Doença de Alzheimer - Dr. Pedro Schestatsky

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Doença de Alzheimer - Dr. Pedro Schestatsky
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Doença de Alzheimer
A DA é uma doença neurodegenerativa ainda sem cura. Costuma ocorrer na terceira
idade e seu sintoma mais comum é a perda de memória, mas compromete ainda o comportamento
e pensamento do paciente. A chance de controlá-la é maior se ela é detectada precocemente.
Trata-se de uma doença que envolve a família inteira do paciente. Em Porto Alegre,
grupos promovem encontros para dividir informações e trocar experiências.
Fundada há 15 anos na capital gaúcha, a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ) é um
lugar para quem convive com um paciente de Alzheimer esclarecer dúvidas e também falar de
sentimentos.
Quinzenalmente, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre também realiza reuniões do
Grupo de Apoio a familiares e cuidadores de portadores do mal de Alzheimer. Abaixo, confira
mais informações:
ABRAZ
A ABRAz é pioneira na assistência a familiares de pessoas com Doença de Alzheimer e
outras demências. Há mais de 20 anos, a Associação oferece apoio e contribui para a superação
de dificuldades enfrentadas desde o momento do diagnóstico até as etapas mais avançadas da
doença. Muitos dos familiares que se beneficiam do trabalho oferecido tornam-se voluntários e
multiplicadores dos conhecimentos e das experiências adquiridas.
O Grupo de Apoio é um espaço de encontro, aprendizagem e troca de experiências
oferecido especialmente para familiares e cuidadores de idosos com Doença de Alzheimer, no
qual os participantes têm a oportunidade de refletir sobre a tarefa de cuidado sob novas
perspectivas, ao encontrar novas estratégias para superar dificuldades e descobrir novas formas de
lidar com o cotidiano modificado.
Dentre os benefícios para os CUIDADORES, os Grupos de Apoio oferecem:
- Acesso a informações atualizadas sobre a doença e os tratamentos, aumentando a segurança de
cuidado e a tomada de decisões.
- Favorecimento da aceitação da nova situação, que envolve mudanças significativas na vida e na
qualidade de vida dos envolvidos.
- Investimento na qualidade de vida de todos os que participam do cuidado com o idoso com
Doença de Alzheimer.
- Desenvolvimento de um enfrentamento mais positivo e saudável da situação de adoecimento e
perdas associadas.
- Favorecimento da interação com o idoso a partir de melhor compreensão das necessidades da
pessoa com demência, seus sintomas e estratégias de manejo.
Os Grupos de Apoio da ABRAz são mediados por coordenadores voluntários
selecionados e treinados e que devem respeitar as orientações, responsabilidades e treinamentos
oferecidos. Os coordenadores podem ser um familiar-cuidador experiente ou um profissional da
área da saúde. A maior parte dos Grupos tem frequência mensal.
Os Grupos de Apoio da ABRAz estão divididos segundo estes dois enfoques:
Informativos e Apoio Social e Emocional.
1. Grupos Informativos
Informações relevantes sobre a Doença de Alzheimer, tratamentos, cuidados necessários
ao idoso com demência, entre outros temas de interesse, são oferecidas por meio de palestras
conferidas por convidados especialistas e pelo coordenador do Grupo de Apoio. Em alguns
grupos, há também a participação ativa dos cuidadores, que procuram, por meio de sua
experiência, contribuir com o palestrante no debate sobre o tema proposto.
Esta modalidade de grupo auxilia o cuidador a entender sobre a Doença da Alzheimer e a
identificar, bem como lidar, com sintomas e dificuldades dos pacientes no convívio cotidiano.
Trata-se de um espaço voltado para a aprendizagem de informações que contribuam para preparar
os cuidadores para a tarefa de cuidado, tornando-os mais seguros e confiantes para uma relação
de qualidade e com atenção às necessidades do idoso vulnerável. As aulas ministradas permitem
esclarecer dúvidas e ideias erradas sobre a doença, sua evolução e tratamentos (farmacológicos e
não farmacológicos).
