proposta de adesão à equestrian educational network

Transcrição

proposta de adesão à equestrian educational network
PROPOSTA DE ADESÃO
À
EQUESTRIAN EDUCATIONAL NETWORK
Julho 2009
ESCOLA NACIONAL DE EQUITAÇÃO
PROPOSTA DE ADESÃO À EEN
HISTÓRIA DA ENE
ANTECEDENTES
D. João V (1689-1750), em cumprimento de um voto para a sucessão do
trono resultante do seu casamento com Dona Maria Ana de Áustria e a cura
para grave enfermidade de que padecia, manda construir o Palácio Nacional de
Mafra que é o mais importante monumento do barroco português, valorizado
por uma envolvente de rara beleza natural, a Real Tapada de Mafra, hoje
tapada Nacional, e pelo Jardim do Cerco. Residência de verão da família Real,
a Monarquia encontrou aqui o local ideal para a caça e o lazer.
Em Mafra, e fazendo uso das
cavalariças reais, já existentes nos
mapas da Vila no Séc. XVIII, e da
Tapada Real, adjacente ao PalácioConvento, é instalada a Coudelaria
de Mafra, que completava as Reais
Manadas de Alter do Chão, entre
1840 e 1859.
Só em 1887, pela Carta de Lei de 22 de Agosto foi criada a Escola Prática
de Infantaria e Cavalaria em Mafra, com orçamento próprio, mas que devido
às vicissitudes socio-políticas da época teve pouca duração.
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Nos reinados de D. Luís e D. Carlos verifica-se o período áureo das
caçadas na Tapada Real de Mafra, período também em que é construído o
Pavilhão de Caça no Vale de Celabredo. Aquando do Regicídio de 1908,
instala-se o Depósito de Remonta do Exército na 1ª Tapada, que em 1911 é
designado por Depósito de Remonta e Garanhões.
Para o garante da doutrina no que respeita à Instrução de Equitação no
Exército, “(...) assegurando, pela permanência na acção e continuidade no
ensino, a uniformidade na preparação equestre dos Quadros e das tropas de
todas as Armas e Serviços, e tendo sido considerado que a experiência do
Deposito de Remonta neste campo, tornava já
possível
transformar
este estabelecimento em verdadeira Escola Nacional de Equitação Militar é, em
1950, o Deposito de Remonta transformado Escola Militar de Equitação e
sete anos mais tarde em Centro Militar de Educação Física, Equitação e
Desportos.
Em 1949 foram enviados a
Saummur, os então Capitães
Reimão Nogueira e Fernando
Paes, para frequentarem um
estágio de cerca de 9 meses,
estágio esse que frequentaram
com grande mérito, que lhes
valeu o bastão e as esporas de
ouro do Cadre Noir.
Com a vinda de Saint André
para Mafra, onde se encontrava o
Capitão Paes, recém-chegado de Saummur, deu-se início àquilo a que podemos chamar
“preparação” da Reprise de Mafra, resultado da uniformidade na forma de montar,
adquirida por uma unidade de processos articulados segundo um determinado método e
baseado em princípios considerados fundamentais. Estava consolidada a unidade de
doutrina que originou a existência de uma Escola – a “ESCOLA DE MAFRA”.
As primeiras reprises da Escola de Mafra incluíam, não só exercícios de
ensino, como acontece nos nossos dias, mas também obstáculos. Mas é
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exactamente a de ensino que maior prestígio irá trazer, como manifestação da
arte, onde toda uma doutrina é exuberantemente exemplificada, através de um
conjunto de exercícios da mais pura equitação académica de grau
complementar, como são as espáduas-a-dentro, os ladeares e as passagens
de mão a galope.
Há meio século atrás, os Oficiais instrutores da Escola Militar de Equitação
de Mafra realizaram a sua primeira apresentação pública, a um Chefe de
Estado (General Franco) em visita a Portugal. Esta foi a primeira página de um
livro ao qual em cada apresentação se junta um novo capítulo.
Tal unidade de doutrina, materializada
na “colocação em sela” que se apresentava
como paradigma de um figurino, que nunca
deixou de respeitar a diversidade dos estilos
de cada um, mas onde a harmonia, beleza,
ligação ao movimento e eficácia das ajudas,
eram invejadas por “craques” de todo o
mundo, precisamente porque eram muitos
para a época, especialmente num país
pequeno e de fracos recursos naturais, cuja
disciplina e afinco ao trabalho, a
exigência, que impunha a todos os
professores o dever de se apresentarem
publicamente nos concursos oficiais,
todos os anos, nas três modalidades
olímpicas, resultou nos primeiros lugares,
tanto nos concursos nacionais como nos
internacionais, fossem eles em Lisboa,
Nice, Roma, Londres, ou muitos outros
onde a bandeira e o hino nacional nunca
se cansaram de ouvir e ver em provas
médias, em grandes prémios, ou taças de nações.
