Revista Junho n° 30
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Revista Junho n° 30
REVISTA CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 5a REGIÃO - ANO 7 - EDIÇÃO 30 - ABRIL/MAIO/JUNHO- 2010 Novos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais: o mercado está preparado para recebê-los? Eleições 2010 C hapa 2 vence o pleito IMPRESSO AUTORIZADO PODE SER ABERTO P/ECT PARA USO DOS CORREIOS Desconhecido Falecido Mudou-se Recusado End. Insuficiente Não existe o n.º indicado Ausente __________________________ Reint. ao Serviço postal em: _____ / _____ / _______ __________________________ Ass. Responsável __________________________ Avenida Palmeira, 27 - 403 CEP: 90470-300 – Porto Alegre Como fu nciona o Departamento de Fiscalização do CREFITO5/RS DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Editorial página 3 Cartas página 4 Prestação de contas página 5 Entrevista Eleições 2010 Mercado de Trabalho Notícias Agenda de eventos e Dicas Especial – Fisioterapia na Hemodiálise Agenda da Diretoria Artigos Assessoria Jurídica Fiscalização Horário de expediente externo do CREFITO5/RS: de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h. Diretoria Presidente Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira Vice-Presidente Dr. Jadir Camargo Lemos Diretora-Secretária Dra. Vera Elaine Marques Maciel Diretor-Tesoureiro Dr. Gérson Adriano Chequi Pinto Assessoria de Comunicação e Jornalistas Responsáveis Flávia Lima Moreira - MTB 12914 Manuela Martini Colla - MTB 12449 Projeto gráfico Veiga Consultoria Integrada em Comunicação Impressão Gráfica Trindade A revista do CREFITO5/RS é o órgão oficial de divulgação do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – 5ª Região. Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Petrópolis, Porto Alegre/RS | CEP 90470-300 Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RS E-mail: [email protected] Homepage: www.crefito5.org.br Periodicidade: trimestral Tiragem: 10.000 exemplares As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia autorização. As fotos, quando não creditadas, são de autoria de Flávia Lima Moreira ou Manuela Martini Colla. página 7 página 11 página 15 página 18 página página página página página página 25 26 28 30 32 33 Uma história de conquistas Dr. Jadir Camargo Lemos - Vice-Presidente do CREFITO5/RS Dra. Vera Maciel - Diretora-Secretária do CREFITO5/RS Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira - Presidente do CREFITO5/RS Dr. Gérson Chequi - Diretor-Tesoureiro do CREFITO5/RS Ao longo desse tempo, desempenhou papel fundamental no fortalecimento de nossas profissões. Hoje, o CREFITO5/RS é reconhecido nos meios políticos e sociais pelo papel que sempre desenvolveu na proteção do livre exercício profissional Iniciamos esta Gestão em 2006 com um grupo de profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais dispostos a lutar pelas nossas profissões, pautadas em propostas claras e objetivas. Ao longo dos quatro anos passados, fomos colocando em prática aquelas propostas, contando com o apoio de diversos outros profissionais que se aproximaram do Conselho por acreditarem ser possível vencermos muitos dos nossos obstáculos através da união dos profissionais. Conseguimos, com ações programadas pelas diversas Comissões, levar o Conselho a lugares antes desconhecidos, visitando as Escolas Formadoras, promovendo o Ciclo de Debates em pontos estratégicos do Estado e cursos de atualização técnico-científica. Atendendo a demanda e acompanhando o crescimento numérico e de qualidade dos nossos profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, descentralizamos o Conselho com a criação das seccionais de Santa Maria e de Caxias do Sul, que além de agilizar o atendimento, serve como ponto de agregação e união dos profissionais daquelas regiões do Estado. Mas não descuidamos da capital. Por aqui, os colegas se dividiram em ações e atividades junto às esferas públicas (municipal, estadual e federal) e privada, buscando novos espaços, defendendo nossos direitos, divulgando nossas profissões, levando e algumas vezes impondo nossa presença em espaços de discussão das políticas de saúde da população. Senão vencemos todas as batalhas, em momento algum nos desmotivamos para a luta. Seguimos sempre incentivados por aqueles que em nós depositaram confiança. Chegamos em 2010 e olhamos para trás e nos orgulhamos dos nossos feitos. Temos certeza de que fizemos o melhor que podíamos e o máximo que nossas forças alcançaram. O êxito de nossas ações contou sempre com a colaboração, apoio e compreensão do corpo de funcionários que incondicionalmente manteve o engajamento desde o inicio de nossa gestão. A vocês, o nosso MUITO OBRIGADO! Na certeza do dever cumprido, na alegria de termos desenvolvidos um trabalho em prol das classes e a satisfação de termos contado com o apoio de todos os parceiros e colegas, que direta ou indiretamente, se fizeram presentes nesses quatro anos, expressamos nosso reconhecimento... Editorial O CREFITO5/RS completou, no último dia 16 de maio, 25 anos de existência. Foi através da Resolução COFFITO n° 54/1985 que surgiu esta autarquia profissional, com a finalidade de promover o controle ético das profissões de fisioterapia e de terapia ocupacional, nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. ...Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra... 3 Transferência de registro Sou fisioterapeuta e pertenço ao CREFITO5, e já havia entrado em contato com vocês há algum tempo, perguntando a respeito da transferência do meu registro profissional para o CREFITO8. Como bem orientada por vocês, entrei em contato com o CREFITO8, mas não fui tão bem atendida por eles, então fiquei meio em dúvida quanto a uma informação que me foi passada. Eles requisitaram o envio de meu diploma original juntamente com uma cópia autenticada do mesmo pelo correio. Sei que cada CREFITO possui procedimentos próprios, mas gostaria de saber se esse requisito do envio do diploma original é pratica comum entre os conselhos regionais, ou mesmo se vocês procedem dessa forma? Fiquei um tanto desconfiada com esse procedimento, e agradeço se vocês me orientarem a respeito. Desde já agradeço. Daiane Latosinski Fisioterapeuta Dra. Daiane, Cartas Cada Regional possui particularidades na forma como conduz cada tipo de procedimento. Considerando que V.S.ª possui uma Licença Temporária no CREFITO5/ RS que vencerá apenas em 21/08/2010. O procedimento de transferência para o CREFITO5/RS (em caso de LTT dentro da validade) ocorre da seguinte forma: 4 1) O profissional solicita transferência (por escrito) junto ao CREFITO5/RS; 2) Enviamos um ofício ao CREFITO de origem solicitando o prontuário do mesmo. 3) Ao receber o prontuário do profissional, analisamos a situação do mesmo; 4) Ao constatar que trata-se de uma licença dentro de sua validade, informamos ao profissional que ele poderá confeccionar uma nova licença (com a mesma validade da emitida no CREFITO de origem) ou encaminhar o Registro Definitivo (processo que é necessário o diploma original, pois o mesmo vai ao COFFITO para que o número definitivo seja emitido no verso do mesmo). 5) Normalmente, os profissionais optam por fazer o Registro Definitivo porque não precisarão efetuar o pagamento de uma nova LTT. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos. CREFITO-5/RS - Secretaria Geral de Saúde. Com relação ao valor proposto, vale o que foi acordado no credenciamento, ou seja, para alterá-lo necessita que haja uma nova contratualização onde as partes envolvidas chegam ao um acordo. A esse dispositivo quando se tem um contrato chamamos de aditivo contratual, que precisa da concordância dos interessados. Volto a dizer: A TUSS é apenas um mecanismo facilitador de dados epidemiológicos entre operadora e agência. Nova tabela TUSS Sou proprietária de uma clínica de Fisioterapia - Fisiovida Clínica de Reabilitação - em Gravataí/RS e estou com uma séria dúvida em relação a guia TUSS, exigida pela ANS. Atende-se RPG pelo convênio Saúde Bradesco e, segundo a nova tabela, não há descrição deste procedimento. O que nos foi informado é que as autorizações de RPG serão pelo código 20103115, que se refere ao procedimento clínico/ambulatorial de atividade reflexa ou aplicação de técnica cinesioterápica específica com o valor de R$ 13,60. Meu questionamento é sobre a redução do pagamento da técnica de RPG, que antes era R$22,40 e agora está por R$13,60. Pode ocorrer uma redução dessas? Gostaria de, o mais breve possível, ter uma resposta sobre isto, pois esse decréscimo afetará drasticamente no faturamento da clínica. Eliane R. Petter CREFITO5/RS 31242-F Prezada Dra. Elisângela. Em relação à Terminologia Única Saúde Suplementar - TUSS, essa tabela somente faz referência aos procedimentos médicos, e tem como finalidade a troca de informações das operadoras com Agência Nacional Dr. João Magalhães Representante do COFFITO na Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS e Diretor Tesoureiro do CREFITO2 Depoimento O CREFITO5/RS, na gestão da Dra. Maria Teresa, significou novamente sua lógica de existência. E que bom que isso ocorreu!!! Digo isso porque eu era ainda estudante quando me aproximei do conselho por primeira vez. O que possibilitou essa aproximação era algo em comum que nos fazia refletir e disputar junto aos demais. Esse algo em comum se chama Sistema Único de Saúde - SUS. Desenvolvo esse depoimento, pois essa gestão merece sim um importante lugar na história do CREFITO5. O CRFEITO5, começou a de fato realizar a defesa da dignidade do trabalhador, do educador, do estudante, e de todo o usuário de um serviço de Fisioterapia, fosse ele público ou privado. Senti-me muito digno em fazer parte da Comissão de Estudantes do CREFITO5, e poder junto com o mesmo defender essas bandeiras junto á sociedade sul-riograndense e brasileira. Régis Cunha de Oliveira CREFITO5/RS 91521-F Prestação de Contas do Exercício de 2010 A gestão 2006-2010 cumprindo com sua postura ética e transparente apresenta a prestação de contas do período de 1º de janeiro a 31 de maio de 2010, relativo às receitas e despesas do CREFITO5/RS. Os percentuais apresentados são relacionados a receita realizada. Neste período foi arrecadado o valor de R$2.188.643,68 (dois milhões cento e oitenta e oito mil seiscentos e quarenta e três reais e sessenta e oito centavos), tendo sido gasto o valor de R$1.380.945,62 (um milhão trezentos e oitenta mil novecentos e quarenta e cinco reais e sessenta e dois centavos) equivalente a 63% do valor arrecadado. 3 - Pela redução na Folha de Pagamento com o desligamento de um funcionário com um custo salarial para o CREFITO-5 no valor de R$ 10.963,77 (dez mil novecentos e sessenta e tres reais e setenta e sete centavos) mensais. Em 2010 a arrecadação até 31 de maio já alcançou 89% do valor arrecadado no exercício de 2009, o que nos leva a concluir que neste exercício teremos um acrécimo da arrecadação em torno de 25%, por tres motivos: Esta gestão deixa em caixa o valor de R$ 826.628,12 (oitocentos e vinte e seis mil sescentos e vinte e oito reais e doze centavos) recurso público destinado as despesas de custeio do CREFITO5/RS. Desejamos a gestão 2010-2014 a continuidade do trabalho profícuo e exitoso. 1 – Pelo aumento médio anual de novas inscrições 2 – Pelo reajuste da anuidade que estava congelada desde 2008 554.322,28 482.286,01 400.164,67 137.940,90 700.000,00 600.000,00 500.000,00 400.000,00 300.000,00 200.000,00 100.000,00 - 613.929,82 Receita atéda 31Receita de maio Execução JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO Diárias e ajuda de custo R$ 46.890,03 2% Despesas de Capital R$ 15.480,30 1% Prestação de Contas Execução da Despesa Diversas Despesas de Custeio R$ 19.497,28 1% 5 Despesas com as eleições do CREFITO5/RS CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL 5ª REGIÃO DEMONSTRATIVO DE DESPESAS COM ELEIÇÕES DESPESAS VALORES PUBLICAÇÕES 12.610,10 IMPRESSÃO MATERIAL DE ELEIÇÃO EXPEDIÇÃO DA CÉDULA ELEITORAL PARA INTERIOR 3.398,40 CARTAS RESPOSTAS 3.394,65 490,00 LOCAÇÃO DE ESPAÇO 1.750,00 FITAS PARA DEMARCAÇÃO 146,00 LAMPADAS 298,00 ALIMENTAÇÃO (mesários, comissão eleitoral e funcionários) FAIXAS 1.139,20 180,00 AJUDA DE CUSTO COMISSÃO ELEITORAL CRACHAS 3.540,00 38,00 HORAS PESSOAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL 2.500,00 SEGURANÇAS 816,00 LOCAÇÃO DE MÓVEIS 200,00 LIMPEZA 145,00 HORA EXTRA FUNCIONÁRIOS 4.906,50 DESPESAS COM TAXI 300,00 TOTAL GERAL Prestação de Contas 16.861,75 EXPEDIÇÃO DE OFíCIO PARA CIDADES COM URNAS ELETRÔNICAS COPIAS 6 1.470,00 54.183,60 Presidente do COFFITO fala sobre os 25 anos do CREFITO5/RS “Parabenizo a Gestão 2006-2010 do CREFITO5/RS e a todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupanais, no nome da Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, pelos 25 anos da entidade. A Gestão 2006-2010 atuou durante oito anos de forma exemplar, honesta e com muita transparência. Respeitan- do, assim, o órgão público, seu Sistema, sempre pautando o trabalho na busca da valorização dos profissionais e nas suas conquistas. E sem dúvida, há um legado de grandes conquistas e grandes feitos. Parabéns! Dr. Roberto Cepeda Presidente do COFFITO Pensando sobre ética em Fisioterapia e em Terapia Ocupacional ca, do Kotler e de Heglers, para permear os conhecimentos da filosofia em prol da vida. Houve um boom do interesse por esses temas. Hoje, temos a Bioética segmentada, que veio para auxiliar o trabalho dos profissionais da área da saúde – tanto em pesquisa, como em assistência. Eu comecei a trabalhar com Bioética dentro de Comitês de Pesquisa da universidade em 1996, quando notei que, na Fisioterapia, não havia essa preocupação com a Bioética. O que temos é o Código de Ética, disciplinas de condutas éticas, mas não a reflexão, que é o que a Bioética promove. Isso me estimulou a trabalhar com isso. Quando eu terminei a minha tese sobre Bioética na práxis da fisioterapia, em 2008, eu só havia encontrado dois artigos no Brasil que falassem sobre este tema. Na Fisioterapia, investimos muito no nosso conhecimento e aprimoramento técnico, científico, e deixamos a ética de lado. O tema “Bioética” tem uma relação tênue com autonomia, certo? Sim. A Bioética Principialista trabalha com a questão da autonomia, da beneficência, “O CREFITO está fazendo seu papel (falando sobre o Ato Médico), e os fisioterapeutas precisam fazer o deles: melhorar a qualidade do seu atendimento. Alguns profissionais apenas colocam os pacientes nos aparelhos, sem dar atenção nem avaliar corretamente. Isso está longe de ser um bom atendimento!” Entrevista CREFITO5/RS - A discussão em torno da bioética na fisioterapia é recente. Como a senhora começou a se interessar sobre estas questões? Dra. Ana Badaró - A ética é uma construção filosófica, antiga e que vem permeando os cursos da saúde e todas as demais profissões no sentido de condutas morais para um bom atendimento, para um res- peito às questões de inter-relacionamento profissional, inter-paciente e condutas as mais adequadas possíveis em benefício às pessoas. Nos anos 1950, a grande evolução da ciência no século passado começou a fazer com que se pensasse melhor sobre a forma como as pesquisas estavam sendo conduzidas nesta área, e com que limites eram realizadas. Os americanos passaram por uma época de grande questionamento, a partir da II Guerra Mundial e dos horrores que o mundo sabia que aconteciam nos campos de concentração, sobre este assunto. Nos Estados Unidos também se verificaram abusos em pesquisa – tudo em nome da ciência. Tudo isso culminou em 1970, com o caso ocorrido em Tuskegee, Alabama, quando houve um estudo com patrocínio do governo americano que deixou 400 negros com sífilis sem tratamento durante 40 anos. O Becker, um grande pesquisador americano, fez uma investigação sobre como funcionava o termo de consentimento dos Artigos Científicos publicados nas revistas de saúde renomadas do país e verificou que os indivíduos mais vulneráveis, como as crianças, idosos, deficientes mentais, pacientes internados, sofriam com pesquisas abusivas. O pesquisador, então, denunciou isto. Esta demanda de denúncias que ocorreu na década de 70 propiciou que se começasse a questionar esta ética. Paralelamente à isto, surgia a proposta da ética da bioéti- Fotos: Flávia Lima Moreira Cada vez mais, os Fisioterapeutas e os Terapeutas Ocupacionais estão preocupados com as suas responsabilidades em relação aos doentes, os valores inerentes aos objetivos destas profissões, as decisões apropriadas acerca dos cuidados com os pacientes, a ética do relacionamento entre os profissionais e as responsabilidades sociais de suas profissões. Diariamente, eles se deparam com situações que envolvem questões éticas, que muitas vezes acabam sendo confundidas com questões morais. Confira uma entrevista sobre este tema com Ana Fátima Vieiro Badaró, autora da tese de Doutorado “Ética e bioética na práxis da fisioterapia: desvelando comportamentos”, publicada em 2008 e professora da disciplina de Bioética da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). 