Alunos do secundário `experimentam` universidade

Transcrição

Alunos do secundário `experimentam` universidade
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Convite Público: Descerramento do Retrato de Joaquim Martinho da Silva, amanhã, sábado, dia 28 de Fevereiro, às 16h00
Fundado em 1891 por João Arruda - Director: João Paulo Narciso
CORREIODORIBATEJO.COM
ANO: CXXIII NÚMERO: 6454
SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
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Livro de Sónia Campino
“Sou diferente mas
eficiente” lançado
em Santarém
cultura pág. 10
PSD/CDS-PP
Assunção Cristas sugerida
para liderar círculo eleitoral
de Santarém às legislativas
Estrada Nacional 3 - Km 41,2
Portela das Padeiras - 2000-646 Santarém
Tel.: 243 356 000 - Fax: 243 352 113
[email protected]
SOCIEDADE pág. 07
António Ceia da Silva, Presidente da Entidade
Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo
ENTREVISTA pág. 04 & 05
Alunos do secundário
‘experimentam’ universidade
Ainda não realizaram os exames que lhes
darão acesso ao ensino superior, mas, ao
longo da última semana, foram tratados
como universitários. Desde o início desta
semana que os vários laboratórios e salas de
aula das cinco escolas do Instituto Politécnico de Santarém encheram-se de estudantes
do secundário.
EDUCAÇÃO pág. 03
Joaquim Martinho
da Silva na Galeria
de Notáveis do
Correio do Ribatejo
GALERIA DE NOTÁVEIS pág. 02
Edição de 6ª -feira - Preço: € 0.70
Semanário Regional
T. 243 321 116 / 910 719 513
Redacção: Rua Serpa Pinto Nº 98
2000-046 SANTARÉM
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2
GALERIA DE NOTÁVEIS
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Convite público para amanhã, sábado, às 16h00, na sede deste Jornal
Joaquim Martinho da Silva na Galeria
de Notáveis do Correio do Ribatejo
O Correio do Ribatejo procede amanhã,
sábado, 28 de Fevereiro, pelas 16h00, ao
descerramento do retrato de Joaquim Martinho da Silva na Galeria de Notáveis deste
Jornal.
A sessão contará com intervenções de
Maria Emília Vaz Pacheco e Mário Rui Silvestre que farão o elogio público do homenageado.
O retrato de Joaquim martinho da Silva junta-se assim aos de Celestino Graça,
Joaquim Veríssimo Serrão, Bernardo de
Figueiredo, família fundadora deste Jornal
- João Arruda e esposa, Custódia Júlia Cravador e Virgílio Arruda e esposa, Gertrudes Lino Netto –, de António Cacho, João
Gomes Moreira, Bertino Coelho Martins,
Edmundo Vaz Mourão, Albertino Henriques Barata e Mário de Sousa Cardoso.
Joaquim Martinho da Silva nasceu a 8 de
Abril de 1931, oficialmente a 21 de Maio
de 1931, no Espinheiro, Alcanena, sendo
filho de António Ferreira da Silva e de Iselinda dos Santos Martinho. Após concluir a
instrução primária na Escola Primária do
Espinheiro, em 1942, veio trabalhar para
o escritório em Santarém do seu primo e
padrinho, o advogado Joaquim dos Santos
Martinho. No ano seguinte, efectuou o exame de admissão que lhe permitiu passar a
frequentar o recém-inaugurado Liceu Sá da
Bandeira.
Em Outubro de 1949, Joaquim Martinho da Silva já escrevia na Briosa, jornal
da Associação Académica de Santarém,
da qual é sócio (1946). A 15 de Março de
1950 apresentou na referida colectividade
a conferência “15 de Março de 1147 – a
incorporação de Santarém no património
sagrado da Nação Portuguesa”, no âmbito
do aniversário da tomada de Santarém aos
mouros, devido a “um oportuno empurrão
do seu querido amigo Professor Joaquim
Veríssimo Serrão”.
Entre 1950 e 1957 frequentou o curso de
Direito na Universidade de Lisboa, após
prestação do serviço militar. Ainda em
1957 passou a exercer as funções de subdelegado do Procurador da República no Tribunal Judicial da Comarca de Santarém. O
seu estágio profissional como advogado decorreu no escritório do seu padrinho e agora patrono, Joaquim dos Santos Martinho.
Ao longo da sua carreira trabalhou em três
escritórios situados na rua 1.º de Dezembro, n.º 24-1.º, pertencente ao seu patrono;
na rua de S. Nicolau n.º 26, r/c, cedido graciosamente pelo advogado Manuel Gines-
tal Machado; e na rua Dr. António José de
Almeida, lote 9-1.º, onde cessou funções.
Sempre exerceu a sua actividade profissional na Comarca de Santarém, tendo-se
inscrito na Ordem dos Advogados, a 3 de
Abril de 1959, cabendo-lhe a cédula profissional n.º 1945-L. Pelo seu escritório passaram dezenas
de estagiários
que se encontram a exercer
funções especialmente em
Santarém ou
noutros pontos do país e
também no
Brasil, quer
na advocacia
quer na magistratura. O
seu primerio
anúncio
no
Correio
do
Ribatejo tem
a data de 28 de
Novembro de
1959, anúncio
que se manteve durante 50
anos.
Nos triénios
de 1984-86 e
1987-89, integrou o Conselho Geral da
Ordem
dos
Advogados,
sendo bastonários respectivamente António Osório
de Castro e
Augusto Lopes Cardoso.
Em Abril de
1990 integrou
uma comissão ministerial presidida
pelo juiz conselheiro Lopes Rocha com o
objectivo de analisar o problema da procuradoria ilegal. Após se ter aposentado,
a 1 de Maio de 1996, continuou a exercer
advocacia. A partir de 2001 desempenhou
funções de patrono formador do Centro de
Formação do Conselho Distrital de Évora
da Ordem dos Advogados para as comar-
cas de Santarém, Cartaxo, Almeirim e Coruche. Deixou de exercer advocacia a 31 de
Maio de 2004.
Joaquim Martinho da Silva, oponente ao
regime do Estado Novo, foi um dos fundadores do núcleo de Santarém do Partido
Socialista, fazendo parte da direcção local
até 1975. No
ano seguinte
afastou-se
da militância
activa, para,
em
1986,
abrir
uma
excepção
ao apoiar a
candidatura
de Francisco Salgado
Zenha à Presidência da
República
como mandatário concelhio.
Joaquim
Martinho da
Silva encontra-se ligado
ao associativismo desde
jovem como
o comprova
a medalha
de prata concedida pela
União Zoófila, delegação
de Santarém,
pelo apoio
jurídico gratuito
concedido
na
defesa dos
animais. Assim, é sócio
fundador da
Associação
de Estudo
e Defesa do
Património Histórico e Cultural de Santarém, Casa do Benfica de Santarém, Associação Forense de Santarém, Confraria da
Gastronomia do Ribatejo, Grupo dos Amigos dos Hospitais, Federação Portuguesa de
Ioga, Atlético Clube Espinheirense “Os Rápidos” e Clube Juvenil de Futebol da Quinta
do Lambert. Também esteve associado ao
Círculo Cultural Scalabitano (1959), Sport
Grupo União Operária, União Desportivo
de Santarém, Club de Santarém, Cineclube de Santarém (1959), Club Desportivo
“Os Águias” de Alpiarça, Club Desportivo
Amiense (1971), Sport Lisboa e Benfica
(1964), Sociedade de Numismática (1975),
Associação 25 de Abril, APPACDM, sendo Irmão da Misericórdia. Actualmente é
membro do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, este
amigo de longa data.
Martinho da Silva foi praticante de várias
modalidades desportivas como o futebol e
o rugby, tendo representado o Atlético Clube Espinheirense “Os Rápidos”, a Associação Académica de Santarém e a Faculdade
de Direito de Lisboa. Foi presidente da assembleia-geral da Associação de Futebol de
Santarém em Maio de 1974.
Muitas foram as homenagens recebidas
por aquele que foi durante anos o decano
dos advogados em Santarém (até 2010): Sócio Honorário da Associação de Estudo e
Defesa do Património Histórico e Cultural
de Santarém (1993), Casa do Professor de
Santarém (1997), Personalidade do Ano da
Junta de Freguesia de S. Nicolau (2001), I
Semana do Advogado em Santiago do Cacém (2002), Conselho Distrital de Évora
(2004, 2010, 2014), Troféu Carreira do jornal O Ribatejo (2004), grau de Comendador da Cruz da Ordem de Mérito do Descobridor do Brasil, através da sua Ordem
Internacional de Fraternidade Brasil - Portugal (2004), dos Amigos (2006), Confrade
de Honra da Confraria de Gastronomia do
Ribatejo (2007), Medalha de Ouro da Ordem dos Advogados (2009), louvor público
da Associação Portuguesa dos Municípios
com Centro Histórico, diploma de mérito
e medalha de ouro do Instituto Politécnico
de Santarém (2014), membro do Conselho de Honra do Grupo “Mais Saramago”
(2014).
Os seus trabalhos encontram-se publicados no Boletim da Delegação de Santarém
da Ordem dos Advogados e em jornais locais como o Correio do Ribatejo que se orgulha de contar entre os seus mais dignos
colaborados o Cidadão Joaquim Martinho
da Silva que amanhã, sábado, dia 28, pelas
16h00, homenagearemos na sede deste Jornal.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
EDUCAÇÃO
3
Dia aberto no Instituto Politécnico de Santarém
Alunos do secundário ‘experimentam’ universidade
Ainda não realizaram os exames que
lhes darão acesso ao ensino superior,
mas, ao longo da última semana, foram
tratados como universitários. Desde o
início desta semana que os vários laboratórios e salas de aulas das cinco escolas do Instituto Politécnico de Santarém
(IPS) encheram-se de estudantes do secundário.
O objectivo principal do evento foi divulgar a oferta formativa e a investigação
produzida no IPS através de várias actividades, que incluíram visitas guiadas,
palestras, aulas abertas e workshops.
Em paralelo, nesta semana aberta, que
contou com a participação das escolas
secundárias e profissionais das regiões
de Lisboa e Vale do Tejo e do Oeste, foi
facultada informação necessária às can-
didaturas ao Acesso ao Ensino Superior e
às Bolsas de Estudo.
Entre os dias 23 e 26 foi proporcionada
aos visitantes “uma verdadeira viagem ao
mundo da investigação”, através dos vários departamentos IPS, onde os jovens
estudantes assistiram e participaram em
actividades que contemplam as áreas de
ensino do IPS.
Para Jorge Justino, presidente do IPS,
a iniciativa pretendeu mostrar “os valores e potencialidades” da instituição, que
aposta “na qualidade do ensino, cultura e
internacionalização”.
O dia da Escola Superior Agrária foi o
primeiro, a 23, a receber a visita dos estudantes do secundário, seguindo-se as escolas de Educação e Gestão e Tecnologia
a 24, Saúde a 25, e a escola de Desporto,
cujo campus é em Rio Maior, no dia 26
de Fevereiro.
No que se refere ao programa da Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS),
o dia aberto incluiu visitas aos laboratórios de solos e microbiologia, à adega,
à Oficina Tecnológica das Carnes e das
Hortofrutícolas, à estufa de ornamentais
e às instalações pecuárias na Quinta do
Galinheiro.
A Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém (ESGTS) realizou jogos temáticos nas áreas da informática e
contabilidade, e apresentou os programas
Orbis e Erasmus+, ao passo que a Escola Superior de Educação de Santarém
(ESES) preparou uma visita à ludoteca,
centro de apoio pedagógico, laboratórios
de ciências, e museus das tecnologias, jo-
gos e dinâmicas de grupo, e workshops
de escultura em esferovite no atelier de
escultura, e de vídeo no estúdio de televisão.
A Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) realizou ateliers de cuidados
ao recém-nascido, prática simulada da
promoção de conforto e bem-estar das
pessoas adultas e idosas, a simulação
de uma visita domiciliária, o desenvolvimento de sessão de relaxamento, um
treino de suporte básico de vida e a simulação de uma consulta de enfermagem.
A Escola Superior de Desporto de Rio
Maior (ESDRM) preparou para os visitantes demonstrações de slide, tiro com
arco, jogos tradicionais portugueses, aulas de grupo, actividades no laboratório e
desportos colectivos.
Três áreas de Santarém vão ser estudadas
por alunos de arquitectura e urbanismo
A antiga Escola Prática de Cavalaria, o
Centro Histórico e o designado Campo
da Feira, em Santarém, vão ser objecto
de estudo por alunos das Universidades
Lusíada de Lisboa e do Porto e da Universidade de Sevilha.
O trabalho a realizar no segundo semestre lectivo (até Junho) no âmbito do
projecto “Cátedra 2015”, a decorrer em
colaboração com a Câmara Municipal de
Santarém, foi apresentado segunda-feira
numa sessão pública no Convento de S.
Francisco, com conferências de professores portugueses e espanhóis sobre a
temática da arquitetura, do património
e da paisagem, para enquadramento das
propostas a desenvolver pelos alunos.
Luís Farinha, vereador da Câmara Municipal de Santarém com o pelouro do
Urbanismo, disse à agência Lusa que o
projecto vai permitir a realização de trabalhos académicos que poderão eventualmente ser base de partida para futuras intervenções, quer arquitectónicas,
em edifícios, quer de planeamento urbano, em áreas mais amplas.
Às duas áreas críticas inicialmente identificadas – antiga EPC e centro histórico
– acabou por se juntar o antigo Campo
da Feira, tendo em conta a importância
desta área do planalto para a regeneração
da cidade e do próprio centro histórico,
disse o vereador.
Como exemplos de áreas integradas no
projecto com interesse arquitectónico e
urbanístico para a cidade, Luís Farinha
referiu o edifício do antigo Teatro Rosa
Damasceno e o terreno em frente (actualmente na posse de um banco por falência
do promotor de um projecto imobiliário).
Frisando que os trabalhos a desenvolver
são de natureza estritamente académica,
o vereador afirmou que, contudo, poderão vir a dar contributos para interven-
ções futuras.
Luís Farinha afirmou que a comunidade é convidada a participar, estando prevista uma apresentação dos trabalhos em
Setembro e a ser equacionada a realização
de uma exposição.
Na manhã de terça-feira, decorreu a visita de alunos e professores às três zonas
de trabalho propostas.
A “Cátedra Fronteiras 2015”, que decorreu em edições anteriores em regiões de
fronteira entre Portugal e Espanha, é uma
iniciativa da AiPAC, envolvendo personalidades como Pablo Blázquez Jesús,
Miguel Á. Serrano López, Paulo Henrique Durão, Inês Belmarço e Eduardo Baleiras, entre outros.
4
ENTREVISTA
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
António Ceia da Silva, Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo
“O Ribatejo é um arco-íris de oferta turística”
O Turismo é uma das principais actividades económicas do
país e, por estes dias, a Bolsa de
Turismo de Lisboa (BTL), que
está a decorrer até domingo, assume-se como a principal montra do sector.
Este ano, Alentejo e Ribatejo
são o destino convidado e a Entidade Regional de Turismo está a
promover, num stand com cerca
de 1000 m2, de forma integrada,
a “excelência” deste território.
Durante o certame decorrem
várias iniciativas, como degustações de produtos, apresentações
de serviços, mostras de artesanato, espectáculos musicais e
outras manifestações culturais e
tradicionais destas duas regiões.
O Correio do Ribatejo esteve à
conversa com Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de
Turismo, nas vésperas do arranque da BTL, para perceber que
projectos estão a ser implementados no território e que dinâmicas estão a ser criadas na região.
A oferta turística do Alentejo e Ribatejo
vai estar em grande destaque na Bolsa de
Turismo de Lisboa que, na edição deste
ano, tem este território como Destino
Nacional Convidado. O que espera deste
certame e que estratégia promocional foi
adoptada?
A BTL é a principal feira de oferta turística que se realiza em Portugal, a grande montra do Turismo Português. E,
para o território - Alentejo e Ribatejo temos de ter em vista que cerca de 40 por
cento dos turistas nacionais que nos visitam são oriundos da Área Metropolitana
de Lisboa. Isso significa que temos de intervir promocionalmente naquela zona
e, nesse sentido, aproveitamos a BTL da
melhor forma não só para haver maior
divulgação da oferta turística dos municípios e empresas, mas também para podermos fazer o chamado ‘marketing de
destino’, do ponto de vista da activação
da marca.
Esta zona é, de facto, a que mais cresceu em termos turísticos em Portugal em
2014 e conheceu um incremento de dormidas de turistas nacionais. Eu diria que
a nossa presença na BTL tem de ter força
e ser dinâmica e activa.
O facto de sermos o destino convidado vai permitir uma maior projecção e
uma melhor localização. Nesta edição
da BTL temos o maior stand de sempre,
com cerca de 1000 metros quadrados,
50 municípios presentes e 30 empresas.
Isso significa que há uma dinâmica muito forte neste certame. Para além disso,
o facto de, nos últimos anos, estarmos a
ganhar projecção internacional, com vá-
Prémios Turismo
do Alentejo
e Ribatejo com
cerca de
80 candidaturas
rias referências, desde a ‘National Geografic’ ao ‘USA Today’ e numa série de
revistas especializadas, levam também a
que haja uma procura mais forte e uma
apetência pela visita, quer ao território
quer ao stand na BTL.
Lançámos, em paralelo, a campanha
“Alentejo e Ribatejo sabe a amor”, que
está a decorrer até 01 de Março e que
marca presença na BTL, no intuito de
atrair, também, mais visitantes.
Como é trabalhar duas realidades turísticas como o Alentejo e o Ribatejo?
Tem sido um trabalho muito interessante, sob o ponto de vista das dinâmicas
promocionais e da afirmação do território. É um ano de trabalho intenso, no
qual aquilo que foi programado está a ser
feito. Ou seja: há uma grande ligação aos
agentes locais, às autarquias e aos empresários. Temos uma presença muito forte
no terreno, que começa a surtir efeitos.
Uma marca não se afirma num ano, nem
em dois... Demora algum tempo em termos de afirmação territorial, de destino,
de posicionamento de marca. Esse é um
trabalho que estamos a desenvolver no
Ribatejo há apenas um ano, mas creio
que a região começa agora a posicionar-se como um território de excelência.
