Entrevista - Via de Acesso

Transcrição

Entrevista - Via de Acesso
L
Revista
F
Ano - 02 - Junho, 2011
Entrevista
Convidamos o ex-ministro
Francisco Rezek para dar sua
opinião sobre a saúde brasileira
Comportamento
Bullying: como evitar?
As psicólogas Fabiana Jacopucci e
Mirian Pereira ensinam como lidar
com o problema
Especial
Entrevista com casais que se beneficiarão
da Lei que regulamenta o casamento entre
pessoas do mesmo sexo e a opinião das igrejas
Economia & Negócios
Tecnologia
Gastronomia
Saúde
Fernando Toscano preparou um guia com
perguntas e respostas sobre o Mercado de
Renda Variável
Chef Andre Costa abre duas novas casas e ensina
a preparar uma saborosa refeição
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A febre do iPad 2 faz com que livros, revistas
e até cardápios se adaptem ao novo sistema
A Dra. Cristiane Braga explica como
exaltar a beleza a cada década
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L EDITORIAL
Caros leitores,
É sempre com muita satisfação que uso este espaço para escrever a vocês. É
onde espero encontrá-los com muita alegria, saudáveis e cheios de esperanças. Afinal, a
proposta da Linha Fina é justamente levar informações aliadas a soluções.
Entramos no mês de junho e o friozinho veio nos fazer companhia, por isso
mesmo trouxemos assuntos mais quentes. Alguns poderão não agradar, mas são situações
que acontecem ao nosso redor. O importante é abordarmos cada pauta com respeito,
dignidade e buscar soluções para que todos possam encontrar um caminho seguro para
a formação de uma opinião.
Nessa metade do ano, entre todos os temas importantes que foram discutidos,
separamos alguns que chamaram a atenção de muitos leitores. Um é o caminho que a
Saúde pretende e quer tomar com a questão dos médicos e residentes se mobilizando,
para através de greves se fazerem ouvir, mas, como ficam os pacientes? Para isso
entrevistamos o ex-ministro Francisco Rezek, que através de uma conversa informal, nos
deu sua opinião. Outro assunto que parece ter abalado alguns foi a regulamentação da
Lei sobre a união homoafetiva, buscamos casais que se beneficiarão da lei e também
opiniões de religiosos sobre o tema.
Ah! Temos também um assunto que assusta a muitos pais: o “bullying”. Para esse
tema trouxemos duas psicólogas que orientam como reverter os efeitos depreciativos e,
com isso, transformar as ‘vítimas’ em vencedores.
Todos os assuntos desta edição foram escolhidos com muito cuidado e carinho,
espero que sintam-se sempre tranquilos para pedirem reportagens e fazerem suas críticas.
Temos muitas novidades que aos poucos iremos apresentar, mas preparem-se
para a edição de julho, pois além de chegar mais quente, virá com muitas surpresas.
L
06
F
L
Revista
LINHA FINA
Menu
L EXPEDIENTE
Olhar do Leitor
Este é o espaço onde o leitor vira editor.
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L
Comportamento
As psicólogas Fabiana Jacopucci e Mirian Nunes explicam como
lidar com o Bullying
L
10 Especial
Namorados, união homoafetiva e opinião das igrejas
17
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Moda & Beleza
Dicas e tendências para o outono e o inverno
L
20 Turismo
Itália, França e Estados Unidos: locais para passear e estudar
Foto da capa feita por
Márcio Siggia
22
L
Gastronomia
Chef Andre Costa e suas receitas
L
Entrevista
24 Dr. Francisco Rezek conta sobre sua experiência na Corte
da Haia e dá sua opinião sobre a Saúde no Brasil
30
L
Decoração
Lareiras portáteis e valorização de ambientes pequenos
34
L
Boa leitura.
Abraços,
Deborah de Oliveira
Economia & Negócios
Fernando Toscano preparou um guia de perguntas e
respostas sobre o mercado de renda variável
36
L
Saúde
Dra. Cristiane Braga ensina como preservar a beleza em
todas as décadas
L
Mundo Animal
38 Moda para cães e gatos
40
L
Esporte
42
L
Segunda Etapa do Oi Serra & Mar
Social
Desfile beneficente e feijoada que incentiva o esporte
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L
Cultura & Entretenimento
Dicas para se divertir em junho
L
50 Tecnologia
A nova mania do iPad 2
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54
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53
L
Crônicas & Artigos
Fernando Rizzolo
Humor
Novos talentos em forma de quadrinhos
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Diretor Executivo
Wanderley Monteiro
[email protected]
Editora de Redação
Deborah de Oliveira
[email protected]
Jornalista Responsável
Mariza Torelli – Mtb 13.043
Equipe de Jornalistas, Repórteres e
Correspondentes
Andressa Dantas
Armando Rozário
Célio Ramos
Cibele Gallinucci
Fernando Toscano
Tito – Francisco Henrique Oliveira
Contato: [email protected]
Partiparam desta edição:
Fabiana Jacopucci, Sergio Israel
Antonio Soares, Mayra Bellisoni e
Fernando Rizzolo
Projeto Gráfico, Revisão e
Produção Gráfica
Editora Better
Designer Gráfico, Diagramação e Arte
Rafael Fernandes
[email protected]
Comercial
[email protected]
PABX: 11 2379-01610
Direto: 11 3421-4516
Distribuição
Better Editora Gráfica Ltda.
Tiragem: 20 mil exemplares
Distribuição gratuita nas 7 cidades do
ABC, bairros da cidade de São Paulo
(Morumbi,Vila Madalena, Vila Olímpia, Vila
Mariana, Paraíso, Ipiranga, Cambuci, Lapa,
Jardins, Jardim América, Jardim Europa e
Ibirapuera.), Congresso Nacional e pontos
empresariais em Brasília.
Para reprodução total ou parcial da revista é
necessário pedir autorização, que poderá ou
não ser concedida.
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L OLHAR DO LEITOR
O olhar de
Sergio Israel
Sergio Israel se envolveu com a fotografia em 1994, clicou para diversas
agências de publicidade brasileiras, além de ser contratado também por clientes
diretamente. Sua exposição de estreia, em 2006, levou ao público um pouco
sobre a vida do outro lado do mundo, com “Uma Viagem ao Oriente”. Em
2007 expôs “Destinos”, onde mostrou um pouco sobre sua visão de mundo e
os lugares mais diferentes em que já esteve, de Brasil à Indochina.
O fotógrafo continua viajando o mundo em busca de novas sensações
e imagens. Gosta de retratar a natureza e mostrar as belezas existentes por trás
das rotinas de cada um. Recentemente esteve na Patagônia e China, local que
foi inspiração da imagem desta edição do Olhar do Leitor.
Ficha Técnica:
Velocidade: 1/160
Abertura: 5.6
Dist. Focal: 28
“Essa foi uma foto que não fiquei planejando para fazer. Foi uma
daquelas coisas de momento, o local tem todo um clima, essa foto foi tirada
no interior da China, durante o inverno, na cidade de Yangshuo, província de
Guangxi.
Gosto muito de diferenças culturais, e elas são muito visuais. Estar lá e
perceber que eu estava extremamente longe do Ocidente, tanto culturalmente
quanto em distância, com uma paisagem daquelas, me chamou muito a atenção
para o momento, acredito que essa tenha sido a real motivação da foto, registrar
o quanto há lugares e belezas extremamente diferentes.”
www.sergioisrael.com.br
L
Olhar do Leitor
Nesta seção fotógrafos profissionais ou iniciantes, podem mandar suas
fotos (com 300 dpi de resolução) para a redação. Elas serão analisadas por diretores de arte, fotógrafos e jornalistas, a melhor será publicada.
Devem mandar a ficha técnica da foto: câmera; distância focal; abertura;
tempo de exposição; ISO; lente utilizada e data da foto. Pedimos que mandem
também um mini-currículo sobre a experiência com fotografia, o que a imagem
significa para o fotógrafo, quais foram as dificuldades para consegui-la e os seus
contatos.
Revista Linha Fina
Rua das Monções, 98 – Bairro jardim – Santo André – SP – CEP 09090-520
E-mail: [email protected]
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L COMPORTAMENTO
Bullying: o que é
e como evitar?
Bullying, como não sofrer com isso
Andressa Dantas
Fabiana Jacopucci
Outro fator importante e talvez menos divulgado
é saber identificar quando o seu filho é o provocador de
bullying. Uma situação, para os pais, tão difícil quanto se
ele fosse a vítima. Os Bullies têm algumas características
comuns como não cumprimento de regras, agressividade
gratuita, mentiras, comportamentos autoritários e
impulsivos, dificuldade de arrependimento. Observe seu
filho e a relação dele com outras crianças e adultos. Uma
coisa é ter uma característica de liderança voltada para a
pró-atividade, outra é a de subjulgar as pessoas.
Os profissionais da área da saúde como pediatra,
neuropediatra, psiquiatra infantil e psicólogo estão à
disposição para ajudar nestes casos tanto o provocador
como a vítima. Assim, você ajudará seu filho a aprender a
ser resiliente, ou seja, desenvolver uma grande capacidade
de superação de conflitos frente a situações caóticas e no
caso do agressor, aprender a se relacionar socialmente de
forma mais saudável.
divulgação
Pensando no lado das vítimas, como reconhecer
se o seu filho(a) está sofrendo bullying: observar se há
alguma mudança de comportamento frente à escola, como
tristeza, perda de vontade em estudar, baixo rendimento
escolar, ansiedade e alguns sintomas físicos como dores de
cabeça, barriga, mal-estares que não são explicados por
nenhuma alteração orgânica. Estes são sinais de que algo
não está bem com ele. Procure sempre conversar com sua
criança, saber como foi o dia na escola, quais as atividades
e brincadeiras. Quanto mais ela se sentir acolhida, maior a
confiança em relatar qualquer dificuldade.
Um contato próximo com a escola também é
de grande importância, a fim de saber como ela está
interagindo, quais as dificuldades e facilidades. Um bom
diálogo entre pais e escolas previne muitas dificuldades.
Caso seu filho(a) esteja realmente sofrendo esse tipo
de assédio social, procure junto, encontrar alternativas para
superar a situação, onde se possa encontrar possibilidades
de enfrentar esses desafios. Isto fará muito bem a ele, pois
aprenderá que pode superar situações difíceis na vida de
modo geral. Se a autoestima de seu filho estiver muito
fragilizada; e sozinho não esteja conseguindo superar as
sequelas, procure ajuda da escola e de um profissional,
como, por exemplo, um psicólogo, a fim de ampliar as
possibilidades de superação da situação.
O Bullying tem sido muito comentado na mídia,
mas é necessário tomar cuidado para não classificar todo
comportamento como negativo e prejudicial. A maior
dificuldade é realmente entender o que significa bullying
para quem o sofre, afinal, cada pessoa possui uma maneira
de entender as coisas, e é essa singularidade de cada um que
faz as informações serem positivas ou negativas ao cérebro.