7 Entrevista da não-maleficiência e da justiça. E foi a Bioética Principialista que mais se adequou às condutas dos profissionais da saúde. Nós, profissionais desta área, temos dificuldade em interpretar a filosofia – muitos pensam que filosofia é apenas para filósofos, e não para nós. Mas a Bioética Principialista consegue, com estes quatro princípios, nortear o trabalho de quem atua na área da saúde, já que discute a autonomia, a beneficência (no sentido de fazer o bem para as pessoas), a justiça (que fala da equidade e do direito de todos receberem tratamento e atendimento) e a não-maleficiência (não fazer o mal). A reflexão parte da seguinte pergunta: “O que é o melhor para o paciente? O que não fará mal para ele?”. A autonomia dos fisioterapeutas existe, mas é limitada. O problema é que temos autonomia mais como regra do que como princípio. Daí torna-se difícil exercê-la. Como a senhora avalia o ensino das disciplinas de ética profissional ministradas atualmente para os futuros fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais? Qual seria a forma ideal de transmitir estes conceitos? O Código de Ética é baseado nos princípios da ética filosófica. O problema é que a ética, como princípio, e a moral sempre foram considerados sinônimos. No século passado, houve uma abertura nesse sentido, de separar este conceito – na Bioética, entendemos que a ética são os princípios reflexivos e a moral, os princípios de regra. Então, nosso Código de Ética peca nisso, porque ele é um código de moral: ele normatiza, ele cobra e, se você não cumpre, ele é punitivo. A ética não é punitiva – todos precisam ter princípios éticos para agir, e esse conceito tem que ser trabalhado – ou pela religião, ou pela cultura, ou pela escola. Não interessa – cada cultura, cada povo, cada profissão têm isso dentro de si. O próprio professor pode passar isso para os alunos, ou não, que vão aprender e repetir aquilo. A Fisioterapia carece de estudos que nos propiciem uma visão mais ampla sobre o ensino de ética nas universidades – e é isso que estamos tentando fazer, promover essa discussão, para que a ética permeie as ações destes profissionais desde o início de suas carreiras. Com as novas diretrizes, encontramos disciplinas de Bioética nos cursos, e também a Ética Deontológica, que não podem ser misturadas. A senhora acredita que este assunto deveria ser mais valorizado pelas instituições de ensino superior? Qual se- 8 ria a saída para que o ensino deste assunto fosse mais abrangente? A disciplina de Bioética precisa ser colocada nas universidades de forma mais leve. Eu, por exemplo, trabalho na Universidade Federal de Santa Maria com a ajuda de exibição de filmes que dão margem à discussão. Através deles, o contexto da Bioética é trazido para o cotidiano dos alunos. Hoje, temos muitos recursos metodológicos que podem ser usados para dar aula de Bioética. Institucionalmente, os currículos exigem que se tenha uma disciplina de Bioética, e isso é cumprido. O grande problema é que isso acontece de forma burocrática, não dando importância a um tema tão fundamental. Na minha opinião, a ética e a bioética devem ser ministradas já no início do curso, para embasar todo o trabalho dos futuros profissionais, e ela tem que continuar durante todo o curso. Eu ministro a disciplina nos primeiros semestres e, quando os alunos chegam ao final do curso, já não lembram mais dos princípios de ética que aprenderam no começo da graduação. Por quê? Porque eles não praticam. Se a gente não exercitar na graduação, como o fisioterapeuta vai usar isso na vida profissional? Por isso, na minha opinião, não existe um método ideal para ensinar ética – existe, sim, a carência de reflexão sobre esse tema. O método é apenas o recurso usado para atrair aquele grupo de pessoas e motivá-los. nos que estão no começo do curso acham maravilhoso e, os que já estão se formando e estagiando consideram a disciplina um fardo. Por isso, esta disciplina deve ser ministrada no início da graduação, para motivar o debate e construir, junto com o aluno, a sua base para quando for um profissional. No final da graduação, muitos alunos acreditam que já sabem tudo sobre bioética simplesmente pelo fato de já estarem atendendo os pacientes. Essa base não faz falta para ele. A receptividade é sempre boa – o problema é colocar em prática. “Nosso Código de Ética peca nisso, porque ele é um código de moral: ele normatiza, ele cobra e, se você não cumpre, ele é punitivo” E como é a receptividade dos alunos em relação à este assunto? Eles entendem a importância do tema? Eu já trabalhei com alunos de diversos semestres devido à reforma curricular da Fisioterapia. Os alu- De que forma isso pode ser corrigido nos profissionais que já estão atuando no mercado como fisioterapeutas? A medicina fez um grande chamamento através dos médicos mais experientes na hora de montar seu Conselho. Eles fizeram uma série de cursos e deram para cada médico acesso a A senhora acredita que ainda prevalece a visão paternalista na atuação do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional? Se sim, por que é tão difícil ultrapassarmos esta visão? O nosso modelo é paternalista – a história das profissões da área da saúde é baseada em princípios paternalistas: baseada em doação, na vontade de fazer o bem, mas pelo simples fazer. É isso que a bioética questiona. Os novos modelos de saúde e Como avalia as recentes mudanças no Código de Ética da Medicina, que fala muito sobre cuidados paliativos? Recentemente foi aprovado o novo Código de Ética da Medicina, que prevê que o paciente tem o direito de ser ouvido, de consultar outros médicos... A que ponto nós chegamos? Isso precisa es- tar no Código? A medicina se deu conta disso, porque se perdeu a ética e, agora, virou norma. A medicina mudou – e nós, vamos mudar? Acredito que não. A relação paciente – fisioterapeuta é muito forte, estreitada por tempo de convivência, por contato físico, emocional, então acaba uma coisa familiar. Isso também não pode, a postura profissional precisa ser mantida, não se pode perder a essência. Outra questão que vejo da autonomia do fisioterapeuta que não é exercida é a avaliação funcional. Quem ainda faz isso, de avaliar o paciente como um todo, saber como ele está emocionalmente, de forma global? A gente avalia a queixa. As pessoas reclamam de dor em uma parte do corpo, mas como está todo o resto? É o problema das especialidades: “sou especialista em ombros, trabalho só com esta parte”. Está errado! Por isso que eu trabalho muito com meus alunos a avaliação postural, que é uma boa forma de avaliar bem um paciente. Mas poucos fisioterapeutas fazem inspeção postural em seus pacientes, o que é uma lástima. É preciso esquecer os equipamentos, as máquinas... O fisioterapeuta precisa olhar para seu paciente, sentir. A máquina nos dá ângulos, que são estáticos. Nós não podemos perder a capacidade de olhar o movimento, interpretar e reprogramar este movimento. Isso é subjetivo, sim, mas fundamentado em uma ciência, e está sendo lamentavelmente relegado ao segundo plano. Qual sua opinião sobre o Projeto de Lei do Ato Médico, que foi aprovado na Câmara dos Deputados e que está, atualmente, no Senado Federal, que preconiza que todas as intervenções que os fisioterapeutas fazem devem ser prescritas por médicos? É preciso contrapor isto com qualidade no atendimento – quanto melhor atendermos nossos pacientes, seja na avaliação ou na terapia em si, melhor será para derrubarmos este discurso autoritário do PL do Ato Médico. O CREFITO está fazendo seu papel, e os fisioterapeutas precisam fazer o deles: melhorar a qualidade do seu atendimento. Alguns profissionais apenas colocam os pacientes nos aparelhos, sem dar atenção nem avaliar corretamente. Isso está longe de ser um bom atendimento! Para ligar aparelho, não precisa ficar cinco anos na universidade! Os pacientes precisam ser avaliados dentro do quadro físico, psíquico e social para que, a partir daí, a assistência e o tratamento de reabilitação sejam realmente melhorados. Quando há qualidade, você aumenta a sua autonomia profissional e diminui a ingerência. Entrevista este conteúdo dentro dos seus consultórios. Ou seja: eles entraram no contexto de trabalho deles e deixaram as informações disponíveis, para que houvesse acesso fácil a elas e capacitaram estas pessoas. Hoje, eles têm revista de Bioética há quase quinze anos, muitos artigos publicados nos sites de medicina... Tudo isso foi resultado de um investimento neste tema. Os Conselhos de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional precisam investir neste tema para que ele seja popularizado. Isso deve ser uma preocupação do dia-a-dia de todos os profissionais. Em eventos de Fisioterapia, teria que haver uma palestra sobre ética ou bioética. ensino já estão mudando – não se admite mais que você atenda as pessoas sem ouvi-las, sem que ela faça uma contextualização do seu problema, e os próprios pacientes questionam isso. Mas ainda temos um sistema amarrado, e muitos profissionais acreditam que o paciente é quem deve apenas receber as coisas e, nós, apenas devemos dar algo a eles. É preciso desmanchar esta cultura, e isso leva tempo e dedicação. Um exemplo disso: chega um paciente com a prescrição para fazer um determinado número de consultas de fisioterapia. Ele não pergunta como, porque, se existe alguma outra alternativa de tratamento... Ele simplesmente quer ser atendido. O paciente chega com uma dor, os fisioterapeutas aplicam uma analgesia e acabou – isso não resolve problema nenhum! O profissional, habilitado para realizar aquele procedimento, apenas o atende e esquece que é necessário conversar com o paciente, dar informações para ele, ver se ele compreendeu a abrangência daquela informação, dar opções de tratamento, e ver se o paciente aceita ser submetido aquele tratamento. Na minha tese, me deparei com casos de profissionais que ficam indignados com pacientes que não aceitam passar por um tratamento – mas isto é uma conquista nossa! A relação profissional/paciente não é mais unilateral. Nós, como profissionais e detentores de conhecimento, temos a responsabilidade de filtrar isso em linguagem acessível para as pessoas – e não esperar que elas entendam isso na linguagem específica da nossa profissão. Esse é o termo de consentimento aplicado à nossa prática cotidiana. 9 Os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais devem prosseguir com um tratamento que provou ser ineficaz só por que a sua continuação foi recomendada por um médico? Se o fisioterapeuta recebe um paciente com dor, que quer que ele faça um procedimento que o profissional percebe que não vai dar certo, o primeiro passo é explicar ao paciente porque o fisioterapeuta acredita que este tratamento não é o mais indicado. Caso o paciente entenda a posição do fisioterapeuta, o próximo passo é entrar em contato com o médico – alguns dão abertura e outros, não. Quando o fisioterapeuta é recém-formado, tem mais dificuldade de conseguir esta abertura. Temos dois conflitos, então: se o fisioterapeuta tem pouca experiência e está iniciando no mercado de trabalho, tem medo de dizer “não” ao paciente e ao médico por receio de ficar sem pacientes. Quando o fisioterapeuta já tem uma carreira, pode alegar: “Este procedimento não é adequado, vou encaminhar para outro profissional porque eu não o farei”. Eticamente, o correto é explicar e tentar entender essa situação. Mas, ao fazer a minha tese de doutorado, vi que a questão era econômica: os fisioterapeutas não queriam perder pacientes. Entrevista E quando um fisioterapeuta nota que um colega está tendo uma postura que não é considerada ética. O que fazer? Precisamos, antes de tudo, de consciência de base, de ética. Eu trabalho com escoliose, que exige tratamento no corpo todo. Eu fiquei afastada durante um período e, recentemente, recebi uma paciente minha de volta. Ela se tratou com 10 outras pessoas durante este período e trabalharam a Articulação Temporo Mandibular (ATM) dela, e tentaram fazer RPG e trabalhar a postura dela. Como a paciente não se adaptou, eles abandonaram o tratamento. A fisioterapeuta que atendeu esta paciente não entrou em contato comigo, e a paciente foi quem me procurou para continuar o tratamento. Então, falta mesmo é a base forte da ética, e isso é um exemplo forte disso. Se não houver essa noção de ética, sempre vamos atacar “o outro”, seja ele o PL do Ato Médico, o plano de saúde que não paga corretamente... Sendo que o cerne do problema é a nossa postura profissional, a falta de união da categoria. E não abrir mão do que é nosso: dar um diagnóstico completo, correto, tocar o paciente, conversar com ele. É uma profissão sinestésica, e tem muita gente que não toca. Quando surgiram os recursos tecnológicos na fisioterapia, eles eram símbolo de status num consultório, era um visual atrativo. Ultrassom, ondas curtas... Eram aparelhos alemães enormes, que encantam e dão segurança para alguns pacientes. “O aparelho funciona e me tira a dor, portanto, é importante”. O Fisioterapeuta é bom porque usa o aparelho, não porque fez um diagnóstico bom. Sob que circunstâncias é permitido causar dor e/ou desconforto aos doentes? Eu tenho um princípio meu, pessoal, e costumo passar isto para os meus alunos: Fisioterapia não dói. Se doer, algo está errado. Se eu sei que não é para doer, vou buscar recursos para que seja possível realizar estas atividades sem dor. Se doer, é sinal vermelho – para de fazer. Hoje em dia, existem muitos recursos, desde os mais antigos até os atuais: gelo, massagem, conversa, exercícios de respira- ção... Eu tenho este princípio básico e vou seguir ele. Por isso, estes princípios são tão importantes. Você pode fazer alongamento na perna de uma criança se ela estiver chorando, mas isso vai de encontro à ideia da não-maleficência. E contra a bioética. Um fisioterapeuta pode omitir do paciente detalhes sobre o seu diagnóstico, ou sobre o tipo de tratamento que se está a fazer? Com quem é permitido discutir os detalhes de um caso de um doente? Eu, por exemplo, trabalho com escoliose e com adolescentes. Através de uma reflexão baseada nos princípios da bioética, percebi que quem me procura mais é a mãe ou o pai deste adolescente desesperado querendo que ele se submeta ao tratamento. Aprendi que, em qualquer circunstância, é preciso antes ouvir esta criança, este adolescente. Perguntar se ele quer tratar e, se disser que não, perguntar o porquê, investigar e saber se ele está disposto a passar por um tratamento. Convido a criança para brincar com atrativos, como bola, e vou construindo esta relação. Com os pais, converso separadamente. A base é perguntar se ele quer fazer o tratamento. Os pais podem insistir, eu posso me acabar tentando fazer com que ela faça exercícios, não vai adiantar. Pega a criança no colo, converse com ela, mesmo que isso extrapole seu horário de atendimento! Isso me incomoda muito. Por que não dar atenção, brincar, conversar com este paciente que é criança? È a nossa essência como profissional. Não basta preocupar-se apenas com a beneficência, deve-se pensar na não-maleficência, que seria fazer um criança chorar, obrigá-la a fazer um tratamento determinado. Chapa 2 vence as eleições do CREFITO5/RS No dia 29 de maio, aconteceram as Eleições 2010 para o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região. As eleições aconteceram simultaneamente em Porto Alegre, Santa Maria e Caxias do Sul, das 8h às 17h, e todas as seções estavam equipadas com urnas eletrônicas do TRE. Os votos das demais cidades do Rio Grande do Sul foram enviados por correspondência. Por volta das 18h, foi feita a apuração dos votos das urnas eletrônicas em Porto Alegre, Santa Maria e Caxias do Sul. Depois, iniciou-se o processo de apuração dos votos do interior. No total, foram computados 5.715 votos. A votação ocorreu durante todo o dia em Porto Alegre com agilidade e tranquilidade (aimca). Momento da apuração dos votos que chegaram do interior do Estado através do Correio (ao lado) A Chapa 2 – Renovação é a vencedora do pleito, composta por Alexandre Doval da Costa, fisioterapeuta; Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho), fisioterapeu- Renovação foi a vencedora das eleições 2010 do CREFITO5/RS ta; Lenise Hetzel, terapeuta ocupacional; Luciana Gaelzer Wertheimer, terapeuta ocupacional; Marisa Petrucci Gigante, terapeuta ocupacional, Mauro Antonio Felix, fisioterapeuta; Sandro da Silva Groisman, fisioterapeuta; Sonia Aparecida Manacero, fisioterapeuta; Tânia Cristina Malezen Fleig, fisioterapeuta; Carolina Santos da Silva, terapeuta ocupacional; Daversom Bordin Canterle, fisioterapeuta; Henrique da Costa Huve, fisioterapeuta; Jeferson Ubiratan Mattos Vieira, fisioterapeuta; Marcos Lisboa Neves, fisioterapeuta; Mirtha da Rosa Zenker, terapeuta ocupacional; Priscila Malmann Bordignon, terapeuta ocupacional; Rosemeri Suzin, fisioterapeuta; Otávio Augusto Duarte, fisioterapeuta. A Diretoria do CREFITO5/RS agradece aos todos os envolvidos no processo eleitoral das eleições 2010 pelo sucesso do evento – especialmente aos profissionais voluntários que atuaram como fiscais, Comissão Eleitoral e mesários. Eleições 2010 O processo todo correu com tranquilidade graças à organização e a eficiência dos mesários e da Comissão Eleitoral, composta por Aline Rosado Hernandes, terapeuta ocupacional, Ana Alice Nocchi Parera, fisioterapeuta e Cristine Conceição Rosa Damásio, terapeuta ocupacional. Ao mesmo tempo em que os profissionais votavam nas três cidades, foram apanhados os votos chegados do interior do Estado na agência dos Correios e cuidadosamente contados. Após isso, eles foram protocolados pelos funcionários do CREFITO5/RS. Em seguida, os votos eram rubricados pela Comissão Eleitoral e colocados nas urnas – tudo isso sob a supervisão de fiscais das duas chapas. 