vida e obra de portinari • a arte da cerâmica o

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vida e obra de portinari • a arte da cerâmica o
T
consul e
ar e
PubliTime
Editora
Ano 1 - Edição 02
arte em
tempo real
vida e obra de portinari • a arte da cerâmica
o trabalho do instituto olga kos
calendário de artes • materiais artísticos
sumário
Há mais de 25 anos no mercado
editorial, a Editora Publitime – do
Grupo Roma - mantém-se com excelência no segmento artístico, buscando sempre inovar com publicações
de sucesso e qualidade para seus
clientes, de todo o Brasil. Neste ano,
mantendo a linha editorial do Livro
ConsulteArte – Roteiro das Artes Plásticas #1, lançaremos o ConsulteArte –
Roteiro das Artes Plásticas #2.
Nesta edição de maio foi possível
abarcar matérias de artistas conceituados no meio artístico, como Claudio
Tozzi na pintura, Anna Bellucci na xilogravura, Fernando Lemos na fotografia, Cássio Lázaro com escultura, e
o eterno Candido Portinari, com sua
vida e obra. Nosso leitor também poderá estimar matérias sobre a arte da
Cerâmica e do excepcional trabalho
do Instituto Olga Kos.
Assim como esperado, obtivemos
um resultado positivo em nossa primeira edição da Revista Digital Consulte Arte. Após lançamento web, no
mês de março, alcançamos um retorno satisfatório de nossos parceiros e
clientes, que nos acompanham em
nossa trajetória, o que nos deu motivação e energia para produzirmos
uma segunda edição, ainda mais
completa e inovadora.
Além disso, ainda estão disponíveis dicas de materiais artísticos,
exposições e feiras. E a participação
especial, com matérias e obras, dos
artistas já confirmados na segunda
edição do livro ConsulteArte – Roteiro
das Artes Plásticas.
Boa Leitura,
Helder Fazilari
Editor
Expediente
Diretor Executivo - Helder Fazilari
Editor - Helder Fazilari - MTB 33.880 - SP
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Comercial - Leonardo Vieira / Henrique Martins
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Ano 1 - Edição 02
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autorização do conselho editorial.
candido portinari - vida e obra
06
a arte da cerâmica
12
anna bellucci - aquarela e xilo
16
claudio tozzi - pintura
20
tome nota
26
cássio lázaro - escultura
28
calendário
32
instituto olga kos
34
fernando lemos - fotografia
38
artistas
benjamin silva
elmar castelo branco
celestino morari
ivone vaccaro
rosa de jesus
mariléa fereguetti
aurea alamino
carmes franciosi
fabio weil villares
deli ribeiro
maria yeda
diana mendes pimentel
eunice nazário
lucy aguirre
olimpio franco
henriqueta rabello
acacio arouche
mara patriani
clênio barros
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81
82
consulte arte
editorial
Candido
portinari
O artista que pintou o Brasil
“Quanta coisa eu contaria se pudesse e soubesse ao menos a língua como
a cor”.
C
andido Portinari nasceu em dezembro de 1903, em uma fazenda de café, na cidade de Brodowski - interior do Estado de São Paulo. De
origem extremamente humilde, Portinari que era filho de imigrantes italianos Batista Portinari e Domênica Torquato recebe apenas a instrução primária, mas
desde muito novo já manifesta vocação
artística.
Por volta de 1912 participa dos trabalhos de restauração da Igreja de Brodowski, apresentando facilidade para lidar
com as tintas e pinceis, por isso, a infância de Portinari foi decisiva para a carreira do artista.
Com 15 anos, foi para a cidade do Rio
de Janeiro, para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Lá, rapidamente
se destaca com suas obras. No ano de
1928, conquista o Prêmio de Viagem ao
Estrangeiro, da Exposição Geral de Belas-Artes de tradição acadêmica. Parte em
1929 para Paris, para estudar, onde permanece até 1930.
Mestiço
fotos: divulgação
Prêmios e Exposições
No ano de 1935, o artista recebe um
prêmio por sua obra “Café”, em Nova
Iorque. Desse momento em diante, sua
obra passa a ser mundialmente reconhecida. Já seus primeiros murais são datados de 1936, dedicados a construção da
estrada Rio - São Paulo. Também produziu painéis de 10m x 14m para a sede da
ONU.
Os Retirantes
6 - Consulte Arte
No final da década de 50, ele realiza
uma série de exposições internacionais,
expondo em Paris e Munique no ano de
1957. Portinari é o único artista brasileiro a participar da exposição ‘50 Anos de
Arte Moderna’, no Palais des Beaux Arts,
em Bruxelas, em 1958. Também expõe
como convidado de honra, em sala especial, na ‘I Bienal de Artes Plásticas’ da
Cidade do México.
O Lavrador de Café
Consulte Arte - 7
PINTURA
candido portinari
No ano de 1959, ainda expõe na Galeria Wildenstein de Nova York e 1960 expõe na Tchecoslováquia.
nucioso. O caráter abstrato era extremamente raro de ser encontrado na obra
do artista.
Origens e doença
Por volta de 1954, Portinari apresenta
os primeiros sintomas de envenenamento por tintas. Já no fim dos anos 50, demonstra uma piora significativa e passa
a se isolar. Continua a pintar, e começa
a escrever poesias que mostram a nostalgia de sua infância. Candido Portinari morre em 6 de fevereiro de 1962, aos
59 anos, na cidade do Rio de Janeiro. Seu
último quadro - uma índia - ficou inacabado.
Portinari também gostava de pintar
crianças em balanços e gangorras, pois
assim elas ficavam no ar, parecendo anjos.
Mesmo sendo reconhecido mundialmente, jamais perdeu suas origens simples. Gostava de pintar o povo, em suas
festas e tristezas, com um realismo mi-
Guerra e Paz
8 - Consulte Arte
Obras
Ao longo de sua carreira, o artista pintou quase 5 mil obras, entre rascunhos,
telas e painéis. Entre as principais características de suas obras estão a retratação à questões sociais do Brasil; utilizou alguns elementos artísticos da arte
moderna européia, que ele adquiriu em
suas viagens ao exterior; arte figurativa,
valorizando as tradições da pintura, altamente realista.
Guerra e Paz
Portinari teve uma série de obras que marcaram sua carreira, entre as mais importantes
estão: Meio ambiente; Colhedores de café; Mestiço; Favelas; O Lavrador de Café; O sapateiro de Brodósqui; Meninos e piões; Lavadeiras; Grupos de meninas brincando; Menino com
carneiro; Cena rural; A primeira missa no Brasil; São Francisco de Assis; Os Retirantes.
Após sua trajetória, Candido Portinari passou a ser um dos maiores nomes da pintura brasileira, alcançando reconhecimento em todo mundo, tanto pela qualidade artística
quanto pela temática social de seus trabalhos.
Criança Morta
Consulte Arte - 9
candido portinari
PINTURA
A Primeira Missa no Brasil
Museu
A casa em que Portinari viveu e a Capelinha da Nona, que ele pintou para que sua avó
rezasse em casa, na cidadezinha de Brodowski, viraram um museu aberto ao público.
O Museu Casa de Portinari fica no interior paulista, a aproximadamente 330km da capital. O principal acesso é pela Rodovia Candido Portinari, entre as cidades de Ribeirão Preto
e Batatais.
10 - Consulte Arte
Serviço:
Praça Candido Portinari, nº 298
Centro - Brodowski – SP
(16) 3664-4284
www.museucasadeportinari.org.br
Consulte Arte - 11
A arte da
cerâmica
“A cerâmica é ao mesmo tempo a
mais simples e a mais difícil de todas as
artes. A mais simples, por ser a mais elementar; a mais difícil, por ser a mais abstrata” - Hebert Read.
H
istoricamente, a arte da cerâmica é uma das mais primitivas
conhecidas pelo homem. Os
vasos mais antigos que se tem conhecimento eram modelados à mão em barro
cru e secos ao sol e ao vento, e mesmo
sendo produzidos de forma rude, já sensibilizavam por suas formas expressivas.
A palavra “Cerâmica” vem do grego “kéramos” que significa “terra queimada” ou
“argila queimada”.
Muito representada na Grécia e China antigas, a cerâmica se expandiu pelo
mundo, chegando ao Peru, México, In-
Fonte bola
frisada preta
12 - Consulte Arte
glaterra e Espanha medievais. Alcançando depois a Itália do Renascimento, e a
Alemanha do século XVIII.
O processo para se produzir a cerâmica permanece inalterável até os dias
de hoje. Seus principais procedimentos
são obter a argila, processá-la, moldá-la,
secá-la e queimá-la. A transformação do
barro em cerâmica acontece durante a
queima. Em torno dos 400°
C, a água que
existe na argila se evapora. Em seguida
acontece a eliminação da água química,
entre os 450°e 700°
C. Ao ser queimada, a argila torna-se firme, apresentando
muita resistência.
A produção da cerâmica exige que o
oleiro (ceramista) seja cauteloso e prudente. A argila e os elementos de liga
devem ser cuidadosamente escolhidos e
o manejo deve ser paciente, pois a propensão a rupturas é muito grande na hora da queima, assim como a variação da
peça.
A matéria-prima principal da cerâmica é sempre a argila, o caulino, o barro
e a pasta, porém existem diversas variações no processo de produção. Primeiramente, ela pode ser manufaturada ou industrializada. O cozimento pode ser feito
ao sol, em fogueiras ou em fornos superaquecidos. Quanto as cores, o produto
pode ter cor natural, preto ou em variações que vão do amarelo ao vermelho,
podendo ainda, ser revestido de pintura.
Utilização
A utilização da cerâmica é extremamente ampla, ela pode ser empregada
desde a construção de casas até vasilhames para uso doméstico. Antigamente,
ela era utilizada inclusive como “papel”
para escrita.
Atualmente, a cerâmica é tanto uma
atividade artística, na qual são produzidas peças com valor estético, quanto
uma atividade industrial, na produção
de artefatos para uso na construção civil
e engenharia.
Ela é aproveitada até na tecnologia de
ponta, mais especificamente na fabricação de componentes de foguetes espaciais, justamente devido a sua durabilidade.
Cerâmica no Brasil
No Brasil, os primeiros indícios da cerâmica apareceram na Ilha de Marajó.
Quando a ciência arqueológica voltou-se
para escavações na Amazônia, foi descoberto que a cerâmica marajoara tem
sua origem na avançada cultura indígena que se manteve na Ilha. Foram descobertos entre outros itens, instrumentos e
objetos decorativos revelando um nível
insuspeitado de sofisticação. Os estudos
arqueológicos ainda indicam que existia
a presença de uma cerâmica mais simples, de aproximados 5.000 anos atrás.
A cerâmica marajoara era extremamente elaborada, sendo utilizadas diver-
sas técnicas: raspagem, incisão, excisão e
pintura.
A modelagem era, em sua maioria, de
formas humanas, embora pudessem ser
encontradas algumas espécies de répteis. Entre outros objetos, estavam bancos, estatuetas, colheres, adornos, apitos
e vasos.
Quando os colonizadores portugueses chegaram ao Brasil, instalaram as primeiras olarias, não trazendo inovações
na técnica, mas estruturando a arte e
concentrando a mão-de-obra, permitindo maior simetria nas peças, acabamento detalhado e menor tempo na produção. Nesse período, também foram
produzidos tijolos, telhas e louça para
consumo diário.
Entre as fases da cerâmica brasileira,
estão:
Ananatuba: Ocorreu entre os séculos
VII e X a.C. quando o povo era dividido
em tribos, e a cerâmica era produzida de
forma bem generalizada e primitiva.
Mangueiras: Teve duração entre os
séculos IX e o XII. Sucedeu-se a fase da
Ananatuba, com características bem parecidas.
Formiga: Do mesmo período que a fase Mangueiras, mas com a cerâmica mais
simples.
Aruã: Grupo paralelo que vivia em
pequenas ilhas no Amazonas, com uma
produção de cerâmica extremamente
Fonte bica quadrada pmg
Consulte Arte - 13
cerâmica
cerâmica
vaso cone
suspenso
frisado preto
VASO ALTO FRISADO BRANCO
singular e avançada. Eles utilizavam a cerâmica como forma de urnas funerárias. A denominação foi dada por pesquisadores europeus.
Marajó: Ela foi elaborada por povos que habitaram a bacia Amazônica na época de ano
980 a.C. até aproximadamente o século XVIII e
é arqueológica. Através dela é possível observar a evolução e a decadência da cultura do
povo da ilha de Marajó. Na cerâmica encontra-se riqueza de detalhes e cores. Hoje, o que
foi preservado da cerâmica marajoara pode
ser visto no Museu Goeldi, em Belém.
