vida e obra de portinari • a arte da cerâmica o
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vida e obra de portinari • a arte da cerâmica o
T consul e ar e PubliTime Editora Ano 1 - Edição 02 arte em tempo real vida e obra de portinari • a arte da cerâmica o trabalho do instituto olga kos calendário de artes • materiais artísticos sumário Há mais de 25 anos no mercado editorial, a Editora Publitime – do Grupo Roma - mantém-se com excelência no segmento artístico, buscando sempre inovar com publicações de sucesso e qualidade para seus clientes, de todo o Brasil. Neste ano, mantendo a linha editorial do Livro ConsulteArte – Roteiro das Artes Plásticas #1, lançaremos o ConsulteArte – Roteiro das Artes Plásticas #2. Nesta edição de maio foi possível abarcar matérias de artistas conceituados no meio artístico, como Claudio Tozzi na pintura, Anna Bellucci na xilogravura, Fernando Lemos na fotografia, Cássio Lázaro com escultura, e o eterno Candido Portinari, com sua vida e obra. Nosso leitor também poderá estimar matérias sobre a arte da Cerâmica e do excepcional trabalho do Instituto Olga Kos. Assim como esperado, obtivemos um resultado positivo em nossa primeira edição da Revista Digital Consulte Arte. Após lançamento web, no mês de março, alcançamos um retorno satisfatório de nossos parceiros e clientes, que nos acompanham em nossa trajetória, o que nos deu motivação e energia para produzirmos uma segunda edição, ainda mais completa e inovadora. Além disso, ainda estão disponíveis dicas de materiais artísticos, exposições e feiras. E a participação especial, com matérias e obras, dos artistas já confirmados na segunda edição do livro ConsulteArte – Roteiro das Artes Plásticas. Boa Leitura, Helder Fazilari Editor Expediente Diretor Executivo - Helder Fazilari Editor - Helder Fazilari - MTB 33.880 - SP Diretora Administrativa - Samira Samara Direção de Arte - Luciana Suet Assistente de Redação - Mariana Marques Gerente Comercial - Priscila Novaes Comercial - Leonardo Vieira / Henrique Martins PubliTime Editora Ano 1 - Edição 02 Ninguém está autorizado a angariar assinaturas e/ou anúncios sem estar devidamente credenciado junto à Editora. Se isto ocorrer, denuncie-o às autoridades locais. A Publitime Editora se reserva o direito de publicar ou não os materiais recebidos. As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da editora. Proibida a reprodução total ou parcial dos artigos sem a prévia autorização do conselho editorial. candido portinari - vida e obra 06 a arte da cerâmica 12 anna bellucci - aquarela e xilo 16 claudio tozzi - pintura 20 tome nota 26 cássio lázaro - escultura 28 calendário 32 instituto olga kos 34 fernando lemos - fotografia 38 artistas benjamin silva elmar castelo branco celestino morari ivone vaccaro rosa de jesus mariléa fereguetti aurea alamino carmes franciosi fabio weil villares deli ribeiro maria yeda diana mendes pimentel eunice nazário lucy aguirre olimpio franco henriqueta rabello acacio arouche mara patriani clênio barros 46 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 80 81 82 consulte arte editorial Candido portinari O artista que pintou o Brasil “Quanta coisa eu contaria se pudesse e soubesse ao menos a língua como a cor”. C andido Portinari nasceu em dezembro de 1903, em uma fazenda de café, na cidade de Brodowski - interior do Estado de São Paulo. De origem extremamente humilde, Portinari que era filho de imigrantes italianos Batista Portinari e Domênica Torquato recebe apenas a instrução primária, mas desde muito novo já manifesta vocação artística. Por volta de 1912 participa dos trabalhos de restauração da Igreja de Brodowski, apresentando facilidade para lidar com as tintas e pinceis, por isso, a infância de Portinari foi decisiva para a carreira do artista. Com 15 anos, foi para a cidade do Rio de Janeiro, para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Lá, rapidamente se destaca com suas obras. No ano de 1928, conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da Exposição Geral de Belas-Artes de tradição acadêmica. Parte em 1929 para Paris, para estudar, onde permanece até 1930. Mestiço fotos: divulgação Prêmios e Exposições No ano de 1935, o artista recebe um prêmio por sua obra “Café”, em Nova Iorque. Desse momento em diante, sua obra passa a ser mundialmente reconhecida. Já seus primeiros murais são datados de 1936, dedicados a construção da estrada Rio - São Paulo. Também produziu painéis de 10m x 14m para a sede da ONU. Os Retirantes 6 - Consulte Arte No final da década de 50, ele realiza uma série de exposições internacionais, expondo em Paris e Munique no ano de 1957. Portinari é o único artista brasileiro a participar da exposição ‘50 Anos de Arte Moderna’, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, em 1958. Também expõe como convidado de honra, em sala especial, na ‘I Bienal de Artes Plásticas’ da Cidade do México. O Lavrador de Café Consulte Arte - 7 PINTURA candido portinari No ano de 1959, ainda expõe na Galeria Wildenstein de Nova York e 1960 expõe na Tchecoslováquia. nucioso. O caráter abstrato era extremamente raro de ser encontrado na obra do artista. Origens e doença Por volta de 1954, Portinari apresenta os primeiros sintomas de envenenamento por tintas. Já no fim dos anos 50, demonstra uma piora significativa e passa a se isolar. Continua a pintar, e começa a escrever poesias que mostram a nostalgia de sua infância. Candido Portinari morre em 6 de fevereiro de 1962, aos 59 anos, na cidade do Rio de Janeiro. Seu último quadro - uma índia - ficou inacabado. Portinari também gostava de pintar crianças em balanços e gangorras, pois assim elas ficavam no ar, parecendo anjos. Mesmo sendo reconhecido mundialmente, jamais perdeu suas origens simples. Gostava de pintar o povo, em suas festas e tristezas, com um realismo mi- Guerra e Paz 8 - Consulte Arte Obras Ao longo de sua carreira, o artista pintou quase 5 mil obras, entre rascunhos, telas e painéis. Entre as principais características de suas obras estão a retratação à questões sociais do Brasil; utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna européia, que ele adquiriu em suas viagens ao exterior; arte figurativa, valorizando as tradições da pintura, altamente realista. Guerra e Paz Portinari teve uma série de obras que marcaram sua carreira, entre as mais importantes estão: Meio ambiente; Colhedores de café; Mestiço; Favelas; O Lavrador de Café; O sapateiro de Brodósqui; Meninos e piões; Lavadeiras; Grupos de meninas brincando; Menino com carneiro; Cena rural; A primeira missa no Brasil; São Francisco de Assis; Os Retirantes. Após sua trajetória, Candido Portinari passou a ser um dos maiores nomes da pintura brasileira, alcançando reconhecimento em todo mundo, tanto pela qualidade artística quanto pela temática social de seus trabalhos. Criança Morta Consulte Arte - 9 candido portinari PINTURA A Primeira Missa no Brasil Museu A casa em que Portinari viveu e a Capelinha da Nona, que ele pintou para que sua avó rezasse em casa, na cidadezinha de Brodowski, viraram um museu aberto ao público. O Museu Casa de Portinari fica no interior paulista, a aproximadamente 330km da capital. O principal acesso é pela Rodovia Candido Portinari, entre as cidades de Ribeirão Preto e Batatais. 10 - Consulte Arte Serviço: Praça Candido Portinari, nº 298 Centro - Brodowski – SP (16) 3664-4284 www.museucasadeportinari.org.br Consulte Arte - 11 A arte da cerâmica “A cerâmica é ao mesmo tempo a mais simples e a mais difícil de todas as artes. A mais simples, por ser a mais elementar; a mais difícil, por ser a mais abstrata” - Hebert Read. H istoricamente, a arte da cerâmica é uma das mais primitivas conhecidas pelo homem. Os vasos mais antigos que se tem conhecimento eram modelados à mão em barro cru e secos ao sol e ao vento, e mesmo sendo produzidos de forma rude, já sensibilizavam por suas formas expressivas. A palavra “Cerâmica” vem do grego “kéramos” que significa “terra queimada” ou “argila queimada”. Muito representada na Grécia e China antigas, a cerâmica se expandiu pelo mundo, chegando ao Peru, México, In- Fonte bola frisada preta 12 - Consulte Arte glaterra e Espanha medievais. Alcançando depois a Itália do Renascimento, e a Alemanha do século XVIII. O processo para se produzir a cerâmica permanece inalterável até os dias de hoje. Seus principais procedimentos são obter a argila, processá-la, moldá-la, secá-la e queimá-la. A transformação do barro em cerâmica acontece durante a queima. Em torno dos 400° C, a água que existe na argila se evapora. Em seguida acontece a eliminação da água química, entre os 450°e 700° C. Ao ser queimada, a argila torna-se firme, apresentando muita resistência. A produção da cerâmica exige que o oleiro (ceramista) seja cauteloso e prudente. A argila e os elementos de liga devem ser cuidadosamente escolhidos e o manejo deve ser paciente, pois a propensão a rupturas é muito grande na hora da queima, assim como a variação da peça. A matéria-prima principal da cerâmica é sempre a argila, o caulino, o barro e a pasta, porém existem diversas variações no processo de produção. Primeiramente, ela pode ser manufaturada ou industrializada. O cozimento pode ser feito ao sol, em fogueiras ou em fornos superaquecidos. Quanto as cores, o produto pode ter cor natural, preto ou em variações que vão do amarelo ao vermelho, podendo ainda, ser revestido de pintura. Utilização A utilização da cerâmica é extremamente ampla, ela pode ser empregada desde a construção de casas até vasilhames para uso doméstico. Antigamente, ela era utilizada inclusive como “papel” para escrita. Atualmente, a cerâmica é tanto uma atividade artística, na qual são produzidas peças com valor estético, quanto uma atividade industrial, na produção de artefatos para uso na construção civil e engenharia. Ela é aproveitada até na tecnologia de ponta, mais especificamente na fabricação de componentes de foguetes espaciais, justamente devido a sua durabilidade. Cerâmica no Brasil No Brasil, os primeiros indícios da cerâmica apareceram na Ilha de Marajó. Quando a ciência arqueológica voltou-se para escavações na Amazônia, foi descoberto que a cerâmica marajoara tem sua origem na avançada cultura indígena que se manteve na Ilha. Foram descobertos entre outros itens, instrumentos e objetos decorativos revelando um nível insuspeitado de sofisticação. Os estudos arqueológicos ainda indicam que existia a presença de uma cerâmica mais simples, de aproximados 5.000 anos atrás. A cerâmica marajoara era extremamente elaborada, sendo utilizadas diver- sas técnicas: raspagem, incisão, excisão e pintura. A modelagem era, em sua maioria, de formas humanas, embora pudessem ser encontradas algumas espécies de répteis. Entre outros objetos, estavam bancos, estatuetas, colheres, adornos, apitos e vasos. Quando os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, instalaram as primeiras olarias, não trazendo inovações na técnica, mas estruturando a arte e concentrando a mão-de-obra, permitindo maior simetria nas peças, acabamento detalhado e menor tempo na produção. Nesse período, também foram produzidos tijolos, telhas e louça para consumo diário. Entre as fases da cerâmica brasileira, estão: Ananatuba: Ocorreu entre os séculos VII e X a.C. quando o povo era dividido em tribos, e