois basta citar dois exem pIos e temos demonstrado que cada Sistema Estadual de Defe 'sa Civil, nos diferentes, Estados, tem caracterIsticas dife rentes. No Rio de Janeiro, o responsável pela organ! zaçao é o comandante Geral do Corpo de Bombeiros, que acu mula as funções de Diretor do Departamento de Defesa Civil do Estado. O Rio de Janeiro não adotou a expressão Coorde nadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC). Em Mato Grosso o responsável pela Coordenado ria de Defesa Civi'l é um engenheiropertence'nte ã Casa Ci vil do Governador. Embora o princípio d6utriná~io de Defesa vil seja o mesmo, a' forma de organização de cada Ci Estado faz com que a participação das PolIcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares estejam vinculados ao sistema, pelo menos no contexto legal documentado, de formas diferentes. NAS INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS DA IGP~1 A PolIcia Militar caberá a coordenação dos Grupos de Evacuação, Salvamento e Incêndio. a.  PolIcia Militar, dentro de sua competêil cia, cabe o planejamento e a execução das operações ciais-militares de Defesa Civil, incluindo a atuação Grupos Voluntários Civis e o emprego dos meios poli de materiais necessários para a Defesa, nas operaçoes que lhes são pecu ~------~--------------------------------------------------______~C~9-1L~~____~ 18 li ares • b. A Polícia Militar participari, ainda, com recursos humanos e materiais, inclusive com a sua rede de telecomunicaç6es, para atendimento da zona flagelada. c. Nas ireas do Estado onde estiverem sedia das Unidades e outras fraç6es policiais-militares, a tropa, os meios de comunicações e outros recursos disponíveis se rão empregados no socorro e assistência às populaç6es atin gidas por calamidades pUblicas. PLANOS DE DEFESA CIVIL As ações de Defesa Civil se desenvolvem em quatro fases circunstanciais, denominadas Preventivas, Socorro, A~sistencial - de e Recuperativa. a. A fase preventiva é operada em situação de normalidade. b. As demais faseslde socorro, assistenci- al e recuperativa) são desencadeadas, sempre)';, em situação de anormalidade, e, por isso, designadas genericamente· de socorro. Pode-se desdobrar as fases, de acordo com as características de atendimento, para se estabelecer urna se qüência pormenorizada·das atividades e das providências a serem tomadas. As Organizaç6es de Defesa Civil devem desen volver um completo trabalho de prevenção em situação· .,' de . normalidade, propícia não apenas para revisar planos mas, principalmente, para se buscar o aperfeiçoamento do siste ma, de acordo com a vulnerabilidade de cada região ou muni cípio. CAO I 85 19 Não se deve aguardar a ocorrência desastrosa para se criar ou dinamiz.ar urna instituição de defesa. A c~ lamidade pode desencadear a tornada de urna série de prov! dências, entretanto é na época de normalidade que os ponsáveis pela Defesa Civil devem lançar as bases, as medidas legais, criar e aprimorar sistemas e res adotar subsiste mas destinados a proteger a população e seus bens. A época de normalidade deve ser entendida co mo situação de normalidade controlada, pois para os técni a: ocorrência de calamidade não pode cos de Defesa Civil, ser totalmente prevista. A fase preventiva pode se desdobrar em: a. Análise 1) Toda calamidade nos dá oportunidade de __ e~ trair ensipamentos e os fatos registrados proporcionarão valiosos subsídios para novos planejamentos. 2) Algumas atividades esi:renciais nesta subfa se são a análise e avaliação das operações anteriores e o planejamento para eventos semelhantes. b. prevenção .1) ~ importante adotar medidas preventivas, tais como rever e procurar melhorar a previsão metereológ! ca,geológica e hidrológica. Como as grandes catástrofes em nosso país são de origem meteorológica, os Orgãos de De fesaCivil devem estar aptos para atender as que denominamos Calamidades :. Cíclicas, principalmente as decorrentes de inundações e secas. O sistema, se bem ,estruturado, mitirá, também, pe~ o atendimento àquelas ocorrências conside radas imprevisíveis. ·2) Um : '.perfei to serviço de informações, a re CAO I 85 20 v.isão dos planos com o conseqüente treinamento do pessoal e reequipamentomateriai, e providências para defesa do. patrimônio são algumas das atividades principais deste p~ ríodo. c. Pré-Calamidade 1. Esta subfase pode ser bem caracterizada nos planos relativos às calamidades cíclicas, quando é ex.!. gida estrita vigilância sobre toda a área circunscrita. períod~ de pré-calamidade é aquele em que o posto O central de comunicações acompanha a evolução do fenômeno e· detec ta qualquer fato ou prenúncio que possa se transformar anormalidade. Em tal hip6tese, deve, imediatamente, em 'aler tar as' autoridades responsáveis e mobilizar todos os recur sos necess~rios, que ficarão de sobreaviso para pronta - in tervenção à época do pré-impacto, já na fase de socorro. 2l A principal atividade nes.ta subfase é observação ininterrupta que possibili te a captação do si nal inicial de umacatãstrofe, de modo que todos, em do de alerta, possam providenciar a mobilização dos a esta recur sos indispensáveis.' o A fase de socorro pode desdobrar-se em: a. Pré-Impacto 1) g o' es,paço de tempo que separo. o '. prenú~ cio, da ocorrência do fenômeno calamitoso. O Posto Central de Comunicações deve transmitir as informações claras precisas sobre a iminê.ncia de um e fenômeno, fato adverso ou mesmo catastrófico, pois a decisão para desencadeamento de um determinado plano está diretamente vinculada à qualid~ de e confiabilidade das (lnlfiormações recebidas. O' pré-impa~ to já caracteriza a situação de anormalidade, e sua exten 21 sao no tempo e no espaço é de difícil avaliação. 2) De posse. das informações imprescindíveis quanto ã espécie de fenômeno adverso, sua hora provável de respons~ impacto·e a área vulnerável, é que a autoridade vel poderá dar o alarme oficial. A partir daí, emitirá or dens de serviço e acionará os meios já mobilizados por oca sião da pré-calamidade (quando for o caso), a fim de aguaE dar o evento· com a devida defesa, relativamente ã segurag ça da população e da propriedade, sempre que for viável. A atividade essencial neste espaço de tempo é a evacuação da· área, o que exigirá medidas paralelas, tais como controle de trânsito, instalação de abrigosprovis6rios, provisão de alimentos indispensáveis e proteção policial para os abrigos e para a área afetada, a fim de evitar saques e ou - tros atos criminosos. 3) As principais atividades o pré-impacto são as relativas a Comunicações, Transporte e Evacuação. As providências adotadas neste período poderão definir atividades seguintes que bornarão mais fáceis e menos - pendiosas,dependendo da correçao e oportunidade das as dis deci sões e operações levadas a efeito antes do impacto. b. Impacto ou Emergência l}, Adotadas as providências até aqui recomen dadas, a Organização de Defesa Civil pode aguardar confian· te e, até mesmo, com relativa tranqüilidade, o impacto das forças destruidoras, sejam fenômenos naturais.ou de origem humana. Dependendo dos danos pessoais e materiais, o Coor denador das Operações poderá solicitar ã autoridade governamental competente, a declaração da "Situação de EmergêE cia" • CAO I 85 22 2) As principais atividades que se ram às operações já descritas~ incorp2 são as relativas ao' salva mento, a segurança ou proteção policial e à saúde. c. Calamidade 1) O que define a calamidade é a ,extensão e sempre o volume de danos provocados por uma ocorrência, em .relação a determinado espaço territorial. O estado de calamidade pode, portanto,ser configurado ao nível do Mu' nicípio, do Estado ou da União. A existência de planos exe quíveis, já desencadeados à época da prevenção, de pessoal habilitado, devidamente adestrado para as diferentes tare fas de socorro, e de recursos compatíveis com o grau de emergência, dará à comunidade condições de reduzir e, vez, elimin.ar a " indústria de calamidade", -- tal possibilitando aos poderes responsáveis a . aplicação racional dos recursos financeiros, conforme estabelecido nos respectivos prog.r-ª. mas de governo. 21 O Es'tado de Calamidade PÚblica só deve . sup~ ser reconhecido quando. não houver mais condições de I rar a emergência com os meios disponíveis, pois se permite, de um lado, o emprego de.recursos que não seriam aplicá veis em situação de normalidade, poderá, de outro lado,pre. judicar os programas já iniciados ou os planos govername~ táis enunciados. Este prejuízo não será computado sea tuação realmente exigir às autoridades poderes si excepcio- nais. Uma boa Organização de Defesa Civil deverá ter técni cos capazes de orientar a melhor decisão em benefício população e da área afetada, sem se envolverem da emocional mente como fato ocorrido. 3) A principal preocupação dos responsáveis L-------~==============::::::::::==::========::==~====::::==================Cft~O_~~____~ 23 é·a intensificação das providências já em andamento, na proporção em que se apresente'a progressão do evento desas troso, procurando, por todos os meios, evitar a perda . controle de situação e a interferência de do aproveitadores, dispostos a praticar as mais diferentes manifestações dano sas ãcomunidade. CONCEITOS B~sícos período de Observação é aquele determinado a partir de uma ocorrência tendente a evoluir e que, porta!! to, deve ser acompanhada para identificação de causas e efeitos, para eventual socorro da esfera estadual. período de Vigilância e Alerta é aquele esta belecido para cada região ou área onde seja ocorrência de catástrofes cíclicas freqüente e que exijam a acompa Q nhamento remoto e a manutenção do pessoal em"estado de so breaviso parcial. Sobreaviso é o regime de trabalho em que dos os servidores terão a obrigação de se manter em to conta to com o' Órgão a que estão subordinados, devendo estar pre parados para atender ao chamado de prontidão. Prontidão é o regime de trabalho em que órgãos contarão, permanentemente e no mínimo, com os metade do efetivo disponível e seus respectivos che!ijes. Prontidão Rigorosa é o regime de trabalho em que os órgãos contarão~ permanentemente, com todo o efeti vo disponível, inclusive chefes e autoridades. Si tuação Anormal e Grave é aqueia decorrente do impacto das forças destruidoras, sejam fenômenos rais ou de origem humana, em tal dimensão, cujo natu controle ~--------------------------------------------------------------------~ CAO 1/85 24 exija a aplicação de planos eme'rgenciais extraordinários em apoio aos planos normais de Defesa Civil, anteriormente previstos. Situação de Emergência é o reconhecimento, através de declaração ofi ci aI por autoridade competente, de uma situação emergencial grave, à vista dos danos efetiva que mente provocados, por fatores anormais e adversos mas não cheguem a caracterizar .. uma situação de calamidade p~ Situação de Calamidade Pública é aquela prQ blica. vocada por um evento desastroso, ou pe.la evolução da si tu~ çã6 de emergência, em tal intensidade que exija da autori dade de Defesa Civil, a mobili zação total dos órgãos do Sistema, e quaisquer outros cujo concurso seja necessário. Estado de Calamidade PÚblica é aquele decre tado'quando a situação, pro~ocada por fatores anormais e adversos, afete gravemente a comunidade, privando-a, total ou parcialmente, do