ficheiro anexo - Instituto de Sociologia
Transcrição
ficheiro anexo - Instituto de Sociologia
Designação Title Policentrismo urbano, GEO/105476/2008) Urban polycentrism, GEO/105476/2008) Unidade de I&D da FCT FCT R&D Unit Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) Entidade(s) financiadora(s) Funding Organisation(s) FCT Investigador responsável Head Researcher Teresa Sá Marques Área científica Scientific Area Geografia Económica; Economia; Sociologia Palavras-chave Key words Policentrismo urbano; Conhecimento; Dinâmicas de inovação;Governança Urban polycentrism; Knowledge; Innovation dynamics; Governância Governance Data de início Starting date Setembro 2010 September 2010 Data de conclusão Ending date Abril 2014 April 2014 Investigadores Researchers Célia Cavaleiro; Flávio Nunes; Hélder Santos; José Alberto Rio Fernandes; Mário Vale; Paula Guerra; Pedro Chamusca; Ricardo Fernandes; Rui Gama Instituições colaboradoras Partner Institutions Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU); Centro de Estudos Geográficos (CEG/FL/UL); Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Resumo Abstract conhecimento knowledge e and dinâmicas innovation de inovação dynamics (PTDC/CS(PTDC/CS- No instrumento de política da ESDP, o policentrismo baseia-se numa conceptualização das relações espaciais com origem no planeamento do uso do solo tradicional (espaços de lugares), sem ter em consideração teorias mais recentes (regiões multipolares funcionalmente relacionadas). The POLYNET study (Hall, P. and Pain, K., 2005) procura colmatar esta falha, investigando as Mega-Cidades Região como processos urbanos morfologicamente situados mas funcionalmente ligados no espaço de fluxos. 1. Como passar de uma abordagem top-dow para uma abordagem bottom-up do Policentrismo? O policentrismo urbano permite duas perspectivas distintas. A primeira resulta de políticas com uma abordagem top-down, que estabelece o território como principal campo de referência para a compreensão das relações urbanas. A cooperação estabelece-se entre cidades vizinhas, seguindo interesses comuns e direcciona-se essencialmente para a criação de uma massa crítica e de uma força institucional e de promoção da região. A segunda centra-se numa abordagem bottom-up, onde os diferentes agentes urbanos constituem a base das relações que se estabelecem. A cooperação faz-se com os agentes mais competentes em função da sua relevância estratégica e não da proximidade geográfica (rede tentacular), orientando-se para estratégias de excelência e acções concretas. Esta dimensão relacional encontra-se ainda pouco estudada. Esta equipa tem nos últimos três anos dedicado a sua investigação à governança territorial e à definição de sistemas urbanos policêntricos orientados por abordagens top-down. São estudos orientadas para a coesão territorial, no âmbito da elaboração dos Planos Regionais de Ordenamento do Território (para as regiões Norte, Centro, Oeste e Vale do Tejo e Alentejo) e no âmbito de estudos sobre a governança regional. A transformação dos modelos de relacionamento entre o Estado e a cidade sugerem a necessidade de aproximação à segunda perspectiva – bottom-up. Contrariamente ao que se passou no passado, em que as cidades eram essencialmente espaços de mediação dos programas nacionais, as cidades desempenham actualmente um papel de promotoras do desenvolvimento e da regeneração urbana. Mais importante que adequar as estratégias de desenvolvimento às parcerias locais e regionais existentes, é preciso seleccionar parceiros (locais ou distantes) que se adeqúem às estratégias definidas. É nesta perspectiva que queremos agora desenvolver a nossa investigação. 2. Em que medida podem os fluxos baseados no conhecimento alastrar para além da rede de cidades globais em favor das cidades região (city-regions) globais? Desde os anos 70 aos anos 90, realizaram-se muitos estudos sobre as cidades como unidades de sistemas urbanos mais alargados, segundo diferentes critérios funcionais, na maioria dos casos, baseados em parâmetros de «stock». Mais recentemente, as cidades têm sido estudadas segundo uma abordagem relacional, em diferentes escalas geográficas. Reconheceu-se a importância das externalidades das redes e foram analisados os fluxos supra-locais. O conceito de Mega-Cidade Região pressupõe uma ou mais cidades interligadas através de processos de aglomeração e especialização funcional numa economia baseada no conhecimento global – um espaço de interacção global-local. Em que medida podem os fluxos baseados no conhecimento alastrar em favor das cidades-região (city-regions) globais? O estudo transnacional POLYNET investigou a importância dos fluxos interurbanos associados aos serviços avançados às empresas na criação das MegaCidade Região (MCR). As MCR são espaços urbanos globais e regionalmente relacionados. The Polycentric Metropolis (Hall, P, and Pain, K., 2006) mostra como os negócios se interrelacionam e comunicam no espaço geográfico. É no contexto da Mega-City Region do Porto que pretendemos analisar a base do conhecimento e as dinâmicas de inovação nesta região policêntrica. Para esta investigação seleccionamos 4 clusters – saúde, energia, indústrias criativas e TIC. De que forma, em diferentes escalas e com estruturas de organização diversas, se poderão articular, ou não, organizações diversificadas, construindo redes públicas e privadas, ao serviço de uma estratégia da Cidade-Região