ValOres SÓLIDOS
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ValOres SÓLIDOS
editorial Valores Sólidos O O diferencial, agora mais do que nunca, é definido pela prestação de serviço, pelo atendimento. desempenho econômico do Brasil nos últimos dois anos está atraindo empresas de todo o mundo a fim de investir e, quiçá, abiscoitar parte dos dividendos deste mercado. Basta olhar para qualquer segmento da indústria, do varejo, de serviços: a presença de nomes internacionais, de maior ou menor proeminência, é cada vez mais constante. Em nosso negocio de veículos comerciais a realidade não é diferente. São nomes vindos de todos os cantos do mundo, passando por players do velho mundo, como nossa própria companhia, cuja origem alemã vem engrossar a lista de outras tantas empresas de mesma nacionalidade, e outros, que ganharam representatividade mais recentemente no mercado internacional, mas nem por isso são menos temíveis do que os já tradicionais concorrentes. Pelo contrário: a sanha dos chineses, para citar apenas um exemplo, seria suficiente para despertar a atenção ate mesmo de um líder solitário. O Brasil deixou de ser um mercado com potencial, para galgar ao seleto clube dos mais almejados, o lugar onde todos querem estar. Tecnologia, produtos, hoje, representam quase uma commodity, uma premissa para todos os competidores, com distinções exíguas. O diferencial, agora mais do que nunca, é definido pela prestação de serviço, pelo atendimento. E nisso nós, da rede de distribuição MAN Latin America, sempre tivemos nosso ponto forte, pelo que nos tornamos referência. Participação de mercado representa negócio, mas fazer um atendimento primoroso vai além da venda – é fidelidade, é relacionamento, e isso nenhum produto pode proporcionar a uma empresa. Estar na liderança pode ser momentâneo, mas valores são perenes. Sobre eles erigimos nossa trajetória, e por eles devemos nortear, sempre, nossas ações. Sérgio Dante Zonta Presidente da ACAV Via ACAV é uma publicação mensal dirigida aos associados da ACAV, Associação Brasileira dos Concessionários MAN Latin America. Diretores Ad Hoc Luiz Lopes Mendonça Filho e José Rubens Rúbio. Avenida Indianópolis, 2 422, São Paulo - SP, CEP 04062-002 Telefone (11) 5591-6500 Fax (11) 5591 6513 Homepage: http://www.acav.com.br E-mail: [email protected] Via ACAV é editada por AutoData Serviços Editoriais Ltda., associada à AutoData Editora Ltda. Fotografia Arquivo AutoData Arquivo ACAV Coordenação Otávio Ferreira Silva Foto de capa Divulgação MAN LA Jornalista Responsável Fred Carvalho, MTB 9 233 Impressão Margraf Edição Camila Waddington Tiragem 8 mil exemplares É permitida a reprodução de artigos e imagens desde que citada a fonte. Diretoria Presidente Sérgio Dante Zonta Vice-Presidentes Diego Comolatti Paulo Pires Simões Filho Diretores Clóvis Müller, José Carlos Chinaglia, Rui Denardin e Wladimir Gazzola Jr. 2 VIA ACAV AGOSTO DE 2011 Presidente Comissão de Ética Franco José Gedda Redação Vinícius Piva Projeto gráfico lm arte e imagem Diagramação e arte Romeu Bassi Neto Camila Rodrigues Cunha, estagiária índice Novo Fôlego Uma revigorada família Volksbus chega ao mercado, com os primeiros modelos da marca equipados com motor MAN 12 Foto: Mauro Donati 8 Firme na dianteira MAN LA confirma a liderança de mercado no segmento de caminhões e tem o melhor resultado de sua história nas vendas ônibus no primeiro semestre do ano Hora de Crescer Fiesp promove encontro em São Paulo para discutir os caminhos do sistema de transportes e logística brasileiro diante do furor econômico vivido pelo País 16 AGOSTO DE 2011 VIA ACAV 3 capa F altam, basicamente, cinco meses para 2012, a contar do mês de capa desta edição. No entanto, esta conta diz respeito apenas ao calendário. Na prática, 2012 é presente, já está acontecendo nos diversos lançamentos planejados pela indústria para até o fim deste ano que, vale lembrar, antecede a mudança de tecnologia da motorização hoje empregada nos veículos automotores – tanto os de ciclo diesel, como os de ciclo Otto. Com a entrada em vigor, no ano que vem, da norma de emissões Conama P7, e a exigência de substituição dos motores padrão Euro 3 pelos Euro 5, os fabricantes de caminhões e ônibus começam as apresentações dos produtos que atenderão a estes novos critérios. A MAN Latin America, por seu 4 VIA ACAV AGOSTO DE 2011 NOVO FÔLEGO Uma revigorada família Volksbus chega ao mercado, com