atendimento de suas necessidades funda , . mentais, ou quando ameace a existência ou integridade seus elementos componentes. O decreto de calamidade ca terá vigência pelo prazo máximo de 6 (seis) meses, de pÚbI! P.9: dendo ser renovado. CAO 1/85 25 A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO GLOBAL Evidentemente que qualquer posicionamento no sentido de organizar sistemas integrados de atendimento prevençao, visando estabelecer um planejamento de e evacua ção em casos deterremotos,vulcanisrnos ou qualquer outro tipo de cataclisma que não tenha relação com o nosso passa do geológico, estarí~mos baseando nosso estud~ em conjec-,~; turas· e afi rmações meramente utópicas ou p·elo menos '-'. com prQbabilidades muito remotas de ocorrer. No entanto é mais do que certo que atualmente o mundo atravesSa um ciclo de fenômenos climát.icos. prov~ canao prejuízos de considerável monta, cuja extensão e con sequências·ainda não foram claramente determinadas - e que o Brasil, desde o Norde$te até o Sul já experimentou clara . , mente sintomas desastrosos deste ciclo. . - ~ se Não obstante o know-how adquirido por uma rie de ocorrências calamitosas provocadas por inundações, e o reconhecimento pleno de que nossa terra comporta . . ~ . . a . maior rede hidrográfica do mundo - nosso País não tem uma tradição de trabalhos voltados para situaçc;es emergenciais desta natureza~ Quando afetada gravemente, em situações de emergência provocada pOr fatores anormais e adversos, pr! vando-se total ou pélrcialmente do atendimento de suas he: cessidades, ou tendo ameaçada a existência ou integridade de seus membros, a comunidade vê o seu moral enfraqueceE -se, a ponto de se deixar levar ao sabor da fatalidade. ~. o momento da atuação decisiva. Trata-se de defender o indi víduo e a comunidade flagelados, organi zadainente , com a flexibilidade e eficiência de que dispõe o Estado. A despeito do planejamento; sempre haverão ca CAO 1/85 26 lamidades a serem enfrentadas e o exercício periódico e direcionado. das situações previsíveis constitui preparação e experiência para aqueles que não se pode prever. espont~ Embora esteja patenteado que o apoio neo e decisivo prestado por autoridades, dirigentes de ~ or oper~ gãos públicos, empresários, profissionais liberais, .rios e líderes comunitários, representâin substancialmente_ o êxito que se alcança no socorro às vítimas deinundaçõe~ é bom lembrar que muito ainda deve ser feito, pois do todo o trabalho de organização, treinamento, malgr~ mobiliza ção e prevenção, os eventos desastrosos dasinündações ocor rem co~ fúriaavassaladora e.um grande esforço deve concentrado para minimizar as consequências e os adversos. O socorro e o salvamento de vidas a ser efeitos assistência e o restabelecimento do bem estar sociall são os objetivos últimos de nossa proposição. Pelo exposto, podemos observar, que inúmeros casos de inundaçõe~ de di versas natureza$, se repetem clicamente dentro do t~rritõrio nacional e também no ci Esta ... do de são Paulo. A princípio nosso Estado possui uma infra estrutura capaz de suportar a maioria desses eventos quan do estes· se apresentam sem grandes propo~ções ,sendo trata dos com ocorrência rotineiras pelos'órgãos responsáveis. são comuns, por exemplo, para os Grupamentos de Bus.cas e Salvamento do Corpo de Bombeiros, a ocorrência de pequenas inundações que se repetem notadamente na estação vas (.já bem descaracterizada) em a~guns dasch~ bairros ou em de terminadas cidades do interior. Para atender estas ocorrên cias o corpo dI: Bombeiros mantém preparado para aplicação nesta época, um plano denominado Operação Enchente, ;:::: ~---------------------------- que CAO I 85 ·27 t~m apresentado resultados satisfatórios nos casos de ocoE rên<?ias rotineiras. g sabido, entretanto, que ocorrências aparentemente mais simples podem evoluir e assumir propor ções catastróficas~ provocando danos irreparáveis para . o . moral social, para a economia da Nação e para a Soberania Nacional, somando-se os prejuízos irremediáveis de perdas humanas. As. consequências desastrosas com perdas huma nas, na maioria das vezes, apresenta o homem como contri buinte no agravamento das calamidades. Através de levantamento altimétrico, conheci mento dos níveis máximos e mínimos do comportamento dos apr~ principais rios brasileiros, vazões das barragens nos veitarilentos e também da demarcação em - mapa~ aerofotogram§ tricos, é possível prognosticar as localidades . . pOSS1ve1S de sofrerem· inundações •. DISCIPLINA DA OCUPAÇÃO DO SOLO .'. Em vez de se tomarem medidas acauteladoras, na quilo que se ohserva é r~fere o ser a ocupação racional do solo, o que se humano avançando cota 'abaixo do leito)maior dos rios, desmatando encostas, 'fazendo aterros sem a devi da técnica, dificultando o'escoamento com obstáculos, depo sitando detritos em exagêro nas águas, construindo em luga res impróprios, tentando medidas u~ilat~rais sem para a situação dos vizinhos rio abaixo, e adotando atentar solu ções e atitudes que di ficul tam sobremaneira a coexistên'cia pacífica do homem com a natureza. O controle do crescimento das áreas urbanas é, portanto, fundamental para que não se intens.ifiquem, no fu CAO 1/85 28 turo, os inconvenientes provocados por inundações, que au mentam os riscos e insegurança das populações e dasativi dades econômicas localizadas nas várzeas, fazendo .com que a comunidade seja obrigada a fazer vu1tuosos investimentos. para atenuar seus efeitos. Controlar a ocupação do solo e seu uso é agir de maneira preventiva, minimizando as alterações do. ciclo hidrológico provocadas pela urbanização. Na elaboração dos planos de desenvolvimento urbano, além dos fatores de or dem urbanística, econômica e social, devem ser considera dos também os fatores hidrológicos, nem sempre estudados com a devida atenção e profundidade. - A administração pÚblica, usando seu poder dis éip1inador do uso do solo pode regular a ocupação das bai xadas, fixando as faixas de servidão em função das caract~ rísticas hidrológicas dos cursos d'água, restringindo. ocupação a atividades que possam conviver com a inundações - periódi cas • MEDIDAS DE •. • EMERG~NCIA f'O#'". , Urna vez· que nao e pGssl.ve1 conter a força truidora das águas nestas ocasiões, nem mesmo des impedir-se totalrnenteo uso indiscriminado do solo, podemos adotar didas de emergência no sentido de diminuir os efeitos m~ das inundações. , ,. Basl.camente, podemos admitir que as medidas de emergência adotadas para estes eventos, consistem na evacuação da população da área potencialmente inundáve1 an tes da sua ocorrência. Para isso é necessário que exista um sistema de previsão de cheias e que o tempo para ache CAO 1/85 29 .. as gada da onda de enchente seja suficiente para o aviso populações e-a execução das medidas. Para que um esquema de emergência tenha êxi to quanto ao .seu funcionamento. caz, temos como necessário portanto, a existência de efi org~ nismos de ação comunitária suficientemente -;&:gets _.e.um vado nível de conscientização e ele treinamento das populações .ribeirinhas para que tenham comportamentos .. as adequados situações de emergência. apena~ a criação e elaboração de um planejafuentoque coordena o em Torna"';se, portanto, necessário nao prego da.corporação com os demais órgãos diretamente ou in diretamente ligados ao assunto, mas, prinqipalmente a con~ cientização de todos que somos igualmente responsãveis.No~ sa pr.oposta de trabalho visa os. G-BSs; GIs e BPMs interagi.!! - do de maneira coesa e objetiva, de forma a atingir a cons cientização de .todos os integrantes da nossa corporaçao p~ ra este mister,. que sem dúvida será de grande benefício ria eventualidade. de ooorrer uma grande inundação em qualquer ponto do· nosso Estado. OPERAÇí\O HIDRÁULICA DE RESERVATÓRIOS O conhecimento pormenorizado das diversas ragens existentes, nas diferentes bacias hidrográficas Estado, ·permitirá o Crnt· das operações da área Contribuitarnbém para este fim o do inundada· correspondente o direcionamento corret.o de suas açoes decisões. bar e conhecimento das diversas fases das operações hidráulicas nos reservatõ rios. A princípiO, minha preocupação nesta monogr~ fia ao abordar assuntos relacionados com reservatórios,baE CAO I 85 30 ragens, níveis d'água, etc. prende-se unicamente a prestar informações que possam auxiliar o responsável (Crnt): no direcionarnentode suas decisões. A utili:zação do, volume de um reservatório cisa levar em conta os vários usos a' que~água se pre destina. Os reservatórios daCESP .... Companhia Energética de são Pau ,lo - foram, em sua maioria, projetados para a geração ene'rgia~ de n0S 'rios Paraná e Tietê foi contemplada também navegação. Com o desenvolvimento s6cio-econômico das giôes situadas em sua área de influência, ganhou a re importâ~ cia uma outra função dos reservatórios, que é a de fazer o controle de cheias, evitando ou minimizando danos decorren , , . tes de inundações. Nesse particular, o desejável seria que eles estivessem no nível mínimo 'operativo quando se ini- ciasse o período das chuvas; entretanto, quando se rebai xarn muito os níveis, se as chuvas esperadas forem insufi cientes para o'reenchimento das represas, pode não haver ãgua o bastante para atender às necessidades de geraçao de energia elétrica durante o período de estiagem, que vai de abril a outubro. Há, portanto, Um conflito no uso simultâ neo dos reservatórios quando se pretende usá-los para g~ rar energia e fazer o controle de enchentes. Há regras operativas que são estudadas e revi sadas a cada ano, incorporando novos dados e valores, de forma a adequar as medidas às situações reinantes nas di versas bacias hidrográficas. QU,ando um reservatório tem seu nível rebaixado para acomodar volumes excedentes de água, efetuando um trole de cheias, é calculado o risco de não se co~ reenchê-lo até abril, . com consequente prejuízo para a geração. Procu ~----------------~--------------------------------________________~Côp-1La5~____~ 31 ra-se limitar este risco a valores aceitáveis, consideran do também os riscos de.não se poder evitar inundações a jusante. N!VEL M!NIMO OTIL Nível mínimo útil do reservatório é o rebaixa mento do nível do reservatório mínimo utilizável para as operações de geração de energia. N!VEL MAxIMO NORMAL Nível máximo normal é o limite de quantidade de água num reservatório controlável e operativo, sem pre juízo para a jusante. N!VEL MJ\XIMO "MAXIMORUM" Nível máximo "maximorum" é o nível crítico reservatório, onde são liberadas· as comport.as do sentido ])0 de vazar toda a afluência, minimizando os efeitos desastro sos de uma possível ruptura da barragem. DESCARGA DE RESTRIÇ~O Descargas de restrição são descargas operat!. vas nas barragens, com volume d'água em vazão inferior' àquela que pode causar danos à jusante. Quando são rebaixados os níveis dos reservató rios, ficando a lâmina d'água abaixo do nível'máximo mal ou normal .. ~ quantidade de água do reservatório nor chama -se VOLUME de. ESPERA •. são admitidas 3 (três) situações que decorrem L-________________________________________________________________ ~cAD_ua5~ ____ ~ 32 de uma precipitação pluviométrica além dos limites normais previstos pela CESP: NORMAL CONTROLE de CHEIAS SEGURANÇA da BARRAGEM Abaixo temos o esquema operativo das barragens em face das situações variáveis de normal, controle cheias e Segurança das Barragens em função da de afluência pluviométrica recebida. A partir de níveis superiores ao nível máximo normal, fica estabelecido a situação de SEGURANÇA da BARRA GEM. Nesta fase operativa, todo volume de afluência recebido é_descarregado na jusante, sendo os órgãos respo~ sáveis da COORDENADORIA de DEFESA CIVIL e consequentemente a Polícia Militar, alertados sobre o fato,. uma vez que nes ta situação alguns efeitos já poderão ser sentidos. rtivel máldmo "moxlmorum" --------.;...