Durante todas estas décadas, (1952 a 1995), a Escola de Mafra foi a única
escola que formou monitores, instrutores e mestres em Portugal, com
3
excepção das escolas profissionais de Abrantes e de Alter do Chão que
passaram a facultar a tripla certificação (o ensino secundário, a formação
profissional em gestão de equinos e o grau de monitor de equitação), a partir
de 1995.
A CRIAÇÃO DA ESCOLA NACIONAL DE EQUITAÇÃO – (ENE)
A guerra de África (1961 – 1974) e as restrições orçamentais posteriores
fizeram reduzir substancialmente o número de cavaleiros militares, baixando
consideravelmente a base de selecção de verdadeiros professores, com a
agravante de só muito tarde se terem apercebido dos nefastos efeitos a nível
nacional.
Este fenómeno foi acompanhado de um explosivo crescimento do número
de novos cavaleiros civis, dotados de montadas importadas, de alto preço, que
ajudou a camuflar o mau caminho para que se tendia.
Entretanto, a conjuntura nacional (1999) passou a obrigar todas as
instalações desportivas a disporem de um Responsável Técnico, que, no caso
dos Centros Hípicos de Equitação Geral, deveriam ter, no mínimo, o grau II
(Monitor de Equitação).
Sabia-se da existência em Portugal de mais de 600 Centros Hípicos não
controlados a que correspondia idêntica carência de responsáveis sem a
correspondente formação. E sabia-se também que a infracção a esta
disposição poderia acarretar fortes coimas para os infractores, podendo mesmo
chegar ao fecho compulsivo das instalações.
A Federação Equestre Portuguesa (FEP) começou a tomar medidas no
sentido de orientar e regulamentar a formação de docentes e praticantes. Para
isso teve de se reestruturar internamente, criando um departamento de
formação ao qual atribuiu a designação interna de Escola Nacional de
Equitação – ENE – já com a ideia de a autonomizar juridicamente, logo que
fosse possível, constituindo uma associação. Esta estrutura absorveu a já
existente Comissão Técnica de Formação estatutária e consolidou a sua
direcção com a afectação exclusiva de um dos seus Vice-presidentes.
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Os Projectos de Formação Profissional realizados do antecedente pela
Direcção da FEP, integrantes do Contrato-Programa de Formação, firmado
com o Instituto do Desporto de Portugal (IDP),
passaram a ser tratados por este departamento.
Em 16 de Março de 2005 o referido
departamento constituiu-se juridicamente como
uma Associação de entidades públicas e
privadas designada Escola Nacional de
Equitação (ENE) onde, entre as cinco entidades
fundadoras, a FEP manteve um estatuto
especial,
assegurando
a
ligação
de
responsabilidade da Escola aos departamentos
do Estado que gerem o desporto nacional. Nessa
mesma data o Vice-presidente da FEP,
responsável pela formação profissional, assumiu
por eleição o cargo de Director da ENE.
O seu rápido e sólido crescimento deveu-se
aos resultados conseguidos, que tiveram em conta as características do País e
a natureza do mercado.
Assim, para se conseguir dar resposta à crescente necessidade de formar
docentes de equitação em todo o país, garantindo a indispensável unidade
de doutrina, avançou-se para o novo modelo que assenta numa filosofia de
funcionamento composta pela conjugação das duas seguintes vertentes:
•
•
A descentralização dos locais de formação, levando esta junto dos
formandos através de Pólos de Formação, em vez de obrigar os
formandos a grandes deslocações a um ponto centralizado;
O fraccionamento dos cursos permitindo reduzir os períodos seguidos
de afastamento dos alunos da sua actividade de sustento.
Do ponto de vista da gestão a ENE seguiu um modelo assente na
associação de entidades públicas e privadas, com total auto-suficiência
económica e financeira, isto é, sem recurso a subsídios estatais.
Assim, o histórico da actual ENE começa muito antes da sua constituição
formal, já que todos os Projectos de Formação da FEP foram transferidos para
5
a ENE sem soluções de continuidade, verificando-se um progressivo, mas
acentuado aumento da actividade de formação de praticantes e de
profissionais nos últimos 4 anos.
