Neste Número - Escola Secundária Arco
Transcrição
Neste Número - Escola Secundária Arco
Junho 2013 - número zero - [email protected] - 0,50 letras Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide Escola Secundária da Portela vos e recusam a apatia e a indiferença. Querem mais do que está programado. As ideias também têm corpo Composição fotográfica Soraia Carvalho 12º F Vivemos num mundo de atonia e desinteresse por aquilo que se passa à nossa volta. Vivemos apressados, fugidos de nós mesmos, não temos tempo para a reflexão e para deixar que as ideias amadureçam. diz o poeta, e implica tomadas de posições pessoais, nossas, públicas. Cercanos um enorme cansaço e a Escola, muitas vezes, é expressão desse cansaço, dessa ausência de interesse, dessa falta de interrogação e de reflexão. Temos pouco espírito crítico! Não quere- Mas há sempre alguns que, tal como as mos pensar, porque “pensar dói”, como cores do Arco-íris, não querem ser passi- Neste Número Entrevistas Reportagens E esse desejo de querer qualquer coisa mais manifesta-se de múltiplas formas. Este jornal foi uma delas. Percebendo que há muitos mundos dentro do Mundo, que a vida e o conhecimento vão para além das suas casas e da programação das aulas, alguém pergunta: se a escola tivesse um jornal? ou melhor, se nós fizéssemos um jornal? Surge Escola Sem Fronteiras, ideia que foi tomando corpo pelo empenho, interesse e motivação de todos os que, do unificado ao secundário, contribuíram para e s t e n ú m e r o ú n i c o . Escola Sem Fronteiras é, pois, expressão das suas almas desde a poesia à prosa, da reportagem à entrevista, do desenho à fotografia, dos jogos que nos desafiam às reflexões pessoais, dos livros que nos ficam na memória e no coração à música que nos envolve. Como eles, outros haverá que esperam um sinal do Arco-íris e de nós para darem cumprimento à sua criatividade e espírito crítico. Ana Paula Sousa Entrevista com Dr.ª Marina Simão, Diretora do Agrupamento “Tenho saudades de dar aulas...” Pág. 21 Poesia Entrevista com Luísa Marques, Diretora de Campanhas da Amnistia Internacional Nos Dias de Hoje... “Sinto-me frustrada…”Pág. 6 “Diz-me o que vestes... dir-te-ei quem és” Pág. 8 Pontos de Vista ... Iron Maiden: De Lendas do Heavy Metal a Deuses do Rock Pág. 7 Um olhar sobre... Livros e Opiniões Sugestões Aconteceu Vai Acontecer... What would you do if you had to spend a day without any technological device? Pág. 3 Entrevista com Rosa Silva, Coordenadora das Bibliotecas Escolares e com D. Marília Camilo, Técnica Operacional da BE “Ser professora Bibliotecária também é ensinar os alunos a pesquisar de forma autónoma.” Pág. 5 Entrevista Dra. Marina Simão Diretora do Agrupamento de escolas da Portela e Moscavide Há quanto tempo é diretora do Agrupamento de Escolas? Há 2 anos. Estive na Direção da Gaspar Correia e, posteriormente, no Agrupamento de E scol a s básicas. Agora sou diretora de todo o Agrupamento, agora com o secundário. Que motivos a levaram a ser diretora da escola? Eu apresentei um projeto de intervenção e o Conselho Geral considerou ser o mais adequado. Sente-se orgulhosa pelo seu trabalho? Sim, gosto do que faço. Quando foi eleita diretora teve algum conflito com o facto de as escolas se terem agrupado? A escola Gaspar Correia já estava agrupada com as escolas básicas, por isso a situação mais difícil foi o impacto da Escola Secundária no Agrupamento já existente. Como diretora já pensou em desistir perante algum conflito? Não. Mas ser Diretora do Agrupamento exige muito esforço e muita dedicação o que naturalmente produz um certo cansaço. O que acha das escolas proibirem o uso do telemóvel? Todos, ou quase todos, os alunos têm telemóvel e têm direito a tê-lo. Mas nas aulas, conforme o regulamento do aluno, têm de o desligar. Porém, nem todos o fazem. Quando algum telemóvel toca, ou os alunos enviam mensagens isso cria problemas dentro da sala de aula, acabando por ser um motivo de indisciplina. O que nunca deveria acontecer, pois os alunos têm de ser responsáveis e cumprir as regras estabelecidas. Nos exames o uso do telemóvel é totalmente interdito podendo levar à anulação do exame. O que fazia para melhorar o agrupamento? Há muita coisa a fazer. Todos os dias tento melhorar o agrupamento, por exemplo há um plano anual de atividades muito vasto que envolve as 5 escolas. As atividades são no sentido de enriquecerem os alunos, quer ao nível curricular, quer Página 2 extracurricular. Estas atividades contam sempre com o apoio e o incentivo da Direção. O Dia do Agrupamento é uma prova disso. E o ensino dos alunos? Como Diretora do Agrupamento estou atenta às necessidades dos professores, dos alunos e dos assistentes e técnicos operacionais. A escola tenta fornecer tudo o que for necessário para o sucesso dos alunos, como por exemplo, aulas de apoio e tutorias. Também tenho apoiado a biblioteca com verbas para a atualização do fundo documental. Preocupo-me em desenvolver um ambiente de trabalho agradável entre todos, que as diferentes escolas tenham pontos de contacto como reflete a Manta da Amizade. Também é importante que a Escola esteja aberta à comunidade, por isso apoiei, por exemplo o projeto Vamos Ler , outro exemplo disto é o Dia do Agrupamento, dia aberto a toda a comunidade da Portela. E a estrutura da escola? Não conseguimos fazer as obras previstas, porque são de grande vulto e muito dispendiosas. Isso cabe ao Ministério da Educação. Mas melhorámos a escola com as pequenas reparações do dia-a-dia, tentando suprir naquilo que o nosso orçamento permite. Tem uma boa relação, funcionários e alunos? Sim, tento ter. Antes de ser Diretora era professora? Era professora de inglês do 2º ciclo. E como Diretora durante uns anos tive uma turma, mas devido a tanto trabalho não pude continuar com ela. Gosta mais do trabalho de ser professora ou de Diretora? É diferente. Como professora gostava de partilhar e ensinar os alunos e de planear aulas, como diretora tenho de gerir os professores e funcionários, o que implica um trabalho diferente. Mas tenho, às vezes, saudades de dar aulas. Carolina Plancha e Maria Carolina Silva 7º D Página 3 Tecnologia em ALTA Clube da Robótica O ROBOT AJUDA! Há 4 anos nasceu na sala D9 um clube que se dedica à tecnologia da robótica, criado pelo professor Paulo Torcato, que o tem elevado a patamares muito altos. Começamos com 1 robot da lego, com o qual conseguimos ganhar diversos prémios, que nos permitiram, hoje, ter uma dezena de robots. Atualmente, o clube funciona às quartasfeiras, a partir das 16 horas. Desde o início, já demos largos passos. Já realizámos palestras em diversos locais, incluindo escolas secundárias e universidades, nas quais expusemos os nossos trabalhos e ideias. Salientamos o TIC Educa Júnior e o E-twinning. No TIC Educa Júnior, onde temos ido todos os anos, temos tentado mostrar os aspetos positivos da robótica no nosso dia a dia. No Etwinning, apresentamos o nosso projeto, “O Robot Ajuda” a professores de diferentes países da Europa. Igualmente, temos exposto o nosso trabalho em diversos locais, como na universidade sénior da Portela, no Iberanime e na nossa escola. Temos participado em provas e competições e empenhámo- nos, especialmente, nos últimos anos na FIRST Lego League, uma competição de robots. Nesta competição há vários prémios para diferentes provas: 1 - competição robótica, onde temos de fazer um número máximo de missões em 2 minutos e meio; 2 - projeto, no qual temos de apresentar a júris soluções para um problema relacionado com o tema em questão, incluindo os robots na solução; 3- prémio de valores e espírito de equipa, entre outros. Em duas das competições em que já participámos, foi-nos atribuído um 1º e 2º lugar no prémio valores e espírito de equipa, e o prémio de melhor site/blog e do melhor treinador foi atribuído ao professor Paulo Torcato. Recentemente ganhámos o concurso “Círculo Mágico” – com o robot bombeiro. Salientamos que este trabalho com os robots nos têm ajudado a compreender melhor diferentes aspetos de algumas disciplinas. Por exemplo, um aspeto que aprendemos a nível prático com os robôs foi sobre as engrenagens, algo bastante importante no estudo da física. Igualmente, temos posto em prática o nosso inglês, por estarmos a “representar” o nosso país na Europa. Em conclusão, para além das palestras e da responsabilidade nas competições, temo-nos divertido muito, aprendido bastante através dos robots e sentimo-nos lisonjeados por este projeto ter representação nacional e europeia. Nuno Burnay - 11º A A Gadget Free Day Sugestões What would you do if you had to spend a day without any technological device? Dear Diary , I remember … It’s in my memory The day without any technology … I’m bored and stressed I walk alone I miss my computer and my cell phone I want to talk to my friends I can’t live this way I don’t understand… I’m afraid I can’t check my email But I don’t want to fail… With my laptop Everything is ok! Today, I want to have a different day… How? I’m going to try to spend a day without my favourite gadget – my cell phone! I know it’s going to be more complicated than I’m expecting to … usually, every five minutes, I pick it up: even just to check the time. So, it’s going to be a huge challenge! I will try to get distracted with other things, but it will be hard without my phone. It’s something that is there all the time. If I’m without it, it looks like I’m walking without a purpose… But I am sure I’m going to make it…without my phone. Well, it’s only for one day, 24 hours… (: Having a cell phone is so addictive! Later… On this phone-free day I went to play football with my friends and, let me tell you, it was PRETTY COOL! Nádia, 10º H Iuri Dias, 10ºH Na BE Página 4 Tecnologia em ALTA “Os Jogos são como um hobbie, quando têm tempo a maioria dos jovens vai jogar no computador ou no telemovél.” Jéssica Troncão – 8º C Sugerimos Slender F inal Fantasy é um jogo de acção e aventura inventado pela empresa japonesa, SQUARE-ENIX. Pode ser jogado nas consolas Nintendo, nas versões mais antigas, na Playstation, no GameBoy e nas duas consolas XBOX. Lançado em 1987, Final Fantasy contém hoje uma grande série de títulos, sendo lançado este ano um novo, que remete para novos lançamentos. O jogo conta com um mundo cheio de fantasia em que o jogador controla entre 2 a 4 guerreiros para derrotar variados