Fotos da matéria cedidas por Ateliê Simim.
E-mail: [email protected] / [email protected]
fonte torres pmg
14 - Consulte Arte
Consulte Arte - 15
as técnicas e histórias de
anna luiza
bellucci
A
16 - Consulte Arte
crepúsculo
colagem e técnica mista
12 x 22,4 cm
2003
acordo com a artista, ela gosta de explorar diferentes técnicas, mas sem depender delas. O objetivo é primeiramente ter
a ideia e ai então expressá-la através da
técnica escolhida.
fotos: divulgação
credita-se que a Xilogravura tenha origens orientais. De acordo com historiadores, a xilo é
uma técnica antiga desenvolvida pelos
chineses. O processo de xilografia significa, basicamente, a arte de gravar em madeira.
Nessa técnica, o artista utiliza-se de
um pedaço de madeira para entalhar
um desenho, deixando em relevo a parte
que irá reproduzir. Em seguida, cobre o
relevo com uma tinta específica. Por fim,
é utilizada uma prensa – que pode ser
manual - para exercer pressão e revelar a
imagem no papel.
No Brasil, a xilogravura é muito popular na região Nordeste, onde estão os
mais populares xilogravuristas. A xilogravura era frequentemente utilizada para
ilustração de textos de literatura de cordel.
Anna Luiza Belluci é artista plástica, gravadora e xilogravurista. Anna formou-se na Faculdade de Artes Plásticas
na Fundação Armando Álvares Penteado
– na qual também lecionou por muitos
anos - e na Academia de Belas Artes de
Florença – Itália.
Ao longo do tempo, Anna desenvolveu diversos métodos de pintura. De
galo azul
cerâmica esmaltada
53 x 32 cm
1967
Técnicas
A artista já passou pela aquarela, experimentou a colagem, esculpiu esculturas, mas se consolidou na xilogravura,
técnica na qual se dedicou e expôs mais.
Anna explica as duas linhas básicas de xilogravura na forma como se corta a madeira, que são a de fio e a de topo - a qual
a artista demonstra preferência – na de
fio a árvore é cortada no sentido do crescimento, ou seja, longitudinal, formando
uma tábua; já na xilografia de topo a árvore é cortada no sentido transversal ao
tronco, formando um toco.
Sempre muito reconhecida por seu
trabalho, Anna Luiza Bellucci foi convidada a expor pelo mundo todo, passando por países como Alemanha, Espanha,
Itália, Inglaterra, Noruega, Japão, Chile e
muitos outros. Anna também recebeu o
Primeiro Prêmio Aquisição na Exposição
“Jovem Gravura Nacional” no Museu de
Arte Contemporânea de São Paulo, em
1964, destacando-se na história da gravura nacional.
Inovando na forma de apresentar seu
trabalho, Anna foi uma das primeiras artistas a não depender de um suporte para criar a xilo, dessa forma não limitando
sua obra. Ela demonstra que é possível
criar na madeira com bastante naturalidade, apesar de ser uma técnica “rude”,
ela é altamente expressiva, podendo-se
expor todas as sensações e sentimentos.
Depois de participar de exposições e
bienais pelo mundo, hoje a artista dedi-
Consulte Arte - 17
aquarela e xilogravura
anna luiza bellucci
árvore
aquarela
51 x 32,3 cm
1989
ca-se em criar em sua casa, explorando
técnicas como a colagem, mas sempre
com a preocupação de não parar de produzir. Entre as exposições estão: 7ª Bienal Internacional de Gravura – Bradford
– Inglaterra (1982); 6ª Bienal Internacional de Gravura da Noruega – Fredrikstad
– Noruega; 8ª e 9ª Exposição de Gravura
de Kanagawa – Japão (1982/83); Trienal
Internacional Inter-Grafik’84 – Berlim –
DDR (1984/87/90); Exposição Gráfica Internacional do Museu de Taipei – China
(1984); Xylon Exposição Internacional de
Xilogravura Gewerbemuseum – Wintertur – Suíça (1984); Xylon 9 – Gelsenkirchen (Alemanha), Genova (Itália), Pont-
18 - Consulte Arte
pequeno fruto
xilogravura
80,2 x 35,5 cm
1983
-A-Mousson (França), Wintertur (Suíça
– 1985); Projeto “Brasil 500 Anos: Uma
Janela para o Futuro” – Promoção Bank
Boston – Trabalho exposto no Museu de
Arte de São Paulo (MASP – 1999).
Obras em Acervos: Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM); Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC);
Museu de Arte Brasileira de São Paulo
(MAB); Museu de Arte Moderna de Bagdad – Iraque; Museu de Artes Gráficas
Contemporâneas de Fredrikstad – Noruega; Centro Nacional de Belas Artes
Museu Gráfico Universal de Giza – Egito;
Citybank – São Paulo; Escritórios Industriais Pirelli – São Paulo.
composição 1
Contato: [email protected]
Consulte Arte - 19
Fotos Fernando Durão
Claudio Tozzi
H
por silvana baierl
A pintura revestida
por múltiplas
sugestões
Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T
Foto Fernando Durão
Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T
20 - Consulte Arte
á um começo, um meio
e um fim nas pinturas
de Claudio Tozzi. Um começo, porque cada nova tela
concluída nasce de um projeto minucioso e calculado. São
cálculos que definem um meio
de expressão de uma arte engajada, com posicionamento
e definição de tempo e espaço. É uma arte com finalidade,
de objetivos resolutos. Um fim
que transpassa para o futuro,
reiniciando a obra, com foco
em temas urbanos, construídos sob uma ótica de contestações e constatações.
O amadurecimento alcançado pelo artista nos impressiona. Tanto quanto o aprimoramento da técnica, a qual
destaca sua capacidade de
transpor os limites do desenho, das cores e tons possíveis
das tintas e dos efeitos lapidados pelo pincel.
Das experiências vividas
nos anos 60, quando trabalhou
temas simbólicos de conteúdo
social; das granulações cromáticas dos anos 70, até chegar à
atualidade das obras temáticas
e metropolitanas, Claudio Tozzi sempre nos colocou frente
a frente com uma arte intensa.
Como conseqüência, era de se
esperar que sua desenvoltura
artística ultrapassasse os limites da tela.
A partir do ano 2000, a cidade se abriu para Tozzi. Ou vice-versa. A intimidade entre arte,
metrópole e arquitetura fluiu
naturalmente, mas também
desapareceu de forma brusca
e repentina. Aceitando o convite de uma indústria de tintas,
o artista criou gigantescos painéis, presenteando São Paulo
com pinturas aplicadas sobre
o concreto de pontes, muros e
viadutos.
Claudio Tozzi e sua Obra 2009
Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T
Consulte Arte - 21
PINTURA
22 - Consulte Arte
Fotos Fernando Durão
Sob sol e chuva
A multiplicidade das cores
e o traço de Claudio Tozzi criaram novos cartões postais para a cidade, integrado ao Projeto Arte-Urbana, que aconteceu
em 2004, com pinturas executadas sobre alvenarias e estruturas de locais públicos. Entre
elas, surgiu um gigantesco painel no Viaduto Tutóia, junto à
avenida 23 de Maio; dois painéis
na avenida Bandeirantes, sendo
um deles no entorno da pista do
Aeroporto de Congonhas; e um
painel no início da Rodovia dos
Imigrantes. Todos em São Paulo/SP, executados com tintas
Lukscolor e de Claudio Tozzi.
A Arte-Urbana ainda é um
movimento novo no Brasil. Nos
Estados Unidos e na Europa é
constante, respeitada e até esperada pelo grande público. Em
São Paulo/SP, foi feito com um
critério exemplar, o que atraiu a
participação do artista. As pinturas se adaptaram à localização do espaço público. Sendo
assim, o muro do aeroporto recebeu tons amarelos, para contrastar com o quadriculado da
pista de pouso. Na saída da cidade em direção às praias, o viaduto da Imigrantes ficou recoberto por tons azuis, sugerindo um
ambiente marinho. Na região da
Tutóia, o viaduto mereceu tons
de verde, estabelecendo uma
relação com a aproximação do
Parque Ibirapuera. E cada local
ganhou um conceito coerente
com o ambiente urbano.
No entanto, com a aprovação da Lei da Cidade Limpa,
em 2007, o trabalho de Claudio
Tozzi desapareceu, vítima da
imposição da nova legislação.
Praticamente todos foram apagados, restando apenas parte
do painel instalado na Imigran-
Fotos Fernando Durão
CLAUDIO TOZZI
Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T
Território - 2008 - 120 x 200cm - A/S/T
Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T
Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T
Território - 2007 - 120 x 200cm - A/S/T
Território - 2003 - 120 x 200cm - A/S/T
tes, hoje parcialmente recoberto. “Aceitei esse desafio porque
acredito que nossa cidade merece um cuidado como esse”,
defende.
Mas, faça chuva ou faça sol,
a Arte-Urbana defendida por
Claudio Tozzi é insistente. Tanto
quanto seu criador, cujo talento é inabalável. Refeito das surpresas políticas, Tozzi aceitou
novos desafios. Para o Edifício
Exclusive, localizado na avenida
Angélica, elaborou o projeto de
um mosaico vitroso, o qual recobre toda a edificação, ocupando
mais de 600 metros quadrados
de autêntica arte e métodos sofisticados de engenharia civil.
Para manter equilibrada a dilatação da argamassa com a dilatação das pastilhas de vidro, o
painel foi dividido por juntas de
dilatação de alumínio colocadas
de forma quase imperceptível.
A perfeita conexão entre arte e
engenharia embeleza a cidade,
independente de leis e resoluções, e mostra que também nas
manifestações artísticas nada
acontece por acaso.
Na Estação Sé do Metrô também encontramos um mosaico
vitroso sobre concreto intitulado “Colcha de Retalhos”. Na
Praça da República, a Zebra está exposta desde 1972, ano de
execução e instalação da obra.
No SESC Vila Nova há outro
exemplar, trabalhado em mosaico vitroso sobre concreto. Na
avenida Dr. Arnaldo, está instalada a “Escultura”, uma obra pictórica aplicada sobre estrutura
semelhante a um totem. E um
painel com 600 x 3200 cm invade o interior do Edifício Spazio
2222. São exemplos da dignidade artística que une o artista
Claudio Tozzi à sua formação de
arquiteto.
Consulte Arte - 23
PINTURA
Foto Fernando Durão
Foto Fernando Durão
CLAUDIO TOZZI
Claudio Tozzi - Atelier
Cores evolutivas
A pintura é sua companheira fiel. Com uma carreira iniciada
na década de 60, Claudio Tozzi
torna-se cada vez mais atual, desenvolvendo técnicas inusitadas
e perenes. Cada tela representa
um desenho projetado e calculado, que unem diversos fragmentos. “Gosto da imagem sugestiva
de elevações, vigas, plantas construtivas e sobreposições que encontramos no conglomerado arquitetônico. E do efeito que essa
imagem sugere ao espectador”,
admite.
O olho humano vê sua obra a
bel prazer. Alguns encontram na
tela a imagem da cidade abstrata, ou a vista aérea de um mapa
multicolorido, as vigas formando
construções, ou quem sabe apenas blocos sobrepostos de forma
desordenada. A intenção do ar-
24 - Consulte Arte
tista é despertar nossa atenção
para a “bondade urbana”. Tudo o
que pode ser bem feito pelo homem, tudo o que pode ser bom
para se ver e viver nas grandes cidades.
Para alcançar o efeito desejado, utiliza tinta acrílica aplicada com a técnica “esponjada”, a
qual ele vem dominando com extrema precisão, obtendo efeitos
de transparência, contraste, foco, perspectiva , movimento, névoa e neblina. “Deixo-me conduzir por esse efeito da construção
e reconstrução, de ressaltar ou
apagar a cor e dessa sensação de
continuidade que algumas pinturas permitem provocar”.
Mas é a partir da pesquisa que
sua obra se modifica. Do desenho,
Tozzi traduz para a tela as formas
milimétricas perfeitamente calculadas. Nota-se a tranqüilidade do
artista em montar uma fusão de
cores evolutivas, com traços intercalados e precisos.
