Revista Abrapneus - Ano XVII
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Revista Abrapneus - Ano XVII
Ano XVIi - Nº 100 - Janeiro/Fevereiro Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus Revista Abrapneus chega à 100ª edição Mercado vê com otimismo a chegada de 2010 pág. 7 Luiz Antônio Medeiros discute nova lei trabalhista pág. 4 EDITORIAl Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do Sicop - Sindicato É com orgulho que apresentamos esta 100ª edição da revista Abrapneus que, no decorrer desses quase 17 anos, solidificou sua posição de porta-voz do setor, acompanhando as mudanças da economia nacional, do conceito de sustentabilidade e, principalmente, no setor de pneumáticos (veja matéria completa na pg. 12). Você vai conferir, ainda, os melhores momentos da festa de confraternização realizada pela Abrapneus que reuniu, além de representantes da revenda, os principais dirigentes da indústria de pneus. Em depoimento à nossa revista, eles foram unânimes em dizer que 2010 será muito melhor – para a economia brasileira e para o setor – do que o ano que terminou. Na seção Entrevista, o secretário Nacional de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros fala sobre o projeto de terceirização do trabalho que está em discussão no Congresso Nacional. Conheça também a opinião da economista Sandra Turchi sobre as perspectivas econômicas brasileiras, na seção Opinião. Ela considera a aprovação do Cadastro Positivo como uma possibilidade de aumento do acesso ao crédito para milhões de novos consumidores, e, consequentemente, da expansão da produção e das vendas. E as novidades na indústria de pneus não param de surgir. A Goodyear apresentou na COP15 o primeiro pneu-conceito do mundo produzido com tecnologia BioIsopreneä de biomassa renovável. Já a Bridgestone comemora os resultados da Fórmula Truck 2009, que fechou mais uma temporada de sucesso. No final de 2009, a Michellin lançou o Refill, um serviço exclusivo que vem revolucionando o setor. E a Pirelli anunciou a expansão de seus negócios no Brasil e na América Latina, com investimentos de US$ 100 milhões. Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos distribuída gratuitamente a revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, órgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e órgãos de imprensa ABRAPNEUS Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa Vice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu Delamuta, Isac Moyses Sitnik, João Faria da Silva e Itamar Laércio Grotti. Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro Tesoureiro: Airton Scarpa Diretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre Quadrado, Geraldo Gusmão Bastos Filho, José Manuel Pedroso da Silva, Sérgio Carlos Ferreira, Gláucio Telles Salgado, Horácio Franco Zacharias, Henrique Koroth, Carlos Alberto D. P. Costa, João Ibrahim Jabur, Antônio Augusto, Célio Gazire, Ivo Giunti Yoshioka. SICOP Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa 1° e 2º Vice-presidentes: Walter Paschoal e Horácio Zacharias Secretário: Carlos Alberto D. P. Costa Tesoureiro: Dirceu Delamuta Diretoria: Paulo Sérgio Paschoal, Fábio Grotti, Vicente Goduto Filho e João Alexandre da Silva Conselho Fiscal: Aírton Scarpa, Felice Perella, José Linhares, Ivo Giunti Yoshioka, Itamar Grotti e André Boa leitura! Márcio O. Fernandes da Costa Presidente Índice 4 – Entrevista: O secretário Nacional de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, comenta as alterações nas relações trabalhistas que estão em debate. Linhares Delegação junto à Fecomercio-SP: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Rodrigo Fernandes da Costa, Walter Paschoal e Dirceu Delamuta Revista Abrapneus Conselho Editorial: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta, Walter Paschoal e Silvana Coelho 7 – Especial: Na festa de confraternização, realizada em dezembro, presentes revelaram otimismo quanto ao novo ano. Edição: Cristiane Collich Sampaio (Mtb 14 225) 11 – Atualidades Sindicais: Conheça a nova diretoria do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos (Sicop). Produção Gráfica e Editorial: Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli GT Editora – (11) 4227-5188 / 2996 12 – Retrospectiva: Revista Abrapneus comemora sua 100ª edição. 14 – Pirelli 19 – Bridgestone/Firestone 24 – Michelin Atualização de endereço, solicitação de remessa da revista ou envio de material de informações à redação, escreva para Revista Abrapneus: Av. Paulista, 1499 – 5º Andar, cj. 506, São Paulo, Capital, CEP: 01311-928 Telefax: 3284-9266 ou mande um e-mail para: [email protected], [email protected] 27 – Goodyear Site: www.abrapneus.com.br 30 – Opinião: A economia brasileira deverá crescer ainda mais a partir da aprovação do Cadastro Positivo de Contribuintes, segundo avaliação da economista Sandra Turchi. É permitida a reprodução de matérias e artigos, des- Janeiro/Fevereiro 2010 de que citada a fonte. As matérias e os artigos não refletem, necessariamente, a opinião e o pensamento da entidade. 3 entrevista Na defesa da soberania nacional e de leis claras Fotos: Cristiane Collich Sampaio Regras explícitas para a terceirização do trabalho e estímulos à produção interna deverão contribuir para a redução do trabalho informal “O que queremos é uma lei clara, que traga segurança jurídica para o empresário, que permita a contratação de empresas especializadas, mas que, ao mesmo tempo, impeça a redução dos salários e a precarização das relações de trabalho.” 4 Este ano, o trabalho terceirizado poderá ser enfim regulamentado adequadamente. A questão já está sendo estudada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme revela o secretário de Relações do Trabalho do órgão, Luiz Antônio de Medeiros Neto. Segundo ele, o objetivo dessa nova lei é reduzir a atividade informal, impedir a precarização do trabalho e, ao mesmo tempo, dar segurança jurídica ao empresariado. Mas esse é apenas um dos temas abordados nesta entrevista. O ex-deputado federal, que foi presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e da Força Sindical, da qual foi fundador, também fala da necessidade de atualização da legislação sindical, avalia os efeitos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Pirataria (CPI da Pirataria), a qual presidiu, e, ainda, a proibição da importação de pneus usados. Filiado ao PDT, Medeiros evitou fazer comentários sobre uma eventual candidatura nas eleições de 2010. Abrapneus – Como analisa a atuação dos sindicatos hoje? O que, a seu ver, poderia ser feito para que o país tivesse entidades mais representativas e atuantes? Luiz Antônio Medeiros Neto – Eu acredito que é preciso mudar a estrutura sindical do Brasil. Essa estrutura é muito antiga, arcaica, não acompanhou o desenvolvimento das forças produtivas, a modernização da economia. Então, ela precisa mudar. Hoje há muitos sindicatos que vivem para arrecadar contribuições, são ver- dadeiras máquinas arrecadadoras. O que nós queremos são sindicatos representativos dos trabalhadores e dos empresários. Ao se negociar, isso tem de ser feito com sindicatos autênticos, de trabalhadores e de empresários, independentemente de centrais sindicais e de partidos. Nós, do Ministério do Trabalho, estamos fazendo o possível e o impossível para dar mais representatividade a essas instituições. Temos a Portaria nº 186 que dá transparência ao registro sindical e praticamente impede hoje a criação de sindicatos-fantasmas. Os sindicatos brasileiros têm de encontrar uma maneira de se auto-financiar, de conseguir sua independência financeira, para que, no médio e longo prazo não dependam mais do imposto sindical. Abrapneus – A possibilidade de criação de múltiplos sindicatos de uma mesma categoria dentro de uma mesma base territorial poderia ser um caminho para aumentar a representatividade dessas instituições? Medeiros – Esse é um caminho de longo prazo. No curto prazo o que nós tivemos foi a convivência de duas federações e confederações dentro do mesmo estado. Essas entidades estavam muito acomodadas. Então hoje existe essa possibilidade, embora a multiplicidade não seja obrigatória. Assim, cada sindicato tem a possibilidade de escolher esta ou aquela federação, fazendo com que as federações se oxigenem, fazendo com que trabalhem mais. Abrapneus Medeiros – No Brasil nós não temos uma lei sobre terceirização do trabalho; o que temos é um enunciado, uma orientação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Nós temos problemas com a terceirização. Um deles é que, para o trabalhador, ela é sinônimo de precarização, pois se o empregador quer diminuir o valor dos salários, ele terceiriza aquela função. E nós não queremos isso. Na verdade, a terceirização tem de se dar em função da especialização. Se você vai construir um prédio, então é preciso procurar uma empresa de hidráulica, que seja a mais especializada, a melhor, o mesmo com uma firma voltada a instalações elétricas. Terceirização significa buscar a qualidade da especialização e não a precarização do trabalho, para reduzir salários. A orientação do TST diz que é possível terceirizar a atividade-fim, mas não a atividade-meio. Mas é muito difícil diferenciar as duas