11 Eleições 2010 Conheça os novos membros do Colegiado do CREFITO5/RS 12 Conselheiros Efetivos Alexandre Doval da Costa é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 5.717-F); - Graduado pelo IPA em 1984; - Pós-Graduação em Administração Hospitalar pela Associação dos Hospitais do Rio Grande do Sul em 1985; - Título de Especialista em Fisioterapia Pneumo-Funcional conferido pelo COFFITO em 2001 e pela SOBRAFIR em 2003; - Presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva, SOBRAFIR, Gestões 2001 a 2002 e 2003 a 2004; - Mestrado em Ciências da Saúde: Ênfase em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2003; - Conselheiro Efetivo do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO – Gestão 2004 a 2008; - Coordenador do Serviço de Fisioterapia Hospital Porto Alegre desde 1985. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho) é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de São Leopoldo (CREFITO 12.771-F); - Coordenador Curso Fisioterapia da Unisinos; - Coordenador Laboratório de Anatomia da Unisinos; - Professor das Atividades Acadêmicas de Anatomia - Educação e Saúde - Espiritualidade e Humanismo no Cuidado; - Membro da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia. Lenise Hetzel é terapeuta ocupacional tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 1.960TO); - Graduada pelo IPA em 1986; - Especialista em Saúde Comunitária – Ulbra; - Especialista em Acupuntura – IBRAMPA; - Presidente da ATORGS em 1989; - Diretora secretária do CREFITO5 de 1998 a 2002; - Diretora tesoureira do CREFITO5 de março de 2002 a maio de 2004; - Conselheira efetiva do COFFITO 2003 a 2004; - Conselheira titular do CES-RS período de 1998 a 2004; - Conselheira Titular do CMS- POA e posterior suplente, do período de 1998 até 2004, - Coordenadora do projeto do uso do cavalo na promoção da saúde no Centro Hípico BM, consultora do S.O.S. Atividades. Luciana Gaelzer Wertheimer é terapeuta ocupacional e tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 2.513-TO); - Graduada pelo IPA em 1987; - Formação em Coordenação de Grupo CEAPEG -Centro de Estudos, Atendimento e Pesquisa de Grupo– POA / RS -1994; - Especialização em Transtornos do Desenvolvimento - UFRGS - Instituto de Psicologia - 2004; - Especialização Latu-Sensu em Arte Terapia - ISEPE - Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão Curitiba / PR – 2006; - Livro: “Psiquiatria para estudantes de Medicina”. Parte IX Inter-relação da Psiquiatria com outras Ciências - Psiquiatria e Terapia Ocupacional /EDIPUC - Porto Alegre 2003; - Clínica de Assistência Psiquiátrica Ltda, Auxiliar de Terapia Ocupacional, 1985, POA / RS; - Hospital Psiquiátrico e Clínica de Repouso Ulisses Pernambucano, Chefe do Setor de Terapia Ocupacional, 1988/ 1989, MACEIO / AL; - Hospital São Lucas da PUC/RS, na Unidade de Internação Psiquiátrica como Terapeuta Ocupacional - 1991 / 2003; - Supervisora de Estágios Extracurriculares em Terapia Ocupacional no HSLPUC/RS -período de 1992 até 2003; - Docente do curso de Terapia Ocupacional UNIPLAC Universidade do Planalto Catarinense SC -2005/ 2006; - Clínica Santa Thecla/ Canoas - RS - internação e ambulatório, 2004/ 2009. Marisa Petrucci Gigante é terapeuta ocupacional e tem sua atividade profissional na cidade de Pelotas (CREFITO 3.730-TO); - Mestranda em Política Social - Universidade Católica de Pelotas; - Especialista em Saúde e Trabalho - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998); - Especialista em Educação - Universidade Federal de Pelotas (2005); - Especialista em Atenção em Saúde Mental - Universidade Federal de Pelotas (2008). Mauro Antonio Felix é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional nas cidades de São Leopoldo e Caxias do Sul (CREFITO 29.692-F; - Graduado pela ULBRA em 1999 - Especialista em Pedagogias do Corpo e da Saúde – UFRGS/EsEF (2002); - Especialista em Acupuntura – Escola Brasileira de Acupuntura (2006); - Mestrado em Antropologia Social – UFRGS/PPGAS (2006); - Especialização em Humanização da Atenção e Gestão do SUS – UFRGS/PPGPSI (2008); - Especialização em Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde – EAD/FIOCRUZ (2010 – em andamento); - Fisioterapeuta – KM Fisioterapia – de 1999 até 2001; - Fisioterapeuta – Centro Vita – de 1999 até 2002; - Fisoterapeuta / Gestor – Consultório de Fisioterapia – de 2001 até 2008; - Docente de Ensino Superior – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – de 2005 Novos conselheiros que tom SIO-RS. Conselheiros Suplentes Carolina Santos da Silva é terapeuta ocupacional e tem sua atividade profissional na cidade de Passo Fundo (CREFITO 6.641-TO); - Graduada pelo IPA em 2002; - Mestranda em Epidemiologia: Gestão de Tecnologias ênfase em Atenção Primária à Saúde – UFRGS; - Especialista em Intervenções Psicossociais - Universidade de Passo Fundo (UPF) 2006; - Tutora do Curso de Especialização em Humanização da Atenção e Gestão do SUS - UFRGS/ESP RS/MS 1ª e 2ª edição; - Coordenadora do CAPS II Nosso Espaço 2004/2008; - Supervisora Clínico-institucional da Ala de Desintoxicação do Hospital Municipal Dr. César Santos 2009/2010; - Concursada do município de Passo Fundo, atualmente lotada na vigilância em saúde, trabalhando em projetos especiais, avaliação e monitoramento de ações em saúde, desbravando espaços onde a terapia ocupacional fortalece a promoção à saúde oferecendo subsídios concretos para melhorar a qualidade de vida da população. Daversom Bordin Canterle é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Novo Hamburgo (CREFITO 36.066-F) - Graduado no Centro Universitário Feevale; - Especialista em Fisioterapia Cardiovascular em 2002 pelo Centro Universitário Feevale; - Mestre em Ciências Pneumológicas em 2007 pela UFRGS; - Doutorando em Ciências Pneumológicas pela UFRGS; - Professor Universitário desde 2002. Henrique da Costa Huve é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 81.906-F); - Graduado pelo IPA em 2004; - Especialista em RPG; - Sócio-Diretor da FISIOCARE. Jeferson Ubiratan Mattos Vieira é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Novo Hamburgo (CREFITO 15.464F); marão posse dia 21 de junho - Graduado pela FEEVALE em 1993; - Especialista em Acupuntura; - Sócio-fundador e Membro da Sociedade de Fisioterapia do Vale dos Sinos – SFVS; - Sócio fundador e Membro da Associação Gaúcha dos Fisioterapeutas Acupunturistas – AGAFISA e Presidente da AGAFISA, gestão 2008/2010; - Sócio fundador e Membro da Associação dos Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil - AFA Brasil e Atual Conselheiro Suplente da AFA Brasil; - Fisioterapeuta da Equipe de Fisioterapia do Hospital Regina de Novo Hamburgo(1993 a 2007). Marcos Lisboa Neves é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 26.416-F); - Acupunturista; - Membro, fundador e ex-presidente da AGAFISA, Associação Gaúcha dos Fisioterapeutas Acupunturistas; - Membro e fundador da AFA-Brasil (Associação dos Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil); - Professor de Acupuntura; - Autor do livro Manual Prático de Auriculoterapia. Mirtha da Rosa Zenker é terapeuta ocupacional e tem sua atividade profissional na cidade de Guaíba e Porto Alegre (CREFITO 2.759-TO); - Graduada pelo IPA 1989; - Pós-graduada em Psicopedagogia; - Especialista na Equoterapia. Atuando desde 1997 de forma voluntária no Centro de Equoterapia de Guaíba – CESAG; - Trabalha na Prefeitura Municipal de Porto Alegre desde 1995, atualmente no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, nas áreas materno–infantil e saúde mental. Coordena no Hospital o Programa Sócio Lúdico Educacional; - Presidente da 1º Comissão de Saúde e Segurança do Trabalho da Secretaria Municipal de Saúde – CSST-SMS desde dezembro de 2007; - Secretária da Associação dos Técnicos Científicos do Município de Porto Alegre – ASTEC – gestão 2009/2010. Priscila Malmann Bordignon é terapeuta ocupacional tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 7.322-TO); - Especialista em Reabilitação em Terapia Ocupacional; - Mestranda em Educação; - Terapeuta Ocupacional da Secretaria da Justiça e Desenvolvimento Social do RS (FADERS); - Docente na área de Saúde e Trabalho – IPUC RS. Eleições 2010 até presente data; - Docente de Ensino Superior – Universidade de Caxias do Sul – de 2006 até presente data. Sandro da Silva Groisman é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 19.764-F) - Graduado pelo IPA em 1996; - Professor universitário desde 1997; - Sócio da clínica de fisioterapia Reequilíbrio; - Gestor do Serviço de Fisioterapia Hospitalar do Hospital Mãe de Deus. Sonia Aparecida Manacero é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Porto Alegre (CREFITO 3.003-F); - Graduada em 1982 na Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) SP; - Coordenadora Instrutora Sênior do Conceito Neuroevolutivo Bobath Básico 1997, no Bobath Centre, Londres, e pela Abradimene (Associação Brasileira de Fisiotererapia Neurológica); - Presidente da Abradimene; - Mestrado em Medicina e Ciências da Saúde; - Doutoranda em Medicina Pediatria e Saúde da Criança, área: Neurologia Neonatal; - Atuação Clínica em Neuropediatria desde 1983; - Atualmente diretora clínica do CENEFFI. Tânia Cristina Malezen Fleig é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Santa Cruz do Sul (CREFITO 14.408-F); - Mestre em Engenharia de Produção, área Qualidade e Produtividade; - Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC); - Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da UNISC; - Coordenadora do Projeto de Pesquisa e Extensão Reabilitação Cardiorrespiratória e Metabólica e suas Interfaces; - Comissão Coordenadora da ABENFI- 13 Rosemeri Suzin é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Caxias do Sul (CREFITO 23.823-F); - Graduada em Educação Física pela Universidade de Caxias do Sul; - Graduada em Fisioterapia no Centro Universitário Feevale; - Mestrado em Ergonomia (UFRGS); - Presidente e Fundadora da Associação dos Fisioterapeutas de Caxias do Sul AFICS (2004-2006); - Membro Conselheira do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiências - Caxias do Sul (desde 2005, em atividade). Otávio Augusto Duarte é fisioterapeuta e tem sua atividade profissional na cidade de Torres (CREFITO 6.536-F); - Graduado pelo IPA em 1986; - Especialização em Acupuntura e Eletroacupuntura pela ABACO/Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental e SOBEA/ Sociedade Brasileira de Eletroacupuntura - Rio de Janeiro em 1994; - Especialização em Osteopatia pela Escuela de Osteopatia de Madrid – EspanhaUniversidade Castelo Branco Rio de Janeiro – RJ – cursando desde 2000; - Professor no Curso de Especialização em Acupuntura promovido pelo CIEPH - Centro de Investigação e Pesquisa do Homem. Porto Alegre: 2001 – 2003; - Professor no Curso de Especialização em Acupuntura promovido pelo IBAMPA Instituto Brasileiro de Acupuntura e Moxabustão de POA em convênio com a Beijing University of Traditional Chinese Medicine e o Instituto Internancional de Acupuntura e Moxabustão – China. Porto Alegre: 2002 – 2008; - Professor do Curso de Especialização em Acupuntura promovido pelo Centro Vida. Porto Alegre: desde 2008; - Professor da Faculdade de Fisioterapia da ULBRA/TORRES de 2006/2 a 2009/2 das Cadeiras de Cinesiologia/Biomecânica e Cinesioterapia, Introdução à Fisioterapia, Métodos Terapêuticos; - Proprietário e responsável técnico da Clínica Litoral Norte – Fisioterapia e Acupuntura em Torres desde 1989; - Fisioterapeuta responsável pelo setor de Fisioterapia no Posto de Saúde Central de Torres Américo Muniz dos Reis desde 2003. Eleições 2010 Propostas da Chapa 14 1. Promover Políticas de Inserção do fisioterapeuta e terapeuta ocupacional junto aos órgãos públicos. 2. Instituir um canal aberto de comunicação entre o Conselho e os profissionais. 3. Atuar em conjunto com o sistema COFFITO/CREFITOs. 4. Divulgar junto à população, o papel do fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. 5. Promover a interiorização do Conselho. 6. Ampliar a fiscalização profissional através da realização de um processo educativo. As propostas a serem implementadas na Gestão 2010-2014 incluem: 1. Ampliar a participação efetiva nas ações sociais do Estado envolvendo os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, a fim de obter maior representatividade no controle social; 2. Criação de um Serviço de Ouvidoria instituindo um canal permanente de comunicação para expressão de opiniões, críticas e sugestões, aproximando o CREFITO-5 dos profissionais e usuários dos nossos serviços; 3. Implementação dos Referenciais de Honorários de Fisioterapia (RNFH) e Terapia Ocupacional (RNHTO) bem como a inserção destes profissionais nas discussões fomentadas junto às Operadoras de Planos de Saúde em nosso Estado; 4. Ampliar a Campanha de Valorização Profissional onde seja reconhecido pela população o verdadeiro papel do profissional fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional; 5. Viabilizar a criação de Delegacias Regionais nas principais regiões pólos do Estado, de maneira a facilitar os aspectos administrativos do Conselho; 6. Criação do Fórum Independente e Permanente de Entidades de Classe - FIPEC com as seguintes ações bases: • Envolvimento de todas as entidades representativas no Estado; • Interlocução com os segmentos sociais, tais como, planos de saúde, gestor público e privado para assegurar remuneração digna e justa aos procedimentos dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais; • Preparação dos novos profissionais ao ingresso no mercado de trabalho através de programas de capacitação administrativa, gerenciamento e marketing; • Incentivo à criação, apoio e da organização das entidades representativas de fisioterapia e de terapia ocupacional. O Fórum Independente e Permanente de Entidades de Classe - FIPEC será composto por membros representantes das entidades de fisioterapia e de terapia ocupacional no Estado do Rio Grande do Sul. As participações serão paritárias e o FIPEC terá abrangência em todo Estado do Rio Grande do Sul. Será pauta de discussão e ação do FIPEC. 7. Relação com o Estado • Participação efetiva nas ações sociais do Estado envolvendo profissionais e o CREFITO, através do FIPEC, gerando necessidades de contratações; • Maior inclusão de fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais na saúde pública através de concursos; • Inclusão do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional no PSF e NASF; 8. Patrimônio • Ampliação da sede; • Aquisição de imóveis em cidades pólos; • Lotação de um fiscal permanente nas secretarias regionais com equipe administrativa; A sede de Porto Alegre também deverá ser ampliada em sinal de respeito a todos os profissionais do Estado do Rio Grande do Sul; 9. Novos cursos • Debate sobre a abertura de mais cursos de terapia ocupacional no Estado; • Posicionamento contrário à criação de novos cursos de fisioterapia. 