Neste Número - Escola Secundária Arco

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Neste Número - Escola Secundária Arco
Junho 2013 - número zero - [email protected] - 0,50 letras
Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide
Escola Secundária da Portela
vos e recusam a apatia e a indiferença.
Querem mais do que está programado.
As ideias também têm corpo
Composição fotográfica Soraia Carvalho 12º F
Vivemos num mundo de atonia e desinteresse
por
aquilo
que
se passa à nossa volta. Vivemos apressados, fugidos de nós mesmos, não
temos tempo para a reflexão e para deixar que as ideias amadureçam.
diz o poeta, e implica tomadas de posições pessoais, nossas, públicas. Cercanos um enorme cansaço e a Escola, muitas vezes, é expressão desse cansaço,
dessa ausência de interesse, dessa falta
de interrogação e de reflexão.
Temos pouco espírito crítico! Não quere- Mas há sempre alguns que, tal como as
mos pensar, porque “pensar dói”, como cores do Arco-íris, não querem ser passi-
Neste Número
Entrevistas
Reportagens
E esse desejo de querer qualquer coisa
mais manifesta-se de múltiplas formas.
Este jornal foi uma delas. Percebendo
que há muitos mundos dentro do Mundo,
que a vida e o conhecimento vão para
além das suas casas e da programação
das aulas, alguém pergunta: se a escola
tivesse um jornal? ou melhor, se nós
fizéssemos um jornal?
Surge Escola Sem Fronteiras, ideia que
foi tomando corpo pelo empenho, interesse e motivação de todos os que, do unificado ao secundário, contribuíram para
e s t e
n ú m e r o
ú n i c o .
Escola Sem Fronteiras é, pois, expressão das suas almas desde a poesia à
prosa, da reportagem à entrevista, do
desenho à fotografia, dos jogos que nos
desafiam às reflexões pessoais, dos
livros que nos ficam na memória e no
coração à música que nos envolve. Como
eles, outros haverá que esperam um sinal
do Arco-íris e de nós para darem cumprimento à sua criatividade e espírito crítico.
Ana Paula Sousa
Entrevista com Dr.ª Marina Simão, Diretora do Agrupamento
“Tenho saudades de dar aulas...” Pág. 21
Poesia
Entrevista com Luísa Marques, Diretora de Campanhas da Amnistia Internacional
Nos Dias de Hoje...
“Sinto-me frustrada…”Pág. 6
“Diz-me o que vestes... dir-te-ei quem és” Pág. 8
Pontos de Vista ...
Iron Maiden: De Lendas do Heavy Metal a Deuses do Rock Pág.
7
Um olhar sobre...
Livros e Opiniões
Sugestões
Aconteceu
Vai Acontecer...
What would you do if you had to spend a day without any technological
device? Pág. 3
Entrevista com Rosa Silva, Coordenadora das Bibliotecas Escolares e com D.
Marília Camilo, Técnica Operacional da BE
“Ser professora Bibliotecária também é ensinar os alunos a pesquisar de forma
autónoma.” Pág. 5
Entrevista
Dra. Marina Simão
Diretora do Agrupamento de escolas da
Portela e Moscavide
Há quanto tempo é diretora do Agrupamento de
Escolas?
Há 2 anos. Estive na Direção
da Gaspar Correia e, posteriormente,
no
Agrupamento
de
E scol a s
básicas.
Agora sou diretora de todo o
Agrupamento,
agora com o
secundário.
Que motivos a levaram a ser diretora da escola?
Eu apresentei um projeto de intervenção e o Conselho
Geral considerou ser o mais adequado.
Sente-se orgulhosa pelo seu trabalho?
Sim, gosto do que faço.
Quando foi eleita diretora teve algum conflito com o
facto de as escolas se terem agrupado?
A escola Gaspar Correia já estava agrupada com as
escolas básicas, por isso a situação mais difícil foi o
impacto da Escola Secundária no Agrupamento já existente.
Como diretora já pensou em desistir perante algum
conflito?
Não. Mas ser Diretora do Agrupamento exige muito
esforço e muita dedicação o que naturalmente produz
um certo cansaço.
O que acha das escolas proibirem o uso do telemóvel?
Todos, ou quase todos, os alunos têm telemóvel e têm
direito a tê-lo. Mas nas aulas, conforme o regulamento
do aluno, têm de o desligar. Porém, nem todos o
fazem. Quando algum telemóvel toca, ou os alunos
enviam mensagens isso cria problemas dentro da sala
de aula, acabando por ser um motivo de indisciplina. O
que nunca deveria acontecer, pois os alunos têm de
ser responsáveis e cumprir as regras estabelecidas.
Nos exames o uso do telemóvel é totalmente interdito
podendo levar à anulação do exame.
O que fazia para melhorar o agrupamento?
Há muita coisa a fazer. Todos os dias tento melhorar o agrupamento, por exemplo há um plano anual de atividades muito
vasto que envolve as 5 escolas. As atividades são no sentido
de enriquecerem os alunos, quer ao nível curricular, quer
Página 2
extracurricular. Estas atividades contam sempre com o
apoio e o incentivo da Direção. O Dia do Agrupamento é
uma prova disso.
E o ensino dos alunos?
Como Diretora do Agrupamento estou atenta às
necessidades dos professores, dos alunos e dos
assistentes e técnicos operacionais. A escola tenta
fornecer tudo o que for necessário para o sucesso dos
alunos, como por exemplo, aulas de apoio e tutorias.
Também tenho apoiado a biblioteca com verbas para
a atualização do fundo documental. Preocupo-me em
desenvolver um ambiente de trabalho agradável entre
todos, que as diferentes escolas tenham pontos de
contacto como reflete a Manta da Amizade. Também
é importante que a Escola esteja aberta à comunidade, por isso apoiei, por exemplo o projeto Vamos
Ler , outro exemplo disto é o Dia do Agrupamento,
dia aberto a toda a comunidade da Portela.
E a estrutura da escola?
Não conseguimos fazer as obras previstas, porque
são de grande vulto e muito dispendiosas. Isso cabe
ao Ministério da Educação. Mas melhorámos a escola com as pequenas reparações do dia-a-dia, tentando
suprir naquilo que o nosso orçamento permite.
Tem uma boa relação, funcionários e alunos?
Sim, tento ter.
Antes de ser Diretora era professora?
Era professora de inglês do 2º ciclo. E como Diretora
durante uns anos tive uma turma, mas devido a tanto
trabalho não pude continuar com ela.
Gosta mais do trabalho de ser professora ou de
Diretora?
É diferente. Como professora gostava de partilhar e
ensinar os alunos e de planear aulas, como diretora
tenho de gerir os professores e funcionários, o que
implica um trabalho diferente. Mas tenho, às vezes,
saudades de dar aulas.
Carolina Plancha e Maria Carolina Silva 7º D
Página 3
Tecnologia em ALTA
Clube da Robótica
O ROBOT AJUDA!
Há
4 anos nasceu na sala D9 um clube que se dedica à
tecnologia da robótica, criado pelo professor Paulo
Torcato, que o tem elevado a patamares muito altos.
Começamos com 1
robot da lego, com
o qual conseguimos
ganhar diversos prémios, que nos permitiram, hoje, ter uma
dezena de robots.
Atualmente, o clube
funciona às quartasfeiras, a partir das 16
horas.
Desde o início, já demos largos passos. Já realizámos palestras em diversos locais, incluindo escolas secundárias e universidades, nas quais expusemos os nossos trabalhos e ideias.
Salientamos o TIC Educa Júnior e o E-twinning. No TIC Educa
Júnior, onde temos ido todos os anos, temos tentado mostrar
os aspetos positivos da robótica no nosso dia a dia. No Etwinning, apresentamos o nosso projeto, “O Robot Ajuda” a
professores de diferentes países da Europa. Igualmente, temos
exposto o nosso trabalho em diversos locais, como na universidade sénior da Portela, no Iberanime e na nossa escola.
Temos participado em provas e competições e empenhámo-
nos, especialmente, nos últimos anos na FIRST Lego League,
uma competição de robots. Nesta competição há vários prémios para diferentes provas: 1 - competição robótica, onde
temos de fazer um número máximo de missões em 2 minutos e
meio; 2 - projeto, no qual temos de apresentar a júris soluções
para um problema relacionado com o tema em questão, incluindo os robots na solução; 3- prémio de valores e espírito de
equipa, entre outros.
Em duas das competições em que já participámos, foi-nos atribuído um 1º e 2º lugar no prémio valores e espírito de equipa, e o prémio de melhor site/blog e do melhor treinador foi
atribuído ao professor Paulo Torcato. Recentemente ganhámos o concurso “Círculo Mágico” – com o
robot bombeiro.
Salientamos que este trabalho com
os robots nos têm ajudado a compreender melhor diferentes aspetos
de algumas disciplinas. Por exemplo, um aspeto que aprendemos a
nível prático com os robôs foi sobre as engrenagens, algo bastante importante no estudo da física. Igualmente, temos posto
em prática o nosso inglês, por estarmos a “representar” o nosso país na Europa.
Em conclusão, para além das palestras e da responsabilidade
nas competições, temo-nos divertido muito, aprendido bastante
através dos robots e sentimo-nos lisonjeados por este projeto
ter representação nacional e europeia.
Nuno Burnay - 11º A
A Gadget Free Day
Sugestões
What would you do if you had to spend a day without any technological device?
Dear Diary ,
I
remember …
It’s in my memory
The day without any technology …
I’m bored and stressed
I walk alone
I miss my computer and my
cell phone
I want to talk to my friends
I can’t live this way
I don’t understand…
I’m afraid
I can’t check my email
But I don’t want to fail…
With my laptop
Everything is ok!
Today, I want to have a different day… How?
I’m going to try to spend a day without my favourite gadget –
my cell phone!
I know it’s going to be more complicated than I’m expecting to
… usually, every five minutes, I pick it up: even just to check
the time. So, it’s going to be a huge challenge!
I will try to get distracted with other things, but it will be hard
without my phone. It’s something that is there all the time.
If I’m without it, it looks like I’m
walking without a purpose…
But I am sure I’m going to
make it…without my phone.
Well, it’s only for one day, 24
hours… (:
Having a cell phone is so addictive!
Later…
On this phone-free day I went
to play football with my friends and, let me tell you, it was
PRETTY COOL!
Nádia, 10º H
Iuri Dias, 10ºH
Na
BE
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Tecnologia em ALTA
“Os Jogos são como um hobbie, quando têm tempo a maioria dos jovens vai
jogar no computador ou no telemovél.” Jéssica Troncão – 8º C
Sugerimos
Slender
F
inal Fantasy é um
jogo de acção e
aventura inventado pela empresa
japonesa, SQUARE-ENIX.
Pode ser jogado nas consolas Nintendo, nas versões mais antigas, na
Playstation, no GameBoy e
nas duas consolas XBOX.
Lançado em 1987, Final
Fantasy contém hoje uma
grande série de títulos,
sendo lançado este ano
um novo, que remete para
novos lançamentos. O jogo
conta com um mundo
cheio de fantasia em que o
jogador controla entre 2 a 4
guerreiros para derrotar
variados inimigos e, assim,
chegar ao fim da história.