2. Grupos de Apoio Social e Emocional
Caracterizado essencialmente como espaço de troca de experiência e reflexão, estes
grupos são de caráter vivencial e oferecem oportunidade para que o cuidador possa estar diante de
pessoas que passam por situações semelhantes, experimentando sensação de pertencimento,
acolhimento e conforto.
Nos grupos há espaço para o cuidador interagir e compartilhar dificuldades práticas do
dia a dia e aspectos emocionais envolvidos no cuidado do idoso com doença neurodegenerativa.
Trata-se, portanto, de um ambiente que favorece a convivência e no qual há a possibilidade de os
participantes relatarem suas histórias e discutirem suas principais dificuldades para a busca
coletiva de alternativas e estratégias eficientes e seguras que minimizem sofrimento e garantam
investimento em qualidade de vida.
Assim, esses encontros favorecem que o cuidador tenha mais recursos para lidar com o
idoso, receba apoio e se organize melhor, utilize recursos pessoais para encontrar soluções para os
problemas, expresse sentimentos e vivências particulares e atribua novo sentido às suas
experiências ao encontrar novas formas de enfrentamento.
Os temas discutidos envolvem principalmente situações de dificuldades na rotina de
cuidado (dar banho, oferecer medicamento), mudanças na vida pessoal e familiar após o
adoecimento, necessidade de tomar decisões, problemas para lidar com alterações de cognição e
comportamento do idoso com demência (sintomas da Doença de Alzheimer). Quando o
coordenador for especificamente da área da saúde mental (psicólogo ou psiquiatra), há também
espaço para um maior aprofundamento nas emoções, com favorecimento de soluções criativas e
flexibilidade para mudanças com implementação de estratégias eficientes para superar problemas.
Como participar de um Grupo de Apoio da ABRAz?
A maioria dos Grupos de Apoio da ABRAz é aberto, ou seja, recebe interessados sem
agendamento prévio. É importante que as pessoas que comparecerem à reunião tenham contato
com pessoas que têm a Doença de Alzheimer, para que possa haver integração e identificação
mútua entre participantes. Por isso, recomenda-se que estudantes ou interessados no tema, mas
que não enfrentam o problema na família, entrem em contato com os coordenadores previamente
aos encontros solicitando autorização para visita, para não comprometer o andamento dos grupos.
Algumas atividades desenvolvidas para familiares-cuidadores requerem inscrição e
envolvem projetos locais com atividades específicas. Consulte a Regional mais próxima e
informe-se sobre as alternativas.
Outros grupos para o familiar-cuidador
Grupos de convivência
São atividades, em geral voltadas para a busca de satisfação pessoal e lazer,
desenvolvidas por algumas Regionais, dirigidas a familiares-cuidadores e/ou pacientes, com o
objetivo de promover a socialização dos participantes, que comumente encontram-se isolados e
com poucas oportunidades para atividades extradomiciliares. Alguns grupos são permanentes
(funcionam o ano todo), porém a maior parte costuma ocorrer esporadicamente (de vez em
quando).
Contudo, os encontros são programados sempre com antecedência, e incluem atividades
como passeio a parques, cinemas ou festas em datas comemorativas. Caso tenha interesse em
participar desses encontros, acompanhe nossa agenda ou entre em contato com a Regional de seu
estado.
Grupos de estimulação cognitiva para idosos com Alzheimer e seus familiares
Em algumas regiões estão sendo desenvolvidas atividades voltadas para a estimulação de
idosos com Doença de Alzheimer e/ou seus familiares.
Como benefício, esses grupos buscam:
- Investimento na interação com o familiar-cuidador.
- Estimulação cognitiva e social adequada à fase da doença.
- Favorecimento da autonomia do idoso pelo maior tempo possível, dentro de suas reais
possibilidades.
Alguns grupos são fechados (requerem inscrição prévia) e outros são abertos (é possível
frequentar qualquer encontro sem agendamento).
Em alguns casos, é necessária uma avaliação inicial (triagem) dos pacientes para
indicação de atividade adequada. Caso tenha interesse em participar desses encontros, acompanhe
nossa agenda ou entre em contato com a Regional de seu estado.