10. Marketing • Trabalhar a verdadeira identidade do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional; • Promover campanhas objetivas em que o usuário possa se identificar com o fisioterapeuta e com o terapeuta ocupaciona. Sabemos que estes são os anseios de muitos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais, pois acompanhamos no cotidiano das profissões e nos diferentes ambientes de inserção profissional, de forma que, sofrendo as conseqüências de uma política social equivocada, de uma política econômica injusta e de uma representatividade geral vimos a nos comprometer com o coletivo das profissões de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional. Desafios e conquistas do mercado de trabalho para novos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais “O mercado de trabalho se torna cada vez mais competitivo e, com isso, mais exigente por profissionais qualificados. Os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais encontram boas oportunidades nos serviços públicos, sobretudo em redes hospitalares e em programas de saúde da família; na iniciativa privada, através de redes conveniadas como planos de saúde; na iniciativa privada individual, representada pela clientela que paga diretamente pelos serviços fisioterapêuticos e/ou terepêuticos ocupacionais em consultórios próprios e na prestação de consultorias”, explica a Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, Presidente do CREFITO5/RS. Para conferir como anda o mercado de trabalho para os profissionais recémformados, o CREFITO5/RS conversou versas vontades, que foram mudando conforme o curso ia acontecendo, e só fui decidir em que área queria trabalhar mesmo no sétimo semestre”, explica. Esta escolha foi motivada por projetos desenvolvidos ao longo da graduação. “Além dos estágios, fiz com algumas colegas um projeto na área de Fisioterapia Dermato-Funcional e também outros cursos voltados à Saúde da Mulher, e percebi que esta era uma área que me fascinava”, relembra. Antes mesmo da formatura, Marcele começou a analisar junto de duas colegas, Luísa Streck e Juliana Krusche, a possibilidade de abrir uma clínica juntas. Para isso, as três, que já haviam desenvolvido uma relação de parceria na graduação, começaram a conversar com professores, colegas e amigos para saber como funcionava o planejamento de Dr. Vagner dos Santos uma empresa. “Percebemos também a importância de fazer uma com alguns deles sobre sua recente pesquisa de mercado em Santa Maria: inserção. Marcele Desconsi, fisiotera- o que as pessoas procuravam em um peuta formada pela Universidade Fede- serviço de Fisioterapia, o que achavam ral de Santa Maria em agosto de 2009, que faltava na cidade, o que gostavam e é uma destas profissionais. Ela conta não gostavam quando eram atendidos”, que, durante o curso, mudou várias recorda Marcele. vezes de ideia sobre a sua futura área de atuação e especialização. “Tive di- Com base nesta pesquisa e em orien- Mercado de Trabalho As primeiras atividades relacionadas à fisioterapia e à terapia ocupacional remontam à antiguidade, com o uso de agentes para o tratamento da dor e a ginástica com fins terapêuticos. A origem das profissões enfatizou e direcionou atividades para a recuperação de pessoas fisicamente lesadas como decorrência das grandes guerras e também do trabalho, que começava a ser cada vez mais industrializado. Com o tempo, estas profissões cresceram como área de conhecimento, ampliando a atuação profissional e, consequentemente, o mercado de trabalho. Ser um fisioterapeuta ou um terapeuta ocupacional atualmente significa dedicar-se a uma carreira promissora que conquista cada vez mais espaços. Cuidar de pacientes com problemas motores é uma das atividades que ganha adeptos todo ano. 15 tações, as três fisioterapeutas planejaram a empresa, que foi aberta somente cinco meses depois. “Esse período de planejamento foi fundamental para nós. É claro que ficamos temerosas, mas pesquisamos bastante para que o novo negócio desse certo”, lembra. Marcele conta que haviam poucos fisioterapeutas trabalhando na área de Saúde da Mulher na cidade e, portanto, havia um mercado a ser explorado. “Ás vezes, quando as pessoas ainda não iniciaram um negócio, pensam que será fácil, que dentro de um mês tudo estará funcionando perfeitamente, mas é preciso programar-se para que o investimento dê retorno”. Mercado de Trabalho Hoje, a fisioterapeuta trabalha com as duas colegas na clínica, atendendo nas áreas de Dermato-Funcional, Urogineco-Funcional e também Pilates. A opção de Marcele comprova uma realidade do mercado: com a grande disputa por “um lugar ao sol”, muitas das vagas da fisioterapia hoje se concentram em municípios do interior e em cidades do interior. “Seria muito mais difícil montar uma clínica em Porto Alegre, conquistar clientes, nos tornamos conhecidas. Por isso, avaliamos as necessidades de Santa Maria e decidimos oferecer um serviço diferenciado”, avalia. Para Marcele, esta é a grande chave que ajuda na hora de abrir um novo negócio. “Acredito que, na área da saúde, a diferença está na forma como você presta um serviço, primando sempre pela qualidade. A saúde não é um produto, e não deve ser tratada como tal, por isso a qualida- Dra. Aline Magalhães 16 de do seu serviço deve ser o essencial, seja no atendimento em serviços privados, públicos ou através de convênios”, aconselha. A fisioterapeuta Aline Magalhães foi outra que optou por ficar no interior depois de formada: ela retornou para Paverama, sua cidade natal, que fica a 92 quilômetros de Porto Alegre, depois de formada pela Univates, de Lajeado. Ela conta que, enquanto cursava a faculdade, pensava em ter uma clínica que atendesse pacientes de traumato mas, conforme ia chegando perto do final do curso, mudou de ideia. “Acabei me apaixonando por Saúde Pública devido às entrevistas que precisei fazer para o meu trabalho de conclusão, que era sobre esse assunto. Conversei com gestores de saúde pública sobre as dificuldades que encontram no dia-a-dia e me interessei muito sobre este tema, que é apaixonante”, relata. Durante o processo de construção do seu trabalho de conclusão, que ela fez em Paverama, ela foi convidada a atuar como fisioterapeuta na cidade. Para que ela mantivesse um convênio com a Prefeitura da cidade, porém, a fisioterapeuta precisaria abrir uma clínica. Mesmo sozinha, pesquisou o que precisava fazer e decidiu encarar o desafio. No final de novembro do ano passado, ela abriu seu consultório na pequena cidade (que tem cerca de oito mil habitantes), e conta que o número de pacientes só aumentou desde então. “Como trabalho numa cidade pequena, muita gente ainda não tem conhecimento do que um fisioterapeuta faz, mas esta barreira está sendo ultrapassada aos poucos. Sei que, trabalhando com saúde pública, estou ajudando a transformar isso”, explica. A Dra. Aline relata que, agora, quer fazer uma pósgraduação na área de traumatologia na Univates, e conta que outro dos desafios da vida profissional foi justamente a necessidade de estudar cada vez mais. “Continuo estudando bastante, mesmo depois de formada, pois os desafios são diários, as técnicas estão sempre mudando e é preciso estar atualizado para prestar um bom atendimento aos pacientes, por isso é fundamental estu- dar sempre”, dá a dica. Outro caminho para quem está saindo da graduação de Terapia Ocupacional ou de Fisioterapia é o da pesquisa acadêmica. O terapeuta ocupacional Vagner Santos optou por atuar nesta área. Formado em Terapia Ocupacional pelo Centro Universitário Metodista IPA (2008), ele ainda possui Residência Dra. Larissa Dall’Agnol da Silva Multidisciplinar em Saúde Mental Coletiva pela Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (2010) e, atualmente é bolsista eleito do International Fellowship Program da Ford Fundation. Antes de dedicar-se exclusivamente a trabalhar com isto e preocupado com sua formação clínica na área de saúde mental fez a residência. Porém, o terapeuta ocupacional optou por seguir sua formação direcionado para o ensino e pesquisa, embora sempre mantenha o interesse na clínica. “Minha expectativa maior é desenvolver ações no cuidado a saúde que tenham impacto na estrutura social, através responsabilidade que nós, enquanto profissionais e cidadãos, temos de nos envolvermos como participantes ativos para reconhecer e superar situações de injustiça”, conta. Atualmente, como bolsista eleito do International Fellowship Program da Ford Foundation, dedica-se a preparação para aplicação em programas de pós-graduação na Europa e Brasil, na área de saúde coletiva e epidemiologia. Paralelamente à isso, Vagner viabiliza algumas atividades de ensino articulados com colegas na América Latina, principalmente Argentina e Chile, como sempre está aberto para conversa, como ele mesmo diz, também avalia alguns projetos de intervenção e pesquisa. Ainda, é colaborador e incentivador do projeto “EvenTOs Comunicação e Atualização em Terapia Ele reconhece, porém, que existam dificuldades na vida profissional de um terapeuta ocupacional, como qualquer outro profissional. “Creio que as dificuldades estão divididas entre a estrutura social do Brasil e ao perfil do profissional, no que se refere a um baixo empreendedorismo. Acho que há potencial ainda a ser explorado no mercado privado (para quem tem interesse) e no campo social, através de organização de grupos de trabalho, utilizando recursos da iniciativa privada e governo”, reflete. O recém-egresso da universidade acredita que existe, sim, um bom mercado para a profissão, mas acrescenta que é necessária uma mudança criativa para que ele seja aprimorado. Além do investimento pessoal de cada profissional, é claro. Para isso, ele dá a dica que ele mesmo seguiu: estude. Leia, participe de palestras, laboratórios, vá a biblioteca e esteja de olho nos temas que mais lhe interessam na sua universidade e em outras universidades, assim como atividades de outros. “Creio que nos últimos semestres seja importante descobrir os temas que mais motivam a seguir a carreira e, então, de uma maneira muito sincera aproximar-se de profissionais com experiências na área que possam oferecer experiências reais, através de estágios e bolsas de pesquisa e extensão, e possíveis oportunidades, além dos tradicionais bons e velhos conselhos”, afirma. Conselhos foram muito importantes para as escolhas profissionais da fisioterapeuta Sheila de Oliveira Mazzuco, formada em janeiro de 2010 pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). “Co- mecei a ter aula com a professora Tânia Maria Nunes Barbosa dos Santos e isso despertou meu interesse em Atenção Básica em Saúde e sua importância para promover uma maior qualidade de vida para a população”, recorda Sheila. Daí para diante, a fisioterapeuta percebeu que seu interesse profissional se voltou para a saúde pública e para o Sistema Único de Saúde como uma saída para quem não tem acesso aos serviços de saúde. “Meu maior desejo é trabalhar com saúde pública e, nas cidades onde há concursos, eu sempre faço. Ainda não passei, mas estou longe de desistir”, afirma. Por enquanto, Sheila trabalha em uma clínica, prestando atendimento domiciliar, em Porto Alegre, uma experiência também inédita em sua vida. “É uma oportunidade de aprender mais sempre, conhecer as pessoas e aprimorar o atendimento para que seja sempre prestado com cada vez mais qualidade, um desafio de todos os profissionais da área da saúde”, relata. Segundo a avaliação, de Sheila, o mercado está concorrido, e uma das saídas para enfrentar isso é a especialização. “Eu, por exemplo, pretendo me especializar na área de Atenção Básica, para trabalhar com Saúde da Família através do SUS, pretendo fazer residência, mestrado e doutorado mais adiante. Acredito que os fisioterapeutas não podem se desvalorizar aceitando empregos que pagam muito mal, pois precisamos mostrar que nosso trabalho é de fundamental importância para a população”, diz. Outra profissional que tem consciência da importância social de seu trabalho é a terapeuta ocupacional Larissa Dall’Agnol da Silva, que trabalha na área da Saúde Mental em Viamão no Centro de Atenção Psicossocial (CAPSII Centro Renascer). Como a maioria dos pro- fissionais, só foi descobrir a área na qual atuaria durante o final do curso de graduação, através das vivências em estágios. “Adorei trabalhar com Saúde Mental, então foi o suficiente, isso motivou toda minha dedicação, claro que nunca descartando outras possibilidades de trabalho em diferentes áreas”, conta. Ela acredita que a profissão ainda tem muito a crescer e que há, sim, muitos espaços a serem ocupados pelos recém-formados. “Temos muitos campos a serem conquistados, muitos outros a serem explorados e ampliados. Nos últimos dois anos a demanda da nossa profissão em serviços públicos aumentou e isso é muito bom”, explica. Isso, é claro, para quem trabalha com dedicação, amor pela profissão escolhida, além de batalhar pelas conquistas profissionais. Larissa diz que os colegas de faculdade com quem mantém vínculo estão todos trabalhando em diversas áreas de atuação – e bastante. Mas, segundo ela, a formação contínua também é importante, assim como a participação em projetos de pesquisa, cursos de extensão, grupos de estudo, eventos... “A formação vai além da universidade, é a experiência de vida em fusão com outros espaços de conhecimento, isso vai fortalecendo o processo de amadurecimento, o encontro de cada um com a profissão e consigo”, conclui. Mercado de Trabalho Ocupacional”, de criação e coordenação do Terapeuta Ocupacional Gabriel Gularte. Dra. Sheila Mazzuco 17 Sistema COFFITO/CREFITOs presente no CONASEMS com o apoio total do CREFITO5/RS De 25 a 28 de maio, o Sistema COFFITO/CREFITOs participou do XXVI Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), que aconteceu em Gramado (RS). Estiveram presentes conselheiros federais e conselheiros de diversos CREFITOs. “O Sistema COFITTO/CREFITOs tem representantes de todo o país presentes trabalhando pela divulgação das profissões. As ações conjuntas como esta, além de proporcionarem um maior entrosamento, promovem mais união de todos os profissionais brasileiros. Em Gramado, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais estiveram em constante troca de informações e em processo de aprendizado”, diz a Dra. Perla Teles, Conselheira do COFFITO. Estiveram presentes os Conselheiros federais Dra. Carlene Borges Soares, Dra. Perla Critiane Teles e Dr. Wilen Heil e Silva; Dra. Luziana Carvalho de Albuquerque Maranhão, presidente do CREFITO1, Dr. Eduardo Oliveira de Queiroz, do CREFITO1, Dr. Alexandre Martinho e Dra. Silvia Pereira Barros, do CREFITO3, Dr. Gérson Chequi, do CREFITO5, Dr. Intensiva (ASSOBRAFIR), da Kinder e da Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho (ABRAFIT). Ricardo Lotif Araújo, presidente do CREFITO6, Dr. Said Kalume Kali, do CREFITO12, Dr. Flávio Feitosa Pessoa de Carvalho, Dr. Olavo Pereira Ximenes Júnior, Dra. Luziane Feijó Alexandre Paiva, Dra. Ana Lívia Cartaxo Bandeira Melo Ribeiro do CREFITO6 e Dr. Tony Cristian Gelani, representante da ABRAFIT. No estante do COFFITO, funcionários do CREFITO5/RS, conselheiros do Sistema COFFITO/CREFITOs e profissionais voluntários distribuíram material aos participantes do Congresso. Estes materiais têm como objetivo descrever a ação de Fisioterapeutas e de Terapeutas Ocupacionais especialmente na Saúde Pública. Notícias Voluntariado e atendimento 18 Junto aos conselheiros, somaram-se diversos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que, voluntariamente, dedicam-se à realização de atendimentos no espaço Tri Legal Saúde. Entre os serviços realizados por eles estão: teste de estresse, atividade corporal, orientação postural e respiratória, shiatsu expresso, saúde do homem e saúde da mulher, acupuntura, teste respiratório, quiropraxia, osteopatia, oficina de memória, ginástica laboral e saúde da criança. O estande também contou com o apoio de profissionais da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Claudete Lopes, farmacêutica que visitava a feira, recebeu o atendimento em quiropraxia, estava encantada com o espaço. “Eu faço este tratamento há anos porque tenho escoliose e lordose e, devido aos vários dias de Congresso, estava começando a ter dores. O atendimento que recebi me deixou muito satisfeita – o profissional inclusive destacou alguns outros pontos que precisam ser tratados na minha coluna”, ressaltou. Esdras Pereira, farmacêutico brasiliense que representava