Perspectivas da difusão do gás natural

Transcrição

Perspectivas da difusão do gás natural
--------Perspectivas de Difusao do Gas Natural nq/ u l'
.//\.J'
Industria de Ceramica Vermelha
1..
<';'
,/:;,'
I
-
Marcelo Rousseau Valenlta Schwobl
Alexandre Szklo2
Resumo
Este artigo avalia as perspectivas de medio prazo para implementac;ao
do
gas natural (GN) na industria brasileira de ceramica vermelha, diante do selJ.
.
consumo potencla. I e d e aspectos d e or d em economlca, tecno I'oglca,
am b'Ie ot~l.
A
•
eS
social. Identifica as vantagens dessa implementac;lio, assim como os fatO:t
limitantes do processo de difuslio do usa do GN, Tomando-se
o
por b 9-Se
q
valor equivalente em GN necessario para a substituic;lio dos energMicoS
tJ-e
e~
atendem a demanda termica atual do segmento, e considerando-se 0 e~:p:t .
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e,lJ.o
go de f ornos malS e ICIentes, que permltlnam urn consumo energetlco .-"1
especifico da ordem de 500 kcallkg, 0 consumo total de GN chega a 9.9:7 e
(103) m3/dia, Contudo, a incidencia de fomos adequados para a conyerS
i:i0
.
muito limitada (apenas 2% de fomos continuos e 28% de fomos Hoffm £I.~)
que so admitiria uma converslio parcial,
1J/d
da ordem de 2.957 (103) ro
Por fim, segundo a intersec;lio de casos de p6los localizados
proxiro
0 So
redes de distribui<;lio de GN, com fomos propicios para a converslio e e esuficiente de produC;lio, estima-se que
seja de 390 (103) m3/dia .
. ~Instituto Nacional de Tecnologia
~PPE . Coppe/UFRJ
0
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19-
c£l.
So ~o
atual horizonte tecnico de con-ve .•..
1 - Introduc;ao
Com a descobertas de jazidas de GN no Brasil nas decadas de 80 e 90 e a
ampliac;aoda rede de transporte e distribuic;ao, iniciou-se urn processo de difusao desse combustivel na matriz energetica do pais, ainda que inicialmente restrito as regioes sudeste e nordeste, com destaque inicial para os grandes consumidores do setor industrial, principalmente as industrias de base, entre 1984 e
1990, A partir do final da decada de 90, com 0 aumento da produc;ao de GN nas
bacias de Campos e do Nordeste e com a chegada do GN da Bolivia, os segmeno
tos automotivo e de gerac;ao termoeletrica tambem passaram a incorpora-I de
maneira mais intensa, 0 que vem contribuindo para 0 aumento da difusao do GN
na economia brasileira, no intento de absorver a oferta de gas natural prevista
para 100 milhOes m3/dia em 2010 (Sauer, 2006).
Na industria brasileira, a difusao do GN tern se dado de modo mais destacado que em outros setores da economia, considerando sua atual parcela de participac;ao, da ordem de 54% na demanda total de GN fornecido pelas distribuidoase
ras estaduais (Abegas, 2006). Tal ocorre, com algumas variac;oes, em qu se
todos os segmentos industriais, a excec;ao dos segmentos de papel e celulo ,
de cimento e de ceramica. No primeiro, 0 elevado indice de recuperac;ao de
residuos de processo como insumo energetico explica a limitada demanda de
GN no setor. No setor cimenteiro, destaca-se a operac;ao com uso de combustiveis de menor custo, como 0 carvao e 0 coque de petroleo. Por sua vez, ao
contrario de outroS paises e a excec;ao da ceramica de revestimento e outras
envolvendo produc;ao de maior valor agregado, 0 segmento de ceramica vermelha (estrutural) brasileiro, com sua importante parcela de cerca de 10.000 empresas, nao reagiu ate 0 momento de modo positivo em relac;ao ao GN. Este
segmento apres
grande potencial remanescente de consumo de GN, que
enta
poderia ser incorporado a matriz energetic a brasileira, a exemplo do que ocorreu em outros paises.
As razoes e motivac;oespara esse comportamento, alem da avaliac;aodas em
perspectivas e consequencias da difusao do GN na ceramic a vermelha, constitu
0
tema basico a ser investigado neste trabalho. Nesse sentido, visou-se identificar
se
as regioes onde 0 GN ja e empregado na ceramica vermelha, destacandoos
resultados ja obtidos, alem de suas vantagens e limitac;oes, sob os pontos de
vista tecnologico, economico, ambiental, estrategico e social. A partir dai, foram simulados, para 0 intervalo dos proximos 10 anos, cenarios de ampliac;ao
de seu empreg , conforme a localizac;ao dos principais polos de consumo e as
o
ofertas locais de GN promovidas pela atual rede de distribuic;ao e pelas futuras
areas de expans , atraves de alternativas de distribuic;aopor dutos, GNC e GNL.
ao
2 _A Industria de Ceramica Vennelha no Brasil
~Tn
.. ~~no>
rlP
10 % (Duailibi, 2004).
