escola superior aberta do brasil - esab curso de pós

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escola superior aberta do brasil - esab curso de pós
ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL - ESAB
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENGENHARIA DE
SISTEMAS
RAFAEL VERÃO FRANÇOZO
USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO COMO
AGENTE FACILITADOR DO APRENDIZADO – UM ESTUDO DE
CASO
VILA VELHA – ES
2012
RAFAEL VERÃO FRANÇOZO
USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO COMO
AGENTE FACILITADOR DO APRENDIZADO – UM ESTUDO DE
CASO
Monografia apresentada ao Curso de
Pós-Graduação em Engenharia de
Sistemas da Escola Superior Aberta do
Brasil como requisito para obtenção do
título de Especialista em Engenharia de
Sistemas, sob orientação da Profª.
Janaina Costa Binda.
VILA VELHA – ES
2012
RAFAEL VERÃO FRANÇOZO
USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO COMO
AGENTE FACILITADOR DO APRENDIZADO – UM ESTUDO DE
CASO
Monografia aprovada em ….. de ….................... de 2012.
Banca Examinadora
VILA VELHA – ES
2012
DEDICATÓRIA
A todos os profissionais de educação e tecnologia da informação, aos meus colegas
de trabalhos, alunos, e àqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a
realização desse trabalho.
AGRADECIMENTOS
A Deus por me presentear com a vida, minha avó Clarice, e a minha futura esposa,
Vanessa Nascimento Braga, com todo carinho.
“A nossa maior glória não reside no fato
de
nunca
cairmos,
mas
sim
em
levantarmo-nos sempre depois de cada
queda.” Confúcio
RESUMO
O presente trabalho abordará o tema “Uso de Recursos Tecnológicos na Educação
como Agente Facilitador do Aprendizado – um Estudo de Caso”, o método de
pesquisa exploratório foi empregado, levantando-se informações acerca da inserção
das tecnologias de informação e comunicação, por meio de livros, artigos, teses,
dissertações, etc. O objetivo principal desta pesquisa é analisar o uso dos recursos
tecnológicos disponíveis atualmente e as tendências futuras, a fim de comprovar sua
eficácia na formação profissional dos estudantes. Abordando assuntos como prática
pedagógica, tendências pedagógicas e tecnologias da informação e comunicação
(TICs), percebeu-se que as novas tecnologias estão sendo cada vez mais
incorporadas no processo educativo.Com essa análise foi possível identificar que as
tecnologias de informação e comunicação apesar de perceberem resistências estão
se disseminando por todo o sistema educacional, dando origem a novas técnicas de
ensino, estimulando os alunos na reflexão crítica da realidade em que vivem, além
de estimular e transformar o professor em um orientador, mediador, que caminha
junto com o aluno em busca da construção do conhecimento.
Palavras-chave: Prática pedagógica.
Tecnologia de informação e comunicação.
Processo
de
ensino-aprendizagem.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8
2. TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO ........................................................................... 11
2.1. DEFINIÇÃO DE TECNOLOGIA .............................................................................. 11
2.2. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL ......................... 12
2.3. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA SOCIEDADE ATUAL .......................... 14
3. A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ...................16
3.1. A PRÁTICA PEDAGÓGICA .................................................................................... 16
3.2. A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ....................................................................... 17
3.3. A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL .................................................. 19
3.4. O PAPEL DO PROFESSOR NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ................... 20
4. SOFTWARES EDUCACIONAIS ........................................................................ 23
4.1. FERRAMENTA DE MAPAS CONCEITUAIS CMAP TOOLS .............................. 23
4.2. COMUNICADOR INSTANTÂNEO NETMEETING. .............................................. 24
4.3. PROGRAMA DE GRÁFICOS MATEMÁTICOS – WINPLOT .............................. 26
4.4. PLANILHA ELETRÔNICA EXCEL 2007 ................................................................ 27
4.5. PROCESSADOR DE TEXTOS WORD 2007........................................................ 29
4.6. LINUX EDUCACIONAL E FERRAMENTAS DO KDEDU .................................... 30
4.7. SOFTWARES PARA ACESSIBILIDADE DOSVOX, NVDA, JAWS E VIRTUAL
VISION ............................................................................................................................... 33
4.8. DOSVOX ................................................................................................................... 34
4.10. VIRTUAL VISION ..................................................................................................... 36
4.11. NVDA......................................................................................................................... 36
5. INOVAÇÃO E TECNOLOGIA EM SALA DE AULA .......................................... 38
5.1. EDUCADORES INOVADORES ............................................................................. 38
5.2. PROGRAMA DE INOVAÇÃO COM TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS – PITE39
6. RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPO........................................................43
6.1. DESCRIÇÕES DAS AULAS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA.............. 43
6.1.1.
Objetivos Da Pesquisa ..................................................................................... 44
6.1.2.
Metodologia Da Pesquisa ................................................................................ 44
6.1.3.
Sujeitos Da Pesquisa........................................................................................ 44
6.1.4.
Processo De Amostragem E Coleta De Dados............................................ 45
6.1.5.
Analise E Interpretação Dos Dados................................................................... 55
Função do 2° Grau ............................................................................................................ 55
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 57
8. REFERENCIAS .................................................................................................. 59
APENDICE I – ATIVIDADE ELABORADA PARA APLICAÇÃO NO LI ...................61
8
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda o seguinte tema: Uso de Recursos Tecnológicos na
Educação como Agente Facilitador do Aprendizado – Um Estudo de Caso, com o
objetivo de analisar o uso dos recursos tecnológicos disponíveis atualmente e
comprovar sua eficácia na formação profissional dos estudantes.
Este tema foi escolhido em virtude da rápida expansão e constante redução dos
custos dos recursos das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s), bem
como popularização e possibilidades quase que infinitas de aplicações e recursos
práticos para pessoas portadoras de necessidades especiais e apesar de todas as
possibilidades ainda possuem grande resistência por parte dos docentes mesmo
com muita aceitação pelos discentes, espera-se que este trabalho possa servir como
uma fonte de apoio aos docentes interessado em utilizar os recursos das TIC’s em
suas atividades curriculares.
O problema consiste em analisar as seguintes questões: Quais as ferramentas de
apoio as aprendizagens disponíveis na atualidade? E comprovar a sua eficiência no
desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Este trabalho não visa colocar os recursos das TIC’s como solução definitiva e
melhor alternativa ao processo de aprendizagem dos estudantes, e sim apresentar
alternativas viáveis em eficiência e custo aos recursos tradicionais como quadronegro, giz, livro didático entre outros.
Para responder essas questões são levantados os seguintes objetivos específicos:
Identificar os recursos tecnológicos disponíveis atualmente entre infra-estrutura,
hardware e software; descrever a possibilidade de associação dos recursos
tecnológicos para melhorar o processo de ensino-aprendizagem nas escolas e
relatar as tendências futuras no uso dessas ferramentas.
9
A metodologia da pesquisa a ser realizada se propõe, quando ao objetivo como
pesquisa exploratória no intuito de aprofundar-se no conhecimento do problema.
Quanto ao procedimento, será pesquisa de fonte de papel e digital, como
publicações em livros, periódicos, revistas e monografias. Quanto ao objeto, a
pesquisa será bibliográfica com uso de fontes bibliográficas e uma pesquisa de
campo realizada em um laboratório de informática com estudantes do 1° ano do
ensino médio, abordando temas de matemática e desenvolvimento das soluções
com as ferramentas disponíveis no computador.
A expansão tecnológica vem suscitando modificações sociais, políticas, econômicas
e culturais, inserindo no âmbito educacional o uso de recursos digitais que
contribuem para novas reflexões sobre a práxis pedagógica e o aprimoramento do
processo de ensino-aprendizagem.
A escola, como instituição voltada para a formação do cidadão e como ambiente
facilitador do conhecimento, não poderia estar aquém das mudanças, devendo
contextualizar a realidade atual com as realidades vivenciadas pelos alunos, para
que perceba o seu cotidiano mais próximo do ambiente escolar em que estão
inseridos.
O presente trabalho está dividido em cinco capítulos: O primeiro – Tecnologia e
Educação; faz uma breve definição de tecnologia e traz um resgate históricofilosófico das tecnologias associadas à educação.
Em seguida o capitulo A Prática Pedagógica na Sociedade da Informação, define
prática pedagógica e seus períodos de acordo com a visão de Saviani, traz um
resgate histórico do uso das TIC’s na educação no Brasil e uma visão critica do
papel do professor dentro desse contexto.
O capitulo seguinte – Softwares Educacionais apresenta algumas opções de
software que podem ser utilizados em um ambiente escolar, e apresenta algumas
opções
de
softwares
para
portadores
especificamente, deficientes visuais.
de
necessidades
especiais,
mais
10
O penúltimo capítulo – Inovação e Tecnologia em Sala de Aula apresentam
programas que buscam inovação em recursos tecnológicos para serem aplicados no
meio educacional, neste capítulo faço a apresentação do Programa de Inovação em
Tecnologias Educacionais – PITE, programa do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial – SENAI, programa este em que desenvolvi um projeto intitulado de Lousa
Digital de Baixo Custo.
No ultimo capitulo deste trabalho relato as experiências e resultado de uma pesquisa
de campo feita com estudantes do ensino regular, onde alguns temas de matemática
foram trabalhados no laboratório de informática, a fim de comprovar a eficácia dos
recursos tecnológicos na educação.
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2. TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
2.1. DEFINIÇÃO DE TECNOLOGIA
A palavra tecnologia provem do grego téchnelogos, onde téchne significa arte,