Final Fantasy é conhecido
pela qualidade de desenho
dos personagens, tendo
sido adoptado um estilo
foto-realista ao tradicional
desenho japonês.
Man
Olá,
vou falar de um
jogo de tiro (FPS):
Offensive Combat é um jogo
de tiro ( First Person Shooter ) com um certo caracter
cómico.
O jogo é grátis e joga-se
directamente no navegador.
Está actualmente na versão
Beta (versão de teste). Está
fantástico para um jogo de
navegador de internet. O
offensive combat foi feito
pela empresa U4iA Games.
Maxim Pastuh, 8ºE
Gerson, 11º G
Este é um tipo de jogo que
consiste em colecionar oito
páginas, enquanto fugimos
da personagem principal,
Slender Man. A regra que
não deve ser quebrada no
jogo ( já que muitos jogadores não a seguem) é a de
nunca olhar para trás, pois a
personagem principal aparece sempre que o jogador olha
para trás e, não há chance, o
jogador morre. Depois de
colecionar as oito páginas,
livra-se do Slender Man
durante alguns segundos até
que ele aparece de novo e
termina o jogo...até chegar a
nova versão.
Jéssica Troncão – 8º C
Sonic the Hedgehog 4 é não intervirem, dizendo que se
um jogo electrónico de plataforma episódico da série
Sonic the Hedgehog. O Episódio I foi lançado no dia 7
de outubro de 2010 para
PlayStation 3, Xbox 360, Wii,
iPhone e iPod Touch. A história acontece após a destruição do Death Egg. O Dr.
Eggman sobreviveu e vai
fazer tudo para se livrar do
Sonic. Ele usa as suas
melhores criações. Sonic
pede a Tails e Knuckles para
pode encarregar do vilão.
Tal como nas antigas edições
do jogo, controla-se a personagem Sonic, que se movimenta
com grande rapidez sobre plataformas, tentando chegar ao fim
de cada nível. Obtém-se mais
pontos consoante as moedas
que se apanham e a rapidez
com que se acaba o nível.
Requisita na
BE
Daniel Lourenço 11º G
Consulta o catálogo da BE em:
www.seronline.pt
www.seronline.pt
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A Biblioteca
Escolar (BE) ajuda os alunos e
os professores, disponibilizando livros, vídeos e enciclopédias úteis para os conteúdos a lecionar em sala de aula. Os
professores costumam ir à biblioteca com as suas turmas,
embora nem todos, mas há um conjunto de professores que
a frequentam regularmente.
Por ser importante para alunos e professores, estivemos na
BE e entrevistámos a Dr.ª Rosa Silva, Coordenadora da
Biblioteca e professora de matemática, e a D. Marília, Técnica Operacional.
Perguntámos como lidam com os alunos mais rebeldes, que
como sabemos
são
difíceis de
conviver,
porque não
acatam
bem
as
regras e às
vezes são
malcriados.
Responderam
que
primeiro
falam com
eles, com
calma, explicando porque estão a ser repreendidos. Geralmente, os alunos dão ouvidos e mudam o comportamento, o
que dá bons resultados, mas, se persistem, têm de sair da
BE.
Quisemos saber o que acontece quando um aluno falha o
prazo de entrega de um livro, ou quando o estraga. Afirmaram que quando um aluno falha a entrega de um livro paga
uma multa de dez cêntimos por dia. Quando um aluno estraga ou perde um livro geralmente compra um igual e dá à
Biblioteca mas também, por vezes, pagam em dinheiro. Com
esse dinheiro compra-se outro exemplar do livro que se
estragou, ou perdeu. Depois quisemos saber quem leu mais
livros. Disseram que, geralmente, os alunos do sétimo e oitavo requisitam mais livros, mas os alunos do décimo segundo
ano também requisitam bastante. Do mesmo modo, alguns
professores e funcionários também requisitam livros.
A Dr.ª Rosa Silva informou-nos que a leitora que leu mais,
durante este ano, foi a Rita Isabel Ribeiro Martins, do 11ºF.
A biblioteca implica muito trabalho. A D.ª Marília apoia os
alunos a procurar os livros nas estantes, tira fotocópias, faz
digitalização dos livros e etiquetas, dá entrada dos cartões,
arruma os livros nas estantes após serem consultados, e
verifica se os alunos cumprem as regras da biblioteca. Já a
Dr.ª Rosa Silva, como coordenadora, tem de supervisionar
todo o trabalho da BE, desenvolver vários projetos de apoio
para os alunos e para os professores. É de salientar o projeto “SERonline”, que disponibiliza online um conjunto de
recursos dinâmicos que apoiam os alunos no seu estudo.
Também nos disse que os livros podem ser pesquisados
num catálogo disponibilizado no site: www-seronline.pt.
Para obter a informação, o aluno pode pesquisar por título,
autor e assunto.
Também nos explicou como fazermos para procurar um
livro. Os livros estão organizados por classes, a cada classe
foi atribuída uma cor que se encontra nas estantes e nas
lombadas dos livros onde se encontra também a cota
(morada) do livro. Mas estar na biblioteca exige o cumprimento de regras. Soubemos que há algumas, mas o essencial é que os alunos se habituem a trabalhar num ambiente
de silêncio e concentração.
Por fim, quisemos saber o que a professora Rosa mais gostava de fazer, se o trabalho de bibliotecária, se o de profes-
Reportagem / Entrevista
de matemática.
Respondeu-nos que gostava tanto de ser professora bibliotecária
como professora de matemática, porque ser professora bibliotecária também é ensinar os alunos a pesquisar de forma autónoma de modo a utilizar os recursos que a Biblioteca disponibiliza
nas suas aprendizagens.
E foi assim que correu a nossa reportagem sobre a BE. Esperamos que tenha ajudado a compreender melhor o seu funcionamento.
Carolina Plancha e Juliana Valentim, 7º D
Dr.ª Manuela Dias
Presidente da Junta de Freguesia da Portela
Em abril de 2013 entrevistamos a Dr.ª Manuela Dias como
ex-diretora e atual presidente
da Junta de Freguesia da Portela. Nesta agradável conversa
abordámos temas sobre a
escola e sobre a ligação que a
Junta de Freguesia tem com a
escola.
O que pensa do ensino atual e que ações deve a escola
desenvolver para melhorar o sucesso dos alunos?
A escola não pode estar isolada. A escola tem que chegar a
vocês. Não podem ir à escola com tablet e depois à biblioteca e
só ter livros. Liderança forte. Cumprimento de regras por parte de
todos: alunos, professores e funcionários. Abertura permanente à
comunidade, isto é, uma escola fora de portas.
Como tem a Junta colaborado com a escola e como pode vir
a colaborar?
Mantendo esta regra, a escola pede ajuda à Junta e esta ajuda.
O que acha da escola criar um jornal?
Ótimo. E ainda por cima já houve jornais. É bom a escola divulgar assuntos da escola mas também da Junta …
Considera que pode haver colaboração entre a Junta de Freguesia e o jornal da escola?
Claro. Ajudaremos naquilo que for necessário e se pudermos.
Por quanto tempo foi diretora da escola?
Por mais de 12 anos. Fui diretora e depois professora, diretora e
professora,…E acabei em 2009.
Enquanto professora quais eram as disciplinas que dava?
Dava Biologia ao 10º. E dava Ciências Naturais ao 7º,8º e ao 9º
anos.
De que sente mais saudades em dar aulas?
Dos alunos, dos professores e dos funcionários.
Qual foi o melhor e o pior momento enquanto diretora da
escola?
Piores não me lembro, mas melhores momentos são os de agora, porque fico muito contente que os meus alunos se lembrem
de mim e na rua venham ter comigo e me cumprimentem.
Há quanto tempo trabalha nesta Junta de Freguesia?
Há 8 anos. Durante 4 anos ainda era diretora e já trabalhava cá.
Como é que a Junta tem ajudado a Freguesia?
De muitas formas. Podem consultar o Boletim da Junta de Freguesia que tem as atividades que fazemos.
Fomos consultar o Boletim e retirámos os seguintes exemplos:
recolha e distribuição de alimentos, ajuda nos manuais escolares,
apoio jurídico, deslocações a atos médicos, cedência do ginásio
da Junta de Freguesia para espetáculos, Ioga, massagens, dança, teatro e realização de workshops.
Carolina Plancha 7º D e Maria Dias, 8º C
Página 6
Reportagem
Luísa Marques
Diretora de campanhas da Amnistia Internacional
Celestina Nunes
Coordenadora Operacional
A
Amnistia Internacional (AI) é
uma organização de defesa
dos Direitos Humanos. Peter Benenson, um advogado inglês, estava em
Portugal, no Chiado , quando viu
dois estudantes portugueses serem
detidos, pela Pide, por brindarem à
liberdade. Peter Benenson publicou
um artigo "Os prisioneiros Esquecidos" no jornal " The Observer", lançando uma campanha mundial
(Apelo para a Amnistia 1961). Devido a esta campanha, em Julho de
1961, delegados da Bélgica, do Reino Unido, Alemanha, Irlanda,
Suíça e dos EUA decidiram formar “um movimento permanente em
defesa da liberdade de opinião e de religião ". Assim, a campanha de
Peter Beneson acaba por estar na origem da Amnistia Internacional.
Em 1977, a AI ganhou o Prémio Nobel Da Paz
Pela importância que a AI foi tendo ao longo dos anos em defesa dos
Direitos Humanos, quisemos saber mais sobre esta organização e
entrevistámos Luísa Marques.
A Amnistia Internacional está representada em mais de 150 países.
Nos países há grupos que têm um mínimo de 3 a 5 pessoas. As pessoas podem voluntariamente entrar para os grupos, ou pode ser a
própria AI a angariar as pessoas. As funções que desempenham
dependem de grupo para grupo, mas em todos há sempre um coordenador e um tesoureiro. Nos grupos maiores há responsáveis por
campanhas de educação dos Direitos Humanos nas escolas.
Quisemos saber que tipos de campanha existem e como podemos
participar. Podemos contactar diretamente a AI, ou telefonar, 213 861
664, ou visitar o seu site: www.amnistia-internacional.pt. Este site
explica quais as campanhas que estão a decorrer, como participar,
como se pode ser voluntário e tem notícias relacionadas com Direitos
Humanos. Neste site, também encontramos campanhas globais, ou
seja, campanhas em que todos os países da AI participam.
Havia curiosidade para saber se em Portugal há violação de Direitos
Humanos. Luísa Marques respondeu que os casos que têm acontecido não são muito graves, comparados com situações de outros países. Assim, em Portugal tem havido denúncias de abuso dos agentes
de autoridade, prisioneiros maltratados e violência doméstica. Infelizmente, em todos os países acaba por haver violação de Direitos
Humanos, embora nuns mais grave do que noutros.
E como se sente quando os Direitos Humanos são violados? A
esta pergunta Luísa Marques disse que sentia uma grande frustração, mas, como a longo prazo, a AI tem sucesso nas suas campanhas e acaba por ajudar muita gente é um incentivo para ela não
desistir e superar a frustração.
Maria Dias 8º C
Anossa assinatura fez a diferença
“Foi libertado o ativista Kartam Joga, que esteve mais de dois anos
preso por defender os direitos dos povos indígenas
(chamados Adivasi) da região de Chhattisgarth, no
centro da Índia. A libertação aconteceu terçafeira, 8 de janeiro. Voltámos assim a confirmar que a nossa
assinatura tem mais força do que imaginamos e pode realmente mudar vidas.”