Seu segmento de ceramica vermelha
estados, com a participa('ao de .' que apresenta ampla capilaridade em tados os
.•
mIcros, pequenas
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nas regioes metropolitanas, em quase t d
e ~e l~ empresas, no interior e
400A
0 os os mumciplOs d
•
o desse valor (cerca de 0,4% do PIB
'
0 paIS, responde por
(Duailibi 2004) A
), valor eqUlvalente a R$ 4 2bilh1
,
. presenta cerca de 10 000
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ce a SIgn lcatlva (mais de 30%) d I'
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pro uc;ao,mcluinda pare
0 ariaS e mlC
e ou sazonal, alem de nao autom tiz d
ro-empresas de operac;ao informal
I
_
A.
a a as, com process
.
extrusao mecamca e que com freqooA .
_
os arCaICOS,manuais sem
.
uenCla nao se
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'
mente regIstradas (Duailibi 2004) 0
cons tuem em empresas devida•
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peravam em 2004 d
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no paIS, com capacidades de prod '"
.
e ma 0 efetivo e oficial
UC;aO aClmade 50
ilh'
A
empresas de ceramica vermelha
r
m erros/mes, cerca de 6.800
d _
' com olerta de 214 000
uc;aode 2.,5 milMes milheiros/meA(bl
.
empregos diretos e a prod _
s
ocos, 84 5 %
lh
pro uc;aototal de cerca de 65 milh- tI
,e
te as, 15,5%), com uma
por empresa e de 368 milheir 1 oes anoA(Tabela 1). A produc;ao mensal media
os empresa.mes (Duailibi, 2004).
o consumo
. comb • . d
• d especifico de lenha e residuos vegetms
egmento, e a ordem de 588 31
,ustivelS
ominantes no
. (Duailibi 1986) 0 m empresa.mes ' tomand0 por base 0 valor de 1 6
m31 milherro
,
. consumo de e
. 1"
'
113 GWh/mes (47,6% do setor ce A ')
nergIa e etnca do setor e da ordem de
ramlCO eadem
d
.d'
empresa e de 91 kW. A potencia eletric~ total ,an a me la de potencia ativa por
ordem de 619 MW, valor proxi
d
A'
atlva para atender 0 segmento e da
.
mo a potencIa nominal de Angra I.
s
Tahela 1 - Distribuic;aoda Prod uc;aoSetonal
' por Estados (mil milherros me
Estado
Estado
Siio Paulo
540
R. G. do Norte
Minas Gerais
300
R. G. do Sui
Estado
83
Amazonas
30
Espirito Santo
50
Alagoas
250
Pernambuco
45
Distrito Federal
26
20-
Parana
200
Maranhiio
40
Mato G.do SuI
17-
Rio de Janeiro
150
Tocantins
22
MatoGrosso
IS
Santa Catarina
150
Para
35
Acre
6
Bahia
130
Sergipe
30
Roraima
6
Goias
120
Piaui
30
Amapa
6
Ceara
120
Paraiba
40
Fonte: Duailibi(2004) e Schwob (2005)
3 - Rede de Distrihuic;ao de GN
M'Atualmente
G .' 0 GN de Campos supre os mercados do Ri d J
.
mas eralS com cerca de 145
ilh.
0 e anerro, Sao Paulo e
3
F al
' m oes m /dIa No N d
.ort eza, a oferta atende urn total de 8 8 milho . 3 • or este, entre Salvador e
~a, que atende ~os mercados do SuI e S~o P
es m IdIa, enquanto 0 GN da Boli3
dla. No SuI (Uruguaiana _ RS)
. aulo, supre cerca de 15 milhoes de m 1
te
1"
ocorre a lmportac;aode GN
.
rmop.p.tn(,ll.n1lmll1ISinllrip.1100 MW_mils ('om 11m('ons1Imo
argenuno,
para gerac;ao
Ilt1l1l1mp.nt
. ,-.l'1ml·t.l
Ilno II
o
Diante da sua ampla dispersao no territ6rio do pais e da grande incidencia de
micro e pequenas empresas instaladas em regioes isoladas do interior, 0 setor de
ceramica vermelha esta em boa parcela afastado da rede de atendimento, 0 que representa uma barreira relevante para 0 seu atendimento com GN. De qualquer modo,
parte significativa das empresas do segmento encontra-se concentrada nos 25 p6los
mais importantes, como no Rio de Janeiro (3 p6los), Minas Gerais (4), Sao Paulo (2),
Ceara (3), Rio Grande do Norte (3), Parana (4), Santa Catarina (3), Rio Grande do Sui
(2) e Goias (1), com destaque para Campos e ltaborai (RJ), ltu e Tatui (SP), Morro da
Fumaga e Vale do ltajai - Tijucas (SC)e Assu e Serid6 (RN) (6).