os primeiros modelos da marca equipados com motor MAN turno, reformulou toda a sua linha de chassis de ônibus para entrar na nova era totalmente equipada, cuja vitrina oficial será a Transpúblico, feira nacional de ônibus e maior evento do setor, marcada para fim de agosto, na capital paulista. “É uma linha inteiramente nova. Queremos entrar em 2012 prontos para buscar mais alguns pontos e, em um futuro bem próximo, também alcançar a liderança nas vendas de ônibus”, vaticinou Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, durante o evento de lançamento da família Volksbus. Ao custo de R$ 300 milhões, é composta por oito novos modelos, cobrindo todas as faixas de atividade no transporte de passageiros, desde os leves a rodoviários, de 5 a 26 toneladas de PBT. Mas a grande novidade, que abrilhanta ainda mais a nova família de produtos, são os motores MAN, em seu début no mercado brasileiro com a série D08, pronta para atender à P7. Com sistema EGR, sigla de Exhaust Gases Recirculation, ou sistema de recirculação de gases de exaustão, eles equipam três dos Volksbus geração 2012: VW 15.190 OD, VW 17.230 OD e VW 17.280 OT. Em versões de quatro e seis cilindros, os motores MAN D08 foram desenvolvidos especificamente para aplicação em ônibus e, deste modo, proporciona benefícios sempre desejáveis nestas operações: baixo nível de ruído e consumo de combustível, rendimento constante em diferentes topografias, manutenção simples. Com 20% de índice inicial de capa nacionalização, os MAN serão montados aqui pela MWM International, parceira há quase quatro décadas, a partir de componentes importados da matriz alemã. Mas o plano, conforme pontua Ricardo Alouche, diretor de vendas, marketing e pós-vendas da MAN Latin America, “é elevar este volume gradativamente até alcançarmos, em 2013, 80% de componentes nacionais”. Uma nova linha foi especialmente implantada para manufatura dos motores, e sua capacidade instalada de produção, de 45 mil motores por ano, já é um forte indicativo de elevada expectativa de negócios – que Roberto Cortes reitera: “Queremos manter nossa taxa de crescimento na casa dos dois dígitos pelos próximos 3 a 5 anos”. Volksbus: oito novos modelos, com opções de motores MAN e Cummins. Incremento – Dona de uma vice-liderança com gostinho de primeiro lugar, a companhia bateu nos 33% de participação nas vendas acumuladas até junho deste ano, com 5.415, de um total de 16.239 chassis comercializados somadas todas as fabricantes. Neste mesmo período, seu desempenho somou 44% de crescimento – frente aos 14,3% do mercado – com destaque para os modelos urbanos. Enquanto em 2010 a MAN fechou com 7.523 chassis emplacados e participação de 26,5% de mercado, este ano o objetivo é de manter-se na casa dos 30%, com uma produção em torno de 32 mil unidades. No tocante a valores, em função das inúmeras inovações tecnológicas em especial nos motores dos chassis P7, em que entram os novos modelos Volksbus assim como os caminhões por vir, a expectativa é de acréscimo de 10% a 16% em relação aos atuais P5. Mas, com a economia de combustível estimada entre 5% e 10%, a depender do modelo e da operação, estima-se que em um espaço de três anos o valor investido seja amortizado. Quanto ao Arla 32, Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo, que neutraliza os gases de escape, o consumo varia também de acordo com a aplicação, entre 4% e 7% do consumo de óleo diesel. A substância é injetada no escapamento do veículo e, ao reagir com o óxido de nitrogênio, resulta na emissão de água em forma de vapor e nitrogênio em estado gasoso. Além de reduzir as emissões de NOx em 60% no escape, assegura a redução de 80% nas emissões de material particulado ainda durante a queima. Produzida no Brasil por Petrobras e Vale, será distribuída em toda a rede de concessionárias MAN em embalagens de 4, 10, 20, 200 ou 1 mil litros, ademais de postos AGOSTO DE 2011 VIA ACAV 5 capa de combustíveis e comércio especializado. Exigida nos motores com sistema SCR, estará presente em cinco dos novos modelos, os equipados com motores Cummins ISL e ISF, também com versões de quatro e seis cilindros, de acordo com o produto, que pode ser desde mini ou microônibus a rodoviários e articulados Volksbus. São eles: VW 5.150 OD, VW 8.160 OD, VW 9.160 OD e Plus, VW 18.330 OT e VW 26.330 OTA. Na análise de Ricardo Alouche, a oferta das duas tecnologias no portfólio da companhia é mais