Claudio Tozzi formou-se em
Arquitetura na FAU-Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da USP,
onde também trabalhou como
professor. Em sua carreira encontramos várias exposições coletivas, inúmeras participações em
Bienais de São Paulo, Veneza, Paris, Medelin (Colômbia), Havana
e Makurazaki (Japão). Expôs no
Museu de Arte Moderna do Rio
de Janeiro/RJ, no Museu da Casa
Brasileira em São Paulo, no Museu Andrade Muricy, em Curitiba/PR e em diversas galerias por
todo Brasil. É paulistano em São
Paulo estuda, pesquisa, pinta e vive. A cinzenta metrópole parece
ser um incentivo à sua criatividade e à sua vontade de pintar. Por
pura paixão.
Claudio Tozzi - Instalação
Consulte Arte - 25
tome
nota
A mudança visa oferecer ao consumidor uma
rápida identificação visual do produto no ponto de
venda, completando a Linha Vermelha de Pelos de
Orelha de Boi com a versão em filamentos sintéticos, que é a grande tendência na fabricação de
pinceis.
Condor Pinceis
Empresa fundada em 1929, com sede em São
Bento do Sul, Santa Catarina.
Condor atualiza linha
de pinceis artísticos
Indicação
Indicado para uso sobre diversas superfícies:
tela, painel, papel, madeira, cerâmica, vidro, metal, paredes, emborrachados, plásticos e outras.
Remover o excesso de tinta em papel absorvente e efetuar a limpeza no solvente indicado da tinta, sem pressionar as pontas durante
a limpeza.
Uso com tintas pastosas ou aguadas: tintas
acrílicas, tinta a óleo e outras do mercado artístico.
Após a limpeza, modelar a ponta no formato
original e aguardar a secagem sem pressão nos
filamentos.
Performance
Resposta imediata nas pinceladas quanto à
flexibilidade e suavidade no acabamento.
No uso com tinta a óleo, remover o excesso
de tinta em papel absorvente e efetuar a limpeza em aguarrás ou terebintina.
Ótimo tinteiro na carga de tinta em pinceladas prolongadas.
Utilizar somente produtos de fabricação para o mercado artístico.
Expor à secagem em local ventilado, sem
pressão nas pontas.
Traçado fino e definido.
Alta resiliência (retorno a posição original
após pressão).
Manutenção
Efetuar a limpeza em seguida a utilização.
Público Alvo
Artesão, Artistas Gráficos, Artistas Plásticos,
Decoradores, Cenógrafos e o consumo geral do
mercado artístico e de bricolagem.
Fabricante de uma grande variedade de produtos para atender o segmento artístico, com atuação em todo o território nacional e exportação para vários países.
Linha Sintética Suave
A Condor, líder nacional na fabricação de pincéis artísticos, traz para o mercado a linha Sintética
Suave totalmente repaginada. Agora, os produtos
podem ser adquiridos com o cabo na cor vermelha
e impressão da marca em prata.
Características
• Cabo: Longo, cor Vermelha com acabamento
em verniz UV.
• Logotipia: Cor Prata.
• Virola: Alumínio polido.
• Filamento: Sintético Especial/Imitação Pelo de
Orelha de Boi.
Referências e Numerações
• Ref. 284 Chato Nºs 4-6-8-10-12-14-16-18-2022-24
• Ref. 285 Redondo Nºs 4-8-12-16-20-24
• Ref. 286 Língua de Gato Nºs 4-8-12-16-20
• Ref. 287 Chanfrado Nºs 4-8-12-16-20-24
26 - Consulte Arte
obras da artista plástica Erica Mizutani - utilizando os pinceis condor.
Consulte Arte - 27
Cássio
Lázaro
e transpor todas as leis físicas,
geométricas e gravitacionais.
Cássio Lázaro transforma
aço inox em papel, óxidos em
cor e explosões em emoção.
Todos os efeitos permitidos
pela fragilidade do papel, o artista traduz para o aço, criando
texturas, parcerias entre corte
e solda, ou misturas de detalhes da natureza: “Porque tudo
na natureza pode ser transportado para a arte. Basta obser-
Toda força
e leveza
do escultor
de aço
vá-la e adquirir técnicas para
reproduzirmos tais formas na
escultura”, constata.
Em suas mãos, o aço assume aos poucos sua forma definitiva, porém equilibrada. Para esta mostra do MuBe, Cássio
preparou cerca de 14 peças,
todas de grandes proporções,
oscilando entre 3 a 6 metros
de altura e diâmetro. O trabalho intenso durou meses.
Movimento em Caracol - 43x52x23 - aço laqueado - 2008
por silvana baierl
G
igantescas folhas de papel, superfícies rendadas,
amarraduras, tiras e tramas foram exaltadas por toda
parte na exposição que aconteceu no MuBe-Museu Brasileiro
de Escultura, em São Paulo/SP.
Nada proposital e, para decepção dos defensores da ecologia e do meio ambiente, o autor
das obras não pretende entoar
movimentos a favor ou contra
conscientizações coletivas. Na
exposição de arte, a liberdade
de criação não encontrou limites ou obstáculos.
A cidade de São Paulo teve a
oportunidade de conhecer um
28 - Consulte Arte
pouco mais sobre a capacidade
construtiva do escultor Cássio
Lazaro. Ganhou um momento
para vivenciar arte, sem a preocupação de entendê-la. Teve
apenas a oportunidade de sentir e admirar uma exposição imperdível, que incentivou saber
mais sobre habilidades escultóricas de um artista puramente
brasileiro, ou mineiro, radicado
na capital paulista.
Seria mais justo denominá-lo um “construtor” do aço, sensível ao extremo para transformar toda a dureza do material
numa obra leve, afoita para atirar-se ao vento, voar pelos ares
Instrumental - 128x30x20
aço patinado e laqueado - 2007
Centopéia - 160x40x12
aço oxidado -2007
Renda Paralela - 165x60x20
aço laqueado - 2008
Consulte Arte - 29
ESCULTURA
CÁSSIO LÁZARO
Poesia da forma
Mas trabalhar o aço não exige
apenas inspiração. Requer talento, força, técnica e preparo para controlar as máquinas. Todos
estes argumentos estão presentes na escultura de Cássio Lázaro.
Seu local de trabalho é um misto
de oficina, atelier, showroom e
depósito. Além das máquinas de
corte, encontramos também uma
cabine especial para jateamento de tintas e centenas de peças
prontas ou esperando acabamento. Somente com o aço, seu
trabalho acontece há 18 anos.
Para o artista, a criação se integra com os elementos observados no ambiente urbano, ou
na simplicidade da natureza. Seja
qual for a poesia da forma, Cássio
Lázaro a transporta para a lâmina
de aço, gerando magia e movimento.
Do material duro, sua linguagem se baseia em 13 referências
de efeitos: explosões, amassaduras, côncavos, rendas, tiras, tramas, rabiscos, cubos, rasgaduras,
relevos, dobraduras, rupturas e
vazados. Cada uma delas é aplicada ao aço de acordo com o tipo
da obra. E podem se multiplicar,
a partir da junção entre elas, de
acordo com a proposta da peça.
Para a mostra do MuBe, parte
das esculturas receberam pintura, usando apenas as cores básicas, sobretudo o branco. Outras
tiveram um acabamento oxidado ou escovado, preservando o
aspecto original do aço. Praticamente todas foram concebidas
considerando o papel rasgado e
amassado como base de inspiração.
Vazado Orgânico - 120x70x10 - aço oxidado - 2007
Cubos em Equilíbrio - 100x43x15 - aço laqueado - 2008
30 - Consulte Arte
Observador da natureza
Oficialmente, o escultor Cássio Lázaro nasceu em Cássia/MG,
cidade onde foi registrado. Sua
origem real é a cidade de Passos/
MG, onde cresceu vivendo na roça e numa casa de taipa. Desde
menino, seu passa-tempo preferido era observar a natureza. Um
dia ficou por longo tempo acompanhando a evolução de uma
borboleta, até vê-la sair do casulo. Observava também os veios
da madeira e a infinita quantidade de linhas desenhadas nas folhas. Tempos de infância em que
ele jamais se imaginaria um escultor: “Eu nem sabia o que era
um artista plástico. E como todos
geralmente têm um parentesco
com outros artistas, no meu pensamento isso me distanciava ainda mais desse ofício. Porque na
minha família não há nenhum
escultor ou pintor”, assume sem
falsa modéstia.
Aos poucos, Cássio começou
a se envolver com as Artes Plásticas e a Escultura. Trabalhou no
atelier de importantes escultores, cursou a Escola Pan-Americana de Artes em São Paulo/SP,
além de adquirir experiência em
estamparia de materiais e tecidos. O ofício de escultor parecia
fácil para Lázaro, e a cada dia ele
se via diante da certeza do que
queria fazer.
Foi em 1973 que surgiu a
oportunidade da primeira exposição individual, na Galeria Sherder, de Minas Gerais; seguida de
uma exposição na Galeria Itaú,
em São Paulo, em 1974. E a partir de ambas, todos os anos novas exposições aconteceram, em
diferentes cidades do Brasil. Em
2005, expôs na Galeria Arte Aplicada, em São Paulo. Cássio também cria troféus para premiações e esculturas para mostras de
decoração. Para a Casa Cor do Rio
de Janeiro ele esculpiu uma peça com seis metros, formada por
seis blocos com encaixes entre si.
Também trabalhou na execução de troféus em bronze e,
durante 12 anos, dedicou-se à
técnica figurativa. Na visão de
Cássio Lázaro, sua própria rebeldia de artista o conduziu na busca de outros materiais, até atingir
o ápice dos processos de escultura no aço inox.
Seu talento mereceu quatro
prêmios na XXII Exposição de Arte Contemporânea de São Paulo,
em 1990. E Medalha de Ouro no
Chapel Arte Show, realizado na
Flórida/EUA, em 1989. Tem obras
em coleções brasileiras e também no exterior: Estados Unidos,
França, Espanha, Suíça, Venezuela e Itália.
Cássio Lázaro soma hoje mais
de 35 anos dedicados exclusiva-
Trama - 87x30x13 - aço oxidado - 2008
mente à escultura. Para alcançar
a perfeição, dominante em suas
obras feitas em aço, ele superou
todos os estágios obrigatórios
a um bom escultor. Aprendeu a
dominar o figurativo, os diferentes materiais e cores. Aprendeu
a dar vida a elementos estáticos
e, basta um primeiro olhar para iniciarmos uma conexão com
seu trabalho, sua riqueza de sentimentos e sua história.
Consulte Arte - 31
Feiarte Curitiba - 32ª Feira Internacional de Artesanato
De 17 a 26 de Maio de 2013
Expo Renault Barigui - Parque Barigui - Curitiba - PR
Informações: (41) 3069-4600
calendário
Exposição Portinari - As Séries Bíblica e Retirantes
A partir de 18 de Abril de 2013
Av. Paulista, 1578 - 1º subsolo do MASP - SP - Acesso a deficientes
De Terça a Domingo e Feriados - Das 10h às 18h / Quinta - Das 10h às 20h
Ingresso: R$ 15,00 (inteira) - R$ 7,00 (meia) - A bilheteria fecha meia hora antes
Crianças até 10 anos e adultos acima de 60 anos não pagam.
