PPP 2010 - COLÉGIO ESTADUAL SANTA FELICIDADE
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PPP 2010 - COLÉGIO ESTADUAL SANTA FELICIDADE
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CURITIBA COLÉGIO ESTADUAL SANTA FELICIDADE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CURITIBA 2010 1 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO................................................................................................03 2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO..............................................................................03 2.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO..........................................................04 2.2 ESPAÇO FÍSICO............................................................................................05 2.3 QUADRO DAS TURMAS................................................................................06 2.4 QUADRO DOS PROFESSORES...................................................................07 2.5 QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS...................................................................08 2.6 MATRIZ CURRICULAR..................................................................................10 3. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.......................................10 4. MARCO SITUCACIONAL......................................................................................11 4.1 DAS MATRÍCULAS, RETENÇÃO E EVASÃO..............................................12 4.2 DADOS RELATIVOS A SITUAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA..........................13 4.3 SOBRE A (DES)CONTINUIDADE: A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO..............................................................................................14 5. MARCO CONCEITUAL.........................................................................................15 5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE..................................................................16 5.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM..........................................................................16 5.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO...................................................................17 5.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA.........................................................................17 5.5 CONCEPÇÃO DO CONHECIMENTO.........................................................18 5.6 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM...........................................18 5.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...................................................................19 5.8 CONCEPÇÃO DE CIDADÃO.......................................................................19 5.9 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA....................................................................20 5.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA....................................................................20 5.11 CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA...........................................20 5.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO................................................................21 5.13 RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO.............................................................22 5.14 EDUCAÇÃO INCLUSIVA...........................................................................23 5.15 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS................................24 5.15.1 HISTÓRIA E CULTURA BRASILEIRA AFRO-INDÍGENA......................24 5.15.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL.......................................................................25 5.15.3 SEXUALIDADE........................................................................................25 2 6. MARCO OPERACIONAL......................................................................................26 7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO......................................28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................29 ANEXOS....................................................................................................................31 APÊNDICES..............................................................................................................41 3 1. APRESENTAÇÃO O Projeto Pedagógico do Colégio Estadual Santa Felicidade - Ensino Fundamental e Médio é o resultado da reflexão e discussão crítica dos professores, funcionários, pais e alunos sobre as questões escolares, fornecendo diretrizes básicas e ações que irão garantir a unidade, continuidade e o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico a que se propõe, de forma a conduzir o processo educacional como um todo. Este projeto tem como objetivo alicerçar o trabalho pedagógico e administrativo junto aos professores, funcionários, pais e alunos da escola, baseando-se no desenvolvimento de uma ação conjunta, tendo como ponto de referência teórico-prático a concepção e a dialética numa perspectiva da pedagogia histórico-crítica, contribuindo na formação humana do cidadão crítico, ético e capaz de agir e interagir em seu meio, transformando o ambiente em que vive. A sua dimensão legal segue as orientações contidas na Constituição Federal de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069/90, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96, Diretrizes Curriculares Estaduais, Deliberações Estaduais e demais documentos emitidos pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED). Utilizou-se das discussões do colegiado que foram coletadas ao longo dos anos de 2005/2009, a comunidade escolar pôde desenvolver e intervir neste projeto que visa ser um instrumento que represente a realidade escolar, historicamente construído e que expresse o compromisso com a prática pedagógica deste Estabelecimento de Ensino, atrelando estes dados com a produção, sistematização e socialização do saber científico que possibilitará realizar intervenções no decorrer do ano letivo. 2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Identificação: Colégio Estadual Santa Felicidade – Ensino Fundamental Endereço: Rua Bortolo Paulin, 227 Bairro de Santa Felicidade. CEP - 82320-120 Zona de Abrangência: Bairro de Santa Felicidade e imediações Modalidade de ensino: Ensino Fundamental de 5.ª a 8.ª séries e Ensino Médio. 4 2.1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO Seguindo as metas do Programa de Expansão e Melhoria de Ensino, aos trinta dias do mês de Março de um mil novecentos e setenta e sete (1977), foi inaugurada a Escola Estadual Santa Felicidade - Ensino de Primeiro Grau, no governo do Exmo. Sr. Jayme Canet Junior, como resultado da colaboração entre o Ministério da Educação e Cultura, Governo do Estado do Paraná e Prefeitura Municipal de Curitiba, sendo utilizado para a sua realização, um empréstimo da Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional administrado pela Fundepar, passando a integrar o Complexo João Mazzarotto de Santa Felicidade. Teve autorização para seu funcionamento através do decreto nº 4646 de quatorze de fevereiro de mil novecentos e setenta e oito (14/02/1978) e seu reconhecimento pela resolução nº 742/82 de quinze de março de mil novecentos e oitenta e dois (15/03/1982). Sua fundação deveu-se à necessidade de um maior número de salas de aula para atender a demanda escolar de primeira e quarta série no Colégio Estadual Francisco Zardo – Ensino Fundamental e Médio, onde funcionavam, na época, três turnos. Levando-se em consideração esta necessidade, a construção de um novo prédio que funcionasse nas proximidades daquele, as peculiaridades do bairro, o interesse em que a nova unidade de ensino fosse administrada por pessoal experiente, o entendimento ocorrido entre a Coordenação Estadual do PREMEM, o diretor geral da SEEC, o Departamento de Ensino de Primeiro Grau (fundamental) e a Direção do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, resolveu-se transferir gradualmente as turmas de quinta a oitavas séries, período diurno e noturno do Colégio Estadual Francisco Zardo, para esta nova unidade escolar. Tendo na sua construção a participação do PREMEM, tornou-se uma Unidade Pólo, fazendo parte do seu currículo as disciplinas técnicas com o objetivo de desenvolver o lado profissionalizante do educando. Apesar da extinção como Unidade Pólo, após um ano da sua fundação, as características de suas disciplinas profissionalizantes permaneceram por existirem na Escola, condições favoráveis tanto físicas como materiais e humanas para tal. A Escola fez parte do Complexo João Mazzarotto, de um mil novecentos e oitenta e três a um mil novecentos e oitenta e seis (1983 a 1986). 5 Teve como primeiro diretor interino o professor Miguel Kosienski, sendo sucedido pelos professores, Marcelo Knaut, Osmir Kmeteuk, Maria Ignez Barth e novamente o professor Osmir Kmeteuk. O atual diretora é o professor Jovandir Tessaro. Desde a sua fundação, a Escola contou com benfeitorias, como a cobertura da arena e readaptação de salas para atividades especiais no ano de mil novecentos e noventa e dois (1992). A construção de três quadras de esporte ocorreu no período entre um mil novecentos e oitenta e quatro (1984) e um mil novecentos e oitenta e sete (1987) bem como a construção do ginásio de esportes. Ocorreram também modificações no seu currículo a partir de dezembro de um mil novecentos e noventa e seis (1996), onde a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Valorização do Magistério Lei Federal 9394/96, extinguiu o ensino profissionalizante no ensino de primeiro e segundo graus. Atualmente a Escola conta com a participação da APMF, tem uma participação marcante e significativa dos alunos no desenvolvimento de projetos que visam formar um indivíduo crítico e múltiplo, resultado de um currículo que privilegia a aquisição de conteúdos que permitem um enfrentamento de contínuas mudanças. Esta inovação é introduzida pelos próprios professores, que conscientes da necessidade da mesma, passam a pensar numa escola diferente, voltada para a ação, para a vida real futura. A Escola Estadual Santa Felicidade – Ensino Fundamental, localiza-se no bairro de Santa Felicidade, que é fundamentalmente residencial. Foi colonizado por imigrantes italianos, possuindo um nível sócio-econômico relativamente elevado. Caracteriza-se por padrões morais e disciplinares rígidos se comparado ao de outros bairros. Tem como principais atividades econômicas o comércio, o artesanato, fábricas de móveis (vime e madeira) e restaurantes. 2.2 ESPAÇO FÍSICO 12 (doze) salas de aula 01 (uma) sala de vídeo 01 (uma) sala de material de limpeza 01 (uma) sala para inspetora de alunos 01 (uma) sala ambiente de inglês 6 01 (uma) sala ambiente de Artes 01 (uma) sala leitura 01 (uma) sala de apoio 01 (uma) cozinha (merenda) 02 (dois) laboratórios 01 (um) refeitório 01 (uma) biblioteca 01 (uma) secretaria 01 (uma) sala de arquivos 01 (uma) sala de reunião 01 (uma) sala dos professores 01 (uma) sala de informática 01 (uma) sala de mapas 01 (uma) sala de direção 02 (duas) salas de equipe pedagógica 02 (dois) banheiros (professores/funcionários) masc/fem 01 (uma) cantina comercial 02 (dois) banheiros (masculino - feminino) 01 (um) almoxarifado 01 (uma) oficina de consertos 01 (uma) sala de educação física 01 (um) banheiro feminino / alunas 01 (um) banheiro masculino/ alunos 01 (um) vestiário feminino 01 (um) vestiário masculino 01 (um) pátio coberto 03 (três) quadras para voleibol 01 (uma) quadra para futebol 01 (uma) quadra coberta 2.3 QUADRO DAS TURMAS O Colégio Estadual Santa Felicidade oferta Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries nos turnos manhã e tarde e Ensino Médio (manhã e noite) com salas de 7 apoio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática sendo seu quadro de turmas em 2010 assim distribuído: Quadro do Número de turmas por série Série 5ª 6ª 7ª 8ª 1º EM 2º EM 3º EM Total Nº de Turmas 5 5 5 5 4 2 2 28 As turmas possuem entre 35 e 40 alunos em média. A divisão das turmas por turno está assim distribuída: Manhã Tarde 5ª A, 5ª B, 5ª C, 5ª D, 5ª E 6ª C, 6ª D, 6ª E 7ª D, 7ª E 8ª E 6ª A, 6ª B 7ª A, 7ª B, 7ª C 8ª A, 8ª B, 8ª C, 8ª D 1º A, 1º B 2º A 3º A Total do Turno: 13 Total turmas do turno: Noite 1º C, 1º D 2º B 3º B 11 Total do turno: turmas 04 turmas 2.4 QUADRO DOS PROFESSORES – Total de Servidores em Regência: 49 NOME ALECSANDRA JAREK BARBOSA (AFASTADA) ALEXANDRE FERREIRA DOS SANTOS (SUBST) ALINE GARUS SAINT CLAIR COLIMO ANGELITA DO ROCIO SCARPIRU ARIEL GOLIN CLAUDINEI COLODEL (AFASTADO) DELNICE TAVARES NEVES DIRLEI STIVAL BARBOSA DJALMA DE BARROS (AFASTADO) EDER LUIZ PRADO SCHULTZ EDINA SANTANA CH 16 32 8 8 25 16 16 16 16 23 34 HABILITAÇÃO LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA 8 EVANDRO ESPANHOL FAUSTINA SILVA DA ROCHA BERNARDES GUILHERME ALBRECHT BASTOS JANE MARI DURIGAN - LICENÇA JEAN MICHEL DOS SANTOS KNAUBER JEFERSON MARCELO THOALDO JOAQUIM APARECIDO VIOLIN JOINA CONCEIÇÃO M. DE ALMEIDA (LICENÇA) JOSELE CRISTINA TOMAZI DA SILDA KASSIANO FRANCISCO WISN DE ALMEIDA KELLY DE OLIVEIRA DOS SANTOS LUANA FONSECA DUARTE (SUBSTIT) LÚCIA VALE DA ROCHA LUCIANE SILVA FERNANDES LUIS GABRIEL MALUF DA SILVA MÁRCIA CRISTINA STIVAL MARIA ASUNCION TWERZNIK GUIMARÃES MARIA SALETE DE OLIVEIRA LIDORIO MARIO CANISIO STEFFENS (SUBSTIT) MARLENE MARIA COMAR NEVES MERCI VANDER BROOCK ALVES MICHELI MARIA HARMATIUK NICOLY COSTA REGINA MARIA SANTOS SCUCATO - LICEN 1P RENATO DE SOUZA RICHARD SALDANHA DA SILVA ROBERTA FERREIRA CARON KRUGER ROBSON TOLOCZKO COUTINHO ROSA CRISTINA TOMAZI DE LARA ROSANE MARIA PINHO DEMORAES BEZRUSKA ROSÂNGELA CANISSO ROSEMARY GOMES WELLNER SILVIA MARA AKIKO MIYAZAKI – LICEN 1P SONIA MARA ANDRIOLI SILVA OGG – LICEN 1P TÂNIA BARCALA DUTRA TATIANE MARIA SANT'ANA KLAINE VANDERLEI LUIS CAVALI - LICENÇA VANIL BARBARINE VERGINIA TEREZINHA DO ROCIO MATTOS VIVIANI SCORSIN 8 24 4 15 16 11 16 16 24 6 6 12 15 21 20 32 15 12 16 13 6 20 7 34 16 20 32 18 16 6 16 16 32 22 20 12 16 11 16 18 LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. C LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA LICENC. PLENA LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO LICENC. PLENA PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO 2.5 QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS: GERAL Quadro do número de Servidores em Funções de Apoio Técnico- Pedagógico NOME ALCENIRA CORDEIRO DE OLIV (AFAST) ALZIRA ZUBER VALENTE CH FUNÇÃO 40 40 AUX. DE SERVIÇOS GERAIS AUX. DE SERVIÇOS GERAIS 9 ANTONIO DA LUZ CARDOSO CHRISTIANE MARA ALVES DIOCELI BERTAPELI COLODEL DJALMA DE BARROS ENEIDA ZILDA HAMESTER FILOMENA TRIGO DE CASTRO JIU LA PASTINA MODESTO JOVANDIR TESSARO LUCIANE REINERT MARCIA CRISTINA DOS SANTOS MARIA APAREC DA SILVA DE SOUZA MARIA APARECIDA INACIO MARIA CENIRA RIBAS MARIO CHEVONIK MARTHA TRAVINSKI MAYCON JOSE MADEIRA RAFAELA SMANIOTO SOMBRIO RENATA CRISTINA TRISTAO RICHARD SALDANHA DA SILVA ROSEMARY DE ANDRADE ROSILENE VIEIRA ZUBER RUTE DOMINGUES MACENO (AFAST) SILVANA MARA RIBEIRO MARQUETTI SIMONE DA SILVA MACHADO SOELI FELIX GODOI VILMA DA LUZ CASTRO MEDEIROS TOTAL 40 40 20 20 40 40 40 40 20 40 40 40 40 40 40 40 40 40 20 40 40 40 20 20 40 20 AGENTE EDUCACIONAL I AUX. DE SERVIÇOS GERAIS PEDAGOGA PROFº READAPTADO AGENTE EDUCACIONAL I AGENTE EDUCACIONAL I SECRETÁRIO DIRETOR PEDAGOGA AUX. DE SERVIÇOS GERAIS AUX. DE SERVIÇOS GERAIS AUX. DE SERVIÇOS GERAIS AGENTE EDUCACIONAL II AUX. DE SERVIÇOS GERAIS AGENTE EDUCACIONAL II AGENTE EDUCACIONAL II AGENTE EDUCACIONAL II PEDAGOGA VICE-DIRETOR AUX. DE SERVIÇOS GERAIS AUX. DE SERVIÇOS GERAIS AUX. DE SERVIÇOS GERAIS PEDAGOGA PEDAGOGA AUX. DE SERVIÇOS GERAIS PEDAGOGA 28 10 2.6 MATRIZ CURRICULAR Quadro da Matriz Curricular – Implantação em 2006 MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR 5ª A 8ª SÉRIE TURNO: manhã, tarde e noite - Módulo: 40 semanas – Implantação: 2006 Base Disciplinas 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série Língua Portuguesa 4 4 4 4 Artes 2 2 2 2 Educação Física 3 3 3 2 Matemática 4 4 4 4 Ciências 3 3 3 4 História 3 3 3 4 Geografia 3 3 4 3 Ensino Religioso* 1 1 0 0 Sub-total 22 22 23 23 Parte L. E. 2 2 2 2 Diversificada Sub-total 2 2 2 2 Total Geral 24 24 25 25 • Oferta Obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas. Nacional Comum MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO POR BLOCOS TURNO: manhã e noite - Módulo: 40 semanas – Implantação: 2008 Disciplinas 1ª série 2ª série 3ª série Base Bl1 Bl2 Bl1 Bl2 Bl1 Bl2 Nacional Língua Portuguesa 6 6 6 Comum Arte 4 4 4 Educação Física 4 4 4 Matemática 6 6 6 Biologia 4 4 4 História 4 4 4 Geografia 4 4 4 Química 4 4 4 Física 4 4 4 Filosofia 3 3 3 Sociologia 3 3 3 Sub-total 21 25 21 25 21 25 Parte L. E. M. - Ingles 4 4 4 Diversificada Sub-total 4 4 4 Total Geral 25 25 25 3. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Organizar os saberes necessários à emancipação social, política, cultural e econômica dos alunos do Colégio Estadual Santa Felicidade – Ensino Fundamental; 11 Fornecer elementos necessários ao desempenho da função dos Docentes, Funcionários, Equipe Pedagógica e Gestores do Colégio Estadual Santa Felicidade; Traçar e analisar o perfil da Instituição Escolar do ponto de vista educativo, social, cultural, econômico e político a partir de dados quantitativos e qualitativos levantados durante o ano letivo; Avaliar o processo de ensino aprendizagem constantemente, entendendo que questões a ela pertinentes devem ser trabalhadas no coletivo da comunidade escolar. 4. MARCO SITUACIONAL O Marco Situacional tem como objetivo principal, relatar a situação atual da Escola a fim de traçar as metas de ação a serem definidas no Marco Situacional. A partir de dados coletados junto a comunidade escolar pode-se compreender a situação da Escola e os problemas pertinentes a esta realidade e o porquê de sua existência. Define-se aqui como principais problemas, segundo dados coletados no coletivo de professores, alunos e funcionários da escola, questões relativas à indisciplina dos alunos, a falta de recursos na escola, falta de funcionários, falta de professores de apoio, falta de integração da comunidade (pais e demais segmentos) e por fim, falta de compromisso com o trabalho efetivo da escola, neste último referindo-se, a um comprometimento não só de todos os membros da comunidade escolar, mas também em todas as instâncias do processo educativo: Governo Federal, Estadual e Municipal, ou seja, Políticas Públicas Educacionais que garantam condições de um trabalho efetivo e de qualidade aos filhos da classe trabalhadora. Para que se possa efetivar um perfil situacional de como a Escola se encontra, seus problemas, suas conquistas e seus anseios, precisamos antes verificar alguns dados, dentre eles: quantos somos, quem somos, o que fazemos, onde estamos, etc. A partir de dados coletados no sistema disponibilizado no site da SEED – Dia-a-dia Educação (2004) e outros colhidos na própria Escola, pode-se situar alguns pontos relevantes ao desenvolvimento do trabalho pedagógico. São considerados como dados importantes: matrículas, evasão e repetência, situação 12 econômica, religião, moradia e participação familiar, bem como, problemas levantados para melhorias do trabalho a ser realizado não só pela gestão escolar, eleita que representa a comunidade escolar para exercício 2008/2009 como demais funcionários, docentes e toda a comunidade pertencente à escola. 4.1 DAS MATRÍCULAS, RETENÇÃO E EVASÃO Quadro de Alunos Matriculados – Ano 2010 Totais de Turmas e Matrículas – Ano 2010 Curso ENS. FUNDAMENTAL REGULA 5/8 SÉRIE ENSINO MÉDIO Série Turno Total de Turmas Total de Matrículas 5ª 6ª 6ª 7ª 7ª 8ª 8ª 1º 1º 2º 2º 3º 3º Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Noite Manhã Noite Manhã Noite 5 2 3 3 2 4 1 2 2 1 1 1 1 145 58 91 99 64 129 32 70 49 29 37 22 17 Durante o ano letivo de 2009 os professores apontaram algumas questões que demonstram as dificuldades apresentadas pelos alunos no acompanhamento do trabalho proposto. São Exemplos: 1. Diversidade de escolas de origem dos alunos que aqui chegam para frequentar a quinta série. Esta diversidade reflete-se na metodologia e condições de aprendizado diferenciadas que levam à necessidade de um período de adaptação ao cotidiano escolar (com horários fixos para diferentes disciplinas, ministradas por diferentes professores que registrarão as avaliações através de notas). 2. Alunos que estão em idade diferente da recomendada para a série, onde seus interesses e necessidades divergem daqueles apresentados pela maioria de seus colegas de turma. 3. Alunos com dificuldades de relacionamento e/ou aprendizagem, que deveriam ter apoio terapêutico especializado e não o tem. 13 4. Alunos indisciplinados, violentos e sem estrutura familiar adequada. Estas condições normalmente trazem conseqüências na participação e aproveitamento do aluno em sala de aula. 5. No início de cada ano letivo, são realizadas avaliações diagnósticas com os alunos das turmas de quinta série, onde têm sido constatadas as dificuldades em realizar cálculos em situações problemas, leitura, produção de textos e interpretação. Estas dificuldades geram a necessidade de reorganização do plano do trabalho docente em turmas de apoio para que seja possível solucionar, ou pelo menos, amenizar estas defasagens. Mesmo assim, existem casos de repetência e evasão em todas as séries. Diante deste quadro, há que se ter um enfrentamento, tendo em vista a necessidade de criar condições de aprendizagem. Isso exige do coletivo da Escola e principalmente dos professores a compreensão de que o ponto de partida para todo o processo de ensino e aprendizagem é a realidade do aluno. É preciso fazer com que os alunos aprendam que o conhecimento é uma produção humana que resulta do trabalho da coletividade e é historicamente construído e pode ser revisto, enriquecido, questionado e transformado. 4.2 DADOS RELATIVOS A SITUAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA Constatou-se na pesquisa quantitativa que a situação sócio econômica dos alunos que frequentam a Escola revela renda familiar entre 3 e 5 salários mínimos, cerca de 70% moram em casas/apartamentos próprios ou financiados e outros 30% em imóveis alugados. Cerca de 90% possuem acesso a bens como: tv, vídeo e eletrodomésticos de primeira necessidade (geladeira, fogão, etc.). Outros 10% possuem DVD, computador e demais utensílios. Com relação à questão de cunho religioso, a maioria é cristã, cerca de 97%, dividindo-se entre católicos e evangélicos. Uma pequena população diz ser espírita, testemunha de Jeová e mórmons. Com relação ao acesso à cultura e informação como livros, bibliotecas, teatro, cinema e Internet existe uma parte da população que gosta de ler, mas são poucos, frequentam Shopping mas nem todos vão ao cinema e ao teatro, a maioria só quando este, vêm à Escola. A proliferação de casas de LAN HOUSE faz com que o acesso à informação através da Internet seja facilitado, mas a maioria dos alunos o fazem para bate papo, orkut e jogos. Para pesquisa, só as escolares e muitos apenas copiam e fazem colagens mal feitas sem ter lido sobre o assunto. 14 Com relação ao transporte, muitos alunos vêm à escola a pé, pois moram próximo, outros utilizam o transporte escolar, ônibus e uma pequena parte vem de carro com os pais. Quanto ao lazer, alunos e pais costumam viajar e passear juntos, sempre nas férias e em lugares próximos. Poucos viajam a outros estados. A comunidade pertencente a esta Escola é em sua maioria economicamente ativa. As crianças se envolvem cedo nos trabalhos de casa, não ostentam riqueza, são bem alimentadas. Alguns casos, no entanto, possuem necessidades básicas, encontramos alunos órfãos, abandonados pelos pais e criados pelos avós, outros onde apenas a mãe é provedora da casa, tendo que trabalhar fora e assim os filhos maiores acabam por cuidar dos menores, gerando problemas nas questões relativas as tarefas escolares, mães sobrecarregadas, sem tempo disponível para orientar e ajudar seus filhos. Esse fato, oriundo dos problemas sociais e econômicos, preocupam a Escola, pois são alunos que necessitam de atenção essencial. Para que a Escola possa atender à diversidade social, econômica e cultural existente é imprescindível assegurar o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos, contando com o apoio de alguns segmentos de atendimento social. 4.3 A (DES)CONTINUIDADE: A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO Um dos problemas levantados pela gestão da escola junto aos professores e funcionários é relativo a descontinuidade do trabalho pedagógico devido às mudanças constantes no quadro funcional da equipe pedagógica e dos docentes. Isto gera problemas na interrupção dos trabalhos devido à falta de conhecimento do Estabelecimento de Ensino, da sua realidade, havendo sempre a necessidade de um tempo de adaptação a fim de conhecer a comunidade como um todo. Segundo o atual governo estadual, durante os últimos anos estes problemas têm sido frequentes e com novos concursos públicos a fim de diminuir tal situação. O que se sugere é que sejam levadas em conta a importância da continuidade nos trabalhos realizados, como projetos e ações junto a comunidade 15 escolar. A Equipe pedagógica deve estar comprometida com a escola e não com a direção, pois assim executam um trabalho de qualidade independente de quem seja o novo gestor. Os professores devem estar comprometidos com os alunos, com a educação e trabalhar em consonância com seus colegas e demais profissionais. Se todos estiverem comprometidos com o processo educativo como um todo a Escola caminhará bem e terá como resultado uma ação de qualidade. Assim, para desenvolver um trabalho educacional que atenda às expectativas de todos os segmentos necessita a concretização permanente do Projeto Político Pedagógico e bem como sua realimentação pelo colegiado da instituição. 5. MARCO CONCEITUAL De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, número 9394, de 20 de dezembro de 1996, no seu título II – Dos Princípios e Fins da Educação Nacional: “Art. 2o A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância; V- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII- valorização do profissional da educação escolar; VIII- gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX- garantia de padrão de qualidade; X- valorização da experiência extra-escolar; XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”. 16 5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a natureza do trabalho educativo, os docentes aparecem sem iniciativa, “arredados ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos que tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas”(Péres Gómes, 1998). E para que isso não aconteça se faz necessário que os docentes entendam em que tipo de sociedade estão inseridos. Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a própria base econômica. A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de 20 agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica. Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mais sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente. 5.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro ”... é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais, transcende-se e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva”. Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O 17 homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade. 5.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO Segundo Pinto (1994) a educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem. É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo constitutivo do ser humano. É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de transformação futura. É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem. É libertadora porque, segundo Boff (2000, p.77), se faz necessário desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado. Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir-se e transformar a realidade. 5.4 CONCEPÇÃO DE ESCOLA A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social. A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e explicita o papel do sujeito construtor / transformador dessa mesma realidade. A escola deve ser valorizada como espaço social responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de 18 compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a transformação desta realidade. A escola precisa tornar-se um espaço de criação e de crítica cultural. É preciso que o(a) aluno(a) possa participar de festas, peças de teatro, jogos, danças, redação de contos, poesias, elaboração de músicas, etc. O desafio que se coloca no Projeto Político Pedagógico da escola é o de propiciar uma educação de qualidade para todos. 5.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO Conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as relações entre o homem e a natureza. Dessa forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho. O conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento. O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando portanto a forma de interferir na realidade. Conforme Veiga (1995, p.27): “O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo portanto, o objeto de trabalho do professor. O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social, gerando mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade. 5.6 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM A ciência está no cotidiano do aluno de qualquer idade, criança ou adulto. De qualquer classe social, pois está na cultura, na tecnologia e nos modos de pensar da sociedade de nossos dias. Toda criança detém, então, um 19 conhecimento que está contido na teoria científica e que deve ser necessariamente articulado com o conceito científico que se lhe pretende ensinar. Este conhecimento é um conhecimento fragmentado e o aluno deverá ser levado, pela ação do professor, a superar essa visão fragmentada para chegar à compreensão do conhecimento formal. O ponto de partida é este saber que o aluno constrói em seu cotidiano através da observação e das informações diversas. A criança lança hipóteses sobre o fato ou fenômeno e são estas hipóteses que deverão ser transformadas em conhecimento formal através da ação pedagógica. 5.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO Avaliar é investigar para intervir. O professor pode-se utilizar de vários instrumentos, desde que eles sejam bem elaborados e adequados às suas finalidades. A avaliação deve ter um enfoque diagnóstico, ser contínua e processual, além de possuir registro dos conhecimentos aprendidos e dos avanços apresentados. Se a avaliação for bem planejada e elaborada, ela nos dará verdadeiros dados da aprendizagem dos educandos, o que garantirá, por sua vez, um juízo qualitativo correto sobre a aprendizagem, buscando a reorganização de conteúdos necessários para que os educandos aprendam e se apropriem do conhecimento. É importante que os Educadores tenham claro o que desejam com suas atividades, ou seja, um plano de ação docente que organize o trabalho pedagógico. Usar a avaliação como recurso de diagnóstico da aprendizagem dos nossos educandos, de modo a orientar nossas intervenções para a melhoria dos resultados desejados. 5.8 CONCEPÇÃO DE CIDADÃO Pessoas capazes de refletir criticamente diante das situações postas na contemporaneidade. 20 5.9 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA Cidadania é a construção de outra base social, pautada no diálogo e na participação. De acordo com Boff (2000. P.51) “Cidadania é um processo históricosocial que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”. A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. 5.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA A cultura é resultado de toda a produção humana e, segundo Saviani, “para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura”(1992, p. 19). Na escola, em sua prática, há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente na sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levar os alunos à produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994, p. 189). Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, cabe à escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e democrático. 5.11 CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA Para que a escola se faça realmente pública, se considera imprescindível a criação de mecanismos que a tornem democrática. Por esse caminho, pais, alunos, professores e Direção poderão deliberar em conjunto como 21 deve ser a escola de hoje, para assim atender as reais necessidades de seus educandos. Dessa forma o ensino poderá se tornar de fato o que dever ser: um instrumento para a construção da cidadania. Tomando a gestão democrática como ponto de partida para uma mudança qualitativa do ensino público é preciso pensar em uma reorganização da estrutura escolar, em que a escola realiza o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de ações escolares de forma participativa, organizada e permanente, envolvendo professores, funcionários, pais e alunos, e também ações em parceria com a comunidade, outras escolares e instituições. A Gestão Democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira, exigindo uma ruptura histórica na prática administrativa da escola e a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Visa romper com a separação entre concepção e execução, entre pensar e o fazer, entre teoria e prática, buscando resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores. 5.12 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar, é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive, a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los. Portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar. O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que deve se adequar à faixa etária e aos interesses dos alunos. Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos: 1º O currículo passa ideologia, e a escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios. A determinação do conhecimento escolar, portanto, implica uma análise interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular. O currículo expressa uma cultura. 22 2º O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado. 3º O currículo é integração: a escola deve buscar novas formas de organização curricular, em que o conhecimento escolar (conteúdo) estabeleça uma relação aberta e inter-relacione-se em torno de uma ideia integradora. 4º Controle social – currículo formal (conteúdos curriculares, metodologia e recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica) implica controle. Por outro lado o controle social é instrumentalizado pelo currículo oculto, entendido este como as “mensagens transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente escolar” (Cornbleth 1992, p. 56). Concebe-se currículo como uma produção social, construído por pessoas que vivem em determinados contextos históricos e sociais, vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas, atendendo às diretrizes e à legislação vigente. Essa produção deve se dar coletivamente num fazer e pensar articulado que, como dizem Estebam e Zaccur (2002, p. 23) “... é preciso enfatizar o aspecto coletivo de todo este processo. O objetivo central é que o professor seja competente para agir criticamente em seu cotidiano. Tal competência se constrói num processo coletivo, no qual tanto o crescimento individual quanto o coletivo, é resultante da troca e da reflexão sobre as experiências e conhecimentos acumulados por todos e por cada um”. Para esta compreensão pedagógica cabe à escola dosar e sequenciar o saber sistematizado, o conhecimento científico, tendo em vista o processo de sua transmissão-assimilação. A tarefa que se impõe é organizar o saber escolar, ou seja, tomar como elemento norteador das atividades da escola a socialização do conhecimento sistematizado. O currículo deve ser entendido como uma atividade do cotidiano dos professores, sendo uma tarefa prioritária, um pacto para a construção legítima das diretrizes curriculares que servirão de referência para a formação dos nossos alunos. 5.13 RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO Professor e aluno são sujeitos ativos do processo de ensinoaprendizagem, ambos concretos (sócio-históricos), situados numa classe social. O Professor, como autoridade competente, direciona o processo pedagógico; interfere 23 e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento, enquanto especificidade da relação pedagógica. O Aluno, como sujeito concreto, apropria-se do processo de ensinoaprendizagem, estabelecendo relações dos saberes acumulados com os conteúdos trabalhados. Professor e aluno devem criar um vínculo afetivo, estabelecendo confiança mútua, criando possibilidades de atuação no processo de transformação da realidade. A ação pedagógica implica, portanto, numa relação especial em que o conhecimento é construído. Para tanto, exige do adulto uma ação adequada às possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem de seus educandos 5.14 EDUCAÇÃO INCLUSIVA Os mesmos conteúdos previstos para o “continuum” das séries iniciais do Ensino fundamental são trabalhados com os alunos da Classe Especial, sendo diferenciada a forma de desenvolvimento do trabalho, respeitando-se seu encaminhamento metodológico e o ritmo individual de cada aluno. Na escola, as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade nos leva a refletir sobre a educação inclusiva, isto é, uma educação de qualidade para todos, eliminando rótulos e preconceitos, mas não esquecendo que os portadores de deficiências mentais precisam de atendimento educacional diferenciado, ministrado por professor especializado, para que possam desenvolver todas as suas potencialidades. É certo que nem todos os alunos com deficiência tem condições de integrar-se em classes comuns, muitos necessitam do atendimento em classe especial, que se constitui numa das formas de integração no ensino, visto que será oportunizada a inclusão através de atividades de artes, educação física, recreios, atividades extra-classe, bem como nas comemorações cívico-festivas. Enfim, convém lembrar que os direitos das pessoas portadoras de deficiência são os mesmos de todas as outras. No entanto, entende-se que as escolas devem estar preparadas na sua estrutura física, adotando medidas especiais, como garantir uma rede de apoio contando com equipamentos, instalações, materiais e, principalmente contar com o pronto atendimento da mantenedora através dos diferentes setores, de profissionais especializados nas 24 diferentes áreas que se fizerem necessárias para receber tais alunos, devendo, entretanto, acontecer nesta ordem, evitando-se improvisações. Existe a convicção de que não se pode aceitar que, em virtude de decretos, economias e enxugamento, os alunos portadores de necessidades especiais sejam onerados, não tendo a oportunidade de contar, em tempo integral, com professores habilitados para oportunizar o desenvolvimento de suas potencialidades e possibilidades de aprendizagem. “Se não buscarmos o impossível, acabamos por não realizar o possível” (Leonardo Boff) 5.15 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS O trabalho com a diversidade na escola, prioriza o estudo e o envolvimento de toda a Equipe Escolar: Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários, visando cumprir a sua função social, contextualizando os temas propostos com a organização curricular da escola. Nesse sentido, cabe à escola a apropriação, transmissão e socialização dos saberes culturais buscando a transformação da realidade concreta. 5.15.1 História e cultura afro-brasileira e indígena À escola está sendo atribuída a responsabilidade de acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os continuados atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o estorno sócio-cultural da escola, da comunidade onde esta se encontra e a que serve, compromisso com a formação dos cidadãos atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étnico-raciais de que participam e ajudam a manter e/ou reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competência que lhes permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação. Cabe a este Estabelecimento de Ensino cumprir o que se refere nas leis 10.639/03 e 11.645/08, incluindo no seu planejamento o estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena, através do envolvimento da sua Equipe Multidisciplinar, 25 envolvendo a Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários, para orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à este tema, ao longo do período letivo. No que se refere ao calendário escolar, estabelecer o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, sendo esta data ponto culminante das atividades desenvolvidas pela escola durante todo o ano letivo. 5.15.2 Educação ambiental Sabe-se que todas as formas de vida integram um complexo sistema interagindo com os componentes físicos como a água, o ar, o solo, a luz e o calor do sol. O ser humano, assim como as demais espécies, é diferente destas relações porém, diferencia-se dos outros seres vivos pela sua capacidade de transformar o meio para suprir suas necessidades. O aumento populacional, o desenvolvimento tecnológico e o consumo desordenado tem causado impactos que reduzem o potencial do ambiente em produzir riquezas e de manter a vida. Como exemplo desses impactos podemos citar o aquecimento da atmosfera, o aumento dos níveis dos oceanos, a poluição das águas, o desgaste do solo e a extinção de espécies animais e vegetais. Como o futuro do planeta depende da consciência ambiental das futuras gerações, cabe à escola formar cidadãos capazes de desenvolver qualidade de vida para todas as espécies. Este é um grande desafio, pois tanto o desenvolvimento quanto a preservação ambiental são essenciais para o suprimento das necessidades humanas. Partindo do conhecimento prévio dos alunos através de um trabalho interdisciplinar voltado para a pesquisa, a experimentação, a discussão e os trabalhos em grupo são proporcionadas condições para que se levantem hipóteses, façam interpretações, organizem os pensamentos, para só então comprovar ou reformular seus conceitos. 