o Ministério da Saúde, fez primeira vez uma sessão de quiropraxia, e ficou muito feliz com o resultado. “Sempre tive curiosidade, minha coluna incomoda quando trabalho muito, e estou saindo revigorado desta sessão e pensando seriamente em procurar um quiroprata quando voltar à Brasília”, disse. A enfermeira Missouri Paixão fez shiatsu com a fisioterapeuta e diz que, em Florianópolis, onde trabalha, há muita demanda de trabalho para fisioterapeutas pois há muita procura. “Trabalho na Prefeitura e temos quatro clínicas de fisioterapia mantidas por nós, e é impressionante como a população vem se dando conta da importância do trabalho destes profissionais”, relata. Para ela, que frequentou o estande todos os dias da feira, o serviço prestado pelo Sistema no CONASEMS foi “indispensável”. O prefeito de Alagoas, Alay Correia, enfrentou o teste de stress proposto pelas terapeutas ocupacionais e... passou raspando. “Me fez repensar minha rotina diária e buscar mais qualidade de vida daqui para diante”, afirmou. Lindomar e João Rangel, de Goiânia, fize- Careta Não! Consciente Sim!”, de Cruz Alta (RS), apresentou uma peça teatral sobre a AIDS e Doenças Sexualmente Transmissíveis e fez a distribuição de material informativo sobre o assunto e preservativos para quem estava na feira. Ao final da última apresentação do grupo, as terapeutas ocupacionais promoveram uma atividade de relaxamento e descontração. Articulações políticas O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão esteve no XXVI Congresso Nacional de Secretarias de Saúde (CONASEMS) na noite do dia 25. Em visita à feira que acontece junto ao Congresso, o Ministro visitou o estande do Sistema COFFITO/ CREFITOs. A Diretora-Secretária do CREFITO5/RS reconheceu os esforços do time que trabalhou voluntariamente para que o evento fosse um sucesso. “Estão de parabéns todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que prestaram atendimento à população de forma voluntária, com muita boa vontade. Eles nos ajudaram a divulgar nossa categoria e abrilhantaram o evento”, disse. Informação e entretenimento Além disso, durante todo o dia 26 um Boneco Gigante circulou pela Feira e pelo Congresso. O representante da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional foi abordado por diversas pessoas para fazer fotos e tirar dúvidas. Durante o dia 27, o grupo teatral “Mim Ao chegar ao estande, Temporão falou sobre a inclusão dos fisioterapeutas no NASF. Logo em seguida, o presidente do CREFITO6, Dr. Ricardo Lotif Araújo, falou ao Ministro sobre a possibilidade de criação e de implementação de uma Política Nacional de Saúde Funcional. Ao ser apresentado à sugestão, o Ministro Temporão lembrou que já existe uma Política semelhante, voltada à área da odontologia. Temporão aceitou a sugestão e colocou o Ministério da Saúde à disposição do COFFITO para que sejam dados os devidos encaminhamentos. O primeiro passo é a criação de um Grupo de Trabalho (GT) no COFFITO e em todos os CREFITOS para o debate e embasamento da Política. Logo após, é preciso que seja publicado um decreto presidencial, criando um grupo específico no Ministério da Saúde para iniciar de fato os trabalhos. Os Conselheiros do Sistema presentes ao CONASEMS lembraram que vivemos uma época de risco funcional muito alto. Isso impactua diretamente as questões ligadas à seguridade social. Ou seja, quanto maior for o investimento em ações que garantam a saúde funcional, menor será o índice de afastamento de trabalhadores por problemas de saúde. Da mesma forma, a incidência de aposentadorias precoces também será reduzida. Assim, reduzem-se os gastos com aposentadorias precoces e o cidadão, além de poder manter-se ativo, terá sua saúde constantemente monitorada. Um recurso importante que será fundamental para a implementação da Política é a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade). É através desta ferramenta que serão orientadas as ações da Política Nacional de Saúde Funcional. Já na manhã de 27 de maio, o Senador Flávio Arns (PSDB - PR), visitou o estande e falou sobre a importância do trabalho dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. “Apesar de serem profissões relativamente recentes, elas se tornaram indispensáveis e importantíssimas para toda a população brasileira”, afirmou. Participaram do evento mais de 2.300 participantes de todo o país. CREFITO5/RS reúne-se com Ministério Público Estadual em Pelotas No dia 11 de maio, a presidente do CREFITO5/RS, Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, esteve em Pelotas para uma reunião com o Ministério Público Estadual. O encontro aconteceu na 1ª Promotoria de Justiça Especializada da cidade e contou com a presença do promotor de justiça, Dr. Paulo Roberto Gentil Charqueiro, da fisioterapeuta Dra. Aline da Silveira Leite, da representante da associação dos hemofílicos, Jandira Teixeira Melo e da coordenadora do departamento de fiscalização do CREFITO5/RS, Dra. Denise Scopel. Na reunião, foi informado ao promotor que, desde fevereiro de 2010, pacientes hemofílicos do hemocentro não estão recebendo assistência de fisioterapeutas. A interrupção na prestação do serviço é devido ao rompimento do convênio mantido com a Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas. Os motivos do rompimento são desconhecidos. Segundo Jandira, a Notícias ram o teste de capacidade pulmonar com os fisioterapeutas da ASSOBRAFIR. “Eu tive um problema recentemente e faço exercícios em casa para melhorar o desempenho pulmonar. Com o teste, vi que está funcionando bem, os fisioterapeutas disseram que estou com saúde de menino!”, comemorou João. Já a médica Vera Dantas, do Ceará, fez acupuntura e falou com os profissionais sobre as práticas integrativas em saúde e sua importância para a população. “Nossa visão em saúde tem que ser integralizada, multiprofissional, diferenciada”, resume. 19 mesma situação já ocorreu em 2007 e “a interrupção do tratamento praticado pelos fisioterapeutas faz com que os pacientes tenham suas dores aumentadas”. Sem o tratamento adequado, é preciso aumentar a quantidade de medicação usada. Enquanto que, se for mantida a atuação dos fisioterapeutas isso não é necessário, pois este profissional consegue, através de técnicas específicas, evitar a dor e diminuir o desconforto dos pacientes. Para a Dra. Maria Teresa, a assistência fisioterapêutica deve ser retomada o mais rápido possível. “O CREFITO5/RS tem um acordo de cooperação mútua com o Ministério Púbico Estadual, por isso recorremos a eles para resolvermos essa questão. É fundamental que esses pacientes tenham um atendimento de qualidade e um número suficiente de consultas com fisiotera- peutas, porque a eficiência do tratamento é inquestionável”, defende. A presidente ressaltou, ainda, que a fisioterapia, no tratamento de pacientes hemofílicos, aumenta muito a qualidade de vida deles. Segundo o promotor, o Ministério Público Estadual pretende resolver a questão o mais breve possível. Se não houver entendimento com o gestor municipal, serão tomadas as medidas judiciais cabíveis. CREFITO5/RS participa de debate sobre atenção básica na saúde em Caxias do Sul e em Santa Maria No dia 21 de maio, a Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul promoveu um seminário sobre a Atenção Básica na Saúde. Convidado a promover o evento em parceria com a Câmara, o CREFITO5/RS abriu as falas da tarde. Presidida pelo vereador Renato Oliveira, a Comissão de Saúde promoveu o seminário com o objetivo de levar à sociedade a importância das Equipes de Saúde da Família e do atendimento multiprofissional, além de valorizar ainda mais a equidade e os demais princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Notícias Na abertura do seminário, a presidente do CREFITO5/RS, Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, agradeceu a iniciativa da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. “A promoção de eventos como este é de fundamental importância para debatermos a saúde dos cidadãos”, disse. 20 O Dr. Glademir Schwingel, presidente da Comissão de Inserções em Políticas de Saúde do CREFITO5/RS (CIPS) abriu a rodada de palestras falando sobre a importância da atuação dos profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional nas Equipes de Saúde da Família. Dr. Glademir, que coordenou os trabalhos da mesa, apresentou dados e estatísticas que comprovam que a atuação destes profissionais é decisiva para a promoção da qualidade de vida dos cidadãos. Logo em seguida falou a deputada estadual Maria Formolo. Ela lembrou que, no Rio Grande do Sul, o governo do Estado é o que menos aplica em saúde no país. “Só no ano passado, foram R$ 930 milhões a menos do que a Constituição Estadual exige para a saúde. Este ano, são R$ 918 milhões a menos”. A deputada valorizou a realização do encontro que busca a inserção de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nos programas de saúde dos municípios. “É necessário que a população tenha a condição da atenção básica efetiva, universal, integral e justa.” rio Público que participaria, enviou e-mail agradecendo o convite mas, em função de agenda, não pôde comparecer. A seguir, foi a vez do deputado federal Pepe Vargas. O parlamentar, que também é médico, apresentou um histórico do SUS e afirmou que este é o maior sistema de saúde pública do mundo. “Não tenho dúvidas disso. Porém, não tenho dúvidas de que ainda é preciso fazer muito”, afirmou. Segundo Pepe, as equipes multiprofissionais são fundamentais para a promoção da qualidade de vida das pessoas e para a saúde dos cidadãos. Estiveram presentes ao seminário os integrantes da Diretoria do CREFITO5/RS Dr. Jadir Camargo Lemos, vice-presidente, Dra. Vera Maciel, diretora-secretária, e Dr. Gérson Chequi, tesoureiro. Apesar das ausências, o debate foi rico. O deputado Pepe Vargas esclareceu dúvidas quanto à tramitação de projetos de lei apresentados e propostos na Câmara dos Deputados, especialmente os que visam ao estabelecimento de pisos nacionais de salários. O público prsente pôde tirar suas dúvidas ao final do evento. Para fechar o ciclo de palestras, o advogado e técnico jurídico do PROCON de Caxias do Sul, Dr. Luis Fernando Del Rio Horn apresentou aos presentes quais os seus direitos com relação ao SUS, o que podem cobrar, a quem recorrer, entre outros. Dr. Fernando, fez ainda, um pequeno paralelo sobre os diretos dos cidadãos assistidos pelos planos de saúde privada e assistidos pelo SUS. No dia 2 de junho foi a vez de Santa Maria sediar o Seminário. Com a Cãmara lotada, a representante do CREFITO5/ RS, Dra. Hedionéia Pivetta falou sobre a atuação do fisioterapeuta nos NASFs, na Atenção Básica e em outras formas de ação. “Devemos pautar nossa atuação na busca de uma resposta: qual a atuação do fisioterapeuta na atenção básica?”. Com isso, a Dra. Hedionéia debateu as diversas formas de inserção dos profissionais nas ações que visam à promoção da qualidade de vida dos cidadãos. Participariam do evento representantes da Secretaria Estadual da Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde e do Conselho Municipal de Saúde (os dois últimos de Caxias do Sul). Todos haviam confirmado suas participações, mas não compareceram. O representante do Ministé- Estiveram presentes o vice-presidente do CREFITO5/RS, Dr. Jadir Camargo Lemos e as delegadas do CREFITO5/RS, Dra. Mônica Zeni e Dra. June Galina. Todos os participantes ressaltaram a importância de debates como estes, do qual o CREFITO5/RS foi parceiro. Confira o andamento dos Projetos de Lei em tramitação em Brasília A Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, membro da Comissão de Assuntos Parlamentares do COFFITO, participou de reunião da Comissão em Brasília nos dias 4 e 5 de maio de maio. Foram discutidos e dados os devidos encaminhamentos aos seguintes Projetos de Lei: - Projeto de Lei nº 467/2008, que altera a Lei Complementar 123 para que sejam acrescentadas outras atividades, inclusive a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional, no Simples Nacional. - Projeto de Lei nº 1220/2007, que prevê a elaboração da tabela de honorários de serviços médicos, odontológicos e de outras profissões da área da saúde com base mínima para contratos com operadores de planos de saúde. A Comissão Parlamentar está trabalhando junto ao relator do PL para a inclusão das profissões de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional. - Projeto de Lei nº 1549/2003, que disciplina o exercício profissional da Acupuntura, aprovado no dia 12 de maio na Comissão de Seguridade Social e Família na Câmara dos Deputados. - Projeto de Lei nº 5979/09, que fixa o piso salarial de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, que atualmente está em andamento na Comissão de Seguridade Social e Família. A Dra. Maria Teresa participou, em abril, de Audiência Pública naquela Comissão para discutir o PL. - Projeto de Lei nº 1.444/2003, sobre o Exame de Suficiência das profissões. Os membros da CAP conversaram com a Deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), que apresentará um requerimento para a Comissão de Educação pedindo nova análise do PL na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Reunião dos Ministérios da Saúde dos países do Mercosul discute o exercício profissional dos Fisioterapeutas A Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, membro da Comissão de Integração dos Fisioterapeutas do Mercosul, do COFFITO, apresentou no dia 27 de abril, em Buenos Aires - Argentina, o processo de integração dos Fisioterapeutas nos países que compõem o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), a convite do Ministério da Saúde do Brasil. Na ocasião, ela apresentou os dados estatísticos sobre a profissão no Mercosul, como por exemplo o número de faculda- des existentes, as entidades nacionais que representam a profissão e os profissionais, as leis ou decretos que fundamentam a profissão, o número de profissionais registrados e as especialidades reconhecidas. “A reunião da Subcomissão de Desenvolvimento e Exercício Profissional/Comissão de Serviços de Atenção à Saúde foi muito proveitosa, já que pudemos expor dados concretos da nossa realidade de trabalho nos países que compõem o Bloco Econômico do Mercosul e trocar experiências”, disse a Dra. Maria Teresa. A Dra. Maria Teresa representou o COFFITO em evento ocorrido na capital argentina CREFITO5/RS visita o Centro de Saúde Escola Murialdo em Porto Alegre e a Kinder A palestra foi embasada em dados coletados pelo Departamento de Fiscalização do CREFITO/5 sobre o número de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que trabalham com Saúde Pública no Estado, além de promover uma discussão sobre a realidade do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) no Rio Grande do Sul e também debater a importância da inclu- são do fisioterapeuta nas Equipes de Saúde da Família.“A oportunidade de estarmos com os residentes foi muito positiva, já que debatemos temas que nos inquietam como os NASFs e também pudemos explicar um pouco sobre os Projetos de Lei que estão sendo debatidos, como o do PL nº 6206/09, que torna obrigatória a presença do fisioterapeuta na ESF e o PL nº 5979/09, que trata do Piso Salarial, de grande interesse da categoria”, relatou a Dra. Maria Teresa. No dia 14 de abril, a Presidente do CREFITO5/RS, Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, e a Coordenadora do Departamento de Fiscalização, Dra. Denise Cherutti Scopel, visitaram a Kinder que, desde 1988, presta atendimento interdisciplinar a bebês, crianças e adolescentes portadores de deficiências múltiplas, sem condições financeiras. A instituição é a única no gênero que oferece educação especial para defi- cientes múltiplos com comprometimento grave, integrando a reabilitação e habilitação. A Kinder é uma instituição que educa, reabilita e habilita mais de 300 crianças e adolescentes deficientes múltiplos. As representantes do CREFITO5/RS foram recebidas pela Presidente da Kinder, a Fisioterapeuta Barbara Sybille Fischinger, que presta um trabalho pioneiro e criativo, tendo desenvolvido inclusive um método de trabalho, baseado em técnicas tradicionais somadas à sua vivência, a Metodologia Fischinger. “Foi emocionante ver de perto o envolvimento de toda a equipe da Kinder e todo o esforço da Dra. Bárbara para levar adiante seu trabalho, que é tão importante para a sociedade gaúcha. A Kinder merece todas as nossas homenagens e reconhecimento, já que o time não mede esforços para realizar este trabalho heroico”, afirma a Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira. Notícias No dia 16 de abril, a Presidente do CREFITO5/RS, Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira visitou o Centro de Centro de Saúde Escola Murialdo (CSEM), que fica em Porto Alegre. A Presidente do Conselho foi até o Centro para fazer uma palestra a convite do Fisioterapeuta Dr. José Cláudio dos Santos Araújo para as residentes do Núcleo de Fisioterapia que trabalham com Residência Integrada em Saúde / Ênfase em Atenção Básica. O tema da palestra foi “Mercado de Trabalho do Fisioterapeuta na Rede Pública”. 