no mundo de alta tecnologia, pois muitas vezes elas se confundem. O que queremos é uma lei clara, que traga segurança jurídica para o empresário, que permita a contratação de empresas especializadas, mas que, ao mesmo tempo, impeça a redução dos salários e a precarização das relações de trabalho. Abrapneus – Para ilustrar essa questão, o senhor poderia dar um exemplo do que chamou de atividade-meio e de atividade-fim? Medeiros – Em alguns casos é muito fácil fazer essa diferenciação. Numa indústria automobilística, por exemplo, pode-se citar o restaurante como ativi- Janeiro/Fevereiro 2010 dade-meio. Mas, e a área de informática? Nesse caso, já fica difícil responder. Outro exemplo, na construção de um prédio, a terraplanagem é atividademeio ou atividade-fim? O que precisamos fazer é decidir que é possível terceirizar, mas também temos de levar adiante um combate sem trégua contra a precarização do trabalho. Isso só é possível com a edição de uma lei explícita que regulamente o trabalho terceirizado. Abrapneus – De que forma uma nova lei nesses moldes estimularia o aproveitamento de mão-de-obra, o desenvolvimento econômico do país e a melhor distribuição de renda? Medeiros – Eu acredito que haveria a formalização da mão-de-obra. Não se terceiriza pessoas, se terceiriza serviços. As empresas que prestam esses serviços seriam fiscalizadas; teriam de assinar carteira de trabalho, pagar fundo de garantia etc. E se os direitos do trabalhador não forem assegurados pela empresa prestadora do serviço, a empresa contratante teria responsabilidade solidária no pagamento desses direitos. Por exemplo, hoje, uma empresa fornecedora de serviços especializados para a Petrobras, tem de provar que recolhe o FGTS, INSS etc. E tem de ser assim em todos os setores da economia. Uma empresa que presta serviços tem de ser constantemente monitorada pela empresa que a contrata, especialmente no que toca ao recolhimento de direitos trabalhistas. Então eu acho que com a edição de uma lei nesses moldes teríamos menos trabalho informal, o qual não é bom para o trabalhador, mesmo que este ganhe um pouco mais, pois fica sem fundo de garantia, sem direito a verbas rescisórias, sem direito a saúde, a aposentadoria. É um deserdado e nós não queremos ninguém nessa situação; queremos todo mundo formalizado. Fotos: Cristiane Collich Sampaio Abrapneus – O senhor defende alterações na legislação que trata da terceirização, argumentando que o país necessita de dispositivos que dêem segurança ao empresariado e evitem a precarização do trabalho. Poderia explicar melhor seus argumentos? “Se os direitos do trabalhador não forem assegurados pela empresa prestadora do serviço, a empresa contratante teria responsabilidade solidária no pagamento desses direitos.” Abrapneus – Essa nova lei ainda demorará em ser aprovada? Medeiros – Espero que brevemente. Estamos negociando com empresários e trabalhadores, na busca pelo consenso. Há uma parte das entidades sindicais que está colaborando na elaboração dessa lei, mas há uma parte dos empresários que prefere que a situação continue como está, regida pela lei da selva. E, também, do lado dos trabalhadores, há entidades que querem aproveitar para fazer passar outras reivindicações que nada tem a ver com a terceirização. 5 entrevista Abrapneus – O senhor escreveu o livro A CPI da pirataria: os segredos do contrabando e da falsificação no Brasil. Que avaliação faz sobre os resultados da CPI? “Acho que o sindicalismo patronal tem essa função, de defender a produção nacional. Qualquer país soberano adotaria a posição que o STF adotou e que vai ao encontro da posição do presidente da República.” Medeiros – Naquela época eu presidi uma CPI que, pela primeira vez levantou os crimes de pirataria e contrabando. Por traz desses estão outros tipos de crimes, como o tráfico de drogas. Além disso, a pirataria desmotiva a criação intelectual e destrói empregos. Se aquela CPI teve um mérito, foi o de mostrar claramente essas relações criminosas que estão por trás disso, como o crime organizado. Essa é uma luta policial, política, econômica e também uma luta para ganhar a consciência das pessoas, de que aquele produto pirata que compram pode até matar, como remédios falsificados, por exemplo. Então, aquela CPI teve o mérito de explicitar essa questão. Abrapneus – O senhor acha que a CPI mudou a postura do país quanto à pirataria? Medeiros – Eu vejo que há uma consciência mais consistente. Há a colaboração entre os governos federal, estadual e municipal no combate à pirataria. Acho que a corrupção diminuiu desde então. Antes havia diversas divisões de pirataria, dentro da polícia, comandadas pelo próprio crime organizado. Mas acho que os níveis diminuíram. Abrapneus – Quanto ao setor de pneus. Como avalia a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir a entrada de pneus reformados do Mercosul? Medeiros – Acho que essa decisão do STF, que conta com o apoio do nosso Governo, foi correta. Nós estávamos importando lixo, tudo aquilo que não servia mais para outros pa- 6 íses. Não há muita diferença entre o carregamento de lixo que chegou ao Porto de Santos (SP) e a importação de pneus usados, que serão recauchutados sem nenhuma garantia de eficiência, enganando o consumidor, e que vão estourar nas rodovias. É o barato que sai caro. Esta é uma questão de higiene, de soberania nacional e defesa dos empregos no Brasil. Acho que o sindicalismo patronal tem essa função, de defender a produção nacional. Qualquer país soberano adotaria a posição que o STF adotou e que vai ao encontro da posição do presidente da República, que é de prestigiar quem produz aqui e que dá emprego ao nosso trabalhador. A importação desse tipo de material, lixo, além de ser ecologicamente incorreta, destrói empregos. Abrapneus – Por que defende proteção à indústria nacional? Restringir a competição com produtos importados não poderia levar ao aumento dos preços internos, estagnação da evolução da pesquisa e retardar a introdução de inovações tecnológicas nos produtos locais? Medeiros – A competição no Brasil é muito grande. Há inúmeras empresas estrangeiras, que produzem aqui, e que são grandes concorrentes. A meu ver, a disputa pelo mercado de pneus, para ganhar e fidelizar o consumidor, é muito grande e, por isso, não vejo esses riscos. Mas acho que o Brasil tem de ver com cuidado a importação de pneus novos, que podem ter preços subfaturados e não ter continuidade de fornecimento. Acho que as licitações, as concorrências públicas para a compra de pneus no Brasil deveriam ser feita somente com produtos fabricados aqui, que geram empregos. Essas empresas têm condições de dar manutenção aos produtos, além de gerarem empregos. Abrapneus Especial Descontração marca festa de final de ano da Abrapneus/Sicop Fotos: Sonia Mele No encerramento do ano, o setor mostrava otimismo com relação ao desempenho da economia brasileira. Os efeitos no Brasil da crise internacional foram menores do que os previstos e o aquecimento econômico, já constatado, trazia a promessa de bons frutos para 2010 Marcio da Costa: “para a Abrapneus, paradoxalmente, o ano da crise foi o marco da conquista para o nosso setor.” O final de 2009 foi marcado pela tradicional festa de confraternização da Abrapneus/Sicop, ocorrida em dezembro, na sede da Fecomercio, em São Paulo (SP). O evento – que transcorreu num ambiente descontraído, em que transparecia o otimismo quanto às perspectivas econômicas do país – contou com a presença da diretoria, de revendedores, dirigentes das companhias de pneus e da Associação Nacional da Indústria de Pneus (Anip), além do secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros Neto. O presidente da Abrapneus, Marcio Olívio Fernandes da Costa, fez um breve pronunciamento, lembrando que 2009 foi um ano marcado pela crise econômica internacional, que afetou, com maior ou menor grau de inten- Janeiro/Fevereiro 2010 sidade, todas as nações. Porém, não causou tantos estragos na economia brasileira que, ao contrário de outras crises, desta vez estava mais bem preparada para enfrentá-la: “as ações rápidas implantadas pelo Governo Federal permitiram manter a economia aquecida.” Marcio da Costa enfatizou ainda a importância para o mercado brasileiro do fim das importações de pneus usados e remoldados e também da concorrência desleal de produtos de origem chinesa. “Para a Abrapneus, paradoxalmente, o ano da crise foi o marco da conquista para o nosso setor”, destacou. Ao relembrar o histórico das reivindicações e seus resultados positivos, ele destacou a força do associativismo que, quando ativo, permite a troca de ideias e experiências, gerando benefícios para todo o setor. “São entidades fortes e atuantes, como a Abrapneus e a Anip, que se mantêm na vanguarda, buscando o melhor para seus associados e investindo na consolidação de uma revenda oficial sustentável e ambientalmente correta”, complementou. “Estamos prontos para os desafios futuros, conscientes do nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e social sustentável do Brasil”, finalizou Marcio Costa. Destaques da festa Nas próximas páginas você confere os melhores momentos da festa de confraternização e os depoimentos de personalidades e revendedores presentes. 