destreza; e logos significa fala, palavra, para os gregos o conceito de fala é
compreendido como “razão”. Assim téchne era considerada como a arte de fazer
algo, com procedimentos definidos para um fazer intencional. Heródoto (485 a.C.)
fez a primeira abordagem do conceito de téchne, definindo-o como “um saber fazer
de forma eficaz”(KLEIS, 2010).
Tecnologia significa: “[...] tratado das artes em geral; explicação dos termos técnicos
que se referem a uma arte ou ciência; vocabulário privativo das ciências, artes e
indústrias” (DICIONÁRIO BRASILEIRO GLOBO DA LÍNGUA PORTUGUESA, 1998,
p.595).
Para Chaves (2003), o termo tecnologia está relacionado a tudo aquilo que o ser
humano inventou, seja em termos de artefato como em termos de métodos e
técnicas a fim de se estender a capacidade física, sensorial, motora ou mental com
os objetivos de facilitar e simplificar o trabalho ou ainda, torná-lo mais eficaz.
De acordo com Kneller (1980, p.245-256), “a tecnologia é essencialmente uma
atividade prática, a qual consiste mais em alterar do que em compreender o mundo.
Onde a ciência persegue a verdade, a tecnologia prega a eficiência”. Assim como a
ciência, a tecnologia é uma entidade bastante complexa baseada em fenômenos de
várias espécies como técnicas, agentes, conhecimentos, produtos, instituições etc.
Sancho (1998) reforça as questões apresentadas até aqui e define a tecnologia
como produção inerente ao ser humano, sendo uma forma de pensar e agir sobre a
natureza.
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Com base em Sancho (1998), Brito e Purificação (2006, p.19) fazem uma
classificação das tecnologias em três grupos principais:
- Físicas – Tecnologias físicas são as tecnologias instrumentais presentes
em nosso cotidiano, podendo ser simples como um lápis, uma caneta ou um
livro, ou sofisticadas como computadores, dispositivos portáteis e satélites.
- Organizadoras – São as diferentes maneiras como se organiza o indivíduo
com o grupo, como os grupos se organizam entre si, com o mundo e ainda
como estão organizados dentro dos vários sistemas produtivos.
- Simbólicas – Relacionadas com as diversas formas de comunicação e
interação em indivíduos e grupos, como a estrutura dos idiomas escritos e
falados de acordo com os seus interesses e necessidades.
Assim percebemos que o conceito de sociedade está intimamente ligado ao conceito
de sociedade, sendo, portanto, inerente ao individuo e aos processos de ensinoaprendizagem, ou seja, ao planejamento escolar, ao fazer e pensar dos educadores
aos quais definem a intenção da escola e de seus membros, devendo orientar a
concepção e o uso das tecnologias.
2.2. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Saettler (1968) em The physicalscienceconcept, fez as primeiras definições de
tecnologia aplicada à educação, onde define a tecnologia educacional como um
procedimento no qual:
Focaliza os vários meios com ajudas para o ensino e tende se preocupar
com os efeitos dos equipamentos e das técnicas mais do que com as
diferenças individuais ou a seleção do conteúdo instrucional (SATTLER,
1968, p. 2).
Diezeude (1970) define tecnologia educacional como:
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Por tecnologia educacional entende-se essencialmente o conjunto de
esforços intelectuais e operacionais realizados faz alguns anos para
reagrupar, ordenar e sistematizar a aplicação dos métodos científicos à
organização de conjuntos de equipamentos e materiais novos de modo a
otimizar os processos de aprendizagem (DIEZEUDE, 1970, p.1)
A sociedade cada vez mais anseia por inovações nos meios didático-pedagógicos e
das reflexões a respeito de suas práticas gerando novos desafios aos educadores e
instituições educacionais ao mesmo tempo em que amadurecem as concepções de
educação, das exigências do mundo do trabalho, do papel do educador, e a
consciência de que a prática educacional é orientada para alcançar objetivos
educativos de maneira sistemática e intencional. Dentro deste contexto, os conceitos
de tecnologia educacional, se tornam cada vez mais complexos. Os conceitos a
seguir apresentam essa complexidade e aprimoramentos:
Crochick (1998, p.65) afirma:
A tecnologia educacional constitui o conjunto de processos, métodos e
técnicas para enfrentar os problemas da práxis educativa e para favorecer a
dinâmica da aprendizagem, conforme as diretrizes de um projeto
acadêmico-curricular inserido e comprometido com um projeto históricopedagógico.
Ao refletir sobre as básicas funções da educação, Sancho (1998, p.39) afirma que:
As próprias escolas são uma tecnologia, uma necessidade de proporcionar
educação a todos os cidadãos e cidadãs de certas idades. (...) a educação
pode ser concebida como uma tecnologia social e um educador como um
tecnólogo da educação. Assim, professores ou os teóricos da educação que
só parecem estar dispostos a utilizar e considerar as tecnologias (artificiais,
organizadoras e simbólicas) que conhecem, dominam e com as que se
sentem minimamente seguros, por considerá-las não (ou menos)
perniciosas, não prestando atenção às produzidas e utilizadas na
contemporaneidade, estão, no mínimo, dificultando aos seus alunos a
compreensão da cultura do seu tempo e desenvolvimento do juízo crítico
sobre elas.
Mais tarde, o próprio Sancho (2001, p.48) afirma de forma mais simples e genérica:
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[...] o que professores fazem a cada dia de sua vida profissional para
enfrentar o problema de ter de ensinar um grupo de estudantes
determinados conteúdos, durante certo tempo, com o fim de alcançar
determinadas metas, é conhecimento na ação, é tecnologia... Todos
utilizam alguma tecnologia em suas aulas.
Essas são apenas algumas visões conceituais de alguns estudiosos em a respeito
de tecnologias educacionais, que ainda podem ser vista como conceitos
complementares.
Partindo desse entendimento, espera-se que a tecnologia educacional colabore com
as demais etapas que compõe o processo educacional para o alcance de seus
objetivos e metas.
2.3. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA SOCIEDADE ATUAL
As tecnologias atuais permitem a comunicação entre as pessoas em tempo real,
com imagem e áudio de tal forma como se estivesse lado a lado, pessoas de vários
continentes podem se comunicar de forma instantânea, ou mesmo deixar
mensagens que possam ser visualizadas posteriormente, comentadas e então
replicadas, é dessa forma que funcionam os inúmeros fóruns e listas de discussão
existentes na internet, de forma que as pessoas podem colaborar umas com as
outras relatando suas experiências com situações parecidas, atualmente os
estudantes não precisam se reunir em um ambiente como a casa de um colega para
fazer um trabalho, pois podem fazer isso por meio do computador com uma conexão
de internet e ainda o próprio professor pode fazer parte deste debate.
Chaves (1998, p. 49) afirma: “[...] o computador está aproximando as pessoas, ao
eliminar a distância física entre elas. O computador está derrubando as paredes de
nossas salas de aulas e os muros de nossas escolas”.
Com os avanços diversas barreiras, antes consideradas intransponíveis, começam a
ser superadas, novas oportunidades e novos desafios surgem a cada dia, e dentro
15
deste contexto a educação ganha novas possibilidades e começa a alcançar, formar
e capacitar pessoas até mesmo nos lugares mais distantes, como pequenas cidades
afastadas de grandes centros e áreas rurais.
D’Oliveira (2004) faz um comparativo de publico entre os principais meios de
comunicação do ser humano, onde o rádio levou 38 anos para alcançar um publico
de 50 milhões de pessoas, a televisão precisou de 13 anos para alcançar o mesmo
publico, não comparação com a internet que precisou de apenas 4 anos para atingir
o mesmo publico.
Com a revolução que as TIC’s vêm proporcionando a sociedade atual é possível
perceber o quanto esta já foi modificada nos últimos anos, com relação às
modificações dos últimos séculos. Drucker (2003, p.214) faz uma pergunta a qual
ele mesmo oferece a resposta:
Será que os computadores e a nova tecnologia juntas produzirão uma
explosão semelhante [à que aconteceu nos séculos XV-XVIII] na vontade de
aprender? Qualquer pessoa que tenha visto um garotinho de sete ou oito
anos passar horas diante de um programa de matemática num computador,
ou mesmo uma criança ainda menor assistindo ‘ Vila Sésamo’ , sabe que a
pólvora para tal explosão está se acumulando. Mesmo que as escolas
façam o máximo possível para abafá-la, a alegria de aprender gerada pelas
novas tecnologias terá o seu impacto. Nos Estados Unidos e no Japão, as
escolas, depois de trinta anos de feroz resistência às novas tecnologias,
mostram-se cada vez mais dispostas a empregá-las, a incorporá-las em
seus métodos de ensino e a criarem o desejo de aprender que, em última
análise, é a essência da educação.
De fato o como citado na ultima frase: desejo de aprender é essencial para a
educação, o desenvolvimento da educação nos leva a reflexões apuradas a
respeito do próprio estado da nação, pois o futuro de uma nação está no passado de
sua infância.
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3. A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
3.1. A PRÁTICA PEDAGÓGICA
O Dicionário Brasileiro Globo da Língua Portuguesa (1998) define prática como:
Ato ou efeito de praticar; pequeno discurso; palestra; conferência;
conversação; experiência; tirocínio; exercício; uso; costume; maneira de
proceder; aplicação das regras e princípios de uma arte ou ciência; saber
resultante da experiência; (mar.) licença dada a navegantes para se
comunicarem com terra.
A prática pedagógica é, portanto a aplicação de regras e princípios da arte da
educação, a arte de ensinar e criar resultados colaborativos.
De acordo com o contexto social e a realidade de uma determinada sociedade em
uma região ou mesmo em nível global, as concepções das idéias pedagógicas estão
em um processo constante de mudanças. Saviani (2008) agrupa as evoluções das
idéias pedagógicas no Brasil em quatro períodos, de acordo com determinados
marcos que modificam os rumos da educação:
1° Período (1529-1759): Destaca-se neste período a institucionalização da
pedagogia jesuítica e o monopólio religioso na educação e pedagógica baseada na
doutrina dos jesuítas.
2° Período (1759-1932): Onde a pedagogia religiosa passa a coexistir com a
educação leiga. Esse período é marcado pela pedagogia pombalina e pelas idéias
do despotismo esclarecido.
3° Período (1932-1969): Período onde a pedagogia nova passa a ser
predominante, coexistindo com a pedagogia tradicional inicialmente, crise na
pedagogia nova e introdução a pedagogia tecnicista.
4° Período (1969-2001): Este período é marcado pelo predomínio da
pedagogia tecnicista, regulamentação do Plano Nacional de Educação (PNE) de 9
de janeiro de 2001.
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Essa periodização mostra que a pedagogia é um processo em constante evolução,
em intervalos de tempo cada vez menores, tal como as tecnologias da informação e
comunicação.
Chaves (1998), destaca que a pedagogia acompanha as modificações da sociedade