Terça - acesso gratuito a todos
Informações: www.masp.art.br
32 - Consulte Arte
Exposição A Arte Fantástica de Mário Gruber
Até 12 de Maio de 2013
Caixa Cultural de São Paulo - Praça da Sé, 111 - Centro - SP
De Terça a Domingo - Das 9h às 20h
Ingresso: Grátis
Terça - acesso gratuito a todos
Informações: (11) 3321- 4400
Exposição Still em Movimento: Lição de Pintura
2ª Temporada de Projetos
De 09 de Abril a 23 de Junho de 2013
Paço das Artes - Av da Universidade, 1 - Cidade Universitária - SP
De Terça a Sexta - Das 11h30 às 19h / Sábado e Domingo - Das 12h30 às 17h30
Informações: (11) 3814 – 4832
Exposição Sergio Sister
De 23 de Fevereiro a 26 de Maio de 2013
Praça da Luz, 02 - Luz - SP
De Terça a Domingo - Das 10h às 17h30 (com permanência até às 18h)
Ingresso: R$ 6,00 e R$ 3,00 - combinado Pinacoteca e Estação Pinacoteca
Grátis aos Sábados
Informações: www.pinacoteca.org.br
Exposição Alex Vallauri - São Paulo e Nova York como Suporte
De 16 de Abril a 23 de Junho de 2013
Parque Ibirapuera, Portão 3 - SP
De Terça a Domingo e Feriados - Das 10h às 17h30
Ingresso: R$ 6,00 - Grátis aos Domingos
Informações: www.mam.org.br
Exposição Encontros (curadoria Fernando Durão-Brasil e Franchini-Portugal)
De 17 de Maio a 09 de Junho de 2013
Galeria Marta Traba - Espaço Ateliê
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - SP
De Terça a Domingo - Das 9h às 18h
Ingresso: Grátis
Informações: www.memorial.org.br
Exposição Um Olhar Eterno
Por Tempo Indeterminado
Estande Marquise Ibirapuera - SP
De Domingo a Sábado - Das 9h às 19 h
Informações: (11) 5572-0985 / 5084-9328
Exposição O Agora, O Antes: Uma Síntese do Acervo do MAC USP
Início 06 de Abril de 2013
MAC USP - Nova Sede - SP
Entrada Gratuita
Informações: www.mac.usp.br/mac
Exposição Cápsula de Vida - Felipe Fontoura - Curadoria Cildo Oliveira
De 13 de Março a 10 de Maio de 2013
Espacio Uruguay - Av. Paulista, 1776 - 9 andar - Elevadores 3 e 4 - SP
De Segunda a Sexta - Das 14h às 18h
Informações: [email protected]
(11) 3373-6648
Exposição Super 8
De 06 de Abril a 02 de Junho de 2013
MAM - RJ
Informações: mamrio.org.br/exposicoes
Exposições Dennis Esteves e Célia Nahas Garcia
De 07 a 31 de Maio de 2013
Club Transatlântico / Espaço Mezanino - Rua José Guerra, 130 - SP
De Segunda a Sexta (exceto feriados) - Das 9h às 22h
Entrada Gratuita - Estacionamento: R$ 15,00 (período)
Informações: [email protected]
www.clubtransatlantico.com.br
Exposição Klarheit - Taisa Nasser
De 24 de Maio a 19 de Julho de 2013
Salão da Embaixada Brasileira em Berlim (Wallstr. 57) - Alemanha
De Segunda a Sexta - Das 10h às 18h
Entrada Gratuita
Informações: www.taisanasser.com.br
www.taisanasser.com
Exposição Cores do Xingu
De 30 de Abril a 09 de Junho de 2013
Estação Literária Professora Maria de Lourdes Evora Camargo
Rua 19 de setembro, 233 - Centro - Guararema - SP
De Terça a Sexta - Das 9h às 20h / Sábado, Domingo e Feriados - Das 10h às 17h
Entrada Gratuita
Informações: (11) 4695-3871
Datas sujeitas a alterações. Confirme sempre com os organizadores.
Datas sujeitas a alterações. Confirme sempre com os organizadores.
Consulte Arte - 33
instituto
olga kos
Fundado no ano de 2007 por Wolf e Olga Kos para a disseminação da arte e cultura brasileiras, o Instituto Olga Kos de Inclusão
Cultural (IOK) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que atende
crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, particularmente Síndrome de Down, na cidade de São Paulo.
O principal objetivo do Instituto é a inclusão social e cultural de pessoas com deficiência intelectual. Resgatando e repassando a
toda população a diversidade cultural e artística do nosso país, ampliando o acesso à Cultura a pessoas com necessidades especiais,
descobrindo novos talentos. Para atingir esse objetivo, o IOK desenvolve projetos de artes e esportes.
Nas atividades de artes os objetivos são:
divulgar a diversidade cultural e artística de
nosso país, ampliar o acesso à cultura, incentivar o exercício da arte e ampliar os canais
de comunicação e expressão da pessoa com
deficiência intelectual através dos programas Pintou a Síndrome do Respeito e Resgatando Cultura.
Além disso, o IOK desenvolve a articulação de redes de apoio para geração de renda
e inclusão no mercado de trabalho, através
de parcerias com instituições que promovem o aprendizado de uma habilidade profissional.
Pintou a Síndrome do Respeito
O projeto Pintou a Síndrome do Respeito
acontece desde 2007. Sendo realizadas diversas oficinas de arte em parceria com 11
(onze) organizações reconhecidas por to-
34 - Consulte Arte
da a cidade de São Paulo, entre elas a APAE,
ADERE, APOIE, ADID, CEDE, C.C. Sto. Amaro,
CCM, CECCO, Chaverim e a Pestalozzi. As oficinas contam com suporte e acompanhamento de equipe multidisciplinar formada basicamente
por psicólogos, pedagogos
e arte educadores, além da
participação dos artistas homenageados no projeto Resgatando Cultura em aulas
que oferecem sua técnica de
pintura para que seja agregada ao conhecimento dos
alunos.
ou deficiência intelectual.
Ponto de Cultura
Ponto de Cultura é a ação principal de um
programa do Ministério da Cultura chamado Cultura Viva, concebido como uma rede
orgânica de gestão, agitação e criação cultural. O Ponto de Cultura Instituto Olga Kos de
Inclusão Cultural não é uma criação de projetos, mas a potencialização de iniciativas
culturais já existentes. Em alguns pode ser
a adequação do espaço físico, em outros, a
compra de equipamentos ou, como a maio-
ria, a realização de cursos, oficinas culturais
e produção contínua de linguagens artísticas (música, dança, teatro, cinema, capoeira,
entre outras). Por nosso compromisso com
a cultura fomos premiados como Ponto de
Cultura. As atividades de nossas oficinas são
variadas e sempre associam à produção das
artes visuais, ou seja, um processo de sensibilização do aparato sensório. Jogos lúdicos
de estimulação dos cinco sentidos que preparam o corpo para atuar de forma natural
no processo de criação.
Exposição Itinerante de arte
Resgatando Cultura
Publicação de uma série
de livros sobre a obra de artistas plásticos contemporâneos. Este ano será publicada a quinta edição da série
que prevê 20 livros.
O projeto
As aulas são destinadas
a crianças, jovens e adultos
com síndrome de Down e/
ou deficiência intelectual e
não existe forma alguma de
cobrança. Todo o material é
gratuito.
As oficinas atendem, normalmente, uma média de 15
alunos por turma e são ministradas por artistas plásticos renomados e pedagogos
especializados em pessoas
com síndrome de Down e/
Consulte Arte - 35
instituto olga kos
instituto olga kos
Módulo Cores em Movimento - Antonio Peticov - Por Pedro Spilack
Realização das oficinas
O Ponto de Cultura Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural mantém parcerias com instituições
interessadas em trabalhar na inclusão de pessoas com ou sem deficiência intelectual dentro da
sociedade. Atualmente, as oficinas do projeto
“Pintou a Síndrome do Respeito” são realizadas
em instituições especializadas no atendimento
de pessoas com síndrome de Down e/ou deficiência intelectual. As oficinas do Ponto de Cultura
Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural são abertas
ao público em geral, promovendo assim uma integração entre pessoas com deficiência. Em 2010
iniciamos parceria com três instituições, o Centro
da Cultura Judaica, Instituto Mara Gabrilli e a Escola Novo Ângulo Novo Esquema. As atividades
tiveram início no mês de agosto e término no mês
36 - Consulte Arte
sem título - acrílica sobre papel - 60 x 60 cm - 2010
de novembro 2010. Em 2011 ampliamos o leque
de parceiras com novas instituições.
O Instituto trabalha com a inclusão cultural. A
Inclusão é um movimento internacional e prevê
a igualdade de direitos a todos os cidadãos do
mundo, no caso, mais especificamente, das pessoas com deficiência. Por inclusão cultural, pode-se entender uma ação igualitária de direitos para
e com as pessoas com deficiência. Ou seja, o trabalho é essencialmente voltado para o ensino de
técnicas de artes plásticas para pessoas com deficiência intelectual com interesse nesta área.
A inclusão cultural promovida pelo Instituto
pode ajudar na inclusão social, partindo-se do
princípio de que todos podem aprender, a noção
de pessoa capacitada e competente diante da sociedade oferece às pessoas com deficiências um
novo lugar. Pessoas que outrora eram tidas como
necessitadas, ou incapazes, dentro do processo
de inclusão, passam a ser vistas como dotadas dos
mesmos direitos de todos na sociedade e podendo desenvolver suas habilidades, sejam elas quais
forem.
Os benefícios são inúmeros. Socialmente os
alunos começam a ter mais vínculo com os colegas, amigos, professores e se incluem mais nos
locais, ainda melhoram a autoestima, liderança e
vários aspectos sociais. Já fisicamente, ajuda na
coordenação motora, agilidade, equilíbrio, o aparelho cardiovascular fica mais forte e coração mais
resistente. A estrutura óssea e muscular ganha
mais rigidez. Além disso, influi diretamente na
qualidade de vida e nas atividades diárias deles.
Ao se cadastrar no site do Instituto, é possível
receber a newsletter com novidades de oficinas,
ações, eventos, etc.
Além disso, a sustentabilidade dos programas
e ações do Instituto depende da contribuição de
pessoas físicas e jurídicas, por meio do patrocínio
com dedução fiscal das empresas e das doações
espontâneas da sociedade, mais informações estão disponíveis no site.
Fone: 11.3081-9300
www.institutoolgakos.org.br
Consulte Arte - 37
Fotografia
curadoria fernando durão
A OBRA SURREALISTA DO FOTÓGRAFO E
ARTISTA PLÁSTICO FERNANDO LEMOS
PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DE 1949 A 1953.
Maria Helena Vieira da Silva, pintora
terceiro movimento fora de registro
Caça ao Búzio Artificial
Intimidade dos Armazéns do Chiado
Vespeira Figurativo Aula de Erotismo
Lucilia Farinha, bailarina movimento sonoro
38 - Consulte Arte
Augusto de Figueiredo, ator
Consulte Arte - 39
FOTOGRAFIA
FERNANDO LEMOS
Fui estudante, serralheiro, marceneiro, estofador, impressor de litografia, desenhador, publicitário, professor, pintor, fotógrafo, tocador de gaita, emigrante, exilado, diretor de museu,
assessor de ministros, pesquisador, jornalista, poeta, júri de concursos, conselheiro de pinacotecas, comissário de eventos internacionais, designer de feiras industriais, cenógrafo, pai
de filhos, bolseiro e tenho duas pátrias, uma que me fez e outra que ajudo a fazer. Como se
vê, sou mais um português à procura de coisa melhor.
(Fernando Lemos)
F
ernando Lemos, artista plástico,
fotógrafo, designer e poeta, está
entre os mais consagrados e respeitados artistas da atualidade.
Em sua trajetória profissional com mais
de 50 anos de ativa produção, tem suas
obras publicadas e reconhecidas no Brasil e  em diversos países como Portugal,
França, Alemanha, Canadá, Rússia, Japão 
etc.
Fernando Lemos  nasceu em 3 de maio
de 1926 na cidade de Lisboa- Portugal, na
Rua do Sol ao Rato, como gosta de lembrar, seguindo  uma trajetória característica dos jovens talentosos.
Foi em busca de conhecimento, estudou na Escola Antônio Arroio e na Sociedade Nacional de Belas Artes, na cidade
de Lisboa. Dedicou-se ao desenho, litografia e à fotografia. 
No final da década de 40, já dominando bem o laboratório fotográfico, Lemos
deu início a um constante experimentalismo, que o levou a uma produção de imagens comprometidas com o movimento
surrealista em Portugal. 
Sophia de Mello Breyner, poetisa
no castelo desde o cerco de Lisboa
Die Hand und das Messer
Auto-Retrato,1949-52
40 - Consulte Arte
A mão de Sombra sentido único
Die Hand und das Messer
Consulte Arte - 41
Sós na Praia cheiro de sargaço e céu com vertigem
Para esta edição, destaco  algumas
imagens que, acredito, falarão um pouco
do olhar e do pensar o surrealismo deste
jovem artista que usou sua linguagem como forma  de oposição ao regime ditatorial vigente em Portugal, da década de 30
até 25 de abril de 1974.
Em janeiro de 1952, Lemos realizou
sua primeira exposição coletiva  em Lisboa, na Casa Jalco,  e é  convidado para
sua primeira individual na Galeria de Março com a mostra intitulada “Fotografia de
Várias Coisas”, exibindo ao público sua
produção fotográfica realizada de 1949 a
1952. Nesse mesmo período, Lemos  teve
a oportunidade de um encontro ocasional com o fotógrafo Man Ray no atelier da
artista plástica portuguesa,  Maria Helena
Vieira da Silva, em Paris.
Em 1953, Fernando Lemos vem para
o Brasil e, nesse mesmo ano, é convidado a expor suas imagens no Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Rio de Janeiro, com texto em catálogo de Manuel
Bandeira. 