7 Depoimentos Depoimentos Especial Ressalto ainda que se o Governo não tivesse proibido as importações de pneus remoldados, os revendedores virariam redes de sucata e não de pneus. Essa proibição fará com que o setor retome o mercado que havia perdido.” Isaac Sitnik, diretor do Sicop “Nossa empresa, particularmente, apresentou crescimento em 2009 e temos perspectivas de continuar assim no próximo ano. O setor também deve apresentar expansão em 2010. Toda a luta que vem sendo feita pela Abrapneus e ANIP contra os pneus importados e remoldados foi importante para o setor, que melhorou bastante. É um trabalho em conjunto que trará reflexos ainda mais positivos.” José Linhares Pneus Linhares, membro do Conselho Fiscal do Sicop “Temos de defender a indústria nacional e os pneus fabricados no Brasil, pois são eles que dão emprego e movimentam a economia. Os pneus importados destroem os empregos; podem até ser mais baratos, mas a qualidade é ruim. Acho que o Governo Federal deve proteger a indústria nacional e impedir produtos dessa categoria de participar de concorrências. Defendo o pleito da indústria porque, acima de tudo, defendo a economia nacional. Os sindicatos são fundamentais e representativos para defender bem seus empresários e trabalhadores, ainda mais agora, quando se discute a questão da terceirização.” “O ano de 2009 não foi um ano saudável e muito produtivo comercialmente, mas contrariou as perspectivas de que seria um ano terrível: não foi o desastre que se previa. Para nós houve o reerguimento gradativo da economia e chegamos ao final de mais um ano com crescimento. A expectativa é que o mercado se solidifique e que tenha melhores resultados do que em 2009. 8 Luiz Antonio de Medeiros Neto, secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho Especial Abrapneus “Acredito que 2010 será melhor que 2009. Isso não é novidade. Apesar dos primeiros meses e das previsões, 2009 não foi totalmente ruim. A economia tem melhorado, especialmente em países como o Brasil, Chile, Colômbia, México. Isso traz para toda a América Latina a esperança de que haverá crescimento econômico de forma geral. O setor de pneumáticos também está melhorando. Basta observar que só o Brasil, Alemanha e China foram os países que venderam mais carros em 2009 do que em 2008. Isso significa que países como o Brasil têm passado pela crise muito melhor que outros. A indústria de pneus tem de continuar crescendo e os investimentos também. Há apenas uma preocupação com a inflação, mas os governos estão tomando as medidas necessárias e ela deverá ficar em torno de 4,5% no Brasil. A indústria de pneumático continuará a crescer. O mercado de reposição também. Há uma fatia do mercado que a indústria local deverá ocupar: a deixada pelos importados, asiáticos principalmente, já que, finalmente, o Governo tomou as medidas para acabar com os baixos preços praticados. Estamos trabalhando para lançar novos produtos em 2010. Em vários países da América Latina temos projetos de reciclagem dos pneus. No Brasil, por exemplo, isso é lei e essa é uma oportunidade única para trabalharmos junto com a revenda. A Goodyear tem feito inúmeras contribuições para o meio ambiente, como recuperação de água e energia, mas não é o suficiente, pois o aquecimento global é uma preocupação de todos. A coleta de pneus dever ser feita e deve ter a participação da indústria, Abrap e Anip.” Eduardo Fortunato, presidente da Goodyear América Latina “Para nós, 2009 começou com muita incerteza, num cenário econômico muito difícil. Acho que as turbulências foram maiores lá fora do que aqui, onde a crise foi mais mansa, por causa da estrutura brasileira, pelo potencial do mercado interno. O corte dos juros também teve influência no resultado do custo Brasil. Hoje olhamos para traz com orgulho, pois superamos as dificuldades e encontramos nosso espaço. A Pirelli conseguiu trabalhar de forma consistente> A equipe que temos, a qualidade dos nossos produtos e a rede de revendedores nos possibilitou uma reação mais do que satisfatória. Superamos nossas próprias metas, apesar das dificuldades. O novo ano começa bem mais otimista. Hoje o cenário, em relação ao ano passado, é muito mais positivo. Acreditamos que conseguiremos melhorar ainda mais nossa participação no mercado interno. Atualmente existe um início de sensibilização da indústria brasileira para produtos com apelo ecológico. A indústria automobilística começa a pensar nesses produtos e, por consequência, nós também temos de trabalhar nesse sentido. Temos que ficar mais atentos porque, nos próximos anos, essa sensibilização será forte e teremos que responder a isso. A Pirelli investe pesado na questão ligada ao meio ambiente e agora acompanhamos, junto com a Abrapneus, o projeto das revendas, de procurar a sustentabilidade dentro da destinação dos pneus fora de uso. Procuramos colaborar e participar desse processo, que é muito importante para nós.” Sergio Araújo, diretor comercial da Pirelli Janeiro/Fevereiro 2010 Especial 9 Especial “Acho que 2009 foi um ano atípico. Tivemos um início com atividade econômica bem reduzida, principalmente na linha pesada, agrícola e de caminhões. Na metade do ano começamos a sentir pequena recuperação da linha leve e, agora, já no final do período, também da linha pesada. É um ano que começa desafiador e termina com leve alta da atividade econômica. Então, para nós este é um final de ano bastante positivo, muito diferente do término de 2008 e, por isso, estamos otimistas. Tudo indica que 2010 será bem melhor do que 2009. Todas as tendências se mostram positivas. Observa-se que os investimentos estão retornando ao país, o qual sempre foi atrativo, mas agora está mais. E se começa a pensar mais a médio e longo prazo. A possibilidade de o país vir a sediar a copa do mundo em 2010, faz pensar que o Brasil terá de se preparar, também na parte turística, com a construção de hotéis e de outras estruturas, o que deve gerar maior atividade econômica. Gostaria de salientar que este ano a Goodyear completa 90 anos de Brasil, acompanhando seu desenvolvimento. Com certeza, também continuará acompanhando no futuro, com lançamentos. Para nós, a preocupação com temas como meio ambiente e responsabilidade social não é recente. Temos uma série de iniciativas na empresa visando a sustentabilidade. Porém, daqui para frente, isso vai se tornar uma obrigação, então vamos manter essas atividades e lançar novas idéias para que a Goodyear seja uma empresa sustentável.” Giano Artur Agostini, presidente da Goodyear do Brasil Especial 10 “Este foi um ano complicado principalmente nos primeiros meses, mas felizmente para todos no mercado melhorou. As montadoras estão reagindo e o mercado de reposição está melhorando e nós da Bridgestone, com nossa rede de mercado revendedor, terminamos o ano com crescimento, apesar das preocupações iniciais. Retomamos nossos investimentos e a perspectiva para o futuro é muito boa. O Brasil mostrou para todo o mundo do que é capaz, ao crescer em meio a essa situação mundial. É um país maduro. Acredito que no próximo ano nosso mercado voltará ao patamar em que estava em 2008; pneus para veículos de passeio e caminhões são os segmentos que têm tido melhor recuperação. Vamos continuar nossa parceria com nossa rede de revendedores, com a Abrapneus, que é o que sempre garantiu nosso desempenho e vem trazendo bons resultados. Temos trabalhado muito com a ANIP no Brasil, investido cerca de US$ 90 milhões, em projetos ambientais visando a sustentabilidade e, sem dúvida, a responsabilidade social.” Humberto Gomes, presidente da Bridgestone do Brasil “Com relação ao desempenho do setor, 2009 foi um ano bom, guardadas as devidas proporções. O crescimento do setor foi negativo, mas tivemos outras conquistas, especialmente o antidumping e a paralisação da importação de usados, que fez com que fôssemos reaver a parcela de mercado que havíamos perdido. O ano foi difícil sim, mas esse mercado que nós conseguimos recuperar significa entre 20% e 30% do setor como um todo e isso foi muito importante. Abrapneus Outra conquista de destaque foi obtermos a aprovação da nova resolução, sobre o destino de pneus inservíveis, que estipulou limites plausíveis. Hoje as metas foram estipuladas com base em estudos realizados, a pedido da ANIP, ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP (IPT). Além disso, conquistamos a interrupção da importação de pneus reformados do Uruguai e do Paraguai, ajudando a recuperar mercado na média de 6% a 7%. Assim, o crescimento do setor foi negativo, mas o do mercado doméstico de reposição foi positivo. No ano que vem o setor vai crescer no mínimo 5%. Para nós, o setor como um todo, será recuperação de perdas, mas no segmento de reposição haverá crescimento. A ANIP, junto com a Abrapneus, pretende agora construir um plano consistente de sustentabilidade, em função da nova resolução. E para nós, o desenho maior que estamos imaginando prevê a interferência no projeto de Inspeção Veicular e a implementação de outros. Esse projeto de sustentabilidade passa pela disposição de pneus inservíveis e pelo aperfeiçoamento da inspeção veicular, entre outros que devem