a cerâmica era produzida de forma bem generalizada e primitiva. Mangueiras: Teve duração entre os séculos IX e o XII. Sucedeu-se a fase da Ananatuba, com características bem parecidas. Formiga: Do mesmo período que a fase Mangueiras, mas com a cerâmica mais simples. Aruã: Grupo paralelo que vivia em pequenas ilhas no Amazonas, com uma produção de cerâmica extremamente Fonte bica quadrada pmg Consulte Arte - 13 cerâmica cerâmica vaso cone suspenso frisado preto VASO ALTO FRISADO BRANCO singular e avançada. Eles utilizavam a cerâmica como forma de urnas funerárias. A denominação foi dada por pesquisadores europeus. Marajó: Ela foi elaborada por povos que habitaram a bacia Amazônica na época de ano 980 a.C. até aproximadamente o século XVIII e é arqueológica. Através dela é possível observar a evolução e a decadência da cultura do povo da ilha de Marajó. Na cerâmica encontra-se riqueza de detalhes e cores. Hoje, o que foi preservado da cerâmica marajoara pode ser visto no Museu Goeldi, em Belém. Fotos da matéria cedidas por Ateliê Simim. E-mail: [email protected] / [email protected] fonte torres pmg 14 - Consulte Arte Consulte Arte - 15 as técnicas e histórias de anna luiza bellucci A 16 - Consulte Arte crepúsculo colagem e técnica mista 12 x 22,4 cm 2003 acordo com a artista, ela gosta de explorar diferentes técnicas, mas sem depender delas. O objetivo é primeiramente ter a ideia e ai então expressá-la através da técnica escolhida. fotos: divulgação credita-se que a Xilogravura tenha origens orientais. De acordo com historiadores, a xilo é uma técnica antiga desenvolvida pelos chineses. O processo de xilografia significa, basicamente, a arte de gravar em madeira. Nessa técnica, o artista utiliza-se de um pedaço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que irá reproduzir. Em seguida, cobre o relevo com uma tinta específica. Por fim, é utilizada uma prensa – que pode ser manual - para exercer pressão e revelar a imagem no papel. No Brasil, a xilogravura é muito popular na região Nordeste, onde estão os mais populares xilogravuristas. A xilogravura era frequentemente utilizada para ilustração de textos de literatura de cordel. Anna Luiza Belluci é artista plástica, gravadora e xilogravurista. Anna formou-se na Faculdade de Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado – na qual também lecionou por muitos anos - e na Academia de Belas Artes de Florença – Itália. Ao longo do tempo, Anna desenvolveu diversos métodos de pintura. De galo azul cerâmica esmaltada 53 x 32 cm 1967 Técnicas A artista já passou pela aquarela, experimentou a colagem, esculpiu esculturas, mas se consolidou na xilogravura, técnica na qual se dedicou e expôs mais. Anna explica as duas linhas básicas de xilogravura na forma como se corta a madeira, que são a de fio e a de topo - a qual a artista demonstra preferência – na de fio a árvore é cortada no sentido do crescimento, ou seja, longitudinal, formando uma tábua; já na xilografia de topo a árvore é cortada no sentido transversal ao tronco, formando um toco. Sempre muito reconhecida por seu trabalho, Anna Luiza Bellucci foi convidada a expor pelo mundo todo, passando por países como Alemanha, Espanha, Itália, Inglaterra, Noruega, Japão, Chile e muitos outros. Anna também recebeu o Primeiro Prêmio Aquisição na Exposição “Jovem Gravura Nacional” no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, em 1964, destacando-se na história da gravura nacional. Inovando na forma de apresentar seu trabalho, Anna foi uma das primeiras artistas a não depender de um suporte para criar a xilo, dessa forma não limitando sua obra. Ela demonstra que é possível criar na madeira com bastante naturalidade, apesar de ser uma técnica “rude”, ela é altamente expressiva, podendo-se expor todas as sensações e sentimentos. Depois de participar de exposições e bienais pelo mundo, hoje a artista dedi- Consulte Arte - 17 aquarela e xilogravura anna luiza bellucci árvore aquarela 51 x 32,3 cm 1989 ca-se em criar em sua casa, explorando técnicas como a colagem, mas sempre com a preocupação de não parar de produzir. Entre as exposições estão: 7ª Bienal Internacional de Gravura – Bradford – Inglaterra (1982); 6ª Bienal Internacional de Gravura da Noruega – Fredrikstad – Noruega; 8ª e 9ª Exposição de Gravura de Kanagawa – Japão (1982/83); Trienal Internacional Inter-Grafik’84 – Berlim – DDR (1984/87/90); Exposição Gráfica Internacional do Museu de Taipei – China (1984); Xylon Exposição Internacional de Xilogravura Gewerbemuseum – Wintertur – Suíça (1984); Xylon 9 – Gelsenkirchen (Alemanha), Genova (Itália), Pont- 18 - Consulte Arte pequeno fruto xilogravura 80,2 x 35,5 cm 1983 -A-Mousson (França), Wintertur (Suíça – 1985); Projeto “Brasil 500 Anos: Uma Janela para o Futuro” – Promoção Bank Boston – Trabalho exposto no Museu de Arte de São Paulo (MASP – 1999). Obras em Acervos: Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM); Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC); Museu de Arte Brasileira de São Paulo (MAB); Museu de Arte Moderna de Bagdad – Iraque; Museu de Artes Gráficas Contemporâneas de Fredrikstad – Noruega; Centro Nacional de Belas Artes Museu Gráfico Universal de Giza – Egito; Citybank – São Paulo; Escritórios Industriais Pirelli – São Paulo. composição 1 Contato: [email protected] Consulte Arte - 19 Fotos Fernando Durão Claudio Tozzi H por silvana baierl A pintura revestida por múltiplas sugestões Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T Foto Fernando Durão Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T 20 - Consulte Arte á um começo, um meio e um fim nas pinturas de Claudio Tozzi. Um começo, porque cada nova tela concluída nasce de um projeto minucioso e calculado. São cálculos que definem um meio de expressão de uma arte engajada, com posicionamento e definição de tempo e espaço. É uma arte com finalidade, de objetivos resolutos. Um fim que transpassa para o futuro, reiniciando a obra, com foco em temas urbanos, construídos sob uma ótica de contestações e constatações. O amadurecimento alcançado pelo artista nos impressiona. Tanto quanto o aprimoramento da técnica, a qual destaca sua capacidade de transpor os limites do desenho, das cores e tons possíveis das tintas e dos efeitos lapidados pelo pincel. Das experiências vividas nos anos 60, quando trabalhou temas simbólicos de conteúdo social; das granulações cromáticas dos anos 70, até chegar à atualidade das obras temáticas e metropolitanas, Claudio Tozzi sempre nos colocou frente a frente com uma arte intensa. Como conseqüência, era de se esperar que sua desenvoltura artística ultrapassasse os limites da tela. A partir do ano 2000, a cidade se abriu para Tozzi. Ou vice-versa. A intimidade entre arte, metrópole e arquitetura fluiu naturalmente, mas também desapareceu de forma brusca e repentina. Aceitando o convite de uma indústria de tintas, o artista criou gigantescos painéis, presenteando São Paulo com pinturas aplicadas sobre o concreto de pontes, muros e viadutos. Claudio Tozzi e sua Obra 2009 Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T Consulte Arte - 21 PINTURA 22 - Consulte Arte Fotos Fernando Durão Sob sol e chuva A multiplicidade das cores e o traço de Claudio Tozzi criaram novos cartões postais para a cidade, integrado ao Projeto Arte-Urbana, que aconteceu em 2004, com pinturas executadas sobre alvenarias e estruturas de locais públicos. Entre elas, surgiu um gigantesco painel no Viaduto Tutóia, junto à avenida 23 de Maio; dois painéis na avenida Bandeirantes, sendo um deles no entorno da pista do Aeroporto de Congonhas; e um painel no início da Rodovia dos Imigrantes. Todos em São Paulo/SP, executados com tintas Lukscolor e de Claudio Tozzi. A Arte-Urbana ainda é um movimento novo no Brasil. Nos Estados Unidos e na Europa é constante, respeitada e até esperada pelo grande público. Em São Paulo/SP, foi feito com um critério exemplar, o que atraiu a participação do artista. As pinturas se adaptaram à localização do espaço público. Sendo assim, o muro do aeroporto recebeu tons amarelos, para contrastar com o quadriculado da pista de pouso. Na saída da cidade em direção às praias, o viaduto da Imigrantes ficou recoberto por tons azuis, sugerindo um ambiente marinho. Na região da Tutóia, o viaduto mereceu tons de verde, estabelecendo uma relação com a aproximação do Parque Ibirapuera. E cada local ganhou um conceito coerente com o ambiente urbano. No entanto, com a aprovação da Lei da Cidade Limpa, em 2007, o trabalho de Claudio Tozzi desapareceu, vítima da imposição da nova legislação. Praticamente todos foram apagados, restando apenas parte do painel instalado na Imigran- Fotos Fernando Durão CLAUDIO TOZZI Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T Território - 2008 - 120 x 200cm - A/S/T Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T Território - 2003 - 120 x 200cm - A/S/T tes, hoje parcialmente recoberto. “Aceitei esse desafio porque acredito que nossa cidade merece um cuidado como esse”, defende. Mas, faça chuva ou faça sol, a Arte-Urbana defendida por Claudio Tozzi é insistente. Tanto quanto seu criador, cujo talento é inabalável. Refeito das surpresas políticas, Tozzi aceitou novos desafios. Para o Edifício Exclusive, localizado na avenida Angélica, elaborou o projeto de um mosaico vitroso, o qual recobre toda a edificação, ocupando mais de 600 metros quadrados de autêntica arte e métodos sofisticados de engenharia civil. Para manter equilibrada a dilatação da argamassa com a dilatação das pastilhas de vidro, o painel foi dividido por juntas de dilatação de alumínio colocadas de forma quase imperceptível. A perfeita conexão entre arte e engenharia embeleza a cidade, independente de leis e resoluções, e mostra que também nas manifestações artísticas nada acontece por acaso. Na Estação Sé do Metrô também encontramos um mosaico vitroso sobre concreto intitulado “Colcha de Retalhos”. Na Praça da República, a Zebra está exposta desde 1972, ano de execução e instalação da obra. No SESC Vila Nova há outro exemplar, trabalhado em mosaico vitroso sobre concreto. Na avenida Dr. Arnaldo, está instalada a “Escultura”, uma obra pictórica aplicada sobre estrutura semelhante a um totem. E um painel com 600 x 3200 cm invade o interior do Edifício Spazio 2222. São exemplos da dignidade artística que une o artista Claudio Tozzi à sua formação de arquiteto. Consulte Arte - 23 PINTURA Foto Fernando Durão Foto Fernando Durão CLAUDIO TOZZI Claudio Tozzi - Atelier Cores evolutivas A pintura é sua companheira fiel. Com uma carreira iniciada na década de 60, Claudio Tozzi torna-se cada vez mais atual, desenvolvendo técnicas inusitadas e perenes. Cada tela representa um desenho projetado e calculado, que unem diversos fragmentos. “Gosto da imagem sugestiva de elevações, vigas, plantas construtivas e sobreposições que encontramos no conglomerado arquitetônico. E do efeito que essa imagem sugere ao espectador”, admite. O olho humano vê sua obra a bel prazer. Alguns encontram na tela a imagem da cidade abstrata, ou a vista aérea de um mapa multicolorido, as vigas formando construções, ou quem sabe apenas blocos sobrepostos de forma desordenada. A intenção do ar- 24 - Consulte Arte tista é despertar nossa atenção para a “bondade urbana”. Tudo o que pode ser bem feito pelo