inimigos e, assim, chegar ao fim da história. Final Fantasy é conhecido pela qualidade de desenho dos personagens, tendo sido adoptado um estilo foto-realista ao tradicional desenho japonês. Man Olá, vou falar de um jogo de tiro (FPS): Offensive Combat é um jogo de tiro ( First Person Shooter ) com um certo caracter cómico. O jogo é grátis e joga-se directamente no navegador. Está actualmente na versão Beta (versão de teste). Está fantástico para um jogo de navegador de internet. O offensive combat foi feito pela empresa U4iA Games. Maxim Pastuh, 8ºE Gerson, 11º G Este é um tipo de jogo que consiste em colecionar oito páginas, enquanto fugimos da personagem principal, Slender Man. A regra que não deve ser quebrada no jogo ( já que muitos jogadores não a seguem) é a de nunca olhar para trás, pois a personagem principal aparece sempre que o jogador olha para trás e, não há chance, o jogador morre. Depois de colecionar as oito páginas, livra-se do Slender Man durante alguns segundos até que ele aparece de novo e termina o jogo...até chegar a nova versão. Jéssica Troncão – 8º C Sonic the Hedgehog 4 é não intervirem, dizendo que se um jogo electrónico de plataforma episódico da série Sonic the Hedgehog. O Episódio I foi lançado no dia 7 de outubro de 2010 para PlayStation 3, Xbox 360, Wii, iPhone e iPod Touch. A história acontece após a destruição do Death Egg. O Dr. Eggman sobreviveu e vai fazer tudo para se livrar do Sonic. Ele usa as suas melhores criações. Sonic pede a Tails e Knuckles para pode encarregar do vilão. Tal como nas antigas edições do jogo, controla-se a personagem Sonic, que se movimenta com grande rapidez sobre plataformas, tentando chegar ao fim de cada nível. Obtém-se mais pontos consoante as moedas que se apanham e a rapidez com que se acaba o nível. Requisita na BE Daniel Lourenço 11º G Consulta o catálogo da BE em: www.seronline.pt www.seronline.pt Página 5 A Biblioteca Escolar (BE) ajuda os alunos e os professores, disponibilizando livros, vídeos e enciclopédias úteis para os conteúdos a lecionar em sala de aula. Os professores costumam ir à biblioteca com as suas turmas, embora nem todos, mas há um conjunto de professores que a frequentam regularmente. Por ser importante para alunos e professores, estivemos na BE e entrevistámos a Dr.ª Rosa Silva, Coordenadora da Biblioteca e professora de matemática, e a D. Marília, Técnica Operacional. Perguntámos como lidam com os alunos mais rebeldes, que como sabemos são difíceis de conviver, porque não acatam bem as regras e às vezes são malcriados. Responderam que primeiro falam com eles, com calma, explicando porque estão a ser repreendidos. Geralmente, os alunos dão ouvidos e mudam o comportamento, o que dá bons resultados, mas, se persistem, têm de sair da BE. Quisemos saber o que acontece quando um aluno falha o prazo de entrega de um livro, ou quando o estraga. Afirmaram que quando um aluno falha a entrega de um livro paga uma multa de dez cêntimos por dia. Quando um aluno estraga ou perde um livro geralmente compra um igual e dá à Biblioteca mas também, por vezes, pagam em dinheiro. Com esse dinheiro compra-se outro exemplar do livro que se estragou, ou perdeu. Depois quisemos saber quem leu mais livros. Disseram que, geralmente, os alunos do sétimo e oitavo requisitam mais livros, mas os alunos do décimo segundo ano também requisitam bastante. Do mesmo modo, alguns professores e funcionários também requisitam livros. A Dr.ª Rosa Silva informou-nos que a leitora que leu mais, durante este ano, foi a Rita Isabel Ribeiro Martins, do 11ºF. A biblioteca implica muito trabalho. A D.ª Marília apoia os alunos a procurar os livros nas estantes, tira fotocópias, faz digitalização dos livros e etiquetas, dá entrada dos cartões, arruma os livros nas estantes após serem consultados, e verifica se os alunos cumprem as regras da biblioteca. Já a Dr.ª Rosa Silva, como coordenadora, tem de supervisionar todo o trabalho da BE, desenvolver vários projetos de apoio para os alunos e para os professores. É de salientar o projeto “SERonline”, que disponibiliza online um conjunto de recursos dinâmicos que apoiam os alunos no seu estudo. Também nos disse que os livros podem ser pesquisados num catálogo disponibilizado no site: www-seronline.pt. Para obter a informação, o aluno pode pesquisar por título, autor e assunto. Também nos explicou como fazermos para procurar um livro. Os livros estão organizados por classes, a cada classe foi atribuída uma cor que se encontra nas estantes e nas lombadas dos livros onde se encontra também a cota (morada) do livro. Mas estar na biblioteca exige o cumprimento de regras. Soubemos que há algumas, mas o essencial é que os alunos se habituem a trabalhar num ambiente de silêncio e concentração. Por fim, quisemos saber o que a professora Rosa mais gostava de fazer, se o trabalho de bibliotecária, se o de profes- Reportagem / Entrevista de matemática. Respondeu-nos que gostava tanto de ser professora bibliotecária como professora de matemática, porque ser professora bibliotecária também é ensinar os alunos a pesquisar de forma autónoma de modo a utilizar os recursos que a Biblioteca disponibiliza nas suas aprendizagens. E foi assim que correu a nossa reportagem sobre a BE. Esperamos que tenha ajudado a compreender melhor o seu funcionamento. Carolina Plancha e Juliana Valentim, 7º D Dr.ª Manuela Dias Presidente da Junta de Freguesia da Portela Em abril de 2013 entrevistamos a Dr.ª Manuela Dias como ex-diretora e atual presidente da Junta de Freguesia da Portela. Nesta agradável conversa abordámos temas sobre a escola e sobre a ligação que a Junta de Freguesia tem com a escola. O que pensa do ensino atual e que ações deve a escola desenvolver para melhorar o sucesso dos alunos? A escola não pode estar isolada. A escola tem que chegar a vocês. Não podem ir à escola com tablet e depois à biblioteca e só ter livros. Liderança forte. Cumprimento de regras por parte de todos: alunos, professores e funcionários. Abertura permanente à comunidade, isto é, uma escola fora de portas. Como tem a Junta colaborado com a escola e como pode vir a colaborar? Mantendo esta regra, a escola pede ajuda à Junta e esta ajuda. O que acha da escola criar um jornal? Ótimo. E ainda por cima já houve jornais. É bom a escola divulgar assuntos da escola mas também da Junta … Considera que pode haver colaboração entre a Junta de Freguesia e o jornal da escola? Claro. Ajudaremos naquilo que for necessário e se pudermos. Por quanto tempo foi diretora da escola? Por mais de 12 anos. Fui diretora e depois professora, diretora e professora,…E acabei em 2009. Enquanto professora quais eram as disciplinas que dava? Dava Biologia ao 10º. E dava Ciências Naturais ao 7º,8º e ao 9º anos. De que sente mais saudades em dar aulas? Dos alunos, dos professores e dos funcionários. Qual foi o melhor e o pior momento enquanto diretora da escola? Piores não me lembro, mas melhores momentos são os de agora, porque fico muito contente que os meus alunos se lembrem de mim e na rua venham ter comigo e me cumprimentem. Há quanto tempo trabalha nesta Junta de Freguesia? Há 8 anos. Durante 4 anos ainda era diretora e já trabalhava cá. Como é que a Junta tem ajudado a Freguesia? De muitas formas. Podem consultar o Boletim da Junta de Freguesia que tem as atividades que fazemos. Fomos consultar o Boletim e retirámos os seguintes exemplos: recolha e distribuição de alimentos, ajuda nos manuais escolares, apoio jurídico, deslocações a atos médicos, cedência do ginásio da Junta de Freguesia para espetáculos, Ioga, massagens, dança, teatro e realização de workshops. Carolina Plancha 7º D e Maria Dias, 8º C Página 6 Reportagem Luísa Marques Diretora de campanhas da Amnistia Internacional Celestina Nunes Coordenadora Operacional A Amnistia Internacional (AI) é uma organização de defesa dos Direitos Humanos. Peter Benenson, um advogado inglês, estava em Portugal, no Chiado , quando viu dois estudantes portugueses serem detidos, pela Pide, por brindarem à liberdade. Peter Benenson publicou um artigo "Os prisioneiros Esquecidos" no jornal " The Observer", lançando uma campanha mundial (Apelo para a Amnistia 1961). Devido a esta campanha, em Julho de 1961, delegados da Bélgica, do Reino Unido, Alemanha, Irlanda, Suíça e dos EUA decidiram formar “um movimento permanente em defesa da liberdade de opinião e de religião ". Assim, a campanha de Peter Beneson acaba por estar na origem da Amnistia Internacional. Em 1977, a AI ganhou o Prémio Nobel Da Paz Pela importância que a AI foi tendo ao longo dos anos em defesa dos Direitos Humanos, quisemos saber mais sobre esta organização e entrevistámos Luísa Marques. A Amnistia Internacional está representada em mais de 150 países. Nos países há grupos que têm um mínimo de 3 a 5 pessoas. As pessoas podem voluntariamente entrar para os grupos, ou pode ser a própria AI a angariar as pessoas. As funções que desempenham dependem de grupo para grupo, mas em todos há sempre um coordenador e um tesoureiro. Nos grupos maiores há responsáveis por campanhas de educação dos Direitos Humanos nas escolas. Quisemos saber que tipos de campanha existem e como podemos participar. Podemos contactar diretamente a AI, ou telefonar, 213 861 664, ou visitar o seu site: www.amnistia-internacional.pt. Este site explica quais as campanhas que estão a decorrer, como participar, como se pode ser voluntário e tem notícias relacionadas com Direitos Humanos. Neste site, também encontramos campanhas globais, ou seja, campanhas em que todos os países da AI participam. Havia curiosidade para saber se em Portugal há violação de Direitos Humanos. Luísa Marques respondeu que os casos que têm acontecido não são muito graves, comparados com situações de outros países. Assim, em Portugal tem havido denúncias de abuso dos agentes de autoridade, prisioneiros maltratados e violência doméstica. Infelizmente, em todos os países acaba por haver violação de Direitos Humanos, embora nuns mais grave do que noutros. E como se sente quando os Direitos Humanos são violados? A esta pergunta Luísa Marques disse que sentia uma grande frustração, mas, como a longo prazo, a AI tem sucesso nas suas campanhas e acaba por ajudar muita gente é um incentivo para ela não desistir e superar a frustração. Maria Dias 8º C Anossa assinatura fez a diferença “Foi libertado o ativista Kartam Joga, que esteve mais de dois anos preso por defender os direitos dos povos indígenas (chamados Adivasi) da região de Chhattisgarth, no centro da Índia. A libertação aconteceu terçafeira, 8 de janeiro. Voltámos assim a confirmar que a nossa assinatura tem mais força do que imaginamos e pode realmente mudar vidas.” (In www.amnistia-internacional.pt, sucesso, 29 de Maio de 2013) histórias de A Escola não é só composta por professores e alunos. Para que as aulas possam decorrer é necessário que muitas tarefas sejam feitas. Cabe aos Técnicos Operacionais algumas dessas funções. Quisemos saber quais são as da coordenadora. A D.