decorrer naturalmente, envolvendo segurança e outros aspectos. Mas primeiramente pretendendo finalizar o plano de sustentabilidade, que devemos concluir em março. Temos uma equipe formada, com técnicos, voltada a questão da sustentabilidade e a ele estão sendo agregados, agora, participantes da Abrapneus, a Reciclanip, que é a empresa que administra isso, e os fabricantes. Para mim, este foi um ano de satisfação pessoal. Conseguimos levar avante todos esses projetos justamente num ano de dificuldades econômicas, que foi difícil para todos.” Eugênio Deliberato, presidente da ANIP atualidades sindicais Empossada nova diretoria do SICOP No final de 2009, foram eleitos os novos diretores do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos (Sicop), cujo mandato se estende de janeiro de 2010 a 2014. A nova diretoria da entidade é marcada pela combinação entre continuidade e renovação. Além de ter a presença de veteranos no setor e na atividade sindical, o novo grupo dirigente também conta com novos empresários que, com eles, trazem novas idéias que irão contribuir na busca de soluções e oportunidades para a revenda de pneus. Conheça a seguir os membros da nova diretoria, do conselho fiscal e da delegação da entidade junto à Fecomercio-SP: Janeiro/Fevereiro 2010 Diretoria do SICOP Márcio Olívio Fernandes da Costa – Da Costa Ltda. Walter Paschoal – D. Paschoal Horácio Zacharias – Esquina dos Pneus Carlos Alberto D. P. Costa – Caçula de Pneus Dirceu Delamuta – Della Via Pneus Paulo Sérgio Paschoal – Comercial Automotiva Fábio Grotti – Comercial Douglas Vicente Goduto – Abouchar / Comolatti João Alexandre da Silva – Campneus Airton Scarpa – ABC Pneus Felice Perella – Roma Pneus José Linhares – Pneulinhares Ivo Giunti Yoshioka – Pneuac Itamar Grotti – Comercial Douglas André Linhares – Pneulinhares Rodrigo Fernandes da Costa – CDA Ltda 11 retrospectiva Revista Abrapneus chega à 100ª edição No decorrer desses quase 17 anos, a revista Abrapneus solidificou sua posição de porta-voz do setor, acompanhando as mudanças da economia nacional, do conceito de sustentabilidade e a evolução do setor Revista Abrapneus nº 1 Desde que foi lançada sua primeira edição, em maio de 1993, a revista Abrapneus vem retratando as mudanças ocorridas não só na economia brasileira, mas principalmente no setor de pneumáticos. Seu primeiro editorial trazia o posicionamento do presidente da Abrapneus, Marcio Olívio Fernandes da Costa, ressaltando os trabalhos na busca de novos caminhos para o crescimento da atividade e, também, que a publicação estava sendo criada para ser uma tribuna permanente em defesa dos interesses do setor, divulgando propostas e soluções e tornando-se porta-voz da entidade e de seus associados. No texto, Marcio da Costa deixava claro que a principal tarefa da revista 12 seria a de analisar e de promover a discussão aprofundada dos problemas macroeconômicos da conjuntura brasileira, das decisões que afetam a atividade de comercialização de pneumáticos, além das dificuldades diárias inerentes ao negócio. Já no primeiro número a revista trouxe o debate sobre a importação de pneus usados – atividade que até recentemente era liberada – e suas nefastas consequências para o mercado. Ao longo dos anos, a revista Abrapneus passou por algumas mudanças, tanto de caráter gráfico quanto de organização editorial. Seu primeiro layout era preto e branco, com 20 páginas, seções fixas, entre as quais destacamos a de Entrevista, que trazia um personagem conhecido na economia, política ou no setor de pneus e a seção Artigo (hoje, Opinião), abrindo espaço para empresários renomados apresentarem seus pontos de vista sobre diferentes assuntos. Além disso, as indústrias de pneus também apresentavam, e ainda apresentam, seus lançamentos e novidades. Nessa trajetória mais uma seção fixa nomeada Atualidades foi acrescentada, trazendo o resumo de um livro, seja na área econômica, de gestão de negócios, meio ambiente ou até mesmo de comportamento. O objetivo é trazer o máximo de informações de qualidade que permitam agregar valor às empresas e seus negócios. Com o passar do tempo, e para acompanhar as mudanças, a revista Revista Abrapneus nº 5 passou a ser colorida e ganhou mais páginas e mais anúncios. Hoje chegamos à 100ª edição com 32 páginas, totalmente coloridas, com visual mais moderno e motivos de sobra para comemorar. Após anos de batalhas, o setor pôde, finalmente, festejar o fim de concorrências desleais, como as geradas pela importação de pneus usados e remodelados do Mercosul e de produtos de baixa qualidade e preço provenientes da China. Em paralelo, a solidez da economia brasileira, aliada a medidas emergenciais acertadas, adotadas pelo Governo, propiciaram ao país e ao setor desempenho satisfatório em 2009, a despeito da retração econômica mundial. E as previsões para 2010 são extremamente animadoras. Abrapneus A mesma opinião teve o economista Paulo Rabello de Castro. Segundo ele, o comércio deve sempre estar atento para o sobe-e-desce da economia e ajustar suas margens para evitar maiores riscos. Mas não foram só assuntos econômicos e políticos que permearam nossa publicação. A entrevista com Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna (IAS), deu uma demonstração do que se pode fazer pelas pessoas menos privilegiadas, como parte das Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, abordou a delicada questão racial, e defendeu o fim do preconceito e a abertura de oportunidades iguais no mercado de trabalho para a população negra do país Revista Abrapneus nº 15 Retrospectiva Por estas páginas passaram diversas personalidades que, por meio de entrevistas ou artigos, puderam deixar suas opiniões sobre os mais diferentes temas. Entre elas destacamos o consultor econômico Antônio Lanzano, que analisou o impacto da Cofins e da CPMF e já previu os desafios decorrentes para a atividade empresarial, em razão do ajuste fiscal decretado pelo Governo em novembro de 1998. Devido à importância do assunto, a reforma tributária tem sido um tema recorrente; foi abordada por autoridades e parlamentares, como o deputado federal Germano Rigotto, em 2001, e, em 2009, pelo deputado federal Sandro Mabel, cujos textos chamam a atenção para a necessidade de se reduzir a carga tributária no Brasil. A análise da situação econômica nacional também foi destaque na revista. O empresário e presidente da Fecomercio, Abram Szajman, ressaltou em sua entrevista que o Brasil passou pela crise financeira que afetou o mundo em 2009 de uma maneira muito sadia, sem grandes arranhões, e que 2010 será um ano de crescimento para a economia brasileira. Janeiro/Fevereiro 2010 Revista Abrapneus nº 30 Revista Abrapneus nº 16 crianças do país. Após a morte de seu irmão Ayrton Senna, ela criou o IAS para combater a desigualdade social, fornecendo educação de qualidade a crianças e jovens de baixa renda. Foram mais de 11 milhões de crianças atendidas desde que o instituto foi criado, em 1994. Esse é um exemplo de que, com boa vontade, é possível transformar a vida de milhares de cidadãos. Na seção Opinião, destacamos temas como a defesa do meio ambiente e a desigualdade étnico-racial. Em seu artigo, o ministro do Meio Ambiente, Celso Minc, comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de por fim à importação de pneus usados. Já o presidente da União Geral dos Revista Abrapneus nº 32 13 pirelli Expansão e especialização Foto: Divulgação/Pirelli Pirelli investe mais de US$ 100 milhões no Brasil para a fabricação de pneus especializados O presidente do Grupo Pirelli, Marco Tronchetti Provera. A fim de expandir seus negócios no Brasil e na América Latina, a Pirelli investirá US$ 100 milhões na construção de um novo pólo tecnológico dedicado a pneus para veículos especializados. No triênio 2010–2012, os novos investimentos permitirão aumento total de aproximadamente 40% na produção de pneus para veículos de construção civil e agricultura. A empresa voltará a exportar nestes setores para os mercados mundiais a partir de 2011. Este novo valor se soma aos planos de desenvolvimento da companhia na região, de US$ 300 milhões, anunciados em julho de 2009 pelo presidente do Grupo Pirelli, Marco Tronchetti Provera, na ocasião das comemorações 14 dos 80 anos da Pirelli no Brasil. Será, portanto, um investimento total de US$ 400 milhões no período de 2008 a 2012. Os novos investimentos estarão concentrados na fábrica da Pirelli em Santo André (SP) e serão destinados à criação de um departamento de vanguarda para a produção de pneus para a construção civil, para a modernização e a ampliação da capacidade produtiva das divisões destinadas à agricultura e ao desenvolvimento das mais avançadas tecnologias para pneus radiais. A estratégia de reforço consolida a liderança do grupo na América Latina e almeja suprir a demanda de pneus para a construção civil, minas e mineração, que deve apresentar aumento de 37% no Brasil e de 25% em todo o continente latinoamericano no período de 2010-2012 em comparação a 2008. Tais previsões estão ligadas às grandes obras de infraestrutura iniciadas no continente, a exemplo do novo canal do Panamá, das obras ligadas às Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016 