uma “mostra de que o conceito de solução sob medida não é mera figura de linguagem, mas um objetivo, uma constante em todos os nossos produtos”. Completa – Entre os destaques dos novos rebentos da família Volksbus 2012, estão as opções de motores e sistemas, agora de amplo espectro. E, é claro, cada um com seu charme. O VW 5.150 OD, por exemplo, é ideal para o transporte escolar, fretamento em empresas de turismo e também em autoescolas, como veículo para formação de condutores. Com eixo traseiro de rodado simples e alavanca de troca de marchas no painel, será um feroz concorrente no disputado segmento de vans, no qual tem a vantagem da maior capacidade de passageiros, em média de 30%. O VW 8.160 OD, próprio para aplicações fretamento e urbana de média densidade, com carroçarias de até 8 metros de comprimento, tem entre suas novidades caixa de transmissão ZF 5S 420 com alavanca de transmissão posicionada diretamente sobre a transmissão, que promove maior durabilidade e também conforto ao motorista. De lambuja, o profissional ganhou diferenciado posicionamento de cockpit, específico para o motorista que exerce também a função 6 VIA ACAV AGOSTO DE 2011 MWM: nova linha para manufaturar motores MAN série D08, os primeiros da marca no País. de cobrador, tornando-o extremamente competitivo no segmento de microônibus. O modelos VW 9.160 OD e Plus, por sua vez, têm em seu benefício as opções de entreeixos e eixos traseiros. Enquanto o modelo VW 9.160 OD conta com entreeixos de 3 900 mm, eixo traseiro Dana e PBT de 8.500 kg, a versão Plus traz entreeixos de 4 300 mm, eixo traseiro Meritor e PBT de 9.200 kg. Já para o transporte urbano em linhas distribuidoras ou fretamento de curtas e médias distâncias, o Volksbus 15.190 OD ganhou powertrain totalmente novo – e é o primeiro da lista com motor MAN D08, com 4 cilindros, e dois estágios de sobrealimentação – 2 turbocompressores, um maior, para altas rotações, e outro menor, para baixas. Pronto para aguentar o tranco das operações urbanas, principalmente por conta da transmissão automatizada V-Tronic como opcional, o VW 17.230 OD é ideal também para fretamento. Mas versátil mesmo é o VW 17.280 OT: pode ser usado em fretamento e rodoviário de curta distância, bem como operações urbanas com alto fluxo de passageiros em versões com piso normal ou piso baixo (Low Entry), o Volksbus 17.280 OT. E, de quebra, traz três opções de transmissão: a mecânica ZF 6S 1010 de 6 velocidades, a automática ZF 6HP 502C, e a automatizada versão V-Tronic. Para carrocerias de até 13,2 metros, é oferecido com entreeixo de 6 000 mm na versão urbana (piso alto ou baixo) ou entreeixo de 3 000 mm para a aplicação fretamento, que permite a instalação de bagageiro passante. Outra novidade é o VW 18.330 OT que, ademais do novo motor, traz retarder Voith VR 123 como opcional, que proporciona maior segurança e durabilidade ao sistema de freios. Além disso, o modelo recebeu reforço em outros componentes do trem de força, como cardan e eixo diferencial, visando ao aumento de durabilidade e maior robustez. Por último, mas por certo o mais ousado, o primeiro articulado da marca, cujo protótipo foi apresentado em novembro de 2010 durante a feira Fetransrio no Rio de Janeiro, RJ: o VW 26.330 OTA. Dotado de articulação leve, eficiente e de manutenção reduzida, com 18,6 metros de comprimento, traz motor Cummins ISL de 8,9 litros, com sistema SCR, e nova transmissão ZF Ecolife, que permite programação de condições de rota de acordo com a aplicação. É próprio para aplicações de alto volume, como as dos corredores troncais e sistemas BRT. capa Volksbus em detalhes VW 5.150 OD VW 15.190 OD Motor Modelo Cummins ISF Euro 5, 4 cilindros, 3.800 cm³, common rail Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 150 / (112) @ 2600 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 450 Nm @ 1100 - 1900 rpm (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças ZF S5 420 HD Nº de marchas 5 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz Dana 267 Rodado Traseiro Simples Motor Modelo MAN D0834 LF03, 4 cilindros, 4.600 cm³, common rail Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 186 / (137) @ 2400 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 700 Nm @ 1100 - 1600 rpm (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças ZF 6S 1010 BO Nº de marchas 6 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz: Meritor MS 