e suas inovações, no século XV o advento do livro impresso permitiu as pessoas
que adquirissem o conhecimento sem necessariamente a intervenção de um mestre,
disseminando o conhecimento, permitindo o auto-aprendizado sistemático e o
ensino a distância. O advento do livro impresso permitiu ainda que fosse difundida
uma noção muito sábia, que mais importante do que memorizar grandes
quantidades de informações, é saber onde encontrá-las, de forma rápida e eficiente.
Drucker (1989, p.213) afirma:
Quarenta anos atrás Marshall McLuhan apontou pela primeira vez que não
foi a Renascença que transformou a universidade medieval, e sim o livro
impresso. ...Assim como o livro impresso era a ‘ alta tecnologia’ da
educação no século XV, também o computador, a televisão e o vídeocassete estão se tornando a alta tecnologia do século XX. Esta nova
tecnologia está fadada a ter um profundo impacto sobre as escolas e sobre
o modo como aprendemos.
Podemos comparar os impactos dos recursos das TIC’s aplicada a educação no
século XX, como os impactos do livro impresso como inovação tecnológica no
século XV.
3.2. A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
A sociedade em que vivemos atualmente tem como a informação seu produto de
maior valor é conhecida como “Sociedade da Informação”. Este termo surgiu no final
do século XX, muito em parte pelo rápido processo de globalização e
transformações que o mundo atravessa, uma grande parte dos ramos de atuação
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nas cidades está intimamente ligado ao processamento de dados e informações
(Sociedade da Informação, 2012).
Segundo Chaves (1998) com os recursos das TIC’s presente em praticamente todos
os segmentos da sociedade atual é natural levar em conta que também esteja
presente na educação e seja uma ferramenta da prática pedagógica dos professores
em todos os níveis da educação, desde o ensino básico até a pós-graduação, de
fato atualmente uma grande parte das escolas municipais, estaduais e federais,
assim como escolas particulares, possui laboratórios de informática.
Entretanto não é possível afirmar com a mesma certeza que esses recursos são
amplamente utilizados pelos docentes, seja por falta de segurança, de pericia, por
desconhecimento das ferramentas tecnológicas que podem auxiliar no processo de
ensino-aprendizagem ou ainda por receio de que estas ferramentas possam
substituir o profissional se sentindo intimidado por esses recursos, nesse sentido
Chaves (1998, p.15) afirma que:
[...] Em nível individual, muitos se sentem intimidados por computadores.
Sentem receio de que sua privacidade venha a ser invadida por eles, de
que informações importantes sobre suas vidas estejam sendo
armazenadas, sem seu conhecimento e sua autorização, em algum
computador do governo (ou de grandes empresas ou instituições não
governamentais e sem fins lucrativos), e possam, em algum momento, vir a
ser utilizadas contra eles próprios.
O uso das TIC’s permite o acesso à informação e a formação acadêmica em nível de
qualificação, técnico, graduação e até pós-graduação aos habitantes das regiões
mais distantes e carentes do Brasil, exemplo disso é a grande expansão das
universidades particulares na modalidade de ensino a distancia – EAD.
Pelo trabalho de KLEIS, (2010) é possível perceber que o mundo digital o que abre
várias possibilidades a toda a comunidade, e no âmbito educacional os recursos
tecnológicos, mais fortemente representados pelo computador e pela internet, abre
um leque de possibilidades que podem ser explorados pelos docentes,
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possibilidades que podem trazer para a vida do estudante fatos e situações
desconhecidas, um estudante do nordeste pode ter uma visão plena do Pantanal de
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com suas espécies de árvores e animais típicas
tão distintas de sua região, um professor de física e matemática pode demonstrar
mais claramente ao estudante situações e imagens tridimensionais com movimento,
algo impossível de ser feito em uma lousa convencional, mesmo um desenho
simples levaria muito mais tempo de ser desenvolvido do que em um software no
computador.
3.3. A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL
KLEIS, (2010) relata que as primeiras experiências do uso do computador na
educação no Brasil assim como em outros países se deu em um primeiro momento
em universidades a partir do inicio dos anos 70. No caso do Brasil mais
especificamente, o primeiro relato do uso do computador no meio acadêmico
ocorreu em 1971, na Universidade Federal de São Carlos, em um seminário a
respeito do uso de computadores no ensino da Física. No mesmo ano foi realizada
no Rio de Janeiro a Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em Educação
Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE), evento promovido pelo Conselho de
Reitores das Universidades Brasileiras.
Valente, (1998) relata que o uso das TIC’s na educação ganhou força na década de
80, graças ao avanço tecnológico que iniciou a popularização dos computadores
pessoais. Valente, (1998) ainda destaca que a Universidade de Brasília (UNB) foi
sede do primeiro e do segundo Seminário Nacional de Informática na Educação.
De acordo com Valente, (1998) esses seminários deram origem ao programa de
ações que estabeleceu o Educom que, por sua vez, permitiu a formação de
pesquisadores nas universidades e de docentes das escolas públicas, que permitiu
uma série de ações do MEC, com destaque maior para o Programa Nacional de
20
Informática na Educação – Proinfo, um programa vinculado a Secretaria de
Educação à Distância – SEED.
(Valente, 1998) ainda afirma que o Proinfo é sem duvidas a maior programa do
governo relacionado à educação e tecnologia.O programa implantou Núcleos de
Tecnologia Educacional – NTE’s em todas as capitais de todos os estados
brasileiros e nos principais municípios. Entre as ações dos NTE’s destaque para a
ampliação dos laboratórios de informática e adoção do sistema operacional Linux
como padrão nos computadores das escolas com a utilização da distribuição Linux
Educacional.
Os avanços conduzidos na utilização das TIC’s na educação do Brasil tornam nosso
país como referência, Valente (1998, p.20) afirma que:
A análise das ações e políticas de Informática na Educação realizadas no
Brasil nos permite afirmar que, inquestionavelmente, temos conhecimento e
experiências sobre Informática na Educação instalados nas diversas
instituições do País. Temos uma abordagem muito particular de atuação
nessa área e acumulado conhecimento e experiências que permitem ao
Proinfo realizar as atividades e assumir as metas planejadas. Claro que não
se está ignorando o que é realizado em outros países, mas toda a
informação e experiência que estão sendo utilizadas pelos diferentes
elementos que atuam no programa – multiplicadores, professores, técnicos
e administradores –são fruto do trabalho que foi desenvolvido nessa área,
no Brasil
3.4. O PAPEL DO PROFESSOR NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Para Sette; Sette e Aguiar. (1998), com grandes e rápidas mudanças na sociedade
da informação, não é uma tarefa fácil para um professor adotar novas tecnologias,
especialmente se em sua formação curricular não houve nenhum contato com um
computador ou outra forma de tecnologia. O estudante espera que o professor seja
capaz de sanar todos os seus questionamentos, ao passo que muitos professores
não têm contato algum com informática em virtude da natureza recente das
tecnologias da informação.
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Sette; Sette e Aguiar. (1998), ainda comentam a respeito do pouco interesse do
professores pelos recursos de tecnologia da informação:
Uma explicação para o pouco interesse demonstrado pelos educadores
sobre o tema talvez repouse no fato de que, como foi visto anteriormente, a
experiência brasileira em Informática na Educação é recente, se comparada
com outras áreas do conhecimento. Datam do final dos anos 60 as
primeiras incursões práticas na área. Em 1968, foi realizada uma
experiência-piloto, talvez pioneira no país, com um grupo de jovens
adolescentes das escolas de ensino médio do Recife (PE), no âmbito do
Cecine (Centro de Ciências do Nordeste), instância da Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE). Na década de 70, a Informática foi introduzida em
algumas universidades brasileiras, mas as experiências realizadas durante
os anos 80 alcançaram divulgação limitada.
Para Sette; Sette e Aguiar, (1998), mesmo com toda mudança e disponibilidade de
recursos computacionais oferecidos aos professores e formadores, uma boa parte
ainda segue o modelo tradicional, utilizando quadro, giz, material impresso, que são
as inovações tecnológicas do século XV, ainda há muita resistência a plena adoção
das TIC’s na educação. Sette;
Sette; Sette e Aguiar, (1998, p.35) reforçam essa visão:
Apesar das mudanças na Educação provocadas pelo uso do software, a
cultura do modelo tradicional ainda está presente, mesmo nos cursos de
capacitação de professores. Observam-se sempre cobranças com respeito
ao oferecimento de materiais impressos, textos de apoio etc. No caso de
software, considera-se que as orientações podem ser supridas pelo próprio
programa, quer seja na forma de auxílio (help), quer seja durante a
apresentação do mesmo. E pode-se providenciar material básico que
permita o acesso ao software, mas com a prática isso torna-se
perfeitamente dispensável.
Ainda de acordo com Sette; Sette e Aguiar, (1998). O ser humano ainda possui o
receio de forma quase que natural de ser substituído pelas máquinas, fato que
realmente acontece e muito durante a revolução industrial, nesse sentido o professor
enxerga o computador não como uma ferramenta, mas sim como um inimigo que
venha a substituí-lo.
22
Outro receio é de que os estudantes deixem de desenvolver o pensamento e o
raciocínio lógico, ficando preso a utilização dos recursos tecnológicos para a análise
e resolução de questões, buscando em referências a resposta para questões
educacionais, Chaves (1998, p.62) nos ajuda a compreender esse receio:
Uma das principais objeções ao uso do computador na educação (ou ao
uso exagerado do computador em casa) é a de que o contato constante
com o computador poderia levar a criança a desenvolver formas de pensar
“mecanizadas” ou “maquinais”. Se Marshall McLuhan está certo quando
afirma que “o meio é a mensagem”, as crianças poderiam estar
aprendendo, em seu contato com o computador, que pensar é pensar como
o computador “pensa”, isto é, sem ambigüidades, de forma rigorosamente
lógica, e por fim, num modelo “binário”, isto é, analisando as coisas sempre
“duas a duas”.
O papel do formador é fundamental na utilização dos softwares educacionais,
focados no contexto social. Nesse contexto Sette (1999, p.20) nos ajuda a
compreender o papel do professor:
O software é apenas uma ferramenta. E o professor tem papel
preponderante em sua inserção no processo educacional. Desse modo, ele
deve ser parte ativa em todas as etapas referentes ao uso do software na