Estamos a estruturar produto, a desenvolver oito Planos Operacionais Estratégicos para diversas áreas. Vamos ter
pacotes turísticos que serão lançados em
breve, em particular Percursos de Natureza, ‘Birdwatching’, BTT, Cicloturismo,
Pedestrianismo e também Roteiros Enogastronómicos.
O trabalho está-se a fazer e a ligação
ao território está em marcha de uma forma muito incisiva e adequada. Temos a
preocupação, por exemplo, de dar um
grande apoio aos eventos que as autarquias realizam e eu diria que a nossa presença no território é cada vez mais forte,
estreitando ligações, também, às várias
entidades da região, como o Nersant ou o
Politécnico. Neste momento, queremos,
com o IPS, dar um novo impulso ao projecto de candidatura da Cultura Avieira a
Património Imaterial da UNESCO.
Repito: é um ano de trabalho, mas onde
já há muita coisa feita, muita coisa programada, inúmeros projectos perspectivados e muito investimento, nomeadamente na planificação e na estratégia.
A união destes dois destinos foi um
‘casamento’ à força ou um ‘casamento’
de conveniência?
Nunca há casamentos à força. As circunstâncias levaram a que o Ribatejo
passasse a integrar a Entidade Regional
de Turismo do Alentejo e a nós só nos
competiu exercer essa mesma designação legal com competência, profissionalismo e da melhor forma possível. Como
costumo dizer muitas vezes, se alguém
não tem culpa da Lei que saiu são os habitantes que ali vivem, os empresários
que ali têm restaurantes, empresas de
animação ou hotéis. A nós, compete-nos
fazer um trabalho o mais adequado possível. Eu diria que, neste momento, estes
dois territórios já têm uma “relação matrimonial” perfeitamente consolidada.
A quinta edição dos “Prémios Turismo do Alentejo” conta com 64 projectos candidatos às sete
categorias a concurso, e a primeira edição dos
“Prémios Turismo do Ribatejo” recebeu a inscrição
de 15 projectos, entre públicos e privados.
Recorde-se que esta iniciativa, promovida pela
Entidade Regional de Turismo, dirige-se aos players
públicos ou privados que desenvolvam projectos de
interesse turístico nos 47 municípios alentejanos
e nos 11 ribatejanos e tem por objectivo distinguir
a oferta que, de modo geral, tem contribuído para
afirmar o destino nos mercados.
O Alentejo e o Ribatejo não é um território muito extenso para ser “vendido” em conjunto?
Portugal é um País pequeno. Temos de
ter sempre uma noção relativa do nosso
posicionamento. As regiões em Espanha,
por exemplo, têm uma dimensão muito superior. Eu não vejo as coisas dessa
perspectiva. Sou muito pouco pela forma. Sou mais pelo conteúdo. O que menos me importa é se a região é grande ou
pequena. O que é relevante é ‘o que é que
se faz, o que se fez e o que se pode fazer
no futuro’. Isso sim, é relevante.
Eu penso que a alternativa, que era o
Ribatejo ser integrado na Região de Lisboa, seria pior. Não que Lisboa faça um
mau trabalho, pelo contrário, mas sim
porque a força da marca ‘Ribatejo’ se iria
diluir.
Quais são as maiores dificuldades que
a Entidade de Turismo Alentejo/Ribatejo enfrenta actualmente?
As nossas principais dificuldades são as
de ordem orçamental. Tivemos uma quebra acentuada da receita e estamos hoje
com um tipo de posicionamento em que
perdemos alguma autonomia. Ou seja, o
trabalho está hoje mais dificultado. Por
outro lado, o facto de o novo Quadro
Comunitário de Apoio não estar ainda
no terreno coloca alguns entraves a ins-
Os galardões simbolizam assim, por um lado, a
gratidão para com os parceiros e, por outro, visam
incentivar os agentes que escolhem o território
para desenvolver os seus projectos turísticos.
O júri dos Prémios é presidido por José Manuel
Simões (Centro de Estudos Geográficos/ Universidade de Lisboa), e constituído por António Lacerda
(Agência Regional de Promoção Turística); Armando
Rocha (Neoturis); Carina Monteiro (Publituris); José
Luís Elias (Turisver); Pedro Chenrin (Ambitur); Joana
Emídio (O Mirante); José Miguel Piçarra (Diário do
Sul); Jaime Serra (Universidade de Évora); e Teresa
tituições que vivem muito da capacidade
de investimento com os fundos estruturais. Agora, eu sou muito pouco de falar
de dificuldades. Nós estamos cá para as
contornar porque, se não, não havia a
necessidade de existirem gestores de instituições.
Aquilo que existe de dificuldades só
serve para que nós nos estimulemos todos os dias a fazer melhor, mais e com
mais qualidade.
Em que medida é que o corte de 20,5
por cento no orçamento vai afectar o
funcionamento da Entidade?
Vamos ter de encontrar alternativas e
ser mais imaginativos. Vamos ter que ter
mais capacidade para captar outras fontes de financiamento. É, de facto, pena
que, para um País que fala tanto de Turismo, sectores dinâmicos, como as Entidades Regionais de Turismo, responsáveis
pela promoção e pela engenharia do produto, sofram estes cortes. Mas temos que
conseguir ultrapassar essas dificuldades e
dar a volta.
Como surge a ambição de serem o
primeiro destino certificado do mundo? Quais os passos concretos que se
seguem?
Nós temos uma linha estratégica que é
a seguinte: fomos a única região a definir
Ferreira (Turismo de Portugal).
O anúncio dos vencedores e a entrega dos galardões está previsto para Março, numa cerimónia
onde vão ser também revelados os vencedores dos
prémios extra-concurso - designadamente Prémio
“Agência Regional de Promoção Turística Externa
do Alentejo”, Prémio Especial “Turismo do Alentejo
/ Ribatejo”, Prémio Comunicação Alentejo / Ribatejo
e “Distinção Iniciativa” -, cujo processo de eleição é
da exclusiva responsabilidade da Turismo do Alentejo / Ribatejo e da Agência Regional de Promoção
Turística.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
uma estratégia, logo em 2013, para um
horizonte que vai até 2020. Nós sabemos
bem o que queremos. Claramente que
certificar o destino é um dos objectivos,
a par da questão da identidade.
Entendemos que, hoje em dia, estamos
perante um público e um consumidor
cada vez mais exigente, culto e informado. Esse turista quer destinos com grande qualidade e com grande referência.
Portanto, nós temos que apostar muito
nesse tipo de intervenção em relação a
esta nova geração de turistas. Nesse aspecto, as questões da identidade são decisivas. Não podemos continuar a dizer
que temos o melhor museu ou igreja ou
o melhor monumento sem que haja um
suporte. Porque o turista vai à internet e
informa-se. Aquilo que temos cada vez
mais de ‘vender’ e afirmar é aquilo em
que somos diferenciadores e distintivos.
Aquilo que é único que existe no nosso
território e não existe em mais parte nenhuma.
Em segundo lugar, vem a questão da
certificação. Não há hoje um turismo que
se possa sustentar no futuro sem qualidade e sem um trabalho muito grande de
qualificação.
Daí a importância que nós colocamos
nas questões da certificação. Mas não é
certificar por certificar. É certificar para
qualificar, para termos, na realidade,
melhores museus, alojamentos e melhor
animação turística e para que possa, de
facto, haver aqui uma ligação aos fundos estruturais a esse processo de certificação. Isso significa que, daqui a cinco
anos, teremos uma região melhor.
O que falta, na sua opinião, à região
do Ribatejo para ser um produto turístico com a mesma pujança que o Alentejo? Qual é a estratégia de promoção
da região?
Faltam alguns anos de trabalho. O Alentejo é uma marca que está a ser trabalhada há muito tempo e só recentemente é
que começou a ter esse reconhecimento.
Nós trabalhamos como Entidade Regional de Turismo no Alentejo há cinco anos
de uma forma coordenada. No Ribatejo,
só trabalhamos há um ano. Portanto,
temos que ter tempo para definir as estratégias, para articular com as câmaras,
com os investidores, para criarmos um
destino de excelência. É esse o objectivo
e é isso que estamos a fazer. “Roma e Pavia não se fizeram num dia”. Repito: já há
planeamento, já há estratégia e trabalho
de equipa, para além de existir um conjunto de projectos em curso e que vão valorizar imenso a região. Estou certo que,
daqui a uns anos teremos, com certeza,
também o Ribatejo a receber prémios e as
referências que o Alentejo já recebe hoje
em dia.
Quais são os factores, em termos de
oferta turística, que são mais competitivos e diferenciadores nesta região,
comparativamente com outras zonas
do País?
Sobretudo a alma das gentes do Ribatejo. É uma região com um carácter
muito forte. E isso joga hoje, de uma forma muito precisa, com o tipo de turista
que cada vez existe mais. E, de facto, o
Ribatejo tem essas características identitárias muito vincadas que têm de ser
valorizadas e transformadas em produto
turístico. Depois, tem alguns produtos
que estão neste momento a sofrer um
processo de reengenharia, que são decisivos, nomeadamente o Turismo Náutico
ligado ao Tejo e à componente do Turismo de Natureza. Tem uma Gastronomia
riquíssima. Aliás, eu diria valiosíssima. E
é precisamente nesse sentido que vamos
avançar com a elaboração da carta gastronómica e a certificação dos restaurantes.
Depois, tem toda uma panóplia de produtos complementares na área do chamado ‘Touring cultural e paisagístico’,
que pode vir a constituir um conjunto
de rotas muito fortes, nomeadamente na
área do Turismo Religioso. Depois, como
ENTREVISTA
já referenciei, e no aspecto da identidade, temos as aldeias ribeirinhas que têm
um encanto muito especial. Eu diria que
o Ribatejo é um arco-íris de oferta turística. Tem todas as componentes de oferta.
O que é que importa? Trabalhar, ajustar,
melhorar, qualificar, activar marca, vender e criar condições para a promoção. A
pérola está lá. O que importa agora é trabalhá-la, lapidá-la e criar ali um destino
turístico com força.
Estão neste momento a decorrer, ou
prestes a iniciar-se, eventos gastronómicos de grande importância para a região, nomeadamente o Mês da Enguia
em Salvaterra e as Tasquinhas de Rio
Maior. A gastronomia é um prato forte
do Ribatejo?
Sem dúvida! Mas, mais do que isso, o
evento, sob o ponto de vista turístico, é o
factor que é mais atractivo num dado território. É um catalisador de atracção de
público extremamente importante.
O evento é considerado, em todas as
estatísticas, aquilo que maior dinâmica
cria na comunidade local. Um evento envolve os grupos culturais, os produtores,
os empresários, grupos de animação, restaurantes, autarquias, escolas. Em suma:
envolve toda a comunidade. E, depois,
sob o ponto de vista turístico, tem dois
factores muito interessantes. É um motivo para visitar uma determinada região
ou faz com que a taxa média de permanência aumente.
Que balanço faz deste primeiro ano
à frente desta marca territorial que é o
Ribatejo?
Tem sido uma felicidade trabalhar com
toda aquela gente. E tenho de enaltecer e
elogiar a postura dos autarcas, técnicos,
empresários e todos os agentes do sector.
Tem havido muita entrega, disponibilidade e vontade de trabalhar em conjunto. Estou profundamente agradecido pela
forma como fomos recebidos.
Alentejo e Ribatejo são o destino
convidado da Bolsa de Turismo de Lisboa
O Alentejo e o Ribatejo são o destino convidado
da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) deste ano,
onde a Entidade Regional de Turismo (ERT) vai promover um “grande desfile” de cante alentejano e as
duas marcas turísticas.
A ERT explica que o Alentejo e o Ribatejo, na qualidade de único destino convidado, “vão conquistar
os visitantes” da principal feira de turismo de Portugal com várias iniciativas, como degustações de
produtos, apresentações de serviços, mostras de
artesanato, espectáculos musicais e outras manifestações culturais e tradicionais.
A ERT do Alentejo e Ribatejo explica que, em
parceria com municípios e empresários, vai participar na BTL deste ano, que inaugurou na passada
quarta-feira e decorre até 01 de Março, com várias
iniciativas, das quais se destaca um “grande desfile
de cante alentejano” e uma acção de activação das
marcas territoriais.
O desfile contará com a participação de 12 grupos corais alentejanos, que irão percorrer os pavilhões da BTL, “promovendo uma tradição que tem
sido preservada e acarinhada pelos alentejanos” e
que, no passado dia 27 de Novembro, foi classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Com o objectivo de “afirmar e promover o Alentejo e o Ribatejo como um território de emoções,
jovem, atraente e romântico”, a ERT também vai dar
a conhecer aos visitantes da BTL a nova campanha
promocional dos dois destinos “Sabe a Amor”.
A “acção de activação das marcas turísticas”,
inspirada no Dia de São Valentim, visa “atrair mais
visitantes ao território, através da oferta de estadias nas unidades de alojamento do Alentejo e do
Ribatejo” e “transmitir a mensagem de que ambos
os destinos têm durante todo o ano ´Sabor a Vida`,
a assinatura ´chapéu` da campanha”, explica a ERT.
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“O Turismo não é um
bem de luxo, mas sim
um bem necessário”
António José Ceia da Silva nasceu a
11 de Abril de 1963 no distrito de Portalegre. Frequentou o curso de direito,
mas foi o turismo que o apaixonou,
trabalhando na área há mais de 30
anos. Foi deputado do PS e, em 2008,
tornou-se presidente da Entidade Regional do Turismo do Alentejo (ERTA),
assumindo, há cerca de um ano, competências na promoção da marca territorial Ribatejo. Como Hobbys gosta
de ler, ver jogos de futebol, cozinhar e
estar ligado às redes sociais.
O que levou um homem ligado ao Direito a interessar-se por turismo?
Quase tudo na vida é fortuito. E, no meu
caso, esta ligação ao Turismo acabou por
acontecer assim também. Surgiu uma oportunidade. Eu na altura estava a dar aulas e
recebi um convite para desenvolver trabalho
no sector. Foi um casamento feliz, franco e
apaixonado, que já dura há 30 anos. Depois,
procurei fazer toda a componente académica nesta área. já que tinha a experiência,
procurei a Licenciatura e o Mestrado e agora
o Doutoramento. Eu acho que, para além do
conhecimento do terreno, temos de ter conhecimento científico.
Que evoluções regista no sector
desde a altura em que começou a trabalhar, até aos dias de hoje?
Foi um sector que melhorou muito. Isso é
um facto inegável. O País hoje, a vários níveis,
está muito diferente, para melhor. Claro que
existem sempre aspectos que podem evoluir
e qualificar, mas houve um salto muito significativo num conjunto de matérias. Temos
hoje técnicos mais preparados, um público
mais exigente. O País cresceu, desenvolveuse, com os problemas que essa circunstância
cria. Há aspectos a melhorar sempre, mas o
País está mais forte na área do Turismo.
Em que medida é que a crise afectou
o sector?
As crises afectam sempre, transversalmente, todas as áreas. Mas, ao mesmo tempo, provocam oportunidades. Só houve um
ano em que a Entidade Regional de Turismo
‘sentiu’ a crise, que foi em 2012. Isto porque
somos uma região que depende muito do
mercado interno. Isso significa que, apesar de
tudo, o Turismo conseguiu ‘passar no intervalo da chuva’. O Turismo hoje não é um bem de
luxo, mas sim um bem necessário. Hoje em
dia, fazer alguns dias de férias é fundamental
em termos de qualidade de vida e de saúde.
Filme preferido?
Chove em Santiago (Il Pleut sur Santiago),
um filme de Helvio Soto, sobre o golpe militar
no Chile de 11 de Setembro de 1973.
Prato favorito?
Adoro feijoada. Quase poderia dizer que
uma Sopa da Pedra de Almeirim cabe na
perfeição nas minhas preferências gastronómicas.
Livro de cabeceira?
Neste momento, tenho dedicado mais atenção aos livros técnicos, papers e artigos científicos ligados à área do Turismo.
Um País ou Região que serviria de
modelo a Portugal em termos de Turismo?
Sem dúvida Toscânia, uma região que eu
considero exemplar do ponto de vista da forma como trabalha o produto e a promoção e
articula a qualidade e a qualificação.
Viagem/Destino turístico de eleição?
Uma viagem que eu adorei fazer, há uns
anos atrás, foi à Patagónia. Um destino fantástico que eu recomendo vivamente.
Hobbys?
Gosto imenso de ver televisão, sobretudo
noticiários. Sou um adepto dos canais temáticos e procuro nunca perder o noticiário da Sic
Notícias das 0:00 à 1:00. Sou um adepto das
redes sociais, onde faço a divulgação da minha actividade pública. Gosto também de ver
futebol e, apesar de ter pouco tempo, sempre
que posso, gosto de cozinhar.
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SOCIEDADE
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Memorial aos Combatentes
do Concelho de Santarém
Prosseguem os trabalhos tendo em vista a Construção do Memorial aos
Combatentes do Ultramar do Concelho de Santarém. Sobre o local para
a sua implantação, foi decidido escolher o Jardim em frente ao antigo
Presídio Militar, hoje Casa de Camões, local que está a ser requalificado
pelos técnicos da Câmara Municipal de Santarém. Além do seu arranjo e
envolvente, também a questão da iluminação mereceu atenção especial,
para que tenha dignidade e a honra devidas a quem lutou e derramou o
seu sangue pela Pátria.
Quanto à data da sua inauguração, afigurando-se muito próximo o Dia
da Cidade, 19 de Março, e havendo dificuldade para essa data, resolveram
os vários intervenientes no processo transferir o evento para o Dia de
Portugal, 10 de Junho, em hora a anunciar, mas que será sempre à tarde,
por forma a não colidir com as muitas manifestações aos Combatentes
que sempre ocorrem pelo país.
Sobre a Subscrição Pública que está a decorrer, informa-se sobre a
Conta Corrente, apelando-se a que todos possam contribuir com o seu
Donativo, que poderá ser depositado nas Instituições Bancárias: Montepio
Geral - NIB: 0036 0044 99100187648 92; Caixa Geral de Depósitos - NIB:
0035 0726 00101083 130 64. Donativos: Montepio Geral - 5 000,00 €,
Fernando M. D. Mendes - 20, 00 €, Anónimo - 10,00 €, Anónimo - 10,00
€, Vítor S. da Guia - 10,00 €, Elias Sá Oliveira - 10,00 €, Joaquim A. Galvão
- 2,00 €, Joaquim D. Félix - 5,00 €, Ernesto Machado - 100,00 €, José B.