(In www.amnistia-internacional.pt,
sucesso, 29 de Maio de 2013)
histórias
de
A Escola não é só composta por professores e alunos. Para
que as aulas possam decorrer é necessário que muitas
tarefas sejam feitas. Cabe aos Técnicos Operacionais algumas dessas funções. Quisemos saber quais são as da
coordenadora.
A D.ª Celestina tem como responsabilidade controlar a assiduidade de todos os Técnicos Operacionais, o trabalho e o
desempenho dos seus pares. Também dá assistência à
Direção, aos professores e à secretaria. É, ainda, a D.
Celestina que costuma, no dia a dia, abrir a escola. Colabora com a direção na elaboração do horário das funcionárias. As funcionárias estão satisfeitas, porque o horário não
é sobrecarregado.
Quisemos saber como é a relação entre funcionários, alunos e, ainda, entre funcionários e professores. Regra geral
o ambiente é bom, nunca tendo havido um conflito grave
entre aluno e funcionário. A D.Celestina diz que os mais
pequenos são os mais irrequietos mas que cada funcionário tem o seu perfil para os “colocar em ordem”. Quanto ao
ambiente entre professores e funcionários, também é bom
e de convivência agradável.
A D.ª Celestina está na Escola desde que ela abriu, há 25
anos. Por isso, quisemos saber que mudanças faria.
Segundo ela, nada mudaria, pois as várias direções têm
feito um bom trabalho e a Escola tem vindo a ser melhorada aos poucos e poucos, consoante o que é possível. Por
exemplo, quando a Escola abriu só havia o Pavilhão B
(amarelo). Continha tudo, salas, secretaria, bar e direção.
O pavilhão A (azul) foi construído um ano depois, os restantes no ano a seguir e o Pavilhão Gimno-Desportivo há 12
anos. Quanto às relações entre todos os que fazem parte
da Escola, desde o primeiro dia em que a escola abriu até
hoje os laços de amizade vão-se mantendo.
Para terminar, quisemos saber se não gostava de mudar de
Escola. Mas D.ª Celestina considera-a como a sua casa, “A
escola é minha”, uma frase que D.ª Celestina usa muito . E
tem orgulho em estar nesta escola, pois já teve várias oportunidades para mudar. Foi admitida para administrativa da
biblioteca nacional, mas rejeitou, porque quis manter-se na
escola, e nem o dinheiro a fez mudar de ideias, também foi
admitida para administrativa na Policia Judiciária com
suplemento aliciante mas recusou. A partir daí, nunca mais
concorreu, porque a sua paixão é o ensino, mais precisamente a sua escola. Diz com orgulho: “não deixo os meus
meninos”.
Maria Dias, 8º C
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Iron Maiden:
De lendas do Heavy Metal a
Deuses do Rock
Seja pelas
camisolas
decorad as
com monstros horrendos,
pelo
in co ntá v el
Pedro Carriço—12º F número de
álbuns disponíveis, pela própria música
ou simplesmente por aquele obscuro
colega de trabalho que veste as camisolas com monstros berrantes e que ouve
"aquela barulheira extrema", toda a gente
já ouviu falar dos Iron Maiden, senão apenas o nome. Classificados como um dos
maiores grupos de Heavy-Metal de sempre, possuidores de um dos maiores
reportórios discográficos e considerados
uma das melhores bandas no que toca a
espetáculos ao vivo, Iron Maiden (ou
"Fuckin' Maiden", como alguns lhe chamavam) tornou-se um foco de influências,
inspirando muitas das bandas de metal
que sucederam ao seu aparecimento.
Mais do que um símbolo de inspiração
para muitos amantes de heavy metal, Iron
Maiden tornou-se uma lenda, um culto,
marcando um parágrafo na história do
Rock, parágrafo esse que ainda hoje não
cessou de ser escrito. E agora, ao som
de um best-off dos Maiden a rugir na
minha aparelhagem, relembrarei um pouco das páginas da história destes
"Deuses do Rock".
Originalmente formado em 1975 pelo
ainda ativo baixista da banda, Steve Harris, a formação do grupo teve um início
turbulento, com brigas constantes entre
os membros, que entravam e saíam da
banda como se do metro londrino se tratasse. Ao fim de uma longa série de disputas, concertos falhados e birras por
parte de alguns indivíduos que (deo gracias) acabaram por sair, a banda acabou
por ser constituída, quatro anos depois,
pelo líder e baixista Steve Harris, pelos
guitarristas Dave Murray (ainda ativo na
banda) e Dennis Stratton, pelo pouco
recordado, mas grande, vocalista Paul
Di'Anno e por fim, pelo já falecido baterista Clive Burr. Lançando em 1980 o seu 1º
Um olhar sobre...
albúm, Iron Maiden e, em 1981, o álbum
The Killers (tendo Dennis Stratton sido já
substituído por Adrian Smith), e com o
subsequente sucesso da sua estreia, a
banda acabaria por encabeçar o movimento da New Wave of British Heavy
Metal (Nova Onda de Heavy Metal Britânico), que surgiu como resposta de contra
-ataque ao movimento punk. Como tal, a
banda era alvo das "críticas" de ódio
infantis e pouco construtivas dos membros da comunidade punk, que viam nos
Iron Maiden um caminho musical mais
progressivo e cheio, contrário à ideologia
simplista, não criativa e de crítica social
desenfreada, fortemente apoiada no lema
Do It Yourself dos Punk, que, através dos
meios de comunicação, haviam conseguido deitar poeira sobre os "Deuses" do
rock como Deep Purple, Led Zeppelin,
Black Sabbath, abalando até mesmo os
próprios alicerces do Rock, como os Beatles e Jimi Hendrix, entre outros que, ou
fosse por estúpido ódio, ou por estúpida
inveja, consideravam-nos "dinossauros"
do rock. Porém, o ano seguinte, 1982, viu
os Iron Maiden aplicarem um valente pontapé entre as pernas do punk, com o lançamento do álbum The Number of the
Beast (onde Paul Di'Anno é substituído
pelo imortal Bruce Dickinson, devido a um
excessivo abuso de drogas e álcool), que
levou à ascensão da banda ao estatuto
de "Deuses". Mais, a ridícula controvérsia
gerada através de acusações de grupos
religiosos de que os membros da banda
eram possíveis satanistas, informando
que as pessoas deviam queimar o álbum,
fizeram com que o mesmo aumentasse o
seu número de vendas. Sim, a ironia dói
um pouco, é verdade. Deixando os disparates de lado, dentro dos Maiden a situação não é agradável. Devido a conflitos
exteriores à banda, Clive Burr deixa os
Maiden, sendo substituído por Nicko
McBrain, que continua ativo na banda
ainda hoje. Tal situação não prejudicou a
banda, até pelo contrário. Os álbuns subsequentes, Piece of Mind, Powerslave,
Somewhere in Time, Seventh Son of a
Seventh Son, serviram para consolidar o
óbvio facto de que os Fuckin' Maiden
tinham vindo para ficar.
Porém, por esta altura, já uma nuvem
negra pairava por cima da banda. Adrian
Smith deixa a banda em 1990, devido a
diferenças musicais, sendo substituído
pelo poderoso improvisador, Janick Gers.
Tal não impediu, no entanto, o sucesso
dos álbuns No Prayer for the Dying e
Fear of the Dark, tendo o último feito um
estrondoso sucesso, reforçando o poderio
da banda. A nuvem negra, no entanto,
desceu finalmente em 1993: Bruce Dickinson sai da banda em busca de uma
carreira a solo, sendo substituído por
Blaze Bailey. Os anos que se seguiram
(1994-1999) viram o declínio da popularidade dos Iron Maiden enquanto artistas
de estúdio, não devido à mudança de
vocalista (Bailey cumpriu o seu papel,
apesar de alguns fãs terem ficado a coçar
a cabeça aquando da sua estreia e do
seu estilo vocal, outros argumentando
que Dickinson era insubstituível, facto
inegável), mas sim devido à popularização do Hip-Hop e das bandas de fusão
de rap e metal e da ascensão do Grunge
(que tal como o Punk, não passou de
mais um ato comercial para encafuar uns
trocos nos bolsos das editoras discográficas). Os álbuns The X Factor e Virtual XI
contém material de estatuto clássico mas,
apesar disso, registaram a popularidade e
o número de vendas mais baixo na discografia dos Maiden. Porém, os espetáculos
ao vivo não sofreram qualquer declínio na
sua popularidade, mostrando que, apesar
das adversidades, os Maiden ainda estavam vivos e de saúde.
Em 1999, Bailey é posto fora devido a
problemas com a sua voz durante um
concerto e o mundo assiste ao retorno de
Bruce Dickinson (mais uma vez, deo gracias) e de Adrian Smith à banda, agora
encabeçada por três guitarristas. Os subsequentes álbuns, Brave New World
(2000) e Dance of Death (2003), viram a
criação daquele que é considerado o
característico ataque de guitarra tripla da
banda, culminando na criação de um
novo som distinto, colocando os Iron Maiden de novo no pedestal.
Da minha aparelhagem saem agora os
power chords melódicos do single
"Different World", e recordo a estreia do
penúltimo álbum Maiden, em 2006, intitulado A Matter of Life and Death. O estrondo que causou deu para sentir o abalo do
Heavy Metal.
(continua página 16)
Página 8
Nos Dias de Hoje!
N
os dias de hoje,
andar pela secundária da portela, é
como andar na
Toys R’ Us no corredor das
bonecas/bonecos.
Todos
são fabricados segundo o
mesmo
conceito
de
“swaggers”,
alimentados
pelos likes e seguidores no
facebook, ou pelas perguntas que lhes fazem em anónimo no ask.fm.
Como surgiu esta moda,
continua a ser um mistério
por revelar, no entanto
sabemos que esta doença
se propagou e tem vindo a
contribuir para aumentar o
ego destas crianças que
procuram desesperadamente atenção.
A integração neste tipo de
“bando” é muito simples.
Tudo começa pelo estilo:
primeiro, as leggins de
padrão, bem justinhas e
transparentes, a combinarem com uma camisola curta
que evidencie os atributos
físicos existentes (ou não).
Depois, não pode faltar os
tennis vans ou air max a
fazer pan-dan. Por último,
faça chuva ou faça sol, o
boné (ou como estes socialões lhe chamam o cap) não
pode faltar para fazer o look (continuação)
completo.
“Hipster” é um estilo que
No caso dos rapazes, o estilo
não é muito usado mas os
não varia muito: o boné tampoucos que o usam são
bém está sempre presente, a
combinar com uma camisola
bastante elogiados, sei
estampada com marcas paredisso por experiência prócidas à das pastas de dentes,
pria.
que lembram alguém que
queria chamar a sua mãe
quando estava com o nariz
entupido: “OBEY”!
Quanto à vida social, menos
de 2.000 amigos no facebook
é algo inaceitável! E se, a foto
de perfil não for partilhada
pelo menos 30 vezes com a
típica frase “gosto na foto, e
não na ligação ” um individuo
não pode ser considerado
pseudo-famoso ou social.