-------~----- SEGURANCA DA BARRAGEM n/rel máximo normal cotnRoLE DE CHEIAS n/rel normal nrvel m(n/mo útil JUSANTE - Ilustração 03 L..--_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _---.J CAO I 85 33 Quando, em razao das chuvas, aflui ao vatório um volume maior de água, procura-se nao reser descarre gar vazões que possam causar danos para jusante. Essas va zões, denominadas "DESCARGAS DE RESTRIÇÃO", são reavalia das a·cada ano, e somente serão descarregadas vazões maio res depois de ter sido preenchido todo o espaço do reser vatório destinado ao controle de enchentes. Aí então, por motivos de segurança da própria estrutura da barragem, passa-se a libera~ vazões maiores do que a "descarga de restriçãb". CHEIAS SÃO ANTIGAS Refutando urna idéia generalizada entre os beirinhos, a de que antes d~ implantação das - ri . barragens não havia enchentes, pode-se afirmar que os registros . de vazões da c.ESP, de outras ooncessl,onárias-, do DNAEE - De partarnento Nacional de Aguas e Energia Elétrica, . e do DAEE, órgão estadual de águas e energia elétrica, mostram que periodicamente ocorrem grandes vazões e que, no rio Paraná, por exemplo, a maior enchente de que se teve notí cia até a cheia de -1983 foi a de 1929, época bem anterior às barragens nesse rio. Cheias ocorridas em anos ant~riores a 1926, quando começaram os primeiros registros, talve.z passassem desapercebidas por falta de Ocupação da região por popula ções e lavouras, urna vez que as enchentes antes não causa vam tantos prejuízos materiais. Em áreas urbanas, a pavimentação das ruas de cidades próximas. as margens do·s rios é também responsável pelo maior volume de água nos rios, pois quando· a área ~ e CAO I 85 34 pavimentada, a percentagem de infiltração das' águas das chuvas no solo diminui muito, crescendo significativamente o escoamento.' Além disso, a substituição de áreas com cober tura florestal e de outras vegetações por áreas desnuda das e aradas para plantações é também um fator que contr! 'bui para o agravamento das inundações. Pelo fato dé uma área estar arada as chuvas, quando ocorrem, arrastam ta terra para o leito dos rios. Com a sedimentação dessa terra, diminui a capacidade de transporte nos canais rios e a água começa então a atingir níveis mais um processo muito comum em várias partes do Estado, mui dos altos, onde esse assoreamento já é bem significativo. - POL!TICA DE ZONEAMENTO Quando ocorrem períodos de. dois, três ou mais anos com bai'xos índices de precipitação, os reservat5rios descarregam vazões menores e as populações ribei:~inhas, a jusante dos reservatórios, se sentem encorajadas a ocupar áreas mais sujeitas às inundações. Quando a situação se inverte e ocorrem chuvas abundantes, as descargas dos reservatórios aumentam e vao encontrar as margens dos rios ocupadas com casas e raso Neste caso existe, ~ealmente, uma lavou responsabilidade .do ribeirinho no sentido de avaliar o risco a que está se expondo quando se instala nessas áreas. mais baixas. As áreas marginais aos rios devem ter seu uso regulamentado pelos poderes pUblicos competentes, através de um plano de zoneamento que defina claramente a utili zação mais adequada, levando'em conta os riscos de inunda. CAO I 85 35 çoes, como áreas de parques, de estacionamento ou de culação secundária, uma vez que o seu eventual cir impedimen to não causa sérios transtornos. Os Planos Diretores de Desenvolvimento dos Municípios são peças básicas na fixa ção das dir~trizes e normas para ocupação das áreas de va lese, também, das áreas de topografia mais ingreme, com declividades superiores a 40%, de forma a coibir os pro cessos erosivos' causados por desmatamentos e loteamentos. Em áreas rurais, as partes mais baixas devem servir como pastagem ou ser destinaqa a culturas sazonais cuja práti ca- não seja afetada nas enchentes • As zonas menos afetadas, mas que ainda ofere cem certo risco poderiam ser ocupadas por tipos de edifi cações que não oferecessem problemas sérios, como galpões - tipos industriais, habitações sobre palafitas ou outros prejui de construção que pudessem suportar, sem grandes zos, uma eventual cheia . . POLíTICA DE DESAPROPRIAÇÃO DE ÂREAS ~ARGINAIS AOS RESERVAT6RIOS para Os critérios que a CESP vinha adotando desapropriar áreas marginais de reservatórios, a montante das barragens, vêm sendo reexaminados face a di versos fa: tores: ~ pressão da sociedade no sentido de ocupar áreas marginais aparentemente ociosas; - baixa incidência de situações que exijam ocupação, pela água, de níveis' acima do - ma ximo normal; - vultuosos investimentos para desapropriação CAO 1/85 36 das faixas marginai$ aos reservatórios. Os comentários constantes do.artigo. "O Pontal quer explorar terras" se referem à reinvidicação de ocup~ ção das faixas marginais ao reservatório de Capivara, as sunto que está atualmente em estudo pela CESP. A ocupação de áreas marginais a montante dos ·reservat6rios evidentemente restringe a liberdade operat.!. va e, quando há restrições. a jusante, põe a Operação bre so um fio de espada: ou inunda para baixo ou inunda para cima. g assunto que merece cuidadosa reflexão por que as respostas dependem muito do ângulo pelo qual é ana lisado •. - DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÔES A presença de um reservatório em um curso d'á gua pode implicar em alterações maiores ou menores no re gime natural do rio, em função do porte do reservatório e das condições operativas. Es ta afirmação, ,. perfei tamente acel tável pelos técnicos no assunto,. não ~ de fácil preensão ou aceitação por todas as pessoas, e é com compreeh sível que, nos casos de inundação, haja sempre a tendên cia de se imputar a responsabilidade pelos danos às barra gens. Nesse sentido, é boa política da empresa usar os recursos de informação ao público, para conscientizar as pessoas das limitações que os reservatórios têm na gularização das vazões, bem como dos procedimentos re opera tivos que usa e colocar à disposição dos interessados os dados e informações que possam auxiliar na tomada de deci CAO I 85 37 soes. O noticiário pela imprensa, a emissão de telex prefeituras e órgãos de defesa civil e os telefones a para consulta direta são os recursos que a CESP tem utilizado; estes procedimentos têm dados excelentes resultados, . pos sibilitando que medidas preventivas sejam adotadas para evitar ou minimizar os danos provocados pelas enchentes. SEGURANÇA DAS BARRAGENS O problema de segurança de barragens é tratado apenas sob o enfoque da operação hidráulica, aqui nao se cogitando de problemas estruturais. Os órgãos extravasores, nas barragens, têm por função descarregar o exces~o de água que aflui aos re servatórios. Esse excesso pode ser grande ou pequeno, -- de pendendo das vazoes afluentes e do nível em que está o re servatôrio. Corno os vertedores têm. capacidade limitada, há sempre um risco de que vazões iguais ou superiores. às cheias de projeto possam ocorrer. As empresas devem se estruturar para conduzir os procedimentos operativos em situações críticas, de fo,!: ma ordenada e planejada, com esquemas de avisos e alertas ',' aos órgãos competentes, de forma a evitar ou minimizar os danos consequentes de descargas excepcionais. No caso CESP, procedimentos técnicos e administrativos foram da est~ dados e hoje compõem o Manual SOSEm - Sistema de Operação em Situações de Emergência. Nele estão presentes as sofias e políticas nas quais se ernbasa a condução da filo ope ração hidráulica nessas situações. As Curvas Referenciais de Operação (CRO's}ela boradas com base nos estudos hidrológicos e n:as simulações ~------------------------------ ____________~__________~~____________~Ch~O_T~5______~ 38 de operação dos reservatórios, constituem ferramenta bás!. ca do SOSEm e dão aos operadores uma regra para ser segui .da com base em dois dados fundamentais: a vazão afluente oper~ e o nível d'água do reservatório. Com essas CRO's o dor tem condições de, mesmo isolado na usina, tomar as de cisões necessárias a enfrentar situações críticas ..~ em cheias excepcionais. PREVISÃO METEOROLOGICA .Para conceber-se uma previsão metereológica, isto é, prever o estado futuro da atmosfera, é necessário conhecer-se primeiro o seu estado presente. Para o cimento do estado presente os serviços de utilizam-s.~ - conhe metereologia de observações pontuais ede superfície e alt! tude de estações meteorológicas distribuídas nos continen tes e, quando possível, também nos oceanos. Os oceanos constituem um sério problema para a meteorologia, princ!. pabnente para. um continente como o nosso, que vai estrei tando-se cada vez mais na direção do pólo, região onde nascem as Frentes Frias. Os sistemas atmosféricos, cen- tros de alta e baixa pressão, abrangem áreas enormes, daí a necessidade de informações dos oceanos. Tendo em as dificuldades para obter-se informações vista metereológicas nos oceanos, a previsão meteorológica era prejudicada por que a pequena área de amostragem da parte estreita do con tinente não era suficiente para conhecer-se bem os siste mas. que por ali passavam ou se formavam. Com o advento de informações de satéli tes meteoroló.gicos as previsões me lhoraram um pouco, mas ainda deixavam muito a desejar. As imagens de satélites, sem tratamento eletr6nic~pro~iciam L-__________________________________________________ ~CAO_~~.~ ____ ~ 39 distinguir uma visão geral de grandes áreas, podendo-se as áreas abertas por nuvens e as de céu claro, mas nao permitem as medições de pressão, temperatura e umidade. Com o intuito de prever com maior antecedêr. cia a possibilidade Çle Uma chuva torrencial que ocasiona ria uma enchente, estão sendo instalados radares metereo' l6gicosem Ponte Nova, Baurú e Ilha Solteira. Este proje to está sendo desenvolvido em conjunto com o. DAEE, Insti tuto Astronômico e Geofísico e o Centro Tecnológico de Hidráulica da USP. 'HIDRO DESCRIÇÃO DE CHEIAS EM ALGUMP.S BACIAS GRMICAS - TIET~ E PARANAPANEMA As chuvas intensas e de grande duração ocorri das nas bacias dos rios Tietê e Paranapanema, no período 28/5 a 12/6/83 constituiram fenômeno inusitado na região p~ sudeste' do Brasil, pela magnitude "das precipitações e laextemporaneidade do episódio. De fato,as vazões entes aos reservatórios superaram todos os valores trados na ivnga série histórica de dados aflu regi~ hidrológicos, que remonta aos idos de 1931 e, ainda, ocorr~ram numa épo ca em que j á não mais, se esperavam senão" chuvas menores, caracterí~ticas de estiagem e que, na região sudeste,. brange o período abril a setembro. Nessas condições, reservatórios·da"CESP que, conforme é feito a os tradicional mente, já tinham subido seus níveis e armazenado água ra enfrentar a estação seca, receberam um volume pa brutal de afluência decorrente das tormentas que se abateram so CAO 1/85 40 bre extensa área geográfica .. 