ESTRUTURA ORGANIZATIVA E FUNCIONAL DA ENE
De acordo com os seus Estatutos, a ENE tem o objecto social de estudar,
elaborar, promover e controlar a execução dos programas e normas de formação no
âmbito do mercado de emprego, de profissionais de formação equestre de todas as
disciplinas desportivas, artísticas e de lazer, bem como a formação específica de
agentes desportivos, e a formação de praticantes de todas as disciplinas equestres,
em unidade de doutrina com a formação de formadores.
Tem ainda o objecto social de promover a realização de eventos desportivos,
artísticos e de lazer, a nível nacional e internacional, para a divulgação e incremento
das diversas modalidades, a promoção da criação cavalar, e a implementação das
disciplinas equestres ao nível do desenvolvimento turístico das regiões.
A ENE tem a sua Sede em Lisboa, nas instalações da FEP, e é constituída
pelos Órgãos Sociais que são:
•
A Assembleia Geral,
•
O Conselho Fiscal,
•
A Direcção,
E pelos Órgãos Técnico-Pedagógicos que são:
•
O Conselho Superior Pedagógico,
•
O Equitador Chefe,
•
Os Assessores Técnicos,
•
O Corpo Docente
A relação e inter-dependência dos órgãos da ENE é a que se apresenta no
seguinte organograma:
6
Com a finalidade de se garantir a referida descentralização dos locais de
formação, de forma a permitir o acesso de todos os potenciais formandos com
origens geográficas diversas e oriundos das também diversas disciplinas equestres,
procurou-se que a ENE fosse constituída por pólos com localizações e
características diversificadas.
Assim, a ENE conta actualmente com os seguintes Pólos de Formação:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
Centro Militar de Educação Física e Desportos (Escola de Mafra)
Guarda Nacional Republicana (Lisboa)
Centro Hípico da Quinta da Alorna (Almeirim)
Centro Hípico da Bairrada (Anadia)
Escola Superior Agrária de Santarém (Santarém)
Escola Superior Agrária de Elvas (Elvas)
Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes (Abrantes)
Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter (Alter do Chão)
Academia de Dressage de Portugal (Arruda dos Vinhos)
Universidade Lusófona – COFAC (Arruda dos Vinhos)
Escola Agrícola D. Dinis (Paiã – Lisboa)
Centro Hípico de Santa Bárbara (Constância)
Associação Hípica Terapêutica (Cascais)
Centro Hípico da Alcaria (Porto de Mós)
Sociedade hípica Portuguesa (Lisboa)
7
16. Academia João Cardiga (Leceia-Oeiras)
17. Escola Equestre de Aveiro (Aveiro)
18. JPL - Lusitanos, Lda. (Cartaxo)
19. FAR – Escola Portuguesa de Arte Equestre (Queluz)
20. Institute du Cheval et de l’Équitation Portugaise (Paris)
21. Centro Hípico da Quinta do Vau – EQUIVAU (Barqueiros - Braga))
22. Centro Hípico Tiffany’s (Almádena – Lagos)
23. Centro Hípico de Santa Isabel (Penina - Portimão)
24. Centro Hípico Pinetrees (Ancão – Almancil)
25. Associação Hípica Eborense (Évora)
26. Centro Hípico da Quinta da Beloura (Estoril)
27. Centro Hípico Paraíso Alto (Bensafrim – Algarve)
28. Centro Hípico do Sport Club do Porto (Porto)
UNIDADE DE DOUTRINA
Com a finalidade de garantir a essencial unidade de doutrina, o Conselho
Superior Pedagógico tem como missão estudar, propor e actualizar os conteúdos
das diversas acções de formação profissional, indo ao detalhe de definir cargas
horárias, recursos a utilizar, planos de carreira e, com o apoio da Secção de
Qualidade, os diferentes sistemas e critérios de avaliação.
Essas
propostas
são
apresentadas ao Equitador Chefe
e à Direcção da ENE que, depois
de sancionadas, são passadas a
Normas
de
Execução
e
Funcionamento (NEF) para guia de
actuação em período experimental.
Consolidados os procedimentos,
são as mesmas sujeitas à
aprovação da Federação Equestre
Portuguesa, que as transforma em
Programas Oficiais de utilização
obrigatória.
Deste modo foram publicados pela FEP, para os profissionais (docentes,
treinadores, juízes. comissários, directores de pista e demais técnicos, auxiliares e
outros agentes) o POFFTE – Programa Oficial de Formação de Formadores e
Técnicos de Equitação; Para os praticantes foi criado o POFP – Programa Oficial de
Formação de Praticantes.