Monteiro - 10,00 €, José Júlio R. Eloy - 200,00 €. Total (em 23 de Fevereiro
de 2015): 6.521,83 euros.
A Comissão,
Coronéis António Garcia Correia e Joaquim Bernardo
Alferes Arnaldo Vasques,
Núcleo da Liga dos Combatentes de Santarém
União das Freguesias de Santarém
Com a colaboração de todas as Freguesias do Concelho e
Câmara Municipal de Santarém
Festas da Cidade
de Santarém já têm cartaz
De 18 a 22 de Março, Santarém respira num ambiente tipicamente ribatejano, em que o sagrado e o profano dão as
mãos, para celebrar a honra da Cidade e
de S. José, seu patrono.
Campinos, toiros, artesanato, gastronomia, música e folclore preenchem o
Campo Emílio Infante da Câmara com
alegria, movimento, cor e sabores, levando o concelho a recuperar e a festejar as
tradições da terra, e das suas gentes, fortalecendo a identidade.
“As Festas da cidade são um momento
de reencontro e de exaltação dos valores
tradicionais”, afirmou Luís Farinha na
apresentação oficial do programa do certame.
“O dia 19 de Março não é apenas um
feriado, mas sim uma data de afirmação
da unidade do concelho”, afirmou o vereador.
Nesse sentido, está programado, entre
os dias 18 a 22 de Março um extenso programa de actividades dirigido “a todos os
públicos”.
Neste sentido, a organização, a cargo
da Viver Santarém, com o apoio da autarquia, convidou, para dia 19, dia de S.
José, Feriado Municipal, as freguesias do
Concelho e as dez paróquias abrangidas,
a participarem na tradicional Procissão
de São José, que percorre o Centro Histórico, com o santo padroeiro das mesmas,
visando envolver toda a comunidade
concelhia, recriando um momento alto
da festa”.
Largadas de toiros, mostra de produtos
regionais, feira de artesanato e concertos
fazem parte do plano de actividades para
esta edição das Festas de São José que terão os D.A.M.A. como cabeça-de-cartaz.
“Procurámos envolver todas as freguesias do concelho para que estas festas
Opinião António Filipe
COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA
E DE SOLIDARIEDADE SOCIAL, C.R.L.
CONVOCATÓRIA
Nos termos do disposto do artigo 36º. dos ESTATUTOS, convoco a ASSEMBLEIA GERAL DA
COOPERATIVA DE HABITAÇÃO ECONÓMICA LAR SCALABITANO – COOPERATIVA DE RESPONSABILIDADE LIMITADA, a reunir em sessão ordinária, no dia 20 de Março de 2015, pelas 19 horas e
30 minutos na Secretaria (Sede) da Cooperativa de Habitação, situada na Rua Brigadeiro Lino
Dias Valente, Lote 3 em Santarém, com a seguinte:
ORDEM DE TRABALHOS
1 – ANÁLISE, APRECIAÇÃO E APROVAÇÃO DO RELATÓRIO E CONTAS DE 2014,
BEM COMO O PARECER DO CONSELHO FISCAL.
2 – ALTERAÇÃO DE ESTATUTOS-ALTERAÇÃO DA SEDE SOCIAL.
3 - OUTROS ASSUNTOS.
Não havendo número legal de sócios para deliberar à hora marcada, convoco desde já a mesma
ASSEMBLEIA GERAL, a reunir em segunda convocatória, local e dia, meia hora depois, com a
mesma ordem de trabalhos, deliberando então com qualquer número de sócios presentes.
Santarém, 19 de Fevereiro de 2015
O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Leo Manuel Weitzenbaur Goyanes Machado
Nota: Os cadernos da Aprovação do Relatório e Contas encontram-se à disposição na Secretaria da Cooperativa.
Deputado do PCP
eleito por Santarém
Quando Passos Coelho, Paulo Portas
e Cavaco Silva atacam o novo Governo
da Grécia, quase acusam os gregos de
viver à nossa custa e disfarçam mal os
seus desejos de que os anseios de mudança do povo grego sejam votados ao
fracasso, não estão a pensar na Grécia,
mas em Portugal. Não se trata de um
discurso para os gregos, que certamente não os ouvem, e mesmo que os ouvissem não os entenderiam.
O que deixa Coelho, Portas e Cavaco
à beira de um ataque de nervos é a simples ideia de que num país da União
Europeia possa haver um Governo
capaz de dizer alto e a bom som que
a austeridade fracassou, que não pode
haver contas públicas saudáveis à custa
da miséria do povo e que as pessoas são
mais importantes que os mercados. E o
que os deixa à beira do colapso nervoso
é a simples ideia de que esse Governo,
em vez de vergar a cerviz perante a Alemanha e a Comissão Europeia, consiga
levar à prática medidas concretas de
sentido contrário àquelas que nos pre-
dêem um sinal de união”, reforçou Luís
Farinha.
A organização teve em conta a importância da manutenção das tradições
tauromáquicas, e como prova de que a
tradição se mantém, organiza várias iniciativas associadas ao toiro: largadas de
toiros no dia 18, às 00h00, no dia 19, às
17h00, uma garraiada, no dia 20, largada de toiros, às 00h00, no sábado, dia 21,
volta a ter lugar uma largada de toiros, às
00h00. No domingo, dia 22, às 16h00, há
Festival Taurino, na Monumental Celestino Graça, num espectáculo que abre a
temporada.
A programação tem como objectivo
ser abrangente, de modo a atrair todas
as gerações às Festas, para além de, em
termos musicais, ser feita praticamente
com a “prata da casa”, uma vez que David
Antunes, os Vira Casaca (alguns dos elementos receberam formação musical no
Conservatório de Música de Santarém),
os coros do Círculo Cultural Scalabitano
e do Jardim Escola João de Deus, várias
tunas académicas, a Tuna da UTIS – Universidade da Terceira Idade de Santarém
e a Orquestra Típica Scalabitana, constituírem valores culturais da Cidade e da
região.
Nos dias 14 e 15 de Março, tem lugar
uma representação teatral da “Tomada
de Santarém”, pelo Veto Teatro Oficina,
no Teatro Sá da Bandeira, com sessões às
21h30 e às 16h00, respectivamente, que
serve como um teaser das Festas, que
arrancam no dia 18, véspera do feriado
municipal.
A inauguração das Festas de S. José tem
lugar no dia 18, às 18h00, junto ao pórtico de entrada, no Campo Infante da Câmara, seguida da habitual homenagem a
Celestino Graça.
Correio do Parlamento
O fracasso da
austeridade
tendem fazer crer que são inevitáveis.
Os arautos da austeridade, os que assumem que o que é bom para Alemanha tem de ser cumprido por Portugal
custe o que custar, os que não hesitam
em condenar o povo à miséria para
servir os desígnios do poder económico, não podem aceitar a ideia de que há
uma alternativa às suas políticas. Daí a
cruzada furiosa contra a Grécia.
Não sei qual será o futuro próximo
da Grécia. Não sei se o novo Governo
cumprirá as suas promessas. O que sei
é que também em Portugal a austeridade fracassou e que os juros de uma
dívida incomportável são pagos à custa
de fome e miséria. O fracasso clamoroso das políticas impostas pela troika
nacional (PS/PSD/CDS), com ou sem
troika estrangeira, já demonstraram
que não são solução nem alternativa.
O futuro de Portugal exige soluções
para Portugal e uma alternativa política que as possa encontrar. Construir a
alternativa está nas mãos do Povo Português.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
SOCIEDADE
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PSD/CDS-PP
Divergências no PSD-Santarém perante possibilidade
de Assunção Cristas encabeçar lista às legislativas
A possibilidade de Assunção Cristas,
actual ministra da Agricultura, vir a ser
cabeça de lista no círculo eleitoral de Santarém caso PSD e CDS-PP concorram
coligados às legislativas deste ano gerou
posições divergentes na última reunião da
distrital social-democrata.
O presidente da distrital de Santarém do
PSD, Nuno Serra, disse à Lusa que ficou
“espantado” por o tema ter sido levantado
na reunião desta semana por ser “extemporâneo” e “prematuro” o debate em torno de um assunto que nem se sabe se se
irá colocar, uma vez que ainda não existe
qualquer decisão sobre se os dois partidos
concorrem coligados ou não. “É só ruído.
Não está nada em cima da mesa. Por isso
fiquei espantado por a questão ter sido
levantada pelo presidente da Câmara de
Santarém”, afirmou.
O presidente da Câmara Municipal de
Santarém, Ricardo Gonçalves, disse à Lusa
que a sua declaração foi feita no sentido de
que a distrital social-democrata de Santarém se deve bater para que a lista às legislativas, caso haja coligação, seja liderada
por um militante do partido, opondo-se
a que se considere a hipótese de vir a ser
encabeçada por Assunção Cristas.
O nome da ministra terá surgido de
“conversas de corredor” na sessão das “Jornadas do Investimento” realizada no sábado em Santarém com a participação dos
presidentes das distritais do PSD, Nuno
Serra, e do CDS-PP, José Vasco Matafome.
O presidente da distrital do CDS-PP disse à Lusa que “ficaria muito satisfeito” se
a lista por Santarém fosse encabeçada por
Assunção Cristas, pessoa que considera
ser conhecedora de uma área com forte
implantação no distrito e que tem grande
aceitação entre os agricultores.
Frisando que qualquer decisão em matéria de coligação será tomada pelos órgãos
nacionais, José Vasco Matafome afirmou
que se os dois partidos avançarem juntos
para eleições não tem dúvidas de que o
PSD não tem no distrito “ninguém com a
capacidade e a visibilidade” de Assunção
Cristas e que o que mais interessará será a
capacidade de o cabeça de lista atrair vo-
tos.
“Seria lamentável se isso acontecesse”,
disse Ricardo Gonçalves à Lusa, referindo
a fraca expressão eleitoral do CDS no distrito de Santarém.
Contudo, para Nuno Serra, a distrital
terá que analisar o que for melhor para o
distrito e para a coligação, considerando
que se se viesse a concluir que Assunção
Cristas garantiria uma maior representatividade parlamentar seria “um erro crasso”
eliminar essa possibilidade à partida.
Nuno Serra disse ter ficado “espantado”
por a oposição vir de Ricardo Gonçalves,
que foi eleito para a Câmara de Santarém
na lista de um independente (Francisco
Moita Flores), escolhido pelo partido com
o objectivo de conseguir, pela primeira
vez, conquistar um município desde sempre liderado pelos socialistas.
No entender do líder da distrital socialdemocrata, Ricardo Gonçalves deveria ser
o primeiro a perceber que os cabeças de
lista podem influenciar positivamente o
resultado eleitoral, tanto que ele próprio
é hoje presidente de Câmara graças a essa
circunstância.
Todavia, assegurou que a tomada de posição de Ricardo Gonçalves “será tida em
conta” na análise que a distrital vier a fazer,
se a situação se colocar.
JSD de Santarém critica ausência
reiterada dos eleitos da Câmara
de Santarém nas reuniões do partido
O responsável da JSD de Santarém, Ricardo Gonçalves Rato, criticou esta semana, em comunicado, a ausência reiterada
dos eleitos da Câmara de Santarém pelo
partido nas reuniões plenárias, em particular do presidente da autarquia.
“Repudiamos a actuação dos militantes
eleitos pelo PSD nas últimas eleições autárquicas, pelas suas ausências constantes
nos plenários. A sua grande maioria esteve, pela última vez, num plenário em Maio
de 2013, precisamente aquando da aprovação das listas ondem constavam os seus
nomes”, escreve Gonçalves Rato.
“É absolutamente normal que nos sintamos defraudados por estes militantes que
se interessam pelo seu partido apenas em
circunstâncias eleitorais, sejam elas autárquicas ou internas”, acrescenta ainda.
Segundo o dirigente da JSD, o presidente da autarquia, Ricardo Gonçalves, eleito
pelo partido, chegou com duas horas de
atraso à reunião, demonstrando, “de maneira errada, a importância que os plenários têm”.
“Quando o seu cabeça de lista nas eleições autárquicas prefere estar na festa de
aniversário do presidente da tal associação “Santarém Move” (com a qual parece
quererem substituir um partido com 40
anos de história) em vez de estar presente
na Assembleia de militantes que aprovou
e apoiou a sua candidatura à Câmara, este
passa a ideia errada que o Plenário é um
“frete” que se realiza, porque os estatutos
assim o obrigam, de 3 em 3 meses…”, escreve Ricardo Rato.
No comunicado enviado às redacções, o
dirigente da JSD refere ainda que “o Presidente Ricardo mantém a coerência neste
aspecto, pois, num passado, enquanto Presidente da Mesa esteve quase um ano sem
convocar os militantes para se reunirem
em Assembleia”.
“O Presidente da Câmara de Santarém é
militante do PSD, com o orgulho o dizemos. Se ele não se lembra, lembramos-lhe
nós”, conclui Gonçalves Rato.
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SOCIEDADE
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo de Pernes, CRL
CONVOCATÓRIA
Nos termos do número 2 do artigo 22º e das alíneas c), f) e h) do artigo 23º dos Estatutos da
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Pernes C.R.L., pessoa colectiva nº 500 990 689, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Santarém sob o mesmo número, com sede na
Rua Eng.º António Torres, 140, em Pernes, convoco todos os associados desta CCAM que se
encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral, em Sessão
Ordinária, no próximo dia 28 de Março de 2015 (sábado), pelas 17,30 horas, na sede desta
CCAM, com a seguinte
ORDEM DE TRABALHOS:
1. Discussão e votação do relatório de gestão e contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2014 e do relatório anual do Conselho Fiscal;
2. Deliberar sobre a proposta de Aplicação de Resultados do exercício de 2014;
3. Apresentação e apreciação de relatório com os resultados da avaliação anual da implementação das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola;
4. Proceder à apreciação geral da Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola;
5. Discussão e aprovação da Política de Remuneração da Caixa Agrícola para o ano de 2015;
6. Discussão e aprovação da Política de Selecção e Avaliação da Adequação dos Membros
dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola;
7. Discussão e aprovação da Política de Selecção e Avaliação da Adequação dos Titulares de
Funções Essenciais da Caixa Agrícola;
8. Alteração das alíneas b), c) e d) do número 1 do artigo 19º e dos números 1, 2 e 3 do artigo
20º dos Estatutos da Caixa Agrícola;
9. Discussão e aprovação do Regulamento Eleitoral da Caixa Agrícola;
10. Informação sobre a realização de Eleições para os órgãos sociais na próxima Assembleia
Geral Ordinária;
11. Discussão de outros assuntos com interesse para a Caixa Agrícola.
O Relatório e Contas da Administração e o Parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício em
análise encontram-se na sede da Caixa para consulta dos associados a partir do dia 13 de Março.
A proposta de alteração dos Estatutos encontra-se disponível na sede da Caixa para consulta
dos associados, sem prejuízo de na Assembleia serem propostas pelos Associados redacções
diferentes para os mesmos artigos ou serem deliberadas alterações de outros artigos que
forem necessárias em consequência das alterações a introduzir nos referidos artigos 19º, nº
1 alínea b), c) e d) e 20º, nº 1, 2 e 3.
Se à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a
Assembleia reunirá, de harmonia com o n.º 2 do artigo 25º, com qualquer número, às 18,30 horas.
Pernes, 27 de Fevereiro de 2015
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Manuel Joaquim Botequim Costa (Dr.)
E. A. C. A – Empresa das Águas Cloretadas de Alcanhões, S.A.
Sede em Alcanhões
Sociedade Anónima registada na Conservatória do Registo Comercial de Santarém
Sob o nº 754 a fls 18 do Lv. C2
Capital Social subscrito e realizado de 500.000 Euros
CONVOCATÓRIAS DA ASSEMBLEIA GERAL
PARA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
A pedido da Administração, convoco os accionistas para uma Reunião Extraordinária da
Assembleia Geral, a ter lugar na Sede Social na Quinta das Martanas em Alcanhões, no dia 28
de Março de 2015, pelas 10:00 horas com o seguinte
Ponto Único:
Deliberar sobre a alteração dos ESTATUTOS, permitindo a redução do número dos Administradores, propondo a seguinte redacção para o nº 1 do Art 12º:
“A Administração da Sociedade é exercida por um Conselho de Administração composto por
um mínimo de três e um máximo de cinco membros eleitos em Assembleia Geral, com ou sem
dispensa de caução, conforme for deliberado, sendo o seu mandato de três anos, renovável, sem
prejuízo do mesmo poder ser revogado a todo o tempo, sem direito a qualquer indemnização,
sempre que qualquer Assembleia Geral o julgue conveniente.
Nos termos do Art.11º dos Estatutos, se à hora indicada não estiver representado 25%
do Capital Social, a Assembleia em Reunião Extraordinária funcionará uma hora mais tarde,
independentemente desse número.
PARA REUNIÃO ORDINÁRIA
A pedido da Administração convoco também os Accionistas para uma Reunião Ordinária, para
o mesmo dia e em continuação da anterior, com a seguinte Ordem de trabalhos:
Ponto 1: Apreciar e votar o Relatório da Administração e as Contas do Exercício de 2014.
Ponto 2: Deliberar sobre a proposta de aplicação de Resultados.
Ponto 3: Proceder à apreciação geral da Administração e da Fiscalização da Sociedade.
Ponto 4: Eleger os Órgãos Sociais para o triénio de 2015 – 2017.
Nos termos do Art.11º dos Estatutos, se à hora indicada não estiver representado 25% do
Capital Social, a Assembleia funcionará uma hora mais tarde, independentemente desse número.
Alcanhões, 19 de Fevereiro de 2015
O Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Rui Manuel Bento Soares Lopes
Grupo de
Ajuda Mútua
começa a
funcionar
em Santarém
O Grupo de Ajuda Mútua de Santarém,
criado no âmbito de uma colaboração entre o município e a Associação Portuguesa
para a Igualdade Parental e Direitos dos
Filhos, começa hoje a funcionar em instalações cedidas pela autarquia.