Nas décadas de 50 e 60, São Paulo se encontrava em plena fase de crescimento industrial e intelectual, Fernando Lemos se dedicava na ocasião
mais às artes plásticas, ao design gráfico e industrial, além da publicidade. Foi premiado em desenho na 4ª Bienal de São Paulo, em 1957 e participou da 8ª Bienal de São Paulo com sala especial.
Como fotógrafo, atuou em produções publicitárias, trabalhando para alguns amigos como
Lourival Gomes Machado e a escritora Hilda Hilst.
Em 1968, participou com George Torok e Jorge
Bodansky de uma coletiva na Galeria Astréia em
São Paulo. Ainda com Jorge Bodansky, faz sua
única experiência como diretor de fotografia do
longa metragem Compasso de Espera, realizado
entre 1969 e 1975, com direção de Antunes de
Filho.
Em 1982, seu trabalho surrealista é citado
por Edourd Jaguer em seu livro Les Mystéres du
Chambre Noire: le Surrealisme et la Photographie. 
Em 1992, sua obra é apresentada na mostra
Mois de la Photo em Paris e, em 1994, faz uma
retrospectiva no Centro de Arte Moderna em Lisboa, ambas patrocinadas pela Fundação Calouste Gulbenkian.
O Brasil tem tido alguns momentos significativos no cenário internacional da fotografia, na década de 40 e 50, com a criação da Escola Paulista
pelo  Foto Cine Clube Bandeirante, na década de
70, com Bienais e Trienais de Fotografia e, a partir do final dos anos 90, uma retomada dessa arte com a criação de novos espaços em  museus,
galerias e centros culturais.  Para abrilhantar esse
retorno, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, por
intermédio do diretor Marcelo Mattos Araújo, em
2004, convidou Fernando Lemos para uma mostra individual, a qual reuniu mais de 118 imagens
em preto e branco do período de 1949 a 1952,
com o título À sombra da luz Fernando Lemos À
luz da sombra.
Luz Teimosa das trevas para a câmara escura
Esse ativo, criativo e inquieto artista continua
produzindo e em breve teremos a oportunidade
de conhecer novas obras.
Banho de Sol
42 - Consulte Arte
Coincidência pequenas diferenças
ALGUMAS REFERÊNCIAS NA INTERNET
www.centrocultural.sp.gov.br/linha/dart/revista6/lemos.htm
www.secrel.com.br/jpoesia/ag34lemos.htm
www.triplov.com/surreal/lemos.html
FOTOGRAFIA
Fernando lemos
FERNANDO LEMOS
Resumo biográfico em Fotografia
1952 - Lisboa .Casa Jalco - Pintura, desenho e fotografia.1952 .Galeria de Março - Fotografias de
várias coisas. 1953 - São Paulo. Museu de Arte
Moderna Rio de Janeiro .Museu de Arte Moderna.1968 - São Paulo .Galeria Astréia.1977 - Porto
.Centro de Arte Contemporânea - A fotografia na
arte moderna portuguesa.1982 - Lisboa .Sociedade Nacional de Belas Artes - Refotos dos anos 40.
1983 - Montreal .Galeria UQAM - Le Surréalisme
Portugais.1992 - Paris .Le Mois de la Photo - Fernando Lemos.1994 - Lisboa .Centro de Arte Moderna - À sombra da luz. - Lisboa .Centro Cultural
do Belém - O rosto da máscara. 1995 - Salamanca. Universidade de Salamanca - À sombra da luz
.1996 - Aix-en-Provence - À sombra da luz. 1998
- Toulouse .Galeria Chateau D’Eau - Photographies.1998 - Hamburgo .Handelskammer - Fernando Lemos: Fotografien.1999 - Lisboa .Museu
do Chiado - Coleção de Fotografias: Anos 50. 2004
- São Paulo .Pinacoteca do Estado - À sombra da
luz., À luz da sombra. 2005 - Rio de Janeiro .Museu
Nacional de Belas Artes - À sombra da luz, À luz da
sombra. 2005 - Vila Franca de Xira.Bienal de Fotografia. 2005 - Sintra .Museu de Arte Moderna - Fernando Lemos e o Surrealismo. 2005 - São Paulo
.Museu de Arte de São Paulo - Exposição Coleção
Pirelli. 2006 - Ilha da Madeira .Casa das Mudas Fernando Lemos e o Surrealismo. 2006 - São Paulo, SP .Museu de Arte Moderna - Acervo. 2006 Premio Especial de Fotografia - Porto Seguro - SP.
2006 - São Paulo .FNAC-SP (itinerante) Realidade
não é Tempo. 2006 - Rio de Janeiro .Galeria Tempo 2006 - Rio de Janeiro .Casa do Saber. 2007 - São
Paulo .SP/Arte-Prédio da Bienal / Ibirapuera - Fotografias. 2007 - Florianópolis .Confraria das Artes
- Fotos.2007 - Zaragoza .Caja Madrid - Fundacio
Foto Colectania. 2008 - São Paulo .Galeria Olido-Centro Cultural - Preto e Branco. 2008 - Moscou
.MAC - Casa do Artista - Foto Bienal - Organizado
pelo Instituto Camões e Gulbenkain. 2008 - Lisboa
- Exposição retrospectiva, homenagem ao premio
recebido pelo BANIF na Sociedade Nacional de
Belas Artes.
Consulte Arte - 43
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consultearte
Roteiro das Artes Plásticas
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44 - Consulte Arte
Consulte Arte - 45
ARTES PLÁSTICAS
benjamin
silva
Em suas pinturas recentes,
Benjamin Silva gravita no espaço do expressionismo abstratizante, sem, no entanto, abandonar o construtivismo, pois
em seus trabalhos ainda são nítidos os resquícios dos canteiros de obras, dos ciclistas, das
gruas, enfim, das cenas do cotidiano das suas fantasias urbanas. A abrangência de sua pintura, mantendo compromisso
com o imaginário urbano, mostrando as vísceras do dia a dia,
surge dos contrastes de opostos, das deformações fenomenológicas, das decomposições,
das desintegrações das formas,
em suma: do caos.
Dinâmica Horizontal
Acrílica Sobre MDF
80 x 100 cm
2013
Aproximação Dinâmica II
Acrílica Sobre MDF
80 x 100 cm
2013
Suas pinceladas firmes, suas
cores vibrantes e a estrutura de
suas composições, obedecem a
um desenho meticulosamente
elaborado. Dono de uma perspectiva personalíssima, Benjamin põe sua arte a tornar visível
forças invisíveis pela captação
dessas mesmas forças. Lá estão
todas elas: isolamento, dissipação, deformação, etc., possibilitando à pintura a agir sozinha
sem lógica ou narrativa entre
si, fazendo surgir novas formas
abstratizantes a partir de acidentes e não por semelhanças.
46 - Consulte Arte
Aproximação Dinâmica I
Acrílica Sobre MDF
80 x 100 cm
2013
Dinâmica Vertical
Acrílica Sobre MDF
80 x 60 cm
2013
Composição Sobre Amarelo
Acrílica Sobre MDF
80 x 60 cm
2013
Consulte Arte - 47
artes plásticas
benjamin silva
Cada tela em branco impõe ao artista um novo desafio, que é o ato de pintar. A tela nunca está
em branco, é verdade. Ela está cheia de opiniões, “clichês”, que o artista aos poucos vai retirando da
tela para dar lugar à verdadeira pintura. Nela a relação imagem/objeto se dissipa, pois aí teríamos a
presença da opinião e, como consequência, a reprodução e não a criação. Na relação espaço/tempo,
Benjamin cria volume entre movimentos dispares, deformando, deslocando e fazendo com que os
objetos flutuem no espaço em função da ausência de seu próprio peso.
A arte inaugura pontos de vista, questionamentos, gêneses do ato de pensar, pois a sensação é o
que resta quando se afastam todas as formas de representação. Aqui o objeto de encontro não é o
objeto encontrado, uma vez que toda sensação deforma, isto é, desrealiza a realidade distanciando-se daquilo que é real e verdadeiro. Vê-se nas suas pinturas que o caos afirma a ordem e não a desordem. Benjamin pinta, mas também manipula o caos.
Antonio Bento - Marchand
Composição Sobre Azul
Acrílica Sobre MDF
80 x 60 cm
2013
48 - Consulte Arte
Composição Sobre Azul
Acrílica Sobre MDF
60 x 80 cm
2013
Contato: [email protected]
Consulte Arte - 49
ELMAR
CASTELO
BRANCO
Elmar começou muito pequeno nas
artes plásticas; no colégio as professoras
elogiavam muito suas aquarelas das aulas
de desenho. Em casa, sem material, usava
o batom e o lápis de sobrancelha da mamãe para pintar as alvas paredes da casa;
terminava levando uma surra e a obrigação de limpar tudinho com um pano molhado. Assim foi crescendo até encontrar
o teatro, que muito influenciou seus quadros. Exercendo a arte de pintar e encenar, sem muito apoio, continuou seguindo e aprendendo as diferentes faces do
teatro e os segredos da pintura até que
começou a escrever dramaturgia, mais
um desafio para ele. Publicou 4 livros num
total de 13 peças que o tornaram famoso
na cidade, em diversas montagens, que
lhe renderam o nome de o homem de sete instrumentos.
Usa, em seus trabalhos, todas técnicas
que conhece. Apesar de preferir o pincel e
a espátula para pintar vários temas, dando prioridade as coisas da terra, como o
carnaval, paisagens e flores. Não é muito
fã da figura humana, mas pinta também
quando lhe vem à cabeça.
Suas influências sempre foram o carnaval, o teatro e a igreja.
50 - Consulte Arte
ARTES PLÁSTICAS
Não tem um só estilo. São vários. Nunca se prendeu a isso. Não tem marca registrada, nem quer e
nem deseja se restringir a nada. Gosta que a criatividade se manifeste, seja ela qual for.
Não sabe os outros artistas, mas seu processo é simples e rápido. Senta-se diante uma tela branco
e começa a rabiscar o que lhe vem a mente, daí, olhando o rascunho vem a idéia e vai desenvolvendo
aos poucos até o acabamento.
Em algum momento de sua vida pensou em ser cantor ou bailarino. Apesar de que, por desejo da
família, formou-se em direito, mas nunca exerceu a advocacia. A arte venceu.
A exposição que marcou a sua carreira artística foi a “bodas de prata” onde chamou artistas para,
também expondo, comemorar juntamente com ele os seus vinte e cinco anos de arte.
Vaso Sobre a Mesa
O/S/T
100 x 100 cm
2011
Casário Português
O/S/T
70 x 50 cm
2006
Rosas
O/S/T
21 x 72 cm
2012
Copos de Leite na Cesta
O/S/T
70 x 100 cm
2012
Contato: [email protected]
Consulte Arte - 51
ARTES PLÁSTICAS
celestino
morari
Nu Feminino
Escultura em Mármore
29 x 40 x 17 cm
2013
Sem Pátria, Sem Lar
Escultura em Concreto Fundido
40 x 34 x 40 cm
2005
Celestino Morari, pintor e escultor. É
paulista nascido em Cafelândia/SP, no ano
de 1946. Começou a esculpir (entalhar em
madeira logo cedo), foi evoluindo devagar
autodidaticamente; participou de vários
cursos com professores particulares, tanto
em pintura, quanto em escultura. Estudou
escultura em argila no Liceu de Artes e Ofícios, com o prof. Reydon. Participou, mais
ou menos, durante três anos de curso livre
de artes plásticas.
As atividades artísticas eram relegadas
ao 2º plano, pois que a atividade principal
era destinada à área industrial. Na escultura trabalha com madeira, pedras, e argila.
Na pintura, usa óleo, acrílica, alquídica e
automotiva. Tem várias premiações, desde menção honrosa até medalhas de prata e ouro.
52 - Consulte Arte
Painel
Tinta Automotiva Sobre Tela
100 x 60 cm
2009
A Luva de Beisebol
Escultura em Bronze
34 x 20 x 23 x cm
2010
Contato: [email protected]
Africanos
Escultura em Madeira
68 x 18 x 18 cm
1998
Consulte Arte - 53
ivone
ARTES PLÁSTICAS
vaccaro
Iniciou a pintura bem cedo, com incentivo de seus pais, que sempre a apoiaram,
no centro cultural de Xanxerê, então são 36
anos dedicados a arte. Foi do desenho a tela,
fez cursos livres, sendo que aprendeu a pintar tecido, vidro e principalmente porcelana.
Hoje, deixou o artesanato de lado para dedicar a sua carreira artística. Gosta da macro
fotografia para se inspirar nos figurativos e
os abstratos usa várias técnicas.
