Passatempo Poesia
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Passatempo Poesia
Jornal Número 10 da Hora Espaço Arterial Entrevista com Ricardo Kotscho Dia 16 de Fevereiro é o dia do Repórter, uma profisssão que eu acho bacana porque ele conhece muitas pessoas, viaja para vários lugares. Nós do Jornal Da Hora, fomos conhecer o Jornalista Ricardo Kotscho. Eu achei ele legal! Ele disse que também gostou de nós. Ele é repórter e já trabalhou em vários jornais. Clara Nana, 7 anos e t r o p s E o p m e t a s Pas a i s e Po São Paulo, fevereiro de 2009 Diretor Responsável: Vera Alves BLOCO DE CARNAVAL Literatura 2 fevereiro de 2009 Histórias de Realidades Bloco das Emílias e Viscondes Bom, em mais uma ”Histórias de realidades” vou falar sobre o que aconteceu no carnaval fora do sambódromo. Vocês não devem ter entendido, não é? Calma, eu vou explicar, estou falando dos blocos de carnaval que saem às ruas e avenidas da nossa cidade. Aqui no bairro da Vila Buarque saíram dois blocos, o Bloco Lira da Vila e o Bloco das Emílias e Viscondes. O Bloco Lira da Vila saiu pela segunda vez da rua Dr. Vila Nova esquina com a Rua General Jardim, os foliões em sua maioria, foram os próprios moradores aqui do bairro. O Bloco das Emílias e Viscondes é realizado pela Biblioteca Monteiro Lobato em parceria com o Instituto Espaço Arterial. Neste ano tivemos muitos foliões no Bloco. Vieram aproximadamente 250 crianças da Escola Estadual Arthur Guimarães, 70 crianças do Núcleo Sócio Educativo da Casa São José e mais os moradores do bairro. Bom, tudo que acabei de dizer são fatos que aconteceram no carnaval deste ano. Para quem não veio, o Bloco das Emílias e Viscondes estava muito divertido e animado, homenageamos a Tia Nastácia, personagem das histórias de Monteiro Lobato. Vou ficando por aqui, até a próxima edição. Parece e é Gabriellla Rocha, 9 anos Se ele parecesse um bicho Que tivesse asas, Asas de Dragão As cores A cor da paz é branca, A cor da amizade é Laranja, Se abrisse os olhos, Olhos de Dragão. Se balançasse o rabo Rabo de Dragão A cor do amor É vermelha, Cada coisa tem cor E se acontecesse De soltar fumaça pelo nariz, Nariz de dragão E se quando anoitecesse Soltasse fogo pela boca Boca de Dragão E se adormecesse Numa caverna escura Caverna de Dragão Inspirado no livro “Eu sou mais eu” de Sílvia O. Beatris Duraes, 11 anos O que seria então? Ora! Seria um Dragão Mas estou com Um problema Tem gente que não sabe O que significa A cor preta Você sabe? Eu sei! A cor preta É a soma de todas as cores. Ana Rosa, 9 anos Coraline Jornal da Hora Oi pessoal, meu nome é Bruna Rocha, tenho 12 anos e vou falar de um livro super legal chamado “Coraline”. Esse livro conta a história de uma menina que acaba de se mudar para um casarão cor-de-rosa. Ela faz vários amigos que são os seus vizinhos: o velho louco e as senhoritas Spink e Forcible que tem os seus três cachorros. Coraline encontra uma porta que vai dar para uma outra versão de sua própria casa. Como assim? Vocês devem estar se perguntando. Lá nessa outra casa ela vive várias aventuras e faz vários amigos. Agora é sua vez, vão até à livraria ou uma biblioteca mais perto da sua casa e garanta o seu livro e viva as aventuras de Coraline, de Neil Gaiman. RJ, ed Rocco, 2003 Barbara Duraes, 11 anos Coraline e o mundo secreto Barbara Duraes, 11 anos Nós do jornal Da Hora fomos assistir ao filme “Coraline e o mundo secreto”. Vou contar um pouco como foi. O filme conta a história da menina Coraline, que se mudou para um casarão cor-de-rosa. Nessa casa existem vinte e duas janelas e catorze portas, só que a décima quarta porta não se abre e Caroline está disposta a descobrir esse mistério. Se você quiser saber o que vai acontecer leia o livro ou se ainda estiver em cartaz não perca o filme “Coraline” do diretor Henry Selick. Animação, EUA, 