Educação: acesso, análise, experimentação, aquisição, utilização, avaliação
e produção.
Para Sette; Sette e Aguiar. (1998), o professor possui um papel fundamental,
entretanto se faz necessário a sua qualificação e capacitação, bem como a
padronização das ferramentas de softwares e hardwares nos laboratórios das
escolas, o professor não é um especialista em computação que possa realizar
manutenção nos equipamentos, e sim um profissional que deva saber mediar os
conteúdos formativos com os recursos tecnológicos.
23
4. SOFTWARES EDUCACIONAIS
De acordo com o seu uso, qualquer software pode ser tornar educativo, entretanto
existem as soluções próprias, desenvolvidas especificamente com a finalidade de
ser utilizada no campo da educação.
Dentre as inúmeras opções de uso de softwares para uso educacional, destaco
neste trabalho os softwares: CmapTools, NetMeeting, Winplot, Microsoft Excel e
Word 2007, que foram utilizados na pesquisa de campo, também será abordado o
pacote de ferramentas educacionais KDEdu disponível para a interface gráfica KDE
que pode ser utilizada em sistemas operacionais Linux e BSD alem de variantes
destes sistemas e que acompanha o sistema operacional Linux Educacional adotado
pelo ministério da educação para informatização das escolas publicas.
Destaco também alguns softwares especiais como o DosVox, NVDA, Jaws e Virtual
Vision que são ferramentas disponíveis para a inclusão de deficientes visuais aos
recursos das TIC’s libertando esse publico do Braille em que existem muito poucas
publicações nesse formato limitando muito o acesso a informação dos deficientes
visuais.
4.1. FERRAMENTA DE MAPAS CONCEITUAIS CMAP TOOLS
Cabral (2003), resalta que o Cmap Tools é uma ferramenta gratuita para a
elaboração de mapas conceituais, com a finalidade de expor a representação dos
conhecimentos, o uso dessa ferramenta é interessante para que o aluno represente
o grau de conhecimento dele a respeito de um determinado assunto antes e depois
de receber as orientações do professor, dessa forma é possível avaliar qual o grau
de conhecimento adquirido pelo estudante, uma forma alternativa as avaliações e
provas escritas que nem sempre representam o desenvolvimento do estudante.
24
O CmapTools é um software para plataforma Windows®, desenvolvido pela IHCM e
pode
ser
adquirido
gratuitamente
pelo
endereço
eletrônico
http://cmap.ihmc.us/download/, a ultima versão disponível é 5.04.02 com tamanho
aproximado de 70Mb.
O CmapTools não possui especificações oficiais sobre requisitos mínimos de
configuração de hardware para poder ser utilizado, entretanto nos testes de
laboratório o software rodou sem problemas em um microcomputador com 512Mb de
memória RAM e processador de 1Ghz.
Figura 1: Tela do cmaptools. Disponível em
http://www.netdownloads.com.br/upload/imagens_upload/01(883).jpg
acesso em 20/12/2012
4.2. COMUNICADOR INSTANTÂNEO NETMEETING.
O NetMeeting é um software de comunicação instantânea e compartilhamento de
trabalho padrão em sistemas Windows® até a versão 2002 – XP.
Uma das melhores características do NetMeeting é poder utilizá-lo com a rede local,
sem necessidade de conectividade a internet, alem disso o professor pode
compartilhar sua área de trabalho com as demais estações de trabalho e cada aluno
25
pode acompanhar o professor executando os passos de alguma lição simplesmente
fixando o olhar na tela do monitor, ainda podem ser realizadas videoconferências,
transmissão de áudio, compartilhamento de arquivos e intervenção no computador
remoto.
Figura 2: Tela do NetMeeting – disponível em:
http://www.microsoft.com/PRODUCTS/internet/netmeeting/demo/whitebd/Wht1.GIF
acesso em 20/12/2012
O NetMeeting pode substituir um quadro negro ou qualquer lousa em uma sala de
aula, exibindo para os estudantes o conteúdo disponível no computador do
professor, qualquer computador que esteja executando o sistema operacional
Windows® até a versão Vista pode executar o NetMeeting, para ser acionado em
computadores que estejam executando a versão XP e anteriores do Windows® pode
executar o NetMeeting apenas clicando no menu iniciar em seguida na opção
executar, na caixa de diálogo executar e digitar conf e clicar em ok, surgirá o
assistente de configuração, basta informar suas credenciais e rapidamente pode
começar a utilizá-lo. NETMEETING. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida:
Wikimedia
Foundation,
2011.
Disponível
em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=NetMeeting&oldid=25043321>. Acesso em:
28 jan. 2012.
26
4.3. PROGRAMA DE GRÁFICOS MATEMÁTICOS – WINPLOT
Em uma sala de aula tradicional com quadro negro, uma das maiores dificuldades
para um professor de matemática é sem duvida o desenho de gráficos e formas
geométricas, esta atividade consome um tempo considerável alem de geralmente
não ser muito preciso, por outro lado para o aluno não é tão simples compreender
uma fórmula de um gráfico como uma equação sem ter uma visualização do que de
fato está sendo desenvolvido. Questões como ponto mínimo de uma função, ponto
máximo, ponto de inflexão, concavidade entre outros. O Winplot é uma ferramenta
que auxilia de maneira simples e intuitiva a construção de gráficos 2D e 3D a partir
de funções matemáticas e possui opções de personalização do gráfico como cores e
textura das linhas.
Figura 3: Tela do Winplot – disponível em: http://faculty.matcmadison.edu/alehnen/winptut/repl024.gif
acesso em 20/12/2012
O Winplot é um software bastante leve, com menos de 1Mb é capaz de rodar até
mesmo em computadores com processadores 80486® e pouca memória RAM,
possui versões para todas as versões do sistema operacional Windows e pode ser
executado no Linux pelo emulador Wine, embora algumas versões deste sistema
operacional já venham com um aplicativo semelhante pré-instalado, em especial
27
aqueles que utilizam a interface gráfica do KDE. WINPLOT. In: WIKIPÉDIA, a
enciclopédia
livre.
Flórida:
Wikimedia
Foundation,
2010.
Disponível
em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Winplot&oldid=20989253>. Acesso em: 28
fev. 2012.
4.4. PLANILHA ELETRÔNICA EXCEL 2007
O Microsoft Office Excel 2007, ou qualquer outro software de planilhas eletrônicas
como o Calc do Open Office e o Gnumeric para plataforma Linux com o Gnome, são
excelentes ferramentas que podem ser utilizadas para a construção de raciocínio
lógico elaboração e desenvolvimento de fórmulas e funções matemáticas, planilhas,
gráficos entre outros aspectos.
A principal vantagem deste software se baseia no fato dele ser um dos mais
utilizados em computadores pessoais, especialmente dentro de empresas e no
mundo coorporativo, sendo, portanto acessível a partir de qualquer computador,
mesmo um estudante que não tenha um computador em casa, pode se dirigir a uma
Lan House e certamente terá acesso a este programa.
28
Figura 4: Tela do Excel – disponível em: http://www.onbyte.xeb.com.br/wpcontent/uploads/2011/07/excel2007_exemplo2.png
acesso em 20/12/2012
A utilização de planilhas eletrônicas em uma sala de aula aprimora o
desenvolvimento do raciocínio lógico ao mesmo tempo que familiariza o estudante
com o uso deste tipo de ferramenta, preparando o estudante para o mercado de
trabalho. Grande parte dos processos de seleção de grandes empresas possuem
provas práticas com o uso de planilhas eletrônicas.
O Microsoft Office Excel possui versões para todas as versões do sistema
operacional Windows e é um programa do pacote Office, não sendo um software
gratuito, entretanto existem vários outros semelhantes que são gratuitos, como os já
citados Calc do pacote Open Office disponível para Windows e Linux e o Gnumeric
exclusivo para sistemas Linux e que faz parte do sistema de interface gráfica
Gnome, que é padrão em sistemas Linux bastante populares como o Ubuntu.
MICROSOFT EXCEL. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia
Foundation,
2012.
Disponível
em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Microsoft_Excel&oldid=29555505>. Acesso
em: 2 jan. 2012.
29
4.5. PROCESSADOR DE TEXTOS WORD 2007
Processadores de Textos como o Microsoft Office Word e similares como o Abiword
para Linux e o Writter do pacote Open Office, também são excelentes ferramentas
para o aprendizado, especialmente para a redação, pois o dicionário embutido
permite a correção de vários termos quando são digitados incorretamente, assim o
estudante visualiza em tempo real a correção de uma palavra que tem duvida,
mesmo que o texto seja em outro idioma como espanhol ou inglês.
Figura 5: Tela do Word – disponível em:
http://3.bp.blogspot.com/_wGnsLHmgIqg/TGyGdLlMj5I/AAAAAAAAAGY/OUtqnUecsr8/s1600/01_Wor
d2007Screen.gif
acesso em 20/12/2012
Assim como o Excel o Word é um programa do pacote Office da Microsoft e é
praticamente um padrão em computadores com sistema operacional Windows e
muito usado no mundo coorporativo, o uso de ferramentas processadores de texto
em aula auxilia o professor, especialmente em disciplinas de português, inglês,
espanhol e redação ao mesmo tempo em que potencializa o estudante em uma das
ferramentas mais utilizadas nas empresas.
Tal como o Excel e o Word, programas de apresentação como o Power Point e o
Impress são bastante convidativos, pois o professor pode preparar a aula para exibila fazendo apenas considerações e anotações, ao invés de passar todo o conteúdo
no quadro. MICROSOFT WORD. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida:
30
Wikimedia
Foundation,
2012.
Disponível
em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Microsoft_Word&oldid=29406498>. Acesso
em: 12 jan. 2012.
4.6. LINUX EDUCACIONAL E FERRAMENTAS DO KDEDU
Um dos objetivos com a utilização de microcomputadores com o sistema operacional
Linux nos laboratórios das escolas publicas é sem duvida a redução de custos, pois
como o Linux é um sistema operacional livre, não existe custos com a compra de
softwares assim com um recurso menor é possível expandir laboratórios de
informática a um numero maior de escolas alcançando assim um publico maior
KDEEDU. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2010.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Kdeedu&oldid=20144738>.
Acesso em: 21 fev. 2012.
Figura 9: Área de Trabalho do Linux Educacional– disponível em:
http://linuxeducacional.com/pluginfile.php/1507/mod_page/content/4/screen012.png
acesso em 20/12/2012
O Linux Educacional é uma distribuição Linux desenvolvida pelo Centro de
Experimentação em Tecnologia Educacional (CETE) do Ministério da Educação
31
(MEC). Atualmente na versão 4.0, o MEC realizou um convênio com o Centro de
Computação Científica e Software Livre (C3SL), que é um grupo de pesquisa do
Departamento de Informática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sua
principal característica é possuir vários aplicativos específicos para o uso em
escolas, sendo possível ainda a instalação de outros aplicativos.
A maior parte dos aplicativos disponíveis são parte integrante do pacote KDEedu
disponível para a interface gráfica KDE voltada a sistemas baseados em Linux e
BSD, sendo uma seleção das ferramentas mais indicadas ao uso nas escolas
brasileiras.
Os softwares voltados à educação disponíveis na ultima versão estão relacionados a
seguir:
Ambiente de programação:

Linguagem Logo (KTurtle)

Linguagem de Programação (Squeak)
Ciência:

Tabela Periódica dos Elementos (Kalzium)

Teoria dos grafos de Rocs
Física:

Simulador físico interativo (Step)
Geografia:

Globo na área de trabalho (Marble)

Planetário virtual (KStars)

Treinamento em Geografia (KGeography)
Idiomas:

Aprender o Alfabeto (KLettres)

Ferramenta de referência/Estudo do Japonês (Kiten)

Jogo da forca (KHanMan)

Jogo da Ordenação de Letras (Kanagram)

Treinador de Vocabulário (Parley)
Jogos:
32

41 jogos, incluindo Sudoku, xadrez, TuxMath e Homem-Batata.
Matemática:

Calculadora Gráfica (KAlgebra)

Desenho com funções matemáticas (KmPlot)

Exercícios com frações (KBruch)

Geometria Dinâmica (GeoGebra)

Geometria Interativa (Kig)

software Matemático (Cantor)
Multidisciplinar:

Série Educacional (Gcompris)

Desenho (TuxPaint)
Português:

Jogo Simon Diz (Blinken)

Treinador de Vocabulário (KWordQuiz)
Figura 10: Tela do Kalzium, um dos softwares do Linux Educional – disponível em:
http://edu.kde.org/tour_kde4.0/kalzium.png
acesso em 20/12/2012
33
4.7. SOFTWARES PARA ACESSIBILIDADE DOSVOX, NVDA, JAWS
E VIRTUAL VISION
Com base nos trabalhos de Melo (2011), a falta de material didático e até mesmo de
conteúdo informativo em Braille exclui da sociedade da informação uma parte
considerável de pessoas com deficiência visual, grandes Best-seller’s como livros de
Damn Brown famosos como O Código da Vinci, Anjos e Demônios entre outros
títulos famosos de diversos autores, sucesso de vendas com milhares de
exemplares vendidos, simplesmente não possui versões em Braille acessíveis para
portadores de deficiência visual.
Melo (2011), ainda destaca que dentro desse contexto de exclusão os recursos das
TIC’s aparecem como uma excelente solução que permitem a inserção e inclusão
dos portadores de deficiência visual dentro da sociedade da informação, com
softwares que fazem atividades como jogos, conversão de texto para áudio, e leitura
das informações exibidas na tela do computador, assim um deficiente visual pode
navegar na internet e acessar noticias de sua cidade, do Brasil e do mundo,
acompanhar seu time de futebol, ler e enviar e-mails e com esses recursos pode
participar normalmente de uma turma de pessoas sem deficiência visual em um
ambiente que utilizam as TIC’s no processo de ensino-aprendizagem.
Com base nos trabalhos de Melo (2011) foi desenvolvida uma analise de quatro
softwares específicos: DOSVOX, Jaws, NVDA e Virtual Vision, o primeiro é um
ambiente integrado que possibilitam diversas tarefas, simulando um sistema
operacional, os demais são leitores de tela, ou seja, fazem a leitura do conteúdo
visível na tela e transmitem em formato de áudio ao utilizador.
34
4.8. DOSVOX
O sistema DOSVOX é desenvolvido pelo núcleo de computação eletrônica da UFRJ
desde 1993, e é um dos softwares mais populares com mais de 10 mil usuários no
Brasil, é totalmente gratuito e conta com suporte técnico que são os próprios
estudantes da UFRJ que seguem atualizando e aperfeiçoando esse sistema
continuamente.
O DOSVOX possui uma série de aplicativos que podem ser utilizados para a
iniciação a computação por seus usuários, possui softwares como treinamento em
digitação, conversor de texto para áudio, um editor de textos, gerenciador de
arquivos e discos, diversos jogos e um pequeno leitor de telas.
Figura 11: Tela do DOSVOX – disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/images/dosvox.gif
acesso em 20/12/2012
Para quem dispõe de uma boa condição visual, fazer um curso de digitação seria
uma opção pessoal ou uma necessidade profissional, pois mesmo não sabendo
digitar sem olhar para o teclado, o usuário pode realizar todas as tarefas, tendo
apenas um comprometimento com relação à velocidade com que digita.
Naturalmente, o uso do mouse diminui a necessidade de se conhecer bem o
teclado, pois com ele se torna possível realizar várias tarefas.
35
Para o deficiente visual, no entanto, é essencial que saiba identificar todas as teclas
do teclado, pois o utiliza não só para digitar, mas também para enviar comandos que
normalmente são enviados com o mouse. Como o deficiente visual não o utiliza, se
vale de teclas de atalho e combinações de teclas, para que possa trabalhar com os
softwares que lhe possibilitam utilizar um computador.
Dessa forma conclui-se que o domínio do uso do teclado pode ser visto como a
porta de entrada para o aprendizado da informática pelos deficientes visuais. Para o
docente, se traduz em uma experiência gratificante poder abrir essa primeira de
muitas portas para o mundo da informática.
O DOSVOX é bem leve podendo ser instalado e utilizado sem problemas em
computadores com configurações bem modestas, é claro existe a necessidade de o
computador possuir uma placa de áudio e caixas de som devidamente instaladas.
4.9. JAWS
O JAWS (acrônimo para Job Access With Speech) é um leitor de telas, produzido
pelo BlindandLow Vision Group da empresa FreedomScientific, de Saint Petersburg,
Flórida, Estados Unidos, sendo um dos mais renomados e antigos softwares para
deficientes visuais do mundo.
Possui uma série de sequencia de comandos e atalhos no teclado com o objetivo de
facilitar a vida do utilizador e diversos sintetizadores de voz, podendo simular a voz
de uma criança de um homem ou de uma mulher e ainda com diferentes
entonações, um grande impeditivo para a sua disseminação em massa é o seu
elevado custo acima de R$ 2.000,00 (dois mil reais), nos Estados Unidos,
deficientes visuais podem adquirir este software pagando 20% do valor de venda,
alem disso o Jaws requer um boa configuração de hardware para funcionar sem
problemas.
36
Como se trata de um software desenvolvido nos Estados Unidos, nem sempre a
tradução e entonação das palavras são as mais ideais para o português do Brasil,
muitas vezes confundindo com o português de Portugal.
4.10. VIRTUAL VISION
O Virtual Vision é uma alternativa Brasileira ao Jaws, desenvolvido pela MicroPower
tem um custo bem menor e funcionalidades tão eficientes quanto do Jaws.
Atualmente na versão 7 o Virtual Vision tem um custo estimado de R$ 1.500,00 (mil
e quinhentos reais) por licença, entretanto graças a um convenio estabelecido entre
o Banco Bradesco e a MicroPower, um deficiente visual pode adquirir o Virtual
Vision gratuitamente como pessoa física, bastando abrir uma conta corrente ou
poupança no Bradesco.
Por se tratar de um software desenvolvido no Brasil voltado ao publico brasileiro, o
Virtual Vision tem uma pronuncia bem mais próxima da nossa realidade.
4.11. NVDA
Melo (2011) destaca que tanto o Jaws como o Virtual Vision são excelentes
softwares leitores de tela com inúmeras funcionalidades, entretanto ainda esbarram
em um problema grave, o custo de aquisição, mesmo que tenha valores
diferenciados para pessoas físicas com deficiência visual, dentro de uma empresa
seria necessário adquirir este software para então poder contratar um funcionário
com deficiência visual.
37
Dessa forma surge uma terceira alternativa o NVDA (Not Visual Desktop Access),
que se trata de um software desenvolvido pela comunidade de programadores
espalhados pelo mundo e distribuído gratuitamente para livre instalação e utilização
do sistema inclusive com o código fonte incluso para que qualquer pessoa, com
conhecimentos de programação, possa atualizar e adaptar o software as sua
necessidades.
Por se tratar de um software livre, o NVDA não dispõe de sintetizadores de voz
muito sofisticados, uma vez que não são gratuitos, sendo o áudio bem mecanizado,
sua principal vantagem em relação ao Virtual Vision e ao Jaws é que se trata de um
software bem leve que pode ser executado em qualquer computador mesmo com
configurações bem modestas, também possui uma série de atalhos no teclado que
facilitam o acesso do utilizador.
Os leitores de tela acima citados são excelentes ferramentas para a inclusão social
de deficientes visuais na sociedade da informação, libertando-os das poucas
publicações em Braille existentes, entretanto ainda existe muito o que avançar, os
leitores de tela não são capazes de identificar imagens e animações, hoje tão
populares na internet mundial, um portal para ser bem visualizado com auxilio de um
leitor de tela precisa seguir as normas de diagramação e layout da W3C, e nem
todos os programas podem ser interpretados pelos leitores, o DOSVOX simula um
sistema operacional, mas também não é uma solução definitiva, muitos livros
publicados não possuem uma versão digital e nem em áudio, restando ao deficiente
visual ter que encontrar cópias piratas dessas publicações e,m listas de distribuição
da internet caso queira absorver o conteúdo daquela publicação.
Ainda assim em um ambiente de aula os leitores de tela e o DOSVOX são
ferramentas indispensáveis caso estejamos pensando em uma verdadeira inclusão
digital, muito já foi feito e vem sendo desenvolvido, entretanto ainda há um longo
caminho a ser percorrido.
38
5. INOVAÇÃO E TECNOLOGIA EM SALA DE AULA
A explosão das TIC’s fez com que grandes empresas se voltassem para a inovação
de recursos tecnológicos focados na educação, onde financiam projetos a fim de
criar alternativas e soluções que possam ser utilizadas nas escolas. Neste trabalho
destaco duas: O Prêmio Educadores Inovadores da Microsoft e o Programa de
Inovação com Tecnologias Educacionais – PITE do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial – SENAI.
5.1. EDUCADORES INOVADORES
O Prêmio Microsoft Educadores Inovadores atualmente em sua sexta edição e
reconhece os melhores projetos educacionais que fazem uso da tecnologia,
desenvolvidos por educadores de escolas públicas (estaduais, municipais ou
federais), particulares, Fundações, Secretarias Municipais e Estaduais de Ensino,
Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs ou NRTEs) e Escolas Técnicas Públicas.
EDUCADORES INOVADORES (2012).
O objetivo é incentivar o desenvolvimento de ações de incorporação das tecnologias
em atividades que proporcionem um melhor desempenho da comunidade escolar
utilizando soluções Microsoft.
Dessa forma, a premiação propicia a criação de referências importantes e
experiências que favorecem a transformação da escola em um espaço de
aprendizagem contínua – para educadores, educandos e comunidade de seu
entorno -, bem como a valorização de suas lideranças e o reconhecimento da
importância de seu papel para a criação de uma cultura de uso de tecnologias nos
ambientes educacionais.
39
Desde o seu lançamento diversos softwares foram lançados, entre eles destaque
para o Microsoft Mathematics uma calculadora cientifica para o computador com
uma infinidade de recursos, sendo comparável a grandes softwares similares como
o Maple e o WorldWide Telescope, um software que permite a visualização de
objetos celestes como um telescópio. Todos os produtos e soluções geradas pelo
prêmio
Educadores
Inovadores
são
disponibilizadas
no
portal
http://www.conteudoseducacionais.com.br/ de forma gratuita, preservando o código
fonte e propriedade intelectual de seus desenvolvedores.
Com o objetivo de alcançar a todos os professores, a Microsoft não exige que a
solução desenvolvida seja um software com código de programação e normas