homem, tudo o que pode ser bom para se ver e viver nas grandes cidades. Para alcançar o efeito desejado, utiliza tinta acrílica aplicada com a técnica “esponjada”, a qual ele vem dominando com extrema precisão, obtendo efeitos de transparência, contraste, foco, perspectiva , movimento, névoa e neblina. “Deixo-me conduzir por esse efeito da construção e reconstrução, de ressaltar ou apagar a cor e dessa sensação de continuidade que algumas pinturas permitem provocar”. Mas é a partir da pesquisa que sua obra se modifica. Do desenho, Tozzi traduz para a tela as formas milimétricas perfeitamente calculadas. Nota-se a tranqüilidade do artista em montar uma fusão de cores evolutivas, com traços intercalados e precisos. Claudio Tozzi formou-se em Arquitetura na FAU-Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, onde também trabalhou como professor. Em sua carreira encontramos várias exposições coletivas, inúmeras participações em Bienais de São Paulo, Veneza, Paris, Medelin (Colômbia), Havana e Makurazaki (Japão). Expôs no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro/RJ, no Museu da Casa Brasileira em São Paulo, no Museu Andrade Muricy, em Curitiba/PR e em diversas galerias por todo Brasil. É paulistano em São Paulo estuda, pesquisa, pinta e vive. A cinzenta metrópole parece ser um incentivo à sua criatividade e à sua vontade de pintar. Por pura paixão. Claudio Tozzi - Instalação Consulte Arte - 25 tome nota A mudança visa oferecer ao consumidor uma rápida identificação visual do produto no ponto de venda, completando a Linha Vermelha de Pelos de Orelha de Boi com a versão em filamentos sintéticos, que é a grande tendência na fabricação de pinceis. Condor Pinceis Empresa fundada em 1929, com sede em São Bento do Sul, Santa Catarina. Condor atualiza linha de pinceis artísticos Indicação Indicado para uso sobre diversas superfícies: tela, painel, papel, madeira, cerâmica, vidro, metal, paredes, emborrachados, plásticos e outras. Remover o excesso de tinta em papel absorvente e efetuar a limpeza no solvente indicado da tinta, sem pressionar as pontas durante a limpeza. Uso com tintas pastosas ou aguadas: tintas acrílicas, tinta a óleo e outras do mercado artístico. Após a limpeza, modelar a ponta no formato original e aguardar a secagem sem pressão nos filamentos. Performance Resposta imediata nas pinceladas quanto à flexibilidade e suavidade no acabamento. No uso com tinta a óleo, remover o excesso de tinta em papel absorvente e efetuar a limpeza em aguarrás ou terebintina. Ótimo tinteiro na carga de tinta em pinceladas prolongadas. Utilizar somente produtos de fabricação para o mercado artístico. Expor à secagem em local ventilado, sem pressão nas pontas. Traçado fino e definido. Alta resiliência (retorno a posição original após pressão). Manutenção Efetuar a limpeza em seguida a utilização. Público Alvo Artesão, Artistas Gráficos, Artistas Plásticos, Decoradores, Cenógrafos e o consumo geral do mercado artístico e de bricolagem. Fabricante de uma grande variedade de produtos para atender o segmento artístico, com atuação em todo o território nacional e exportação para vários países. Linha Sintética Suave A Condor, líder nacional na fabricação de pincéis artísticos, traz para o mercado a linha Sintética Suave totalmente repaginada. Agora, os produtos podem ser adquiridos com o cabo na cor vermelha e impressão da marca em prata. Características • Cabo: Longo, cor Vermelha com acabamento em verniz UV. • Logotipia: Cor Prata. • Virola: Alumínio polido. • Filamento: Sintético Especial/Imitação Pelo de Orelha de Boi. Referências e Numerações • Ref. 284 Chato Nºs 4-6-8-10-12-14-16-18-2022-24 • Ref. 285 Redondo Nºs 4-8-12-16-20-24 • Ref. 286 Língua de Gato Nºs 4-8-12-16-20 • Ref. 287 Chanfrado Nºs 4-8-12-16-20-24 26 - Consulte Arte obras da artista plástica Erica Mizutani - utilizando os pinceis condor. Consulte Arte - 27 Cássio Lázaro e transpor todas as leis físicas, geométricas e gravitacionais. Cássio Lázaro transforma aço inox em papel, óxidos em cor e explosões em emoção. Todos os efeitos permitidos pela fragilidade do papel, o artista traduz para o aço, criando texturas, parcerias entre corte e solda, ou misturas de detalhes da natureza: “Porque tudo na natureza pode ser transportado para a arte. Basta obser- Toda força e leveza do escultor de aço vá-la e adquirir técnicas para reproduzirmos tais formas na escultura”, constata. Em suas mãos, o aço assume aos poucos sua forma definitiva, porém equilibrada. Para esta mostra do MuBe, Cássio preparou cerca de 14 peças, todas de grandes proporções, oscilando entre 3 a 6 metros de altura e diâmetro. O trabalho intenso durou meses. Movimento em Caracol - 43x52x23 - aço laqueado - 2008 por silvana baierl G igantescas folhas de papel, superfícies rendadas, amarraduras, tiras e tramas foram exaltadas por toda parte na exposição que aconteceu no MuBe-Museu Brasileiro de Escultura, em São Paulo/SP. Nada proposital e, para decepção dos defensores da ecologia e do meio ambiente, o autor das obras não pretende entoar movimentos a favor ou contra conscientizações coletivas. Na exposição de arte, a liberdade de criação não encontrou limites ou obstáculos. A cidade de São Paulo teve a oportunidade de conhecer um 28 - Consulte Arte pouco mais sobre a capacidade construtiva do escultor Cássio Lazaro. Ganhou um momento para vivenciar arte, sem a preocupação de entendê-la. Teve apenas a oportunidade de sentir e admirar uma exposição imperdível, que incentivou saber mais sobre habilidades escultóricas de um artista puramente brasileiro, ou mineiro, radicado na capital paulista. Seria mais justo denominá-lo um “construtor” do aço, sensível ao extremo para transformar toda a dureza do material numa obra leve, afoita para atirar-se ao vento, voar pelos ares Instrumental - 128x30x20 aço patinado e laqueado - 2007 Centopéia - 160x40x12 aço oxidado -2007 Renda Paralela - 165x60x20 aço laqueado - 2008 Consulte Arte - 29 ESCULTURA CÁSSIO LÁZARO Poesia da forma Mas trabalhar o aço não exige apenas inspiração. Requer talento, força, técnica e preparo para controlar as máquinas. Todos estes argumentos estão presentes na escultura de Cássio Lázaro. Seu local de trabalho é um misto de oficina, atelier, showroom e depósito. Além das máquinas de corte, encontramos também uma cabine especial para jateamento de tintas e centenas de peças prontas ou esperando acabamento. Somente com o aço, seu trabalho acontece há 18 anos. Para o artista, a criação se integra com os elementos observados no ambiente urbano, ou na simplicidade da natureza. Seja qual for a poesia da forma, Cássio Lázaro a transporta para a lâmina de aço, gerando magia e movimento. Do material duro, sua linguagem se baseia em 13 referências de efeitos: explosões, amassaduras, côncavos, rendas, tiras, tramas, rabiscos, cubos, rasgaduras, relevos, dobraduras, rupturas e vazados. Cada uma delas é aplicada ao aço de acordo com o tipo da obra. E podem se multiplicar, a partir da junção entre elas, de acordo com a proposta da peça. Para a mostra do MuBe, parte das esculturas receberam pintura, usando apenas as cores básicas, sobretudo o branco. Outras tiveram um acabamento oxidado ou escovado, preservando o aspecto original do aço. Praticamente todas foram concebidas considerando o papel rasgado e amassado como base de inspiração. Vazado Orgânico - 120x70x10 - aço oxidado - 2007 Cubos em Equilíbrio - 100x43x15 - aço laqueado - 2008 30 - Consulte Arte Observador da natureza Oficialmente, o escultor Cássio Lázaro nasceu em Cássia/MG, cidade onde foi registrado. Sua origem real é a cidade de Passos/ MG, onde cresceu vivendo na roça e numa casa de taipa. Desde menino, seu passa-tempo preferido era observar a natureza. Um dia ficou por longo tempo acompanhando a evolução de uma borboleta, até vê-la sair do casulo. Observava também os veios da madeira e a infinita quantidade de linhas desenhadas nas folhas. Tempos de infância em que ele jamais se imaginaria um escultor: “Eu nem sabia o que era um artista plástico. E como todos geralmente têm um parentesco com outros artistas, no meu pensamento isso me distanciava ainda mais desse ofício. Porque na minha família não há nenhum escultor ou pintor”, assume sem falsa modéstia. Aos poucos, Cássio começou a se envolver com as Artes Plásticas e a Escultura. Trabalhou no atelier de importantes escultores, cursou a Escola Pan-Americana de Artes em São Paulo/SP, além de adquirir experiência em estamparia de materiais e tecidos. O ofício de escultor parecia fácil para Lázaro, e a cada dia ele se via diante da certeza do que queria fazer. Foi em 1973 que surgiu a oportunidade da primeira exposição individual, na Galeria Sherder, de Minas Gerais; seguida de uma exposição na Galeria Itaú, em São Paulo, em 1974. E a partir de ambas, todos os anos novas exposições aconteceram, em diferentes cidades do Brasil. Em 2005, expôs na Galeria Arte Aplicada, em São Paulo. Cássio também cria troféus para premiações e esculturas para mostras de decoração. Para a Casa Cor do Rio de Janeiro ele esculpiu uma peça com seis metros, formada por seis blocos com encaixes entre si. Também trabalhou na execução de troféus em bronze e, durante 12 anos, dedicou-se à técnica figurativa. Na visão de Cássio Lázaro, sua própria rebeldia de artista o conduziu na busca de outros materiais, até atingir o ápice dos processos de escultura no aço inox. Seu talento mereceu quatro prêmios na XXII Exposição de Arte Contemporânea de São Paulo, em 1990. E Medalha de Ouro no Chapel Arte Show, realizado na Flórida/EUA, em 1989. Tem obras em coleções brasileiras e também no exterior: Estados Unidos, França, Espanha, Suíça, Venezuela e Itália. Cássio Lázaro soma hoje mais de 35 anos dedicados exclusiva- Trama - 87x30x13 - aço oxidado - 2008 mente à escultura. Para alcançar a perfeição, dominante em suas obras feitas em aço, ele superou todos os estágios obrigatórios a um bom escultor. Aprendeu a dominar o figurativo, os diferentes materiais e cores. Aprendeu a dar vida a elementos estáticos e, basta um primeiro olhar para iniciarmos uma conexão com seu trabalho, sua riqueza de sentimentos e sua história. Consulte Arte - 31 Feiarte Curitiba - 32ª Feira Internacional de Artesanato De 17 a 26 de Maio de 2013 Expo Renault Barigui - Parque Barigui - Curitiba - PR Informações: (41) 3069-4600 calendário Exposição Portinari - As Séries Bíblica e Retirantes A partir de 18 de Abril de 2013 Av. Paulista, 1578 - 1º subsolo do MASP - SP - Acesso a deficientes De Terça a Domingo e Feriados - Das 10h às 18h / Quinta - Das 10h às 20h Ingresso: R$ 15,00 (inteira) - R$ 7,00 (meia) - A bilheteria fecha meia hora antes Crianças até 10 anos e adultos acima de 60 anos não pagam. Terça - acesso gratuito a todos Informações: www.masp.art.br 32 - Consulte Arte Exposição A Arte Fantástica de Mário Gruber Até 12 de Maio de 2013 Caixa Cultural de São Paulo - Praça da Sé, 111 - Centro - SP De Terça a Domingo - Das 9h às 20h Ingresso: Grátis Terça - acesso gratuito a todos Informações: (11) 3321- 4400 Exposição Still em Movimento: Lição de Pintura 2ª Temporada de Projetos De 09 de Abril a 23 de Junho de 2013 Paço das Artes - Av da Universidade, 1 - Cidade Universitária - SP De Terça a Sexta - Das 11h30 às 19h / Sábado e Domingo - Das 12h30 às 17h30 Informações: (11) 3814 – 4832 Exposição Sergio Sister De 23 de Fevereiro a 26 de Maio de 2013 Praça da Luz, 02 - Luz - SP De Terça a Domingo - Das 10h às 17h30 (com permanência até às 18h) Ingresso: R$ 6,00 e R$ 3,00 - combinado Pinacoteca e Estação Pinacoteca Grátis aos Sábados Informações: www.pinacoteca.org.br Exposição Alex Vallauri - São Paulo e Nova York como Suporte De 16 de Abril a 23 de Junho de 2013 Parque Ibirapuera, Portão 3 - SP De Terça a Domingo e Feriados - Das 10h às 17h30 Ingresso: R$ 6,00 - Grátis aos Domingos Informações: www.mam.org.br Exposição Encontros (curadoria Fernando Durão-Brasil e Franchini-Portugal) De 17 de Maio a 09 de Junho de 2013 Galeria Marta Traba - Espaço Ateliê Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - SP De Terça a Domingo - Das 9h às 18h Ingresso: Grátis Informações: www.memorial.org.br Exposição Um Olhar Eterno Por Tempo Indeterminado Estande Marquise Ibirapuera - SP De Domingo a Sábado - Das 9h às 19 h Informações: (11) 5572-0985 / 5084-9328 Exposição O Agora, O Antes: Uma Síntese do Acervo do MAC USP Início 06 de Abril de 2013 MAC USP - Nova Sede - SP Entrada Gratuita Informações: www.mac.usp.br/mac Exposição Cápsula de Vida - Felipe Fontoura - Curadoria Cildo Oliveira De 13 de Março a 10 de Maio de 2013 Espacio Uruguay - Av. Paulista, 1776 - 9 andar - Elevadores 3 e 4 - SP De Segunda a Sexta - Das 14h às 18h Informações: [email protected] (11) 3373-6648 Exposição Super 8 De 06 de Abril a 02 de Junho de 2013 MAM - RJ Informações: mamrio.org.br/exposicoes Exposições Dennis Esteves e Célia Nahas Garcia De 07 a 31 de Maio de 2013 Club Transatlântico / Espaço Mezanino - Rua José Guerra, 130 - SP De Segunda a Sexta (exceto feriados) - Das 9h às 22h Entrada Gratuita - Estacionamento: R$ 15,00 (período) Informações: [email protected] www.clubtransatlantico.com.br Exposição Klarheit - Taisa Nasser De 24 de Maio a 19 de Julho de 2013 Salão da Embaixada Brasileira em Berlim (Wallstr. 57) - Alemanha De Segunda a Sexta - Das 10h às 18h Entrada Gratuita Informações: www.taisanasser.com.br www.taisanasser.com Exposição Cores do Xingu De 30 de Abril a 09 de Junho de 2013 Estação Literária Professora Maria de Lourdes Evora Camargo Rua 19 de setembro, 233 - Centro - Guararema - SP De Terça a Sexta - Das 9h às 20h / Sábado, Domingo e Feriados - Das 10h às 17h Entrada Gratuita Informações: (11) 4695-3871 Datas sujeitas a alterações. Confirme sempre com os organizadores. Datas sujeitas a alterações. Confirme sempre com os organizadores. Consulte Arte - 33 instituto olga kos Fundado no ano de 2007 por Wolf e Olga Kos para a disseminação da arte e cultura brasileiras, o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural (IOK) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que atende crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, particularmente Síndrome de Down, na cidade de São Paulo. O principal objetivo do Instituto é a inclusão social e cultural de pessoas com deficiência intelectual. Resgatando e repassando a toda população a diversidade cultural e artística do nosso país, ampliando o acesso à Cultura a pessoas com necessidades especiais, descobrindo novos talentos. Para atingir esse objetivo, o IOK desenvolve projetos de artes e esportes. Nas atividades de artes os objetivos são: divulgar a diversidade cultural e artística de nosso país, ampliar o acesso à cultura, incentivar o exercício da arte e ampliar os canais de comunicação e expressão da pessoa com deficiência intelectual através dos programas Pintou a Síndrome do Respeito e Resgatando Cultura. Além disso, o IOK desenvolve a articulação de redes de apoio para geração de renda e inclusão no mercado de trabalho, através de parcerias com instituições que promovem o aprendizado de uma habilidade profissional. Pintou a Síndrome do Respeito O projeto Pintou a Síndrome do Respeito acontece desde 2007. Sendo realizadas diversas oficinas de arte em parceria com 11 (onze) organizações reconhecidas por to- 34 - Consulte Arte da a cidade de São Paulo, entre elas a APAE, ADERE, APOIE, ADID, CEDE, C.C. Sto. Amaro, CCM, CECCO, Chaverim e a Pestalozzi. As oficinas contam com suporte e acompanhamento de equipe multidisciplinar formada basicamente por psicólogos, pedagogos e arte educadores, além da participação dos artistas homenageados no projeto Resgatando Cultura em aulas que oferecem sua técnica de pintura para que seja agregada ao conhecimento dos alunos. ou deficiência intelectual. Ponto de Cultura Ponto de Cultura é a ação principal de um programa do Ministério da Cultura chamado Cultura Viva, concebido como uma rede orgânica de gestão, agitação e criação cultural. O Ponto de Cultura Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural não é uma criação de projetos, mas a potencialização de iniciativas culturais já existentes. Em alguns pode ser a adequação do espaço físico, em outros, a compra de equipamentos ou, como a maio- ria, a realização de cursos, oficinas culturais e produção contínua de linguagens artísticas (música, dança, teatro, cinema, capoeira, entre outras). Por nosso compromisso com a cultura fomos premiados como Ponto de Cultura. As atividades de nossas oficinas são variadas e sempre associam à produção das artes visuais, ou seja, um processo de sensibilização do aparato sensório. Jogos lúdicos de estimulação dos cinco sentidos que preparam o corpo para atuar de forma natural no processo de criação. Exposição Itinerante de arte Resgatando Cultura Publicação de uma série de livros sobre a obra de artistas plásticos contemporâneos. Este ano será publicada a quinta edição da série que prevê 20 livros. O projeto As aulas são destinadas a crianças, jovens e adultos com síndrome de Down e/ ou deficiência intelectual e não existe forma alguma de cobrança. Todo o material é gratuito. As oficinas atendem, normalmente, uma média de 15 alunos por turma e são ministradas por artistas plásticos renomados e pedagogos especializados em pessoas com síndrome de Down e/ Consulte Arte - 35 instituto olga kos instituto olga kos Módulo Cores em Movimento - Antonio Peticov - Por Pedro Spilack Realização das oficinas O Ponto de Cultura Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural mantém parcerias com instituições interessadas em trabalhar na inclusão de pessoas com ou sem deficiência intelectual dentro da sociedade. Atualmente, as oficinas do projeto “Pintou a Síndrome do Respeito” são realizadas em instituições especializadas no atendimento de pessoas com síndrome de Down e/ou deficiência intelectual. As oficinas do Ponto de Cultura Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural são abertas ao público em geral, promovendo assim uma integração entre pessoas com deficiência. Em 2010 iniciamos parceria com três instituições, o Centro da Cultura Judaica, Instituto Mara Gabrilli e a Escola Novo Ângulo Novo Esquema. As atividades tiveram início no mês de agosto e término no mês 36 - Consulte Arte sem título - acrílica sobre papel - 60 x 60 cm - 2010 de novembro 2010. Em 2011 ampliamos o leque de parceiras com novas instituições. O Instituto trabalha com a inclusão cultural. A Inclusão é um movimento internacional e prevê a igualdade de direitos a todos os cidadãos do mundo, no caso, mais especificamente, das pessoas com deficiência. Por inclusão cultural, pode-se entender uma ação igualitária de direitos para e com as pessoas com deficiência. Ou seja, o trabalho é essencialmente voltado para o ensino de técnicas de artes plásticas para pessoas com deficiência intelectual com interesse nesta área. A inclusão cultural promovida pelo Instituto pode ajudar na inclusão social, partindo-se do princípio de que todos podem aprender, a noção de pessoa capacitada e competente diante da sociedade oferece às pessoas com deficiências um novo lugar. Pessoas que outrora eram tidas como necessitadas, ou incapazes, dentro do processo de inclusão, passam a ser vistas como dotadas dos mesmos direitos de todos na sociedade e podendo desenvolver suas habilidades, sejam elas quais forem. Os benefícios são inúmeros. Socialmente os alunos começam a ter mais vínculo com os colegas, amigos, professores e se incluem mais nos locais, ainda melhoram a autoestima, liderança e vários aspectos sociais. Já fisicamente, ajuda na coordenação motora, agilidade, equilíbrio, o aparelho cardiovascular fica mais forte e coração mais resistente. A estrutura óssea e muscular ganha mais rigidez. Além disso, influi diretamente na qualidade de vida e nas atividades diárias deles. Ao se cadastrar no site do Instituto, é possível receber a newsletter com novidades de oficinas, ações, eventos, etc. Além disso, a sustentabilidade dos programas e ações do Instituto depende da contribuição de pessoas físicas e jurídicas, por meio do patrocínio com dedução fiscal das empresas e das doações espontâneas da sociedade, mais informações estão disponíveis no site. Fone: 11.3081-9300 www.institutoolgakos.org.br Consulte Arte - 37 Fotografia curadoria fernando durão A OBRA SURREALISTA DO FOTÓGRAFO E ARTISTA PLÁSTICO FERNANDO LEMOS PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DE 1949 A 1953. Maria Helena Vieira da Silva, pintora terceiro movimento fora de registro Caça ao Búzio Artificial Intimidade dos Armazéns do Chiado Vespeira Figurativo Aula de Erotismo Lucilia Farinha, bailarina movimento sonoro 38 - Consulte Arte Augusto de Figueiredo, ator Consulte Arte - 39 FOTOGRAFIA FERNANDO LEMOS Fui estudante, serralheiro, marceneiro, estofador, impressor de litografia, desenhador, publicitário, professor, pintor, fotógrafo, tocador de gaita, emigrante, exilado, diretor de museu, assessor de ministros, pesquisador, jornalista, poeta, júri de concursos, conselheiro de pinacotecas, comissário de eventos internacionais, designer de feiras industriais, cenógrafo, pai de filhos, bolseiro e tenho duas pátrias, uma que me fez e outra que ajudo a fazer. Como se vê, sou mais um português à procura de coisa melhor. (Fernando Lemos) F ernando Lemos, artista plástico, fotógrafo, designer e poeta, está entre os mais consagrados e respeitados artistas da atualidade. Em sua trajetória profissional com mais de 50 anos de ativa produção, tem suas obras publicadas e reconhecidas no Brasil e em diversos países como Portugal, França, Alemanha, Canadá, Rússia, Japão etc. Fernando Lemos nasceu em 3 de maio de 1926 na cidade de Lisboa- Portugal, na Rua do Sol ao Rato, como gosta de lembrar, seguindo uma trajetória característica dos jovens talentosos. Foi em busca de conhecimento, estudou na Escola Antônio Arroio e na Sociedade Nacional de Belas Artes, na cidade de Lisboa. Dedicou-se ao desenho, litografia e à fotografia. No final da década de 40, já dominando bem o laboratório fotográfico, Lemos deu início a um constante experimentalismo, que o levou a uma produção de imagens comprometidas com o movimento surrealista em Portugal. Sophia de Mello Breyner, poetisa no castelo desde o cerco de Lisboa Die Hand und das Messer Auto-Retrato,1949-52 40 - Consulte Arte A mão de Sombra sentido único Die Hand und das Messer Consulte Arte - 41 Sós na Praia cheiro de sargaço e céu com vertigem Para esta edição, destaco algumas imagens que, acredito, falarão um pouco do olhar e do pensar o surrealismo deste jovem artista que usou sua linguagem como forma de oposição ao regime