do artigo - Professor Tiago Aquino Paçoca

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do artigo - Professor Tiago Aquino Paçoca
AS MODALIDADES CIRCENSES CONTEMPLADAS PELO LAZER:
PARTICIPAÇÃO LÚDICA DOS PRATICANTES
Tiago Aquino da Costa e Silva1, Mérie Hellen Gomes de Araújo
e Kaoê Giro Ferraz Gonçalves
Resumo: Hoje, a arte circense ultrapassa as lonas do circo e chega aos espaços de
lazer (XAVIER at al, 2005). O presente artigo tem por objetivo relatar as
modalidades circenses aplicadas no espaço de lazer, verificando a satisfação dos
praticantes e suas respectivas atitudes cooperativas. Foram investigadas 44
crianças com idade entre 6 e 8 anos, que confeccionaram os materiais e realizaram
a prática dos malabares de tecido e bolas, perna de pau e acrobacias de solo, por 4
horas, com 2 intervalos de 15 min., de forma orientada e livre. Os dados foram
coletados mediante a uma entrevista específica para este trabalho, apreciando a
satisfação dos praticantes e observação da atitude cooperativa. Para análise dos
dados utilizou-se levantamento de freqüência e porcentagem. Obteve-se, assim que,
as crianças gostaram da prática das atividades circenses, com 88,6%, 70,45% e
86,3% para os malabares de tecido, de bolas e perna de pau, respectivamente.
Referentes às atitudes cooperativas, tivemos: 22 (50%) durante todo o tempo, 14
(31,8%) em tempo parcial e 8 (18,2) em nenhum momento. Conclui-se que as
atividades recreativas circenses favorecem o trabalho cooperativo e apresenta
satisfação positiva dos praticantes, sendo assim novas possibilidades práticas para
os espaços de lazer.
PALAVRAS-CHAVE: 1. Circo – 2. Lazer – 3. Lúdico – 4. Recreação
1
Graduado em Educação Física pela UniFMU e Especialista em Educação Física Escolar pela mesma
instituição. Docente Universitário da UNIBAN (Universidade Bandeirante de São Paulo). Professor da PósGraduação em Recreação e Lazer UniFMU. Email: [email protected]
INTRODUÇÃO
Circo? O que nos faz lembrar quando ouvimos a palavra circo? Palhaços
engraçados, o coelho saindo da cartola e equilibristas em arame?
A arte do circo é uma possibilidade corporal cultural a ser vivenciada na
recreação, com o corpo em movimento exalando sentimentos e novas sensações.
O objetivo deste trabalho é relatar as modalidades circenses aplicadas no
espaço de lazer, e verificar a satisfação dos praticantes e suas atitudes cooperativas
durante as atividades.
É importante relatar a diferenciação entre circo e arte circense. As artes
circenses são as modalidades praticadas como por exemplo as acrobacias aéreas,
sendo expressões humanas anteriores ao conceito de circo, sendo mais voltado à
vivência do que a padronização de gestos (BORTOLETO E MACHADO, 2003).
Todas as formalidades circenses, ou informalidades, têm uma característica
em comum, e que é um eixo condutor do saber circense: o risco. O medo, a tensão,
a apreensão, a excitação da façanha, o temor da morte, sempre foram emoções que
levaram os artistas circenses à prática da arte (ARAÚJO e FRANÇA, 2006).
O circo é uma arte de difícil exatidão em sua origem, mas que provavelmente
os primeiros artistas circenses estavam nos templos egípcios e gregos. Hoje, a arte
circense ultrapassa as lonas do circo e chega às escolas, academias e espaços de
lazer, contemplado por Xavier at al (2005).
Temos o ato de brincar de circo como uma possibilidade recreativa voltado
para a produção do prazer e alegria.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Torres (1998) o Circo é uma atividade corporal secular com difícil
precisão de origem, mas que provavelmente o primeiro artista circense tenha sido
um Homem da caverna, que num dia de caça farta, voltou à sua caverna dando
pulos de felicidade e despertou com sua alegria, o riso de seus companheiros.
