56 farmácia
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56 farmácia
f Fórmula 14 – Solução de ácido acético 3% – 5%. Uso: Colposcopia TGI – Diagnóstico de lesões no Cervix, vagina e vulva Matérias‑Primas Função Quantidade Ácido acético glacial Coagulante proteíco 3,0 g a 5,0g Água purificada Solvente Qbp 100 ml f Fórmula 15 – Solução de Lugol. Uso: Colposcopia – lesões intraepiteliais de cérvix e vagina Matérias‑Primas Função Quantidade Iodo (I2) Agente revelador 25,0 g Iodeto de potássio (KI) Agente revelador (promove a dis50,0 g sociação do I2) Água purificada Solvente Qbp 500 ml f Fórmula 16 – Solução de Bunnel. Uso: Colposcopia TGI – Diagnóstico de lesões no cérvix, vagina e vulva Matérias‑Primas Função Quantidade Ácido acético glacial Agente acidificante 0,5 ml Sol cloreto de benzalcónico a 50% Bactericida 0,1 ml Glicerina Viscosante 20 ml Água purificada Solvente Qb 100 ml f Fórmula 17 – Solução de Monsel. Uso: Colposcopia – visualização de lesões intraepiteliais de cérvix e vagina Matérias‑Primas Função Quantidade Sulfato ferroso hepta hidratado FeSO4.7H2O) Agente hemostático 261,25 g Ácido sulfúrico concentrado (H2SO4) Agente acidificante – oxidante 7,5 g Ácido nítrico concentrado (HNO3) Agente acidificante – oxidante 12,5 g Água purificada Solvente Qbp 250 ml f F órmula 18 – Solução tampão fixador de tecido endometrial. Uso: Conservante tecidular – conserva tecidos recolhidos para análise Matérias‑Primas Função Quantidade Fosfato de sódio monobásico di‑hidratado Sal para efeito tampão 5,2 g Fosfato de sódio di‑básico anidro Sal para efeito tampão 6,5 g Formol 40% Agente de fixação – Conservante Água purificada Solvente 100 ml Qbp 1000 ml O tecido extraído durante a biópsia é conservado logo após a recolha em solu ções tampão fixadoras que são preparadas extemporaneamente (fórmula 18). A “fixação” do tecido interrompe o metabolismo celular que conduziria à necrose tecidular e estabiliza estruturas e componentes bioquímicos intra e extracelulares, preservando e conservando os elementos teciduais, além de permitir a penetração de outras substâncias subsequentes à fixação para exames de diagnóstico. Entre os agentes químicos de fixação, um dos mais comuns é o formaldeído ou formol* que ao ligar‑se às proteínas tecidulares forma uma rede insolúvel em forma de gel. Na presença do oxigénio tecidular e atmosférico o formaldeído oxida‑se formando ácido fórmico que pode ocasionar precipitação nos tecidos e portanto danificando‑os. Para evitar este processo oxidativo a solução fixadora deve ser tamponada de modo a que o ácido formado seja imediatamente neutralizado pela solução tampão. Conclusão Os medicamentos manipulados ginecológicos assumem alguma representatividade nas preparações elaboradas pelas farmácias comunitárias e farmácias hospitalares, dado que são efetivamente uma opção terapêutica senão, em alguns casos, a única solução adequada ao perfil fisopatológico do doente a que se destinam. A disponibilização de preparações extemporâneas, que pelo pouco interesse comercial por vezes não estão comercializadas, resolve com baixo investimento grandes problemas. O desenho do medicamento à medida do paciente, e no caso particular do tratamento ou prevenção da sintomatologia da TMH, possibilita que haja resposta a cada caso minimizando‑se com a terapia personalizada a ocorrência de efeitos colaterais e disponibilizam‑se soluções que proporcionam adesão terapêutica com resultados evidenciados em estudos observacionais e padronizados. Nesta alternativa, são administradas hormonas e entre estas as bioidên- * O formaldeído é um gás. É comercializado em solução a 37% – 40% de formaldeído, sendo esta solução comercial comumente designada de Formol. Uma solução de formol preparada a 10% é designada de solução de formalina e apresenta 3,7% a 4,0% de formaldeído na composição. farmácia inove 56 Inove Farmácia 2015; 1(5): 52-57