ditatorial vigente em Portugal, da década de 30 até 25 de abril de 1974. Em janeiro de 1952, Lemos realizou sua primeira exposição coletiva em Lisboa, na Casa Jalco, e é convidado para sua primeira individual na Galeria de Março com a mostra intitulada “Fotografia de Várias Coisas”, exibindo ao público sua produção fotográfica realizada de 1949 a 1952. Nesse mesmo período, Lemos teve a oportunidade de um encontro ocasional com o fotógrafo Man Ray no atelier da artista plástica portuguesa, Maria Helena Vieira da Silva, em Paris. Em 1953, Fernando Lemos vem para o Brasil e, nesse mesmo ano, é convidado a expor suas imagens no Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro, com texto em catálogo de Manuel Bandeira. Nas décadas de 50 e 60, São Paulo se encontrava em plena fase de crescimento industrial e intelectual, Fernando Lemos se dedicava na ocasião mais às artes plásticas, ao design gráfico e industrial, além da publicidade. Foi premiado em desenho na 4ª Bienal de São Paulo, em 1957 e participou da 8ª Bienal de São Paulo com sala especial. Como fotógrafo, atuou em produções publicitárias, trabalhando para alguns amigos como Lourival Gomes Machado e a escritora Hilda Hilst. Em 1968, participou com George Torok e Jorge Bodansky de uma coletiva na Galeria Astréia em São Paulo. Ainda com Jorge Bodansky, faz sua única experiência como diretor de fotografia do longa metragem Compasso de Espera, realizado entre 1969 e 1975, com direção de Antunes de Filho. Em 1982, seu trabalho surrealista é citado por Edourd Jaguer em seu livro Les Mystéres du Chambre Noire: le Surrealisme et la Photographie. Em 1992, sua obra é apresentada na mostra Mois de la Photo em Paris e, em 1994, faz uma retrospectiva no Centro de Arte Moderna em Lisboa, ambas patrocinadas pela Fundação Calouste Gulbenkian. O Brasil tem tido alguns momentos significativos no cenário internacional da fotografia, na década de 40 e 50, com a criação da Escola Paulista pelo Foto Cine Clube Bandeirante, na década de 70, com Bienais e Trienais de Fotografia e, a partir do final dos anos 90, uma retomada dessa arte com a criação de novos espaços em museus, galerias e centros culturais. Para abrilhantar esse retorno, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, por intermédio do diretor Marcelo Mattos Araújo, em 2004, convidou Fernando Lemos para uma mostra individual, a qual reuniu mais de 118 imagens em preto e branco do período de 1949 a 1952, com o título À sombra da luz Fernando Lemos À luz da sombra. Luz Teimosa das trevas para a câmara escura Esse ativo, criativo e inquieto artista continua produzindo e em breve teremos a oportunidade de conhecer novas obras. Banho de Sol 42 - Consulte Arte Coincidência pequenas diferenças ALGUMAS REFERÊNCIAS NA INTERNET www.centrocultural.sp.gov.br/linha/dart/revista6/lemos.htm www.secrel.com.br/jpoesia/ag34lemos.htm www.triplov.com/surreal/lemos.html FOTOGRAFIA Fernando lemos FERNANDO LEMOS Resumo biográfico em Fotografia 1952 - Lisboa .Casa Jalco - Pintura, desenho e fotografia.1952 .Galeria de Março - Fotografias de várias coisas. 1953 - São Paulo. Museu de Arte Moderna Rio de Janeiro .Museu de Arte Moderna.1968 - São Paulo .Galeria Astréia.1977 - Porto .Centro de Arte Contemporânea - A fotografia na arte moderna portuguesa.1982 - Lisboa .Sociedade Nacional de Belas Artes - Refotos dos anos 40. 1983 - Montreal .Galeria UQAM - Le Surréalisme Portugais.1992 - Paris .Le Mois de la Photo - Fernando Lemos.1994 - Lisboa .Centro de Arte Moderna - À sombra da luz. - Lisboa .Centro Cultural do Belém - O rosto da máscara. 1995 - Salamanca. Universidade de Salamanca - À sombra da luz .1996 - Aix-en-Provence - À sombra da luz. 1998 - Toulouse .Galeria Chateau D’Eau - Photographies.1998 - Hamburgo .Handelskammer - Fernando Lemos: Fotografien.1999 - Lisboa .Museu do Chiado - Coleção de Fotografias: Anos 50. 2004 - São Paulo .Pinacoteca do Estado - À sombra da luz., À luz da sombra. 2005 - Rio de Janeiro .Museu Nacional de Belas Artes - À sombra da luz, À luz da sombra. 2005 - Vila Franca de Xira.Bienal de Fotografia. 2005 - Sintra .Museu de Arte Moderna - Fernando Lemos e o Surrealismo. 2005 - São Paulo .Museu de Arte de São Paulo - Exposição Coleção Pirelli. 2006 - Ilha da Madeira .Casa das Mudas Fernando Lemos e o Surrealismo. 2006 - São Paulo, SP .Museu de Arte Moderna - Acervo. 2006 Premio Especial de Fotografia - Porto Seguro - SP. 2006 - São Paulo .FNAC-SP (itinerante) Realidade não é Tempo. 2006 - Rio de Janeiro .Galeria Tempo 2006 - Rio de Janeiro .Casa do Saber. 2007 - São Paulo .SP/Arte-Prédio da Bienal / Ibirapuera - Fotografias. 2007 - Florianópolis .Confraria das Artes - Fotos.2007 - Zaragoza .Caja Madrid - Fundacio Foto Colectania. 2008 - São Paulo .Galeria Olido-Centro Cultural - Preto e Branco. 2008 - Moscou .MAC - Casa do Artista - Foto Bienal - Organizado pelo Instituto Camões e Gulbenkain. 2008 - Lisboa - Exposição retrospectiva, homenagem ao premio recebido pelo BANIF na Sociedade Nacional de Belas Artes. Consulte Arte - 43 Participe da 2ª Edição do Livro consultearte Roteiro das Artes Plásticas • Inscrições abertas • Divulgue sua obra • Represente seu estado • Confira condições especiais Fone: (11) 3081-7575 [email protected] www.consultearte.com.br 44 - Consulte Arte Consulte Arte - 45 ARTES PLÁSTICAS benjamin silva Em suas pinturas recentes, Benjamin Silva gravita no espaço do expressionismo abstratizante, sem, no entanto, abandonar o construtivismo, pois em seus trabalhos ainda são nítidos os resquícios dos canteiros de obras, dos ciclistas, das gruas, enfim, das cenas do cotidiano das suas fantasias urbanas. A abrangência de sua pintura, mantendo compromisso com o imaginário urbano, mostrando as vísceras do dia a dia, surge dos contrastes de opostos, das deformações fenomenológicas, das decomposições, das desintegrações das formas, em suma: do caos. Dinâmica Horizontal Acrílica Sobre MDF 80 x 100 cm 2013 Aproximação Dinâmica II Acrílica Sobre MDF 80 x 100 cm 2013 Suas pinceladas firmes, suas cores vibrantes e a estrutura de suas composições, obedecem a um desenho meticulosamente elaborado. Dono de uma perspectiva personalíssima, Benjamin põe sua arte a tornar visível forças invisíveis pela captação dessas mesmas forças. Lá estão todas elas: isolamento, dissipação, deformação, etc., possibilitando à pintura a agir sozinha sem lógica ou narrativa entre si, fazendo surgir novas formas abstratizantes a partir de acidentes e não por semelhanças. 46 - Consulte Arte Aproximação Dinâmica I Acrílica Sobre MDF 80 x 100 cm 2013 Dinâmica Vertical Acrílica Sobre MDF 80 x 60 cm 2013 Composição Sobre Amarelo Acrílica Sobre MDF 80 x 60 cm 2013 Consulte Arte - 47 artes plásticas benjamin silva Cada tela em branco impõe ao artista um novo desafio, que é o ato de pintar. A tela nunca está em branco, é verdade. Ela está cheia de opiniões, “clichês”, que o artista aos poucos vai retirando da tela para dar lugar à verdadeira pintura. Nela a relação imagem/objeto se dissipa, pois aí teríamos a presença da opinião e, como consequência, a reprodução e não a criação. Na relação espaço/tempo, Benjamin cria volume entre movimentos dispares, deformando, deslocando e fazendo com que os objetos flutuem no espaço em função da ausência de seu próprio peso. A arte inaugura pontos de vista, questionamentos, gêneses do ato de pensar, pois a sensação é o que resta quando se afastam todas as formas de representação. Aqui o objeto de encontro não é o objeto encontrado, uma vez que toda sensação deforma, isto é, desrealiza a realidade distanciando-se daquilo que é real e verdadeiro. Vê-se nas suas pinturas que o caos afirma a ordem e não a desordem. Benjamin pinta, mas também manipula o caos. Antonio Bento - Marchand Composição Sobre Azul Acrílica Sobre MDF 80 x 60 cm 2013 48 - Consulte Arte Composição Sobre Azul Acrílica Sobre MDF 60 x 80 cm 2013 Contato: [email protected] Consulte Arte - 49 ELMAR CASTELO BRANCO Elmar começou muito pequeno nas artes plásticas; no colégio as professoras elogiavam muito suas aquarelas das aulas de desenho. Em casa, sem material, usava o batom e o lápis de sobrancelha da mamãe para pintar as alvas paredes da casa; terminava levando uma surra e a obrigação de limpar tudinho com um pano molhado. Assim foi crescendo até encontrar o teatro, que muito influenciou seus quadros. Exercendo a arte de pintar e encenar, sem muito apoio, continuou seguindo e aprendendo as diferentes faces do teatro e os segredos da pintura até que começou a escrever dramaturgia, mais um desafio para ele. Publicou 4 livros num total de 13 peças que o tornaram famoso na cidade, em diversas montagens, que lhe renderam o nome de o homem de sete instrumentos. Usa, em seus trabalhos, todas técnicas que conhece. Apesar de preferir o pincel e a espátula para pintar vários temas, dando prioridade as coisas da terra, como o carnaval, paisagens e flores. Não é muito fã da figura humana, mas pinta também quando lhe vem à cabeça. Suas influências sempre foram o carnaval, o teatro e a igreja. 50 - Consulte Arte ARTES PLÁSTICAS Não tem um só estilo. São vários. Nunca se prendeu a isso. Não tem marca registrada, nem quer e nem deseja se restringir a nada. Gosta que a criatividade se manifeste, seja ela qual for. Não sabe os outros artistas, mas seu processo é simples e rápido. Senta-se diante uma tela branco e começa a rabiscar o que lhe vem a mente, daí, olhando o rascunho vem a idéia e vai desenvolvendo aos poucos até o acabamento. Em algum momento de sua vida pensou em ser cantor ou bailarino. Apesar de que, por desejo da família, formou-se em direito, mas nunca exerceu a advocacia. A arte venceu. A exposição que marcou a sua carreira artística foi a “bodas de prata” onde chamou artistas para, também expondo, comemorar juntamente com ele os seus vinte e cinco anos de arte. Vaso Sobre a Mesa O/S/T 100 x 100 cm 2011 Casário Português O/S/T 70 x 50 cm 2006 Rosas O/S/T 21 x 72 cm 2012 Copos de Leite na Cesta O/S/T 70 x 100 cm 2012 Contato: [email protected] Consulte Arte - 51 ARTES PLÁSTICAS celestino morari Nu Feminino Escultura em Mármore 29 x 40 x 17 cm 2013 Sem Pátria, Sem Lar Escultura em Concreto Fundido 40 x 34 x 40 cm 2005 Celestino Morari, pintor e escultor. É paulista nascido em Cafelândia/SP, no ano de 1946. Começou a esculpir (entalhar em madeira logo cedo), foi evoluindo devagar autodidaticamente; participou de vários cursos com professores particulares, tanto em pintura, quanto em escultura. Estudou escultura em argila no Liceu de Artes e Ofícios, com o prof. Reydon. Participou, mais ou menos, durante três anos de curso livre de artes plásticas. As atividades artísticas eram relegadas ao 2º plano, pois que a atividade principal era destinada à área industrial. Na escultura trabalha com madeira, pedras, e argila. Na pintura, usa óleo, acrílica, alquídica e automotiva. Tem várias premiações, desde menção honrosa até medalhas de prata e ouro. 52 - Consulte Arte Painel Tinta Automotiva Sobre Tela 100 x 60 cm 2009 A Luva de Beisebol Escultura em Bronze 34 x 20 x 23 x cm 2010 Contato: [email protected] Africanos Escultura em Madeira 68 x 18 x 18 cm 1998 Consulte Arte - 53 ivone ARTES PLÁSTICAS vaccaro Iniciou a pintura bem cedo, com incentivo de seus pais, que sempre a apoiaram, no centro cultural de Xanxerê, então são 