2009, 101 minutos. O Limpador de Placas Texto: Thalita Marques, 12 anos Desenho: Guilherme Oliveira, 11 anos Olá Galerinha! Estou aqui para contar como gostei de ler o Livro “O Limpador de Placas” da escritora Monika Feth e do ilustrador Antoni Boratýnski. Esse livro conta a história de um limpador de placas que gostava muito do seu trabalho. Ele limpava as placas das ruas de um bairro que recebiam o nome de grandes poetas, escritores e compositores. Um dia ele viu uma mãe com seu filho passando pela Rua Guimarães Rosa e notou que eles não sabiam quem era Guimarães Rosa. O limpador de Placas também não sabia quem era esse escritor, então resolveu conhecer não só Guimarães Rosa mas todos aqueles escritores, poetas e compositores das placas. Pouco a pouco ele foi aprendendo milhares de coisas. Se quiser saber o final dessa história procure ler este livro, é muito interessante. Boa leitura! Até a próxima! 3 fevereiro de 2009 Jornal da Hora Ricardo Kotscho: Profissão Repórter Entrevistadores: Beatris, Bruna, Clara, Cosmo, Matheus e Thalita Jornal Da Hora - Por que o senhor escolheu ser jornalista? Ricardo Kotscho – É o seguinte: o meu avô Matheus era jornalista, na Alemanha na época da guerra e ele morreu no final da guerra. Não conheci esse avô mas contavam muitas histórias dele, no tempo em que ele era jornalista. Cresci ouvindo essas histórias. Na minha casa, eu fui o primeiro da família que nasceu no Brasil, mas só se falava alemão porque a minha mãe e minha avó são alemãs, todo mundo falava alemão e na escola eu aprendi português. Aprendi muito lendo jornal. Meu pai assinava o jornal “O Estado de São Paulo” e por coincidência mais tarde, meu primeiro emprego na grande imprensa foi no jornal “O Estado de São Paulo”. Como era muito tímido, eu gostava muito de escrever, me comunicava por escrito. Desde moleque fazia poesia. Com doze anos fui trabalhar em banca de jornal quando meu pai morreu, gostava de jornal, de banca de jornal e tal. Quando estava com dezesseis anos o dono da banca falou: Pô! Porque você não vai procurar um emprego no jornal, você gosta tanto! Naquela época não precisava de diploma de jornalista. Fui na folha “Santamarense”, um jornal novo lá de Santo Amaro, isso em 1964 e eu arrumei meu primeiro emprego. Estou nisso até hoje e vou completar agora 45 anos e estou muito feliz. Quarenta e cinco anos de jornalismo. Eu tenho 61 anos de idade. JDH - Qual é a diferença entre jornalista e repórter? Ricardo Kotscho – O jornalismo tem várias funções: o editor, o redator, fotógrafo, diagramador, é tudo jornalista. Pra mim a função mais importante dentro do jornalismo é a de repórter. Por que? Porque é o repórter que traz a matéria, se não fosse o repórter o resto não iria fazer nada, todo mundo depende do repórter, da notícia, é aquele cara que vai para a rua e vai descobrir o que está acontecendo. Escreve o que está acontecendo e os outros formam uma equipe que monta o jornal. Agora pra mim, a maior parte da vida eu fui repórter, eu gosto de ser repórter mesmo. Eu já fui também editor, redator, chefe, diretor de redação, trabalhei em tudo quanto é lugar, em jornal, revista, televisão. Trabalhei também em assessoria de imprensa com o Presidente Lula desde a primeira campanha dele. Depois trabalhei com ele no governo, mas eu sou apaixonado mesmo é pela reportagem! Ser repórter é estar em contato com vida JDH - Quando criança gostava de ler? Qual era sua leitura preferida? Ricardo Kotscho – Olha, eu comecei lendo jornal. Sempre gostei de jornal, mas lia muito. Lia de tudo, gostava muito do Monteiro Lobato e depois mais tarde de Jorge Amado. Gostava de autores brasileiros. Apesar de ser filho de estrangeiro gosto muito do Brasil e tudo que diz respeito à cultura brasileira. Eu li de tudo, até bula de remédio. Sou muito curioso, o jornalista pre- cisa ser muito