0:
N
al oferta nacional de GN e da
1,0 a 2,5 milMes ~3/~ia (A~e~as':~eO~' 2~0:;.
pIanos da Petrobras visam
ordem de 40 a 42 milhoes m Idla (
g,
d 4 000 \un ate 2008, elevando a
dobrar a rede de transporte de GN em cerca e .
3
3
oferta para cerea de 60 milhoes de m /dia .
b d 2005 a rede de
Segundo dados da Abegas (Abegas, 2006), em novem. r~ e
distribuigao nos estados apresentava as seguintes caractenshcas:
_.-
Tabela 2 _ Caracteristicas da rede de distribuigao de GN
participa.;ao
extensao de rede
volume total distrib
volume industrial
(mil mJ/dia)
industrial (%)
(km)
(mil m3/dia)
13.998
77,8
4.038
10.888
Sao Paulo
37,7
3.146
1\.655
4.398
Rio de Janeiro
2.566
72,1
300
3.557
Bahia
346
3.281
884
Rio Grande do Sui
1.352
80,8
479
\.092
Santa Catarina
3.063
24,1
211
738
Pernambuco
\.111
54,8
128
2.026
619
394
63,7
412
886
250
28,2
181
993
87,7
51
871
Espirito Santo
358
47,8
171
171
Rio G. do Norte
"Maio G. do Sui
75
8
0,4
Estado
.
Minas Gerais
Parana
ceara
2.077
\
o GN e 0 combustivel f6ssil com 0 menor fator de emissao de C02
2-6,9
micas tem levado a problemas de salubridade nos ambientes de fabric a, assim
como de eleva<;aode custos de manutengao (corrosao e desgaste acelerado).
I
122
397
292
Alagoas
296
66,9
68
198
Paraiba
-----_.
241
153
63,5
67
44.799
24.014
53,6
Total
9.815
(15,3 tC/TJ).
Com rela<;ao aos impactos locais, nao possui enxofre, nao emite fuligem e
particulados. Em rela<;aoa combustiveis nao f6sseis, como a lenha, 0 GN apresenta
vantagens como 0 combate a desertifica<;aonas regioes onde a lenha nativa e explorada. Ademais, 0 emprego de residuos vegetais, como a serragem, em plantas cera-
73,6
Sergipe
4 - Vantagens do Uso do GN na Cerimica Vermelha
---
Combustiveis como serragem, lenha, casca de coco, amplamente empregados no
setor de ceramica vermelha, estabelecem limita<;oesna qualidade final do produto
processado, diante das dificuldades de controle da queima (variagoes de umidade e
tipos de lenha/residuos, granulometria). Reduzem, portanto, a capacidade de 0 segmento atender a demanda de produtos de alta qualidade e valor agregado, diante
das exigencias do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat,
como em obras financiadas por bancos e organismos de credito.
Em seu emprego na industria de ceramic a vermelha, 0 GN encontra possibilidades de aplica<;aonos fornos e secadores, mas tambem na auto-gera<;aoeIetrica
(horarios de ponta e fora de ponta), na cogera<;aoe na opera<;ao mecanica de maquinas operatrizes (caminhoes, empilhadeiras, veiculos comerciais), apresentando
as seguintes vantagens: possui elevado rendimento de combustao, pela
homogeneidade de composigao; estado gasoso, demandando menor excesso de ar
na queima (conseqiientemente,
perdendo menos calor no processo); evita
armazenamento, reduzindo 0 seguro da instalagao e 0 emprego de capital de giro
em estoque; libera espa<;o para 0 processo industrial; dispensa frete rodoviario;
reduz custo com mao de obra de manipula<;ao(caso da lenha); nao demanda siste-
--
.
J
. (453 km com 5,8 mi!hoes m'/dia);
f
. Jig ao de Campmas a apen
,
" A expansao ocorre em algumas rentes.
a<;.