Como explicado pela psicóloga Fabiana Jacopucci,
é necessário ficar atento aos comportamentos diferentes das
crianças e sempre ter uma conversa aberta para diagnosticar
problemas e, quando necessário, procurar orientação de
profissionais especializados.
Uma alternativa interessante e de resultado rápido
para alterar o significado negativo que o Bullying provoca em
crianças e também em adultos é o uso da PNL (Programação
Neurolinguística), que aplicada através de profissionais da
área, consegue isolar a informação negativa dada à uma
situação e levar um novo significado ao fato, para que a
pessoa encare o que era trauma de forma positiva e não mais
dolorosa.
“Para que as crianças não assimilem as informações
negativas que são passadas pelos bullies há duas formas
eficientes de utilizar a PNL. Através de metáforas com
o conteúdo a ser melhor entendido, ou através de
ressignificação em uma conversa direcionada. Em ambos os
casos, é necessário que os pais ou profissionais que estiverem
aplicando a programação entendam detalhadamente qual é
a queixa da criança, podendo descobrir isso através de uma
conversa com muita atenção nas explicações dadas por ela”,
explicou a psicóloga e Master Practitioner em PNL e Coach,
Mirian Nunes Pereira, da Humanity Treinamentos.
Carla Valezin
divulgação
O termo Bullying deriva do inglês da palavra Bully, que poderia
ser interpretado para o português como aquele que é valente, desafiador,
dominador, tirano. Sendo assim, podemos compreendê-lo como um ato
de violência física e/ou psicológica, intencional e frequente, realizado por
um indivíduo ou grupo a fim de intimidar ou agredir outra pessoa ou outro
grupo que não tem condições de se defender.
Esse comportamento não é nada novo, nos filmes para o público
infantil e adolescente são mostrados os líderes das gangues e os abusos
que proporcionam as suas vítimas. Torturas Físicas, como espancamento,
depreciação de algum bem material; e também a não menos devastadora
Tortura Psicológica, sempre galgada na humilhação e ridicularizacão do
indivíduo seja por utilização de apelidos, depreciação da autoestima da
vítima e impedimento de outros se socializarem com a mesma, tal situação
costumeiramente é predominante entre o sexo feminino e entre crianças
menores.
Mirian Nunes Paes Pereira
diretora da Humanity
Assessoria e Treinamento
Fabiana Jacopucci
Psicóloga e Neuropsicóloga
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Mirian atenta aos pais para tomarem cuidado em
não achar que tudo é bullying e começarem a tratar a criança
de forma diferenciada, pois isso pode acarretar em um certo
aproveitamento da situação por parte dos pequenos. “É
claro que se criarmos as crianças com carinho, respeito e
principalmente com muito amor ela será um adulto muito
melhor, porém ao mesmo tempo corre o risco de ser mimada
demais. O que vai dizer se a experiência é negativa ou
positiva é o significado que a criança dá para aquela situação.
Às vezes para os pais não aconteceu nada, mas, para a
criança é diferente. Às vezes uma simples brincadeira ou um
gesto podem ser entendidos de forma negativa ou positiva,
isso depende da história de vida de cada um.”.
Através da PNL também é possível trabalhar os
traumas causados por bullying em adultos. “As técnicas de
PNL nos permite acessar esses traumas de modo muito mais
rápido. É possível chegar à informações inconscientes, que são
os maiores traumas, e orientamos o paciente a compreender
melhor o acontecido para poder alterar o significado daquele
trauma, que às vezes, nem ele tem a consciência que aquela
informação o prejudicava”.
Ainda é possível utilizar as técnicas de PNL
como uma “prevenção” ao bullying pois “ao aprender as
técnicas de PNL, a maneira como você vai entender o seu
funcionamento cerebral e o de outras pessoas vai ajudar a
ressignificar cada situação que possa ser negativa e com isso
fazer sua vida ser mais leve, mais tranquila e principalmente
que tenha mais momentos felizes”, finalizou Mirian.
L
Fabiana Jacopucci é psicóloga e neuropsicóloga,
especialista em Terapia Cognitivo Comportamental
Aplicada aos Disturbios do Sono pela Unifesp.
Atende crianças, adultos e adolescentes.
Contato: [email protected]
Mirian Nunes Paes Pereira é diretora da Humanity
Assessoria e Treinamento. É formada em Psicologia
e Educação Física. Trainer e Master Practitioner em
Programação Neurolinguística – PNL. Coach e Psicóloga
Esportiva. Atuante na área de PNL e Coaching direcionado
aos esportes. Membro da ISC – International Society of
Coaching.
www.humanity.com.br
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L ESPECIAL
O
amor
superando
barreiras
Cibele Gallinucci
O Dia dos Namorados é a data mais esperada
por todo casal apaixonado na maior parte do mundo.
Cada país tem uma dada diferente para celebrar, no
Brasil o 12 de junho foi o dia escolhido pelo publicitário
João Dória que trouxe a ideia da Europa e dos
Estados Unidos para aquecer a economia brasileira,
pois o mês de junho para o comércio nacional era o
mais fraco dos meses. Para alguns a data foi escolhida
por anteceder o dia de Santo Antonio, considerado o
santo casamenteiro.
A paixão e o amor podem ser celebrados
em qualquer época do ano e a qualquer hora do
dia e para exaltar esses sentimentos, iremos contar
algumas histórias de casais que superaram qualquer
preconceito para viverem juntos.
No mês de maio o Supremo Tribunal
Federal (STF) reconheceu a união estável de casais
homossexuais como entidade familiar. Os cartórios
terão de registrar o casamento civil entre eles.
foto divulgação
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As opiniões das religiões sobre a
união homoafetiva
superando
o preconceito
Cibele Gallinucci
O amor a primeira vista aconteceu nas festas de fim
de ano e continua até os dias de hoje. A radialista Márcia,
31 e a supervisora de qualidade Luciane, 35, nunca mais se
desgrudaram e provam que o sentimento que elas têm uma
pela a outra supera qualquer barreira.
Márcia conta que conheceu sua esposa em 2006
e que nessa época as duas estavam com namoradas. “Na
festa de final de ano a minha namorada da época e a da
Luciane acabaram extrapolando nas bebidas e dormiram,
Luciane começou a chorar, foi quando eu fiz um carinho
nela para consolá-la e a partir desse momento percebemos
que uma gostava da outra”.
Sobre a aceitação da família, Luciane explicou que
logo no começo do namoro Márcia foi morar com a família
dela. “Chamei minha mãe e disse que estava namorando
o Vitor e que o Vitor era a Márcia. Minha mãe no começo
pediu para não contarmos para o meu pai, pois na época
ele estava doente. Passando um tempo ele chamou a
minha mãe na cozinha e disse que estava desconfiado que
a Márcia e eu estivéssemos namorando e que eles teriam
que aceitar. Para unir as duas famílias o meu pai convidava
sempre os familiares dela para conhecer o local onde a
Márcia morava. Eles demoraram em aceitar o convite,
mas finalmente aconteceu o encontro das famílias e tudo
correu bem. Meu pai tinha realizado um sonho, após uma
semana ele faleceu, a impressão que tivemos é que ele tinha
realizado uma missão, que era deixar as duas filhas felizes, o
único pedido que nos fez foi para não nos separássemos.”
Para Márcia a aceitação foi um pouco diferente. Sua
família que mora em um dos municípios do ABC Paulista,
disse que por ela ter namorado antes uma garota que não
lhe fez bem, confundiram a Luciane era essa garota. “Faz
uns 2 anos que a minha família a aceitou e hoje a minha mãe
a apresenta como – Minha Norinha”. Conta Márcia.
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Não podemos dançar!
Para completar um ano de namoro e
agradar a namorada, Márcia e um casal hetero,
resolveram acompanhá-la ao Bar e Danceteria
DuBoiê que fica em São Caetano do Sul, SP.
Tudo normal no decorrer da noite, até que
chegou a hora de usar o banheiro, como Márcia
assumiu características masculinas, Luciane foi
com ela ao banheiro feminino e explicou o caso.
A senhora que cuida do local informou que não
haveria problema algum.
Luciane ficou na antessala a espera de sua
namorada. Durante esse tempo, testemunhou duas
garotas se drogando no banheiro, imediatamente
comunicou a responsável do local e ambas saíram
e foram para a pista de dança.
Alguns minutos depois, alguns seguranças
foram até o casal e, sem mais nem menos,
separaram as duas. Um dos seguranças pegou
a Márcia pelo cangote e forçou-a sair. Quando
as duas perguntaram o que estava acontecendo,
simplesmente disseram que elas não podiam ficar
no local. “Eu expliquei para os seguranças e para o
gerente que não estávamos fazendo nada de errado,
simplesmente estávamos dançando de frente uma
para a outra e em seguida nos levaram para fora”
relata a supervisora.
O casal informou que o gerente tinha
ouvido alguns murmúrios de que elas estavam
extrapolando e que alguns clientes reclamaram
que haviam duas mulheres no local se beijando e
solicitaram que as retirassem do ambiente.
Luciane disse que elas não estavam
se beijando e que o comportamento delas era
normal como de duas amigas, justamente para não
causarem constrangimento às outras pessoas.
Para evitar que esse tipo de preconceito se
repita Luciane e Márcia processaram o DuBoiê por
danos morais.
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A redação da revista procurou os
responsáveis da casa DuBoiê, mas eles não se
interessaram em apresentar sua versão.
CNBB repudia a discriminação, mas é
contra a lei.
Os Bispos da igreja católica afirmam que toda a
sociedade tem na família a sua base vital.
A CNBB (Confederação Nacional dos Bispos
do Brasil) disse que repudia todo tipo de discriminação
e violência que fere a dignidade do ser humano, porém
afirmam que equiparar as uniões entre pessoas do mesmo
sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a
estabilidade da mesma. (www.cnbb.org.br)
Espaço Maranata – Igreja Evangélica
Perguntamos ao pastor Douglas Vilcinskas se daria
permissão para que gays e lésbicas realizassem cerimônia
religiosa em sua igreja e por quê?
Não! Por princípio, seguimos a Bíblia como regra de fé
e prática. Não tenho nada contra homossexuais, há alguns que
até vem buscar aconselhamentos, e eu os trato com dignidade.
A situação em si é que é o problema. Como pode uma coisa
naturalmente antinatural ser natural? Não tenho preconceito.
Tenho conceito. Deus os ama também, por isso é que devemos
lutar para que eles compreendam isso. Queremos que sejam
felizes, da forma como Deus os quer felizes. Casal é um homem
e uma mulher, macho e fêmea, do contrário é um par. E as
pessoas tem um valor dado por Deus que é mais do que o
mundo inteiro. Do jeito que vai, teremos que fazer o “dia do
orgulho hetero”. Ou começar a falar sobre “heterofobia”. Isso se
tornará uma guerra. Não, não farei esses casamentos, nenhuma
lei me obrigará a isso.
www.pastordouglas.com.br
Cibele Gallinucci
O amor
“Meu nome é Luciane e sou homossexual, sou
casada com uma mulher há 4 anos”, foi assim que a
supervisora fez a sua apresentação na primeira aula de
gestão de pessoas. “A minha professora gostou e fizemos
um trabalho sobre homossexuais dentro das empresas.