As reuniões do Grupo de Ajuda Mútua
vão realizar-se quinzenalmente às sextasfeiras, sendo um “momento onde as pessoas partilham as suas angústias, as suas
situações, e encontram na relação com os
outros novas estratégias para lidar com a
situação de conflito parental”, afirma uma
nota do município.
Para a vereadora com o pelouro da Acção Social da Câmara Municipal de Santarém, Susana Pita Soares, a colaboração
com a associação “tem como objectivo
apoiar pais, mães, filhos e outros familiares vítimas do conflito parental, de alienação parental ou mesmo de desigualdade
parental”.
BE quer
aumentar
transparência
do município
O Bloco de Esquerda (BE) vai apresentar
na sessão de Março da Assembleia Municipal (AM) de Santarém uma proposta para
“aumentar a transparência do município e
fomentar a participação cidadã”, que visa
disponibilizar online, antes das reuniões
daquele órgão, os documentos que vão a
debate, salvo os que a lei impede.
Referindo a existência de dois pareceres
jurídicos que confirmam a legalidade da
proposta, um deles da própria Comissão
de Acesso aos Documentos Administrativos, o BE lamenta que a pretensão tenha
sido chumbada pelo PSD e pela CDU na
comissão do portal da AM, acreditando
que a mesma passará em sessão plenária.
Os bloquistas lembram que a designada “cidade da liberdade” - que deveria ser
“exemplo na transparência e nos mecanismos de participação cidadã” - se encontra
em 108.º lugar no ranking da transparência municipal, com apenas 36 pontos em
100, e sublinham que se o índice medisse a
acessibilidade da informação, a Câmara de
Santarém “ficaria ainda pior classificada”.
Opinião
Manuela
Ribeiro
Porta do Sol
Liberdade
Fui almoçar à cidade da Régua,
estacionei o carro num parque público e não dei nenhuma moeda aos
arrumadores. Depois do almoço
entrei no carro, iniciei uma viagem
e cerca de 10 kms depois, estava no
meio da auto-estrada com o pneu
vazio. O pneu foi substituído e no
dia seguinte foi para a garagem para
resolver o problema do potencial
furo, mas… não era furo, mas sim
a válvula que tinha sido danificada.
Um simples grão de areia na tampa
de plástico é suficiente para alterar
a estrutura da válvula e com o movimento de rotação, o pneu esvazia.
Não tive dúvidas sobre o que tinha acontecido, a minha ausência
de “pagamento” tinha sofrido uma
sanção. Com o desconforto daquela
situação, fui “levada” para as imagens das marchas anti terrorismo
e outros movimentos a favor da liberdade, e… ao nosso lado, num
simples parque de estacionamento,
vivenciamos o não ser livre!
Este episódio elucidou de forma
muito clara, como em cada momento somos testados nas nossas
convicções mais profundas. A primeira reação foi de muito desconforto perante a confirmação de que
não tinha sido um simples furo, mas
algo premeditado, com todas as
implicações sérias que poderia ter
criado, mas depois veio a oportunidade de colocar em prática o “amar
a realidade”, e a realidade era única
e exclusivamente - um pneu vazio
que precisava ser trocado para continuar viagem / um horário de uma
reunião que precisava ser adiado
/ um pneu vazio que precisava ser
consertado, para voltar a ocupar a
sua posição original no carro. Tudo
o que se lhe seguiu foram os meus
pensamentos… incluindo a forma
como analisei a situação.
Quando recuperei essa visão das
coisas, percebi que não existia nenhuma perda de liberdade, porque
a sensação de liberdade é interna. A
liberdade é uma escolha nesse sentido, independentemente da forma
física em que se manifesta.
Nestes dias que continuam aparentemente confusos, sente-se uma
nova perspetiva a consolidar, uma
nova forma de estar que valoriza o
nosso poder criador, de nos sabermos soberanos na forma como reagimos ao que nos acontece. Temos
sempre duas alternativas, vítimas ou
criadores.
Nem sempre é fácil, exige esforço,
determinação, vontade e muita responsabilidade para estar disponível
para ver sem julgar. Talvez esta seja
a parte mais difícil de todos estes
processos.
Continuamos a viver um tempo
de imenso aprendizado, em cada
esquina sempre existe algo que nos
oferece possibilidades de crescimento. Existe um mundo novo em
criação, e cada um de nós é parte
indissociável dele, porque o nosso
poder está sempre presente, só precisamos lembrar de que…
…somos os criadores de todas as
Portas do Sol das nossas vidas!
PS: e agora vou passar a dar moedas a todos os arrumadores?
Não! Vou dar, se sentir que é para
o fazer.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
AMBIENTE
9
Cidadania
População planta árvores nas margens
do rio Alviela em Vaqueiros
Sob o lema “Toca a Plantar”, no âmbito
do Projecto Municipal “Reabilitar Troço a
Troço”, a zona da Secalina, em Vaqueiros,
recebeu sábado (dia 21), pelas 11 horas, 17
novas árvores nas margens do rio Alviela.
Esta acção contou com a participação de
Inês Barroso, vereadora da Protecção Ambiental da Câmara Municipal de Santarém,
Carlos Trigo e Joel Oliveira da União de
Freguesias de Casével e Vaqueiros, numa
equipa de 30 pessoas que se associaram na
luta pela sustentabilidade do rio e da preservação das galerias ripícolas.
Os trabalhos tiveram início pelas 10h00,
na antiga Escola Básica de Vaqueiros, com
uma sessão de apresentação do projecto à
população local.
Inês Barroso realçou a necessidade de
“minimizar a poluição e preservar as linhas de água do concelho”. A vereadora
considera que o “projecto terá a dimensão
que, todos em conjunto, lhe conseguirmos
dar”, sublinha a autarca.
A responsável lamenta “as descargas que,
infelizmente, se vão realizando no nosso
Rio”, considerando que a autarca faz o que
lhe compete que é “a denúncia às autoridades competentes”.
Por seu turno, Joel Oliveira, da União
de Freguesias, lamentou “não ter a sala
cheia” para esta iniciativa mas considerou
importante a presença de muitas crianças.
“Vamos passar-lhes o testemunho”, acrescentou.
As 17 árvores agora plantadas, neste terceiro troço, constituem parte de
um prémio atribuído ao Município pela
QUERCUS na sequência de uma candidatura apresentada ao Programa Floresta
Comum, através do projecto “Reabilitar
Troço a Troço”. No total, foram-lhe atribuídas 95 espécies vegetais autóctones: 15
amieiros-negros, 60 freixos e 20 murtas,
para reabilitar galerias ripícolas do Concelho.
Segundo a autarquia, a recuperação destes troços tem como objectivo “despertar a
população para a importância da preservação da integridade das espécies autóctones”, o que permitirá “condições favoráveis
para o aumento da biodiversidade e, por
outro lado, constituir exemplos positivos
de intervenção nos recursos hídricos, para
além de se pretender incentivar os proprietários confinantes das linhas de água
a reabilitar as linhas de água nas suas propriedades”.
As próximas acções estão previstas para
dia 14 de Março, em Vale de Santarém, e
dia 28 de Março na União de Juntas de S.
Vicente do Paúl e Vale de Figueira.
EB 2,3 Alexandre Herculano
reconverte espaço verde da escola
A EB 2,3 Alexandre Herculano iniciou
o projecto de reconverter a sua área verde
com espécies mais adequadas e ambientalmente mais relevantes.
No passado dia 19, a vereadora com o
pelouro da Educação, Inês Barroso, foi
convidada a plantar uma árvore, que representa a Câmara Municipal, a qual se
juntou a outras, plantadas por Carlos Marçal, presidente da União de Freguesias de
Santarém, por Margarida da Franca, presidente do Agrupamento de Escolas e por
José Pedro, presidente da Associação de
Pais e Encarregados de Educação.
Com esta acção pretendeu-se envolver
a comunidade escolar promovendo-se os
valores ambientais.
Inicialmente foram cortados alguns eucaliptos e limpo o mato do terreno da escola. Neste momento a EB 2,3 Alexandre
Herculano reabilita o espaço com a plantação de novas árvores da família dos áceres, espécies adaptadas ao clima, ao solo e
à envolvência escolar. 50 Amoreiras e 10
Castanheiros conquistaram nova “casa”,
tendo sido ofertados pela empresa que
procedeu ao corte e pela Câmara Municipal de Santarém.
Cada turma da escola básica de 2º e 3º
ciclos plantou a sua árvore, na companhia
da directora Margarida da Franca. Também as turmas de 4º ano foram convidadas a plantar a sua árvore.
Resitejo
Pilhas usadas:
“o pilhão
mais próximo
é a solução”
No final do ano passado, a
Resitejo entregou mais de meia
tonelada de pilhas no âmbito do
6.º Peditório Nacional de Pilhas
e Baterias Usadas a favor do Instituto Português de Oncologia.
A resposta massiva a este desafio nacional da Ecopilhas permitiu doar dois aparelhos de tratamento para doentes oncológicos
ao IPO: uma Gama sonda portátil para gânglio sentinela e um
Dermatomo.
O simples gesto de colocar
as pilhas e baterias usadas no
Pilhão, além de proteger o ambiente, reverteu também a favor
desta causa.
Neste peditório nacional recolheram-se mais de quatro milhões de pilhas e baterias usadas,
resultado só possível com o empenho de muitos cidadãos e instituições que responderam positivamente ao apelo da Ecopilhas,
unindo esforços em torno desta
causa.
“O cidadão desempenha um
papel fundamental na defesa
do ambiente e da saúde pública
quando deposita as suas pilhas
e baterias usadas num pilhão.
Face ao seu consumo massificado importa alertar para os perigos associados a estes resíduos
do nosso quotidiano após a sua
vida útil. A participação cívica
é essencial no sucesso do tratamento deste tipo de resíduos
pois retira estes resíduos perigosos dos restantes fluxos domésticos!”, refere a Resitejo em nota
enviada ao Correio do Ribatejo.
A Resitejo informa ainda que
existem pilhões disponíveis em
todas as Autarquias, Juntas de
Freguesia, Ecocentros e alguns
Ecopontos. Muitas outras entidades também disponibilizam
pontos específicos de recolha,
alertando para o facto de se as
pilhas forem deitadas fora, sem
qualquer precaução, “podem
libertar numerosos compostos
perigosos, tais como ácidos,
Alumínio, Chumbo, Lítio ou
Mercúrio”.
10
CULTURA
A arquitectura
e o passado
colonial em
exposição
A Galeria do Parque, em Vila
Nova da Barquinha, recebe, até ao
mês de Maio, uma exposição de Ângela Ferreira, artista representada
no Parque de Escultura Contemporânea Almourol, reunindo trabalhos
de escultura e vídeo.
Na mostra, denominada “Indépendance Cha Cha”, a autora
apresenta uma nova escultura, inspirada na sua participação na Bienal
de Lubumbashi 2013, na República
Democrática do Congo, evocando
a arquitectura colonial dos anos 50
no centro urbano da capital de Katanga. Ângela Ferreira nasceu em
Maputo, Moçambique, em 1958, e
actualmente vive e trabalha alternadamente entre África do Sul e
Portugal. Resultante de uma parceria do município de Vila Nova da
Barquinha com a Fundação EDP,
na programação da Galeria do Parque, “Indépendance Cha Cha” tem
entrada gratuita e pode ser visitada
de quarta a sexta-feira das 11:00 às
13:00 e das 14:00 às 18:00 e aos sábados e domingos das 14:00 às 19:00.
Salvaterra
promove poesia
em língua
portuguesa
A Biblioteca Municipal de Salvaterra de Magos está a promover
o concurso “Salvaterra em Poesia”,
que tem este ano por tema “(A)braços da terra e do rio”.
A iniciativa visa “criar e consolidar
hábitos de leitura e de escrita e de
promover a poesia em língua portuguesa”, segundo a nota, adiantando
que os poemas deverão ser entregues até 10 de Março na Biblioteca
Municipal, podendo o regulamento
ser consultado online.
Chamusca
Monólogos
da Vagina
continuam
a esgotar
A Companhia de Teatro do Ribatejo (CTR) apresenta amanhã,
sábado, dia 28, às 21h00, no Teatro
de Bolso da Chamusca, a quinta representação do espectáculo ‘Os Monólogos da Vagina’, adaptado e encenado por João Coutinho, a partir do
texto de Eve Ensler.
O espectáculo, que conta com a
participação de quatro actrizes da
Companhia: Inês Agostinho, Cláudia Monteiro, Elsa Mendes e Custódia Solca, esgotou as sessões previstas, prolongando assim por mais
uma representação, antes de entrar
em digressão.
Baseada em dezenas de entrevistas
realizadas pela escritora Americana
Eve Ensler, a peça, realizada num
ambiente de café concerto, é uma
viagem ao mundo da mulher, dos
seus conflitos, dos tabus, do amor,
do sexo, da violência, afinal, de tudo
o que faz da história da mulher um
grito de afirmação.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
“Sou diferente mas eficiente”
lançado em Santarém
Santarém:
urbe milenar
Carlos
Bajanca
Arquitecto
Crescimento
urbanístico
de Sancterene
O livro “Sou diferente mas eficiente”, da
autoria da escritora escalabitana Sónia
Campino, foi apresentado sábado à tarde
no Auditório do Instituto Português do
Desporto e Juventude, naquela que foi a
primeira sessão de divulgação da obra.
Sob a chancela da ‘Corpos Editora’, o livro assenta num registo autobiográfico da
autora, portadora de mobilidade reduzida
devido a uma paralisia cerebral, abordando toda uma experiência de vida, desde o
nascimento até à actualidade e, com ele,
pretende transmitir uma mensagem de
esperança, determinação e, sobretudo, de
amor incondicional.
“Mais importante do que andar é ter um
pensamento positivo”, disse Samuel Pimenta, também ele escritor, que apresentou a obra de Sónia Campino, que conheceu quando frequentou a Escola Ginestal
Machado, em Santarém.
“A Sónia tem uma grande força que não
nos é indiferente”, referiu Samuel Pimenta,
acrescentando que a autora é “uma pessoa
que, como todos nós tem limitações, mas
supera-as de uma forma criativa e alegre,
sem se vitimizar”.
E, de facto, o sentido de humor apurado
de Sónia perpassa todo o livro: “esta obra
faz-nos rir muito e faz com que tenhamos
um olhar diferente sobre a nossa própria
vida”, considerou o escritor.
““Sou diferente mas eficiente” conta
como o meu nascimento pareceu um processo de grande indecisão. Se por um lado
tinha “tendências suicidas”, tendo nascido
com o cordão umbilical à volta do pescoço; por outro parecia ter demasiada pressa
para descobrir o mundo, tendo nascido
prematura. Acabei por fazer um derrame
cerebral que deu origem a uma paralisia
cerebral que impôs a toda a minha família
um grande desafio – o de aceitarem a minha condição e de me amarem independentemente dela”, pode ler-se na sinopse
do livro.
“A vida é para aproveitar, não para lamentar”, disse Sónia Campino na apresentação do livro que marca a sua estreia
literária, um “pedaço” de si, escrito “com
muito humor”.
“A minha família teve um papel muito
importante na pessoa em que me tornei”,
confessou, sentindo-se uma “privilegiada
por ter nascido”.
“Aprendi a ser grata. É que os grandes heróis, na realidade, não somos nós, os portadores de deficiência, mas toda a nossa
família”, afirma Sónia Campino, deixando
um conselho: “Tenhamos um pensamento positivo e criativo. Tenhamos força de
vontade. Mas acima de tudo, aprendamos
a amarmo-nos incondicionalmente, pois
só assim conseguiremos mudar o mundo”.
“Encontrei na escrita uma maneira de
me expressar e de expor sentimentos”,
disse Sónia Campino, perante uma sala
repleta de amigos e ex-professores que lhe
elogiaram o carácter e forma de encarar a
vida.
“A Duas Mãos” de Maria Pena Monteiro
e Sandra Valença Conde
na Sala de Leitura Bernardo Santareno
“A Duas Mãos”, é o tema da exposição
de artes plásticas da autoria de Maria Pena
Monteiro e Sandra Valença Conde, patente ao público, desde sábado, na Sala de Leitura Bernardo Santareno.
As autoras constituem duas vidas que se
cruzaram através do interesse comum pela
arte e cultura. De um lado, Maria Pena
Monteiro, com uma vida repleta de cor e
um trabalho artístico, nas artes plásticas,
já há 12 anos, através de um marcado traço e do outro lado, Sandra Valença Conde,
com uma vida pautada pela arquitetura e
urbanismo, cuja beleza das cores são refletidas na arte abstrata num contraponto
harmónico ao rigor técnico exigido pela
arquitetura. Interessante perceber que as
artistas se completam e se contrapõem
plasticamente por distintos traços.
Uma mão da arquitetura que pinta o abstrato e uma mão de belas artes que usa a rigidez do traço e da mancha para marcar a
sua arte. Ambas as expressões contrarian-
do, com harmonia, dois distintos percursos académicos. Uma feliz inversão de posições quando se trata das artes plásticas.
A arte unindo o feminino de duas nações, duas almas e dois corações de pátrias
irmãs na sincronicidade das palavras refletidas no olhar. O escorrer da tinta sugere o
anseio de almas que gritam por liberdade.
A exposição está patente até dia 7 de
Março, de segunda a sexta-feira, das 9h30
às 18h00 e aos sábados, das 9h30 às 12h30.
A época medieval compreende o
período entre os séculos XII a XV,
que foi estruturante para a definição
urbanística do atual Núcleo Histórico de Santarém. Após a conquista por
D. Afonso Henriques verifica-se um
acentuado aumento populacional,
que se traduziu no crescimento urbano de Sancterene.
Inicialmente por razões de ordem
militar, a malha urbana medieval
procurou conter-se dentro das linhas
de muralha e nos limites do planalto.
A organização do espaço edificado
resultou de um crescimento gradual,
orgânico, adaptado à circunstância
de cada lugar e orientado pela intuição da “melhor solução do momento”, face às exigências funcionais
da época. Neste processo destaca-se
a importância de alguns edifícios
de arquitetura religiosa e civil, que
muito contribuíram para polarizar e
promover a aproximação de outros
edifícios em seu redor e consequentemente o desenvolvimento urbano
da urbe. Assim, as construções se
foram agregando e assumindo na sua
identidade própria, ainda que globalmente integradas na identidade do
conjunto.