ª Celestina tem como responsabilidade controlar a assiduidade de todos os Técnicos Operacionais, o trabalho e o desempenho dos seus pares. Também dá assistência à Direção, aos professores e à secretaria. É, ainda, a D. Celestina que costuma, no dia a dia, abrir a escola. Colabora com a direção na elaboração do horário das funcionárias. As funcionárias estão satisfeitas, porque o horário não é sobrecarregado. Quisemos saber como é a relação entre funcionários, alunos e, ainda, entre funcionários e professores. Regra geral o ambiente é bom, nunca tendo havido um conflito grave entre aluno e funcionário. A D.Celestina diz que os mais pequenos são os mais irrequietos mas que cada funcionário tem o seu perfil para os “colocar em ordem”. Quanto ao ambiente entre professores e funcionários, também é bom e de convivência agradável. A D.ª Celestina está na Escola desde que ela abriu, há 25 anos. Por isso, quisemos saber que mudanças faria. Segundo ela, nada mudaria, pois as várias direções têm feito um bom trabalho e a Escola tem vindo a ser melhorada aos poucos e poucos, consoante o que é possível. Por exemplo, quando a Escola abriu só havia o Pavilhão B (amarelo). Continha tudo, salas, secretaria, bar e direção. O pavilhão A (azul) foi construído um ano depois, os restantes no ano a seguir e o Pavilhão Gimno-Desportivo há 12 anos. Quanto às relações entre todos os que fazem parte da Escola, desde o primeiro dia em que a escola abriu até hoje os laços de amizade vão-se mantendo. Para terminar, quisemos saber se não gostava de mudar de Escola. Mas D.ª Celestina considera-a como a sua casa, “A escola é minha”, uma frase que D.ª Celestina usa muito . E tem orgulho em estar nesta escola, pois já teve várias oportunidades para mudar. Foi admitida para administrativa da biblioteca nacional, mas rejeitou, porque quis manter-se na escola, e nem o dinheiro a fez mudar de ideias, também foi admitida para administrativa na Policia Judiciária com suplemento aliciante mas recusou. A partir daí, nunca mais concorreu, porque a sua paixão é o ensino, mais precisamente a sua escola. Diz com orgulho: “não deixo os meus meninos”. Maria Dias, 8º C Página 7 Iron Maiden: De lendas do Heavy Metal a Deuses do Rock Seja pelas camisolas decorad as com monstros horrendos, pelo in co ntá v el Pedro Carriço—12º F número de álbuns disponíveis, pela própria música ou simplesmente por aquele obscuro colega de trabalho que veste as camisolas com monstros berrantes e que ouve "aquela barulheira extrema", toda a gente já ouviu falar dos Iron Maiden, senão apenas o nome. Classificados como um dos maiores grupos de Heavy-Metal de sempre, possuidores de um dos maiores reportórios discográficos e considerados uma das melhores bandas no que toca a espetáculos ao vivo, Iron Maiden (ou "Fuckin' Maiden", como alguns lhe chamavam) tornou-se um foco de influências, inspirando muitas das bandas de metal que sucederam ao seu aparecimento. Mais do que um símbolo de inspiração para muitos amantes de heavy metal, Iron Maiden tornou-se uma lenda, um culto, marcando um parágrafo na história do Rock, parágrafo esse que ainda hoje não cessou de ser escrito. E agora, ao som de um best-off dos Maiden a rugir na minha aparelhagem, relembrarei um pouco das páginas da história destes "Deuses do Rock". Originalmente formado em 1975 pelo ainda ativo baixista da banda, Steve Harris, a formação do grupo teve um início turbulento, com brigas constantes entre os membros, que entravam e saíam da banda como se do metro londrino se tratasse. Ao fim de uma longa série de disputas, concertos falhados e birras por parte de alguns indivíduos que (deo gracias) acabaram por sair, a banda acabou por ser constituída, quatro anos depois, pelo líder e baixista Steve Harris, pelos guitarristas Dave Murray (ainda ativo na banda) e Dennis Stratton, pelo pouco recordado, mas grande, vocalista Paul Di'Anno e por fim, pelo já falecido baterista Clive Burr. Lançando em 1980 o seu 1º Um olhar sobre... albúm, Iron Maiden e, em 1981, o álbum The Killers (tendo Dennis Stratton sido já substituído por Adrian Smith), e com o subsequente sucesso da sua estreia, a banda acabaria por encabeçar o movimento da New Wave of British Heavy Metal (Nova Onda de Heavy Metal Britânico), que surgiu como resposta de contra -ataque ao movimento punk. Como tal, a banda era alvo das "críticas" de ódio infantis e pouco construtivas dos membros da comunidade punk, que viam nos Iron Maiden um caminho musical mais progressivo e cheio, contrário à ideologia simplista, não criativa e de crítica social desenfreada, fortemente apoiada no lema Do It Yourself dos Punk, que, através dos meios de comunicação, haviam conseguido deitar poeira sobre os "Deuses" do rock como Deep Purple, Led Zeppelin, Black Sabbath, abalando até mesmo os próprios alicerces do Rock, como os Beatles e Jimi Hendrix, entre outros que, ou fosse por estúpido ódio, ou por estúpida inveja, consideravam-nos "dinossauros" do rock. Porém, o ano seguinte, 1982, viu os Iron Maiden aplicarem um valente pontapé entre as pernas do punk, com o lançamento do álbum The Number of the Beast (onde Paul Di'Anno é substituído pelo imortal Bruce Dickinson, devido a um excessivo abuso de drogas e álcool), que levou à ascensão da banda ao estatuto de "Deuses". Mais, a ridícula controvérsia gerada através de acusações de grupos religiosos de que os membros da banda eram possíveis satanistas, informando que as pessoas deviam queimar o álbum, fizeram com que o mesmo aumentasse o seu número de vendas. Sim, a ironia dói um pouco, é verdade. Deixando os disparates de lado, dentro dos Maiden a situação não é agradável. Devido a conflitos exteriores à banda, Clive Burr deixa os Maiden, sendo substituído por Nicko McBrain, que continua ativo na banda ainda hoje. Tal situação não prejudicou a banda, até pelo contrário. Os álbuns subsequentes, Piece of Mind, Powerslave, Somewhere in Time, Seventh Son of a Seventh Son, serviram para consolidar o óbvio facto de que os Fuckin' Maiden tinham vindo para ficar. Porém, por esta altura, já uma nuvem negra pairava por cima da banda. Adrian Smith deixa a banda em 1990, devido a diferenças musicais, sendo substituído pelo poderoso improvisador, Janick Gers. Tal não impediu, no entanto, o sucesso dos álbuns No Prayer for the Dying e Fear of the Dark, tendo o último feito um estrondoso sucesso, reforçando o poderio da banda. A nuvem negra, no entanto, desceu finalmente em 1993: Bruce Dickinson sai da banda em busca de uma carreira a solo, sendo substituído por Blaze Bailey. Os anos que se seguiram (1994-1999) viram o declínio da popularidade dos Iron Maiden enquanto artistas de estúdio, não devido à mudança de vocalista (Bailey cumpriu o seu papel, apesar de alguns fãs terem ficado a coçar a cabeça aquando da sua estreia e do seu estilo vocal, outros argumentando que Dickinson era insubstituível, facto inegável), mas sim devido à popularização do Hip-Hop e das bandas de fusão de rap e metal e da ascensão do Grunge (que tal como o Punk, não passou de mais um ato comercial para encafuar uns trocos nos bolsos das editoras discográficas). Os álbuns The X Factor e Virtual XI contém material de estatuto clássico mas, apesar disso, registaram a popularidade e o número de vendas mais baixo na discografia dos Maiden. Porém, os espetáculos ao vivo não sofreram qualquer declínio na sua popularidade, mostrando que, apesar das adversidades, os Maiden ainda estavam vivos e de saúde. Em 1999, Bailey é posto fora devido a problemas com a sua voz durante um concerto e o mundo assiste ao retorno de Bruce Dickinson (mais uma vez, deo gracias) e de Adrian Smith à banda, agora encabeçada por três guitarristas. Os subsequentes álbuns, Brave New World (2000) e Dance of Death (2003), viram a criação daquele que é considerado o característico ataque de guitarra tripla da banda, culminando na criação de um novo som distinto, colocando os Iron Maiden de novo no pedestal. Da minha aparelhagem saem agora os power chords melódicos do single "Different World", e recordo a estreia do penúltimo álbum Maiden, em 2006, intitulado A Matter of Life and Death. O estrondo que causou deu para sentir o abalo do Heavy Metal. (continua página 16) Página 8 Nos Dias de Hoje! N os dias de hoje, andar pela secundária da portela, é como andar na Toys R’ Us no corredor das bonecas/bonecos. Todos são fabricados segundo o mesmo conceito de “swaggers”, alimentados pelos likes e seguidores no facebook, ou pelas perguntas que lhes fazem em anónimo no ask.fm. Como surgiu esta moda, continua a ser um mistério por revelar, no entanto sabemos que esta doença se propagou e tem vindo a contribuir para aumentar o ego destas crianças que procuram desesperadamente atenção. A integração neste tipo de “bando” é muito simples. Tudo começa pelo estilo: primeiro, as leggins de padrão, bem justinhas e transparentes, a combinarem com uma camisola curta que evidencie os atributos físicos existentes (ou não). Depois, não pode faltar os tennis vans ou air max a fazer pan-dan. Por último, faça chuva ou faça sol, o boné (ou como estes socialões lhe chamam o cap) não pode faltar para fazer o look (continuação) completo. “Hipster” é um estilo que No caso dos rapazes, o estilo não é muito usado mas os não varia muito: o boné tampoucos que o usam são bém está sempre presente, a combinar com uma camisola bastante elogiados, sei estampada com marcas paredisso por experiência prócidas à das pastas de dentes, pria. que lembram alguém que queria chamar a sua mãe quando estava com o nariz entupido: “OBEY”! Quanto à vida social, menos de 2.000 amigos no facebook é algo inaceitável! E se, a foto de perfil não for partilhada pelo menos 30 vezes com a típica frase “gosto na foto, e não na ligação ” um individuo não pode ser considerado pseudo-famoso ou social. É esta a realidade com que nos deparamos diariamente, “Clubber” é um estilo muito colorido! É cheio de neste autêntico mundo dos estampados e penteados diferentes, também usam brinquedos, em que os ado- bastantes piercings, tatuagens e maquilhagem. lescentes parecem bonecos em série. “Lolita” é um estilo muito queriLeonor Sousa, Inês Martins e Inês Figueiredo,12º F do, tens roupas adoráveis! Parecem umas bonequinhas, muito fofinhas! Cheias de lacinhos e cores muito claras. Diz-me o que vestes… dir-te-ei quem és... A moda pode ser interpretada de muitas maneiras, alguns dão importância e outros não. Existem vários estilos de roupa, muitos até afetam a personalidade...como o estilo “Emo”, “Vintage”, “Hipster”, “Clubber”, “Lolita”,...etc. Se te quiseres tornar uma/um “Emo” é preciso muito trabalho, pois como se mostra na imagem, o cabelo não é coisa fácil...