Gosta muito de ensinar tudo o que sabe,
por isso incentiva os alunos a cumprir sua
didática de ensino, intercalando desenho e
pintura, iniciando pela natureza morta, depois pela paisagem e por último anatomia
que é figura humana e animal, abraçando o
curso de técnicas para desenvolver a criatividade do aluno.
Índio Tocando
Técnica Mista
100 x 100 cm
Sem Data
“Todos nascemos com criatividade para produzir algum tipo de arte, você simplesmente tem que encontrar a forma de
expressão artística com as quais se identifica. Isto pode se dar de forma profissional
ou apenas para vivenciar as alegrias que se
obtém fazendo arte com as próprias mãos,
criando”, comenta Ivone.
Índio Cantando
Técnica Mista
100 x 100 cm
Sem Data
54 - Consulte Arte
Hoje suas obras figurativas expressam o
amor a Miscigenação Brasileira, brancos índios e negros, que tem como objetivo ressaltar e preservar a nossa cultura e suas raízes.
As culturas indígenas e negras são as mais
belas e diversificadas do mundo, inspiram os
artistas apaixonados!
Em Goiânia ganhou a classificação do
XXVII Concurso Revelação Novos valores do
Jaime Cãmara, com índias, araras e árabe,
desde então tem participado de Salões Na-
Índio com Arara
Técnica Mista
100 x 50 cm
Sem Data
cionais e Internacionais, dentre eles a Galeria Mali Villas-boas em São Paulo, Categoria
Retrato com Nicole Kidman. Medalha de ouro com Anjelina Julie no Chile, pela ABACH.
Medalha de Ouro na Expoarte das Américas,
que foi um sucesso, pois havia muitos paises participando, foi com a Refugiada afegã.
O Pantaneiro foi obra destaque no 60º Salão
de Artes Plásticas Do Clube Militar, no Rio
de Janeiro. Já ganhou melhor pintura figurativa, pela LITERART no Rio de Janeiro. No
Salão Internacional Brasil em Portugal pela
Waylinght, eventos culturais fui premiada
com HORS CONCOURS.
As próximas exposições são em Portugal
ART MEETIMG, em NEW YORK - MANHATTAM, na MC Gallery em maio, e Museu du
Contato: www.ivonevaccaro.com.br
www.brazilianart.com.br/galeriaivonevaccaro
[email protected]
Índia
Técnica Mista
100 x 50 cm
Sem Data
Louvre, Paris - França, pela Waylight - Eventos Culturais.
Hoje expõe em diversas galerias da cidade e lojas de decorações. Tais como: Galeria
Época, JL MÓVEIS, Cenário, etc. O que é de
certa forma curioso é que as galerias vendem os abstratos e mando para salões os figurativos e depois não os vendo por serem
premiados, logo, tenho um acervo de obras
na minha Galeria das Artes Ivone Vaccaro.
Participo da AGAV E ACAV, Associação Candanga e Goiana de Artes Visuais.
Considera-se eclética, pela tendência de
fundir vários estilos, pela influência de trabalhar em diversos suportes.
Consulte Arte - 55
rosa
ARTES PLÁSTICAS
de jesus
Rosa de Jesus nasceu em 1929, na cidade do Porto - Portugal. Imigrou para o
Brasil com sua família, fixando-se na cidade do Rio de Janeiro, RJ, até 1980, quando
mudou-se para a cidade de Niterói, também no Rio de Janeiro.
Ainda criança, em Portugal, descobriu
a arte, porém nesse momento vivenciava
a II Guerra (1939-1945), talvez seja por isso que a explícita referência a uma certa
obscuridade ressoe em inúmeros de seus
trabalhos. Tece estruturas sobre as quais
se expande à imaginação. Lugares que
não estão “lá fora”, mas “aqui dentro”, podendo ser reconstruídos idealmente, em
Vermelhos Série Queimadas
Técnica Mista
130 x 105 cm
2012
um de nós. Do sentido lírico que a pintura promove a presença afetiva da amorozidade, põe em evidência o que o teor
simbólico, pode resgatar de uma realidade aparentemente esquecida. Suas obras
têm a dimensão do sentimento que as cores expressam, ora cinzentas, opacas, indeterminadas, sinais claros de opressão e
angustia, ora o sentido lírico é reforçado
pelo uso do vermelho, do amarelo, do laranja, enfim a alegria e a presença afetiva
põem em evidencia o que o teor simbólico pode resgatar de uma realidade.
Ao longo de sua formação, freqüentou
diversos cursos, em diferentes técnicas
Vermelhos Série Queimadas
Técnica Mista
140 x 125 cm
2012
da arte. Tais como: Gravura em Metal na
Escola de Artes Visuais, RJ – Parque Lage
com o Prof. Jose Lima, Serigrafia também
na Escola de Artes Visuais, RJ – Parque Lage com o Prof. Dionísio Del Santo. Xilogravura no Museu do Ingá, Niterói – RJ - Prof.
José Lima, Pintura a Óleo - Auto Didata e
Aquarela - Auto Didata. Rosa também é
designer de Moda por formação.
Sem Título
O/S/T
120 x 110 cm
2011
56 - Consulte Arte
Sem Título
O/S/T
120 x 110 cm
2011
Participou de diversas exposições coletivas e individuais, nacionais e no exterior,
tendo sido premiada em todas as coletivas de que participou. Entre elas: IV Sa-
Contato: [email protected]
lão de Artes Plásticas da Escola de Guerra
Naval - 2006 - Medalha de Prata, Salão de
Maio - Associação Fluminense de Belas Artes - 2006 SFF - Medalha de Ouro e 4º Salão de Artes do Meio Ambiente – Academia Brasileira de Meio Ambiente e Museu
Histórico do Exército - 03/2007 – Medalha
de Prata. A sua mais recente exposição foi
em Dezembro de 2010: a coletiva ¨Brazilian Art Between The Oriental And Occidental Civilization¨, na Fundação Cultural Sultan Bin Ali Owais em Dubai nos
Emirados Árabes.
Consulte Arte - 57
ARTES PLÁSTICAS
mariléa
fereguetti
Advogada, professora, psicoterapeuta e artista plástica -(autodidata), Mariléa é natural de
Colatina - Espírito Santo. Casada com o médico
pediatra Elpídio filho, tem 2 filhos e 2 netos.
Também é Franciscana da Ordem Franciscana Secular, a terceira ordem religiosa fundada
por São Francisco de Assis.
Entre os cursos que frequentou, estão: Direito - Magistério - Artes Industriais - Psicanálise
Clínica- Cursos em terapias complementares
tais como Fitoterapia, Florais e Iridologia.
Mariléia foi professora de Artes Industriais
na década de 70. Em pintura, recebeu algumas
orientações da artista plástica Neli Pinheiro.
”Meu despertar para a pintura aconteceu
quando ainda adolescente fiz a minha primeira
tela. Certamente foi de muita simplicidade, mas
Expresso meus sentimentos pelas
tintas e pincéis; como estilo vou do
acadêmico ao abstrato, passo pelo impressionismo, pinto o que tenho vontade respeitando as minhas limitações e
com o que fui descobrindo nestes anos
de caminhada pelas nuances das tintas. Paisagens são certamente motivos
mais constantes em meus trabalhos,
mas ouso outros.
foi o passo inicial desta caminhada que segue
até os dias de hoje.
No decorrer destes 52 anos de pintura tive oportunidade de realizar mostras individuais e também participar de
mostras coletivas; fatos ocorridos em
Colatina e fora do Estado. Em São Paulo participei de coletiva na Galeria Mali
Villas Boas, Exposição Anuário Consulte 2010 no Edifício Cultural Villa-Lobos
entre outros eventos.
Distribuo meu tempo entre pintar - momento de reflexão permeado de paz - e trabalhar
em atendimentos psicoterápicos, em especial
Psicanálise clínica, ler, atividades religiosas e
trabalhos voluntários semanais.
Em minha vida houve períodos de exaustiva dedicação às artes, como também vivi tempos em que outros assuntos necessitavam de
maior atenção; mas nunca deixei de realizar algum trabalho em tela. Como autodidata estou
sempre atenta às oportunidades de aprendizagem, seja com obras dos saudosos mestres da
pintura, com trabalhos de grandes pintores nacionais, acervos, literaturas. Quando posso adquiro telas de algum artista; os pintores muito
me ensinam com suas obras.
Tempo de Chá
O/S/T
22 x 27 cm
1998
Sou catalogada no Anuário Brasileiro de Artes Plásticas Consulte, volumes
VI -VIII - IX - X, realizados pela Editora
Roma - São Paulo.
No ano de 2012 fui também catalogada no Livro Consulte Arte - Roteiro
das Artes Plásticas - obra que entre outros teve apoio da APAPE - Pinacoteca
São Paulo - Secretaria do Estado de São
Paulo - UNESCO - e com a parceria do
MAM. Neste ano de 2013 já assinei contrato para minha participação no volume II do referido livro.
Convidada algumas vezes por indicação da União Nacional dos Artistas
Plásticos e referendada pela Ordem do
Mérito das Artes Plásticas a receber alguma medalha. Sendo o último convite
para receber o Troféu Anita Malfatti e
Salvador Dalí em Abril do corrente ano.
Escutando a Natureza
O/S/T
50 x 70
1998
58 - Consulte Arte
Encantos da Natureza II
O/S/T
60 x 80 cm
2009
Contato: [email protected]
Ao pintar usando pincéis e tintas, toda realidade se torna fugidia e permito que minha inspiração dance sobre
os tons e reflexos de minha tela. É um
momento magnífico, estou no trabalho
que executo”.
Consulte Arte - 59
ARTES PLÁSTICAS
aurea
alamino
Já no antigo curso ginasial, se
destacava nas aulas de desenho. Incentivada pelo professor, desenhava retratos com carvão. Mais tarde,
casada morando em São Paulo, procurou uma escola de artes.
As técnicas usadas foram óleo sobre tela, e sempre temas variados.
No início em figuras, mais tarde
fazendo composições, observando
grandes pintores. Foi assim achando
um caminho para meus trabalhos.
Jovem
O/S/T
50 x 40 cm
2013
Observando muito a natureza e a
figura humana.
Portal
O/S/T
40 x 30 cm
2013
É professora aposentada, dedicando-se hoje apenas à pintura.
As exposições mais importantes
onde participou foram pela UNAP
em São Paulo.
Moça
O/S/T
70 x 50 cm
2013
Rosas
O/S/T
30 x 40 cm
2013
60 - Consulte Arte
Peruano
O/S/T
30 x 40 cm
2011
Contato: [email protected]
Consulte Arte - 61
carmes
franciosi
ARTES PLÁSTICAS
Para compreensão da sua obra, o elemento chave é o equilíbrio da natureza, a
“conservação do meio ambiente”, razão pela
qual, as águas são sempre límpidas e cristalinas, o céu azul, as árvores frondosas e verdejantes.
monia das cores que a técnica de espátula
proporciona.
É a sua declaração de amor num grito silencioso e colorido de alerta.
O meu lado artístico é a pintura, e tenho
certeza que Deus reservou para você um
dom que só você pode cultivar”, finaliza Carmes.
“Para melhor sensibilizar o observador,
oriento-o a observar minhas telas a uma certa distancia, facilitando assim, captar a har-
Deus está presente nas cores, na natureza
e nas pessoas, cada um de nós tem um lado
artístico.
www.carmesfranciosi.com.br
[email protected]
Sonho
Técnica Mista
70 x 120 cm
2012
Carmes Eunice Camilotti Franciosi é natural de Guaporé – RS, porém reside em Francisco Beltrão, desde 1960. Casada com Clodoveu Franciosi (in memorian), com quem
teve 5 filhos: Nilton, Rogério, Vera, Clodoveu
e Roberto.
município, Francisco Beltrão, que ofereceu o
cenário perfeito para isso.
“A arte é para mim, uma necessidade de
comunicação, uma maneira de estar em
contato com a verdadeira e perfeita criação:
a natureza. Registrando na tela seus tons,
suas nuanças, procuro reproduzir a beleza incontestável. Quando comecei a pintar,
procurava retrata-la fielmente, daí passei a
documentar a paisagem e a história do meu
É uma apaixonada incorrigível pela natureza, tanto que em suas obras predominam
paisagens naturais, frutas, flores com efeitos
de luz e sombras, luminosidade e reflexo nas
águas, harmonia de cores e tons. Todos eles
revelam em conjunto os resultados formais
e a intenção do seu trabalho: “declarar na tela o meu grande amor à natureza”.
