a contribuição da unesp para o dinamismo econômico dos
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A CONTRIBUIÇÃO DA UNESP PARA O DINAMISMO ECONÔMICO DOS MUNICÍPIOS José Murari Bovo Outubro de 2013 SUMÁRIO Equipe Técnica 5 Agradecimentos 7 Introdução 9 Capítulo I 13 O desenvolvimento da UNESP no período 2007/2013: aspectos acadêmicos, administrativos e físicos Capítulo II 19 As implicações econômicas das atividades da UNESP para os municípios Capítulo III 33 As pesquisas realizadas em 1996, 2002, 2008 e 2013: análise comparativa Capitulo IV 49 Metodologia Considerações Finais 55 Bibliografia 57 Anexos 59 EQUIPE TÉCNICA COORDENADOR GERAL Professor José Murari Bovo – Faculdade de Ciências e Letras – Araraquara. CONSULTOR ESTATÍSTICO Professor Dalton Geraldo Guaglianoni – Faculdade de Ciências e Letras – Araraquara. COORDENADORES NOS CÂMPUS * Professora Ana Claudia Giannini Borges – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Jaboticabal. Professor Anderson Chagas Magalhães – Câmpus Experimental de Dracena. Professor Antonio Nivaldo Hespanhol – Faculdade de Ciências e Tecnologia – Presidente Prudente. Professor Carlos Alberto Oliveira de Matos – Câmpus Experimental de Itapeva. Professor Celso Koogi Sonoda – Faculdade de Odontologia – Araçatuba. Professora Dagmar Aparecida C. França Hunger – Faculdade de Ciências – Bauru. Professora Daniela Pereira dos Reis Almeida – Faculdade de Filosofia e Ciências – Marília. Professor Elias José Simon – Faculdade de Ciências Agronômicas – Botucatu Professor Fernando Ferrari – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – São José do Rio Preto. Professor Francisco Barbosa do Nascimento Filho – Câmpus Experimental de Rosana. Professor Gessuir Pigatto – Câmpus Experimental de Tupã. Professor José Luís Félix – Faculdade de Ciências e Letras – Assis. Prof. Luiz Roberto Carroci – Faculdade de Engenharia – Guaratinguetá. Professor Marcelo Antonio Amaro Pinheiro – Câmpus Experimental do Litoral Paulista. Professora Maria Aparecida Anselmo Tarsitano – Faculdade de Engenharia – Ilha Solteira. Professor Paulo Fernando Cirino Mourão – Câmpus Experimental de Ourinhos. Professor Paulo Villela Santos Junior – Faculdade de Odontologia – São José dos Campos. Professor Pedro Geraldo Tosi – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais – Franca. Professora Selene Maria Coelho Loibel – Instituto de Geociências e Ciências Exatas – Rio Claro. Renata Inah Tavares de Lacerda – Mestranda em Saúde Coletiva – Faculdade de Medicina – Botucatu. Célia Aparecida Gomes F. Gavaldão – Assistente Técnico Administrativo – Faculdade de Ciências – Bauru. Fabrício Ferreira Marciano – Supervisor Técnico de Apoio Administrativo – Câmpus Experimental de Sorocaba. Marcelo Ribeiro Mathias Duarte – Supervisor Técnico de Apoio Administrativo – Câmpus Experimental de Registro. * Responsáveis em seus respectivos Câmpus pelo levantamento de vários dados utilizados na pesquisa. SECRETÁRIA Maria Helena Haddad Tovolli – Assessora Administrativa II – Faculdade de Ciências e Letras – Araraquara AUXILIARES DE PESQUISA Cleusa Luzia Nery– Assessora Administrativa I – Faculdade de Ciências e Letras – Araraquara. Marcelo Torres – Assessor Administrativo I – Faculdade de Ciências e Letras – Araraquara. Guilherme Falcade Forti – Aluno do Curso de Ciências Econômicas – Faculdade de Ciências e Letras – Araraquara. 6 AGRADECIMENTOS Esta é a quarta pesquisa que tem por objetivo avaliar os impactos econômicos das atividades fins1 da UNESP para os municípios onde ela está presente. Desde 1996, quando foi realizada a primeira pesquisa, muitas pessoas tiveram uma participação importante na sua realização. Algumas colaboraram diretamente para sua execução. Outras, mesmo que indiretamente, sempre foram entusiastas da ideia e dos resultados das três pesquisas realizadas até o momento. Todas essas pessoas, não importando o grau de participação, incentivaram a efetivação de um projeto que, ao longo destes dezesseis anos, colocou à disposição da sociedade importantes informações quantitativas e qualitativas sobre o papel da UNESP como fonte de dinamismo para as economias das cidades onde estão localizados seus Câmpus. A presente atualização dos dados da pesquisa foi possível graças ao estímulo das seguintes pessoas: · Prof. Dr. Julio Cezar Durigan, Magnífico Reitor da UNESP. · Prof. Dr. Roberval Daiton Vieira, Chefe de Gabinete da Reitoria. · Prof. Dr. Mário De Beni Arrigoni, Assessor Chefe da Assessoria de Planejamento e Orçamento. · Prof. Dr. Laurence Duarte Colvara, Pró-reitor de Graduação. · Diretores das Unidades Universitárias e dos Câmpus Experimentais da UNESP. Estas pessoas colaboraram decisivamente para a realização da presente pesquisa seja na alocação dos recursos financeiros seja na disponibilização das informações requeridas. Registro um agradecimento especial à equipe técnica supracitada responsável pelo levantamento das informações tanto em suas unidades universitárias quanto em órgãos públicos. Estas pessoas tiveram um papel fundamental no desenvolvimento das atividades que lhes foram 1 Ensino, pesquisa e serviços de extensão. atribuídas em um contexto problemático para sua execução. Ao longo do primeiro semestre as paralisações das atividades acadêmicas e administrativas em vários Câmpus, que antecederam e/ ou se sobrepuseram às férias escolares assim como a nova forma de aplicação dos questionários dirigidos aos alunos, dificultaram o trabalho da equipe. Entretanto, o espírito de colaboração reduziu os prejuízos decorrentes destes fatores. Agradeço também a Rogério Luiz Bucelli, Assessor Chefe da Assessoria Especial de Planejamento Estratégico da Reitoria, a Emília Maria Gaspar Tóvolli, Coordenadora de Recursos Humanos da Reitoria e aos servidores técnico-administrativos das faculdades e institutos que deram uma importante contribuição para o levantamento dos dados necessários para a pesquisa. A Fundação para o Desenvolvimento da UNESP (FUNDUNESP) foi responsável pela gerência financeira da pesquisa. Evidentemente que nenhuma destas pessoas e instituições mencionadas tem qualquer responsabilidade pelos possíveis equívocos existentes no trabalho. 8 INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta os resultados da quarta pesquisa sobre os impactos econômicos da UNESP para os municípios onde seus Câmpus estão localizados. Seu conteúdo é resultado da atualização, para o ano de 2013, dos dados das pesquisas realizadas em 1996, em 2002 e, em 2008, cujo objetivo foi dimensionar o montante de recursos monetários movimentados pelas unidades universitárias e avaliar os impactos econômicos e financeiros da circulação desses recursos para os municípios onde os Câmpus da UNESP estão instalados. Ao perseguir este objetivo, a pesquisa reuniu indicadores que demonstram o significado desses impactos decorrentes do montante de recursos que os vários segmentos da comunidade universitária da UNESP injetam nos 24 municípios do Estado de São Paulo onde ela está presente. Em 2002, data da segunda pesquisa, a UNESP possuía unidades em 16 cidades: Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu, Franca, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo e São Vicente2. A Reitoria e o Câmpus onde funciona o Instituto de Artes (IA), localizados na cidade de São Paulo, não foram incluídos desde que, os impactos econômicos dos recursos financeiros que eles movimentam são inexpressivos no contexto do município da capital do Estado. Pela mesma razão este procedimento foi mantido na atual pesquisa. A partir de 2008, os Câmpus Experimentais de Dracena, Itapeva, Ourinhos, Registro, Rosana, Sorocaba, São Vicente e Tupã passaram a fazer parte da pesquisa. Ao longo dos últimos 25 anos3 foram constantes a solicitações, por parte das comunidades locais e dos grupos políticos regionais, para a criação de novos cursos, assim como para a incorporação de instituições de ensino superior que já existiam. Muitas delas não puderam ser atendidas dadas as restrições orçamentárias. 2 Como a implantação do Curso de Ciências Biológicas no Câmpus do Litoral Paulista ocorreu em 2001, o Câmpus de São Vicente não foi incluído na pesquisa realizada em 2002. A criação da Unidade de São Vicente tem uma história diferenciada dos demais Câmpus Experimentais. VER: Portal da UNESP (www.unesp.br). 3 Este brevíssimo histórico do crescimento da UNESP foi baseado nos seguintes documentos: Anuário Estatístico da UNESP – 2013; Relatório de Gestão: 2009 a 2012 – Reitoria; e Plano de Desenvolvimento Institucional – UNESP - 2009. 9 Em 1987, o Instituto de Física Teórica de São Paulo - conhecida instituição dedicada à pesquisa e pós-graduação nessa área do conhecimento - foi incorporado à UNESP. Em 1988, ocorreu a incorporação da Universidade de Bauru (instituição municipal) que passou a constituir o Câmpus de Bauru. No mesmo ano, o Instituto Municipal de Ensino Superior de Presidente Prudente foi integrado ao Câmpus de Presidente Prudente. Em 1993, foi criado o Centro de Ensino e Pesquisa do Litoral Paulista (CEPEL), que a partir de 2002 se transformou no Câmpus do Litoral Paulista (CLP). Entre 2002 e 2003, a UNESP passou por expressiva ampliação com a criação de mais de 30 cursos e o aumento no número de vagas nos cursos já consolidados. Nove desses cursos foram oferecidos pelas recém-criadas Unidades Diferenciadas, posteriormente denominadas Câmpus Experimentais, instaladas nas cidades de Dracena, Itapeva, Ourinhos, Rosana, Registro, São Vicente, Sorocaba e Tupã, em convênio com as prefeituras locais. Diferentemente das outras Unidades da UNESP o modelo destas novas unidades nasceu de uma parceria entre as Prefeituras Municipais, o Governo do Estado de São Paulo e a UNESP. Neste modelo as Prefeituras passaram a ser responsáveis por toda a infraestrutura necessária para os Câmpus, desde o terreno onde foram instaladas as unidades, até a construção das salas de aulas, salas da administração, bibliotecas e os laboratórios dos cursos implantados. As Prefeituras também ficaram responsáveis pelo pagamento dos gastos com água, energia, telefone, limpeza e manutenção dos Câmpus. O governo do Estado de São Paulo ficou responsável pelo repasse de recursos extra cotaparte do ICMS da UNESP utilizados para a implantação e manutenção das novas unidades. A UNESP, com os recursos financeiros extra-cota ficou responsável pela elaboração e implantação dos projetos pedagógicos dos cursos; pela selecão, contratação e pagamento dos professores e dos servidores técnico-administrativos das unidades; pela especificação e compra dos equipamentos necessários; pela seleção dos alunos e a administração dos novos cursos. Em 08 de março de 2012, o Conselho Universitário da UNESP aprovou a criação do Câmpus Experimental de São João da Boa Vista onde já está funcionando o curso de Engenharia de Telecomunicações. A primeira turma de alunos foi selecionada no exame vestibular 2013, realizado pela Fundação para o Vestibular da UNESP (VUNESP). Foram oferecidas 40 vagas, em período integral, para as quais se inscreveram 167 candidatos, representando uma procura de 4,2 candidatos por vaga. A criação do curso de Engenharia de Telecomunicações ocorreu no contexto de um programa de expansão dos cursos de engenharia que prevê a criação de outros nove cursos desta área ao longo dos próximos três anos. Essa iniciativa da Universidade foi baseada em um programa de expansão que avaliou as necessidades nacionais, estaduais e locais no que se refere à escassez de profissionais deste ramo de atividade. O programa de criação destes nove cursos foi fundamentado em quatro eixos: os aspectos regionais, os aspectos acadêmicos, os aspectos administrativos e a vocação das unidades universitárias onde estes cursos estão sendo ou serão instalados. Da mesma forma que em outros casos ocorridos nas pesquisas anteriores, o Câmpus Experimental de São João da Boa Vista não foi incluído na presente pesquisa em razão de sua recente 10 criação. Esta condição limita o objetivo de dimensionar os impactos econômicos de sua presença no município. Até a realização da primeira pesquisa em 1996, pouco se sabia sobre a importância e o significado das universidades públicas e, especificamente da UNESP, como fonte de dinamismo para as economias das cidades onde estão localizadas. E, no caso da UNESP, a explicitação deste significado tornava-se mais estimulante dada a sua peculiar distribuição geográfica, com a existência de Câmpus em várias cidades do Estado de São Paulo. O interesse de setores internos e externos à universidade pelas informações obtidas nas pesquisas realizadas tem se constituído na maior motivação para sua atualização. Assim como nas versões anteriores4, os resultados agora apresentados confirmam a importância das unidades da UNESP como fonte de dinamismo para as cidades onde estão localizadas e mostram que os efeitos que as suas atividades exercem sobre a economia dos municípios aumentaram ao longo do tempo. E isto ocorreu porque a UNESP cresceu. Ao longo dos últimos dezesseis anos foram ampliados os números de Câmpus, de unidades universitárias, de cursos, de vagas, de alunos, de prestação de serviços e, por consequência, aumentou o montante das despesas com pessoal, com custeio e com investimentos. Decorridos dezesseis anos da primeira pesquisa continua vigente a observação no sentido de que a metodologia utilizada muito provavelmente deixou de contemplar outros aspectos que este tipo de estudo permite. Isto porque a escolha dos indicadores trabalhados depende das características de cada Câmpus e das peculiaridades da estrutura produtiva de cada cidade. E, fato incontestável, depende também das idiossincrasias do pesquisador. A quarta versão da pesquisa é composta de quatro capítulos5. O primeiro apresenta os principais indicadores do crescimento da UNESP no período entre 1996 a 2012. São, especialmente, indicadores acadêmicos, administrativos e físicos: número de unidades universitárias, de alunos, de docentes, de servidores técnico-admistrativos, de cursos, de candidatos no vestibular etc. Retomando um indicador trabalhado na primeira pesquisa são apresentados dados relativos aos serviços de saúde prestados à população por parte de várias unidades universitárias da UNESP. Tendo como referência o ano de 2012, no segundo capítulo são analisados os indicadores que revelam o papel da UNESP como fonte de dinamismo para as economias dos municípios através dos gastos que ela -como instituição - assim como seus servidores e alunos - como consumidores individuais - realizam. 4 1 – BOVO, J. M. - Universidade e Comunidade: Avaliação dos Impactos Econômicos e da Prestação de Serviços Editora UNESP, 1999. 2 – BOVO, J. M. – Impactos Econômicos e Financeiros da UNESP para os Municípios. Editora UNESP, 2003. 3 – BOVO, J. M. - Impactos Econômicos e Financeiros da UNESP para os Municípios. Relatório de Pesquisa, 2008. 5 Considerando que a presente pesquisa foi desenvolvida no segundo semestre de 2013 uma parte dos dados coletados refere-se ao ano de 2012. Neste caso incluem-se as execuções orçamentárias das unidades da UNESP e das prefeituras municipais. Outra parte dos dados, como por exemplo, os gastos dos alunos foram obtidos em 2013. Sendo assim, sempre que necessário os valores monetários foram atualizados como indicados nas tabelas. Além disso, a existência de dados relativos a 2012 e a 2013 implicou em que ao longo do texto eles são mencionados de forma alternada para estes dois anos conforme a procedência da informação. 11 O terceiro capítulo contém uma análise comparativa dos resultados obtidos nas quatro pesquisas realizadas. No quarto capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. Após os comentários finais seguem os anexos que contêm: · gráficos com a distribuição percentual dos gastos dos alunos para cada um dos Câmpus; · tabelas com o número de docentes, de servidores técnico-administrativos e de alunos para os anos de 1996, 2001, 2007 e 2012. A realização da quarta pesquisa confirmou que a UNESP, com suas características específicas, desempenha um papel fundamental no dinamismo econômico das cidades onde seus Câmpus estão instalados. Os indicadores apresentados ao longo do trabalho ratificam a afirmação. 12 CAPÍTULO I O DESENVOLVIMENTO DA UNESP NO PERÍODO 2007/2013: ASPECTOS ACADÊMICOS, ADMINISTRATIVOS E FÍSICOS É inegável que a UNESP representa, hoje, um modelo bem sucedido de universidade pública, descentralizada e multicâmpus6. Em apenas 37 anos de existência ela passou da condição de uma simples reunião de Institutos Isolados de Ensino Superior para a de uma universidade reconhecida e respeitada nos cenários nacional e internacional. No Brasil, ela é a segunda com maior número de cursos de graduação, de programas de pós-graduação e em número de doutores formados por ano. No âmbito internacional, já está classificada entre as 100 melhores universidades com até 50 anos de idade pelo Ranking da Times Higher Education. Nas últimas décadas, as universidades públicas brasileiras passaram a responder por parcela significativa da pesquisa científica e tecnológica desenvolvida em território nacional. Esta contribuição é fundamental se considerarmos que existe uma estreita relação entre investimentos em Ciência e Tecnologia (C&T) e o desempenho da economia. Além disso, cabe à universidade pública a missão de formar profissionais críticos dotados de conhecimento científico e tecnológico que possam colaborar para o desenvolvimento econômico e social do país em um contexto histórico marcado por rápidas transformações. Esta contribuição para o desenvolvimento econômico e social por parte das instituições de ensino superior, em particular das universidades públicas significa, em última instância, disponibilizar para a sociedade as inovações científicas e tecnológicas na forma de soluções e transformações que promovem o processo produtivo, o bem-estar social e estimulam a atividade econômica. No caso da UNESP, cujo nascimento integrou o processo de diversificação política, econômi- 6 Parte deste capítulo teve como referência o documento Relatório de Gestão – 2009 a 2012 – Reitoria - UNESP. 