As possíveis raízes das artes circenses estão nos hipódromos da Grécia
antiga e no Império Egípcio. Os espetáculos tinham o objetivo de saudar os generais
vitoriosos, com desfile de animais exóticos e soldados conduzindo escravos, que
faziam apresentações de barras e argolas. Os primeiros desenhos de equilibristas e
contorcionistas estão gravados em pirâmides egípcias, como na tumba de Beni
Hassan, onde o malabarismo era utilizado com parte de rituais (TORRES, 1998)
Mas foi na Europa que o circo se desenvolveu. No Império Romano havia os
anfiteatros que serviam para apresentações de habilidades e às demonstrações de
artistas extravagantes, como engolidores de fogo e gladiadores. Com a sua
decadência, os artistas ganharam o espaço nas praças públicas, feiras e mercados,
onde permaneciam em pequenos grupos que iam à busca de público, aplausos e
sustento financeiro, é o que mostra Castro (1998) citado por Araújo e França (2006).
O primeiro circo moderno “Astley´s Amphitheatre” foi inaugurado em Londres
(1770) por Philip Astley, um oficial inglês da Cavalaria Britânica. O seu circo era
caracterizado por um picadeiro circular com o público em arquibancadas próximas
aos artistas, e tinha os espetáculos eqüestres como o auge das apresentações, mas
percebeu que para motivar o público seria preciso mais atrações como
saltimbancos, saltadores e palhaços. Funcionava como um quartel: uniformes, rufar
os tambores e vozes de comando para os números (TORRES, 1998).
O circo do século XX e XXI tem a fantasia, a imaginação, a criatividade e a
leveza de um espetáculo que na sua origem é de formação militar.
Como as demais expressões artísticas, o auge do universo circense se deu
no século XX porque houve renovação estética. O modernismo chegou para ficar e
foi o grande marco do início do século na Europa atraindo muitos artistas e
intelectuais em torno das manifestações artísticas populares.
Para Torres (1998) citado por Araújo e França (2006) o circo moderno chegou
ao Brasil em 1830 impulsionado pelos ciclos econômicos e grandes companhias
vinham se apresentar nas capitais, ficando conhecido como circo-tradicional, que
privilegiava o envolvimento exclusivo dos familiares em todos os afazeres.
As mudanças administrativas ocorridas no circo trouxeram a criação do “Circo
Novo” ou “Circo Contemporâneo” que são companhias sem lonas e arquibancadas,
que se apresentam em teatros, praças públicas ou casas de espetáculos,
preocupando-se com a estética e plástica dos espetáculos.
Modalidades circenses: uma Ação Lúdica-recreativa
Inicialmente é importante relatar os desafios que cada modalidade circense
traz ao indivíduo praticante, bem como suas características.
Durante os momentos coletivos propõem-se exercícios preparatórios de
aquecimento para as posteriores exigências motores, depois se prioriza a
confecção, exploração e manuseio dos materiais (GÁSPARI e SCHWARTZ, 2007).
Segundo Bortoleto (2004) os materiais para as práticas circenses são
fabricados em pequena escala e por poucas empresas, geralmente determinado o
alto preço e relativa dificuldade em encontrá-los. Uma das alternativas é a confecção
artesanal que serão de baixo custo e que não restringem à qualidade do material.
Bortoleto (2004) citado por Xavier et al (2005) o grande diferencial no mundo
do circo é a ampla possibilidade de (re)criação de movimentos e exploração dos
materiais, possibilitando a cooperação, socialização e a troca de experiências.
A participação lúdica nas modalidades circenses traz benefícios à formação
de um corpo saudável.
Quadro 1 - Elementos identificados na categoria de natureza física, social e
psicológica na prática da arte circense para Gáspari e Schwartz (2007):
Física
Social
Psicológica
Elementos identificados
Controle e coordenação motora
Movimento corporal associado à sensibilidade artística
Entretenimento
Relações pessoais e interpessoais
Convívio como forma de cultivo de amizades
Possibilidade de conhecer outras pessoas
Descontração
Desejo
Expectativa de superar limites
As modalidades circenses podem ser separadas em três categorias: domínios
do corpo, de objetos e de diferentes espaços.