'Xavan As usinas hidrelétricas de Jurumirim, tes, Salto Grande e Capivara, no RioParanapanema e Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão e Nova Avanhandava complic~ no rio Tietê, tiveram sua operação extremamente da pelo excesso de chuvas porque, por um lado era preciso reter parte do volume das águas que afluia os reservatõ rios, controlando as cheias para minorar os prejuízos dos . ribeirinhos de jusante,e por outro lado nao se podia des cuidar da segurança das barragens, que'poderiam ter níveis máximos ultrapassados e, .com isto, sofrer seus probl~ rupt~ mas estruturais seríssimos, inclusive com ameaça de ra~ As chuvas provocaram inundações em pontos g~ neralizados ao longo dos rios Tietê e Paranapanema, des truindo casas, olarias, portos de areia, estradas e p6!! tes de travessia, causaram interrupções de tráfego loeal e interestadual e afetaram sistemas de captação àe água para abastecimento de cidades como Piraju, Ourinhos e reira Barreto. A usina da Companhia Luz e Força Santa Cruz, situada cerca de 32 kma jusante de Jurumirim, Piraju, teve suas instalações inundadas e Pe em parcialmente destruídas. Abaixo.da ::represa de Capivara várias famílias de pescadores, que havitavam uma ilha fluvial logo a j~. sante da usina, tiveram de ser retiradas às pressas, numa arriscada operação efetuada pela madrugada e debaixo de chUva torrencial. As instalações da CESP não ficaram à salvo da violência das águas; os vertedores, 'que de início abertos parcialmente para auxiliar na contenção das .. 'i "f: •. foram c~eia~ .\ ~ CAO IL85 41 pre- tiveram de ser encarados apos se verificar que as . 'visões metereo1Ógicas·· indicavam mais chuvas torrenciais sobre as áreas já assoladas pelo mau tempo e que os conse veis dos reservatórios subiam assustadoramente. Em qüência, intensos processos erosivos ocorreram a jusante das usinas de Jurumirim, Xavantes e Capivara, com desli zamentos de taludes das encostas e destruição de estradas de acesso às usinas, além de inundação parcial das lações e exposição das fundações de torres de insta transmis- sao e destruição de diques deentrocamento e muros late- rais. Em função da gravidade da situação a CESP, as -- Coordenadorias de Defesa Civil e as Prefeituras Munici- pais das localidades atingidas estabeleceram um esquema de auxílio e socorro às vítimas das inundações, efetuando r~sgate de pessoas em propriedades ilhadas, estabelecendo esquema de emergência para abastecimento de águas às popu lações e tomando as providências necessárias, a fim de mi norar os danos causados pelas enchentes e dar a eia necessária às assistên populações atingidas. competê~ A Polícia Militar, não obstante sua cia e plena necessidade de atuar efetivamente nestes ca- sos, face as características do evento, não participou das atividades de salvamento e resgate. No desenrolar monografia, pretendo posicionar os estudos no desta sentido de preparar contingente mínimo para atuar nessas eventual ida des. DESCRIÇÃO SINÓTICA DO EVENTO No dia 27/5/83 o Centro de Previsão Metereoló gica da CESP, através de cartas sinóticas e imagens desa CAO IL85 - -----------------0----- 42 têli tes meter.eológicos, detectou uma frente fria que se estendi a desde a Bolívia até os· interiores do Paraguai e Estado do Rio Grande do Sul. O contraste térmico entre as massas de ar polar e tropioal estava bem definido. Apesar ·das temperaturas baixas da massa de ar polar, as pressões atmosféricas também estavam mu~to bàixas. O centro ciclô nico (centro de baixa pressão) associado à frente aprese~ tava uma envoltória de 1.0006 milibáres e com valores de até 1.004,2 milibares mais ao centro. Tratava-se, sem dú vida nenhuma, de.' um ciclone frontal bem definido e que, com exceção da ausência de ventos fortes, em tudo lhava-se a um ciclone extratropical. (O ciclone asseme extratro picaI é um fenômeno de latitudes temperadas, região preendida entre as latitudes de 30 e 60 0 - • com Ocorre no inver no, é de natureza marítima, apresenta ventos fortes e pr~ duz aguaceiros significativos)'. No .dia em questão, o Centro de Previsão rólógica daCESP, baseado no modelo de "ALTURA TRICA ~DIA Mete PLUVIO~ PREVISTA", emitiu boletim prognosticando deslocamento da frente na direção nordeste e previu o chú vas significativas no trecho médio inferior do Estado de' são Paulo e regiões .do sul do país. Realmente, confirmando as previsões, ocorrência de chuvas mais pesadas na bacia do rio houve Parana panema e chuvas leves e moderadas na bacia .do rio Tietê. No dia 28/5/83, na análise da carta sinótica das 12. horas GMT (9 horas local), a frente foi localizada ao longo do eixo que passa pelas cidades d~ Guaíra (PR) e Iguape (SP), permanecia ativa e já apresentava caracterís tica de frente semi-estacionária. CAO 1/85 43 o pl~ modelo desse dia prognosticou alturas. viométricas médias superiores a 40 mm para toda a .. bacia do rio Paranapanema e.montante de Promissão, na bacia do rio Tietê. Mais uma vez a previsão foi confirmada; a par tir daí, a frente permaneceu semi':'estacionária entre os Estados de são Paulo e Paraná. O fenômeno perdurou com as mesmas características até o·dia 31, com pequenas ções da frente. No dia 19 de junho houve curta porém~ oscila estiada, no dia 02 o sistema intensificou-se novamente e provocou chuvas contínuas até o dia 07/6, repetindo-se ou tra curta estiada no dia 08, se.guida por novo:! :iepisódio chuvoso que durou mais 4 dias, interrompendo-se somente no dia 13, ocasião em que a massa de ar frio polar ....... deslo cou a frente para o oceano. AS CHUVAS DO PERrODO 28/5 a 12/6/83 O regime de chuvas na região sudeste doBna sil, onde se inserem as bacias dos rios Tietê e Paranap~ . nema, çaracteriza-se por um período de estiagem bem defi nido entre os meses de abril e setembro, iniciando-.se a estação chuvosa em outubro e estendendo-se até março, sen pr~ do fevereiro e janeiro os meses de maiores índices de cipitação, seguidos por março e dezembro, nessa ordem. O rio Paranapanema está, contudo, numa linha de transição entre os regimes de chuvas do sul e do sudes te; nos trechos superior e médio, até Salto Grande, há do· minância do clima paulista enquanto que, no baixo Parana I ·panema, ocorrem infiltrações do clima gaúcho, com chuvas abundantes também em outubro, parte baixa da bacia do rio CAO 1185 44 Paranapanema, ooorrerem desvios nessa distribuição de chu enchen vas, característica de um trecho de transição, e. tes ocorrerem a qualquer época do ano. Para análise das precipitações pluviométricas' dados ocorridas no período 28}5 a 12/6 foram utili2J.ados de 44 postos da CESP, do. Instituto Nacional de gia e do Metereo10", Departamento de .Âguas e Energia Elétrica. definidos períodos comuns para a totalização das Foram alturas pluviométricas em partes d<;is bacias dos rios Paranapanema e Tietê, com durações de 3, 7 e 16 dias. Para a altura pluviométrica máxima de 3 dias t29 a 3 lJmai o) os maiores valores foram observados no posto de Assis na bacia do rio Paranapanema com um total de 197 rnrn, e no posto de Entre Rios na bacia do rio Tietê, -' totalizando 171 rnrn,que correspondem respectivamente a 228 e 26% da média do mês de maio (50 rnrn) nesses locais .• Relativamente ã duração de 7 dias (28 maio/3 junhol. os máximos totais foram observados no posto Itap~ , va (21 rnrn) na bacia do rio Paranapanema e Piracicaba (214 nún) na bacia do rio Tietê, que correspondem a 285 e 463~ dos valores das médias dos meses de maio,.. que são de 60 e 38 rnrn. Para a duração de 16 dias (28 maió/12 junho) '. registrado. o máximo de 469 rnrn no posto de Jurumirim,. bacia .do Parartapanema, e de 309 mm, no po~to de foi na Laranjal Paulista, na bacia do Tietê, que representou 768% e 468% da média dos meses de maio, que é de 54 e 72 mm. A partir dos totais das alturas pluviométr!, cas observadas nas durações de 3, 7 e 16 diás nos 44 ,1. pos tos utilizados, foram traçadas as is.oietas que mostram as regiões das bacias dos rios Paranapanema e Tietê onde as CAO 1/85 45 çhuvas feram mais intensas. o núcleo. de precipitações mais intensas para a duração. de 16 dias, na bacia de rio. Paranapanema, fei em teme de 460 rnrn na barragem de Jurumirim, numa área de cerca de 200 km 2 • Quanto. ã bacia de Tietê, para a mesma duração. de 16 dias, registreu-se um núcleo. de 400 rnrn en abrangendo. tre Araçeiaba da Serra e Laranjal Paulista, 2 urna área de 990 km • envelvidas Mediante a planimetria das áreas pelasiseietas, representativas das precipitações cem as pr~ durações de 3, 7 e 16 dias, ebteve-se es valeres das cipitações médias penderadas das chuvas equivalente a da iseieta. A seguir, feram tr~ç.adas as curvas tipo. "AAD" (Altura, 1\.rea, Duração.) que mestram as alturas tricas re1acienadas às ca p1uviem~ áreas de drenagem da bacia e P§: para ríedes de duração., resultando. es seguintes vale.res o.s lecais das barragens de rio. Paranapanema e Tietê. BARRAGEM DURAÇÃO EM DIAS 1\REA km 2 3 P 3 rnrn 7 P 7 16 mrn p., 16 mrn Jürumi rim'· 17800 156 210 426 Xavantes 27500 150 202 414 Salte Grande 3·8765 140 193 401 Barra Benita 26520* 150 182 350 Bariri 29620* 148 180 344 Ibitinga 37690* 144 175 324 Premissãe 51800* 132 i63 281 N.Avanhandava 56490* 128 156 266 * Exclui a área de 5810 à men tan te da barragem de Pirape . ·r"a·.· CAO 1/85 46 Observe-se a distribuição homogênea dos valo res das precipitações ao longo das áreas das bacias· dos rios Paranapanema e Tietê. O período de recorrência dessas altas precip!. tações, correspondentes ã duração de3 dias, é de 60 anos para a bacia do rio Paranapanema e. de 200 anos para a cia .do rio Tietê. Para a duração de 7 dias esses de recorrência _passam. a ser de 50 e 300 anos ba tempos respectiv~ superi~ mente:. para 16 dias os tempos de recorrência sao res a 1000 anos. AS VAZÕES NO PARANAPANEMA E TIET~ Nos meses que precederam o episódio de chuvas que aqui se relata os escoamentos superficiais já se apre -- sentavam superiores às médias normais, em razão de condi ções antecedentes de precipitação e de umidade do solo. Os reservatórios de acumulação das bacias dos rios Parana panema e Tietê estavam nos níveis planejados para o perruo .do de estiagem, coincidindo praticamente com seus níveis máximos normais. As fortes çhuvas, caídas nas duas bacias a partir ...d.o dia 28}5, elevaram rapidamente os valores de va zões afluentes aos reservatórios, sem que se pudesse, de imediato, descarregar valores iguais para jusante, a· fim de não causar problemas de inundação em várias localida des. Há uma série de restrições de descargas nas usinas que são consideradas pela CESP na operação dos seus reservatórios, resultantes de edificações, pontes, estra das e casas de ribeirinhos situadas a jusante dos aprove!. CAO I 85 47 tamentos; esssas restrições sao respeitadas até que a - ri~ção dos níveis d'água nos reservatórios e as afluentes não sejam suficientes' para causar va vazoes preocupaçao quanto ã segurança da obra, ou seja, enquanto nao houver perspectiva de que a subida dos níveis possa vira causar o galgamento da barragem. Quando esta situação se altera, as diretrizes para operação dos reservatórios passam prioridade de "Controle de Cheias" para a de da "Segurança da Estrutura". As cheias ocorridas em maio e junho de 1983, nas bacias dos rios Paranapanema e Tietê, foram de magni tude tão elevada que su~eraram todos os valores dos anteriormente, e que remontam a 1931. Apresenta-se a seguir vazões máximas - observa médias' diárias afluentes aos reservatórios da CESP, ao longo des ses rios nesse evento. Rio Paranapanema Reservat6rio Jurumirim Reservatório Xavantes Reservatório Salto Grande ReserVatório Capitava 3 Qa = 2784 m /s 3 Qa = 3924 m /s 3 Qa = 4457 m /s 3 Qa ,=12684 m /s Rio Tietê Reservatório Barra Bonita Reservatório Bariri . 