é muito arranjado e cheio de cores, já para não falar dos piercings, da maquilhagem e das tatuagens. As roupas, hoje em dia, são muito fáceis de arranjar, pois quase todas as lojas vendem um pouco de tudo. “Vintage” é um estilo do momento, por isso não é muito difícil de obter o estilo, basta entrares numa loja e comprares a roupa. Jéssica Troncão, 8º C A moda e eu… A moda para mim é uma das coisas mais importantes na minha vida, é pela minha paixão pela moda que sou diferente entre as minhas amigas! Já fiz umas peças de roupa: uma saia, um top, um colete, dois vestidos...e muitas dessas peças me deram bastante trabalho. O meu estilo...eu sou fiel ao meu estilo...por exemplo, a minha melhor amiga não é fiel ao seu estilo, está sempre a trocar...num dia é “Lolita”, no outro é “Emo”...mas enfim, somos melhores amigas! A moda pode ser importante para algumas pessoas como pode não ser...eu gosto muito de moda, roupa, acessórios e maquilhagem...mas nunca iria sofrer por uns sapatos ou por umas calças, também nunca usei maquilhagem...mas muitas pessoas enganam-se ao pensar que por gostarem de uma coisa têm de a fazer...é errado porque às vezes não temos idade para usá-las ou fazê-las (ex.: saltos altos e tatuagens). Jéssica Troncão, 8º C Nos dias de Hoje! Página 9 Parents-child relationship The family is always very important, because with a family we have everything. Above all we have love. Sometimes the relationship father-mother-children changes, because they don't respect us, and the most important thing to build a relationship is confidence. Doing things together, learning, spending time to go to the cinema, all that is very important. We don't spend a few minutes thinking about this, but... We love so much our parents, and for us the most important thing is the family, because without a family we would be nothing. Inês Vasconcelos, 10º D Before a certain age, we live under the constant protection of our families, especially of our parents (at least the ones who were lucky enough to have a good family). As we grow, this protection tends to go down as our responsibility develops. But it is in those times that we create indispensable values like love, trust, share, care, respect, and many others. The person who hasn’t had this upbringing will almost certainly have less success than one who had strong Inês Barroso, 11º G family bonds. Nowadays, I believe that parents -child relationships are a bit different. In my opinion, parents in the past used to hide much more topics from their kids, like sexual issues. They simply didn’t talk about it in those times, like it is done now. Communication is better now, I think. And that is the main key to build a stronger relationship. Share experiences and problems, from both sides, not just teens to parents, is the best way to have a good relationship, not forgetting that love and care are essential in a family. Inês Almeida, 10D Every parent wants the best for his child. They want their child to have a good future and a successful career, but when the child becomes a teenager they start to have their own opinion which leads to disagreements between them. The family plays a big part in the development of the individual. Being overprotective doesn’t allow the teenager to learn from his mistakes. Being too permissive doesn’t help either. Parents need to listen to their children’s problems because lack of communication is one of the biggest barriers in the parent-child relationship. In my view, this relationship changes a lot when the child becomes a teenager. Teenagers become more independent and they want to gain maturity fast. It’s a quick turn in parents’ life. Doing things together like going to the beach or going shopping is also a great way to strengthen the bonds between parents and children. Catarina Braz, 10º D Silêncio... Em todas as escolas há turmas barulhentas. Turmas em que os alunos consideram as aulas como um prolongamento do intervalo e continuam a falar, mesmo depois de o professor ter aberto a lição e escrito o sumário. Felizmente são poucas … A culpa é, obviamente, dos intervalos, que são sempre demasiado pequenos para se fazer o que quer que seja, quanto mais para discutir o que se comeu no jantar do dia anterior. Uns míseros dez, quinze, vinte minutos servem para tanta coisa como uma agulha num palheiro. Assim, os alunos ocupam as aulas, que deviam servir para aprender alguma coisa de útil para a faculdade, com discussões filosoficamente importantes de foro pessoal, público ou académico, desde o gato siamês branco, fofinho da Susana ao assalto ao Banco da Rua das Necessidades, passando pelo rapaz loiro do 12º H que tem uma maneira muito gira de revirar os olhos. E quando o professor pergunta «O que é que eu estava a dizer?», os alunos repetem as últimas frases que o professor disse (tipo papagaio), e o docente fica sem saber se os miúdos estão a gozar com ele ou se estavam mesmo a ouvir. Para combater este problema, os professores desenvolveram variadíssimas técnicas, umas mais infrutíferas do que outras. Há quem entre na sala aos berros e saia da sala rouco; há quem dê um berro esporádico; há quem mande um aluno dar um berro, porque não está para estragar as suas ricas cordas vocais; há alunos que dão berros por conta própria, arriscando-se a uma repreensão pelo bem comum. Mas como a função calmante dos berros ainda não foi cientificamente provada, há professores que não repreendem ninguém e se limitam a dar a aula para o boneco. Há ainda alguns professores que misturam os berros com o silêncio, batendo com o livro de ponto na mesa, com tal violência que no final do ano o livro de ponto está tão escangalhado que nem serve para a reciclagem. Aos Diretores de Turma cabe a árdua tarefa de harmonizar tudo e evitar sarilhos, mudando a planta de sala de aula praticamente todas as aulas, o que, sinceramente, não produz grandes efeitos a longo prazo, visto os alunos conheceremse basicamente desde o berço. A culpa dos alunos falarem nas aulas não é dos professores, porque os professores fazem um esforço quase sobre-humano para os manter quietos e calados durante cinco minutos. Não é dos Diretores de Turma, pois os Diretores de Turma passam a maior parte dos seus dias a suar em bica, congeminando a melhor maneira de afastar Fulano, Sicrano e Beltrano, sem estragar a dinâmica de sala de aula e arranjar problemas. E a culpa não pode ser obviamente de Fulano, Sicrano e Beltrano, pois os alunos também precisam de tempo para discutir à saída da próxima sexta feira à noite e se o almoço do dia seguinte na escola é carne ou peixe e se a carne ou peixe são bons. A culpa nem sequer é do Ministério da Educação, porque o Ministério da Educação nem sequer põe os pés na escola. Portanto, se a culpa não é de ninguém, então só pode ser dos intervalos: são demasiado pequenos para se fazer alguma coisa de jeito com eles. Se houves- se intervalos de quatro horas e aulas de uma, tudo se resolveria num instante … Rita Martins 11º F “Ser poeta é ser mais alto” Florbela Espanca Página 10 Porque o mar reflete o céu Navega de uma vez sai destes portos sem vida nem sortes só sabemos olhar e o mar observar mas ficamos em terra com medo de navegar Padrões erguidos em túmulos de civilização somos hoje aquilo que navegadores nunca sonharão Maria Matias, Alexandra Morais e Catarina Silva 11º G Ser Palavra que já senti Já tentei voar, Mas não consegui. Já tentei sonhar, Mas do céu caí. Se tu falas, O teu mal calas. Para todos é difícil dizer, Mas porque está a morrer. Nas nuvens eu desisti, Mas no azul percebi, Que podia cair, Mas do chão eu não ia sair. Mentira ou verdade , Nunca é fácil. Admitir tal maldade, Com ou sem falsidade. Eu podia desaparecer, Eu podia ser. Ser eu, não um sonho Mas gosto de o ver risonho. O medo todos têm , Não são fracos. Fraco é quem não tem coragem de admitir, Que se está a redimir. Eu , sou assim, Assim quero ser, E dar o meu coração, a quem lhe pertencer. Eis a minha duvida: Vou conseguir ? Não quero saber a resposta, Porque ela estará sempre a mentir. Como tu estás, Ou como devias estar. Não parar. Isso é amar. Agora vou viver, Vou ser, Eu, E defender o que é meu. Ódio ? Palavra que todos sentem, Eu sinto e tu também. Mas é palavra que nunca falei. Porquê ? Eu não sei, Mas aprendi A viver sem. Agora estou contente, Agora foi a mim. Agora sente, O ódio que eu senti. Carolina Plancha 7º D por isso navega que o mar está a oeste deixa esta praia do Tejo por um Tagus diferente és bela por teu silêncio como nas terras de D.Sebastião foste pois mostra-me que a Este não existem só reis e cortes Navega de uma vez porque coração lusitano tens deixa os infiéis falarem de que te levaram o rei És única como a navegar terás de ser quero te ver viver teu nome por oceanos ressoar Sem nau sem caravela guiando-te pelo luar Carolina Plancha 7º D Ana Pires e Melissa Fernandes 11ª G Orgulho de ultrapassar Ruína de ser ultrapassado Medo imenso de sonhar O que não é alcançado Estando tão no topo… Mas bem lá no fundo Caio dum abismo louco Desapareço num segundo Talvez esquecida, Sem mérito algum. Sem ser reconhecida Nem fora do comum. Pode não fazer sentido, Pode não fazer chorar… Desde que não seja esquecido O que vim confessar. Talvez ao ter envelhecido Já devo ter feito chorar O ser mais inibido A quem o medo fui contar Talvez não tenha caído Neste medo que é só meu. Tendo então sobrevivido, À afronta que sou eu. Ana Penedo 9ºA “AS