5.15.3 Sexualidade Busca-se considerar o tema Sexualidade na escola, como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Engloba o papel 26 social do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados em seus relacionamentos. A orientação sexual nas séries iniciais visa permitir ao aluno encontrar na escola um espaço de informação e formação no que diz respeito às questões referentes ao seu momento de desenvolvimento e às questões que o ambiente coloca. O aluno sofre influências de outras fontes: de livros, da família e principalmente da mídia. Essas fontes atuam de maneira decisiva na formação sexual de crianças, jovens e adultos e são trazidas pelos alunos para dentro da escola, cabendo à mesma desenvolver uma ação crítica, reflexiva e educativa em culminância com os conteúdos da série em que o aluno se encontra. 6. MARCO OPERACIONAL A partir das discussões e reflexões feitas, pode-se traçar algumas metas e ações a serem definidas como prioridades para que o processo de ensinoaprendizagem seja efetivo e de qualidade. Como primeira proposta de ação, foi definido que todos os segmentos da comunidade escolar devem atuar com os mesmos princípios no que diz respeito às normas e ao cotidiano da escola. Se todos participam do processo, todos têm o mesmo compromisso. Por exemplo, todos devem ser disciplinados (direção, funcionários, professores, pedagogas e alunos). O respeito deve ser mútuo, em se tratando de direitos e deveres. Isto deve ser um compromisso de todos. Os professores devem agir de forma a estimular nos alunos o respeito, a pontualidade, a cordialidade, a solidariedade, o desejo pelo saber, atitudes de limpeza e manutenção do meio (pátio, sala de aula, refeitório e demais dependências da escola). A necessidade de repassar as normas gerais sobre a organização do trabalho escolar, levou à reformulação da agenda onde constam informações sobre avaliação, métodos de estudo e normas gerais. Também foram programadas reuniões com pais, direção, equipe pedagógica, professores e alunos para que sejam apresentadas e discutidas questões pertinentes ao encaminhamento pedagógico, a participação da APMF na tomada de decisões e realização de trabalhos. As adaptações curriculares para os alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades educativas especiais farão parte desta ação, no 27 entanto, acredita-se ser necessário que haja capacitação dos professores e um estudo mais aprofundado para que não se cometam injustiças e se possa realmente agir de forma a incluir e privilegiar ações educativas de qualidade para estes alunos. Com a estruturação da sala de informática e sala ambiente (arte e Inglês), serão ofertadas novas opções de atividades diferenciadas que certamente, enriquecerão o trabalho. Oportunizar mais palestras e organização de projetos sobre assuntos como: sexualidade na adolescência, drogatização, inclusão, violência, meio ambiente, etc. estas palestras e/ou projetos devem ser direcionadas aos alunos, pais, professores e funcionários. Alteração do horário de funcionamento da biblioteca para quarenta (40) horas, permitindo um melhor aproveitamento deste espaço. Pretende-se também, oportunizar mais eventos na Escola, como peças de teatro, filmes e passeios educativos (contando com o apoio da comunidade para a sua realização). Quanto à questão avaliativa e do processo de ensino-aprendizagem, cabe destacar que, levando-se em conta os dados apresentados nas avaliações realizadas no início do ano letivo – principalmente nas quinta séries -, o professor passa a colocar em seu planejamento de forma ajustada às características de seus alunos, realizando uma avaliação investigativa inicial que o instrumentalize. Este é o momento em que o professor vai se informar sobre o que o aluno já sabe sobre determinado conteúdo para, a partir daí, estruturar sua programação, definindo os conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser abordados. A avaliação inicial serve para o professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos, assim como para o aluno tomar consciência do que já sabe e do que pode ainda aprender sobre um determinado conjunto de conteúdos. A partir destas informações, os alunos que apresentam as maiores dificuldades passam a frequentar as turmas de apoio em Língua Portuguesa e Matemática onde procura-se sanar ou amenizar estas dificuldades para que possam ter melhores condições de aprendizagem. Também pretende-se estreitar a comunicação entre família e escola incentivando a participação dos pais no trabalho realizado na Escola para que esta, não se torne um segmento distante da realidade das famílias que compõe a comunidade escolar. 28 Para sanar as dificuldades encontradas na manutenção do prédio escolar, a organização e limpeza, a Escola necessita de mais funcionários o que tem sido uma luta constante da Direção que não tem autonomia para solucionar o problema que depende de decisões da mantenedora . 7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO A construção do Projeto Político pedagógico é um processo que deverá ser realimentado pela reflexão de todos os envolvidos com o processo educativo escolar, a fim de subsidiar as alterações que se façam necessárias para o sucesso do trabalho pedagógico. Curitiba, 22 de outubro de 2010. 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96. Brasília, 1996. CHARLOT, B. O Filho do Homem: obrigado a aprender para ser (uma perspectiva antropológica). In: CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000, p. 51 –58. ________. O Saber e as figuras do aprender. In: CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000, p. 59–76. ________. A relação com o saber: conceitos e definições. In: CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. Bruno Magne. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000, p. 77–89. DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. O que é o Conselho de Classe? In: Conselho de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP: Papirus, 2004, p. 31-39. EDLER CARVALHO, Rosita. Educação Inclusiva: com os pingos nos is. Porto Alegre: Mediação, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia e Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 ( Coleção leitura). PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Ensino fundamental na rede pública de ensino da educação básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED/SUED, 2005. PARO, V. Henrique. A Natureza do trabalho Pedagógico. In: Gestão Democrática da Escola Pública. Vitor H. Paro. São Paulo: Ática, 1977, p. 29 – 37. 30 VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da escola: uma construção coletiva. Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. In: Ilma Passos A. Veiga (org.) Campinas, SP: Papirus, p. 11-35. SÁNCHEZ, VÁZQUEZ, Adolfo. Ética. Tradução de João Dell‘Anna, 23ª ed. Rio de janeiro; Civilização Brasileira, 2002. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1996. SILVA, Maria Abadia. Educadores e Educandos: tempos históricos, Brasília, MEC, SEB, 2005. 31 ANEXOS Introdução aos Projetos desenvolvidos na escola ................................................... 32 Projeto Ler e Pensar ..................................................................................................33 Projeto de desenvolvimento sustentável “Vamos manter a escola limpa”...............36 Projeto School Links...................................................................................................39 32 ANEXO1 - INTRODUÇÃO Atualmente, os pesquisadores da área educacional indicam que o ensino tradicional e o modelo clássico da escola não mais correspondem às exigências da sociedade atual, dinâmica e fundamentada na inovação tecnológica: o antigo modelo de currículo organizado em disciplinas dispostas de modo fragmentado, sem correlação ou nexo entre elas, vem sendo repensado e tende a ser substituído, para que a escola se aproxime mais da sociedade e que os alunos se envolvam mais no processo educativo. É nesses termos que a ideia de trabalho com projetos, na Escola, surgido a partir da "tematização" proposta já no final dos anos 80 do século XX, como recurso pedagógico da metodologia de ensino sócio-construtivista, toma corpo e se desenvolve a partir de 1990. Segundo Freire (2004) o aluno aprende participando, tomando atitudes diante dos fatos, investigando, construindo novos conceitos e informações, e selecionando os procedimentos apropriados quando diante da necessidade de resolver problemas. O objetivo é fazer com que o aluno se envolva intensamente na atividade educativa alvo do projeto proposto. Assim, o desenvolvimento de projetos na escola não tem a mera função de tornar o ensino atrativo para o educando, mas sim propiciar um ensino de qualidade, contextualizado e com vistas à formação plena do cidadão para atuar nessa nova sociedade. Os projetos propostos para o ano letivo significa, também, repensar a escola, o currículo, os tempos escolares, a avaliação e os objetivos da educação escolar. É portanto um trabalho complexo, que envolve todas as áreas do conhecimento. 33 ANEXO II - PROJETO LER E PENSAR Justificativa Segundo Durvali (1999) o empobrecimento da tradição brasileira de telespectadores se deve ao fato da população voltar-se, em sua grande maioria, a programas televisivos e isso ocorre justamente por deixarem os livros como última opção de informação ou prazer. Tal fato explica o baixo rendimento dos alunos em relação à leitura. Segundo a pesquisa do Ministério da Educação, divulgada no jornal Gazeta do Povo (4/maio/2003), mais da metade dos estudantes que concluem a 4 ª série do Ensino Fundamental no estado do Paraná, não sabem ler ou apresentam grandes dificuldades. Além disso os problemas persistem até a 8 ª série, em que 65,98% dos inscritos tem, em Língua Portuguesa, desempenho no nível intermediário, 22,58% apresentam problemas sérios, principalmente no que se refere à leitura e apenas 11,42% atinge o estágio compatível com a série. A reportagem do referido jornal mostra ainda que os alunos que chegam à fase pré-vestibular 50,55% dominam apenas informações básicas da disciplina e 64,57% desses alunos, têm conhecimento insuficiente para a referida etapa. Atualmente os dados mostram que a taxa de analfabetismo vem diminuindo, entretanto, a grande maioria não pode ser considerada leitora, uma vez que o desempenho na compreensão de textos é insuficiente. Nesse âmbito justifica-se a necessidade de um projeto voltado para a formação de leitores, que a princípio existe por meio do Ler e Pensar. Fundamentação teórica O projeto Ler e Pensar foi criado em 1999 como uma proposta empresarial da Editora Gazeta do Povo, dentro da linha de "jornal na escola " desenvolvida em todo o mundo, com foco na formação do leitor do futuro. O projeto socioeducativo Ler e Pensar tem como principais mantenedores o Jornal Gazeta do Povo e a RPC (Rede Paranaense de Comunicação). A escola recebe quinzenalmente jornais acompanhados do BOLO (boletim de leitura orientada) que propõe as noticias publicadas no jornal Gazeta do Povo como ferramenta de aproximação entre conteúdos escolares das referências cotidianas dos estudantes; oferece a leitura como sustentação do aprendizado; e propõe o desenvolvimento da cidadania sob dois focos: professores e alunos. 34 Sob o foco dos alunos, o Ler e Pensar é um objeto de aprendizagem que propicia a integração de assuntos, interesses e pessoas, utilizando o conteúdo do jornal como um recurso moderno, atualizado, dinâmico e capaz de traduzir todo tipo de informações, inclusive as científicas, em linguagem acessível a qualquer tipo de público, em estudantes de escolas públicas e privadas, desenvolvendo habilidades e competências presentes e essenciais a multidisciplinariedade. Sob o foco dos professores, o Ler e Pensar é um programa de atualização permanente e gratuito, que não apenas os capacita para trabalhar a "educação para os meios e pelos meios" como também abre espaços em seminários, workshops e oficinas - para analisar e discutir os resumos da educação no país. Desde 2002 o projeto Ler e Pensar tem características socioeducativas de leitura e estímulo à cidadania ativa voltadas ao EF e EM. Propõe a democratização da informação e a leitura significativa como bases no processo de ensino-aprendizagem a partir da investigação apreciativa, valorizando as iniciativas e experiências positivas. Para isso, desenvolve programa de capacitação para professores; produz e distribui material sócio-pedagógico, oferece orientação às escolas, e divulga as iniciativas e experiências exemplares de escolas, professores e alunos. Objetivos Dar ao jovem paranaense a oportunidade de, em sala de aula, ter acesso e trabalhar com as notícias, contribuindo assim para complementar a educação formal, estimular o espírito crítico e aprendizagem cidadã, ao mesmo tempo em que desenvolve o hábito da leitura tendo no jornal instrumento de informação e compreensão da realidade social e cidadania. Objetivos Gerais - Ensinar a ler totalidades; - Estabelecer relações entre o conhecimento escolar e os fatos noticiados no jornal, - Identificados no cotidiano de estudantes e professores; - Desenvolver o gosto e o hábito pela leitura de jornal; - Estimular o espírito crítico; - Apresentar o jornal como instrumento que viabiliza o acesso à informação e a 35 melhor compreensão da realidade social, que promove a reflexão, estimula o pensamento crítico e a discussão da informação; - Apresentar o jornal como um recurso didático que possibilita o desenvolvimento de atividade diversificada e inovadora, além de retratar o mundo e suas contradições; - Oferecer acesso a informação e, como um recurso didático, resignificar os conteúdos escolares; - Motivar o educador para desenvolver projetos de aprendizagem global, assumindo atitudes pró-atividade na tarefa de formar o cidadão do futuro. (Fonte: http://www.bawb.org.br/) 36 ANEXO III - PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL “VAMOS MANTER A ESCOLA LIMPA” Justificativa A escola é um bem de todos e cada aluno deve fazer sua parte, procurando cuidar da escola para que preservada ela ofereça aos alunos hoje e as gerações futuras um local agradável para sua própria formação. Porém, tendo em vista que a maior parte dos alunos da escola, não estava comprometida com a conservação do ambiente escolar, riscando as carteiras, pichando as paredes, jogando lixo no chão e destruindo árvores e plantas, surgiu a proposta de trabalhar com o tema “desenvolvimento sustentável”, que é abordado por meio do projeto “Vamos manter a escola limpa”. Assim, o presente projeto justifica-se pela necessidade de despertar a consciência do educando em relação ao meio ambiente e essa consciência precisa começar pelo próprio ambiente escolar. Manter a escola limpa é um desafio e uma atitude rumo ao desenvolvimento sustentável. Fundamentação teórica Segundo Brundtland (1998), o desenvolvimento sustentável é aquele que "satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades". Ou seja, é o desenvolvimento econômico, social, científico e cultural das sociedades, garantindo mais saúde, conforto e conhecimento, mas sem exaurir os recursos naturais do planeta. Para isso, todas as formas de relação do homem com a natureza devem ocorrer com o menor dano possível ao ambiente. As políticas, os sistemas de produção, transformação, comércio e serviço - agricultura, indústria, turismo, serviços básicos, mineração etc - e o consumo têm de existir preservando a biodiversidade e as próprias pessoas, enfim protegendo a vida no planeta. Segundo a pesquisadora da Embrapa Campolin 1 os pressupostos que fundamentam uma educação para a sociedade sustentável devem ser suficientemente consistentes, de forma a desenvolver nos educandos a capacidade de pensar criticamente o homem e suas relações com a natureza. 1 http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=287 37 A construção de uma sociedade sustentável envolve a promoção de uma educação que estimule a transformação ética e política dos indivíduos, bem como das instituições, promovendo mudanças que percorram o cotidiano individual e coletivo. A história comprova que é possível harmonizar a convivência dos homens entre si e com a natureza, pois durante milhares de anos os sistemas naturais e os sistemas humanos conviveram de forma sustentável. Porém, com a modernidade a crise ecológica se agrava e a continuidade da vida é ameaçada pela incapacidade de se pensar conjuntamente a espécie humana e a natureza que passa a ser entendida como um objeto inerte e passivo, separado do ser humano. Objetivos gerais Dentre os principais objetivos do projeto “Vamos manter a escola limpa” destacam-se: - Despertar da consciência do educando em relação ao meio ambiente; - Desenvolver uma política de desenvolvimento sustentável na escola; - Construtivismo, quando os alunos constroem em conjunto as soluções; Desenvolvimento No início de março de 2006 foram escolhidos os monitores ecológicos do primeiro bimestre, sendo dois alunos de cada turma. Os alunos foram escolhidos de acordo com o perfil que os alunos sugeriram ou seja : aluno exemplar, comprometido com o projeto, responsável, organizado e comunicativo, educado e que sabe respeitar os colegas. Os alunos tiveram reunião de treinamento para exercer as funções de monitores ecológicos e todos os alunos receberam um crachá com o símbolo do projeto. No final de abril cada turma passou a ter quatro monitores ecológicos em vez de 2 e em maio 2006, tivemos uma visita orientada na Unidade de Valorização de Rejeitos em Campo Magro, onde os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a importância da reciclagem, e da separação do lixo para o meioambiente. Por sugestão dos alunos, cada turma apresentou desenhos com uma frase significativa do projeto, para maior conscientização dos educandos. 38 Pretendemos em agosto fazer uma visita orientada ao Jardim Botânico com aula de educação ambiental. O projeto tem sua continuidade até o final do ano, quando teremos oito monitores ecológicos em cada turma e faremos uma avaliação do projeto durante o ano de 2006. Avaliação Tomando por base no projeto do ano anterior, pudemos sentir que os alunos estão mais conscientizados e a escola está mais limpa, com menos papeis no chão e com carteiras menos riscadas. Notamos um entusiasmo por parte dos alunos, que como protagonistas se sentem valorizados aumentando sua autoestima. 39 ANEXO IV - PROJETO SCHOOL LINKS Justificativa O School Links é uma parceria educacional que é estabelecida quando duas ou mais instituições de diferentes países concordam em trabalharem juntas em projetos ou atividades relacionados ao currículo - não “extra” - do Ensino Fundamental ou médio. Assim, a partir da iniciativa da professora de Língua Inglesa da Escola Estadual Santa Felicidade, Professora Joína Conceição Moura de Almeida, o Projeto School Links teve início nessa escola no ano de 2004 e é realizado em parceria com a Ormesby School, Middlebrough, Inglaterra. Desenvolvimento No ano letivo de 2005 houve a continuidade do projeto com a visita da professora de geografia de Ormesby, Miss Jayne Forsyth, que ministrou palestras para os alunos da escola sobre a escola de Ormesby e conheceu nosso sistema de ensino e nossa rotina. Em setembro do mesmo ano a professora Joina Conceição Moura de Almeida, da disciplina de Língua Inglesa, visitou a Ormesby Comprehensive School, onde teve a oportunidade de aprender sobre as questões disciplinares e metodológicas da escola. O trabalho visa o desenvolvimento de projetos conjuntos envolvendo o maior número possível de áreas do conhecimento e sendo assim, os alunos pesquisam/escrevem sobre o tema, no enfoque previamente estabelecido pelos professores das duas escolas; elaboram um resumo da pesquisa ou experiência (da classe/individual) com texto, fotos, gráficos, exemplos e atividades; trocam informações e experiências por diferentes meios de comunicação através de cartas, relatórios, cartazes, jornais, fotos, e-mails em inglês, publicam trabalhos conjuntos na Internet e realizam fóruns de debate com temas específicos. Após receberem as mensagens/trabalhos da escola parceira, elaboram uma resposta (perguntas, comparações, o que mais os impressionou, etc...) para ser enviado novamente a esta escola. O produto final do projeto é a síntese de todos as atividades realizadas pelos alunos escritas em inglês e português e a sua divulgação pode ser feita no mural da escola e através da home page do colégio. 40 Dessa forma, em 2006 será dada a continuidade do projeto School links juntamente com a Ormesby School abordando temas relacionados ao desenvolvimento sustentável e reciclagem com “vamos manter a escola limpa” e valores morais com o “combate ao bullying”. Objetivos gerais No âmbito educativo o trabalho com o projeto em questão visa inserir temáticas e espaços para discussões visando desenvolver a consciência, a compreensão e respeito do aluno pelo ambiente no qual vivemos, buscando seu comprometimento para o desenvolvimento sustentável em um nível pessoal, local, nacional e global, além de demonstrar a importância do respeito mútuo entre as pessoas. Assim, a dimensão global proporciona aos alunos, acesso ao conhecimento e desenvolvimento de habilidades que eles precisam para participar de sua sociedade e do mundo ao se redor, como um cidadão consciente de seus deveres e direitos. Entre os principais objetivos do projeto destacam-se ainda: a troca de ideias entre alunos das duas escolas sobre desenvolvimento sustentável, incluindo reciclagem, limpeza da escola e valores morais para melhor convivência entre os alunos. Além disso, o projeto visa motivar a aprendizagem tornando-a significante, possibilitar a interação entre alunos através de trabalhos colaborativos, proporcionar o aperfeiçoamento da habilidade linguística através do uso da língua materna e da língua inglesa como meio de expressão. 41 APÊNDICES Disciplina de Artes..................................................................................................... 42 Disciplina de Biologia...............................................................................................105 Disciplina de Ciências............................................................................................. 133 Disciplina de Educação Física ................................................................................ 139 Disciplina de Ensino Religioso.................................................................................153 Disciplina de Filosofia...............................................................................................160 Disciplina de Física................................................................................................ 169 Disciplina de Geografia........................................................................................... 175 Disciplina de História.............................................................................................. 189 Disciplina de Inglês...................................................................................................192 Disciplina de Língua Portuguesa............................................................................ 205 Disciplina de Matemática......................................................................................... 220 Disciplina de Química.............................................................................................. 231 Disciplina de Sociologia........................................................................................... 234 42 APÊNCICE I – DISCIPLINA DE ARTES FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Há milhares de anos o homem faz arte e, ao fazê-la, olha o mundo ao seu redor. A paisagem, os animais, os outros homens. Do seu mundo o artista tira aquilo que, para ele e sua gente, tenha um significado ou possa transmitir uma idéia, um sentimento. Ao abrirmos um livro de arte, que e também um livro do tempo, pois nos mostra o trabalho do homem através de milênios, podemos perceber que a natureza foi ganhando importância a medida que o homem começou a viver longe dos campos. O homem das cavernas não pintava paisagens, na arte egípcia e na romana elas pouco aparecem. Só no Renascimento e com as cidades cada vez mais afastadas da paisagem natural e que elas surgem na pintura. A arte nasceu com o homem e deu a ele a consciência de uma capacidade criadora, da possibilidade de interpretar, de imaginar. O tempo e o talento compuseram um tesouro artístico de significado espiritual e de importância incalculáveis. Todas as épocas e as raças contribuíram para tal acervo, agora disseminado pelo mundo inteiro. O homem vem constantemente vem se utilizando da arte para se manifestar expressivamente e também para registrar sua vida em todos os aspectos. No Paraná ocorreu, nas vilas e reduções jesuítas, a primeira forma registrada de arte na educação. A congregação desenvolveu no Brasil uma educação de tradição religiosa. Em 1846, no Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba, hoje Colégio Estadual do Paraná, a Escola Normal, 1876, atual Instituto de Educação onde oferecia aulas de desenho e pintura. Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi a Semana da Arte Moderna de 1922, que influenciou artistas brasileiros, como por exemplo, os modernistas Anita Malfatti e Mario de Andrade que valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de representação realistas. Em toda a Historia dos povos que habilitaram o território onde hoje e o Brasil, sempre ocorreram manifestações artísticas. Considerando também, o 43 processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, constituíram-se na matriz da cultura popular brasileira. Em 1948, foi criada a primeira Escolinha de Arte do Brasil, no Rio de Janeiro, na forma de ateliê-livre de artes plásticas, com a finalidade de desenvolver a criatividade, incentivando a expressão individual. A sociedade brasileira e formada por diferentes etnias, por imigrantes de diferentes paises e as migrações colocam em contato grupos diferenciados. As regiões brasileiras tem características culturais bastantes diversas e a convivência entre grupos diferenciados nos planos social e cultural, muitas vezes,e marcada pelo preconceito e pela discriminação. Para viver democraticamente em uma sociedade plural e preciso respeitar os diferentes grupos e culturas que a constituem. O grande desafio da escola e investir na superação destes e dar a conhecer a riqueza representada pela diversidade etnocultural, que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro. O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente, a arte ensina que e possível transformar continuamente a existência, que e preciso mudar referencias a cada momento e ser flexível. Isto quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade e condição fundamental para o aprendizado. O ser humano que não conhece a arte, tem uma experiência de aprendizagem limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força comunicativa dos objetos a sua volta, da sonoridade instigante da poesia, das criações musicais, das cores e formas dos gestos e luzes que buscam o sentido da vida. A prática pedagógica contemplara as Artes Visuais, a Dança, a musica e o Teatro, tendo uma organização semelhante entre os níveis e modalidades da educação básica adotando como referencia as relações estabelecidas entre a arte e a sociedade. Ao considerar a arte como fruto de percepção, da necessidade de expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se numa síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que a arte e um dos modos pelos quais o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos da sobrevivência física e tornava-se parte fundamental do processo de humanização, isto e, de como os seres humanos se constroem continuamente. A arte e criação e manifestação do poder criados do homem. Criar e transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma 44 nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. Nas sociedades capitalistas, o sujeito não se identificam com o produto de seu trabalho, pois separa-se o trabalho da criação, transformando-o em trabalho alienado. No ensino de Arte, contrapondo-se a essa alienação, há possibilidades de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar. A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais e imateriais. Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, e possível considerar que toda produção artística e cultural e um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam a sua existência no mundo. O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos específicos que ira desenvolver, enfocara essas formas de relação da arte com a sociedade com o maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos estruturantes. As associações da arte com a cultura e com a linguagem no Ensino Fundamental se justificam na medida em que se considera que nesse nível de ensino se darão os primeiros contatos formais dos sujeitos com a arte. Dessa forma, a apropriação dos conhecimentos específicos da disciplina se Dara, a principio, a partir da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções e manifestações artísticas abordadas pelo professor, ele ira ampliar sua visão de mundo e compreender as construções simbólicas de outros sujeitos, pertences as mais diversas realidades culturais. OBJETOS DE ESTUDOS CONHECIMENTO EM ARTE Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica: 45 • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos; • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte; • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. Teorizar Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre arte. Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados. É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade. Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção. Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados. Sentir e perceber No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas 46 formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e social. Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo de composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social. Para o trabalho com os produtos da indústria cultural, é importante perceber os mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da homogeneização do gosto e da ampliação do consumo. A filósofa Marilena Chauí (2003) apresenta alguns efeitos da massificação da indústria cultural que constituem referência para este trabalho pedagógico. Para Chauí, em função das interferências da indústria cultural, as produções artísticas correm riscos em sua força simbólica, de modo que ficam sujeitas a: • perda da expressividade: tendem a tornar-se reprodutivas e repetitivas; • empobrecimento do trabalho criador: tendem a tornar-se eventos para consumo; • redução da experimentação e invenção do novo: tendem a supervalorizar a moda e o consumo; • efemeridade: tendem a tornar-se parte do mercado da moda, passageiro, sem passado e sem futuro; • perda de conhecimentos: tendem a tornar-se dissimulação da realidade, ilusão falsificadora, publicidade e propaganda. Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela apropriação do conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção quanto pelo trabalho artístico. 47 Trabalho Artístico A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos. Essa abordagem metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os três aspectos metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e perceber e trabalho artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que as aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos. O encaminhamento do trabalho pode ser escolhido pelo professor, entretanto, interessa que o aluno realize trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao teorizar e ao trabalho artístico. O conhecimento estético; o conhecimento artístico e o conhecimento contextualizado. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Desenvolver no aluno a sensibilidade estética e artística nas quatro linguagens da arte(artes visuais, musica, teatro e dança), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais para que possa , progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos, de distintos povos e culturas, produzidos ao longo da historia e na contemporaneidade. Estabelecer uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções, contribuindo para a formação integral do aluno crítico e consciente. Compreender e apreciar a arte como importante meio de expressão e os aspectos físico, intelectual, emocional e perceptivo através de atividades artísticas. Desenvolver a habilidade de discriminar cor,forma,dimensão,espaço e harmonia. 48 Adquirir hábitos de disciplina e concentração no trabalho individual e em grupo. Apreciar a Arte como uma atividade enriquecedora e construtiva e como importante instrumento de transmissão de valores culturais. Conscientizar – se de nossa herança cultural nela buscando,através da arte, novos caminhos para afirmação do povo brasileiro. OBJETIVOS DAS ARTES VISUAIS As artes visuais são compostas por elementos formais como a linha, forma, textura, cores, volume, luz e superfície, que estão presentes nas composições bidimensionais e tridimensionais. Nestas composições encontramos os elementos formais inerentes a cada técnica como o desenho, a pintura, a colagem, a gravura, a fotografia, a escultura, o cinema, as instalações e outras composições contemporâneas imagéticas. Mas nem só de técnicas são feitas as composições, pois o artista quando cria imprime o seu estilo, a sua vivência, sua realidade social e cultural, tornando a sua obra muito mais ampla. Portanto as artes visuais na escola precisa trabalhar com os significados da imagem na arte e ainda com as imagens que nos cercam, que temos registradas na memória, e que trabalha a partir de um conhecimento técnico se transformam em composiçôes que permitam ao aluno estudar os elementos formais citados acima, nas diferentes maneiras e composições. Promover o conhecimento, a análise e a crítica da imagem, na sua forma estática e dinâmica, seu contexto, seu estilo e as relações com o mundo atual. OBJETIVOS DA MÚSICA Para vários teóricos música é um conjunto de sons organizados intencionalmente. O som é o resultado da vibração de uma fonte Sonora e apresenta características diferentes conforme a variação dos elementos que o compõe. Estes elementos são: o timbre, intensidade, altura, duração e densidade. É a partir destes elementos que podemos entender cada som. Portanto é consenso que para fazer música precisamos entender o som. Mas a Música também é uma composição que é o resultado da articulação dos elementos formais, da melodia, do ritmo e da harmonia e depende da escolha do compositor e do intérprete. Como uma manifestação artística ela deve ser vista como uma linguagem com conteúdos próprios que deve ser entendida e executada. Dentre estes conteúdos temos os 49 elementos formais (timbre, altura, intensidade, densidade e duração), os gêneros musicais, a improvisação e a teoria musical, as formas musicais e os instrumentos, bem como os movimentos e períodos em que esta linguagem se manifesta. O ensino da música na escola deve: promover a compreensão dos elementos formais e a vinculação destes elementos com a composição e o contexto em que ela é feita, por quem é feita e com que intenção; Possibilitar ao aluno a ampliação do seu repertório musical, aprendendo a ouvir e apreciar novas formas musicais ; Fazê-lo perceber que a forma como ouvimos foi construída socialmente e difere de outros grupos sociais. OBJETIVOS DA DANÇA Propiciar o autoconhecimento; estimular vivências de corporeidade; proporcionar relacionamentos estéticos com outras pessoas e com o mundo; incentivar a expressividade; possibilitar diálogos corporais e desenvolver apreciação e fluição de arte. (BARRETO, 2004, p. 66) Sendo ainda esta uma expressão artística e humana; que dá prazer e leveza; é uma forma de conhecimento; libera a imaginação, a criatividade; e é uma forma de comunicação. As aulas de dança envolvem o aluno e o ambiente, fazendo com que busquem novas possibilidades de movimentos contextualizando com sua realidade, trocando informações com os colegas, solucionando problemas propostos, fazendo relações, e, consequentemente, gerando conhecimento. O professor proporciona para o aluno atividades fundamentadas nos princípios da dança criativa que podem estimular, motivar, comunicar e fazer uma interação entre os alunos, facilitando o relacionamento interpessoal e a exploração ambiental. Estas atividades estimulam a capacidade de solucionar problemas de maneira criativa; desenvolvem a memória; o raciocínio; auto confiança e auto estima; fazendo com que o individuo tenha uma melhor relação com ele próprio e com os outros; além de ampliar o repertório de movimentos do aluno. (LABAN, 1990; BARTENIEFF, 1991; MARQUES, 1999; FERNANDES, 2001; BERTOLDI, 2004) OBJETIVOS DE TEATRO O teatro deve ser um encontro cultural e social. Esses elementos estão presentes nas encenações teatrais, que se apropriam de ideais para simular e/ou 50 criar situações para serem representadas. O teatro é uma maneira de expressar opiniões e ideais, logo, não é apenas para divertimento, mas um manifestador de pensamentos sociais e culturais. Teatro tem uma grande importância que, geralmente, é ignorada pela sociedade. O teatro é político. Permite analisar o contexto social através de um processo reflexivo em que, por meio da abstração, do distanciamento ou da identificação, na representação, permite-se a denúncia, o confronto de ideias, de perspectivas, o rompimento com a rotina de uma aceitação passiva do que é transmitido pelo cinema e televisão, nos quais tudo que está pronto e acabado. No teatro, em contrapartida, o espectador é arrancado do seu conforto, da sua passividade. Ele participa, influi no desenvolvimento no desenvolvimento de uma peça, interpreta à luz de suas vivencias, da sua emoção, do contexto em que está inserido. O professor deve contribuir com a reflexão sobre a construção de uma escola voltada para formação de um indivíduo crítico-reflexivo, provocando um debate sobre o papel que o teatro vem desempenhando no contexto escolar, como uma das linguagens do conhecimento artístico responsável por promover experiências estéticas expressivas à formação humana, desenvolvendo a reflexão crítica do indivíduo sobre o homem e o mundo. O teatro praticado na escola como arte produzida coletivamente, a partir do desenvolvimento da expressividade gestual e da reflexão crítica sobre as manifestações do homem no mundo, pode ser uma linguagem fundamental para reinventarmos a escola, buscando torná-la crítica, capaz de responder ao desafio de contribuir na construção de um mundo mais justo para vivermos. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Para atender as especificidades dos conteúdos do Ensino Fundamental da rede estadual, a arte será abordada tendo como princípio a compreensão da arte como linguagem, no sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não-verbais. Buscase a apropriação da concepção de linguagem de Bakhtin que afirma que a mesma é condição fundante no processo de conhecimento do mundo e, que a constituição dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais, sujeito e linguagem constituemse mutuamente. 