Quadro 2 – Modalidades circenses
Domínios
Do corpo
De objetos
De diferentes espaços
Todas
Modalidades circenses
Acrobacias de solo / De Equilíbrio
Malabares
Acrobacias Aéreas
Representação teatral e Clown/Palhaço
As modalidades das acrobacias de solo podem ser realizadas em duplas,
trios, quartetos, pequenos grupos e grandes grupos.
Para Darido e Souza Júnior (2007) as acrobacias de solo têm como
característica principal não ser realizada individualmente, ou seja, ela é executada
em pares ou grupos, realizando uma “figura”, combinando força, coordenação
motora, flexibilidade e equilíbrio. É importante a confiança nos amigos praticantes.
As modalidades circenses de equilíbrio são: perna de pau, rolo americano,
monociclos, bicicletas e arame, com ações motrizes de equilíbrio, podendo aparecer
outras ações, como coordenativas e expressivas (BORTOLETO, 2003).
As modalidades de malabares é a racionalidade de manusear e equilibrar
diversos objetos, sendo eles: swings, clavas, diabolos, aros, bolas, pratos de
equilíbrio, faquirismo, véus ou lenços, caixas e outros (cartas e chapéus).
Segundo ANDRADE (2006) os malabarismos com bolas, arcos e frutas eram
presença obrigatória nos espetáculos circenses na era medieval, e aos poucos
foram acrescentados outros elementos: chapéus, tochas, facas, entre outros.
Os tipos de atividades contempladas nas Acrobacias aéreas são: trapézio,
tecido, cama elástica, corda, lira, faixa, bambu, quadrantes, barras fixas, etc.
Nas modalidades aéreas, os artistas desenvolvem movimentos simples e
complexos em diversos planos sem contato com o solo, não existindo regras ou
normas que definem a construção do movimento, ampliando assim a criação e
descoberta
de
inúmeras
figuras
e
formas
que
compõe
a
apresentação
(BORTOLETO e CALÇA, 2007)
As
modalidades
de
representação
teatral
e
clown
são
as
mágicas/ilusionismos e os esquetes circenses.
As presenças de mágicos ilusionistas marcam os números circenses no
século XIX, onde tinham o objetivo de iludir o público através de truques, gerando
tensão e expectativa durante as apresentações, para Henriques (2006).
Continuando Henriques (2006) a gargalhada deu vida a um dos principais
personagens da arte circense: os palhaços. Os primeiros palhaços italianos se
vestiam de espantalhos, utilizando palha dentro da roupa para amortecer as quedas,
daí a denominação a esse artista. Para Bolognesi (2003), os esquetes prevêem ao
menos um conflito e, para tanto, necessitam de pelo menos dois artistas em cena.
Os conflitos são explorados para se extrair potencial cômico (BOLOGNESI, 2003).
De acordo com Pântano (2007) a imaginação e a improvisação estão
presentes tanto no momento da criação do personagem como no da encenação.
Nem melhores, nem piores, apenas corpos que brincam de circo
O cotidiano das pessoas exige manter um perfeito estado de espírito e sobre
os seus impulsos, afetos e emoções. Algumas opções de lazer vêm propiciar formas
de libertar esse mundo imaginário através de aliviar o stress do mundo real
(ARAÚJO e FRANÇA, 2006).
Huizinga (1971) considera que no espírito profissional falta o espírito lúdico,
pois já não existe espontaneidade e a despreocupação, podendo ser as atividades
que propiciam a manifestação da cultura corporal humana, como as atividades
circenses, uma possibilidade da prática do lúdico. Completado por Awad (2004) a
palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar, estão inclusos os jogos,
brinquedos e divertimentos.
Na visão de Pimentel (2003) o lúdico é o estado de espírito que leva a pessoa
a se divertir, de maneira espontânea, indicando ações prazerosas, com equilíbrio do
mundo interior e exterior.