Há alguns meses fui convidada pela educadora para fazer
uma iniciação científica sobre homossexualismo dentro das
empresas. E no futuro pretendemos levar para dentro das
empresas palestras sobre o tema”.
Pelo período de 4 meses a radialista que atualmente
trabalha como vendedora em uma instituição bancária foi
considerada a primeira vendedora do local. “Nas primeiras
semanas a supervisora falou que eu não teria chance de
crescer na empresa por ser homossexual, contei para
a minha esposa o episódio, Luciane teve uma reação
fantástica, me ensinou a canalizar toda a energia da minha
raiva em vendas. E foi o que fiz. Superei minhas metas
em mais de 90% e passei a frente de 6 mil funcionários
da empresa. Hoje a supervisora, diz que tenho capacidade
para crescer no trabalho”.
No dia 18 de novembro de 2010 o casal oficializou
a união estável em um tabelião de São Paulo. Antes disso,
Márcia nos contou que quando tentaram pela primeira
vez, procuraram um cartório em Ribeirão Pires, região do
Grande ABC, chegando ao local o pedido foi aceito, porém
com algumas exigências: elas deveriam entrar separadas
para que as pessoas no local não percebessem o que estava
acontecendo. Logicamente, tanto Márcia como Luciane
não aceitaram essa condição.
Sobre a nova lei e a adoção de filhos as garotas
têm o sonho em transformar a união estável em casamento
e que para terem uma criança elas querem se estabilizar
financeiramente. Para o casal não adianta adotar por
adotar e não ter as condições necessárias para criá-la.
Além do casamento em cartório Márcia e Luciane
querem também casar no religioso como qualquer outro
casal, independente da religião, contanto que fosse aceito.
“Eu gosto de frequentar a igreja evangélica. Eu acredito em
um Deus único”, conta Luciane.
Geraldo Campetti Sobrinho diretor executivo da
FEB (Federação Espírita Brasileira) disse que o Espiritismo
é uma filosofia desprovida de preconceitos de qualquer
natureza. Assim, orienta os adeptos e aqueles que lhe
são simpáticos a agirem de acordo com suas próprias
consciências. O espiritismo outorga a cada um o direito
de escolha sobre os caminhos que deva seguir, ensinando
a busca do equilíbrio e do entendimento em todas as
relações, independentemente de serem heterossexuais ou
homoafetivas”. (www.febnet.org.br)
divulgação
L ESPECIAL
Douglas Vilcinskas
Márcia e Luciane
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13
L
Um relacionamento heterossexual cheio de intercorrências
ESPECIAL
e com
Um casal que se parece
até no visual.
Cibele Gallinucci
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foto Cibelle Gallinucci
Para as pessoas que dizem que o amor de praia
não sobe a serra estão enganados, pois para esse casal o
amor subiu e também foi à primeira vista.
No final do ano passado Jhonny, 24 anos, foi para
São Vicente, litoral de São Paulo para passar o Reveillon
e também para curtir mais um pouco do estado de São
Paulo, já que sua família estava de mudança para Santa
Catarina.
E nessa passagem rápida pela praia, conheceu
Wagner também de 24 anos.“Fui com cinco amigas lésbicas
e ficamos todos juntos na mesma pousada e no dia 30
de dezembro o conheci. Minha cunhada foi quem nos
apresentou e de imediato me simpatizei com ele e passamos
a virada juntos”, lembra Jhonny.
Jhonny relembra que nunca precisou assumir que
era homossexual para a família, pois foi descoberto pela
sua mãe. Com 16 anos as suas amizades eram diferentes
para a sociedade e sua mãe acabou perguntando se ele
era homossexual e ao ouvir a resposta afirmativa do filho
questionou aos prantos o porquê de não ter revelado antes
para ela, depois pediu para que se abraçassem.
“No começo da descoberta a minha mãe solicitou
que eu não contasse para o meu pai, mas teve um dia em
que ele me viu dando um beijo e a reação dele foi a pior.
Falava que era a última coisa que ele queria. E não me
queria mais como filho, nessa hora imaginei que eu tinha
perdido o meu pai. Agora ele aceita e me acompanha há
cinco anos na parada gay de São Paulo”, relata Jhonny.
Para Wagner foi mais difícil “Minha mãe faleceu
quando eu tinha 12 anos e nessa época eu morava em uma
cidadezinha do Mato Grosso do Sul. Na cidade há muitos
homossexuais, mas, ninguém é assumido, então, resolvi
assumir e foi um escândalo na cidade, eu tinha apenas
19 anos”. Wagner contou que para esconder que era
homossexual namorava meninas, pois tinha muito medo
da reação do pai que atualmente o aceita.
Jhonny explica que até o momento somente o
Wagner conhece a sua família e as apresentações para
toda a família aconteceu justamente quando seus pais
estavam de mudança para Santa Catarina. “Minha mãe
já conversava com ele. Minha família o recepcionou
muito bem. Nós também ajudamos na mudança. Sobre os
parentes do Wagner conheço toda a família que mora no
ABC Paulista e com minha cunhada converso por telefone
sempre que posso”.
muito amor
Deborah de Oliveira
Sobre o preconceito Jhonny recorda de um fato
que aconteceu quando tinha 16 anos. “Teve uma vez que
apanhei de uma gangue e na época não pude contar para
os meus pais. Estava de mãos dadas com um garoto dentro
do trem que tinha como destino o município de Itapevi, SP,
disse que cai na escada rolante e foi a partir desse momento
que me assumi, pois eu não tinha com quem contar”.
Jhonny explicou que algumas pessoas de
determinadas religiões não aceitam a palavra namorado
e companheiro e que eles acabam falando “aquele amigo
que mora com você”.
Wagner relata que o visual deles foi mera
coincidência, pois os dois usam piercing no queixo e no dia
da entrevista estavam com o mesmo estilo e corte de cabelo.
“Às vezes eu penso em uma coisa que ele iria falar. Nós
nos completamos e ajudamos um ao outro, por exemplo, as
tarefas de casa, mas sou eu que acabo cuidando um pouco
mais e não sofremos em relação a isso”.
Sobre participar de alguma religião o casal conta
que antes de se assumirem gostavam da religião evangélica,
mas agora sofrem o preconceito e atualmente seguem a
doutrina espírita, para eles o importante é acreditar em Deus.
O casal pretende se beneficiar da nova lei que foi
aprovada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em que os
cartórios terão de registrar o casamento de homossexuais e
desejam casar até o final do ano.
Questionados se querem casar em alguma
instituição religiosa e construírem uma família disseram que
pensam em um casamento religioso e até brincam com a
questão de quem entrará vestido de noiva, mas, por pura
brincadeira.
Quanto a constituírem família afirmaram que por
enquanto são eles, um peixe, dois cachorros e a felicidade.
L
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Silvana e Douglas Vilcinskas estão casados a pouco
quando tinha 2 anos e vi que era a pessoinha mais meiga
mais de trinta anos, nesse tempo de relacionamento, como a
que já tinha conhecido, me conquistou de imediato e
maioria dos casais, tiveram muitos fatos que marcaram suas
comecei a cuidar dela. Hoje somos grandes amigas, ela e
vidas e relacionamento. Cumprem o juramento: “Na saúde,
minha filha ajudam a cuidar do pai, uma tarefa que não é
na doença, na riqueza e na pobreza ficaremos juntos!”
nada fácil...” comenta aos risos.
Douglas Vilcinskas é filho de pastor evangélico e
Hoje Douglas e Silvana ministram cursos específicos
hoje, é também pastor evangélico. Nasceu e cresceu em um
para lideranças. Sobre a ex-esposa comentam que o tempo
lar cristão, casou-se pela primeira vez com Suzana (falecida)
passou e as cabeças mudaram, durante a doença de Suzana
e tiveram uma filha. Sua primeira esposa o acompanhava
eles a visitavam e passaram o último Natal todos juntos na
em seus trabalhos da igreja e tudo parecia ir muito bem,
casa da primeira filha do pastor, “Seria tão bom se os casais
até que um dia, na frente de testemunhas ela disse para
separados pudessem experimentar isso” comenta o pastor.
ele escolher entre o Deus dele e ela. O choque daquelas
O serviço fúnebre foi oficiado por
palavras foi constrangedor, mas
Silvana, que também é pastora.
decisivo. Acabara aí seu casamento,
afinal Douglas jamais enganara
Receita do bom marido
sobre o compromisso que havia
assumido ainda jovem em seguir
e do bom pai
os caminhos do evangelho. “Tenho
um compromisso com Deus, Ele
“Realmente não existe receita, ser
vem em primeiro lugar, depois a
bom é condição de personalidade.
família, trabalho e o restante vem a
Mas o carinho, o respeito e aprender
reboque.” Comenta Vilcinskas.
a ouvir são partes da receita para um
O pastor conta que sofreu
bom relacionamento tanto como pai
preconceito por parte de outras
como marido. E ainda tem o agravante
Douglas e Silvana
igrejas pelo fato de ser um jovem
de precisar ser um equilibrista, pois
pastor divorciado: “Sofri preconceitos, não por parte da
são amores da mesma intensidade, porém com diferenças.
comunidade onde atuava, mas pela liderança das outras
Trato as três mulheres da minha vida como gostaria de ser
igrejas co-irmãs. Mas, costumo dizer que só sabe o quanto
tratado. A amizade e a cumplicidade são fundamentais.”
dói quem tem a ferida. Tinha até que ‘sequestrar’ minha
Receita de Douglas.
filha para poder vê-la. Coisas de casais...”