Em complemento destes apoios que asseguram a unidade de doutrina da
Escola, são publicados Manuais de diferentes matérias e graus, bem como textos de
apoio e suportes audiovisuais facilitando consideravelmente a uniformidade de
métodos, como a Escala de Treino e outras metodologias
FORMAÇÃO DE PRATICANTES
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Inspirado pelo modelo francês, a FEP criou, no final do ano de 2000, o já
citado POFP, articulado em 9 níveis, que designou por Selas, programa esse
aperfeiçoado em 2004.
A formação de praticantes, prevista como um segundo objectivo da ENE,
acabou por ser desenvolvida prioritariamente pela FEP e não pela ENE, cuja
actividade se centrou fundamentalmente na formação de cariz profissional.
A estrutura da formação de praticantes e a sua progressão assenta nos
Centros Hípicos designados de Formação e Exame, que constituem um conjunto
que nada tem a ver com os Pólos da ENE. Este conjunto, designado por Rede
Nacional de Centros Federados, é seleccionado pela FEP, com base na
qualidade e dimensão das suas instalações, nos recursos equestres de que
dispõe e na capacidade de manterem uma Escola de Praticantes a funcionar
com regularidade.
O seu relacionamento com a ENE assenta na qualificação e competência
dos profissionais que ali prestam serviço, que devem seguir a unidade de
doutrina estabelecida.
Na progressão por níveis (selas), destacam-se 3 patamares fundamentais,
a Sela 4, a Sela 7 e, por fim, a Sela 9, sendo que a cada um desses patamares
correspondem exames oficiais, fiscalizados e dirigidos pela própria FEP/ENE,
através de Formadores Profissionais, que nomeia como Juízes, atribuindo
diplomas aos candidatos que obtêm aproveitamento.
Acontece que todos os Pólos de Formação da ENE são simultaneamente
Centros de Formação e Exame da Rede Nacional de Centros Federados, mas a
esmagadora maioria destes últimos não têm qualificação, nem características
suficientes para integrarem a ENE como seus Pólos.
Os programas das Selas e respectivos exames têm vindo a ser
aperfeiçoados, estando oficializados numa circular publicada em 2004, que serve
de guia aos Centros Hípicos classificados como Centros de Formação e Exame.
FORMAÇÃO DE FORMADORES E OUTROS TÉCNICOS DE EQUITAÇÃO
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Toda a estrutura da formação desportiva profissional tem por base os
convénios internacionais a que Portugal aderiu. No caso da Equitação, aderimos
em 1995 ao IGEQ – International Group for Equestrian Qualification, que balizou,
a partir dessa data, a evolução do ensino equestre no nosso País.
Portugal procura acompanhar e participar nas reuniões do IGEQ através da
FEP, contudo já ficou acordado que, de futuro, a ENE estará igualmente
presente com um membro do CSP, a fim de poder prestar um contributo mais
técnico.
De qualquer forma os níveis previstos pelo IGEQ há muito que foram
adoptados pela FEP/ENE no que respeita à chamada Equitação Geral
(disciplinas olímpicas) e foi com base nessa orientação que se elaborou o
POFFTE, bem como a sua evolução.
Assim a responsabilidade da execução desta formação, bem como todo o
seu estudo conceptual e actualização cabe inteiramente à ENE, que para tal foi
estruturada, conforme já foi antes exposto, assentando a sua acção, numa
primeira fase, nas também já referidas NEF e, posteriormente de forma mais
consolidada, no POFFTE, da responsabilidade final da FEP, entidade de tutela.
O
desenvolvimento
do
POFFTE para outras disciplinas
teve como base um amplo estudo
realizado ao longo de dois anos,
sobre as necessidades e tipos de
formação mais necessários e
adequados às carências actuais
da actividade equestre, nas suas
múltiplas
disciplinas
e
actividades, bem como nos seus
diversos graus de progressão,
designadamente, nas estruturas
de carreira profissional visando o
mercado de emprego.
Este vasto Programa contempla todos os aspectos importantes da formação
equestre e procura abranger os formadores, os treinadores, os juízes e demais
agentes desportivos, os técnicos e os auxiliares de todas as disciplinas
equestres federadas, quer da área desportiva, artística, ou de lazer, incluindo
cavaleiros e condutores.
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A cada Parte do Programa de Formação Profissional corresponde uma, ou
mais carreiras composta por categorias profissionais certificadas não apenas
pela Federação Equestre Portuguesa, mas também pelo Estado Português
através dos seus serviços de certificação que, no caso, funcionam no Instituto do
Desporto de Portugal (IDP), ou no Instituto do Emprego e Formação Profissional
(IEFP).