. do Cabiimas (RJ) a Catti (BA),com 1.310
complementa<;aoda Jigac;aodo Sudeste - Nordeste, atraves do Gase~:'S~te
ara 0 Nordeste (8,5 milhOes m'/dia);
km e 20 milhoes m'/dia, que devera transportar ~ GN e:c~d~:h_
gasoduto Lateral Bolivia/Cuiaha (267
gasoduto Coari - Manaus, de 383 km, com capaCldade e asod'
~n ••"'~i,ma a Porto Alegre, de MossorO(RN)
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ma de pre-aquecimento de combustivel e nem bombeamento para transferencia
na instalagao industrial, evitando manuten<;aode equipamentos e consumo de energia eletrica; melhora as condigoes de salubridade da fabrica; aumenta a vida util
dos equipament~s, principalmente em rela<;aoaos combustiveis s6lidos (sem emissao
de material particulado altamente abrasivo e acido, que ataca mancais, sistemas
de lubrifica<;1ioe tijolos refratarios de fornos); elimina 0 ataque quimico aos refratarios dos fornos, pela ausencia de enxofre e cinzas nos gases de exaustao, garante
boa qualidade estetica ao produto final; aumenta 0 valor agregado do produto e
reduz as perdas no forno, pela possibilidade de ajuste fino da curva de queima,
resultando em ganhos de produtividade; aumenta a possibilidade de automatizac;ao
s
do controle; possibilita formatos, pressi'ies e velocidades de chama adequado a
cada necessidade (chama longalcurta, em leque ou cone, velocidade alta ou baixa),
modulando a transferencia de calor.
5 - Estudo de Caso
o custo com energia (eletrica e termica) e urn dos mais destacados dentre os
insumos empregados na ceramica vermelha. Estudos de campo realizados pelo INT
e pelo CTGas (da Costa, 2001) indicam sua participa<;ao destacada no custo de
o
produc;ao, juntamente com 0 custo da mao de obra, tomando por base 0 empreg da
lenha e residuos vegetais ao custo medio de R$ 25,00/m3, a produ<;aofaturada a R$
300,00/milheiro e a lucratividade liquida de 20%. Contudo, estes valores podem
variar, conforme estes e outros parametros envolvidos (Tabela 3).
Tabela 3 _ Custos medios associados produ<;ao de ceramica vermelha no Brasil
Parametro
maode obra
combustivel
para0 fomo/secagem
energiaeletrica
Parametro
(%)
manuten<;ao
11,7%
29,5%
25,4%
materiaprima(argila)
9,1%
17,8%
outros
6,5%
(%)
daCosta(2001)
Tais valores variam conforme a regiao de produ<;ao, os tipos de argila, produto,
processo envolvido, forno, combustivel. Todavia, sempre 0 custo com combustivel
sera urn dos mais destacados, pela sua influencia decisiva nos processos de seca-
Fonte:
gem e de sinteriza<;aoda massa argilosa na queima.
eneas
Assim, 0 emprego de urn combustivel de caracteristicas mais homog
pode trazer beneficios tangiveis. Casos praticos tern evidenciado ganhos significativosna aplica<;aodo GN, mesmo em fornos semi-continuos,que SaDprojetados, em geral, para operar
com lenha4• Isto ocorre em fun<;aoda melhor distribui<;aodo calor no forno, equilibrando as temperaturas na carga entre as partes inferior (mais frias) e superior (mais quentes), evitando riscos de sobre-queima e com isso, perdas de produ<;aoe de combustivel.
Em suma, 0 GN apresenta amplas possibilidades de emprego na ceriimica vermelha:
'.I.ontamcomcamarasdecombustao
devolumeexcessivo
paraa opera<;ao
comGN. ja queesteoperacom
• Fornos tUnel - a importancia do consumo de GN em fomos continuos resulta
da possibilidade de opera<;ao com curvas de queima mais adequadas e precisas,
garantindo a qualidade do produto final, alem do elevado desempenho hSrmico,
minimizando 0 consumo de energia termica do processo e, assim, seu custo final. Os
fornos tunel permitem ainda 0 aproveitamento do calor da zona de resfriamento, dos
gases de exaustao e do calor ahsorvido na ahobada, 0 que, com 0 uso do GN, evita
problemas de corrosao, pela ausencia de enxofre, e permite aproveitar parcelas de
calor para 0 pre-aquecimento da carga do forno e/ou para alimenta<;aode calor no
secador. Nos fomos tunel operando com GN podem ser empregados queimadores
modulantes, de alta velocidade com ar for<;ado,principalmente na zona de aquecimento (nas laterais, queimadores tradicionais e no teto, queimadores de alta velocidade - 130 m/s). Estes queimadores sao comandados por sistemas de controle
independente por zona de queima ou, mesmo, por queimador, de modo a impedir
diferenciais acentuados de temperatura na carga do forno. Uma das tendencias dos
projetos modem os de fornos tunel e a redu<;ao da altura do forno relativamente a
largura, visando diminuir os diferenciais de temperatura no sentido vertical da carga. Outro aspecto que influencia a circula<;aointerna dos fluxos de gases quentes na
zona de queima e, portanto, 0 desempenho do fomo e 0 arranjo das pe<;asna vagoneta,
que deve permitir a passagem dos gases e com isso a plena troca de calor com a
parte intema da carga. Auxilia muito, nesse caso, 0 emprego de queimadores a GN
de comprimento de chama variavel, que permitem melhor distribui<;aodo calor nas
partes interna e externa da carga. Nessa condi<;aoe, em alguns casos, empregando
esteiras de roletes, visando a redu<;ao de inercia termica, existem fornos operando
com eficiencia termica acima de 70%, com rela<;i'iesde consumo energetico especifico abaixo de 350 kcal/kg (Tapia et al., 2000). Nesse nivel de opera<;ao, existem
alguns casos que possibilitam a opera<;ao do secador apenas com 0 suprimento de
calor recuperado do forno, eliminando por completo sua demanda de combustivel.