13 ca e cultural do interior paulista, progressivamente ela assumiu a condição de participante ativa da vida das cidades por meio do desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e prestação de serviços à comunidade. Mais recentemente, nos anos 80, no contexto do processo de redemocratização do país e de descentralização das políticas públicas, a UNESP passou a contribuir de forma significativa para o dinamismo das economias das cidades onde seus Câmpus estão instalados. Quando olhamos os números que envolvem a presença da UNESP em 24 cidades do Estado de São Paulo de imediato destaca-se a sua contribuição para a geração de empregos diretos. No ano de 2012, os serviços ligados aos trabalhos acadêmico e administrativo desenvolvidos nas vinte e quatro7 unidades universitárias, nos nove Câmpus Experimentais e na Reitoria da UNESP contribuíram para manter 10.882 empregos8 diretos e injetaram na economia desses municípios perto de 2,1 bilhões de reais9. O Anuário Estatístico de 2013, que reúne informações relativas ao ano de 2012, indica a existência de 122 cursos de graduação em todas as áreas do conhecimento e 218 programas de pós-graduação. O total de alunos matriculados nos cursos de graduação em 2012 foi de 35.485 e 11.804 nos programas de pós-graduação. Seu quadro de servidores é composto por 3.625 docentes, em sua maioria em RDIDP (Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa), e por 7.257 servidores técnico-administrativos. Recorde-se que a UNESP, diferentemente da grande maioria das universidades do Brasil e de outros países, consolidou-se como uma universidade multicâmpus, característica que lhe confere uma peculiar distribuição geográfica, com unidades universitárias espalhadas por 24 cidades do Estado de São Paulo, 23 delas localizadas no interior do Estado. Além dos benefícios decorrentes de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão que contribuem, especialmente, para a formação de profissionais para o mercado de trabalho, para a prestação de serviços à sociedade e para a criação de novas técnicas desenvolvidas a partir das pesquisas realizadas, as universidades também geram efeitos econômicos resultantes dos recursos monetários que elas movimentam nas cidades onde se localizam. As quatro pesquisas realizadas até o momento, com o objetivo de avaliar as várias faces da inserção social da UNESP, permitiram reunir informações sobre: 1 – os impactos econômico-financeiros para os municípios, decorrentes dos recursos movimentados pelas unidades universitárias assim como dos gastos dos alunos em cada Câmpus. Os indicadores reunidos mostram a importância da UNESP, tanto como vetor de recursos tributários que retornam para as cidades onde ela está localizada, quanto como fonte de dinamismo das atividades econômicas, contribuindo para o desenvolvimento local e regional; 2 – a sua importância no atendimento à população por meio dos serviços de extensão, especialmente aqueles dirigidos para a área de saúde, contribuindo para a implantação das políticas públicas de corte social. 7 Não foi computado o número de docentes e servidores do Câmpus de São João da Boa Vista. 8 Considerando o total de docentes e servidores técnico-administrativos da ativa existentes em 24 Câmpus da UNESP e na Reitoria no ano de 2012. 9 14 Fonte: Anuário Estatístico da UNESP – 2013. A partir destes resultados, tornou-se fundamental dar continuidade a esta linha de pesquisa em razão da importância das informações levantadas que permitiram ampliar o conhecimento sobre os vínculos estabelecidos com a sociedade, seus condicionantes e possibilidades de aprofundamento, quanto para o planejamento das políticas e das ações em todos os níveis da administração da universidade e da administração municipal. Nos dezesseis anos que separam a realização da primeira pesquisa (1996) até a presente atualização a UNESP mostrou uma evolução considerável, como evidenciam as informações apresentadas a seguir. Considerando o período 1996/2012, os indicadores apresentados na tabela 1.1 mostram, para os cursos de graduação, uma elevação do número de vagas (64,23 %), do número de alunos (75,27%) e do número de candidatos inscritos no vestibular (43,45%). Na pós-graduação, o número de cursos aumentou 59,12%, com consequente crescimento do número de alunos (110,37%). Destaca-se também o aumento da produção científica relacionada às dissertações e teses defendidas: respectivamente, 241,08% e 395,35%. No mesmo período, ocorreu também um crescimento considerável do acervo das bibliotecas (64,9%) e da área total construída (67,92%). TABELA 1.1 - UNESP - INDICADORES ACADÊMICOS e ADMINISTRATIVOS - 1996/2012 Variação (%) Indicadores 1996 2001 2007 2001/1996 2007/2001 2012/2007 2012/1996 2012 Unidades Universitárias 24 24 24 25 - - 4,17 4,17 Câmpus Experimentais - - 8 9 - - 12,50 - 80 81 120 122 1,25 48,15 1,67 52,50 4.347 5.215 6.934 7.139 19,97 32,96 2,96 64,23 Número de alunos 20.246 24.799 34.425 35.485 22,49 38,82 3,08 75,27 Candidatos inscritos no vestibular 69.196 80.463 103.174 99.262 16,28 28,23 (3,79) 43,45 137 165 191 218 20,44 15,76 14,14 59,12 5.891 9.621 10.008 11.804 63,32 4,02 17,95 100,37 Dissertações de Mestrado 499 1.114 1.371 1.702 123,25 23,07 24,14 241,08 Teses de Doutorado 172 521 694 852 202,91 33,21 22,77 395,35 1.893.865 2.260.601 2.614.120 3.122.907 19,36 15,64 19,46 64,90 Cursos de Graduação Número de vagas Cursos de Pós- Graduação (*) Número de alunos (*) Acervo das bibliotecas Docentes ativos 3.372 3.124 3.554 3.625 (7,35) 13,76 2,00 7,50 607 1.029 1.277 1.546 69,52 24,10 21,06 154,70 Servidores técnico-administrativos (A) 7.843 7.135 6.984 7.257 (9,03) (2,12) 3,91 -7,47 Servidores técnico-administrativos (I) 1.223 1.913 2.461 3.338 56,42 28,65 35,64 172,94 526.430 561.420 723.471 883.972 6,65 28,86 22,18 67,92 Docentes inativos Área construída (m²) (*) - Mestrado e Doutorado Os indicadores do quadro de pessoal apresentam elementos importantes que exigiram e vão continuar exigindo mudanças na política de contratação de docentes e de servidores técnicoadministrativos e seus respectivos reflexos nas despesas com encargos sociais. De um lado, o aumento significativo dos docentes e servidores técnico-administrativos inativos no período 1996/2012, 15 respectivamente, 154,7% e 172,94%. De outro, o pequeno crescimento do número de docentes ativos (7,5%) e a queda do número de servidores técnico-administrativos ativos (-7,47%)10. Entre os benefícios para a sociedade decorrentes de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão destacam-se também os serviços prestados gratuitamente pelas unidades da UNESP nas várias especialidades diretamente relacionadas à saúde da população que constituem atividades de extensão socialmente significativas: os atendimentos médicos, odontológicos, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicoterapêuticos e fisioterápicos prestados pelas unidades onde existem os cursos de medicina, farmácia, odontologia, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e suas respectivas clínicas. Além do hospital de Botucatu que presta relevantes serviços à população de várias regiões do estado de São Paulo assim como de outros estados vizinhos. Portanto, além dos efeitos econômicos para as economias locais resultantes da movimentação de recursos monetários, a existência da UNESP proporciona através dos serviços prestados à comunidade, um impacto de dimensões local e regional que contribui para a melhoria das condições de saúde da população atendida. TABELA 1.2 - UNESP - PRODUÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE - 1996/2012 Quantidade de Serviços Produzidos Serviços/Curso/Câmpus Odontológicos Odontologia/Araraquara Odontologia/S.J.Campos Odontologia/Araçatuba Odontologia/Araçatuba Psicoterapêuticos Psicologia/Bauru Psicologia/Assis Fisioterápicos Fisioterapia/Presidente Prudente Farmacêuticos Farmácia-Bioquímica/ Araraquara Fonoaudiológicos Fonoaudilogia/Marília Médicos Tratamentos Tratamentos Tratamentos Assistência odontológica a pessoas com deficiência Atendimentos clínicos Atendimentos clínicos Total de pacientes Total de sessões Total de exames (1) Pacientes (2) Produção de hemocomponentes (3) Atendimentos 1996 2001 2007 2012 60.480 62.531 17.432 34.071 78.685 60.751 37.421 61.734 91.890 60.868 30.488 40.629 90.559 56.935 28.647 (*) 62.333 4.625 4.605 12.890 6.275 13.675 9.813 13.852 12.231 - 4.869 (**) 26.241(**) 6.042 27.668 10.630 38.515 83.630 33.543 12.557 169.049 55.707 14.286 252.467 60.974 22.542 728.360 167.673 25.183 2.489 17.243 23.056 16.843 Consultas 287.137 378.683 462.218 603.958 Análises Clínicas 822.587 983.424 1.536.615 2.101.032 Internações 13.732 16.792 18.845 30.242 Cirurgias 5.140 6.554 8.069 9.112 1) Inclui os exames realizados pelos setores do Centro de Referência Diagnóstica da Coordenadoria de Análises Clínicas e Hemoterapia. 2) Inclui o número de pacientes atendidos no Centro de Referência Diagnóstica através dos convênios. 3) Número de Hemocomponentes - Hemonúcleo da Regional de Araraquara da Coordenadoria de Análises Clínicas e Hemoterapia. (*) A redução quantitativa dos tratamentos deve-se a mudanças na grade curricular do Curso de Odontologia no ano de 2012. (**) Dados relativos ao ano de 2003 quando teve início o registro dos atendimentos. Medicina (1)/Botucatu 10 Estes indicadores relativos ao quadro de pessoal implicaram em aumentar o comprometimento de fatias maiores do orçamento destinadas ao pagamento dos inativos. Diante disso, foi necessário aprimorar a política de reposição do quadro de pessoal e viabilizar alternativas que permitissem, ao longo do tempo, atenuar o comprometimento do orçamento com a folha dos inativos e pensionistas. E isto tem sido feito tomando como parâmetro básico a não interferência na qualidade do ensino, da pesquisa ou da extensão universitária, que são as atividades essenciais da Universidade. No entanto, como se trata de um tema complexo e não diretamente relacionado com os objetivos da pesquisa não cabe, neste espaço, aprofundar sua análise. 16 A Tabela 1.2 mostra o número de atendimentos realizados nas várias especialidades diretamente relacionadas à saúde da população. Além disso, as informações socioeconômicas contidas nos prontuários das pessoas atendidas nas clínicas mencionadas demonstram que mais de 80% têm uma renda per capita que varia entre um e três salários mínimos. Informação que corrobora o alcance social destes serviços prestados pela UNESP. Considerando, de um lado, o elevado nível do atendimento oferecido nas clínicas, e, de outro, a carência do sistema de atendimento à saúde existente em muitas cidades, é inegável o significado do papel desempenhado pelas unidades da UNESP que prestam esses serviços à população de vários municípios das regiões onde estão localizadas. A população atendida pelo Hospital Universitário de Botucatu, por exemplo, é originária de várias cidades do estado de São Paulo assim como de estados vizinhos. Há ainda a considerar outro aspecto relativo aos serviços prestados pelas universidades. Trata-se do capital social acumulado que incorpora, além da infraestrutura existente, o conhecimento e a experiência de seus docentes e funcionários, os métodos, as técnicas e os processos desenvolvidos, especialmente através das pesquisas, e que são incorporados aos serviços prestados à população. Os indicadores dos serviços de saúde prestados pela UNESP revelam a importância do retorno dado à sociedade pela universidade. Sua atuação no atendimento à população constitui parcela importante na implantação das políticas públicas de caráter social. Se as três pesquisas realizadas anteriormente mostraram números expressivos em relação aos impactos econômico-financeiros da existência de unidades da UNESP em várias cidades do interior do Estado de São Paulo hoje, com o crescimento da UNESP, estes impactos são muito maiores. Sendo assim, a atualização da pesquisa justifica-se como meio para que a sociedade, de modo geral e a comunidade unespiana, em particular, conheçam as faces de sua inserção social. Entre elas: a contribuição da UNESP para o dinamismo econômico das cidades por meio do montante de recursos financeiros movimentados e para a melhoria das condições de saúde da população através dos serviços prestados. 17 CAPÍTULO II AS IMPLICAÇÕES ECONÔMICAS DAS ATIVIDADES DA UNESP PARA OS MUNICÍPIOS A movimentação de recursos financeiros através do pagamento dos salários de professores e de funcionários; dos investimentos em obras e em equipamentos; das demais despesas de custeio; dos gastos dos alunos cujo montante aumenta à medida que novos cursos são criados e novas vagas são abertas nos já existentes, constituem um conjunto de fatores que exercem um efeito dinâmico e multiplicador sobre as atividades econômicas locais. Destarte, ao processo formação e de aperfeiçoamento de profissionais, de diversificação e de qualificação do ensino e das atividades culturais das cidades do interior paulista onde as unidades da UNESP estão instaladas, agregam-se os efeitos econômico-financeiros resultantes dos dispêndios necessários ao seu funcionamento. Nos últimos dezesseis anos, estes efeitos ampliaram-se com a criação de novos Câmpus, de novos cursos e com o aumento do número de vagas como visto na tabela 1.1 do capítulo anterior. Este crescimento implicou no aumento das despesas correntes e das despesas de capital permitindo que as várias unidades da UNESP aprofundassem sua inserção social por meio da melhoria da qualidade de suas atividades fins e ampliassem sua importância como fonte de dinamismo para as economias das cidades onde elas estão localizadas. Da mesma forma que nas pesquisas anteriores, a análise dos dados apresentados a seguir será realizada tomando como referência o conjunto das unidades universitárias e dos cursos existentes em cada Câmpus. Apenas quando necessário, os resultados de um ou mais Câmpus serão mencionados isoladamente em razão da sua relevância, do seu significado para os objetivos do trabalho ou por razões metodológicas. É evidente que a agregação dos dados de duas ou mais unidades universitárias existentes em um Câmpus ou cidade implica em desconsiderar: · As diversidades existentes entre elas quanto ao número de cursos, de docentes, de alunos e de servidores técnico administrativos; · O grau de complexidade das instalações, dos equipamentos, dos laboratórios e das clínicas necessários para o funcionamento dos cursos; · O montante de recursos monetários imprescindíveis para seu funcionamento; · As diferenças entre os municípios quanto: ao número de habitantes, a estrutura produtiva e ao valor das receitas arrecadadas etc. Quando estes indicadores são tomados para o conjunto dos Câmpus ou em seus valores médios, desaparecem as distinções entre os Câmpus complexos11 como Botucatu e Araraquara e os Câmpus menos complexos, como por exemplo, os Câmpus Experimentais que, relativamente aos demais, movimentam uma quantidade menor de recursos orçamentários. Para entender melhor esta questão, podem ser tomados como referência os municípios de São José dos Campos e de Sorocaba onde as unidades universitárias da UNESP contam com cinco cursos de graduação. No entanto, são os maiores dentre os vinte e quatro municípios do interior do estado onde existem unidades da UNESP, em termos de população, geração de valor adicionado, receita municipal etc. Os dados apresentados a seguir demonstram que os impactos econômico-financeiros da existência desses cursos são pouco expressivos em razão da magnitude da estrutura produtiva dos dois municípios acima mencionados. Mesmo reconhecendo os prejuízos decorrentes deste tipo de procedimento, os dados foram considerados em seus valores totais uma vez que uma análise específica para cada Câmpus extrapola os objetivos da pesquisa. Porém, isto não impede o conhecimento dos impactos econômicos de cada um deles para os municípios onde se localizam, pois a forma como os dados são apresentados, permite apreendê-los12. Além disso, para os Câmpus Experimentais e para os respectivos municípios onde estão localizados, a saber, Dracena, Itapeva, Ourinhos, Registro, Rosana, São Vicente, Sorocaba e Tupã, a análise dos impactos foi realizada utilizando uma série temporal menor do que a usada para os demais Câmpus. Isto porque como os Câmpus Experimentais foram criados em 2002 os efeitos dinâmicos da consolidação dos cursos só puderam ser aferidos a partir da terceira pesquisa realizada em 2008. Os valores referentes ao total dos recursos movimentados, no ano de 2012, pelas faculdades e institutos que compõem os Câmpus da UNESP são apresentados na tabela 2.1. 11 O conceito de Câmpus complexo refere-se às unidades que possuem várias faculdades ou institutos. Em Botucatu: a Faculdade de Medicina e o Hospital Universitário, a Faculdade de Ciências Agronômicas, o Instituto de Biociências e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Em Araraquara: a Faculdade de Odontologia; a Faculdade de Ciências Farmacêuticas, o Instituto de Química e a Faculdade de Ciências e Letras. 12 20 As tabelas e gráficos com os dados de cada Câmpus encontram-se no corpo do trabalho e nos anexos. 21 130.198.326,26 39.842.712,58 89.261.661,96 Araraquara Assis Bauru 66.724.297,75 Guaratinguetá Ilha Solteira 4.175.815,48 Tupã 114.335.885,68 934.229,51 1.594.027,98 1.221.798,19 2.438.400,62 4.354.811,31 558.737,17 7.193.600,54 1.095.537,31 5.649.888,87 648.830,85 4.425.089,09 7.176.356,35 512.051,02 4.935.543,94 3.376.367,98 3.252.931,91 1.237.051,64 33.953.853,90 7.852.242,84 3.992.613,07 13.273.416,97 4.658.504,64 Despesas de Custeio 24.903.223,59 13.963,99 639.153,34 939.789,81 341.665,88 1.190.078,31 52.470,66 1.828.806,23 1.171.073,23 669.163,70 495.795,39 430.527,49 3.560.375,63 482.725,01 922.823,78 437.977,58 223.103,11 1.632.677,11 4.298.200,43 2.413.121,71 168.090,21 2.421.587,31 570.053,68 Investimentos RECURSOS DO TESOURO - (ICMS) 1.230.231.517,54 5.124.008,98 11.437.242,37 8.323.874,83 27.204.936,15 58.671.440,52 4.133.387,11 88.960.919,31 7.829.228,65 56.602.111,00 5.358.045,17 46.689.766,53 96.575.158,45 5.543.549,74 72.582.665,48 46.917.623,88 27.080.414,15 8.052.023,83 308.391.367,20 99.527.026,52 44.003.415,87 145.893.330,54 55.329.981,27 Subtotal (A) 49.280.740,36 183.221,54 237.278,38 144.200,52 732.288,14 2.537.650,64 174.795,60 3.572.581,06 203.249,62 1.854.509,92 162.045,44 1.928.238,01 3.242.636,94 157.886,29 2.011.877,67 1.231.327,44 1.347.234,63 289.496,20 19.029.468,20 2.444.080,52 1.036.327,96 4.925.560,92 1.834.784,72 Despesas de Custeio 56.933.989,48 123.929,23 395.987,52 315.816,41 930.091,45 1.567.682,84 100.892,72 7.825.511,97 556.740,51 2.927.852,35 103.959,22 4.302.675,64 3.074.625,97 163.895,67 5.272.933,73 2.716.643,13 561.020,35 172.138,67 9.881.029,06 7.197.103,97 1.894.244,55 6.099.290,48 749.924,07 Investimentos 301.569.516,05 - - - - - - - 390.747,26 - - - 17.424.250,30 - - 2.238.629,89 - - 239.619.148,28 - - 41.896.740,31 Outros recursos (2) 407.784.245,90 307.150,77 633.265,90 460.016,93 1.662.379,59 4.105.333,48 275.688,32 11.398.093,03 1.150.737,40 4.782.362,26 266.004,66 6.230.913,64 23.741.513,21 321.781,96 7.284.811,40 6.186.600,46 1.908.254,98 461.634,87 268.529.645,54 9.641.184,49 2.930.572,51 11.024.851,39 44.481.449,10 Subtotal (B) RECURSOS PRÓPRIOS (Receita Própria + Convênios) 1.638.015.763,44 5.431.159,75 12.070.508,27 8.783.891,76 28.867.315,74 62.776.774,00 4.409.075,43 100.359.012,34 8.979.966,05 61.384.473,26 5.624.049,84 52.920.680,17 120.316.671,66 5.865.331,70 79.867.476,88 53.104.224,33 28.988.669,13 8.513.658,70 576.921.012,75 109.168.211,00 46.933.988,38 156.918.181,93 99.811.430,37 TOTAL (C)=A+B 75% 94% 95% 95% 94% 93% 94% 89% 87% 92% 95% 88% 80% 95% 91% 88% 93% 95% 53% 91% 94% 93% 55% D=(A/C) % 25% 6% 5% 5% 6% 7% 6% 11% 13% 8% 5% 12% 20% 5% 9% 12% 7% 5% 47% 9% 6% 7% 45% E=(B/C) FONTES: Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP e Diretorias Administrativas das Unidades Universitárias. (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). (2) - Nos Câmpus de Botucatu e Jaboticabal os valores desta coluna referem-se às despesas realizadas pelas Fundações. Nos demais Câmpus os valores registrados são relativos à diferença entre o montante das receitas próprias mais as receitas de convênios informadas pelas Diretorias Administrativas e o montante das despesas realizadas com estas mesmas fontes de recursos lançadas no Demonstrativo de Despesas Pagas (2012) que integra o Sistema Orçamentário, Financeiro e Contábil da UNESP. Esta diferença, de modo geral, é utilizada pelas respectivas unidades universitárias para vários tipos de despesas. 