Um Programa com um âmbito tão vasto, teve de ser divulgado em Volumes
separados, de forma a permitir actualizações parciais sem afectar a estrutura
global do mesmo.
RESUMO DA ACTIVIDADE DA ENE
A actividade de formação da ENE, embora sem estatutos próprios e sem a
necessária autonomia, iniciou-se em 2002, no âmbito da Federação Equestre
Portuguesa, com 9 acções realizadas nesse ano.
Em Março de 2005 foi criada a ENE, com uma autonomia administrativa e
financeira quase nula.
Só a partir do Verão de 2006 a Direcção da ENE conseguiu essa autonomia
que resultou numa maior eficiência e exploração das suas potencialidades, cujos
resultados se espelham no quadro que a seguir se apresenta:
ANOS
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Nº
Nº
Acções Alunos
9
12
10
15
32
42
47
65
75
119
98
236
248
313
Nº Horas
de
Formação
200
260
290
470
1.530
5.530
6.880
11
Neste quadro é fácil detectar os três seguintes períodos de exploração da
formação:
No primeiro período que vai de 2002 a 2004 (três anos) a ENE não existia. A
formação era executada directamente pela área de formação da FEP, na qual
teve especial relevo o período das “reciclagens” para formação rápida e
expedita de Responsáveis Técnicos. Estas reciclagens empolam um pouco os
números, por se ter tratado de uma emergência
• No segundo período que abrange os anos de 2005 e 2006, a ENE tinha-se
constituído, mas a sua gestão, nomeadamente no que respeita à organização e
realização das Acções, esteve totalmente condicionada, por um lado aos
trabalhos de organização interna, e, por outro, à sua falta de autonomia.
Mesmo assim e apesar das dificuldades já referidas, verificou-se um forte
crescimento de todos os indicadores.
• Destacam-se por fim e especialmente os anos de 2007 e 2008, anos em que a
ENE funcionou com total autonomia.
São estes dois últimos anos que importa agora analisar, através dos seguintes
quadros:
•
Ano de 2007
DISCIPLINAS
Nº de
Alunos
Nº de
Acções
Nº de Horas de
Formação
Equitação Geral
Equitação Terapêutica
Turismo Equestre
Oficiais de Concurso
Total
95
27
7
119
248
31
2
1
8
42
5.151
124
120
139
5.530
DISCIPLINAS
Nº de
Alunos
122
55
40
56
273
Nº de
Acções
25
5
5
5
47
Nº de Horas de
Formação
5.566
246
506
82
6.880
Ano de 2008
Equitação Geral
Equitação Terapêutica
Turismo Equestre
Oficiais de Concurso
Total
Quadro Resumo de Actividade em 2008
12
Nº
Curso
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
DATA
DESIGNAÇÃO
TIPO
LOCALIZAÇÃO
31/11 a 23/12/07
25/12/07 a 9/1/08
19/01 a 03/02
09/02 a 10/02
09/02 a 10/02
26/01 a 24/02
14/01/ a 27/02
01/03 a 16/03
10/03 a 21/03
04/03 a 09/04
17/03 a 11/04
12/04 a 27/04
14/04 a 02/05
14/04 a 09/05
14/04 a 21/05
10 e 11/05
21/04 a 14/05
17/05 a 01/06
26/06 a 29/06
16/06 a 27/06
02/10/07a 22/06
02/10/07a 22/06
02/10/07a 22/06
30/06 a 11/07
02/10/07a 10/07
02/10/07a 10/07
24/09/07a 09/07
24/09/07a 09/07
02/11/07a 16/07
02/11/07a 16/07
21/07 a 01/08
01/01/2008
01/01/2008
01/01/2008
01/01/2008
08/08 a 31/08
15/09 a 13/09
06/09 a 07/09
08/09 a 19/09
06/10 a 17/10
20/10 a 24/10
15/09 a 24/10
03/10 a 02/11
01/12/2008 a
continuar 2009
17/11 a 21/11
15/12 a 19/12
24/11 a 18/12
01/12 a 31/12
3º Curso Ajudante de Monitor
3º Curso de Docente de Eq. Terapêutica
3º Curso de Auxiliar de Eq. Terapêutica
4º Curso de Juízes de TREC
Curso de Árbitros de Horseball
Curso de Iniciação à Atrelagem
Curso de Acompanhante de Turismo Eq.
4º Curso de Auxiliar de Equit. Terapêutica
Curso de Docentes Plena Natureza
1º Curso de Acomp. de Turismo Eq.