É esta a realidade com que
nos deparamos diariamente, “Clubber” é um estilo muito colorido! É cheio de
neste autêntico mundo dos estampados e penteados diferentes, também usam
brinquedos, em que os ado- bastantes piercings, tatuagens e maquilhagem.
lescentes parecem bonecos
em série.
“Lolita” é um estilo muito queriLeonor Sousa, Inês Martins e
Inês Figueiredo,12º F
do, tens roupas adoráveis! Parecem umas bonequinhas, muito
fofinhas! Cheias de lacinhos e
cores muito claras.
Diz-me o que vestes… dir-te-ei quem és...
A moda pode ser interpretada de muitas maneiras, alguns
dão importância e outros não.
Existem vários estilos de roupa, muitos até afetam a personalidade...como o estilo “Emo”, “Vintage”, “Hipster”, “Clubber”,
“Lolita”,...etc.
Se te quiseres tornar uma/um “Emo”
é preciso muito trabalho, pois como se
mostra na imagem, o cabelo não é
coisa fácil...é muito arranjado e cheio
de cores, já para não falar dos piercings, da maquilhagem e das tatuagens. As roupas, hoje em dia, são
muito fáceis de arranjar, pois quase
todas as lojas vendem um pouco de
tudo.
“Vintage” é um estilo do momento,
por isso não é muito difícil de obter
o estilo, basta entrares numa loja e
comprares a roupa.
Jéssica Troncão, 8º C
A moda e eu…
A moda para mim é uma das coisas mais importantes na minha vida, é pela minha paixão pela moda
que sou diferente entre as minhas amigas! Já fiz
umas peças de roupa: uma saia, um top, um colete,
dois vestidos...e muitas dessas peças me deram
bastante trabalho.
O meu estilo...eu sou fiel ao meu estilo...por exemplo, a minha melhor amiga não é fiel ao seu estilo,
está sempre a trocar...num dia é “Lolita”, no outro é
“Emo”...mas enfim, somos melhores amigas!
A moda pode ser importante para algumas pessoas
como pode não ser...eu gosto muito de moda, roupa, acessórios e maquilhagem...mas nunca iria
sofrer por uns sapatos ou por umas calças, também nunca usei maquilhagem...mas muitas pessoas enganam-se ao pensar que por gostarem de
uma coisa têm de a fazer...é errado porque às
vezes não temos idade para usá-las ou fazê-las
(ex.: saltos altos e tatuagens).
Jéssica Troncão, 8º C
Nos dias de Hoje!
Página 9
Parents-child relationship
The family is always very important, because with a family we
have everything. Above all we
have love. Sometimes the relationship father-mother-children
changes, because they don't
respect us, and the most important thing to build a relationship
is confidence.
Doing things together, learning,
spending time to go to the cinema, all that is very important. We
don't spend a few minutes thinking about this, but...
We love so much our parents,
and for us the most important
thing is the family, because
without a family we would be
nothing.
Inês Vasconcelos, 10º D
Before a certain age, we live
under the constant protection of
our families, especially of our
parents (at least the ones who
were lucky enough to have a
good family). As we grow, this
protection tends to go down as
our responsibility develops. But it
is in those times that we create
indispensable values like love,
trust, share, care, respect, and
many others. The person who
hasn’t had this upbringing will
almost certainly have less success than one who had strong
Inês Barroso, 11º G
family bonds.
Nowadays, I believe that parents
-child relationships are a bit different. In my opinion, parents in
the past used to hide much more
topics from their kids, like sexual
issues. They simply didn’t talk
about it in those times, like it is
done now. Communication is
better now, I think. And that is
the main key to build a stronger
relationship. Share experiences
and problems, from both sides,
not just teens to parents, is the
best way to have a good relationship, not forgetting that love
and care are essential in a
family.
Inês Almeida, 10D
Every parent wants the best for
his child. They want their child to
have a good future and a successful career, but when the
child becomes a teenager they
start to have their own opinion
which leads to disagreements
between them. The family plays
a big part in the development of
the individual. Being overprotective doesn’t allow the teenager to
learn from his mistakes. Being
too permissive doesn’t help
either. Parents need to listen to
their children’s problems because lack of communication is one
of the biggest barriers in the
parent-child relationship. In my
view, this relationship changes a
lot when the child becomes a
teenager. Teenagers become
more independent and they want
to gain maturity fast. It’s a quick
turn in parents’ life. Doing things
together like going to the beach
or going shopping is also a great
way to strengthen the bonds
between parents and children.
Catarina Braz, 10º D
Silêncio...
Em todas as escolas há
turmas barulhentas. Turmas
em que os alunos consideram as aulas como um prolongamento do intervalo e
continuam a falar, mesmo
depois de o professor ter
aberto a lição e escrito o
sumário. Felizmente são
poucas …
A culpa é, obviamente, dos
intervalos, que são sempre
demasiado pequenos para
se fazer o que quer que
seja, quanto mais para discutir o que se comeu no
jantar do dia anterior. Uns
míseros dez, quinze, vinte
minutos servem para tanta
coisa como uma agulha num
palheiro.
Assim, os alunos ocupam as
aulas, que deviam servir
para aprender alguma coisa
de útil para a faculdade,
com discussões filosoficamente importantes de foro
pessoal, público ou académico, desde o gato siamês
branco, fofinho da Susana
ao assalto ao Banco da Rua
das Necessidades, passando pelo rapaz loiro do 12º H
que tem uma maneira muito
gira de revirar os olhos. E
quando o professor pergunta «O que é que eu estava a
dizer?», os alunos repetem
as últimas frases que o professor disse (tipo papagaio),
e o docente fica sem saber
se os miúdos estão a gozar
com ele ou se estavam mesmo a ouvir.
Para combater este problema, os professores desenvolveram variadíssimas técnicas, umas mais infrutíferas
do que outras. Há quem
entre na sala aos berros e
saia da sala rouco; há quem
dê um berro esporádico; há
quem mande um aluno dar
um berro, porque não está
para estragar as suas ricas
cordas vocais; há alunos
que dão berros por conta
própria, arriscando-se a uma
repreensão pelo bem
comum. Mas como a função
calmante dos berros ainda
não foi cientificamente provada, há professores que
não repreendem ninguém e
se limitam a dar a aula para
o boneco. Há ainda alguns
professores que misturam
os berros com o silêncio,
batendo com o livro de ponto na mesa, com tal violência que no final do ano o
livro de ponto está tão
escangalhado que nem serve para a reciclagem.
Aos Diretores de Turma
cabe a árdua tarefa de harmonizar tudo e evitar sarilhos, mudando a planta de
sala de aula praticamente
todas as aulas, o que, sinceramente, não produz grandes efeitos a longo prazo,
visto os alunos conheceremse basicamente desde o
berço.
A culpa dos alunos falarem
nas aulas não é dos professores, porque os professores fazem um esforço quase
sobre-humano para os manter quietos e calados durante cinco minutos. Não é dos
Diretores de Turma, pois os
Diretores de Turma passam
a maior parte dos seus dias
a suar em bica, congeminando a melhor maneira de
afastar Fulano, Sicrano e
Beltrano, sem estragar a
dinâmica de sala de aula e
arranjar problemas. E a culpa não pode ser obviamente
de Fulano, Sicrano e Beltrano, pois os alunos também
precisam de tempo para
discutir à saída da próxima
sexta feira à noite e se o
almoço do dia seguinte na
escola é carne ou peixe e se
a carne ou peixe são bons.
A culpa nem sequer é do
Ministério da Educação,
porque o Ministério da Educação nem sequer põe os
pés na escola.
Portanto, se a culpa não é
de ninguém, então só pode
ser dos intervalos: são
demasiado pequenos para
se fazer alguma coisa de
jeito com eles. Se houves-
se intervalos de quatro
horas e aulas de uma,
tudo se resolveria num
instante …
Rita Martins 11º F
“Ser poeta é ser mais alto” Florbela Espanca
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Porque o mar reflete o céu
Navega de uma vez
sai destes portos
sem vida nem sortes
só sabemos olhar
e o mar observar
mas ficamos em terra
com medo de navegar
Padrões erguidos
em túmulos de civilização
somos hoje aquilo
que navegadores nunca
sonharão
Maria Matias, Alexandra Morais e Catarina Silva 11º G
Ser
Palavra que já senti
Já tentei voar,
Mas não consegui.
Já tentei sonhar,
Mas do céu caí.
Se tu falas,
O teu mal calas.
Para todos é difícil dizer,
Mas porque está a morrer.
Nas nuvens eu desisti,
Mas no azul percebi,
Que podia cair,
Mas do chão eu não ia sair.
Mentira ou verdade ,
Nunca é fácil.
Admitir tal maldade,
Com ou sem falsidade.
Eu podia desaparecer,
Eu podia ser.
Ser eu, não um sonho
Mas gosto de o ver risonho.
O medo todos têm ,
Não são fracos.
Fraco é quem não tem coragem de admitir,
Que se está a redimir.
Eu , sou assim,
Assim quero ser,
E dar o meu coração,
a quem lhe pertencer.
Eis a minha duvida:
Vou conseguir ?
Não quero saber a resposta,
Porque ela estará sempre a
mentir.
Como tu estás,
Ou como devias estar.
Não parar.
Isso é amar.
Agora vou viver,
Vou ser,
Eu,
E defender o que é meu.
Ódio ?
Palavra que todos sentem,
Eu sinto e tu também.
Mas é palavra que nunca
falei.
Porquê ?
Eu não sei,
Mas aprendi
A viver sem.
Agora estou contente,
Agora foi a mim.
Agora sente,
O ódio que eu senti.
Carolina Plancha 7º D
por isso navega
que o mar está a oeste
deixa esta praia do Tejo
por um Tagus diferente
és bela por teu silêncio
como nas terras de
D.Sebastião foste
pois mostra-me que a Este
não existem só reis e cortes
Navega de uma vez
porque coração lusitano tens
deixa os infiéis falarem
de que te levaram o rei
És única
como a navegar terás de ser
quero te ver viver
teu nome por oceanos ressoar
Sem nau
sem caravela
guiando-te pelo luar
Carolina Plancha 7º D
Ana Pires e Melissa Fernandes 11ª G
Orgulho de ultrapassar
Ruína de ser ultrapassado
Medo imenso de sonhar
O que não é alcançado
Estando tão no topo…
Mas bem lá no fundo
Caio dum abismo louco
Desapareço num segundo
Talvez esquecida,
Sem mérito algum.
Sem ser reconhecida
Nem fora do comum.
Pode não fazer sentido,
Pode não fazer chorar…
Desde que não seja esquecido
O que vim confessar.
Talvez ao ter envelhecido
Já devo ter feito chorar
O ser mais inibido
A quem o medo fui contar
Talvez não tenha caído
Neste medo que é só meu.
Tendo então sobrevivido,
À afronta que sou eu.
Ana Penedo 9ºA
“AS ÁRVORES”
As árvores morrem de pé
E ali permanecem erguidas,
Sem fazer grandes alaridos,
Ali morrem esquecidas
filha da lua
sem governo
sem república
De braços voltados ao céu
De fé e esperança perdida
Sem que lhes tape um véu,
Despidas de folhas e de vida.
navega de uma vez
que vou governando o céu
que por ti
azul se fez
Ainda próximo da morte
Esticam seus membros magros,
Mantendo uma personalidade forte
Para proteger os mais fracos.