51 O processo dialógico inicia-se por meio da experimentação e da exploração de materiais e técnicas vinculadas à produção artística que possibilitara ao aluno a familiarização com as variadas linguagens artísticas. Através da apreciação reflexiva de obras historicamente consagradas e da própria produção, promoverá o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e imaginativas, organizadas em torno da aprendizagem artística e estética. Ao mesmo tempo, seu corpo se movimenta, suas mãos e olhos adquirem habilidades, a audição e a palavra se aprimoram, enquanto desenvolve atividades nas quais relações interpessoais perpassam o convívio social o tempo todo. Todo este processo será intermediado pelo professor que se apropriando do saber do aluno auxilia na construção de novos conhecimentos. O conteúdo será trabalhado de maneira dialógica e sistematizado por meio de textos, experimentações artísticas com materiais diversos. Os elementos da composição serão trabalhados em todas as séries, através de leituras de obras consagradas e dos próprios trabalhos produzidos pelos alunos. Em todas as séries o desenho será trabalhado com objetivos bem definidos, sendo utilizado ora como suporte para uma atividade de pintura, ora como objetivo principal de estudo. Partindo do desenho de observação serão ainda feito o reconhecimento dos tipos de desenhos passando pelo desenho de perspectiva, desenho espontâneo e utilizado como instrumento para a estilização e a abstração. Para a compreensão do conteúdo e execução de determinados trabalhos serão utilizados os projetos que permitem definir os caminhos para obtenção de resultados como o caso da fotografia, do design e da escultura. Permeando todo o conteúdo de artes visuais está a história da arte, contemplando em cada série períodos e estilos que sustentam o conteúdo e justificam os trabalhos práticos. A abordagem do conteúdo de música será feita de maneira integrada, iniciando-se com a audição de músicas dos períodos contextualizadores. Com base na audição ainda, serão trabalhadas as propriedades do som a partir de reflexões provocadas pelo professor com experiências sonoras e audição de músicas folclóricas, contemporâneas e eruditas. Reflexões sobre a melodia, harmonia e ritmo destas composições e outras composições atuais apreciadas pelos alunos. A escrita musical será ensinada juntamente com a escala musical após atividades de percepção das diferentes notas musicais. A Música Popular Brasileira será estudada junto com a História da Arte sendo enfatizado a música de protesto, promovendo um debate sobre a intenção social e comercial na linguagem musical. A construção de 52 instrumentos musicais será realizada com sucata após a classificação e entendimento acústico de cada grupo (cordas, percussão e sopro). Os conteúdos de teatro serão trabalhados através de jogos de observação, concentração, integração, criatividade, relacionamento, exercícios de respiração, ritmo e movimento, exploração espacial, jogos de improvisação e jogos dramáticos. Criação de histórias fazendo relações com o folclore brasileiro e confecção de fantoches utilizando sucata e materiais diversos. A contextualização será feita através da história do teatro. Será exibido vídeo sobre o cinema mudo que permitirá reflexões sobre a linguagem da mímica e seus diversos gêneros. Na dança o conteúdo será apreendido através de experimentações em sala. Vídeos que mostram o conteúdo de maneira didática, e também filmes que apresentam as diversas maneiras de se dançar, promovendo a apreciação e reflexão sobre os variados estilos e a linguagem da dança. Jogos que possibilitem a experimentação do espaço, do movimento e da improvisação, visando o trabalho do corpo para a coreografia em grupo. Para a realização dos movimentos propostos poderão ainda ser utilizados materiais de apoio como fitas confeccionadas com papel crepom, bexiga e outros. A sistematização do conteúdo de todas as linguagens abordadas será feito através de textos sobre os assuntos relacionados e servirão de apoio para avaliação escrita. CONTEÚDOS POR SÉRIE 5 ª- SERIE Conteúdos estruturantes específicos das artes visuais: • Arte Greco-Romana • Arte Africana • Arte Oriental • Idade Média • Arte Popular (folclore) • Arte Pré-Histórica • Bidimensional • Tridimensional • Figurativa/Abstrato • Geométrica • Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura... 53 • Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia • Ponto • Linha • Textura • Forma • Superfície • Volume • Cor • Luz Conteúdos estruturantes e específicos do teatro: • Greco-Romana • Teatro Oriental • Africano • Teatro Medieval • Renascimento • Teatro Popular • Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara • Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. • Espaço Cênico, circo. • Adereços • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais • Ação • Espaço Conteúdos estruturantes e específicos da Música: • Greco-Romana • Oriental • Ocidental • Idade Média • Arte Popular (folclore • Ritmo • Melodia 54 • Escalas: diatônica, pentatônica • cromática • maior, menor, • Improvisação • Gêneros: erudito, popular • Altura • Duração • Timbre • Intensidade • Densidade Conteúdos estruturantes e específicos da Dança: • Pré-história • Greco-Romana • Medieval • Idade Média • Arte Popular (folclore) • Eixo • Deslocamento • Ponto de Apoio • Formação • Técnica: Improvisação • Gênero: Circular • Movimento Corporal • Tempo • Espaço 6 ª-SERIE Conteúdos estruturantes e específicos das artes visuais: • Arte indígena • Arte Popular Brasileira e Paranaense • Arte Medieval • Renascimento 55 • Abstracionismo • Expressionismo • Impressionismo • Bidimensional • Tridimensional • Figurativa • Abstrata • Geométrica • Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo... • Gêneros: Paisagem, retrato,natu Ponto • Linha • Forma • Textura • Superfície • Volume • Cor • Luz reza morta. Conteúdos estruturantes e específicos do teatro: • Comédia dell' arte • Teatro Popular • Teatro Popular Brasileiro e Paranaense • Representação, • Leitura dramática, • Cenografia. • Gêneros: Rua, Comédia, arena, • Caracterização • Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas... • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais • Ação • Espaço 56 Conteúdos estruturantes e específicos da música: • Música popular e étnica (ocidental e oriental) • Brasileira • Paranaense • Africana • Renascimento • Neoclássica • Caipira/Sertanejo Raiz • Ritmo • Melodia • Escalas • Estrutura • Gêneros: folclórico, popular, étnico • Técnicas: vocal, instrumental, mista • Improvisação • Altura • Duração • Timbre • Intensidade • Densidade Conteúdos estruturantes e específicos da Dança: • Dança Popular • Brasileira • Paranaense • Africana • Indígena • Renascimento • Gênero: Folclórica, popular, étnica • Ponto de Apoio • Formação • Rotação • Coreografia 57 • Salto e queda • Niveis (alto, médio e baixo) • Movimento Corporal • Tempo • Espaço 7 ª- SERIE Conteúdos estruturantes e específicos das artes visuais: • Indústria Cultural • Arte Digital • Realismo • Vanguardas • Arte Contemporânea • Arte Cinética • Op Art • Pop Art • Clássicismo • Bidimensional • Tridimensional • Figurativo • Abstrato • Semelhanças • Contrastes • Ritmo Visual • Cenografia • Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura... • Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem. • Linha • Forma • Textura • Superfície • Volume • Cor • Luz 58 Conteúdos estruturantes e específicos do teatro: • Indústria Cultural • Realismo • Expressionismo • Cinema Novo • Vanguardas • Classicismo Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador) • Texto dramático • Cenografia • Maquiagem • Sonoplastia • Roteiro, enredo • Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais • Ação • Espaço Conteúdos estruturantes e específicos da música: • Indústria Cultural • Eletrônica • Minimalista • Rap, Rock, Tecno • Sertanejo pop • Vanguardas • Clássica Ritmo • Melodia • Harmonia • Tonal, modal e a fusão de ambos. • Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista • Sonoplastia • Altura • Duração 59 • Timbre • Intensidade • Densidade Conteúdos estruturais e específicos da dança: • Hip Hop • Musicais • Expressionismo • Indústria Cultural • Dança Moderna • Dança Clássica • Direções • Dinâmicas • Aceleração • Improvisação • Coreografia • Sonoplastia • Gênero: Indústria Cultural, espetáculo • Movimento Corporal • Tempo • Espaço 8 ª- SERIE Conteúdos estruturantes de artes visuais: • Realismo • Dadaísmo • Arte Engajada • Muralismo • Pré-colombiano • Período Paleolítico e Neolítico • Grafite • Hip Hop • Romantismo 60 • Bidimensional • Tridimensional • Figurativo • Geométrica • Figura-fundo • Perspectiva • Semelhanças • Contrastes • Ritmo Visual • Cenografia • Técnica: Pintura, desenho, performance... • Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano • Linha • Forma • Textura • Superfície • Volume • Cor • Luz Conteúdos estruturantes e específicos do teatro: • Teatro Engajado • Teatro do Oprimido • Teatro Pobre • Teatro do Absurdo • Romantismo • Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro Imagem • Representação • Roteiro, enredo • Dramaturgia • Cenografia • Sonoplastia 61 • Iluminação • Figurino • Gêneros • Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais • Ação • Espaço Conteúdos estruturantes e específicos da música: • Música Engajada • Música Popular Brasileira. • Música contemporânea • Hip Hop, Rock, Punk • Romantismo • Ritmo • Melodia • Harmonia • Estrutura • Técnicas: vocal, instrumental, mista • Gêneros: popular, folclórico, étnico. Altura • Duração • Timbre • Intensidade • Densidade Conteúdos estruturantes e específicos da dança: • Arte Engajada • Vanguardas • Dança Contemporânea • Romantismo • Ponto de Apoio • Níveis (alto, médio e baixo) • Rotação • Deslocamento 62 • Gênero: Salão, espetáculo, moderna • Coreografia • Movimento Corporal • Tempo • Espaço ARTE ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes e específicos da música: elementos formais • altura • duração • timbre • intensidade • densidade composição • ritmo • melodia • harmonia • escalas • modal,tonal e fusão • de ambos • gêneros;erudito • clássico,popular, • étnico,popular • étnico,folclórico • Pop • técnicas: vocal, • instrumental, • eletrônica • informática e mista • improvisação movimentos e períodos 63 • música popular • brasileira • paranaense • popular • indústria cultural • engajada • vanguarda • ocidental • africana • latino – americano Conteúdos estruturantes e específicos das artes visuais: elementos formais • ponto • linha • forma • textura • superfície • volume • cor • luz composição • bidimensional • tridimensional • figura e fundo • figurativo • abstrato • perspectiva • semelhanças • contrastes • ritmo visual • simetria 64 • deformação • estilização • técnicas; Pintura • desenho • modelagem • instalação • performance • fotografia,gravura • e esculturas • arquitetura • historia em quadrinhos • gêneros; paisagem • natureza morta • cenas do cotidiano • História, religiosas • da mitologia... movimentos e períodos • arte ocidental • arte oriental • arte africana • arte brasileira • arte Paranaense • arte popular • arte de vanguarda • indústria cultural • arte contemporânea • arte latino-americano Conteúdos estruturantes e específicos de teatro: elementos formais • personagem 65 • expressões • corporais • vocais • gestuais • e faciais • ação • espaço composição • técnica • jogos teatrais • teatro direto e indireto • mimica • ensaio, teatro – fórum • roteiro • encenação e leitura • dramática • gêneros; tragédia,drama e • Épico • dramaturgia • representação nas mídias • caracterização • cenografia • sonoplastia • figurino e iluminação • direção • Produção movimentos e períodos • teatro greco • romano • teatro medieval • teatro brasileiro 66 • teatro paranaense • teatro popular • indústria cultural • teatro engajado • teatro dialético • teatro essencial • teatro do oprimido • teatro do pobre • teatro de • vanguarda • teatro renascentista • teatro latino • teatro realista • teatro simbolista Conteúdos estruturantes e específicos da dança: elementos formais • movimento corporal • tempo • espaço composição • kinesfera • fluxo • peso • eixo • salto e quedas • giro • rolamento • movimentos • articulares • lento,rápido e moderado • aceleração e desace- 67 • leração • níveis • deslocamento • direções • planos • improvisação • Coreografia • gêneros espetáculo • indústria cultural, • étnica,folclórica, • populares e salão movimentos e períodos • pré – história • greco – romana • medieval • renascimento • dança clássica • dança popular • brasileira • Paranaense • africana • indígena • Hip Hop • Indústria Cultural • dança moderna • vanguardas • dança contemporânea OBJETIVOS POR SÉRIE 5ª série: Proporcionar ao aluno o conhecimento dos elementos que estruturam e organizam as quatro linguagens (artes visuais, música, teatro e dança) e sua relação 68 com os movimentos artísticos no qual se originaram. Conceituando estes elementos e promovendo o reconhecimento destes em obras consagradas e nas suas diversas aplicações, em composições bidimensionais e tridimensionais, abrangendo a Arte Greco-Romana, Africana, Oriental, Pré-Histórica e Contemporânea. 6ª série Promover a retomada dos conteúdos estruturantes trabalhados na série anterior nas suas quatro modalidades, fixando conceitos através de práticas mais elaboradas que permitam o aprofundamento dos saberes teóricos ,abordando a Arte na Idade Média, no Renascimento, Arte Paranaense, Brasileira, Arte Popular e Arte Contemporânea. 7ª série Retomar conceitos intensificando a relação entre a teoria e prática, para o desenvolvimento do senso crítico e estético a partir de um trabalho baseado na análise e reflexão que permita a sistematização do conhecimento adquirido. Levar o aluno a entender a relação da arte com a realidade existente e a realidade construída (imagem idealizada), experimentando o fazer conjugado a uma ação criadora que permita o aluno entender a relação entre perceber, imaginar e realizar um trabalho de arte, incluindo a Arte do século XIX, do século XX, Arte Contemporânea e Indústria Cultural. 8ª série Trabalhar os conceitos adquiridos nas séries anteriores com ênfase nos movimentos de vanguarda, na arte latino-americana e brasileira. Incentivar as composições mais adequadas aos movimentos estudados como a performance, a pintura, o grafite e os gêneros de paisagem urbana e cenas do cotidiano, experimentando técnicas diferenciadas incluindo as novas tecnologias. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA O professor deve ver seu aluno como um ser social e político, construtor do seu próprio conhecimento. Deve percebê -lo como alguém capaz de 69 estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora e propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve. O professor deverá, ainda, ser o "mediador" entre o aluno e o conhecimento, proporcionando-lhe os conhecimentos sistematizados. Assim, nessa visão, o professor deixa de ser considerado "o dono do saber" e o aluno, um mero receptor de informações. O ato de avaliar não pode ser entendido como um momento final do processo em que se verifica o que o aluno alcançou. A questão não está, portanto, em tentar uniformizar o comportamento do aluno, mas em criar condições de aprendizagem que permitam a ele, qualquer que seja seu nível, evoluir na construção de seu conhecimento. O educador deve realizar uma avaliação justa que não exclua o aluno do processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participante dos momentos de transformação da sociedade. Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais quanto conceituais, pois a avaliação consistente e fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores, historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser entendidos e reorganizados para se construir novas significações sobre a realidade. Numa avaliação significativa, é preciso também que o professor tenha conhecimento da linguagem artística em questão, bem como da relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação para que abra portas e aponte caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno. Daí a importância da avaliação em si, pois ela permite sair do lugar comum, dos gostos pessoais, desvinculando-se de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados, bem como de avaliações que valorizam tão somente o espontaneísmo. Quando a avaliação está centrada no conhecimento, gera critérios que dialogam com os limites do gosto e das afinidades, uma vez que o conhecimento permite objetivar o subjetivo. A avaliação em Arte busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada 70 um a partir da sua própria produção. Assim sendo, considerara o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação do conteúdo será feita através da auto-avaliação com critérios determinados; avaliação em grupo; prova escrita com questões de múltipla escolha e pergunta e resposta; trabalhos plásticos; apresentações em grupo (artes visuais, teatro, música e dança). Mas a avaliação também acontece durante todo o processo com a participação dos alunos visando a verificação das etapas a serem vencidas. AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO A avaliação deve ser feita tendo em vista os objetivos de cada assunto,de forma integrada e contínua. Deve visar, basicamente o interesse, a participação, a organização, a limpeza e a habilidade do educando no tratamento dos temas e materiais sugeridos .O professor nunca deve restringir– se à aplicação da prova como único recurso de avaliação levando- se em conta , principalmente, o caráter espontâneo, flexível e amplo do ensino – aprendizagem na Arte. O conhecimento das condições socioeconômica da comunidade,objeto do ensino,e a possibilidade da participação do aluno na sua própria avaliação, e até mesmo na avaliação dos colegas,são fatores que não devem ser esquecidos. OLHAR DA ARTE FORA DA ESCOLA Incentivar o gosto diferentes formas artísticas: teatro, arte visuais, dança, cinema,música tirar o educando da escola com a finalidade de proporcionar 71 novas possibilidades na aquisição do conhecimento cultural, com isso leva o educando ao Belo espontaneamente elevando o seu caráter, visitando: Museus cinemas teatro música festival de arte festival de dança bienal PREVENÇÃO CONTRA O USO DE DROGAS Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas. Usar drogas, significa em primeira instância, buscar prazer. É muito difícil lutar contra o prazer, porque foi ele que sempre norteou o comportamento dos seres vivos para se autopreservarem e perpetuarem sua espécie. A droga provoca o prazer que engana o organismo, que então passa a querê -lo mais, como se fosse bom. Mas o prazer provocado pela droga não é bom, porque ele mais destrói a vida do que ajuda na sobrevivência. A prevenção tem de mostrar a diferença que há entre o que é gostoso e o que é bom. Todo usuário e principalmente sua família têm arcado com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer. Pela disposição de querer ajudar outras pessoas, parte da sociedade procura caminhos para previnir o maior mal evitável deste final de milênio. Caminhos disponíveis 1. Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças enquanto elas acreditarem no adultos. 72 2. Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá- las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos interesses imediatos da pessoa. 3. Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas? 4. Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude. 5. Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende. 6. Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente que só recebe amor e não o retribui. Droga é usufruir prazer sem ter de devolver nada. 7. Da auto- estima - Quem tem boa auto- estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida. 8. Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Reis do esporte perdem sua majestade devido às drogas. 9. Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios. 10. Da Integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania. (Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição) Integração escola e família Conforme estudos realizados os níveis de prevenção ao uso das drogas são classificados em três: A Prevenção primária, a Prevenção secundária e a Prevenção terciária .A Prevenção Primária; deve acontecer antes do surgimento do problema drogas, é o caminho trilhado pela família e pela escola no sentido de 73 orientar e encaminhar as crianças, adolescentes e os jovens a realizarem atividades prazerosas como: musicais, sociais, literárias e artísticas; que incentivem á autoestima, da ação das famílias que em elogiar, confiar, estimular a crítica, treinar as habilidades para lidar com as frustrações, fracassos e ansiedades, bem como espaço e treino para lidar com autoridades. Prevenção Secundária; ocorre com o surgimento do uso das drogas, é uma fase muito difícil para a família, que muitas vezes não quer aceitar o problema. Para a escola também é difícil pois, se sente só e impotente sem o apoio das famílias, a única saída é, com muita coragem buscar apoio nos profissionais especializados, oferecer ao usuário ajuda concreta, evitar fazer mau juízo de valores e agir com coerência e bom senso. A escola deve reunir a família com a autorização dos aprendentes, realizar reuniões periódicas para discutirem o tema, procurar entender o que está motivando aquele comportamento, compreender as dificuldades pessoais, e com muita habilidade convencer da necessidade da terapia. Conversar com argumentos lógicos e respeitar as opiniões dos aprendentes usuários é tarefa de responsabilidade dos ensinantes. Prevenção Terciária; acontece quando os aprendentes já se tornaram dependentes químicos, implica no incentivo aos usuários a buscar as terapias adequadas, devemos contar com pessoas de confiança dos mesmos, para convencê- los da importância da terapia, encontrar ajuda especializada e incentivar o diálogo com as famílias, acreditar na recuperação, colaborar na reintegração social, oferecendo condições alternativas de lazer, arte, esporte e profissão, são atribuições desta etapa.. Lima(1992), diz que seria ideal se a escola acrescentassem em seu currículo, programas que preparassem seus alunos pra enfrentar não só o problema das drogas, mas, os problemas da vida como um todo. Tal afirmação foi feita por se perceber que muitos gestores escolares negam a existência do uso de drogas em seus estabelecimentos. Mas, sabemos que existe sim, e que pensar que não vai acontecer com a gente, apenas com os outros só facilita mais o aumento do consumo. Entendemos também que Lima, quis chamar a atenção para outros problemas existentes na sociedade, além do uso das drogas, e alertou para a necessidade dos ensinantes se prepararem, para a convivência diária com o problema e da necessidade da realização da prevenção primária, evitando palestras com grandes públicos,e que de preferência as palestras devem ser realizadas com a 74 comunidade escolar, ou seja, os envolvidos no processo e as autoridades competentes. A escola deve está atenta para detectar o inicio do uso, já que as famílias se negam por falta de conhecimentos, por envolvimento emocional e por falta de coragem para enfrentar o problema. A escola tem mais condições de detectar as modificações no comportamento dos aprendentes e de agir com bom senso e coerência, sem atitudes levianas, como é o caso de colocar culpa de todos os problemas apenas no uso das drogas. Sabemos que não compete a escola o tratamento contra drogas, mas, é de sua responsabilidade o encaminhamento adequado dos aprendentes usuários, aos profissionais de saúde. É muito grande a preocupação dos ensinantes que trabalham com a prevenção ao uso das drogas, as vezes não sabem como atuar, se sente sozinhos pois, a direção e a equipe pedagógica da escola, não se sensibiliza com o problema, fazendo uso da cegueira psíquica, a mesma que ocorre nas famílias, a escola prioriza busca de soluções para outros problemas, adiando a atuação na prevenção as drogas. A Prevenção ao uso das drogas nas escolas deve ser decisão política e conjunta, prevenir drogas é falar de educação de filhos, de adolescência, de relação social e de convivência afetiva. Um Projeto de Prevenção nas escolas deve abordar um projeto de valorização da vida e inclui programas: Culturais, de consciência ecológica e de educação afetiva. Os Programas culturais, recreativos e educacionais oferecem alternativas, sadias em substituição á sedução das drogas. Os Programas de consciência ecológica incentivam um estilo de vida saudável, em contraposição á poluição ambiental, sonora, alimentar e a busca excessiva de automedicação. São três as etapas de um projeto de prevenção na escola, envolvendo os profissionais da escola, os pais e os aprendentes: Na primeira etapa, "a escola" realiza estudos, debates e treinamentos com o corpo técnico-administrativo e o corpo docente pra trabalharem o tema drogas, não só intelectualmente, mas, com todas as implicações afetivas e sociais. Na segunda etapa, envolve "os pais", esta etapa tem o objetivo de fortalecer o contato com as famílias, promovendo encontros, reuniões para trocas de experiências, informações e orientações, evitando alarmismos ou minimizações das questões referentes ás drogas e priorizando trabalhar as dificuldades na relação pais e filhos. Na terceira etapa, "Os aprendentes," compreende as formas de abordar o assunto, de forma sutil, desde o espaço de discussão aberta, oferecida pela orientação educacional, ao espaço 75 interdisciplinar, planejado ou não no currículo escolar, com ensinantes das diferentes disciplinas, atentos e sensíveis para captar as necessidades dos aprendentes, para usarem formas criativas de trabalhar seus conteúdos, quando possível, correlacionando- o com temas da vida prática como adolescência, sexo e drogas. No planejamento, na execução e na avaliação de um projeto de prevenção as drogas, algumas técnicas devem ser excluídas, como exemplo: concentrar todas as informações num só encontro ou reunião, pedir pesquisas sem conhecer o material a ser consultado, oportunizar depoimentos de ex. drogados, ou desenvolver um trabalho isolado, isto, é um único profissional realizar um trabalho de prevenção numa escola. Os profissionais da escola devem se sensibilizar no sentido de rever seus posicionamentos, para se sentirem preparados afetivamente e cognitivamente para realizarem em conjunto, um projeto. Segundo Arantangy (1991), o treinamento de professores, permitem dar ao tema drogas, uma perspectiva mais realista e isenta de preconceitos, com a finalidade de buscar um entendimento de que não há escolas sem drogas e que o professor, deve adquirir segurança para abordar o tema e os problemas que surgirem e a autoestima dos alunos devem ser valorizadas. Desta forma o jovem se convence da responsabilidade de suas escolhas, por ser estabelecido um clima de confiança e ajuda mútua, entre ensinantes e aprendentes. Se a equipe escolar preparar e construir um Projeto de prevenção executável com sua proposta pedagógica, com atividades construtivas que valorizem os aprendentes, estimule a autonomia, encorajando-o a fazer um exame crítico de suas escolhas, a prevenção deixa de correr o risco de ser um incentivador ao uso de drogas. Aquino(1998), afirma que é de suma importância que o professor se capacite no assunto, para adaptar a sua disciplina as informações que se relacionem. O que quer dizer que os ensinantes devem relacionar os conteúdos de sua disciplina, integrando- os com o tema prevenção ao uso de drogas de forma coerente, clara e objetiva. Já que a prevenção ao uso das drogas, é possível pela ação integrada dos educadores, num processo somatório de forças, a escola tem a responsabilidade de ensinar a verdade cientifica dentro de um projeto pedagógico. Os trabalhos sobre drogas devem abordar as consequências do uso e as sequelas deixadas nos dependentes químicos. As palestras feitas por profissionais que não sejam do corpo docente da escola são muito úteis para a sensibilização do corpo 76 docente, dos funcionários, dos pais e dos aprendentes, porém, a escola deve ser responsável por um processo contínuo e pedagógico. Os ensinantes das séries iniciais (1º ao 5º ano),deve produzir uma estratégia preventiva sem despertar a curiosidade, mostrando as qualidades do corpo e da mente, além do prazer de viver a vida com saúde ao lado da família e dos amigos. O ensinante do 6º ao 9º ano deve está mais atento, já que trabalha com um grupo de risco; deve abordar o tema de forma segura, evitando falar sobre as drogas em si, e sim deve incentivar a pesquisa sobre os problemas advindos do uso das drogas, causados a nível bio -psico -social. Uma ideia interessante seria discutir com os usuários, as notícias divulgadas na atualidade, sobre o problema. Isso incentiva o interesse e desperta o senso crítico dos aprendentes, desde que o ensinante, com suas reflexões críticas, leve o aprendente a seguir este caminho. No ensino médio, o aprendente deve receber incentivo, no sentido de estimular o desenvolvimento de estudos referentes a problemas psicológicos, reflexos na personalidade e na formação do id, ego e superego; contribuindo para que aprendam mais sobre si mesmos. Nos cursos de Pedagogia, deve ser incluídos estudos sobre abordagens técnicas pedagógicas, terapias para o tratamento de dependentes químicos, aspectos jurídicos, entre outros. A escola deve oferecer orientações ás famílias, como palestras, debates, trocas de experiências, em reuniões específicas, como forma integrar as famílias e a escola. Os funcionários da Escola também devem ser orientados para contribuir com a política da proposta preventiva. Os gestores escolares têm a responsabilidade de tomar as medidas necessárias na prevenção do tráfico, devendo avisar a polícia da presença de algum traficante atuando nas proximidades da escola, caso algum aprendente, esteja se envolvendo com o tráfico, a escola deve comunicar a família. Espero que este artigo possa contribuir com os trabalhos dos ensinantes e dos gestores escolares, no que se refere à prevenção ao uso das drogas pelas crianças, adolescentes e jovens na escola. E que o poder público ofereça tratamentos gratuitos em clínicas especializadas para os dependentes químicos, para que assim possamos continuar a luta contra este mal que tanto compromete o futuro do nosso País, já que atinge diretamente os adolescentes e a juventude. 77 O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL? A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania. VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que: A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital; As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência; É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. 78 Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares. A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais. Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de intervenção. Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os projetos e os cursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995). EDUCAÇÃO FISCAL NA ESCOLA "Se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se consolidará sem a educação." Objetivo geral: Paulo Freire 79 • Preparar a população escolar e a comunidade para a ação de cidadania de acompanhamento da utilização dos recursos advindos da arrecadação tributária, através de observação, reflexão e sensibilização. Objetivos Específicos : • Disponibilizar conhecimentos básicos para a compreensão dos mecanismos de arrecadação dos tributos. • Aprimorar a consciência da população escolar acerca da necessidade em deter conhecimentos sobre a importância do espaço coletivo, em zelar pelo patrimônio público e em acompanhar a gestão das contas públicas pelos governantes. • Desenvolver a consciência crítica do aluno para a formação de uma sociedade capaz de exercer o controle social; • Promover a consciência da harmonia nas relações entre o Estado e o Cidadão; • Conscientizar os cidadãos para a função socioeconômica dos tributos; • Socializar conhecimentos sobre a administração pública, alocação e controle dos gastos públicos e tributação; • Incentivar o acompanhamento e fiscalização, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos; • Aumentar a responsabilidade fiscal com vistas à obtenção do equilíbrio fiscal em longo prazo; • Fortalecer o comportamento ético na administração pública e na iniciativa privada; • Aumentar a eficiência e transparência do Estado; • Promover a adoção de hábitos e procedimentos necessários para o cumprimento da legislação Fiscal, através de ações estratégicas. • Promover a reflexão sobre as práticas sociais. • Despertar a necessidade de participação do cidadão na gestão dos recursos públicos. • Aprimorar a consciência do aluno e da comunidade em geral sobre a importância do espaço coletivo, de zelar pelo patrimônio público e de acompanhar a gestão das contas públicas pelos governantes. Estratégias 80 • Favorecer a construção do conhecimento sobre a Legislação e Educação Fiscal através de videoconferências, palestrantes ou outros meios para a aquisição das informações necessárias para o desenvolvimento de ações pedagógicas centradas na realidade da comunidade escolar; • Possibilitar que o trabalho sobre Educação Fiscal na Unidade escolar, leve a conscientização e a mudança de comportamento social, através da prática da vivência cidadã; • Propiciar tempo e espaço para a construção de projetos, pelos Professores e pelos próprios alunos, que dê sentido e significado para as suas ações. Fundamentação Teórica Já dizia Montesquieu que quando o indivíduo entrega ao Estado o poder de governar e decidir os rumos que ele deve seguir, começa a morrer a sua capacidade de auto governar-se. Essa incapacidade, que é uma incapacidade de exercer a cidadania, fomenta a censura e a obrigatoriedade de normas como forma de conquista da ordem. Acreditamos, contudo, que a coerção não é o caminho desejado. Na constituição da ética de controle social deve haver espaço para a contribuição e estabelecimento de uma ética individual. A existência de regras acrescidas de um significado torna o resultado mais efetivo. Leonardo Boff diz que a diferença entre a ética e a moral está em que a moral é a casa enquanto a ética é a forma, a estrutura e constituição desta casa. O ensinar deve estar calcado na ética, entremeando ao conteúdo o seu aspecto pessoal, subjetivo e único. O importante não é só informar, mas se permitir ir além da informação ousando voos mais altos, que permitam a transformação, discussão e reconstrução do próprio conteúdo num exercício pessoal de democracia. A educação deve ser concebida para atender, ao mesmo tempo, ao interesse social e ao interesse dos indivíduos. É da combinação desses interesses que emergem os seus princípios fundamentais e são estes que devem nortear a elaboração dos conteúdos do ensino, as práticas pedagógicas e a relação da escola com a comunidade e com o mundo." Conteúdo Programático para o ano de 2009. 1. O cidadão e seus direitos: à educação, alimentação, moradia, 81 transportes e saúde. 2. Os meios de financiar as necessidades da população. 3. A divisão de tarefas entre municípios, os estados e a União. 4. Os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições previdenciárias. 5. Contribuir para exigir, Contribuinte e cidadão: titulares de direitos e deveres. Metodologia O Projeto será desenvolvido em sala de aula pelos professores das diversas disciplinas, por meio de mini-projetos elaborados pelos próprios professores de acordo com os temas apresentados no item conteúdos programáticos e acompanhados pela Direção e Coordenação Pedagógica. Cronograma DATA TEMA O cidadão e seus PROFESSOR RESPONSAVEL - Ana Paula Ceola direitos: à educação, alimentação, moradia, transportes e saúde. 1o Bimestre Os meios de financiar as necessidades da população Ana Maria Nunes Bravin Maria Lucia Bravin Piccolo 2o Bimestre A divisão de tarefas entre municípios, os estados e a União. Os impostos, as taxas, Fátima Samsel as contribuições de melhoria, as contribuições Aline Reino Castro Vieira 3o Bimestre previdenciárias Contribuir para exigir. Roseli da Conceição 82 Contribuinte e cidadão: Salamoni Gomes titulares de direitos e 4o Bimestre deveres. Evanilda Maria Campos Avaliação O Projeto será avaliado e acompanhado pela Equipe Escolar e pela Coordenação de Projetos do Núcleo Regional de Educação. VIOLÊNCIA A sociedade mundial tem sido um pouco indiferente relativamente aos seres que são socialmente frágeis e que muitas vezes adoptam condutas violentas como forma de proteção e/ ou imitação. A violência nas escolas não é um fenômeno novo. Todavia tem vindo a assumir proporções tais que a escola não sabe que medidas tomar para sanar este problema. Pretende-se com este trabalho fazer uma breve abordagem sobre os fenômenos da violência exercida por jovens nas escolas e como tal facto é devido a problemas de inadaptação, confirmando se essa inadaptação é consequência do meio onde se inserem. Ao longo deste trabalho serão alvo de reflexão o papel da família na educação numa perspectiva histórica até aos dias de hoje; o fenômeno de violência e como ela se regista na sociedade; a violência nos jovens fruto da ausência de referências positivas no meio onde se circunscrevem; análise da violência e seus implicados no contexto escolar e se poderá haver uma interacção positiva ou não entre a escola e seus alunos. Serão também apontadas as causas da violência, sua prevenção e como o educador social, enquanto profissional qualificado, poderá agir na prevenção do fenômeno em questão. Em suma, procurou-se aprofundar os conhecimentos em torno desta temática, com um intuito ávido de conhecer como a escola, a família e em sentido lato a sociedade se organiza na gestão desta problemática tão grave nos dias de hoje. 83 O papel da família na educação O conceito de família nem sempre foi o mesmo, sofreu alterações de acordo com o evoluir dos tempos. No Antigo Regime, não existia os termos criança ou adolescente, a criança não tinha infância, era considerada um "adulto jovem". A este propósito, Philippe Ariés (1988: 10-11) refere que: passava-se directamente de criança muito pequena a adulto jovem, sem passar pelas várias etapas da juventude de que eram talvez conhecidas antes da Idade Média e que se tornavam o aspecto essencial das sociedades evoluídas dos dias de hoje". A educação da criança não era assegurada pela família. Cedo as crianças se envolviam com os adultos em atos sociais tradicionais, de ajuda aos pais, nos labores habitacionais no caso das meninas e nos meninos na conservação dos bens e negócios familiares. Era deste modo que adquiriam conhecimentos e valores essenciais à sua formação. A família não demonstrava afetividade, embora o amor fosse um sentimento presente. A afetuosidade registrava-se nas pessoas próximas às crianças tais como as amas, os serventes, os vizinhos, etc. (Ibidem.). Na época do Estado Novo, à esposa era-lhe incumbida a responsabilidade pela educação dos filhos, auferindo dependência econômica quase total do marido. Aliás " o pai surge como o único angariador de sustento familiar (…) se ele desaparece, não há dinheiro para comprar o necessário" (1989: 359-360). Com as alterações sociais pós 25 de Abril, a família sofreu grandes transformações, que já tinham sido encetadas noutros países já democratizados. Diminuiu o número de filhos por casal, o casamento tornou-se mais instável com um número crescente de divórcios, aumentando as famílias monoparentais e reconstruídas, as mulheres passaram a ter uma atividade profissional, estudarem até mais tarde, auferindo de independência econômica e relegando muitas vezes a maternidade para segundo plano. Hoje, em família abordam-se temas que eram impensáveis no passado. Os pais já não são os senhores absolutos da lei e da ordem, nem os únicos cuidadores dos bens da família. Por seu turno, as mães não são unicamente as protectoras do lar e zeladoras da educação e formação dos filhos. O Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI (1996:95) reforça que: “a família constitui o primeiro 84 lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afetivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos valores e normas". Todavia, devido às exigências atuais, os pais cedo colocam os filhos em amas, creches ou infantários. Chegam a casa exaustos de um dia de trabalho, têm ainda as lides domésticas ou trazem trabalho para casa. A criança é colocada sozinha a ver televisão ou a brincar sem um adulto que lhe dê atenção. A relação familiar centra-se prioritariamente nas necessidades físicas da criança, ou seja, na alimentação, na higiene, no descanso, … Desde criança que as novas tecnologias imediatamente as seduzem e permitem a aquisição de novos saberes. O seu conhecimento vai progredindo através das informações que recebe do meio onde se insere, do meio familiar, do grupo de pares, da escola, dos meios audiovisuais, … Enquanto jovens, o lazer e o convívio com os colegas tem uma importância primordial no seu processo de socialização e formação. Machado Pais (1993) refere que as culturas juvenis são fortemente viradas para o lazer, de certa forma em oposição ao saber tradicional da escola e da família, que privilegia a ordem e a certeza, o ensino e a transmissão de conhecimentos e experiências entre pares. Embora haja uma certa continuidade na transmissão de valores de pais para filhos, a verdade é que os jovens de hoje adquirem a sua identidade não só dentro, mas também fora da família, através de discursos variados que a escola e a família poderão ou não integrar. Todavia, a família não se pode demitir do seu papel e atribuir responsabilidades aos outros agentes educativos na formação dos seus descendentes. Violência e sociedade Num qualquer dicionário de português, o termo violência é descrito como uma "qualidade ou estado do que é violento; força empregada contra o direito natural de outrem; ação que se faz com o uso da força bruta; crueldade; força; tirania; coação". Neste sentido, a violência significa obrigar a fazer algo, utilizando a força, a coagir alguém. Desde sempre o Homem exerceu e foi alvo de violência. Recorde-se a bíblia que retrata uma série de crueldades das quais Jesus Cristo foi vitima; enforcamentos em praça pública; homens que lutavam até à morte nos coliseus para 85 deleite da assistência; a Santa Inquisição que vitimou inúmeras pessoas, o nazismo e as excessivas guerras que povoam a história da humanidade. Vários autores têm tentado explicar as causas deste fenômeno. Freud é da opinião que o Homem tem uma predisposição inata para a violência, nasce e cresce num ambiente violento, porque também a sociedade é violenta. Anna Freud (1987:162) alude ao facto de o equilíbrio interno ser perturbado, da personalidade, do meio onde se inserem. Estudos realizados a delinquentes comprovaram que graves distúrbios da socialização acontecem quando a identificação com os pais é desintegrada através de separações, rejeições e outras interferências com os vínculos emocionais existentes entre a criança e as figuras parentais. Reforça ainda que o cidadão normal, perante a lei, perpetua a posição infantil de uma criança ignorante e complacente, em face aos seus pais omniscientes e omnipotentes. O delinquente perpetua a atitude da criança que ignora ou menospreza, ou desobedece à autoridade parental e atua em desafio desta. Durkeim é da opinião que a densidade demográfica, o desenvolvimento econômico, social e cultural de uma sociedade fomentam as desigualdades e consequentemente os desvios à norma. Por outro lado, Arregi Goenaga (1998:50) é da opinião que avançando no caminho da igualdade, da solidariedade, pode a sociedade observar um decréscimo da violência em geral. As crianças assistem a desenhos animados televisivos nas quais as personagens utilizam a violência para conseguir os seus intentos, por vezes são actos nobres tais como salvar um amigo em perigo ou para salvar o planeta. O poder de sedução da televisão e a capacidade de imitação das crianças formam uma cumplicidade que pode atuar perigosamente na formação cognitiva destas. Neste sentido, Pino Juste (1998: 133) é da opinião que para estas crianças a violência é "algo normal", utilizam-na como "arma quando consideram que ela é eficaz para conseguir os seus propósitos". Qualquer indivíduo é passível de exercer actos de violência, uma vez registada uma ruptura com a normalidade. No entanto, num indivíduo que não tenha patologias associadas, após a ruptura, retorna ao estado de acalmia e é reposta a sua normalidade interior. A violência pode ser revestida de diversas formas, mas num sentido restrito, pode ser definida como uma ruptura brusca da harmonia num determinado 86 contexto, podendo ser sob a forma de utilização da força física, psíquica, moral, ameaçando ou atemorizando os outros. A violência pode igualmente ser considerada de âmbito público ou de âmbito privado. A primeira é mais visível, influi e distorce a imagem da sociedade. É a que mais preocupa o Estado, pois é geradora de polemica. A segunda é mais recôndita, como é o caso da violência familiar, com o cônjuge ou com os descendentes. A violência pode ainda ser de gênese estrutural ou de gênese conjuntural, sendo que a primeira afeta uma parte significativa da população e várias instituições. A violência estrutural é congênere a uma doença crônica, pois é instalada numa parte da sociedade e vai criando metástases por toda a sociedade. A sua cura reside numa planificação eficaz, coordenada entre as instituições para solucionar a problemática em questão. A violência conjuntural registra-se em momentos ocasionais e mesmo que não se vislumbre uma solução, com o passar do tempo é esmorecida. Os motins de população descontentes com as portagens ou traçados de autoestradas são exemplos de violência conjuntural. No fundo, os atos violentos estão sustentados por valores, crenças, sobre o bom e o mau de uma ação que força o indivíduo a operar de acordo com essa convicção. A violência nos jovens como inadaptação social Um ato violento só é de facto um problema se a maioria da sociedade o considerar que o é, ou seja, se for tipificado e reconhecido como tal. A violência é na sua maior parte protagonizada pelos jovens, que se agrupam, formando subculturas, habitualmente no seio do tecido urbano, adquirindo formas de vestir, agir ou pensar muito características. Os hippies, os rockers, os skinheades, entre outros são exemplos bem conhecidos de grupos inadaptados aos padrões da sociedade. Na cultura juvenil podem-se observar características muito comuns, tais como (Arregi Goenaga, 1998:58-59): 1. A busca de identidade, procurando diferenças contrárias à geração antecedente. 