Vilcinskas afirma que a base para a sociedade é
Após dois anos da separação, em um acampamento
Deus, critica as novelas e outros programas que incentivam
de jovens, um amigo trouxe uma moça muito bonita e quis
o afastamento dos conceitos bíblicos. Diz também que
apresentá-la, mas Douglas estava muito envolvido com os
como qualquer casal tem suas crises, mas com o diálogo
trabalhos da igreja e evitava envolvimentos por ainda sofrer
e a experiência conseguem contornar tudo. Namoram
com a separação. Para a sorte dele, a moça, que hoje é
muito, brincam e sempre descobrem novidades um no
sua atual esposa, continuou a frequentar a comunidade,
outro. “Acreditamos que é bem melhor ficar juntos. Por que
conheceram-se melhor e um ano e meio depois estavam
haveríamos de estragar nosso amor por besteiras?” comenta.
casados. “Hoje, trinta anos depois, continuamos nos
“A festa vai começar, vou dançar até que os meus
amando. Ela é meu porto seguro, passei por uma fase de
sapatos me digam para eu parar de dançar, quando eles
transplante de fígado, dez anos de tratamento, três anos na
me disserem: para; então eu os tiro e danço o resto da
fila de espera, três cirurgias em 40 dias, um AVC, utilizei
vida descalço. Para quem já enfrentou grandes e terríveis
trinta e sete bolsas de sangue, tive duas paradas respiratórias
barreiras de saúde, posso afirmar que é importantíssimo
e ela continua ao meu lado. Se isso não for amor...”
que o casal esteja junto e crie vínculos de afeto cada dia
Silvana como moça evangélica e solteira, também
mais intensos. Não há coisa mais complicada do que
passou por muitas provações e preconceitos até conseguir
família, mas em contra partida, não há coisa mais gostosa
oficializar seu casamento. A igreja onde congregava não
como família. Uso a minha casa como laboratório para
aceitava um pastor divorciado e muito menos um segundo
poder realizar workshop para casais, intitulado ‘Como
casamento. “Tive que ouvir muitas coisas, minha família me
destruir o seu casamento’. Situações engraçadas que vivo
apoiou, mas tive que sair da igreja e fui congregar onde
no relacionamento me dão autoridade para falar sobre isso
estava o Douglas. Conheci a filha do seu primeiro casamento
de maneira bem humorada.” Conclui.
L
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15
L ESPECIAl MÊS DE JUNHO
MODA & BELEZA
&
Outono
Festa junina, tradição adquirida
Andressa Dantas
Quando “oiei” a terra ardendo/ Qual a fogueira de São João/ Eu perguntei à Deus do
céu:/ Ai, por que tamanha judiação?”
(Asa Branca – Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)
O sanfoneiro, compositor e cantor Luiz Gonzaga
é uma das maiores influências musicais contemporâneas
quando se fala em Festas Juninas, sua música com elementos nordestinos é muito utilizada nas tradicionais quadrilhas
– dança feita em pares durante as festividades.
Porém o que muita gente não sabe é que as Festas
Juninas não são fruto da tradição brasileira. Apenas se adequou aos costumes de nossa terra e hoje faz parte de um
calendário festivo religioso, mas, nem sempre foi assim.
As festas juninas são encontradas em diversas culturas, todas com suas peculiaridades, mas com um elemento em comum: a fogueira. Esse símbolo participa de todas
as festas pela celebração ao solstício de verão, como uma
homenagem aos deuses pagãos pela época da colheita, da
fartura e em agradecimento pelo o alimento que virá durante o período.
Essa festa foi cristianizada na Idade Média, transformando a data em homenagem a São João Batista, posteriormente uma lenda cristã foi disseminada entre os novos convertidos dizendo que a fogueira foi uma maneira
das primas Maria e Izabel se comunicarem para avisar sobre
o nascimento de João.
Outros costumes que conhecemos hoje em nossas
festas juninas também vieram de tradições europeias, como
a quadrilha, os balões e o mastro de São João. A quadrilha
veio da França, uma dança de salão feita em quatro pares,
muito popular em festas da aristocracia durante o século
XVIII; já os balões eram utilizados na cidade do Porto, em
Portugal, para avisar a todos que as festividades começariam, era comum soltar de cinco a sete balões por toda a
cidade; o mastro de São João é uma adaptação do “mastro
de maio”, que era erguido em festas pagãs na época da
fertilidade da terra, os casais trançavam fitas coloridas no
mastro e agradeciam aos deuses pela terra produtiva em
mais um período.
Todos os elementos festivos relacionados às festas
juninas possuem origens pagãs e após a cristianização da
festa ela não poderia deixar de existir, pois dessa forma a
igreja perderia os novos fiéis, que já estavam acostumados
com as tradições.
Mas de qualquer forma, não há como deixar de
admitir que após esses elementos chegarem ao Brasil tomaram ainda uma nova roupagem. A festa foi adaptada,
reformulada, sem perder os elementos tradicionais, mas
acrescentando ainda a personalidade do povo. Fortemente
popularizada no Nordeste do País a festa utiliza-se até hoje
de pratos feitos de milho, aqui utiliza-se de bebidas quentes
como o vinho quente e o quentão.
Como as festas realizadas no sertão não possuíam
uma classe aristocrática, temos nossa quadrilha tipicamente brasileira, onde as roupas finas foram substituídas pelos
tecidos de chita e cantigas próprias, marcadas nas marchinhas, para facilitar a dança. Nessa época do ano facilmente encontramos em praças de igrejas as quermesses com
muita comida típica, danças e muita música, que de uma
forma bem brasileira, ainda continua pedindo a fartura sobre a colheita: “Quando o verde dos teus ‘óio’ se espaiar
na ‘prantação’, eu te asseguro, não chore não, viu, que eu
‘vortarei’, viu, meu coração”.
L
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16
14
L
As estações mais elegantes do ano chegam e os
casacos, echarpes e luvas começam a abandonar o guardaroupa para desfilarem nas ruas e esse período exige muita
criatividade no visual, pois unimos a beleza com a proteção
do frio.
Muitas pessoas pecam no visual achando que
nessa época tão gelada podem agregar vários acessórios na
aparência, deixando assim a impressão de um ar carregado
e deselegante. E para não fazermos feio nas passarelas
das avenidas do Brasil a Consultora de Imagem, Leca
Calvi, ensina como ficar elegante com acessórios simples e
bonitos.
Linha Fina: Quais são os acessórios mais indicados
para usar nesta estação e como usar?
Leca Calvi: As principais tendências são as luvas em
couro, botas com saltos de madeira, peles que podem vir
em golas, acabamentos de botas, sapatos, bolsas e detalhes
de roupas, além de echarpes e chapéus.
LF: Qual o tamanho mais aconselhável para o uso das
echarpes e quais são as cores mais recomendadas?
LC: Não existe regra para o tamanho das echarpes e a
cor vermelha é o grande destaque da estação junto com
o animal print, para as mulheres mais discretas, usar essa
cor e esse tipo de estampa em acessórios como bolsas e
echarpes é uma maneira de estar na moda, sem abusar da
tendência.
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Inverno
com elegância
pelas ruas
Cibele Gallinucci
LF: Chapéu é um acessório que é usado tanto no
verão como no inverno. Quais são os chapéus mais
usados no frio?
LC: Para o inverno, as boinas em lã, feltro e até mesmo em
crochê podem ser uma excelente opção para “esquentar a
cabeça”, neste inverno. Outra tendência é o chapéu Fedora
que pode vir em padronagens clássicas como xadrez, pied
coq ou lisos.
LF: Nas mulheres, o que podem acompanhar os
cachecóis? Nos homens, existe uma maneira correta
de usar? Quais os tons mais utilizados?
LC: Para as mulheres, os broches podem ser um excelente
complemento e acabamento para os cachecóis, para os
homens, o ideal é ficar nas padronagens clássicas como
xadrezes, listras etc...
LF: Como usar uma gola alta de maneira elegante?
LC: A gola alta pode trazer charme e elegância e ficam
bonitas sob camisas e blazers. Ela não é recomendada às
pessoas com pescoço curto.
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MODA & BELEZA
Tratamento une
beleza
e autoestima
divulgação
LF: O cachecol é uma das primeiras peças a ser
usada nesta época, mas muitas pessoas colocam sem
estar atentas aos cuidados do visual. Como usar um
cachecol de maneira correta e visualmente bonita?
LC: Assim, como as echarpes o cachecol deve ser usado
em cores harmônicas com o resto do visual, por exemplo,
em tom sobre tom. Evite usar com golas muito volumosas.
Para as mulheres com muito busto, procure usar echarpes
de cachecóis em tecidos ou tricots leves.
LF: Quais as principais dicas sobre as roupas do
Outono/Inverno? E quanto aos acessórios?
LC: Aproveite o inverno para montar looks mais sofisticados
e elegantes. Abuse das alfaiatarias, chapéus, luvas e
echarpes. Cuidado para não abusar das peles, use-as com
parcimônia. Apesar de a estação ser a mais fria do ano, o
Brasil é um país tropical.
É bom não sentir frio. Ter um cobertor gostoso
na hora de dormir ou uma boina que pode nos esquentar
durante o dia. Mas, infelizmente temos muitas famílias
espalhadas no país que não podem aproveitar dessa
mesma oportunidade. Por isso, vamos esquentá-las através
de um gesto simples e elegante: doe um agasalho em boas
condições para alguma instituição da sua cidade. Assim
você esquentará não somente o corpo, mas, também o seu
coração e o de quem receber.
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Para as pessoas que estão em tratamento de quimioterapia a Payot criou um curso de maquiagem para
minimizar a depressão, elevar a autoestima e a qualidade
de vida dos pacientes.
Maria Paulina Kwasniewski, gerente do CAESP Centro Avançado de Estética Payot - explica que para as
pessoas em tratamento a maquiagem não é específica, mas
pessoal. O curso ensina as mulheres a cuidarem da pele,
limpado-a com produtos sem álcool, e mostrando ao paciente quais as tonalidades de batom, sombras e blush mais
adequadas à sua pele.
Os profissionais ensinam além da automaquiagem
e dos cuidados cotidianos com a pele, o uso adequado de
acessórios como chapéu, lenço e perucas, que ajudam a
valorizar o visual e gerar um efeito positivo nos resultados
da recuperação terapêutica oncológica.
Esses cursos não têm custo algum e eles são programados em parceria com as instituições. A própria instituição organiza as turmas interessadas e a Payot participa
com os profissionais e os produtos.
“É o caso do trabalho que desenvolvemos em parceria com a Casa Hope (que hospeda familiares de crianças
com Câncer que moram em outras cidades e que estão em
tratamento em São Paulo). Durante o período que estão
fora de suas cidades, em acompanhamento ao filho doente,
a Payot e a Casa Hope mantém uma sala de aula para vários cursos, entre eles maquiagem e manicure” comentou
Maria Paulina.
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L
Dicas do maquiador
divulgação
O maquiador Ronaldo Concheta da Payot passa algumas
dicas práticas, rápidas e fáceis para mulheres e homens
que estão em tratamento de quimioterapia
- É importante ter o diagnóstico preciso de um
dermatologista e oncologista, que não contra-indique o uso
de cosméticos.
- No tratamento sejam homens ou mulheres ocorre
a queda dos pêlos. O uso de acessórios e uma maquiagem
discreta nessa fase vão garantir elegância e sofisticação
- Para os homens existem boinas, bonés, chapéus.
Para os mais vaidosos próteses capilares.
- Para as mulheres a variedade é maior seja nas
opções de cores e variedades, tem lenços, boinas, chapéus
e as perucas de fios naturais que podem ser encontradas na
mesma cor e corte ficando com aspecto bem natural.
- A higienização da pele que é o limpar, tonificar
um hidratante com FPS (Filtro Protetor Solar) é super
importante tanto para os homens como para as mulheres,
pois o uso dos medicamentos causam o ressecamento da
pele do rosto e corpo, vale também o uso de um hidratante
corporal.