36 anos dedicados a arte. Foi do desenho a tela, fez cursos livres, sendo que aprendeu a pintar tecido, vidro e principalmente porcelana. Hoje, deixou o artesanato de lado para dedicar a sua carreira artística. Gosta da macro fotografia para se inspirar nos figurativos e os abstratos usa várias técnicas. Gosta muito de ensinar tudo o que sabe, por isso incentiva os alunos a cumprir sua didática de ensino, intercalando desenho e pintura, iniciando pela natureza morta, depois pela paisagem e por último anatomia que é figura humana e animal, abraçando o curso de técnicas para desenvolver a criatividade do aluno. Índio Tocando Técnica Mista 100 x 100 cm Sem Data “Todos nascemos com criatividade para produzir algum tipo de arte, você simplesmente tem que encontrar a forma de expressão artística com as quais se identifica. Isto pode se dar de forma profissional ou apenas para vivenciar as alegrias que se obtém fazendo arte com as próprias mãos, criando”, comenta Ivone. Índio Cantando Técnica Mista 100 x 100 cm Sem Data 54 - Consulte Arte Hoje suas obras figurativas expressam o amor a Miscigenação Brasileira, brancos índios e negros, que tem como objetivo ressaltar e preservar a nossa cultura e suas raízes. As culturas indígenas e negras são as mais belas e diversificadas do mundo, inspiram os artistas apaixonados! Em Goiânia ganhou a classificação do XXVII Concurso Revelação Novos valores do Jaime Cãmara, com índias, araras e árabe, desde então tem participado de Salões Na- Índio com Arara Técnica Mista 100 x 50 cm Sem Data cionais e Internacionais, dentre eles a Galeria Mali Villas-boas em São Paulo, Categoria Retrato com Nicole Kidman. Medalha de ouro com Anjelina Julie no Chile, pela ABACH. Medalha de Ouro na Expoarte das Américas, que foi um sucesso, pois havia muitos paises participando, foi com a Refugiada afegã. O Pantaneiro foi obra destaque no 60º Salão de Artes Plásticas Do Clube Militar, no Rio de Janeiro. Já ganhou melhor pintura figurativa, pela LITERART no Rio de Janeiro. No Salão Internacional Brasil em Portugal pela Waylinght, eventos culturais fui premiada com HORS CONCOURS. As próximas exposições são em Portugal ART MEETIMG, em NEW YORK - MANHATTAM, na MC Gallery em maio, e Museu du Contato: www.ivonevaccaro.com.br www.brazilianart.com.br/galeriaivonevaccaro [email protected] Índia Técnica Mista 100 x 50 cm Sem Data Louvre, Paris - França, pela Waylight - Eventos Culturais. Hoje expõe em diversas galerias da cidade e lojas de decorações. Tais como: Galeria Época, JL MÓVEIS, Cenário, etc. O que é de certa forma curioso é que as galerias vendem os abstratos e mando para salões os figurativos e depois não os vendo por serem premiados, logo, tenho um acervo de obras na minha Galeria das Artes Ivone Vaccaro. Participo da AGAV E ACAV, Associação Candanga e Goiana de Artes Visuais. Considera-se eclética, pela tendência de fundir vários estilos, pela influência de trabalhar em diversos suportes. Consulte Arte - 55 rosa ARTES PLÁSTICAS de jesus Rosa de Jesus nasceu em 1929, na cidade do Porto - Portugal. Imigrou para o Brasil com sua família, fixando-se na cidade do Rio de Janeiro, RJ, até 1980, quando mudou-se para a cidade de Niterói, também no Rio de Janeiro. Ainda criança, em Portugal, descobriu a arte, porém nesse momento vivenciava a II Guerra (1939-1945), talvez seja por isso que a explícita referência a uma certa obscuridade ressoe em inúmeros de seus trabalhos. Tece estruturas sobre as quais se expande à imaginação. Lugares que não estão “lá fora”, mas “aqui dentro”, podendo ser reconstruídos idealmente, em Vermelhos Série Queimadas Técnica Mista 130 x 105 cm 2012 um de nós. Do sentido lírico que a pintura promove a presença afetiva da amorozidade, põe em evidência o que o teor simbólico, pode resgatar de uma realidade aparentemente esquecida. Suas obras têm a dimensão do sentimento que as cores expressam, ora cinzentas, opacas, indeterminadas, sinais claros de opressão e angustia, ora o sentido lírico é reforçado pelo uso do vermelho, do amarelo, do laranja, enfim a alegria e a presença afetiva põem em evidencia o que o teor simbólico pode resgatar de uma realidade. Ao longo de sua formação, freqüentou diversos cursos, em diferentes técnicas Vermelhos Série Queimadas Técnica Mista 140 x 125 cm 2012 da arte. Tais como: Gravura em Metal na Escola de Artes Visuais, RJ – Parque Lage com o Prof. Jose Lima, Serigrafia também na Escola de Artes Visuais, RJ – Parque Lage com o Prof. Dionísio Del Santo. Xilogravura no Museu do Ingá, Niterói – RJ - Prof. José Lima, Pintura a Óleo - Auto Didata e Aquarela - Auto Didata. Rosa também é designer de Moda por formação. Sem Título O/S/T 120 x 110 cm 2011 56 - Consulte Arte Sem Título O/S/T 120 x 110 cm 2011 Participou de diversas exposições coletivas e individuais, nacionais e no exterior, tendo sido premiada em todas as coletivas de que participou. Entre elas: IV Sa- Contato: [email protected] lão de Artes Plásticas da Escola de Guerra Naval - 2006 - Medalha de Prata, Salão de Maio - Associação Fluminense de Belas Artes - 2006 SFF - Medalha de Ouro e 4º Salão de Artes do Meio Ambiente – Academia Brasileira de Meio Ambiente e Museu Histórico do Exército - 03/2007 – Medalha de Prata. A sua mais recente exposição foi em Dezembro de 2010: a coletiva ¨Brazilian Art Between The Oriental And Occidental Civilization¨, na Fundação Cultural Sultan Bin Ali Owais em Dubai nos Emirados Árabes. Consulte Arte - 57 ARTES PLÁSTICAS mariléa fereguetti Advogada, professora, psicoterapeuta e artista plástica -(autodidata), Mariléa é natural de Colatina - Espírito Santo. Casada com o médico pediatra Elpídio filho, tem 2 filhos e 2 netos. Também é Franciscana da Ordem Franciscana Secular, a terceira ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis. Entre os cursos que frequentou, estão: Direito - Magistério - Artes Industriais - Psicanálise Clínica- Cursos em terapias complementares tais como Fitoterapia, Florais e Iridologia. Mariléia foi professora de Artes Industriais na década de 70. Em pintura, recebeu algumas orientações da artista plástica Neli Pinheiro. ”Meu despertar para a pintura aconteceu quando ainda adolescente fiz a minha primeira tela. Certamente foi de muita simplicidade, mas Expresso meus sentimentos pelas tintas e pincéis; como estilo vou do acadêmico ao abstrato, passo pelo impressionismo, pinto o que tenho vontade respeitando as minhas limitações e com o que fui descobrindo nestes anos de caminhada pelas nuances das tintas. Paisagens são certamente motivos mais constantes em meus trabalhos, mas ouso outros. foi o passo inicial desta caminhada que segue até os dias de hoje. No decorrer destes 52 anos de pintura tive oportunidade de realizar mostras individuais e também participar de mostras coletivas; fatos ocorridos em Colatina e fora do Estado. Em São Paulo participei de coletiva na Galeria Mali Villas Boas, Exposição Anuário Consulte 2010 no Edifício Cultural Villa-Lobos entre outros eventos. Distribuo meu tempo entre pintar - momento de reflexão permeado de paz - e trabalhar em atendimentos psicoterápicos, em especial Psicanálise clínica, ler, atividades religiosas e trabalhos voluntários semanais. Em minha vida houve períodos de exaustiva dedicação às artes, como também vivi tempos em que outros assuntos necessitavam de maior atenção; mas nunca deixei de realizar algum trabalho em tela. Como autodidata estou sempre atenta às oportunidades de aprendizagem, seja com obras dos saudosos mestres da pintura, com trabalhos de grandes pintores nacionais, acervos, literaturas. Quando posso adquiro telas de algum artista; os pintores muito me ensinam com suas obras. Tempo de Chá O/S/T 22 x 27 cm 1998 Sou catalogada no Anuário Brasileiro de Artes Plásticas Consulte, volumes VI -VIII - IX - X, realizados pela Editora Roma - São Paulo. No ano de 2012 fui também catalogada no Livro Consulte Arte - Roteiro das Artes Plásticas - obra que entre outros teve apoio da APAPE - Pinacoteca São Paulo - Secretaria do Estado de São Paulo - UNESCO - e com a parceria do MAM. Neste ano de 2013 já assinei contrato para minha participação no volume II do referido livro. Convidada algumas vezes por indicação da União Nacional dos Artistas Plásticos e referendada pela Ordem do Mérito das Artes Plásticas a receber alguma medalha. Sendo o último convite para receber o Troféu Anita Malfatti e Salvador Dalí em Abril do corrente ano. Escutando a Natureza O/S/T 50 x 70 1998 58 - Consulte Arte Encantos da Natureza II O/S/T 60 x 80 cm 2009 Contato: [email protected] Ao pintar usando pincéis e tintas, toda realidade se torna fugidia e permito que minha inspiração dance sobre os tons e reflexos de minha tela. É um momento magnífico, estou no trabalho que executo”. Consulte Arte - 59 ARTES PLÁSTICAS aurea alamino Já no antigo curso ginasial, se destacava nas aulas de desenho. Incentivada pelo professor, desenhava retratos com carvão. Mais tarde, casada morando em São Paulo, procurou uma escola de artes. As técnicas usadas foram óleo sobre tela, e sempre temas variados. No início em figuras, mais tarde fazendo composições, observando grandes pintores. Foi assim achando um caminho para meus trabalhos. Jovem O/S/T 50 x 40 cm 2013 Observando muito a natureza e a figura humana. Portal O/S/T 40 x 30 cm 2013 É professora aposentada, dedicando-se hoje apenas à pintura. As exposições mais importantes onde participou foram pela UNAP em São Paulo. Moça O/S/T 70 x 50 cm 2013 Rosas O/S/T 30 x 40 cm 2013 60 - Consulte Arte Peruano O/S/T 30 x 40 cm 2011 Contato: [email protected] Consulte Arte - 61 carmes franciosi ARTES PLÁSTICAS Para compreensão da sua obra, o elemento chave é o equilíbrio da natureza, a “conservação do meio ambiente”, razão pela qual, as águas são sempre límpidas e cristalinas, o céu azul, as árvores frondosas e verdejantes. monia das cores que a técnica de espátula proporciona. É a sua declaração de amor num grito silencioso e colorido de alerta. O meu lado artístico é a pintura, e tenho certeza que Deus reservou para você um dom que só você pode cultivar”, finaliza Carmes. “Para melhor sensibilizar o observador, oriento-o a observar minhas telas a uma certa distancia, facilitando assim, captar a har- Deus está presente nas cores, na natureza e nas pessoas, cada um de nós tem um lado artístico. www.carmesfranciosi.com.br [email protected] Sonho Técnica Mista 70 x 120 cm 2012 Carmes Eunice Camilotti Franciosi é natural de Guaporé – RS, porém reside em Francisco Beltrão, desde 1960. Casada com Clodoveu Franciosi (in memorian), com quem teve 5 filhos: Nilton, Rogério, Vera, Clodoveu e Roberto. município, Francisco Beltrão, que ofereceu o cenário perfeito para isso. “A arte é para mim, uma necessidade de comunicação, uma maneira de estar em contato com a verdadeira e perfeita criação: a natureza. Registrando na tela seus tons, suas nuanças, procuro reproduzir a beleza incontestável. Quando comecei a pintar, procurava retrata-la fielmente, daí passei a documentar a paisagem e a história do meu É uma apaixonada incorrigível pela natureza, tanto que em suas obras predominam paisagens naturais, frutas, flores com efeitos de luz e sombras, luminosidade e reflexo nas águas, harmonia de cores e tons. Todos eles revelam em conjunto os resultados formais e a intenção do seu trabalho: “declarar na tela o meu grande amor à natureza”. 