Curso de Ajudante de Monitor
1º Curso de Auxiliar de Eq. Terapêutica
3º Curso de Ajudante de Monitor
1º Curso de Ajudante de Monitor
1º Curso de Acomp de Turismo Eq.
1º Curso de Juízes de TREC
1º Curso de Ajudante de Monitor
1º Curso de Auxiliar de Equit. Terapêutica
C. de Cand. a Juiz N. C. Derby Atrelag.
1º Mód do 2º Curso de Monitor
Curso de Ajudante de Monitor de Equitação
Curso de Monitor de Equitação Geral
Curso de Instrutor de Equitação Geral
Curso de Docente de Plena Natureza
Curso de Ajudante de Monitor de Equitação
Curso de Monitor de Equitação Geral
Curso de Ajudante de Monitor de Equitação
Curso de Monitor de Equitação Geral
Curso de Ajudante de Monitor de Equitação
Curso de Monitor de Equitação Geral
2º Mód do 2º Curso de Monitor de Eq.
Manual Of. de Formação Eq. – Volume II
Programa dos Cursos de Treinadores
Actualiz. do Regulamento de Aval. Exames
Elab. do Proc de Acreditação p/a DSQA
1º C. de Ajudante de Monitor de Equitação
3º C. de Ajudante de Monitor de Equitação
Curso de Comissário
3º Mód. do Curso de Monitor de Equitação
4º Mód. do Curso de Monitor de Equitação
5º Mód. do Curso de Monitor de Equitação
1º Mód. do 1º C. de Monitor de Equitação
1º Curso de Ajudante de Monitor de Equit.
Elaboração do Manual Oficial de Formação
Equestre – Volume II – 2ª Continuação
2º Mód. do Curso de Monitor de Equitação
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Contínuo
Contínuo
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Contínuo
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Contínuo
Fraccionado
Fraccionado
Contínuo
Fraccionado
Fraccionado
Contínuo
Fraccionado
Extensivo
Extensivo
Extensivo
Contínuo
Extensivo
Extensivo
Extensivo
Extensivo
Extensivo
Extensivo
Fraccionado
Anadia
Aveiro
Porto-Mós
Constância
Fraccionado
Alorna/Aveiro
2º C. Fraccionado de Ajudante de Monitor
Elaboração do Curso na Área do Maneio
Fraccionado
Alorna
Santarém
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Fraccionado
Almada
Constância
Porto-Mós
Constância
Bensafrim
GNR - Lisboa
Almansil
GNR - Lisboa
Penina
Almadena
Almadena
Almeirim
Bensafrim
Ponte de Lima
GNR - Lisboa
ESA Santarém
ESA Santarém
ESA Santarém
Constância
EPDR Alter
EPDR Alter
EPDR Abrantes
EPDR Abrantes
ESA Elvas
ESA Elvas
GNR - Lisboa
Lisboa/Mafra
Lisboa/Algés
Lisboa/Algés
Lisboa/CaldasRa
SHP - Lisboa
Anadia
Porto
GNR - Lisboa
GNR - Lisboa
GNR - Lisboa
Almeirim/Anadia
Barqueiros
Mafra-Lisboa
Quadro Resumo de Formandos em 2008
13
Grau / Especialidade
Nº de Formandos
Ajudante de Monitor de Equitação Geral/ Grau I
85
Monitor de Equitação Geral / Grau II
34
Instrutor de Equitação Geral / Grau III
3
Auxiliar de Equitação Terapêutica
45
Docente de Equitação Terapêutica
10
Acompanhante de Turismo Equestre
23
Docente de Plena Natureza
17
Juízes de Equitação Geral
12
Candidato a Juiz Nacional de Derby Atrelagens
6
Comissários de Pista
8
Juízes de TREC
30
TOTAL
273
PROJECTOS DE ACTIVIDADE INICIADOS E EM CURSO
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO – CONTROLO DE QUALIDADE
Um dos principais suportes reformulados em 2008 foi o Regulamento
Geral de Avaliação e Exame, vocacionado para a Equitação Geral.