e à Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014. Também no setor agrícola, o Brasil e toda a América Latina se anunciam como os mercados mais promissores, com um incremento total da demanda estimada em cerca de 20% e 15%, respectivamente, no mesmo período. Abrapneus Calendário Pirelli 2010, por Terry Richardson Fotos: Divulgação/Pirelli No calendário, 2010 é o ano do Brasil e do fotógrafo americano Terry Richardson Terry Richardson fotografa modelos para o Calendário Pirelli 2010, em Trancoso, no Sul da Bahia. O Calendário Pirelli 2010, agora na 37ª edição, foi apresentado à imprensa, convidados e a colecionadores dos quatro cantos do mundo no final do ano em Londres. Seguido da China, imortalizada por Patrick DeMarchelier na edição de 2008, e de Botsuana, fotografada por Peter Beard um ano depois, 2010 é o ano do Brasil e do fotógrafo americano Terry Richardson, o celebrado enfant terrible conhecido pela sua abordagem provocativa e escandalosa. Nas 30 imagens que desvendam os meses de 2010, Terry Richardson descreve um retorno à brincadeira, ao Eros puro. Por meio das lentes, ele percorre a fantasia e provoca, mas com uma simplicidade que esculpe e captura o lado mais ensolarado da feminilidade. Ele retrata uma mulher que é cativante Janeiro/Fevereiro 2010 porque é natural e que brinca com os estereótipos para descontruí-los. Este é um retorno ao natural, à autêntica atmosfera e às imagens dos anos 60 e 70. É uma clara homenagem às origens do calendário, um retorno às primeiras edições produzidas por Robert Freeman (1964), Brian Duffy (1965) e Harry Peccinotti (1968 e 1969). Terry Richardson, assim como seus antecessores, escolheu a forma simples da fotografia, sem retoques, em que o natural prevalece à técnica, de forma a revelar a verdadeira mulher em sua essência. O galo, o sabre, os jatos d’água e os pneus velhos tornam-se referência conferindo harmonia à história, que funde elementos da Pop Art. Os cenários não contêm pano de fundo ou cenografia, em linha com a simplicidade do fotógrafo e o foco no essencial. “Um grande fotógrafo”, conta Richardson, “captura o momento – é por isso que eu fotografo sem equipamentos extras e sem assistentes”. “Minha técnica é a ausência de técnica: as lentes são meu olho, minha habilidade de capturar a verdade do momento, seja quais forem os ângulos, uso de cor, luzes, paisagem – estes sempre foram os aspectos essenciais da minha arte fotográfica”. Onze modelos aparecem no calendário: Catherine McNeil, Abbey Lee Kershaw e Miranda Kerr, da Austrália; Eniko Mihalik, da Hungria; Marloes Horst, da Holanda; Lily Cole, Daisy Lowe, e Rosie Huntington, da Grã Bretanha; Georgina Stojilijtoric, da Sérvia; e as duas brasileiras Gracie Carvalho e Ana Beatriz Barros. 15 NOSSOS CLIENTES LEVAM A PIRELLI A TODOS OS LUGARES. INCLUSIVE À LIDERANÇA. A Pirelli agradece ao Brasil por ser mais uma vez escolhida a Nº- 1. Agora, na pesquisa Os Eleitos, da revista Quatro Rodas. Pirelli, a líder de pneus no Brasil, recebeu o prêmio Os Eleitos. A marca mais lembrada pelos brasileiros é a escolhida pelos fabricantes para equipar um em cada dois carros que saem de fábrica, além de ser a preferida pelos consumidores na hora da reposição. Isso porque a Pirelli tem a linha mais completa de pneus, produzidos com a mais alta tecnologia em cinco fábricas no país. Quando for trocar pneus, escolha Pirelli. Você vai entender que ninguém é o Nº- 1 por acaso. O Nº- 1 corresponde à posição da Pirelli no setor de pneus e é atestada por informações constantes nos sites da ANIP e ANFAVEA, conforme critério comparativo com dados do setor – dezembro/2008, pela pesquisa Top of Mind do instituto Datafolha (2000 a 2009), pesquisa Autopofmind da revista Autodata, pesquisa Job 200802301 – setembro/2008, realizada pelo instituto IPSOS/Marplan, e estudo Advertising Tracking Trace, realizado pelo instituto Research International – maio/2008. Leo Burnett Brasil pirelli.com.br pirelli Fornecedora exclusiva das motos Ducati Foto: Divulgação/Pirelli que a fabricante de pneus calçará 100% dos modelos de moto da montadora. O contrato, que passou a valer em 1º de janeiro deste ano, mostra a colaboração existente entre as duas marcas italianas, que começou com o desenvolvimento de soluções específicas da Pirelli Motocicleta Ducati calçada com pneus Pirelli. A Pirelli Pneus e a Ducati Motor Holding reforçaram a parceria de longa data com um acordo em para a Ducati. De acordo com o diretor geral da Unidade Moto do Grupo Pirelli, Guglielmo Fiocchi, o programa de equipamento original da Pirelli é uma ação-chave que impulsiona o desenvolvimento de produtos e agrega valor à liderança da empresa no mundo das duas rodas. “A Ducati é uma importante parceira e estamos entusiasmados em manter essa relação de longa data.” Já o presidente da Ducati Motor Holding, Gabriele Del Torchio, comenta: “Estamos muito felizes e orgulhosos. Não é apenas um acordo comercial, mas uma colaboração construtiva entre duas destacadas empresas italianas. Elas são exemplos da excelência industrial italiana que, em termos de inovação, produtividade e competência, demonstram o seu espírito vencedor nas áreas esportivas e de negócios.” Pirelli no Rally Dakar 2010 Foto: Divulgação/Pirelli realizada na América Latina. Durante 17 dias, eles se aventuraram para superar os mais diversos tipos de terrenos em condições extremas, como desertos e lama, e alguns desses competidores escolheram usar pneus de alto desempenho, como os desenvolvidos O piloto Marc Coma, que corre com pneus Pirelli no Rally Dakar. pela Pirelli especialmente para provas off-road. Entre as parcerias de destaque estão: EquiEm 1º de janeiro de 2010, pilo- pe Petrobras Lubrax; Valtra Dakar Eco tos de carros, caminhões e motos do Team (que marca o retorno de Klever mundo inteiro iniciaram o percurso Kolberg à competição); Rally Brasil de 9 mil quilômetros pelas estradas (com o piloto Reinaldo Varela); e Repe desertos da Argentina e do Chile, sol KTM / Marc Coma (Espanha). na segunda edição do Rally Dakar A participação da Pirelli em cam- 18 peonatos auxilia a empresa no desenvolvimento de novos produtos, já que as pistas são verdadeiros laboratórios a céu aberto. Muitos dos avanços tecnológicos obtidos nas competições são transferidos para os pneus utilizados nas ruas. No universo das competições, a parceria mais longa da Pirelli é com a Equipe Petrobras Lubrax, que completou 23 anos. Ela teve início em 1986, dois anos antes de o time brasileiro estrear no Rally ParisDakar. Desde então, os pilotos colaboram ativamente com a equipe de engenharia da Pirelli, que leva em consideração as observações feitas por eles após as provas. Até mesmo os pneus usados são analisados pelo centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa. Abrapneus bridgestone/firestone Atravessando fronteiras Fotos: Divulgação/Bridgestone Fórmula Truck 2009 teve disputa acirrada nas pistas e internacionalização No dia 13 de dezembro, a Fórmula Truck 2009 fechou mais uma temporada de sucesso. A categoria mais disputada do automobilismo nacional chegou à sua última etapa, em Brasília (DF), com quatro pilotos brigando pelo título. Valmir Benavides (Volkswagen), Felipe Giaffone (Volkswagen), Wellington Cirino (Mercedes-Benz) e Roberval Andrade (Scania) disputaram o campeonato durante todo o ano, ponto a ponto, até a prova final que consagrou Giaffone como o grande campeão. E se a disputa nas pistas até a última etapa já é uma marca da Fórmula Truck, a categoria chegou a 2009 com uma importante novidade: com a primeira etapa realizada fora do Brasil, na Argentina, a Truck caminhou para aumentar seus domínios também pela América do Sul. Janeiro/Fevereiro 2010 A prova Argentina Disputada em setembro no Autódromo Juan e Oscar Galvez, em Buenos Aires (Argentina), a prova que marcou a primeira etapa da categoria fora do Brasil foi um verdadeiro sucesso. Com um público de aproximadamente 60 mil pessoas, o Racing Day da Fórmula Truck e Top Race, categoria de turismo argentina, foi um sucesso de público e organização, com grande repercussão entre a mídia argentina, que ficou surpresa com o nível de espetáculo mostrado pela categoria brasileira de caminhões. Para o público, a velocidade alcançada na reta dos boxes causava aplausos. “A F-Truck impressionou muito a todos nós jornalistas pela organização, tecnologia avançada e competitividade como uma categoria multimarcas”, disse o jornalista Manuel Sierra, da Autoradiosport, uma das rádios locais mais tradicionais na cobertura de automobilismo. Os pilotos brasileiros agradeceram aos jornalistas na coletiva e devolveram com elogios pelo nível de cultura automobilística mostrada pelo povo argentino. “Ficamos emocionados com os aplausos das arquibancadas super lotadas na apresentação dos pilotos”, disse Fabiano Brito, quinto colocado. “O automobilismo argentino é muito rico, com nível profissional impressionante. Talvez a Argentina não tenha hoje um representante nas categorias de ponta porque no seu próprio país o piloto vive do automobilismo”, completou o vencedor da prova, Felipe Giaffone. 