específicas, mas também um meio de utilizar ferramentas já existentes de forma
inovadora em prol da educação, dentre os projetos vencedores existe um tutorial de
utilização do comunicador instantâneo Windows Live Messenger para aprendizado
colaborativo dentro de sala de aula.
5.2. PROGRAMA
DE
EDUCACIONAIS – PITE
INOVAÇÃO
COM
TECNOLOGIAS
O Relatório Anual do SENAI (2011) apresenta resultados e características do PITE
que foi lançado pela primeira vez em 2010 pelo departamento nacional do SENAI o
por meio do 1º Edital de Inovação com Tecnologias Educacionais Baseadas em
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) o PITE é um programa que visa
estimular a inovação tecnológica voltada ao ambiente de aprendizado. Os projetos
são encaminhados ao SENAI e os aprovados recebem aporte financeiro para a sua
execução, o primeiro edital liberava até R$ 100.000,00 (cem mil reais) para cinco
projetos escolhidos, o segundo edital aumentou o aporte financeiro para até R$
150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) para até 10 projetos escolhidos. O edital
seleciona no máximo um projeto por estado aumentando as chances inclusive de
regiões com pouca tradição em inovação.
40
Entre os trabalhos desenvolvidos destaque para o projeto do SENAI da cidade de
Tubarão interior de Santa Catarina, onde foi adotado o uso de tablets com o objetivo
de permitir ao estudante a visualização de objetos tridimensionais com recursos da
realidade aumentada proporcionando uma experiência mais realística com objetos
em 3D e ainda permite visualizar videoaulas produzidas pelos próprios estudantes e
professores.
A utilização de dispositivos móveis como tablets e smartphones representam uma
liberdade com relação a consulta por livros nas bibliotecas e um maior
compartilhamento de informações, outros recursos que podem ser adotados são a
marcação da presença do estudante sem a necessidade das tradicionais chamadas,
e associada a uma lousa digital pode inclusive compartilhar o conteúdo do tablet de
um estudante para todos os estudantes.
Neste mesmo edital um projeto de minha autoria intitulado “Lousa Digital de Baixo
Custo” foi aprovado e permitiu recursos para instalação de lousas digitais
desenvolvidas na escola do SENAI da cidade de Corumbá-MS em praticamente
todas as salas de aula.
A lousa digital de baixo custo constitui basicamente de um kit de computador com
um miniprojetor de led acoplado e um controle de videogame Nintendo Wii,
conhecido como Wiimote, ao ser estimulado por um feixe de luz infravermelho, um
software faz a leitura e posiciona o curso do mouse na direção do feixe, assim com o
auxilio de uma caneta infravermelha é possível clicar diretamente sobre a imagem
projetada, e assim utilizar todos os recursos do computador dentro da sala de aula.
41
Figura 12: Professor utilizando a lousa digital de baixo custo.
A lousa digital é como uma tela imensa de um computador, porém mais inteligente,
pois é sensível ao toque. Desta forma, tudo o que se pensar em termos de recursos
de um computador, de multimídia, simulação de imagens e navegação na internet é
possível com ela. Ou seja, funciona como um computador, mas com uma tela melhor
e maior.
O professor pode preparar apresentações em programas comuns de computador,
como Power Point, por exemplo, e complementar com links de sites. Durante a aula,
é possível, enquanto apresenta o conteúdo programado, navegar na internet com os
estudantes. É possível, por exemplo, fazer apresentações em três dimensões para
apresentar o corpo humano, e estudar geografia com a ajuda de mapas feitos por
satélite e disponíveis em sites como o Google Maps ou Google Earth, desenhos
técnico em CAD, etc.
Entretanto esse recurso possui um custo muito elevado o que inviabiliza a sua
utilização na maioria das unidades de ensino, que em contrapartida possuem
equipamentos projetores que são bem populares e de baixo custo.
Dessa forma é possível integrar aos projetores um wiimote que custa em torno de
R$ 100,00 (cem reais) ou menos em lojas especializadas, e, com o auxilio de uma
caneta infravermelha, é possível utilizar as mesmas funcionalidades de uma lousa
42
digital, com auxilio de um software especifico, desenvolvido em uma linguagem de
programação para integrar o wiimote com o computador via bluetooth.
Outro projeto interessante vem do estado de Amazonas é a utilização de TV Digital
Interativa em sala de aula como ferramenta multimídia para suporte ao processo de
ensino e aprendizagem em cursos da instituição.
43
6. RESULTADO DA PESQUISA DE CAMPO
6.1. DESCRIÇÕES
INFORMÁTICA
DAS
AULAS
NO
LABORATÓRIO
DE
Como forma de enriquecimento e complementação deste trabalho as atividades a
seguir foram desenvolvidas no CETEC SENAI Corumbá/MS – Centro de Educação
e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Corumbá/MS, para
os estudantes do 1° ano matutino do SESI - Serviço Social da Industria de
Corumbá/MS, estes estudantes fazem parte do programa EBEP – Educação Básica
articulada com Educação Profissional.
As aulas foram desenvolvidas em um laboratório de informática de última geração,
com estudantes de família com uma estrutura financeira muito estável e em um
ambiente de formação profissional em que o objetivo é formar profissionais técnicos
e inovadores para a indústria brasileira.
Figura 15: Laboratório de Informática do SENAI
44
6.1.1.Objetivos Da Pesquisa
Essa pesquisa de campo tempo objetivo um forma de enriquecimento e
complementação deste trabalho, assim como verificar a eficácia do uso dos recursos
das TIC’s em um ambiente real de sala de aula.
6.1.2.Metodologia Da Pesquisa
Detalhados os objetivos da pesquisa de campo, serão explicitados os procedimentos
metodológicos que foram adotados para a sua concepção, primeiramente será feita
a descrição dos sujeitos da pesquisa para em seguida passar a exposição da
concepção da pesquisa, o processo de amostragem e coleta de dados e por fim a
apresentação e interpretação dos dados coletados.
6.1.3.Sujeitos Da Pesquisa
A pesquisa e as atividades foram desenvolvidas no CETEC SENAI Corumbá/MS –
Centro de Educação e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
de Corumbá/MS, para os estudantes do 1° ano matutino do SESI - Serviço Social
daIndustria de Corumbá/MS.Estes estudantes fazem parte do programa EBEP –
Educação Básica articulada com Educação Profissional.
O SENAI é uma instituição de formação profissional com o objetivo de atender
indústrias com serviços técnicos tecnológicos e treinamento de pessoas para atuar
na indústria de acordo com a vocação do município, em Corumbá, atua mais
45
especificamente nas áreas de logística, mineração, química, mecânica, elétrica e
segurança no trabalho.
O SESI é uma instituição ligada diretamente ao SENAI, entretanto trabalha com a
formação básica inicial, tem como preferência de público trabalhadores das
indústrias e seus filhos. Promove o programa EBEP, que é um programa
praticamente exclusivo a filhos de industriários, onde o estudante do ensino médio
regular também faz um curso de aprendizagem industrial no SENAI em outro
período, programa semelhante à escola de tempo integral do governo federal, o
estudante que participa deste programa com boas notas, fica isento da mensalidade,
ou seja, o curso no SENAI e no SESI é totalmente gratuito.
O laboratório de informática do SENAI onde os alunos tiveram as aulas, é composto
por 30 computadores de ultima geração com monitores de LCD de 19 polegadas, a
mesa é uma ampla bancada especial para desenho técnico, todos os computadores
estão interligados em rede e com acesso a internet em banda larga, o ambiente é
refrigerado por um grande ar condicionado do tipo split de 60.000 btu’s, o sistema
operacional dos computadores é o Windows Vista e possui o pacote Office 2007,
alem de um software para desenho técnico.
Este laboratório foi instalado e inaugurado no SENAI no ano de 2008, todos os
computadores, licenças de software e bancadas foram doados pela indústria de
mineração RTZ que na época atuava na cidade.
6.1.4.Processo De Amostragem E Coleta De Dados
Os dados da pesquisa forma coletados por meio de intervenções em sala de aula.
As aulas foram desenvolvidas em um laboratório de informática de última geração,
com estudantes de família com uma estrutura financeira muito estável e em um
ambiente de formação profissional em que o objetivo é formar profissionais técnicos
46
e
inovadores
para
a
indústria
brasileira.
Cenário
ideal
para
análise
e
desenvolvimento de atividades educacionais com uso de recursos tecnológicos.
Os temas escolhidos para desenvolvimento das atividades foram da área de
matemática, função do 2° grau e progressões tanto aritmética, quanto a geométrica.
RELATÓRIO DAS AULAS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
Data:
20/10/2011
Horário da Aula
13:15h
–
17:15h
SoftwaresUtilizado:
CmapTools, Nº
NetMeeting, winplot
de
Alunos 29
atendidos
Propostas metodológicas da aula:
A proposta desta aula foi com que os alunos fizessem três mapas conceituais,
um a respeito de tecnologias e outro a respeito de funções do 2° grau com
auxilio do software CmapTools, antes do uso do Winplot e o ultimo depois do uso
do Winplot, depois que fossem desenvolvidos exercícios com o uso do Winplot,
essas atividades foram explicadas com auxilio do software NetMeeting.
Análise da aula:
Os alunos e o professor estavam cheios de expectativas quanto a utilização de
ferramentas computacionais para a solução de problemas matemáticos que as
vezes pareciam ser insolúveis.
No inicio da aula tive auxilio de um projetor multimídia para explicar aos alunos
como deveriam utilizar o software NetMeeting, indispensável para que as
explicações pudessem ser mais claras, neste ponto não houve duvidas todos os
alunos conseguiram ingressar no ambiente com facilidade, rapidamente eles
descobriram as ferramentas de chat e quadro de comunicações, o que tive que
pedir várias vezes para que não fossem utilizados, pois prejudicaria a aula.
Em seguida com o auxilio do software CmapTools pedi que fizessem dois mapas
conceituais, um a respeito de tecnologias como o que eles haviam feito a mão
em sala de aula e outro a respeito de função do 2° grau, que iríamos tratar com o
Winplot depois da criação dos mapas conceituais.
47
Durante o processo de criação dos mapas diversas duvidas foram surgindo,
como alterar a cor, mudar a letra, criar novos conceitos e segmentos, em alguns
casos eu fazia a explicação pessoalmente, quando percebia que era uma duvida
mais ampla, como foi quando queriam saber como salvar, utilizei o NetMeeting
para explicar para a turma toda, assim salvaram os mapas e exportaram para
outros formatos.
Após a criação dos dois mapas conceituais retornei ao NetMeeting para
apresentar a eles o software Winplot, e como resolver problemas de equações
de 2° grau com auxilio desta ferramenta, iniciei explicando que ele é bem mais
amplo podendo ser utilizado para funções do 1° grau, exponenciais, entre outras,
nesse ponto houve a pergunta se poderia ser utilizado para a resolução de
produtos notáveis, informei que o foco do software é a geração de gráficos e as
respectivas tabelas e que não se aplicava a este conceito, para isso existem
outros softwares que poderíamos tratar em outra oportunidade.