1.090.992.408,26 9.204.061,05 Sorocaba TOTAL 6.162.286,84 24.424.869,65 São Vicente 53.126.550,90 3.522.179,28 Rosana São José dos Campos 79.938.512,54 Rio Claro São José do Rio Preto 5.562.618,11 50.283.058,43 Registro Presidente Prudente 4.213.418,93 41.834.149,95 Marília Ourinhos 85.838.426,47 Jaboticabal 4.548.773,71 43.103.278,32 Franca Itapeva 5.182.295,09 23.604.379,12 Dracena 270.139.312,88 50.101.422,94 Araçatuba Botucatu Despesa com Pessoal e Reflexos CAMPUS TABELA 2.1 - UNESP - RECURSOS FINANCEIROS MOVIMENTADOS - 2012 - EM R$ (1) Considerando que 75 % desses recursos são provenientes do ICMS (Recursos do Tesouro – coluna D da tabela 2.1), a arrecadação tributária do município constitui um importante parâmetro comparativo para avaliar sua importância. Com este objetivo, na tabela 2.2, são apresentados os valores de algumas categorias da receita dos municípios onde existem unidades da UNESP, assim como o montante do ICMS arrecadado. TABELA 2.2 - ARRECADAÇÃO MUNICIPAL - 2012 - EM R$ (1) MUNICÍPIOS Receita Total Receita Tributária Própria Quota-parte do ICMS 422.609.839,77 86.547.472,91 88.665.898,73 Araraquara 538.233.712,62 109.995.737,14 123.169.293,28 Assis 202.714.495,05 31.136.174,66 31.663.009,50 Bauru 867.023.698,13 180.710.960,71 157.945.291,72 Botucatu 267.395.044,05 48.419.614,69 Dracena 84.490.800,08 12.951.629,64 Franca 464.753.597,16 Guaratinguetá 229.611.930,91 Ilha Solteira Itapeva Araçatuba Fundo de Participação dos Municípios (FPM) 48.241.272,29 IPVA ICMS Arrecadado (*) 30.766.498,06 103.146.208,61 48.241.272,29 35.056.477,13 270.198.058,04 29.767.071,78 12.857.301,96 54.902.575,48 48.241.272,29 61.966.331,98 349.201.438,13 72.514.541,48 33.736.014,71 18.529.535,46 63.111.261,69 16.622.367,78 19.001.555,43 5.691.895,88 15.863.625,24 113.460.757,90 105.062.646,52 48.241.272,29 41.465.877,19 212.312.631,96 40.157.097,54 62.836.347,95 31.751.543,20 13.119.246,88 168.608.572,96 111.362.479,96 5.194.449,82 53.814.499,71 13.891.300,16 2.614.767,32 2.678.409,14 212.628.713,44 19.311.766,85 36.050.436,17 27.782.600,31 9.168.007,35 36.130.031,61 Jaboticabal 157.636.260,08 34.794.369,82 44.216.909,18 25.798.134,82 10.553.999,63 42.079.671,77 Marília 542.132.029,07 98.979.777,54 97.635.275,46 46.191.604,77 31.046.628,00 286.519.186,26 Ourinhos 260.849.943,43 41.600.749,43 47.078.321,52 31.751.543,29 13.082.089,46 90.421.059,18 Presidente Prudente 450.634.059,62 116.696.964,03 84.291.430,75 48.241.272,29 35.318.873,95 103.573.045,08 Registro 117.511.393,82 16.695.751,55 19.522.918,13 21.829.185,97 5.792.343,25 18.812.671,86 Rio Claro 420.981.466,58 99.250.508,73 147.335.210,14 48.241.272,29 29.099.676,65 451.388.807,08 61.426.628,98 2.937.784,70 37.279.972,19 11.906.828,72 1.125.725,48 1.212.215,82 São José do Rio Preto 1.116.439.689,69 272.647.436,68 179.954.532,71 48.241.272,29 84.850.800,50 354.323.203,11 São José dos Campos 2.023.282.666,19 457.222.555,01 685.387.764,31 48.241.272,29 100.556.159,29 917.010.726,25 Rosana São Vicente Sorocaba Tupã TOTAL 718.838.541,33 190.096.504,17 73.093.320,70 48.241.272,29 27.998.423,82 31.244.475,42 1.745.468.499,93 438.651.352,23 407.605.099,13 48.241.272,29 107.362.135,50 1.051.575.627,79 117.716.402,56 25.065.434,20 23.219.807,64 22.801.866,54 8.218.139,98 18.573.001,98 11.133.741.892,46 2.442.524.849,93 2.594.964.894,70 798.621.972,61 686.240.934,73 4.642.886.504,46 FONTE: Execução Orçamentária - Prefeituras Municipais (*) Montante do ICMS arrecadado nos municípios. Valores estimados. (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). As comparações entre a arrecadação municipal e os recursos da UNESP encontram-se nas tabelas 2.3 e 2.4. Na tabela 2.3, observa-se que, para o conjunto dos Câmpus, o valor dos recursos da UNESP provenientes do ICMS representaram 26,5% do valor do ICMS recolhido pelas empresas dos municípios aos cofres do governo estadual (coluna E), enquanto a quota-parte dos municípios13 representou 55,89% deste valor (coluna D). Dessa forma, do total do ICMS arrecadado no município (coluna A), 82,39% retornam através da UNESP e da quota-parte dos municípios (coluna G). Isto significa que sem a presença da UNESP, 26,5% - correspondente a um valor superior a R$ 1,2 bilhão (coluna C) - não teriam retornado aos 22 municípios. 13 A quota-parte do ICMS refere-se à parcela pertencente aos municípios do produto da arrecadação deste imposto que é de competência estadual. A participação de cada município no produto de sua arrecadação é calculada com base em um índice composto a partir dos seguintes critérios: 1- 76%, com base no valor adicionado gerado em cada município; 2 - 13%, com base na população; 3 - 5%, com base na receita tributária própria; 4 - 3%, com base na área cultivada; 5 - 0,5%, com base na área alagada; 6 - 0,5%, em função de áreas de proteção ambiental; e, 7 - 2%, divididos igualmente entre os municípios. Estes critérios de participação vigoram no Estado de São Paulo. Cada Estado da Federação tem autonomia para defini-los conforme decisão de suas respectivas Assembleias Legislativas. 22 Além disso, do total do ICMS arrecadado que retornou para estas cidades através da universidade (ICMS-UNESP) e dos municípios (quota-parte), cujo montante foi de R$ 3,8 milhões (colunas B+C), 47,4% desse total foram devidos à existência da UNESP (R$ 1,2 bilhão). Se estes municípios, no seu conjunto, dependessem apenas da quota-parte municipal do ICMS, só retornaria aos municípios um montante correspondente a 55,89% do ICMS arrecadado (coluna D). Ou seja, R$ 2,59 bilhões de um total de R$ 3,8 bilhões que é a soma dos totais das colunas B e C (ICMS-UNESP e quota-parte do ICMS dos municípios). Cabe destacar a relação entre UNESP- ICMS/ICMS arrecadado, nos municípios de Ilha Solteira, Botucatu Jaboticabal e Rosana que foram respectivamente de 2.709%, 488,65%, 229%, 340% (coluna E). Nestes casos, os recursos orçamentários provenientes do ICMS recebidos por esses Câmpus superam de forma expressiva o montante arrecadado deste imposto nos respectivos municípios. Para que fosse possível compensar o total de recursos do ICMS que retornam via UNESP (no caso de sua inexistência nestas cidades), os valores das quotas-partes do ICMS teriam que aumentar de forma significativa. Esta compensação só poderia ocorrer através de um expressivo aumento do valor adicionado gerado pelas empresas desses municípios, uma vez que a quota -parte transferida pelo governo estadual tem uma forte relação com a quantidade de riquezas produzidas localmente. TABELA 2.3 - COMPARAÇÃO ENTRE O ICMS MUNICIPAL E O ICMS DA UNESP - 2012 - EM R$ (1) MUNICÍPIOS ICMS Arrecadado (*) (A) Quota-parte do ICMS dos Municípios (B) UNESP-ICMS (**) (C) (D)=B/A (E)=C/A (F)=C/B (G)=D+E 139,60 Araçatuba 103.146.208,61 88.665.898,73 55.329.981,27 85,96 53,64 62,40 Araraquara 270.198.058,04 123.169.293,28 145.893.330,54 45,58 53,99 118,45 99,58 Assis 54.902.575,48 31.663.009,50 44.003.415,87 57,67 80,15 138,97 137,82 Bauru 349.201.438,13 157.945.291,72 99.527.026,52 45,23 28,50 63,01 73,73 Botucatu 63.111.261,69 72.514.541,48 308.391.367,20 114,90 488,65 425,28 603,55 Dracena 15.863.625,24 16.622.367,78 8.052.023,83 104,78 50,76 48,44 155,54 Franca 212.312.631,96 105.062.646,52 27.080.414,15 49,48 12,75 25,78 62,24 Guaratinguetá 168.608.572,96 62.836.347,95 46.917.623,88 37,27 27,83 74,67 65,09 2.678.409,14 53.814.499,71 72.582.665,48 2009,20 2709,92 134,88 4719,11 Ilha Solteira Itapeva 36.130.031,61 36.050.436,17 5.543.549,74 99,78 15,34 15,38 115,12 Jaboticabal 42.079.671,77 44.216.909,18 96.575.158,45 105,08 229,51 218,41 334,58 286.519.186,26 97.635.275,46 46.689.766,53 34,08 16,30 47,82 50,37 90.421.059,18 47.078.321,52 5.358.045,17 52,07 5,93 11,38 57,99 103.573.045,08 84.291.430,75 56.602.111,00 81,38 54,65 67,15 136,03 145,39 Marília Ourinhos Presidente Prudente Registro 18.812.671,86 19.522.918,13 7.829.228,65 103,78 41,62 40,10 Rio Claro 451.388.807,08 147.335.210,14 88.960.919,31 32,64 19,71 60,38 52,35 1.212.215,82 37.279.972,19 4.133.387,11 3075,36 340,98 11,09 3416,34 São José do Rio Preto 354.323.203,11 179.954.532,71 58.671.440,52 50,79 16,56 32,60 67,35 São José dos Campos 917.010.726,25 685.387.764,31 27.204.936,15 74,74 2,97 3,97 77,71 31.244.475,42 73.093.320,70 8.323.874,83 233,94 26,64 11,39 260,58 1.051.575.627,79 407.605.099,13 11.437.242,37 38,76 1,09 2,81 39,85 18.573.001,98 23.219.807,64 5.124.008,98 125,02 27,59 22,07 152,61 4.642.886.504,46 2.594.964.894,70 1.230.231.517,54 55,89 26,50 47,41 82,39 Rosana São Vicente Sorocaba Tupã TOTAL FONTES: Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP e Execução Orçamentária - Prefeituras Municipais (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). (*) Montante do ICMS arrecadado nos municípios. Valores estimados. (**) Refere-se aos recursos da UNESP provenientes do ICMS (Recursos do Tesouro). Vide tabela 2.1 23 Destacam-se também neste aspecto os Câmpus de Araraquara, Assis Araçatuba, Presidente Prudente e Dracena onde a relação UNESP- ICMS / ICMS arrecadado, foi expressiva. Em Araraquara essa relação foi de 53,99%. Considerando que o município possui uma estrutura produtiva bastante dinâmica e fortemente centrada na agroindústria, o fato de que o montante de recursos da UNESP originários do ICMS corresponda a mais da metade da arrecadação municipal deste imposto e 18% maior do que o montante que retorna ao município via quota-parte, são indicadores bastante expressivos. No caso de Assis, a relação UNESP- ICMS / ICMS arrecadado de 80% revela que mais de três quartos do ICMS arrecadado retornou ao município via UNESP. Considerando ainda a relação UNESP- ICMS / ICMS arrecadado destacam-se também os casos dos Câmpus Experimentais de Registro, São Vicente e Tupã para os quais esta relação é significativa. Ou seja, parte importante do ICMS arrecadado retorna aos municípios em razão da existência da UNESP. Estes números demonstram a importância da UNESP como vetor de recursos tributários que retornam para os municípios onde estão localizadas suas unidades. No entanto, além dos recursos do ICMS, as unidades universitárias possuem outras fontes de financiamento de suas atividades provenientes de receitas próprias, de convênios14, e de receitas obtidas por Fundações15 existentes em algumas unidades. Somando-se todas as fontes de recursos, ou seja, os recursos do Tesouro, os recursos próprios (receitas/despesas próprias mais os convênios e mais os recursos das Fundações) os Câmpus da UNESP pesquisados movimentaram em 2012, um total de R$ 1.638.015.763,44 (Tabela 2.1). Na tabela 2.4, este montante foi comparado com algumas categorias da receita de cada um dos municípios. Observa-se que os recursos da universidade representaram: 1) 14,71% da receita total dos municípios (coluna E); 2) 67% dos impostos e das taxas dos municípios (receita tributária própria) (coluna F); e, 3) foram 10% maiores que as transferências intergovernamentais (coluna G), que representam as receitas repassadas aos municípios pelos governos federal e estadual (no caso, a soma do Fundo de Participação dos Municípios - FPM - com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA). 14 O montante das receitas de convênios indicado na tabela 2.1 pode estar subestimado uma vez que alguns convênios são realizados diretamente com as agências ou instituições financiadoras pelos professores, pelos grupos de pesquisa ou ainda por meio das Fundações existentes em algumas unidades. Por esta razão, a gestão contábil dos recursos financeiros que a universidade recebe através dos convênios pode estar descentralizada pelos diversos setores da administração o que dificulta a obtenção desses dados. 15 No caso das Fundações o montante de recursos financeiros indicado para cada Câmpus na tabela 2.1 corresponde às despesas efetuadas no ano de 2012. Este procedimento foi adotado considerando o objetivo da pesquisa que é medir os impactos econômicos e financeiros dos recursos que as unidades da UNESP movimentam (gastam) nos municípios. Assim, do ponto de vista da metodologia utilizada, é mais adequado contabilizar os gastos das Fundações no referido ano ao invés de suas receitas. 24 TABELA 2.4 - UNESP - Comparação entre o Total dos Recursos Financeiros Movimentados e Algumas Categorias da Receita dos Municípios - 2012 - Em R$ (1) MUNICÍPIOS Recursos UNESP (*) (A) Araçatuba 99.811.430,37 Araraquara 422.609.839,77 Receita Transferências Tributária Intergovernamentais(**) (E)=A/B Própria (C) (D) 86.547.472,91 79.007.770,35 23,62% Receita Total (B) (%) (F)=A/C (G)=A/D 115,33% 126,33% 156.918.181,93 538.233.712,62 109.995.737,14 83.297.749,42 29,15% 142,66% 188,38% Assis 46.933.988,38 202.714.495,05 31.136.174,66 42.624.373,74 23,15% 150,74% 110,11% Bauru 109.168.211,00 867.023.698,13 180.710.960,71 110.207.604,27 12,59% 60,41% 99,06% Botucatu 576.921.012,75 267.395.044,05 48.419.614,69 52.265.550,18 215,76% 1191,50% 1103,83% Dracena Franca 8.513.658,70 84.490.800,08 12.951.629,64 24.693.451,31 10,08% 65,73% 34,48% 28.988.669,13 464.753.597,16 113.460.757,90 89.707.149,48 6,24% 25,55% 32,31% Guaratinguetá 53.104.224,33 229.611.930,91 40.157.097,54 44.870.790,09 23,13% 132,24% 118,35% Ilha Solteira 79.867.476,88 111.362.479,96 5.194.449,82 16.506.067,48 71,72% 1537,55% 483,87% Itapeva Jaboticabal Marília Ourinhos 5.865.331,70 212.628.713,44 19.311.766,85 36.950.607,66 2,76% 30,37% 15,87% 120.316.671,66 157.636.260,08 34.794.369,82 36.352.134,45 76,33% 345,79% 330,98% 52.920.680,17 542.132.029,07 98.979.777,54 77.238.232,77 9,76% 53,47% 68,52% 12,54% 5.624.049,84 260.849.943,43 41.600.749,43 44.833.632,75 2,16% 13,52% 61.384.473,26 450.634.059,62 116.696.964,03 83.560.146,24 13,62% 52,60% 73,46% Registro 8.979.966,05 117.511.393,82 16.695.751,55 27.621.529,22 7,64% 53,79% 32,51% Rio Claro 100.359.012,34 420.981.466,58 99.250.508,73 77.340.948,94 23,84% 101,12% 129,76% 4.409.075,43 61.426.628,98 2.937.784,70 13.032.554,20 7,18% 150,08% 33,83% São José do Rio Preto 62.776.774,00 1.116.439.689,69 272.647.436,68 133.092.072,79 5,62% 23,02% 47,17% São José dos Campos 28.867.315,74 2.023.282.666,19 457.222.555,01 148.797.431,58 1,43% 6,31% 19,40% 8.783.891,76 718.838.541,33 190.096.504,17 76.239.696,11 1,22% 4,62% 11,52% 12.070.508,27 1.745.468.499,93 438.651.352,23 155.603.407,79 0,69% 2,75% 7,76% 5.431.159,75 117.716.402,56 25.065.434,20 31.020.006,52 4,61% 21,67% 17,51% 1.638.015.763,44 11.133.741.892,46 2.442.524.849,93 1.484.862.907,33 14,71% 67,06% 110,31% Presidente Prudente Rosana São Vicente Sorocaba Tupã TOTAL FONTE: Prefeituras Municipais e Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). (*) - Total de recursos financeiros movimentados (recursos do ICMS+recursos próprios+recursos de convênios) (**) - Fundo de Participação dos Municípios (FPM) + IPVA Estes números relativos à UNESP ganham maior significado quando inseridos no contexto da economia dos municípios onde estão localizadas suas unidades. Considerando que em sua maioria são cidades de médio e grande porte e com estruturas produtivas bastante dinâmicas, isto lhes permite que o montante da quota-parte do ICMS represente, em média, mais de 23% de sua receita total (tabela 2.2). Este indicador demonstra a importância da UNESP na medida em que o valor dos recursos deste imposto que retorna através da universidade (R$ 1,2 bilhão) representa 47% do valor que retorna para os 22 municípios via quota-parte (R$ 2,6 bilhões) (Tabela 2.3 - coluna F). A tabela 2.5 indica o valor adicionado gerado pelas 20 maiores empresas de cada um dos 22 municípios pesquisados onde existem Câmpus da UNESP. As empresas foram agregadas em quatro diferentes grandezas que representam sua posição, em ordem decrescente, na geração do valor adicionado. Sabendo-se que, em termos conceituais, o valor adicionado corresponde ao Produto Interno Bruto municipal, ou seja, à quantidade de riqueza gerada em um determinado período de tempo, em 2012, os recursos movimentados pela UNESP representaram 4,90% do valor adicionado das cinco maiores empresas do conjunto dos municípios (coluna F) e, 3,59% do valor gerado pelas vinte maiores (coluna I). Isto demonstra a relevância do fluxo de recursos que a UNESP movimenta se considerarmos o dinamismo da estrutura produtiva de municípios como São José dos Campos, Sorocaba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Franca, Araraquara, Araçatuba, Bauru, Guaratinguetá, Marília e Botucatu onde são gerados os maiores montantes de valor adicionado dentre as cidades que abrigam os Câmpus da UNESP. 