Carta intestata Cityforum
Transcrição
Pompéia, 30 de Abril de 1996 Discurse na ocasião do cidadão honorário de Pompéia a Chiara Lubich Excelências, senhor Prefeito, senhoras, senhores, irmãos e irmãs, um grande agradecimento por esta honra que me foi concedida: ser "cidadã de Pompéia". É um agradecimento sincero, que brota do profundo do meu coração, porque ser cidadã de Pompéia me dá a maravilhosa impressão (que é uma realidade) de ter vindo a fazer parte da cidade de Maria. Isso para mim é um grande dom, porque - como já foi dito na motivação - na minha vida (e eu acrescento: naquilo que represento) Maria ocupa, sem sombra de dúvida, um lugar central. Por isso a "marianidade" no nosso Movimento tem uma razão de ser. Por quê? Permitam que eu o ilustre em poucas palavras. Em primeiro lugar porque Maria é, depois de Deus, de certa forma tudo para mim e para nós. Em virtude de um carisma particular, de fato, que podemos definir "mariano" (carisma que recebemos há cinqüenta anos, dando origem e depois desenvolvendo o Movimento dos Focolares), pudemos ter uma compreensão profunda e, em certo sentido, nova da Virgem Santa, da Mãe de Deus. Desse modo, ela está no centro dos nossos pensamentos, da nossa vida, dos nossos afetos e também dos nossos estudos. E nós procuramos honrá-la não só nas suas esplêndidas prerrogativas (...) mas também nos esforçamos, com a ajuda de Deus, por imitá-la nas diversas etapas da sua vida, segundo o nosso estado de vida e idade, como criança já toda voltada para Deus, como jovem, como noiva, ou esposa, ou virgem, ou viúva. E nos colocamos em suas mãos, esperando que se verifique, também em nós, o efeito mencionado por santos como São Luís Grignon de Montfort e Maximiliano Kolbe: uma sua singular presença na nossa alma, de forma que tudo o que se faz seja, de alguma forma, obra sua. Além disso, o Movimento dos Focolares, do qual eu e nós fazemos parte (e é esta a segunda motivação que determina a entrega da cidadania honorária a mim) nada mais é que obra sua, de Maria. De fato, o nosso Movimento foi aprovado pela Igreja com o nome de "Obra de Maria". (...) Sim, Maria é modelo para nós, para as nossas comunidades, para a Obra inteira, que representa uma realidade mariana, presente no mundo todo, onde as suas maravilhosas virtudes resplandecem continuamente e a sua materna ação se estende em benefício dos homens de hoje e sobretudo dos necessitados. E é por isso - e estamos na terceira motivação - que quem faz parte desta Obra pode ser definido (sem algum mérito pessoal, é claro, mas por graça de Deus) "mulher" ou homem "da paz". De que paz? Daquela mais verdadeira, mais eficaz, mais duradoura, mais fecunda, a paz que é Jesus mesmo, o Rei, o Príncipe da paz. E de Jesus aqui se trata, que nasce no mundo, "gerado" espiritualmente, como diria Paulo VI. "Onde dois ou três estiverem reunidos em seu nome...", ou seja, no seu amor, Cristo está no meio deles (cf Mt 18, 20). E o Movimento quer levar por toda a parte Jesus ao mundo, como Maria. Todos os dias eu também me esforço por ter Jesus entre nós e com muitos, para que a sua paz, a mais segura, seja garantida para o maior número de pessoas. Então, obrigada mais uma vez por este privilégio que me foi concedido e que Maria abençoe todos os senhores, sobretudo quem teve a idéia de me conceder tal reconhecimento. Que Maria nos envolva a todos com o seu manto e continue a operar, nesta nossa cidade, no campo religioso e civil, milagres de paz, de bondade, de conversões, de obras. Chiara Lubich
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