A prática das atividades circenses é uma condição real da libertação do
mundo imaginário. O indivíduo que participa expõe o seu corpo numa ação, não
existindo o certo e o errado, apenas o previsível e o imprevisível.
Segundo Xavier et al (2005) as realizações das práticas circenses despertam
e valorizam a ação cultural e aspectos como a ludicidade, de não ter resultados
futuros, a criatividade, e a capacidade de proporcionar ricas experiências motoras.
Segundo Goellner (2003) citado por Baroni (2006), um corpo não é apenas
corpo. É também o seu entorno. O corpo não é formado apenas pelas estruturas
biológicas e físicas, mas também por inúmeras possibilidades de descobertas
corporais, quando, por exemplo, o corpo é vestido por uma roupa cômica, a
intervenção criativa que faz em situações-problemas, na imagem e sentido que
incorporam e nos silêncios que por falam. São possibilidades de reinventar um
movimento lúdico, sem um padrão a ser alcançado ou conquistado.
Não existem corpos “melhores” e “piores”, nem “mais habilidosos” e “menos
habilidosos” e sim corpos com expressões diferentes.
As artes circenses trabalhadas na recreação requerem não ao treinamento,
mas a uma vivência lúdica da arte, com a não conquista de resultados específicos,
mas a prática prazerosa com a temática do circo, e a aproximação do fator risco.
Nas
atividades
recreativas
através
das
modalidades
circenses
são
vivenciadas através de corpos que brincam e que expressam sentimentos, com a
produção do prazer e alegria num ambiente propício.
As manifestações circenses podem ser vivenciadas por pessoas de todas as
idades, independente da faixa etária, gênero, classe social, etc.
Santin (1994) citado por Baroni (2006), considera que o corpo lúdico pensa,
sonha, inventa, cria mundos, onde é capaz de assumir todas as responsabilidades
de viver com amor e liberdade.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O grupo analisado foi de quarenta e quatro crianças, sendo 18 do sexo
feminino e 26 do masculino, com a idade entre 6 e 8 anos (média 7,6 anos),
escolhidos de forma aleatória.
Os participantes pertencem a uma classe social média, com freqüência
semanal de 6 horas de atividades recreativas em dois dias, realizadas no Espaço de
Lazer Multiclube Ilha Morena, em Caraguatatuba.
O grupo foi submetido a prática das modalidades circenses por 4 horas, com
2 intervalos de 15 minutos, sendo: confecção dos malabares de tecido (tule 30 x
30cm), das bolas de malabares (bexigas e alpiste), da perna de pau de 20 cm, e
posteriormente foi possibilitado a prática orientada e livre do material. Foi finalizado
o trabalho com exercícios de acrobacias de solo (montagem de figuras humanas).
Como instrumento de coleta de dados foi usado uma entrevista estruturada,
elaborada especificamente para o trabalho, com o objetivo de analisar a satisfação
das crianças pela prática, tais perguntas foram respondidas ao término das
dinâmicas e classificadas em “gostou” e “não gostou” referentes à cada modalidade.
E foi observada, por parte do recreador, a atitude cooperativa (confecção e
ação motriz do praticante com o material e a cooperação com os amigos), durante o
processo recreativo, dada através da classificação:
“todo o tempo cooperativo”,
“tempo cooperativo parcial” e “nenhum momento cooperativo”.
A análise dos dados foi através da descrição dos resultados obtidos por
freqüência do número de respostas dadas e a respectiva porcentagem, pois
representa de forma de adequada a obtenção de resultados imediatos.
DISCUSSÃO
A prática das atividades circenses como componente recreativo traz ao
indivíduo a criação da imaginação de um corpo lúdico, com prazer e alegria, não
existindo o certo e o errado.
As artes circenses recreativas requerem não ao treinamento, mas a uma
vivência lúdica da arte, com a não conquista de resultados específicos, aproximando
enfim o fator risco do indivíduo.