25 26 28.988.669,13 53.104.224,33 79.867.476,88 Franca Guaratinguetá Ilha Solteira 5.431.159,75 1.638.015.763,44 33.456.912.399,07 99.090.851,26 5.571.795.857,99 417.329.912,18 13.416.639.145,41 2.041.995.477,02 1.129.620.061,84 1.555.978.135,08 331.297.114,36 475.634.154,85 480.555.305,74 625.959.695,88 392.820.023,57 157.332.852,20 1.470.401.449,01 583.838.854,30 444.671.223,41 63.739.629,36 992.391.295,79 959.863.726,63 328.721.157,25 1.414.469.244,17 502.767.231,78 5 maiores (B) 39.259.254.965,06 141.386.722,50 6.799.001.527,98 580.431.392,79 14.346.183.111,46 2.500.232.908,99 1.152.515.691,68 1.973.834.497,24 371.003.015,17 569.901.999,21 653.814.384,46 926.308.070,14 507.964.445,78 212.844.755,84 1.501.711.975,64 658.264.244,75 645.078.858,29 92.616.146,53 1.236.721.111,05 1.401.108.362,03 425.833.124,76 1.811.655.450,27 750.843.168,51 10 maiores (C) 43.002.529.037,28 165.506.275,01 7.701.773.515,09 689.808.620,68 14.933.510.518,64 2.799.734.710,25 1.165.982.870,71 2.253.595.995,34 400.858.726,16 656.121.606,24 739.270.029,71 1.103.148.701,71 576.632.224,35 242.545.064,68 1.516.950.525,51 719.643.577,17 769.285.825,70 109.167.321,00 1.401.024.554,90 1.618.366.923,50 525.846.146,96 2.066.989.439,90 846.765.864,05 15 maiores (D) Valor Adicionado (*) 45.685.887.355,87 181.512.693,88 8.322.429.256,24 778.104.704,82 15.352.479.929,93 2.991.821.805,39 1.176.225.767,08 2.473.430.328,30 424.855.814,14 712.049.907,58 788.285.729,65 1.215.428.467,79 617.593.891,46 267.220.943,71 1.526.898.549,26 765.237.538,90 867.539.203,90 123.253.426,94 1.497.033.591,81 1.773.787.266,96 549.331.780,26 2.249.370.861,07 1.031.995.896,81 20 maiores (E) 86.049.722.396,84 588.814.552,77 14.105.812.298,71 1.499.812.980,41 26.242.817.235,39 5.620.347.727,99 1.203.975.303,83 5.464.792.883,10 711.975.950,41 2.422.294.948,91 1.333.916.505,14 2.806.994.151,94 1.317.071.330,51 806.124.052,21 1.680.523.523,80 1.609.349.096,66 3.232.350.029,89 352.152.648,40 2.366.519.573,49 4.391.384.755,75 932.093.220,73 4.052.920.470,40 3.307.679.156,43 Valor Adicionado Total do Município (F) (**) FONTE: Prefeituras Municipais, Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP e Diretorias Administrativas das Unidades Universitárias. (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). (*) - Para alguns municípios a distribuição do valor adicionado entre as 5, 10, 15 e 20 maiores empresas foi estimada tendo como referência o ano de 2011. (**) - O montante do VA total dos municípios é relativo ao ano de 2012. São valores provisórios informados pela Secretaria da Fazenda de São Paulo. TOTAL Tupã 8.783.891,76 12.070.508,27 Sorocaba 28.867.315,74 São Vicente 62.776.774,00 São José dos Campos 4.409.075,43 São José do Rio Preto Rosana 8.979.966,05 100.359.012,34 Rio Claro 61.384.473,26 5.624.049,84 52.920.680,17 120.316.671,66 Registro Presidente Prudente Ourinhos Marília Jaboticabal 5.865.331,70 8.513.658,70 Dracena Itapeva 109.168.211,00 576.921.012,75 46.933.988,38 Assis Botucatu 156.918.181,93 Araraquara Bauru 99.811.430,37 Recursos UNESP (A) Araçatuba MUNICÍPIOS 4,90 5,48 0,22 2,10 0,22 3,07 0,39 6,45 2,71 12,91 1,17 8,45 30,63 3,73 5,43 9,10 6,52 13,36 58,13 11,37 14,28 11,09 19,85 (F)=A/B 4,17 3,84 0,18 1,51 0,20 2,51 0,38 5,08 2,42 10,77 0,86 5,71 23,69 2,76 5,32 8,07 4,49 9,19 46,65 7,79 11,02 8,66 13,29 (G)=A/C TABELA 2.5 - COMPARAÇÃO ENTRE O TOTAL DE RECURSOS MOVIMENTADOS PELA UNESP E O VALOR ADICIONADO DAS VINTE MAIORES EMPRESAS DOS MUNICÍPIOS - 2012 - EM R$ (1) 3,81 3,28 0,16 1,27 0,19 2,24 0,38 4,45 2,24 9,36 0,76 4,80 20,87 2,42 5,27 7,38 3,77 7,80 41,18 6,75 8,93 7,59 11,79 (H)=A/D % 3,59 2,99 0,15 1,13 0,19 2,10 0,37 4,06 2,11 8,62 0,71 4,35 19,48 2,19 5,23 6,94 3,34 6,91 38,54 6,15 8,54 6,98 9,67 (I)=A/E 1,90 0,92 0,09 0,59 0,11 1,12 0,37 1,84 1,26 2,53 0,42 1,89 9,14 0,73 4,75 3,30 0,90 2,42 24,38 2,49 5,04 3,87 3,02 (J)=A/F A relação entre os recursos da UNESP e o valor adicionado gerado pelas maiores empresas, quando tomada em valores absolutos para o conjunto dos 22 municípios, resulta em valores percentuais não muito significativos desde que em alguns desses municípios, o valor adicionado gerado é muito superior ao dos demais. São José dos Campos, por exemplo, gerou, em 2012, um montante de valor adicionado superior a cinco vezes ao de São José do Rio Preto e 37 vezes maior do que o de Registro. Esta relação é pouco significativa quando são tomados conjuntamente os 22 municípios. No entanto, adquire proporções consideráveis para a maior parte deles, quando são tomados isoladamente (Ver tabela 2.5). Em Botucatu, Jaboticabal e Araçatuba, o montante dos recursos movimentados pelos Câmpus da UNESP representam, respectivamente, 58,13%, 30,63%, 19,85% do valor adicionado gerado pelas cinco maiores empresas desses municípios. Esta relação também é expressiva em Araraquara, Bauru e Presidente Prudente considerando que, em 2012, as atividades econômicas dessas cidades geraram um montante de valor adicionado de R$ 4 bilhões na primeira; 4,3 bilhões na segunda, R$ 2,4 bilhões na terceira. Sabendo-se que, em 2012, as cinco maiores empresas dos 20 municípios16 geraram um valor adicionado igual a R$ 14,4 bilhões17 e que, no mesmo ano, o montante de recursos da UNESP totalizou R$ 1,6 bilhão, isto significa que, em valores monetários, a existência da UNESP injetou um total de recursos equivalente a 11% da geração de riqueza dessas empresas. É necessário agregar ainda os gastos efetuados pelos alunos. Em cada um dos Câmpus foi realizada uma pesquisa18 para dimensionar os gastos dos alunos dos cursos de graduação e pósgraduação.19 As tabelas 2.6, 2.7, 2.8 e 2.9 apresentam os seus principais resultados. Na tabela 2.6, o gasto mensal (coluna C) foi calculado com base no gasto médio per capita (coluna A) multiplicado pelo número de alunos (coluna B). O gasto anual (coluna D) foi obtido da seguinte forma: as despesas mensais com aluguel, manutenção da casa e cursos foram multiplicados por 12 meses, enquanto as demais despesas com alimentação, transportes, lazer e outros gastos foram multiplicados por 10 meses. 16 Para efeito desta comparação excluímos São José dos Campos e Sorocaba desde que o elevado montante de valor adicionado gerado nestes municípios, relativamente aos demais, provoca distorções expressivas na análise comparativa entre os indicadores Recursos UNESP e Valor Adicionado. Para efeito de manutenção da equivalência comparativa também não foram considerados os valores dos recursos movimentados pelas unidades universitárias da UNESP existentes nestas cidades. 17 Este número foi obtido somando o valor adicionado gerado pelas cinco maiores empresas de cada um dos 20 municípios. 18 A pesquisa com os alunos foi realizada entre os meses de maio e agosto de 2013. Portanto, são informações obtidas recentemente não sendo necessário adotar nenhum procedimento de atualização monetária. 19 Por meio de questionário procurou-se mensurar o gasto médio mensal per capita. Foram consideradas como principais despesas: aluguel, manutenção, alimentação, transportes, material didático, vestuário, lazer, cursos (língua e/ou informática). Ainda com relação à pesquisa realizada com os alunos é necessário esclarecer três aspectos metodológicos: 1 – O questionário foi enviado via internet para uma amostra pré-selecionada de 10% do universo dos alunos de graduação com uma distribuição proporcional ao número de alunos por curso e por série, totalizando 3400 questionários; 2 - para efeito da projeção do gasto total dos estudantes da UNESP em cada um dos municípios considerou-se o número total de alunos (inclusive aqueles cujas famílias residem na cidade). Este procedimento justifica-se pelo fato de que na inexistência das unidades da UNESP nestas cidades, os alunos que são originários teriam que se deslocar para outros municípios para estudar. Dessa forma, realizariam despesas em outras localidades. Em outras palavras, os alunos cujas famílias residem nos municípios onde estudam também realizam gastos e, portanto, devem ser considerados para efeito dos objetivos da pesquisa; e, 3 – tendo como parâmetros os dados das pesquisas realizadas em 2002 e 2008 estimou-se que o montante dos gastos dos alunos dos cursos de pós-graduação equipara-se ao dos alunos de graduação. 27 28 291,60 384,15 355,03 322,47 369,91 334,14 346,30 276,29 338,65 316,53 194,50 332,00 365,83 309,85 206,67 364,46 331,20 349,38 348,68 260,00 325,56 Assis Bauru Botucatu Dracena Franca Guaratinguetá Ilha Solteira Itapeva Jaboticabal Marília Ourinhos Presidente Prudente Registro Rio Claro Rosana São José do Rio Preto São José dos Campos São Vicente Sorocaba Tupã MÉDIA 102,42 92,90 98,99 90,89 97,26 108,12 93,50 92,66 92,75 98,59 64,25 109,81 99,88 132,85 99,08 96,24 102,98 92,94 137,34 109,96 98,96 91,16 244,53 244,44 240,00 197,84 287,96 325,43 189,38 211,43 219,00 240,52 242,50 220,34 236,99 242,86 252,63 228,81 231,74 225,57 241,59 283,20 265,44 244,55 307,50 R$ Alimentação 122,82 106,44 221,45 117,08 131,23 125,84 165,23 127,45 92,78 118,57 103,12 107,41 109,73 108,82 105,56 114,12 120,74 108,72 139,68 125,85 116,30 119,77 116,21 R$ Transportes 118,84 92,89 120,09 80,63 104,12 238,47 98,89 102,12 78,33 109,48 82,01 103,42 124,63 115,34 102,61 115,52 150,35 115,94 119,63 138,98 123,95 143,66 153,50 R$ Cursos 89,15 56,71 79,92 71,30 323,00 95,88 75,96 85,27 50,95 65,47 70,57 74,48 68,51 74,13 83,21 79,96 68,31 76,90 89,35 60,48 96,31 103,75 110,79 R$ Mat. Didático 102,22 81,35 136,54 108,75 89,49 101,58 95,56 97,08 92,73 96,11 95,00 99,91 105,64 92,53 97,50 108,16 107,84 93,74 114,08 117,85 102,66 95,16 119,58 R$ Lazer 107,78 83,42 95,21 64,54 410,00 189,88 85,20 84,22 65,56 82,89 72,50 75,24 82,97 106,06 78,84 88,01 113,17 91,88 101,15 105,05 82,27 79,70 133,43 R$ Outros 1.213,32 1.018,15 1.340,89 1.080,40 1.774,26 1.549,66 1.010,39 1.110,09 1.057,93 1.143,63 924,45 1.107,15 1.167,01 1.148,88 1.165,73 1.164,96 1.265,04 1.128,16 1.297,85 1.325,52 1.177,49 1.265,63 1.469,75 R$ - (A) Total 45.881 327 619 212 515 2.849 170 3.766 217 3.326 279 2.798 3.090 205 2.934 2.435 2.003 212 5.281 5.718 2.118 5.721 1.086 Alunos (*) - (B) Número de 57.097.656,08 332.936,68 830.008,87 229.044,80 913.743,90 4.414.974,21 171.765,73 4.180.590,71 229.570,54 3.803.711,08 257.921,55 3.097.795,89 3.606.046,02 235.519,39 3.420.262,31 2.836.676,44 2.533.868,31 239.170,27 6.853.959,34 7.579.349,99 2.493.917,69 7.240.669,01 1.596.153,35 R$ - (C) = A x B Gasto mensal 624.490.539,22 3.620.914,23 9.002.977,08 2.511.305,36 9.685.996,40 48.201.298,19 1.853.336,60 45.606.825,41 2.528.724,32 41.629.647,71 2.769.359,58 33.942.511,86 39.540.783,55 2.570.229,82 37.418.218,10 31.025.297,40 27.835.383,23 2.616.995,84 75.003.546,38 83.033.570,38 27.118.620,39 79.531.625,40 17.443.371,97 R$ - (D) Gasto anual (**) (*) - Total dos alunos da graduação e da pós-graduação. Fonte: Anuário Estatístico da UNESP -2007 - APLO - Reitoria. (**) - Os gastos mensais com aluguel, manutenção da casa e cursos de língua e/ou informática foram multiplicados por 12 meses, enquanto os demais gastos (alimentação, transportes, lazer,etc.) foram multiplicados por 10 meses. TOTAL 387,88 Araraquara R$ 152,04 R$ 376,70 Manutenção Aluguel Araçatuba CAMPUS TABELA 2.6 - UNESP - DISTRIBUIÇÃO DOS GASTOS DOS ALUNOS - 2012 - EM R$ (1) Evidentemente que o montante mensal e anual dos gastos dos alunos em cada Câmpus diferencia-se em função do número de alunos. Em 2012, o esses gastos, ou seja, R$ 624,5 milhões representaram 78,2% da arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) (coluna D) e 91% do valor das receitas municipais relativas ao IPVA (coluna E) (Tabela 2.7). Em três das 22 cidades, os gastos anuais dos alunos superaram a soma do montante arrecadado com o IPVA e com o FPM20. TABELA 2.7 - COMPARAÇÃO ENTRE OS GASTOS DOS ALUNOS DA UNESP E ALGUMAS CATEGORIAS DA RECEITA MUNICIPAL - 2012 - EM R$ Gasto anual Fundo de Participação IPVA dos alunos (A) dos Municípios (B) (C) % MUNICÍPIOS (D)=A/B (E)=A/C Araçatuba 17.443.371,97 48.241.272,29 30.766.498,06 36,16 56,70 Araraquara 79.531.625,40 48.241.272,29 35.056.477,13 164,86 226,87 Assis 27.118.620,39 29.767.071,78 12.857.301,96 91,10 210,92 Bauru 83.033.570,38 48.241.272,29 61.966.331,98 172,12 134,00 Botucatu 75.003.546,38 33.736.014,71 18.529.535,46 222,32 404,78 Dracena 2.616.995,84 19.001.555,43 5.691.895,88 13,77 45,98 Franca 27.835.383,23 48.241.272,29 41.465.877,19 57,70 67,13 Guaratinguetá 31.025.297,40 31.751.543,20 13.119.246,88 97,71 236,49 Ilha Solteira 37.418.218,10 13.891.300,16 2.614.767,32 269,36 1431,03 2.570.229,82 27.782.600,31 9.168.007,35 9,25 28,03 Jaboticabal 39.540.783,55 25.798.134,82 10.553.999,63 153,27 374,65 Marília 33.942.511,86 46.191.604,77 31.046.628,00 73,48 109,33 2.769.359,58 31.751.543,29 13.082.089,46 8,72 21,17 41.629.647,71 48.241.272,29 35.318.873,95 86,29 117,87 Registro 2.528.724,32 21.829.185,97 5.792.343,25 11,58 43,66 Rio Claro 45.606.825,41 48.241.272,29 29.099.676,65 94,54 156,73 1.853.336,60 11.906.828,72 1.125.725,48 15,57 164,63 São José do Rio Preto 48.201.298,19 48.241.272,29 84.850.800,50 99,92 56,81 São José dos Campos 9.685.996,40 48.241.272,29 100.556.159,29 20,08 9,63 São Vicente 2.511.305,36 48.241.272,29 27.998.423,82 5,21 8,97 Sorocaba 9.002.977,08 48.241.272,29 107.362.135,50 18,66 8,39 Tupã 3.620.914,23 22.801.866,54 8.218.139,98 15,88 44,06 624.490.539,22 798.621.972,61 686.240.934,73 78,20 91,00 Itapeva Ourinhos Presidente Prudente Rosana TOTAL (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). Dado que, em 2012, as despesas com pessoal e reflexos do conjunto dos Câmpus pesquisados foram de quase R$ 1,1 bilhão, isto significa que o montante dos gastos dos alunos (R$ 624,5 milhões), representou 57,28% daquele total. A relevância deste montante fica evidenciada quando se constata que ele corresponde ao somatório das despesas com pessoal e reflexos dos professores e funcionários dos Câmpus Araraquara, Assis, Bauru, Franca, Guaratinguetá, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro, Jaboticabal e São José do Rio Preto. 20 Estas cidades são: Botucatu, Ilha Solteira e Jaboticabal. 29 Admitindo-se que os servidores da UNESP transformam integralmente seus salários em gastos de consumo21 e somando-se a folha de salários de todos os Câmpus com os gastos dos alunos (R$1,1 bilhão + R$ 624,5 milhões) temos um montante de R$ 1,7 bilhão que representa os gastos de consumo dos professores, funcionários e alunos da UNESP. Estimando-se que, em média, 40% das receitas dos municípios onde existem unidades da UNESP são gastos com o pagamento da folha de salários dos funcionários municipais - aproximadamente R$ 4,4 bilhões que são transformados em despesas de consumo - pode-se inferir que a soma dos gastos dos servidores e dos alunos da UNESP representa 38,6 % dos gastos de consumo de todos os funcionários das prefeituras das cidades onde os Câmpus da UNESP estão localizados. TABELA 2.8 - UNESP - DISTRIBUIÇÃO DOS GASTOS DOS ALUNOS - 2012 - EM % CÂMPUS Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Mat. Didático Lazer Outros TOTAL Araçatuba 25,63 10,34 20,92 7,91 10,44 7,54 8,14 9,08 100,00 Araraquara 30,65 7,20 19,32 9,46 11,35 8,20 7,52 6,30 100,00 Assis 24,76 8,40 22,54 9,88 10,53 8,18 8,72 6,99 100,00 Bauru 28,98 8,30 21,37 9,49 10,49 4,56 8,89 7,93 100,00 Botucatu 27,35 10,58 18,61 10,76 9,22 6,88 8,79 7,79 100,00 Dracena 28,58 8,24 19,99 9,64 10,28 6,82 8,31 8,14 100,00 Franca 29,24 8,14 18,32 9,54 11,88 5,40 8,52 8,95 100,00 Guaratinguetá 28,68 8,26 19,64 9,80 9,92 6,86 9,28 7,55 100,00 Ilha Solteira 29,71 8,50 21,67 9,06 8,80 7,14 8,36 6,76 100,00 Itapeva 24,05 11,56 21,14 9,47 10,04 6,45 8,05 9,23 100,00 Jaboticabal 29,02 8,56 20,31 9,40 10,68 5,87 9,05 7,11 100,00 Marília 28,59 9,92 19,90 9,70 9,34 6,73 9,02 6,80 100,00 Ourinhos 21,04 6,95 26,23 11,15 8,87 7,63 10,28 7,84 100,00 Presidente Prudente 29,03 8,62 21,03 10,37 9,57 5,72 8,40 7,25 100,00 Registro 34,58 8,77 20,70 8,77 7,40 4,82 8,77 6,20 100,00 Rio Claro 27,91 8,35 19,05 11,48 9,20 7,68 8,75 7,59 100,00 Rosana 20,45 9,25 18,74 16,35 9,79 7,52 9,46 8,43 100,00 São José do Rio Preto 23,52 6,98 21,00 8,12 15,39 6,19 6,55 12,25 100,00 São José dos Campos 18,67 5,48 16,23 7,40 5,87 18,20 5,04 23,11 100,00 São Vicente 32,34 8,41 18,31 10,84 7,46 6,60 10,07 5,97 100,00 Sorocaba 26,00 7,38 17,90 16,52 8,96 5,96 10,18 7,10 100,00 Tupã 25,54 9,12 24,01 10,45 9,12 5,57 7,99 8,19 100,00 Média 27,01 8,51 20,32 10,25 9,75 7,11 8,55 8,48 100,00 A tabela 2.8 mostra que, percentualmente, na média dos Câmpus, os gastos mais significativos dos alunos ocorrem com aluguel (27,01%) e com alimentação (20,32%). Merece destaque as despesas com aluguel, desde que, o gasto anual com este item - R$ 153 milhões no conjunto das cidades - movimenta o mercado imobiliário por meio do aluguel de casas para a constituição de “repúblicas” (tabela 2.9 - coluna F). Os dados obtidos a partir dos questionários respondidos pelos alunos permitem estimar que, em 2012, nos 22 municípios o número de casas alugadas para os estudantes da UNESP foi de 10.125 (Tabela 2.9 – coluna H). 21 Este pressuposto não representa os distintos comportamentos das pessoas quanto à utilização dos respectivos salários. No entanto, várias pesquisas indicam que indivíduos ou famílias com distintos níveis de remuneração empenham, em média, 80% de sua renda em gastos de consumo. 