21 UFPel informa a abertura do curso de Terapia Ocupacional No dia 14 de abril, o Dr. Jadir Camargo Lemos e a Dra. Vera Maciel estiveram visitando a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e conversaram com a Pró-Reitora de Graduação Profª Eliana Povoas Brito. A visita teve por objetivo uma aproximação com a instituição que, há quarenta anos, participa com efetividade do desenvolvimento da Região Sul do RS, além de manter vínculos de relação com a comunidade. Para o CREFITO5/RS, esta aproximação reforça o compromisso do Conselho com a qualidade do ensino para nossas profissões. Na ocasião, a Professora Eliana adiantou que a universidade deverá estar com o curso de graduação em Terapia Ocupacional funcionando no segundo semestre de 2010, na modalidade de bacharelado. A Pró-reitora ainda apresentou o projeto do curso, que já está cadastrado no e-mec. O curso terá carga horária de 3.900 horas. CREFITO5/RS reúne-se com representantes do CPERS para debater a inclusão de Fisioterapeutas no IPE Notícias No dia 4 de maio, a Dra. Perla Teles, conselheira do COFFITO, representou o CREFITO5/RS em uma reunião no Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul - Sindicato dos Trabalhadores em Educação (CPERS/Sindicato), em Porto Alegre. Ao lado de representantes do Fórum Permanente pela Democratização da Saúde (FPDS), a Dra. Perla apresentou à presidente do CPERS, Rejane de Oliveira, uma luta antiga do CREFITO5/RS: o acesso ao atendimento ambulatorial de Fisioterapia aos usuários do Instituto de 22 Previdência do Rio Grande do Sul (IPE). “Essa é uma luta de anos. Queremos solicitar ao CPERS o apoio nesta demanda pela qualidade de vida dos professores do Rio Grande do Sul, queremos oferecer a assistência integral à saúde dos cidadãos”, defende Dra. Perla. Para que inclusão seja efetuada, é necessária aum alteração na Lei n° 12.134 de 26/07/04, que regulamenta o IPE Saúde. A ação precisa, necessariamente, passar pela Assembleia Legislativa do estado. A presidente do CPERS, Rejane, e os diretores da enti- dade discutirão o assunto e realizarão o contato para próximos encaminhamentos. Segundo representantes do CPERS, essa briga é antiga e os Conselhos Profissionais são parte importante nessa briga. Por isso, foi solicitado a cada representante dos Conselhos presentes que apresentem uma pesquisa justificando a inclusão dos profissionais no plano de saúde que atende a milhares de gaúchos. O CREFITO5/RS solicitou uma audiência publica na Comissão de Saúde da Assembléia para debater e aprofundar o tema. Saúde da Mulher reúne mais de 300 pessoas em Boqueirão do Leão 300 pessoas ouviram atentamente a palestra da fisioterapeuta Dra. Nair Paim. No dia 7 de abril, o CREFITO5/RS esteve em Boqueirão do Leão (cidade que fica a 187 km de Porto Alegre) a convite da fisioterapeuta Dra. Alexandra Gazolla para fazer uma palestra sobre saúde da mulher e saúde do homem. A palestra faz parte do projeto Debates CREFITO5/RS: Vida e Saúde com Qualidade. Mulheres e homens de todas as idades puderam conhecer um pouco mais sobre dois importantes assuntos: o câncer de colo do útero e o câncer de próstata. O ginásio da Escola Estadual Eugênio Franciosi estava lotado: mais de Iniciativa – A fisioterapeuta Alexandra desenvolve um importante trabalho voltado à saúde da mulher e a importância da prevenção na manutenção da saúde de todos. O trabalho vem sendo desenvolvido nos municípios de Boqueirão do Leão e Gramado Xavier. Apaixonada pelo que faz, Dra. Alexandra resolveu buscar junto ao CREFITO5/RS uma nova forma de divulgar informações importantes para a sociedade. “Esse projeto do Conselho é ideal porque adaptamos as necessidades locais à informação de qualidade. Poder falar de prevenção para um público de todas as idades é sensacional”, afirma ela. Para o diretor da Escola, Luiz Cláudio Carlesso, a parceria reitera o compromisso e a responsabilidade social tanto da escola quanto do Conselho. “Unindo esforços, vamos além, derrubamos barreiras e avançamos na busca pelo conhecimento”, diz Carlesso. Para a palestrante, Dra. Nair, fazer uma palestra em uma escola foi especial. Professora aposentada, ela emocionou-se ao falar da iniciativa de Carlesso e recebeu o carinho de professores e alunos presentes. “Ver a realidade desta escola é muito especial, vocês todos estão de parabéns”, ressaltou ela. As pessoas que participaram da palestra puderam, ao final, tirar dúvidas com a palestrante. Segundo uma das mulheres presentes, a palestra foi fundamental, especialmente para a garotada, que não valoriza tanto a prevenção e acaba se descuidando. Estiveram presentes no evento o DiretorTesoureiro do CREFITO5/RS, Dr. Gérson Chequi, a presidente da Liga Feminina de Combate do Câncer, o prefeito municipal e o secretário municipal de saúde de Boqueirão do Leão. Além disso, um ônibus com mulheres de Gramado Xavier foi à cidade para assistir à palestra. Há alguns anos vem-se falando que saúde é sinônimo de prevenção. Os exemplos e os resultados de ações alicerçadas nesses princípios são comprovados e norteiam diversas atividades e projetos de governos e instituições, sejam elas públicas ou privadas. O CREFITO5/ RS, que defende a inserção de seus profissionais na atenção básica à saúde concorda com essa política, mas foi além. “Ao implantar o projeto Saúde Escolar, o Conselho não apenas trata e valoriza a prevenção, como trabalha com a conscientização de crianças e adolescentes, visando o futuro de cada um deles”, conta o Dr. Gérson Chequi, Diretor-Tesoureiro do CREFITO5/RS e um dos idealizadores do projeto. O projeto, iniciado em 2006, teve novas ações no mês de maio de 2010, na cidade de Boqueirão do Leão. Município pequeno, distante quase 200 quilômetros da capital gaúcha, a cidade tornou-se modelo na região por implantar o projeto. O Saúde Escolar foi levado à Escola Estadual Eugênio Franciosi em 2009, através da fisioterapeuta Dra. Alexandra Gazolla. Inserida na comunidade como referência, a profissional solicitou ao CREFITO5/RS que implantasse o projeto em sua cidade natal. “Trazer essas ideias e projetos para minha cidade, é valorizar minhas raízes. Formei-me e voltei para Boqueirão com o objetivo de ajudar a mudar a nossa realidade e isso está acontecendo aos poucos”, conta Alexandra. tão verde ou vermelho, é provarmos a cada um que eles podem fazer diferente, podem mudar sues hábitos”, explica o Dr. Gérson. Implantado o projeto, palestras e explicações realizadas em 2009, era hora de conferir na prática se os alunos aprenderam e assimilaram as lições. Hora da Blitz da Mochila. No dia 7 de maio, um dos idealizadores do projeto, o fisioterapeuta Dr. Gérson Chequi, esteve em Boqueirão para realizar mais essa ação. Com a ajuda da Dra. Alexandra Gazolla e da professora de Educação Física da Escola, Isabel Ferrari, alunos do turno da manhã e da tarde foram pesados e pesaram suas mochilas. Aqueles que tinham a mochila dentro do limite de 10% do seu peso, ganharam cartão verde. Aqueles que apresentarem excesso de peso levaram cartão vermelho. Pais e professores que acompanharam a ação também receberam orientações e comprometeram-se em cuidar da postura dos seus alunos e da forma como carregam suas mochilas no dia a dia. Após pesarem as mochilas, os três profissionais foram em todas as salas de aula falar com cada turma. Nas salas de aula, participação grande dos alunos. Todos respondiam e queriam saber mais. Em cada sala, o líder da turma era escolhido para mostrar a forma correta de colocar a mochila nas costas, de carregar quando era de rodinha ou de uma laça só. Os fisioterapeutas mostravam, na prática, como faz diferença carregar a mochila de forma correta e como dói carregá-la de forma errada. Assim, todos se convenceram de que, “para não ter dor nas costas, é preciso cuidar da coluna desde pequenos”, afirmou um dos alunos. A Blitz – Ao chegarem à escola e perceberem a equipe do CREFITO5 pronta para pesar as mochilas, alguns alunos ficaram receosos. Aos poucos, porém, foram perdendo o medo e a timidez e encararam a balança. “O importante dessa ação é não apenas entregarmos um car- Notícias Saúde Escolar: uma ação do presente, com olhar para o futuro 23 IV Fórum Gaúcho de Políticas Profissionais em Fisioterapia e Terapia Ocupacional acontece em Porto Alegre No dia 15 de maio, estiveram reunidos estudantes de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e profissionais destas áreas no IV Fórum Gaúcho de Políticas Profissionais em Fisioterapia e Terapia Ocupacional. O evento aconteceu no Coral Tower Hotel, em Porto Alegre, das 9h às 17h. Este evento anual tem como objetivo discutir junto aos profissionais a situação do mercado de trabalho no estado do Rio Grande do Sul, e as possíveis ações das entidades representativas da categoria. Entre os temas debatidos nesta edição do evento, podemos citar: a atuação profissional nas APAEs, o reflexo da formação no mercado de trabalho e também a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (mais conhecida pela sigla CIF). A mesa de abertura do evento contou com a presença da Presidente CREFITO5/RS, Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, da representante da Secretaria Estadual de Saúde, Sheila Lima e da VicePresidente do CREFITO10, Dra. Lizete Antunes. Também estiveram presentes o Vice-Presidente do CREFITO-5/RS, a Diretora-Secretária e o Diretor-Tesoureiro; os Delegados Regionais do CREFITO5/RS, bem como membros da Comissão de Estudantes. A primeira mesa redonda, que tratou da Atuação Profissional das APAEs, foi composta pela Presidente da Federação das APAEs, Dra. Aracy Maria da Silva Leão, a fisioterapeuta e ex-funcionária da APAE, Dra. Geórgia Loss, a terapeuta A segunda mesa redonda do evento discutiu o reflexo ocupacional que trabalha na APAE de da formação no mercado de trabalho Porto Alegre, Dra. Luana Prates Pires e a terapeuta ocupacional Dra. Scheila são de Estudantes. O último debate do Lima, representante do Departamento dia foi sobre a CIF, e reuniu a Dra. Lizete de Assistência Hospitalar e Ambulatorial Antunes, do CREFITO10 de Santa Catarida Secretaria Estadual de Saúde. na e a terapeuta ocupacional Dra. Miriam Cabrera Corvelo. A segunda mesa redonda do evento tratou sobre o reflexo da formação no mer- “O IV Fórum Gaúcho de Políticas Procado de trabalho, e foi conduzida pelo Dr. fissionais da Fisioterapia e da Terapia Jadir Camargo Lemos, representando a Ocupacional foi muito proveitoso, enComissão de Ensino do CREFITO5/RS, a riquecido pela presença de excelentes fisioterapeuta Dra. Adriane dal Bosco, da palestrantes e um público bastante partiASSOBRAFIR/RS, a fisioterapeuta Rosana cipativo. Os temas do evento deste ano Glock, representando as instituições de foram sugeridos pelos próprios profisEnsino Superior de Fisioterapia e de Te- sionais e estudantes, o que nos ajudou a rapia Ocupacional e também o estudante tornar o evento mais dinâmico”, disse a da Universidade Federal de Santa Maria Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, PreRenan Leal Machado, membro da Comis- sidente do CREFITO5/RS. Ex-presidentes do CREFITO5/RS homenageados Notícias Durante o IV Fórum de Políticas Profissionais da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, ocorrido no último sábado, 15 de maio, os ex-presidentes do Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 5º região foram homenageados. A ação faz parte das comemorações aos 25 anos do CREFITO5/RS, que são comemorados neste ano de 2010. 24 A homenagem iniciou com a declamação do poema “À margem da biografia de Pedro, um domador de Moisés”, de Silveira de Menezes, pela Campeã Estadual de Declamação de 2008, Adriana Oliveira Pereira. Em seguida, iniciaram-se as homenagens aos ex-presidentes do Conselho. “Ao fazermos esta homenagem, estendemos também o nosso agradecimento a cada Conselheiro que passou pelo CREFITO5/ RS, os Delegados e também aos profissionais, porque um Conselho só é forte com a participação de todos”, disse a Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, atual Presidente do Conselho. A primeira homenageada foi a terapeuta processo eleitoral, foi a última presidente ocupacional Dra. Maria Tereza Baraúna da homenageada. Em seguida, Maria Cleonice Costa, que presidiu o CREFITO5/RS de Flor Luzia, Assessora Contábil do CREFI1986 até 1988, quando precisou voltar à TO5/RS desde a criação do Conselho até Bahia, sua terra natal. Em seguida, a fisio- agora, foi homenageada pelos 25 anos de terapeuta Dra. Sonia Aparecida Manacero compromisso e profissionalismo nos excerecebeu a placa de homenagem – ela foi lentes serviços prestados ao Conselho e presidente do CREFITO5/RS no perío- também por ser a funcionária mais antiga do de 1988 até 1990. O fisioterapeuta da autarquia ainda em atividade. Dr. Fernando de Melo Prati, presidente do CREFITO5/RS durante o período de 1990 a 2002, foi o terceiro homenageado do evento. A Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, presidente de 2002 até o atual momento, Os homenageados do dia, da esquerda para direita: Dr. Fernando Prati, Dra. Sonia Aparecida Manacero, Dra. Maria Tereza Baraúna da Costa, Dra. Maria Teresa em virtude do Dresch da Silveira e Cleonice Maria Flôr Luzia I Congresso Internacional de Fisioterapia da Amazônia Quando: 14 a 17 de julho Local: Tropical Hotel (Manaus, AM). Informações: http://www. fisioterapiamanaus2010.com.br/ 15º Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória Data: De 29 de setembro a 2 de outubro Local: Centro de Eventos da PUC/RS (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Informações: http://officemarketing1. locaweb.com.br/fisiorespiratoria/ 1ª Jornada Gaúcha de Fisioterapia TraumatoOrtopédica Quando: 17 e 18 de setembro Local: Torres (RS) Informações: http://www.jgfto.com.br/ Dicas Dica de filme: Saneamento Básico, do diretor Jorge Furtado, 2007. Em uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto é uma emergência antiga e sempre ignorada pelas autoridades. Uma comissão resolve pleitear a obra através dos recursos da subprefeitura. No entanto, são informados de que não há verba para saneamento básico mas que sobra para a produção de um vídeo. O grupo resolve então fazer um vídeo sobre o saneamento básico. Mas o que ninguém esperava é que o grupo amador se envolveria tanto nessa produção que ganha até prêmio na cidade, e que a obra... bem, viraria ator coadjuvante. Dica de livro: Fisioterapia Cardiorrespiratória, de William E. DeTurk e Lawrence P. Cahalin. Este livro traz os conhecimentos essenciais e apresenta os princípios da prática da fisioterapia cardiorrespiratória com base nas melhores evidências disponíveis na área, possibilitando a escolha das intervenções adequadas e o desenvolvimento de planos de tratamento completos para cada paciente. É baseado no APTA Guide to Physical Therapist Practice e apresenta informações sobre fisiologia do exercício, avaliação do paciente, eletrocardiografia e medicamentos e também capítulos específicos que dedicam-se a cada um dos oito padrões de prática aprovados pela APTA. A publicação ainda inclui um CDROM interativo (em inglês). Agenda e Dicas Eventos 25 Fisioterapia durante a hemodiálise: mais qualidade de vida para o paciente renal crônico É de conhecimento de todos que as doenças renais crônicas levam a repercussões em todos os sistemas do corpo acarretando descondicionamento físico e prejuízo na qualidade de vida dos pacientes. Muitos pacientes apresentam problemas de mobilidade, fraqueza, câimbras, dores musculares, dores articulares e também distúrbios nos membros inferiores. Especial Foi pensando nisso que a clínica Nefrocor, que atende pacientes que fazem hemodiálise em Cachoeirinha, resolveu oferecer um diferencial para seus pacientes. Em setembro de 2008, a clínica resolveu agregar à sua equipe os serviços de um fisioterapeuta, o Dr. Fabrício Luiz Horta Pereira. O objetivo? Melhorar a 26 qualidade de vida de quem recebe o tratamento e proporcionar alguma atividade que os beneficie durante as quatro horas em que ficam fazendo hemodiálise na clínica. A ideia surgiu quando a clínica ficou sabendo que uma de