• Cogeraf,liio - na ceramica vermelha, esta possibilidade se viabiliza com 0
emprego de motor de combustao intema a GN, para acionamento de gerador eletrico para fornecer eletricidade para auto-consumo, enquanto parte do calor gerado
pelo motor e reaproveitado para atender parcial ou totalmente a demanda de calor
do secador. 0 calor dos gases de exaustao e transferido diretamente e 0 da ligua de
arrefecimento, indiretamente, atraves de uma serpentina de aquecimento da atmosfera interna do secador. Nesse arranjo esta inserida a ideia da cogerac;ao com paridade eletrica. Com isso, 0 calor disponivel a ser recuperado e de proporc;ao bem
inferior a demanda total de calor do secador. Na industria de ceramica vermelha, os
gastos com energia eletrica tamhem sao relevantes, principalmente na extrusora,
acionada por II!0tores eletricos de 100 a 250 cv, representando cerca de 40% do
consumo e 50% da demanda de eletricidade (Schwob, 2005). Em alguns casos, as
r
_
empresas podem contar com sistemas de cogera<;aomais simples, acionados p()r
motores a GN, gerando diretamente a energia mecanica necessaria 11 extrusora,
permitindo a transferencia de energia termica para
sistema apresenta
maior rendimento
0
secador. Nessa conforma<;ao,0
Tahela 4 - Estudo de casu C
- onsumo e custo de
.
versus opera<;ao otimizada
energra: opera<;aotradicional
Consumos --~
Antes
termico e menor custo inicial, sendo
Depois
Custos (RS/mes)
4.545
3.182
Eletricidade
90.000
----
dimensionado pelo criterio da paridade mecanica. Esses sistemas apresentam pra-
ON (forno) (m3/dia)
zos de retorno do investimento da ordem de 3 anos, conforme a rel~ao de tarifas
Eletricidade (kWh/rnes)
de energia eletrica e GN, envolvendo redu<;oesde custo energetico na instala<;aode
ON para gera9ao eletrica (m'/dia)
----
1971
ON
Diesel p/ maq. operatrizes (limes)
10.000
----
Custo energetico total
----
340
Di feren9a de custo
30 a 40% (Guimaraes, 2002).
•
Autogerat;lio - a gera<;aopropria de energia eletrica se da aU'avesdo motor
a GN, nos casos em que
0
pre<;odo combustivel viabiliza economicamente a gera«;ao
ON p/ maq. operatrizes
(m'/dia)
Diesel
Antes
Depois
22.500,00
16.500,00
58.630,00
---70.860,00
97.630,00 ,70.680,00
J
26.760,00 (-27,7%)
eIetrica, considerando uma rela<;aoaproximada de 2,8 kWh/m3 de GN. Tal e, por
exemplo,
0
casu do GN comercializado para empresas de Campos (R$ 0,43/m3),
que permitiria gerar a energia eletrica ao custo de R$ 0,15/kWh, enquanto que
0
custo da energia eletrica distribuida pela concessionana e da ordem de R$ 0,251
kWh (mar<;0/2005). Freqiientemente, a autogera<;aopode ser viavel economicamente, como no horario de ponta, em contratos horo-sazonais do tipo verde. 0 sistema
gerador pode tambem ter carater estrategico, pela possibilidade de atendimento
em casos de falta de fornecimento de energia eletrica.
•
Suhstituit;iio
de diesel e GLP -
0
consumo medio de oleo diesel para
acionamento de maquinas auto-motrizes numa industria de ceramic a vermelha de
medio porte e da ordem de 10 a 12 m3/mes, somando
0
consumo das maquinas na
lavra da argila, caminhoes para seu transporte, empilhadeiras (diesel ou GLP) e
caminhoes de transporte da mercadoria comercializada (Schwob, 2003). A demanda media equivalente de GN numa planta desse tipo chega a 400 m3/dia (Schwob,
2003), com urn diferencial de custo energetico em rela<;aoao diesel/GLP altamente
favonlvel; os motores podem ser duais ou somente a GN. 0 abastecimento demandaria a instala<;aode uma central de compressao para fornecer
0
GN numa faixa de
vazao de 50 a 100 m% a 200 bar (Schwob, 2003).