30 TABELA 2.9 - UNESP - IMPACTOS DOS GASTOS DOS ALUNOS NO MERCADO IMOBILIÁRIO - 2012 CÂMPUS % dos Total alunos que de pagam alunos aluguel (A) (*) (B) Total de alunos que pagam aluguel (C) = A x B Média do gasto com aluguel por aluno - R$ (D) Gasto total mensal - R$ (E) = C x D Gasto total anual - R$ (F) = E x 12 Média de Quantidade Custo Médio alunos de casas por casa - R$ por casa alugadas (I) = E / H (G) (H) = C / G Araçatuba 92,31 1.086 1.002 376,70 377.631,68 4.531.580,13 2,9 349 1.081,14 Araraquara 85,96 5.721 4.918 387,88 1.907.614,25 22.891.371,06 3,0 1.650 1.155,88 Assis 82,98 2.118 1.757 291,60 512.488,00 6.149.855,98 3,4 522 982,70 Bauru 77,23 5.718 4.416 384,15 1.696.360,76 20.356.329,10 3,2 1.380 1.229,28 Botucatu 88,52 5.281 4.675 355,03 1.659.746,39 19.916.956,69 4,5 1.041 1.594,07 Dracena 92,31 212 196 322,47 63.105,22 757.262,70 4,5 43 1.451,12 Franca 76,74 2.003 1.537 369,91 568.592,19 6.823.106,25 3,5 435 1.305,79 Guaratinguetá 76,19 2.435 1.855 334,14 619.909,26 7.438.911,09 8,0 232 2.673,12 Ilha Solteira 86,15 2.934 2.528 346,30 875.356,72 10.504.280,67 3,4 741 1.180,88 Itapeva 57,69 205 118 276,29 32.676,10 392.113,19 4,9 24 1.342,75 Jaboticabal 82,46 3.090 2.548 338,65 862.842,32 10.354.107,81 5,3 478 1.805,00 Marília 74,97 2.798 2.098 316,53 663.979,50 7.967.754,02 2,7 786 845,14 Ourinhos 85,69 279 239 194,50 46.500,11 558.001,28 3,8 64 729,38 Presidente Prudente 75,63 3.326 2.515 332,00 835.127,35 10.021.528,22 4,4 569 1.467,43 Registro 90,91 217 197 365,83 72.168,28 866.019,38 5,3 37 1.938,90 Rio Claro 68,38 3.766 2.575 309,85 797.932,29 9.575.187,49 4,2 613 1.301,39 Rosana 95,23 170 162 206,67 33.457,47 401.489,68 4,3 38 888,67 São José do Rio Preto 68,66 2.849 1.956 364,46 712.875,21 8.554.502,54 2,6 752 947,58 São José dos Campos 60,33 515 311 331,20 102.909,36 1.234.912,32 2,5 124 828,00 São Vicente 90,31 212 191 349,38 66.888,65 802.663,80 4,4 44 1.537,25 Sorocaba 76,92 619 476 348,68 166.026,19 1.992.314,27 3,4 140 1.185,52 Tupã 90,57 327 296 260,00 77.002,61 924.031,37 4,8 62 1.248,00 45.881 36.568 12.751.190 153.014.279,03 TOTAL MÉDIA 80,73 325,56 10.125 4,04 1.305,41 (*) - Do número total dos alunos da graduação foram subtraídos 347 que correspondem a um percentual estimado dos alunos dos cursos noturnos que residem em cidades próximas do local onde estudam e viajam todos os dias. Esta estimativa foi baseada no percentual dos alunos que reponderam o questionário e que viajam todos os dias. Esta condição permite supor que estes alunos realizam um gasto pouco significativo nas cidades em que estudam. Também é preciso considerar que os valores monetários movimentados nos Câmpus da UNESP não são gastos integralmente nos respectivos municípios uma vez que algumas empresas fornecedoras de produtos e de serviços estão localizadas em outras cidades. Da mesma forma, é plausível admitir que os docentes e os servidores técnico-administrativos da UNESP, não gastam a totalidade de seus salários na cidade22. Considerando estas estimativas, é possível afirmar que dos R$ 1,6 bilhão que os Câmpus da UNESP movimentaram em 2012, R$ 1,3 bilhão (80%) foram efetivamente gastos nos 22 municípios nos quais eles estão localizados (coluna B - Tabela 2.10). Somando-se este valor com os gastos dos alunos, as unidades da UNESP foram responsáveis pela circulação de R$ 1,9 bilhão pelos setores da economia destes municípios (coluna D – Tabela 2.10). Valor que representou 41,67% do ICMS arrecadado (coluna G) e 17,38% da receita total dos municípios (coluna H). Se isolarmos os municípios de 22 Pesquisa desenvolvida no Câmpus de Araraquara constatou que o coeficiente de gasto salarial dos docentes no município é de 78%. Para os funcionários este coeficiente é próximo de 90%. Ver: FREITAS JR., Paulo Fernandes - A Inserção Socioeconômica da UNESP no Município de Araraquara: O Coeficiente de Gastos Salariais da Comunidade Universitária. Monografia de Conclusão do Curso de Ciências Econômicas. Faculdade de Ciências e Letras. Araraquara. 1997. 31 São José dos Campos e de Sorocaba pelas razões já apontadas, estas participações relativas alcançam, respectivamente, 70,4% e 25,5%. TABELA 2.10 - UNESP - Estimativa dos Recursos Financeiros Injetados Comparação com a Arrecadação Municipal - 2012 - Em R$ (1) CÂMPUS Recursos da UNESP (*) (A) 80% de (A) (B) Araçatuba 99.811.430,37 79.849.144,30 Araraquara Gasto anual dos alunos (C) Recursos ICMS injetados (B+C) arrecadado (**) (D) (E) 17.443.371,97 97.292.516,26 103.146.208,61 Receita municipal (F) 422.609.839,77 (%) (G)=D/E (H)=D/F 94,32 23,02 156.918.181,93 125.534.545,54 79.531.625,40 205.066.170,95 270.198.058,04 538.233.712,62 75,89 38,10 Assis 46.933.988,38 37.547.190,71 27.118.620,39 64.665.811,10 54.902.575,48 202.714.495,05 117,78 31,90 Bauru 109.168.211,00 87.334.568,80 83.033.570,38 170.368.139,19 349.201.438,13 867.023.698,13 48,79 19,65 Botucatu 576.921.012,75 461.536.810,20 75.003.546,38 536.540.356,57 63.111.261,69 267.395.044,05 850,15 200,65 Dracena Franca 8.513.658,70 6.810.926,96 2.616.995,84 9.427.922,80 15.863.625,24 84.490.800,08 59,43 11,16 28.988.669,13 23.190.935,30 27.835.383,23 51.026.318,54 212.312.631,96 464.753.597,16 24,03 10,98 Guaratinguetá 53.104.224,33 42.483.379,47 31.025.297,40 73.508.676,87 168.608.572,96 229.611.930,91 43,60 32,01 Ilha Solteira 79.867.476,88 63.893.981,50 37.418.218,10 101.312.199,60 2.678.409,14 111.362.479,96 3782,55 90,98 5.865.331,70 4.692.265,36 2.570.229,82 7.262.495,18 36.130.031,61 212.628.713,44 20,10 3,42 Itapeva Jaboticabal Marília Ourinhos Presidente Prudente 120.316.671,66 96.253.337,33 39.540.783,55 135.794.120,87 42.079.671,77 157.636.260,08 322,71 86,14 52.920.680,17 42.336.544,14 33.942.511,86 76.279.055,99 286.519.186,26 542.132.029,07 26,62 14,07 5.624.049,84 4.499.239,87 2.769.359,58 7.268.599,45 90.421.059,18 260.849.943,43 8,04 2,79 61.384.473,26 49.107.578,61 41.629.647,71 90.737.226,32 103.573.045,08 450.634.059,62 87,61 20,14 Registro 8.979.966,05 7.183.972,84 2.528.724,32 9.712.697,16 18.812.671,86 117.511.393,82 51,63 8,27 Rio Claro 100.359.012,34 80.287.209,87 45.606.825,41 125.894.035,29 451.388.807,08 420.981.466,58 27,89 29,90 Rosana 4.409.075,43 3.527.260,35 1.853.336,60 5.380.596,95 1.212.215,82 61.426.628,98 443,86 8,76 São José do Rio Preto 62.776.774,00 50.221.419,20 48.201.298,19 98.422.717,39 354.323.203,11 1.116.439.689,69 27,78 8,82 São José dos Campos 28.867.315,74 23.093.852,59 9.685.996,40 32.779.848,99 917.010.726,25 2.023.282.666,19 3,57 1,62 8.783.891,76 7.027.113,41 2.511.305,36 9.538.418,77 31.244.475,42 718.838.541,33 30,53 1,33 São Vicente Sorocaba Tupã TOTAL 12.070.508,27 9.656.406,62 9.002.977,08 18.659.383,70 1.051.575.627,79 1.745.468.499,93 1,77 1,07 5.431.159,75 4.344.927,80 3.620.914,23 7.965.842,04 18.573.001,98 117.716.402,56 42,89 6,77 1.638.015.763,44 1.310.412.610,75 624.490.539,22 1.934.903.149,97 4.642.886.504,46 11.133.741.892,46 41,67 17,38 FONTES: Prefeituras Municipais e Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). (*) - Total de recursos financeiros movimentados (recursos do ICMS+recursos próprios+recursos de convênios) (**) Valores estimados. Os números acima apresentados demonstram a relevância da UNESP do ponto de vista de seu impacto sobre as economias dos municípios. Ao movimentar um volume considerável de recursos financeiros a universidade contribui para dinamizá-las e este é apenas um dos enfoques entre os muitos que ainda existem para ser investigados sobre o seu significado como fonte de dinamismo econômico tanto local quanto regional. Nunca é demais lembrar que as universidades públicas, ao contrário das atividades econômicas de modo geral, exercem simultaneamente um impacto econômico estático e um impacto dinâmico sobre a economia em geral. Este último representado pela contribuição da universidade para aumentar a riqueza produzida (local, regional e nacional) graças a seu poder de formar e aperfeiçoar o capital humano que, anualmente, é incorporado à produção social do país. 32 CAPÍTULO III AS PESQUISAS REALIZADAS EM 1996, 2002, 2008 e 2013: ANÁLISE COMPARATIVA O significado dos impactos econômicos e financeiros da UNESP para os municípios também pode ser dimensionado quando são confrontados os resultados obtidos nas quatro pesquisas realizadas. Atualmente, estes impactos são mais significativos porque a UNESP cresceu. Em número de alunos, de cursos, de unidades universitárias, de disponibilidade de recursos financeiros, de prestação de serviços, de contribuição para o incremento do conhecimento científico e tecnológico resultante das pesquisas realizadas e, como consequência direta deste incremento, cresceu o número de publicações de artigos e de livros. Como já observado, a análise comparativa entre o período de 1996 a 2013, que abrange a realização das quatro pesquisas, não se aplica igualmente a todos Câmpus uma vez que, em 2002, vários deles estavam iniciando suas atividades. Para efeitos comparativos os valores monetários relativos aos anos de 1996, 2001, 2007 e 2012, adotados como base dos dados trabalhados nas quatro pesquisas, foram atualizados para junho de 2013 por meio da utilização do indexador IPCA (IBGE). Procedimento que permite confrontar os resultados no intervalo de tempo entre as quatro pesquisas. Os recursos monetários movimentados pelos Câmpus da UNESP cresceram significativamente entre os anos de 1996 e 2012. Somando o valor de todas as unidades este crescimento foi de 84,05% (Tabela 3.1 – coluna E). Observe-se que os recursos não provenientes do ICMS tiveram um crescimento expressivo entre a primeira e a última pesquisa, 884,13 %23. 23 Parcela considerável destes recursos deve-se aos convênios firmados pela Faculdade de Medicina de Botucatu especialmente com o Ministério da Saúde pelos serviços de saúde prestados aos usuários do Sistema Único de Saúde. Outra parte significativa é movimentada pelas Fundações existentes em outras unidades universitárias como, por exemplo, em Jaboticabal e Ilha Solteira. 33 Os valores apresentados na tabela 3.1 permitem verificar que, em 2012, os recursos não provenientes do ICMS (R$ 407.784.245,90) representaram 24,89% do total de recursos movimentados pelos 22 Câmpus (R$ 1.638.015.763,44). Em 2007, essa participação era de 21,63%; em 2001, 13,27%, e em 1996, apenas 4,65%. Ou seja, ao longo do período de dezesseis anos a UNESP aumentou a obtenção e utilização de recursos financeiros não originários do Tesouro do Estado. Este aumento é produto de vários fatores entre eles as peculiaridades das atividades fins desenvolvidas em várias unidades universitárias particularmente associadas às pesquisas desenvolvidas, à prestação de serviços e à realização de convênios com instituições públicas e privadas. Parcela considerável dos recursos não provenientes do ICMS provém da Faculdade de Medicina de Botucatu em razão dos convênios assinados com órgãos públicos na área de saúde. Embora com valores menores, merecem também destaque os recursos movimentados pelas Fundações existentes nos Câmpus de Jaboticabal e de Ilha Solteira que somados movimentaram em 2012 um montante de R$ 23,5 milhões. TABELA 3.1 - UNESP - RECURSOS FINANCEIROS MOVIMENTADOS - EM R$ (1) CÂMPUS TOTAL DE RECURSOS TOTAL DE RECURSOS TOTAL DE RECURSOS VARIAÇÃO (%) VARIAÇÃO (%) 1996 (A) 2001 (B) Araçatuba 38.335.827,54 50.034.947,21 2007 (C) 2012 (D) E=(D/A) F=(D/C) 53.551.829,12 99.811.430,37 160,36 Araraquara 126.499.315,51 160.124.414,26 86,38 151.170.985,23 156.918.181,93 24,05 Assis 36.677.008,39 3,80 46.801.954,45 49.741.565,75 46.933.988,38 27,97 (5,64) Bauru 57.453.448,95 77.377.785,87 96.959.285,50 109.168.211,00 90,01 12,59 279.928.336,00 383.691.771,67 609.749.497,81 576.921.012,75 106,10 (5,38) - - 2.779.969,22 8.513.658,70 - 206,25 Franca 20.161.631,64 27.010.639,81 37.450.507,47 28.988.669,13 43,78 (22,59) Guaratinguetá 29.303.147,49 39.104.006,62 46.207.598,24 53.104.224,33 81,22 14,93 Ilha Solteira 41.499.588,79 49.396.376,99 62.914.191,49 79.867.476,88 92,45 26,95 - - 3.001.150,98 5.865.331,70 - 95,44 Botucatu Dracena Itapeva TOTAL DE RECURSOS Jaboticabal 73.451.760,36 97.742.831,30 110.139.861,25 120.316.671,66 63,80 9,24 Marília 28.914.380,74 38.119.718,14 45.128.374,02 52.920.680,17 83,03 17,27 77,94 Ourinhos - - 3.160.557,88 5.624.049,84 - 29.788.571,70 42.353.409,75 53.480.382,76 61.384.473,26 106,07 14,78 Registro - - 3.044.310,41 8.979.966,05 - 194,98 Rio Claro 63.099.634,20 87.664.606,68 89.983.527,24 100.359.012,34 59,05 - - 2.505.257,75 4.409.075,43 São José do Rio Preto 42.902.740,53 53.873.467,29 61.503.087,01 62.776.774,00 46,32 São José dos Campos 21.947.073,47 25.806.199,17 27.418.930,83 28.867.315,74 31,53 5,28 São Vicente - - 5.092.040,45 8.783.891,76 - 72,50 Sorocaba - - 5.359.177,91 12.070.508,27 - 125,23 Tupã - - 2.074.495,43 5.431.159,75 - 161,81 TOTAL 889.962.465,30 1.179.102.129,22 1.522.416.583,76 1.638.015.763,44 84,05 7,59 RECURSOS PROVENIENTES DO ICMS 848.526.349,62 1.022.584.022,34 1.192.978.498,73 1.230.231.517,54 44,98 3,12 RECURSOS NÃO PROVENIENTES DO ICMS 41.436.115,68 156.518.106,88 329.438.085,03 407.784.245,90 884,13 23,78 Presidente Prudente Rosana 11,53 75,99 2,07 FONTES: Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP e Diretorias Administrativas das Unidades Universitárias. (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). Entre 1996 e 2012, os recursos provenientes do ICMS (recursos do Tesouro) cresceram 44,98% (em valores absolutos de R$889,9 milhões para R$ 1,6 bilhão). Enquanto que os recursos 34 não provenientes do ICMS cresceram 884,13% (de R$ 41,4 milhões para R$ 407,7 milhões) (Tabela 3.1). Na tabela 3.2 verifica-se que entre 2007 e 2012, excluindo a arrecadação do município de Rosana que declinou, a Receita Total em todos os demais municípios onde existem unidades da UNESP cresceu 46,23%24. Nos municípios onde foram criados os Câmpus Experimentais os maiores percentuais de aumento da arrecadação tributária entre 2007 e 2012 ocorreram em Sorocaba (92,40%), São Vicente (63,44%), Tupã (61,84%) e Registro (60,21%) – (coluna D/C). Se tomarmos o período decorrido entre a primeira e a última pesquisa (1996 a 2012) e para tanto desconsiderarmos os valores relativos aos municípios que não fizeram parte das quatro pesquisas25 observa-se que, para os demais municípios, a arrecadação tributária cresceu 283,90% – (coluna D/A). Destaca-se o expressivo crescimento das receitas dos municípios de Marília (331,27 %), Bauru (212,39%), Araraquara (204,97%), São José do Rio Preto (252,10%) e Presidente Prudente (194,39%) – (coluna D/A). Com a exceção já mencionada do município de Rosana, o aumento real observado nas receitas dos demais municípios seguiu uma tendência geral dos municípios brasileiros que, a partir de 1995, deram início a uma política fiscal com o objetivo de aumentar a arrecadação de suas receitas próprias. 24 O percentual de 45,72% (D/C) existente na tabela inclui a arrecadação do município de Rosana nos dois anos referidos. 25 Dracena, Itapeva, Ourinhos, Registro, Rosana, São Vicente, Sorocaba e Tupã. 35 36 - Tupã 3.906.966.019,52 - - - 1.135.836.966,39 464.588.895,23 - 215.475.485,64 - 213.038.701,35 - 273.770.981,23 85.274.387,01 - 70.180.920,11 135.621.501,20 271.654.600,27 - 118.680.877,05 283.377.468,82 107.163.101,78 262.705.522,58 269.596.610,88 2001 - (B) Receita Total 7.640.345.648,85 72.734.266,46 907.190.091,32 439.829.945,50 1.444.809.427,72 778.551.258,04 68.298.495,14 308.670.759,86 73.346.435,12 306.594.717,68 192.831.305,12 442.553.733,35 146.580.212,24 148.667.139,52 76.197.104,76 170.786.154,56 386.614.268,00 65.190.725,30 185.422.986,85 547.013.163,73 140.522.327,28 409.728.586,88 328.212.544,43 2007 - (C) Receita Total FONTE: Execução Orçamentária - Prefeituras Municipais (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). (*) Valores estimados. 2.900.139.039,15 - Sorocaba TOTAL - 792.402.296,88 São José dos Campos São Vicente 317.081.614,89 São José do Rio Preto - 172.514.330,99 Rio Claro Rosana - 153.072.196,93 - 125.706.857,30 70.557.660,23 - Registro Presidente Prudente Ourinhos Marília Jaboticabal Itapeva 93.432.148,66 62.156.189,67 Ilha Solteira 290.800.777,40 Guaratinguetá Franca - 277.541.974,60 Bauru Dracena 82.111.983,96 Assis 94.401.849,43 176.490.235,28 Araraquara Botucatu 191.868.922,95 1996 - (A) Receita Total Araçatuba MUNICÍPIOS 11.133.741.892,46 117.716.402,56 1.745.468.499,93 718.838.541,33 2.023.282.666,19 1.116.439.689,69 61.426.628,98 420.981.466,58 117.511.393,82 450.634.059,62 260.849.943,43 542.132.029,07 157.636.260,08 212.628.713,44 111.362.479,96 229.611.930,91 464.753.597,16 84.490.800,08 267.395.044,05 867.023.698,13 202.714.495,05 538.233.712,62 422.609.839,77 2012 - (D) Receita Total 283,90 - - - 155,34 252,10 - 144,03 - 194,39 - 331,27 123,41 - 79,17 145,75 59,82 - 183,25 212,39 146,88 204,97 120,26 (D/A) Variação (%) 45,72 61,84 92,40 63,44 40,04 43,40 (10,06) 36,39 60,21 46,98 35,27 22,50 7,54 43,02 46,15 34,44 20,21 29,61 44,21 58,50 44,26 31,36 28,76 (D/C) Variação (%) 3.411.790.104,95 - - - 1.640.575.492,56 320.586.179,11 - 230.514.325,36 - 139.835.987,22 - 125.054.800,82 26.005.057,12 - 3.015.962,10 131.114.891,47 157.235.076,13 - 40.931.015,23 297.059.939,37 13.668.079,15 174.200.091,59 111.993.207,69 1996 - (E) ICMS Arrecadado 2.796.722.985,10 - - - 1.334.565.481,16 186.622.701,42 - 277.395.275,26 - 82.951.900,49 - 150.987.899,32 38.296.678,35 - 1.365.206,37 91.263.994,95 223.716.163,56 - 54.826.732,96 156.638.304,49 17.146.110,19 131.722.080,51 49.224.456,05 2001 - (F) ICMS Arrecadado TABELA 3.2 - ARRECADAÇÃO MUNICIPAL - EM R$ (1) 3.466.344.970,37 13.569.094,69 716.937.672,53 22.059.467,98 783.585.449,46 224.767.156,65 794.545,90 349.966.268,62 4.902.497,69 73.477.366,98 80.287.589,10 199.880.003,51 36.962.968,03 31.536.594,43 1.610.327,11 149.381.147,88 183.063.773,63 10.616.582,54 61.027.476,17 237.579.585,15 39.206.199,61 167.064.350,89 78.068.851,80 2007 - (G) 4.642.886.504,46 18.573.001,98 1.051.575.627,79 31.244.475,42 917.010.726,25 354.323.203,11 1.212.215,82 451.388.807,08 18.812.671,86 103.573.045,08 90.421.059,18 286.519.186,26 42.079.671,77 36.130.031,61 2.678.409,14 168.608.572,96 212.312.631,96 15.863.625,24 63.111.261,69 349.201.438,13 54.902.575,48 270.198.058,04 103.146.208,61 2012 - (H) ICMS Arrecadado ICMS Arrecadado (*) 36,08 - - - (44,10) 10,52 - 95,82 - (25,93) - 129,11 61,81 - (11,19) 28,60 35,03 - 54,19 17,55 301,68 55,11 (7,90) I = (H/E) Variação (%) 33,94 36,88 46,68 41,64 17,03 57,64 52,57 28,98 283,74 40,96 12,62 43,35 13,84 14,57 66,33 12,87 15,98 49,42 3,41 46,98 40,04 61,73 32,12 J = (H/G) Variação (%) Quanto ao comportamento do ICMS arrecadado é possível observar que entre 1996 e 2012 em dez municípios ocorreu um crescimento de sua arrecadação e em quatro houve um declínio. Considerando a arrecadação total dos catorze municípios, o crescimento foi de 36,08% (coluna I). No período decorrido entre a terceira e a quarta pesquisa observou-se um crescimento do ICMS arrecadado nas 22 cidades. No total, a arrecadação cresceu 33,94% (coluna J). Essas variações nos níveis de crescimento da arrecadação do ICMS entre os municípios dependem de vários fatores. Entre eles: o comportamento da atividade econômica de modo geral; das distintas estruturas produtivas dos municípios; de mudanças na política fiscal tais como um maior rigor nos mecanismos de fiscalização tributária; ou ainda medidas com o objetivo de aumentar a receita de impostos, entre elas, o Programa Nota Fiscal Paulista26. No entanto, uma vez que estas variações são influenciadas por inúmeras e complexas variáveis que são objeto de exaustivas análises no campo das Finanças Públicas sua análise não integra os objetivos deste trabalho. Nos mesmos períodos, a arrecadação total do ICMS no Estado de São Paulo, em valores constantes, cresceu 87,35% entre 1996 e 2012 e 29,79% entre 2007 e 2012. A análise comparativa entre os indicadores UNESP - ICMS e ICMS arrecadado (tabela 3.3) permite verificar que entre os anos de 1996 e 2012 essa relação aumentou de 24,87% (B/A) para 26,50% (H/G). Este crescimento acompanhou o movimento da arrecadação do ICMS no Estado. Em valores constantes, o montante arrecadado no Estado passou de R$ 58.275.111.602,14 em 1996 para R$ 109.179.136.257,82 em 2012. Como já observado, um crescimento de 87,35%27. 