A malha urbana medieval é o resultado de um crescimento não desenhado, ou seja, ausente de planos
orientadores. A evolução do edificado é empiricamente delineada num
processo progressivo de adição “casa
a casa”, em que cada nova construção
se adapta às pré-existências do local.
Este tipo de crescimento urbano estrutura-se no princípio “intuitivo de
integração”, muito comum na história do urbanismo e não apenas patente no período da Idade Média. Assim
se foram agregando as construções e
gradualmente crescendo as primeiras linhas edificadas, normalmente
ao longo dos principais caminhos de
terra batida, sendo estes o suporte físico e natural para a organização das
primeiras e mais importantes ruas do
tecido urbano.
Por necessidade própria da expansão da malha urbana, a partir
dessas ruas principais se ramificam
as secundárias, travessas e calçadas,
delineadas pelas condições naturais
que o terreno oferecia, pelo relevo
de cada local, ou ainda condicionada
pelo parcelamento fundiário. Também a ligação desses percursos principais com as áreas extramuros circundantes à Vila assumiram grande
importância na orgânica, estrutura
e desenvolvimento da malha urbana. Nestes pontos localizaram-se as
principais portas e postigos (portas
secundárias) do aglomerado, em cuja
proximidade se abriram importantes
“espaços de receção” da Vila. Alguns
destes recintos foram posteriormente
convertidos em praças, largos, chãos
e rossios, dos quais são exemplo a
atual Praça de Sá da Bandeira, o Largo de Mem Ramires, Largo Cândido
dos Reis, entre outros.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Opinião
Vitor Serrão
Historiador de Arte
Prof. da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
A celebridade do Santíssimo Milagre
de Santarém não tem fronteiras. Desde
que no ano de 1266 (ou em 1247, segundo outras fontes) decorreu numa
modesta casa na Rua das Esteiras, não
longe da actual igreja do Milagre, um
acontecimento miraculoso envolvendo
o roubo da hóstia consagrada, que o seu
culto se expandiu, através de grandiosas romarias e procissões, chegando a
envolver peregrinos de todo o mundo.
O caso teve foros de acontecimento em
várias crónicas e imenso impacto na
credulidade popular, gerando ecos quase imediatos por toda a cristandade, o
que conduziu a um surto devocional que
tornaria a igreja do Santíssimo Milagre
(então dedicada a Santo Estêvão) a sede
de um importante Santuário, ainda hoje
com marca insubstituível nos circuitos
de turismo religioso.
São muitos os testemunhos históricos
do reconhecimento deste lugar como
um sítio hierofânico, ligado a vastas manifestações de culto e com grande projecção internacional. Expressão maior
dessa devoção ao Santíssimo Milagre
trouxe a Santarém, a pretexto da cura
de doenças, protecção contra cheias, arbítrio em conflitos militares ou, ainda,
em períodos de seca e carestia, muitas
personalidades importantes da História
portuguesa. O Prof. Martinho Vicente
Rodrigues, aliás, elencou essas referências num livro de síntese dos conhecimentos sobre o assunto. A História
atesta, por exemplo, que a Rainha Santa
Isabel, ao dirigir-se a Coimbra a fim de
aplacar os conflitos entre D. Dinis e seu
filho D. Afonso, ordenou uma procissão
de preces em que ela própria acompanhou, descalça e de cordão ao pescoço,
o Santíssimo Milagre na procissão entre
a Rua das Esteiras e a igreja do Milagre.
Em 1664, face à invasão de Portugal pelo
exército castelhano de D. Juan de Áustria, também o rei D. Afonso VI visitou o
templo santareno (e ainda o mosteiro de
São Domingos, onde se venerava a toalha manchada de sangue que envolvera
a Sagrada Hóstia aquando do seu roubo
sacrílego) a fim de solicitar apoio divino
na batalha contra os invasores, que conduziria à vitória no Ameixial. No meado
do século XVII, um médico santareno,
Dr. Manuel dos Reis Tavares, criou a
expensas próprias uma capela no preciso lugar onde era tradição ter decorrido, em data imprecisa do século XIII, o
milagre da Hóstia Consagrada, quando
a irrupção súbita de um coro dos anjos
despertou a comunidade e fez descobrir
o que passara.
Como se sabe, e diz a lenda, uma po-
bre mulher a quem o marido maltratava,
aconselhada por uma feiticeira da vila,
sonegou da igreja de Santo Estêvão, à
hora de comungar, a Hóstia consagrada, escondendo-a no regaço, desde logo
manchado pelo sangue que escorreu da
partícula; porém, antes de entregar à feiticeira o produto do roubo, o sacrilégio
foi revelado por um coro angelical que
tornou a casa da Rua das Esteiras resplandescente de luz sobrenatural. Tendo
a nulher confessado o sacrilégio, a hóstia
regressou à igreja em solene procissão,
obrando muitos milagres e tornando o
templo de Santarém um dos mais concorridos do Reino. A Hóstia foi então
devolvida à igreja de Santo Estêvão, doravante chamada do Santíssimo Milagre,
iniciando-se um culto que perdura há
sete séculos e meio. Nas paredes laterais
da igreja, quatro grandes telas pintadas
em 1646 por encomenda de uma devota, Maria Luísa de Gouveia, e atribuídas
ao pintor tenebrista santareno Miguel
Figueira, atestam todos esses acontecimentos miraculosos.
Menos conhecido, senão mesmo desconhecido dos escalabitanos, é o facto de
um outro ‘milagre eucarístico’ em tudo
similar ao de Santarém, ter decorrido em
Paris em 1290, grangeando também uma
enorme popularidade, o que pode levar
a considerar que no fim do século XIII
possa ter havido influências entre um e
outro evento. Aconteceu que nesse ano
de 1290 uma mulher de pobre condição,
que tinha penhorado o seu único vestido
e precisava dele para a festa da Páscoa,
prometeu a um agiota judeu que, em troca da devolução da peça empenhada, simularia a comunhão e lhe traria a Hóstia
consagrada, ignorando todavia para que
efeito o roubo se destinava. Entregue a
partícula, o judeu de imediato a golpeou
com um martelo, em presença dos seus
familiares, tendo a hóstia jorrado sangue, com um coro de anjos sobrenatural,
o que levou a que o sacrilégio fosse imediatamente deslindado. Depois de várias
peripécias, a hóstia foi devolvida à igreja
de Saint-Jean-en-Grevè, onde passou a
ser venerada como milagrosa.
Este segundo milagre eucarístico – o
Santíssimo Milagre de Paris – era conhecido em Portugal no momento em que o
seu congénere de Santarém atingia grande sucesso devocional. Por alguma razão
ainda não esclarecida, foi esse ‘milagre
de Paris’, e não o de Santarém, que foi
pintado numa belíssima tela de Marcos
da Cruz (c. 1610-1683) que existe na
capela-mor da igreja matriz de Bucelas.
O recente restauro e estudo integrado
desse quadro permitiu esclarecer essa
Opinião
Massimo
Esposito
Por vezes, é nos sítios mais insuspeitos
que se podem encontrar surpresas, e, neste
caso, belas surpresas. Alcanena, por exemplo…
Sim, nesta pequena vila ribatejana encontramos um espaço artístico de óptimo
nível, muito superior a muitas galerias municipais e até privadas, já o jardim envolvente demonstra bom gosto e apreço pela
beleza.
Logo que se entra neste espaço de paredes negras, aço e vidro, prende a atenção
do visitante uma grande pele de hipopótamo curtida. Depois, vemos mulheres de
tamanho natural em várias e elegantes posições, com cores diversas: verdes, verme-
CULTURA
11
O Santíssimo Milagre de Paris em 1290,
o congénere milagre de Santarém,
e uma tela seiscentista do pintor Marcos da Cruz
Marcos da Cruz, Milagre da Hóstia Consagrada em Paris em 1290. Tela de c. 1650. Bucelas, igreja matriz
identidade. O artista lisboeta, ao tempo
considerado o mais famoso pintor de
Lisboa, realizou quatro telas para as paredes laterais do presbitério, todas com
assuntos eucarísticos: a Última Ceia, a
Comunhão da Virgem por Jesus Cristo,
a Disputa do Dogma da Eucaristia pelos
Doutores da Igreja e O Santíssimo Milagre de Paris em 1290. Este último é um
quadro penumbrista de grande importância, desde logo pela raríssima iconografia (caso único, que se saiba, na arte
portuguesa), mas também pelas qualidades de pincel. Na tela, que procurava
criar um efeito de repúdio e de impacto pelo maravilhoso, o gesto destruidor
do agiota está como que congelado por
uma força sobrenatural. As obras de arte
buscavam este sentido didascálico e, por
vezes, conseguiam-no, como é o caso.
Por outro lado, é eficaz o pathos dramático que envolve a narração, é seguro o
desenho e a pose dinâmica das figuras
que cometem o acto sacrílego, é adequada a expressão de espanto da mulher
que cometera o delito, e todas estão envoltas por uma atmosfera luminosa que
destaca o clima miraculoso pretendido.
Acresce que, no ambiente fechado em
que a cena decorre, o pintor incluíu um
exótico tapete oriental e outros pormenores de acessórios domésticos muito
bem executados.
O pintor Marcos da Cruz, famoso no
seu tempo, foi uma das estrelas da nossa pintura proto-barroca. A sua obra,
bem estudada por historiadores de arte
como Luís de Moura Sobral e Susana Varela Flor, conta-se entre as melhores do
século XVII português. As quatro telas
de Bucelas, que estavam muito sujas e
deterioradas e eram completamente desconhecidas dos estudiosos, até à identifi-
cação que delas fizemos, passam agora a
documentar os altos cumes do seu percurso no campo da pintura portuguesa
sacra -- tal como uma soberba série de
telas com o Apocalipse de São João que
foram recém-identificadas no Museu
Diocesano de Santarém e de que já tratámos nesta rubrica. Depois do cuidadoso restauro que envolveu o interior da
igreja matriz de Bucelas, há poucos anos
(com uma equipa que integrou a saudosa técnica de conservação e restauro Manuela Rocha), foi possível salvar as quatro telas em causa, que são das melhores
peças pintadas por Marcos da Cruz, e
identificar este raro painel do Santíssimo
Milagre de Paris, que seguramente interessa, ainda que por via indirecta, para
a iconografia do congénere Santíssimo
Milagre de Santarém. Ainda a propósito
desta singular representação (um tema
iconográfico que a historiadora de arte
Ana Paula Rebelo Correia ajudou sabiamente a deslindar), deve dizer-se que a
pintura de Bucelas se integra num clima
de intolerância religiosa, típica do proselitismo contra-reformista do século
XVII, um tempo de autos-de-fé e de repressão das minorias cristãs-novas, pelo
que o seu discurso imagético não podia
deixar de ser entendido como apelo à vigilância doutrinária contra o protestantismo e o judaísmo.
A arte sacra de derivação tridentina
assumiu, como se sabe, esse papel estratégico de inflamação das massas e de reforço do dogma religioso, e o quadro de
Bucelas aí está a comprová-lo com toda
a clareza (e com uma qualidade artística muito apreciável): a arte e o discurso
político-religioso em uníssono nos seus
objectivos didascálicos.
‘Arteemtodaaparte’
João Carvalho e o “artspace”
lhas, brancas e, naturalmente, em castanho
natural da pele curtida, como se fossem
panos a esvoaçarem.
Dá, efectivamente, a sensação de “real
consciência do volume, da leveza e do peso
que compõe cada corpo” lê-se no catálogo
que encontrei na entrada.
João Carvalho é o artista e proprietário
deste espaço. É uma pessoa sensível e imaginativa, muito comunicativa, mas com
profundos conhecimentos da pele curtida
(fez um curso avançado de técnico de curtumes, na Alemanha) e liberta a fantasia ao
exprimir a sua arte, e está a fazê-lo muito
bem. (Vi uma sua exposição sua, já há anos
atrás, em Constância, e tive o prazer de co-
nhecê-lo pessoalmente e de sentir a alegria
que transmite a sua energia).
Mas como trabalha? Escolhe um modelo, faz um molde directamente no corpo,
dobrado segundo o alvo que quer atingir, e
depois escolhe a pele certa com a cor devida e “cria” a sua obra. Nascem, assim, Reptilus, Gravidus e outros títulos em latim
que frisam correctamente o que o artista
quer transmitir.
O que me atingiu foi sobretudo a perfeição em como consegue entrar nos pormenores: as mãos e os pés parecem prontos
a mexer-se, os músculos das costas e das
pernas estão em tensão, as omoplatas, cotovelos e tornozelos são como verdadeiros
e às vezes ainda se pode pensar que a modelo está de baixo da pele.
(Ver https://www.facebook.com/artspace.jc?fref=ts).
O próprio João Carvalho diz: “O Nu
Eterno é a apropriação artística de um momento único e está ao alcance de quem o
quiser imortalizar.”
Esta é a lição que este artista profissional
nos transmite, que não é só a técnica ou
a escola e a universidade que se frequenta
que faz o artista, mas sim, a entrega e a paixão de querer comunicar o que sentimos
dentro de nós.
Bela ideia para um espaço pela arte, João!
12
CULTURA
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
EMPRESAS & EMPRESÁRIOS
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EMPRESAS & EMPRESÁRIOS
Salvaterra de Magos
Mesa está posta para receber a ‘Rainha do Paladar’
A Rainha do Paladar está de volta à mesa do concelho de Salvaterra de Magos, que acolhe a 19ª edição do Mês da Enguia, contando
este ano com um recorde de restaurantes aderentes.
Decorreu no passado dia 19, a apresentação do evento Março - Mês da Enguia.
Uma iniciativa do município de Salvaterra
de Magos que pretende dar visibilidade de
âmbito nacional a um dos produtos gastronómicos mais representativos do concelho ribeirinho do Tejo: a enguia.
“A enguia volta a chamar a si o trono da
nossa gastronomia e assume-se como a
Rainha das ementas dos nossos restaurantes que a servem confeccionada com os segredos e sabores que só nós conhecemos”,
afirmou Hélder Esménio, o presidente da
autarquia salvaterrense, durante a cerimónia de apresentação do evento que decorreu no Cais da Vala Real.
“Este é o mês da enguia reforçado. Temos mais restaurantes presentes e isto
quer dizer que as pessoas acreditam no
produto”, referiu o autarca.
Este ano haverá um recorde de restaurantes aderentes - que passa de 15 em 2014
para 18 em 2015 - e também na componente dos eventos que acompanham o certame, perspectivando-se 31 dias de muita
animação.
“Além de termos mais restaurantes, temos mais zona territorial abrangida, nomeadamente toda a faixa da 118”, desde
Foros, e Salvaterra até Muge e Marinhais,
referiu Hélder Esménio, destacando a
“forte componente cultural” deste “Mês
da Enguia”, nomeadamente a exibição do
documentário “Terras de Arroz”, no dia
28 de Fevereiro, no auditório do Cais da
Vala, pelas 15h30, acompanhado por uma
exposição.
Em representação da Entidade Regional
de Turismo do Alentejo/Ribatejo esteve
presente nesta apresentação oficial José
Santos que realçou o cariz nacional desta
iniciativa, “sinónimo da vitalidade da gastronomia e da restauração do concelho”.
Na sua intervenção, o responsável anunciou ainda o lançamento, na Bolsa de Turismo de Lisboa, de um e-book dedicado
a experiências enogastronómicas no Ribatejo e o chef Luís Machado da comissão
técnica do certame referiu que o objectivo
passa também por “ajudar os restaurantes
a melhorar” durante esta que será a 19ª
edição do certame.
Outro dos atractivos deste certame prende-se com a exposição “O Tejo sentido e
vivido” para apreciar no edifício do Cais
da Vala, enquanto que na falcoaria poderá
ser vista a exposição “O Tejo, os Touros e
a Lezíria”. Na biblioteca municipal estará
patente a exposição – “Salvaterra de Magos, um olhar gastronómico”. Para completar o leque de exposições, o visitante
depois de provar a enguia do concelho,
poderá passar ainda pela mostra – “Artes
do Pormenor da Glória do Ribatejo – uma
identidade” na Capela Real de Salvaterra
de Magos.
Mas o grande destaque volta a ser a Feira
do Artesanato e dos Produtos Locais que
será inaugurada no dia 01 de Março, pelas
16h00, no pavilhão do Inatel em Salvaterra.
“Vamos ter todas as sextas, sábados e domingos espectáculos a acontecer no palco
apresentados pelas diferentes associações
do concelho”, disse Hélder Esménio.
Na recta final deste “Mês da Enguia” vai
ter lugar a tradicional prova de atletismo
“12 Quilómetros de Salvaterra de Magos”,
dia 29 de Março, e também uma peça de
teatro no auditório do centro paroquial.
Se bem que a “Rainha do Tejo” é soberana em Salvaterra, não faltam outros atractivos para visitar este típico concelho ribeirinho, como o artesanato e os produtos
regionais, os vinhos, os queijos, os azeites,
o arroz, e a doçaria regional.
Enguias fritas com arroz de feijão, ensopado de enguias, massada de enguias, caldeirada de enguias ou enguias grelhadas
são algumas das várias formas de cozinhar
o petisco que é apanhado à beira do rio
Tejo e que vão constar nas ementas dos 18
restaurantes que aderiram ao certame.
14
EMPRESAS & EMPRESÁRIOS
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Abordagem ao mercado de Marrocos é prioritária para sucesso da rede
Empresas do sector da Metalomecânica deslocaram-se
à NERSANT para conhecer rede de cooperação
A NERSANT está a criar uma rede de
cooperação para o sector da metalomecânica que tem como objectivo estabelecer a
cooperação empresarial com vista a tornar
as empresas mais robustas e competitivas.
Especialização, sinergias e escala serão as
palavras-chave para as empresas que integrarão esta rede de cooperação. Neste
sentido, a rede terá de permitir a constituição de uma oferta integrada que permita a exploração de novas oportunidades
de negócio, em particular no mercado de
Marrocos.