curioso, qualquer papel que eu vejo em cima da mesa eu leio, qualquer jornal, revista... Depois que eu entrei na faculdade com dezoito anos, entrei também no grande jornal “O Estado de São Paulo”. Cada vez eu fui lendo menos livros pois sobra pouco tempo, é uma deficiência minha mesmo, na época da faculdade tinha que ler um monte de livros e como eu viajava muito a trabalho do jornal eu nunca terminei uma faculdade. Eu comecei três faculdades mas não terminei nenhuma e aos poucos fui lendo menos livros, mas leio três, quatro jornais por dia, leio todas as revistas, eu gosto de informação. Agora acho que você não pode escrever se você não lê, as duas coisas estão bem juntas, você tem que gostar de ler e gostar de escrever, uma coisa depende muito da outra. Eu já tenho dezenove livros publicados. Além de jornalista eu sou escritor. Eu sou metido pra caramba. Um colega meu, que se chama Alberto Werneck, falou que eu sou o único cara que ele conhece que já escreveu mais livros do que leu. A minha cultura vem muito da informação, mais do que da literatura. Bom repórter é aquele que sabe que não sabe de nada e tem humildade de perguntar as coisas, certo? Chega num lugar e pergunta tudo JDH - O que significa para o senhor ser um repórter? Ricardo Kotscho – Repórter é você estar em contato com vida. Tem um colega meu, um grande repórter, um grande jornalista que se chama José Hamilton Ribeiro. Vocês devem conhecê-lo, do Globo Rural. Ele é talvez o mais antigo repórter em atividade, tem mais de 70 anos de idade, mais de 50 anos de profissão e trabalha até hoje como repórter. Perguntaram para ele uma vez o que era ser repórter, ele falou: repórter é um ser que pergunta! Você para saber das coisas tem que perguntar. Então é um cara curioso que procura saber o que está acontecendo e depois conta o que está acontecendo ou no jornal ou na revista ou na televisão. Descobrir as coisas que estão acontecendo, falar com as pessoas, perguntar e depois escrever. Tem jornalista, que eu não gosto, que escreve sobre qualquer coisa sem falar com ninguém, sem perguntar nada para ninguém, já sabe tudo. Esse não é um bom jornalista. Bom repórter é aquele que sabe que não sabe de nada e tem humildade de perguntar as coisas, certo? Chega num lugar e pergunta tudo. Repórter tem que ser chato. Perguntar tudo pra poder escrever depois JDH - O que a gente precisa estudar para ser um bom jornalista? Ricardo Kotscho – Olha, eu não sou o melhor exemplo, como eu já falei antes eu não terminei a faculdade de jornalismo, mas eu acho que vocês devem fazer faculdade sim. Não acho que seja necessário fazer a Faculdade de Jornalismo, pode ser Ciências Sociais, pode ser Economia, pode ser uma outra faculdade. O jornalista precisa estudar sempre e não só o jornalista, qualquer outra profissão, não é? Você estuda, tira o diploma e diz que não precisa estudar mais nada? Não, você tem que estudar a vida inteira e estudar não é necessariamente ir para escola e tal, mas é ler muito a vida inteira, se atualizar, que as coisas mudam muito rapidamente. Acho que você tem que ser apaixonado pelo que você faz e se preparar pra isso. Hoje o jornalista tem que saber fazer de tudo, tem que saber tirar fotografia, mexer com toda essa coisa de internet, laptop, tem que saber fazer televisão, rádio. O jornalista hoje tem que ser multimídia, tem que estar preparado pra tudo. Você tem que aprender a fazer tudo e pra isso você tem que ser curioso, interessado, ter vontade de fazer as coisas, fazer com paixão. Esta entrevista continua na edição de março. 