Para a cobertura da pele:
- Base líquida ou hidratante tonalizado, distribua
na testa, nariz, queixo e laterais do rosto e espalhe para que
fique uniforme.
- Na área dos olhos pode até dispensar a sombra,
mas o uso de um contorno seja um lápis ou delineador dará
um olhar mais expressivo. Em alguns pacientes a queda
dos cílios será inevitável, aposte em cílios postiços, existem
modelos simples e discretos. Se não houver a queda, a
máscara de cílios é indispensável.
- Blush vai ser o coringa dessa maquiagem! É ele
que dará o ar natural e saudável. Se durante o tratamento
a pele ficar amarelada evite os tons de blushes pêssegos e
alaranjados, pois irão acentuar mais o amarelado. Para não
errar prefira os tons rosados e amarronzados.
Serviço:
Maquiador e Cabeleireiro
Maquiagens e cabelos artísticos e sociais
Ronaldo Concheta
Contato: [email protected]
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Serviços:
Para as pessoas interessadas em fazer o curso
devem procurar a assistência social do hospital,
para informações das datas.
O curso é gratuito, assim como as maquiagens
ultilizadas durante o mesmo.
Centro Avançado de Estética Payot
Rua: Borges Lagoa, 913,
Bairro Vila Clementino, SP.
Tel: 11 5081-7790
www.payotprofissional.com.br
Casa Hope - Apoio à criança com câncer
Rua: Alameda dos Guaianumbis, 1027,
Planalto Paulista, SP.
Tel: 11 5056-9700
www.hope.org.br
L
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L TURISMO
fotos divulgação
Passeio a bordo de iate pela
Costa Amalfitana
romantismo
oferece todo
aos enamorados
italiano
Redação
Com um quê rústico, uma atmosfera mediterrânea
e uma bela vista dos rochedos, a Costa Amalfitana é cercada
por um mar totalmente azul e praias rochosas, cenário dos
sonhos para vivenciar o Dia dos Namorados.
A viagem começa por Nápoles, onde é possível
vislumbrar as ruínas de Pompéia, cidade extinta pelo
vulcão Vesúvio. Depois o roteiro visita as ilhas de Ischia e
Capri e as cidades de Sorrento, Positano, Praiano, Amalfi
e Vietri Sul Mare, onde os viajantes têm a impressão de
estarem dentro do cenário de um filme romântico. A Itália é
um destino muito procurado pelos casais, pois seu passado
histórico inspira o clima de romance e paixão, e o passeio a
bordo de um iate ainda possibilita total privacidade a dois.
Esse destino propicia experiências indescritíveis.
Em Capri, por exemplo, há um conjunto único, com
vegetação exuberante, águas extremamente azuis que
desliza de encontro das falésias, a privilegiada vista dos
golfos de Sorrento e de Nápoles, além da Costa Amalfitana
ao fundo.
Na ilha de Capri os viajantes gostam de visitar as
lojas de grifes como a famosa Cartier, as lojas de cerâmicas
da região e de apreciarem a gastronomia local além de
se encantarem com os belos jardins e para os turistas que
preferem o passeio ao luar, a noite italiana em Capri é bem
procurada pelas suas discotecas.
Para os apaixonados pelo mar, outro passeio
muito requisitado pelos viajantes é a visita a Gruta Azul
em Capri, que só é possível com um barquinho. Dentro da
caverna, por volta das 12h00 locais, entra um feixe de luz
que ilumina a água azul transparente da caverna.
Durante a viagem os hóspedes têm total liberdade
para visitarem os locais em terra e decidir seu roteiro,
podendo escolher se desejam permanecer mais tempo em
um local ou em outro.
O embarque dos passageiros é realizado em
Nápoles. A melhor época para viajar para o destino é de
junho a setembro.
Serviço:
www.regatta.com.br
Telefone: (11) 3037-7000
44
20
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Carteira de Estudante Internacional
oferece vantagens
e descontos exclusivos
para
estudantes.
Conhecida por seu completo trabalho em
intercâmbio e turismo jovem do país, a CI oferece aos
estudantes que pretendem viajar ao exterior, uma vantagem
a mais. A empresa é responsável oficial da Carteira de
Estudantes Internacional, a ISE Card – International Student
Exchang, que oferece descontos em mais de 90 países, em
hotéis, albergues, restaurantes, tours, museus entre outros.
Para adquirir a ISE Card é necessário que o viajante
esteja cursando o ensino fundamental, médio ou superior,
pós-graduação, mestrado ou MBA, desde que reconhecidos
pela Secretarias Estaduais da Educação ou pelo MEC. Para
adquiri-las é preciso ir até uma loja CI com uma cópia do
documento de identidade, o comprovante de escolaridade
e uma foto 3X4.
Para desfrutar dos benefícios da ISE Card é
necessário fazer a validação da carteirinha, feita pelo site,
além de encontrar todas as opções de serviço de desconto.
Segue alguns lugares com desconto
França/ Torre Eiffel - 20% de desconto para estudantes
menores de 25 anos.
Espanha/ Barcelona - na compra de um drink, o segundo é
grátis no Tablao Cordobes.
Itália/ Roma - até 20% de desconto no aluguel de bicicletas.
Nova Zelândia/ Wellington - até 25% de desconto na
massagem deluxe ou facial no Bodyhaven Spa.
EUA e Canadá - até 20% de desconto na melhor tarifa
disponível nos Hotéis Knights Inn.
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As férias do meio do ano estão chegando e
algumas pessoas ainda não escolheram o destino da
viagem, há várias formas de aproveitar esse período.
Os jovens e adultos podem fazer um curso de
idiomas, para aqueles que também querem agregar
ao currículo cursos diferentes, há possibilidade
de fazer um curso de idioma junto com um curso
especial como artes, cinemas entre outros. E para
os viajantes que estão à procura de uma experiência
profissional no exterior há também os trabalhos de
férias em lugares como parques aquáticos, estações
de ski entre outras.
No mês de junho e julho sugerimos a seguinte
opção:
Monkey Project & Kruger Tour.
África do Sul
Projeto realizado com macacos onde os
voluntários realizam atividades como construção de
viveiros, preparação de alimentos, acompanhamento
de grupos de turistas, reabilitação e até reintegração
desses animais à natureza.
Passeio de 5 dias, onde os participantes
irão conhecer o Kruger Nacional Park, participar
de picnic, parada no mirante “Three Rondavel”,
acampamento, “game drive” onde terão
oportunidade de ver diversos tipos de animais e até
um “game drive” noturno.
2 semanas no Monkey Project: acomodação
para casal +alimentação + transfer inclusos.
Tour após o projeto: 5 days Kruger Tour:
Acomodação em acampamento (barracas)
+ refeições de acordo com o descritivo
Serviço:
www.ci.com.br
Telefone: (11) 3677-3600
L
21
L GASTRONOMIA
A arte de criar e adaptar
sabores
fotos divulgação
Andressa Dantas
Chef Andre Costa prepara cardápios personalizados para os românticos
Com uma trajetória profissional firmada pelo
militarismo, o Chef Andre Costa é formado em engenharia
pela Academia Militar das Agulhas Negras. A tradição
militar veio por parte da família, acabou seguindo os passos
do pai, porém, a paixão pela gastronomia sempre foi algo
presente em sua vida e jantares informais para amigos e
familiares sempre foram liderados por ele.
Após deixar a carreira militar de lado foi em busca
de aprimorar seus conhecimentos gastronômicos. Viajou
para a Grécia e lá firmou seu amor pela magia dos temperos
e combinações inusitadas de alimentos.
Foi o responsável por levar à região do Grande
ABC um restaurante grego contemporâneo com adaptações
das receitas ao paladar brasileiro. Atualmente está com dois
novos projetos de adaptações gastronômicas, resultado do
ótimo desempenho e críticas positivas aos pratos criados
anteriormente.
Um de seus trabalhos recentes é extremamente
inovador e mescla a arte gastronômica com a arte musical,
literária e teatral. Uma surpresa que deixará os olhos,
ouvidos e paladares dos frequentadores com “gostinho de
quero mais”.
“É um bar que inaugurará ainda esse ano, em São
Bernardo do Campo, a proposta do bar é toda envolvida na
vida de um compositor, autor e ator que teve seu auge nos
anos 40 e 50, considerado um ícone do ‘samba’ paulista.
Pesquisei todas as letras de suas músicas e as comidas
que eram servidas nos botequins da época, para assim,
criar um cardápio que fosse condizente com a proposta,
porém, adaptado para os dias de hoje. Ficou extremamente
diferente, cada prato traz em seu nome algum título de
música ou parte das letras”, explicou o Chef.
O segundo projeto liderado por Costa é uma
casa diferenciada de Parrilla Argentina, que também será
inaugurado nesse ano, no coração de Perdizes, próximo aos
tradicionais bairros da Pompéia, Alto da Lapa, Pinheiros e
Pacaembu.
“A casa tem um clima de chácara, com muitos
jardins e caminhos. A parrilla será para ninguém botar
defeito e terá uma cave com rótulos argentinos, é claro, mas
também muitos outros que se harmonizarão com os pratos
que tem base em cortes nobres de carne argentina. O espaço
terá uma pegada bem jovial, com músicas portenhas e os
modernos tangos eletrônicos, sem perder de vista a tradição
musical difundida por Carlos Gardel. Um ótimo lugar para
ir com amigos, família, reunião de negócios e passar ótimos
momentos. Vale a pena conferir a inauguração”, finalizou.
Confira as criações do Chef André Costa
La Recoleta Parrilla
Rua Caiubí, 155 – Perdizes – SP
Dentro de um espaço aconchegante o público poderá curtir boa música, os cortes
especiais de carnes além de uma cave com mais de 100 rótulos, que fica no subterrâneo
da casa, que é tombada pelo patrimônio histórico paulista.
Amanda Souza
Já a outra casa ainda é uma surpresa para o público. Tem previsão de inauguração
também em 2011, e será uma grande homenagem a um dos maiores sambistas
paulistas. A casa já tem endereço garantido: Avenida Kennedy, em São Bernardo do
Campo – SP.
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Para os casais que desejam comemorar o Dia dos
Namorados em casa com muito romantismo, o Chef André
Costa preparou uma sugestão simples e muito saborosa
para os apaixonados de plantão, confira:
Entrada - Creme de Aspargos
Tempere os medalhões com sal e pimenta a gosto,
coloque os pedaços para fritar (selando) na manteiga sem
sal até que fique dourada. Na outra frigideira coloque a outra porção de manteiga e frite o shitake, flambando com o
conhaque, acrescente o creme de leite fresco e deixe reduzir
a ponto de creme por fim acrescente o queijo parmesão.
Quando o creme estiver consistente, coloque as carnes no
creme para que ganhe o gosto. Faça um arroz simples refogando o alho e a cebola na manteiga, frite o arroz e adicione água suficiente para o cozimento, acrescente o açafrão
na água e misture homogeinizando.