Tratou-se de um trabalho de fundo elaborado pelo Equitador Chefe e pelo
Coordenador do Conselho Superior Pedagógico, baseado na experiência das
acções de formação em equitação geral constantes do POFFTE, dele
passando a fazer parte integrante e que vai concorrer decisivamente como
alicerce da consolidação de uma Unidade de Doutrina. Pode considerar-se
um trabalho notável que honra os seus autores e que constituirá uma
ferramenta essencial para o desenvolvimento do ensino da equitação em
Portugal
O Sistema de Avaliação da Formação foi iniciado ainda em 2007 com a
criação de uma Secção de Qualidade, que tem como objectivos bem definidos:
• Avaliar as estratégias pedagógicas;
• Medir a aprendizagem dos formandos;
• Verificar a correcta determinação e construção dos objectivos da formação;
• Concorrer para a obtenção da garantia da qualidade do sistema;
• Contabilizar o investimento feito e o produto obtido;
• Permitir a execução das correcções necessárias no sistema de formação;
A ENE considera que este sistema de avaliação é de importância
fundamental, não só pela garantia da consecução dos objectivos acima
descritos, mas também por considerar que só através de um sistema de
avaliação eficiente se pode garantir um sistema de formação eficiente,
assegurando a indispensável transparência nos métodos de formação e de
avaliação, bem como a fundamental unidade de doutrina, a qual seria difícil
assegurar dada a descentralização das acções de formação.
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PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DA ENE
A par do sistema igualmente integrado na Secção de Qualidade,
prossegue a candidatura à Acreditação da ENE junto da Direcção de Serviços
de Qualidade e Acreditação (DSQA - Estado), que visa:
“A definição e aferição de métodos e processos essenciais à garantia da
qualidade da formação e, consequentemente, do serviço prestado ao país
na formação equestre de docentes, técnicos e praticantes”.
CRIAÇÃO DE SUPORTES DIDÁCTICOS
A par de muita documentação distribuída nos
cursos como textos de apoio de conteúdo variável, foi
publicada a 2ª edição do Manual Oficial de
Formação Equestre (Selas 1, 2, 3 e 4), já esgotada,
aguardando-se a publicação, não apenas da 3ª
edição, como também do Volume II do Manual
(Selas, 5, 6 e 7).
Foi elaborado, editado e publicado aquilo que,
certamente, virá a ser um dos principais suportes
didácticos da ENE: o Manual do Monitor de
Equitação Geral.
Esta obra é complementada com um suporte
digital em PowerPoint, que acompanha a exposição da matéria com a
projecção de imagens. Esse suporte também já está editado e distribuído. Em
anexo a este Manual publicaremos anexos sobre as restantes matérias do
curso de Monitores, tais como “primeiros socorros”, marketing e gestão de
centros hípicos” organização e preparação de eventos”, etc.,
CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS E SEUS SUPORTES
Cursos na Área do Maneio
Por ter sido detectada a necessidade de responder às carências do
mercado, no que respeita à criação de profissionais com formação mais
desenvolvida do que a de um tratador, ou mesmo desbastador, procurou-se
definir um perfil profissional, que interessaria a esses técnicos, quer fossem
agentes úteis e competentes nas Herdades com criação cavalar, quer como
funcionários nos Centros Hípicos com actividade artística e desportiva, bem
como no apoio aos cavaleiros desportistas e tauromáquicos.
Pretendia-se igualmente formação agropecuária bastante para nesses
locais e dentro de um princípio de polivalência, saberem responder às questões
básicas.
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O Conselho Superior Pedagógico designou para este efeito um pequeno
grupo de estudo com competência e experiência nestas áreas.
Tendo em conta as características do nosso mercado, o perfil social dos
eventuais candidatos e os custos decorrentes das acções necessárias,
concluiu-se que seria necessário desdobrar esta área numa nova carreira
constituída por dois graus de valência profissional:
Curso de Técnico Auxiliar de Maneio Equestre, com 72 horas,
Curso de Técnico de Maneio Equestre, com 48 Horas.
Cursos de Treinadores
A ENE criou, através do seu CSP os seguintes cursos de
treinadores:
•
•
•
Treinadores de Dressage – NEF nº 24A/ENE/08 e POFFTE
Treinadores de Saltos de Obstáculos (Nível II) – NEF nº 25/ENE/08
e POFFTE
Treinadores de Saltos de Obstáculos (Nível III)- Idem
Está em fase de conclusão o estudo, em curso no CSP, sobre a formação
de Treinadores de Concurso Completo de Equitação.
Está também em fase final o estudo a nível do CSP o estudo sobre
Treinadores de TREC.
Formação de Técnicos de Saúde e Educação em
Terapêutica
Equitação
Este curso nasceu da verificação prática de que faltava uma pedra basilar
na estrutura de uma equipa de Equitação Terapêutica: Já tínhamos os
Docentes de Equitação Terapêutica (coordenadores de equipa), já tínhamos os
Auxiliares de Equitação Terapêutica, que prestam os serviços de apoio às
equipas, mas os técnicos de saúde, elementos essenciais na acção terapêutica
das equipas, eram agentes externos, convocados quase avulso, sem os
necessários conhecimentos equestres e que dificilmente poderiam contribuir
para a coesão da equipa.