62 - Consulte Arte
Com o tempo, fui me libertando, criando
paisagens e imagens inspiradas pela emoção”, acrescenta Carmes.
Rosas
Técnica Mista
90 x 60 cm
2013
Contato: [email protected]
Via Sacra - Igreja Santa Catarina - PR
Técnica Mista
90 x 60 cm
2012
Consulte Arte - 63
Fabio weil
villares
Fabio teve seu primeiro contato com as
artes plásticas ainda na infância, quando estudava no colégio Waldolf Rodolf Steiner
que apresentou-lhe cultura e arte nas aulas
de teatro, música, pintura e escultura. O artista disse que já pensou em ser psicólogo
ou psiquiatra.
Naquele momento surgiu a figura de sua
avó, passando referências importantes e
estimulando a busca por novos valores, ao
mesmo tempo, falando de suas experiências
de vida e recomendando que fosse atrás de
seus sonhos.
As viagens para os Estados Unidos, Europa e todo o Brasil, lhe proporcionaram conhecimentos culturais e visuais.
ARTES PLÁSTICAS
O artista usa técnicas mistas e o tema dos trabalhos são referentes
as situações do cotidiano familiar (carvão, tinta acrílica, pastel seco e
oleoso). Desenvolveu seu estilo através da interação com a pintura e a
escultura e vivencias pontos culturais.
As principais influências de Fabio, são: o escultor Rodin; e os pintores: Cézane, Degas, Michelangelo e Van Gogh.
“Primeiramente, eu faço vários desenhos de esboço, até chegar
no projeto final e a partir daí coloco em prática na escultura e na pintura. As ideias vem, principalmente, da minha imaginação, mas sempre
respeitando as referências da realidade”, comenta Fabio.
A principal exposição que marcou a sua trajetória foi
a sua primeira exposição individual, na Galeria Reserva
Pessoal em 1999, com esculturas de figura humana e
animais. A outra foi no Clube Paineiras em 2005 (Festival de Cultura ACESC), com a escultura “Correndo por
uma vitória”.
Ainda não tem nenhuma exposição agendada, mas
está querendo participar de algumas até o final deste
ano.
Arrependimento (Figurativo)
Técnica Mista
50 x 70 cm
2010
A Bronca da Mãe
Escultura - Esmalte de
Baixa Temperatura
40 x 30 x 43 cm
2011
Determinado a estudar pintura e escultura, procurou a Escola Panamericana e Abra
em conjunto com experiências anteriores
que forneceram as primeiras ferramentas,
mas foi no MuBe (Museu Brasileiro da Escultura) que repensou e reformulou sua visão
da Arte Contemporânea.
Direcionou todos os seus esforços para
ordenar e praticar seus conhecimentos com
um só objetivo, construir um estilo que vislumbrasse o mundo cotidiano urbano, com
suas relações e inter-relações reveladas no
social e no momento afetivo.
Essa necessidade de revelar o social e o
afetivo começaram a permear e delinear
seus trabalhos numa forma de despertar reflexão sobre cada situação da vida.
64 - Consulte Arte
Presta Atenção (Figurativo)
Técnica Mista
50 x 70 cm
2010
Contato: [email protected]
[email protected]
Consulte Arte - 65
ARTES PLÁSTICAS
deli ribeiro
Iris
Aquarela Sobre Papel
35 x 24 cm
2012
Valdeli Ribeiro iniciou seu trabalho na área das
artes depois de uma grande perda em sua vida, na
qual ela foi à procura de terapia. Nunca havia pegado em lápis para desenhar e muito menos em
pincéis e tintas. Após ouvir conselhos médicos, escolheu a aquarela para encontrar um novo modo
de viver.
A técnica primordial com a qual a artista trabalha é a aquarela sobre papel. Em algumas obras
também faz uso da colagem, tendo como base o
papel para a aquarela.
Em relação as inspirações para seu trabalho, Deli comenta: “Tenho muita admiração pelos trabalhos dos aquarelistas brasileiros que estão entre os
melhores do mundo. Serei injusta ao citar nomes,
mas eles sabem quem são”.
66 - Consulte Arte
Recordação
Técnica Mista Sobre Papel
35 x 24 cm
2006
Deli acredita que seu estilo se desenvolveu
através do fato de sempre observar obras de vários artistas e técnicas usadas, praticando exercícios sobre o papel de aquarela. Em seu processo
de criação, a artista faz uma reflexão e concentra
seu pensamento nas coisas que a fazem feliz, procurando colocar tudo que aprendeu da maneira
correta, para que saia um bom trabalho. “A idéia
vem de várias maneiras: fotos, paisagens, lembranças de viagens, algum abstrato”, comenta Deli.
A exposição que mais marcou sua trajetória artística foi sua primeira exposição apresentando
seus quatro primeiros quadros. Foi no Hotel Casa Grande, no Guarujá. Foram pintados depois de
uma viagem à Grécia inesperada, com a professora
Silvia Fairbanks e um grupo de artistas brasileiros.
Contato: [email protected]
Universo da Aquarela
O Universo da Aquarela é uma entidade
sem fins lucrativos, que funciona desde o
ano de 2006, em parceria com a Associação
Comercial de São Paulo Distrital – Centro
“Espaço ECCO”. Regina Y. Komatsu, Marilu F.
Queiroz e Valdeli Ribeiro são as coordenadoras do projeto.
A ideia inicial era desenvolver uma exposição de aquarelas com demonstrações de
pinturas por parte de artistas convidados.
Mas logo foi preciso expandir, proporcio-
Contato: www.universodaaquarela.com.br
nando ao público as noções do fazer. Foram
elaborados diversos projetos, como laboratório experimental, workshops, consultorias
e palestras, em vários dias de atividades referentes à técnica da aquarela.
Desde então, a equipe do Universo da
Aquarela trabalha para transformar o Espaço ECCO em um pólo cultural para a Cultura da Arte e Educação. E com o objetivo de
“resgatar, valorizar, divulgar e compartilhar
os conhecimentos da técnica da aquarela”.
Consulte Arte - 67
maria
ARTES PLÁSTICAS
yeda
A artista Maria Yeda acredita ter na
irmã caçula e em sua mãe – ambas já
em outro plano de vida - a força que
a impulsionou para a pintura. A primeira, artista plástica com formação
universitária; a Segunda, autodidata,
iniciando a atividade aos 78 anos, produzindo grande acervo, fruto do trabalho ininterrupto até o falecimento
aos 83 anos. Há, por outro lado, um
traço pessoal bem marcante, qual seja o de buscar ou, pelo menos tentar
capacitar-se para tudo o que pretende
fazer. Aí, a fonte da energia que a impulsionou para a pesquisa e experiência relacionadas com a pintura.
Varanda - Tecidos - Fios
A/S/T
120 x 120 cm
1999
Maria Yêda permanece em Apipucos e instala um anexo do seu ateliê
em Casa Forte, compartilhando, a convite, de espaço preparado pela arquiteta Yeda Maria prioritariamente para
seu escritório.
O conjunto da obra da artista é reconhecida como livre, eclético em cores, expressão, uso de materiais e diversidade de suportes. Transita e/ou
agrupa-se em duas propostas bem
distintas:
68 - Consulte Arte
Nas Matas Ensolaradas e nas Preto
e Branco, faz uma simbiose das duas
propostas.
Chanel em Passeio pelo Nordestre - BR
Colagem de Rendas, Bolas de Madeira,
Flores de Lona e A/S/T
140 x 100 cm
2006
Maria Yeda formou-se no Museu
do Estado de Pernambuco em oficina
de desenho e pintura, assim como na
Universidade Federal de Pernambuco, no curso de extensão em pintura
e desenho e também na Fundação Joaquim Nabuco – 3o Curso de História
da Arte.
LIBERDADE DAS CORES: Cores
Quentes. Na maioria sem títulos, voltando-se para o abstracionismo. Também “Florais mal comportados”, surgem de forma livre do uso das tintas.
RESGASTE DE VIVÊNCIAS: Privilegia
o uso dos derivados de algodão, eclodindo daí uma linguagem própria que
marca suas raízes no Nordeste. Eventualmente usa derivados da juta.
No Brasil, tem obras em acervos
particulares em seis capitais, e uma no
Museu Assis Chateaubriand na Paraíba. Fora do Brasil, possui obras na Alemanha, Holanda, Portugal e Inglaterra.
Contato: [email protected]
[email protected]
My - Pa - Convite - Matas
Colagem e A/S/T
190 x 94 cm
1998
Consulte Arte - 69
ARTES PLÁSTICAS
diana
mendes
pimentel
Construção
Acrílica e Radiografia Sobre Madeira
66 x 86 cm
2013
Diana estava na Alemanha quando viu,
em publicações de arte, menções a um
quadro que representava uma radiografia de pulmão iluminada por trás. Achou
a ideia um bom ponto de partida e imaginou a realização de trabalhos usando esse
tipo de material.
Diana é uma artista autodidata. Teve aulas com
um único professor chileno, Ivan Fritz, que lhe introduziu às diferentes técnicas de pintura. A partir
daí, foi desenvolvendo o seu próprio estilo.
A artista diz que essa fase retrata bem
o tema da diversidade, que tem sido um
marco de seus trabalhos: “busco dar uma
outra leitura a processos que sugerem dor
e sofrimento”, afirma Diana.
Sua inspiração vem dos contrastes sociais, das
diferenças culturais e das ambivalências humanas
de um modo geral.
Foram várias etapas. Na Nigéria, criou
grafia de nomes com motivos de máscaras africanas, que serviam como acessórios
para desenhos de moda.
Efetivamente seguiu outra carreira antes de se
dedicar às artes plásticas. Iniciou sua vida profissional no Itamaraty, foi lotada em vários postos.
Em seguida, evoluiu para trabalhos que
envolviam a mistura de elementos orgânicos e industrializados.
A mostra individual no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires (2002) foi uma das mais belas
montagens de sua obra. Mas talvez as exposições
na Fundação Batuz, promovida pelo Ministério
das Relações Exteriores do Uruguai (2001), e a do
Congreso de La Nación em Buenos Aires (2003)
tenham sido as mais importantes pela repercussão dos eventos.
Atualmente, está focada na realização
de uma série intitulada “Radiografia da Arte – Arte da Radiografia”.
Floresta
Acrílica e Radiografia Sobre Madeira
105 x 60 cm
2013
70 - Consulte Arte
Foi largamente influenciada pela cultura dos diferentes países onde viveu ao
longo de mais de 35 anos. Na Europa, passou a frequentar galerias e museus de arte contemporânea, que nortearam a sua linha. Mas foi, sem dúvida, influenciada por
artistas como Lygia Clark, Anselm Kiefer e
Frans Krajcberg.
Membros
Acrílica e Radiografia Sobre Madeira
110 x 40 cm
2012
Contato: www.dianamendespimentel.com
[email protected]
Dentre os prêmios recebidos, o Prêmio Revelação ConsulteArte (2012) lhe causou imensa satisfação.
Consulte Arte - 71
eunice
nazário
O último conceito a ser associado, para melhor entendimento, à obra de Eunice seria o do discurso social, cunhado
por Joseph Beyus, artista europeu com
atuação no século passado, que sugere uma expansão do conceito de arte,
desde a organização do pensamento ao
processo de criação, base primeira da
idéia de escultura.
A escultura social seria resultado da
atividade de um escultor que trabalha
sobre qualquer tipo de material e se utiliza das mais variadas técnicas. Com Eunice e suas esculturas, suas manifestações,
suas idéias, seus engajamentos políticos,
Esculpir – Imantar e acumular...
Com trabalhos apresentados em vários museus e galerias da região e do país, como
o Museu de Artes Moderna do
Rio de Janeiro, Eunice tem sua
obra observada sob novo aspecto na Galeria de Artes Fundação CSN. Pretendeu-se com
esta exposição individual, analisar sua produção artística sob
um conceito de arte ampliado,
tomando como recorte a situação de imantação pelo discurso e acúmulo de objetos em
seu espaço de criação, seu atelier. Este espaço pensado como
um território onde se pode ver,
ouvir e falar sobre arte. Um espaço sem regras pré-estabelecidas de organização, regido
apenas pela atuação de Eunice
Nazário.
A presente exposição consiste, na medida do possível,
na transposição do ambiente
constituído por Eunice Nazário
em seu atelier para o Centro de
Cultura Fazenda da Posse.
ARTES PLÁSTICAS
Ayrton Ferreira da Costa Jr.