Em termos do estudo de casu proposto neste trabalho, considerou-se a condi<;ao
hipotetica de uma empresa ceramica produzindo cerca de 600 milheiros/mes de
blocos estruturais (4 kg/pe<;a;custo unitilrio de venda de R$ 1.000,00/milheiro);
empregando GN com tarifa de R$ 0,43/m3;
operando com faturamento mensal de
R$ 600.000,00 e produ<;aomensal de 2.400t, em duas condi<;oesdistintas: tradicional e otimizada (Tabela 4). Nesta opera«;aootimizada, a empresa opera com argila
de baixa demanda de calor para sinteriza<;ao(queima a 720°C). 0 estudo de casu
mostra a perspectiva de redu<;aode cerca de 30% dos custos energeticos na empre-
Nota: Oleo diesel: R$1,65/1; Gas natural: R$O 43/ 3, EI "
processo termico - 30; lavra _ 27' prodnpa- 21' S. m,
etncldade: R$0,25/kWh; Opera911o (dias/mes)'
"I d'
'
-y
0; Itua98.0 anteri .
.
.
com 0 eo lesel p/maquinas operatrizes' mantid
or. sem cogera98.o e oUmiza98.o do forno e
,
a constante a demanda de eletricidade,
6 - Cemirios de Expansao do GN na Ceriimica Vermelha
N~ eIabora<;ao do cenario de expansao do uso d
' .
conslderaram-se as previsoes d'
e GN na ceramlca verrnelha,
e
creSClmentoeconomico setorial d
'
mand a crescente por produtos de q lid d
.
e 0 palS, a de. ,
ua a e maISelevada
t
nas prmClpais regioes/poIos de p d _ d
,.
' a 0 erta crescente de GN
ro u<;ao e ceramlCa ve
lh
.
gradativa de melhorias tecnoloui
rme a e a lmplementa<;ao
,.
".cas em processos e equip
t
.
anaIises do contexto em cada estado.
amen os, partmdo-se das
Segundo dados do Balan<;oEnergetico Nacional BEN
mo de GN no setor ceramico em 2003 r . d
(MME, 2004), 0 consu101
e 2.453 mil 3/d' T d .
montante se refere ao consumo tot 1 J'
m la. 0 aVla, este
a. a 0 consumo do segm t d
,.
meIha, nao investigado no BEN r'
ali
en 0 e ceramICa ver, tOI av ado nesse trabalh
'
<;oessetoriais, visitas a empresas'
0, atraves de informa, assoclavoes e sind'
d
vas e calculos de consumo e de
'd d d
lcatos e empresas, estimaticapaCI a e e prod d
parcelas. Tal valor foi avaliado em 75 il 3/d'
u<;aoem ca a uma de suas
m ill' la (3,1 %) .
. Assim, 0 GN apresenta perspectiva de amplia<;aode consu
slderando-se 0 universo de 5 000
.
mo no segmento, condo-se do universo total d 10 . iI empresas potenclalmente consuml'd oras (excluine
m empresas, por volta d 1 800
no porte e mais 4.200 olari'
e.
empresas de pequeas e mlcro-empresas d
o gradativo processo de moder'
_
' e pequena escala de produ<;ao)e
mza<;aoque vem
d
mas regioes de produf'a-ode
,.
ocorren 0 nas empresas de alguy
ceramlca estrutural
.
automatiza<;aode processo e fab'
_ d
' com a mtrodu<;aode fomos tuneI,
.
nca<;ao e produtos de maior valor agregado.
. 0 potenCIalde Consumode GN no segmento em todo 0'
,
felta em cada estado r'
aliz d
paIS,a partIr da avaliavao
.
' 101 re
a 0 segundo a
t d I . d
'
estImativa inicial foi reali d
d
me 0 oogra escnta a seguir. Vma
.
za a como a ordem d 10000
1
dla.empresa), co'nforme os anh d fi"
. e, .
.000 m· /dia (2.000 m3/
g
os e e IClenClatermica no uso d GN (
_
o
opera<;ao
----------com os seguintes indices medios: 550 kcallkg, 457 milheiros/mes e 2.100 kgl
milheiro,) em compara«ao com 0 usa predominante da lenha e de residuos vegetais
(media de 850 kcallkg). Caso a vantagem de eficiencia de queima e redu«ao de
perdas nao ocorresse, a demanda total das empresas de ceramica estrutural seria
cerca de 40% superior ao valor referido.
empresas do segmento no pais foi estimada a artir d
.
e p610sde proclu<;ao do'
d
P
a pOsl<;aorelativa dos gasodutos
.