2. O questionar das ideias nas quais a sociedade se fundamenta na anuência das normas; 87 3. Os jovens possuem uma série de capacidades e de ideais para criar e canalizar ideias inovadoras que fazem mudar a ordem da realidade já existente; 4. Os jovens são os grandes consumidores dos meios informáticos e audiovisuais, sobretudo Internet, jogos por computador, televisão e música. A televisão é um dos meios que mais violência difunde e a criança ou jovem é o sujeito passivo que mais a consome. Muitas crianças vêem televisão e jogam jogos de carácter lúdico duvidoso, sem qualquer supervisão das figuras parentais. Constroem as suas personalidades de acordo com o que observam, com uma total ausência de discernimento do que é certo ou errado; 5. A carência de bens mínimos como um trabalho, habitação, serviços sociais básicos, nomeadamente a quebra das redes de suporte familiar, sua desagregação ausência de valores essenciais dentro e fora da família, o meio onde vive, a escola que não exerce qualquer tipo de motivação, leva a que determinados indivíduos ou grupos cultivem a agressividade face à sociedade que gerou ou proporcionou deficits tão profundos e que fazem parte das suas vivências quotidianas. Hebe Tizio (1997:92-102) alude ao facto de vivermos num mundo capitalista, dominado pelo progresso. Este caracteriza-se por uma uniformidade e generalização dos usos, costumes e bens que são amplamente difundidos nos media. A uniformidade gera segregação, competição desenfreada, levando a que indivíduos que não podem ter a qualidade de vida que desejam optem por caminhos menos lícitos. A inadaptação social é devida à educação deficitária por parte da família ou pelo meio onde o jovem vive (bairro degradado, alcoolismo, droga e tráfico, prostituição, detenção familiar, violência doméstica, furtos, resolução de conflitos com recurso à agressão, precárias condições de vida) fazem com que os jovens adquiram condutas de acordo com o que vivenciam diariamente. São, portanto, jovens com ausência de referências positivas. Antônio Petrus (1997: 26-29) refere que o conceito de inadaptação social é ambíguo e está amplamente ligado à educação social, na medida em que em sentido lato, esta está ligada à intervenção educativa em âmbitos de marginalização e inadaptação sociais. A violência na escola 88 Os meios de comunicação audiovisual, não raras vezes retratam acontecimentos violentos protagonizados pelos alunos nas escolas. De facto, "inverteram-se os papéis; os métodos violentos de alguns professores eram tradicionalmente mais frequentes no mundo escolar: castigo físico, humilhações verbais…" (Fermoso: 1998:85). Atualmente, os professores não podem exercer qualquer tipo de castigo aos alunos sob pena de sofrerem sanções disciplinares, mas e os alunos? Que perfil apresentam os adolescentes que se envolvem em atos de violência nas escolas portuguesas? Um estudo realizado em 2001 por Margarida Matos e Susana Carvalhosa baseado em inquéritos a 6903 alunos de escolas escolhidas aleatoriamente, com as idades médias de 11, 13 e 16 anos, analisaram a violência na escola entre vítimas, provocadores (incitação na forma de insulto ou gozo de um aluno mais velho e mais forte do que o outro) e outros (similarmente vítimas e provocadores) demonstram os seguintes dados bastante curiosos: • Mais de metade dos alunos inqueridos são do sexo feminino (53.0%); • 25.7% dos jovens afirmaram terem estado envolvidos em comportamentos de violência, tanto como vitimas, provocadores ou duplamente envolvidos; • As vítimas de violência são maioritariamente masculinas (58.0%); • Os inqueridos que se envolveram em comportamentos de violência em todas as suas formas situavam-se nos 13 anos de idade; • Os jovens provocadores de violência são aqueles que têm hábitos de consumo de tabaco, álcool e mesmo de embriaguez. Também são os que experimentaram e consumiram drogas no mês anterior à realização do inquérito; • Quanto às lutas, nos últimos meses anteriores ao inquérito, 19.08% dos jovens envolveram-se em comportamentos violentos; • Os vitimados pela violência, são os que andam com armas (navalha ou pistola) com o intuito da sua própria defesa; • Os adolescentes que veem televisão quatro horas ou mais por dia são os que estão mais frequentemente envolvidos em atos de violência; • As vítimas e os agentes de violência não gostam de ir à escola, acham aborrecido ter que a frequentar e não se sentem seguros no espaço escolar; • Para os atores de violência a comunicação com as figuras parentais é difícil; • 16.05% das vítimas vive em famílias monoparentais e 10.9% dos provocadores vive com famílias reconstruídas; 89 • Quanto aos professores, os alunos sujeitos e alvos de violência consideram que estes não os encorajam a expressar os seus pontos de vista, não os tratam com justiça, não os ajudam quando eles precisam e não se interessam por eles enquanto pessoas; • Em relação ao relacionamento entre grupo de pares, estes adolescentes referem a pouca simpatia e préstimo e não-aceitação por parte dos colegas de turma, a dificuldade em obter novas amizades, ausência quase total de amigos íntimos. Este estudo vem reforçar a relevância dos contextos sociais dos jovens, aparecendo bem focados como factores desencadeadores de comportamentos violentos a desagregação familiar, a pouca ou inexistente atração pela escola, o grupo de amigos aliados à posse de armas, consumo de estupefacientes, álcool e tabaco e visionamento excessivo de televisão. Os comportamentos violentos na escola têm uma intencionalidade lesiva. Podem ser exógenos, ou seja, determinados de fora para dentro, como acontece nos bairros degradados invadidos pela miséria e pela toxicodependência, onde agentes estranhos ao meio o invadem e destroem; pode tratar-se de violência contra a escola, em que alunos problema assumem um verdadeiro desafio à ordem e à hierarquia escolares, destruindo material e impondo um clima de desrespeito permanente; ou são simplesmente comportamentos violentos na escola, que ocorrem sobretudo quando esta não organiza ambientes suficientemente tranquilos para a construção de valores característicos a este local. A violência pode ser desencadeada fruto de muitas situações de indisciplina que não foram resolvidas e que constituem a origem de um comportamento mais agressivo. Para combater a violência, a escola tem de analisar a forma como é exercido o seu controlo, tem que se organizar pedagogicamente, para conseguir deter a violência não só interior mas também exterior. Alunos e escola: adversários ou aliados? O senso comum mostra-nos que a relação entre aluno e escola apresenta múltiplas fases ao longo do caminho do indivíduo. Nos primeiros anos, nomeadamente creche e infantário, ou mesmo ensino básico, as crianças ficam ansiosas por ir para a escola: é lá que estão os seus colegas de brincadeiras, os educadores/professores são durante alguns anos os mesmos, pelo que as relações 90 afetivas são intensificadas e todos os conceitos são apreendidos de forma agradável e lúdica. A desvalorização do lado afetivo, a introdução de maior formalidade no relacionamento e a constante troca de professores consoante as disciplinas, faz com que se registe um esmorecimento nesta relação entre alunos e escola. Em Portugal, o sistema educativo tem vindo a sofrer grandes alterações. Diminuíram substancialmente os alunos do 1º ciclo do Ensino Básico, procedeu-se à obrigatoriedade da escolarização até ao 9º ano, o ensino secundário foi palco de sucessivas e controversas transformações. O panorama escolar não é muito animador, conforme retratam os meios audiovisuais: alto índice de retenções, sendo a matemática o real «calcanhar de Aquiles» de qualquer Ministério da Educação, o abandono e absentismo escolar, a violência e indisciplina no espaço escolar. Por outro lado, a exigência do Ministério da Educação no cumprimento dos conteúdos programáticos, a falta de coesão entre o corpo docente, faz com que estes se alheiem dos alunos e não tenham disponibilidade para os problemas decorrentes da juventude. Se os alunos são provenientes de famílias organizadas com razoável cultura e escolaridade, conseguem aprender e serem alunos com aproveitamento. Contrariamente, se provêm de uma base familiar desagregada, com inúmeros problemas, rapidamente caminham para a reprovação, indisciplina e mesmo violência. A este propósito, o "Jornal de Noticias" do dia 3 de Maio de 2004 relata uma notícia de um adolescente de 13 anos que se encontra em tratamento numa clínica de recuperação de toxicodependentes e que na escola "atirava cadeiras à professora", possuindo atualmente o segundo ano do ensino básico, não sabendo ler nem escrever, somente assinar o seu nome. Felizmente, em muitas escolas, o panorama é diferente. A comunidade educativa organiza-se mesmo que minimamente e em conjunto, professores, alunos, pais e funcionários refletem sobre as diversas temáticas ou problemas. A organização pedagógica da escola é o pilar essencial para a prevenção dos problemas relacionados com o abandono, absentismo, indisciplina e violência. 91 Causas da violência As causas da violência são inúmeras, não sendo fácil fazer uma inventariação de todas. Não existem dados estatísticos concretos acerca do número de jovens atores e alvos de violência, no entanto, o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta uma tabela onde são detectadas as problemáticas em crianças e jovens, bem como as medidas tutelares aplicadas em processos concluídos em 2001. No ano de 1998 foram acompanhados crianças e jovens em risco num total de 2.979 indivíduos. Todavia, em 2001 o total de crianças e jovens adolescentes era de 9.504, ou seja, quase que quadruplicou. São ainda apontadas como situações de risco: abandono, negligência, abandono escolar, absentismo escolar, maus tratos, abuso sexual, trabalho infantil, exercício abusivo de autoridade por parte dos pais e outras situações de risco. Como condutas desviantes observadas nos menores, são enumeradas a prática de atos qualificados como crime, uso de estupefacientes e ingestão de bebidas alcoólicas e outras condutas desviantes. De referir que o número destas situações de perigo foram aumentando de 1998 até 2001. Judicialmente, são descritas as medidas tutelares aplicadas em processos finalizados nos anos citados. Em 1998 as medidas foram num total de 1.619, contrariamente no ano de 1999 em que o número ascendeu às 3.701 medidas, observando-se contudo um decréscimo nos anos subsequentes. Convém ainda sublinhar que a medida tutelar mais aplicada nestes quatro anos foi a de acompanhamento educacional, social, médico e psicológico. São apontadas como causas da violência: • A Família. É neste núcleo que as crianças e jovens adquirem os modelos de conduta que exteriorizam. A pobreza, violência doméstica, alcoolismo, toxicodependência, promiscuidade, desagregação dos casais, ausência de valores, detenção prisional, permissividade, demissão do papel educativo dos pais, etc., são as principais causas que deterioram o ambiente familiar. Normalmente, os indivíduos que vivem estas problemáticas familiares são sujeitos e alvos de violência. Há famílias que participam diretamente na violência que ocorre nas escolas. Impotentes para lidarem com a violência dos seus descendentes, acusam os professores de não «domesticar» os seus filhos, instigando a agressividade e, em extrema instância tornam-se eles mesmos violentos, agredindo os professores e funcionários; 92 • Os alunos. O que faz com que um aluno exerça violência? Muitas vezes a raiz do problema não se centra na educação. O jovem apresenta problemas que deveriam ser direcionados para a saúde mental infantil e adolescente, para a proteção social ou até judicialmente. O cerne da questão é que muitas escolas tentam resolver os problemas para os quais não estão preparadas e que não são da sua competência. Na verdade, todos os alunos são potencialmente violentos, sendo a escola sentida como uma imposição por parte da família ou do Estado. Porque os alunos estão contrafeitos, as aulas são para eles locais de constrangimento e de repressão de desejos. Alguns alunos conformam-se e conseguem permanecer na escola sem fazerem grandes distúrbios. Outros revoltam-se, colocando em causa as normas estabelecidas, a autoridade e insurgem-se contra os professores e colegas como ato de poder e robustez física. • Os grupos e turmas. Enquanto conjunto estruturado de indivíduos, têm fulcral importância nos processos de socialização e de aprendizagem nos jovens. Influenciam certos comportamentos que os adolescentes demonstram, sendo o resultado de processos de imitação de outros membros do grupo. Em certas manifestações públicas de violência, os jovens procuram obter segurança, respeito e prestígio pela restante comunidade escolar. Numa sociedade onde os grupos familiares estão cada vez mais desagregados, este vazio é preenchido por estes grupos formados a partir de interesses e motivações diversas. • A escola. No passado, e ainda hoje se regista, alunos com menos capacidades intelectuais são estigmatizados, esquecidos no fundo das salas de aula. Ao fazê-lo, criam focos de revolta por parte daqueles que legitimamente se sentem marginalizados. A escola de hoje, que se autointitula de inclusiva, não o é de facto. A este propósito Jacques Delors (1996: 48) aconselha os "sistemas educativos" a não conduzirem, "por si mesmos, a situações de exclusão. O princípio de emulação, propício em certos casos, ao desenvolvimento intelectual pode (…) ser pervertido e traduzir-se numa prática excessivamente seletiva, baseada nos resultados escolares. Então, o insucesso escolar surge como irreversível, e dá origem, frequentemente, à marginalização e exclusão sociais." Na realidade as escolas não estão preparadas para enfrentar a complexidade dos problemas atuais, designadamente os que se prendem com a 93 gestão das suas tensões internas. A crescente participação dos alunos, pais, entidades públicas e privadas nas decisões tomadas nas escolas, tornou-se uma fonte de conflitos e não raramente terminam em situações de descontentamento e de agressividade. As associações de pais, quando funcionam, encaram muitos dos professores como incompetentes que aproveitam todas as ocasiões para se furtarem às aulas e recorrerem à baixa por doença, para não terem que enfrentar os alunos e os problemas daí adjacentes. Prevenção da violência A violência surge em contextos e em situações bem conhecidos. Torna-se imperiosa uma intervenção educativa, não só dirigida aos jovens mas a todos os cidadãos, pois todos, enquanto sociedade global somos culpados e deveremos ser chamados a intervir para contribuirmos para uma sociedade mais justa e igualitária. De acordo com Arregi Goenaga (1998: 60), a violência afigura ser uma rede complexa que se pode sobrevir a partir da educação. Esta é importante pois ensina a criança a adquirir determinados valores tais como a compaixão e a dor alheia, bem como valorizar a vida não só a sua como a dos outros. Já Rousseau afirmava que os Homens não nascem naturalmente maus, a sociedade é que os transforma. De facto, nenhum ser humano nasce violento, ou criminoso, o seu destino não está traçado após a nascença. Os seus comportamentos são fruto do ambiente a que são expostos. Numa sociedade tecnológica, consumista e competitiva, que valoriza a aquisição de bens de qualquer forma, que só dá oportunidades aqueles que já possuem algo, o comportamento desses jovens poderá ser considerado como adaptativo. A este propósito o aludido "Jornal de Notícias" de 3 de Maio de 2004, relata o caso de um adolescente de 13 anos, que quando o jornalista lhe pergunta o porquê de tanta agressividade, o jovem responde simplesmente: " É assim que a malta vive no bairro". De facto, estes jovens não têm muitas opções, pois o meio onde se inserem, fornece-lhes a aprendizagem necessária para sobreviverem à sua maneira e assumirem atitudes que são observadas nos bairros onde vivem. É imperioso mudar o enfoque sobre a questão da marginalidade, e, consequentemente, sobre os direitos humanos. As medidas tutelares educativas só deverão ser tomadas se outras ações preventivas tiverem sido já executadas e tiverem falido. A solução última não passa somente pela colocação desses jovens em famílias de acolhimento ou lares, esperando que o sistema mude per si.. Não 94 adianta tratar um sintoma sem primeiramente investigar a sua causa. É muito fácil rotular os atores de violência de desequilibrados, de maus, de desestruturados e não fazer nada para alterar estes comportamentos. Como já se focou anteriormente, a educação deverá registrar-se imediatamente à nascença, baseada em valores, normas e modelos de conduta, que serão inculcados no sentido de formar a personalidade do indivíduo. Vários modelos de intervenção educativa foram aplicados de acordo com o grupo e o meio social envolvente. O citado autor, elucida que este é um campo de ação dos educadores sociais (1998: 62) e por essa razão enumera alguns aspectos que se prendem com o ato de educar como sejam os programas baseados no modelo de conhecimento e de conduta; programas de ações interventivas em relação ao meio (informação e formação sanitária, cívica, segurança, …); programa de educação para a saúde, para a paz, para a convivência, e o programa mais determinante seria a terapia grupal, onde famílias desajustadas poderiam conjuntamente desenvolver projetos de realização pessoal, familiar e mesmo de bairro por ordem a combater os problemas existentes. Nestes programas também estaria a escola, que concomitantemente com a família e as equipas de intervenção lutariam neste trabalho educativo com coerência e contundência. Uma parceria eficaz, desejável, mas talvez utópica. As equipes de intervenção e as autarquias deveriam fomentar a participação efetiva dos cidadãos como protagonistas do seu próprio bairro, ou seja, cidadãos ativos e implicados no seu próprio desenvolvimento. Porém, a realidade é que as equipas são constituídas por um número de técnicos insuficientes, que têm a seu cargo inúmeros processos de famílias problemáticas, tentando resolver os problemas com medidas paliativas, que a médio e longo prazo não vão surtir efeitos positivos. A título de exemplo, o Rendimento Mínimo de Inserção (anteriormente designado de Rendimento Mínimo Garantido) constitui uma medida paliativa, levando os cidadãos a uma subsidio-dependência, quando este tinha inicialmente pressupostos louváveis com vista à inserção na vida ativa, através da formação e trabalho. O papel do educador social na prevenção da violência O educador social é um profissional que pode agir e interactuar na prevenção e resolução dos problemas de violência. Como "profissional híbrido" (Fermoso, 1998:93), pode atuar de diferentes formas, designadamente com a 95 família, com as crianças ou jovens, no meio onde se registem focos de violência e mesmo na escola como elemento mediador. Apesar de haver discursos divergentes acerca do âmbito de intervenção poder ser formal, informal ou não formal, Petrus (1997: 31) diz simplesmente que "a educação social não deve ter, entre as suas competências, a responsabilidade da atividade escolar". De facto, a transmissão de conhecimentos e conteúdos programáticos compete aos docentes e não aos educadores sociais. Na opinião de Fermoso (1998:92-95), a intervenção poderá ser ao nível da prevenção primária e secundária, centrando-se a "educação preventiva primária" em campanhas de sensibilização contra a conduta violenta na escola, realizadas nas escolas, A.T.L.’s, casas da juventude, ou mesmo nos meios de comunicação social, formação de professores, pais e educadores, … A "educação preventiva secundária" seria realizar atividades de educação não formal individualizadas, auxílio pedagógico a alunos com condutas violentas, intervenção direta na resolução de conflitos, ajuda aos pais que têm filhos com condutas violentas, orientando-os na resolução de tais problemas. O campo de ação do educador social são "os sectores sociais em desequilíbrio (…) além de solucionar determinados problemas próprios da inadaptação, tem duas funções não menos importantes: a primeira, desenvolver e promover a qualidade de vida de todos os cidadãos; a segunda, adoptar e aplicar estratégias de prevenção das causas dos desequilíbrios sociais. Noutras palavras, apesar das relações entre educação social e marginalização serem evidentes, com a marginalização não se esgota o âmbito da educação social". (Petrus, 1997: 27). De facto, a tarefa do educador é prevenir e intervir em situações de desvio ou risco em qualquer franja mais debilitada da sociedade, de forma a criar mudanças qualitativas. Deverá exercer intencionalmente influências positivas nos indivíduos. A educação social atua concomitantemente com outros trabalhadores sociais de modo interdisciplinar na proteção e promoção sociais. O educador social perante jovens inadaptados socialmente terá primeiramente que fazer um diagnóstico do problema para posteriormente atuar. Este trabalho terá que ser concertado com a escola e com outros trabalhadores sociais, nunca poderá ser um trabalho solitário. Após o diagnóstico, a solução deverá centrar-se na intervenção e na erradicação da violência na comunidade onde se inserem os jovens (Pino Juste, (1998: 136), especialmente: " (…) Detectar mecanismos que possam desencadear 96 num processo de marginalização, pobreza ou desenraizamento social e atuar"; englobar "todos os implicados na comunidade (instituições, amigos, famílias" no projecto de erradicação da violência. A quem intervém é necessária prudência, como profissional, salvaguardando os direitos da criança e sua família. Conclusão A sociedade tem vindo a sofrer significativas transformações. A família, núcleo primordial de educação, tem vindo dissimuladamente a delegar esse papel para a escola, dado que é no contexto educativo que as crianças passam a maior parte do dia. Todavia, nenhuma outra instituição poderá jamais substituir as condições educativas da família, nem parece ser razoável que seja unicamente a escola a ensinar valores tão necessários para o normal desenvolvimento da criança tais como: a democracia, as regras para a sã convivência, o respeito pelo outro, a solidariedade, a tolerância, o esforço pessoal, etc. À escola não se pode pedir que além de ensinar os conteúdos programáticos exigidos pelo Ministério da Educação, tenha também que ter a função educativa que compete aos pais. No meio de tudo isto, a verdade é que a violência continua a existir e a registrar-se cada vez mais na população jovem. A escola não pode ignorar que os conflitos e problemas sociais existem, e por isso tem vindo a adaptar-se como pode. E é precisamente na escola que as crianças imitem comportamentos que diariamente observam. Meios onde proliferam os maus tratos físicos e psicológicos, onde as privações, a promiscuidade, a baixa escolarização, a pobreza andam de mãos dadas. Neste campo, urge uma intervenção conjunta realmente eficaz, fornecendo à população em risco modelos de conduta adequados ao desenvolvimento afetivo, intelectual e moral de todos os implicados. Nós, sociedade democrática, somos responsáveis pelas consequências educativas das nossas ações. Terá que haver um esforço financeiro governamental, não só econômico mas também a nível de recursos humanos para que programas de combate à violência e exclusão social sejam realmente concretizados e obtenham bons resultados. Não podemos deixar que as crianças se transformem em futuros inadaptados ou futuros marginais, só porque não tiveram referências positivas na infância e porque as diversas entidades educativas se foram «esquecendo» que essas crianças também necessitam de carinho, de afeto, que também são seres humanos como todas as outras crianças. 97 Consciente de que este trabalho é insuficiente na abordagem desta temática, pois muito mais haveria a dizer, dado que o fenômeno da violência é muito amplo e surge em variadíssimos contextos, resta então cogitar que toda a sociedade se deveria mobilizar para proteger os cidadãos de amanhã, para que não tenham um futuro sombrio, enredados em sofrimento, privações e sem projetos de vida. MEMORIAL GENERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA No momento de inscrição criou-se uma grande expectativa de quem seriam os cursistas aprovados e como seriam tratados assuntos tão polêmicos como a discriminação, o preconceito e os estereótipos criados em torno de tais situações. A maioria se julgava não preconceituoso, mas ao passar dos encontros, das leituras percebeu que algum tipo de preconceito praticava, talvez inconscientemente mas praticava. Busquei a leitura de muitos textos antes do início do curso e um que chamou bastante atenção foi escrito pelo Professor de Psicologia da Universidade Federal de Ouro Preto, Sr. Francisco Moura, ele diz que a diversidade de indivíduos dentro de um mesmo espaço faz a riqueza de uma sociedade e de uma cultura. A diversidade é indispensável e esta dia-a-dia presente nas escolas, pois a população que nela convive são de diferentes culturas e grande diversidade tornando-se um cenário corriqueiro na sala de aula, levando o professor a enfrentar diversas situações buscando respeitar as diferenças do seu aluno. Destaco esta leitura, pois nos remete a pensar que todos ou a maioria dos professores deveriam buscar qualificação em cursos como este de Gênero e Diversidade na Escola para aprender a “respeitar as diferenças”, é preciso e urgente que se perceba que os alunos são todos diferentes e carregam consigo uma bagagem cultural imensa que deve ser valorizada e aproveitada no contexto escolar e neste contexto lembro ainda que a discriminação ocorre também entre os educadores, portanto o respeito à diversidade e às diferenças devem estar presentes entre todos os atores do processo educativo. A escola é considerada o local onde se encontra a maior diversidade, pois o professor tem que trabalhar com as múltiplas diferenças, tais como: étnicoraciais, inclusão de deficientes, educação sexual, diversos gêneros e diferentes interesses humanos ocorrendo assim diversas situações de preconceito. Considero a escola como um local ideal para discutir, refletir sobre as diferenças entre as 98 pessoas seja de cunho cultural, religioso, sexual, pois o professor pode contribuir de maneira eficaz na formação intelectual das crianças, adolescente e jovens de nosso país, porém para isto os educadores necessitam aperfeiçoar-se no assunto evitando gafes na sua prática escolar, pois trabalhar a diversidade em sala de aula não é tarefa fácil e os professores não tem preparo para tal ação, sendo esta uma divida que a escola possui com a sociedade. O respeito à diversidade ocorrerá quando os educadores abandonarem certos paradigmas, abrindo-se para discussões, certos de que há muitas visões de mundo e diferentes culturas. Algumas reportagens da Revista Nova Escola vem tratando questões polêmicas que devem fazer parte do cotidiano escolar. Cito uma intitulada Meninos X Meninas, ela traz situações que ocorrem diariamente e muitas vezes o educador não percebe que está provocando a discriminação de gênero. Conceituar gênero significa compreender que homens e mulheres são produtos da realidade social em que convive e nada tem haver com a anatomia corporal, o biológico que possui. No senso comum muitos acreditam que mulheres agem de determinada forma porque nasceram pré-destinadas a isto e homens da mesma forma, mas quando se estuda o assunto sabe-se que muitas características tidas como femininas ou masculinas são criações da sociedade, pode haver homens sensíveis e mulheres duronas, pois o sexo não é fator determinante. Pequenas ações cotidianas reforçam preconceitos na sociedade, onde está definido que usar rosa é coisa de menina? Brincar de carrinho é necessariamente coisa de menino? As pessoas se dão o direito de violar os valores nos outros, criando julgamentos e cobranças o que gera discriminações cruéis tanto para mulheres como para homens. A escola precisa mostrar que há pessoas diferentes, com religiões diferentes, pensamentos diferentes e vivencias diferenciadas que tornam o mundo heterogêneo, mas que jamais pode gerar discriminação. Na maioria das escolas já existem projetos de saúde e prevenção, considero os mesmos valiosos, pois trazem questões que quebram tabus. Para trabalhar com estes projetos é necessário abandonar conceitos de uma educação conservadora da qual somos frutos, quebrando certas regras religiosas e culturais, não se pode permitir que pessoas sejam ameaçadas por causa de sua cor de pele, da sua opção sexual, pela roupa que veste, ou seja, por pensar e agir diferente da maioria, não é possível continuar pensando que apenas os heterossexuais são 99 normais, numa sociedade que as famílias já não são mais somente formadas pelo pai, mãe e filhos, pois as pessoas estão fazendo outras opções de sexo que devem ser consideradas normais e as crianças frutos destas uniões já estão chegando às escolas. Merece destaque ainda a questão sobre a dívida social que o Brasil tem com os negros, os mesmos foram arrancados de suas casas, tradições como animais e trazidos para ajudar no desenvolvimento do país de forma totalmente arbitrária, sendo tratados como meros objetos, seres inferiores e incapazes de um progresso pessoal. Ainda hoje há reflexos destas ideias impostas há tantas décadas. Surge então uma forma que procura naturalizar as diferenças que é o racismo, buscando neutralizar as diferenças. Erroneamente tenta-se acabar com o racismo, mascarando o mesmo, domesticando as diferenças. É necessário haver políticas públicas eficientes capazes de igualar todos os seres humanos independente de condições sociais, cor de pele, raça, oferecendo ensino público de qualidade a todas as faixas etárias, visando formar cidadãos críticos, capazes de lutar por seus direitos sendo cumpridores de seus deveres. Cotidianamente nos deparamos com situações que nos levam a questionar, duvidar e buscar caminhos nos conhecimentos adquiridos durante o estudo das questões de gênero e diversidade na escola. A escola como instituição de saber, com seu corpo docente devem priorizar a análise de sua prática, redirecionando o que for necessário para melhor trabalhar com as diferenças que geram discriminação e em alguns casos a evasão escolar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo. Atica, Chilvers, Ian. Dicionário oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 1996. COURTNEY, R. Jogo, teatro e pensamento- As bases intelectuais do teatro na educação. São Paulo: Perspectiva ,1980. 100 DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4.ed.Campinas, Sp, Papirus,1995. FERRAZ, M. , FUSARI , M. R. Metodologia do ensino da arte. 2ed. São Paulo. Cortez, 1993 . FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro. Zahar,1979. Gombrich, E.H. A história da arte. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: LTC, 1993. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtiva. 11. ed. 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Porto: Porto Editora, p. 1724. 105 APÊNDICE II – DISCIPLINA DE BIOLOGIA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza, as ciências naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos, conhecer a realidade externa bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos. "A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de que, se sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de novo, o mundo de algum modo se tornará mais claro e toda a estranheza do universo se mostrará interligada e com sentido." (E. O. Wilson). Disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. A compreensão da vida nos seus detalhes e todas as implicações é fascinante, e é parte desse fascínio que a disciplina pretende partilhar com seus estudantes. A atualidade desta disciplina fica evidente no dia a dia. A mídia tem trazido a público temas como: biodiversidade, preservação de recursos naturais,descobertas de novas espécies, estudos de fósseis que modificam ou confirmam as ideias sobre a evolução da vida, a luta contra microorganismos resistentes, a formação da consciência e a biologia molecular, que constitui uma forma de poder com implicações que têm sido intensamente debatidas. Conhecer, refletir e posicionar-se sobre essas e outras questões é outro objetivo da disciplina. A vida pode ser compreendida em diversos níveis de organização: molecular, celular, do indivíduo, da população e da ecologia. Ao longo do ensino médio,o aluno estudará todos esses níveis. Em cada um deles os processos estará interligados pelo conceito unificador na biologia, o da evolução. Um dos objetivos da disciplina é que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e utilize-se dele no seu cotidiano. Assumindo o processo do currículo disciplinar, onde os alunos possam ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade através dos conteúdos disciplinares. O objeto de estudo da Biologia é o FENÔMENO VIDA. Observa-se que em cada momento da história da humanidade ocorreram diferentes concepções do Fenômeno Vida. 106 Na antiguidade, vemos o Pensamento Biológico descritivo, influenciado pela religião. Neste período, ocorreu o desenvolvimento da zoologia, botânica e medicina. O conhecimento estava voltado para a compreensão da natureza, surgem então as primeiras universidades. Os nomes que se destacaram foram Aristóteles e Liné. A vida é vista como “expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional” O pensamento Biológico Mecanicista é observado no século XV. Destacam-se Descartes, Redi e Newton. O foco da discussão era a origem da vida. Período que se inicia o fracionamento dos organismos para estudar e compreender. No século XVIII e XIX, influenciado pelas ideias de Erasmus Darwin, Lamark, Charles Darwin, Mendel, Schleiden e Schwan, surge o Pensamento Biológico Evolutivo. A descoberta de fósseis, coleta de animais, estudo da anatomia e embriologia trazem maior interesse pela evolução. No século XVIII e XIX, o uso da Biologia na medicina e na agricultura estimularam a pesquisa, principalmente na área de bioquímica, biofísica e biologia molecular. Surge o Pensamento Biológico da Manipulação Genética. Com desenvolvimento aumenta a preocupação das implicações sobre o Fenômeno Vida. Dentro desta perspectiva temos a história do currículo escolar brasileiro. Em 1838, abre no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro o primeiro curso de Ensino Médio no Brasil. O ensino era pautado no Pensamento Mecanicista descritivo, com livros importados da França. Em 1930 os primeiros cursos superiores de Ciências Naturais priorizavam o ensino descritivo, livresco, teórico e memorístico. Em 1946, pós-guerras mundiais, ocorreram muitas produções científicas. As aulas práticas eram meramente ilustrativas. Em 1946, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECC) se preocupou com a qualidade do ensino. Nesse ano também teve a produção de materiais didáticos. Com a corrida espacial em 1950, o interesse pelas ciências aumentou. 107 Em 1960, o Biological Sciences Curriculum Study (BSCS) construiu o material curricular com conteúdos de bioquímica, ecologia e biologia celular, com a intenção de formar futuros cientistas. No Brasil a escola era elitista. Ainda em 1960, ocorrem mudanças no ensino. Em 1961, a LDB 4024 apresentou a ciência como fator de desenvolvimento. Em 1970, as questões ambientais, as implicações do desenvolvimento tecnológico e científico começaram a se destacar no cenário mundial. Com a reformulação do Ensino Básico, com a Lei 5692/71, as escolas deixaram de formar o futuro cientista ou profissional liberal para formar o trabalhador. Em 1980, ocorreu a redemocratização do Brasil e dos movimentos Pedagógicos. Uma década após a influência do construtivismo, ainda se observava, em sala de aula características tradicionais. Nas décadas de 80 e 90, a Secretaria da Educação do Estado do Paraná iniciou um programa de reestruturação do ensino de 2°grau. Embasada na teoria histórico-crítica, a nova proposta estabelece seis temas: 1. relações dos seres vivos e seu meio ambiente; 2. organização dos seres vivos; 3. classificação dos seres vivos; 4. hereditariedade e ambiente; 5. desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia; 6. saúde Humana. Com o objetivo de superar o ensino tradicional e tecnicista, com a pedagogia histórico-crítica em 1998, temos as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) com estudos em áreas de conhecimento de Biologia – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Nos PCN temos uma tendência neoliberal, focalizando as competências e habilidades dos alunos, na qual os projetos são vistos como necessários para a vida do aluno. Os conteúdos são apresentados de forma reducionista, com ênfase nos resultados da Ciência e omissão do seu processo de produção histórica. As DCEs fundamentam-se na concepção histórica da Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. 108 Nesta perspectiva, são definidos os Conteúdos Estruturantes e encaminhamentos metodológicos, a partir da dimensão histórica da Biologia e de marcos conceituais da construção do pensamento biológico. METODOLOGIA A construção do conhecimento é um processo inacabado. A Biologia deve ser entendida como um processo de produção do desenvolvimento humano. Os conteúdos estruturantes foram compostos por paradigmas do pensamento biológico, são eles: 1. organização dos seres vivos; 2. funcionamento dos mecanismos biológicos; 3.estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas; 4. análise da manipulação genética. A partir desses paradigmas foram construídos os conteúdos estruturantes, que são saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino e que baliza as Diretrizes Curriculares. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • Organização dos seres vivos • Mecanismos biológicos • Biodiversidade • Manipulação genética A disciplina de Biologia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes. Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem hierarquizados. 109 ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS • Conhecer modelos teóricos. • Compreender e conhecer a diversidade biológica de maneira a agrupar e caracterizar as espécies extintas e existentes. • Descritivo. • Classificação, estudos microscópicos, avanços no campo da Biologia Celular, no funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva, ecológica e da Biologia Molecular. Este Conteúdo Estruturante parte do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se o estudo das características e fatores que as determinam. MECANISMOS BIOLÓGICOS Analisa o funcionamento dos sistemas orgânicos dos seres vivos. Estuda a locomoção, digestão, respiração, componentes celulares e suas funções. Faz uma comparação evolutiva. Visão mecanicista do pensamento biológico, macroscópica, descritiva e fragmentada da natureza. BIODIVERSIDADE Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos conhecimentos. Organização natural dos seres vivos. Pensamento biológico evolutivo. Entende a Biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações. 110 MANIPULAÇÃO GENÉTICA • Conceito biológico Vida como fato natural, independente da ação do homem. • Implicações dos conhecimentos de biologia molecular. • Aplicações do conhecimento biológico, este que interfere e modifica o contexto de vida e da humanidade, e requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela Vida. CONTEÚDOS BÁSICOS E SEUS CONCEITOS BÁSICOS: Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenético • seres vivos; • espécie; • táxon; • gene; • filo; • evolução. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. • Célula; • Tecido; • Órgão; • Sistemas; • Organismo; • Metabolismo; • Reprodução; • Digestão. 111 Mecanismos de desenvolvimento embriológico • Embrião; • Diferenciação; • Zigoto; • Feto; • Evolução (comparativa). Teoria celular; mecanismos celulares biofósicos e bioquímicos • • • Célula; Metabolismo; Respiração; • Fotossíntese; • Mitose; • Meiose; • Absorção; • Soluto; • Solvente; • Osmose; • Difusão; • Absorção; • Concentração. Teorias evolutivas • Evolução; • Fóssil; • Mutação; • Órgãos Vestigiais; • Adaptação. 