suas pacientes estava fazendo Fisioterapia para tratar da fraqueza muscular gerada pela hemodiálise – e melhorando muito devido ao tratamento. “Os pacientes são submetidos a quatro horas de hemodiálise três vezes por semana, e esse tempo muitas vezes não é aproveitado para fazer algo que complemente e os auxilie com problemas recorrentes, como câimbras e fraqueza muscular, além de problemas que surgem nos membros inferiores”, relata o fisioterapeuta. O Dr. Fabrício começou prestando serviços duas vezes por semana na clínica e, hoje, atende aos pacientes quatro vezes por semana – e, quando está de folga, os pacientes reclamam, mas tudo num clima descontraído. “Isso é um ótimo sinal, e a maior prova de que o trabalho está dando certo é que todos os pacientes apre- sentam algum tipo de melhoria ou benefício depois de passarem pelas sessões de fisioterapia, até porque eles são muito disciplinados e seguem fazendo os exercícios sugeridos em casa, com a ajuda dos seus familiares, e isso ajuda muito no tratamento”, relata o fisioterapeuta. A cada turno, ele atende cerca de 22 pacientes, sempre com muita conversa e tentando incentivar a prática de exercícios leves durante a hemodiálise mesmo que eles não apresentem queixas ou dores – o importante é estimular o movimento dos pacientes. O tratamento hemodialítico é responsável por um cotidiano restrito, tornando as atividades dos indivíduos com insuficiência renal limitadas após o início do tratamento, favorecendo o sedentarismo e a deficiência funcional. A doença renal é considerada um grande problema de saúde pública e tem impacto negativo sobre a qualidade de vida relacionada à saúde. No Brasil a prevalência de doentes renais mantidos em programa crônico de diálise mais que dobrou nos últimos oito anos. A incidência de novos pacientes cresce cerca de 8% ao ano. Dos frequentadores da clínica, 80% são atendidos pelo Sistema Único de Saúde – ou seja, pessoas que teriam grandes dificuldades para pagar consultas particulares com um fisioterapeuta, o que faz com que eles sejam ainda mais gratos pelos serviços do Dr. Fabrício. “Tivemos vários casos marcantes aqui, como o de uma paciente que sofria de fortes dores de cabeça há 34 anos e só foi melhorar depois das sessões de fisioterapia, ou o de um paciente que se machucou muito quando caiu dentro de um buraco não si- Outro caso marcante é o de Joel Varonez Ferraz, que passou por um problema que acontece muitas vezes com pacientes de hemodiálise: o emagrecimento repentino, sendo considerado até uma característica da doença. Joel perdeu 15 quilos em pouco mais de duas semanas, e ficou tão fraco que estava até com dificuldades de caminhar. “Fui parar no hospital devido a este problema e, lá, fiz fisioterapia respiratória, mas o tratamento fisioterápico que estou fazendo aqui está me ajudando a recuperar a força nas pernas para caminhar com mais firmeza. No começo, fazia cinco repetições de cada exercício e, agora, já estou conseguindo quinze!”, comemora. Hoje, Joel recuperou 70% da força das pernas e diz que o mérito é do fisioterapeuta – e também dele, claro, que seguiu as orientações do profissional corretamente e foi disciplinado. Carlos Alberto Kessler é paciente de hemodiálise há cinco anos e espera ansiosamente a visita do fisioterapeuta para fazer seus exercícios diários. “Para nós, a fisioterapia faz toda a diferença – inclusive, alguns pacientes daqui já pediam a inclusão deste profissional aqui na clínica e, agora, ele é indispensável”, explica. Carlos caiu e se machucou bastante, também devido à fraqueza decorrente do tratamento de hemodiálise, e tem problemas na coluna Estudos identificam que realizar exercícios durante a diálise aumenta a capacidade do exercício e qualidade de vida dos pacientes e leva a maior efetividade da diálise, além de contribuir para maior e mais fácil aderência ao exercício, agindo como uma intervenção eficiente para aumentar a flexibilidade e dar motivação em um ambiente estruturado e monótono. Porém, a fisioterapia para pacientes de hemodiálise ainda é um campo de trabalho pouco explorado. “No Rio Grande do Sul, não sei se existe outro espaço que disponibiliza este serviço para seus pacientes. Recentemente estive palestrando sobre o tema com alunos da Unilasalle e poucos conheciam esta área de atuação da Fisioterapia”, relata o Dr. Fabrício. Ele ainda conta que alguns pacientes foram resistentes no início do tratamento, mas hoje estão totalmente adaptados. A equipe da clínica é multifuncional – conta com médico, enfermeira, psicólogo, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta, e há reuniões semanais para que os casos sejam discutidos pelo time, o que enriquece muito o aprendizado de todos e também a visão global sobre os pacientes da clínica. O profissional ainda alerta que pacientes em tratamento dialítico têm fatores limitantes à atuação do fisioterapeuta. Com isso, cuidados e técnicas sofrem adaptações – o Dr. Fabrício, por exemplo, copiou uma adaptação de bicicleta ergométrica que viu em um trabalho alemão para o tratamento dos pacientes da clínica, com muito sucesso. Ele ainda alerta que, para a mobilização do paciente, deve-se atentar para o tipo de acesso vascular que está sendo utilizado na diálise. Se for utilizado cateter rígido, movimentos como tríplice flexão não devem ser realizados na posição sentada quan- do o cateter estiver na veia femural. No membro em que se localiza o acesso venoso a mobilização deve ser mínima ou ausente, mas apenas durante a diálise (em outras condições a mobilização é livre). O fisioterapeuta ainda ressalta outros benefícios, como o aumento da autoestima dos pacientes e também de seu bom humor, além do estreitamento de laços entre os pacientes que dividem a mesma sala para fazer o tratamento. “Aqui, todos são muito amigos e o clima é de brincadeira e amizade entre pacientes que vão desde 20 até 80 anos de idade. Mas o melhor é ver que eles se queixam muito menos de dores e mantém sua qualidade de vida, já que são disciplinados e seguem minhas orientações para que continuem se exercitando durante os outros momentos da semana deles”, relata. Especial Ele fala de Volésio Chaves dos Santos, que passou por duas cirurgias depois da queda, (ele quebrou a patela esquerda e lesionou os ligamentos do joelho direito) e fez fisioterapia durante todo o período de recuperação. “Eu não caminhava mais, fiquei muito machucado e sentia muita dificuldade para me locomover depois do acidente. Aos poucos, com a fisioterapia aqui da clínica e as orientações de exercício para fazer em casa, melhorei e consigo caminhar sem muletas hoje. Se eu tivesse que pagar por este serviço, com certeza não teria condições e estaria ainda sem caminhar”, relata, emocionado. também. “Eu procuro caminhar sempre, mas o Dr. Fabrício ajuda muito a nos estimular a fazer exercícios orientados por ele em casa, além de nos auxiliar com fisioterapia durante as quatro horas de hemodiálise, que antes eram inativas”, relata. Fotos: Manuela Martini Colla nalizado na calçada que, hoje, está totalmente recuperado”, conta. 27 Agenda da Diretoria Agenda da Diretoria (Abril-Junho 2010) 28 06/04/2010 Reunião do Fórum Democrático da Assembléia Legislativa do RS Local: Praça Marechal Deodoro, 101 térreo Porto Alegre Representante(s): Dra. Denise Scopel Eleição do Colégio Deliberativo do Fórum 07/04/2010 Evento Dia Mundial da Saúde Local: Mercado Público Representante(s): Conselhos Profissionais da Área da Saúde 08/04/2010 I Jornada Hospitalar Home Care de Gestão em Saúde dia 8 e 9 de abril Local: Hospital Moinhos de Vento Representante(s): Dr. Gerson Chequi 09/04/2010 Reunião da Comissão de Ensino do CREFITO5/RS Local: Sede do Conselho Representante(s): Membros da Comissão Entrega de LTT Local: Sede do CREFITO5/RS Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 10/04/2010 Encontro de Delegado do CREFITO-5/RS Local: Hotel Ritter - Porto Alegre Representante(s): Delegados e Membros da Diretoria do CREFITO5/RS Reunião da CIPPS Local: Sede do Conselho Representante(s): Membros: Dr. Glademir Schwingel, Dra. Georgia Loss, Dra. Vera Leonardi e Dra. Perla Teles 12/04/2010 Visita à ACADEF Local: Sede da Acadef Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, Dra. Denise Scopel e Dra. Perla Teles 13/04/2010 Reunião do Fórum Permanente pela Democratização da Saúde Local: Sede do CRP Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 14/04/2010 Visita à sede da Kinder Local: Kinder - Porto Alegre Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira e Dra. Denise Scopel 15/04/2010 Visita à Universidade Federal de Pelotas Local: Sede da Instituição - Pelotas/RS Representante(s): Dr. Jadir Camargo Lemos e Dra. Vera Maciel Entrega de LTT Local: Sede do CREFITO5/RS Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 16/04/2010 Palestra para os profissionais do Núcleo de Fisioterapia da Escola de Saúde Pública Local: Auditório do Centro de Saúde Escola Murialdo - Porto Alegre Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 23/04/2010 Aula na disciplina de Introdução e Prática Fisioterapêutica, do Curso de Fisioterapia da ULBRA Local: Sala 5, Prédio 1 Representante(s): Dr. Gerson Chequi 27/04/2010 Aula na disciplina de Fundamentos da Fisioterapia I (disciplina de primeiro semestre) do curso de Fisioterapia da UCS Local: UCS - Caxias do Sul Representante(s): Dr. Gérson Chequi Tema: Perspectiva do Profissional no atual mercado de trabalho e Entidades de Classe Reunião do Fórum dos Conselhos Profissionais do RS Local: Sede da OAB/RS Representante(s): Dra. Cintia Reis 04/05/2010 Reunião do FPDS e CPERS Local: Sede do CPERS Representante(s): Dra. Perla Teles 07/05/2010 Projeto Saúde Escolar Local: Boqueirão do Leão Representante(s): Dr. Gerson Chequi e Dra. Nair Paim 10/05/2010 Aula para os alunos da disciplina de Vicências Fisioterapêuticas - Curso de Fisioterapia do IPA Local: Ipa Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira Atuação do Conselho 11/05/2010 Aula para os alunos do 8º semestre da Disciplina de Tópicos Avançados do Curso de Fisioterapia Local: IPA Representante(s): Dr. Gérson Chequi Reunião com o Promotor Dr. Paulo Charqueiro Local: Promotoria de Justiça Regional de Pelotas Representante(s): Dra. Maria Teresa Dres- ch da Silveira e Dra. Denise Scopel 12/05/2010 IV Congresso Internacional de Fisioterapia Manual Local: Centro de Convenções do Ceará Representante(s): Dr. Jadir Camargo Lemos Evento do dia 12/05 a 14/05/2010 13/05/2010 Aula de Vivências Fisioterapêuticas do 3° SEM. Do curso de Fisio do IPA Local: IPA Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 14/05/2010 Capacitação de novos Delegados do CREFITO5/RS Local: Sede do CREFITO5/RS Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira Palestra aos acadêmicos graduandos de fisioterapia sobre Gestão em Serviços de Saúde Local: Campus Unilasalle Canoas Representante(s): Dr. Gérson Chequi 15/05/2010 IV Fórum Gaúcho de Políticas Profissionais de Fisioterapia e Terapia Local: Coral Tower Hotel Representante(s): Membros da Diretoria 17/05/2010 Reunião do Fórum Permanente pela Democratização da Saúde Local: Sede do CREFITO5/RS Representante (s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira Reunião com Formandos de Fisioterapia da UNILASALLE Local: CREFITO5 Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 18/05/2010 Reunião do Fórum dos Conselhos Regionais das Profissões Regulamentadas do RS Local: Sede da OAB / RS Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 21/05/2010 Aula para os alunos do 3º semestre da disciplina de Semiologia Fisioterapêutica do curso de Fisioterapia Local: IPA Representante(s): Dra. Nair Paim Seminário sobre Atenção Básica na Saúde em Caxias do Sul Local: Plenário da Câmara de Vereadores Representante(s): Membros da Diretoria 02/06/2010 Seminário Atenção Básica na Saúde Local: Plenário da Câmara de Vereadores Representante(s): Dr. Jadir Camargo Lemos 07/06/2010 Reunião com formandos dos Cursos de Fisioterapia da FSG e UCS Local: Sede da FSG - Caxias do Sul Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 08/06/2010 Reunião com formandos do Curso de Fisioterapia da Ulbra - Cachoeira do Sul Local: Campus Ulbra Cachoeira do Sul Representante(s): Dr. Gérson Chequi Audiência Pública sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Local: Auditório da OAB, Rua Washington Luiz, 1110 - 2° andar Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 09/06/2010 Reunião com os formandos da Terapia Ocupacional da Unifra Local: Unifra Representante(s): Dra. Vera Maciel 10/06/2010 Reunião com formandos do Curso de Fisioterapia da UPF Local: Sala 14 - Prédio da FEFF - UPF Fisioterapia - Porto Alegre Setembro 2010 Acupuntura (turma mensal e noturna) Fisioterapia em Dermato Funcional Fisioterapia Osteopática Fisioterapia do Trabalho Fisioterapia em Neurologia Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia Representante(s): Dr. Jadir Camargo Lemos 14/06/2010 Reunião com formandos do Curso de Fisioterapia do IPA Local: Auditório do Prédio B, Unidade Central Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 14/06/2010 Reunião com Formandos de Fisioterapia do IPA Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 15/06/2010 Reunião com Formandos Feevale Representante(s): Dr. Gérson Chequi 17/06/2010 Reunião com o Vereador Mauro Zacher Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira Reunião com Formandos UNICRUZ Representante(s): Dra. Lizete (Delegada de Cruz Alta) 18/06/2010 Reunião com Formandos UNISINOS Representante(s): Dr. Gérson Chequi VII Congresso Gaúcho de Ortopedia e Traumatologia Representante(s): Dr. Jadir Camargo Lemos Curso de Formação RPG / FM Ministrante: Alexandre H. Nowotny Início: 9 de agosto de 2010 Inscrições Abertas!!! Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia Fisioterapia em Uroginecologia, Urologia e Saúde da Mulher Agenda da Diretoria Palestrante do CREFITO5/RS: Dr. Glademir Schwingel Aula da disciplina de Seminários em Fisioterapia Tópicos Avançados II, turma de 8º semestre Local: IPA Representante(s): Dra. Nair Paim 25/05/2010 XXVI Congresso Nacional de Secretarias de Saúde (CONASEMS) Local: Gramado Representante(s): Dr. Gérson Chequi 26/05/2010 XXVI Congresso Nacional de Secretarias de Saúde (CONASEMS) Local: Gramado Representante(s): Dr. Gérson Chequi 27/05/2010 XXVI Congresso Nacional de Secretarias de Saúde (CONASEMS) Local: Gramado Representante(s): Dra. Vera Maciel 29/05/2010 Eleição CREFITO5/RS - Gestão 2010-2014 Local: Porto Alegre - Caxias do Sul e Santa Maria 01/06/2010 Posse da nova gestão do CRN-2 Local: CRN-2 Representante(s): Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira 29 Foto: Manuela Martini Colla Mudança de estação e doenças respiratórias: o que devemos saber e fazer Por Dr. Alexandre Simões Dias* e Dr. Lucas Homercher Galant** Fisioterapeuta, Pós-Doutor em Fisiologia pela Universidade de León (Espanha), Diretor Científico Geral da ASSOBRAFIR (Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva). ** Fisioterapeuta formado no Centro Universitário Metodista IPA e aluno de Mestrado do Programa de Hepatologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). * Artigo O inverno se aproxima e juntamente com a chegada desta estação os problemas que afetam as vias respiratórias também se acentuam, pois o ar frio e a redução da umidade relativa do ar aumentam a predisposição a inflamações e infecções das vias aéreas. Isso ocorre porque o organismo necessita trabalhar de forma mais acentuada para aumentar o metabolismo e manter a temperatura corpórea (37 graus Celsius), fazendo a imunidade celular diminuir (Zimmer SM, 2009)1. 