Frederico Benvinda 12º F
Saber viver,
Saber seguir em frente,
Saber ser.
Sem razão aparente.
“Um Medo Só Meu”
A árvore fica…
Finalmente solitária
Fitando o céu, abdica
Da vida que a prende
À terra estacionária.
Solta então um grito mudo
Sua alma torna-se liberta
Seu corpo servirá de escudo
Pois este será para o mundo
A sua grande oferta.
Ana Penedo 9ºA
“Ser poeta é ser mais alto” Florbela Espanca
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Indefinição
Soldado de Barro
Em vivo fogo
Nações, homens e armas
Ganância, territórios e traição
é como tua vida
numa guerra sem razão
Em vivo fogo me tornou o amor,
Que só de te querer, queimou
Com tanto e tao repentino ardor.
É amar-te que define quem sou
E que quanto mais hesitamos em falar,
Mais penso no teu sorriso delicado,
Mais sonho com teu cabelo dourado.
Mas quando me perco no teu olhar,
Já não queimo, afogo-me no mar
Que me inunda o coração
Nas ondas quentes de paixão
De te profundamente amar.
E sempre que cruzarmos olhares,
Verei os imensos mares
Que nunca hei-de navegar
Na minha nau feita de te amar
Levanta-te
anda
Podes simplesmente pensar
qual mente brilhante
qual génio
em corpo endurecido
Maleável pensamento
do barro torneado
à imagem do criador
Pensador
Luta soldado por esta tua missão
luta pela guerra de pedra
onde teu barro é munição
Hugo Alves,
Sinto-me a afogar,
Mal consigo respirar
No meio de tanto vazio,
No meio de tanto ar.
Fico a tremer de frio
E a ferver de dor,
A sorrir da tristeza
E a chorar o amor.
A odiar a tua beleza,
Sem ter a certeza
De quem é caçador
E quem é presa.
12º
Armas de ferro
Punhos de aço
E tu que apenas querias
poder dar mais um passo
Querias ter sonhado?
Querias ter pensado?
querias ter amado?
gues
a Rodri
Carolin heiro 11º G
in
Inês P
Para tudo fazeres não existe tu,
soldado
És fonte de minhas mãos de noite
filho de águas roubadas
utilizadas para amadurecer teu corpo
de argila saqueada
Frederico Benvinda 12º F
Amizade
Amizade um ponto de abrigo que está sempre contigo
A tua amizade é tudo para mim
Por mais que sejam as discussões
Sinto-me farto de ser eu
Não sendo o que sou
Nem o que antes era,
Sou só o que restou,
O que a tua boca não queimou
Na tua chama de quimera.
Vivo sem vida
Numa paixão desgarrida
De algo simplesmente complexo.
Procuro-a num reflexo,
Minha alma perdida,
Quando percebo por fim
Que este mundo não é para mim.
e
Hugo Alves,12º B
Não sei…
Já não sei mais se sei
Se foste tu que me afastaste
Ou se fui eu que me deixei
Porque oscila entre amor de aço
E esse horror por que passo
De não saber o que faço,
Só me vendo num futuro baço.
Não sei se hei-de correr atrás de ti
Ou se me deixo ficar por aqui.
É que sabes, meu amor, tenho medo
Que seja muito tarde ou cedo.
Sei que se fosse fácil
Não teria emoção do romance
Mas fazes-me sentir que não há chance.
Nunca vai ter fim
Tu estás sempre ali para me alegrar
Para a minha cabeça levantar
Tento convencer-me que não te amo
Mas quando vejo teus olhos que adoro
Ou ouço teus risos que devoro,
“Amor” é o nome que te chamo.
Para que a tristeza que me encontra
A amizade às vezes me salvar
A tua amizade é tudo para mim
Hugo Alves, 12º B
É isto que estou a escrever e muito mais
Está sempre a ajudar quando cais
A amizade é para viver e aproveitar
Não é para a sofrer e nem para acabar
Margarida Ferreira 7ºD
Uma Terra de Sonho
Era uma vez...
Rita Martins 11º F
Sintra
era uma terra estranha,
rodeada de nevoeiro e
bruma. Dizia-se que ali
moravam criaturas espantosas, saídas diretamente dos mitos
antigos e das lendas passadas que povoam a nossa imaginação. Dizia-se que a serra agreste e meiga as adotara como
suas filhas naturais, amando-as no vale de sombras profundas
estirado a seus pés. Murmurava-se aos quatro ventos que
aquelas verduras serenas, aqueles ventos suaves, aqueles
penedos felizes, aquelas águas límpidas abrigavam seres fantásticos, protegendo-os de olhares indiscretos e desejos malignos.
Havia quem dissesse que era tudo invenções de velhos senis.
Uma mentira bem elaborada para atrair turistas. Outros, mais
sensíveis aos olhos da alma e aos ouvidos da imaginação,
afiançavam a pés juntos que viam esses monstros místicos,
passeando à luz do dia. Mas, misticismos à parte, a verdade é
que quem visitava Sintra se deixava encantar pela verdura
macia que se desprendia das paredes musgosas do Ramalhão, pelo ar gélido da manhã que os recebia à chegada e lhes
enregelava os ossos, pelo cheiro agradável que pairava no ar
e lavava a alma das preocupações do dia-a-dia.
A visita começava às dez e meia da manhã, no Palácio Nacional de Sintra, e estendia-se até à uma da tarde, acabando em
Seteais. Alguns membros do grupo abriam a boca de espanto
quando viam um duende verde a juntar-se a eles, enquanto os
outros permaneciam impassíveis a olhar para a guia. O duende verde piscava-lhes o olho, com o indicador à frente dos
lábios, sorrindo.
E a visita principiava. O Palácio de Sintra fora residência de
reis durante oito séculos e fora muito utilizado na Idade Média
como refúgio da Corte durante os meses de verão e para a
prática da caça. Dali, avistava-se, no alto da serra, o Castelo
dos Mouros, cenário de batalhas esforçadas e guerras perdidas, e ouvia-se o clamor por Alá dos mouros derrotados e o
tinir eterno das espadas pesadas, luzindo ao sol.
A seguir, visitavam o Hotel Nunes, demolido há já alguns anos
e substituído por outro mais moderno, mas de gosto duvidoso,
o Tivoli. Visitavam as memórias que restavam dele: às vezes
ouvia-se a cozinheira anafada a remexer nos tachos e nas
Página 12
panelas, outras vezes, era a criada louca que se enforcara na
sala de jantar; outras ainda era o roçagar de beijos proibidos
e carícias adúlteras entre dois amantes apaixonados.
Depois, seguiam para a velha Lawrence, onde dois faunos de
cachecol vermelho ao pescoço e guarda-chuva em punho
davam as calorosas boas-vindas aos visitantes. Lá dentro, a
par da rececionista humana, um gnomo de jardim atendia
com modos educados e eterna paciência uma cria de dragão
com um violento ataque de tosse. Lá fora, numa das janelas
gradeadas, repousavam ao sol morno da manhã as sandálias
aladas de Hermes mensageiro e no andar de cima dois elfos
domésticos de grande sorriso nos lábios poliam com afinco
as armas de uma amazonas de férias, vigiando de quando
em quando a figura pálida e sinistra escondida por entre as
sombras das ramagens verdes do pátio do outro lado da
estrada, onde outrora havia burros e burriqueiros que levavam os turistas à Pena. E por falar na Pena, tinham de ir
andando, que se fazia tarde e depois não conseguiam ver
tudo.
Dali à Cascata dos Amores era um esticão dos grandes. Pelo
caminho, ainda encontraram um grupo de caçadores, valentes homens que, há força de cordas e chicotes, tentavam
domar o carácter impetuoso de um unicórnio que se deixara
encantar por uma menina virgem. Na cascata, pairava uma
música doce e melódica, que deixou todos os rapazes pelo
beicinho e provocou acessos de náuseas e vómitos às raparigas. Ao aproximarem-se, viram um par de sereias marotas de
bela voz, uma a ouvir o mar dentro de um búzio, a outra a
pentear os longos cabelos loiros com um ouriço-cacheiro.
Com muita força e alguma persistência, conseguiram arrancar os rapazes dali e avançaram para a Quinta da Regaleira,
outro esticão.
A Quinta era guardada por dois centauros sábios e imponentes. De lá de dentro escoava-se uma alegre vozearia de gárgulas que voavam atarefadas para trás e para diante, levando ingredientes misteriosos à bruxa de verruga no nariz no
outro lado da estrada, que cozinhava ao pé da Árvore Sábia,
embriagada nos vapores de uma poção para corações partidos. Mais acima, perto das Cavalariças, o lobisomem de proporções gigantescas, fortemente acorrentado, rosnava furiosamente a todos os que passavam.
( Continua pag. 19)
Livros e Opiniões
Página 13
Li o livro
Evangelho Segundo Jesus Cristo
Comprei-o no início do
verão, com o intuito de
o ler durante esse
período, porém tal não
me foi permitido. Entre
trabalhar e escrever,
pouco ou nenhum tempo me sobrou para ler,
nem os meus próprios
escritos, menos ainda
os dos outros. Ainda
assim a minha sede de
ler, o que pode parecer exagerado, mas
tenho-a, exigia uma leitura e fazia-me
sentir ignorante por não o fazer. Então,
num gesto vingativo li o livro por inteiro
numa semana, todas as suas quinhentas
e setenta e sete páginas, mais coisa
menos coisa pois o livro não se encontra
à minha cabeceira.
Li, apreciei, admirei. O génio literário de
José Saramago é indiscutível e como tal
somente elogios tenho a dirigir -lhe, não
as dirijo a ele pois nada conheço da sua
vida pessoal que mereça tais congratulações.
Este livro tem embutido nas suas páginas
um árduo e exaustivo trabalho de pesquisa minuciosa tanto da Bíblia, da Tora, de
toda a história do povo hebraico e os
costumes Judeus da época, explicando-o
minuciosamente, por vezes até demais.
100 Histórias de Todos os Tempos,
Maria Alberta Menéres
Este livro, que marcou a
minha infância, é da autoria
de Maria Alberta Menéres. É
um livro que tem várias histórias tradicionais que gostamos sempre de lembrar: “A
princesa e o Sapo”, “Os três
porquinhos”, “A lebre e a
tartaruga”, entre outros.
Gosto muito deste livro porque me acompanhou sempre desde os meus seis anos de
idade e ainda hoje o tenho no meu armário.
Este livro faz-me lembrar também a minha
mãe, pois era ela que me lia todas as noites
uma das histórias para eu adormecer. Como
é óbvio, agora já não me lê essas histórias,
mas acho que a Maria Alberta Menéres
devia ter continuado a publicar livros grandes como este, mas com 100 ou mais novas
histórias para encantar as noites dos mais
pequenos e avivar a memória dos mais
velhos.
Ainda gosto muito deste livro e por isso o
apresentei agora que tive esta oportunidade
para o fazer.
Gonçalo Oliveira, 7ºF
Uma leitura feita de drásticas mudanças e polos opostos, um sendo marcado pelo tédio constante, que chega
a dar sono, perdoem-me a crítica
exageradamente depreciativa, e o
outro feito por excitantes e interessantes páginas, que agarram de tal
forma o leitor que vinte páginas passam como nada.