É partindo do princípio citado acima, que originou a aplicação das
modalidades circenses para crianças de 6 a 8 anos num espaço de lazer.
Tabela 3 – Resultado do nível de satisfação das crianças pelas práticas das
modalidades circenses.
Gostaram
Não gostaram
Malabares de
Tecido
39 (88,6%)
05 (11,4%)
Malabares
com bolas
31 (70,45%)
13 (19,55%)
Perna de Pau
20cm
38 (86,3%)
06 (13,7%)
.
Na tabela acima, temos os resultados da entrevista estruturada respondidos
pelas crianças após a prática das modalidades circenses. Ao realizarmos uma
análise crítica, visualizamos que as modalidades malabares de tecido (tule) e perna
de pau tiveram grande aceitação e satisfação positiva das crianças, pois foi
observado o sucesso motor conquistado na prática, exigindo menor refinamento
motor, oportunizando a vivência lúdica por todos os praticantes.
Para isso temos Goellner (2003) comentado por Baroni (2006), um corpo não
é apenas corpo. É composto por inúmeras possibilidades de descobertas motoras
lúdicas, sem um padrão a ser alcançado ou conquistado.
O mundo do faz de conta traz as crianças a experimentar as pequenas
decisões a serem tomadas, sendo atitudes que participam da vida adulta da criança.
As crianças que alegaram “não gostar” das atividades não obtiveram sucesso
na vivência motora, pois realizaram as tarefas de forma individual. O trabalho em
grupo e a cooperação são eixos norteadores das atividades recreativas circenses.
Tabela 4. Observação da atitude cooperativa durante o processo recreativo.
44 alunos
Todo o tempo
cooperativo
22 (50%)
Tempo cooperativo parcial
14 (31,8%)
Nenhum momento
cooperativo
8 (18,2%)
Observamos na tabela acima, que 22 alunos (50%) apresentaram atitude
cooperativa durante todo o tempo, desde a confecção dos materiais até a prática
orientada e livre. Apresenta também 14 crianças que demonstraram atitude
cooperativa em algum momento, e 8 crianças que não apresentaram atitude
cooperativa, sendo 5 destas crianças demonstraram insucesso nas atividades,
consequentemente não gostaram da prática ocorrida, e 3 conseguiram confeccionar
o seu material e tiveram sucesso nas propostas posteriores.
As diversas modalidades recreativas circenses são vivenciadas através de
corpos que brincam e jogam, expressando sentimentos, como medo, vergonha,
alegria, satisfação e coragem, com a produção do prazer num ambiente lúdico,
podendo ser contemplada por todos os tipos de pessoas (idade, gênero, etc.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que as atividades recreativas circenses
favorecem o trabalho
cooperativo e apresenta satisfação positiva por parte dos praticantes, sendo assim
novas possibilidades práticas para espaços de lazer.
A arte do circo é uma possibilidade real de prática lúdica nos espaços de
lazer, com movimentos corporais expressivos, despertando sentimentos e novas
experiências.
As atividades recreativas circenses têm uma característica fundamental,
formando um eixo condutor de sua evolução: o risco.
O ato de brincar de circo é uma possibilidade lúdico-recreativa voltado para a
produção do prazer e alegria.
O prazer originado do jogo lúdico traduz-se pelo sentido de prazer pelo viver,
de ver, contemplar, investigar, sentir, tocar, discutir, encontrar alternativas, viver com
o outro, a descoberta de novas possibilidades motoras, gerando ações prazerosas
num espaço e tempo desejado.
Ao realizar atividades é preciso criar estratégias para direcionar o foco da
atenção para pontos críticos das modalidades, facilitando a vivência prática.
As
artes
circenses
são
desafiadoras
e
enriquecedoras
para
o
desenvolvimento humano, possibilitando momentos inesquecíveis.
As atividades lúdicas circenses descritas no trabalho aproximam de forma real
o conteúdo da arte circo aos elementos pedagógicos, com jogos e brincadeiras
possíveis de serem realizadas pelo profissional de Educação Física.
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