Assim, foi criado um novo curso por módulos (4), com uma carga horária
de 128 horas.
O primeiro destes cursos teve início em Fevereiro do corrente ano, mas já
está a decorrer, em sobreposição, um segundo.
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O recurso a cursos fraccionados (módulos), vem permitindo que cursos
iguais possam decorrer em sobreposição, desde que haja disponibilidade
de formadores no Corpo Docente da Escola e de recursos materiais e
animais nos Pólos.
INTERNACIONALIZAÇÃO DA ENE
O primeiro passo para a internacionalização da ENE foi dado logo na data
da sua constituição, ao acompanharmos a FEP na sua adesão ao
International Group for Equestrian Qualification (IGEQ).
Tem vindo a aprofundar-se a colaboração com a Federação Equestre
Portuguesa nos relacionamentos com aquela associação internacional,
nomeadamente no estabelecimento dos perfis profissionais em Portugal e na
sua conexão com as tabelas e respectivas especificações do IGEQ.
Na lista dos novos pólos da ENE figura o Institute du Cheval et de
L’Equitation Portugaise. Este Instituto tem como objectivos:
• Promover o património equestre português
• Divulgar a Equitação de Tradição Portuguesa
• Revelar o património cultural português através da equitação
• Formar profissionais de equitação de tradição portuguesa
• Desenvolver o estudo e a pesquisa sobre o património equestre português
• Valorizar as raças de cavalos, poneys e outros equídeos portugueses
• Desenvolver o intercâmbio no plano equestre entre a França e Portugal.
A sede do Instituto é em Paris e propõe-se estabelecer uma rede de
Escolas de Equitação Portuguesa, distribuídas pelo território francês
A Direcção da ENE considerou este projecto de grande interesse e
acedeu à pretensão que lhe foi formulada para certificar este Instituto como
representante da Escola Nacional de Equitação para o mercado francês.
Para isso já realizou, num dos nossos Pólos regionais (Almeirim) um curso
experimental de Ajudante de Monitor de Equitação de Tradição Portuguesa
(Grau I), com a participação de 7 alunos, sendo um português, uma
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dinamarquesa e cinco franceses. Dessa experiência vai nascer dentro de dias
a respectiva NEF que, logo seja consolidada e aprovada pela FEP, passará a
integrar o POFFTE.
A oportunidade desta ligação não poderia ser maior, na medida em que
coincidiu com a constituição, ao nível do CSP de um Grupo de Trabalho, que
tem em fase adiantada o projecto das carreiras profissionais inerentes à
Equitação de Tradição Portuguesa.
A ENE tem obrigação de se colocar na primeira linha da divulgação e
desenvolvimento da Equitação de Tradição Portuguesa em Portugal e em todo
o mundo, tendo bem presente os reflexos que estas iniciativas terão na
melhoria dos seus próprios produtos nacionais, nos efeitos económicos e
culturais para a nossa própria criação e no apoio a dar aos criadores nacionais
e estrangeiros do nosso cavalo Lusitano, que vem demonstrando ultimamente,
com novos produtos, grande aptidão para a Dressage
Já se encontra em laboraçã a transformação, em curso, do SITE e da
Newsletter da ENE em conteúdo bilingue.
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PROPOSTA DE ADESÃO À EEN
A Escola Nacional de Equitação vem propor a sua adesão à Equestrian
Educational Network, por entender que pode contribuir para o enriquecimento de
experiências formativas nas diversas disciplinas e actividades equestres, numa
plataforma de cooperação próxima com as restantes escolas da rede, procurando a
melhoria da qualidade da formação, o desenvolvimento dos métodos pedagógicos e
a participação no desenvolvimento de projectos, através da partilha de informação,
difundida pela internet, na realização de seminários, meetings e workshops, na troca
de formandos e de formadores e na participação em grupos de trabalho.
Portugal, através da ENE, para além da colaboração acima referida, pode
ainda contribuir para o desenvolvimento das modalidades com as quais tem especial
afinidade, tais como a Equitação de Trabalho e a Equitação de Tradição Portuguesa
promovendo a divulgação destas modalidades no que respeita à formação de
técnicos, formadores e cavaleiros e as respectivas competições.
Lisboa, 13 de Julho de 2009
Pela Direcção
João Bilstein de Sequeira
Director
Maria Violante Salazar Lebre
Subdirectora
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