Foi este projecto que a NERSANT deu a
conhecer às empresas deste sector, que se
deslocaram a Torres Novas para conhecer
os objectivos, a estratégia e as vantagens de
participação nesta rede de cooperação. Na
reunião, as empresas ficaram, desta forma,
a saber que a rede de cooperação para o
sector da metalomecânica assenta numa
lógica de abordagem a novos mercados e
angariação efetiva de economias de escala
que serão obviamente vantajosas para as
empresas aderentes.
Tendo em conta as enormes potencialidades do mercado marroquino, no âmbito da metalomecânica, esta é já uma das
estratégias definidas no âmbito desta rede
de cooperação. Como tal, e por forma a
dar a conhecer estas potencialidades, esteve presente na reunião o Conselheiro
na Embaixada do Reino de Marrocos,
Mohammed Bouasria, que apresentou as
oportunidades para as empresas metalomecânicas portuguesas, neste país.
“Marrocos tem diversas oportunidades
de negócio na área da metalomecânica,
mais concretamente nos setores auto-
móvel e da construção, bem como tem a
vantagem de ser um mercado emergente e
próximo de Portugal”, disse, acrescentando
que “o sector da metalomecânica tem uma
taxa de subcontratação ao exterior de 30
por cento, o que significa que as empresas
portuguesas têm inúmeras oportunidades
em Marrocos e devem aproveitá-las”, conclui o Conselheiro.
Pedro Félix, vice-presidente da Comissão Executiva da NERSANT, reforçou esta
ideia, tendo afirmado que a abordagem
ao mercado de Marrocos é extremamente importante uma vez que “a procura
do mercado marroquino coincide com a
nossa oferta. Existe uma aposta nas obras
públicas, infra-estruturas, ambiente e
componentes automóveis, áreas em que
as empresas portuguesas podem dar uma
boa resposta”, fez saber, tendo de seguida
apresentado a missão empresarial a Marrocos que a NERSANT vai realizar a este
mercado, em Junho. “Uma das actividades
da rede que vai ser criada é a participação
nesta missão empresarial, uma vez que
esta acção de internacionalização é essencial para o lançamento da rede”, esclareceu.
A criação desta rede de cooperação insere-se num projecto mais amplo da associação de apoio à cooperação empresarial
entre empresas (CoopEmpresarial no Ribatejo).
Os interessados em saber mais informações ou em aderir à rede de cooperação
devem solicitar esclarecimentos junto do
Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT,
através dos contactos [email protected] ou
249 839 500.
FERSANT realiza-se em junho, em conjunto com a Feira Nacional da Agricultura
NERSANT volta a apostar na realização da feira
empresarial para promover empresas da região
A FERSANT - Feira Empresarial da
Região de Santarém, está de regresso
de 06 a 14 de Junho para promover o
tecido empresarial e a capacidade económica do Ribatejo. As empresas interessadas já podem fazer a sua inscrição
para obter um stand no certame.
A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, acaba de
lançar mais uma edição da FERSANT,
feira empresarial que se realiza há 25
anos e que se tem vindo a afirmar como
uma das mais importantes actividades
da associação, em prol das empresas do
Ribatejo.
Após o sucesso das edições anteriores, onde estiveram mais de 200 mil visitantes provenientes de todo o país, a
NERSANT aposta uma vez mais na realização da FERSANT em conjunto com
a Feira Nacional da Agricultura, de 06 a
14 de Junho, no CNEMA em Santarém.
Nesta XXVI edição, a NERSANT
pretende reforçar o estatuto alcançado
e disponibilizar condições favoráveis
à realização de negócio por parte das
empresas expositoras. Os interessados
em expor os seus produtos e serviços na
FERSANT, podem inscrever-se no portal da associação, em www.nersant.pt.
Mais informações sobre as condições
de participação no certame são obtidas
através do Departamento de Associativismo, Marketing e Eventos da NERSANT (249 839 500 ou dame@nersant.
pt). De referir que os preços de aluguer
dos stands têm desconto de 10% para
associados NERSANT (com quotização
regularizada).
Cartaxo adere a solução para
reciclagem de veículos abandonados
A Câmara Municipal do Cartaxo
assinou um protocolo de colaboração
com uma empresa sem fins lucrativos
licenciada pelo Ministério do Ambiente, para a correta gestão dos veículos em fim de vida, quer os que são
abandonados no espaço público, quer
os da própria autarquia.
Em comunicado, o município informa que o acordo permite ter a garantia de que todo o processo “é conduzido com rigor técnico e procedimentos
seguros quer para o ambiente, quer
para as pessoas”, sendo que os veículos recolhidos são aproveitados para
reciclagem dos componentes reuti-
lizáveis ou recicláveis, sendo correctamente removidos os considerados
perigosos.
“Os resultados do protocolo serão
avaliados anualmente e, por cada veículo em fim de vida desmantelado, a
autarquia receberá um certificado de
destruição”, afirma a nota.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
A Dacia anda em digressão
pelo país para dar a conhecer
os seus modelos e esteve, na
passada sexta-feira, em Santarém, onde, nas instalações do
Concessionário Roques Vale do
Tejo, Ricardo Oliveira, director
de comunicação e imagem da
Renault e Dacia, apresentou a
“história de sucesso” e os seis
modelos da marca nascida na
Roménia, em 1966, no auge da
Guerra Fria, e que passou de
marca “regional” a fenómeno
mais recente da indústria automóvel.
“A Dacia não é uma submarca. É um modelo de negócio”,
frisou o responsável, salientando que, na região, o potencial
da marca “é enorme”.
A Dacia, marca do Grupo
Renault, é a mais recente marca
automóvel no mercado Português com menos de 6 anos de
existência.
Entre 2005 e Outubro de 2014
a Dacia vendeu, na Europa
Ocidental, mais de 3.000.000
de unidades e este sucesso estende-se também a Portugal
onde a Dacia ocupa já um lugar
no Top 15 entre as marcas automóveis mais vendidas no País.
A Dacia possui uma das gamas mais “jovens” de todas
as marcas automóveis já que
o modelo há mais tempo no
mercado – o monovolume Dacia Lodgy – foi comercializado
apenas no Verão de 2012.
Existente em Portugal desde 2008, foi pela segunda vez
consecutiva em 2014, a marca
do TOP 20, com maior crescimento das vendas (+96% face
a 2013) ocupando o 14º lugar
entre todas as marcas presentes
no mercado português. A marca há muito que ultrapassou a
denominação de low cost, para
ser uma “verdadeira alternativa
a outros modelos”, como disse
Ricardo Oliveira, sendo que estes veículos mais acessíveis ao
público, uma vez que “aproveitam toda a tecnologia e desenvolvimento Renault e o facto
de serem fabricados no leste da
europa, com custos de produção inferiores”.
Fiabilidade, robustez, economia, uma relação qualidade
-preço imbatível e a mais jovem
gama do mercado, com sete
novos modelos lançados nos
últimos 25 meses, são características da marca que possui
actualmente o Logan, Logan
EMPRESAS & EMPRESÁRIOS
Road show da
Dacia passou
em Santarém
No último ano,
o Concessionário
Roques Vale do Tejo
vendeu 120 viaturas Dacia,
a melhor ‘performance’
da região centro.
MCV, Lodgy, Sandero, Sandero Stepway, Duster e Dokker
van.
No último ano, o Concessionário Roques Vale do Tejo
vendeu 120 viaturas Dacia, a
melhor ‘performance’ da região centro. Entre estas, 15
por cento correspondem a
procura de viaturas GPL, sobretudo no modelo Sandero,
mas também no Duster e Logan MCV.
Desde que passou para as
mãos da Renault, em dez anos
a marca atingiu os 3.000.000
de unidades vendidas. Actualmente em 44 mercados
do mundo, é a segunda marca não-alemã, na Alemanha,
mais vendida no mercado.
Em França, é a quinta marca
mais vendida.
O Duster é o modelo mais
vendido pelo Grupo Renault
em todo o mundo, com praticamente meio milhão de unidades vendidas anualmente.
A Dacia é a única marca em
todo o mercado a oferecer
uma gama completa de modelos bi-fuel (gasolina e GPL).
que permitem autonomias superiores a 1.200 km sem necessidade de reabastecimento.
Entre as características
que mais se destacaram nos
modelos experimentados, a
Logan MCV é apresentada
como a melhor relação preço
/ habitabilidade do mercado
e consegue até ter um ar de
segmento superior, sobretudo
na dianteira, oferecendo equipamento de oferta base com
tudo o que é indispensável.
A facilidade de condução e
o equipamento indispensável nas versões de entrada de
todos os modelos, a capacidade de resposta e capacidade de carga da Dokker Van,
o espaço da Lodgy, as capacidades do todo terreno do
Duster 4x4 e a economia do
Sandero movido a bi-fuel são
algumas das melhores características destes modelos que
beneficiam de garantia de três
anos/100.000 km.
O Correio do Ribatejo teve
oportunidade de experimentar e confirmar estas aptidões
de todos os modelos Dacia
num percurso de estrada pela
região, com início e termo na
concessão Dacia da região, a
Roques Vale do Tejo.
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EMPRESAS & EMPRESÁRIOS
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
De 1 de Março a 19 de Abril…
Lampreia à mesa em sete
restaurantes do Concelho de Mação
Restaurantes
aderentes
O famoso e tradicional Arroz de Lampreia volta à mesa em sete restaurantes do
Concelho de Mação, no âmbito do Festival
da Lampreia 2015. Uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Mação, em
parceria com os restaurantes aderentes,
que vai decorrer entre 1 de Março e 19 de
Abril e que todos os anos leva a esse Município inúmeros apreciadores oriundos de
todo o País.
Durante um mês e meio delicie-se com
este saboroso prato, tão típico deste Concelho, que assume lugar de destaque nas
ementas dos restaurantes, sobretudo pela
forma única e especial como é confeccionado: “em Mação o arroz é feito com o
sangue da lampreia e servido separado da
mesma, oferecendo uma variedade única
de sabores que vai com toda a certeza querer provar”, anuncia a autarquia em nota
enviada ao Correio do Ribatejo.
A excelência desta iguaria é sobejamente conhecida e reconhecida, tendo mesmo
sido eleita, em 2013, Estrela do Médio na
categoria de Prato Principal a nível regional.
Refira-se que a fama da lampreia vem
de longe, assim como a sua história, que
se cruza com a do Rio Tejo e as gentes de
Mação, sobretudo da Freguesia de Ortiga,
onde ainda existem vários pescadores. A
excelência da lampreia e do peixe do rio,
assim como dos pratos que a partir daí se
confeccionam, têm feito do Município, ao
longo dos tempos, um ponto de referência
a nível nacional.
“Porque a gastronomia Maçaense é rica
e variada, esta será igualmente uma excelente oportunidade para provar ou voltar
sempre a saborear o famoso presunto e
enchidos da Marca Mação”, acrescenta a
mesma nota.
O Concelho é, aliás, conhecido como a
“Catedral do Presunto”, uma vez que produz cerca de 70% do presunto nacional.
Esta iniciativa tem o apoio da Pinhal
Maior.
A Lena – Ortiga (Tel: 241 573 457)
Todos os dias – almoço, com reserva
Avenida (Pica-Fino) – Mação
(Tel: 241 572 585)
Dias da semana – almoço e jantar,
por encomenda
Fim-de-semana – almoço e jantar
(encerra à 2.ª feira)
Dona Flor – Penhascoso (Tel: 964 841
691)
3.ª feira e sábado – almoço e jantar, por encomenda
O Cantinho – Mação (Tel: 241 573
367)
Todos os dias – almoço e jantar
O Godinho – Mação (Tel: 241 572
874)
Todos os dias – almoço, por encomenda (encerra ao domingo)
O Pescador – Mação (Tel: 241
573 180)
Todos os dias – almoço e jantar,
com reserva (encerra à 2.ª feira)
Solar do Moinho – Cardigos
(Tel: 274 866 505)
Todos os dias – almoço e jantar,
por encomenda
Sabores do
Tejo com
Azeite em
Festival de
gastronomia
Restaurantes, cafés e pastelarias do centro histórico de Abrantes vão dar destaque
ao peixe do rio e ao azeite produzido no
concelho num festival gastronómico que
vai decorrer até 08 de Março, coincidindo
com a Feira de São Matias e com o Encontro Ibérico do Azeite.
Os 16 restaurantes do concelho que aderiram aos “Sabores do Tejo” vão dar destaque nas ementas a produtos com sabores a
azeite e disponibilizam um espaço para a
prova do azeite, ao passo que os sete cafés
e pastelarias do centro histórico irão servir
torradas com azeite.
Esta iniciativa, organizada pela autarquia, pretende dar a conhecer os sabores
e a cultura gastronómica da região, assim
como dinamizar a restauração local.
Tasquinhas
em Rio Maior
até 8 de
Março
No Centro Nacional de Exposições, em Santarém
Doçaria Conventual e Doçaria Tradicional
a concurso na próxima semana
O CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém, volta a ser palco de competições
destinadas a promover os produtos portugueses na próxima semana, como é o
caso do “4º Concurso Nacional de Doçaria
Conventual Portuguesa” e “4º Concurso
Concurso Nacional de Doçaria Tradicional Portuguesa”, que se realizam nos dias 5
e 6 de Março, respectivamente.
Estas iniciativas, realizadas em prova
cega, têm como objectivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do
país, incentivar o seu consumo, promover
o encontro de produtores, empresas, téc-
nicos e apreciadores.
Com a realização destas atividades que
o CNEMA promove em conjunto com a
Qualifica pretende-se premiar, promover,
valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos produtos portugueses.
O 4º Concurso Nacional de Doçaria
Conventual Portuguesa está aberto a todos os produtores de Ameixa d’Elvas –
DOP, Ovos moles de Aveiro – IGP, Pastel
de Tentúgal – IGP, doces conventuais que
beneficiem do uso da marca colectiva de
associação ÉQUALIFICADO e doces que
demonstrem cumprir os requisitos constantes do Documento 029 CQ 02 - CRI-
TÉRIOS PARA QUALIFICAÇÃO DE
PRODUTOS DA DOÇARIA CONVENTUAL PORTUGUESA, aprovado pela
QUALIFICA.
O 4º Concurso Nacional de Doçaria
Tradicional Portuguesa está aberto a todos
os produtores de Doces que beneficiem
do uso da marca colectiva de associação
ÉQUALIFICADO ou que emonstrem
cumprir os requisitos constantes do Documento 029 CQ 13 - CRITÉRIOS PARA
QUALIFICAÇÃO DE PRODUTOS DA
DOÇARIA TRADICIONAL PORTUGUESA, aprovado pela QUALIFICA.
A 29ª Edição da Feira das Tasquinhas
de Rio Maior realiza-se este ano de 27 de
Fevereiro a 8 de Março, prometendo muita “animação e actividade”, num certame
que, segundo a presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, há
muito se tornou num evento de âmbito
nacional, “incontornável para muitos entusiastas de todos os cantos do país” que
visitam o concelho nesta altura.
Durante 10 dias, um restaurante e 23
tasquinhas de outras tantas associações e
colectividades das freguesias de Rio Maior
estarão à espera, não só dos residentes no
concelho, mas também de muitos forasteiros, uma vez que o certame já ganhou
dimensão e reconhecimento a nível nacional.
A Feira das Tasquinhas obteve, em 2006,
a “Declaração de Interesse para o Turismo”, emitida pela Direcção Geral de Turismo. A marca “Tasquinhas” é, já ela própria, uma marca registada.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
VINHOS
Vinhos
do Tejo
presentes
no SISAB
Portugal
São sete os produtores do Tejo que
estarão presentes no SISAB, a maior
convenção anual de empresas e empresários líderes na exportação.
Entre 2 e 4 de Março a Adega Cooperativa de Almeirim, a Adega Cooperativa do Cartaxo, a Quinta da Badula,
a Quinta da Lagoalva, a Quinta de Vale
de Fornos, a Quinta do Casal Monteiro
e a Quinta Vale do Armo dão a conhecer
os seus vinhos no certame, estando
presentes no único evento no mercado
nacional que possibilita a realização de
negócios com compradores de todo o
mundo.
No total serão mais de 1600 investidores internacionais vindos de 110
diferentes países, dispostos a fazer
negócio com cerca de 500 empresas
nacionais de 28 setores de atividade,
onde os Vinhos do Tejo marcam presença pela 3ª vez.
De realçar que os agentes económicos presentes no SISAB Portugal
são criteriosamente escolhidos com
base na sua capacidade de satisfazer
os vários mercados com produtos de
qualidade certificados capazes de responder às elevadas exigências internacionais. Numa ótica de união os empresários portugueses presentes, com os
Vinhos do Tejo em destaque, procuram
assegurar preços competitivos de
transporte e logística para os países
importadores, aumentando assim as
suas potencialidades exportadoras.
Por todos estes motivos o SISAB
Portugal é assim uma importante ferramenta na aposta estratégica da região
Tejo na sua promoção externa.
Gala Vinhos do Tejo 2015
A Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo e a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo realizam a Gala
dos Vinhos do Tejo 2015, no próximo dia 7 de março, pelas 19:30, no Convento de S. Francisco, em
Santarém e tem o prazer de o convidar o para estar
presente.
Durante o evento serão anunciados e entregues os
prémios do VI Concurso de Vinhos Engarrafados do
Tejo e do Tejo Gourmet “5º Concurso de Iguarias e
Vinhos do Tejo”. Serão, ainda, feitas três distinções,
através dos prémios: Empresa Dinamismo Vinhos do
Tejo, Empresa Excelência Vinhos do Tejo e Enólogo
do Ano Vinhos do Tejo.
O evento conta com o apoio da Câmara Municipal
do Cartaxo, da Câmara Municipal de Santarém e com
o patrocínio da Verallia. Esta Gala pretende elevar e
promover a marca Vinhos do Tejo, estimular a produção de vinhos de qualidade e dar a conhecer os
grandes protagonistas de 2014 quer ao nível dos vinhos produzidos na região, quer ao nível dos restaurantes que participaram no Tejo Gourmet.
Para confirmar a sua presença contacte o tm. 919
544 548 ou através do endereço electrónico [email protected]
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CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
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Rua Elias Garcia, 24-1.º
Apartado 173 – 2001- 902 SANTARÉM
JOÃO NEVES VELOSO
Rua António José de Almeida, 17-1.º Esq.º
(Junto ao Antigo Banco de Portugal) Telef.