3 Qa = 4011.m /s 3 Qa = 4399 m /s Reservatório Promissão 3 Qa = 4348 m /s 3 Qa = 4937 m /s Reservatório Nova Avanhandava 3 Qa = 4937 m /s Reservat6rio Il:!iitinga CAO 1/85 48 Com referência às vazoes médias mensais, o quadro a seguir evidencia a excepcionalidade do evento hi dro1ógico de 1983, quando o mesmo é comprado com· I. as va- zões médias mensais de longo período (MLT). Rio Paranapanema 3 Vazões Médias Mensais em m /s BARRAGEM maiq junho . '1931/80 1983 r', 1931/80 julho 1983 1931/80 1983 Jurumirim 166 590 163 1539 151 576 Xavantes 260 1094 250 2221 236 816 Salto Grande 351 1342 340 2895 319 1116 Capivara .840 3646 863 7173 838 3193 Rio Tietê Vazõ.es. Médias Mensais em m3 /s BARRAGEM . '.' . maio ....... junho . '1931/80 1983 julho 193i/80 . 1983 1931/80 1983 Barra Bonita 304 920 279 2269 233 760 Bariri 341 1003 310 2553 259 812 Ibitinga 405 1211 374 2705 312 1041 Promissão 508 . 1403 464 2947 391 1175. N • Avanhandava . 543 1509 497 3000 418 ·1247 Os valores das vazoes médias mensais observa dos nesses 3 meses de 1983 são maiores que os registrados em qualquer mês dos 600 que correspondem as séries de 10n go período, que é de 50 anos (1931-1980). ~----------~~ ____________________________________ ~~~ __________ ~CAO J 85 49 CONSEQU~NCIAS DAS CHEIAS No dia 28/5 os reservatórios da CESP já esta vam cheios e preparados para atravessar a estação seca que, na região sudeste, ocorre normalmente entre abril e setembro. Os pluviômetros instalados em Jurumirim e vantes registraram .urna precipitação.acurnulada de· 200 (o que corresponde a 2DOlitros de água por metro Xa mm quadra do de terreno) , entre os dias 28 e 31; chuvas fortes,inin terruptas; distribuidas uniformemenbe em toda ·a área. consequência, vazões muito altas afluiram aos Em reservató rios, provocando a necessidade de descargas significativa mente altas p~los vertedores durante vários dias, o - que afetou consideravelmente instalações, vias de acesso e obras de proteção na parte jusante das usinas. Ainda sob o impacto destas vazões, outras· ch.uvas ahateram-se sobre as áreas já castigadas, atingindo~se o pe'ríodo mais críti co nos dias 6 e' 7 de· junho, 'quando 0$ pluviômetros regis traram perto de 140 mm na região a montante de Xavantes. No dia 7 de junho o reservatório de Jurumirim estav~ a 45 cmdo nível máximo de segurança de projeto ·e suas çomportas, totalmente abertas, descarregavam 3 de 2700 m /s; em Xavantes o reservatório chegou a 20 cerca cm 3 abaixo do. nível máximo maximorurn, . descarregando 3370 m /s. A partir do dia 8 as chuvas foram diminuindo mas só cessaram no dia 13. A relação apresentada a seguir, dos principais danos verificados nos aprovei tarnentos . da ·CESP e à jE . sante reflete bem a severidade das tormenfas que, durante 16 dias, castigram parte significativa da região sudeste. CAO 1/85 50 JURUMIRIM - Em ambas as margens houve praticamente ruina total do muro de pedras arrumadas e erosoes a pronu.!! ciadas. Na margem direita, a estrada teve um trecho total mente destruído, o que impediu o .acesso de cargas pesadas â usina. - O dique de enrocamento, destinado ao contr~' le do nível d' ágUa de j usan te foi parcialmente destruído. - No muro lateral esquerdo do vertedouro, sua extremidade de jusante, ocorreram danos na laje em de conCreto e erosões no terreno adjacente. - A usina da Companhia Luz e Força Santa Cruz, localizada junto a cidade de Piraju, cerca de 32 km a ju sante de Jurumirim, teve suas instalações inundadas e da nificadas pelas águas, que provocaram galgamento da barra gem, que s6não sofreu maiores consequências por ser in teij:'amente construída de concreto. ~ A captação de águas da SABESP, que abastece a cidade de Piraju, teve suas atividades suspensas por vá rios dias devido a inundações no seu sistema de recalque. XAVANTES - Na margem esquerda ocorreram danos à canale .. ta de drenagem adjacente ao muro lateral, / .. ~avimentode destruição do concreto da estrada existente, erosões na en costa ao lado da estrada e generalizadamente, erosões n~s margens, em considerável trecho a jusante da bacia de dis sipação, onde existia estrada auxiliar. - Ocorreram alguns deslizamentos superficiais na encosta da margem direita, que causaram danos à estra CAO I/85 . 51 da de acesso à crista da barragem. - Na área da subestação ocorreram deformações e arrancamento de blocos do muro marginal, constituído de pedras arrumadas. A jusante de subestação, ocorreram sões generalizadas, afetando a faixa sup~rior ero dos taludes do selo onde não havia proteção de enrocamentol. - O edifício do.Núcleo Administrativo da rência Regional teve o seu pavimento inferior Ge inundado, o' que se deu também. com o páteo do almoxarifado anexo • . - Devido à elevação do nível d'água a jusante, ocorreram inúmeras infiltrações em diversos locais da ca sa de força e na área de montagem. - Foram danificadas três pontes rodoviárias e uma ferroviária que interligam os Estados de são Paulo - e Paraná. - Olarias, ·portos de areia e casas da popula ção ribeirinha foram duramente atingidas, havendo em aI guns casos perda total qe instalações. CAPIVARA - A ação do fluxóatravés do rápido do verte dor causou erosão acentuada a jusante, na margem direita, inclusive com a exposição das fundações de duas torres de transmissão. - Houve erosao no concreto do rápido do verte dor. - Ocorreram problemas de erosao no aterro estrada de acesso e no enrocamento.de proteçao do da talude .de jusante da barragem. Devido às altas vazoes liberadas por Capiv~ L.-_ _ _ . . . . . . . . . _ - _ ... - .. - - .- - _ _ _ ._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _-.J -'7-~-~.-. CAO IL85 52 ra, houve necessidade de retirar as famílias de pescado res que habitavam uma ilha logo a jusante da usina. ilha, sob o efeito erosivo das águas, praticamente Essa desap~. receu, restando apenas uma grande laje de pedra. - Ocorreram danos em olarias, portos de areia e em algumas pontes que interligam os Estados de são Pau lo e Paraná. BARRA BONITA - Embora submetida a vazoes excepcionais, ne nhum problema aparente foi observado nesta usina.· :~, ;Houve problema de inundação em algumas ruas e praças da cidade de Barra Bonita, havendo também, a ne cessidade de se interromper a navegaçao. - ."'" Ocorreram danos em olg,rias e portos de areia, localizados a jusante da usina • . - A captação de águas da cidade de . Pereira Barreto foi inundada e foi implantado um esquema alterna tivo, de emergência, para atendimento ã população. - Várias casas, portos de areia e plantações foram inundadas e muitas famílias retiradas de áreas . heirinhas no trecho do Tietê entre a usina de Nova ri Ava· ilhandavae Pereira Barreto·. BACIA HIDROGRÂFICA DO RIO RIBEIRA DO IGUAPE CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA Gênese das chuvas A bacia do rio Ribeira do Iguape participa in teiramente das condições meteorológicas peculiares do Sul CAO I/S5 53 ·do Brasi 1, sofrendo com freqUência a açao das massas a~ e das perturbações frontais que assom leira, ao sul da Bahia. A região, na maior a costa de brasi parte:~do tempo, fica sob a ação da massa de ar Tropical Atlântica, T a ,con trolada pelo anticiclone subtropical semipermanente do Atlântico Sul. No centro desta massa, a temperatura é extre mamente homogênea e permanente; nos bordos ocidentais, po rém, que atingem a costa, devido justamente à influência continental, à corrente do Brasil e outras influências 10 cais, a camada inferior é instabilizada, sobretudo no ve rão, ao estender-se o anticiclone tropical sobre todo o continente, com elevadas temperaturas provocadas pela aI ta insolação. Esta situação básica é perturbada pela inva são damassa do ar Polar Atlântica, P , resultante da cir a culaçãO meridiana. Esta massa origina-se abaixo de 40 0 de latitude Sul, e o ariconstituinte é mais frio que o conti nente em qualquer época. O contacto dessa massa de ar com , . , a massa Tropical Atlântica forma a Frente Polar Atlântic~ em latitudes da ordem de 35 0 Sul. O avanço desta frente para o norte, ate.. ,cerca de 1 Oo no inverno e'200 no.verao, provoca as conhecidas ~erturbações, cuja passagem pela re gfão da baciél caracteriza-se por fortes precipitações e . mudanças dos ventos prevalecentes de oeste para o quadran te Sul. Dando o maior afastamento do paredão da serra. do Mar, na região do baixo curso do Ribeira do Iguape, é mais raro a frente permanecer estacionária no litoral Sul do Estado de são Paulo .do que no litoral norte, sendo- normal mente estas perturbações de curta duração. CAO 1/85 54 De um modo geral, pode-se admitir que a suces são habitual do tempo depende do controle da massa Tropi cal Atlântica, da invasão das frentes frias e, em menor grau, de incursões das massas de ar Tropical Continental, T ' que raramente atingem a região no verao, da C - permanen cia da frente estacionária, também rara, e de oclusões e ·frontogênese originadas pelo relevo. DistribUição espacial e temporal das chuvas Na bacia hidrográfica do' Ribeira do:· f' Iguape chove~ em média, cerca de 1.400 rnrnjano, sendo a sub-bacia do rio Juquiá, com 1.500 mm/ano, bem mais chuvosa do a sub-bacia do Ribeira. Nesta sub-bacia ocorrem .. a re'as. em que a chuv,c:t anual fica pouco acima dos 1.000 mm, corno - que no trecho entre a cidade de Capela do Ribeira.e a foz do rio Turvo. o trecho mais chuvoso da bacia abrange .;'; as ãreas drenadas pelo baixo curso do Ribeira, a jusante de Registro. Urna visão mais pormenorizada da espacial da chuva normal anual na bacia é las isoietas apresentadas na Ilustração 04., distribuição propiciada pe Isoietas sao linhas que . ligam os pontos onde são iguais as alturas de precipitação pluviométrica recolhidas durante determi·.nado intervalo de tempo. Para o traçado dessas isolinhas, ram utilizadas as séries de dados pluviométricos fo disponí veis para períodos com cerca de 40 anos ou mais de dura ção, disponíveis para Os postos de Iguape, Registro, Sete. Barras, Cananéia, Curitiba, Itararé, Ivaí, Sumidouro, ro Azul, Pedro Barros, Juquitiba, Juquiá, Iporanga, Ce~ Cap~ CAO 1/85 58 ragem de fechamento do Valo Grande, devolvendo o rio ao seu aptigo curso para seu desaguadouro no oceano. A questão das cheias na bacia' do Ribeira tor na-se crítica para o curso inferior do Ribeira e seus tri butários desse trecho, destacando-se o rio Juquiá e seu formador, o são Lourenço. As freqüentes inundações de amplas áreas de cultivo, vicinais aos cursos d'água, e de cidades ribeiri nhas é um fato que tende a se agravar a cada dia em vista do pr6prio' desenvolvimento do vale. A mitigação dos efei tos danosos daí advindos é tarefa árdua e onerosa, urna vez que, além de outras medidas, serão necessárias barra gens de acumulação artificial e obras de proteção de áreas baixas. Contudo, é bom lembrar