19 bridgestone/firestone Bridgestone presente Fornecedora exclusiva dos pneus da Fórmula Truck, a Bridgestone realizou uma forte ação de relacionamento com os clientes da empresa durante a etapa de Buenos Aires. É o que explica Rafael Ferrari, coordenador de marketing da Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS). “Estivemos ao lado da Bridgestone Argentina recebendo os principais clientes no país em um camarote exclusivo e muito bem localizado no autódromo portenho. Os clientes ficaram impressionados com o nível da competição e por saber que os caminhões da Truck utilizam os mesmos pneus Bridgestone encontrados em nossas revendas, o R227”, revelou. O diretor comercial da Bridgestone Argentina, Matias Borges, também comemorou a repercussão da prova. “A corrida superou as expectativas dos organizadores, reunindo um dos maiores público para um evento automobilístico. A organização foi excelente e esperamos que possa se repetir nos próximos anos”. E, realmente, o sucesso dessa prova já garantiu para Buenos Aires uma ou até mesmo duas etapas no calendário de 2010 da categoria, cujo campeonato passa a ser denominado sul-americano. Fotos: Divulgação/Bridgestone Rodada de Negócios BBTS Concessionários reuniram-se no Guarujá No ano passado, no Guarujá, litoral São Paulo, a BBTS realizou um encontro com toda a rede de concessionárias, denominado Rodada de Negócios. O evento consistiu em um ciclo de palestras com temas diversos sobre marketing, parceria e operações, sempre abordando as vantagens da fusão Bridgestone Bandag para a rede de re- 20 vendedores Bandag Truck Service (BTS) e seus fornecedores homologados. “Foi uma excelente oportunidade de mostrarmos aos nossos dealers o que eles ganharam com a criação da BBTS e o que eles têm a ganhar com este novo modelo”, revela Ricardo Drygalla, gerente de marketing da BBTS. Além dos concessionários, o evento também contou com a participação de empresas que podem se tornar parceiros da rede BTS. No evento, foi oficializada a parceria das baterias Moura com Prata e a Moura Log Diesel, que passam a atender à rede BTS. Neles, o cliente encontra serviços como balanceamento e recapagem de pneus, troca de óleo e peças para a parte elétrica e mecânica do veículo, entre outros. Abrapneus Fotos: Divulgação/Bridgestone Trabalho premiado Maria Cecília, proprietária da Transcelestial, entrega premiação à BBTS Em dezembro, a BBTS recebeu da NTC & Logística o prêmio de melhor fornecedora do segmento de transportes pesados, na categoria banda de rodagem e recapagem de pneus. “O prêmio é o reconhecimento da qualidade dos nossos produtos e serviços e da nossa parceria com os transportadores. É a coroação de todo um trabalho que demonstra que estamos alinhados às necessidades da categoria”, afirma Ricardo Drygalla, gerente de marketing da BBTS. Este ano, cerca de 400 empresas brasileiras associadas à NTC foram pesquisadas pelo Instituto DataFolha. A entrega do prêmio NTC de fornecedores do transporte acontece há 12 anos. Fotos: Divulgação/Bridgestone Mais premiações Alfonso Zendejas e Ricardo Drygala comemoram premiação Janeiro/Fevereiro 2010 A BBTS, em conjunto com a transportadora Transcelestial, foi a terceira colocada no prêmio Inovação Empresarial 2009, concedido pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas (Sindicamp). Trata-se de uma iniciativa inédita voltada ao público empresarial dos segmentos de transporte de cargas e logística, com a participação de empresas nacionais e multinacionais líderes do setor. Ao longo do ano, as empresas apresentaram cases de sucesso em práticas e tecnologias aplicadas em seu negócio. O da BBTS consistiu no gerenciamento das pressões de pneus durante sete meses, que resultou na redução significativa do custo potencial da transportadora com pneus. 21 Michelin Empresa lança serviço exclusivo em Salvador Fotos: Divulgação/Michelin Com o Refill, a carcaça recebe nova banda de rodagem, resultando em maior economia A Bahia, que possui 4% da frota nacional de veículos de carga, totalizando mais de 79 mil caminhões e ônibus, acaba de ganhar uma importante inovação no mercado de pneus de carga. Trata-se do Refill, um serviço exclusivo da Michelin, que resulta em economia no custo por quilômetro rodado para o cliente e maior vantagem competitiva no mercado de transportes. O Refill é voltado aos pneus Michelin com tecnologias de durabilidade Michelin em suas carcaças, que englobam: banda de rodagem, mais processo Michelin, mais sistema de qualidade Michelin, apoiados pela garantia Refill. Esse conjunto proporciona rendimento quilométrico superior a 40% na vida total do pneu, se 24 comparado à atual oferta do mercado, e faz o pneu usado ficar novo, permitindo o máximo aproveitamento de sua vida útil. “Líder na fabricação de pneus para os segmentos de caminhões e ônibus, a Michelin é o único fabricante a oferecer aos clientes o ‘refil’ do pneu. Uma solução exclusiva e durável. E apoiada pela garantia Refill, que assegura ao cliente a qualidade do serviço na carcaça Michelin”, destaca Luiz Carlos Thiebaut, gerente setorial de vendas para pneus de ônibus e caminhões. A nova planta Refill em Salvador atenderá todo o mercado da região metropolitana. A escolha da revenda União Bahia – Salvador pela Michelin foi motivada pela alta qualidade dos serviços prestados. “Para que os benefícios da recapagem possam ser notados e todo o potencial do pneu possa ser aproveitado, porém, é preciso que a carcaça suporte a reforma e que o serviço seja feito por profissionais comprometidos com a qualidade, proporcionando mais economia e segurança ao transportador”, explica. No Brasil, a recapagem é realizada em mais de 80% dos pneus de carga vendidos. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Qualimétrica, a pedido da Michelin, com transportadoras e autônomos, o uso do pneu recapado está incorporado à cultura de mercado e tem um peso importante sobre o custo total de uma frota, assim como a carcaça, que faz parte do ativo das Abrapneus empresas e é encarada como bem de valor. Lançado em 2007, inicialmente no Rio de Janeiro (RJ) e em Belo Horizonte (MG), o Refill já representa 15% da produção de uma planta de serviço de recapagem. Hoje, grandes frotas, como Grupo 1001, Rio Ita e Costa Verde, do Rio de Janeiro; Transportes Luft, Della Volpe e Grupo Transultra, de São Paulo; Vito e Megaforte, de Minas Gerais, e Dalla Valle Transportes, do Rio Grande do Sul, utilizam o serviço. Máquinas que fazem a diferença Com o Refill, depois da primeira vida, a carcaça é submetida a teste para validação de sua condição e recebe uma nova banda de rodagem. No processo, os grandes diferenciais estão nas máquinas utilizadas: EPD – Electronic Perforation Detector: sistema eletrônico de identificação de micro-furos, furos e danos no interior do pneu, imperceptíveis a olho nu (ganho em média de 20% na qualidade da detecção); tema de informação que possibilita o acompanhamento do pneu durante a sua vida útil. CCA – Computer Controlled Application: aplicação automatizada da goma de ligação, por extrusão, garantindo adequadamente o preenchimento das escariações e a uniformidade desta interface em toda a superfície da carcaça. Nesta operação são eliminadas possíveis bolhas de ar entre as rugosidades. Sobre esta base, é aplicada automaticamente, de forma tensionada e centrada, a banda de rodagem, garantindo a perfeita adesão à carcaça. A grande vantagem deste processo é a garantia da integridade da carcaça Michelin para a rodagem. Para reforçar a qualidade do serviço Refill, a Michelin também introduziu sis- Para que todos os benefícios do Refill sejam aproveitados, é imprescindível que a carcaça conte com tecnologias de durabilidade Michelin, inovações tecnológicas que tornaram a carcaça radial do pneu sem câmara mais robusta, segura, resistente e durável. “O Refill é a continuidade de um processo que vem sendo desenvolvido há quatro anos. Primeiro, reforçamos as carcaças dos pneus. Depois, inovamos mais uma vez ao oferecer ao mercado uma solução que vai ao encontro da estratégia da Michelin em aprimorar continuamente seus produtos e serviços”, completa Thiebaut. Tecnologias Michelin de Durabilidade Bandas de rodagem disponíveis A banda Michelin Bavette XTE2-B foi desenvolvida para aplicação em pneus Michelin de uso rodoviário para eixos portadores de reboque, semi-reboques e trucks de caminhões e ônibus, que trafegam em pistas pavimentadas de médias e longas distâncias. Esta banda possui bases mais largas, o que proporciona maior adesão à carcaça e reduz a incidência de arrancamentos e descolagem da banda sobre a carcaça, na região dos ombros. O principal benefício das bandas especialmente desenvolvidas para os eixos truck e semi-reboques de ônibus e caminhões deve-se à redução dos arrancamentos que, aliado ao processo Refill de fabricação, oferece 10% a mais em quilometragem. A banda XD Coach, por sua vez, foi a primeira do mercado especialmente desenvolvida para eixos de tração de ônibus rodoviário, com um desenho inédito no setor de recapagem. Uma escultura lamelizada com cinco sulcos longitudinais e compostos de borracha de alto desempenho garantem excelente aderência em pisos secos e molhados até o final da vida, além de baixo nível de ruído. Em testes realizados em ônibus rodoviários, a banda XD Coach apresentou