Dei uma visão geral do software, da sintaxe, e das opções de cores, zoom,
duplicar criar tabelas, etc. Em seguida pedi a eles para desenvolverem as
atividades propostas com auxilio do Winplot e a medida que surgissem duvidas
eu faria as considerações.
Basicamente os alunos desenvolveram sem maiores dificuldades, apenas em um
caso onde havia uma função y + 2x² = 4x -3, houve dúvidas e tive de intervir,
orientando a reescrever a função da seguinte maneira y = -2x²+4x-3, assim
gerando o gráfico, também com o recurso da tabela e a possibilidade de travar
intervalos, foi possível determinar as raízes com razoável exatidão.
Percebi algo importante de se destacar, um aluno que tem grande afinidade com
matemática, por coincidência é um dos que mais apresentava dificuldades frente
ao computador, como no caso de salvar as imagens manipular pastas, mostrouse com habilidades extremas para manipular o Winplot, mais até do que seus
colegas que tinham afinidade melhor com o computador, juntamente com os
exercícios que fazia no computador ele fazia no caderno, segundo ele para
48
comparar os resultados.
Por fim pedi a todos que fizessem um novo mapa conceitual a respeito de
funções do 2° grau, sintetizando o que aprenderam de novo e o que o software
Winplot permitiu que eles descobrissem ou enxergassem de forma mais clara do
que antes.
Pontos Negativos e Positivos:
Os principais pontos positivos a serem destacados são:
 A colaboração dos alunos que não fizeram bagunça, e colaboraram
prestando atenção nas explicações e fazendo perguntas oportunas.
 Os 30 computadores do laboratório de ultima geração todos interligados
em rede e com acesso a internet em alta velocidade, que permitiram
colocar todos os alunos um em cada micro individualmente.
 O fato de ter podido trabalhar quatro aulas de forma consecutiva, apenas
interrompendo por 15 minutos por conta do intervalo.
Os principais pontos negativos a serem destacados são:
 O fato de não ser possível bloquear o quadro de comunicações no
NetMeeting e nem o chat, o que causou certo tumulto no inicio.
 As cadeiras do laboratório que estão na maioria com problemas no
assento, encosto ou nas rodinhas.
Concepções e Observações:
Todas as atividades realizadas nesta aula só foram possíveis graças ao tempo
de quase quatro horas, os alunos gastaram quase duas horas na confecção dos
três mapas conceituais e adequação ao NetMeeting, outras duas horas e um
pouco mais foram dedicadas ao uso do Winplot e as resoluções a respeito da
ferramenta, um fato interessante foi que alguns alunos com menos habilidade
com informática, entretanto com afinidade em matemática, terminaram as
atividades antes e ainda ajudaram outros colegas, mas o mais importante foi que
nenhum aluno deixou de prestar atenção na aula, ou deixou de fazer as
atividades por outro motivo qualquer, demonstrando o quanto a atividade de aula
49
no laboratório de informática chama muito mais a atenção dos estudantes do que
em uma aula tradicional.
RELATÓRIO DAS AULAS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
Data:
26/10/2011
Horário da Aula
13:15h
–
17:15h
SoftwaresUtilizado:
CmapTools, Nº
de
Alunos 29
NetMeeting, Microsoft Excel, Word atendidos
2007
Propostas metodológicas da aula:
A proposta desta aula foi com que os alunos fizessem dois mapas conceituais,
um a respeito de progressões aritméticas antes do uso do Excel e outro depois
com auxilio do software CmapTools, depois que fossem desenvolvidos
exercícios com o uso do Excel, essas atividades foram explicadas com auxilio do
software NetMeeting.
Análise da aula:
Esta aula seria acompanhada pelo orientador professor Me. Marcelo Souza
Motta e os alunos estavam cientes disso desde a aula anterior, por isso todos
foram com o uniforme e mantiveram a ordem e tiveram uma organização e
disciplina na entrada e no transcorrer da aula que me impressionaram, ainda
mais por que não pedi nenhum comportamento especial, apenas informei que a
aula seria acompanhada por um professor da UFMS.
Iniciamos a aula com todos ingressando no NetMeeting, desta vez com mais
facilidade, pois já era de conhecimento deles este procedimento, iniciaram as
atividades fazendo o mapa conceitual a respeito do que sabiam de Progressões
Aritméticas, percebi que mesmo eu falando que o que importava mesmo era que
eles colocassem no mapa o que conheciam, muitos se sentiam envergonhados
por não saberem muita coisa.
Após a construção do mapa dei inicio a uma breve explicação e conceituação do
Excel, o que eram planilhas, pasta de trabalho, formatações e ferramentas
50
básicas, o fato de já terem tido recentemente aulas de Excel me ajudou bastante,
então essas explicações foram apenas uma breve revisão do que eles já
conheciam, no momento em que ia iniciar a explicação a respeito da construção
das fórmulas no Excel, o professor orientador chegou, o que mudou bastante o
comportamento dos alunos, que já tinham uma afinidade maior comigo, portanto
me tratavam com mais intimidade, mas na presença do orientador me trataram
com total profissionalismo, foi até surpreendente, pois se tratam de jovens de 14,
15 anos na maioria e apenas dois mais velhos com 18 anos.
De inicio mostrei como o recurso de arrastar fórmulas do Excel poderia ser
usado para fazer termos em PA, depois disso mostrei como fazer o mesmo
utilizando uma fórmula, houve o questionamento sobre qual seria a vantagem do
uso da fórmula do que arrastar e soltar visto que o ultimo recurso é mais simples,
respondi que mudando o primeiro termo mudaríamos toda a sequência e
também o uso da fórmula seria necessário para a construção de sequências em
PG.
Para mostrar a construção das fórmulas da PA no Excel, utilizei a ferramenta
Microsoft Equation do Word para montar a fórmula do termo geral da PA, então
criei 4 situações, onde deveríamos encontrar o enésimo termo, a razão, a
quantidade de termos e o primeiro termo, fiz as deduções no Equation sempre
isolando a variável que queria encontrar, essa explicação foi fundamental como
etapa preliminar para a construção das funções no Excel.
Passei todas as fórmulas conhecidas pelos alunos para a linguagem do Excel,
sempre perguntando a eles qual seria o próximo passo, ao finalizar, pedi a todos
que fizessem o mesmo cada um em seu computador, percebi que alguns
anotaram as funções que foram feitas no caderno, depois de prontas as funções
foi colocado em prática para a resolução de exercícios, ainda havia outra
dificuldade, como a maioria eram problemas, eles deveriam deduzir primeiro o
problema para depois testar os dados no Excel.
No final da segunda aula e saída para o intervalo o orientado foi embora, alguns
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alunos ficaram um pouco desapontados, pois estavam esperando que o
professor ficasse mais tempo, e me perguntaram se havia ido embora por que
julgou que o desempenho deles não teria sido bom, disse a eles que não sabia
mas que daria a resposta na próxima aula.
Depois do intervalo dei continuidade ao conteúdo, inicialmente eu pretendia
trabalhar com progressões aritméticas também, mas como estava avançando
bem em progressões aritméticas resolvi mudar o planejamento e continuar,
agora fazendo a função da soma no Excel.
Para este tema procedi da mesma maneira como no tema do termo geral,
utilizando o recurso de arrastar e soltar para criar a sequencia em PA e
selecionando os dados e visualizando a soma na barra de status da ferramenta,
a outra forma foi utilizando uma função já conhecida deles, a função SOMA do
Excel, até este ponto não houve dificuldades, então passei a fórmula da soma da
PA utilizando o Equation do Word e novamente fui isolando cada variável, a1, an,
n e Sn. Depois passei as funções em linguagem de Excel, havia vários problemas
que davam a soma e queria saber quantos termos, eram por isso, essa atividade
foi bastante interessante.
Assim como na fórmula do termo geral todos os alunos replicaram as funções no
Excel e resolveram os exercícios.
Por fim perguntei a eles se o conteúdo de PA havia ficado mais claro depois do
uso do Excel, todos sem exceção afirmaram que sim, então pedi que fizessem
um novo mapa conceitual com o CmapTools a respeito de PA.
Pontos Negativos e Positivos:
Os principais pontos positivos a serem destacados são:
 O Excel é um software mundialmente usado, então conhecer essa
ferramenta se torna indispensável para qualquer profissional e isso foi
possível com esta aula.
 A presença do professor orientador em sala deixou os alunos com uma
expectativa maior e mais vontade de caprichar nas atividades.
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Os principais pontos negativos a serem destacados são:
 Com o Excel é possível criar várias fórmulas com o recurso de nomes,
mas a fórmula não fica salva para outras planilhas que venham a ser
criadas a menos que se utilize de modelos.
 Foi preciso criar quatro fórmulas diferentes no Excel para o termo geral e
para a soma, não sendo possível criar uma função genérica que dado tais
valores automaticamente calcula o que falta, não existe uma forma
simples de se fazer isso.
 O professor orientador ficou um pouco mais de uma hora na sala de aula
o que acabou frustrando a turma que esperava ficar um pouco mais e
ouvir elogios do mesmo.
Suas Concepções e Observações:
Enfatizo novamente a possibilidade de se trabalhar praticamente quatro horas
consecutivas com a turma, isso me permitiu que vários conceitos fossem
amplamente abordados, de fato seria praticamente impossível realizar todas as
atividades deste dia em uma única aula de 50 minutos, uma preocupação minha
seria com um possível cansaço físico e mental dos estudantes, fato que não
ocorreu, o que mostra que aula no laboratório realmente provoca uma motivação
a mais nos alunos.
A turma mostrou ser bastante competitiva, quando me falaram que queriam ser a
melhor turma que o professor orientador veria, isso é um fato bastante positivo
que contagia alunos menos esforçados, mas que deve ser bem trabalhado para
evitar disputas internas entre os colegas, o que pode ser terrível nesta faixa
etária.
RELATÓRIO DAS AULAS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
Data:
28/10/2011
Horário da Aula
13:15h
17:15h
SoftwaresUtilizado:
CmapTools, Nº
de
NetMeeting, Microsoft Excel, Word atendidos
2007
Alunos 29
–
53
Propostas metodológicas da aula:
A proposta desta aula foi com que os alunos fizessem dois mapas conceituais,
um a respeito de progressões geométricas antes do uso do Excel e outro depois,
com auxilio do software CmapTools, depois que fossem desenvolvidos
exercícios com o uso do Excel, essas atividades foram explicadas com auxilio do
software NetMeeting.
Análise da aula:
As atividades desta aula estavam inicialmente planejadas para serem
desenvolvidas nas aulas anterior, o que não foi possível, então decidi utilizar esta
ultima aula no laboratório de informática para dar continuidade ao tema de
sequências agora em forma de PG.
Primeiramente todos ingressaram no NetMeeting, em seguida pedi que fizessem
um mapa conceitual a respeito do que conheciam sobre progressões
geométricas, alguns realmente sabiam muito pouco sobre o tema.
Os alunos me questionaram sobre a presença ou não do orientador, estava