23-158 Rodado Traseiro Duplo VW 8.160 OD VW 17.230 OD Motor Modelo Cummins ISF Euro 5, 4 cilindros, 3.800 cm³, common rail Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 160 / (119) @ 2600 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 600 Nm @ 1300 - 1700 rpm (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças ZF S5 420 Nº de marchas 5 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz: Dana 284 Rodado Traseiro Duplo VW 9.160 OD e OD Plus Modelo Cummins ISF Euro 5, 4 cilindros, 3.800 cm³, common rail Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 160 / (119) @ 2600 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 600 Nm @ 1300 - 1700 rpm (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças ZF S5 420 Nº de marchas 5 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz - OD/Plus Dana 284/ Meritor MS 1313 Rodado Traseiro Duplo Motor Modelo MAN D0834 LF03, 4 cilindros, 4.600 cm³ Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 225 / (166) @ 2400 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 850 Nm @ 1100 - 1600 rpm Sistema de Injeção Common rail (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças ZF 6S 1010 BO/ZF 6AS 1010BO Nº de marchas 6 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz: Meritor MS 23-168 Rodado Traseiro Duplo VW 17.280 OT Motor Modelo MAN D0836 LF13, 6 cilindros, 6.871 cm³, common rail Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 271 / (202) @ 2300 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 1050 Nm @ 1100 - 1600 rpm (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças ZF 6S 1010 BO/ ZF 6AS 1010BO (automatizada)/ 6HP 502C (automática) Nº de marchas 6 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz: Meritor MS 23-168 Rodado Traseiro Duplo VW 18.330 OT Motor Modelo Cummins ISL 330 P7-0, 6 cilindros, 8.900 cm³, common rail Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 330 (246) @ 2100 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 1300 Nm @ 1000 - 1500 rpm (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças Eaton FSBO 9406 AE Nº de marchas 6 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz: Meritor MS 23-158 / Meritor MS 23-168 (com retarder) Rodado Traseiro Duplo VW 26.330 OTA Motor Modelo Cummins ISL 330 P7-0, 6 cilindros, 8.900 cm³, common rail Potência Líq. Máx. - cv (kw) @ rpm (*) 330 (246) @ 2100 Torque Líq. Máx. - Nm @ rpm (*) 1300 Nm @ 1000 - 1500 rpm (*) Valores conforme ensaio NBR ISO 1585 Caixa de mudanças ZF Ecolife (automática) Nº de marchas 6 a frente/ 1 a ré Tração 4 x 2 Eixo Traseiro Motriz: Com retarder, Meritor 17X Rodado Traseiro Duplo Eixo Intermediário: KLL 1120128E_02 AGOSTO DE 2011 VIA ACAV 7 balanço Firme na Dianteira MAN LA confirma a liderança de mercado no segmento de caminhões e tem o melhor resultado de sua história nas vendas ônibus no primeiro semestre do ano A Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, divulgou no início de julho os números consolidados do primeiro semestre da indústria automobilística nacional. As estatísticas da entidade apontam um mercado interno fortemente aquecido e a reafirmação da liderança da MAN Latin America em caminhões e o melhor desempenho histórico em ônibus. As vendas totais de veículos de carga no período chegaram a 82.949 unidades, aumento de 16,9% ante 2010. Na divisão por segmentos, o maior salto foi dos semipesados: 29,4% a mais, com 28.163 veículos. Na sequência aparecem os modelos pesados, com 26.094 unidades e 11,2% de incremento. Líder de mercado há oito anos consecutivos, a MAN consolidou seus resultados nos primeiros seis meses de 2011: neste intervalo, comercializou 25.211 caminhões, volume 25,5% maior na comparação com o ano passado, acima da média do mercado. A colocação se repetiu em três categorias de produtos, leves, médios e semipesados, com 7.358; 3.748; e 10.463 unidades, respectivamente. Com esse desempenho garantiu boa fatia de participação de mercado, de 33,9%, e de quebra assegurou uma distância considerável – 4.572 – para a segunda colocada no ranking geral das marcas. Na esteira dos bons resultados de caminhões seguem os ôni- 8 VIA ACAV AGOSTO DE 2011 bus, também embalados pelo mercado aquecido. No primeiro semestre do ano o crescimento foi de 23,1%, com 16.261 chassis vendidos. Com a linha Volksbus a MAN mais uma vez registrou número respeitável: 5.415 unidades e elevação de 54,1%. Assim, assegurou o segundo