que o problema __ tirá, podendo-se no máximo diminuir sua persis freqüência e mi nirnizar os danos. A grande cheia de maio-junhe/1983 As chuvas que geraram a cheia de rna3Jo...,j unho/,83 Não se pretende tratar aqui da dinâmica atmosfera, onde,se procura interpretar o jogo das da massas de ar que deram origem às intensas chuvas que assolaram a região Sul do Brasil durante os meses de maio e junho de 1983. As análises, a seguir abordadas, tratam nas do posicionamento, em relação ao passado, dos ape quanti tati vos de chuvas ocorridas na bacia do Ribeira.' Quando se trata do estudo de grandes Um dos critérios de análise é verificar seu chuvas, posicioname!! CAO 1[85 59 to em relação. às outras grandes ocorrências verificadas no passado. Para tanto, pode-se lançar mão do gráfico envoltória das maiores chuvas observadas durante o da . per1~ do àe registro nos postos pluviométricos, o qual é obtid~ para cada posto, a partir dos máximos valoles das chuvas diárias acumuladas para durações prefixadas. Utili zando-se desse" método, foram cal'culadas as precipi tações máxi"mas acumuladas para 1, 2, 3, 5, 15, 2n, 30, 40, 60 ê 90 dias consecutivos para os 10, postos de Juquiá, Juquitiba, Capela da Ribeira, Turvo e Cerro Azul. Os valores máximos da série até i982 foramplotados, dando origem:" às envoltórias das máximas chuvas das anteriormente. Conjuntamen~e, observa como se pode ver na I lustração 06 foram plotados os valores correspondentes às - chuvas de maio-junho/83. A análise dos resultados obtidos, te"ndo por base a Ilustração 06, permite verificar que a chuva de 83 ultrapassou em muito a envoltória das máximas chuvas nos postos de Capela da Ribeira, Cerro Azul e Turvo, represen tativos das sub-bacias do Ribeira. Esta superioridade da chuva de 83 é notória para durações entre os 15' a 30 dias. Foram justamente essas grandes chuvas, ~oncen tradas no período entre meados de maio e de junho/83, que deram origem aos níveis "d'água extremamente elevados, re gistrados nos postos fluviométricos ao longo de todo o curso principal do rio Ribeira. "Voltando à análise dos gráficos da Ilustração 06, focalizando agora os gráficos de envoltória das máxi mas e da chuva de 83 para os postos de Juqüitiba e Juquiá, pode~se verificar que aí a situação se inverte, ficando a CAO 1/85 61 .chuva de 83 bastante aquém das máximas observadas, e isto para qualquer duração. Esta constatação evidencia uma distribuição espacial da chuva de 83,.em que a área mais .assolada a da sub-bacia do Ribeira, principal produtora dos foi gra~ des déflúvios que atingiram o baixo curso do rio. Conclui-se do exposto que n~ maior parcela da bacia do Ribeira, notadamente no território paranaense, a chuva de maio-junho/83 foi a maior até hoje registrada pa ra durações entre os 15 e 30 dias, o que deu origem, como não poderia ser diferente, aos maiores deflúvios já obser vados na calha do rio principal. Daí as inundações e seus efeitos sobre o homem e o meio ambiente. A cheia de 1983 e seu trânsito ao longo do Ri , beira As grandes chuvas que caíram na bacia nos ses de maio e junho/83 caracterizaram-se por três me perí~ dos de 1 a 5 dias de chuvas concentradas, dando origem a um hidrograma .de cheias com duração da ordem de 1 mês, e t-:rês picos, conforme se pode constatar na Ilustração 07. A análise dos gráficos dos níveis d' água nos postos plu viométricos de Capela da Ribeira, Iporanga e Registro,mo~ trados nessa ilustração, permite verificar que as maiores cotas limnimétricas ocorreram nas seguintes datas: - posto de Capela da Ribeira: 20/05, 28/06 e 09/06; posto Iporanga: maio não tem registros, 10/ 06 ; - posto de Registro: 23/05, 01/06, 12 e 14/06. CAO 1/85 62 BACIA DO RIO RIBEIRA DO IGUAPE CHEIA DE 1983 N iVE IS D' ÁGUA OBSERVADOS , , NIVEL D'AGUA ( m) 10,-----~------------------.---------------------~ 34---- 2 1 o JUNHO/83 MAIO/S3 ~~--~~------------------------~--~--------~ HIDROGRAMA DE (MES) CHEIAS ilustração 07 CAO 1/85 63 Nos postos de Capela da Ribeira os maiores ní veis fonam atingidos em 20/05, sendo o de 28/05 o segundo maior e o de 09/06 o menor dos três picos. situação semelhante ocorreu no posto de Ip2 ranga, conforme se apurou com base em informações locais, já que os registros para o mês de maio não estiveram dis ponfveis. inverte, No posto de Registro a situação se sendo os níveis máximos de cada onda de cheia cada vez mais altos, culminando com.l.a ponta máxima em 14/06. Note -se que no dia 12/06 o .nível praticamente igualou o de 14/06, porém este decorreu de um quarto repiquete, ocorri do em 12/06, nos postos de montante. ~ interessante observar que as ondas·de' cheia em Registro apresentavam-se cada vez maiores. embora no aI to curso do Ribeira elas se apresentem decrescentes no tempo. Este fato decorre da diferença de comportamento da calha fluvial nos diversos trechos do rio Ribeira. No seu curso médio e superior, onde se situam os postos de Ipo ranga e Capela da Ribeira, as declividades são elevadas e ã açUJnulação natural da calha é bastante reduzida em ção das margens bem altas. No seu curso inferior, mente ajusante de Registro, Como as baixadas fun notada marginais adjacentes à grande calha fluvial são amplas, o rio extra vasa facilmente e, em conseqüência, a acumulação natural retém imensos volumes d'água: é a capacidade natural de regularização do rio. Assim, quando a primeira grande onda de cheia atingiu o baixo curso, entre 20 e 23/05, encontrou-o zio e o pico da cheia em Registro, e no trecho de ~ __________________________________________ ~ va jusant~ __________________________ ~C1l0_U85~ ____ ~ 64 ficou abatido pela acumulação na grande calha e nas vár zeas ribeirinhas. A segunda onda, entre 28/05 e 01/06, já o encontrou com muita água armazenada, decorrendo daí ní veis mais altos do que a primeira em R~·gistro. A terceira onda de cheia, entre 9 e 12;06, encontrou o baixo I~' curso todo inundado e, portanto, sem possibilidades de . abater sensivelmente as cheias, decorrendo então o máximo em Registro, embora o volume da onda advinda das nível cabecei ras fosse inferior a cada uma das ondas anteriores. Essa capacidade natural de acumulação do xo curso do Ribeira é que é responsável pelo bai abatimento de grandes cheias vindas das cabeceiras •. No entanto, quan do ocorrem chuvas excepcionais, como a de 1983, dando ori gem â seqüências de ondas de cheias, este componente natu ral de mitigação das enchentes perde grande parte de sua . influêricia, e as inundações sio inevitáve~s • . Finalmente , ainda com referência à Ilustraçio 07 vale notar a defasagem entre os picos das cheias, con forme seu trânsito ao longo da câlha. Assim, pode-se esti mar um tempo de trânsito de cerca de 3 dias entre Capela da Ribeira e Registro, cobrindo uma distância da ordem de 210 km, Entre Iporanga e Registro, trecho com 140 km de extens~b, em aproximadamente, o tempo de trânsito está torno dos 2,5 dias. O rápido deslocamento entre Capela da Ribeira e Iporanga deve-se à c.alha encaixada e com eleva da declividade. CAO 1/85 - ·INSTRUÇÃO BÁSICA CAO I 85. 65 INSTRUÇÃO BÂSICA PREPARATORIA Distribuição por Bacia Hidrográfica No sentido de facilitar o EM/PM para a elabo raçao do plano de Instrução Básica (Nota de Instrução), as UOps, Gls e GBSs da Capital e interior foram baseando~se distribuidos em suas áreas de atuação correspondentes às ba cias hidrográficas. O estudo da distribuição tática .dos,re.. cursos humanos e materiais disponíveis, ao longo das re gipes onde existe a probabilidade de inundações, vem litar o estabelecimento do planejamento faci globalizante finalidade de promover a instrução básica em cada com . !Régião hidrográfica (Tabela I e Tabela 11). Cada GI - QU capi Btl sediado no interior ou tal do Estado ~ que possui área de atuação circunscrita den tro dos· limi tes prováveis de ocorrência de inundações (rios, represas, barragens, reservat6rios, etc), deverá um efetivo mínimo preparado para ocasiões de 'possuir inundações reais. A execução da Instrução Básica de·verá ser de sefi,volvido pelos integrantes dos. Gls e GBSs da capital e interior do Estado. Baseado em pesquisa mais pormenorizada dos . principai s êrros cometidos em inundações anteriores, vimos que a preparação básica, no que diz respeito aos assuntos de resgate e salvamento, do nosso Policial Militar das UOps ou Gls, é 6 principal fator que induz ao seja cometi mento destes erros. Seja no aspecto do preparo físico rníni mo indispensá~el para execução de tais missões, ou na lização correta dos. meios materiais disponíveis, uti devemos CAO I 85 ·I distribuição dos'G/S e GBSS para coordenação do pessoa/ das uOPS correspondentes às .zonas hidrógróficas. ZONA HIDROGR. 1 SUBZONA HIDROGRMICA .' .' . GI ou GBS LOCALIZAÇÃO , TABELA I . BPM/I SEDE li. PIRAcrCABA Abrange a bacia do rlo Piracicaba desde as cabearl ras até sUa. foz no rio Tietê. - 79 GI 10.9 BPM/I PIRACICABA 12 •~IO TIE'It SUPERIOR Abrange a bacia do rio Tietê a jusante da barragem Barra de Pirap:>ra do Ban Jesus até a barragem de ~,..,; .... 79 GI 129,BPM/I BOrUCATU Abrange a bacia do rio Tietê desde as cabeceiras ate"'a barragem de Pirap::>ra do Bom Jesus GSP ", 13.ALTO T~ 2 3 4 (") > o -co CJ1 Abrange a bacia do rio Tietê a jusante da barragem de Pramissao até a oonf1uência a::xn o rio paraná • 109 GI 29 BPM/I ARlIÇATUBA 22 .MEDIO T~ .Pbrange· a' bacia do rio Tietê a jUsante da barragem de Barra Boni ta até a barragem de Prcmissão. 109 GI 49 BPM/I BAURO J.1.AGUAPEt Abrange a gacia do rio Aguapeí, desde ras até sua foz no rio Paraná. as cabecei 10.9 GI 99 BPM/I MARtLIA 32. PEIXE Abrange a bacia do rio do, Peire, desde as ras até sua foz .no rio Paraná. cabecei 109 GI 259 BPM/I DRACENA 109 GI 189 BPl-1!I PRES • PRUDENTE . 109 GI' 229'BPM/I ITAPEl'ININGA 21.BAIID ~ 41. B,~ '-'_ .. -P , .. ' ...... APANEMl{ ALTO' . 42· PARANAPAN»1A Abrange o trecho paulista da bacia do rio Parana~ 'nerra, a jusante da barragem de Olavantes, até sua lY'Infi llPnri rl rnn o rio Paraná Abrange o trecho paulista da bacia do rio Paran~ nerna, desde as cabeceiras até a barragem de Olavan rp~ . - 0'\ -..J . I .. cont •. TABELA I I \ i I ZONA HID.R0GR. 5 \ SUBZONF. HIDROGRAFICA I LOCALIZAÇÃO 51. RIBEIPA DE IGUAPE Abrange o :trecho paulista da bacia do rio Ribeira de' 19uape, bemc:ono as bacias costeiras até cs li E LITORAL SUL rni tes de Peruibe ' Abrange as bacias costeiras desde perúibe até limi 52.BAIXADA SANrIS'm tes de são Sebastião 53. LITORAL NORrE Abrange as bacias costeiras desde' são Sebastião até cs lirni te:; do Estado cb 'Rio de Janeiro, incluindo GIou GBS ; BPM/I SEDE 69GI 149 BPWI REGIsrID 69 GI, 69,; , , 219 BPWI CUBATÃO 209 BPM/I S •SEBASTIÃO 119 GI Tlh;:lh~l;:l, I 6 I 7 61.PARA!BA 00 SUL Abrange a bacia 'do rio Paraíba do Sul, desde as ca beceiras até cs limites do EstaCb do Rio .de Janeiro 11<;> GI ' 239 BPWI CRUZEIRO 62. MANI'IQUEIRA Abrange a bacia do Rio Sapucaí-r-ti.rim, desde as ca beceiras até cs limites do Estado de Minas Gerais-:- 119 GI 19 BPWI S .Josg ros CAMEOS 71. PADID-GRNIDE Abrange o trecho raulis ta da bacia do rio Grande, entre a foz do 'rio Sapucaí e a barragem de Marim 99 GI 39 BPM/I RIBEIOO PREI'O c.r 159 BPWI FRANCA Abrange a bacia do rio são José ébs Dourados ,desde as cabeceiras até sua foz no rio Paraná. 