Este livro foi aclamado como polémico e considero que a ida do autor
para Espanha foi mais que justificada!
Eu rio, juro que o faço, quando vejo
pessoas a perguntarem-se, algumas
até revoltadas, com o porquê de José
Saramago ter ido para Espanha, deixando para trás a sua pátria, eu respondo, com um toque de desprezo
pessoal que foi a pátria que o deixou
para trás.
Foi insultado e desprezado, considerado um não-Português e um patife.
Porém, quando o Prémio Nobel lhe
caiu nas mãos, todos o aclamaram
como vindo desta pátria, nascido e
criado aqui, chamando-o ilustríssimo
José
Saramago,
excelentíssimo.
Pobre gente que não sabe o que diz
nem do que fala!
The Perks of Being a Wallflower,
Stephen Chbosky
Uma vez li um livro
Um livro que mudou a minha vida
E a maneira como vejo as coisas
Um livro que me fez sentir amada
E infinita pela primeira vez
A primeira vez que se tornou a última
Um livro que eu tive o prazer de ler
De ler mais de dez vezes
E que depois foi feito filme
Uma vez num papel sem linhas
Ela escreveu um poema
Chamou-lhe The Perks of Being a Wallflower
Porque esse era o nome do livro
E isso é o que era tudo.
Rita Peças, 7º 2ª
Sérgio Alves, 11ºF
A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson versus
História de uma Gaivota e do Gato que a
Ensinou a Voar, de Luís Sepúlveda.
Acho que o livro A Ilha do Tesouro como tem muitas descrições
torna-se maçudo e, por isso, a
história fica desinteressante. Também há partes do livro que são
difíceis de ligar e acaba por parecer que não têm nexo, o que desmotiva a leitura, porque se torna
aborrecida.
Penso que um livro muito melhor
para ler seria, História de uma
Gaivota e do Gato que a Ensinou a
Voar. Este livro ensina-nos três coisas muito importantes: a pedir ajuda
quando é necessário; a contornar as
regras para ajudar alguém, desde
que não prejudique ninguém; a cumprir as nossas promessas mesmo
que isso signifique termos muito trabalho. Ao lermos esta história podemos perceber os valores de entreajuda e da compaixão dos outros por
nós. No final da história eu senti
orgulho pela personagem principal, porque apesar do
imenso trabalho que teve manteve-se firme e cumpriu
as três promessas. É um livro comovente, embora não
traga lágrimas aos olhos.
Maria Dias, 8ºC
Sugestões
Pontos de vista...
Página 14
temente da natureza do seu fascínio, ambos recorrem à criatividade e à imaginação para desvendarem e tentarem compreender os mistérios do mar.
Daniela Cordeiro, 12.º C
Secundário para Totós
Melissa e Ana Pires 11º G
A importância da visão sobre o mar
O mar é uma fonte de enorme importância para o Homem.
Quer seja como fonte de subsistência ou de rendimento, o mar
é de tal modo fundamental que, desde que descobrimos o seu
potencial, nunca abandonámos a exploração dos seus recursos. É, no entanto, o maravilhoso que o mar representa que
estimula cientistas e artistas a estudá-lo e interpretá-lo de
diversas maneiras.
O fascínio pelo mar, vivido por muitos cientistas, pode, pensamos nós, ser explicado pela oportunidade de exploração do
desconhecido que este representa, um pouco à semelhança do
que os marinheiros das epopeias clássicas sentiam. Tão espetacular é o mar como a vida que este alberga e o fundo do mar,
repleto de lugares recônditos que apenas se tornam acessíveis
à medida que a ciência evolui, é o ambiente de eleição para a
descoberta do extraordinário marítimo. Aí, inspirados pelo
maravilhoso de figuras míticas como sereias e monstros, como,
por exemplo, o Adamastor, os cientistas reveem este universo
de criaturas fabulosas nos seres de proporções e características invulgares que encontram.
Em oposição aos cientistas cuja admiração pelo mar se reflete
numa observação e estudo objetivos, o artista recorre à subjetividade para representar a sua conceção do mar. Esta resulta
da expressão dos sentimentos que o mar lhe proporciona. As
sensações manifestadas podem, por exemplo, ser desencadeadas pelos reflexos, pelas cores, tanto do mar como da vida
que este hospeda, pelo movimento, entre outras. Para exemplificar, Charles Baudelaire, das sensações que captou do mar,
escreveu “Homem livre, tu sempre gostarás do mar”.
De ambas as perspetivas, o mar simboliza transformação. O
cientista tenta ultrapassar a barreira do desconhecido e o artista molda sensações, sons, paisagem que o mar disponibiliza,
convertendo-os em palavras, ilustrações, em Arte. Independen-
Um, desvias o olhar. Dois, afundas-te na cadeira. Três, quanto
mais olhas para elas, mais as solas dos teus sapatos se tornam interessantes.
E agora admite, já todos nós estivemos
nesta situação: aquele mini-ataque de pânico quando um professor faz uma pergunta
à turma, naquele preciso momento em que
não estavas a prestar atenção. (Sim, vamos
fingir que era só naquele momento.)
Então aqui tens, algumas dicas essenciais
à tua sobrevivência no secundário. Se calhar não precisas
delas. Se calhar és do sétimo ano e até já te apercebeste de
todos estes truques. Nós tivemos de estar cá dois anos para
tirarmos tais complicadíssimas, exaustivas conclusões.
A primeira é a regra de ouro: Mantém sempre contacto visual
com os professores.
Não, isto não é sinónimo de os fitares de olhos arregalados, e
de dares uma de perseguidor obcecado. Nenhum professor
quer sentir que precisa de instalar um novo sistema de segurança em casa só porque não paras de olhar para ele. Não,
meus amigos, o truque é muito mais subtil. Basta acompanhares o movimento deles pela sala enquanto mentalmente pensas no resultado do jogo de ontem à noite. (Este truque é também apelidado de “dormir com os olhos abertos”.)
E o truque, como em tudo, é prática. Não te sintas desencorajado das primeiras vezes. Em poucos meses conseguirás ser
um expert, acredita.
E esta é mais uma caução que outra coisa. Agora que estamos
no fim do ano, tento na língua. Há certas coisas que não precisas de exteriorizar, acredita.
Por mais que te tenham dito que a honestidade é importante,
os teus pais nunca quiseram dizer que era essencial que te
escapasse algo semelhante a “Tchii, stor, ainda bem que para
o ano não estamos consigo.”
Meus amigos, lamento informar-vos: os professores dão continuidade no secundário. Portanto, seguindo esta bela saída
desapropriada ouvirás muito provavelmente um “Ai não?” do
teu professor, e terás uma agradável surpresa quando entrares
na sala em Setembro.
E porque um bom mágico nunca revela todos os seus segredos, aqui nos despedimos. (Okay, vamos ser honestos, é porque ainda também não os descobrimos. Esperamos ferverosamente que o 12º ano seja aquele em que atingimos a sabedoria completa. Ou então, bem vamos precisar que alguém nos
escreva um Universidade Para Totós.)
Rafael Ramires, Rita Barbosa, Telma Pais, 11º A
Página 15
Dia do Agrupamento
Para mim
o dia do agrupamento não começou muito bem. A
caminhada
foi
um
bocadinho desagradável. Achei que a ideia de
tentar motivar os alunos para o agrupamento foi boa, mas julgo que este não foi
o método certo. Quer dizer, fazer todos os
alunos e professores andar até ao Jardim
da Portela, seguidamente andar uns bons
metros para, depois, voltar ao mesmo
sítio, não me parece o melhor. Também
não me entusiasmei com o hino, pois
das duas vezes que fomos para o jardim
da Portela tivemos de cantar a canção do
agrupamento. É claro que os estudantes
da primária gostaram, mas, obviamente,
para os alunos do 2º, 3º ciclos e secundário não foi tão entusiasmante e, como
reparei, muitos ,não só eu, não gostaram. Mas, penso que o pior foi a parte de
termos de andar e andar...
O restante dia foi muito agradável. O
ambiente foi de alegria e descontraído. A
maioria das atividades estavam bem
estruturadas e eram apelativas e divertidas. Quanto ao karaoke foi, para mim, a
atividade mais chamativa e engraçada
para os alunos. Eu teria preferido que a
organização atribuísse a quem ganhasse
o 1º, 2º e 3º lugares um prémio simbólico.
Feito o balanço deste dia julgo
que foi bom, agradável e deu para mudar
e desanuviar de certa forma da escola e
de tantas aulas.
Carolina Plancha , 7º D
Pontos de vista…
ignorada, mas também ninguém gosta de
ser ignorado em momento algum.
Como se sente quando numa aula de
revisões os seus alunos não colaboram consigo?
Muito preocupada para além de triste.
Preocupada porquê? Quando faço as
revisões, ou quando estão a treinar para
um teste, ou para um exame, se não
estão atentos podem ter maus resultados
e isso não é bom para ninguém.
Já alguma vez se passou um episódio
menos bom no decorrer da aula ao
ponto de se irritar? O que faz e como
se sente?
Já aconteceu. Há alunos que não só não
respeitam o Professor e isso não é bom,
mas também não respeitam os colegas e
isso ainda me irrita muito mais. O que me
apetece fazer? Pô-los na rua embora evite
essa situação, dado que todos os alunos
têm o direito a aprender. Se eu os puser
na rua tiro-lhes esse direito. O que esses
alunos esquecem está intimamente relacionado com o dever de respeitar os
outros. Logo, se não respeitam os outros
alunos eles deixam de ter o direito de
aprender. São situações complicadas.
Acha que o relacionamento entre alunos e professores é positivo ou negativo?
Até hoje, considero positivo, mesmo
naqueles casos em que há algumas zangas ou conflitos. Até hoje conseguimos
resolver os conflitos antes de crescerem
muito. Os alunos são espertos e entendem quando não devem ter determinadas
atitudes.
Qual é a sua reação habitual quando vê
um aluno a copiar num teste?
Dra. Leonor Hormigo
Irritada, muito irritada, porque quando um
Professora de Geografia
aluno copia está a cometer uma fraude.
Não só se está a prejudicar como está,
Como se sente quando se esforça ao
mais uma vez, a prejudicar os seus colemáximo para ensinar os seus alunos e
gas. Em qualquer momento na vida real
eles a ignoram ?
copiar é crime.
Fico muito triste porque não gosto de ser
Do outro lado da mesa
Obrigada por ter respondido às minhas
perguntas.
Eu é que agradeço por se ter lembrado de
mim.
Margarida Ferreira, 7º D
Dra. Leonor Plancha
Professora de Matemática
Como se sente quando se esforça ao
máximo para ensinar os seus alunos e
eles a ignoram ?
Sinto-me bastante frustrada e tento motivá
-los da melhor maneira. Se eles me ignoram, por exemplo, chama-os ao quadro,
assim, eles concentram-se e acabam por
aprender.
Como se sente quando numa aula de
revisões os seus alunos não colaboram?
Sinto-me aborrecida e cansada por eles
estarem desatentos e estar sempre a chamar-lhes a atenção. Muitas vezes peço
aos alunos que vão ao quadro fazer exercícios e explicarem aos colegas a resolução.