lugar no ranking com 33,3% de participação de mercado e segue sua meta de brigar pela liderança do segmento em breve. Implementos – Reflexos da boa fase do mercado de caminhões, naturalmente, também se fizeram sentir nas vendas de implementos rodoviários. De acordo com informações da Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, de janeiro a junho foram emplacadas 90.949 unidades, crescimento de 20,5% sobre o mesmo período do ano passado. O avanço foi puxado principalmente pelo segmento de carroçarias sobre chassis, cujas vendas somaram 61.658, elevação de 26,4% ante igual intervalo de 2010. Destaque para a comercialização de baús alumínio e frigorífico, com licenciamentos de 21.448 unidades e acréscimo de 19,3%. Para Rafael Campos, presidente da Anfir, “esses modelos ganham mercado à medida que as restrições aos caminhões de grande porte se intensificam no País. Um veículo grande é substituído por alguns menores, o que está gerando um incremento”. O setor de reboques e semirreboques contribuiu com 29.314 unidades, volume 9,6% acima do ano passado. Para o segundo semestre a entidade projeta números mais modestos por duas razões: dificuldade na obtenção de crédito e concentração, pelos compradores, na aquisição apenas de caminhões, uma vez que, com a chegada da norma Conama P7, o preço destes veículos subirá a Vendas balanço Implementos no primeiro semestre (em unidades) Reboques e semirreboques Carroçarias sobre chassis 29.314 61.658 Total90.972 Veículos no primeiro semestre (em unidades) Caminhões Mercado Total MAN Latin America Ônibus Mercado Total MAN Latin America partir de 1º. de janeiro de 2012. Em compensação, na análise do executivo da Anfir, o primeiro trimestre do próximo ano deverá ser forte devido, justamente, à consolidação das compras adiadas em 2011. Ao mesmo tempo em que apresentou as estatísticas do primeiro semestre, a Anfir faz as contas pensando no ano cheio. Nesse contexto, Campos imagina não um, mas três cenários distintos. O primeiro, mais otimista, aponta vendas totais de 190.500, crescimento de 9,1%, e faturamento de R$ 7,9 bilhões, 16,2% superior. Para Mário Rinaldi, diretor-executivo da Associação, tudo depende da concessão de financiamento: “O crédito hoje está mais seletivo. Não existe tanta abundância como no ano passado e, por se tratar de um produto de alto valor, dinheiro, em grandes somas, é imprescindível”. 82.949 25.211 16.261 5.415 O segundo panorama, considerado o mais provável pela entidade, projeta comercialização na faixa de 184.000 unidades, elevação de 5,3% e faturamento de R$ 7,1 bilhões, 4,4% maior. E, finalmente, na perspectiva pessimista – vista como a de menor probabilidade – as vendas totais ficariam em 182.500 implementos e faturamento de R$ 6,7 bilhões, avanço de 4,5% e queda de 1,2%, pela ordem. AGOSTO DE 2011 VIA ACAV 9 logística Hora de Crescer Fiesp promove encontro em São Paulo para discutir os caminhos do sistema de transportes e logística brasileiro diante do furor econômico vivido pelo País A melhoria efetiva do sistema de transporte brasileiro depende da participação do Estado em parceria com empresas privadas. Com base nesta constatação a Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, realizou a sexta edição do Encontro de Logística e Transportes, na capital paulista, nos dias 14 e 15 de junho. Diante da incapacidade do poder público em implantar políticas públicas para tornar a logística de transporte mais eficiente, as discussões giraram em torno do aperfeiçoamento de marcos regulatórios, integração dos diversos modais e o que pode ser feito para reduzir o impacto desta malha ineficiente na competitividade do setor produtivo brasileiro. Dentre os painéis apresentados, a realização no Brasil dos dois maiores eventos esportivos do mundo nos próximos anos, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas em 2016, ganhou destaque no debate Mobilidade Urbana: Crescimento da Demanda e os Grandes Eventos Esportivos. Para Marcos Bicalho, superintendente da ANTP, Associação Nacional de Transportes Públicos, estas são ótimas oportunidades para resolver as complicadas questões estruturais das cidades brasileiras. 