112 Transmissão das características hereditárias • Gene; • Reprodução; • Fecundação; • Genótipo; • Fenótipo; • Evolução; • Haplóide; • Diplóide; • Homozigose; • Heterozigose; • Cromossomos; • • Alelos; Material genético. Dinâmica dos ecossistemas: interdependência com o ambiente • Espécie; • Organismo; • População; • Ser vivo; • Ambiente; • Comunidade; • Ecossistema; • Biosfera; • Nutrição; • Energia; • Biodiversidade; relações entre os seres vivos e a 113 • • Habitat; Nicho. ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS • Genes; • Organismos geneticamente modificados; • Transgenia . CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES GRUPOS DE SERES VIVOS • Relações entre as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus. • Classificação dos seres vivos quanto ao número de células pluricelular), tipo (unicelular e de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); • Classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos; • Anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); • Estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; • Mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; • Mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; • Diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia); • Teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; • Estrutura genética e o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos. 114 FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS QUE CONSTITUEM OS ECOSSISTEMAS E AS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE ESTES • Relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem; • Importância e manutenção da diversidade biológica; • Evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais; • Técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Apresenta a articulação entre os meios e os conteúdos, na perspectiva de retomada histórica e da disciplina escolar, seus determinantes políticos, sociais e ideológicos. Selecionar conteúdos específicos e relacioná-los com outros conteúdos, com outras áreas do conhecimento, propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de questões emergentes. Dentro do conhecimento biológico temos quatro paradigmas metodológicos que são o descritivo, o mecanicista, o evolutivo e o da manipulação genética. De cada um desses paradigmas definem-se os conteúdos estruturantes. Um mesmo conteúdo específico pode ser estudado em cada um dos conteúdos estruturantes. Conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias dos alunos é fundamental, pois são esses elementos, se são trabalhados adequadamente, poderão gerar obstáculos para aprendizagem. Os debates em sala oportunizam a análise e formação de um sujeito investigativo e interessado. Este procedimento deve ser utilizado a fim de conhecer e compreender a realidade ao qual os alunos estão inseridos. Os conteúdos de biologia necessitam apoiar-se em um processo pedagógico: • prática social; 115 • problematização; • instrumentalização; • catarse; • retorno à prática social. Para cada conteúdo estruturante, propõe-se trabalhar os seguintes aspectos: Organização dos seres vivos • metodologia descritiva; • observação e descrição dos seres vivos; • discussões; • metodologia que permita uma abordagem na tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, considerando a história; • pensamento biológico EVOLUTIVO. Mecanismos biológicos • Paradigma mecanicista para explicar os MECANISMOS biológicos (como os sistemas biológicos funcionam). Biodiversidade • Paradigma evolutivo; • Parte das contribuições de Lamark e Darwin para superar as idéias fixistas; • Relaciona os conceitos da genética, evolução e ecologia para explicar a diversidade dos seres vivos. Manipulação genética • Paradigma manipulação genética; • Análise sobre as implicações dos avanços biológicos; • Ênfase na problematização, em provocações e na mobilização do aluno por busca de conhecimentos necessários para resolver problemas; • Leituras críticas; • Imagens em vídeo, transparências, fotos, textos de apoio; • Aulas dialogadas, experimentação, demonstrações, estudo do meio, jogos didáticos podem ser algumas metodologias para este conteúdo estruturante. 116 AVALIAÇÃO Deve ser considerado como um instrumento de aprendizagem que permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos é também uma avaliação do professor, pois este é co-responsável pelos resultados. O processo cognitivo é contínuo e inacabado, portanto em construção. A avaliação tem como finalidade obter informações sobre a prática pedagógica para poder intervir e reformular o processo ensino aprendizagem. Segundo a LDB 9394/96, a avaliação deve ser um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos”. Deve ser um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo. APRESENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação contínua e formativa que discutimos na primeira parte deste texto. Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Os modelos de atividade criadas pelos Grupos de Estudos para alimentar o banco de atividades avaliativas no Portal Dia a dia Educação são os seguintes: ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação. 117 Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento. Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina. Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se: • houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias • o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada • foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. Observação importante: Na inclusão desta atividade no Portal, o grupo deverá apresentar as questões que serão feitas para avaliar a compreensão do texto pelo aluno. PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele o título da pesquisa. O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de orientador. Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações de leituras para os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que o aluno tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto. A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno. 118 Passos para uma consulta bibliográfica: • Contextualização: significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto(espaço/temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema. • Problema: uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema. • Justificativa: argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores encontram-se inseridos. • Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica: é o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. PRODUÇÃO DE TEXTO As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. O texto de Física, de História, de Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social. Além disso, qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico. É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos que são solicitados ao aluno para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer. As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, pp.62-63). Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita numa abrangência maior de esferas de atividade. Na prática da escrita, há três etapas articuladas: 119 • planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção; • escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada; • revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida. Critérios de avaliação inerentes a essa atividade são: • Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção = (gênero, interlocutor, finalidade, etc.); • Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão); • Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; • Elaborar argumentos consistentes; • Produzir textos respeitando o tema; • Estabelecer relações entre as partes do texto; • Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentála. PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo). Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são: • Conhecimento do conteúdo; • Argumentos selecionados; • Adequação da linguagem; • Sequencia lógica e clareza na apresentação; • Produção e uso de recursos. 120 ATIVIDADES EXPERIMENTAIS São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo. As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição. Não se deve, portanto, antecipar para o aluno os resultados ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão importante quanto o produto. É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com o qual os alunos estão envolvidos, entendendo que esta significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos equipamentos. A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressalte-se que o uso adequado e conveniente dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não se vai conseguir uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas atividades forem apenas eventuais. A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes para que professor e aluno avaliem a atividade. PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a formação dos alunos como agentes sociais. Silva (2002, p. 61) descreve o trabalho de campo como: “a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação investigativa proporciona, paralelamente à 121 interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a formulação de noções ou conceitos;[...]a realização das ações, notadamente no trabalho docente,insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo do professor (ou do livro didático) que coloca o aluno no papel de protagonista da própria aprendizagem”. Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional insubstituível. Encaminhamento de uma pesquisa de campo: • Preparar conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses do alunos e suas expectativas; • Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente; • Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias, questionamentos ou problematização; • Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local; • Definir o material necessário para a pesquisa de campo; • Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar • Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado, concluindo assim o trabalho prático. O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o desempenho dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar. A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos terão avaliada sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese. RELATÓRIO 122 O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Na Educação Básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras. O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem. O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados se chegou. São elementos do relatório: • Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos. • Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. • Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão. 4. ConsideraçõesFinais:Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os 123 com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada. SEMINÁRIO O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados. A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se fossem aulas expositivas dadas pelos estudantes, onde relatam sobre assuntos estudados em livros Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o estudante fale em público, ordene as idéias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e fale aos colegas com seriedade. A forma de avaliação em seminário merece atenção especial por parte do professor, pois podem-se cometer erros em relação aos estudantes que têm dificuldade em se expressar. É importante que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante que se avalie: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. O estudante precisa saber como foi esta avaliação, para que veja onde falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os estudantes na ocasião em que o seminário for proposto. 124 DEBATE É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em possíveis critérios de avaliação: 1.Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes; 2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; 3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; 4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; 5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; 6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate. Além disso, o debate possibilita que o professor avalie: • o uso adequado da língua portuguesa em situações formais; • o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; • a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor poderá, entre várias possibilidades,enriquecer as discussões acerca do conteúdo 125 que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto. O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada. Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a especificidade de sua disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc. A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie • a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto; • a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido. • o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário. ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a pesquisa do professor sobre o recurso a ser levado para os alunos. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o professor avalie, entre outros critérios: • a compreensão e interpretação da linguagem utilizada; 126 • a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; • o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso; TRABALHO EM GRUPO O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do professor são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as atividades. Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de estudo de formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para o professor, são socializadas no grupo. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno: • Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; • Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 127 QUESTÕES DISCURSIVAS Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados: • Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade. • Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada. • Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizandose da norma padrão da língua portuguesa. • Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada. Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada.O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação. 128 QUESTÕES OBJETIVAS Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação, nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos. Obs.: Seguem em anexo os conteúdos divididos por séries. SÉRIES CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ESTRUTURANTES BÁSICOS -Classificação • Relações entre as características seres vivos dos seres específicas -Mecanismos vivos: critérios organismos, biológicos taxonômicos e vegetais e animais, e dos vírus. -Biodiversidade filogenéticos. -Manipulação - Mecanismos quanto ao número de células genética celulares (unicelular biofísicos e de bioquímicos. (procarionte e eucarionte), forma - Transmissão de obtenção de energia (autótrofo das e características reprodução hereditárias. assexuada); 1º ano -Organização dos • dos dos microorganismos Classificação dos seres vivos e pluricelular), organização heterótrofo) e tipo celular tipo (sexuada de e - Organismos geneticament • e modificados. Estrutura e funcionamento das organelas citoplasmáticas; 129 • Mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; • Mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; • Estrutura genética- ácidos nucléicos • Diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais freqüentes nos sistemas biológicos (histologia); • -Organização dos -Classificação seres vivos dos seres 2º ano -Mecanismos Teorias sobre a origem da vida; − Características dos diferentes grupos de seres vivos vivos: critérios biológicos taxonômicos e -Biodiversidade filogenéticos. características específicas dos -Manipulação -Sistemas micro-organismos, genética biológicos: organismos anatomia, animais, e dos vírus. morfologia e fisiologia. − Relações − Classificação (morfológica, entre as dos vegetais e filogenética estrutural e molecular) dos seres vivos; − Anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas (digestório, cardiovascular, endócrino, biológicos reprodutor, respiratório, muscular, esquelético, excretor, sensorial 130 e nervoso); − Importância e manutenção da diversidade biológica. 3º ano -Organização dos • -Transmissão Estrutura genética e o seres vivos das processo de transmissão das -Mecanismos características características biológicos hereditárias. entre os seres vivos; Fatores -Biodiversidade -Organismos bióticos -Manipulação geneticament constituem os ecossistemas e genética e modificados. as relações existentes entre -Dinâmica dos estes; e hereditárias abióticos que ecossistemas: relações entre 3. Relações de interdependência os seres vivos entre os seres vivos e destes e com o meio em que vivem. interdependên cia com o 4. Importância e manutenção da ambiente. diversidade biológica. - Teorias evolutivas • Evolução histórica da construção dos biotecnológicos conhecimentos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de 131 problemas sócio-ambientais; • Técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/ utilização; • Teorias sobre a evolução das espécies REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA. CURITIBA, 2008. SÔNIA LOPES. BIOLOGIA VOLUME ÚNICO. 5 EDIÇÃO. AMABIS &MARTHO. FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA MODERNA. VOLUME 1. 1ª EDIÇÃO. CARVALHO,WANDERLEY.BIOLOGIA EM FOCO.VOLUME 1,2,3. CIÊNCIA: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA. 14. ED. RIO DE JANEIRO: ESPAÇO E TEMPO; SÃO PAULO: EDUC, 2004. AUSUBEL, D.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. PSICOLOGIA EDUCACIONAL. RIO DE JANEIRO: INTERAMERICANA, 1980. RONAN, C.A. HISTÓRIA ILUSTRADA DA CIÊNCIA: ORIENTE, ROMA E IDADE MÉDIA. RIO DE JANEIRO: JORGA ZAHAR EDITOR, 1997A. ___________. HISTÓRIA ILUSTRADA DA CIÊNCIA: A CIÊNCIA NOS SÉCULOS XIX E XX. RIO DE JANEIRO: JORGA ZAHAR EDITOR, 1997B. 132 ROSSI, P. O NASCIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA NA EUROPA. BAURU, SP: EDUSC, 2001. RUSS, J. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA. SÃO PAULO: SCIPIONE, 1994. SAVIANI, D. PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES. CAMPINAS:AUTORES ASSOCIADOS, 1997. SCHLICHTING, M. C. R. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE BIOLOGIA. FLORIANÓPOLIS, 1997. DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM EDUCAÇÃO) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. SNYDERS, G. A ALEGRIA DE APRENDER NA ESCOLA. SÃO PAULO: FDE, 1991 133 APÊNDICE III - CIÊNCIAS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O ensino de Ciências vem propor uma abordagem crítica e histórica dos conteúdos que priorize os conhecimentos científicos, físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de considerar as implicações da relação entre ciência, tecnologia e a sociedade. Também está diretamente vinculado à evolução do pensamento humano e, assim sendo, reflete as práticas sociais no decorrer da história. Percebe - se, portanto, que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período histórico, determinando, alteração consecutiva do processo de ensino- aprendizagem. Hoje, vários significados são aceitos para o termo ciência, portanto é necessário deixar clara a concepção de ciência a ser adotada. A escola é parte da sociedade e como tal, vem reproduzindo o modelo econômico vigente. A partir do ano de 1950, a escola leva o aluno a descobrir conceitos científicos no laboratório, desconsiderando a prática social dos alunos. Existe a concepção de ciências como um acervo de conhecimentos prontos, que podem ser continuadamente confirmados, retificados, ou superados e também a maneira como esses conhecimentos chegam ao indivíduo, o que depende da influência de fatores sociais, econômicos e políticos, geralmente associados às relações de poder existentes na sociedade. O modelo construtivista passou a vigorar a partir de 1980, quando os conhecimentos prévios do aluno passam a ser considerados no processo de ensino aprendizagem e eles passam a ser construtores do seu conhecimento, mas o professor ainda é o transmissor. É mais promissor para o processo de ensinoaprendizagem, que ele seja voltado para a inovação, para o trabalho cooperativo e a aquisição de ferramentas de análise, de compreensão e de expressão. Portanto, o ensino de ciências deve atender às necessidades cotidianas das pessoas adaptando - o às particularidades de todos os alunos, através do questionamento, problematização e valorização do saber prévio, para garantir as condições indispensáveis para que todos possam manter - se na escola e aprender. 134 A aprendizagem de ciências não depende apenas de uma diretriz curricular bem elaborada, mas também do compromisso técnico e político dos governos, bem como dos pais, familiares, professores e demais profissionais da sociedade que possam interferir no processo, principalmente no caso da inclusão, quando se quer um ensino de qualidade. Além disso, há outros fatores que interferem no processo de ensinoaprendizagem, como falta de preparo ou capacitação para lidar com as condições adversas encontradas na escola, sejam físicas, materiais, humanas, etc., intrínsecas à escola, bem como às da comunidade. OBJETIVOS GERAIS: ◦ Questionar a realidade formulando problemas e resolvê - los utilizando o pensamento lógico, o método empírico, a criatividade, a intuição e capacidade de análise crítica. ◦ Saber usar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. ◦ Utilizar diferentes linguagens para produzir, expressar e comunicar idéias. ◦ Conhecer o próprio corpo para saber dele cuidar. ◦ Conhecer o ambiente e os seres vivos para saber deles cuidar. ◦ Desenvolver o conhecimento teórico para saber aplicá -lo em todas as instâncias pessoais e sociais na busca do exercício pleno da cidadania no respeito às diferenças individuais e culturais e para analisar de maneira crítica, responsável e construtiva diferentes situações. ◦ Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformação do mundo em que vive, respeitando os demais seres vivos e outros componentes do ambiente, bem como, buscando na tecnologia um meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e do homem. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: 5a Série Conteúdos Estruturantes Astronomia Conteúdos Básicos Universo Sistema Solar Conteúdos específicos A origem do Universo Estrela, planetas e satélites 135 Movimentos terrestres Rotação e translação Movimentos celestes Rotação e translação Astros Luminosos e iluminados Matéria Constituição da matéria Composição do ar, água e solo Sistemas Biológicos Níveis de organização celular Relações ecológicas Formas de energia Eólica, térmica, hídrica, etc Energia Conversão de energia Mudanças de estado físico Transmissão de energia Biodiversidade 6a Série Conteúdos Estruturantes Astronomia Organização dos seres vivos Relações ecológicas Ecossistemas Evolução dos seres vivos Educação ambiental Movimentos Terrestres Movimentos Celestes Conteúdos específicos Estrela, planetas e satélites Rotação e translação Rotação e translação Matéria Constituição da Matéria Célula Composição da célula Anatomia e fisiologia Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos Formas de Energia Autótrofos e heterótrofos Transmissão de energia Cadeia alimentar Origem da Vida Organização dos seres vivos Classificação Energia Biodiversidade 7a Série Conteúdos Estruturantes Astronomia Matéria Conteúdos Básicos Astros Sistemática Organização dos seres vivos Conteúdos Básicos Conteúdos específicos Origem e evolução do universo Constituição da matéria Níveis de organização Composição celular Célula – tecido – órgãos - sistemas 136 Célula Sistemas Biológicos Energia Biodiversidade 8a Série Conteúdos Estruturante Astronomia Anatomia e fisiologia Morfologia e fisiologia do ser humano x gênero e diversidade sexual Prevenção ao uso indevido de drogas X Violência doméstica Formas de energia Respiração celular e fermentação Evolução dos seres vivos Evolução humana Conteúdos Básicos Conteúdos específicos Astros Gravitação universalidade Mecânica Matéria Sistemas Biológicos Propriedades da matéria Funções químicas Morfologia e fisiologia dos seres vivos Trabalho e potência Mecanismos de herança genética Energia Formas de energia Conservação de energia Biodiversidade Interações ecológicas Funções químicas Reações químicas Transformações químicas OBS- Os Desafios Contemporâneos( Educação fiscal, História e cultura AfroBrasileira, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Violência doméstica e gênero e diversidade sexual) serão trabalhados, em todas as séries, de forma articulada com os conteúdos ou na forma de projetos, na medida em que os mesmos assim o exigirem ou de acordo com o interesse dos alunos. METODOLOGIA Os conhecimentos prévios dos alunos são considerados, articulando os aos aspectos conceituais, sociais e históricos da ciência, organizados de tal forma que cada conteúdo é abordado a partir da concepção de ciências como processo de construção humana, temporária e mutante, considerando as relações entre ciência, tecnologia e sociedade e ressaltando a relação entre a teoria e a práxis. O livro didático é usado, mas sem esquecer de estabelecer relações, integrações e contextualização dos conteúdos, articulando os conteúdos específicos 137 interséries, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, etc. Experimentos são realizados com o objetivo de despertar o interesse e a curiosidade dos alunos, bem como trabalhar situações de investigação, coleta de dados, análise e interpretação dos resultados obtidos. O mesmo ocorre com as aulas práticas, que podem tanto ser realizadas no laboratório ou em qualquer ambiente da escola de acordo com o objetivo a ser alcançado e com a metodologia adequada ao experimento ou alua prática. De acordo com o conteúdo, pode - se utilizar jogos de simulação, ou não, como cruzadinhas, caça - palavras, bingo, tribunal ou júri, dramatização, etc. e também visitas a museus, fazendas, universidades, usinas de reciclagem, etc. para estimular o trabalho coletivo e de maneira a integrar o conteúdo com a realidade. Individualmente ou de forma coletiva, pode - se associar o conteúdo a outras disciplinas, relacionando - o com a música, desenho, poesia, jogos didáticos, história em quadrinhos, painéis, murais, jornais, exposição, participação em feiras e projetos. O desenvolvimento do aluno pode ser verificado pela observação direta, participação, provas escritas, orais e/ou auto - avaliações, tarefas, trabalhos e pesquisas individuais e coletiva, realizadas na sala ou em casa, bem como através de relatórios de passeios e de experimentos. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO A avaliação é um processo contínuo e sistemático, funcional, orientador e integral, isto é, o aluno deve ser avaliado como um todo, sejam os aspectos cognitivos, comportamentais e as habilidades motoras devem ser analisadas. Portanto deve ser realizada diariamente pelo professor com cada turma, utilizando vários instrumentos que devem estar de acordo com a realidade de cada turma, para verificar efetivamente a apropriação dos conteúdos e procedimentos pelos alunos. A partir dos critérios estabelecidos pelo professor de acordo com turma e disciplina, o processo de avaliação deve ocorrer de forma significativa, objetivando: • O conhecimento do ambiente e dos seres vivos e a relação deles com a realidade dos alunos. • Usar diferentes linguagens para produzir, expressar e comunicar idéias, e aplicar o que aprendeu de forma prática. 138 Usar fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir • conhecimentos. Relacionar os aspectos sociais, políticos, culturais, econômicos, éticos e • históricos envolvidos no ensino de ciências. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VALLE, Cecília. Ciências. Editora Positivo. Curitiba. 2004. Diretrizes curriculares de ciências para o ensino fundamental. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Versão preliminar. Julho.2006. Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Santa Felicidade. Versão do ano de 2000. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Especial. 139 APÊNDICE IV - EDUCAÇÃO FÍSICA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A história mostra que desde a pré história os homens se exercitavam, seja por sobrevivência ou sob diversas formas (danças, corridas, lutas e jogos). Esta situação perdurou por séculos, com pequenas modificações e ajustes em cada época. Historicamente a Educação Física no Brasil começou dentro de uma Instituição Militar, com a finalidade principal de treinar e preparar os militares para a defesa da Pátria. (BREGOLATO, 1994, pg.2) Os métodos utilizados para treiná-los eram a Ginástica baseados em teorias precedentes da Europa (BREGOLATO, 1994, pg.22) No ano de 1882, Rui Barbosa deu os primeiro passos para que a Educação Física se tornasse matéria obrigatória nas escolas brasileiras emitindo o parecer nº 224, conhecida como Reforma Leôncio de Carvalho, decreto nº 7.247. (OLIVEIRA, 1986, pg.54) A Ginástica manteve-se por muito tempo como um dos principais conteúdos e modelos de prática corporal adotada nas escolas brasileiras durante o século XIX e especificamente nas quatro primeiras décadas do século XX (COLETIVO DE AUTORES,1993, p. 52). Durante esse período, a Educação Física era entendida como uma atividade exclusivamente prática, já que os profissionais de Educação Física que atuavam nas escolas eram instrutores formados pelas instituições Militares (COLETIVO DE AUTORES, 1993, p. 53). No final da década de 30 e início dos anos 40, o esporte apresentava uma grande popularidade, afirmando-se como elemento da cultura corporal, por esse motivo ele passa então a ser adotado nas aulas de Educação Física assumindo códigos esportivos de rendimento atlético/desportivo, competição, comparação de rendimento e recordes, regulamentação rígida, sucesso no esporte como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas (COLETIVOS DE AUTORES, 1993, p. 54). O professor de Educação Física reproduzia esses códigos esportivos por meio de atividade repetitivas, mecânicas e condicionantes – visão tecnicista, 140 sem se preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento (BRACHT,1992 apud BRASIL, 2008, p.5). A partir de então através de decretos e reformas, a Educação Física manteve seu caráter obrigatório nas escolas passando por diversas modificações quanto a sua metodologia de ensino. Em meados dos anos 80, o sistema educacional brasileiro, passa por um processo de reformulação. A partir dessa época surgem novas tendências ou correntes pedagógicas que são usados como modelos de ensino (BRASIL, 2008 p.7). Atualmente, de acordo com as novas Diretrizes Curriculares, o ensino da Educação Física, baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico – crítica e estipula como objeto de ensino a Cultura Corporal, a partir de conteúdos como: esporte, ginástica, os jogos, lutas e a dança. Esse conhecimento é sistematizado e parte do pressuposto de que os alunos possuem um conhecimento próprio sobre a realidade, é função da escola, e neste caso também da Educação Física, garantir o acesso as variadas formas de conhecimento produzidos pela humanidade, levando os alunos a estabelecer nexos com a realidade e posterior transformação do aprendizado (Brasil, 2008, p.8). A Educação Física, então, torna-se componente curricular fundamental para o desenvolvimento integral do aluno, pois além do seu aspecto físico ela irá colaborar na formação mais ampla de pessoas críticas e reflexivas na sociedade dispostas a atuar para melhorá-la. Espera-se que os alunos ao término do ensino médio : • Sejam capazes de participar de atividades corporais estabelecendo relações equilibradas e construtivas com as outras pessoas, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, ou sociais. • Adotem atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de violência. • Conheçam, valorizem, respeitem e desfrutem da pluralidade de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso de integração entre as pessoas. • Reconheçam-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais. 141 • Solucionem problemas de ordem corporal de diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem de perseverança e regularidades e que devem ocorrer de modo saudável e equilibrado. • Reconheçam condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e desenvolvimento, não aceitando para si e para os outros, reivindicando condições de vida digna. • Conheçam a diversidade de padrões de beleza, beleza estética e corporal, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando consumismo e preconceito. • Reconheçam e organizem e interfiram no espaço de forma autônoma, bem como reivindiquem locais de lazer, reconhecendo-as como necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS Entendendo que o indivíduo ao se relacionar com o meio constrói sua identidade corporal, ao desenvolver os conteúdos de Educação Física, tomar-se à como referência não somente o que faz parte da realidade do aluno, mas os produzidos ao longo da história da humanidade, devendo levar em consideração os elementos que compõem o meio social e cultural possibilitando ao aluno condições para que ele observe o que existe o que foi transformado, como, por que e quais os fatores que ocasionaram as transformações. O estudo da Cultura Corporal na Educação Física será trabalhado através dos conteúdos estruturantes expressos na Ginástica, Esportes, Lutas, Jogos e Danças. A problematização dos conteúdos como uma forma metodológica deverá ser desenvolvido na criatividade, no diálogo e na produção coletiva. Algumas atividades deverão ser contextualizadas quando não forem possíveis de serem trabalhados na prática. Os conteúdos deverão ser enriquecidos e ampliados de acordo com a cultura e especificidades dos educandos. 142 LEGISLAÇÃO Em relação a Cultura Afro-Brasileira ( Lei 39/03 ) , o enfoque será dado através da capoeira, jogos de alto rendimento ( resultados ) e outras situações relativas à atualidade. No que diz respeito à prevenção ao uso indevido de drogas, o tema poderá ser abordado em diferentes momentos. A questão de drogas no meio esportivo (anabolizantes), convívio social , ... Atendendo a Lei 9799/95- EDUCAÇÃO AMBIENTAL , a disciplina de Educação Física oportunizará espaços para discussão ( debates ), pesquisas ou até mesmo aulas expositivas sobre o assunto. Quanto ao tema Educação Fiscal, a disciplina de Educação Física fará abordagens dentro de aberturas que os conteúdos ministrados no momento permitirem. No que diz respeito ao ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE, além de fazer o preventivo a cada início de bimestre ou bloco, a discplina de Educação Física precisa alertar e intervir sempre que necessário no decorrer das aulas. O assunto, GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL, requer muito cuidado no trato com os docentes, desta forma, a forma mais interessante de repassar estes conhecimentos é através de palestras ministradas por profissionais da saúde na medida do possível. Porém, em momentos de emergência, devemos agir com discrição afim de resolver, ou pelo menos tentar resolver, a situação dos docentes. Já, com relação Lei 07/06 que trata da História do Paraná, o conteúdo pode ser contemplado na questão dos expoentes esportivos do estado ou em questões culturais ( festas tradicionais, danças tipicas , … ). Aulas práticas e teóricas poderão ser ministradas na sala de aula, pátio, quadra e lugares afins, utilizando materiais de apoio como textos, revistas, vídeos, TV multimídia, laboratório de informática, etc. AVALIAÇÃO Baseando-se nas Diretrizes Curriculares a avaliação deve estar vinculada ao projeto político – pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a 143 metodologia adotada pelo corpo docente. Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor; Se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; Se o aluno consegue resolver, de forma criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências. Se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja através da participação nas atividades práticas ou realizando relatórios. Partindo destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB 9394/96, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica; o esporte; os jogos, brinquedos e brincadeiras, a dança; e as lutas. A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e as sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. (BRASIL,2008). Os processos avaliativos incluem também os aspectos formais e informais e anotações sobre o interesse, participação e a capacidade de cooperação do aluno, auto - avaliação, trabalhos e provas escritas, testes para avaliação qualitativa e quantitativa de habilidades e capacidades físicas, resolução de situações problemáticas propostas pelo professor, elaboração e apresentação de coreografias de dança, exercícios ginásticos ou táticas de esportes coletivos,pesquisa , trabalhos em grupo , seminários etc. CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE / 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPORTE CONTEÚDOS BÁSICOS - Coletivos - Individuais CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO -Conhece a origem e o - Relatórios; histórico dos conteúdos trabalhados; - Discussões; -Vivencia os 144 JOGOS E BRINCADEIRAS - Jogos e brincadeiras populares movimentos básicos e fundamentos; -Vivencia o lúdico; -Contribui na construção de atividades adaptadas bem como com materiais alternativos; -Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas; - Brincadeiras e cantigas de roda - Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos DANÇA - Trabalhos escritos e práticos; - Avaliações escritas e práticas; - Apresentações orais e práticas - Pesquisas - Danças Criativas - Danças Folclóricas GINÁSTICA - Ginástica Ritmica - Ginástica circense - Ginástica Geral LUTAS - Capoeira CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE / 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPORTE CONTEÚDOS BÁSICOS - Coletivos - Individuais JOGOS E BRINCADEIRAS - Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro, dramáticos e CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO -Conhece a origem e o histórico dos conteúdos trabalhados dentro do contexto histórico mundial e brasileiro; -Reconhece e se apropria dos movimentos básicos e fundamentos; -Vivencia o lúdico; -Conhece noções básicas INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO - Relatórios; - Discussões; - Trabalhos escritos e práticos; - Avaliações escritas e práticas; 145 cooperativos DANÇA - Danças Criativas - Danças Folclóricas GINÁSTICA - Ginástica Artística - Ginástica Ritmica das regras das diferentes - Apresentações manifestações esportivas; orais e práticas -Contribui na construção de atividades adaptadas - Pesquisas bem como com materiais alternativos; - Cria e adapta coreografias ritmicas e expressivas; -Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas; - Ginástica circense - Ginástica Geral LUTAS - Capoeira - Lutas de aproximação CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE / 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPORTE CONTEÚDOS BÁSICOS - Coletivos - Individuais - Radicais JOGOS E BRINCADEIRAS - Jogos e brincadeiras CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO -Reconhece a origem e o histórico dos conteúdos trabalhados; -Reconhece e se apropria dos movimentos básicos e fundamentos; -Identifica as INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO - Relatórios; - Entrevistas; - Debates; - Discussões; - Trabalhos 146 populares - Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos DANÇA - Danças Criativas - Danças Circulares GINÁSTICA - Ginástica Artística - Ginástica Ritmica - Ginástica circense - Ginástica Geral LUTAS - Capoeira - Lutas com instrumento mediador diferenças de esporte rendimento/ lazer e saúde; -Compreende a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes; -Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas; -Vivencia o lúdico; -Conhece noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas; -Contribui na construção de atividades adaptadas; -Cria e adapta composições coreográficas;Identifica os diferentes elementos das danças; -Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas; escritos e práticos; - Avaliações escritas e práticas; - Apresentações orais e práticas - Pesquisas - Observação CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE / 9º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPORTE - Coletivos - Individuais - Radicais JOGOS E - Jogos de CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO -Reconhece o contexto social e econômico em que os diferentes esportes e lutas se desenvolveram; -Apropria-se dos movimentos básicos e INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO - Relatórios; - Entrevistas; - Debates; - Discussões; 147 BRINCADEIRAS DANÇA tabuleiro, dramáticos e cooperativos - Danças Criativas - Danças Circulares GINÁSTICA - Ginástica Artística - Ginástica Ritmica - Ginástica Geral LUTAS - Capoeira - Lutas com instrumento mediador fundamentos; -Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e preenchimento de súmulas e confecção de tabelas; -Diferencia jogos cooperativos dos jogos competitivos; -Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas; -Vivencia o lúdico; -Contribui na construção de atividades coletivas e gincanas; -Cria e vivencia atividades de dança; -Identifica os diferentes elementos das danças e seu contexto histórico; -Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas; - Trabalhos escritos e práticos; - Avaliações escritas e práticas; - Apresentações orais e práticas - Pesquisas - Observação CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPORTE - Coletivos - Individuais - Radicais JOGOS E - Jogos de CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO -Reconhece o contexto social e - Relatórios; econômico em que os diferentes esportes e lutas se desenvolveram; -Apropria-se dos movimentos básicos e fundamentos; -Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e - Entrevistas; - Debates; - Discussões; 148 BRINCADEIRAS DANÇA tabuleiro, dramáticos e cooperativos - Danças Criativas - Danças Circulares GINÁSTICA - Ginástica Artística - Ginástica Ritmica preenchimento de súmulas e confecção de tabelas; -Diferencia jogos cooperativos dos jogos competitivos; -Reconhece os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas; -Vivencia o lúdico; -Contribui na construção de atividades coletivas e gincanas; -Cria e vivencia atividades de dança; -Identifica os diferentes elementos das danças e seu contexto histórico; -Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas; - Trabalhos escritos e práticos; - Avaliações escritas e práticas; - Apresentações orais e práticas - Pesquisas - Observação - Ginástica Geral LUTAS - Capoeira - Lutas com instrumento mediador CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO 2º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPORTE CONTEÚDOS BÁSICOS - Coletivos - Individuais - Radicais JOGOS E - Jogos de CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO -Reconhece o contexto - Relatórios; social e econômico em que os diferentes - Entrevistas; esportes e lutas se desenvolveram; - Debates; -Apropria-se dos movimentos básicos e - Discussões; 149 BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS tabuleiro, dramáticos e cooperativos fundamentos; -Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e preenchimento de - Danças súmulas e confecção Criativas de tabelas; -Diferencia jogos - Danças cooperativos dos jogos Circulares competitivos; -Reconhece os - Ginástica aspectos positivos e Artística negativos das práticas esportivas; - Ginástica -Vivencia o lúdico; Ritmica -Contribui na construção de - Ginástica Geral atividades coletivas e gincanas; -Cria e vivencia - Capoeira atividades de dança; -Identifica os - Lutas com diferentes elementos instrumento das danças e seu mediador contexto histórico; -Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas; - Trabalhos escritos e práticos; - Avaliações escritas e práticas; - Apresentações orais e práticas - Pesquisas - Observação CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO 3º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPORTE CONTEÚDOS BÁSICOS - Coletivos - Individuais - Radicais CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO -Reconhece o INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO - Relatórios; contexto social e econômico em que os - Entrevistas; diferentes esportes e lutas se - Debates; desenvolveram; 150 JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS - Jogos de tabuleiro, dramáticos e cooperativos -Apropria-se dos movimentos básicos e fundamentos; -Identifica as regras básicas dos esportes, arbitragem e - Danças preenchimento de Criativas súmulas e confecção de tabelas; - Danças -Diferencia jogos Circulares cooperativos dos jogos competitivos; - Ginástica -Reconhece os Artística aspectos positivos e negativos das - Ginástica práticas esportivas; Ritmica -Vivencia o lúdico; -Contribui na - Ginástica Geral construção de atividades coletivas e gincanas; - Capoeira -Cria e vivencia atividades de dança; - Lutas com -Identifica os instrumento diferentes elementos mediador das danças e seu contexto histórico; -Participa e contribui nas apresentações práticas e teóricas; - Discussões; - Trabalhos escritos e práticos; - Avaliações escritas e práticas; - Apresentações orais e práticas - Pesquisas - Observação REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992; BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. PCN. Educação Física. Brasília MEC/SEF, 1998. 