ÁRVORES” As árvores morrem de pé E ali permanecem erguidas, Sem fazer grandes alaridos, Ali morrem esquecidas filha da lua sem governo sem república De braços voltados ao céu De fé e esperança perdida Sem que lhes tape um véu, Despidas de folhas e de vida. navega de uma vez que vou governando o céu que por ti azul se fez Ainda próximo da morte Esticam seus membros magros, Mantendo uma personalidade forte Para proteger os mais fracos. Frederico Benvinda 12º F Saber viver, Saber seguir em frente, Saber ser. Sem razão aparente. “Um Medo Só Meu” A árvore fica… Finalmente solitária Fitando o céu, abdica Da vida que a prende À terra estacionária. Solta então um grito mudo Sua alma torna-se liberta Seu corpo servirá de escudo Pois este será para o mundo A sua grande oferta. Ana Penedo 9ºA “Ser poeta é ser mais alto” Florbela Espanca Página 11 Indefinição Soldado de Barro Em vivo fogo Nações, homens e armas Ganância, territórios e traição é como tua vida numa guerra sem razão Em vivo fogo me tornou o amor, Que só de te querer, queimou Com tanto e tao repentino ardor. É amar-te que define quem sou E que quanto mais hesitamos em falar, Mais penso no teu sorriso delicado, Mais sonho com teu cabelo dourado. Mas quando me perco no teu olhar, Já não queimo, afogo-me no mar Que me inunda o coração Nas ondas quentes de paixão De te profundamente amar. E sempre que cruzarmos olhares, Verei os imensos mares Que nunca hei-de navegar Na minha nau feita de te amar Levanta-te anda Podes simplesmente pensar qual mente brilhante qual génio em corpo endurecido Maleável pensamento do barro torneado à imagem do criador Pensador Luta soldado por esta tua missão luta pela guerra de pedra onde teu barro é munição Hugo Alves, Sinto-me a afogar, Mal consigo respirar No meio de tanto vazio, No meio de tanto ar. Fico a tremer de frio E a ferver de dor, A sorrir da tristeza E a chorar o amor. A odiar a tua beleza, Sem ter a certeza De quem é caçador E quem é presa. 12º Armas de ferro Punhos de aço E tu que apenas querias poder dar mais um passo Querias ter sonhado? Querias ter pensado? querias ter amado? gues a Rodri Carolin heiro 11º G in Inês P Para tudo fazeres não existe tu, soldado És fonte de minhas mãos de noite filho de águas roubadas utilizadas para amadurecer teu corpo de argila saqueada Frederico Benvinda 12º F Amizade Amizade um ponto de abrigo que está sempre contigo A tua amizade é tudo para mim Por mais que sejam as discussões Sinto-me farto de ser eu Não sendo o que sou Nem o que antes era, Sou só o que restou, O que a tua boca não queimou Na tua chama de quimera. Vivo sem vida Numa paixão desgarrida De algo simplesmente complexo. Procuro-a num reflexo, Minha alma perdida, Quando percebo por fim Que este mundo não é para mim. e Hugo Alves,12º B Não sei… Já não sei mais se sei Se foste tu que me afastaste Ou se fui eu que me deixei Porque oscila entre amor de aço E esse horror por que passo De não saber o que faço, Só me vendo num futuro baço. Não sei se hei-de correr atrás de ti Ou se me deixo ficar por aqui. É que sabes, meu amor, tenho medo Que seja muito tarde ou cedo. Sei que se fosse fácil Não teria emoção do romance Mas fazes-me sentir que não há chance. Nunca vai ter fim Tu estás sempre ali para me alegrar Para a minha cabeça levantar Tento convencer-me que não te amo Mas quando vejo teus olhos que adoro Ou ouço teus risos que devoro, “Amor” é o nome que te chamo. Para que a tristeza que me encontra A amizade às vezes me salvar A tua amizade é tudo para mim Hugo Alves, 12º B É isto que estou a escrever e muito mais Está sempre a ajudar quando cais A amizade é para viver e aproveitar Não é para a sofrer e nem para acabar Margarida Ferreira 7ºD Uma Terra de Sonho Era uma vez... Rita Martins 11º F Sintra era uma terra estranha, rodeada de nevoeiro e bruma. Dizia-se que ali moravam criaturas espantosas, saídas diretamente dos mitos antigos e das lendas passadas que povoam a nossa imaginação. Dizia-se que a serra agreste e meiga as adotara como suas filhas naturais, amando-as no vale de sombras profundas estirado a seus pés. Murmurava-se aos quatro ventos que aquelas verduras serenas, aqueles ventos suaves, aqueles penedos felizes, aquelas águas límpidas abrigavam seres fantásticos, protegendo-os de olhares indiscretos e desejos malignos. Havia quem dissesse que era tudo invenções de velhos senis. Uma mentira bem elaborada para atrair turistas. Outros, mais sensíveis aos olhos da alma e aos ouvidos da imaginação, afiançavam a pés juntos que viam esses monstros místicos, passeando à luz do dia. Mas, misticismos à parte, a verdade é que quem visitava Sintra se deixava encantar pela verdura macia que se desprendia das paredes musgosas do Ramalhão, pelo ar gélido da manhã que os recebia à chegada e lhes enregelava os ossos, pelo cheiro agradável que pairava no ar e lavava a alma das preocupações do dia-a-dia. A visita começava às dez e meia da manhã, no Palácio Nacional de Sintra, e estendia-se até à uma da tarde, acabando em Seteais. Alguns membros do grupo abriam a boca de espanto quando viam um duende verde a juntar-se a eles, enquanto os outros permaneciam impassíveis a olhar para a guia. O duende verde piscava-lhes o olho, com o indicador à frente dos lábios, sorrindo. E a visita principiava. O Palácio de Sintra fora residência de reis durante oito séculos e fora muito utilizado na Idade Média como refúgio da Corte durante os meses de verão e para a prática da caça. Dali, avistava-se, no alto da serra, o Castelo dos Mouros, cenário de batalhas esforçadas e guerras perdidas, e ouvia-se o clamor por Alá dos mouros derrotados e o tinir eterno das espadas pesadas, luzindo ao sol. A seguir, visitavam o Hotel Nunes, demolido há já alguns anos e substituído por outro mais moderno, mas de gosto duvidoso, o Tivoli. Visitavam as memórias que restavam dele: às vezes ouvia-se a cozinheira anafada a remexer nos tachos e nas Página 12 panelas, outras vezes, era a criada louca que se enforcara na sala de jantar; outras ainda era o roçagar de beijos proibidos e carícias adúlteras entre dois amantes apaixonados. Depois, seguiam para a velha Lawrence, onde dois faunos de cachecol vermelho ao pescoço e guarda-chuva em punho davam as calorosas boas-vindas aos visitantes. Lá dentro, a par da rececionista humana, um gnomo de jardim atendia com modos educados e eterna paciência uma cria de dragão com um violento ataque de tosse. Lá fora, numa das janelas gradeadas, repousavam ao sol morno da manhã as sandálias aladas de Hermes mensageiro e no andar de cima dois elfos domésticos de grande sorriso nos lábios poliam com afinco as armas de uma amazonas de férias, vigiando de quando em quando a figura pálida e sinistra escondida por entre as sombras das ramagens verdes do pátio do outro lado da estrada, onde outrora havia burros e burriqueiros que levavam os turistas à Pena. E por falar na Pena, tinham de ir andando, que se fazia tarde e depois não conseguiam ver tudo. Dali à Cascata dos Amores era um esticão dos grandes. Pelo caminho, ainda encontraram um grupo de caçadores, valentes homens que, há força de cordas e chicotes, tentavam domar o carácter impetuoso de um unicórnio que se deixara encantar por uma menina virgem. Na cascata, pairava uma música doce e melódica, que deixou todos os rapazes pelo beicinho e provocou acessos de náuseas e vómitos às raparigas. Ao aproximarem-se, viram um par de sereias marotas de bela voz, uma a ouvir o mar dentro de um búzio, a outra a pentear os longos cabelos loiros com um ouriço-cacheiro. Com muita força e alguma persistência, conseguiram arrancar os rapazes dali e avançaram para a Quinta da Regaleira, outro esticão. A Quinta era guardada por dois centauros sábios e imponentes. De lá de dentro escoava-se uma alegre vozearia de gárgulas que voavam atarefadas para trás e para diante, levando ingredientes misteriosos à bruxa de verruga no nariz no outro lado da estrada, que cozinhava ao pé da Árvore Sábia, embriagada nos vapores de uma poção para corações partidos. Mais acima, perto das Cavalariças, o lobisomem de proporções gigantescas, fortemente acorrentado, rosnava furiosamente a todos os que passavam. ( Continua pag. 19) Livros e Opiniões Página 13 Li o livro Evangelho Segundo Jesus Cristo Comprei-o no início do verão, com o intuito de o ler durante esse período, porém tal não me foi permitido. Entre trabalhar e escrever, pouco ou nenhum tempo me sobrou para ler, nem os meus próprios escritos, menos ainda os dos outros. Ainda assim a minha sede de ler, o que pode parecer exagerado, mas tenho-a, exigia uma leitura e fazia-me sentir ignorante por não o fazer. Então, num gesto vingativo li o livro por inteiro numa semana, todas as suas quinhentas e setenta e sete páginas, mais coisa menos coisa pois o livro não se encontra à minha cabeceira. Li, apreciei, admirei. O génio literário de José Saramago é indiscutível e como tal somente elogios tenho a dirigir -lhe, não as dirijo a ele pois nada conheço da sua vida pessoal que mereça tais congratulações. Este livro tem embutido nas suas páginas um árduo e exaustivo trabalho de pesquisa minuciosa tanto da Bíblia, da Tora, de toda a história do povo hebraico e os costumes Judeus da época, explicando-o minuciosamente, por vezes até demais. 