12 VIA ACAV AGOSTO DE 2011 Nesse sentido, ressaltou a importância de mudar os rumos do transporte de massa, e elencou os principais problemas para a mobilidade urbana na atualidade no País: má qualidade e altos preços do sistema de transporte coletivo, agravamento dos congestionamentos, elevados índices de acidentes e de mortes no trânsito e, por fim, pouco comprometimento com a qualidade do ar. “Essa é a nossa chance de solucionar todos esses entraves. Mas todo esse trabalho só terá sentido se houver uma política séria de confronto ao transporte individual”. A solução para equacionar a mobilidade urbana nos centros urbanos, sugeriu, passa por sistema integrado de transporte no qual esteja contemplado, além do transporte público em suas diferentes modalidades, o uso da bicicleta e do automóvel. “E ainda um reordenamento das cidades, com espaços que mesclem residências, trabalho e lazer. Dessa maneira, o deslocamento das pessoas seria mais lógico e eficiente.” Custoso – O modal rodoviário, por sua vez, foi tema de diversos painéis, dentre os quais um dedicado somente à infraestrutura do setor. Investimentos na ©iStockphoto.com/Diego Ontivero em ferrovias e hidrovias, visando à diversificação da matriz de transportes do País e a consequente desoneração do rodoviário, foram alguns dos aspectos abordados por José Henrique Coelho de Sá, diretor executivo do DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes: “Temos de considerar a distribuição mais equilibrada entre os modais, que possibilitaria operações mais baratas, seguras e eficientes”. Sobre os aportes na malha logística viária, ele citou os cerca de R$ 2 bilhões mensais desembolsados por meio do PAC, Programa de Aceleração de Crescimento, que até 2014 deverão somar R$ 24 bilhões em melhorias diversas de 55 mil quilômetros de estradas. No entanto, mesmo tal investimento não dará conta da imensidão de problemas hoje vividos no setor, segundo análise de João Batista Dominici, vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais: “O Brasil está perdendo negócios e condenando o parque da indústria de equipamentos pesados por enfrentar problemas no transporte acima de 300 toneladas.” Ele reconhece os esforços do Governo Federal na tentativa de resolver os gargalos da infraestrutura de transporte de maneira geral, mas ainda é pouco diante de um mercado em franca expansão. “Há investimentos bilionários em hidrelétricas e refinarias, mas os equipamentos que fazem parte desse sistema não conseguem chegar aos locais de destino pela falta de estrutura”. Segundo Dominici, o transporte de um transformador de grande porte do interior de São Paulo ao Porto de Santos, SP, custa ao operador logístico cerca de R$ 80 mil – além do transporte em si pagam-se, à parte, taxas, acompanhamento e estudo de viabilidade. Outro tema discutido foi o sisAGOSTO DE 2011 VIA ACAV 13 logística Paulo Skaf, presidente da Fiesp: diálogo é essencial para sanar problemas. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp. tema de concessões de rodovias, considerado uma boa saída para aprimorar o modal – apesar dos altos preços dos pedágios, sobretudo em São Paulo, e das deficiências com as quais já nasceu. A opinião é de Geraldo Vianna, conselheiro da NTC&Logística, Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística. “As melhorias proporcionadas pelas administrações privadas são evidentes, porém há várias formas de se fazer concessões rodoviárias, e precisamos discutir agora qual delas é a mais apropriada.” No entendimento do conselheiro é possível obter o mesmo resultado apresentado até agora com menor custo para os usuários. Uma forma de baratear os valores dos pedágios, sugere, é a cobrança proporcional à quilometragem rodada. Para isso, no entanto, as atuais praças de pedágios precisariam ceder espaço a sistemas eletrônicos que, mais baratos e eficientes, aumentariam o número de pagantes. Vianna acredita ainda que será “inevitável” a adoção de pedágio urbano nas grandes vias de circulação da cidade de São Paulo, como as Marginais. 