4 fevereiro de 2009 Jornal da Hora A História do Tênis Hoje irei contar um pouco da história dos esportes através do esporte que tenho mais experiência, o tênis. Pratico tênis há meses com o professor Daniel, uma grande pessoa e grande jogador, apesar de ser menor que eu em altura. Meu ídolo do tênis é o jogador espanhol Rafael Nadal, atual numero 1 do ranking e canhoto como eu. Agora vou contar como tudo começou. Alguns dizem que o tênis começou na civilização egípcia e persa, muitos séculos antes de Cristo. Mas também contam que foi criado na Índia no ano de Desenho: Lucas Morais, 9 anos Ca ç Texto: Débora Santos, 15 anos 1874 pelo major Walter Clopton do exército britânico, jogo baseado no “longue-paume” que era praticado na França. No século XIV já havia jogadores que usavam um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como "battoir" e que mais tarde recebeu um cabo e também as cordas trançadas. Era o nascimento da raquete. O tênis fez parte da programação dos Jogos Olímpicos de 1896 a 1924. Somente em 1988 ele volta a ser um esporte olímpico, nas Olimpíadas de Seul. a Palavras Kelvin Izidoro, 10 anos Tem gente que adora esporte. Gosta de volêi, natação, tênis, ciclismo e caratê. Outros preferem a capoeira, o basquete, o beisebol ou até o golfe. Mas para os brasileiros a grande paixão é mesmo o futebol. Então Esportista procure aí ao lado esses esportes. Você já parou para observar? EXPEDIENTE A cada dia que passa nas vidas que enchem este mundo, tendo as nossas incluídas, aprendemos algo. Não falo de uma vida escolar com caderno, professor, lousa, explicações...(não nego que também aprendemos com a escola). Aqui quero atentar para outro tipo de aprendizado; um que não é chato, não ocupa tempo e que podemos fazer até nas férias.Quer um exemplo bem perto de você? Quando conversamos com uma pessoa que juramos ser super desinteressante, ela nos surpreende. Mas não é só quando conversamos. Aprendemos observando até uma lagartixa passear na parede, mesmo que você já tenha estudado uma lagartixa. Vemos como ela anda, a cor dela, a sua anatomia, a sua cor, a sua pele... Todo conhecimento de hoje em livros de ciências devemos à observação humana. A reação dos gases, as estruturas dos com- Reportagens e Redação Ana Claudia Gabriella Rocha Ana Rosa Matheus Spagnolo Barbara Duraes Thalita Marques Beatris Duraes Bruna Rocha Clara Nana Débora Santos postos de carbono, a lei da gravidade, a descoberta da penicilina, entre muitos outros exemplos. O que não atentamos é para o que está acontecendo. Não paramos para observar o céu, o sol, as asas dos passarinhos, a chuva, o vento, os cheiros em volta, ou seja, essas oportunidades de aprendizado e conhecimento de outros mundos a nossa volta. Imagine quantos sentimentos temos que explorar, quantas opiniões temos que ouvir, o quanto temos que aprender. Por isso não devemos ficar parados, temos que estar em movimento e aprender com tudo que estiver em volta. Depois de tudo que descobrimos e aprendemos nos vem um sentimento. Não precisamos dar nome a ele, apenas temos que ter consciência de onde veio e observá-lo, pois conhecimento não ocupa espaço. Gabriela Carvalho, 14 anos Ilustrações Barbara Duraes Carol Miranda Guilherme Oliveira Kelvin Izidoro Lucas Morais Primeiro Amor 19 de fevereiro Dia do Esportista Ana Claudia, 12 anos De criança vou à adolescência E começo a me apaixonar E quando chego na sala de aula e vejo ele Eu começo a cantarolar: “...Você tem um beijo tão bom, Que é difícil de me conter, É só você me chamar que eu vou Me apaixonei por você!...” Carol Miranda, 7 anos RESPOSTA DO DESAFIO DA EDIÇÃO DE JANEIRO: O GATO MAIS GORDO É O LULU (Música: “Quando você vem me abraçar” Autor: Gulherme Santiago) Colaboração Gabriela Carvalho Agradecimentos Ricardo Kotscho Diagramação Valéria Silva Coordenação Gráfica Valéria Silva Vera Alves Xamã VM Editora e Gráfica Ltda Fotografia Rua Afonso Celso, 943 CEP: 04040-030 Clara Nana Matheus Spagnolo Iniciativa Vencedora do prêmio Ludicidade/ Pontinhos de Cultura Realização Espaço Arterial Rua General Jardim, 556 3256-3057 CEP 01223010 [email protected]