Contato:
ABRAZ Telefone: (51) 9500 1906 Local: Hospital Moinhos de Vento (Rua Ramiro Barcelos,
910. Bairro Moinhos de Vento)
Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre
Grupo de apoio aos pacientes com Alzheimer ensina como amenizar o sofrimento dos
familiares
Agressividade, ansiedade, medo, agitação, nervosismo e apatia são alguns dos
comportamentos que o doente de Alzheimer pode apresentar no seu dia a dia. Algumas atitudes
podem deixar a família e o cuidador sem saber como agir. Pensando nesse cenário, o Hospital
Moinhos de Vento sediou, nessa segunda-feira, mais uma edição do encontro realizado em
parceria com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ). O evento ocorre quinzenalmente
sob a coordenação do neurologista Dr. Alberto Maia. A palestra contou com a presença da
psicóloga da ABRAZ Suzete Cassalha e reuniu familiares e cuidadores de pacientes, que
compartilharam as suas experiências de adaptação à mudança na rotina do paciente e as alterações
no funcionamento social, emocional e financeiro da família.
Para Suzete, entender a dinâmica dos relacionamentos no âmbito da família é o ponto de
partida. “Muitas vezes as pessoas negam o diagnóstico e os sintomas. Compreender os estágios da
enfermidade é vital para o começo do tratamento”, destaca. A psicóloga esclarece que a doença
de Alzheimer é uma demência que afeta as funções cerebrais e o paciente perde habilidades
importantes, responsáveis inclusive pela realização de tarefas simples.
Uma forma de encarar bem a doença é saber que quando se entende esse processo, a
família passa a se organizar e a compreender melhor o caminho para cuidar do paciente. É
comum haver sobrecarga de tarefas devido à demanda de cuidados. Entre os comportamentos
mais comuns, já na fase inicial da patologia, estão o esquecimento e a repetição da mesma
pergunta várias vezes. Alguns pacientes tornam-se violentos e passam a tratar mal o cuidador ou
os responsáveis por eles. Também é comum a ocorrência de alucinações, o que pode causar
estresse e nervosismo para o paciente.
O diagnóstico da doença é clínico. Os exames servem para descartar outras patologias e
até doenças clínicas tratáveis que em seu desenvolvimento tem sinais e sintomas semelhantes. “É
difícil tanto para o médico como para o paciente e cuidador. Me sinto tomada de emoção e
responsabilizada em orientar os casos, estar junto no processo”, diz Suzete. Para a família na
rotina de cuidados é necessário de muito apoio dos parentes e dos profissionais que atuam na área
para auxiliar e promover funcionalidade e menores complicações. A necessidade de informação é
evidente para quem tem algum familiar atingido pela doença.
Alguns aspectos que podem ajudar o paciente:
- Informação: Permite conhecer os sintomas e a escolha do melhor tratamento;
- Aceitação: Favorece a tomada de decisões, a adaptação emocional, a relação com o
paciente e a criação de estratégias eficientes para lidar com os sintomas;
- Adaptação: Requer flexibilidade para driblar os problemas e aproveitar os recursos
disponíveis, investindo na qualidade das relações;
- Apoio: O convívio com pessoas que passam por situações semelhantes propicia, além da
inserção social, a troca de experiências, o que facilita a busca de alternativas para
situações complexas.
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Grupo de Apoio a Familiares e Portadores da Doença de Alzheimer Reuniões quinzenais nas
segundas-feiras (segunda e quarta semana de cada mês), às 16h na sala 160. Local: Rua Ramiro
Barcelos, 2350, Santa Cecília Ambulatório de Neurogeriatria e Demências do Serviço de
Neurologia. Psicóloga Letícia Forster. Informações: (51) 3359.8182
Links úteis
http://www.hospitalmoinhos.org.br/noticia/grupo-de-apoio-aos-pacientes-com-alzheimer-ensinacomo-amenizar-o-sofrimento-dos-familiares/
http://abraz.org.br/assistencia-abraz/grupos-de-apoio-ao-familiar-cuidador
http://cenecc.com/index.php?dest=ga_apresentacao#.VVK1Ov3lfwI

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