'
numero e empresas envolvid
. .
mo e da eXlstencia de fOffiOSp
,.
as e seus potenClaISde consuroPIClOSpara a conversao - (Tabela 5).
Tahela 5 - Pot encial de consumo de GN na C
.
V
eramlCa ermelha - resultados regionais
n
~o-
Ao potencial acima mencionado, pode ser acrescida a possibilidade de consumo
de GN em cogeragao, representando de 25 a 40% a mais em consumo. Tambem
poderia ser adicionada a possibilidade de substituigao de oleo diesel em maquinas
operatrizes e caminhoes, alem de GLP em empilhadeiras, 0 que representaria mais
6% na demanda media de GN por empresa, que passaria de urn consumo total de
2.000 para 2.920 m3/dia, numero que permite estimar urn potencial total para 0
grupo das 5.000 empresas referidas da ordem de 14,6 milhOes de m3/dia.
mil mJ/dia
376
Sergipe
Silo Paulo
220
Bahia
RioG. do Sui
Assim, considerando-se a incidencia de fomos de born desempenho termico no
cem'lriodas empresas de ceramica estrutural do pais (da Costa, 2001)5, a possibilidade de conversao apenas dos fomos, sem implementagao de cogeragao e emprego
em maquinas operatrizes, e tomando-se por base 0 consumo de 10 milhoes de m31
dia, a estimativa de consumo de GN nas empresas do segmento passaria para 3
milhoes de m3/dia, num universo de cerca de 1.500 unidades industriais.
A partir desse ponto, urge analisar-se as condigoes logisticas de atendimento das
empresas com GN, a partir das redes estaduais de distribui<;ao,da localiza<;aodas
empresas ceramicas consideradas e dos vanos "clusters" e p610sde concentragao de
empresas, alem da perspectiva de expansao da rede para os pr6ximos 5 anos, em
cada estado. 0 resumo dessa analise apresenta os cenanos e perspectivas regionais e
micro-regionaisde amplia<;aodo consumo de GN nas industrias de ceramica vermeIha6• A perspectiva de ampliayao do consumo estadual de GN em medio prazo nas
Parana
'-
~-----r::-------
Conmmo
Estado
mil mJ/dia
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Impende ressaltar, porem, que 0 valor estimado representa urn potencial tecnico
de consumo de GN, a partir do qual devem ser estabelecidas as hipoteses de restrigao, que constituem os potenciais economico e de mercado. A primeira delas se
refere as limitadas possibilidades financeiras das empresas em investir em sistemas de cogera<;aoou na conversao das maquinas operatrizes de diesel para GN. Em
segundo lugar, a conversao dos fomos para GN requer investimento em queimadores
e sistemas eletro-mecanicos e eletronicos de controle da combustao, alem de fomos
adequados, ou seja, de born desempenho termico, como os fomos tunel, que apresentam valores de eficiencia termica proximos de 50%.
CflI!StfIIHt Estado
•
40
Paraiba
30
Ceara
-'-
19
10
120
Pernambuco
27
Amazonas
115
IO
Rio G. do Norte
25
Piaui e Maranhao
5
Espirito Santo
20
57
Assim, 0 potencial de emprego do GN em 'd'
vermelha nos estados anaIisados
. cl 1 me 10 prazo na indUstria de cenlmica
sena e 186 mil 3/d'
do atual consumo total de GN
' '.
mIa,
representando 483IM
d G
no setor ceramlCO ou u
1
' 0
e N na ceramica vermelha Tal al
d'
'
q ase 6 vezes 0 consumo atual
.
v or a mIte a c
- d
sas, com consumo medio diAri
.
d
onversao e cerca de 600 empre460 . .
0 aClma e 2.000 m3/dia
d _
,.
milheIros/mes, representando cerca de 11%
e pr_ou<;aomedIa acima de
vermelha. Boa parte desse un'
d
da produgao nacional de ceramica
.
Iverso e empresas com
.1
pronunClado se compoe d £ b .
potencla de conversao mais
e a ncantes de pr d
d
t~Ihas esmaltadas e blocos estruturais qu . bOili~tose alto valor agregado, como
tIment0 na conversao.
'
e VIa zam de m0d0 mms
" rapido 0 inves-
7 - Conclusao
A perspectiva de aumento da difusao d GN
no pais nos proximos anos iTa d
d dO
no segmento de ceramica vermelha
epen er e fatores de d
Ii .
nomlca, ambiental e social. Devera' . fl . d
or em po tIca, tecnica, ecom UlT e modo p "t"
concentra<;aodo segmento em'
OSIIVOa gradual tendencia de
d .
urn numero menor d
'd d
utIva, resultante do aumento d
.. .
e um a es de maior escala prod . d d
a competIhvldade e d
d'
enva a a crescente clem d
a mo ermza<;ao, em parte
an
a
por
produtos
de
mai
alid
d
'
al
v or agregado. Tal fato leva ao ad'
or qu
a e, diversifica<;aoe
d
d
umento 0 raw de infl
d
os pro utos, fazendo com que
uenCla e comercializagao
empresas que antes
vos, tenham que enfrentar a concorre' . d"
, operavam em mercados catinCla lstante.