ganho de quilometragem de até 25% em desempenho comparativamente às bandas tradicionais. A banda de rodagem XZU3, para ônibus urbanos, possui formato inovador: quatro sulcos profundos e largos, maior volume de borracha e melhor escoamento de água, o que possibilita maior economia, quilometragem e segurança. A banda de rodagem XZU3 tem a mesma tecnologia do pneu novo Michelin XZU3 que proporciona o melhor custo benefício do mercado de utilização urbana. Além disso, essa banda apresenta o mesmo sistema inovador auto-blocante 3D, exclusivo Michelin, que atua diretamente na melhoria da aderência do pneu ao solo, aumentando a estabilidade ao veículo e proporcionando mais segurança aos passageiros. O sistema permite contato progressivo do pneu com o solo reduzindo o deslizamento da banda de rodagem e o desgaste do pneu. Em testes realizados com clientes, a banda apresentou rendimento quilométrico médio 15% superior em relação à principal banda urbana concorrente. A banda XDE2+ tem desenho exclusivo para eixos de tração de pneus rodoviários aplicados em cavalos-mecânicos e caminhões, que trafegam em pisos pavimentados e percursos sinuosos com aclives e declives, em trajetos médios e longos. Larga e plana, com tacos distribuídos de forma otimizada, a XDE2+ propicia excelentes distribuição da carga e transmissão de torque em solo seco e molhado, com baixo nível de ruído e desgaste mais uniforme. Sulcos largos, profundos e abertos permitem uma boa drenagem da água, além de manter um baixo nível de retenção de pedras. Janeiro/Fevereiro 2010 25 Michelin Para completar, essa banda é voltada para aplicação nos mais variados tipos de veículos que transportam carga ou passageiros e também trafegam em pisos pavimentados e percursos sinuosos com aclives e declives, em trajetos médios e longos. Com quatro sulcos longitudinais profundos, aliados a sua escultura lamelizada, a XZE2+ oferece excelente aderência em pisos molhados, enquanto os ribs, mais largos nos ombros, proporcionam uma forma de uso mais uniforme, com melhor aproveitamento da banda de rodagem, além de melhor comportamento nas curvas. Ambas utilizam um composto de borracha de alta performance que garante aumento no rendimento quilométrico de até 20%, no XDE2+ , e de 15%, no XZE2+, na comparação com suas gerações anteriores. Este composto conta com processo de coextrusão, que une dois tipos de borracha na mesma banda, o que permite uma redução no aquecimento da carcaça, garantindo o melhor rendimento quilométrico da carcaça, ou seja, mais vida para o pneu. Notas Economia de combustível A sociedade está em busca de formas sustentáveis de utilização dos recursos do planeta. A indústria automobilística, grande consumidora de energia fóssil, tem um papel importante neste contexto. Atualmente, estima-se que o parque automobilístico seja da ordem de 900 milhões de veículos. Várias projeções sugerem que ele poderá chegar a 1,5 bilhão entre 2030 e 2040. Além disso, o transporte rodoviário é responsável por 18% da totalidade das emissões de CO2 ligadas às atividades humanas, enquanto todos os tipos de transporte reunidos representam 24% deste total. Nos últimos 30 anos, a Michelin conseguiu reduzir pela metade o consumo de combustível relacionado ao pneu. A cada cinco tanques de carros de passeio ou a cada três tanques de caminhões, um tanque inteiro é consumido apenas pelos pneus. O desafio da Michelin consiste em fabricar pneus que permitam diminuir o consumo de combustível e, ao mesmo tempo, manter o melhor nível de desempenho de segurança e durabilidade. Os pneus Michelin Energy Saver permitiram economizar 92 milhões de litros* de combustível, o que corresponde a 1,8 milhão de tanques cheios que não foram consumidos. Dessa forma, 184.000 toneladas de CO2 deixaram de ser jogadas na atmosfera. Isso equivale a 102.000 carros rodando durante um ano sem emitir CO2. *Testes de consumo e de resistência à rodagem realizados pelo Tüv Süd Automotive em 2008 e em 2009 e o Dekra Test Center 2009 nas dimensões 195/65 R15 H e 205/55 R16 V 26 Protótipo para veículo elétrico No momento em que as montadoras apresentam seus primeiros modelos ou protótipos com bateria, a Michelin traz um conceito de pneu especialmente projetado para este tipo de veículo. Este pneu tem como benefício o aumento da distância percorrida entre duas cargas de bateria e a redução do seu tamanho, para uma melhor utilização do espaço interno. Isso tudo aliado a um alto nível de segurança e excelente durabilidade. Este protótipo não foge da tradição dos pneus Michelin, que associam três tipos de desempenho: eficiência energética, máxima aderência, sobretudo em condições difíceis, e maior durabilidade em quilometragem. Além dessas qualidades, o conceito do pneu Michelin para veículo elétrico proporciona uma viagem silenciosa graças à ausência de peças mecânicas em movimento e à escultura inédita da banda de rodagem, com sulcos longitudinais longos e estreitos. Para minimizar a resistência à rodagem, o pneu possui diâmetro maior, porém relativamente estreito. O resultado é a redução do consumo de energia, pois há menor quantidade de borracha na área de contato do pneu com o solo. Por outro lado, o maior diâmetro, associado a um perfil menor, permite reduzir o consumo de eletricidade, já que o número de rotações do pneu é menor. Assim, o pneu se deforma e esquenta menos, aumentando ainda mais a economia de energia. Diâmetro maior significa maior quantidade de borracha na banda de rodagem. Dessa forma, a quilometragem total é aumentada e o custo operacional é reduzido. Michelin Energy Saver Com padrões de exigência de desempenho energético semelhantes e um compromisso compartilhado para aumentar a segurança no mais alto nível, a Michelin e a Volkswagen combinaram o conhecimento tecnológico no Volkswagen One Liter. Apresentado no Salão de Frankfurt 2009, este protótipo é equipado exclusivamente com pneus Michelin Energy Saver. Trata-se da última geração de pneus da marca que vem com a sigla ‘Green X’ no flanco e que apresenta um desempenho superior em três áreas: menor consumo de combustível e, conseqüentemente, redução nas emissões de CO2, diminuição das distâncias de frenagem em pista molhada e alta durabilidade. A Michelin e a Volkswagen trabalharam lado a lado para assegurar que o pneu seja um elemento importante no desempenho do veículo. Para obter esse resultado, o pneu Michelin Energy Saver chega ao mercado em uma nova dimensão, com um diâmetro maior e mais fino (95/80 R16 57 T XL na dianteira e 115/70 R16 66 T XL na traseira). A roda maior permite aumentar o diâmetro externo do pneu, minimizando a deformação na zona de contato com o solo, obtendo, como resultado, menor consumo de energia. Outro ponto positivo da menor largura do conjunto pneu-roda é que a aerodinâmica geral do veículo melhora. Devido a uma tecnologia específica de lamelização, a escultura da banda de rodagem oferece rigidez lateral que proporciona ótima estabilidade nas curvas, com deformação vertical reduzida, diminuindo ainda mais o consumo de combustível. Abrapneus goodyear Primeiro pneu-conceito do mundo Fotos: Divulgação/Goodyear Produzida pela empresa com tecnologia BioIsopreneä de biomassa renovável, a novidade foi apresentada na COP15, em dezembro O primeiro pneu-conceito do mundo produzido pela Goodyear com tecnologia BioIsopreneä foi exibido em primeira mão em Copenhague (Dinamarca). A BioIsopreneä é uma alternativa inovadora para substituir por biomassa renovável um ingrediente petroquímico usado na fabricação de borracha sintética. O pneu fez aparições em vários eventos especiais durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15) durante o mês de dezembro. Os pneus feitos com BioIsopreneä são resultado de uma cooperação entre a Genencor, divisão da Danisco, e a Goodyear, uma das maiores empresas de pneus do mundo e líder em inovação. No dia 21 de dezembro, outro pneu produzi- Janeiro/Fevereiro 2010 do com a nova tecnologia foi exposto num salão na área comum de embarque do Aeroporto Internacional de Copenhague. “O primeiro pneu-conceito da Goodyear fabricado com BioIsopreneä demonstra o enorme progresso que fizemos ao utilizar em nosso processo de produção a biomassa como alternativa ao isopreno, derivado do petróleo”, destaca Jesse Roeck, diretor global da área de ciências dos materiais da Goodyear. “O desenvolvimento do BioIsopreneä pode ajudar a reduzir o impacto da indústria sobre o ambiente, usando materiais renováveis na cadeia de produção e tornando a empresa menos dependente de produtos derivados do petróleo.” O produto é derivado de matérias-pri- mas renováveis e representa um importante desenvolvimento para as indústrias bioquímicas e de borracha. Além da borracha sintética usada na produção de pneus, o isopreno tradicional é aplicado na manufatura de vasta gama de produtos, como luvas cirúrgicas, bolas de golfe e adesivos. Por isso, o potencial do BioIsoprene™ é substancial. A Goodyear e a Genencor anunciaram a cooperação de pesquisa em tecnologia e sistema de produção integrada para o BioIsoprene™ em setembro de 2008. As duas organizações preveem atingir as metas tecnológicas e comerciais previstas em contrato. A disponibilidade comercial do produto está prevista para 2013. 