Sobremesa - Balounet de Chocolate
5 aspargos médios em conserva picados
Sal a gosto
1 caixinha (200 g) de creme de leite light
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 dentes de alho
2 xícaras (chá) de leite desnatado
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
. 400 g de chocolate meio amargo
. 2 bexigas de gás
. 1 pacote de frutas vermelhas congeladas
. 100 g de açúcar
. 20 ml de licor contraux
. 3 ovos
. 2 colheres (sopa) de açúcar
. 1 lata de creme
Bata no liquidificador os aspargos, a farinha de trigo e o leite até obter um creme e reserve. Descasque o alho,
corte em lâminas e coloque-o numa panela com o azeite de
oliva. Leve ao fogo e refogue até dourar. Incorpore o creme
de aspargos e cozinhe sem parar de mexer, por 8 minutos.
Adicione o creme de leite e, assim que ferver, acerte o sal.
Retire o creme do fogo, distribua-o nos pratos e, se preferir,
decore com pedaços de aspargo e pimenta rosa.
Encha as bolas com água, derreta 200 g do chocolate meio amargo em banho maria, quando estiver derretido mergulhe as bolas com água para que se forma uma
casca de chocolate em seu entorno.
Calda de frutas vermelhas. Derreta o açúcar
incremente com as frutas vermelhas coloque o contreau até
borbulhar e reserve.
Prato Principal - Medalhão de Mignon ao molho de
Shitake e Arroz de Açafrão
. 2 Medalhões de Filet Mignon com cerca de 250 g cada
. Sal a gosto
. Pimenta do reino a gosto
. 80 g de cogumelo shitake fatiado
. 100 ml de creme de leite fresco
. 20 g de queijo parmesão ralado
. 20 ml de conhaque
. 1 xícara de arroz
. 10 g de açafrão em pó
. 10 g de alho picado
. 10 gr de cebola picada
. 100 g de manteiga sem sal
. 2 frigideiras grandes e rasas
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Mousse:
Separar as claras e as gemas;
Em um prato bater com garfo as gemas e logo em seguida
juntar o açúcar;
Derreter o chocolate no microondas, na vasilha onde vai
ficar a mousse, por cerca de 2 minutos em potência média
Mexer o chocolate para terminar de derreter;
Bater as claras em neve (quanto mais batidas, mais aerado
vai ficar a mousse);
Misturar todos os ingredientes e levar à geladeira;
Para incrementar, pode misturar gotinhas de chocolate e
colocar por cima também.
Quando frio esvazie as bolas e deixe somente a
casca de chocolate, encha-as com a mousse e sirva com a
calda de frutas vermelhas por cima.
L
23
L ENTREVISTA
ESPECIAL:
Medicina no Brasil
Entrevista com o ex-ministro
Francisco Rezek
Deborah de Oliveira
Um pouco sobre o ex-ministro
Considerado um dos maiores juristas do país
Francisco Rezek graduou-se em Direito pela Universidade
Federal de Minas Gerais, em 1966, doutorou-se em Direito
Internacional Público, em 1970, pela Universidade de Paris,
e, mais tarde, concluiu pós-doutorado na Universidade de
Oxford, Inglaterra, onde foi eleito Honorary Fellow.
Começou a sua carreira como Procurador da
República, em 1972, após passar em concorrido concurso
público. A partir de setembro de 1979 exerceu a função de
Subprocurador-Geral da República e foi nomeado Ministro
do STF (Supremo Tribunal Federal), em 1983, com apenas
39 anos de idade – o mais novo da história do país! Durante
a sua trajetória profissional presidiu, também, o Tribunal
Superior Eleitoral - TSE, entre 1989 e 1990, renunciando
ao cargo para assumir o Ministério das Relações Exteriores
período no qual o Brasil preservou a sua política de ‘não
alinhamento’, abriu-se ao comércio exterior, liderou,
no plano regional, a criação do Mercosul e preparou a
“Conferência do Rio de Janeiro” sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento .
Em 1992 foi novamente nomeado para o STF e
se aposentou em 1997 quando foi eleito para um mandato
de nove anos no Tribunal Internacional de Justiça das
Nações Unidas (Corte da Haia). Hoje exerce atividades
profissionais, em São Paulo e Brasília, como advogado
e consultor jurídico, além de arbitragens internacionais
através do seu escritório, no bairro do Itaim Bibi, em São
Paulo-SP, de onde comanda a sua equipe.
www.franciscorezek.adv.br
Rua Dr. Renato Paes de Barros, 717 – 8º andar
Itaim Bibi – São Paulo – SP – 04530-001
Telefone: (11) 3079-1711 / FAX: (11) 3079-1716
24
Se o cidadão brasileiro se ressente pelo mau
atendimento médico e dos planos de saúde, pela falta de
vagas em hospitais e a demora na marcação de consultas
por outro lado os médicos também sofrem com o excesso
de trabalho, convênios ruins, falta de estrutura nos hospitais
e a reivindicação por plano de carreira digno.
Para discutir tudo isso e também uma série de
outras questões afetas aos direitos humanos é que a Revista
Linha Fina ouviu uma autoridade no assunto: o ex-ministro
Francisco Rezek que, como era de se esperar, foi brilhante
em suas colocações:
Linha Fina: Dr. Rezek, como o senhor visualiza a
situação da carreira médica e os problemas que são
transferidos para a população?
Francisco Rezek: Venho de uma família de médicos, fui
o único a tomar um caminho diferente. Minha intenção era
seguir a tradição familiar, mas na última hora decidi pelo
Direito.
Quanto à questão do Plano de Carreira Médica,
acredito que a categoria ainda está caminhando na direção
da elaboração da Lei para regulamentação do salário
mínimo, ou piso salarial do profissional médico.
Há alguns anos dei um parecer favorável para o
STF em um caso envolvendo um interesse semelhante da
comunidade dos Engenheiros. Na época a associação dos
Engenheiros ficou bastante reconfortada com este parecer.
No caso dos médicos, ao que me parece, nesse
momento, é necessário o empenho na produção legislativa
que dê cobertura a uma categoria importantíssima.
Uma curiosidade na cultura brasileira é que, por
parte dos empregadores e também por parte do Estado,
existe a ideia de que determinadas categorias deveriam
trabalhar por sacerdócio em troca de nada ou em troca de
muito pouco.
Tenho acompanhado, sobretudo, a problemática
dos Músicos, dos produtores de música, autores,
compositores e intérpretes, já que a todo o momento temos
um incidente por conta de instituições no meio televisivo,
radiofônico, hoteleiro, no meio promocional etc, que
continuam convencidos de que os músicos não devem
ganhar pelo que fazem. Infelizmente há ainda no Brasil
muitos juízes que acreditam nisso; que raciocinam como
se dissessem que Wolfgang Amadeus Mozart, que no seu
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tempo, viveu na pobreza, morreu na miséria e foi enterrado
em uma vala comum, então por que os músicos do Brasil de
hoje querem ter um destino melhor, é mais ou menos essa
a ideia. Ouvem-se disparates de todo o tamanho pela voz
de empregadores do meio das comunicações de massa que
utilizam a música como matéria prima e muitas decisões
judiciais foram verdadeiros descalabros. Mas quase sempre
corrigidas ao nível do Tribunal Superior de Justiça.
Creio que esse tipo de infelicidade vem acontecendo
à classe médica e, sem dúvida alguma, a população recebe
o reflexo disso.
LF: Alguns médicos comentam que têm sua autonomia limitada para marcar cirurgias e exames, por
exemplo, os convênios liberam um determinado número de cirurgia para uma especialidade por mês,
porém existem mais casos com a mesma necessidade do que o previamente aprovado. Vários médicos
são obrigados a fazer escolhas e ainda administrar o
problema com os pacientes. Qual sua opinião sobre
isso?
FR: Isso é uma lástima, não é assim que se trabalha eu fico
imaginando o que pode acontecer. Veja bem, eu me lembro
de como fiquei indignado com um episódio, quando tinha
entre 14 ou 15 anos. Ia para Belo Horizonte para prosseguir
meu curso científico do colégio Arnaldo e, na tomada do
ônibus do Sul de Minas dois passageiros discutiram com
o motorista por uma razão qualquer, ao ponto de deixar o
motorista em uma situação de stress na hora de empreender a viagem. E eu me dizia, mas isso é uma loucura total!
Esse homem precisa de calma e serenidade para começar
a dirigir esse ônibus em segurança. De modo que a companhia, primeiro comete um erro em não deixar outra pessoa
ali para discutir com um passageiro que goste de criar caso,
e esses passageiros cometem um erro clamoroso ao deixar
o motorista acuado e tenso na hora de viajar.
Tudo aquilo que desestabiliza o profissional que
precisa da sua segurança científica, mas também da sua serenidade, do seu sangue frio para realizar o seu trabalho
e, não há exemplo mais claro dessa necessidade do que o
médico, não só o cirurgião, mas o médico em geral, é extremamente nocivo ao bom andamento do seu trabalho na
relação médico/paciente.
E com a sociedade, decididamente, não pode dar
bons frutos.
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LF: O senhor acredita que essa pressão exercida sobre os médicos pode provocar um número maior de
erro médico?
FR: Eu sei que em algumas sociedades existe advocacia especializada no processo por erro médico, creio que entre
nós isso está começando, porém, sei de uma série de casos
isolados onde o problema não é culpa do médico, como as
circunstâncias hospitalares do sistema público, e o excesso de trabalho para o número reduzido de profissionais da
medicina. Mas, quando se trata de erro médico, já que o
ser humano é falível, mesmo sendo pela inexperiência do
profissional de medicina, a maneira de reagir não creio que
seja o processo, muito menos o escândalo com a chamada
de certo tipo de mídia e, sim, a exigência do trabalho feito
correto por quem esteja ali em associação com aquele profissional ou em alguma posição de superioridade em relação a ele, até porque há uma profunda falta de lógica neste
tipo de reação, afinal de contas o que interessa primordialmente a cada uma das partes interessadas é a preservação
da saúde. E, penso, que para algumas pessoas, o que elas
querem é alguma outra coisa que não a saúde, talvez dinheiro ou os famosos quinze minutos de glória. Não é assim
que se procede.
LF: O senhor já utilizou o serviço médico do SUS?
Fora do Brasil utilizou algum serviço público de
saúde? Como foram essas experiências?