Já alguma vez se passou um episódio
menos bom no decorrer da aula ao
ponto de se irritar? O que faz e como
se sente?
Muitas vezes, pois quando estamos a
explicar e os alunos não estão sossegados não aprendem e não deixam os colegas aprender, sendo uma falta de respeito
para com o trabalho do professor.
Acha que o relacionamento entre alunos e professores é positivo ou negativo?
A minha relação com os alunos é bastante positiva.
Qual é a sua reação habitual quando
um aluno copia nos testes?
Retiro-lhe o teste, ou digo-lhe que não
pode copiar, porque não está a aprender
e só se está a enganar a si próprio.
Maria Carolina Silva, 7º D
Página 16
Um olhar sobre...
(continuação da página 7)
Iron Maiden:
De lendas do Heavy Metal a
Deuses do Rock
Da minha aparelhagem saem agora os
power chords melódicos do single
"Different World", e recordo a estreia do
penúltimo álbum Maiden, em 2006, intitulado A Matter of Life and Death. O estrondo que causou deu para sentir o abalo do
Heavy Metal. Tanto fãs como críticos
colocaram o álbum ao nível dos originais
da banda, dito como um dos melhores de
sempre. Na altura já me havia introduzido
no mundo do rock, mas adquiri o CD apenas 4 anos depois, no Verão de 2010.
Recordo também que no mesmo mês o
último álbum dos Maiden, The Final Frontier (2010), havia saído e os alicerces do
mundo do Heavy Metal tremeram, mais
uma vez, tendo esta última peça do
reportório da banda saído melhor do que
o anterior, em especial entre os fãs e
críticos, algumas músicas chegaram mesmo a adquirir um lugar ao lado de outros
clássicos Maiden. Ainda assim, comprei o
A Matter of Life and Death. De todos, era
de longe o que mais me atraía e tinha
sido através do single "The Pilgrim", presente na obra, que a minha jornada no
mundo Maiden havia começado. De
facto, o significado pessoal atribuído a
esse álbum, da minha parte, foi o suficiente para me levar a gastar 10 euros
numa caixa de plástico com um CD e um
livrete.
Como fã do universo Maiden, seria blasfémia não mencionar a base de fãs da
banda, uma das maiores do mundo.
Todos os 20 milhões de fãs, de um lado
ao outro do Atlântico, seguidores acérrimos dos seus ídolos, são não só o estímulo propagador da loucura Maiden e o
combustível principal que alimenta a chama Maiden no mundo, mas também
como guardiões e defensores da musicalidade do grupo, combatendo os blasfemos hereges que se atrevam a questionar ou a deturpar a banda. Em boa verdade, os membros desta comunidade farão
da conversão destes "não crentes" em
verdadeiros adeptos do grupo, a sua principal missão. Ou então simplesmente
aniquilam-nos. (‘Tá bom, talvez tenha
exagerado)
E como se não chegasse só o reportório
de sucesso e o apoio de um exército de
fieis, estes "velhos dinossauros" do rock
continuam ativos ainda hoje, sendo um
dos poucos grupos nascidos no final da
época de ouro do rock que não se separaram, mantendo assim os velhos fãs que
os conhecem desde o início e recrutando
novos, que a pouco e pouco vão recolhendo e apreciando material anterior e
mais antigo, e levando ao mundo, atrás
de inesquecíveis espetáculos, aquilo que
melhor sabem fazer. Levados não só pela
música, qualquer fã dirá, numa frase em
que metade dos adjetivos descritivos são
asneiras, que a atuação da banda ao vivo
é um "espetáculo do c******!", desde a
perícia extrema vocal, ou pela pirotecnia
das guitarras e do baixo, acompanhadas
por uma tempestade de bateria avassaladora, até ao show de luzes e fundos artísticos e, claro, até ao inesperado momento
em que Eddie the Head, a mascote da
banda, com três metros de altura, entra
em palco.
Pioneiros do género a que chamamos
heavy metal, aos Iron Maiden é atribuído
o mérito de manterem vivas as influências
dos "Deuses do Rock" que lhes precederam, como Black Sabbath, Judas Priest,
Deep Purple, entre outros grandes. Recolhendo a inspiração e influência necessárias para a criação de um novo estilo
musical mais cru, mais obscuro, mais
agressivo, incorporando elementos do
hard rock, deixando de lado os blues e
segurando elementos melódicos e harmónicos, misturado com temáticas sobre a
morte, ficção, terror e literatura, depressa
os Maiden passariam também a serem
motivo de inspiração para outros, ascendendo ao estatuto de "Deuses do Rock",
ao lado dos seus predecessores.
E olhando atentamente, apesar de já
terem passado mais de 30 anos desde o
lançamento do álbum inicial, creio que
talvez ainda seja cedo para nos apercebermos do quão grande é a marca deixada por estes Senhores (com "S" grande)
na história do rock. Um dia, quando as
páginas do capítulo dos Iron Maiden deixarem de ser escritas, o mundo será herdeiro de um dos maiores legados, não
apenas musical, mas musicalmente artístico. Mas para já, o mundo apreciará o
que os Maiden nos deram, nos dão e
(esperemos que seja assim) nos darão.
Certo é que a história, os recordará, para
sempre como uma das, senão, A maior
banda de heavy metal de todos os tempos! Por isso, longa vida aos Iron Maiden
e UP THE IRONS!
Pedro Carriço—12º F
Paixão d’Alvorada
Sinto o calor gritante
e o sal da madrugada.
O toque cativante,
de um calor provocante:
Paixão d’Alvorada.
Let’s do the same tonight.
We could give a new twist.
Let’s stay side by side.
Will you try to hide?
You’re so hard to resist.
Refrão:
Should I ask the sea?
Will it answer me?
Ele dirá que acabou
Que o tempo passou
Que eu já te perdi.
“Bridge”:
Bring me dawn again.
Now that’s all behind.
Try to understand.
Can I keep you in my mind?
Refrão:
Should I ask the sea?
Will it answer me?
Ele dirá que acabou
Que o tempo passou
Que eu já te perdi.
letra: Beatriz Valentim;
música: Beatriz Valentim e Pedro Dias
Página 17
Nem a chuva
impediu
os
participantes de darem o máximo até à
meta.
No dia 16 de Novembro realizou-se o
Corta Mato Escolar, no qual participou
cerca de 75% do nosso Agrupamento.
Orientados pelos Professores Carlos
Lopes, José Fortes e Patrícia Monteiro,
todos os alunos de Desporto estiveram
envolvidos na organização do evento,
acompanhando os alunos até ao Quartel
de Regimento de Transportes, na montagem do percurso, na entrega de águas,
maçãs e na recolha de lixo, assim como,
na verificação do percurso que os participantes fizeram. Posteriormente, e devido
à boa organização do nosso Corta Mato,
foi-nos pedida a colaboração na organização do Corta Mato Local, onde participariam todos os apurados das fases escolares da zona de Loures. O nosso Agrupamento foi representado não só na organização, mas também como participantes
nas corridas.
Aconteceu...
habitamos e/ou estudamos e das relações sociais e humanas que nele se
estabelecem.
Propusemo-nos responder, na forma de
um cartão postal, à questão: Que lugar é
a Portela?
Pusemos mãos à obra e realizámos uma
coleção de postais que representa a
nossa visão da Portela, tendo como base
as referências arquitetónicas, culturais e
sociais que tornam este lugar singular.
No dia 19 de Abril, inaugurámos a exposição onde se apresentou o processo conceptual percorrido ao longo do projeto.
Contámos com a presença de muitos
elementos da comunidade escolar, pais e
amigos, professores que nos acompanharam e apoiaram neste projeto, e ainda de
todos os elementos da direção do Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide, da Presidente da Junta de Freguesia da Portela e de uma representante da
Câmara Municipal de Loures.
Alunos do 12º G
Jornalista Carlos Cardoso
no Arco Íris
Joana Duarte 11º A
Portela em postal
No âmbito da Disciplina de Desenho A,
os alunos do 12º G (Curso de Artes
Visuais), desenvolveram o projeto Portela
em Postal, Que lugar é a Portela?
Este projeto pretendeu fomentar em nós
a consciencialização do espaço onde
No dia 31 de Maio de 2013, Carlos Cardoso, esteve na Biblioteca da Escola
Secundária da Portela para partilhar a
sua experiência como jornalista e atual
diretor do jornal Noticias De cá e De Lá.
Já escreveu em vários jornais, mas aquele em que mais gostou de trabalhar foi no
jornal que criou: "Jornal Local Triângulo".
Chamava-se assim, porque abordava três
locais que visto do mapa formava um
triângulo.
Carlos Cardoso reuniu-se com a turma do
12ºF, do curso de humanidades, e alguns
participantes do jornal Escola sem Fronteiras.
A esta sessão juntou-se, mais tarde, o
operador de camara de televisão, Eduardo Jorge Silva. Trocaram opiniões sobre
os seus trabalhos, e como ambos estão
no mesmo ramo da “comunicação social",
embora em meios diferentes, algumas
das suas opiniões eram distintas.
Carlos Cardoso disse como se organiza
um jornal, o que é a linha editorial, as
várias tarefas que existem e os departamentos. Referiu-se à importância do
Departamento Comercial para a sobrevivência do jornal, salientando o facto de o
jornalista não ser o único com um papel
fundamental. Também foi muito debatida
a possibilidade de a comunicação social
manipular as pessoas através das notícias televisivas e jornalísticas. Por vezes
exageram as histórias ou, até, inventam
dados sobre as notícias. Ou seja, há um
fundo de verdade, mas a informação que
o público lê não está totalmente correta.
Isto manipula-nos, porque estamos a ler
uma notícia apenas com alguns dados de
verdade e acreditamos que é a verdade
toda.
Eduardo Silva comentou que quem está
na comunicação social tem de ter ética e
sentido crítico, por exemplo ele próprio já
se recusou a manipular a notícia através
da imagem. Contou-nos que um jornalista, durante um comício, pediu-lhe que
filmasse as pessoas, mas de modo a que
parecesse que não estava muita gente, o
que não mostrava a verdade. Ele recusou
-se a fazê-lo e filmou um plano geral das
pessoas que estavam no comício, não
alterando a realidade.
Para além de se debater a manipulação
também se falou em casos de corrupção,
e ainda de jornalistas que roubam as notícias a outros jornalistas, publicando-as
como sendo suas. Carlos Cardoso referiu
que estas situações não acontecem muitas vezes, pois há um código de ética que
todos os jornalistas têm e que a maior
parte respeita.
Foi uma sessão interessante e agradável.
Maria Dias, 8º C
Página 18
Aconteceu...
Quermesse
O Futuro de Portugal
Clube de Ciências
No dia 5 de Junho, como já vem sendo
hábito, o Clube de Ciências dinamizou
uma quermesse com vista à angariação
de fundos para o tratamento dos animais,
e outras iniciativas levadas a cabo durante o ano.