26 Os resultados das variações da arrecadação do ICMS apresentados na tabela 3.2 podem ter sofrido alguma distorção uma vez que a arrecadação do ano de 2012 é uma estimativa. 27 Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional - Execução Orçamentária de Estados (1995-2012). Os valores monetários relativos à arrecadação do ICMS no Estado de São Paulo foram atualizados para junho de 2013 – Indexador utilizado: IPCA (IBGE). 37 38 - Tupã 21,31 12,39 - 664,23 19,21 253,39 67,09 31,66 (%) (B/A) 848.526.349,62 - - - 21.081.168,88 41.676.394,73 - 60.406.905,30 - 29.245.125,33 - 28.395.154,98 70.100.272,28 - 24,87 - - - 1,28 13,00 - 26,21 - 20,91 - 22,71 269,56 - 34.297.800,66 1137,21 27.936.876,76 19.480.273,00 - 271.875.010,76 57.063.897,46 34.633.853,47 116.879.497,12 35.454.118,90 1996 - (B) UNESP - ICMS 2.796.722.985,10 - - - 1.334.565.481,16 186.622.701,42 - 277.395.275,26 - 82.951.900,49 - 150.987.899,32 38.296.678,35 - 1.365.206,37 91.263.994,95 223.716.163,56 - 54.826.732,96 156.638.304,49 17.146.110,19 131.722.080,51 49.224.456,05 2001 - (C) ICMS Arrecadado 1.022.584.022,34 - - - 25.182.006,85 52.544.267,81 - 76.322.297,65 - 40.016.160,60 - 37.585.153,69 87.381.573,98 - 43.755.018,84 37.162.821,93 25.938.795,88 - 283.235.249,65 74.560.123,13 44.476.293,38 146.310.278,05 48.113.980,89 2001 - (D) UNESP - ICMS 36,56 - - - 1,89 28,16 - 27,51 - 48,24 - 24,89 228,17 - 3205,01 40,72 11,59 - 516,60 47,60 259,40 111,07 97,74 (%) (D/C) FONTES: Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP e Execução Orçamentária - Prefeituras Municipais (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). (*) Valores estimados. 3.411.790.104,95 - Sorocaba TOTAL - 1.640.575.492,56 São José dos Campos São Vicente 320.586.179,11 São José do Rio Preto - 230.514.325,36 Rio Claro Rosana - 139.835.987,22 - 125.054.800,82 26.005.057,12 - Registro Presidente Prudente Ourinhos Marília Jaboticabal Itapeva 3.015.962,10 131.114.891,47 Guaratinguetá Ilha Solteira 157.235.076,13 Franca - 297.059.939,37 Bauru Dracena 13.668.079,15 Assis 40.931.015,23 174.200.091,59 Araraquara Botucatu 111.993.207,69 1996 - (A ) ICMS Arrecadado Araçatuba MUNICÍPIOS 3.466.344.970,37 13.569.094,69 716.937.672,53 22.059.467,98 783.585.449,46 224.767.156,65 794.545,90 349.966.268,62 4.902.497,69 73.477.366,98 80.287.589,10 199.880.003,51 36.962.968,03 31.536.594,43 1.610.327,11 149.381.147,88 183.063.773,63 10.616.582,54 61.027.476,17 237.579.585,15 39.206.199,61 167.064.350,89 78.068.851,80 2007 - (E) ICMS Arrecadado 1.192.978.498,73 2.063.659,05 5.315.473,01 4.973.919,09 27.031.200,11 60.551.239,70 2.434.240,14 86.728.798,59 3.044.310,41 50.733.102,90 2.182.834,93 44.531.227,56 91.658.904,09 2.948.298,35 57.207.815,64 44.863.590,30 37.203.932,78 2.745.354,88 331.240.190,41 93.308.007,87 47.995.874,63 142.770.033,97 51.446.490,33 2007 - (F) UNESP - ICMS 34,42 15,21 0,74 22,55 3,45 26,94 306,37 24,78 62,10 69,05 2,72 22,28 247,97 9,35 3552,56 30,03 20,32 25,86 542,77 39,27 122,42 85,46 65,90 (%) (F/E) 4.642.886.504,46 18.573.001,98 1.051.575.627,79 31.244.475,42 917.010.726,25 354.323.203,11 1.212.215,82 451.388.807,08 18.812.671,86 103.573.045,08 90.421.059,18 286.519.186,26 42.079.671,77 36.130.031,61 2.678.409,14 168.608.572,96 212.312.631,96 15.863.625,24 63.111.261,69 349.201.438,13 54.902.575,48 270.198.058,04 103.146.208,61 2012 - (G) ICMS Arrecadado (*) TABELA 3.3 - COMPARAÇÃO ENTRE O ICMS MUNICIPAL E O ICMS DA UNESP - EM R$ (1) 1.230.231.517,54 5.124.008,98 11.437.242,37 8.323.874,83 27.204.936,15 58.671.440,52 4.133.387,11 88.960.919,31 7.829.228,65 56.602.111,00 5.358.045,17 46.689.766,53 96.575.158,45 5.543.549,74 72.582.665,48 46.917.623,88 27.080.414,15 8.052.023,83 308.391.367,20 99.527.026,52 44.003.415,87 145.893.330,54 55.329.981,27 2012 - (H) UNESP - ICMS 26,50 27,59 1,09 26,64 2,97 16,56 340,98 19,71 41,62 54,65 5,93 16,30 229,51 15,34 2709,92 27,83 12,75 50,76 488,65 28,50 80,15 53,99 53,64 (%) (H/G) Destarte é importante notar que entre os anos considerados o montante de recursos do ICMS (recursos do Tesouro) recebido pelos 22 Câmpus da UNESP cresceu 44,98% (Tabela 3.1). Aumento que tem relação direta com o comportamento da arrecadação no Estado já mencionada e com o crescimento da UNESP nestes dezesseis anos constatado por meio dos indicadores apresentados na tabela 1.1 do capítulo I. A correlação entre os indicadores Recursos UNESP / Receita Total dos municípios apresentada na tabela 3.4 demonstra que nos dezesseis anos decorridos entre a realização da primeira e da quarta pesquisas esta relação caiu de 30,69% em 1996 para 14,71% em 2012. O entendimento desta redução não é uma tarefa tão simples. Em primeiro lugar, é preciso considerar que em 1996 os dados são relativos a catorze municípios enquanto que em 2012 referem-se a 22. E entre os oito municípios que foram incluídos na pesquisa por terem passado a abrigar unidades universitárias da UNESP, dois deles têm uma receita tributária expressiva: Sorocaba e São Vicente. Acresce o fato de que os Câmpus Experimentais recebem da universidade um montante menor de recursos orçamentários relativamente aos demais Câmpus em razão de sua existência recente e pelos requisitos de sua criação em parceria com os municípios. Uma vez que os oito Câmpus Experimentais foram criados recentemente o número de cursos, de docentes, de servidores técnico-administrativos, do valor das despesas de custeio e dos investimentos são inferiores relativamente às demais unidades universitárias. Nesta linha de raciocínio o declínio da correlação Recursos UNESP / Receita Total está relacionado ao pequeno montante de recursos movimentados pelos Câmpus Experimentais comparativamente à expressiva receita tributária de alguns municípios onde eles estão localizados. Esta correlação foi de 2,76% em Itapeva; 2,16% em Ourinhos; 1,22% em São Vicente e, 0,69% em Sorocaba. São municípios que, em 2012, tiveram uma significativa receita tributaria com destaque para o município de Sorocaba. Neste ano, a receita total deste município representou 15,68% da soma das receitas dos demais 21 municípios (tabela 3.4). Quando isolamos os Câmpus Experimentais do cálculo da correlação Recursos UNESP / Receita Total este percentual passa de 14,71% para 20,2%. 39 40 41.499.588,79 Ilha Solteira - Tupã 2.900.139.039,15 - - - 792.402.296,88 317.081.614,89 - 172.514.330,99 - 153.072.196,93 - 125.706.857,30 70.557.660,23 - 62.156.189,67 93.432.148,66 290.800.777,40 - 94.401.849,43 277.541.974,60 82.111.983,96 176.490.235,28 191.868.922,95 1996 - (B) Receita Total 30,69 - - - 2,77 13,53 - 36,58 - 19,46 - 23,00 104,10 - 66,77 31,36 6,93 - 296,53 20,70 44,67 71,67 19,98 % (A/B) - (C) 1.179.102.129,22 - - - 25.806.199,17 53.873.467,29 - 87.664.606,68 - 42.353.409,75 - 38.119.718,14 97.742.831,30 - 49.396.376,99 39.104.006,62 27.010.639,81 - 383.691.771,67 77.377.785,87 46.801.954,45 160.124.414,26 50.034.947,21 2001 Recursos UNESP 3.906.966.019,52 - - - 1.135.836.966,39 464.588.895,23 - 215.475.485,64 - 213.038.701,35 - 273.770.981,23 85.274.387,01 - 70.180.920,11 135.621.501,20 271.654.600,27 - 118.680.877,05 283.377.468,82 107.163.101,78 262.705.522,58 269.596.610,88 2001 - (D) Receita Total FONTES: Assessoria de Orçamento e Planejamento (APLO) - Reitoria - UNESP e Execução Orçamentária - Prefeituras Municipais (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). 889.962.465,30 - Sorocaba TOTAL - 21.947.073,47 São José dos Campos São Vicente 42.902.740,53 São José do Rio Preto - 63.099.634,20 Rio Claro Rosana - 29.788.571,70 Registro Presidente Prudente - 28.914.380,74 Marília Ourinhos 73.451.760,36 Jaboticabal - 29.303.147,49 Guaratinguetá Itapeva 20.161.631,64 Franca - 57.453.448,95 Bauru Dracena 36.677.008,39 Assis 279.928.336,00 126.499.315,51 Araraquara Botucatu 38.335.827,54 1996 - (A) Recursos UNESP Araçatuba MUNICÍPIOS 30,18 - - - 2,27 11,60 - 40,68 - 19,88 - 13,92 114,62 - 70,38 28,83 9,94 - 323,30 27,31 43,67 60,95 18,56 % (C/D) 1.522.416.583,76 2.074.495,43 5.359.177,91 5.092.040,45 27.418.930,83 61.503.087,01 2.505.257,75 89.983.527,24 3.044.310,41 53.480.382,76 3.160.557,88 45.128.374,02 110.139.861,25 3.001.150,98 62.914.191,49 46.207.598,24 37.450.507,47 2.779.969,22 609.749.497,81 96.959.285,50 49.741.565,75 151.170.985,23 53.551.829,12 2007 - (E) Recursos UNESP 7.640.345.648,85 72.734.266,46 907.190.091,32 439.829.945,50 1.444.809.427,72 778.551.258,04 68.298.495,14 308.670.759,86 73.346.435,12 306.594.717,68 192.831.305,12 442.553.733,35 146.580.212,24 148.667.139,52 76.197.104,76 170.786.154,56 386.614.268,00 65.190.725,30 185.422.986,85 547.013.163,73 140.522.327,28 409.728.586,88 328.212.544,43 2007 - (F) Receita Total 19,93 2,85 0,59 1,16 1,90 7,90 3,67 29,15 4,15 17,44 1,64 10,20 75,14 2,02 82,57 27,06 9,69 4,26 328,84 17,73 35,40 36,90 16,32 % (E/F) 1.638.015.763,44 5.431.159,75 12.070.508,27 8.783.891,76 28.867.315,74 62.776.774,00 4.409.075,43 100.359.012,34 8.979.966,05 61.384.473,26 5.624.049,84 52.920.680,17 120.316.671,66 5.865.331,70 79.867.476,88 53.104.224,33 28.988.669,13 8.513.658,70 576.921.012,75 109.168.211,00 46.933.988,38 156.918.181,93 99.811.430,37 2012 - (G) Recursos UNESP TABELA 3.4 - UNESP - Comparação entre o Total dos Recursos Financeiros Movimentados pelos Câmpus da UNESP e a Receita Total dos Municípios - Em R$ (1) % (G/H) 6,24 2,76 2,16 9,76 7,64 4,61 117.716.402,56 11.133.741.892,46 14,71 0,69 1,22 1,43 5,62 7,18 1.745.468.499,93 718.838.541,33 2.023.282.666,19 1.116.439.689,69 61.426.628,98 420.981.466,58 23,84 117.511.393,82 450.634.059,62 13,62 260.849.943,43 542.132.029,07 157.636.260,08 76,33 212.628.713,44 111.362.479,96 71,72 229.611.930,91 23,13 464.753.597,16 84.490.800,08 10,08 267.395.044,05 215,76 867.023.698,13 12,59 202.714.495,05 23,15 538.233.712,62 29,15 422.609.839,77 23,62 2012 - (H) Receita Total A proporção de 14,71% na referida correlação é significativa se consideramos o porte demográfico e produtivo de muitos desses municípios. Destacam-se, em 2012, os Câmpus de Jaboticabal, Ilha Solteira e Araraquara nos quais os recursos movimentados foram expressivos relativamente ao montante da receita municipal e o Câmpus de Botucatu onde os recursos movimentados significaram mais que o dobro da arrecadação municipal. A estes resultados devem ser adicionados os gastos que os alunos realizam nas cidades onde os Câmpus da UNESP estão instalados. Na tabela 3.5 podem ser observados os resultados comparativos das quatro pesquisas. Em 1996, na somatória dos catorze Câmpus os alunos realizaram um gasto anual de R$ 199,4 milhões montante que alcançou R$ 450,3 milhões em 2001. Ou seja, ocorreu, no período, um crescimento de 125,8% no total do gasto que os alunos realizaram nessas cidades – (coluna B/A). Quando comparamos as duas últimas pesquisas (2007 e 2012) que incluíram vinte e duas cidades o crescimento dos gastos dos alunos foi de 34,6% - (coluna D/C). Finalmente, se compararmos os gastos dos alunos entre 1996 e 2012 com a inclusão dos Câmpus Experimentais o montante das despesas passou de R$ 199,4 milhões para R$ 624,4, ou seja, um crescimento de 213,18%. Se, no mesmo período, excluirmos os Câmpus Experimentais os gastos dos alunos cresceram de R$ 199, 4 milhões, em 1996, para R$ 597 milhões, em 2012, ou seja, um crescimento de 199,4%. TABELA 3.5 - UNESP - Gastos dos Alunos - Em R$ (1) CÂMPUS Araçatuba Gasto anual 1996 - (A) Gasto anual Gasto anual 2001 - (B) 6.850.843,70 2007 - (C) 12.306.178,16 13.966.847,83 Gasto anual 2012 - (D) 17.443.371,97 Variação - (%) Variação - (%) Variação - (%) (B/A) 79,63 (D/A) 154,62 (D/C) 24,89 Araraquara 27.607.154,87 71.884.263,97 56.072.839,15 79.531.625,40 160,38 188,08 41,84 Assis 10.812.828,11 24.162.398,52 19.231.064,80 27.118.620,39 123,46 150,80 41,01 Bauru 40.730.639,29 53.638.646,76 64.787.356,93 83.033.570,38 31,69 103,86 28,16 Botucatu 26.691.195,40 63.685.985,28 57.719.875,47 75.003.546,38 138,60 181,00 29,94 - - 1.937.261,90 2.616.995,84 - - 35,09 9.612.828,78 27.289.726,96 24.469.268,12 27.835.383,23 183,89 189,56 13,76 10.033.374,29 19.280.918,27 27.883.244,90 31.025.297,40 92,17 209,22 11,27 6.844.256,06 15.528.915,50 28.729.229,99 37.418.218,10 126,89 446,71 30,24 - - 2.606.056,42 2.570.229,82 - - (1,37) Dracena Franca Guaratinguetá Ilha Solteira Itapeva Jaboticabal Marília Ourinhos Presidente Prudente 11.781.525,64 37.626.976,99 14.754.709,76 39.540.783,55 219,37 235,62 167,99 7.149.395,98 26.755.659,29 22.264.189,42 33.942.511,86 274,24 374,76 52,45 - - 1.805.234,04 2.769.359,58 - - 53,41 50,99 11.703.059,19 30.970.833,25 27.570.588,72 41.629.647,71 164,64 255,72 Registro - - 2.433.433,77 2.528.724,32 - - 3,92 Rio Claro 14.554.229,13 32.103.225,08 32.956.157,41 45.606.825,41 120,58 213,36 38,39 1,29 Rosana - - 1.829.729,14 1.853.336,60 - - São José do Rio Preto 11.952.622,44 20.477.439,81 46.417.136,91 48.201.298,19 71,32 303,27 3,84 São José dos Campos 3.080.283,45 14.666.047,64 4.807.563,05 9.685.996,40 376,13 214,45 101,47 São Vicente - - 2.035.450,06 2.511.305,36 - - 23,38 Sorocaba - - 6.719.594,31 9.002.977,08 - - 33,98 Tupã - - 2.909.532,64 3.620.914,23 - - 24,45 199.404.236,31 450.377.215,49 463.906.364,72 624.490.539,22 125,86 213,18 34,62 TOTAL 41 Evidentemente que o crescimento dos gastos dos alunos está relacionado à criação de novos Câmpus, novos cursos, à ampliação do número de vagas nos cursos existentes e, por consequência, ao aumento do número de alunos. Entre 1996 e 2012, o número de alunos (graduação e pós-graduação) cresceu 80,9%, passando de 26.137 para 47.289. Tomando o Fundo de Participação dos Municípios28 como parâmetro comparativo observa-se que, em 1996, o Gasto Anual dos Alunos representava, na média dos 14 municípios, 88,3% dos recursos do Fundo repassados pela União. Em 2012, para os 22 municípios esse percentual foi de 78,2% (Tabela 3.6). Ou seja, no período considerado, essa relação teve uma queda de 10% que se explica pelas razões apontadas anteriormente, ou seja, pela incorporação na análise dos alunos dos novos Câmpus e dos municípios onde foram criados. Neste resultado há que se destacar a influência direta de duas variáveis: em valores monetários, o crescimento dos gastos dos alunos com a criação dos novos câmpus e dos novos cursos foi proporcionalmente menor do que o crescimento das receitas do FPM, com destaque para Sorocaba, São Vicente e Ourinhos. 28 O FPM constitui uma parcela da receita dos municípios transferida pelo governo federal. Em 2012, na média dos 22 municípios estudados o FPM representa 11,7% da receita total. 42 43 10.812.828,11 40.730.639,29 26.691.195,40 - Assis Bauru Botucatu Dracena - Tupã 225.824.419,50 - - - 19.832.439,55 19.914.386,36 - 17.868.681,50 - 19.914.386,36 - 19.914.386,36 9.156.165,20 - 4.689.132,09 12.208.220,36 20.516.565,26 - 11.352.287,21 19.946.174 10.682.822,31 19.914.386,36 19.914.386,36 FPM - 1996 (B) 88,30 - - - 15,53 60,02 - 81,45 - 58,77 - 35,90 128,67 - 145,96 82,19 46,85 - 235,12 204,20 101,22 138,63 34,40 A/B % 450.377.215,49 - - - 14.666.047,64 20.477.439,81 - 32.103.225,08 - 30.970.833,25 - 26.755.659,29 37.626.976,99 - 15.528.915,50 19.280.918,27 27.289.726,96 - 63.685.985,28 53.638.646,76 24.162.398,52 71.884.263,97 12.306.178,16 Gasto anual dos alunos - 2001 - (C) FONTE: Execução Orçamentária - Prefeituras Municipais (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). 199.404.236,31 - Sorocaba TOTAL - 3.080.283,45 São José dos Campos São Vicente 11.952.622,44 São José do Rio Preto - 14.554.229,13 Rio Claro Rosana - 11.703.059,19 - 7.149.395,98 11.781.525,64 - 6.844.256,06 10.033.374,29 Registro Presidente Prudente Ourinhos Marília Jaboticabal Itapeva Ilha Solteira Guaratinguetá 9.612.828,78 27.607.154,87 Araraquara Franca 6.850.843,70 Araçatuba MUNICÍPIOS Gasto anual dos alunos - 1996 - (A) 240.290.165,86 - - - 21.302.628,81 21.302.628,81 - 22.111.224,41 - 20.796.206,37 - 21.302.629,01 10.063.616,38 - 5.462.347,64 12.693.247,45 18.106.911,39 - 10.792.386,94 21.302.299,15 11.799.090,17 21.302.628,83 21.952.320,52 FPM - 2001 (D) 187,43 - - - 68,85 96,13 - 145,19 - 148,93 - 125,60 373,89 - 284,29 151,90 150,71 - 590,10 251,80 204,78 337,44 56,06 C/D % 463.906.364,72 2.909.532,64 6.719.594,31 2.035.450,06 4.807.563,05 46.417.136,91 1.829.729,14 32.956.157,41 2.433.433,77 27.570.588,72 1.805.234,04 22.264.189,42 14.754.709,76 2.606.056,42 28.729.229,99 27.883.244,90 24.469.268,12 1.937.261,90 57.719.875,47 64.787.356,93 19.231.064,80 56.072.839,15 13.966.847,83 Gasto anual dos alunos - 2007 - (E) 661.964.680,38 18.709.429,35 40.184.582,90 40.295.110,60 40.295.110,60 40.295.107,51 11.116.033,71 40.191.643,15 17.600.785,35 40.295.110,60 25.233.205,91 40.295.110,01 21.092.890,05 21.801.305,80 11.010.874,15 26.512.721,06 40.295.110,60 14.239.335,29 26.896.522,34 41.272.166,50 23.742.303,67 40.295.110,60 40.295.110,60 FPM - 2007 (F) 70,08 15,55 16,72 5,05 11,93 115,19 16,46 82,00 13,83 68,42 7,15 55,25 69,95 11,95 260,92 105,17 60,73 13,61 214,60 156,98 81,00 139,16 34,66 E/F % 624.490.539,22 3.620.914,23 9.002.977,08 2.511.305,36 9.685.996,40 48.201.298,19 1.853.336,60 45.606.825,41 2.528.724,32 41.629.647,71 2.769.359,58 33.942.511,86 39.540.783,55 2.570.229,82 37.418.218,10 31.025.297,40 27.835.383,23 2.616.995,84 75.003.546,38 83.033.570,38 27.118.620,39 79.531.625,40 17.443.371,97 Gasto anual dos alunos - 2012 - (G) 798.621.972,61 22.801.866,54 48.241.272,29 48.241.272,29 48.241.272,29 48.241.272,29 11.906.828,72 48.241.272,29 21.829.185,97 48.241.272,29 31.751.543,29 46.191.604,77 25.798.134,82 27.782.600,31 13.891.300,16 31.751.543,20 48.241.272,29 19.001.555,43 33.736.014,71 48.241.272,29 29.767.071,78 48.241.272,29 48.241.272,29 FPM - 2012 (H) 78,20 15,88 18,66 5,21 20,08 99,92 15,57 94,54 11,58 86,29 8,72 73,48 153,27 9,25 269,36 97,71 57,70 13,77 222,32 172,12 91,10 164,86 36,16 G/H % TABELA 3.6 - Comparação entre os Gastos dos Alunos da UNESP e a Receita do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)- Em R$ (1) No caso desta comparação entre o Gasto Anual dos Alunos e o Fundo de Participação dos Municípios existem ainda outros fatores a serem considerados. Sabe-se que os critérios de distribuição do Fundo de Participação dos Municípios beneficiam as cidades com menor número de habitantes. Sendo assim, como as oito cidades onde foram criados os Câmpus Experimentais, em sua maioria possuem um número menor de habitantes em relação às demais cidades onde existem Câmpus da UNESP, isto as beneficia na distribuição do FPM relativamente aos municípios maiores. Em 2012, o valor do FPM recebido pelos oito municípios (R$ 183.314.852,55) representou 30% do valor do FPM recebido pelas outras catorze cidades (R$ 615.307.120,05). Esta afirmação e a do parágrafo anterior são corroboradas pelo fato de que, nos oito municípios, a soma do Gasto Anual dos Alunos representa apenas 11,8% da soma do Fundo de Participação dos Municípios. Acrescente-se ainda que o menor número de alunos dos Câmpus Experimentais (4,9% do total de alunos da UNESP) tem implicação direta no total do Gasto Anual dos Alunos. Em 2012, merecem destaque os elevados percentuais observados nos municípios de Araraquara, Bauru, Botucatu, Ilha Solteira e Jaboticabal onde o montante do gasto anual dos alunos ultrapassou o valor do FPM. Em outras sete cidades (Assis, Franca, Guaratinguetá, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro e São José do Rio Preto) os gastos dos alunos representaram entre 50% a 99% do montante do FPM. De modo geral, para todos estes municípios a relação entre as duas variáveis manteve um nível similar quando comparado com o ano de 1996. A análise dos números referentes aos impactos dos gastos dos alunos sobre o mercado imobiliário das cidades mostra também resultados significativos. Em 1996, os alunos realizaram uma despesa no valor de R$ 45,2 milhões no aluguel de casas para a constituição de “repúblicas”. Em 2012, este valor alcançou R$ 153 milhões, isto é, um crescimento de 338 %. Lembrando que este aumento deve levar em consideração o fato de que em 1996 existiam Câmpus em catorze cidades e em 2012 este número aumentou para vinte e dois29. Portanto, parte significativa deste aumento deve-se à ampliação do número de alunos das novas unidades universitárias, dos novos cursos tanto de graduação como de pós-graduação e do número de vagas em cursos já existentes. Os mesmos fatores devem ser ponderados quanto ao número de casas alugadas que passou de 3.363, em 1996, para 10.125, em 2012 (crescimento de 201%). Considerando o período entre 2007 e 2012 este número aumentou de 8.330 para 10.125 (crescimento de 21,55%) (Tabela 3.7). 