previsto que ele comparecesse a aula, mas eu não sabia o horário, então recebi
o email do orientador com a seguinte informação “Gostei muito de sua aula e não
necessito assisti-la novamente, parabéns”, fiz questão de ler em voz alta para os
alunos que como esperado ficaram eufóricos e comemoraram bastante, pois eles
sabiam que a aula foi boa devido à participação decisiva deles.
Dei continuidade ao assunto de PG da mesma forma como foi tratada a PA,
colocando as fórmulas por meio do Equation, isolando as variáveis e
transcrevendo em linguagem de Excel, tanto para a fórmula do termo geral
quanto das somas finitas e infinitas.
Um fato interessante ficou por conta do uso dos parênteses que em certos casos
é necessário que sejam colocados e em outros não, pois o Excel obedece a
prioridade de operações matemáticas e como tudo é escrito em uma única linha
pode gerar algum erro de cálculo, justamente esse detalhe fez com que alguns
alunos não conseguissem fazer as atividades de imediato.
Finalizado o conteúdo, como havia ainda um considerável tempo disponível,
decidi aprofundar um pouco mais nos conceitos e contextualizar a situação com
um exercício envolvendo transmissão de sinais de rede via wireless, para isso
expliquei a todos o que era a wireless, sinais digitais, potência em dB e Watts, e
54
passei um problema a eles, houve muitos questionamentos, muitas duvidas e
vários debates, achei a tarefa realmente produtiva, pois contextualizou uma
situação real envolvendo os conceitos que eles acabaram de aprender PA e PG.
Pontos Negativos e Positivos:
Os principais pontos positivos a serem destacados são:
 A atitude dos alunos frente ao desafio, objetivando serem os melhores.
 O conhecimento prévio que todos já tinham a respeito do NetMeeting, do
Excel e do CmapTools.
 O e-mail do orientador que deixou os alunos muito felizes.
 O fato da maioria dos estudantes terem computador em casa com acesso
a internet, alguns possuem até mesmo notebook com internet móvel.
Os principais pontos negativos a serem destacados são:
 O desafio final não foi solucionado pelos alunos, apesar de realmente ser
em um nível
mais
elevado, conta
com conceitos
matemáticos
relativamente simples e que eles acabaram de aprender, o que me mostra
que
muitas
vezes
um
estudante
consegue
realizar
operações
matemáticas de um nível muito complexo, entretanto não consegue
aplicar o conceito nas necessidades da vida real.
Suas Concepções e Observações:
Nesta ultima intervenção no laboratório de informática ficou claro para mim o
quanto a turma é unida e não existem rixas e grupos de alunos separados, todos
interagem entre si e colaboram uns com os outros com o objetivo de serem a
melhor turma, isso realmente facilita o trabalho do professor, pois não há
necessidade de gerenciar possíveis conflitos.
Outro aspecto importante é que a maioria são filhos de industriários com um
razoável padrão de vida, portanto possuem computador em casa com acesso a
internet, o que lhes permitiu praticar o conteúdo em casa, isso realmente facilita
muito o trabalho, o interessante é que alguns alunos que não faziam os
exercícios em casa no caderno, faziam quando a atividade era para ser
desenvolvida no computador.
55
6.1.5.Analise E Interpretação Dos Dados
Função do 2° Grau
Este tema já era um velho conhecido dos alunos, pois estudaram esse conteúdo em
sala de aula no ano passado na nona série e também no semestre anterior, e ainda
tinha visto novamente no inicio do segundo semestre, portanto não tiveram grandes
dificuldades em relação ao tema, a construção de gráficos no caderno era o ponto
em que apresentavam alguma dificuldade, por isso o trabalho com o Winplot, foi
extremamente produtivo, assim deduzimos outras fórmulas foi possível determinar
intervalos onde a raiz estava, um método semelhante ao usado em cálculo
numérico.
Como eu sabia que eles conheciam a fundo o tema de função de 2° grau utilizei este
conceito inicialmente com o objetivo que eles se aprimorassem ainda mais e
tivessem um primeiro contato com informática na resolução de problemas de
matemática, considero que consegui alcançar esses objetivos visto que conseguiram
construir os gráficos no computador e posteriormente no caderno também.
Progressões Aritméticas e Progressões Geométricas
Esses assuntos geralmente trazem uma dificuldade a mais para o estudante, mas o
uso do Excel permitiu que eles se familiarizassem mais com esses conceitos,
segundo o professor regente os estudantes tinham grande dificuldade com estes
assuntos, fato que foi comprovado no primeiro mapa conceitual, eles passaram a
compreender o que é de fato uma sequencia, quando é uma sequencia, qual a
razão, qual o tipo aritmético ou geométrico? Todas essas questões ficaram bem
mais claras para os estudantes, entretanto não conseguiram resolver um problema
contextualizado que foi proposto, sendo assim os objetivos foram alcançados em
parte, pois apesar de compreender e conseguir resolver diversos problemas, não
conseguiu solucionar um que contextualizava uma situação real, possivelmente a
56
atividade foi complexa demais, ou seria necessário algum outro conceito ou fator
norteador para que pudessem equacionar o problema.
57
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso de recursos tecnológicos na educação como agente facilitador do
aprendizado, é uma questão que intriga a muitos profissionais da educação, quais
ferramentas estão disponíveis? O uso da tecnologia realmente é eficaz? Essas
foram algumas das perguntas que este trabalho buscou responder, ainda que
lacunas fiquem vagas, que podem ser preenchidas em um estudo mais detalhado,
ficou claro que os recursos das TIC’s tem sido um grande aliado dos docentes e
ainda possui grande potencial de expansão.
Através desta pesquisa verificou-se que as tecnologias de informação e
comunicação tem sido fator importante na modificação dos mais variados setores
profissionais. Na educação, os avanços foram significativos, no que tange à prática
pedagógica, os recursos disponíveis atualmente e as tendências futuras abrem
grandes possibilidades dentro do processo educativo.
Uma barreira que ainda impede a efetiva implantação dos recursos das TIC’snas
escolas é a mesma que impede a universalização destas tecnologias nas cidade, a
falta de infra-estrutura, de modo mais sensível no interior do Brasil, já que grandes
centros urbanos e regiões metropolitanas possuem um boa infra-estrutura publica e
privada que atendem as crescentes demandas, entretanto com os empenhos
governamentais e aplicação de investimentos, em especial investimentos públicos,
regiões antes isoladas passaram a receber linhas de transmissão de energia,
telecomunicações alem de torres de difusão de sinais digitais de celulares e internet
sem fio, dessa maneira, essa barreira vem sendo superada consideravelmente.
As soluções de software se encontram em um estágio bastante desenvolvido,
havendo soluções disponíveis para os mais diversos sistemas operacionais,
havendo ainda soluções gratuitas e comerciais, para os mais diversos campos de
atuação, com interação multimídia, podendo substituir e/ou auxiliar os tradicionais
quadros-negros ainda hoje muito utilizados pelos docentes. As ferramentas de
software em nível educacional podem gerenciar desde todo um ambiente de um
58
laboratório como aplicar soluções específicas em um ambiente de simulação
controlado, sendo soluções eficientes para unir teoria e prática, servindo ainda como
eficiente ferramenta de compartilhamento de informações.
A onipresença da computação permite a integração e formação profissional em
praticamente todos os níveis do ensino a qualquer lugar do mundo, com a explosão
das TIC’s no Brasil diversas soluções pedagógicas acompanharam, em especial na
educação onde atualmente as instituições de ensino a distância seguem um
crescimento vertiginoso colaborando para a formação de milhares de pessoas todos
os anos e sendo um diferencial que permite a inclusão do cidadão no mercado de
trabalho e auxilia muito no desenvolvimento social da nação, um estudante no meio
da Amazônia pode ter aulas com os melhores doutores de grandes centros ou
mesmo de outros países sem a necessidade de ter que se deslocar sair de sua terra
natal, capacitando assim pessoas que podem atuar na própria região sem a
necessidade de ter de importar profissionais.
As aulas práticas da pesquisa de campo mostraram alunos bem mais motivados e
participativos do que em uma sala de aula tradicional, a concentração nas atividades
e o ganho de conhecimento realmente foi notável.
As tendências futuras das TIC’s também são bem animadoras para o campo da
educação, o aumento no realismo no processamento de imagens com recursos
tridimensionais, realidade virtual e a realidade aumentada fornecem uma experiência
interessante ao estudante
59
REFERENCIAS
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Inclusão digital do profissional professor: entendendo o conceito de tecnologia In:
ENCONTRO ANUAL DAS ANPOCS, 30, Caxambú, 2006. Anais... Caxambú:
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DRUCKER, Peter. As Novas Realidades, tradução do Inglês de Carlos Afonso
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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_da_informação>. Acesso em: fev. 2012.
61
APENDICE I – ATIVIDADE ELABORADA PARA APLICAÇÃO NO LI
1 - Desenvolva as atividades abaixo usando os conceitos de pa e pg no MS
EXCEL 2007
Calcule a soma dos 10 primeiros termos da P.G. (2, 4, 8, 16,...)
Determine a soma dos 5 primeiros termos da P.G. (2, -6, 18,...)
Quantos termos tem a P.A. (5, 9, 13,...,37)
Determine o 1º termo de uma P.A., onde se conhece: a6 = 17 e r = -4.
Quantos múltiplos de 3 existe entre 10 e 95.
Resolva a equação 2 + 5 + 8 +...+x = 126
Calcule a soma dos múltiplos de 4 compreendidos entre 10 e 90.
Em uma P.G. de razão 3, o 7º, termo é 1458. Calcule a1.
2 - Situação Problema
Sabe-se que redes wireless a potência dissipada EIRP em mW dobra a cada 3db e
que 3db equivale a 2mW. Utilizando os conceitos de PA e PG faça o cálculo de
EIRP para um rádio com potência de transmissão de 100mW com uma antena
externa de grade com ganho de 24 dB. As perdas proporcionadas pelos cabos e
conectores é de 3dB. A resposta deverá ser dada em db.
A Legislação brasileira não permite que a potência dissipada por um conjunto APAntena seja superior a 400mW, utilizando um rádio padrão de 32mW de potência,
qual potência de antena você compraria pra não exceder os 400mW de potência
definido pela legislação.
1 - Realize as atividades abaixo utilizando o winplot
Dadas as funções abaixo:
f(x)= (3x + 2)(x – 1) = x(x + 2).
62
f(x) = x² + 7x -3
f(x) = -3x² + 9x + 4
f(x) = 2x² + 3x
2 - Determine:
Utilize espessuras e cores diferentes para as linhas do gráfico.
a) As raízes da função.
b) A concavidade da parábola.
c) Os pontos em que a parábola cruza os eixos x e y.
d) o ponto de mínimo ou de máximo.
e) um esboço do gráfico.
f) o eixo de simetria da parábola.
3 Em um documento do Word faça uma breve redação descrevendo qual relação
você encontra quando trabalha com funções do 2° grau e antenas de redes wireless.

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