Em suma, empresas com maior escala
d'
de investimento em modernizarao p 'bPili~o
udtIvadeverao ter maior capacidade
t
I'
Y
,
OSSI tan 0 a cd'
ecno ogla mais avan<;ada implem t d
ompra e equlpamentos de
b'
,
en an 0 a coger am lentais e de eficiencia energetI'
a<;ao e promovendo ganhos
ca, num process '.
.
o SmerglCocom 0 usa do GN.
n
•
n
"Existem ainda outros fatores de influencia, menos tangiveis, na demandafutura de GN, tais como a perspectiva
de aumento da produc;1io setoria! ou, especificamente, de cada polo produtor; 0 aumento da participac;1io de
produtos de maior valor agregado; como blocos estruturais e telhas esmaltadas; a perspectiva de aglutinac;1io
'-- -.On
~ • .l"Al
tlAA emnresas de pequeno porte em mediollongo prazo e ainlluencia
Consumo
mil mJ/dia
•
---------Na ceramic a vermelha 0 processo de mudan<;:aapenas se inicia. Os fatores
indutores dessa mudan<;:acome<;:arama influir em periodo recente, como a acelera<;:aodo processo de escassez de lenha nativa, aumentando a demanda e 0 custo da
biomassa e os investimentos em reflorestamento. Outro fator indutor e a aplica<;:ao
do PBQP-H, visando a melhoria da qualidade do produto na constru<;:ao,que devera
estabelecer crescentes exigencias tecnicas nos produt{}Sempregados em obras financiadas por bancos e organismos publicos, requerendo capacita<;:aode mao-deobra e laboratorial, compra de equipamentos, mudan<;:ade processos, assim como 0
emprego de eN, de modo a aumentar 0 nivel de produtividade e a competitividade
das empresas. Tambem trara influencia favoravel a possivel retomada do setor da
constru<;:aocivil, que no Brasil tern crescido aquem do que poderia nos Ultimosanos,
o que impoe um deficit habitacional no pais da ordem de 6 milhOesde habita«;oes.
Por outro lado, cresce a perspectiva de concorrencia de materiais de constru«;ao
de uso menos tradicional, como os blocos de cimento, as cOllstru«;oesmetalicas, 0
gesso acartonado, as telhas em material comp6sito, dentre outros, que deverao exercer pressao nos mercados da cerilmica vermelha, limitando sua perspectiva de produ<;:aoe, portanto, de consumo de GN.
A perspectiva de amplia<;:aodo emprego do GN vem se confrrmando na prodw;ao
de elevado valor agregado. Tal fato se confrrma em empresas de Sao Paulo, Santa
Catarina e Rio de Janeiro, que tambem costumam investir em outras fases do processo industrial, como no preparo de argila, secagem com melhor controle (umidade
e temperaturas), fomos tunel com maior eficiencia termica e melhor distribui«;aode
calor, sistemas de recupera«;ao de calor e automatiza«;iiode processo. Todavia, a
perspectiva de amplia«;aodesse cenano apresenta urn grande fator limitante, representado pela descapitaliza«;ao da maioria das empresas do segmento. 0 processo
de difusao do GN devera apresentar distin«;oesregionais com perspectivas diversas,
em fun«;ao de aspectos como 0 pre«;o diferenciado do GN, a legisla<;:aofiscal de
cada estado, a localiza<;:aorelativa das empresas e p610s consumidores e as linhas
de credito para 0 financiamento das modifica«;oes a serem implementadas. Assim, a perspectiva de difusiio do eN e de dificil determina<;:aoe generaliza<;:ao.
Tomando-se por base 0 valor equivalente em GN necessario para a substitui<;:ao
dos energeticos que atendem a demand a termica atual do segmento, e considerando-se 0 emprego de fornos mais eficientes, que permitiriam urn consumo
energetico medio especifico da ordem de 500 kcal/kg, 0 consumo total de eN
seria atualmente de 9.857 .000 m~/dia. No entanto, a incidencia de fomos adequados para a conversao e muito limitada (apenas 2% de fomos continuos e 28%
de fomos Hoffman), 0 que s6 admitiria uma conversao parcial, da ordem de
2.957.100 m3 Idia. Diante das limita«;oeslogisticas da rede de distribui<;ao nos
estados em rela<;iioaos 25 principais p6los de produ«;ao de ceramic a vermelha,
.'-l~ rl;f""" •.•. :190.000 m3/dia.
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