243326821
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ADVOGADO
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n.º 22 - 1.º Esq.º
2000-135 SANTARÉM
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Largo Cândido dos Reis, 11 - 3.º Esq.º
(Frente ao Hospital Velho)
Telfs. 243323641 e 243332829
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2000-223 SANTARÉM
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Consulta de Gastrenterologia,
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NOTARIADO PORTUGUÊS
CARTÓRIO DE SANTARÉM
A CARGO DA NOTÁRIA ISABEL MARIA RAIMUNDO DE OLIVEIRA
FILIPE BATISTA MARQUES
---Eu, Isabel Maria Raimundo de Oliveira Filipe Batista Marques, Notária do Cartório Notarial de
Isabel Marques, na cidade de Santarém, CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura
de dezanove de Fevereiro de dois mil e quinze, lavrada de folhas oitenta e uma a folhas oitenta
e três, do livro de notas para escrituras diversas duzentos e cinquenta e um — A.
---JOÃO MOREIRA DA SILVA, contribuinte fiscal 146 612 698 e mulher MARIA ELVIRA CARDANA
MADEIRA CALHAU DA SILVA, contribuinte fiscal 146 612 680, casados sob o regime da comunhão
geral, naturais, ele da freguesia de Tremês e ela da freguesia de Santarém (Marvila), ambas
do concelho de Santarém, residentes na Travessa de São Julião, n° 11, 1° Dto., em Santarém,
outorgaram uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual com exclusão de outrem, se declaram
donos e legítimos possuidores, do seguinte:
---UM - Prédio rústico, composto de cultura arvense, oliveiras, figueiras, mato, leitos de curso
de água, com a área de mil quinhentos e quarenta metros quadrados, sito em Feijeira, freguesia
de Abitureiras, concelho de Santarém, a confrontar de norte com António Carvalho Cardana,
de sul com Carlos Pereira de Carvalho, de nascente com Inácio Rosário Branco e de poente
com Rua Principal, omisso na Conservatória do Registo Predial de Santarém, inscrito na matriz
cadastral respectiva sob o artigo 90 da Secção J, com o valor patrimonial tributário para IMI de
€ 56,15 e para IMT de € 141,96, valor este que lhe atribuem.
---DOIS - Prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão para habitação e logradouro, com
a área de duzentos e oitenta e dois metros quadrados, sito na Rua do Vale Cardoso, Lamarosa,
freguesia de Abitureiras, concelho de Santarém, a confrontar de norte e nascente com Augusto
Madeira, de sul com Rua do Vale Cardoso e de poente com Guilherme Godinho Gavina, omisso
na Conservatória do Registo Predial de Santarém, inscrito na matriz predial urbana respectiva
sob o artigo 215, com o valor patrimonial tributário de € 15.020,00, valor este que lhe atribuem.
---TRÊS - Prédio rústico, composto de cultura arvense, oliveiras, figueiras, mato, leito de
curso de água, com a área de mil quinhentos e sessenta metros quadrados, sito em Feijeira,
freguesia de Abitureiras, concelho de Santarém, a confrontar de norte e nascente com Inácio
Rosário Branco, de sul com José Vicente Raimundo e de poente com Rua Principal, omisso na
Conservatória do Registo Predial de Santarém, inscrito na matriz cadastral respectiva sob o
artigo 91 da Secção J, com o valor patrimonial tributário para IMI de € 62,71 e para IMT de €
158,55, valor este que lhe atribuem.
---QUATRO - Prédio rústico, composto de cultura arvense, olival, leitos de curso de água,
com a área de mil quatrocentos e sessenta metros quadrados, sito em Feijeira, freguesia de
Abitureiras, concelho de Santarém, a confrontar de norte com José Vicente Raimundo, de sul
com Jorge Manuel Gonçalves Rodrigues, de nascente com Inácio Rosário Branco e de poente
com Rua Principal, omisso na Conservatória do Registo Predial de Santarém, inscrito na matriz
cadastral respectiva sob o artigo 89 da Secção J, com o valor patrimonial tributário para IMI de
€ 36,38 e para IMT de € 91,98, valor este que lhe atribuem.
---Que possuem os referidos imóveis há mais de QUARENTA ANOS, tendo os mesmos vindo
à-sua posse no ano de mil novecentos e setenta e quatro, por compra verbal, a:
---O prédio indicado em UM a José Vicente Raimundo e mulher Adélia Cardana, casados sob o
regime da comunhão geral, residentes que foram em Lamarosa, Abitureiras, Santarém;
---Os prédios indicados em DOIS e TRÊS a António Carvalho Cardana e mulher Maria Pereira,
casados sob o regime da comunhão geral, residentes que foram em Lamarosa, Abitureiras,
Santarém; e
---0 prédio indicado em QUATRO, a Carlos Pereira de Carvalho e mulher Gertrudes Vargas
Cordeiro, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Vilgateira, Várzea,
Santarém;
---não tendo no entanto reduzido a escritura pública as referidas compras verbais, mas posse
essa que vêm exercendo sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, sem
interrupção e ostensivamente, à vista e com o conhecimento de toda a gente, traduzida em
actos materiais de fruição, amanhando os referidos prédios rústicos, colhendo os seus frutos,
plantando e cortando árvores, habitando e utilizando o prédio urbano e aí recebendo familiares e
amigos, pagando as respectivas contribuições e impostos, sendo portanto, uma posse pacífica,
contínua, pública e de boa-fé, não tendo, todavia, documento que lhes permita fazer prova do
seu direito de propriedade pelos meios extrajudiciais normais, pelo que invocam a USUCAPIÃO,
como meio aquisitivo do seu direito de propriedade.
---ESTÁ CONFORME.
---Cartório Notarial de Isabel Marques, 19 de Fevereiro de 2015
A Notária,
(Isabel Maria Raimundo de Oliveira Filipe Batista Marques)
Conta registada sob o nº. 303/001
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TEMÁTICA
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
TEMÁTICA
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MEMÓRIA
Morreu o
Manuel
Faustino
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Correio Centenário
A nossa carteira
Fazem Anos
27 de Fevereiro
Maria Helena Vieira Januário
José Simão Fradique
Sandra Amélia Caneira Menino
28 de Fevereiro
Maria Palmira Gomes Costa
Ferreira de Jesus
Odete Duarte Esteves Faria Proa
Maria Lucília Morgado Bernardino
Babette de Miranda Avilez Melo
e Castro
Teodora da Cunha Pereira
Dinis Carlos Pinto José
Cesar Peralta Madeira de Jesus
Mendes
Adelaide Correia Braga de Vasconcelos
1 de Março
Ana Maria Carreira Fole
Berta Rosa de Cipriano Senna
Neves
António José Nico Alves Lopes
Maria Celina Santos Silva
Diogo Manuel Dias Silva Lopes
Maria Inês Maximiano Custódia Bernardes
2 de Março
Ana Maria Sapinho Pereira Caldas
Cristina Pereira Rodrigues
Maria Senhorinha Brito Pina
Helena Maria Rodrigues Caetano Neves Cabrita
António Eugénio Cordeiro
Lobo d’Avila
Ana Isabel Netto d’Almeida Oliveira Mendes
António Manuel Cordeiro Fernandes
Carlota Ferreira Ambrioso
João Carlos Rosário Cruz
Manuel Faustino no Grupo Infantil de Santarém
O Manuel Faustino, tratado pelos amigos por Pitorra, nasceu em 1958, na cidade
de Santarém. Filho de Faustino Ferreira,
um velho aficionado que nos seus tempos de juventude chegou a ser toureiro
amador, o Manuel Faustino desde cedo
se deixou inebriar pelos valores culturais
ribatejanos, nomeadamente o folclore, a
tauromaquia, o fado e o espírito boémio,
que é comum a muitos ribatejanos de boa
cepa.
Durante cerca de uma década o Manuel
Faustino integrou o Grupo Infantil de
Dança Regional, de Santarém, fundado
e dirigido até à data do seu infausto falecimento por Celestino Graça, que muito
desfrutava das habilidades e brincadeiras
que o Manuel Faustino protagonizava,
com um espírito refinadíssimo e um ar
sempre malandro, a compor a figura esbelta de um aprumado campino. Nos palcos nacionais e estrangeiros onde teve a
oportunidade de dançar e cantar o Manuel
Faustino era muito apreciado, pois, punha
muito garbo na sua figura varonil e empolgava-se com o sentimento que transmitia
ao seu desempenho.
Ao longo da sua trajectória de vida, que
nem sempre foi fácil nem feliz, o Manuel
Faustino cultivou muitas amizades e era
querido por muitos amigos que lhe apreciavam os modos educados, embora por
vezes irreverentes e brincalhões, e nas
fadistagens marcava presença cantando
alguns fados, castiços às vezes, sarcásticos
em outras ocasiões.
Inesperadamente, sem que nada o deixasse prever, o Manuel Faustino faleceu
e a sua vida, vivida num relâmpago, esvaiu-se como a água entre os dedos. Bem
poderemos dizer que o Manuel “Pitorra”
era uma figura popular e emblemática da
nossa cidade, e o seu sorriso malandro e as
suas “traquinices” deixam saudade entre
os que de mais perto conviviam consigo.
Apresentamos a expressão dos nossos sentimentos a seus filhos e a seu irmão, Nicolau Filipe Ferreira, também ele durante
alguns anos componente dos Grupos Infantil e Académico de Santarém. Que descanse em paz!
3 de Março
José Ferreira dos Santos
João José de Oliveira Falcão
António da Silva
Luís Alexandre Veríssimo Rojão
de Almeida
4 de Março
Phedra Correia Caldas
José de Sousa Cabral Calheiros
Feliciana dos Santos Brulha Feliciano
Maria Elizabete Pereira Lima
Batista
Inês Martins Ambrioso
in: Correio da Extremadura de 27 de Fevereiro de 1915
5 de Março
Maria Teresa Paiva Mateus
Sofia Sílvia Braamcamp Sobral
Lobo de Vasconcelos
Luís da Silva Cruz
Guilherme Catrola Godinho
João Costa Azevedo
Helena Filipa Caldas Picão Fernandes
Maria José Castelo Vieira
Arlindo Ferreira Beirante
Dinis dos Santos Fonseca
Joaquim Manuel Inácio Faustino
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DESPORTO
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Grupo de Futebol dos Empregados no Comércio
Caixeiros sobem ao segundo posto
AF Santarém
Campeonato
Distrital da
1.ª Divisão
Resultados
Fazendense, 3 – Benavente, 0;
GD Coruchense, 3 - U. Tomar, 2;
A. D. Mação, 2 - Torres Novas, 0;
U. Santarém, 2 – Pontével, 1; U.
Rio Maior, 1 - GF Empregados no
Comércio, 5; SL Cartaxo, 5 - U.
Chamusca, 1; Barrosense, 0 - CD
Amiense, 3.
Os Caixeiros regressaram às vitórias,
no Campeonato Distrital de Futebol da
1.ª Divisão, ao vencerem em Rio Maior o
União local por 5-1. Subiram assim um
lugar na tabela classificativa, sendo agora
2.ºs a três pontos do líder Coruchense.
Frederico Jesus fez o “poker” em vésperas da equipa ‘azul’ receber a U. Santarém
num derby da cidade, agendado para domingo, 1 de Março, às 15h00, no campo da
Escola Agrária.
Noutra frente, no futsal, os Caixeiros
mantém os cinco pontos de vantagem para
o segundo classificado depois de vencerem
a Casa do Benfica da Golegã por 4-1.
O próximo jogo dos Caixeiros será no-
vamente na condição de equipa visitada,
desta feita frente ao Riachense.
Já os juniores, na mesma modalidade,
receberam o líder do campeonato – ‘Os
Patos’ de Abrantes -, e perderam por 16-1
(!). Um resultado desnivelado provocado
pela lesão, ainda no aquecimento, do guarda-redes dos Caixeiros, que fez com que
outro atleta que não joga habitualmente a
guarda-redes alinhasse nessa condição.
Ténis de Mesa no
Torneio de S. Marcos
Mesatenistas dos Caixeiros participaram, no passado sábado, no IV Torneio
Jovem de Ténis de Mesa, promovido pela
Sociedade Recreativa de S. Marcos, no pavilhão da Escola Secundária Gama Barros,
em Cacém.
Na prova, de âmbito popular, podiam
participar atletas federados, ou não, e a sua
inscrição não tinha um valor pecuniário,
mas cada participante tinha de entregar
um bem alimentar que revertia para uma
instituição.
Os atletas foram divididos em três escalões etários, nascidos em 1998 e 1999
(C), 2000 e 2001 (B) e 2002 ou mais (A),
não havendo distinção de sexos, tendo, no
entanto, as atletas femininas classificação
própria.
Classificação à 19.ª Jornada: 1.º
GD Coruchense, 43 pontos; 2.º GF
Empregados no Comércio, 40; 3.º
U. Tomar, 39; 4.º AD Fazendense,
37; 5.º CD Torres Novas, 34; 6.º CD
Amiense e Mação, 30; 8.º SL Cartaxo, 29; 9.º Pontével, 20; 10.º U. Rio
Maior, 19; 11.º Benavente, 16; 12.º
U. Chamusca e Sp. Barrosense, 12;
14.º U. Santarém, 10.
Próxima Jornada, 20.ª, domingo, dia 1 de Março, 15h00: U.
Tomar – Benavente; CD Torres
Novas – GD Coruchense; Pontével – AD Mação; Grupo Futebol
Empregados no Comércio – U. D.
Santarém; U. Chamusca – U. Rio
Maior; CD Amiense – SL Cartaxo;
e Sp. Barrosense – AD Fazendense.
Em todos os escalões a prova foi disputada no sistema misto, 1º por grupos e
depois por eliminatórias. No escalão A,
estavam inscritos 63 atletas e no escalão B,
53, que foram repartidos, cada um, por 16
grupos.
Os Caixeiros estiveram representados
nos escalões A, com quatro atletas e no B,
com um atleta. Na primeira fase, no escalão A, os atletas Afonso Vagarinho, Bruno
Marques e Manuel Rodrigues levaram de
vencida todos os adversários, o mesmo
acontecendo a Vasco Andrade, no escalão
B, passando todos para a segunda fase.
Já Martim Louro (escalão A), sendo a
primeira vez que participa numa competição, apenas venceu um dos três adversários que defrontou.
Na segunda fase, Vasco Andrade perdeu na 1ª eliminatória, Bruno Marques
na segunda e Afonso Vagarinho e Manuel
Rodrigues chegaram aos quartos-de-final,
tendo-se classificado em 7º, e 5º lugares,
respectivamente.
Todos os atletas receberam medalhas de
presença e por nomeação dos treinadores
presentes, Afonso Vagarinho recebeu o
prémio de melhor atleta do torneio.
União Desportiva de Santarém
Carlão constrói resultado que Piedade segura
Dois golos de Carlão, aos 17 e 72
minutos, e uma grande penalidade
defendida por Fábio Piedade, após
o intervalo, deram a segunda vitória à União Desportiva de Santarém
(UDS) no Campeonato e foram os
momentos altos de uma partida que
juntou, no domingo, no Campo Chã
das Padeiras, em Santarém, a UDS e
o Pontével, equipa que obteve o seu
golo de honra já na recta final da partida (84 minutos).
As equipas entregaram-se ao jogo
com entusiasmo mas foi melhor a
UDS a rubricar vistosas jogadas com
que brindou os seus adeptos. O golo
de Carlão, logo aos 17 minutos, foi
fruto de uma dessas jogadas.
A turma unionista continuou a ser
perdulária no ataque e só por isso o
resultado não mais se alterou até ao
intervalo.
Após o reatamento, o Pontével procurou ir em busca do prejuízo, beneficiando de uma grande penalidade.
O guardião escalabitano terá assinado um dos momentos altos do jogo,
ao defender o remate do jogador
pontevelense, segurando a magra
mas preciosa vantagem.
O golo da confirmação chegaria à
passagem do minuto 72, novamente
por intermédio de Carlão, avançado
com pé quente, que tem assinado os
últimos golos da equipa.
O Pontével marcaria o seu golo,
tanto procurado, aos 84 minutos,
devido a uma falha de marcação da
defensiva unionista. Daí até final foi
um futebol do ‘salve-se quem puder’,
com ataques em ambas as áreas, mas
já sem o discernimento necessário
para alvejar, com êxito, as duas balizas.
Frente ao Pontével a UDS alinhou
com: Fábio Piedade, Zé Santos, Gonçalo Santos, Kico e João Carvalho;
Nelson Lopes, Bruno Carrilho, André Rocha e Filipe Madeira; Carlão e
Moura. Jogaram ainda: Julinho, Gilmar e Rogério. Suplentes não utilizados: Rúben, Carreira e Vasco Esteves.
No próximo domingo a UDS desloca-se à Escola Agrária para defrontar os Caixeiros num derby da cidade
de Santarém.
26
DESPORTO
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Associação de Natação do Distrito de Santarém
em 7º na XXIII Taça Vale do Tejo
Organizada pela Associação de Natação do Distrito de Santarém com o
apoio da Câmara Municipal de Abrantes, decorreu no passado sábado, dia 21
de fevereiro, no Complexo Municipal de
Piscinas daquela cidade ribatejana (p25),
a XXIII TAÇA VALE DO TEJO, com a
participação de 248 nadadores de 11 Seleções Regionais (escalões Infantil e Juvenil): Alentejo, Algarve, Aveiro, Coimbra,
Interior Centro, Leiria, Lisboa, Minho,
Nordeste, Norte de Portugal e Santarém.