99 GI 169 BPWI FERNANOOroLIS Abrange o tremo paulista da bacia do rio Grande, desde a barragem de Marimbondo até sua confluência rom o rio Paranaíba. 99 GI 179 BPWI S .JosE: 00 RIO PREl'O 1:. 72 • SAPOCJú-GIWIDE ..:3. Grande Abrange o trecho paulista da bacia do rio entre a barragem de Estreito e a foz do rio Sapu- . 99 caI. • 8 81 sÃO JOSg" rx:s 'OOURAlX)S 82. TUR\Q-GRl\NDE (") o> .... 00 UI .. ' 69 direcionar nossas instruções para cobrir esta lacuna uma vez que se apresenta como o setor mais carente dentro da nossa estrutura organizacional. Para uma prestação de socorro imediata e efe tiva nos casos de grandes inundações deve~se canalizar to dos os esforços (que também tem sua fase preventiva) na execução da missão para que se obtenha pleno êxito. Por imperativo da doutrina básica de Defesa Civil vimos que é de plena competência da Polícia Militar, a execuçao de todas as providências que dizem respeito evacuaçao, salvamento e resgate de pessoal ilhado em ~ a inun dações. Esta prestação de socorros, quando executada de ma neira precária e improvisada, e principalmente quando se . utilizam pessoal não qualificado que não estejamdevidamen - sempre te preparados, normalmente ocorrem erros e quase perdas humanas. Quando o homem não recebe nenhuma instrução preparatória a uma deterrninadaocorrênaia mesmo que seja eventual, muitas vezes no afã de salvar ou movido pela pr.§ pria emoção ante o impacto do fato, sua participação pod~ iâ têz' cO!1sequências sérias acabando. por trazer sérios pro blemas para a corporação, pois é sabido que muitas tarefas do socorro exigem um mínimo de preparo, 'e conhecimento téc nico do material empregado. Nosso interesse, ao fornecer subsídiosbási cos para a elaboração de um plano de Instrução, está calca do em experiências anteriores de alta relevância. Um Pltano de Instrução abrangendo osGBSs como coordenadores da ins trução, os GIs como mediadores e os 'BPHs como apoio bem co mo os voluntários civis, se forma imprescindível face ~ a CAO I/85 '-. 70 . . 2: Q. O. --,t3l <.> :E ..0= Q. O· CIl 10 ts ().'I: ::li ~ (J)~ .f;:; - ·0 . O: 2: \:l. 0 Q. -8 UI E1: t).§ 0 ~l ~ 0° ~t 4::~ L __ ~ _________._ _ CAO IL85 71 iminência de grandes chuvas já no próximo ano de 1986 (con forme previsão baseada nos chamados "dilúvios cíclicos de cenais"), uma vez que nenhum órgão isoladamente terá infra estrutura e condições de enfretar ocorrências de calamida grandes· des provocadas por inundações principalmente de proporções, como estas que atingiram os Estados do Sul em 1983 e o Nordeste no início deste ano de 1985. SUBsiDIOS PARA O PLANO DE INSTRUÇÃO BAsICA OBJETIVOS D~tar os diversos segmentos da Corporação de conhecimento e preparo técnico necessário, para que, tro da área de sua atuação, a Polícia Militar em - den coordena ção com os órgãos da Defesa Civil face a even,tos que afe tam gravemente a comunidade, ob~enha condições mínimas ne cessárias para a execução de tarefas relacionadas ao salva mento e resgate de flagelados nos casos de grandes inunda ções nas diversas bacias hidrográficas do Estado de são Paulo. .o planej amento. da Ins.trução Básica visa· pre· ... , .... cipuamente o preparo de contingente mínimo necessário para atendimento coordenado com os demais órgãos da ria Estadual de Defesa Çivil, distribuido Coordenado equitativamente nas di versas regioes compreendidas nas Bacias hidrográf! cas de são Paulo. Evidentemente que o planejamento de Instru ção Básica objetivando o preparo técnico do pessoal da lícia 1·U1i tar, Corpo de Bombeiros e também Po voluntários ci vis, tangencia-se com o plano de ação e'm operações reais, CAO I 85 72 desta forma o Plano de Instrução Básica reveste-se de racterística preventiva preparatória para a ca eventualidade de ocorrência de fato. Para cobrir eventual custo operativo da trução Básica poder-se-á recorrer à CEDEC - Ins Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, no sentido de suprir as necessi dades em material (diplomas, apostilas, etc) que serãouti lizados na Instrução. EXECUÇÃO Para execução da Instrução Básica seriam dis tribuídas missões aos Gls e GBSs da Capital, Litoral e In terior do Estado, com áreas correspondentes às Bacias Hido gráficas 'onde se localizam os BPM/M ou I, no que se refere -- coordenação da Instrução e alocação dos recursos humanos e materiais. Além dos Batalhões de Area correspondentes meio às Bacias Hidrográficas poderão ser selecionados no I civil Grupos de Voluntários que participarão da . Instrução integrando também o efetivo que irá compor o Plano de ação nos casos de Grandes Inundações em nosso Estado. O Planejamento da. Instrução ·.Básica, quando visa o preparo técnico do pessoal Bombeiro, Policial Mili tar e Civil, tangencia-se com o. plano de Operações para si tuações reais. Assim,Q Plano de Instrução Básica, reveste -se também de características preventivas preparatórias p~ ra eventualidade da ocorrência. PESSOAL BOMBEIRO Caberá ao pessoal do Corpo de Bombeiros a CAO 1/85 73 execuçao da Instrução Básica Preparatória aos integrantes dos Batalhões de Area e Voluntários Civis, objetivando do tar a região circunscrita dentro da Bacia Hidrográfica cor respondente, de efetivo mínimo necessário preparado para o cumprimento das missões de resgate e salvamento, nos ca sos de grandes inundações •. PESSOAL PM De 'acordo com a doutrina do Manual de Defesa Civil, temos que nas áreas do Estado onde estiverem das Unidades da Polícia Militar e o~tras sedia frações Policiais Militares, a tropa, os meios de comunicação e outros recur sos disponíveis serão empregados no socorro e assistência às populaçõ~s atingidas por calamidades públicas. -- Poderão ser englobados para a participação na Instrução Básica os componentes das Guardas Municipa:i,.s. PESSOAL CIVIL-VOLUNTARImS Poderão ser selecionados dentro da comunida de local, elementos que voluntariamente manifestam odese jo de colaborar nos grúpos de resgate· e salvamento de popu lações ilhadas nos casos de grandes inundações. Também de. acordo com o Manual de Defesa Civil; compete à Polícia Mi li tar, o planej amento e a execução das operações policiais militares de Defesa Civil, incluindo a atuação de Grupos Voluntários Civis. INST,RUÇÃO BAsICA PREPARATÓRIA Em seguida relacionamos os principais ítens L -__________~______~____________________~________________________~C~O_U&5~ ______ ~ 74 necessários para serem abordados na Instrução Básica Prep~· ratória. Para tanto dividimos a instrução em: Conhecimento do Material Teoria Prática na água l-laterial Barco de Madeira Barco infláve 1 Barco de Alumínio ~!otor - de popa Remos Cóletes Salva-vidas . Cordas de ny lon Teoria Reanimação Artificial t Método Holger-Nielsen Método Bôca a Bôca Prática na água Reboque peito cruzado Reboque nadador cansado Prática com embarcações L -_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _~_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _~ CAO 1/85 75 INSTRUÇÃO B~SICA NA GRANDE S.PAULO ENCHENTES NA GRANDE S.PAULO GENERALIDADES As enchentes na ~rea Metropolitana de são Paulo têm sua origem no funcionamento deficiente de seus meios hídricos, constituídos por: a) galerias de ãguas pluvi~is: b) córregos e sistemas de drenagem de fun dos de vales. urbani zados: c) coletores principais, geralmente intermu nicipais, constituídos principalmente pe los rios Tietê, Tamanduateí e Pinheiros. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS COM ~mIOR PROBABILI DADE DE INUNDAÇÃO NA GRANDE SÃO PAULO 1. RIO TAMAN.DUATE! g o que apresenta o maior problema por ser. o escoamento natural das ãguas pluviais de uma ãrea·· de grande concentração urbana e apresenta além disso, alguns pontos mais baixos que suas margens, como por exemplo a Baixada· do Glicério. Não obstante a canalização de parte deste Rio, apresenta ainda problemas incidentes na Ponte Pacheco Chaves para a montante, principalmente até a foz do Ribeirão dos Meninos. 2. RIO TIET~ O Tietê é o Rio coletor mór de todas as CAO 1L85 JOSÉ CAMPC /. . SERRA Ilha 1/"nI' ,'] ,(, 1~ l"1 ÁREAS COM MAIOR PROBABILIDADE D~ l~u'F~d ATLAJ~ Icm=5km ESCALA 1:500.000 5 o 1""1,,,,1 Ilha tio MIlf'U' 5 I " lO km Projeçao Universal Transversa de Mercator 77 águas da Grande são Paulo. Por isso, nele se fará sentir, de forma aguda o problema do aumento progressivo das va zões provenientes da constante urbanização. Além dos pon tos assinalados na Planta 01, existem áreas alagáveis nas várzeas, que naturalmente depend~rá da intensidade da afluência na montante. 3. RIO PINHEIROS Na confluência do Pinheiros com o Tietê e xistem comportas que possibilitam operar o nível do Pi nheiros satisfatoriamente - isto é, quando fechadas nao permitem que as águas do Tietê inundem o Pinheiros, man tendo, portanto, o nível deste rio totalmente sob contro le. Mesmo assim, apresenta alguns pontos alagáveis como, Região do Jaguaré, proximidades do CEASA, e sob tais as Pontes de Pinheiros (Av. Eusébio Matoso) e João Diasipri.!! cipalmente. 4. RIO CABUçO DE CI~~ Este rio apresenta áreas inundáveis em chos densamente povoados tais como a confluência da tre Via Fernão Di as. 5. RIO BAQUIRIVO-GUAÇO Este Rio apresenta pontos críticos sujeitos a inundações dentro da área. de influência do aeroporto de Cumbica e alguns pontos dentro do município de Arujá. 6. RIOS JUNDIA! e TAIAÇUPEBA Es·tes rios apresentam áreas alagáveis seus trechos inferiores, principalmente nas nos proximidades L -_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _- - ' CAO 1/85 78 · das confluências com a RFFSA e Estra Velha Rio são Paulo (até a foz no Rio Tietê) . 7. RIO NEGRO Inunda a área central da cidade de Mogi das Cruzes e o bairro de Ponte Grande. 8. RIO ARICANDUVA Apresenta maior problema junto a confluên cia com o Rio Tietê. 9. RIO PlRAJUSSARA Não obstante as obras de canalziação (sus pensas em dezembro de 1982) apresenta problemas na di vi sa de Taboão da Serra-São Paulo, na área central de Ta- boão da Serra e alguns pontos do município de Embú •. 10. RIBEIRÃO DOS MENINOS Este rio apresenta problemas praticamente em toda extensão, abrangendo também as Zonas Centrais S. Bernardo do Campo e são Caetano. O ponto crítico de prig cipal localiza-se na área correspondente à Foz. Para o desenvolvimento da Instrução Básica na Região Metropolitana de são Paulo, fica estabelecido os limites geográficos dos GBSs e Gls, no tocante ao namento dos recursos humanos (PMs aci~ e Voluntários Civis) , localizados dentro da área de. atuação de cada órgão, con siderando-se a maior proximidade dos pontos críticos le vantados~ Assim, seriam distribuidos os Gls, GBSs e UOps/BPNs de acordo com a Tabela lI. pág.19 CAO 1/85 I BPM/M • distribuição dos GB.S$,G/S e correspondentes aos rios da capital e .Grande são· paulo Bacia Hidrográfica Rio Correspondente 01 I ALTO TIET~ I SUB-ZONA ·<GBS GI BPM/M Município 19 GI 29 GI Centro são Paulo 19 GBS 39 GI 59 GI Z.Norte Z.Leste são Paulo Pinheiros 29 GBS 49 GI Z.Oeste Z.Su1 são Paulo Cabuçú de Cima 19 GBS 29 GI Z.Norte são Paulo Baquirivú-açú 19 GBS 59 GI Z.Leste Cumbica Arujá Jundiaí e Taiaçupeba 19 GBS 59 GI Z.Leste Ferraz de Vasconcelos Suzano Negro 19 GBS 59 GI Z.leste Mogi das Cruzes Aricanduva 19 GBS 39 GI Z.Leste são Paulo PirajUssara 29 GBS 49 GI Z.Oeste são Paulo Ribeirão dos Meninos 19 GBS 89 GI Z.Su1 ABC Tamanduate! 