62 - Consulte Arte Com o tempo, fui me libertando, criando paisagens e imagens inspiradas pela emoção”, acrescenta Carmes. Rosas Técnica Mista 90 x 60 cm 2013 Contato: [email protected] Via Sacra - Igreja Santa Catarina - PR Técnica Mista 90 x 60 cm 2012 Consulte Arte - 63 Fabio weil villares Fabio teve seu primeiro contato com as artes plásticas ainda na infância, quando estudava no colégio Waldolf Rodolf Steiner que apresentou-lhe cultura e arte nas aulas de teatro, música, pintura e escultura. O artista disse que já pensou em ser psicólogo ou psiquiatra. Naquele momento surgiu a figura de sua avó, passando referências importantes e estimulando a busca por novos valores, ao mesmo tempo, falando de suas experiências de vida e recomendando que fosse atrás de seus sonhos. As viagens para os Estados Unidos, Europa e todo o Brasil, lhe proporcionaram conhecimentos culturais e visuais. ARTES PLÁSTICAS O artista usa técnicas mistas e o tema dos trabalhos são referentes as situações do cotidiano familiar (carvão, tinta acrílica, pastel seco e oleoso). Desenvolveu seu estilo através da interação com a pintura e a escultura e vivencias pontos culturais. As principais influências de Fabio, são: o escultor Rodin; e os pintores: Cézane, Degas, Michelangelo e Van Gogh. “Primeiramente, eu faço vários desenhos de esboço, até chegar no projeto final e a partir daí coloco em prática na escultura e na pintura. As ideias vem, principalmente, da minha imaginação, mas sempre respeitando as referências da realidade”, comenta Fabio. A principal exposição que marcou a sua trajetória foi a sua primeira exposição individual, na Galeria Reserva Pessoal em 1999, com esculturas de figura humana e animais. A outra foi no Clube Paineiras em 2005 (Festival de Cultura ACESC), com a escultura “Correndo por uma vitória”. Ainda não tem nenhuma exposição agendada, mas está querendo participar de algumas até o final deste ano. Arrependimento (Figurativo) Técnica Mista 50 x 70 cm 2010 A Bronca da Mãe Escultura - Esmalte de Baixa Temperatura 40 x 30 x 43 cm 2011 Determinado a estudar pintura e escultura, procurou a Escola Panamericana e Abra em conjunto com experiências anteriores que forneceram as primeiras ferramentas, mas foi no MuBe (Museu Brasileiro da Escultura) que repensou e reformulou sua visão da Arte Contemporânea. Direcionou todos os seus esforços para ordenar e praticar seus conhecimentos com um só objetivo, construir um estilo que vislumbrasse o mundo cotidiano urbano, com suas relações e inter-relações reveladas no social e no momento afetivo. Essa necessidade de revelar o social e o afetivo começaram a permear e delinear seus trabalhos numa forma de despertar reflexão sobre cada situação da vida. 64 - Consulte Arte Presta Atenção (Figurativo) Técnica Mista 50 x 70 cm 2010 Contato: [email protected] [email protected] Consulte Arte - 65 ARTES PLÁSTICAS deli ribeiro Iris Aquarela Sobre Papel 35 x 24 cm 2012 Valdeli Ribeiro iniciou seu trabalho na área das artes depois de uma grande perda em sua vida, na qual ela foi à procura de terapia. Nunca havia pegado em lápis para desenhar e muito menos em pincéis e tintas. Após ouvir conselhos médicos, escolheu a aquarela para encontrar um novo modo de viver. A técnica primordial com a qual a artista trabalha é a aquarela sobre papel. Em algumas obras também faz uso da colagem, tendo como base o papel para a aquarela. Em relação as inspirações para seu trabalho, Deli comenta: “Tenho muita admiração pelos trabalhos dos aquarelistas brasileiros que estão entre os melhores do mundo. Serei injusta ao citar nomes, mas eles sabem quem são”. 66 - Consulte Arte Recordação Técnica Mista Sobre Papel 35 x 24 cm 2006 Deli acredita que seu estilo se desenvolveu através do fato de sempre observar obras de vários artistas e técnicas usadas, praticando exercícios sobre o papel de aquarela. Em seu processo de criação, a artista faz uma reflexão e concentra seu pensamento nas coisas que a fazem feliz, procurando colocar tudo que aprendeu da maneira correta, para que saia um bom trabalho. “A idéia vem de várias maneiras: fotos, paisagens, lembranças de viagens, algum abstrato”, comenta Deli. A exposição que mais marcou sua trajetória artística foi sua primeira exposição apresentando seus quatro primeiros quadros. Foi no Hotel Casa Grande, no Guarujá. Foram pintados depois de uma viagem à Grécia inesperada, com a professora Silvia Fairbanks e um grupo de artistas brasileiros. Contato: [email protected] Universo da Aquarela O Universo da Aquarela é uma entidade sem fins lucrativos, que funciona desde o ano de 2006, em parceria com a Associação Comercial de São Paulo Distrital – Centro “Espaço ECCO”. Regina Y. Komatsu, Marilu F. Queiroz e Valdeli Ribeiro são as coordenadoras do projeto. A ideia inicial era desenvolver uma exposição de aquarelas com demonstrações de pinturas por parte de artistas convidados. Mas logo foi preciso expandir, proporcio- Contato: www.universodaaquarela.com.br nando ao público as noções do fazer. Foram elaborados diversos projetos, como laboratório experimental, workshops, consultorias e palestras, em vários dias de atividades referentes à técnica da aquarela. Desde então, a equipe do Universo da Aquarela trabalha para transformar o Espaço ECCO em um pólo cultural para a Cultura da Arte e Educação. E com o objetivo de “resgatar, valorizar, divulgar e compartilhar os conhecimentos da técnica da aquarela”. Consulte Arte - 67 maria ARTES PLÁSTICAS yeda A artista Maria Yeda acredita ter na irmã caçula e em sua mãe – ambas já em outro plano de vida - a força que a impulsionou para a pintura. A primeira, artista plástica com formação universitária; a Segunda, autodidata, iniciando a atividade aos 78 anos, produzindo grande acervo, fruto do trabalho ininterrupto até o falecimento aos 83 anos. Há, por outro lado, um traço pessoal bem marcante, qual seja o de buscar ou, pelo menos tentar capacitar-se para tudo o que pretende fazer. Aí, a fonte da energia que a impulsionou para a pesquisa e experiência relacionadas com a pintura. Varanda - Tecidos - Fios A/S/T 120 x 120 cm 1999 Maria Yêda permanece em Apipucos e instala um anexo do seu ateliê em Casa Forte, compartilhando, a convite, de espaço preparado pela arquiteta Yeda Maria prioritariamente para seu escritório. O conjunto da obra da artista é reconhecida como livre, eclético em cores, expressão, uso de materiais e diversidade de suportes. Transita e/ou agrupa-se em duas propostas bem distintas: 68 - Consulte Arte Nas Matas Ensolaradas e nas Preto e Branco, faz uma simbiose das duas propostas. Chanel em Passeio pelo Nordestre - BR Colagem de Rendas, Bolas de Madeira, Flores de Lona e A/S/T 140 x 100 cm 2006 Maria Yeda formou-se no Museu do Estado de Pernambuco em oficina de desenho e pintura, assim como na Universidade Federal de Pernambuco, no curso de extensão em pintura e desenho e também na Fundação Joaquim Nabuco – 3o Curso de História da Arte. LIBERDADE DAS CORES: Cores Quentes. Na maioria sem títulos, voltando-se para o abstracionismo. Também “Florais mal comportados”, surgem de forma livre do uso das tintas. RESGASTE DE VIVÊNCIAS: Privilegia o uso dos derivados de algodão, eclodindo daí uma linguagem própria que marca suas raízes no Nordeste. Eventualmente usa derivados da juta. No Brasil, tem obras em acervos particulares em seis capitais, e uma no Museu Assis Chateaubriand na Paraíba. Fora do Brasil, possui obras na Alemanha, Holanda, Portugal e Inglaterra. Contato: [email protected] [email protected] My - Pa - Convite - Matas Colagem e A/S/T 190 x 94 cm 1998 Consulte Arte - 69 ARTES PLÁSTICAS diana mendes pimentel Construção Acrílica e Radiografia Sobre Madeira 66 x 86 cm 2013 Diana estava na Alemanha quando viu, em publicações de arte, menções a um quadro que representava uma radiografia de pulmão iluminada por trás. Achou a ideia um bom ponto de partida e imaginou a realização de trabalhos usando esse tipo de material. Diana é uma artista autodidata. Teve aulas com um único professor chileno, Ivan Fritz, que lhe introduziu às diferentes técnicas de pintura. A partir daí, foi desenvolvendo o seu próprio estilo. A artista diz que essa fase retrata bem o tema da diversidade, que tem sido um marco de seus trabalhos: “busco dar uma outra leitura a processos que sugerem dor e sofrimento”, afirma Diana. Sua inspiração vem dos contrastes sociais, das diferenças culturais e das ambivalências humanas de um modo geral. Foram várias etapas. Na Nigéria, criou grafia de nomes com motivos de máscaras africanas, que serviam como acessórios para desenhos de moda. Efetivamente seguiu outra carreira antes de se dedicar às artes plásticas. Iniciou sua vida profissional no Itamaraty, foi lotada em vários postos. Em seguida, evoluiu para trabalhos que envolviam a mistura de elementos orgânicos e industrializados. A mostra individual no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires (2002) foi uma das mais belas montagens de sua obra. Mas talvez as exposições na Fundação Batuz, promovida pelo Ministério das Relações Exteriores do Uruguai (2001), e a do Congreso de La Nación em Buenos Aires (2003) tenham sido as mais importantes pela repercussão dos eventos. Atualmente, está focada na realização de uma série intitulada “Radiografia da Arte – Arte da Radiografia”. Floresta Acrílica e Radiografia Sobre Madeira 105 x 60 cm 2013 70 - Consulte Arte Foi largamente influenciada pela cultura dos diferentes países onde viveu ao longo de mais de 35 anos. Na Europa, passou a frequentar galerias e museus de arte contemporânea, que nortearam a sua linha. Mas foi, sem dúvida, influenciada por artistas como Lygia Clark, Anselm Kiefer e Frans Krajcberg. Membros Acrílica e Radiografia Sobre Madeira 110 x 40 cm 2012 Contato: www.dianamendespimentel.com [email protected] Dentre os prêmios recebidos, o Prêmio Revelação ConsulteArte (2012) lhe causou imensa satisfação. Consulte Arte - 71 eunice nazário O último conceito a ser associado, para melhor entendimento, à obra de Eunice seria o do discurso social, cunhado por Joseph Beyus, artista europeu com atuação no século passado, que sugere uma expansão do conceito de arte, desde a organização do pensamento ao processo de criação, base primeira da idéia de escultura. A escultura social seria resultado da atividade de um escultor que trabalha sobre qualquer tipo de material e se utiliza das mais variadas técnicas. Com Eunice e suas esculturas, suas manifestações, suas idéias, seus engajamentos políticos, Esculpir – Imantar e acumular... Com trabalhos apresentados em vários museus e galerias da região e do país, como o Museu de Artes Moderna do Rio de Janeiro, Eunice tem sua obra observada sob novo aspecto na Galeria de Artes Fundação CSN. Pretendeu-se com esta exposição individual, analisar sua produção artística sob um conceito de arte ampliado, tomando como recorte a situação de imantação pelo discurso e acúmulo de objetos em seu espaço de criação, seu atelier. Este espaço pensado como um território onde se pode ver, ouvir e falar sobre arte. Um espaço sem regras pré-estabelecidas de organização, regido apenas pela atuação de Eunice Nazário. A presente exposição consiste, na medida do possível, na transposição do ambiente constituído por Eunice Nazário em seu