29 tadas. 44 Excluindo o Instituto de Artes do Planalto de São Paulo e o novo Câmpus de São João da Boa Vista pelas razões já apon- 45 - Tupã 101.880.404,57 - - - 2.244.699,38 4.370.116,98 - 8.830.468,69 - 7.271.647,95 - 6.603.596,95 7.160.535,69 - 3.124.212,46 3.634.102,65 5.735.599,85 - 14.748.294,95 13.240.103,87 5.451.127,50 16.461.950,98 3.003.946,69 97.273.087,91 865.100,92 1.432.788,96 662.478,22 1.113.216,94 8.251.247,89 340.598,44 6.864.244,67 648.521,69 5.668.246,69 345.188,95 5.641.178,46 3.306.275,37 296.508,44 5.898.700,41 4.143.063,12 5.362.876,38 559.779,65 10.870.459,36 14.645.103,57 4.386.882,67 12.773.392,18 3.197.234,93 2007 (C) Gasto total anual (*) 153.014.279,03 924.031,37 1.992.314,27 802.663,80 1.234.912,32 8.554.502,54 401.489,68 9.575.187,49 866.019,38 10.021.528,22 558.001,28 7.967.754,02 10.354.107,81 392.113,19 10.504.280,67 7.438.911,09 6.823.106,25 757.262,70 19.916.956,69 20.356.329,10 6.149.855,98 22.891.371,06 4.531.580,13 2012 (D) Gasto total anual (*) (*) - Valor gasto com aluguel de casas (“repúblicas”) (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). 45.224.399,29 - Sorocaba TOTAL - 878.159,16 São José dos Campos São Vicente 2.033.877,31 São José do Rio Preto - 3.619.739,46 Rio Claro Rosana - 709.169,60 - 739.840,62 3.295.933,36 - Registro Presidente Prudente Ourinhos Marília Jaboticabal Itapeva 723.729,06 1.661.772,10 Guaratinguetá Ilha Solteira 2.009.024,48 Franca - 10.910.308,95 Bauru Dracena 2.495.971,88 Assis 8.685.262,14 5.817.568,32 Araraquara Botucatu 1.644.042,87 2001 (B) 1996 (A) Araçatuba CAMPUS Gasto total anual (*) Gasto total anual (*) 238,34 - - - 40,63 320,60 - - 1.313,14 - 976,96 214,15 - 1.351,41 347,65 239,62 - 129,32 86,58 146,39 293,49 175,64 2012/1996 Variação (%) 57,30 6,81 39,05 21,16 10,93 3,68 17,88 39,49 33,54 76,80 61,65 41,24 213,17 32,24 78,08 79,55 27,23 35,28 83,22 39,00 40,19 79,21 41,73 2012/2007 Variação (%) 3.363 - - - 44 195 - 278 - 139 - 109 195 - 248 162 181 - 458 627 230 400 96 alugadas 1996 (D) Nº de casas 6.967 - - - 94 315 - 629 - 545 - 601 466 - 294 180 441 - 768 979 481 981 191 alugadas 2001 (E) Nº de casas 8.330 73 131 49 79 576 51 604 64 572 35 661 209 25 648 212 467 47 747 1.208 742 900 231 alugadas 2007 (F) Nº de casas 10.125 62 140 44 124 752 38 613 37 569 64 786 478 24 741 232 435 43 1.041 1.380 522 1.650 349 alugadas 2012 (G) Nº de casas TABELA 3.7 - UNESP - IMPACTOS DOS GASTOS DOS ALUNOS NO MERCADO IMOBILIÁRIO - EM R$ (1) Variação (%) 201,11 - - - 182,86 285,84 - 120,50 - 310,27 - 619,64 145,33 - 198,68 43,15 141,04 - 127,25 119,96 126,49 312,72 262,26 21,55 (15,45) 7,16 (12,02) 56,71 30,62 (25,52) 1,49 (41,96) (0,45) 84,06 18,82 128,87 (2,66) 14,48 9,31 (6,70) (7,11) 39,40 14,24 (29,76) 83,37 51,41 2012/1996 2012/2007 Variação (%) 46 34.886.584,71 41.006.229,50 Guaratinguetá Ilha Solteira Tupã 33,30 50,75 75,18 20,06 A/B - 65,97 37,34 9,32 - 2.900.139.039,15 - - - 792.402.296,88 317.081.614,89 - 172.514.330,99 - 153.072.196,93 - 125.706.857,30 32,39 - - - 2,66 15,12 - 38,88 - 24,29 - 24,89 70.557.660,23 102,33 - 62.156.189,67 93.432.148,66 290.800.777,40 - 94.401.849,43 269,47 277.541.974,60 82.111.983,96 176.490.235,28 191.868.922,95 (B) (%) 1.393.658.918,87 - - - 35.311.006,98 63.576.213,64 - 102.234.910,43 - 64.853.561,05 - 57.251.433,80 115.821.242,03 - 55.046.017,09 50.564.123,57 48.898.238,80 - 370.639.402,62 115.540.875,46 61.603.962,08 199.983.795,38 52.334.135,93 (C) injetados - 2001 Recursos FONTES: Tabela 2.10 e Execução Orçamentária - Prefeituras Municipais (1) - Valores monetários atualizados para junho de 2013 - Indexador utilizado: IPCA ( IBGE). 939.410.444,18 - - Sorocaba TOTAL - 21.071.030,08 São José dos Campos São Vicente 47.955.353,57 São José do Rio Preto - 67.080.261,10 Rio Claro Rosana - 37.179.366,67 Registro Presidente Prudente - Marília Ourinhos 72.199.416,43 31.286.105,65 Jaboticabal - 27.093.697,82 Franca - Dracena 92.420.126,33 Bauru 254.386.646,27 41.674.718,45 Assis Botucatu 38.482.734,36 132.688.173,25 (A) Araraquara Itapeva Receita injetados - 1996 municipal - 1996 Araçatuba CAMPUS Recursos 3.906.966.019,52 - - - 1.135.836.966,39 464.588.895,23 - 215.475.485,64 - 213.038.701,35 - 273.770.981,23 85.274.387,01 - 70.180.920,11 135.621.501,20 271.654.600,27 - 118.680.877,05 283.377.468,82 107.163.101,78 262.705.522,58 269.596.610,88 (D) municipal - 2001 Receita 35,67 - - - 3,11 13,68 - 47,45 - 30,44 - 20,91 135,82 - 78,43 37,28 18,00 - 312,30 40,77 57,49 76,12 19,41 C/D (%) 1.656.057.148,87 4.407.426,14 10.633.482,34 5.995.958,40 26.475.518,21 93.039.885,42 3.732.244,64 103.111.377,77 4.733.639,36 68.822.606,77 4.233.351,01 57.129.513,76 102.046.577,56 4.862.140,64 77.463.901,32 63.299.658,87 53.069.747,75 4.053.570,24 542.311.581,33 138.754.104,15 57.955.514,22 173.893.272,13 56.032.076,87 (E) injetados - 2007 Recursos 7.640.345.648,85 72.734.266,46 907.190.091,32 439.829.945,50 1.444.809.427,72 778.551.258,04 68.298.495,14 308.670.759,86 73.346.435,12 306.594.717,68 192.831.305,12 442.553.733,35 146.580.212,24 148.667.139,52 76.197.104,76 170.786.154,56 386.614.268,00 65.190.725,30 185.422.986,85 547.013.163,73 140.522.327,28 409.728.586,88 328.212.544,43 (F) municipal - 2007 Receita 21,68 6,06 1,17 1,36 1,83 11,95 5,46 33,40 6,45 22,45 2,20 12,91 69,62 3,27 101,66 37,06 13,73 6,22 292,47 25,37 41,24 42,44 17,07 E/F (%) 1.934.903.149,97 7.965.842,04 18.659.383,70 9.538.418,77 32.779.848,99 98.422.717,39 5.380.596,95 125.894.035,29 9.712.697,16 90.737.226,32 7.268.599,45 76.279.055,99 135.794.120,87 7.262.495,18 101.312.199,60 73.508.676,87 51.026.318,54 9.427.922,80 536.540.356,57 170.368.139,19 64.665.811,10 205.066.170,95 97.292.516,26 (G) injetados - 2012 Recursos G/H (%) 3,42 2,79 8,27 6,77 1,07 1,33 1,62 8,82 8,76 11.133.741.892,46 17,38 117.716.402,56 1.745.468.499,93 718.838.541,33 2.023.282.666,19 1.116.439.689,69 61.426.628,98 420.981.466,58 29,90 117.511.393,82 450.634.059,62 20,14 260.849.943,43 542.132.029,07 14,07 157.636.260,08 86,14 212.628.713,44 111.362.479,96 90,98 229.611.930,91 32,01 464.753.597,16 10,98 84.490.800,08 11,16 267.395.044,05 200,65 867.023.698,13 19,65 202.714.495,05 31,90 538.233.712,62 38,10 422.609.839,77 23,02 (H) municipal - 2012 Receita TABELA 3.8 - UNESP - RECURSOS FINANCEIROS INJETADOS - COMPARAÇÃO COM A ARRECADAÇÃO MUNICIPAL - EM R$ (1) Finalmente, a tabela 3.8 mostra a evolução dos recursos injetados pelos Câmpus da UNESP na economia dos municípios e compara o montante desses recursos com a receita total de cada uma destas cidades. Abstraindo as diferenças entre o número de Câmpus da UNESP e consequentemente o número de cidades entre os anos de 1996 e de 2012, verificou-se uma redução da proporção dos recursos injetados relativamente ao total da receita municipal. Esta proporção que, em 1996, era de 32,39% passou para 17,38%, em 2012. E isto ocorreu principalmente porque o montante da receita dos municípios cresceu proporcionalmente mais do que os recursos injetados pelos Câmpus da UNESP. Enquanto a receita dos municípios entre os dois anos considerados cresceu 283% (de R$ 2,9 bilhões para R$ 11,1 bilhões) os recursos injetados pelos Câmpus cresceram 105% (de R$ 939,4 milhões para R$ 1,9 bilhão). Este proporção de crescimento se mantém considerando somente os catorze Câmpus pesquisados em 1996. Ou seja, se em 2012, subtrairmos do montante da receita dos municípios e dos recursos injetados os valores correspondentes às cidades onde foram criados os Câmpus Experimentais o montante de recursos injetados pela UNESP, entre 1996/2012, cresceu 97,9% enquanto a receita dos municípios aumentou 169,4%. Há várias razões que explicam a maior variação da receita dos municípios no período. Entre elas o grande esforço, via política fiscal, da maioria dos municípios com o objetivo de aumentar a arrecadação tributária para financiar o aumento de suas despesas especialmente nas áreas sociais. Mesmo assim há que se destacar o montante significativo de recursos injetados pelos 22 Câmpus da UNESP na economia dos municípios. Em 2012, este montante chegou perto de R$ 2 bilhões. Este valor está muito próximo da arrecadação da receita tributária própria30 dos 22 municípios (R$ 2,4 bilhões) em 2012 (ver tabela 2.2 – Capítulo II). Os números apresentados demonstram que nestes dezesseis anos decorridos entre a primeira e a quarta pesquisas os impactos econômicos e financeiros da presença da UNESP continuam expressivos evidenciando uma de suas características: a capacidade de ser um elemento de dinamismo para os municípios onde ela está presente. Os números apresentados neste trabalho mostram que os investimentos governamentais nas universidades públicas e o trabalho científico por elas desenvolvido são fatores que contribuem para o dinamismo das economias das cidades que as abrigam. Sendo assim, as universidades públicas são importantes não apenas pelo seu caráter meritório, mas também pelo papel que exercem como fator de dinamismo para as economias dos municípios e das regiões onde estão localizadas. 30 A receita tributária própria dos municípios é composta basicamente pelos seguintes tributos: IPTU, ISS, Taxas e Contribuição de Melhorias. 47 CAPÍTULO IV - METODOLOGIA 4.1 - Introdução Quando da realização da pesquisa em 1996 a inexistência de um modelo metodológico conhecido para a avaliação dos impactos econômicos e financeiros das universidades para as cidades onde elas estão localizadas, induziu à criação de uma metodologia que foi sendo construída durante sua realização. A metodologia utilizada nesta quarta pesquisa não sofreu alterações significativas, exceto no que diz respeito à forma utilizada para a obtenção das respostas ao questionário enviado aos alunos. Questão que será esclarecida no item 4.6. Basicamente a metodologia construída buscou a realização de procedimentos que viabilizassem os objetivos previamente definidos, ou seja, dimensionar o montante de recursos financeiros movimentados pelo Câmpus da UNESP e avaliar o significado da circulação desses recursos para as economias dos municípios. 4.2 - Indicadores, Conceituação e Fontes 4.2.1 - Indicadores financeiros No Quadro nº1 estão relacionados os indicadores relativos aos recursos financeiros movimentados pelas unidades dos Câmpus da UNESP, da perspectiva de sua origem (receita) e de seu destino (despesa). QUADRO Nº 1 - RECURSOS FINANCEIROS DA UNESP 1- Recursos provenientes do ICMS 1.1 - Despesa de pessoal 1.2 - Despesa com vales refeição e transporte 1.3 - Despesa com bolsas e auxílios 1.4 - Outras despesas de custeio 1.5 - Investimentos Subtotal (1) 2 - Recursos não provenientes do ICMS (receitas próprias, receitas de convênios, receitas das Fundações ) 2.1 - Despesas de custeio 2.2 - Investimento Subtotal (2) TOTAL (1) + (2) 4.2.2 - Conceituação dos itens do Quadro nº 1 Despesas realizadas com recursos do ICMS Despesa de pessoal: refere-se à parte líquida da folha de pagamento das unidades. Despesa com vales refeição e transporte: quantidade de benefícios x valor de face dos vales x quantidade de vales. Despesa com bolsas e auxílios: refere-se ao montante de recursos repassados pela Reitoria para o pagamento das bolsas dos programas de auxílio aos estudantes e demais auxílios concedidos pelas unidades com recursos próprios. Outras despesas de custeio: são os gastos de manutenção da unidade: limpeza, manutenção de equipamentos, material de escritório, despesas com energia elétrica, telefone, água, etc. Investimentos: dispêndios com obras, material permanente, livros, reformas, etc. Despesas realizadas com recursos obtidos através das receitas próprias, das receitas de convênios e das receitas das Fundações. As receitas próprias são os recursos obtidos pelas unidades com os serviços de Xerox, análises químicas, bioquímicas, encadernações, taxas de serviços, etc. As receitas de convênios constituem os recursos obtidos pelos professores individualmente, pelos grupos de pesquisas, fundações, através dos convênios realizados com instituições nacionais e internacionais. No caso das Fundações, algumas unidades universitárias da UNESP criaram essas instituições sem fins lucrativos que, entre outros objetivos, gerenciam os cursos de extensão e de especialização ofertados; realizam e administram convênios com instituições públicas e privadas; etc. Despesas de custeio: realizadas com as receitas próprias, com os recursos obtidos por meio dos convênios e os recursos financeiros movimentados pelas Fundações. Investimentos: realizados com as receitas próprias, com os recursos dos convênios e das Fundações. 4.2.3 - Fontes de obtenção dos dados As informações relativas ao item 1 do Quadro nº1 foram obtidas nas tabelas existentes no Sistema Orçamentário, Financeiro e Contábil de responsabilidade da Assessoria de Planejamento e Orçamento da Reitoria. Os dados do item 2, foram disponibilizados pelas seções/ divisões de contabilidade e/ou de finanças das unidades (faculdades ou institutos) e nos relatórios de prestação de contas das Fundações. 4.3 - Parâmetros Comparativos, Conceituação e Fontes 4.3.1 - Tributos Municipais Obtidos os valores dos recursos movimentados pelas faculdades ou institutos de cada um dos Câmpus da UNESP, foram utilizados parâmetros comparativos que permitissem avaliar o seu significado e o seu impacto para a economia das cidades. Um dos principais parâmetros utilizados foi a arrecadação tributária dos municípios. Esta comparação justifica-se na medida em que a 50 maior parte dos recursos da UNESP e, por consequência, de suas unidades, provêm da arrecadação de um imposto, ou seja, o ICMS. Os itens da arrecadação municipal mais significativos para a realização da análise comparativa estão indicados no Quadro nº 2. QUADRO Nº 2 - PARÂMETROS COMPARATIVOS ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS NOS MUNICÍPIOS 1 - Receita Total 2 - Receita Tributária Própria 3 - Quota-parte do ICMS 4 - Outras transferências intergovernamentais 5 - ICMS arrecadado em cada município 4.3.2 - Conceituação dos itens do Quadro nº 2 Receita Total: Receitas Correntes + Receitas de Capital Receita Tributária Própria: Impostos + Taxas Quota-parte do ICMS: são as receitas referentes à participação dos municípios na arrecadação do ICMS do Estado. Embora seja uma receita transferida pelo governo estadual e, portanto, classificada no balanço municipal como Transferência Intergovernamental, esta categoria foi separada das demais transferências, uma vez que constitui em um importante parâmetro comparativo com os recursos orçamentários da UNESP que são provenientes da arrecadação do ICMS. Outras transferências Intergovernamentais: receitas recebidas pelos municípios através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Excetuando a Quota-parte do ICMS, que foi trabalhada como categoria isolada, o FPM e o IPVA representam a quase totalidade das demais transferências recebidas pelos municípios. ICMS arrecadado: refere-se ao montante desse imposto recolhido pelas empresas de cada município aos cofres do governo do Estado. É importante observar que nesta quarta pesquisa não foi possível obter esta informação nas várias fontes onde foram solicitadas: Prefeituras Municipais, Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Delegacias Regionais da Secretaria da Fazenda do Estado. A razão principal alegada por estas fontes foi que esta informação só é disponibilizada para conhecimento público no mês de outubro de cada ano. Para a maioria dos municípios que integram a pesquisa a informação que foi disponibilizada referia-se ao ano de 2011. Sendo assim, tomando como referência a informação disponível para o ano de 2011 os valores para 2012 foram estimados tomando como base vários indicadores de desempenho da economia paulista e dos municípios. 4.3.3 - Fontes de obtenção dos dados Os itens de 1 a 4 do Quadro nº 2 foram obtidos na Execução Orçamentária constante dos Balanços das Prefeituras Municipais. As fontes tradicionais para a obtenção do dado do item 5, foram citadas acima. 