global? E de que forma as TIC colaboram reforçando as densidades das redes (de proximidade e à distância) ou operam em redes que não se cruzam e não criam sinergias na Mega-City Region? Para este objectivo a equipa tem um vasto conhecimento da região e tem desenvolvido diversos projectos (Gama e Fernandes, 2007; Marques, 2006; Nunes, 2007, Vale and Caldeira, 2007). Globalmente, trata-se de um desafio de investigação de importância europeia (Cattan, 2007) que deve ser encarado também à escala nacional. Este desafio responde também aos desafios europeus da Agenda Territorial da União Europeia e à Carta de Leipzig para as Cidades Europeias Sustentáveis, e a nível nacional à Política de Cidades POLIS XXI. In the ESDP (European Spatial Development Perspective) policy document, polycentrism is based on a concept of spatial relations stemming from traditional land use planning (areas of places), without considering more recent theories (functionally related multicentre regions). The POLYNET study (Hall, P. and Pain, K., 2005) seeks to fill this gap, examining the Mega-City Regions as urban processes which are morphologically located yet functionally linked in flow areas. 1. How do we go from a top-down approach to Polycentrism to a bottom-up approach? Urban polycentrism can have two distinct perspectives. The first results from policies with a top-down approach, which establish the territory as the main reference point for the understanding of urban relations. Cooperation is established between neighbouring cities, following common interests and mainly directed as creating critical mass and an institutional force in promoting the region. The second derives from a bottom-up approach, where the different urban agents comprise the basis for the relations established. Cooperation takes place with the more competent agents in light of their strategic relevance and not geographical proximity (tentacular network), directed at strategies of excellence and concrete actions. This relational dimension has yet to be studied in depth. In the last three years, this team has been dedicated to research on territorial governance and the definition of polycentric urban systems guided by top-down approaches. They are studies focusing on territorial cohesion, in the scope of preparing Regional Spatial Planning Plans (for the North, Centre, Western and Tagus Valley and Alentejo regions) and studies on regional governance. The transformation of relational models between the State and the city suggest the need to adopt the second perspective – the bottom-up one. In contrast to what took place in the past, when cities were essentially mediating spaces for national programmes, cities today play a role as promoters of urban development and regeneration. More important than adapting development strategies to the existing local and regional partnerships, there is a need to select partners (local or remote) which adapt to the strategies defined. It is from this perspective that we intend to develop our research. 2. To what extent can knowledge-based flows spread beyond the network of global cities in favour of global city-regions? From the 1970s to the 1990s, many studies were accomplished on cities as units in broader urban systems, according to different functional criteria, in most cases, based on stock parameters. More recently, cities have been studied from a relational approach, at different geographical scales. The importance of the networks’ externalities was acknowledged and the supra-local flows were analyzed. The concept of Mega-City Region assumes that one or more cities are interlinked by processes of agglomeration and functional specialization in a global knowledge-based economy – a space for global-local interaction. To what extent can knowledgebased flows spread beyond the network of global cities in favour of global city-regions? The POLYNET transnational study explored the importance of interurban flows associated with advanced services to companies in the creation of the Mega-City Regions (MCR). The MCRs are global urban spaces which are regionally related. The Polycentric Metropolis (Hall, P, and Pain, K., 2006) shows how businesses are interrelated and communicate in the geographic space. It is in the context of the Porto Mega-City Region that we intend to analyze the knowledge base and the innovation dynamics in this polycentric region. For this research, we have selected 4 clusters – health, energy, creative industries, and ICT. In what way, at different scales and with diverse organizational structures, can diversified organizations interact, or not, building public and private networks, at the service of a global City-Region strategy? And in what way do the ICTs come into play, reinforcing the networks’ density (in terms of proximity and distance) or operate in networks which do not intersect and do not create synergies in the Mega-City Region? To accomplish this goal, the team has a vast knowledge of the region and has developed diverse projects (Gama e Fernandes, 2007/08; Marques, 2006; Nunes, 2007, Vale and Caldeira, 2007). Overall, this is a research challenge of European relevance (Cattan, 2007), considered also at the national scale. This challenge further responds to the European challenges raised by the Territorial Agenda of the European Union and the Leipzig Charter on Sustainable European Cities, and at national level, the POLIS XXI City Policy.