FR: O serviço do SUS nunca utilizei, mas na Holanda sim
enquanto estive na Corte da Haia, como também na França,
em Paris, antes disso na Inglaterra como estudante de pós
doutorado, no final dos anos 70. Na Inglaterra sei que a
medicina pública enfrenta crise, sobretudo nos últimos
anos. Naquela época as coisas eram um pouco melhores,
mas como eu estava na cidade de Oxford, uma cidade
menor, a comunidade era mais organizada e as coisas
funcionavam melhor. Assim sendo, foi possível estabelecer
um laço de amizade com os profissionais da medicina
pública que me assistiam, éramos eu, minha mulher e
três filhos, achei bastante boa a assistência recebida. Na
França nunca tive queixas, enfim, de qualquer maneira,
como medicina pública, é de longe a melhor da Europa, na
25
L
ENTREVISTA
Suíça pode se encontrar algo melhor, mas a preço muito,
muito elevado. A da Holanda me pareceu fraquíssima, o
sistema não funciona, ou há uma espécie de achatamento
por baixo, pelo seguinte, o modo como a sociedade
holandesa e o sistema universitário holandês funcionaram
nas últimas décadas, fez com que a vocação para medicina
fosse desincentivada. Isso é um desastre quando acontece
em qualquer sociedade, criar-se uma situação tal, e quase
sempre por culpa do Estado, em que jovens que em outras
circunstâncias quereriam tomar o caminho das ciências
médicas acabam desistindo.
Eu tive a nítida impressão nesses anos de Holanda
de que o que aconteceu foi isso, as pessoas se convencem
de que é mais vantajoso ir para os bancos, ir para o parque
financeiro ou outras profissões que são relativamente interessantes em países como aquele. Por exemplo, a tecnologia
de ponta, certos ramos da Engenharia e mesmo o Direito,
porque a carreira jurídica ainda é compensadora na maioria
dos países do mundo, o que não acontece para a Medicina.
A sensação que tive é que o número de médicos na Holanda
é inferior às necessidades, embora todos estejam cobertos
por uma forma de seguro social que dá direito a medicina
pública, o fato é que ela funciona de modo precário. Dou-lhe
um exemplo, durante o meu mandato na Corte da Haia, a
mulher de um dos juízes teve o seu diagnóstico feito pelos
médicos locais e foi dito que ela precisava de uma cirurgia
cardíaca imediatamente, mas que havia uma fila de 18 meses para o agendamento. Ele, perplexo e indignado, falou:
mas o senhor disse que ela precisa ir para a mesa de cirurgia
agora... O que o senhor sugere que eu faça? Responderam:
saiam daqui, procure outro lugar. Ele foi para a França e lá a
moça foi operada. O que acontece hoje em alguns países do
hemisfério norte e a Holanda, é que nem pagando se consegue uma boa medicina. Não era uma questão de pagar ou
não pagar. O sistema não funciona, a Medicina é toda ela
pública e foi de tal maneira banalizada que há naturalmente
filas intermináveis para tudo. E, não há como contornar isto
dentro do próprio país, é preciso sair dele.
LF: Então nosso SUS é melhor que a Medicina
pública da Holanda?
FR: Houve uma época, estava mais ou menos no meio do
meu mandato, quando vim a São Paulo fazer exames médicos e saiu numa coluna social de um jornal renomado,
um comentário meu dizendo que a Medicina era a que se
encontra no Brasil e não a da Europa, e que não havia Medicina que rivalize com a nossa. Para muitos, dependendo
da corrente política que pertença, a Medicina brasileira é de
excelente qualidade para quem pode pagar e a Medicina
pública é extremamente insatisfatória e o sistema hospitalar público é desumano, isso não é muito exato. Eu tenho
razões para crer que mesmo a pessoa extremamente pobre e dependente 100% dos recursos da Medicina pública,
tem nos casos de maior seriedade uma assistência correta,
já houve gente até mandada para o exterior por conta da
Previdência Social. O que anda muito mal entre nós, e aí
por obra óbvia dos governantes, é a Medicina pública no
trivial simples, a Medicina pública não dá conta das pessoas
pobres que no dia a dia por conta dos problemas menos
originais ou menos graves recorrem ao sistema. É verdade
que há também nessa imensidão do trivial simples, casos
graves que acabam se perdendo no conjunto e produzindo
a morte do paciente por falta de um sistema de triagem
que nos hospitais públicos identifique aquilo que deve ser
tratado imediatamente e em condições de maior cuidado.
LF: Muitos hospitais e clínicas têm contratado médicos e residentes estrangeiros, com isso, nossos
médicos perdem espaço e talvez a população perca
qualidade, pois há relatos de estrangeiros e mesmo brasileiros que, sem se quer estarem matriculados no curso de Medicina, serem contratados
como médicos. O que fazer para impedir que
isso continue acontecendo?
FR: Eu acho que nós não deveríamos impedir a
entrada dos mais qualificados, porque veja bem, se
há documentação falsa ou qualquer tipo de fraude,
isso é um caso de polícia, que deve ser tratado com
seriedade. Agora, acho perfeitamente razoável e até
exemplar que o Brasil acolha jovens de outras nacionalidades sobretudo de países vizinhos, que não possuem um
sistema de ensino médico como o nosso para proporcionar
a eles, em base de competição e não por força de convênio, não pelo sistema do paraquedas que sempre foi uma
coisa execrada pelos estudantes universitários brasileiros,
mas pelo mérito e pela competição. Na medida em que
jovens de países vizinhos mais pobres, mas onde há sem
dúvida talentos, possam chegar aqui para fazer aquilo que,
por exemplo, alguns brasileiros fazem nos Estados Unidos:
chegam lá e, sem nenhum favor, sem nenhuma espécie de
apadrinhamento competem com os locais e fazem lá o seu
aprendizado em condições de brilho e voltam para cá.
Se pudermos numa base de livre concorrência e
competição pelo mérito, abrigar nas melhores universidades brasileiras, alguns dos jovens mais brilhantes de países
vizinhos onde não há um bom curso a ser frequentado e,
que depois se orgulharão a vida inteira de terem feito o
curso médico no Brasil, isso só nos engrandeceria e colaboraríamos com a unidade continental, mas sempre à luz
da ideia que é também a política de diversos governos de
nações da Europa, que conseguem bolsas de estudos e de
algum modo acolhem, na medida em que podem fazê-lo,
os estudantes estrangeiros, contanto que ao término de seus
estudos voltem imediatamente aos seus países de origem
fazendo lá, aquilo para que foram treinados no Brasil, já
que não podiam ser treinados corretamente lá mesmo. Essa
é a única razão do nosso interesse em treiná-los.
Sendo assim, eu acho que seletivamente, insisto
nisso, seletivamente, podemos contribuir com a formação
desses jovens.
“...a Medicina pública não dá conta das pessoas
pobres que no dia a dia recorrem ao sistema...”
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L
ENTREVISTA
fotos marcio Siggia
LF: O senhor é contra as cotas?
FR: A filosofia da cota é, em si mesma, algo patológico,
porque na medida em que se entenda que por tais ou
quais razões de índole nacional, racial ou de índole
histórica, por qualquer razão desse mundo se impede que
a livre competição pelo mérito, que sempre caracterizou
os exames, desde os exames de admissão que as crianças
faziam aos 10 anos para entrar no ginásio até o vestibular.
Se, se abolir isso, instituindo cotas em nome de qualquer
desses argumentos que justificam aqui e ali a cota, e
parte-se para adoção da cota em matéria de ingresso na
universidade, ou de ingresso na função pública, ou seja lá
o que seja, o resultado é que por coerência nós deveríamos
adotar a cota também para a avaliação do rendimento e,
quem sabe se amanhã como professor universitário eu não
vou receber um bilhete da direção dizendo: Olha, a cota de
aprovação é tal. Tantas aprovações tem que ser pela cota.
Aí os empregos terão que ser pela cota e não tem validade.
LF: A prova do ENEM tem classificado alunos de
todo o país e os remanejado para Universidades públicas onde haja sobra de vagas, independente do
local de origem do aluno. O que pensa sobre isso?
FR: Eu acho que o Brasil tem sofrido muito com a concentração e, tudo aquilo que dê unidade ao exercício, enfim, das responsabilidades do Estado em matéria de saúde,
qualquer que seja o ponto do território nacional em que se
encontre é extremamente positivo, veja, isso já acontece em
outros países, o estudante não tem nada que achar ruim
pelo fato de ser mandado a estudar em um lugar bom que
não seja aquele onde mora. Nas carreiras jurídicas, que são
consideradas as carreiras de grande qualidade e privilégio,
alguém passa no concurso para juiz federal, e não tem escolha... Ah quero estar em São Paulo porque aqui está minha família, quero estar em Belo Horizonte porque lá tenho
casa, quero estar no Rio de Janeiro porque a cidade é bonita... Nada disso, ele é mandado para Teresina, é mandado
para Imperatriz, para Campina Grande, para lugares às ve-
28
“... A todo o momento a corrupção, da qual
o país nunca se livrou, assola também o
setor da saúde pública e, é penoso...”
LF: Para a criação das leis que envolvem a saúde,
não seria interessante que os legisladores discutissem com a classe médica e, dessa maneira, pudessem melhorar tanto a vida do profissional como da
população?
FR: Nós temos um número muito pequeno de parlamentares ligados à saúde. Eu receio que a cada eleição a qualidade do Congresso Nacional piora, tenho quase certeza disso.
O que temos aí como esperança é motivar, mesmo dentro
deste oceano de falta de qualidade é motivar setores do
Congresso Nacional com alguma coisa de útil, alguma coisa
criativa e boa e oportuna, por força da pressão popular, no
caso da pressão das classes envolvidas.
zes extremamente distantes ou interioranos aqui no próprio
Leste e, depois em um determinado ponto da carreira, aliás,
é o que acontece nos grandes países, mais aprimorados e
mais civilizados. Por exemplo, em uma carreira universitária
em Direito ou em Medicina, é difícil começar em Paris. O
jovem médico que se consagra na academia vai começar
em Aix en Provence, depois vai ser deslocado para Lyon e
termina a carreira em Paris, como os juízes aqui no Brasil.
De modo que acho que este sistema distributivo criado à
sombra do ENEM é de grande proveito para a Medicina,
mais do que para as outras carreiras, porque desconcentra
e garante a qualidade do sistema. Onde há uma boa escola
a tendência é de aproveitarmos bem os recursos dessa boa
escola e criar um parque hospitalar da melhor qualidade.
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LF: O que impede o legislativo de consultar os profissionais da saúde?
FR: Mas eles têm tudo para isso, o Legislativo tem todas as
razões para consultá-los. Veja, mesmo quando o legislativo
se preparou nos anos 80 para fazer uma nova constituição
para o Brasil, aquilo que se fez em matéria de consulta, em
matéria de ouvir as pessoas etc., não foi algo bem estruturado e nem bem costurado; a Constituição de 88 poderia ter
sido muito menor e muito mais atual, muito mais moderna
e mais segura se os constituintes de 1988 tivessem sido mais
seletivos em ouvir. Nada impede, agora, veja bem, é preciso que aqueles que têm ideias sensatas para implantar na
cabeça do legislador façam isso com muita energia e com
muita garra, porque senão virão outros e destilarão na cabeça do legislador algo ainda mais defeituoso do que aquilo
que o legislador tem na cabeça.