atelier para o Centro de Cultura Fazenda da Posse. ARTES PLÁSTICAS Ayrton Ferreira da Costa Jr. Curador de Artes, Arte-educador (especialista em Ensino da Arte – Estética Moderna e Contemporânea) e especializando em Gestão Cultural. Joseph Beyus “Para mim, a formação do pensamento já é escultura”. Eunice Nazário Justiça Social Urgente Escultura Terracota 30 x 30 cm 2000 1ª Parteira de Volta Redonda Escultura Terracota 30 x 20 cm Sem Data 72 - Consulte Arte enfim, tudo aquilo que a sua moral artística impõe como tarefa cotidiana, faria parte, de acordo com o conceito apresentado por Beyus, de uma escultura social. Contato: www.eunicenazario.com [email protected] A Natureza Chora e Pede Socorro O/S/T 60 x 40 cm 2008 Consulte Arte - 73 lucy ARTES PLÁSTICAS aguirre Pintura Em sua residência, reunia algumas amigas para desenvolver a pintura em óleo sobre tela com o pintor de nome João Carneiro da Cunha que lhes orientava a pintura ao ar livre como faziam os impressionistas há 100 anos. Xilogravura Interessou-se pela técnica das artes gráficas desde o curso na UFES na Semana de Arte aberta a comunidade. A professora americana June Kilgore ministrou várias técnicas (dentro das técnicas da gravura). Prêmio Recebeu medalha de prata em uma coletiva organizada pela Galeria Homero Massena, no Hotel Senac, em 1986. Sindiappes “Comecei como hobby a pintura, estou me tornando profissional devido a oportunidade que o Sindiappes oferece a todos os artistas plásticos com muitos eventos em exposições, leilões, etc”. Litoral Capixaba - Praia de Camburi - Vitória - ES O/S/T 36 x 50 cm 2011 Especialista em desenho, pintura e gravura. Possui diversos cursos com renomados artistas, já participou de diversas exposições e salões, dentro e fora do Espírito Santo. Lucy Aguirre é de Santa Catarina, nasceu numa cidade chamada Porto-União (SC) gêmea de União da Vitória (PR). A antiga via ferroviária Paraná – Santa Catarina e o Rio Iguaçú dividem suas fronteiras. Nasceu do lado catarinense, pois seu pai, Theodoro Keppen Sobrinho, era funcionário público federal. 74 - Consulte Arte Dans le Jardim - Renoir O/S/T 36 x 26 cm 2009 Contato: [email protected] [email protected] Igreja N.S. do Rosário - Vila Velha - ES O/S/T 28 x 21 cm 2013 Consulte Arte - 75 olimpio franco Iniciou sua carreira em 1997, usando materiais básicos de pintura como óleo e acrílico em suas telas. Já era o começo da arte do impacto, sempre usando cores “fortes” e escuras. Não só foi premiado e elogiado em muitas exposições, centros culturais e galerias, como foi também apreciado pelo público espectador. Os admiradores de arte ou ainda os leigos no assunto, admiram-no. Sempre manteve acoplado em sua profissão e em sua vida, um fator muito importante: a humildade, a qual faz de Olimpio um carismático e talentoso artista, buscando sempre compartilhar com a arte um pouco de sua sabedoria. Artista que não se basta com o lema de um artista a mais no mundo mais sim, “O Artista”. Para Olimpio: “Uma obra que não é vista é uma obra que não existe. Este é um lembrete para todos aqueles artistas que possuem o dom, para de que maneira alguma, nunca se entreguem, ou se sintam excluídos pelo mundo, ou pelas sociedades”. Peças de Carro Assemblage 120 x 120 cm 2008 ARTES PLÁSTICAS mações básicas, despertando o desejo do “toque”, considerando residir ai possíveis sentidos para a vida. Sugere a relação arte e pessoa, pessoa e arte propondo ao seu espectador um envolvimento integral, um mergulho no universo cultural apresentado pela arte. O verdadeiro dom da sabedoria de um artista é respirar arte e se entender com seus “conhecimentos” para entender o “próximo”. Uma obra em evolução O artista é o antecipado das ações do ser humano que vai modificar e indicar os caminhos a seguir às gerações futuras, não só no campo da arte e na sua vida social como um todo. É o criador antenado nos movimentos sociais e no pensamento que aflora no embate de ideias. É o criador, seja isolado em seu ateliê, seja percorrendo a natureza, para apreendê-la em suas telas as ideias que deseja ver concretizadas pelas tintas em composições, utilizando-se também de materiais diversificados. É, enfim, o ente que descarrega toda sua energia criadora e a eterniza numa obra, qualquer técnica que venha empregar. Assim é Em suas primeiras pinturas com óleo e acrílico sobre tela, usava as cores predominantes, chocantes e melancólicas, elaborando uma fusão entre sombra e reflexo. Além do óleo e do acrílico, ousou em interagir com diversos materiais, aplicando objetos em seus trabalhos, transpondo caminhos, percorrendo uma técnica ainda incomum, um tanto estranha no Brasil, mesmo que promissora e admirada: a “assemblagem”. Estilo este, muito apreciado na Alemanha, sendo o país europeu que mais investe nesse estilo. Lepra Assemblage 100 x 100 cm 2006 76 - Consulte Arte Aborda temas como: destruição, desordem, violência, guerras, etc... Retratando-os em sua arte, usando formas simbólicas e radicais, detonando o cotidiano, procurando atacar o que chama de “trapos”, que depravam e desorganizam o convívio da espécie humana. Procura vivificar seus trabalhos, recorrendo a tridimensionalidade, provocando seu espectador através do choque, convidando, ou mesmo, impondo-lhe, parar, pensar e refletir. Ao trabalhar com o relevo sugere e propõe infor- Destruição de uma Parede do Governo Iraquiano Assemblage 80 x 120 cm 2007 Olimpio Franco. Preparou-se seguindo sua vocação para as artes, estudando com empenho e paciência todas as técnicas da pintura, assim como o escritor aprende as primeiras letras e ao longo de sua vida, as transformam em belos escritos que sua criatividade enseja e que todos desfrutam. A paleta de Olimpio Franco é rica, poderosa, cheia de vida e inquietude, policromada e temperada pela sensibilidade de sua alma. Juntando materiais que cotidianamente vemos em nossa vida prosaica, acrescenta-lhes cores com vigorosas pinceladas, dispõe em composição que desperta a atenção, mesmo daquele visitante de exposição menos afeito às coisas da arte. Ao instigar-lhe a curiosidade, desperta-lhe também o senso crítico. Não é mais um olhar indiferente mas intensamente participativo. Essa é uma qualidade rara num artista e este jovem a tem muitíssima refinada. Ninguém fica indiferente aos seus trabalhos, que descreve uma trajetória com ação impactante para não dizer chocante, dado ao vigor de suas pinceladas generosas, porém agressivas, mas também atingem a delicadeza de um ramo de bambu sobre um fundo, cujas suaves cores, sugere um ambiente de tranquilidade zen budista. Ainda jovem, tem muito caminho a percorrer. Certamente muito trabalho pela frente, muito empenho e dedicação. Está, porém, trilhando o rumo correto e podemos esperar um artista que vai atingir a meta que traçou para a sua vida, com raro esplendor. Celso Vieira Administrador do MASP/Centro Lágrimas de uma Seringueira Assemblage 150 x 100 cm 2008 Contato: www.olimpiofranco.com.br [email protected] Consulte Arte - 77 ARTES PLÁSTICAS henriqueta rabello Flor 2 Técnica Mista 120 x 100 cm 2001 Abstração Branca A/S/T 100 x 120 cm 2003 rem aproximações, embora remotas. Para Paul Cézanne ,”a arte nos coloca em estado de graça “. No caso de Henriqueta Rabello é a mais pura verdade. Geraldo Edson de Andrade Revista VENTURA Nº 26 Cores A/S/T 100 x 200 cm 2012 Desafiando formas plásticas, com a inquietação criativa de todo artista jovem e por isso mesmo, querendo ousar, a artista vem lutando consigo própria à procura da linguagem que possa se expressar com a liberdade que a arte exige. A liberdade que ela tanto busca está presente na sua pintura atual. O encontro da artista com a professora Nelly Gutmacher na Escola de Artes Visuais, Parque Lage, abriu-lhe novos e positivos horizontes. Todo esse aprendizado, teve e tem, especial significado para a artista carioca. Primeiro, permitiu-lhe desenvolver a técnica, seja lá qual se- 78 - Consulte Arte “Adoro a versatilidade da tinta acrílica misturada ao óleo e massa, diz ela. Na minha atividade como artista plástica venho fazendo experiências e pesquisas de cores (minha paixão), materiais e texturas. Gosto de cores, da variedade e de usar o espaço da tela de forma ousada, de perceber novos volumes . O resultado costuma ser a forma como quero me apresentar. ja o meio de expressão; a técnica aliada à razão e, por conseguinte, à emoção que lhe é implícita. Segundo, a segurança que dela advém no sentido de saber usá-la dentro de uma linguagem pessoal. Não é por outro motivo que o que mais desperta a atenção na pintura de Henriqueta Rabello é a dualidade de linguagens que se alternam entre o abstracionismo propriamente dito e os cortes geométricos que complementam por assim dizer a composição. Os dois estilos harmonizam os contrastes colorísticos da proposta e passam ao espectador atento uma ilusão de movimento que, é preciso dizer, não visam ao cineticismo, embora com ele procu- Cores Sobre o Azul A/S/T 120 x 120 cm 2013 Contato: [email protected] Minha pintura é abstrata, abstrata geométrica com incursões no figurativo contemporâneo. São três caminhos que uso livremente”. Henriqueta Rabello Consulte Arte - 79 ARTES PLÁSTICAS acacio mara arouche patriani O artista Acácio Arouche, nascido em São Paulo, formou-se em diversos cursos ao longo de sua carreira. Entre eles: Desenho livre pela Associação Paulista de Belas Artes; Curso de Graduação em desenho industrial pela Fundação Armando Álvares Penteado, Faculdade de Artes Plástica. Também cursou Licenciatura Plena em Educação Artística através da Escola Superior de Artes Santa Marcelina e Especialização em Arte-Educação II na Faculdade de Comunicação e Artes/USP. Além disso, pelo MAC (Museu de Arte Contemporânea) cursou Estudos de Museu de Arte e Gravura em metal a cores. Movimento de Cor IX O/S/T 75 x 100 cm 2013 Atualmente atua como professor no Centro Educacional Pioneiro para alunos do Ensino Médio, mas já lecionou em diversas outras ocasiões como no Colégio XII de Outubro dando aulas de Arte, no Colégio Brasília de São Bernardo do Campo atuando como professor de Desenho de Propaganda, entre outros. Participou de publicações como: Prefeitura do Município de São Paulo – Secretaria Municipal de Educação, 1992; Educação de Jovens e Adultos: EJA - MOVA – Profissionalizante, Secretaria de Educação e Formação Profissional de Santo André, 1997. Movimento de Cor XI O/S/T 75 x 100 cm 2013 80 - Consulte Arte De Bem com a Vida O/S/T 80 x 80 cm 2012 Ao longo de sua carreira participou de diversas exposições, entre elas: 1o Salão de Arte Universitária de São Paulo - FAAP, 1975; Exposição de Gravuras no Club Feminino do Alphaville, 1979; XXI Exposição Anual da Escola Superior de Artes Santa Marcelina; Mostra de colagem no Centro de Artes Shopping-News, 1980. Acacio também desenvolve pesquisa em Poéticas Visuais no educativo do Museu de Arte Contemporânea. Contato: [email protected] Harmonia II O/S/T 80 x 60 cm 2009 Mara patriani [email protected] (92) 3648-1833 (92) 9988-1170 Identidade O/S/T 70 x 50 cm 2012 clênio barros clênio barros [email protected] www.cleniobarros.com.br www.facebook.com/ClenioEscultor O melhor para os artistas R. Cotoxó, 110 - SP - Tel. 11-3873-0099 R. Groenlândia, 77 - SP - Tel. 11-3885-5143 Av. Angélica, 1.900 - SP - Tel. 11-3661-9685 www.pintar.com.br 84 - Consulte Arte