100 Histórias de Todos os Tempos, Maria Alberta Menéres Este livro, que marcou a minha infância, é da autoria de Maria Alberta Menéres. É um livro que tem várias histórias tradicionais que gostamos sempre de lembrar: “A princesa e o Sapo”, “Os três porquinhos”, “A lebre e a tartaruga”, entre outros. Gosto muito deste livro porque me acompanhou sempre desde os meus seis anos de idade e ainda hoje o tenho no meu armário. Este livro faz-me lembrar também a minha mãe, pois era ela que me lia todas as noites uma das histórias para eu adormecer. Como é óbvio, agora já não me lê essas histórias, mas acho que a Maria Alberta Menéres devia ter continuado a publicar livros grandes como este, mas com 100 ou mais novas histórias para encantar as noites dos mais pequenos e avivar a memória dos mais velhos. Ainda gosto muito deste livro e por isso o apresentei agora que tive esta oportunidade para o fazer. Gonçalo Oliveira, 7ºF Uma leitura feita de drásticas mudanças e polos opostos, um sendo marcado pelo tédio constante, que chega a dar sono, perdoem-me a crítica exageradamente depreciativa, e o outro feito por excitantes e interessantes páginas, que agarram de tal forma o leitor que vinte páginas passam como nada. Este livro foi aclamado como polémico e considero que a ida do autor para Espanha foi mais que justificada! Eu rio, juro que o faço, quando vejo pessoas a perguntarem-se, algumas até revoltadas, com o porquê de José Saramago ter ido para Espanha, deixando para trás a sua pátria, eu respondo, com um toque de desprezo pessoal que foi a pátria que o deixou para trás. Foi insultado e desprezado, considerado um não-Português e um patife. Porém, quando o Prémio Nobel lhe caiu nas mãos, todos o aclamaram como vindo desta pátria, nascido e criado aqui, chamando-o ilustríssimo José Saramago, excelentíssimo. Pobre gente que não sabe o que diz nem do que fala! The Perks of Being a Wallflower, Stephen Chbosky Uma vez li um livro Um livro que mudou a minha vida E a maneira como vejo as coisas Um livro que me fez sentir amada E infinita pela primeira vez A primeira vez que se tornou a última Um livro que eu tive o prazer de ler De ler mais de dez vezes E que depois foi feito filme Uma vez num papel sem linhas Ela escreveu um poema Chamou-lhe The Perks of Being a Wallflower Porque esse era o nome do livro E isso é o que era tudo. Rita Peças, 7º 2ª Sérgio Alves, 11ºF A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson versus História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar, de Luís Sepúlveda. Acho que o livro A Ilha do Tesouro como tem muitas descrições torna-se maçudo e, por isso, a história fica desinteressante. Também há partes do livro que são difíceis de ligar e acaba por parecer que não têm nexo, o que desmotiva a leitura, porque se torna aborrecida. Penso que um livro muito melhor para ler seria, História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Este livro ensina-nos três coisas muito importantes: a pedir ajuda quando é necessário; a contornar as regras para ajudar alguém, desde que não prejudique ninguém; a cumprir as nossas promessas mesmo que isso signifique termos muito trabalho. Ao lermos esta história podemos perceber os valores de entreajuda e da compaixão dos outros por nós. No final da história eu senti orgulho pela personagem principal, porque apesar do imenso trabalho que teve manteve-se firme e cumpriu as três promessas. É um livro comovente, embora não traga lágrimas aos olhos. Maria Dias, 8ºC Sugestões Pontos de vista... Página 14 temente da natureza do seu fascínio, ambos recorrem à criatividade e à imaginação para desvendarem e tentarem compreender os mistérios do mar. Daniela Cordeiro, 12.º C Secundário para Totós Melissa e Ana Pires 11º G A importância da visão sobre o mar O mar é uma fonte de enorme importância para o Homem. Quer seja como fonte de subsistência ou de rendimento, o mar é de tal modo fundamental que, desde que descobrimos o seu potencial, nunca abandonámos a exploração dos seus recursos. É, no entanto, o maravilhoso que o mar representa que estimula cientistas e artistas a estudá-lo e interpretá-lo de diversas maneiras. O fascínio pelo mar, vivido por muitos cientistas, pode, pensamos nós, ser explicado pela oportunidade de exploração do desconhecido que este representa, um pouco à semelhança do que os marinheiros das epopeias clássicas sentiam. Tão espetacular é o mar como a vida que este alberga e o fundo do mar, repleto de lugares recônditos que apenas se tornam acessíveis à medida que a ciência evolui, é o ambiente de eleição para a descoberta do extraordinário marítimo. Aí, inspirados pelo maravilhoso de figuras míticas como sereias e monstros, como, por exemplo, o Adamastor, os cientistas reveem este universo de criaturas fabulosas nos seres de proporções e características invulgares que encontram. Em oposição aos cientistas cuja admiração pelo mar se reflete numa observação e estudo objetivos, o artista recorre à subjetividade para representar a sua conceção do mar. Esta resulta da expressão dos sentimentos que o mar lhe proporciona. As sensações manifestadas podem, por exemplo, ser desencadeadas pelos reflexos, pelas cores, tanto do mar como da vida que este hospeda, pelo movimento, entre outras. Para exemplificar, Charles Baudelaire, das sensações que captou do mar, escreveu “Homem livre, tu sempre gostarás do mar”. De ambas as perspetivas, o mar simboliza transformação. O cientista tenta ultrapassar a barreira do desconhecido e o artista molda sensações, sons, paisagem que o mar disponibiliza, convertendo-os em palavras, ilustrações, em Arte. Independen- Um, desvias o olhar. Dois, afundas-te na cadeira. Três, quanto mais olhas para elas, mais as solas dos teus sapatos se tornam interessantes. E agora admite, já todos nós estivemos nesta situação: aquele mini-ataque de pânico quando um professor faz uma pergunta à turma, naquele preciso momento em que não estavas a prestar atenção. (Sim, vamos fingir que era só naquele momento.) Então aqui tens, algumas dicas essenciais à tua sobrevivência no secundário. Se calhar não precisas delas. Se calhar és do sétimo ano e até já te apercebeste de todos estes truques. Nós tivemos de estar cá dois anos para tirarmos tais complicadíssimas, exaustivas conclusões. A primeira é a regra de ouro: Mantém sempre contacto visual com os professores. Não, isto não é sinónimo de os fitares de olhos arregalados, e de dares uma de perseguidor obcecado. Nenhum professor quer sentir que precisa de instalar um novo sistema de segurança em casa só porque não paras de olhar para ele. Não, meus amigos, o truque é muito mais subtil. Basta acompanhares o movimento deles pela sala enquanto mentalmente pensas no resultado do jogo de ontem à noite. (Este truque é também apelidado de “dormir com os olhos abertos”.) E o truque, como em tudo, é prática. Não te sintas desencorajado das primeiras vezes. Em poucos meses conseguirás ser um expert, acredita. E esta é mais uma caução que outra coisa. Agora que estamos no fim do ano, tento na língua. Há certas coisas que não precisas de exteriorizar, acredita. Por mais que te tenham dito que a honestidade é importante, os teus pais nunca quiseram dizer que era essencial que te escapasse algo semelhante a “Tchii, stor, ainda bem que para o ano não estamos consigo.” Meus amigos, lamento informar-vos: os professores dão continuidade no secundário. Portanto, seguindo esta bela saída desapropriada ouvirás muito provavelmente um “Ai não?” do teu professor, e terás uma agradável surpresa quando entrares na sala em Setembro. E porque um bom mágico nunca revela todos os seus segredos, aqui nos despedimos. (Okay, vamos ser honestos, é porque ainda também não os descobrimos. Esperamos ferverosamente que o 12º ano seja aquele em que atingimos a sabedoria completa. Ou então, bem vamos precisar que alguém nos escreva um Universidade Para Totós.) Rafael Ramires, Rita Barbosa, Telma Pais, 11º A Página 15 Dia do Agrupamento Para mim o dia do agrupamento não começou muito bem. A caminhada foi um bocadinho desagradável. Achei que a ideia de tentar motivar os alunos para o agrupamento foi boa, mas julgo que este não foi o método certo. Quer dizer, fazer todos os alunos e professores andar até ao Jardim da Portela, seguidamente andar uns bons metros para, depois, voltar ao mesmo sítio, não me parece o melhor. Também não me entusiasmei com o hino, pois das duas vezes que fomos para o jardim da Portela tivemos de cantar a canção do agrupamento. É claro que os estudantes da primária gostaram, mas, obviamente, para os alunos do 2º, 3º ciclos e secundário não foi tão entusiasmante e, como reparei, muitos ,não só eu, não gostaram. Mas, penso que o pior foi a parte de termos de andar e andar... O restante dia foi muito agradável. O ambiente foi de alegria e descontraído. A maioria das atividades estavam bem estruturadas e eram apelativas e divertidas. Quanto ao karaoke foi, para mim, a atividade mais chamativa e engraçada para os alunos. Eu teria preferido que a organização atribuísse a quem ganhasse o 1º, 2º e 3º lugares um prémio simbólico. Feito o balanço deste dia julgo que foi bom, agradável e deu para mudar e desanuviar de certa forma da escola e de tantas aulas. Carolina Plancha , 7º D Pontos de vista… ignorada, mas também ninguém gosta de ser ignorado em momento algum. Como se sente quando numa aula de revisões os seus alunos não colaboram consigo? Muito preocupada para além de triste. Preocupada porquê? Quando faço as revisões, ou quando estão a treinar para um teste, ou para um exame, se não estão atentos podem ter maus resultados e isso não é bom para ninguém. Já alguma vez se passou um episódio menos bom no decorrer da aula ao ponto de se irritar? O que faz e como se sente? Já aconteceu. Há alunos que não só não respeitam o Professor e isso não é bom, mas também não respeitam os colegas e isso ainda me irrita muito mais. O que me apetece fazer? Pô-los na rua embora evite essa situação, dado que todos os alunos têm o direito a aprender. Se eu os puser na rua tiro-lhes esse direito. O que esses alunos esquecem está intimamente relacionado com o dever de respeitar os outros. Logo, se não respeitam os outros alunos eles deixam de ter o direito de aprender. São situações complicadas. Acha que o relacionamento entre alunos e professores é positivo ou negativo? Até hoje, considero positivo, mesmo naqueles casos em que há algumas zangas ou conflitos. Até hoje conseguimos resolver os conflitos antes de crescerem muito. Os alunos são espertos e entendem quando não devem ter determinadas atitudes. Qual é a sua reação habitual quando vê um aluno a copiar num teste? Dra. Leonor Hormigo Irritada, muito irritada, porque quando um Professora de Geografia aluno copia está a cometer uma fraude. Não só se está a prejudicar como está, Como se sente quando se esforça ao mais uma vez, a prejudicar os seus colemáximo para ensinar os seus alunos e gas. Em qualquer momento na vida real eles a ignoram ? copiar é crime. Fico muito triste porque não gosto de ser Do outro lado da mesa Obrigada por ter respondido às minhas perguntas. Eu é que agradeço por se ter lembrado de mim. Margarida Ferreira, 7º D Dra. Leonor Plancha Professora de Matemática Como se sente quando se esforça ao máximo para ensinar os seus alunos e eles a ignoram ? Sinto-me bastante frustrada e tento motivá -los da melhor maneira. Se eles me ignoram, por exemplo, chama-os ao quadro, assim, eles concentram-se e acabam por