14 VIA ACAV AGOSTO DE 2011 Gargalo – O intrincado trânsito paulistano já mostra seus reflexos sobre a economia do município, que registrou retração do PIB industrial de 7% de 1999 a 2007, segundo dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apresentados por Milton Xavier, superintendente de planejamento do Dersa, no painel Planejamento para o desenvolvimento do setor de transportes. Para ele, a baixa é reflexo direto da ineficiência logística da região, e carrega tendência de maior queda nos próximos exercícios. “Estimamos que a necessidade por transporte duplique nos próximos vinte anos, com base em um PIB austero. Se a economia seguir em ritmo semelhante ao de 2010, essa demanda acontecerá muito antes.” De acordo com o superintendente, se aplicado o mesmo padrão conservador de crescimento até 2020 todos os principais eixos rodoviários que chegam à região metropolitana de São Paulo estarão saturados. “O primeiro será a Rodovia Presidente Dutra, que já em 2015 estará em situação de tráfego semelhante à das marginais paulistanas.” A situação é igualmente preocupante na via Anchieta, que liga a capital ao porto de Santos, maior do País em movimentação e valor de carga. Segundo pesquisa do órgão em 46% das viagens que passam pelo sistema paulista – considerando-se apenas a macrorregião metropolitana, que contempla municípios próximos à capital, como Campinas e Sorocaba – os caminhões estão vazios. “Trata-se de um indicativo fortíssimo de ineficiência sistêmica, que se não for rapidamente resolvida será um sério entrave ao crescimento de todo o País.” A proposta do órgão para resolver tais problemas em médio prazo é a criação de redes de plataformas logísticas para facilitar o escoamento das cargas que passam por São Paulo, a maior parte, 80%, de grande valor agregado e que, portanto, “exige diferentes modais para se tornar viável”. O plano é fomentar a integração rodoferroviária, por meio de bolsões de transbordo de cargas fora da região metropolitana, nos quais as mercadorias chegariam por trilhos e sairiam em caminhões em direção a outros centros, menores, no mapa urbano. notas Biodiesel A MAN Latin America e a LS9, empresa estadunidense de biotecnologia, assinaram carta de intenções para testar o Ultra CleanTM Diesel em caminhões e ônibus Volkswagen. A montadora é a primeira a trabalhar com esse biodiesel, mais elaborado em comparação ao existente hoje no Brasil. A primeira fase do projeto, previsto para este semestre, terá testes em bancada e avaliará o nível de emissões, desempenho e durabilidade. Em 2012, começará a verificação no campo com caminhões e ônibus pelo período de um ano. Teste A 18ª edição da Fenatran, Salão Internacional do Transporte, marcada para 24 a 28 de outubro, terá pela primeira vez um espaço para teste de caminhões. Segundo os organizadores do evento, a Fenatran Experience surgiu para mostrar na prática o que muda nos motores desenvolvidos para atender à fase Conama P7, equivalente à Euro 5. Os testes poderão ser feitos por visitantes habilitados para a categoria, mediante pré-credenciamento e agendamento no www.fenatran. com.br. As vagas são limitadas, e as inscrições começam em 20 de setembro e vão até 20 de outubro. A MAN Latin America é uma das participantes da ação. 1ª Primeira Há 150 anos nascia a primeira estrada pavimentada da América Latina. Inaugurada em 23 de junho de 1861, por Dom Pedro II, a União e Indústria, nome da estrada, ligava Juiz de Fora, MG, a Petrópolis, RJ. Equilíbrio A partir de 2012, a Artesp adotará o IPCA como indexador único de reajuste para todas as concessões de rodovias paulistas. A intenção é uniformizar o índice entre todas as concessionárias e, ao mesmo tempo, ter como base um fator de reajuste mais próximo da realidade dos usuários. 16 VIA ACAV AGOSTO DE 2011 Mais recursos Tramita em regime de prioridade na Câmara dos Deputados projeto de lei que determina mais um destino para a receita arrecada com a cobrança de multas de trânsito no Brasil: o transporte coletivo. De acordo com o PL 711/11, a verba deverá incluir também o transporte coletivo urbano e metropolitano em forma de subsídio para o valor das tarifas. Hoje, esses recursos são aplicados em sinalização viária, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. A proposta, inicialmente apresentada ao plenário, será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Ministro Paulo Sérgio Passos assumiu o ministério dos Transportes no lugar de Alfredo Nascimento, que se demitiu depois de uma série de denúncias de irregularidades em sua gestão. Passos ocupava a secretaria executiva da pasta. HDC1 O pneu trativo HDC1 na medida 11.00R22 com câmara é o mais novo lançamento da Continental. O modelo foi elaborado para responder às solicitações de veículos que operam em aplicação mista, dentro e fora de estrada, como na indústria canavieira e no setor de mineração. notas Gratuidade Clésio Andrade, senador da República e presidente da CNT, Confederação Nacional do Transporte, entregou a Aloízio Mercadante, ministro da Ciência e Tecnologia, proposta