30 Ainda não existe um consenso sobre as principais causas das doenças que afetam o sistema respiratório, por isto devemos sempre estar atentos à presença de qualquer alteração ou sintoma que afete o quadro respiratório atual. As repercussões nas vias aéreas determinadas pelas temperaturas amenas ocorrem principalmente devido à desidratação que acomete a mucosa do epitélio ciliado. Com isto, o movimento ciliar muitas vezes está alterado, o que compromete a eliminação das secreções pulmonares, e ocasiona o acúmulo das mesmas nas vias aéreas. A retenção de secreções pode predispor a colonização de agentes bacterianos, levando ao quadro de infecção do sistema respiratório. Todavia, condições adversas atmosféricas também propiciam maior circulação de vírus e bactérias no ar. Associada a isso, a baixa umidade relativa do ar aumenta a poluição atmosférica, desencadeando mais doenças. As crianças e os idosos apresentam maiores fatores de riscos para o contato com os agentes causadores de tais disfunções. Na infância, o sistema imunológico e o respiratório passam por um processo de maturação, e desta forma não ocorre o reconhecimento de tais microorganismos causadores de doenças, proporcionando maior susceptibilidade a infecções. Por sua vez, a população idosa encontra-se em um período de declínio do funcionamento do sistema imunológico, interferindo diretamente no reconhecimento por parte das células imunes responsáveis pelo mecanismo de memória imunológica (linfócitos T). Assim, as disfunções respiratórias, e as doenças pulmonares podem aparecer. utilizadas pelo fisioterapeuta no atendimento destes pacientes podem aumentar a eficiência dos músculos respiratórios e remover as secreções pulmonares, além de contribuir para melhorar a troca gasosa (Hess DR, 200721. Os benefícios dessas técnicas repercutem de forma sistêmica nos indivíduos, melhorando a ventilação e a desobstrução das vias aéreas. Em suma, as complicações respiratórias referentes ao clima ocasionam o aparecimento de processos patológicos no sistema respiratório, os quais irão prejudicar o funcionamento do mesmo. A orientação de exercícios respiratórios e técnicas que visam o entendimento de como respirar melhor proporcionarão um melhor funcionamento do sistema respiratório, contribuindo desta forma para a melhora dos sintomas e da qualidade de vida dos indivíduos. Por isto, caso queira alguma orientação de como respirar melhor consulte um fisioterapeuta. O papel da Fisioterapia respiratória em tais acometimentos tem o objetivo de evitar as complicações decorrentes das doenças pulmonares. O acúmulo de secreção nas vias aéreas é o principal causador das infecções no sistema pulmonar, trazendo conseqüências negativas para o indivíduo. No entanto, algumas técnicas Referências Bibliográficas: 1 - Zimmer SM, Burke DS. Historical perspective--Emergence of influenza A (H1N1) viruses. N Engl J Med. 2009, 361(3):279-85. 2- Hess DR. Airway clearance: physiology, pharmacology, techniques, and practice. Respir Care. 2007, 52(10):1392-6. Foto: Manuela Martini Colla A modelagem em argila na prevenção do estresse ocupacional em profissionais da área da saúde Por Dra. Carmela Slavutzky* e Dra. Maria Cristina Garcia de Lima Caneppele** burnout universalmente aceita, embora todas as definições existentes demonstrem concordância. Na pesquisa o nível de estresse ocupacional foi avaliado antes e após a aplicação das oficinas de modelagem em argila. Buscou-se saber se haveria uma modificação nos níveis de estresse encontrados. A partir do resultado positivo obtido, concluiu-se que este tipo de atividade pode ser uma possibilidade para a prevenção do estresse ocupacional. O método mostrou-se viável, de baixo custo. A escala utilizada para avaliar o estresse foi a Escala de Burnout. Na parte qualitativa foram estudadas as observações realizadas durante as duas oficinas de modelagem em argila. Paim (1996) refere que os afetos se projetam na argila melhor e mais espontaneamente que em qualquer outro material modelável. Como os resultados da pesquisa apontam que 40% dos pesquisados obtiveram uma melhora em seu nível de estresse após a aplicação das duas oficinas de modelagem em argila, concluiu-se que o método é eficiente. Os resultados qualitativos foram: Melhora do convívio social; Maior comunicação entre a equipe; Menor ansiedade; Maior concentração durante a tarefa. Os objetivos da pesquisa foram alcançados. Esse método demonstrou ser viável, de custo reduzido, não envolvendo medicação e de resultados rápidos. Concluiuse que outros estudos de duração mais longa, de forma sistemática devem ser realizados para que a intervenção possa ser recomendada para prevenção e tratamento do estresse ocupacional, uma vez que na literatura não constam referências sobre o assunto. Carmela Slavutzky Possui Graduação em Terapia Ocupacional (2009). Mestranda em Reabilitação e Inclusão no Centro Universitário Metodista IPA (2010). Comendadora de Belas Artes (2008). ** Maria Cristina Garcia de Lima Caneppele * Possui graduação em Terapia Ocupacional pelo Instituto Porto Alegre (1983), Mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal de Mato Grosso (1999) e Doutorado em Ciências Médicas: Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente é analista do seguro social - Terapeuta Ocupacional do Instituto Nacional de Seguro Social e professor titular/ supervisor de estágio do Centro Universitário Metodista do Instituto Porto Alegre. Esta pesquisa será apresentada em forma de Trabalho Oral no 10º CONGRESSO DE STRESS DA ISMA-BR, dia 22 a 24 de junho de 2010, no Plaza São Rafael/ POA. Artigo A pesquisa foi realizada no Hospital Porto Alegre, na cidade de Porto Alegre/RS em julho de 2009. Os participantes foram oito profissionais da área da saúde mental, que trabalhavam na internação psiquiátrica. A amostra contou com um terapeuta ocupacional, um estagiário de terapia ocupacional, um enfermeiro e cinco técnicos de enfermagem. Rossi (2009) aponta que existem certas profissões mais vulneráveis ao estresse, pois precisam demonstrar suas emoções constantemente, como os enfermeiros e outros profissionais da área da saúde. Murta (2005) afirma que a relação entre trabalho e adoecimento, o que se dá com muita intensidade em profissionais da área da saúde, vem sendo objeto de estudos e trabalhos científicos. O foco dos estudos é a prevenção e controle de doenças ocupacionais. Dentre as doenças encontram-se problemas associados ao estresse. A palavra estresse, como relata Tubau (2009), é de origem anglo-saxão (stress) e designa uma pressão, uma tensão. O termo estresse freqüentemente é apresentado de forma parcial e distorcido. O estresse como processo é a tensão diante de uma situação de desafio por ameaça ou conquista. Como resultado positivo é chamado de eustress e como resultado negativo denomina-se distress, diante do esforço gerado pela tensão mobilizada pela pessoa. É preciso relatar que não existe, atualmente, uma definição de 31 As características do vínculo empregatício Por Dr. Alexandre Mello Assessor Jurídico do CREFITO5/RS O vínculo de emprego, no ordenamento jurídico brasileiro é regulamentado pelos artigos 2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho, são eles: a pessoalidade, a não-eventualidade, a onerosidade e a subordinação, apontando e caracterizando a figura do empregado e do empregador. No Direito do Trabalho, o empregador poderá ser pessoa física ou jurídica, e, por sua vez o empregado é tão somente a pessoa física. Os serviços prestados por pessoa jurídica não podem ser objeto de contrato com vínculo de emprego. Segundo o texto legal, empregado é aquele que trabalha de forma pessoal, mediante retribuição, em caráter não-eventual e, fundamentalmente, subordinado ao empregador. Pessoalidade significa que somente a mesma pessoa, e de forma direta, pode prestar o serviço a uma pessoa física ou jurídica. Não caracteriza este requisito quando o serviço é prestado por pessoas diversas ou por via indireta. Artigo A pessoalidade diz com a natureza da obrigação oriunda de uma relação de emprego. O que o trabalhador “comercializa” no contrato de trabalho é o seu tempo à disposição do empregador. Considerando a impossibilidade real de dissociar a força de trabalho da pessoa do empregado, necessariamente ele será o executor do contrato. Não há possibilidade, assim, de fazer-se substituir, sem que em relação ao substituto deixe de nascer uma nova relação de emprego. O requisito pessoalidade é que diferencia o contrato de trabalho do contrato de empreitada, por exemplo, para o qual importa a tarefa e não quem a executa. 32 A não eventualidade ou continuidade representa a habitualidade da realização da atividade, o que não significa dizer trabalho diário. Neste sentido, o posicionamento atual do Tribunal Superior do Trabalho, órgão máximo do Judiciário na seara trabalhista, no sentido de que, em regra, o trabalho por mais de 2 (dois) dias por semana caracterizaria a continuidade empregatícia. A não-eventualidade diz com a inserção da atividade desenvolvida no “giro” produtivo da empresa. Não se trata de um critério precipuamente temporal. Onerosidade ou assalariamento significa dizer que o trabalho, na relação de emprego, não é gratuito, devendo existir uma retribuição pelo esforço do empregado. Ou seja, as atividades de natureza intrinsecamente cultural, lúdica, esportiva, filantrópica, religiosa, política, ou voluntária não constitui objeto da relação de emprego. A onerosidade é a característica que identifica o contrato de trabalho como comutativo. As partes se obrigam reciprocamente. A obrigação principal de um corresponde ao objeto do contrato visto pelo outro. O empregado trabalha; o empregador busca a prestação de trabalho. O empregado busca subsistência; o empregador paga salário. O trabalho oneroso contrapõe-se ao voluntário. Esse não é objeto do Direito do Trabalho, pois o que move o trabalhador voluntário não é a contraprestação. Por fim, a subordinação é configurada quando os serviços são direcionados por aquele que recebe a prestação, sem a autonomia do prestador de serviços, mediante comando. Isto é, trata-se de atividade vinculada à determinação, ordens e ao comando do patrão ou empregador. O elemento efetivamente distintivo da relação de emprego é a subordinação. Essa característica deriva do poder de comando do empregador, exteriorizado de diversas formas. Segundo o art. 2º da CLT, que caracteriza o empregador, tratase de um poder diretivo e fiscalizatório. Na relação de emprego, o empregado coloca-se à disposição do empregador durante determinado lapso temporal, e dentro deste deve obediência aos seus comandos: recebe e acata ordens. Descumprindo obrigações e deveres oriundos do contrato de trabalho, estará sujeito à punição disciplinar. Diz-se ser esse o elemento distintivo, porque há relações de trabalho, em sentido amplo, em que estão presentes a pessoalidade, a onerosidade e a não-eventualidade, e ainda assim não configuram emprego, justamente pela ausência de subordinação. Assim são, por exemplos, algumas relações de pres- tação de serviços autônomos. A conjugação desses quatro fatores: a pessoalidade, a não-eventualidade, a onerosidade e a subordinação, caracterizam o vínculo empregatício, e gera direitos que outros trabalhadores como os autônomos não fazem jus, como por exemplo, férias remuneradas, repousos semanais e décimo terceiro salário. Insta esclarecer que não há qualquer impeditivo quanto à manutenção de mais de um contrato de trabalho são mesmo tempo. A exclusividade não é requisito para o reconhecimento de vínculo empregatício. No exercício da profissão de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, muitas vezes uma típica relação de emprego é mascarada pelo empregador como relação autônoma ou cooperativada, a fim de sonegar direitos trabalhistas. Seguem decisões proferidas pelo Poder Judiciário Trabalhista sobre a matéria, consoante os requisitos de caracterização da vinculo empregatício antes apresentados: FISIOTERAPEUTA. TRABALHO EM HOSPITAL COM EQUIPE DE EMPREGADOS DE IGUAL ESPECIALIDADE. SUJEIÇÃO A HORÁRIO E A MESMAS ROTINAS DE TRABALHO. SUBORDINAÇÃO. VÍNCULO DE EMPREGO CONFIGURADO. Fisioterapeuta que trabalha em hospital sujeito às mesmas rotinas de trabalho e horários dos demais fisioterapeutas empregados. Trabalho subordinado que repele a auto-determinação própria do trabalho autônomo. Vínculo de emprego configurado. Acórdão - Processo 0002000-13.2009.5.04.0004 (RO) 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Redator: MILTON VARELA DUTRA Data: 12/11/2009 Origem: 4ª Vara do Trabalho de Porto Alegre Reunidos os requisitos acima descritos, estar-se-á diante de uma relação jurídica de emprego. Fontes: CAMINO, Carmen. Direito Individual do Trabalho, 4ª Edição. Porto Alegre: Síntese, 2004. DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho, 3º Edição. São Paulo: LTr, 2004. Saiba como funciona o trabalho no Departamento de Fiscalização No CREFITO5/RS, o Departamento de Fiscalização é composto pelos agentes fiscais Fernanda Pozzer Iop, Sandra Gonçalves Miguez, Silvana Inês Forster Halmenschlager, além da auxiliar administrativa Juliana Cardoso. Na Seccional de Santa Maria, trabalham os agentes fiscais Fernando de Quadros Melo e Raquel Gomes dos Santos e, em Caxias do Sul, atua o fiscal Enzo Calabro. Os fiscais atuam sob a coordenação da Dra. Denise Cherutti Scopel e com a colaboração da Dra. Perla Teles – tudo isso sob a supervisão da Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, Presidente do Conselho. Esta equipe realiza a fiscalização em órgãos públicos, empresas, consultórios, hospitais, instituições de ensino superior e também atendem às denúncias que chegam ao Conselho quanto ao exercício ilegal da profissão. O trabalho dos agentes fiscais começa com a programação gerada pela Coordenação e pela Direção. A partir daí, os fiscais geram um relatório contendo o máximo de informações possíveis sobre a região que foi determinada para a fiscalização – ao todo, o Estado é dividido em dezenove Coordenadorias, para facilitar e organizar o trabalho do DEFIS. Então, é elaborado um plano de viagem para que sejam visitadas as cidades que compõem aquela região – cada Coordenadoria abrange um número diversos municípios – para que seja feita a visita a todos os locais que possuem fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais atuando. Esta triagem de lugares a serem fiscalizados também é obtida através das Prefeituras. O objetivo é atingir o maior número possível de municípios daquela região. O próximo passo é calcular as distâncias e viajar até as cidades para que comece a fiscalização. A primeira etapa consiste em conferir se os dados dos relatórios gerados pelo CREFITO5 são os mesmos do local e profissional que estão sendo fiscalizados. “São as informações administrativas, número de pacientes atendidos, recursos de atendimento”, exemplifica a fiscal Sandra. Depois, é feito um relatório de fiscalização em que são relatados estes dados coletados para que os fiscais analisem se o cumprimento da legislação acontece. Caso haja alguma irregularidade, é feita uma notificação por escrito, com prazo de 30 dias para que o profissional regularize-se no Conselho. O fiscal orienta o profissional, e ele sempre pode tirar suas dúvidas mesmo depois da fiscalização. “A notificação é apenas uma forma de registrar a situação para que ela possa ser regularizada”, explica Sandra. A partir daí, quando os fiscais retornam ao CREFITO, o auto de notificação é registrado no sistema informatizado do Conselho e, quando termina o prazo de 30 dias para regulamentação da situação, a notificação é repassada à Coordenação do DEFIS. A Coordenadora então, se reúne com a Presidente do Conselho, que estuda cada caso e encaminha-o para uma das Comissões, conforme o assunto a ser tratado. Cidades Fiscalizadas em abril, maio e junho Cidades Visitadas: 54 Cirdades: Alvorada, Ametista do Sul, Augusto Pestana, Barra do Quaraí, Bozano, Brochier, Butiá, Cachoeirinha, Candelária, Canoas, Catuipe, Dois Lajeados, Frederico Westphalen, Garibaldi, Garruchos, Gravataí, Guaporé, Itaqui, Ivoti, Jaguari, Julio de Castilhos, Lagoa Vermelha, Manoel Viana, Não-me-Toque, Nova Esperança do Sul, Nova Santa Rita, Novo Cabrais, Novo Hamburgo, Paraíso do Sul, Passo Fundo, Pejuçara, Pinhal Grande, Poço das Antas, Porto Alegre, Quevedos, Rosário do Sul, Salvador do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Tereza, Santiago, São Francisco de Assis, São Gabriel, São Leopoldo, Sapiranga, Sete de Setembro, Sinimbu, Toropi, Tramandaí, Vacaria, Vale do Sol, Vale Real, Vera Cruz, Veranópolis. Fiscalizações: 333 Notificações: 98 Fiscalização O Departamento de Fiscalização é a espinha dorsal de todos os Conselhos profissionais. É ele quem vai promover o respeito, o conhecimento, a orientação e o esclarecimento de quem trabalha regido por ele. A palavra “Fiscalização” pode ser interpretada negativamente, porém, é preciso entender que ela não é punitiva: seu grande foco é informar e conscientizar os profissionais que estão no mercado de trabalho, além de valorizar o trabalho de todos, garantindo com que a Legislação que rege a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional seja cumprida. 33 Esta imagem é uma reprodução do Mural dos 25 a Mural está exposto na sala do Plenário Dr. Vladim nos do CREFITO5/RS, ina ugurado em 19/06/2010. O miro Ribeiro de Oliveira, na sede do CREFITO5/RS Um novo site: mais interativo, mais completo, com muito mais informação e conteúdo. www.crefito5.org.br