114p; 151 BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1998. 436p.; BRASIL, Secretaria de Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física 2008; · BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; BARROS, C.; PAULINO, W. R. O Corpo Humano. São Paulo. Ática. 1998; BREGOLATO, Roseli A. Textos de Educação Física para sala de aula Cascavel, CARVALHO, Oto Morávia de. Voleibol, 1000 exercícios – Rio de Janeiro: Sprint, 1993; COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Ed. Física. São Paulo: Cortez, 1992; FLEGEL, Melinda J. Primeiros socorros no esporte. Barueri, SP: Manole 2002; FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Ed. Física. São Paulo: Scipione, 1992; NAHAS, Markus V. Atividade Física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 3ª ed. ver. e atual; Londrina: Midiograf, 2003; PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica – Educação Física, SEED, 2008; 152 SANTOS, Lúcio Rogério Gomes dos. 1000 Exercícios para Handebol – Rio de Janeiro: Sprint, 1997; VERDERI, Érica Beatriz L. Pimentel. Encantando a Educação Física – Rio de Janeiro: Sprint, 1999; WEISS, Luise. Brinquedos e Engenhocas – São Paulo: 153 APÊNDICE V - ENSINO RELIGIOSO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O Ensino Religioso é componente importante para a formação do cidadão e para seu pleno desenvolvimento como pessoa garantindo o acesso a conhecimentos a que promovem a compreensão de diversas religiões , esclarecendo que cada qual tem sua origem cultural, despertando o respeito pelas diversas formas do sagrado (Diretrizes Curriculares). A disciplina de Ensino Religioso pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas contribuindo para superar a desigualdade étnico-religiosa, de forma a eliminar qualquer tipo de preconceito e discriminação. Promover a paz e harmonia entre os diferentes grupos étnicos. “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Conhecendo as pessoas podemos separar tais diferenças. “Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar. Se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. ( Nelson Mandela, texto diversidade religiosa e direitos humanos). Ao trabalhar a diversidade cultural em Ensino Religioso estaremos desenvolvendo valores humanos como: respeito, compaixão, auto conhecimento, solidariedade, fraternidade, tolerância, etc. Favorecendo o relacionamento interpessoal, o Ensino Religioso contribui para a formação do caráter do educando, aprendendo a amar a si e ao outro, crescendo como pessoa ele contribui para paz e autorrealização. “A última meta da religião é o amor. Todas as religiões e crenças são consequentemente validadas e sua aceitação tem de ser baseada na liberdade e numa opção consciente e espontânea. De outra forma a religião não teria como meta o amor”. (Hinduísmo texto: diversidade religiosa e direitos humanos). 154 OBJETIVOS O objeto de estudo do Ensino Religioso é o sagrado e objetiva também resgatar o amor no coração do aluno, auxiliando-o a compreender o transcendente e sua influência sobre o cotidiano. Compreender o amor como necessário para a vida de todos os seres. O aluno cria laços afetivos com facilidade, adquirindo habilidade que o auxiliará em todos os momentos de vida. Despertando através do desenvolvimento da consciência o melhor de cada aluno. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 5ª SÉRIE • O ser humano no contexto - Social: Ser social e sociedade - Político: Ser político – a política - Cultural: o que é cultura - Religioso: o sagrado e o profano - Símbolos Religiosos - Lugares Sagrados: Templos, rios, natureza etc. - Paisagem Religiosa - Diversidade e Pluralidade Religiosa na nossa sociedade - Estudo das Religiões – principais princípios • Construindo a cidadania • Ética – Moral – Respeito – Cidadania • A ética da paz • Valores fundamentais da vida • Os Direitos Humanos e a defesa dos principais direitos do cidadão. 6ª SÉRIE • Texto Sagrado • Paisagem Religiosa • Símbolo • Diversidade e pluralidade religiosa na nossa sociedade 155 • Valores fundamentais da vida (ética) • Situações do cotidiano • Diferenças e semelhanças entre algumas religiões ocidentais e orientais (ritos, mitos e cotidiano) • Os Direitos Humanos e a defesa dos principais direitos do cidadão • Preservação da identidade de diferentes tradições (ritos de passagem, mortuários, propiciatórios, outros) • Explicações da morte e da vida • Grupos religiosos – peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas (Festa do dente sagrado – Budismo-, Ramada – Islâmica-, Kuarup – Indígena-, Festa do Iemanjá – Afro-Brasileira-, Pessach – Judaísmo-, Festa da Padroeira do Brasil - Catolicismo-, etc.) • O sentido da vida nas tradições – Além Morte • Manifestações religiosas – ancestralidade – vida dos antepassados – Reencarnação – Espíritos dos antepassados se tornam Ressurreição – ação de voltar à vida – outras interpretações. CONTEÚDOS BÁSICOS 5ª SÉRIE • Organizações Religiosas • Lugares Sagrados • Textos Sagrados orais ou escrito • Símbolos Religiosos 6ª SÉRIE • Temporalidade Sagrada • Festas Religiosas • Ritos • Vida e morte CONTEÚDOS DE ENSINO RELIGIOSO 5ª SÉRIE • O Ensino Religioso na Escola Pública. - Orientações legais - Objetivos presentes – 156 - Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina Escolar. • Respeito à diversidade religiosa - Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa. - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa - Direito a professar a fé e liberdade de opinião expressão - Direito à liberdade de reunião a associações pacíficas - Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado • Lugares sagrados - Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. - Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. - Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc. • Textos orais e escritos – sagrados - Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas. -Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá'is – Fé Bahá'I, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc. • Organizações religiosas - As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado. - Fundadores e/ ou Líderes Religiosos. - Estruturas Hierárquicas. 157 - Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), Etc. 6ª SÉRIE • Universo simbólico religiosos - Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: − Nos Ritos − Nos Mitos − No cotidiano Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc. • Ritos - São práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/ manifestações religiosas e também podem remeter as possibilidades futuras a partir de transformações presentes. - Ritos de passagem - Mortuários - Propiciatórios - Outros - Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki ( Kaingang – ritual fúnebre). Via sacra, Festejo indígena de colheita, Etc. • Festas religiosas - São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas comemorativas. - Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc • Vida e morte - As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas 158 - tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. − O sentido da vida nas tradições − Além da morte − manifestações religiosas − Ancestralidade – vida dos antepassados − espíritos dos antepassados se tornam presentes − Ressurreição – ação de voltar à vida − Outras interpretações. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ª SÉRIE • O Ensino Religioso na Escola Pública - Orientações legais - Objetivos - Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina Escolar. • Respeito à diversidade religiosa - Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa. - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. Abordar os conteúdos de Ensino Religioso, tendo como objetivo de estudo o sagrado: paisagem religiosa, símbolos e textos sagrados, o conjunto de conteúdos escolares, partindo da abordagem de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecido ou pouco conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. O professor deverá priorizar no planejamento de suas aulas conteúdos retirados da própria 159 manifestação do sagrado que pretende trabalhar, evitando opiniões comprometidas com os interesses de uma ou de outra tradição religiosa. Para uma proximidade com as demais disciplinas pretende-se enfatizar as disciplinas com utilização de textos informativos sobre a temática proposta, através de leituras e produções de textos que serão inseridos nas disciplinas afins. O trabalho pedagógico é realizado por meio de uma proposta metodológica que inclui três momentos: sensibilização, observação, reflexão e compromisso de vida existente (trabalhando através das diversas vivências). AVALIAÇÃO: CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS O Ensino Religioso não constitui objeto de reprovação mesmo com essa peculiaridade, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo, cabe ao educador acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos. A avaliação devera averiguar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que tem opção religiosa diferente da sua e assimila os objetivos trabalhados em Ensino Religioso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Julho, 2009. SAINT-EXUPERY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: Ed. Livraria Agir, 1974. p.66-72. TAHAN MALBA. Contos e Lendas Orientais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. p.32-35. 160 APÊNDICE VI- FILOSOFIA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A filosofia nos oferece elementos, de forma reflexiva, para nos voltarmos para os problemas que o homem enfrenta no seu cotidiano em sociedade. Além disso, ela pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte. Nessa perspectiva, esta diretriz curricular para o ensino de Filosofia indica que não é possível filosofar sem Filosofia e estudar filosofia sem filosofar. Portanto, entende-se que o ensino de Filosofia pode ser um espaço de estudo da Filosofia e do filosofar. A Filosofia é um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de Filosofia. Cabe ao professor de Filosofia tentar pensar filosoficamente para, acima de tudo, conseguir construir espaços de problematização compartilhados com os estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a elaboração de conceitos que passa a ser seu objeto de estudo. A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço de criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos. O que se espera é que o estudante, ao tomar contato com os problemas e textos filosóficos possa pensar e argumentar criticamente e que nesse processo crie e recrie para si os conceitos filosóficos. A Filosofia é apresentada como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia ç um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. 161 Nestas Diretrizes, opta-se pelo trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado polçtico, social e educacional. A amplitude da Filosofia, de sua história e de seus textos desautoriza a falsa pretensão do esgotamento de sua produção, seus problemas, sua especificidade e complexidade. Por reconhecer essa condição, as Diretrizes fazem a opção pelos seguintes conteúdos estruturantes:ç Mito é Filosofia; Teoria do Conhecimento; ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas partilham a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco de tornar-se superficial. No entanto, o que essas Diretrizes Curriculares desencorajam é a organização meramente cronológica e linear dos conteúdos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina, que se constituíram historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que neste momento ganham sentido político, social e educacional, tendo em vista o estudante de Ensino Médio. Estas Diretrizes Curriculares propõem a organização do ensino de Filosofia por meio dos seguintes conteúdos estruturantes: • Mito e Filosofia; • Teoria do Conhecimento; • Ética; • Filosofia Política; • Filosofia da Ciência; • Estética. Tais conteúdos estruturantes estimulam o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações 162 históricas, em oposição ao carácter imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela resultantes. Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, o professor de Filosofia poderá fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o recorte do conteúdo básico e que julgar adequado e possível. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes ética e/ou Filosofia Política, o professor poderá fazer um recorte a partir da perspectiva da Filosofia latino-americana ou de qualquer outra, tendo em vista a pluralidade filosófica da contemporaneidade. Importante ç que o ensino de Filosofia se dç na perspectiva do diálogo filosófico, sem dogmatismo, niilismo e doutrinação, portanto sem qualquer condicionamento do estudante para o ato de Filosofar. O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a história da Filosofia nem as perspectivas que aqui denominamos geográficas. Os conteúdos estruturantes fazem parte da História da Filosofia e podem ser trabalhados em diversas tradições, como na Filosofia europeia, na iberoamericana, na latino-americana, na norte-americana, na hispano-americana, entre outras. Notadamente, Filosofia ç o espaço da crítica a todo conhecimento dogmático, e, por ter como fundamento o exame da própria razão, não se furta ç discussão nem superação das filosofias de cunho eurocêntrico. Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes o termo conteúdo não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos estudantes para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem. Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos isoladamente, de modo estanque, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam entre si, com as ciências, com a arte, com a história, com a cultura; enfim, com as demais disciplinas. Leopoldo e Silva, ao tratar da relação intra e interdisciplinar, pergunta: qual seria o papel da Filosofia no currículo do Ensino Médio? A Filosofia aparece como [...] lugar e instrumento de articulação [...] realiza o trabalho de articulação cultural. Pensar e repensar a cultura não se confunde com compatibilização de métodos e sistematização de resultados; uma atividade autônoma e crítica. Não devemos entender que a Filosofia está no currículo [...] em função das outras disciplinas, quase num papel de assessoria metodológica. [...] A Filosofia tem a função de articulação cultural e, ao 163 desempenhá-la, realiza também a articulação do indivíduo enquanto personagem social, se entendermos que o autêntico processo de socialização requer consciência e o reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação homem-mundo (LEOPOLDO E SILVA, 1992, p. 162). Além disso, outro problema no ensino da Filosofia no Ensino Médio diz respeito daquilo que se pretende ensinar e como desenvolver esse ensino. A escola habituou o estudante a identificar a aprendizagem com a aquisição de conteúdos esteveis de conhecimento, acumulados progressivamente. Muitos concursos vestibulares reforçam essa prática, com seus programas de conteúdos cuja aprendizagem ç medida por meio de provas. Com a inclusão da Filosofia nos concursos vestibulares, há que se ter preocupação em não transformá-la apenas em alguns conhecimentos contidos nessa ou naquela escola filosófica, nessa ou noutra doutrina, nesse autor ou em outro. Embora exista a cautela de não petrificar os conteúdos filosóficos, do ponto de vista didático-pedagógico, considera-se que o ensino de qualquer das disciplinas do currículo escolar não pode prescindir de conteúdos objetivamente mediadores da construção do conhecimento. Por isso, o currículo de Filosofia coloca-se frente a duas exigências que emergem da fundamentação desta proposta: • o ensino de Filosofia não se confunde com o simples ensino de conteúdos; • como disciplina análoga a qualquer outra, tem nos seus conteúdos, elementos mediadores fundamentais para que possa desenvolver o caráter específico do ensino de Filosofia: problematizar, investigar e criar conceitos. Estas Diretrizes Curriculares, ao procurarem superar a concepção enciclopédica da Filosofia, não desvalorizam os textos que possam ser trabalhados ao longo do percurso filosófico. A aprendizagem de conteúdos por meio de textos está articulada necessariamente ç atividade reflexiva do sujeito, que aprende enquanto interroga e age sobre sua condição. O ensino de Filosofia não se dá no vazio, no indeterminado, na generalidade, na individualidade isolada, mas requer do estudante, compromisso consigo, com o outro e com o mundo. Como mediadores do ensino de Filosofia, os conteúdos devem estar vinculados à tradição filosófica, de modo a confrontar diferentes pontos de vista e concepções, para que o estudante perceba a diversidade de problemas e de 164 abordagens. Num ambiente de investigação, análise e descobertas podem-se garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas. Com esse objetivo,ç estas Diretrizes buscam justificar e localizar cada conteúdo estruturante e indicam possíveis recortes a partir dos problemas filosóficos com os quais os estudantes podem se deparar. METODOLOGIA Para o desenvolvimento da disciplina de Filosofia no Ensino Médio, os Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada. Estas Diretrizes sugerem que se organizem os conteúdos da maneira como eles estão apresentados na tabela de conteúdos básicos, ressaltando que esses se desdobram em conteúdos específicos, próprios da contextualização dos fenômenos estudados. Recursos didático-pedagógicos para as aulas de Filosofia: • Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas à instituições culturais. • Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; • Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos e filosóficos; • Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa bibliográfica; • Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros. Filmes e vídeos sob um olhar crítico Um filme deve ser entendido também como texto e, como tal, ç passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons. ç preciso que o professor proponha uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: 165 • a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; • aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e quando se passa; • a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitar uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam estar correlacionadas; • a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida; • a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão visual, musical, literário para completar a atividade. Leitura e análise de textos filosóficos É muito importante propor a leitura e análise de textos filosóficos que não se limitem aos livros didáticos. Os excertos dos textos filosóficos que forem utilizados deverão ser contextualizados a fim de que o aluno possa compreendê-los no conjunto da obra do autor, percebendo a historicidade de sua construção e a intencionalidade das ideias desenvolvidas pelo autor. Essas ações precisam ser empreendidas a fim de que o texto não seja tomado como verdade absoluta, nem como resposta a todas as problemáticas acerca do conteúdo trabalhado. Levar o estudante a compreender que escritos abordam aspectos de um problema de determinada realidade, evidenciando quais são os aspectos tratados e quais são os outros possíveis. Recomenda-se articular os excertos dos textos filosóficos acadêmicos a textos de livros didáticos, procurando garantir a cientificidade do conteúdo trabalhado, adequando-o ao universo cultural do aluno. Destaca-se que textos literários contextualizados e articulados com o conhecimento filosófico enriquecerão as discussões da disciplina. O Livro Didático Público de Filosofia ç outro importante suporte teórico e metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e alunos. Assim como qualquer material pedagógico, o livro didático não esgota ou supre todas as necessidades que o ensino da Filosofia requer no Ensino Médio. 166 AVALIAÇÃO A avaliação no ensino de Filosofia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Conforme a LDB nº 9394\96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto ç, tem a função de subsidiar e redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. A avaliação não se resumiria em perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise desnaturalizar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a reformulação da prática através das informações colhidas. A avaliação também se pretende continuada, processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Os instrumentos de avaliação em Filosofia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes; produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo. Levando em conta a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos. 167 A forma de agir metodologicamente no ensino da Filosofia em nível médio aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade social devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas disciplinas curriculares no Ensino Médio e, também da Filosofia, despertar a consciência da força dessas mudanças. Demonstrar nexos de responsabilidade entre a ciência e a política pode devolver aos professores e alunos, a dimensão social desse conhecimento nos currículos de Filosofia. As contribuições sobre a disciplina requerem visões e interpretações de maior compreensão e menor margem de equívocos ou reducionismos. A iniciação metodológica da Filosofia na escola deve passar pela simplicidade, ainda que se lide com a complexidade. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS BOFF, Leonardo. Ethos Mundial. Rio de Janeiro, Sextante,2003. CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo, ática, 2005. CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo, ática, 2004. CNE/CES nº 492/2001, aprovado em 3 de abril de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 de julho de 2001. Seção 1, p. 50. COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia. São Paulo, Saraiva. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia, SEED-PR, 2008. GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia. Cia das Letras, São Paulo, 1996. GELB, Michael J.. Aprendendo a Pensar com Leonardo da Vinci. ática,2003. OSBORNE, Richard. Filosofia para Principiantes. Rio de Janeiro, Objetiva, 1998. TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia Para Jovens. Petrópolis, Vozes, 2001. 168 APÊNDICE VII - FÍSICA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Física é, por excelência, a ciência do cotidiano. Todos os fenômenos observados pelo aluno desde que se levanta da cama, são objetos de estudo da Física. Assim, a sucessão de dias e noites, a luz do sol, o aquecimento da água para o café, o caminhar até a escola, a chuva, os ventos, o cair de uma folha de árvore, o movimento de automóveis e bicicletas, o voo e o som dos pássaros, aviões e helicópteros, entre mil outros eventos, perceptíveis ou não,são partes do universo de que trata a Física. Para além do simples observar, a disciplina de Física sistematiza e explica os fenômenos naturais, facultando, dessa forma, um domínio gradativo do homem sobre a natureza – necessário para a autodefesa, em primeira instância – mas também promovendo conforto e facilidades, a exemplo dos transportes e das comunicações, tão facilitados nos dias de hoje. O ensino da Física – e das ciências em geral – nas escolas de nível médio é tão importante, quanto é, para um país, a produção de tecnologias próprias. O Brasil, país de vasto território e de economia predominantemente agrícola, não pode se furtar ao desenvolvimento científico, que lhe garantiria autonomia na produção de máquinas modernas e eficientes, sem necessidade de importá-las de outros países. O germe de cientistas e tecnólogos se produz já na escola média, que desperta no educando suas aptidões através de disciplinas como Física, Química e Biologia – as chamadas ciências puras. O fazer científico de um país passa, portanto, pela transmissão das leis fundamentais da natureza, o que poderíamos chamar de “ alfabetismo científico ”, que tem início nos ensinos fundamental e médio. Hoje, mais do que nunca, ensinar ciências é fundamental para a formação de um cidadão livre e consciente, porque lhe promove o raciocínio lógico e o coloca em posição de conforto nas relações com o mundo que o cerca. 169 OBJETIVOS GERAIS Desenvolver no aluno uma cultura científica para que ele consiga interpretar fatos, fenômenos e processos naturais, indispensável para a formação do cidadão contemporâneo, assim como facultar uma autonomia de aprendizagem e independência de ação, desenvolvendo-lhe a criatividade e o raciocínio lógico, qualificando-o a resolver problemas cotidianos de ordem prática e/ou teórica, inserindo-o, em maior ou menor grau, na massa pensante dos que constróem ou construirão as tecnologias do nosso país. Assim, busca-se contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender o universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de uma produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Os conteúdos estruturantes foram escolhidos através de estudo de história da ciência/disciplina, tendo em vista o quadro conceitual de referência da Física. São eles: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo, porque esses três conteúdos são, na verdade, grandes campos de estudo, teorias cujas identidades, conceitos e idéias nelas presentes, permitem a compreensão do objeto de estudo da Física da forma mais abrangente possível para o ensino médio. Esses três campos foram escolhidos, porque, embora tenham evoluído separadamente, representam teorias unificadoras: • o estudo dos movimentos, a mecânica de Newton, unificou a estática, a Dinâmica e a Astronomia (Séc. XVII); • a Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre os gases, pressão, temperatura e calor (séc. XIX ); • a teoria Eletromagnética unificou o Magnestismo, a Eletricidade e a Óptica (séc. XIX ). 170 A interdependência entre esses três campos nos obriga a buscar, para um mesmo conteúdo, às vezes, os referenciais teóricos dos três campos de estudo. Por exemplo, o estudo da luz, que tem os seus referenciais teóricos no Eletromagnetismo, mas também, no estudo dos movimentos. Daí a dificuldade em se destinar cada um desses conteúdos à uma série diferente. CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS 1º ANO • Movimento Retilíneo e Uniforme • Movimento retilíneo Uniformemente Variado • Composição de movimento • Movimento Circular Uniforme • Força e Movimento • Leis de Newton • Energia Mecânica • Tipos de Energia • Trabalho de uma força • Lei de conservação da energia mecânica 2º ANO • Calor, presença universal • Medidas de temperatura: escalas termométricas • Dilatação térmica • Transporte de calor; isolamento térmico • Aquecimento e clima • Aquecimento e técnica • Cálculo da energia térmica • Os materiais e as técnicas: mudanças de estado • Mudanças sob pressão • Transformações gasosas • Termodinâmica: potência e perdas térmicas • Medida e controle de temperatura • Transformações térmicas 171 • Princípios da termodinâmica; máquinas térmicas • A visão; câmera escura; fotografia; o olho humano • As cores da luz e sua decomposição • Reflexão da luz; espelhos planos e esféricos • Refração da luz; lentes esféricas • Instrumentos ópticos e defeitos da visão 3º ANO • A eletricidade está em tudo • Carga elétrica; eletrização de um corpo • Força elétrica; Lei de Coulomb • Campo elétrico • Campo elétrico uniforme • Energia potencial elétrica • Potencial elétrico • Diferença de potencial elétrico • Tensão elétrica, corrente elétrica e resistência elétrica • Circuito elétrico elementar e seu funcionamento • Leis de Ohm • Energia elétrica X potência elétrica; consumo de energia elétrica nos aparelhos; efeito joule • Magnetismo • Força magnética e corrente elétrica • Interação entre campo elétrico e campo magnético • Motores elétricos, imãs e bobinas; campanhias e medidores elétricos. ENCAMINHAMENTOS METOLÓGICOS No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia escolhida, é importante que, o professor considere o que os estudantes conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. O fazer metodológico no ensino de Física deve considerar o saber acumulado do aluno, procurando canalizar suas concepções espontâneas extraídas 172 do cotidiano, para uma concepção científica que sintetiza o saber socialmente construído e sistematizado, filtrando-se nesse processo, seus equívocos e vícios conceituais. O professor, no papel de mediador, deve proporcionar ao aluno situações de dúvidas essenciais, para que ele mesmo busque as respostas. A partir dos fenômenos, pode solicitar dele, indicações de caminhos possíveis, sem nunca mostrar conclusões científicas logo de saída. Na diversidade de realidades individuais, deve criar um clima onde a interação entre colegas, garanta uma troca de informações e sugestões, numa construção coletiva e gradativa, através de experimentos e discussões. Quando houver discrepância entre as conclusões dos alunos e o saber científico, o professor deve mediar, apresentando novos elementos para novas discussões e conclusões, até que todos se apropriem dos saberes científicos que fundamentam os fenômenos. O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do professor. O pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. AVALIAÇÃO A avaliação deve acontecer baseada em critérios objetivos e subjetivos. Nos primeiros, deve se considerar as apropriações dos alunos dos saberes específicos das leis da Física, das terminologias, grandezas e unidades, resolução de problemas. Nos segundos, a mudança de comportamento do aluno deve indicar se o mesmo está evoluindo no entendimento dos assuntos abordados a ponto de estar ampliando o entendimento sobre os fenômenos que antes observava de modo passivo. Isso deve modificar a postura do aluno em relação à visão da Física e fazer despertar nele um interesse antes não apresentado, ou pelo menos, eliminar o repúdio inicial que amiúde acontece. Deve se buscar , sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas para, a partir dela, o professor encontrar subsídios para intervir. 173 Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociadade. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Física - 2008 BRASIL / MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9 394 / 96 BRASIL / MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC / SENTEC, 2002 BRASIL / MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCNs + Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC / SENTEC, 2002 CARRON, W. Guimarães, O. As Faces da Física. 1ª ed. São Paulo. Moderna, 1999 KUENZER, A. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de janeiro: EdUERJ, 1999. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO-USP / GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA-GREEF. Coleção do Professor. São Paulo: Edusp, 1991 MENEZES,L. C. A Matéria. São Paulo: SBF, 2005 ROCHA, J. F. (Org. ) Origem e evolução das idéias da Física. Salvador: EDUFRA, 2002. www.sbfísica.org.br/rbef www.fsc.ufsc.br/ccef www.ufsem.br/cienciaeambiente http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/ www.scielo.br Revista eletrônica de Ensino de Ciências 174 APÊNDICE VIII - GEOGRAFIA FUNDAMENTOS TEÓRICOS A Geografia surgiu, enquanto saber oficial, no início do século XIX, quando vêm a público as obras dos alemães : Alexander Von Humboldt ( 17691859) e Karl Ritter (1779-1859). Afirmar que a geografia científica surgiu no século XIX,em território alemão, não significa negar um saber geográfico anteriormente produzido, assegurava que a geografia é um saber tão antigo quanto a própria história dos homens. Desde os primórdios da história humana, os povos já eram dotados de uma mobilidade espacial, decorrente tanto do exercício da curiosidade como da necessidade de reprodução da própria sociedade, que levou ao conhecimento de regiões diferentes daquelas da habitação inicial. Essas migrações permitiram a ampliação do conhecimento da superfície terrestre e propiciaram o registro e a transmissão desse saber geográfico. Os gregos foram os precursores na produção de um saber geográfico de forma sistematizada. Esse pioneirismo grego explica-se, pelo desenvolvimento do comércio. O comércio é a fonte principal de contato com o “desconhecido”, ele estimula a curiosidade e obriga à sistematização das informações e conhecimentos geográficos. As descrições dos lugares (aspectos sociais, culturais, políticos, econômicos, bem como características físico-naturais), tornam-se uma necessidade prática, juntamente com a produção de mapas. Esse saber geográfico era produzido, principalmente, por mercadores, navegantes, militares, historiadores, filósofos e matemáticos. A Geografia, encontrava-se diluída na filosofia grega. A produção do saber geográfico na Antiguidade deu-se, por duas formas de expressão: vertente histórico-descritiva (narrativas de viagens e descrições regionais); vertente matemático-cartográfico (estudos referentes à forma e à dimensão da Terra e representações cartográficas). Na vertente histórico-descritiva, destacam-se as contribuições de Heródoto, Hipócrates e Estrabão. HERÓDOTO foi o primeiro pensador a apresentar aspectos geográficos em suas obras. Conheceu, praticamente, todo o território dominado pela Grécia na época. Descreveu os lugares por ele conhecidos, sempre enfatizando 175 seus aspectos geográficos. Foi um dos primeiros a estabelecer uma relação entre o meio e as características dos homens. HIPÓCRATES “Dos ares, dos mares e dos lugares”, estabelece uma associação entre o meio geográfico e a formação psicológica e fisiológica dos povos. ESTRABÃO nome mais importante da vertente histórico-descritiva. É atribuído a ele a primeira grande obra de sistematização da Geografia. Na vertente matemático-geográfica destacam-se: Erastótenes, Hiparco e Ptolomeu. HERASTÓTENES realiza estudos sobre a medição da Terra. Dividiu a circunferência da Terra em meridianos e paralelos. HIPARCO dividiu a circunferência da Terra em 360 graus. PTOLOMEU sua obra foi composta de cosmografia e geografia, agrupou um conjunto de mapas e comentários sobre a forma e a dimensão da Terra, além de informações sobre localização precisa de fenômenos. A Geografia tem assumido importante papel na sociedade em que vivemos, pois nosso espaço geográfico está em constante transformação. Estamos numa época de grandes avanços tecnológicos, onde as informações são transmitidas com muita rapidez e em grande volume pelos meios de comunicação, ficando assim, impossível acompanhar e entender as muitas mudanças, os fatos e os fenômenos naturais que ocorrem no mundo sem os conhecimentos geográficos. OBJETIVOS GERAIS Seu objetivo de estudo é hoje entendido como o espaço geográfico e sua composição conceitual básica – Lugar, Paisagem, Região, Território, Natureza, Sociedade... Seguindo correntes de pensamentos com posições filosóficas e políticas distintas, considerando a existência de uma dicotomia entre geografia física, humana, política e econômica a qual estamos buscando superá-la. Assim, o conceito adotado para o objetivo de estudo da Geografia nas diretrizes curriculares é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido (Lefebvre, 1974) e apropriado pela sociedade, composto por objetivos (naturais, culturais, políticos e econômicos) inter-relacionados (Santos, 1996). Todo nosso espaço geográfico está em transformação em todos os aspectos e precisamos conhecer o espaço em que vivemos para melhor compreender todas essas transformações. Dessa perspectiva os objetivos naturais. 176 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA 5ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • Dimensão econômica do espaço geográfico; • Dimensão política do espaço geográfico; • Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico; • Dimensão socioambiental do espaço geográfico. CONTEÚDOS BÁSICOS • Formação e transformação das paisagens naturais e culturais; • Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais, • A distribuição espacial das atividades produtivas e a organização do espaço geográfico; • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; • A evolução demográfica , a distribuição espacial da população e os indicadores estatístico; • A mobilidade populacioanal e as manifestações socioespaciais da diversadade cultural; • As diversas regionalizações do espaço geográfico. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Estudo das paisagens e lugares: como o ser humano modifica a paisagem; • As paisagens e o trabalho humano; as atividades econômicas e a divisão social e territorial do trabalho; • Linguagem cartográfica: convenções, representações; • A orientação no espaço: como o ser humano se orienta através dos instrumentos, coordenadas , mapas, linhas imaginárias e escalas; • Os movimentos da Terra influenciando a vida do homem; • Partindo desse movimento “local” para o sistema solar; • Teoria do Criacionismo e Evolucionismo; • O tempo e as transformações da Terra através do desenvolvimento das técnicas; 177 • Desenvolvimento das atividades econômicas conforme os setores; • Sociedade consumista e o mercado consumidor; • As formas de relevo e os diferentes tipos de exploração; • As rochas e os minerais; • A atmosfera, o clima e a vegetação: classificação e a interelação existente na formação de um ecossistema; • Hidrografia: as diferentes apresentações, utilização e poluição desse recurso vital; • Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-Brasileira; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental; Educação Fiscal; Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente e Gênero e Diversidade Sexual. 6ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • Dimensão econômica do espaço geográfico; • Dimensão política do espaço geográfico; • Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico; • Dimensão socioambiental do espaço geográfico. CONTEÚDOS BÁSICOS • A formação, mobilidade das fronteiras e a configuração do território brasileiro; • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • As diversas regionalizações do espaço brasileiro; • As manifestações socioespaciais da diversidade cultural no território brasileiro; • A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores específicos; • Movimentos migratórios e suas motivações; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização; 178 A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do • espaço geográfico; A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. • CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • A formação do território brasileiro; • Definição das fronteiras brasileiras conforme os ciclos econômicos; • Extensão, limites, fronteira terrestre e marítma; • A formação da população brasileira considerando as três raízes: índios, negros e brancos; • Distribuição indígena no território brasileiro, espaços indígenas e órgãos defensores; • Definindo regionalização; as regionalizações mais utilizadas no Brasil; • Região Nordeste: Mata Atlântica, as sub-regiões Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte; • Região Sudeste: Ciclos econômicos e a produção do espaço geográfico; • Região Sul: Tropeirismo, imigração estrangeira, impactos ambientais promovidos pela ação do homem; • Região Centro-Oeste: Povoamento escasso , concentração dos latifúndio, trabalho escravo, • Região Norte: Construção do espaço antes e depois de 1930; reservas extrativas, biopirataria, população ribeirinha. • A indústria brasileira: tardia ou retardatária, Revolução Industrial, concentração e desconcentração; • Fontes de energia: petróleo, carvão,hidrelétricas, termonucleares e alcool; • Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-Brasileira; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental; Educação Fiscal; Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente e Gênero e Diversidade Sexual. 7ª Série CONTEÚDO ESTRUTURANTE • Dimensão política do espaço geográfico. • Dimensão socioambiental do espaço geográfico. • Dimensão econômica do espaço geográfico. 179 • Dimensão socioambiental do espaço geográfico. CONTEÚDO BÁSICO • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado; • O comércio em suas implicações socioespaciais; • A circulação da mão-de-obra, do capital das mercadorias e das informações; • A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do espaço geográfico; • As relações entre o campo e as cidades na sociedade capitalista; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos ; • Os movimentos migratórios e suas motivações; • As manifestações da diversidade cultural; • Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; CONTEÚDO ESPECÍFICO • Países desenvolvidos e subdesenvolvidos; • Países centrais e periféricos, capitalismo comercial, industrial e neocolonialismo; • As bases históricas do subdesenvolvimento, colonialismo, fatores internos, dívida externa e subdesenvolvimento; • América Latina: Regionalização, aspectos físicos gerais, distribuição das industrias, agropecuária, Mercosul. Países dependentes com economias de base mineral, na agropecuária e na pesca; • Continente Africano: A penetração capitalista européia no continente, suas consequências, o colonialismo, descolonização africana e as fronteiras artificiais. Aspectos físicos e os impactos ambientais. Regionalização, países com base em produtos primários, agricultura de subsistência e geopolítica; • Países asiáticos com economias no petróleo, na agropecuária na extração mineral e no turismo; • O Oriente Médio: localização, divisão política, população e traços étnicos; 180 • Israel e a questão da Palestina. Focos de tensão no Oriente Médio; • Antártida: condições físicas e naturais, abundancia de petróleo e escassez de terras férteis; • Desafios Educacionais Contemporâneos: história e cultura Afro-brasileira, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência contra a criança e ao adolescente, Gênero e diversidade sexual. 8ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE • Dimensão política do espaço geográfico. • Dimensão socioambiental do espaço geográfico. • Dimensão econômica do espaço geográfico. • Dimensão socioambiental do espaçogeográfico. CONTEÚDO BÁSICO • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado; • O comércio em suas implicações socioespaciais; • A circulação da mão-de-obra, do capital das mercadorias e das informações; • A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do espaço geográfico; • As relações entre o campo e as cidades na sociedade capitalista; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos ; • Os movimentos migratórios e suas motivações; • As manifestações da diversidade cultural; • Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; 181 CONTEÚDO ESPECÍFICO • América Anglo-saxônica: Estados Unidos da América: distribuição da população, os primeiros habitantes, agricultura poderosa, espaço urbano industrial, economia e megalópoles; • Canadá: divisão política , baixo povoamento, povos autóctones, o separatismo no Quebec, solo limitado, exploração madeireira, agropecuária e atividades industriais; • Japão e os Tigres Asiáticos: potência econômica, Era Meiji, industrialização, comércio exterior, megalópole, alta tecnológia, nível de vida elevado e a falta de espaço físico; • Oceania: Austrália e Nova Zelândia, localização, povoamento e extermínio dos nativos, aspectos físicos e econômicos; • Continente Europeu: Aspectos físicos, regionalização, diversidade humana, herança da guerra fria, União Europeia, desigualdades regionais e os novos países da União Europeia; • Países fora da União Soviética, países da ex-Iugoslávia, países exsocialistas, CEI comunidade dos Estados Independentes, e o uso da energia como arma de política externa; • Desafios Educacionais Contemporâneos: História e Cultura Afro-Brasileira; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental; Educação Fiscal; Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente e Gênero e Diversidade Sexual. ENSINO MÉDIO CONTEÚDO ESTRUTURANTE • Dimensão política do espaço geográfico. • Dimensão socioambiental do espaço geográfico. • Dimensão econômica do espaço geográfico. • Dimensão socioambiental do espaçogeográfico. CONTEÚDO BÁSICO • A formação e transformação das paisagens; • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; 182 • A distribuição espacial das atividades produtivas e a organização do espaço geográfico; • A formação, localização dos recursos naturais. • A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial; • A circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações; • Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; • A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; • A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos; • Os movimentos migratórios e suas motivações; • As manifestações socioespaciais da diversidade culturais; • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • As implicações socioespaciais do processo de mundialização; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. CONTEÚDO ESPECIFÍCO • Movimentos da Terra:Movimentos de rotação e translação. Solstícios e equinócios, estações do ano; • Localização e orientação:Coordenadas geográficas, Paralelos/Meridianos, Latitude/longitude. • Cartografia:Tipos de mapas, seus elementos e linguagem dos mapas • O tempo geológico e as placas tectônicas: A evolução geológica da Terra, Estrutura da Terra, teoria das placas tectônicas. Dinâmicas Interna e Externa da Terra; • Relevo terrestre: Classificação do relevo brasileiro segundo Ab´Saber e Jurandir Ross. • A atmosfera, Clima e fenômenos meteorológicos: • Fatores e atributos que influenciam no clima. Fenômenos climáticos e a interferência humana; 183 • • A formação e expansão do território brasileiro. Expansão territorial no Brasil colônia, no Império e na República até a atual divisão política. • Caracterização do espaço brasileiro. • Posição geográfica, localização e fronteiras. • Regionalização do Brasil, Organização político-territorial e administrativa do Brasil. • População brasileira; • Crescimento e formação étnica, distribuição e estrutura da população. Movimentos migratórios. • • O espaço rural e a modernização da agricultura; Reforma Agrária , atividade agrária, latifúndios, Movimentos sociais no campo; • Agricultura e natureza; • A circulação de Mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. • As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista; • A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; • População brasileira. Crescimento e formação étnica, distribuição e estrutura da população; • Movimentos migratórios e suas motivações; • As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. • A revolução técnico-cientifico informacional e os novos arranjos no espaço da produção; • A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; • A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos; • Os movimentos migratórios e suas motivações; • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • O espaço rural e a modernização da agricultura. Reforma Agrária , atividade agrária, latifúndios, Movimentos sociais no campo. Agricultura e natureza; • A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; • População brasileira. Crescimento e formação étnica, distribuição e estrutura da população; 184 • Movimentos migratórios e suas motivações. • Desafios Educacionais Contemporâneos: história e cultura Afro-brasileira, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a violência contra a criança e ao adolescente, Gênero e diversidade sexual. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICO Ao longo do processo de ensino-aprendizagem os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. Faz parte diária conforme o conteúdo trabalhado os conceitos básicos da ciência Geografia, são eles: lugar, região , natureza e sociedade. A Geografia tem como objeto de estudo o Espaço Geográfico, sendo este a compreensão da realidade que nos cerca, a interdependência entre a natureza e as transformações criadas pelo homem e as relações sociais que se desencadeiam desse processo. A necessidade constante da análise das relações espaço-temporal com o objetivo de fundamentar os conteúdos apresentados, levando em conta a realidade local, regional, estadual, nacional e mundial. A linguagem cartográfica faz parte da prática diária, conforme o conteúdo trabalhado, tendo que ser apresentado aos educandos de maneira progressiva de acordo com a série. Consideração pontual em relação às culturas afro-descendente e indígena, assim como de maneira primordial as questões ambientais, ou seja, o desenvolvimento em busca de uma educação ambiental, presente não só na ciência Geografia como nas demais ciências, possibilitando a interdisciplinaridade. As principais metodologias utilizadas pelos professores de Geografia, são: ● Aulas expositivas; ● Trabalhos de pesquisa; ● Apresentação dos trabalhos de pesquisa realizados pelos alunos; ● Exposição de trabalhos realizados pelos alunos; ● Debates reflexivos; ● Seminários; ● Exercícios em sala de aula; ● Leitura/análise/interpretação de textos, jornais, revistas, etc.; ● Questões problemas; 185 ● Estudos de caso, tema proposto; ● Confecção e interpretação de mapas; ● Uso do livro didático; ● Resoluções de questões do ENEM e VESTIBULAR. AVALIAÇÃO A avaliação é um instrumento que identifica o reconhecimento do aluno em entender o processo de formação e transformação das paisagens, as formas de apropriação da natureza, localizando no espaço, formando e compreendendo os conceitos de paisagens, lugar, região, território, natureza e sociedade, as relações existentes entre as ações sociais, econômicas, culturais e politicas, identificando as relações existentes entre espaço urbano e o rural, a evolução e a distribuição da população , os indicadores demográficos, as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais e as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico. Relacionando e compreendendo as questões ambientais, politicas e culturais dos continentes. O processo de avaliação se dá de forma contínua e concomitante de forma que o aluno se aproprie dos conceitos, faça a leitura do espaço através dos instrumentos como mapas, tabelas, gráficos e imagens, compreendendo a formação natural das diferentes paisagens pela ação humana. Identificando os problemas ambientais globais, a exploração extrativista e o uso dos recursos naturais. Reconhecendo as influências dos avanços tecnológicos, a importância da revolução técnico-cientifica e sua relação com os espaços de produção, a circulação de mercadorias e nas formas de consumo, produção industrial e agropecuária analisando as novas tecnologias na como fator de transformação do espaço. Entender as redes de comunicação e de informações na formação dos espaços mundiais, as ações da OMC, FMI e Banco Mundial a regionalização dos espaços mundias e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios. 186 LEGISLAÇÃO Conforme a Legislação que vigora, cientes de sua obrigatoriedade, deverão constar nos planos de ação 'Bimestral', os Desafios Educacionais Contemporâneos e a diversidade, que serão abordados de maneira contextualizada, os temas deverão ser trabalhado de maneira articulada as especificidades aos conteúdos básicos. São eles: ● Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira; ● Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; ● Lei 9799/95 – Educação Ambiental; ● Educação Fiscal; ● Enfrentamento a Violência contra a criança e o adolescente; ● Gênero e Diversidade Sexual. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SAMPAIO, Francisco Coelho. Redescobrindo o planeta azul: a Terra pede ajuda 5ª, 6ª,7ª e 8ª séries/Francisco Coelho Sampaio; ilustração Adilson Farias, Luis Moura, Axel Sande- 2 ed. Curitiba: Positivo, 2005. MOREIRA, Igor Antônio Gomes. Construindo a Geografia. São Paulo: Atica, 2004. Projeto Araribá: geografia/obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Virgínia Aoki. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2006 LUCCI, Elian Alabi, 1943 – Geografia:homem e espaço: a organização do espaço brasileiro, 6ª série/ Elian Alabi Lucci, anselmo Lazaro Branco. 17.ed.e atual. - São Paulo: Saraiva, 2005. 187 LUCCI, Elian Alabi, 1943 – Geografia: homem e o espaço: o capitalismo, as condições de desenvolvimento, os blocos econômicos e o espaço americano – 7ª série/Elian Alabi Lucci, Anselmo Lazaro Brona. - 20 ed.rev. E atual. - São Paulo: Saraiva, 2005. LUCCI, Elian Alabi, Geografia: o homem e espaço: as relações internacionais e a organização do espaço mundial, 8ª série.ed.Saraiva, 2005. VISENTINE, José Wilian, VLACH Vânia. O espaço social e o espaço Brasileiro. Ed. Atica. MOREIRA, Igor Antonio Gomes. Geografia: geografia geral e do Brasil/ Igor A. G. Moreira – 1 ed, São Paulo: Atica, 2005. SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A.F.A. (Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. ADAS, Melhem / Melhem Adas ; comunicação cartográfica Marcelo Martinelli – 5º. ed. - São Paulo: Moderna, 2006. DCE - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Secretária de Estado de Educação do Paraná - 2008. 188 APÊNDICE IX – HISTÓRIA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo. A relação do ensino de História com a formação de uma democracia radical por meio da construção do conhecimento histórico percebe-se a necessidade da valorização dos “sujeitos históricos”, não somente como objeto de análise historiográfica, mas como agentes que buscam a construção do conhecimento através da reflexão retórica e, portanto, da produção conceitual, de sua prática vivencial e investigativa no universo escolar. O conhecimento histórico é sistematizado a partir de um processo de investigação que tem como objeto às “ações humanas”, praticadas no passado e as respectivas “intenções” ou “sentidos” que seus agentes deram as suas atitudes. Possui um método específico baseado na explicação e interpretação de fatos passados, por meio de provas construídas a partir de fontes ou documentos, na forma de uma narrativa histórica multi perspectivada. A finalidade é expressa no processo de autoconhecimento humano, sob a forma da “consciência histórica” dos sujeitos, voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico. Os processos históricos estão articulados em determinadas relações causais: acontecimentos históricos em determinado local, tempo e espaço; relações interna e externa; transformações e a complexidade. Os referenciais teóricos devem permitir a seleção temática através de uma conceitualização problematizadora e explicação que abordam a narrativa histórica. OBJETIVOS A História tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou consciência dessas ações. Ensino de História contribui para a formação de uma consciência histórico-crítica dos alunos. 189 Objetivo da História: Desenvolver o senso-crítico, a reflexão histórica. Aluno – agente de transformação da sociedade com intuito de uma sociedade mais justa, humana, fraterna, diminuição das desigualdades sociais. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Conteúdos por série: Dimensões Política, Econômica, Social e Cultural. 5ª série • Pré –História e Idade Antiga 6ª série • Idade Medieval e Moderna 7ª série • Idade Moderna e Contemporânea 8ª série • Idade Contemporânea e Brasil ENSINO MÉDIO 1º ANO • Trabalho – Relações de trabalho: ◦ O mundo do trabalho em diferentes sociedades ◦ Construção do trabalho assalariado ◦ Transição do trabalho escravo para o livre/ contexto das sociedades brasileira e estadunidense ◦ Relações de dominação e resistência contemporâneo ◦ Trabalho na sociedade contemporânea ◦ Industrialização e urbanização no Brasil no mundo do trabalho 190 2º ANO • Poder – Relações de poder: ◦ Estado nos mundos Antigo e Medieval ◦ Formação dos Estados Nacionais ◦ Relações de poder e violência no Estado ◦ O Estado Imperialista ◦ Paraná – urbanização e industrialização 3º ANO • Cultura –Relações culturais: ◦ As cidades na História ◦ Relações culturais nas sociedades grega e romana ◦ Relações culturais na sociedade medieval ◦ Sociedade moderna/ movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos ◦ Urbanização e industrialização no século XIX ◦ Sociedade contemporânea/ movimentos sociais, políticos e culturais ◦ Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA • Apropriar conceitos Históricos • Construir o conceito de tempo de forma multidimensional • Compreender a História como prática social • Compreender o processo histórico como algo permanente • Conhecer o método e problematização das fontes históricas • Respeitar a diversidade etno-racial, religiosa, social e econômica 191 APÊNDICE X - INGLÊS FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O ensino da Língua Estrangeira está norteado para um propósito maior da educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Isso implica que a mesma não deve se restringir apenas como meio para se atingir fins comunicativos, mas também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, oportunizando-o a engajarse discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. A língua estrangeira pode contribuir para a construção das identidades dos sujeitos alunos através do desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional. As aulas de língua estrangeira devem permitir ao aluno reconhecer e compreender as diversidades linguísticas e culturais e, a partir do confronto para sua própria identidade, interagindo na sociedade como participante ativo. Com embasamento em princípios da abordagem comunicativa, aplicados ao ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira, com ênfase no uso apropriado da língua em diferentes situações de interação social, se faz presente na contextualização de estruturas, funções da linguagem e vocabulário, por meio de assuntos de interesse dos alunos das mais diferentes faixas etárias; na comunicação oral, encorajada desde o início, por meio de atividades em duplas ou em grupos, enfatizando a interação aluno/ aluno e professor/ aluno; na prática de leitura e produção de textos de diferentes gêneros e, significativos para os alunos; integração equilibrada entre comunicação escrita e oral e projetos extracurriculares que oferecem aos alunos a oportunidade de transferir seus conhecimentos linguísticos para outras áreas de conhecimento. Para tanto,a proposta adotada nestas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas teorias do Círculo de Bakhtin2, que concebem a língua como discurso. 192 Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na Educação Básica. OBJETIVOS • Vincular as práticas pedagógicas ao contexto histórico social; • Oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama; • Conciliar a apropriação dos conhecimentos específicos de língua estrangeira com a compreensão crítica da sociedade; • Contribuir para a formação de cidadãos críticos, participantes ativos na sociedade, não limitados às suas comunidades locais, mas capazes de se relacionarem com outras comunidades e outros conhecimentos, contribuindo assim para a inclusão social; • Utilizar tipos diferentes de bibliografias, onde ocorrerá a relação entre leitor, texto e autor dando oportunidade ao aluno de aprimorar seus conhecimentos em relação ao mundo e o conhecimento linguístico; • Respeitar o conhecimento e leituras e o mundo que constituem a cultura de cada aluno; • Reconhecer seus elementos linguísticos: discursivos, ou seja, fazer uso das linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem que compõem o texto; • Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; • Conhecer sobre outras culturas bem como refletir sobre a sua própria identidade cultural. • Ampliar a visão de mundo e levar o aluno a comparar sua própria língua com a língua estrangeira estudada. 193 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Considerando que a centralidade do ensino de língua estrangeira são os textos socialmente construídos, os conteúdos por série terão por base os diferentes gêneros textuais que circulam no cotidiano. É importante lembrar que “o trabalho em aula deve partir de um texto de linguagem num contexto em uso, sob a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas”. (SEED, 2006) Portanto, a seleção dos textos não deve ser feita somente com a finalidade de analisar as estruturas gramaticais, mas sobretudo com fins educativos, valorizando o conhecimento de mundo do aluno. Nessa visão, o discurso, conteúdo estruturante desta disciplina, envolve o texto, propriamente dito, assim como suas condições de produção, isto é, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido. A temática a ser desenvolvida deve abordar assuntos relevantes à faixa etária e que suscitem a consciência crítica e promovam a construção de significados. Serão relacionados alguns conteúdos possíveis de serem abordados por série, através dos textos a serem utilizados. Embora alguns desses conteúdos sejam os mesmos nas diferentes séries, o que difere é o grau de complexidade dos textos apresentados para a prática discursiva. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 5ªsérie • Apresentações( Greetings) • uso dos pronomes pessoais: I e YOU ( singular) • uso dos pronomes my, your, his e her • uso do what/ who • vocabulário referente a apresentações • uso do this/ that • pronomes de tratamento MISS; Mr. • Greetings/ introductions/ good byes • school objects/ classroom objects • countries/ nationalities 194 • jobs/ part-time jobs • Familyś tree • animals, snacks, currency, colors • means of transports 6ªsérie • calendar • the days of the week. months of the year • ordinals numbers • personals pronouns/ possessive adjectives • sports( vocabulary) • demonstratives pronouns • plural of nouns • uso do can • What time is it, please ? • Prepositions(next, near, behind, beside) • Present Simple( verb to go) • Interrogative Sentences • Present Continous • Clothes/ Currency • Whose/ pronouns possessive • Genitive case • The indefinitive article a/ an • Imperative 7ªsérie • Service Buildings • There is/ There are • Adverbs of frequency • Description of people • Description of myself • Order of adjectives • Verb to have( simple present: affirmative, negative and interrogative forms) • The body: What's the matter with you? • Personal Pronouns: verb to be( simple past – regulars verbs) 195 • Thanksgiving Day • Simple Past( irregulars verbs) • Invitations • Future with “ be going to + infinitive” 8ªsérie • Vegetables/ Food • Fruit • Modal verbs (I): can; could, shall. Should, will, would, may, might, must, ought to • Simple Past- review( regular and irregulars verbs • Question words: who, what, how many • Adverbs of time: a week ago, yesterday, last night, last week, last month, last year. • Auxiliar verbs: do , does, did, was, were • Past Continuous: to drink( affirmative, negative and interrogative forms) • Degrees in adjectives: comparative,superlative and igual) • Descriptions of people and objects • Reflexives pronouns Ensino Médio 1ºano • Textos de diversos gêneros; • review about texts • interrogatives words and verbs; • False friends; • to be (when referring to age); • uses of that; • Position of too; • comparatives; • personal pronouns; • possessive adjectives and pronouns; • possessive case of nouns; • imperative sentences; • plural of nouns; 196 • simple present tense; • present continuos; • simple present tense; • reflexive and emphasizing pronouns; • irregular verb (review) • Textos de diversos gêneros • Past continus tense; • double possessive; • in/into; • preposition (review); • The word “as” • lie;lay/some/any/no/none/every; • the word “one”; • can/could; • may/might; • gerund after prepositions; • Future tense: shall/will/going to. • Would/used to; • in/on/at/ in expressions of time; • should/Ought to. • Borrow/ lend; must/have to. 2ºano • Textos de diversos gêneros; • Review: to be (present and past tense) • Compararisons with Adjectives and Adverbs; • The negatives prefixes; • Past Perfect Tense; • Compound nous and Adjectives; • The words “very” “help”; • Vocabulary • Textos de diversos gêneros; • Passive voice; • Question Tags; • Condicional sentences; 197 • The words: • at least/ at last/ Else/ Still/ • Any longer/ Enough/Such/So; • Suffixes: er/or/ar/ like; • Position of adverbs. 3ºano • Textos de diferentes gêneros : narrativos,descritivos e informativos com gramática contextualizada e temas variados. • -Conhecimento lingüísticos : coesão e coerência. • -Tempos verbais- Verbos regulares , irregulares, auxiliares, modais. • -Advérbios de quantidade e intensidade ( “Few, many, much, a lot of”,many,much) • -Pronomes Idefinidos- some, any, anything, anybody, something, nothing • -Diferentes significados de • “as, so, too” • -Uso dos modais , can could, must, should ought to. • -Graus do comparatives e superlativo. • -Phrasal Verbs • -Ampliação vocabular- Palavras e expressões. • -Prática da Oralidade • -Interculturalidade Objetivo de cada série 5ª série • Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade • Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido) • Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática, intertextualidade, etc. • Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e graus de formalidade) • Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero: 198 Subject Pronouns / Verb to be (Present tense): Affirmative, Interrogative and Negative forms There + to be (present tense): Affirmative, Interrogative and Negative forms / Articles / Plural of noums / Imperative / Directions / Prepositions of Place / Time Possessive Adjective as (Whose ....? It's Carol's) What + Interrogative form, Adjectives, Demonstrative Pronouns Numbers 01-300. 6ª série Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido) Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática, intertextualidade, etc. Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e graus de formalidade) Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero: Present Continuons Tense / What + Present Continuons Tense Can Affirmative, Interrogative and Negative forms Why + Because Simple Present Tense (except 3ª person singular): Affirmative, Negative and Interrogative forms / Imperative: Affirmative and Negative Simple Present Tense (3ª person singular): Affirmative, Negative and Interrogative forms / Adverbs of Frequency Simple Present (Verb+to+ver) General Review: Affirmative, Negative and Interrogative forms Object Pronouns Ordinal Numbers Verb to have: Affirmative, Negative and Interrogative forms / WhQuestions+going to+Verb / Prepositions of Place (General Review) Verb to be (Simple Past): Affirmative, Negative and Interrogative forms Prepositions of Time. 199 7ª série Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido) Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática, intertextualidade, etc. Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e graus de formalidade) Recursos linguísticos que promovam a coesão e coerência das idéias em um texto Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero: Obligation: Have to / Past Continuous: Affirmative, Negative and Interrogative forms / Wh-Questions + Past Continuous Simple Past of Regular Verbs: Affirmative, Negative and Interrogative forms / Past – ed Rules Simple Past of Irregular Verbs: Affirmative, Negative and Interrogative forms / Reflexive Pronouns Wh-Questions + Simple Past / Simple Past x Past Continuous Comparisions: as+adj.+as / more+adj. or adj.+-er+than / less+adj.+than / Which+ Comparissons Superlatives: the+adj+-est, the most+adj / lest+adj / the worst+adj./ the best/ Wh_Questions +Superlatives Simple Future (Will): Affirmative, Negative and Interrogative forms and Short Answers / Wh-Questions+Future Form / Verb Tenses (General Review) Questions Tags / Borrow x Lend / Possessives Pronouns. 8ª série Práticas discursivas: Leitura, escrita e oralidade Leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais, tendo como referencial básico o discurso que envolve o texto (oral, escrito, visual, dentre outros) e suas condições de produção (contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido) 200 Elementos contextuais norteadores do gênero: intencionalidade, temática, intertextualidade, etc. Variedades linguísticas: Linguagem verbal e não-verbal (diferentes registros e graus de formalidade) Recursos linguísticos que promovam a coesão e coerência das ideias em um texto Elementos gramaticais associados à funcionalidade do gênero: Modal Verbs (Can/Could/Must/Shoul/etc) Conditional Tense (Would like) Verb tenses (General Review) Conteúdos gramaticais: Used to, Affirmative, Negative and Interrogative forms / Adverbs which express a sequence / Relative Clauses Present Perfect: Affirmative, Negative and Interrogative forms Present Perfect + Simple Past / Present Perfect Continuous: Affirmative, Negative and Interrogative forms / How Long + Present Perfect Continuous Present Continuous x Present Perfect Continuous / Questions Tags First Conditional (If Clauses – Real Situations) / Passive Voice Second Conditional (If Clauses – Irreal Situations) / Phrasal Verb ENSINO MÉDIO 1º ano • Ampliar vocabulário • Desenvolver estratégias de leitura • Fazer interferência lexical • Compreender as estruturas da língua • Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos gramaticais e vocabulário adquirido • Simple Present • Present Continuous – Adverbs of Manner • Can / be able to – Adverbs of Frequency • Simple Past Regular and Irregular Verbs • Possessive and Adjective Pronouns • Plural of nouns – Irregular Plural • Reflexive Pronouns • Indefinite Pronouns 201 • Past Continuous 2º ano • Ampliar vocabulário • Compreender textos • Desenvolver estratégias de leitura • Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos gramaticais e vocabulário adquirido • Fazer interferência lexical • Compreender as estruturas da língua • Interrogative Words • Simple Present • Present Perfect Tense • Indefinite Pronouns • Simple Past • Adverbs of Frequency • Simple Past Regular / Irregular Verbs 3º ano • Formular perguntas em forma de entrevista • Redigir pequenos textos como carta, e-mail e cartão postal • Ampliar vocabulário através da leitura • Compreender as estruturas e o mecanismo da língua • Comparar algumas estruturas com as da língua materna • Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos gramaticais e vocabulário adquirido • Leitura de fábulas • Imperativo • Pronomes Interrogativos • Simple Present (revisão) • Present Continuous (revisão) • Futuro com “going to” e “will” • Past Continuous (Revisão _ Redigir textos apropriando-se dos conhecimentos gramaticais e vocabulário adquirido) • Uso do “would” 202 • Modais – can, could, must, shall, should METODOLOGIA Ao conhecer a língua como discurso, enquanto espaço de produção de sentidos marcados por relações contextuais de poder, o elemento norteador de língua estrangeira será “o discurso”, que envolve o texto (verbal e não-verbal). Serão considerados suas condições de produção; o contexto sóciohistórico-ideológico no qual foi produzido, assim como os elementos linguísticos – discursivos. Para a seleção dos textos será necessário observar também a continuidade entre as séries. O texto deve apresentar-se como um espaço para discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural, manifestados por um pensar e agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e valores. AVALIAÇÃO Ensinar é um processo dinâmico no qual há reações de interação entre o professor e o aluno, entre aluno e aluno, entre aluno e textos, contextos, portanto a avaliação de língua estrangeira não pode ser tida apenas como instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, mas um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensinoaprendizagem. A avaliação não é um mecanismo para classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos para a prática do professor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORACINE, M.J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995 203 FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996, p.50 LUCKESI, Cirpriano Carlos. O que é mesmo avaliar a aprendizagem? RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003. 204 APÊNDICE XI - LÍNGUA PORTUGUESA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo as diretrizes curriculares da rede pública de Educação Pública do Estado do Paraná, o Ensino Fundamental e Médio deve ser planejado em consonância com as características sociais, culturais e cognitivas do educando referencial desta última etapa da Educação Básica, tendo portanto como conteúdo estruturante o discurso como prática social. Assim, a língua portuguesa precisa ser compreendida como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania e por esse prisma o eixo curricular dessa área passa a ter como referência a construção do sujeito nas relações sócio-culturais, portanto coletivas, mediadas pelas linguagens. Estudiosos chamam a atenção para a questão do ensino de língua materna, pois durante muito tempo se insistiu em ensinar a escrita como representação da fala, quando na verdade não o é. Ambas têm particularidades. Soares (1985) esclarece em seu artigo que a língua escrita não é uma mera representação da língua oral. Se assim o fosse ler e escrever significaria o domínio da “mecânica” da língua escrita e nessa perspectiva, aprender a ler seria adquirir a habilidade de codificar a língua oral em língua escrita (escrever) e de decodificar a língua escrita em língua oral (ler). Dessa forma não haveria leitor critico, sendo a leitura um ato mecânico. Segundo Barros (in FARACO et al, 1996), Bakhtim defende a ideia de que as ciências humanas têm como objeto de estudo o homem, e é pelo texto que ele é conhecido. Assim, a dimensão do texto nesse sentido é inexaurível e sua importância fundamental para a humanidade. Partindo desse pressuposto, a concepção que se tem sobre linguagem é a de discurso que se efetiva diretamente nas diferentes práticas sociais, na interação entre os sujeitos e assim sendo busca-se atingir os objetivos a seguir, já explicitados pelo Ministério de Educação e que fundamentam o processo de ensino da língua materna no Ensino Médio: 205 • empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; • desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura; • refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o gênero e tipo de texto, assim como os elementos linguísticos empregados na sua organização; • aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; • reconhecer a importância da norma culta da língua, bem como as outras variedades linguísticas, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e, ao mesmo tempo, coletivo. Fica evidente que para se atingir tais objetivos é importante entender que quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais possibilidades se tem de entender o texto como material verbal carregado de intenções e de visões de mundo. Dessa maneira, o trabalho efetivo com a análise linguística amplia o leque tão restrito da gramática tradicional e discute o que a gramática postula como errado. Essa prática perpassa trabalhos de oralidade, escrita e leitura e assim consegue contemplar o dinâmico sistema da linguagem, uma vez que não se efetiva em um trabalho estanque. É seguindo esse viés que o trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios tradicionais e passa a valorizar a observação do aluno sobre o que seja um bom texto , como é organizado, como os elementos gramaticais concatenam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor. E consequentemente, o educando será levado a refletir e analisar a adequação do discurso considerando o destinatário e o contexto de produção e os efeitos de sentidos provocados por elementos linguísticos no texto. 206 Segundo o Ministério da Educação, o trabalho docente com o Ensino Médio precisa ainda: “tomar como contexto o mundo do trabalho e o exercício da cidadania, considerando-se: a) os processos produtivos de bens, serviços e conhecimentos com os quais o aluno se relaciona no seu dia a dia, bem como os processos com os quais se relacionará mais sistematicamente na sua formação profissional e b) a relação entre teoria e prática, entendendo como a prática os processo produtivos, e como teoria, seus fundamentos científico-tecnológicos”. Além disso, é importante ressaltar que a utilização intensa da Biblioteca tem como objetivo educar para a leitura e desenvolver a criatividade, o espírito crítico, o interesse pela investigação e pelo desenvolvimento de projetos, fazendo com que o estereótipo da leitura como obrigação ou como simples prazer seja diluído, e ainda, reconhecer as diversas formas e estruturas da linguagem, bem como os processos históricos e sociais que determinaram a construção do conhecimento científico. Assim, a leitura é vista como plural, uma vez que o texto tem atrelado a si inúmeros significados. Nesse âmbito considera-se relevante as considerações feitas por Jouve (2002), que afirma que a leitura é uma atividade que se desenvolve em várias direções, sendo plural e complexa. Já o ensino de literatura, segundo as Diretrizes Curriculares, precisa partir de um estudo rizomático, ou seja, a organização dos elementos não segue linhas de subordinação hierárquica - com uma base ou raíz dando origem a múltiplos ramos - mas, pelo contrário, qualquer elemento pode afetar ou incidir em qualquer outro. Segundo pesquisas, os livros didáticos tendem priorizar determinados autores para estudos diacrônicos, com base nos períodos literários, características, biografias, fragmentos de textos. Essa prática é hoje considerada inadequada, uma vez que priva o aluno de uma efetiva leitura do texto literário integral e de um verdadeiro exercício do pensamento crítico, devido ao pouco tempo para abranger a extensa produção literária que é foco dos estudos no Ensino Médio. 207 OBJETIVOS Partindo do pressuposto da língua como acesso às diversas áreas do conhecimento, o ensino de Língua Portuguesa destina-se a preparar o educando para utilizar e compreender a linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações. Desse modo, o aluno é levado a agir e interagir, dominando o saber linguístico, que implica leitura compreensiva e crítica de textos diversos; produção escrita em linguagem padrão; análise e manipulação da organização estrutural da língua e percepção das diferentes linguagens (literária, informativa, publicitáriavisual, etc.) como formas de compreensão do mundo. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Considerando o discurso como prática social, entende-se que os discursos acontecem e se traduzem de forma interativa, entre os mais variados atores sociais. Dessa forma, o trabalho com a disciplina em sala vai contemplar os gêneros discursivos que circulam no cotidiano, com ênfase àqueles de maior exigência na sua elaboração formal. A partir desta abordagem, entende-se que oralidade, escrita e a análise as práticas de leitura, linguística – que constituem os conteúdos estruturantes - serão contempladas, de acordo com os objetivos propostos para cada etapa do Ensino Fundamental e Médio. Conteúdos específicos 5ª Série Leitura – A prática de leitura compreende o contato do aluno com amplo variedade de textos e gêneros textuais, produzidos pelos autores, com refercia à sua própria produção. Leitura • Fábula • Informativo • História em quadrinhos e tirinhas • Jornalístico (leitura de textos diversos – cônica, reportagem, notícia etc) 208 • Narrativo • Poema, poesia, prosa, contos maravilhosos • Propaganda • Descrição • Educação Ambiental • Linguagem verbal e não verbal • Variação linguística • Marcas linguísticas Análise Linguística - As atividades linguísticas incidem sobre os aspectos dircursivos, estruturais e gramaticais. • Ortografia e reforma ortográfica: ( x, ch, z, s, sc,ss, sç, xc, uso de “m” e “n”) • Acentuação Gráfica • Pontuação • Classes de Palavras ( noções) • Fonética e Fonologia • Divisão Silábica • Noções de coesão e coerência 6ª Série Leitura • Gêneros Discursivos – leitura, oralidade e escrita • Gêneros Textuais • Entrevista • Texto Didático • Tiras • Carta argumentativa • História em quadrinhos • Narrativas, mitológicos, de aventura • Poema/ Poesia • Propaganda, anúncio, notícia • Texto de Opinião • Descrição de personagem e cenário • Artigos expositivos Análise Linguística 209 • Ortografia (g / j ; e / i ; o / u ; sinho / zinho) – Nova Ortografia • Acentuação Gráfica – Acentuação da paroxítonas; • Pontuação ( Noções de vírgula, ponto, travessão, parênteses, aspas); • Análise sintática ( sujeito , predicado, classificação, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito); • Emprego do pronome oblíquo em textos; • Verbos regulares e irregulares • Verbos transitivos, intransitivos e bitransitivos; • Graus do Adjetivo; • Coesão e coerência; • Semântica – ampliação do vocabulário ( Indigena, Africano, Árabe e Espanhol). 