51 4.4 - Análise Comparativa As informações constantes dos Quadros nº 1 e nº 2 permitem estabelecer relações com o objetivo de avaliar o impacto e o significado dos recursos movimentados pela UNESP, como por exemplo: 4.4.1 - relação percentual entre o ICMS da UNESP e o ICMS arrecadado nos municípios Permite avaliar qual o percentual do ICMS recolhido que volta para as cidades via UNESP, mostrando a importância da universidade como vetor de recursos tributários que retornam para os municípios. 4.4.2 - relação percentual entre o ICMS-UNESP e a Quota-parte do ICMS municipal Do total do ICMS arrecadado no Estado, 25% são distribuídos aos municípios. A quotaparte do ICMS representa a parcela que cabe a cada município e é distribuída com base no índice de participação de cada município31. Portanto, da mesma forma que o indicador mencionado no item 1 (ICMS arrecadado), a quota-parte do ICMS recebida pelo município é um parâmetro comparativo importante. 4.4.3 - relação entre o total de recursos movimentados pelos Câmpus e a receita total dos municípios Dado que os gastos tanto da UNESP quanto dos municípios tem sua contrapartida nas receitas, esta relação permite dimensionar, em termos comparativos, a representatividade da execução orçamentária dos Câmpus da UNESP frente à dos municípios. 4.4.4 - relação entre os recursos da UNESP, a receita tributária e as transferências intergovernamentais Aplica-se para esta relação o mesmo raciocínio desenvolvido no item 3. Ela também se justifica quando se constata que, em muitos casos, o valor dos recursos das unidades da UNESP é maior do que a arrecadação municipal de impostos e taxas e do que as receitas obtidas pelo município através do FPM somado ao IPVA. 4.5 - Outros parâmetros comparativos Além dos parâmetros acima mencionados, foram utilizados outros indicadores que possibilitam uma comparação com o valor dos recursos movimentados pela UNESP. Exemplos: - valor adicionado do município que, conceitualmente, representa o Produto Interno Bruto (PIB) municipal. É a quantidade de riqueza gerada no município, em um determinado período de tempo. - faturamento ou investimento de empresas locais. Existem diversos parâmetros que podem ser utilizados para avaliar e dimensionar o significado econômico-financeiro da UNESP para os municípios onde ela está presente. Sua escolha depende das especificidades da estrutura produtiva de cada cidade. 31 52 Vide nota de rodapé número 13 do capítulo I. 4.6 - Os Gastos dos Alunos A pesquisa para o dimensionamento dos gastos dos alunos foi feita por meio de um questionário, enviado para o endereço eletrônico de cada aluno da amostra, cujas perguntas tiveram como objetivo mensurar o gasto médio mensal per capita. Para tanto, foram considerados como principais despesas: aluguel, gastos com manutenção da casa, alimentação, transportes, cursos em geral (línguas, informática), material didático, lazer e outros gastos. Nos 22 Câmpus da UNESP, foram enviados questionários para uma amostra pré-selecionada de 10% do total dos alunos de graduação com uma distribuição proporcional ao número de alunos por curso e por série/semestre. Da mesma forma que nas duas pesquisas anteriores (2002 e 2008) os alunos de pós-graduação não foram incluídos na amostra dos alunos selecionados para responder o questionário pelas razões apontadas na nota de rodapé número 19 no capítulo II. 4.7 - Recursos movimentados nos municípios Os valores obtidos referentes ao gasto médio mensal ou anual dos alunos somados ao montante dos recursos movimentados pelos Câmpus possibilitou dimensionar quanto a UNESP e seus alunos gastam nas cidades, durante um determinado período de tempo. Admitiu-se que os recursos da UNESP não são gastos integralmente nos municípios, uma vez que algumas empresas fornecedoras de serviços ou de produtos estão localizadas em outras cidades32. Além disso, com base nas informações obtidas em uma pesquisa realizada no Câmpus de Araraquara (FREITAS, 1997) considerou-se que os docentes e os servidores técnico-administrativos gastam, em média, 20% de seus salários em outras localidades. Tendo estes fatores como referência, estimou-se que 80% do total dos recursos que a UNESP movimentou no período estudado foram efetivamente gastos nos municípios. 32 Informações obtidas nas seções de compras das várias unidades universitárias das UNESP confirmam que, em média, 20% do montante das despesas com compra de material de escritório, de manutenção, equipamentos etc., são realizadas em outros municípios. 53 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos na presente pesquisa mostraram que os impactos econômicos e financeiros da UNESP para os municípios continuam sendo significativos. Com certeza, além dos indicadores apresentados ao longo do texto, estes impactos cresceram com o próprio crescimento da UNESP através: do número de cursos, da ampliação de vagas, da reposição e ampliação de recursos humanos (docentes e servidores técnico-administrativos), de investimentos em reformas, ampliação e construção de novos prédios para salas de aulas, laboratórios, salas de pesquisas, da aquisição de novos equipamentos, da ampliação e construção de bibliotecas, do desenvolvimento das políticas de permanência estudantil, com o aumento do número de bolsas, de construção de novos prédios para moradia, auxílio aluguel, subsídio alimentação etc. Merece destaque também as iniciativas dirigidas para consolidar o Programa de Internacionalização UNESP que tem alcançado resultados expressivos especialmente quanto aos programas de convênios com instituições internacionais e os programas de mobilidade para os alunos de graduação. Esta ampliação reafirmou e consolidou o caráter peculiar da UNESP, ou seja, sua distribuição geográfica espalhada por várias cidades do interior paulista permitindo que ela irradie uma série benefícios (educacionais, culturais, científicos, técnicos, econômicos, financeiros, sociais) para inúmeras regiões do Estado. São poucas universidades no mundo que possuem esta característica. Daí deriva o grande interesse de inúmeros municípios paulistas em abrigarem em seus territórios unidades universitárias da UNESP, como aconteceu recentemente com a criação do Câmpus Experimental de São João da Boa Vista. Muito embora a autonomia financeira das universidades públicas paulistas tenha contribuído para melhorar a eficiência na gestão dos recursos financeiros com resultados benéficos que vem sendo apropriados pelas próprias universidades, há ainda um longo caminho a percorrer. É primordial que a UNESP não perca de vista a consolidação de sua identidade como instituição pública que deve ser capaz de produzir e transmitir conhecimentos de uso coletivo. Neste sentido, é necessário reafirmar a ideia de que os efeitos do trabalho científico universitário provêm da sua contribuição na formação de estudantes no ensino superior e de seu poder de exercer um efeito multiplicador na economia local e regional por meio do investimento realizado em obras, equipamentos, infraestrutura etc. Embora importante essa não constitui a principal contribuição da Universidade. Com efeito, aos impactos econômico-financeiros acrescenta-se o impacto dinâmico para a sociedade resultante da formação e do melhoramento do capital humano que anualmente ingressa no mercado de trabalho. A contribuição específica e insubstituível do trabalho científico universitário consiste na formação de capital humano e, a partir dele, no seu poder de multiplicar para a economia e para a sociedade os frutos de seu trabalho especializado. Do ponto de vista das autoridades governamentais responsáveis pela distribuição de fundos públicos, as universidades concorrem diretamente com outras áreas do setor público (saúde, cultura, previdência social etc.). As universidades concorrem também com outras atividades de todos os tipos que também reivindicam recursos governamentais: eventos esportivos, festivais, obras direcionadas para o desenvolvimento privado, implantação de indústrias em regiões menos desenvolvidas ou afetadas pelo desemprego etc. Mas, ao contrário das demais atividades econômicas, as universidades públicas não possuem somente um impacto econômico estático (representado pelo efeito multiplicador do investimento), mas também um impacto dinâmico sobre a economia em geral. E esse efeito dinâmico é exercido pela contribuição da universidade para aumentar o produto (local, regional e nacional) graças ao seu poder de formar e aperfeiçoar o capital humano que, anualmente, se integra à produção social e à sua capacidade de transferir tecnologia para o sistema produtivo possibilitada pelo trabalho científico que ela desenvolve33. 33 Para uma análise dos efeitos estáticos e dinâmicos da Universidade sobre a economia local e regional ver: Martin, F. - Les retombées économiques des activités de recherche de l’Université de Montréal et des écoles, hôpitaux et instituts affiliés. 56 BIBLIOGRAFIA BOVO, José Murari – Universidade e Comunidade - Avaliação dos Impactos Econômicos e da Prestação de Serviços - Editora UNESP -.SP – 1998. BOVO, José Murari et allii. - Impactos Econômicos da UNESP para Os Municípios. Editora Unesp. SP. 2003. – BOVO, J. M. - Impactos Econômicos e Financeiros da UNESP para os Municípios. Relatório de Pesquisa, 2008. FREITAS JR., Paulo Fernandes - A Inserção Socioeconômica da UNESP no Município de Araraquara: O Coeficiente de Gastos Salariais da Comunidade Universitária. Monografia de Conclusão do Curso de Ciências Econômicas. Faculdade de Ciências e Letras. Araraquara, 1997. (Mimeogr). MARTIN, F. - Les retombées économiques des activités de recherche de l’Université de Montréal et des écoles, hôpitaux et instituts affiliés. Montreal, 1996. (Mimeogr.). 57 ANEXOS TABELA I - UNESP - NÚMERO DE DOCENTES, FUNCIONÁRIOS E ALUNOS - 1996 DOCENTES CÂMPUS Ativos Inativos FUNCIONÁRIOS Sub-total (1) Ativos Inativos TOTAL Sub-total (2) (1+2) ALUNOS Graduação Pós-graduação (**) TOTAL Araçatuba 140 48 188 320 44 364 552 481 74 555 Araraquara 426 138 564 804 138 942 1506 2758 711 3469 Assis 164 54 218 196 31 227 445 1281 252 1533 Bauru 386 13 399 136 1 137 536 3182 28 3210 Botucatu 602 92 694 2607 487 3094 3788 1773 1066 2839 Franca 101 38 139 123 16 139 278 1052 205 1257 Guaratinguetá 182 23 205 231 34 265 470 938 78 1016 Ilha Solteira 196 3 199 362 24 386 585 814 92 906 Jaboticabal 239 28 267 677 113 790 1057 910 497 1407 Marília 151 52 203 162 43 205 408 1062 245 1307 PresidentePrudente 204 27 231 233 35 268 499 1753 96 1849 Rio Claro 267 67 334 401 70 471 805 1532 747 2279 São José do Rio Preto 187 68 255 219 48 267 522 1346 211 1557 São José dos Campos São Paulo (*) TOTAL 81 41 122 153 42 195 317 209 73 282 179 74 253 93 13 106 359 512 68 580 3.505 766 4.271 6.717 1.139 7.856 12.127 19.603 4.443 24.046 FONTE: Anuário Estatístico - UNESP - 2002 (*) - Instituto de Artes (**) - Mestrado e Doutorado 59 TABELA II - UNESP - NÚMERO DE DOCENTES, FUNCIONÁRIOS E ALUNOS - 2001 DOCENTES CÂMPUS Ativos Araçatuba Inativos Sub-total (1) 130 51 Araraquara 389 183 Assis 152 77 Bauru 366 68 Botucatu 568 79 123 Franca Guaratinguetá FUNCIONÁRIOS 181 Ativos TOTAL Inativos Sub-total (2) 298 60 572 727 229 177 434 155 46 29 152 (1+2) Graduação 570 ALUNOS Pós-graduação (**) 143 TOTAL 358 539 713 222 949 1521 3624 1759 5383 47 224 453 1496 490 1986 232 15 247 681 3929 283 4212 723 2373 739 3112 3835 2228 2195 4423 125 116 32 148 273 1345 357 1702 216 53 269 421 1148 182 1330 Ilha Solteira 186 7 193 342 40 382 575 1032 338 1370 Jaboticabal 201 74 275 629 155 784 1059 1013 1016 2029 Marília 131 61 192 146 61 207 399 1497 474 1971 PresidentePrudente 183 42 225 225 59 284 509 2037 205 2242 Rio Claro 256 78 334 379 79 458 792 1834 1284 3118 São José do Rio Preto 178 91 269 201 77 278 547 1461 480 1941 São José dos Campos 74 40 114 142 45 187 301 315 113 428 São Paulo (*) 41 30 71 79 23 102 173 640 132 772 3057 1032 4089 6282 1707 7989 12078 24169 9451 33620 TOTAL FONTE: Anuário Estatístico - UNESP - 2002 (*) - Instituto de Artes (**) - Mestrado e Doutorado TABELA III - UNESP - NÚMERO DE DOCENTES, FUNCIONÁRIOS E ALUNOS - 2007 DOCENTES CÂMPUS Araçatuba Ativos FUNCIONÁRIOS (1) Inativos Sub-total (1) 139 54 Araraquara 400 206 Assis 156 89 193 Ativos TOTAL Inativos Sub-total (2) 294 74 606 672 245 167 (1+2) Graduação 727 ALUNOS Pós-graduação (**) 226 561 953 276 948 1554 4056 1430 5486 66 233 478 1783 278 2061 Bauru 382 111 493 228 25 253 746 4797 702 5499 Botucatu 609 185 794 2175 949 3124 3918 2863 2306 5169 Dracena 21 - 21 9 - 9 30 229 - 229 Franca 94 51 145 119 43 162 307 1801 286 2087 Guaratinguetá 142 47 189 201 67 268 457 1917 450 2367 Ilha Solteira 218 8 226 337 54 391 617 2189 566 2755 21 - 21 6 - 6 27 220 - 220 Jaboticabal 217 95 312 565 201 766 1078 985 277 1262 Marília 161 82 243 157 69 226 469 2172 487 2659 15 - 15 6 - 6 21 236 - 236 3261 Itapeva Ourinhos Presidente Prudente 215 50 265 211 71 282 547 3001 260 Registro 22 - 22 4 - 4 26 214 - 214 Rio Claro 266 112 378 366 104 470 848 2514 908 3422 Rosana 16 - 16 3 - 3 19 185 - 185 São José do Rio Preto 200 104 304 208 84 292 596 2003 677 2680 São José dos Campos 79 45 124 132 61 193 317 371 101 472 São Vicente 20 - 20 25 - 25 45 201 - 201 Sorocaba 45 - 45 6 - 6 51 589 - 589 Tupã 18 - 18 6 - 6 24 290 - 290 São Paulo (*) 69 30 99 83 29 112 211 662 129 791 3.525 1.269 4.794 5.980 2.173 8.153 12947 34.005 9.083 43.088 TOTAL FONTE: Anuário Estatístico - UNESP - 2007 (1) - Não estão incluídos os servidores técnicos administrativos (ativos e inativos) vinculados administrativamente à Reitoria. (*) - Instituto de Artes (**) - Mestrado e Doutorado 60 TOTAL 368 TABELA IV - UNESP - NÚMERO DE DOCENTES, FUNCIONÁRIOS E ALUNOS - 2012 DOCENTES CÂMPUS Ativos FUNCIONÁRIOS (1) Inativos Sub-total (1) Ativos TOTAL Inativos Sub-total (2) Araçatuba 149 68 217 338 114 452 Araraquara 409 230 639 711 386 1097 ALUNOS Pós-gradu(1+2) Graduação ação (**) 669 738 355 1736 4172 1595 TOTAL 1093 5767 Assis 158 109 267 197 90 287 554 1751 381 2132 Bauru 377 157 534 306 43 349 883 5074 744 5818 Botucatu 635 235 870 1989 1236 3225 4095 2947 2347 5294 Dracena 21 0 21 30 0 30 51 212 0 212 Franca 89 62 151 147 59 206 357 1.774 256 2030 Guaratinguetá 143 63 206 215 92 307 513 2125 330 2455 Ilha Solteira 229 17 246 369 97 466 712 2296 658 2954 Itapeva 18 0 18 31 0 31 49 205 0 205 Jaboticabal 221 133 354 577 237 814 1168 1566 1531 3097 Marília 166 86 252 195 90 285 537 2256 568 2824 18 0 18 26 0 26 44 286 0 286 Ourinhos Presidente Prudente 206 65 271 226 108 334 605 2886 453 3339 Registro 24 0 24 31 0 31 55 217 0 217 Rio Claro 272 132 404 421 151 572 976 2511 1268 3779 14 0 14 30 0 30 44 170 0 170 São José do Rio Preto 208 111 319 223 112 335 654 1954 915 2869 São José dos Campos 97 44 141 150 79 229 370 381 141 522 São Vicente 20 0 20 35 0 35 55 212 0 212 Sorocaba 40 0 40 43 0 43 83 619 0 619 Tupã 18 0 18 25 0 25 43 334 0 334 Rosana São Paulo (*) TOTAL 61 34 95 99 40 139 234 799 262 1061 3.593 1.546 5.139 6.414 2.934 9.348 14.487 35.485 11.804 47.289 FONTE: Anuário Estatístico - UNESP - 2013 (1) - Não estão incluídos os servidores técnicos administrativos (ativos e inativos) vinculados administrativamente à Reitoria. (*) - Instituto de Artes e IFT (**) - Mestrado e Doutorado 61 GRÁFICOS DISTRIBUIÇÃO DOS GASTOS DOS ALUNOS – 2012 GRÁFICO I - UNESP ARAÇATUBA 9,08 25,63 8,14 7,54 10,34 10,44 7,91 20,92 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros 63 GRÁFICO II - UNESP ARARAQUARA , 6,30 7,52 30,65 0 8,20 11,35 7,20 7 46 9,46 19,32 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO III - UNESP ASSIS 8,72 6,99 24,76 8,18 8,40 10,53 9,88 22,54 Aluguel 64 Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO IV - UNESP BAURU 7,93 8,89 28,98 4,56 10,49 8,30 9,49 21,37 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO V - BOTUCATU 7,79 8,79 27,35 6,88 9,22 10,58 10,76 18,61 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros 65 GRÁFICO VI - UNESP DRACENA 8,14 8,31 28,58 6,82 10,28 8,24 9,64 19,99 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO VII - UNESP FRANCA 8,95 8,52 29,24 5,40 11,88 8,14 9,54 18,32 Aluguel 66 Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO VIII - UNESP GUARATINGUETÁ 7,55 9,28 28,68 6,86 9,92 8,26 9,80 19,64 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO IX – UNESP ILHA SOLTEIRA 6,76 8,36 29,71 7,14 8,80 8,50 9,06 21,67 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros 67 GRÁFICO X - UNESP ITAPEVA 9,23 24,05 8,05 6,45 10,04 11,56 9,47 21,14 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XI - UNESP JABOTICABAL 7,11 9,05 29,02 5,87 10,68 8,56 9,40 20,31 Aluguel 68 Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XII - UNESP MARÍLIA 6,80 9,02 28,59 6,73 9,34 9,92 9,70 0 19,90 19 90 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XIII - OURINHOS 7,84 21,04 10,28 7,63 6,95 8,87 11,15 Aluguel Manutenção 26,23 Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros 69 GRÁFICO XIV – UNESP PRESIDENTE PRUDENTE 7,25 8,40 29,03 5,72 9,57 8,62 10,37 21,03 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XV - UNESP REGISTRO 6,20 8,77 34,58 4,82 7,40 8,77 8,77 20,70 Aluguel 70 Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XVI – UNESP RIO CLARO 7,59 8,75 27,91 7,68 9,20 8,35 11,48 19,05 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XVII – UNESP ROSANA 8,43 20,45 9,46 7,52 9,25 9,79 18,74 16,35 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros 71 GRÁFICO XVIII – UNESP SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 12,25 23,52 6,55 6,19 6,98 15,39 21,00 8,12 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XIX – UNESP SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 18,67 23,11 5,48 5,04 16,23 18,20 7,40 5,87 Aluguel 72 Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XX – UNESP SÃO VICENTE 5,97 10,07 32,34 6,60 7,46 10,84 8,41 18,31 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XXI – UNESP SOROCABA 7,10 10,18 26,00 5,96 8,96 7,38 16,52 Aluguel Manutenção 17,90 Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros 73 GRÁFICO XXII – UNESP TUPÃ 8,19 7,99 25,54 5,57 9,12 9,12 10,45 24 01 24,01 1 Aluguel Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros GRÁFICO XXIII – UNESP – DISTRIBUIÇÃO MÉDIA DOS GASTOS DOS ALUNOS 8,48 8,55 27,01 7,11 9,75 8,51 10,25 20,32 Aluguel 74 Manutenção Alimentação Transportes Cursos Material didático Lazer Outros CÂMPUS DA UNESP Ilha Solteira Franca S. José do Rio Preto Araçatuba Jaboticabal S. João da Boa Vista Dracena Pres. Prudente Araraquara Tupã Marília Bauru Rosana Assis Rio Claro Guaratinguetá Botucatu Ourinhos S. J. dos Campos Sorocaba Itapeva São Paulo São Vicente 75