Curador de Artes, Arte-educador
(especialista em Ensino da Arte –
Estética Moderna e Contemporânea)
e especializando em Gestão Cultural.
Joseph Beyus
“Para mim, a formação do pensamento já é escultura”.
Eunice Nazário
Justiça Social Urgente
Escultura Terracota
30 x 30 cm
2000
1ª Parteira de Volta Redonda
Escultura Terracota
30 x 20 cm
Sem Data
72 - Consulte Arte
enfim, tudo aquilo que a sua moral artística impõe como tarefa cotidiana, faria
parte, de acordo com o conceito apresentado por Beyus, de uma escultura social.
Contato: www.eunicenazario.com
[email protected]
A Natureza Chora e Pede Socorro
O/S/T
60 x 40 cm
2008
Consulte Arte - 73
lucy
ARTES PLÁSTICAS
aguirre
Pintura
Em sua residência, reunia algumas amigas para desenvolver a pintura em óleo sobre tela
com o pintor de nome João Carneiro da Cunha que lhes orientava a pintura ao ar livre como
faziam os impressionistas há 100 anos.
Xilogravura
Interessou-se pela técnica das artes gráficas desde o curso na UFES na Semana de Arte
aberta a comunidade. A professora americana June Kilgore ministrou várias técnicas (dentro das técnicas da gravura).
Prêmio
Recebeu medalha de prata em uma coletiva organizada pela Galeria Homero Massena,
no Hotel Senac, em 1986.
Sindiappes
“Comecei como hobby a pintura, estou me tornando profissional devido a oportunidade
que o Sindiappes oferece a todos os artistas plásticos com muitos eventos em exposições,
leilões, etc”.
Litoral Capixaba - Praia de Camburi - Vitória - ES
O/S/T
36 x 50 cm
2011
Especialista em desenho, pintura e gravura. Possui diversos cursos com renomados artistas, já participou de diversas exposições e salões, dentro e fora do Espírito Santo.
Lucy Aguirre é de Santa Catarina, nasceu numa cidade chamada Porto-União (SC) gêmea
de União da Vitória (PR).
A antiga via ferroviária Paraná – Santa Catarina e o Rio Iguaçú dividem suas fronteiras.
Nasceu do lado catarinense, pois seu pai, Theodoro Keppen Sobrinho, era funcionário público federal.
74 - Consulte Arte
Dans le Jardim - Renoir
O/S/T
36 x 26 cm
2009
Contato: [email protected]
[email protected]
Igreja N.S. do Rosário - Vila Velha - ES
O/S/T
28 x 21 cm
2013
Consulte Arte - 75
olimpio
franco
Iniciou sua carreira em 1997, usando materiais básicos de pintura como óleo e acrílico em suas telas. Já
era o começo da arte do impacto, sempre usando cores “fortes” e escuras.
Não só foi premiado e elogiado em muitas exposições, centros culturais e galerias, como foi também
apreciado pelo público espectador. Os admiradores
de arte ou ainda os leigos no assunto, admiram-no.
Sempre manteve acoplado em sua profissão e em
sua vida, um fator muito importante: a humildade,
a qual faz de Olimpio um carismático e talentoso artista, buscando sempre compartilhar com a arte um
pouco de sua sabedoria. Artista que não se basta com
o lema de um artista a mais no mundo mais sim, “O
Artista”.
Para Olimpio: “Uma obra que não é vista é uma
obra que não existe. Este é um lembrete para todos
aqueles artistas que possuem o dom, para de que
maneira alguma, nunca se entreguem, ou se sintam
excluídos pelo mundo, ou pelas sociedades”.
Peças de Carro
Assemblage
120 x 120 cm
2008
ARTES PLÁSTICAS
mações básicas, despertando o desejo
do “toque”, considerando residir ai possíveis sentidos para a vida. Sugere a relação arte e pessoa, pessoa e arte propondo ao seu espectador um envolvimento
integral, um mergulho no universo cultural apresentado pela arte.
O verdadeiro dom da sabedoria de
um artista é respirar arte e se entender
com seus “conhecimentos” para entender o “próximo”.
Uma obra em evolução
O artista é o antecipado das ações do
ser humano que vai modificar e indicar
os caminhos a seguir às gerações futuras, não só no campo da arte e na sua
vida social como um todo. É o criador
antenado nos movimentos sociais e no
pensamento que aflora no embate de
ideias. É o criador, seja isolado em seu
ateliê, seja percorrendo a natureza, para
apreendê-la em suas telas as ideias que
deseja ver concretizadas pelas tintas em
composições, utilizando-se também de
materiais diversificados. É, enfim, o ente que descarrega toda sua energia criadora e a eterniza numa obra, qualquer
técnica que venha empregar. Assim é
Em suas primeiras pinturas com óleo e acrílico sobre tela, usava as cores predominantes, chocantes e
melancólicas, elaborando uma fusão entre sombra
e reflexo. Além do óleo e do acrílico, ousou em interagir com diversos materiais, aplicando objetos em
seus trabalhos, transpondo caminhos, percorrendo
uma técnica ainda incomum, um tanto estranha no
Brasil, mesmo que promissora e admirada: a “assemblagem”. Estilo este, muito apreciado na Alemanha,
sendo o país europeu que mais investe nesse estilo.
Lepra
Assemblage
100 x 100 cm
2006
76 - Consulte Arte
Aborda temas como: destruição, desordem, violência, guerras, etc... Retratando-os em sua arte, usando formas simbólicas e radicais, detonando o cotidiano, procurando atacar o que chama de “trapos”,
que depravam e desorganizam o convívio da espécie
humana. Procura vivificar seus trabalhos, recorrendo
a tridimensionalidade, provocando seu espectador
através do choque, convidando, ou mesmo, impondo-lhe, parar, pensar e refletir.
Ao trabalhar com o relevo sugere e propõe infor-
Destruição de uma Parede
do Governo Iraquiano
Assemblage
80 x 120 cm
2007
Olimpio Franco. Preparou-se seguindo sua vocação para as artes,
estudando com empenho e paciência todas as técnicas da pintura, assim como o escritor aprende as primeiras letras e ao longo
de sua vida, as transformam em belos escritos que sua criatividade enseja e que todos desfrutam.
A paleta de Olimpio Franco é rica, poderosa, cheia de vida e
inquietude, policromada e temperada pela sensibilidade de sua
alma. Juntando materiais que cotidianamente vemos em nossa
vida prosaica, acrescenta-lhes cores com vigorosas pinceladas,
dispõe em composição que desperta a atenção, mesmo daquele
visitante de exposição menos afeito às coisas da arte. Ao instigar-lhe a curiosidade, desperta-lhe também o senso crítico. Não é
mais um olhar indiferente mas intensamente participativo. Essa é
uma qualidade rara num artista e este jovem a tem muitíssima refinada. Ninguém fica indiferente aos seus trabalhos, que descreve uma trajetória com ação impactante para não dizer chocante,
dado ao vigor de suas pinceladas generosas, porém agressivas,
mas também atingem a delicadeza de um ramo de bambu sobre
um fundo, cujas suaves cores, sugere um ambiente de tranquilidade zen budista. Ainda jovem, tem muito caminho a percorrer.
Certamente muito trabalho pela frente, muito empenho e dedicação. Está, porém, trilhando o rumo correto e podemos esperar
um artista que vai atingir a meta que traçou para a sua vida, com
raro esplendor.
Celso Vieira
Administrador do MASP/Centro
Lágrimas de uma Seringueira
Assemblage
150 x 100 cm
2008
Contato: www.olimpiofranco.com.br
[email protected]
Consulte Arte - 77
ARTES PLÁSTICAS
henriqueta
rabello
Flor 2
Técnica Mista
120 x 100 cm
2001
Abstração Branca
A/S/T
100 x 120 cm
2003
rem aproximações, embora remotas.
Para Paul Cézanne ,”a arte nos coloca
em estado de graça “. No caso de Henriqueta Rabello é a mais pura verdade.
Geraldo Edson de Andrade
Revista VENTURA Nº 26
Cores
A/S/T
100 x 200 cm
2012
Desafiando formas plásticas, com a inquietação criativa de todo artista jovem e por isso
mesmo, querendo ousar, a artista vem lutando
consigo própria à procura da linguagem que
possa se expressar com a liberdade que a arte
exige.
A liberdade que ela tanto busca está presente na sua pintura atual. O encontro da artista com a professora Nelly Gutmacher na Escola
de Artes Visuais, Parque Lage, abriu-lhe novos
e positivos horizontes.
Todo esse aprendizado, teve e tem, especial
significado para a artista carioca. Primeiro, permitiu-lhe desenvolver a técnica, seja lá qual se-
78 - Consulte Arte
“Adoro a versatilidade da tinta acrílica misturada ao óleo e massa, diz ela.
Na minha atividade como artista plástica venho fazendo experiências e pesquisas de cores (minha paixão), materiais e texturas.
Gosto de cores, da variedade e de
usar o espaço da tela de forma ousada,
de perceber novos volumes . O resultado costuma ser a forma como quero
me apresentar.
ja o meio de expressão; a técnica aliada à razão
e, por conseguinte, à emoção que lhe é implícita. Segundo, a segurança que dela advém no
sentido de saber usá-la dentro de uma linguagem pessoal.
Não é por outro motivo que o que mais desperta a atenção na pintura de Henriqueta Rabello é a dualidade de linguagens que se alternam entre o abstracionismo propriamente
dito e os cortes geométricos que complementam por assim dizer a composição. Os dois estilos harmonizam os contrastes colorísticos da
proposta e passam ao espectador atento uma
ilusão de movimento que, é preciso dizer, não
visam ao cineticismo, embora com ele procu-
Cores Sobre o Azul
A/S/T
120 x 120 cm
2013
Contato: [email protected]
Minha pintura é abstrata, abstrata
geométrica com incursões no figurativo contemporâneo. São três caminhos
que uso livremente”.
Henriqueta Rabello
Consulte Arte - 79
ARTES PLÁSTICAS
acacio
mara
arouche patriani
O artista Acácio Arouche, nascido em São
Paulo, formou-se em diversos cursos ao longo
de sua carreira. Entre eles: Desenho livre pela Associação Paulista de Belas Artes; Curso de Graduação em desenho industrial pela Fundação
Armando Álvares Penteado, Faculdade de Artes
Plástica. Também cursou Licenciatura Plena em
Educação Artística através da Escola Superior de
Artes Santa Marcelina e Especialização em Arte-Educação II na Faculdade de Comunicação e Artes/USP. Além disso, pelo MAC (Museu de Arte
Contemporânea) cursou Estudos de Museu de
Arte e Gravura em metal a cores.
Movimento de Cor IX
O/S/T
75 x 100 cm
2013
Atualmente atua como professor no Centro
Educacional Pioneiro para alunos do Ensino Médio, mas já lecionou em diversas outras ocasiões
como no Colégio XII de Outubro dando aulas
de Arte, no Colégio Brasília de São Bernardo do
Campo atuando como professor de Desenho de
Propaganda, entre outros.
Participou de publicações como: Prefeitura do Município de São Paulo – Secretaria Municipal de Educação, 1992; Educação de Jovens
e Adultos: EJA - MOVA – Profissionalizante, Secretaria de Educação e Formação Profissional de
Santo André, 1997.
Movimento de Cor XI
O/S/T
75 x 100 cm
2013
80 - Consulte Arte
De Bem com a Vida
O/S/T
80 x 80 cm
2012
Ao longo de sua carreira participou de diversas exposições, entre elas: 1o Salão de Arte Universitária de São Paulo - FAAP, 1975; Exposição
de Gravuras no Club Feminino do Alphaville,
1979; XXI Exposição Anual da Escola Superior
de Artes Santa Marcelina; Mostra de colagem no
Centro de Artes Shopping-News, 1980.
Acacio também desenvolve pesquisa em Poéticas Visuais no educativo do Museu de Arte
Contemporânea.
Contato: [email protected]
Harmonia II
O/S/T
80 x 60 cm
2009
Mara patriani
[email protected]
(92) 3648-1833
(92) 9988-1170
Identidade
O/S/T
70 x 50 cm
2012
clênio
barros
clênio barros
[email protected]
www.cleniobarros.com.br
www.facebook.com/ClenioEscultor
O melhor para
os artistas
R. Cotoxó, 110 - SP - Tel. 11-3873-0099
R. Groenlândia, 77 - SP - Tel. 11-3885-5143
Av. Angélica, 1.900 - SP - Tel. 11-3661-9685
www.pintar.com.br
84 - Consulte Arte

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