aprender. Como se sente quando numa aula de revisões os seus alunos não colaboram? Sinto-me aborrecida e cansada por eles estarem desatentos e estar sempre a chamar-lhes a atenção. Muitas vezes peço aos alunos que vão ao quadro fazer exercícios e explicarem aos colegas a resolução. Já alguma vez se passou um episódio menos bom no decorrer da aula ao ponto de se irritar? O que faz e como se sente? Muitas vezes, pois quando estamos a explicar e os alunos não estão sossegados não aprendem e não deixam os colegas aprender, sendo uma falta de respeito para com o trabalho do professor. Acha que o relacionamento entre alunos e professores é positivo ou negativo? A minha relação com os alunos é bastante positiva. Qual é a sua reação habitual quando um aluno copia nos testes? Retiro-lhe o teste, ou digo-lhe que não pode copiar, porque não está a aprender e só se está a enganar a si próprio. Maria Carolina Silva, 7º D Página 16 Um olhar sobre... (continuação da página 7) Iron Maiden: De lendas do Heavy Metal a Deuses do Rock Da minha aparelhagem saem agora os power chords melódicos do single "Different World", e recordo a estreia do penúltimo álbum Maiden, em 2006, intitulado A Matter of Life and Death. O estrondo que causou deu para sentir o abalo do Heavy Metal. Tanto fãs como críticos colocaram o álbum ao nível dos originais da banda, dito como um dos melhores de sempre. Na altura já me havia introduzido no mundo do rock, mas adquiri o CD apenas 4 anos depois, no Verão de 2010. Recordo também que no mesmo mês o último álbum dos Maiden, The Final Frontier (2010), havia saído e os alicerces do mundo do Heavy Metal tremeram, mais uma vez, tendo esta última peça do reportório da banda saído melhor do que o anterior, em especial entre os fãs e críticos, algumas músicas chegaram mesmo a adquirir um lugar ao lado de outros clássicos Maiden. Ainda assim, comprei o A Matter of Life and Death. De todos, era de longe o que mais me atraía e tinha sido através do single "The Pilgrim", presente na obra, que a minha jornada no mundo Maiden havia começado. De facto, o significado pessoal atribuído a esse álbum, da minha parte, foi o suficiente para me levar a gastar 10 euros numa caixa de plástico com um CD e um livrete. Como fã do universo Maiden, seria blasfémia não mencionar a base de fãs da banda, uma das maiores do mundo. Todos os 20 milhões de fãs, de um lado ao outro do Atlântico, seguidores acérrimos dos seus ídolos, são não só o estímulo propagador da loucura Maiden e o combustível principal que alimenta a chama Maiden no mundo, mas também como guardiões e defensores da musicalidade do grupo, combatendo os blasfemos hereges que se atrevam a questionar ou a deturpar a banda. Em boa verdade, os membros desta comunidade farão da conversão destes "não crentes" em verdadeiros adeptos do grupo, a sua principal missão. Ou então simplesmente aniquilam-nos. (‘Tá bom, talvez tenha exagerado) E como se não chegasse só o reportório de sucesso e o apoio de um exército de fieis, estes "velhos dinossauros" do rock continuam ativos ainda hoje, sendo um dos poucos grupos nascidos no final da época de ouro do rock que não se separaram, mantendo assim os velhos fãs que os conhecem desde o início e recrutando novos, que a pouco e pouco vão recolhendo e apreciando material anterior e mais antigo, e levando ao mundo, atrás de inesquecíveis espetáculos, aquilo que melhor sabem fazer. Levados não só pela música, qualquer fã dirá, numa frase em que metade dos adjetivos descritivos são asneiras, que a atuação da banda ao vivo é um "espetáculo do c******!", desde a perícia extrema vocal, ou pela pirotecnia das guitarras e do baixo, acompanhadas por uma tempestade de bateria avassaladora, até ao show de luzes e fundos artísticos e, claro, até ao inesperado momento em que Eddie the Head, a mascote da banda, com três metros de altura, entra em palco. Pioneiros do género a que chamamos heavy metal, aos Iron Maiden é atribuído o mérito de manterem vivas as influências dos "Deuses do Rock" que lhes precederam, como Black Sabbath, Judas Priest, Deep Purple, entre outros grandes. Recolhendo a inspiração e influência necessárias para a criação de um novo estilo musical mais cru, mais obscuro, mais agressivo, incorporando elementos do hard rock, deixando de lado os blues e segurando elementos melódicos e harmónicos, misturado com temáticas sobre a morte, ficção, terror e literatura, depressa os Maiden passariam também a serem motivo de inspiração para outros, ascendendo ao estatuto de "Deuses do Rock", ao lado dos seus predecessores. E olhando atentamente, apesar de já terem passado mais de 30 anos desde o lançamento do álbum inicial, creio que talvez ainda seja cedo para nos apercebermos do quão grande é a marca deixada por estes Senhores (com "S" grande) na história do rock. Um dia, quando as páginas do capítulo dos Iron Maiden deixarem de ser escritas, o mundo será herdeiro de um dos maiores legados, não apenas musical, mas musicalmente artístico. Mas para já, o mundo apreciará o que os Maiden nos deram, nos dão e (esperemos que seja assim) nos darão. Certo é que a história, os recordará, para sempre como uma das, senão, A maior banda de heavy metal de todos os tempos! Por isso, longa vida aos Iron Maiden e UP THE IRONS! Pedro Carriço—12º F Paixão d’Alvorada Sinto o calor gritante e o sal da madrugada. O toque cativante, de um calor provocante: Paixão d’Alvorada. Let’s do the same tonight. We could give a new twist. Let’s stay side by side. Will you try to hide? You’re so hard to resist. Refrão: Should I ask the sea? Will it answer me? Ele dirá que acabou Que o tempo passou Que eu já te perdi. “Bridge”: Bring me dawn again. Now that’s all behind. Try to understand. Can I keep you in my mind? Refrão: Should I ask the sea? Will it answer me? Ele dirá que acabou Que o tempo passou Que eu já te perdi. letra: Beatriz Valentim; música: Beatriz Valentim e Pedro Dias Página 17 Nem a chuva impediu os participantes de darem o máximo até à meta. No dia 16 de Novembro realizou-se o Corta Mato Escolar, no qual participou cerca de 75% do nosso Agrupamento. Orientados pelos Professores Carlos Lopes, José Fortes e Patrícia Monteiro, todos os alunos de Desporto estiveram envolvidos na organização do evento, acompanhando os alunos até ao Quartel de Regimento de Transportes, na montagem do percurso, na entrega de águas, maçãs e na recolha de lixo, assim como, na verificação do percurso que os participantes fizeram. Posteriormente, e devido à boa organização do nosso Corta Mato, foi-nos pedida a colaboração na organização do Corta Mato Local, onde participariam todos os apurados das fases escolares da zona de Loures. O nosso Agrupamento foi representado não só na organização, mas também como participantes nas corridas. Aconteceu... habitamos e/ou estudamos e das relações sociais e humanas que nele se estabelecem. Propusemo-nos responder, na forma de um cartão postal, à questão: Que lugar é a Portela? Pusemos mãos à obra e realizámos uma coleção de postais que representa a nossa visão da Portela, tendo como base as referências arquitetónicas, culturais e sociais que tornam este lugar singular. No dia 19 de Abril, inaugurámos a exposição onde se apresentou o processo conceptual percorrido ao longo do projeto. Contámos com a presença de muitos elementos da comunidade escolar, pais e amigos, professores que nos acompanharam e apoiaram neste projeto, e ainda de todos os elementos da direção do Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide, da Presidente da Junta de Freguesia da Portela e de uma representante da Câmara Municipal de Loures. Alunos do 12º G Jornalista Carlos Cardoso no Arco Íris Joana Duarte 11º A Portela em postal No âmbito da Disciplina de Desenho A, os alunos do 12º G (Curso de Artes Visuais), desenvolveram o projeto Portela em Postal, Que lugar é a Portela? Este projeto pretendeu fomentar em nós a consciencialização do espaço onde No dia 31 de Maio de 2013, Carlos Cardoso, esteve na Biblioteca da Escola Secundária da Portela para partilhar a sua experiência como jornalista e atual diretor do jornal Noticias De cá e De Lá. Já escreveu em vários jornais, mas aquele em que mais gostou de trabalhar foi no jornal que criou: "Jornal Local Triângulo". Chamava-se assim, porque abordava três locais que visto do mapa formava um triângulo. Carlos Cardoso reuniu-se com a turma do 12ºF, do curso de humanidades, e alguns participantes do jornal Escola sem Fronteiras. A esta sessão juntou-se, mais tarde, o operador de camara de televisão, Eduardo Jorge Silva. Trocaram opiniões sobre os seus trabalhos, e como ambos estão no mesmo ramo da “comunicação social", embora em meios diferentes, algumas das suas opiniões eram distintas. Carlos Cardoso disse como se organiza um jornal, o que é a linha editorial, as várias tarefas que existem e os departamentos. Referiu-se à importância do Departamento Comercial para a sobrevivência do jornal, salientando o facto de o jornalista não ser o único com um papel fundamental. Também foi muito debatida a possibilidade de a comunicação social manipular as pessoas através das notícias televisivas e jornalísticas. Por vezes exageram as histórias ou, até, inventam dados sobre as notícias. Ou seja, há um fundo de verdade, mas a informação que o público lê não está totalmente correta. Isto manipula-nos, porque estamos a ler uma notícia apenas com alguns dados de verdade e acreditamos que é a verdade toda. Eduardo Silva comentou que quem está na comunicação social tem de ter ética e sentido crítico, por exemplo ele próprio já se recusou a manipular a notícia através da imagem. Contou-nos que um jornalista, durante um comício, pediu-lhe que filmasse as pessoas, mas de modo a que parecesse que não estava muita gente, o que não mostrava a verdade. Ele recusou -se a fazê-lo e filmou um plano geral das pessoas que estavam no comício, não alterando a realidade. Para além de se debater a manipulação também se falou em casos de corrupção, e ainda de jornalistas que roubam as notícias a outros jornalistas, publicando-as como sendo suas. Carlos Cardoso referiu que estas situações não acontecem muitas vezes, pois há um código de ética que todos os jornalistas têm e que a maior parte respeita. Foi uma sessão interessante e agradável. Maria Dias, 8º C Página 18 Aconteceu... Quermesse O Futuro de Portugal Clube de Ciências No