Para a Seleção da Associação de Natação do Distrito de Santarém, o selecionador, Luís Domingues, escolheu 26 nadadores de vários clubes do distrito, indo o
destaque para as 7 medalhas conseguidas
(5 em provas individuais e 2 em estafetas), todas elas no sector masculino: na
estafeta 4x100Livres, os nadadores juvenis Tiago Campos (Scalabiswim), Bernardo Dionísio (Gualdim Pais), Marco
Miguel (CN Torres Novas) e José Luz
(NS Golegã) tal como os nadadores infantis João Lopes (20Km de Almeirim),
João Calado (CN Abrantes), João Marques (20Km de Almeirim) e Ricardo Leal
(CLAC-Entroncamento) conseguiram
excelentes 3os lugares. Em provas individuais, arrecadaram o bronze os nadadores juvenis Marco Miguel (CN Torres
Novas) nas provas de 100m mariposa e
50m livres e José Luz (NS Golegã) nos
400m livres e o infantil João Calado (CN
Abrantes) nos 100m mariposa. O único
1º lugar alcançado pela seleção da ANDS
foi conseguido pelo nadador infantil João
Lopes (20Km de Almeirim) na prova de
50m livres, com o tempo de 26.33.
A Taça Vale do Tejo foi ganha pela Associação de Natação de Lisboa (349 pontos) que dividiu o pódio com a do Norte
de Portugal (333 pontos) e com a de Leiria (269 pontos), pódio semelhante ao da
edição da época 2013-2014. A Associação do Distrito de Santarém conseguiu
o 7º lugar com 205 pontos (8º lugar em
Infantis com 98 pontos e 6º em Juvenis
com 107).
Centro Internacional Equestre de Alfeizerão
Em dia de Homenagem a Francisco Seabra, brilha Ivo Carvalho
O Centro Internacional Equestre de
Alfeizerão, viveu intensamente o final de
semana de 21 e 22 de Fevereiro, com o
Concurso Nacional de Saltos B a registar com mais de 200 inscritos, divididos
pelas várias categorias, a merecer nota de
destaque as muitas escolas com 75 conjuntos inscritos.
O sábado começou animado na prova
de 1,10m Anthony Hart (Rylane Lady)a
vencer, Miguel Cerca (Ovni de Kersair) a
levar a melhor na prova de 1,20m, a luta
na prova de 1,30m foi renhida com António Matos de Almeida(Betalin) a levar
a melhor sobre, Ivo Carvalho(Corrabe)
e Hugo Carvalho(Tsar d’Audouville), cabendo o quarto lugar a Rafael Guimarães
Rodrigues(Celina).
O domingo amanheceu com a dinâmica das escolas, dos meninos e do seu
amor aos cavalos no CEIA, com muitos
concorrentes e com elevada assistência
nas bancadas.
O domingo correu e com ele as provas
foram animando, Pedro Manso (Hidalgo) em destaque a vencer duas provas
1,101m e 1,20m, antes já Elisabete Li
(Visconde Sant’Ana) e Vasco Escudeiro
(Roleta Russa) tinham vencido a 0,95m e
1m, respectivamente.
O momento do dia de domingo foi sem
dúvida, a justa e sentida homenagem ao
cavaleiro Francisco Seabra, a que seguiu
um minuto de silêncio, logo antes de começar a derradeira prova, o grande prémio deste Concurso Nacional de Saltos
B.
O grande prémio que contou com 24
conjuntos, foi muito disputado com 8
conjuntos a irem a desempate, no decisão foi Ivo Carvalho montando Corrabe
quem levou a melhor, relegando para segundo lugar Hugo Carvalho(Tsar d’Audouville), para terceiro lugar António
Matos de Almeida (Betalin), Ricardo Cabrera(Bebetto Aragon) em quarto lugar e
Joana Baltazar (Ita
Zerosette d’Acheronte) em quinto lugar
fecharam os lugares de honra deste Concurso Nacional de Saltos B, no Centro
Equestre Internacional de Alfeizerão.
38º Cross das Amendoeiras em Flor e Campeonato ibérico Masters
José Orvalho de ‘O Alvitejo/O Forno’
campeão Ibérico em M65
José Orvalho, atleta que representa o
C.C.D. “O Alvitejo”/O Forno participou
este domingo no 38º Cross Internacional das Amendoeiras e Campeonato
Ibérico Masters realizado na Aldeia das
Açoteias.
O alvitejano percorreu os 5700m do
percurso em 24m 25s, cortando a linha
de meta na 30ª posição da geral, ocupando a primeira posição entre os veteranos M65, sagrando-se assim, Campeão Ibérico na respetiva categoria.
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
DESPORTO
27
Juvenis do Vitória Clube de Santarém vencem jornada dupla “da morte” num fim de semana de intensa paixão vitoriana
Sonhar com os pés bem assentes… na paixão
Foram certamente duas das prestações mais entusiasmantes de uma equipa de futsal na história do Vitória Clube
de Santarém, ateando nos corações dos
adeptos vitorianos uma chama de paixão
abrasadora, que transformou o último
fim de semana numa avassaladora demonstração de fervor clubístico em Santarém: a equipa de juvenis do clube saiu
incólume de uma autêntica jornada dupla “da morte”, perante os dois principais
candidatos ao título, AD Mação (3-2) e
CD Os Patos (1-0), e segue agora isolada
na fase final do Campeonato Distrital da
categoria, a três rondas do final. E com o
título ali tão perto…
A turma de Pedro Silva, composta
quase exclusivamente por atletas com
um mínimo de três anos de Vitória, tem
sabido elevar-se à custa de uma insuperável união de grupo e de uma evidente
e contagiante paixão pelo emblema que
transportam ao peito, jogando com as
emoções à flor da pele e com uma alma
gigantesca, que se tem traduzido em pontos na classificação.
Caso do primeiro jogo do fim de semana, no sábado, na Nave de Santarém,
frente à AD Mação (líder incontestado na
1.ª fase da prova e já com dois triunfos
frente ao Vitória em 2014/15), quando
os vitorianos souberam contrariar a fatalidade de correr atrás de uma desvanta-
gem de dois golos já na metade final do
segundo tempo.
Todavia, o Vitória conta com um capitão na total acepção do termo, que parece carregar às cavalitas todos os companheiros quando as sombras mais negras
já ameaçam no horizonte, e foi precisamente Nuno Gomes, em arrancada individual, a reduzir para 1-2, incendiando a
partida: o Vitória estava vivo!
A 5 minutos do termo do desafio, despontaria o trabalho colectivo, a crença conjunta, e desenhar-se-ia uma das
jogadas mais esplendorosas da época:
o esférico, sedento de justiça, cedeu às
ordens dos cinco bravos vitorianos em
campo, deixando-se circular de pé para
pé até surgir Rafa Pereira, em plena área,
a apontar-lhe o merecido descanso nas
malhas. 2-2!
O tempo partir daí quase… parou. A
bancada, repleta de jovens atletas dos
escalões jovens do clube, lembrava um
vulcão em erupção, vertendo a lava escaldante da paixão por um clube famoso
pelos laços familiares que une todos os
que o integram. E, a 23 segundos do termo do desafio, Nuno Gomes fitou a crença que transbordava da multidão e, com
os olhos desfeitos em lágrimas, colocou
toda a sua alma vitoriana numa cavalgada em busca do sonho: arrancou, correu,
driblou, e convidou Nuno Sirgado, ao se-
gundo poste, a ser o herói de uma tarde
que tão cedo não abandonará a memória
de quem a testemunhou. 3-2!
Um feito épico, sem tempo para festejos: no dia seguinte, era a vez de uma
deslocação ao temível recinto do CD Os
Patos…
Femininas fixam
recorde de goleada
Extenuados fisicamente, no domingo
impunha-se um jogo de concentração e
evocação de todas as reservas de energia
disponíveis para aquela que seria uma
das batalhas mais duras da temporada.
Perante um CD Os Patos na máxima força, num reduto à medida das suas características, o Vitória Clube de Santarém
voltou a escrever um inolvidável capítulo
de glória, vencendo por 1-0.
Num jogo taco a taco, com oportunidades a repartirem-se pelos dois conjuntos ao longo de 53 intensos minutos, os
três pontos sentiam-se indecisos, a coçar
o queixo, relutantes quanto ao destino a
tomar… Mas Nuno Gomes e Rafa Pereira tinham os argumentos certos para os
convencer. Vendo os minutos novamente
a escoarem-se, o capitão reeditou o episódio da véspera, arrancando da sua zona
defensiva rumo ao sonho e convidando
o pivô Rafa a vivenciar o momento mais
alto da sua carreira na modalidade. Delírio entre a comitiva azul! Épico!
Até final, hora de Luís Guedes se consagrar como um dos mais promissores
guardiões do futsal distrital, somando
um par de defesas extraterrestres que
deixam o Vitória em posição privilegiada
para alcançar um feito inédito no seu historial. A próxima batalha está marcada
para este sábado, dia 28 de Fevereiro, às
14h30, na Nave Municipal, frente ao Moreiras Grandes.
Participaram neste fim de semana histórico: Luís Guedes, João Silva, Nuno
Gomes, Miguel Vargas, Francisco Sousa,
João Saloio, Rafa Pereira, João Veiga, Rodrigo Cotrim, André Fonseca, António
Perdiz, Rato e Nuno Sirgado.
Resultados do fim de semana das
equipas do Vitória CS:
- Infantis: Vitória CS, 9 – CAD Coruche, 2;
- Iniciados: CD Os Patos, 6 – Vitória
CS, 4;
- Juniores masculinos: Vitória CS, 3 –
FutAlmeirim, 7;
- Juniores femininos: Vitória CS, 2 –
Escola Ramada, 0;
- Seniores femininos: Vitória CS, 11 –
Lírios do Campo, 2;
- Seniores masculinos: Riachense, 4 –
Vitória CS, 4.
Santarém Basket Clube soma
quatro vitórias no fim-de-semana
Quatro vitórias e uma derrota foi o saldo das equipas do Santarém Basket Clube (SBC) no passado fim-de-semana, de
21 e 22 de Fevereiro.
Em femininos, as Sub 12 levaram de
vencida o Mindense, em Minde, por 112
– 18, em jogo a contar para o Campeonato Distrital.
Em Santarém, as Sub 14 sofreram nova
derrota com o favorito Portimonense,
por 39 – 63, também a contar para o
Campeonato Nacional. Já as Sub 16 venceram o CD Amiense, em casa emprestada pela equipa local, em Amiais de Baixo,
com o resultado de 68 – 55, em jogo a
contar para o Torneio Inter-distrital.
Nas equipas masculinas os Sub 18 venceram o Ateneu Cartaxense, no Cartaxo,
por 70-41, em jogo a contar para o Torneio Inter-distrital, e, em Santarém, a
equipa Sub 14 fechou a jornada com mais
uma vitória sobre o Stella-Maris de Peniche, por 72-58, também a contar para o
Torneio Inter-distrital.
Os próximos jogos oficiais do SBC
realizam-se este sábado (dia 28 de Fevereiro) e domingo (1 de Março) e são os
seguintes: Campeonato Distrital, Sub 12
femininos, SBC-UDR Zona Alta, ama-
nhã, sábado, dia 28, às 09h00, na Nave
de Santarém; Torneio Inter-distrital Sub
14 masculinos, A. A. Cartaxense-SBC,
dia 28, às 15h00, no Pavilhão do Inatel
no Cartaxo; Torneio Inter-distrital Sub
18 masculinos, SBC - SC Marinhense,
domingo (dia 1 de Março), às 16h30, na
Nave de Santarém.
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TEMÁTICA
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
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ÚLTIMA
CORREIO DO RIBATEJO, SEXTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2015
Ricardo Gonçalves não concorda
e Nuno Serra diz que o assunto é “prematuro”…
Vamos ver qual deles
ficará na Crista(s) da onda…
9
771647
260034
O nome de Assunção Cristas foi falado
para encabeçar a eventual lista
PSD/CDS-PP às legislativas em Santarém…
06454
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Maria Helena Kol
“A pintura é um hobby que eu levo muito a sério”
Até ao próximo dia 20 de Março, está patente, na Delegação
Distrital da Ordem dos Engenheiros, em Santarém, uma exposição de pintura, intitulada
‘Olhar Os Outros’, da autoria de
Maria Helena Kol.
Engenheira Geógrafa, nasceu
em Lisboa, tendo frequentado
alguns cursos de pintura, nomeadamente, na Escola Arteilimitada.
Expõe desde 2008, sobretudo
em Cascais e Lisboa, tendo, há
dois anos, iniciado um conjunto
de exposições individuais nas sedes regionais da Ordem dos Engenheiros.
Que obras escolheu para esta exposição?
É uma exposição composta por nove
telas, que estará patente até ao dia 20 de
Março. São obras essencialmente relacionadas com a figura feminina. Não tanto
com a pintura do rosto em si, mas pela
postura. A figura da mulher aparece de
lado, ou de costas e contextualizada num
dado ambiente. É essa perspectiva que
eu pretendi transmitir, deixando, a quem
está a ver o quadro, idealizar o rosto da
mulher representada.
De que forma tem evoluído no seu
percurso artístico?
De há uns anos a esta parte, tenho trabalhado com uma escola de artes visuais,
a Arteilimitada, cuja grande preocupação
é fazer chegar ensinamentos àqueles que
se interessam por acompanhar e desenvolver a prática artística.
Tenho participado em várias exposições colectivas, nomeadamente no
Centro Cultural de Cascais, e esses são
momentos cruciais para partilhar expe-
[email protected]
Sábio conselho
Em que altura surgiu a pintura na sua
vida?
Comecei a pintar ainda jovem. Na adolescência comecei a interessar-me pela
pintura a óleo. Mais tarde, para aliviar
um pouco o ‘stress’ da minha actividade
profissional comecei a trabalhar as técnicas da pintura em acrílico, que depois fui
aprimorando. A par disso, fui alterando a
minha forma de pensar e estar na pintura e, nesta exposição, apresento uma das
vertentes temáticas que desenvolvi.
Como despertou o seu interesse para
este tipo de expressão artística?
Com 12 anos quis ir jogar ténis e não
consegui porque me foi diagnosticada
uma escoliose. Então, o médico proibiume de realizar essa actividade desportiva.
No colégio existiam, porém, outras actividades. Uma delas era a pintura. E eu,
na altura, pensei: ‘já que não posso jogar
ténis, vou dedicar-me à pintura’ (risos). E
foi aí que comecei a fazer as minhas primeiras experiências.
PONTO FINAL
riências e desenvolver trabalho.
Agora, tenho percorrido as várias sedes
da Ordem dos Engenheiros e essa experiência tem sido muito enriquecedora e
tem tido uma boa receptividade.
Quais são as suas grandes referências
ao nível da pintura?
Sou uma apaixonada pelo trabalho de
Edward Hopper, artista gráfico e ilustrador norte-americano, e aprecio muito a
obra de Giorgio de Chirico, considerado
um precursor do Surrealismo. Devo confessar também a influêcia dos professores que tive, como Manuel Vilarinho ou
Carlos Correia, que foram mestres que
me marcaram e pelos quais tenho uma
grande admiração.
Qual é o seu objecto de eleição para as
representações artísticas que produz?
Tenho vários temas, que oscilam entre
a figura humana, a paisagem ou os chamados objectos inanimados. Em termos
de escolha de um tema específico, depende da fase da minha vida. O tema que trabalhei para esta exposição foi desafiante
e deu-me imenso gozo terminá-lo e expô-lo.
Como é realizar uma exposição num
espaço que tradicionalmente não está
preparado para receber manifestações
culturais deste género?
É, acima de tudo, um desafio. Mas é
também uma forma de vivificar os espaços e uma oportunidade de abrir os
espaços da Ordem à sociedade civil. O
primeiro convite surgiu dos meus colegas
geógrafos de Coimbra e eu achei que a
ideia era muito interessante. Depois dessa experiência que correu muito bem, a
exposição foi para Lisboa e depois para o
Porto, antes de vir para Santarém. Tenho
tido alguns elogios que me deixam com
vontade de pintar mais.
Encara a pintura como um hobby ou
uma actividade mais séria?
A pintura, para mim, é um hobby que
eu levo muito a sério, apesar da minha
actividade profissional me deixar pouco
tempo para desenvolver mais trabalho na
área.
- “Não te esqueças dos ovos!” - O
recado dado, já vinha na rua, ouvi-o
ao sol que despontava por entre
gargalhadas gélidas de um vento que
nos fazia arrepiar caminho e soprava
como se não houvesse amanhã.
A passagem pelo supermercado
exigia rapidez, mas é sempre assim:
vamos comprar uma coisa, trazemos
dez…
Com o fito numa ‘Carbonara’
ataquei a massa, a pancetta, o queijo,
a pimenta e a mostarda… Só tinha
duas mãos e ainda me faltavam os
ovos.
Apressei o passo no corredor das
conservas, virei nos frescos, regressei
aos enlatados e lembrei-me que faltava azeite lá em casa, bem como café,
para rematar a preceito o domingueiro repasto.
Quando parei na caixa, a pancetta
escorregava-me entre os dedos, a
mostarda, apertada contra o peito,
subia-me ao nariz e com duas pessoas (ainda) à minha frente, eis que
me lembro de rúcula para a salada.
Acto contínuo, solto um turbilhão de
embalagens que se estenderam, num
ápice, pelo tapete da caixa.
Desfeito em mil desculpas, ouço a
pergunta da praxe: - “Quer saco? São
dez cêntimos!”.
Eu sabia lá se queria saco, ou
melhor, eu sabia lá se queria dar dez
cêntimos por um saco!…
Arrisquei um sonoro ‘Não!’ que
intrigou quem comigo aguardava na
fila.
A mostarda, a pimenta e o café
foram para os bolsos; o queijo e a
rúcula dividiram os cinco dedos
da mão esquerda com o gorduroso
azeite; a pancetta ia na palma da
mão direita, entre a massa e os ovos
colados ao queixo.
O desafio tinha um nome: vinte
metros até ao carro.
Na mão esquerda, o azeite escorregava-me entre os dedos, o queijo
deslizava pela rúcula e a pimenta riase, por sentir a companhia da chave
do automóvel no bolso das calças!
A rúcula e o queijo saltaram para
o capô, colados ao vidro, o azeite,
virgem nestes impasses, seguiu-os
em busca de um ponto de equilíbrio
que tardava. Livre, a mão esquerda
encontrou a chave. Num último
momento, os ovos roçam o bico da
porta entreaberta e acabam estrelados no chão.
Ao passar por mim, uma senhora
de mais idade aconselha-me por
debaixo do seu experiente sorriso:
“Para a próxima faça como eu, traga
um saco de casa…”
Sábio conselho, este.
João Paulo Narciso

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