27 goodyear Campo de provas tem aprovação integral Auditoria revela conformidade de 100% nos quesitos de saúde e segurança O campo de provas da Goodyear América Latina, localizado em Americana (SP), recebeu no último mês a auditoria global de saúde e segurança, coordenada por Mary Beth Dombrosky, líder da equipe EHS & Q e RDE de AkronUSA. Após analisar toda a documentação, de acordo com o Manual de Saúde e Segurança Global, o resultado da inspeção foi de 100% de conformidade. A auditora compartilhou com membros da equipe algumas das melhores práticas em saúde e segurança aplicadas em outros países. A iniciativa colabora para tornar os processos de segurança do campo de provas ainda mais forte. Durante o processo de audi- toria, Mary salientou que os documentos estavam bem organizados, evidenciados no atendimento a todas as exigências do manual, também com relação a limpeza e manutenção das instalações e, ainda, controles internos e check list, adotados para verificação da qualificação dos pilotos de testes e certificações dos veículos envolvidos nos testes. Entre as melhores práticas observadas, Mary destacou a existência de vários portões para o controle de acesso de pessoas não autorizadas, câmera para monitorar os testes e os sistemas de comunicação entre os pilotos e o controlador de testes. “O campo de provas vai continuar com foco em manter os níveis de desempenho e tecnologia alcançados e a continuidade no aprimoramento e aplicação das melhores práticas, além de manter a equipe engajada em todos os processos de segurança,” conclui Luis Navega, gerente do campo de provas da Goodyear. Goodyear é destaque em sustentabilidade Políticas internas e de responsabilidade social da empresa recebem destaque no ranking da pesquisa do Indicador de Desenvolvimento Humano Organizacional 2009 A Goodyear, uma das maiores companhias de pneus do mundo, é destaque no ranking das As 100 Melhores Empresas em IDHO 2009, realizada pela Gestão & RH Editora, com destaque no quesito sustentabilidade. A pesquisa engloba as melhores práticas gerenciais das organizações em cinco dimensões: 28 Sustentabilidade, Governança Corporativa, Capital Humano, Transparência e Cidadania Corporativa. “Faz parte da política da Goodyear incentivar essas práticas e a premiação confirma o êxito das ações que vem sendo desenvolvidas pela companhia. A Goodyear tem realizado um trabalho voltado para educação, sensibilização e conscientização das pessoas quanto as práticas e estratégias de negócios sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.” declarou Miguel Dantas, gerente sênior de sustentabilidade e assuntos corporativos da Goodyear Brasil. Abrapneus Promoção para Fortera Comfortred e Fortera TripleTred Fotos: Divulgação/Goodyear Na compra ou troca de pneus, consumidor ganha proteção especial de estepe A Goodyear acaba de lançar uma promoção para a medida 225/70R16 nos desenhos Fortera Comfortred e Fortera TripleTred. Os pneus são lançamentos recentes e possuem as tecnologias que o consumidor necessita para garantir alto nível de conforto e elevado desempenho em tração e resistência. A medida 225/70R16 equipa o veículo Mitsubishi Pajero TR4. A promoção já está em vigor e Janeiro/Fevereiro 2010 qualquer consumidor que comprar e montar duas ou mais unidades destes pneus em um revendedor oficial Goodyear ganhará uma capa de estepe com imagens da campanha Viva nas asas da Goodyear – Graffiti, em três modelos diferentes. “Além da proteção que oferecem ao estepe, as capas estão cada vez mais ilustradas e criativas e servem como forma de expressão dos donos deste tipo de veículo com demonstração de gostos e atitudes”, explica Roberto Giorgini, coordenador de produto pneus de camioneta e utilitários da Goodyear no Brasil. São três modelos de capas totalmente adaptadas para o modelo Mitsubishi Pajero TR4. Esta promoção é válida somente nos revendedores oficiais da Goodyear até o término do estoque das capas de estepe. 29 opinião Otimismo por todos os lados Foto: Divulgação/ACSP As perspectivas econômicas brasileiras poderão ficar ainda melhores se ocorrer a aprovação do chamado Cadastro Positivo, que possibilitará o acesso ao crédito para milhões de novos consumidores Sandra Turchi* Que o brasileiro é um povo otimista nós já sabemos, mas seu poder de reação diante de momentos críticos é quase mágico. É bastante curioso fechar um ano complexo como 2009 de forma tão positiva. Segundo pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo, 40,1% dos paulistanos afirmaram que gastariam mais em suas ceias de Natal e 28,2% disseram que dariam mais presentes em 2009, se comparado ao Natal de 2008. Em outro levantamento foi possível observar que as vendas de automóveis cresceram 15,1% sobre 2008 e a previsão para 2010 é aumentar ainda 15%, se comparado a 2009. Claro, este foi um setor que contou com grande incentivo do Governo, mas a predisposição do brasileiro em se endividar para não perder uma boa promoção demonstra um comportamento muito interessante. O grupo responsável por essa continuidade nos índices de consumo e pela manutenção da economia aquecida tem sido, principalmente, as classes de baixa renda, cujo movimento foi inicialmente percebido pela evolução da classe C e, recentemente, também tem sido observado na da classe D. Obviamente, programas do Governo, como o bolsa família, têm grande mérito nesse crescimento, mas a questão é que um fator econômico acaba por estimular o outro, ou seja, havendo mais renda, haverá mais consumo e com isso haverá mais empregos, mesmo que sejam empregos informais, e assim por diante. Há ainda uma enorme demanda reprimida, em particular, nas classes mais baixas, por diversos produtos, como eletrodomésticos e automóveis, sem falarmos na questão da casa própria. Apenas para exemplificar, é comum encontrar casas nas periferias das grandes cidades que, mesmo sem reboco nas paredes, possuem eletroeletrônicos de última geração. Isso ocorre pois, em geral, as famílias de baixa renda se ajudam mutuamente e conseguem realizar o famoso crediário para adquirir bens que serão pagos em conjunto por membros do clã. Outro fenômeno muito interessante é perceber a preferência pelo consumo de produtos de alta qualidade no seu dia-a-dia, pois essas famílias não podem se arriscar comprando itens que posteriormente possam vir a lhes trazer problemas. Essas famílias representam mais de 26 milhões de pessoas que estão subindo de escala social! Olhando para outro extremo, ou seja, o consumo de luxo, pode-se observar também movimentos de consumo bastante interessantes, seja pelo crescimento de sites voltados para a venda de roupas de grife, como o Superexclusivo, por exemplo, seja pela vinda de marcas de luxo em formatos diferenciados, como as lojas-relâmpago. Pela perspectiva empresarial é observado também um otimismo incrível, pois presidentes de grandes corporações demonstram pré-disposição para investir ainda mais no país em 2010, como é o caso da Nestlé, cujo investimento anunciado será da ordem de R$ 350 milhões, além da abertura de novos postos de trabalho pelo mercado, que vem sendo anunciada dada a perspectiva de crescimento. Se analisadas ao longo do ano, essas mudanças foram torneadas de forma bastante rápida, pois até meados de 2009 ainda se percebia muito ceticismo, visto que grande parte dos empresários e executivos ainda estava contabilizando suas dívidas e lamentando a perda de seus bônus. A partir de setembro, porém, o índice de confiança do consumidor e o índice de confiança empresarial, publicados por diferentes instituições, apontaram crescimento mês a mês, indicando níveis melhores do que na fase pré-crise. Além disso, teremos um ano de copa do mundo e eleições, que por si só já movimentarão milhões de recursos no país. As perspectivas, que já são realmente positivas, poderão ficar ainda melhores se ocorrerem alterações como a aprovação do Cadastro Positivo, pelo Congresso Nacional, que possibilitará o acesso ao crédito para milhões de novos consumidores. * Sandra Turchi é coordenadora do projeto de inclusão digital para pequena e média empresa e superintendente de marketing da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). É pós-graduada pela FGV-EAESP e com MBA pela Business School São Paulo, com especialização pela Toronto University, e em empreendedorismo pelo Babson College (Boston). Atualmente coordena o curso Estratégias de Marketing Digital e de Inovação em Comunicação Digital da ESPM. 30 Abrapneus Garanta sua segurança e a dos outros motoristas, use apenas pneus adequados ao seu veículo. Novo Goodyear Eagle GT. A definição de esportividade para todos. NovoGoodyear Eagle GT. TREDLOCK TECHNOLOGYTM Bubble blades que melhoram a tração em piso molhado para curvas mais precisas. HIGH PERFORMANCE ZONE Proporciona uma melhor dirigibilidade e tração em piso seco. RIM PROTECTOR Ajuda a proteger as rodas contra batidas acidentais nas laterais. www.goodyear.com.br Prepare -se para tornar o seu carro ainda mais especial. Agora, a linha High Definition conta com o novo Goodyear Eagle GT. Um pneu de última geração fabricado com a mais alta tecnologia para oferecer desempenho e esportividade para todos.