7ª. série Leitura . Gêneros Discursivos – leitura, oralidade e escrita • Diário • Fábula – Fábula contemporânea • Poema/ Poesia • Texto Teatral • Crônica • Artigo Expositivo • Artigo de Opinião • Material Gráfico • Propaganda, reportagem, notícia, tiras • Narrativa de ficção científica • Descrição física e psicológica • Descrição objetiva e subjetiva • Contos e Lendas - Africanas • Coesão e coerência Análise Linguística • Ortografia ( há, à,a, mau / mal, particularidades) • Pontuação ( vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, reticências) • Sujeito,predicado – ; objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito) 210 • Predicativo do objeto direto, Complemento Nominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial, vocativo e aposto. • Orações coordenadas e noções de subordinadas • Discurso direto e indireto • Variantes da língua 8ªSérie Leitura • Gêneros textuais – leitura, oralidade e escrita • Crônica de Humor • História de ficção científica • relatos • Charges • Debate • Artigo Expositivo • Artigo de Opinião • Anúncio publicitário • Propaganda • Poema visual • Narrativa em prosa / narrativa em verso • Resenha Argumentativa • Gráfico – Educação Fiscal • Análise linguística: Coesão e coerência • Ortografia (porquês, nomes próprios, abreviaturas, siglas, representações gráficas das unidades de medida) Análise Linguística • Acentuação Gráfica (crase) • Pontuação • Orações subordinadas • Pronomes – Colocação Pronominal • Concordância Verbal e Nominal • Função do que e se 211 • Figuras de linguagem (Construção / palavras / pensamento, vícios de linguagem) • Versificação • Processo de formação e estrutura das palavras ENSINO MEDIO 1º ano Descrever, narrar, dissertar • Descrever e narrar • Os elementos constitutivos do texto descritivo • A descrição objetiva • A descrição subjetiva • A descrição dinâmica ou expressão narrativa • A descrição: síntese dos conteúdos apresentados • Os elementos constitutivos do texto narrativo Gramática, Gramáticas • Fonologia • Acentuação Gráfica • Estrutura e Formação das Palavras • Classes Gramaticais, Funções Sintáticas, Substantivo e Adjetivo • Flexões do Substantivo e do Adjetivo • Artigo e Numeral O que é Literatura? • Gêneros Literários • Figuras de Linguagem • Trovadorismo • Humanismo • Classicismo • Literatura Informativa • Barroco • Arcadismo 212 2º ano Relatar e narrar • Os elementos constitutivos do texto narrativo – o enredo linear • Os elementos constitutivos do texto narrativo – o enredo não-linear • A narração – síntese dos conteúdos apresentados • O texto dissertativo (1) – descrever e dissertar • O texto dissertativo (2) – narrar e dissertar Classes gramaticais (continuação) • Pronome. Classificação e emprego dos pronomes retos/oblíquos; demonstrativos, possessivos, indefinidos, interrogativos, relativos • Verbo (1a parte) - Conceituação - Relações Morfossintáticas - Classificação • Tempos e modos • Formas nominais • Verbo • Classes Gramaticais Invariáveis • Advérbio (locução adverbial – classificação) • Preposição (relações) • Conjunção (classificação) • Interjeição • Introdução ao Estudo da Sintaxe • Predicação Verbal Termos Essenciais da Oração • Sujeito (a palavra SE – vozes) • Predicado – Predicativa • Concordância Verbal (alguns casos) Termos Integrantes da Oração • Complementos Verbais (Pronomes oblíquos desempenhando a funções de objeto) 213 • Complemento Nominal (Pronomes oblíquos desempenhando a função de complemento nominal) • Agente da Passiva (vozes verbais) Termos Acessórios da Oração • Adjunto Adnominal (pronomes oblíquos desempenhando a função de Adjunto Adnominal) • Adjunto Adverbial • Aposto • Complemento Nominal X Adjunto Adnominal • Aposto X Vocativo • Período Composto por Subordinação • Orações Subordinadas Substantivas • Orações Subordinadas Adjetivas (função sintática dos pronomes relativos) Coesão e coerência Literatura • Romantismo • Poesia • Prosa • Teatro • Realismo • Naturalismo • Parnasianismo • Simbolismo • Pré-Modernismo • Vanguardas europeias 3º ano Dissertação • A delimitação do tema • Ponto de vista • A argumentação causal • A importância do exemplo • A estrutura do texto dissertativo • Jogos lógico-expositivos 214 • A linguagem dissertativa • Acentuação gráfica (novo acordo ortográfico) • Estrutura das palavras • Formação de palavras • Estudo geral das classes gramaticais • Estudo das Classes Gramaticais (Pronome – Verbo) Termos da Oração • Essenciais • Integrantes • Acessórios - Período Composto por Coordenação - Período Composto por Subordinação Substantivas • • Adjetivas (função sintática dos pronomes relativos) Adverbiais • Concordância - Nominal - Verbal • Regência Verbal - Crase - Colocação Pronominal - Concordância Nominal - Concordância Verbal • Regência Verbal e Nominal - Coesão e coerência Literatura • Semana de Arte Moderna - Modernismo – 1a fase - Poesia - Prosa - Modernismo – 2a fase - Poesia - Prosa 215 - Modernismo – 3a fase - Poesia - Prosa - Teatro - Cinema • Revisão - Trovadorismo - Humanismo - Classicismo - Literatura Informativa - Barroco - Arcadismo - Romantismo - Realismo - Naturalismo - Parnasianismo - Simbolismo - Pré-Modernismo ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Os conteúdos de Língua Portuguesa precisam ser concebidos como conjunto de práticas, sintetizados nos eixos: oralidade/leitura e escrita, percorridos pela reflexão sobre a língua e articulado ao projeto pedagógico da escola, a fim de propiciar o aprimoramento dessas práticas. Dessa maneira, o aluno tem, na sala de aula, espaço para interagir, expor suas ideias e opiniões, seja na prática oral ou escrita, debater assuntos de seu interesse e de aspectos contemporâneos, bem como apropiar-se das ideias dos demais colegas. Essa possibilidade de troca de opiniões e de comparações, enriquece o âmbito escolar e promove o aprimoramento da competência linguística dos estudantes. Assim, são levados a compreender e interferir nas relações de poder, no que concerne às práticas de linguagens, indispensáveis ao convívio social, com a devida autonomia e competência linguística. 216 Como prática complementar, à leitura, oralidade e escrita, a análise linguística faz parte do letramento escolar possibilitando a reflexão sobre os fenômenos gramaticais e textuais – discursivos, além de abrir espaço para atividades de reflexão dos recursos linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos. Para tanto, o trabalho com língua portuguesa e literatura irá contemplar diferentes gêneros textuais, bem como, diferentes meios de comunicação (televisão, cinema, teatro, rádio), tendo em vista a formação de um leitor capaz de posicionarse criticamente no meio social em que está inserido. AVALIAÇÃO Em consonância com as Diretrizes Curriculares, entende-se que a avaliação é um procedimento necessário para definir prioridades e garantir a qualidade do ensino. Assim, a avaliação de ordem avaliativa torna-se imprescindível, uma vez que leva em consideração os diferentes ritmos e processos de aprendizagem, sendo contínua e diagnóstica. Essa prática possibilita a efetiva intervenção pedagógica em benefício do educando, pois aponta as dificuldades e orienta o trabalho do profissional, fazendo com que se reflita sobre as práticas docentes. Dessa forma o desenvolvimento do educando em relação à língua materna será observada e avaliada continuamente no que se refere à: • Oralidade: adequação do discurso em relação aos interlocutores, por meio de entrevistas, apresentações, seminários, participação em debates; fluência da fala, capacidade de argumentação e demais atividades que exijam a prática oral da língua. • Leitura: serão consideradas as estratégias de leitura das quais os educandos empreguem, a compreensão do texto lido, a reflexão e resposta ao texto lido e também os possíveis comentários e observações críticas sobre o que leu. • Escrita: levando em consideração as condições de produção criadas em sala, bem como o conhecimento prévio dos alunos em relação aos temas propostos, a avaliação da produção escrita irá considerar a coerência e a coesão do texto, assim como aspectos de adequação da linguagem e domínio da norma padrão da língua. Além disso, também será observada a capacidade de expressão, o desenvolvimento do tema e a criatividade. 217 • Análise Linguística: os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros serão avaliados sob prática reflexiva e constextualizada a fim de possibilitar sua compreensão. Dessa forma será avaliado o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelos conectores e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://portal.mec.gov.br Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná. DCEs. Diretrizes Curriculares de Educação Básica – Secretaria do Estado da Educação do Paraná – 2008 KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura. Teoria e prática. 3ª ed. Editora Pontes: Universidade Estadual de Campinas, 1995. MORAIS, José. A arte de ler. Tradução de Álvaro Lorencini. São Paulo - Editora Unesp, 1996. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o ensino de leitura. Tradução Octavio Mendes Cajado. São Paulo – editora Ática, 1987. SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas Universidade Federal de Minas Gerais, Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Disponível em http://www.anped.org.br/26/outrostextos/semagdasoares.doc BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. Editora da Unicamp, 1998. Trabalho apresentado no GT Alfabetização, Leitura e Escrita, durante a 26ª. Reunião Anual da ANPEd, realizada em Poços de Caldas, de 5 a 8 de outubro de 2003. 218 KOCH, Ingedore G. Villana. Argumentação e Linguagem. 4ª Edição. Editora Cortez, SP, 1996. SOARES, Magda Becker. As muitas facetas da alfabetização. Cad. Pesq., São Paulo (52): 19-24, fev. 1985. Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. SMITH, Frank. Leitura significativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998. FREGONEZI, Durvali Emilio. Leitura e Ensino. Editora UEL: Londrina, 1999. JOUVE, Vicent; tradução Brigitte Hervor. A leitura. Editora Unesp: São Paulo, 2002. 219 APÊNDICE XII - MATEMÁTICA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A matemática é uma ciência e como tal tem uma história que conta como foi se transformando e se aperfeiçoando ao longo dos séculos. A matemática está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem até o uso em complexos computadores. A princípio, alguns temas de matemática não tem aplicação imediata no dia-a-dia em que vivemos, mas, na verdade, a aplicação da matemática no cotidiano ocorre como resultado do desenvolvimento e do aprofundamento de certos conceitos nela presente. O papel do ensino e aprendizagem da matemática para a inserção do educando no mundo do trabalho, no mundo das relações sociais e no mundo da cultura deve redirecionar a disciplina no sentido da formação de capacidades intelectuais, da estruturação do pensamento, da agilização do raciocínio do aluno, da sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho, bem como do apoio à construção de conhecimentos de outras áreas. Para isso é necessário que se proporcionem, em sala de aula, situações significativas de aprendizagem e promotoras de conhecimentos. OBJETIVOS Entre os inúmeros objetivos gerais do ensino da matemática no ensino fundamental, destacam-se os seguintes: • Contribuir para a integração do aluno na sociedade em que vive, proporcionando-lhe conhecimentos básicos de teoria e prática da matemática. • Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno, para que ele explore novas ideias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos adquiridos e na resolução dos problemas. • Desenvolver no aluno o uso do pensamento, a capacidade de elaborar hipóteses, descobrir soluções, estabelecer relações e tirar conclusões. 220 • Desenvolver no aluno hábitos de estudo, rigor, precisão, ordem, clareza, concisão, iniciativa, raciocínio, perseverança, responsabilidade, cooperação, crítica, discussão e uso correto da linguagem. • Proporcionar ao aluno atividades desafiadoras, incentivando o gosto pela matemática e o desenvolvimento do raciocínio. • Associar a matemática à outras áreas do conhecimento. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, BÁSICOS E ESPECÍFICOS ENSINO FUNDAMENTAL 5ª série (6º ano) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • • • NÚMEROS E ÁLGEBRA • • • • • Sistemas de numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais. • • • • • • • • GRANDEZAS E MEDIDAS • • • • • • • Medidas comprimento; Medidas massa; Medidas área; Medidas volume; Medidas tempo; Medidas ângulos; Sistema de • de • de • • de • de • de • • Diferentes sistemas de numeração; Conjunto dos naturais; Operações com números naturais; Situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; Números fracionários; Números decimais; MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; Potenciação e radiciação. Metro como unidade-padrão de medida de comprimento; Diversos sistemas de medidas; Múltiplos e submúltiplos do quilograma; Perímetro; Área; Metro cúbico como padrão de medida de volume; Medida de tempo envolvendo múltiplos e submúltiplos; Ângulos (reto, agudo e obtuso); Sistema Monetário Brasileiro. 221 monetário. GEOMETRIA • • • • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • • Geometria plana; Geometria espacial. • • • • • • Ponto, reta, plano, semirreta e segmento de reta; Polígonos; Corpos redondos; Área e perímetro de diferentes figuras planas; Círculo e circunferência; Sólidos geométricos. Leitura de dados, tabelas e gráficos; Porcentagem (forma decimal). Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem. 6ª série (7º ano) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Números inteiros em diferentes contextos; Operações com números inteiros; Números racionais em diferentes contextos; Operações com números racionais; Princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; Conceito de incógnita; Linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; Razão e proporção; Grandezas direta e inversamente proporcionais; Regra de três simples. • Medidas de temperatura em • • • NÚMEROS E ÁLGEBRA • • • Números inteiros; Números racionais; Equações e Inequações do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples. • • • • • • • • GRANDEZAS E MEDIDAS 222 • • • Medidas temperatura; Medidas ângulos. de • diferentes contextos; Conceito de ângulo; Classificação e construção de ângulos. de GEOMETRIA • • • • • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Geometria plana; Geometria espacial; Geometria nãoeuclidianas. • • • • • Pesquisa estatística; Média aritmética; Juros simples. • Sólidos geométricos; Noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. Leitura, interpretação e construção de gráficos, contemplando a História e Cultura Afro-brasileira; Média aritmética; Juros simples. 7ª série (8º ano) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • • NÚMEROS E ÁLGEBRA • • • • Números racionais irracionais; Sistemas equações do grau; Potências; Monômios polinômios; Produtos notáveis. e • de 1º • • e • • • • GRANDEZAS E MEDIDAS • • Medidas de Raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; Números irracionais em diferentes contextos; Operações com números irracionais; Número pi; Notação científica; Sistemas de equações do 1º grau; Operações com monômios e polinômios; Regras de produtos notáveis. Comprimento circunferência; da 223 • • • comprimento; Medidas área; Medidas volume; Medidas ângulos. • de • de de • Comprimento e área de polígonos e círculo; Ângulos formados entre retas paralelas interceptada por transversal; Área e volume de poliedros. GEOMETRIA • • • • • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Geometria plana; Geometria espacial; Geometria analítica; Geometria nãoeuclidiana. • • • • • • • Gráfico informação; População amostra. Triângulos semelhantes; Soma dos ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; Noção de paralelismo; Sistema de coordenadas cartesianas; Fractais (visualização e manipulação). Diferentes gráficos; Conceitos de amostra levantamento de dados. para e e 8ª série (9º ano) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • • • NÚMEROS E ÁLGEBRA • • • • • Números reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações irracionais; Equações biquadradas; Regra de três composta. • • • • • • Potenciação e radiciação; Expoentes fracionários; Equação do 2º Grau na forma completa e incompleta; Problemas em linguagem gráfica e algébrica; Equações irracionais; Equações biquadradas; Regra de três composta. 224 • GRANDEZAS E MEDIDAS • • • FUNÇÕES Relações métricas no triângulo retângulo; Trigonometria no triângulo retângulo. • • • GEOMETRIA • Noção intuitiva de função afim; Noção intuitiva de função quadrática. • • • • • • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • • Geometria plana; Geometria espacial; Geometria analítica; Geometria nãoeuclidiana. • • • • • • • • • Noções análise combinatória; Noções probabilidade; Estatística; Juros compostos. Relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; Teorema de Pitágoras. Dependência de uma variável em relação a outra; Representação e análise gráfica das funções afim e quadrática. Semelhanças entre polígonos; Semelhanças de triângulos; Teorema de Tales; Noções básicas de geometria projetiva; Calculo de superfície e volume de poliedros. Situações-problema que envolvam contagem, aplicando o princípio multiplicativo; Espaço amostral; Probabilidade; Juros compostos. de de ENSINO MÉDIO 1º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • Conjuntos numéricos e aplicação 225 • NÚMEROS E ÁLGEBRA • Números reais; Equações inequações exponenciais, logarítmicas modulares. • e e • GRANDEZAS E MEDIDAS • trigonometria. • • • • • FUNÇÕES • • • • • • • Função afim; Função quadrática; Função polinomial; Função exponencial; Função logarítmica; Função trigonométrica; Função Modular; Progressão aritmética; Progressão geométrica. • • • • • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • • • • • Estatística; Matemática financeira. em diferentes contextos; Equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares. Aplicação da lei dos senos e cossenos de um triângulo qualquer para determinar elementos desconhecidos; Noção do ciclo trigonométrico. Identificação das diferentes funções e realização de cálculos, envolvendo-as; Aplicação dos conhecimentos sobre funções para resolver situações problema; Análise gráfica de diferentes funções; Reconhecimento, nas sequências numéricas, particularidades que remetam aos conceitos progressões aritméticas e geométricas; Generalização de cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica. Realização de estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; Coleta, interpretação e análise de dados através de cálculos, com uma leitura crítica dos mesmos; A matemática financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana; Leitura, interpretação e construção de gráficos; A transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa. 226 2º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS • NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS • • • Sistemas lineares; Matrizes determinantes. Medidas área; Medidas volume; CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • e • • Ampliação e aprofundamento dos conhecimentos de geometria plana e espacial; Percepção da necessidade da geometria não-euclidiana para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides; Compreensão da necessidade da geometria não-euclidiana para o avanço das teorias científicas. de GEOMETRIA • • • • TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • • • • Análise combinatória; Binômio de Newton; Estudo das probabilidades. do de por A percepção das unidades de medidas utilizadas na determinação de diferentes grandezas e compreensão das relações matemáticas existentes nas suas unidades. de Geometria plana; Geometria espacial; Geometria nãoeuclidiana. de • • • Conceito e interpretação matrizes e suas operações; Conhecimento e domínio conceito e das soluções problemas que se realizam meio de determinantes. • Coleta, interpretação e análise de dados através de cálculos, com uma leitura crítica dos mesmos; Realização de cálculos com a utilização do Binômio de Newton; Compreensão da ideia de probabilidade. . 3º ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS • NÚMEROS E • Números Compreensão dos números complexos e suas operações; 227 ÁLGEBRA • GRANDEZAS E MEDIDAS • • • complexos; Polinômios. Medidas grandezas vetoriais; Medidas informática; Medidas energia. • Identificação e realização de operações com polinômios. • A percepção das unidades de medidas utilizadas na determinação de diferentes grandezas e compreensão das relações matemáticas existentes nas suas unidades. • Determinação das posições e medidas de elementos geométricos através da geometria analítica; Articulação de ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa; Conhecimento dos conceitos básicos da geometria elíptica, hiperbólica e fractal. de de de GEOMETRIA • • Geometria analítica. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • • • • • Estatística; Matemática financeira. • • • Realização de estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; Coleta, interpretação e análise de dados através de cálculos, com uma leitura crítica dos mesmos; A matemática financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana; Leitura, interpretação e construção de gráficos; A transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Para que o ensino da matemática contribua para a formação global do aluno, a qual tem como objetivo maior, a conquista da cidadania, é fundamental explorar temas que de fato encontrem na matemática uma ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim o aluno percebe a real necessidade dessa ciência para a sua vida. 228 Os conteúdos explorados e atividade propostas permitem que o professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas do conhecimento (ex: arte, ciências, etc.) e a compreensão, abordagem de informações. Sempre que possível, por meio de situações que valorizam o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos problemas, fazendo udo de resolução de problemas, modelagem matemática, etno matemática e da história da matemática. AVALIAÇÃO Atribui-se à avaliação a função de fornecer aos alunos informações sobre o seu desenvolvimento, bem como auxiliar os professores a identificar quais objetivos foram atingidos, fornecendo as informações sobre como está ocorrendo a aprendizagem, possibilitando ao professor realizar as intervenções necessárias para superação das dificuldades. É fundamental que os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação, sejam eles provas e atividades diversificadas, forneçam ao professor informações sobre as competências de cada aluno em resolver problemas, em utilizar a linguagem matemática adequadamente para comunicar suas ideias, em desenvolver raciocínios e análises e em integrar todos esses aspectos no seu conhecimento matemático. A determinação desses critérios deve ser flexível e levar em conta a progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem se concretiza. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Diretrizes Curriculares da Educação Básica Matemática. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008. GIOVANNI, José R. / PARENTE, Eduardo. Aprendendo Matemática. FTD, 2002. 229 ISOLANI, Cléia Mª M./ MIRANDA, Diair T. / ANZZOLIN, Vera Lúcia A / MELÃO, Walderez S. Matemática e Interação. Módulo, 1999 MALVEIRA, Linaldo. Matemática Fácil. Ática, 1987. SARDELLA, Antônio / MATTA, Edison da. Matemática. Ática, 1997. TOSATTO, Claudia M. / PERACCHI, Edilaine F. / ESTEPHAN, Violeta. Ideias e Relações. Positivo, 2000. 230 APÊNDICE XIII - QUÍMICA OBJETIVOS • Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o desenvolvimento cientifico com a transformação da sociedade.; • Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos e tecnológicos; • Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variáveis, representados em gráficos, diagramas ou expressões algébricas, realizando previsão de tendências, extrapolações interpolações e interpretações; • Analisar qualitativamente dados quantitativos, representados gráfica ou algebricamente, relacionados a contextos sócio-econômicos, científicos ou cotidianos; • Entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social; • Aplicar as tecnologias associadas às Ciências Naturais na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. CONTEÚDOS • Matéria e sua natureza elétrica - Estrutura da matéria; substância - Misturas, métodos de separação - Fenômenos físicos e químicos - Distribuição eletrônica - Tabela Periódica - Ligações químicas, funções químicas - Radioatividade - Classificação ácidos e bases 231 • Biogeoquímica - Soluções - Termoquímica - Cinética química - Equilíbrio químico METODOLOGIA Para que as estratégias metodológicas sejam efetivadas, devem ser levados em conta indicadores, tais como: a abordagem da Química enquanto construção humana; o papel da experimentação no ensino de química, o papel do erro na construção do conhecimento (o erro como elemento sinalizador para a reconstrução dos conceitos e melhor compreensão dos conteúdos); incentivo à pesquisa e à problematização que consiste em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. AVALIAÇÃO Entre os instrumentos avaliativos, deve ser utilizado a observação durante as aulas. Avaliar por meio das respostas às perguntas, dos debates, das pesquisas realizadas pelos estudantes, dos experimentos, relatórios, textos escritos, questões de múltipla escolha. Os alunos que por motivos não atingiram com proficiência os objetivos, deverão ser submetidos a um processo de reorientação da aprendizagem, onde serão oferecidos estudos de: recuperação simultânea e contínua no decorrer dos períodos avaliatórios e recuperação paralela. CONCLUSÃO A história da Química desempenha um papel motivador no ensino de química experimental, facilitando o entendimento dos processos históricos que fizeram parte do desenvolvimento dos aparos de laboratório, bem como os seus 232 idealizadores. Alunos motivados apresentam uma outra relação com o saber, o que facilita o processo de ensino, o que faz com que a aprendizagem seja significativa. 233 APÊNDICE XIV - SOCIOLOGIA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Sociologia nos oferece elementos para nos voltarmos, o tempo todo, para os problemas que o homem enfrenta no seu dia-a-dia em sociedade. Todos possuem conhecimentos práticos de como agir, como participar de instituições, de grupos, etc. Esse conhecimento é parte do senso comum acerca da sociedade. Assim sendo, a Sociologia está próxima de nossos problemas diários, mas não se limita a repetir o que já se sabe, ou seja, os ensinamentos do senso comum. O objeto de estudo da Sociologia, então, constitui-se historicamente como o estudo das relações sociais, isto é, o conjunto de relacionamentos que os homens estabelecem entre si na vida em sociedade. Interessa, para a Sociologia, portanto, não o indivíduo isolado, mas inter-relacionado com os diferentes grupos sociais dos quais faz parte, como a escola, a família, os grupos de amigos, de trabalho, as classes sociais, dentre outros. Não é o homem enquanto ser isolado da história que interessa ao estudo da sociedade, mas os homens enquanto seres que vivem e fazem a história. A Sociologia no Ensino Médio se propõem a oferecer meios para o exercício da desnaturalização dos fatos sociais e despertar a imaginação sociológica. Além do que se pautará em explicar como ações individuais podem ser pensadas no seu relacionamento com outras ações como, por exemplo, as eleições, ou como os indivíduos incorporam as regras determinadas pela sociedade, seja através da escola, das igrejas, ou de outros grupos dos quais faz parte, ou ainda como práticas coletivas acabam definindo diferentes grupos sociais, como as associações de bairros, os sindicatos ou os diferentes movimentos sociais. Em todas essas situações citadas, estará em jogo o relacionamento entre indivíduo e sociedade. Por isso, a Sociologia não deverá tratar o indivíduo como um dado da natureza, isto é, como um ser autônomo, livre e absoluto desde o nascimento, mas, também, como um produto social, em alguma medida. É necessário mostrar que a idéia de individualidade é historicamente constituída, ou seja, em cada sociedade, em certo momento histórico, há uma visão específica a respeito do problema da individualidade. 234 A Sociologia possui um campo teórico capaz de orientar o estudo da cultura, dos processos de socialização – informal e formal –, as relações entre política, poder e ideologia, os movimentos sociais, a indústria cultural, os processos de trabalho e produção num mundo globalizado, a violência – institucionalizada ou não –, as desigualdades sociais e, assim, ajudar os alunos a confrontar com a realidade de seu Bairro, Cidade, Município, Estado, País e Mundo. Passando pela teorização da prática social, o aluno pode se posicionar de maneira diferente em relação à sua prática, pois pode entendê-la. Seu pensar e agir passam a ser em direção da transformação da realidade. Teorizar sobre essas práticas permitirá que se busque um suporte teórico capaz de desvelar, explicitar e explicar essa realidade. Este é o caminho pelo quais nossos alunos poderão passar do conhecimento empírico para o teórico ou, dito de outra forma, passar do senso comum para conceitos científicos. Tudo isso nos coloca algumas questões centrais: Como os homens agem em sociedade? Como as ações de diferentes indivíduos se influenciam reciprocamente? Como as pessoas obedecem às regras definidas pela sociedade? Como as práticas sociais acabam definindo individualidades e, ao mesmo tempo, grupos homogêneos? É nessa perspectiva que a Sociologia vem ao encontro à identidade de um Ensino Médio que se quer capaz de instrumentalizar o aluno para prosseguir seus estudos e/ou participar ativamente do mundo do trabalho. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Foram definidos os seguintes conteúdos como aqueles que estruturam a disciplina de Sociologia no Ensino Médio: • O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. • Processo de socialização e as instituições sociais • Cultura e Indústria cultural • Trabalho, produção e classes sociais. • Poder, política e ideologia. • Direitos, cidadania e movimentos sociais. Estes conteúdos são aqueles mais pertinentes ao Ensino Médio pois identificam os grandes campos de estudos das Ciências Sociais – Antropologia, 235 Sociologia e Ciências Políticas – e as categorias conceituais básicas e introdutórias a este nível de ensino. CONTEÚDOS PARA CADA SÉRIE 1ª SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS: ESTRUTURANTES: CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: O contexto histórico Formação e consolidação Processo de modernidade – que viabilizou a da sociedade capitalista e renascimento, organização do o conhecimento da pensamento social. Sociologia. Teorias para desenvolvimento Autores reforma do protestante, iluminismo, revoluções burguesas. clássicos – Teoria de Durkheim, Max sociológicas Durkheim, Weber e Marx – Weber e Karl Marx - relação análise processos socialização e instituições sociais. dos como iniciadores do indivíduo de pensamento sociológico. definição das Processo de socialização. método, x sociedade; do objeto conceitos e mais Instituições familiares. importantes que possam ser Instituições escolares. mobilizados nas discussões Instituições religiosas, dos outros conteúdos da Instituições de reinserção. série. A socialização – socialização primária, secundária, contato, relação, interação, grupos sociais. Conceito de instituições sociais. Instituições familiares – perspectivas teóricas sobre a família, familiar, diversidade novos arranjos familiares, papéis de gênero e família, violência e abuso 236 na vida familiar. Instituições escolares: perspectiva teórica sobre a escola em Durkheim, Marx, Weber, Bourdieu, Gramsci, dentre outros; teorias sobre a educação escolar e a desigualdade educação, social, violência industrialização educação e (relação), e novas tecnologias, privatização da educação. Instituições definições diversidade religiosas: de religião; religiosa; perspectivas teóricas sobre a religião em Durkheim, Max Weber, Marx, dentre outros; gênero e religião; novos movimentos religiosos; fundamentalismo religioso; poder/violência religiosa; milenarismo. Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos, dentre outros. 237 2ª SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESPECÍFICOS: ESTRUTURANTES: CULTURA INDÚSTRIA CULTURAL CONTEÚDOS Os conceitos de cultura E Desenvolvimento antropológico do conceito de nas escolas cultura e sua contribuição na antropológicas análise das diferentes (evolucionismo, sociedades funcionalismo, Diversidade cultural culturalismo, Relações de gênero estruturalismo, Cultura afro-brasileira e interpretativismo), culturas indígenas. antropologia brasileira. Identidade Diversidade, Indústria Cultural cultural; diferença relativismo, Meio de comunicação de etnocentrismo, alteridade. massa Identidades como projeto Sociedade de Consumo e/ou processo; identidades e sociabilidades; identidades e globalização; identidades e movimentos construção sociais; social do gênero; construção social da raça/cor; minorias, preconceito, hierarquia e desigualdades; dominação, hegemonia e contramovimentos. Escola de conceito Cultural de e Frankfurt, Indústria cultura de massa, cultura erudita e 238 TRABALHO, PRODUÇÃO CLASSES SOCIAIS cultura popular, sociedade E de consumo. Conceito de trabalho e o trabalho diferentes sociedades. Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais. Organização do trabalho nas sociedades suas capitalistas contradições questões e – econômicas, sociais, políticas, de gênero, racial, escolarização, flexibilização das leis trabalhistas, etc. Globalização e neoliberalismo. Relações de trabalho Brasil e no Mundo. no Modos de produção, desemprego, desemprego conjuntural e desemprego estrutural, subemprego e informalidade, fordismo, taylorismo e toyotismo. Reforma agrária. Reforma sindical. Estatização e privatização, flexibilização, terceirização, agronegócios, voluntariado e cooperativismo, economia solidária, parcerias público-privadas, capital humano, empregabilidade e produtividade, relações de mercado. Processo de trabalho e o Meio Ambiente responsabilidade das empresas. – social 239 3ª SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ESPECÍFICOS PODER, POLÍTICA E Formação IDEOLOGIA. e Processo de desenvolvimento do Estado modernidade, Moderno. formação do capitalismo. Democracia, autoritarismo, Conceitos de estado, totalitarismo. estado moderno, formas Estado no Brasil. de organização do estado Conceitos poder, de ideologia, (absolutismo, liberal, bem- dominação e estar social, socialismo), legitimidade conceito de política, As expressões da violência conceito de alienação. nas sociedades Partidos políticos. contemporâneas. Relação entre Estado e violência legítima, violência urbana, violência contra “minorias”, violência simbólica, criminalidade, narcotráfico, crime organizado. DIREITOS, CIDADANIA E Direitos: civis, políticos e MOVIMENTOS sociais. Construção moderna dos SOCIAIS Direitos Humanos. direitos, Conceito de Cidadania. direitos Movimentos Sociais. alcances Movimentos sociais no cidadania, Brasil. histórico humanos e dos - limites, políticas afirmativas, políticas de A questão ambiental e os inclusão, definição de movimentos ambientalistas. minorias. A questão das ONG’s. Definição de movimentos 240 sociais, movimentos sociais urbanos, movimentos rurais, sociais movimentos conservadores, neoliberalismo, redefinição das funções do estado, problemas ambientais. Análise de documentos oficiais como os Estatutos da Criança Adolescente, Código de Consumidor e do do Idoso; Defesa e do Direito Ambiental. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada. Estas Diretrizes sugerem que se organizem os conteúdos da maneira como eles estão apresentados na tabela de conteúdos básicos, ressaltando que esses se desdobram em conteúdos específicos, próprios da contextualização dos fenômenos estudados. O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a coletividade. Ao se constituir como ciência, com o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo, a Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor. O ensino de sociologia no ensino médio tem a finalidade de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de maneira que alcance 241 um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática social. Quando o cuidado crítico é descurado, o resultado é sempre empobrecedor da ciência. Ou se tem uma Sociologia sistemática, – conceituada como o estudo ordenado dos aspectos elementares e universais da vida social, segundo Florestan Fernandes (1970) – uma sociologia árida e a-histórica, cujos conceitos e teorias formais descolam-se da realidade por pretender descrever a ordem social manifesta e objetiva; ou se tem uma Sociologia pragmática eivada de uma ação militante político-partidária, ou de uma ação assistencial, ambas capazes de confundir conceitos desprovidos de aportes explicativos e raízes históricoepistemológicas. Considera-se relevante no exercício pedagógico da Sociologia manter no horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a Sociologia O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta-se em teorias originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas interpretações. Desta maneira, como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias, seguindo o rigor metodológico que a ciência requer. A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensino-aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais 242 concretas e contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. No desenvolver do seu trabalho o professor pode inspirar-se em um trabalho pedagógico que ganhe especificidade no trato da Sociologia como disciplina científica que se traduz em disciplina curricular no Ensino Médio. AVALIAÇÃO Acompanham as práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina a reflexão crítica dos debates, análises de textos ou filmes, a participação nas pesquisas de campo ou na produção de textos que demonstrem a capacidade de articular teoria e prática. Podem ser de várias formas, desde que os objetivos de apreensão, compreensão, reflexão sobre os conceitos e teorias e a construção do pensamento sociológico pelos alunos possam ser analisados. Dito de outro modo, a avaliação deve propiciar a verificação: • da apreensão de alguns conceitos básicos da ciência sociológica, articulados com a prática social; • da capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; • da clareza e coerência na exposição das idéias, sejam no texto oral ou escrito. • deve se propiciar a apreensão da reflexão sobre as ações individuais de tal modo que percebam que as ações em sociedade são interdependentes; • compreendam como cultura e ideologias podem ser utilizadas como forma de dominação na sociedade contemporânea; • e entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está relacionada que esta determinada sistema econômico, político e social; • que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política e que as transformações nas relações de trabalho são consequências do processo de globalização. • analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades e que o desenvolvimento do Estado Moderno e as 243 contradições do processo de formação das instituições políticas estão relacionados pelas ideologias em vários contextos sociais. • compreendam que a conquista de direitos não é natural, mas resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo e identifiquem grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade pois não há garantia dos direitos básicos, por isso, a necessidade dos diversos movimentos sociais. REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS ARANTES, A. A. O que é cultura popular. 5ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1983. ARNS, Dom Paulo. Brasil nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1985. BRYM, R.; LIE, J.; HAMLIN, C. L.; MUTZENBERG, R.; SOARES, E. V.; SOUTO MAIOR, H. P. Sociologia: sua bússola para um mundo novo. São Paulo: Thomson Learning, 2006. CUNHA, E. Os sertões. São Paulo: Ática, 1902. DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1984. DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978. DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Nacional, 1974. DURKHEIM, E. O suicídio. 6 ed. Lisboa: Presença, 1996 FREYRE, G. Casa-grande & senzala: introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2001. FORACHI, M.M.; MARTINS, J. de S. (Orgs) Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro: LTC, 2004. GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 244 GOMES, R. Crítica da razão tupiniquim. 8. ed. Curitiba: Criar, 1986. HOBSBAWM, E. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995. LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 Ed. São Paulo: Brasiliense, 2000. LARAIA, R. de B. Cultura: um conceito antropológico. 18 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. MICELI, P. As revoluções burguesas. São Paulo: Atual, 1987. ORTIZ, R. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 2003. PEREIRA, C. A. M. O que é contracultura. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1989. RIBEIRO, D. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. SANTOS, J. L. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983. WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979. WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 15 ed. São Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais. 2000. WEFFORT, F. (Org). Os clássicos da política: 13ª ed. São Paulo: Ática, 2003. v. 1. WEFFORT, F. (Org). Os clássicos da política: 10ª ed. São Paulo: Ática, 2003. v. 2. Artigos diversos da Revista: Sociologia: Ciência e Vida. São Paulo: Editora Escala. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Sociologia. SEED, 2008.