19 GBS Tietê \ HIDROGRÁFICA (') o> 13 ~"- ' - CONCLUSÃO' , CAO I 85 80 CONCLUSÃO '.' S Ana:u1zan d' o-se a t en t amen t e t o d os os estudos abordados nesta monografia e levantamentos existentes bre o problema, podemos concluir que as inundações so consis ·tem em fenômeno natural, que ocorrem sempre que a vazao a ser escoada é superior à .capacidade de descarga normal da calha do curso d'água nos'rios do Estado de S. Paulo. Esse fenômeno, entretanto, torna-se importa~ te do ponto de vista Polícia Militar, quando as áreas mar ginais são, ou necessitam ser, ocupadas por atividades hu manas que são prejudicadas com a presença das águas. As inúmeras perdas humanas, e os inconvenientes que se verif! caro podem, então, justificar o emprego coordenado da corp9. ração com os demais 6rgãos participantes da CEDEC. Temos ainda que admitir que.o fenômeno das inundações, quer seja produto de descaracterização das es tações do ano, ou processo cíclico devido as diversas in fluências atmosféricas, a verdade é que ele existe de for ma potencial e latente em nosso território nacional e tam bém dentro do Estado de são Paulo. Os órgãos que estão timamente ligados aos problemas referentes ao in aproveitame~ to dos recursos hídricos do Estado procuram minimizar efeitos desastrosos das cheias, adotando medidas que os con sistem na evacuação da população de áreas potencialmente i nundáveis, construção de diques temporários, etc. Pav.a que um plano de defesa desta natureza tenha êxito é necessário que exista um sistema de previsão de cheias e que o tempo para a chegada da onda de enchente seja suficiente ara o aviso às popula oes e a execução das CAO 1/85 81 medidas preventivas. O funcionamento do Plano de evacuaçao das populações ribeirinhas às bacias com problemas de en- chentes exige que os órgãos da Defesa Civil e Polícia Mili tar sejam suficientemente ágeis, com elevado nível de cons cientização e treinamento com reciclagens periódicas para que tenham comportamentos adequados em face de situações reais. O DAEE esta instalando equipamentos metereo 16gicos (RADAR) em pontos estratégicos do Estado para tecção de frentes co~ ~robabilidades de grandes descargas de chuvas, de forma a transmitir dados que darão uma cedência maior, em tempo hábil para o de ante d~sencadeamento do PLANO DE OPERAÇÕES PARA GRANDES ENCHENTES. Um P lanej amento. que te·nha conlo finalidade - o preparo de um contingente mínimo civil e Policial Militar, distribuído nas cidades pr6ximas às bacias hidrográficas d Estado com maior possibilidade de inundações como foi ampIamente levantado no decorrer desta monografia, vem preen .cher (cobrir) uma lacuna dentro da Polícia Mili tar urna vez que, não obstante a corporação estar enquadrada textualmen te dentro dos planos de articulação dos órgãosope~acio nais da CEDEC, competindo-lhe inclusive a coordenação dos grupos de evacuação e salvamento bem com o planejamento de suas ações, atualmente não possui nenhum plano específico preventivo no caso de inundações de grandes proporções. Cabe também à Polícia Militar, sendo de sua inteira competência, o planejamento e a execução das opera .ções 01 policiais-milit~res de Defesa Civil, incluindo a abua • ção no que se refere ao preparo e treinamento de Grupos Vo luntários Civis e o emprego dos recursos materiais necessá CAO 1/85 82 rios para as operações de resgate e salvamento~ Nossa monografia tem como escopo a materiali zação da nossa contribuição obrigatória já prevlstá em gislação, conferindo características de planejamento le oper~ cional dos nossos recursos humanos e materiais, no sentido de estabelecer situação de identidade funcional análoga aos outros órgãos que contribuiem igualmente para o proble ma. Calcado num trabalho de planejamento de ins tiução nos di versos Btls e Gls locali zados próximos às re giões vulneráveis à inundações do Estado de são Paulo, do taremos a Polícia Militar de contingente mínimo necessário para urna atuação coordenada ã altura das nossas tradições. Lembremo-nos que à medida que o fenômeno - me~ereológico i nundação apres.enta-se . de forma progressiva', o que se veri fica é o cometimento de ações desordenadas que levam ao êrro e consequentemente a perda do controle da situação. Devemos pelo menos tentar evoluir para um posicionamento mais efetivo nas missões que realmente petem ã Polícia Milibar. O qUádro da atual situação com denun cia órgãos que de fato não tem missão de salvamento dentro de sua estrutura organizacional, como é o caso da CESP que, tendo em vista a plena necessidade e omissão dos órgãos .,. competentes, criou, organismos próprios para retirada e salvamento de pessoas flageladas em casos de inundações. Há de se pretender que este posicionamento venha se conjugar com os desígnios da Nova RepÚblica sentido de que a Polícia Milibar do Estado de. S .paulo pe cada vez mais seus espaços, ou pelo menos obtenha no od:u de volta aqueles outroras perdidos. o autor CAO 1/85 - LES/SLAt;AO CAO I 85 83 LEGISLAÇÃO C9nstituição·Federal - Decreto-lei Federal n9 200/67 - Reforma Administrativa -Decreto Federal n9 64~568/69 - Cria o GT para elaborar Plano de Defesa Perma nente Contra Calamidades PÚblicas - Decreto.,.lei Federal' n9 950/69 - Institui o FUNCAP.-.Fundo E.special para· Cala midades PÚblicas •. - Decreto-lei n9 217/70 - Dá competência ã Polícia Mili tar para atuar _____ /--- __________________ ~ , ~ , ~ ~ . : = ____________________ - ~ nos casos de Calamidades PUblicas ______________- J CAO 1/85 . - AGRADECIMENTOS CAO 1/85 84 AGRADECIMENTOS Major PM JOS~ CARLOS DA SILVA - Crnt. dO 29 GBS ... Corpo de Bombeiros - Orientador desta Monografia Major PM FRANCISCO LAMENZA - Chefe da Sub-Chefia da Defe sa Civil - Casa Militar Eng9 REYNALDO EMIGDIO DE BARROS - Ex-Prefeito de são Pau 10 Eng9 RUI BRASIL ASSIS - Assistente técnico - Dept9 de 1\guas e Energia Elétrica - DAEE Eng9 JOS~MARIO DE TOLEDO BARROS - DAEE Eng9 JORGE SIMÃO JR. - DAEE Eng9 JOÃO DAS GRAÇAS PINTO - DAEE Eng9 ANTONIO GIANNELLA FILHO - LICOSA Eng9'JALCIONE N."N. DINIZ - CESP Eng9 AYRTON CANJANI - CESP ~-------------------------------------------------------------~ CAO 1/85 - BI8LloeRAFIA . CAQ 1/85 BIBLIOGRAFIA - Instruções Provisórias - IPjPMS-l - Sistema de Assuntos Civis das Polícias. Militares. - Manual de Defesa Civil - Volume I - Sistema, Organiz~ ção .e Funcionamento - CEDEC/SP - Plano de Ação Para Emergência Contra Calamidades PÚbli cas de Sêcas e de Enchentes.,.. Pub./SUDENE - 1973 - Inundações em ~reas Urbanas - concei tuação - medidas de contrôle - planejamento - DAEE - 1984 ~ Problemãtica das Enchentes na ~rea Metropolitana de são Paulo. CTH - Caradterização dos usos e das disponibilidades ~ídricas DNAEE. ESTE TRABALHO PERTENCE A BIBLlO· TECA' DG [ A ES . --.- DEVOLYa·O NO PRaZO CERTO CAO 1/85 -. , INDICE CAO 1/85 86 !NDICE PREF~CIO •••••••••••••••••••• ~ •••••••••••••••••••••••••• O1 INTRODUÇÃO •••••.•••••••••••• ,. .••••••••.•••••••..••••••• O3 Aspectos Teóricos . . . . . . . . . ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ ..... O3 A Geografia das cheias no Brasil •.•...•...•••.•.•... 04 A História das cheias no Brasil ...•.••.••••....••.•. 04 Sinopse das enchentes no Brasil •.•••••.•.•.....••.•. 06 A enchente do Nordes te •••••••••••••.•.•.•.•.• '..••••. O8 Advertência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 . DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1. coordenadoria Estadual de Defesa Civil ••..••.•••..•. 10 Operações . . . . . . . . . . . . . . . ao • • • • • • ,_ • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 14 A polícia Militar no Sistema Estadual de D.C ..•.••.. 16 Nas Instruções Provisórias da IGPM ...••.•.••••.•...• 17 Planos de Defesa Civil •.••••••••••.••••••.•••. ·•·•· .18 Conceitos Bisicos •• ~.~ ••••..••••••.•••...•.••... ····23 A necessidade do Planejamento Global •.•••..•..••.••. 25 Disciplina da ocupação do Solo ••.•..•.•...•.••.•...• 27 Medidas de emergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Operações Hidritili cas de Reservatórios ..•.•.•••.•..• 29 Cheias são an1;.igas .•••.•.•••.•.•..•..••..•...•..•.•• 33 Poli tica de Zoneamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ., •• ,'. '•••..•• 34 política de desapropriação de ireas marginais •.•.•. '. 35 . Divulgação de informações. ~ ••..••......••...•••.••.. 36 Segurança das Barragens •••.•. ' ..••.••..•••••.•..•.... 37 Previsão Metereológica ••.••••••.••••.•••... ~ ..•..••. 38 2. Descrição de cheias em algumas Bacias Hidrogrificas. 39 , Tieti e Paranapanema ••••••••.••••.•••••••...••..•... 39 \ CAO 1/85 87 Descrição sinótica do evento .••••.••.•••••• · •• ·••·•• 41 -As chuvas do período 28/5 a 12/06/83 ••••••..••••.••• 43 As vazões no Paranapanema e Tieti ..•.•••..• ~ •••.•.•. 46 Consequincias das cheias .•..••.•••••••• ~ •••.••••.••. 49 Jururni ri m • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 O Xavantes • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . . . . • • . . . . . . . 50 Capivara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Barra Bonita ••••••.••.•••••••••.•••.••••••••••••• 52 Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira do Iguape ••.•.•••• 52 Caracterização Hidrológica ••••...••••. ~ ...•••.••. 52 Distribuição espacial e temporal das chuvas .••••• 54 Cheias e inundaçSes .•.••..•.••.••.•••.••.•..•.•.• 56 Considerações Gerais •. >..••.••••.••••••.>•.••.••••. 56 A grande cheia de maio/junho de 1983 ••.•...•••..• 58 - A cheia de 83 e seu trânsito ao longo do Ribeira.6l INST'RUÇÃO B1\S ICA PREPARATÓRIA ••••••.•••••••.••••..••••. 65 Distribuição por Bacia Hidrográfica •••• ~ .••• ~ •...••. 65 Fluxograma da> Instrução Básica ••.•• ~ ••••••.•.••• > ••.. 70 Subsídios para o Plano de Instrução Básica ••..••••.. 7l . Objet~vos •••••.• •.••••..•.••••••.•••••.•.•.••.•••• 71 . Execução •......••. . '. ~ . . . . . . . . . . 0 • • • • • • • _,_ • • • • • • • • • 72 Pessoal Bombeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Pessoal PM . • • • • • . . . . . . . . . . . . . . . '. . . . . . • • . . • . • . . . . . 73 Pessoal Civil - Voluntários •••••••••••.••.....•.. 73 Instrução Básica Preparatória ••••••..•.••.••..... 73 Instrução Básica na Grande S.Paulo •••.•...• ~ ••... 75 Enchentes na Grande S.Paulo ..•.••...•.••.•...• 75 Localização dos Pontos com> maior probabilida de de inundações na Grande S.Paulo ....•..••... 75 CAO 1/85 88 1. Tarnand'uateí ..... . '.. ' .... ,. . '..........' ... 75 2. Rio Tieti •••••••••••••••••••.•••• ~ ••• 75 3. Rio, P inhe'i ros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 4. Rio Cabuçú de Cima ••.•••••••.•••••••• 77 5. Ric;> Baquiri vÚ-Guaçú •••••••••.•••••.•• 77 6. Rios Jundiaí e Taiaçupeba •••••••• • • 77 . . . . . . . .. . .. . . . . . . •• 78 7. Rio Negro •••••• .. .. 8. Rio Ari canduva •••••••••••••••.••••••• 78 9. Rio Pirajussara •••••••••••••••••••••• 78 10. Ribeirão dos Meninos ••••••••••••••••. 78 CONCLUSÃO. '...................... . _ .. __ ......... -... _ .' .....•.. . 80 LEGISLAÇí\.q, ............. •, .•••.•.• _ ........................... ' ••••• 83 AGRA.DEClMENTOS ................. '.................................. 84 BIBLIOGRAFIA ......... _ ................................ __ ............... 85 1NDICE ........... '........ ~ .............................. " " ................... . 86 ANEXOS .................. " ..... '..........._ ............. .. .. ...................... .. 89 CAO IL85