de implantação do Programa Social do Jovem Motorista. A ideia é tornar gratuito o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação e mudança da classe B para as classes D e/ou E aos jovens desempregados e de baixa renda, contribuindo para sua inserção no mercado de transporte. Segundo Andrade, o jovem tem que desembolsar em torno de mil reais e depois pagar mais para conseguir mudar para as categorias D e E e o transportador não pode arcar com esses valores. Preparados A MWM International está expandindo a linha de produção dos motores MaxxForce 4.8H e 7.2H, em São Paulo, SP, com investimentos de US$ 76 milhões. A ampliação está ligada à aquisição de linhas de usinagem de blocos, cabeçotes e implantação de alta tecnologia para atender à demanda dos motores P7. A capacidade atual dessa linha é de 40 mil unidades e saltará para 64 mil motores/ano após a conclusão do projeto. Com relação às exportações, a companhia estima crescimento de 17% em 2011. Em 2010, foram remetidos ao exterior 30 mil propulsores, e para este ano a expectativa é de 35 mil unidades. 100% VW A EcoUrbis, uma das responsáveis pela coleta de lixo da cidade de São Paulo, incorporou mais 111 caminhões Volkswagen a sua frota. São 109 unidades do modelo Worker VW 17.250 E Compactor e mais duas do modelo Delivery VW 9.150 devidamente preparadas para coleta e compactação do lixo. Este último, de menor porte, circulará por áreas de difícil acesso. Com essa aquisição, a EcoUrbis passa a ter uma frota 100% VW na coleta de lixo urbano. Catraca dupla Em junho, a capital paulista iniciou testes com ônibus equipados com duas catracas. Em princípio, serão dezenove unidades rodando nas zonas sul, leste e norte. A SPTrans, administradora do transporte da cidade, estima diminuir em 45% o tempo de embarque nos pontos com maior fluxo de pessoas. Caso a proposta seja aprovada, a novidade deve ser colocada em corredores e regiões bastante movimentadas. AGOSTO DE 2011 VIA ACAV 17 notas 66,7 milhões De acordo com pesquisa divulgada pela ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, cerca de 66,7 milhões de passageiros usaram ônibus interestaduais para viajar pelo Brasil no ano passado. Os paulistas foram os que mais se beneficiaram com o serviço: 14 milhões de passageiros, e o maior fluxo de viajantes ocorre entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. Executivo Miguel Jorge, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, aceitou o convite de Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, e agora é vice-presidente do Conselho Consultivo da companhia. Jorge passa a integrar o conselho do qual já faz parte Hermann Wever, ex-presidente da Siemens do Brasil, além dos membros do Board Executivo do Grupo MAN, sediados na Alemanha. Ministro até o fim do ano passado, Miguel Jorge foi vice-presidente de Assuntos Corporativos e Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil de 1989 a 1999, quando assumiu a vice-presidência de Recursos Humanos, Assuntos Corporativos e Jurídicos do Grupo Santander Brasil. Em março de 2007 foi convidado pelo ex-presidente da República a assumir o ministério. Embreagem A Eaton, fabricante de transmissões automotivas, fortalece sua linha de produtos com o lançamento de novas embreagens para caminhões e ônibus a partir de 7 toneladas. Segundo Carlos Roberto Dourado, gerente de aftermarket da Eaton, os novos discos são equipados com sistema interno de pré-amortecimento que reduz o ruído da marcha lenta e aumenta a vida útil dos componentes da caixa de câmbio. A novidade pode ser encontrada nos tamanhos 280 mm, 330 mm e 362 mm. Ranking mundial A Jato Dynamics do Brasil revelou os dados de veículos vendidos mundialmente no mês de maio 2011. Os EUA mantiveram a liderança, apesar da queda de 3,7% nas vendas, enquanto a China, na segunda colocação, obteve elevação de 1%. Em terceiro e quarto lugares seguem a Alemanha e o Brasil, com crescimento de 22,8% e 27,5%, respectivamente. Os dados são referentes a veículos de passeio e comerciais leves, exceto a China, apenas com carros. 145 A Luft Agro comprou 145 caminhões da marca Volkswagen. São 106 unidades do modelo Constellation VW 24.250 6x2 equipado com cabine leito e 39 unidades do Constellation VW 15.180 com cabine estendida. Equipados com baú de alumínio, os veículos farão o transporte de fungicidas, inseticidas e herbicidas por todo o Brasil. 18 VIA ACAV AGOSTO DE 2011