dia 5 de Junho, como já vem sendo hábito, o Clube de Ciências dinamizou uma quermesse com vista à angariação de fundos para o tratamento dos animais, e outras iniciativas levadas a cabo durante o ano. Contámos com o apoio de estabelecimentos comerciais do Centro Comercial da Portela, que ofereceram produtos para rifas e bens alimentares, com a ajuda dos Encarregados de Educação, que fizeram deliciosos petiscos para vender, e com o empenho e dedicação extraordinários dos alunos deste Clube e amigos das turmas do 10ºA e do 11º A. educação a saúde. parcerias envolven- Mostra final do Circulo Mágico - 27 de maio - 8º F Concurso promovido a nível Nacio- nal para o 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino Básico. O 28º lugar a nível nacional foi atribuído ao painel em azulejo realizado na disciplina de Artes Plásticas, pela aluna Carolina Oliveira do 8º A. PES Projeto de Educação para a Saúde Dá Ambiente a uma Parede escolar, numa perspetiva de ambiental e educação para Desenvolveram-se diversas com entidades da comunidade te, a saber: Durante o ano letivo 2011/2012, a equipa PES desenvolveu diversas atividades de promoção da saúde e bem estar em meio A Escola na web Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa (ESTeSL); Câmara Municipal de Loures (CML); Junta de freguesia da Portela (JFP); Associação bandeira Azul da Europa (ABAE); Farmácias locais; Centro Comercial da Portela (CCP); Escola Segura; Centro de Saúde; Ecopilhas; Instituto Português de Sangue (IPS); entre outras. Destacam-se as atividades do Projeto Sempre a Bombear, o Eco Escolas (fomos galardoados com a bandeira verde) e o 1º lugar no 3º ciclo e secundário no Concurso Círculo Mágico. Foi possível, assim, desenvolver projetos que saíram da escola e abraçaram a comunidade. Plataforma e-learning: http://esportela.net/elearning/ Criada como espaço de apoio ao ensino e aprendizagem, permite uma comunicação mais próxima entre o professor e o aluno nas atividades para além da sala de aula. Nela encontramos o planeamento dos períodos, exercícios de consolidação dos conteúdos, resolução de testes, propostas de leitura… A Turma do 12º G ganhou o 2º Lugar no concurso Dá Ambiente a uma Parede. Este concurso foi promovido pelo Centro de Educação Ambiental e contou com a participação das Escolas Secundárias, públicas e privadas, do Concelho de Loures. Facebook: www.facebook.com/esportela Nova imagem da escola, mais dinâmica Espaço de opinião crítica entre alunos, expressiva e em movimento com: professores e demais comunidade. Portal da Escola: www.esportela.pt Tem como objetivo a divulgação dos documentos orientadores da escola, a informação sobre o seu funcionamento, a promoção das atividades desenvolvidas pelos alunos, apontadores para os nossos serviços web, e apontadores para recursos vários. Coube ao professor de informática e responsável pelo Projeto Tecnológico de Escola (PTE), Drª Joaquim Duarte, a criação e organização destes sites que muito têm contribuído para a divulgação da escola em toda a comunidade, bem como no apoio ao trabalho de alunos e professores. Página 19 Aconteceu... Uma Terra de Sonho (cont. pag. 12) O projeto VAMOS LER! Vamos Ler! é um projeto que alguns alunos do Secundário abraçaram procurando divulgar a importância e o gosto pela leitura, ao mesmo tempo que promoveram a proximidade e a partilha de experiências entre diferentes gerações. Assim, estiveram presentes nas Escolas do 1º ciclo, onde representaram leituras com marionetes. Nos Centros de Dia de Moscavide e no Centro de Convívio da Paróquia de Cristo-Rei, criaram momentos de poesia e música que ressuscitaram memórias e histórias dos seus utentes. Na Biblioteca José Saramago assistiu-se à dramatização, As Coisas mais Belas do Mundo, baseado na obra de Valter Hugo Mãe. SERonline é um projeto colaborativo entre as várias escolas do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide, do Agrupamento de Escolas de Caneças e do Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Odivelas. Premiado pela RBE (Rede de Bibliotecas Escolares) no concurso Ideias com Mérito, é uma ferramenta de apoio ao estudo dos alunos e ao professor. Disponibiliza um conjunto de recursos dinâmicos que permite, consolidar as aprendizagens lecionadas na sala de aula e testar conhecimentos com exercícios de autocorreção. Disponibiliza ainda o catálogo online dos livros e DVD´s existentes em todas as escolas que integram o projeto, permitindo pesquisar de forma fácil, a informação através do nome do autor, do título do livro ou apenas pelo assunto. Há, ainda, a possibilidade de requisitar livros existentes nas outras escolas. iPads da BE A biblioteca dispõe de ipads adquiridos no âmbito do projeto Seronline: Novas Formas de Ler , Novas Formas de Aprender, subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Estes equipamentos destinam-se a desenvolver trabalhos no âmbito da promoção da leitura e na produção de conteúdos interativos nas diversas disciplinas e nas diferentes escolas do Agrupamento. Curtas Metragens No âmbito da disciplina de Aplicações de Informática B, os alunos de 12º ano têm apresentado os trabalhos finais no Auditório da Escola Secundária da Portela (Arco-Íris). Esta atividade contou com a presença de professores, amigos e familiares dos alunos. Chegaram enfim a Seteais, animados pelo duende que os acompanhava desde cedo, contando-lhes histórias míticas de monstros lendários e de bichos estranhos da terra onde nascera. No pequeno prado verde, salpicado por botões amarelos e brancos, um menino de cabelo preto e raio na testa, fazia uma vénia a um hipogrifo majestoso e assustador. Da Pedra da Saudade, ouviam-se os ais saudosos da menina moura que por ali se perdera e se deixara perder. Lá em baixo, no labirinto de sebes cerradas, o Minotauro da Ilha de Creta soltava urros de violento desespero. Por fim, uma visão magnífica: emoldurado pelo arco gigantesco, no topo da serra, erguia-se majestoso o Palácio da Pena, com as suas cúpulas de ouro a rebrilhar ao sol, rivalizando com o Castelo dos Mouros numa amizade antiga. Finalmente, a visita era dada por terminada e os turistas partiam apressados para a Periquita, onde esperavam encontrar os doces mais deliciosos do mundo, queijadas e travesseiros que, mal eles sabiam, eram feitos pelas mãos pálidas de fadas e ninfas do rio, cozinheiras prendadas ainda antes do mundo ser mundo. Havia quem dissesse que era tudo invenções de velhos senis. Uma mentira bem elaborada para atrair turistas. Outros, mais sensíveis aos olhos da alma e aos ouvidos da imaginação, afiançavam a pés juntos que viam esses monstros místicos, passeando à luz do dia. Sintra era isto: paredes musgosas, regatos de água cristalina, vento, sol, chuva, frio, paz e sobretudo magia, muita magia. Sintra é isto … Só não vê quem não quer. Rita Martins 11º F TOP+ BE I Caminhada do Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide 24 de maio Aluno Leitor + 1º Rita Isabel Ribeiro Martins 2º Zulzina Luciana Cazumbo — 8º E 3º Pratik Kirane—8ª A — 11º F Livro + 1º O diário de um banana – Tirem-me Daqui!, de Jeff Kinney 2º O diário de um banana – O Rodrick é Terrível, de Jeef Kinney 3º Catarina de Bragança, de Isabel Silwell 4º República Popular = Cherub, de Robert Muchamore 5º Marquesa de Alorna, de Maria João Lopo Gosto de ler Sempre gostei. É um dos meus passatempos preferidos, a par da escrita. Ler permite-me escapar da realidade, conhecer novos mundos, outras vidas. E a Biblioteca proporciona-me isso. Há dezenas de livros, sobre Literatura, Geografia, História, cultura em geral, que me permitem conhecer o mundo sem sair do lugar. Rita Martins, 11º F Ficha técnica: Redação: Carolina Plancha, Maria Dias, Juliana Valentim, Margarida Ferreira. Organização e montagem: VAI ACONTECER Exposição A Atualidade Ana Paula Sousa e Rosa Silva Da segunda à terceira dimensão Colaboradores: De 6 a 14 de junho Alexandra Morais, Ana Penedo, Ana Pires, Catarina Silva, Daniela Cordeiro, Frederico Benvinda, Hugo Alves, Inês Figueiredo, Inês Martins, Jéssica Troncão, Joana Duarte, Leonor Sousa, Maria Carolina Silva, Maria Matias, Maxim Pastuh, Melissa Fernandes, Nuno Burnay, Pedro Carriço, Rafael Ramires, Rita Barbosa, Rita Martins, Soraia Carvalho, Telma Pais. Clube Ferroviário 12ª G Participação dos artistas Plásticos Rui Mouro e Olga Lopes Desporto Escolar Esta atividade, inserida no dia do Agrupamento, teve o objetivo de começar o dia com os professores e alunos reunidos, dando a conhecer todas as escolas que constituem o nosso Agrupamento. Para tal, professores e alunos dirigiram-se ao Jardim Almeida Garrett. Cada escola estava identificada pela cor da camisola que professores e alunos vestiam. Esta atividade foi organizada e orientada pelo o Projeto de Educação para a Saúde, pelo grupo de Educação Física e com a colaboração da aluna do Curso Tecnológico de Desporto, Joana Duarte. Não se podia ter realizado sem toda a colaboração dos professores, auxiliares e alunos dos Cursos Profissionais e Tecnológico de Desporto. Os alunos destes cursos acompanharam os alunos do pré-escolar e 1º ciclo desde a sua escola. Nesta caminhada, houve uma largada de balões, apresentou-se o Hino do Agrupamento, e promoveuse um dia aberto a toda a comunidade com atividades apresentadas pelos alunos. Foi um dia que permitiu o contacto entre os professores das várias escolas, que puderam conhecer-se e partilhar experiências. Joana Duarte 11º A Estão de Parabéns! No campeonato Supertmatik-Cálculo Mental, participaram 247 000 alunos de 43 nacionalidades. Afonso Esteves, do 9ºD, ficou em 9º lugar na Categoria 9. No campeonato Supertmatik-Quiz Matemática em que participaram 23 000 alunos, destacaram-se: Categoria 9: Tiago Simões, do 9ºC, no 3º lugar; Ana Penedo, do 9ºA, no 8º lugar; Categoria 7 Ana Rita Esteves do 7º2ª , no 7º lugar . No campeonato Canguru na Categoria Júnior houve 3.095 participantes, destacaram-se nesta categoria: 15 e 16 de Junho - Final Nacional Moche Cup, no Jamor, com duas Nuno Burnay, 11º A, 6º lugar equipas da Escola Secundária da Portela e uma turma do Curso ProMiguel Garção , 11º E, 8º lugar fissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva; 07 de Julho - Final da Liga Zon Kids, com um núcleo de estágio do Um obrigado aos professores que tornaram possí12º ano do Curso Tecnológico de Desporto. vel a participação nestes campeonatos!