Contámos com o apoio de estabelecimentos comerciais do Centro Comercial
da Portela, que ofereceram produtos para
rifas e bens alimentares, com a ajuda dos
Encarregados de Educação, que fizeram
deliciosos petiscos para vender, e com o
empenho e dedicação extraordinários dos
alunos deste Clube e amigos das turmas
do 10ºA e do 11º A.
educação
a saúde.
parcerias
envolven-
Mostra final do Circulo Mágico - 27 de maio - 8º F
Concurso
promovido a nível Nacio-
nal para o 1º, 2º e 3º ciclo do Ensino
Básico. O 28º lugar a nível nacional foi
atribuído ao painel em azulejo realizado
na disciplina de Artes Plásticas, pela
aluna Carolina Oliveira do 8º A.
PES
Projeto de Educação para a Saúde
Dá Ambiente
a uma Parede
escolar, numa perspetiva de
ambiental e educação para
Desenvolveram-se diversas
com entidades da comunidade
te, a saber:
Durante o ano letivo 2011/2012, a equipa
PES desenvolveu diversas atividades de
promoção da saúde e bem estar em meio
A Escola na web
Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa (ESTeSL); Câmara Municipal de Loures (CML); Junta de freguesia
da Portela (JFP); Associação bandeira
Azul da Europa (ABAE); Farmácias
locais; Centro Comercial da Portela
(CCP); Escola Segura; Centro de Saúde;
Ecopilhas; Instituto Português de Sangue
(IPS); entre outras.
Destacam-se as atividades do Projeto
Sempre a Bombear, o Eco Escolas
(fomos galardoados com a bandeira verde) e o 1º lugar no 3º ciclo e secundário no Concurso Círculo Mágico.
Foi possível, assim, desenvolver projetos
que saíram da escola e abraçaram a
comunidade.
Plataforma e-learning:
http://esportela.net/elearning/
Criada como espaço de apoio ao ensino
e aprendizagem, permite uma comunicação mais próxima entre o professor e o
aluno nas atividades para além da sala
de aula. Nela encontramos o planeamento dos períodos, exercícios de consolidação dos conteúdos, resolução de testes,
propostas de leitura…
A Turma do 12º G ganhou o 2º Lugar no
concurso Dá Ambiente a uma Parede.
Este concurso foi promovido pelo Centro
de Educação Ambiental e contou com a
participação das Escolas Secundárias,
públicas e privadas, do Concelho de Loures.
Facebook: www.facebook.com/esportela
Nova imagem da escola, mais dinâmica Espaço de opinião crítica entre alunos,
expressiva e em movimento com:
professores e demais comunidade.
Portal da Escola: www.esportela.pt
Tem como objetivo a divulgação dos
documentos orientadores da escola, a
informação sobre o seu funcionamento, a
promoção das atividades desenvolvidas
pelos alunos, apontadores para os nossos serviços web, e apontadores para
recursos vários.
Coube ao professor de informática e responsável pelo Projeto Tecnológico de
Escola (PTE), Drª Joaquim Duarte, a criação e organização destes sites que muito
têm contribuído para a divulgação da
escola em toda a comunidade, bem
como no apoio ao trabalho de alunos e
professores.
Página 19
Aconteceu...
Uma Terra de Sonho
(cont. pag. 12)
O projeto
VAMOS LER!
Vamos Ler! é um projeto que alguns
alunos do Secundário abraçaram
procurando divulgar a importância e o
gosto pela leitura, ao mesmo tempo
que promoveram a proximidade e a
partilha de experiências entre diferentes gerações.
Assim, estiveram presentes nas
Escolas do 1º ciclo, onde representaram leituras com marionetes. Nos
Centros de Dia de Moscavide e no
Centro de Convívio da Paróquia de
Cristo-Rei, criaram momentos de
poesia e música que ressuscitaram
memórias e histórias dos seus utentes. Na Biblioteca José Saramago
assistiu-se à dramatização, As Coisas mais Belas do Mundo, baseado
na obra de Valter Hugo Mãe.
SERonline é um
projeto colaborativo entre as várias
escolas do Agrupamento de Escolas de
Portela e Moscavide, do Agrupamento
de Escolas de Caneças e do Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Odivelas.
Premiado pela RBE (Rede de Bibliotecas Escolares) no concurso Ideias com
Mérito, é uma ferramenta de apoio ao
estudo dos alunos e ao professor.
Disponibiliza um conjunto de recursos
dinâmicos que permite, consolidar as
aprendizagens lecionadas na sala de
aula e testar conhecimentos com exercícios de autocorreção.
Disponibiliza ainda o catálogo online
dos livros e DVD´s existentes em todas
as escolas que integram o projeto, permitindo pesquisar de forma fácil, a informação através do nome do autor, do
título do livro ou apenas pelo assunto.
Há, ainda, a possibilidade de requisitar
livros existentes nas outras escolas.
iPads da BE
A biblioteca dispõe de ipads adquiridos
no âmbito do projeto Seronline: Novas
Formas de Ler , Novas Formas de
Aprender, subsidiado pela Fundação
Calouste Gulbenkian.
Estes equipamentos destinam-se a
desenvolver trabalhos no âmbito da
promoção da leitura e na produção de
conteúdos interativos nas diversas disciplinas e nas diferentes escolas do
Agrupamento.
Curtas Metragens
No âmbito da disciplina de Aplicações
de Informática B, os alunos de 12º ano
têm apresentado os trabalhos finais no
Auditório da Escola Secundária da Portela (Arco-Íris).
Esta atividade contou com a presença
de professores, amigos e familiares dos
alunos.
Chegaram enfim a Seteais, animados
pelo duende que os acompanhava desde
cedo, contando-lhes histórias míticas de
monstros lendários e de bichos estranhos
da terra onde nascera. No pequeno prado
verde, salpicado por botões amarelos e
brancos, um menino de cabelo preto e
raio na testa, fazia uma vénia a um hipogrifo majestoso e assustador. Da Pedra
da Saudade, ouviam-se os ais saudosos
da menina moura que por ali se perdera e
se deixara perder. Lá em baixo, no labirinto de sebes cerradas, o Minotauro da
Ilha de Creta soltava urros de violento
desespero. Por fim, uma visão magnífica:
emoldurado pelo arco gigantesco, no topo
da serra, erguia-se majestoso o Palácio
da Pena, com as suas cúpulas de ouro a
rebrilhar ao sol, rivalizando com o Castelo
dos Mouros numa amizade antiga. Finalmente, a visita era dada por terminada e
os turistas partiam apressados para a
Periquita, onde esperavam encontrar os
doces mais deliciosos do mundo, queijadas e travesseiros que, mal eles sabiam,
eram feitos pelas mãos pálidas de fadas
e ninfas do rio, cozinheiras prendadas
ainda antes do mundo ser mundo.
Havia quem dissesse que era tudo invenções de velhos senis. Uma mentira bem
elaborada para atrair turistas. Outros,
mais sensíveis aos olhos da alma e aos
ouvidos da imaginação, afiançavam a pés
juntos que viam esses monstros místicos,
passeando à luz do dia. Sintra era isto:
paredes musgosas, regatos de água cristalina, vento, sol, chuva, frio, paz e sobretudo magia, muita magia. Sintra é isto …
Só não vê quem não quer.
Rita Martins 11º F
TOP+ BE
I Caminhada do Agrupamento de
Escolas da Portela e Moscavide
24 de maio
Aluno Leitor +
1º Rita Isabel Ribeiro Martins
2º Zulzina Luciana Cazumbo — 8º E
3º Pratik Kirane—8ª A
— 11º F
Livro +
1º O diário de um banana – Tirem-me Daqui!, de Jeff Kinney
2º O diário de um banana – O Rodrick é Terrível, de Jeef Kinney
3º Catarina de Bragança, de Isabel Silwell
4º República Popular = Cherub, de Robert Muchamore
5º Marquesa de Alorna, de Maria João Lopo
Gosto de ler
Sempre gostei. É um dos
meus passatempos preferidos, a par da escrita. Ler permite-me escapar da realidade, conhecer novos mundos, outras vidas. E a Biblioteca
proporciona-me isso. Há dezenas de livros, sobre Literatura, Geografia,
História, cultura em geral, que me permitem conhecer o mundo sem
sair do lugar.
Rita Martins, 11º F
Ficha técnica:
Redação:
Carolina Plancha, Maria Dias,
Juliana Valentim, Margarida Ferreira.
Organização e montagem:
VAI ACONTECER
Exposição
A Atualidade
Ana Paula Sousa e Rosa Silva
Da segunda à terceira
dimensão
Colaboradores:
De 6 a 14 de junho
Alexandra Morais, Ana Penedo, Ana
Pires, Catarina Silva, Daniela Cordeiro, Frederico Benvinda, Hugo Alves,
Inês Figueiredo, Inês Martins, Jéssica Troncão, Joana Duarte, Leonor
Sousa,
Maria Carolina Silva,
Maria Matias, Maxim Pastuh, Melissa Fernandes, Nuno Burnay, Pedro
Carriço, Rafael Ramires, Rita Barbosa, Rita Martins, Soraia Carvalho,
Telma Pais.
Clube Ferroviário
12ª G
Participação dos artistas
Plásticos
Rui Mouro e Olga Lopes
Desporto Escolar
Esta atividade, inserida no dia do Agrupamento, teve
o objetivo de
começar o dia
com os professores e alunos reunidos, dando a
conhecer todas
as escolas que
constituem
o
nosso
Agrupamento. Para tal, professores e alunos dirigiram-se ao
Jardim Almeida Garrett. Cada escola estava identificada pela cor da camisola que professores e alunos
vestiam. Esta atividade foi organizada e orientada
pelo o Projeto de Educação para a Saúde, pelo grupo de Educação Física e com a colaboração da aluna do Curso Tecnológico de Desporto, Joana Duarte.
Não se podia ter realizado sem toda a colaboração
dos professores, auxiliares e alunos dos Cursos Profissionais e Tecnológico de Desporto. Os alunos destes cursos acompanharam os alunos do pré-escolar
e 1º ciclo desde a sua escola.
Nesta caminhada, houve uma largada de balões,
apresentou-se o Hino do Agrupamento, e promoveuse um dia aberto a toda a comunidade com atividades apresentadas pelos alunos. Foi um dia que permitiu o contacto entre os professores das várias
escolas, que puderam conhecer-se e partilhar experiências.
Joana Duarte 11º A
Estão de Parabéns!
No campeonato Supertmatik-Cálculo Mental, participaram 247 000 alunos de 43 nacionalidades.
Afonso Esteves, do 9ºD, ficou em 9º lugar na Categoria 9.
No campeonato Supertmatik-Quiz Matemática em
que participaram 23 000 alunos, destacaram-se:
Categoria 9:
Tiago Simões, do 9ºC, no 3º lugar;
Ana Penedo, do 9ºA, no 8º lugar;
Categoria 7
Ana Rita Esteves do 7º2ª , no 7º lugar .
No campeonato Canguru na Categoria Júnior houve
3.095 participantes, destacaram-se nesta categoria:
15 e 16 de Junho - Final Nacional Moche Cup, no Jamor, com duas
Nuno Burnay, 11º A, 6º lugar
equipas da Escola Secundária da Portela e uma turma do Curso ProMiguel Garção , 11º E, 8º lugar
fissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva;
07 de Julho - Final da Liga Zon Kids, com um núcleo de estágio do
Um obrigado aos professores que tornaram possí12º ano do Curso Tecnológico de Desporto.
vel a participação nestes campeonatos!