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LF: Qual sua mensagem para médicos e pacientes
tanto do SUS como dos convênios e da Medicina
particular?
FR: Nós somos uma sociedade, onde as camadas mais
simples resistem à ideia de bem administrar a sua própria
saúde. Todos os bons conselhos “não faça isso; não faça
aquilo; leve uma vida assim; leve uma vida de tal maneira”,
são seguidos com grande resistência pelas pessoas. Isso faz
com que nós sejamos um país com um alto índice de enfermidade dependente de soluções pela melhora do atendimento do sistema público. Assim como somos um país com
alto índice de acidentes, o que faz a medicina traumatológica ser algo de intensa atividade.
A impressão que tenho é que no que depende da
administração pela própria classe médica, da problemática de saúde no Brasil, nós estamos muito bem atendidos,
e acho que os próprios administradores no nível de topo
da administração dos Estados e da administração Federal
têm boas intenções com este setor, consagram menos a
saúde do que deveriam em matéria de orçamento, como
consagram menos a educação do que deveriam, mas, não
vejo um problema de perda da qualidade ética num modo
como a cúpula governante encara a questão da saúde, o
que nós temos são, no domínio da saúde, como nos demais domínios, um seríssimo problema de maus costumes
no exercício da função pública de corrupção, temos visto
isso a todo o momento. A todo o momento a corrupção, da
qual o país nunca se livrou e, atualmente, assola também o
setor da saúde pública e é penoso. Quando um escândalo
de corrupção envolve obras de engenharia ou contratos associativos, ele não pesa tanto sobre a consciência coletiva
como quando ele envolve o fornecimento de sangue para
transfusões, de vacinas para qualquer espécie de mal e
assim por diante, mas enfim, temos a função pública no
Brasil, e eu diria que, particularmente, é mal exercida no
sentido de que está se desprofissionalizando um pouco o
centro de decisões na administração.
L
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L DECORAÇÃO
Pequenas,
Quando assistimos algum filme que mostra uma casa
no campo, rodeada de árvores e animais soltos pelo local, um
belo casal abraçado e apaixonado apreciando o melhor vinho e
comida, ouvindo uma música romântica de fundo em uma sala
grande e confortável com uma lareira extremamente linda e
quente, invariavelmente queremos estar no lugar deles. E quando
voltamos para a realidade que tristeza... Percebemos que o nosso
ambiente é bem diferente do filme.
Mas para quem sonha com a lareira do filme e não pode
ter por falta de espaço ou até mesmo por morar em apartamento,
ou ainda pela preocupação com os resíduos e poluentes que as
lareiras tradicionais costumam deixar, agora poderá decorar seu
ambiente com as lareiras portáteis.
E pensando nesse público a Obravip, disponibiliza as
lareiras portáteis em diversos tamanhos e para vários ambientes,
além de não deixarem poluentes, a chama dura mais tempo.
Para decorar o ambiente a Obravip elaborou as
lareiras design, ou seja, elas estão mais para obras de arte e
peças de decoração e são extremamente funcionais, aquecem
confortavelmente os ambientes e os modelos se aproximam
de mesas de centro, tochas e quadros. Podem ser utilizadas
em pequenos ambientes, como os modelos Gold Stone. Para
ambientes maiores os modelos Hot Chocolate e o L-shape estão
bem indicados. Nas áreas externas o Jar e o Bubble remetem a um
romantismo medieval, já que são modelos estilizados de tochas e
fogueiras.
Giovana Lunardi, gerente de E-Commerce da Obravip
explicou que o tempo de funcionamento pode variar de modelo
a modelo e que o acionamento é de maneira fácil, e pode ser
reacendida em poucos minutos.
A lareira possui proteção e acessórios de acendimento para
manter a segurança, a sua instalação é simples e não é necessário
nenhum treinamento. O produto vem com os suprimentos
necessários, e em poucos minutos a lareira está pronta.
“Por usar álcool como combustível, a lareira não cria
fuligem ou fumação. Ao fim de aproximadamente três horas de
uso, ela pode ser facilmente transportada de um ambiente para o
outro (sala para o quarto ou casa para o sítio). Claro que existem
modelos maiores que são mais difíceis de transportar devido ao
peso”, explicou a gerente.
A Obravip que está há cinco anos no mercado trabalha com
vários produtos de decoração para toda a casa: eletrodomésticos,
utilidades domésticas, iluminação, móveis e banheiro e podem ser
adquiridos somente no meio virtual.
atraentes
e quentes
Cibele Gallinucci
Serviço:
www.obravip.com
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31
L DECORAÇÃO
Ambiente pequeno mas com aspecto de
Cibele Gallinucci
fotos divulgação
grande
Saber decorar é importante para não deixar um
quarto pequeno menor ainda, lotando-o com objetos que
às vezes são desnecessário.
Para valorizar o terreno algumas construtoras vêm
construindo, na maioria das vezes apartamentos e casas
pequenas. E as famílias ficam preocupadas como irão se
adequar em um local pequeno com várias pessoas e objetos
junto em um mesmo espaço.
A sala é um dos ambientes mais visitados,
normalmente para a confraternização da família e de
amigos e, para deixar o local mais agradável aconselhase sofás com assentos retráteis. Eles são muito confortáveis
na hora de assistir um filme, pois, sua profundidade pode
chegar a 1,60m, a grande vantagem é que quando o
ambiente for usado para receber visitas ele se torna um sofá
com profundidade normal.
Os pufes, que agradam tanto crianças quanto
adultos também são importantes para locais menores.
Podem ser inseridos no mobiliário de TV ou sob um
aparador e quando necessário acrescentar lugares na sala,
ainda podem ser usados como mesa de centro. Para o
ambiente continuar aconchegante e com aspecto maior
a iluminação indireta também ajuda, além da criação de
pontos com destaque no local, como uma parede com cor
diferente ou papel de parede.
E como ficam as cozinhas, que para muitas famílias
brasileiras, servem de sala de estar? Os cooktoops são muito
interessantes, pois, liberam espaço para mais armários
sob ele. A elaboração de uma torre onde os principais
eletrodomésticos como a lava-louça, forno elétrico e microondas podem ficar um sobre o outro, economizando e
liberando espaço, aumentando a praticidade na ultilização
dos mesmos. Outra dica são as portas dos armários aéreos
em vidro que contribui para deixar o ambiente com aspecto
amplo e agradável.
Qual é o filho que nunca pensou em ter um quarto
exclusivo para ele? Mas como alguns têm que dividir o
espaço com os irmãos, o ambiente acaba ficando pequeno.
Levando-se em conta que os filhos estão em constante
crescimento e os móveis ficam rapidamente inadequados,
um dos recursos é o uso de espelhos nas laterais da cama
ou nas portas dos amários, também o uso de cores claras
nas paredes e as roupas de cama lisa com estampas miúdas,
podem valorizar o espaço.
O espaço limitado nos quartos de crianças permite
apenas um determinado número de móveis como a cama,
a mesa, a cadeira, o armário e a estante, portanto, dê
atenção à boa qualidade dessas poucas peças, que devem
ser práticas e adaptáveis e podem ser completadas mais
tarde. As crianças gostam de espaço para poderem brincar
e sentirem-se mais livres, então, evite lotar o quarto com
muitos móveis.
Reciclar e se desfazer dos excessos que acumulam
nos armários é muito importante, porque o ambiente fica
com aspecto mais “clean”.
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Serviço:
Elementhos Projetos de Harmonização e Design de Interiores
Rua: Doutor Cândido Motta Filho, 568, 1º andar, Vila São Francisco, SP.
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L ECONOMIA & NEGÓCIOS
Perguntas e Respostas sobre o
Mercado de Renda Variável
Fernando Toscano
divulgação
Olá amigos.
Dando prosseguimento à matéria publicada na edição de
maio estarei aqui aprofundando um pouco mais sobre o mercado
de renda variável. Preparei um guia de “perguntas & respostas” para
facilitar o entendimento e direcionar as questões de forma mais lógica.
Quais as principais dúvidas do iniciante em
renda variável e como saná-las?
Escolhida a corretora e efetuado o primeiro
depósito surge uma dificuldade comum: como utilizar o
sistema de home broker disponibilizado pela corretora e
qual a melhor forma de aproveitar todas as suas ferramentas
e possibilidades? Todas as boas corretoras oferecem um
curso sobre uso do seu home broker (consulte isso antes
de escolher a corretora). Veja também se disponibilizam
um atendimento online para sanar dúvidas corriqueiras e
técnicas, inclusive com analistas de mercado para lhe dar
suporte. Isso posto você poderá iniciar devagar, adquirindo
ações mais seguras, em empresas sólidas e também nas
chamadas “blue chips” (ações de primeira linha) tais como:
Vale, Petrobras, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander,
Usiminas, etc. Opere com pequenos valores para você ir
compreendendo as “nuances” desse novo negócio. Existem
diversos sites que você poderá operar virtualmente, sem
movimentar valores. Isso também é bastante válido. Os cursos
básicos, oferecidos gratuitamente pela Bovespa, agregam
conhecimento importante; as corretoras de valores também
oferecem cursos em todos os níveis. Seja organizado, monte
planilhas e entenda como são calculados os impostos e as
taxas de corretagem. Esses são caminhos básicos que devem
ser seguidos para evitar riscos desnecessários ao seu capital
investido. Investimento em renda variável pode se tornar
um grande negócio se operado corretamente. Tenho alguns
amigos que vivem exclusivamente de aplicações na bolsa
de valores, mas para isso se dedicaram ao longo de alguns
anos.
34
Quais os principais tipos de análises de
mercado e como utilizá-los na prática?
São duas correntes: análise fundamentalista e análise
gráfica. Na verdade eu utilizo muito as duas porque te dão
informações sobre o mercado, mas ambas também tem suas
falhas. A análise fundamentalista se apoia no estudo técnico
das empresas listadas na bolsa. As corretoras e a Bovespa
disponibilizam muitas informações sobre as companhias e
isso deve ser lido com bastante atenção. Os investidores
experientes analisam até os principais executivos do grupo
(se são conservadores, atirados, sua forma de atuação em
empresas passadas, formação, seus “gurus”, grupo político,
relacionamento com o mercado, experiência, etc); onde a
companhia investe ou comercializa seus produtos também
traz informações importantes (exemplo: a Vale é muito
dependente do mercado internacional, principalmente
China; os bancos brasileiros têm proteção e não dependem
tanto do mercado internacional; as companhias aéreas têm
boas perspectivas nos meses de julho e dezembro-fevereiro
- agora com a chegada da Copa e das Olimpíadas tendem a
crescer; a Petrobras tem o pré-sal, mas também a ingerência
do governo federal na sua administração. Enfim, tudo isso
pesa). O analista gráfico estuda o movimento dos gráficos ao
longo dos anos, meses e dias. Existem diversas tendências
e formações gráficas, que geralmente se repetem, e trazem
dados valiosos na análise. Na prática só o treinamento
aliado à experiência poderá lhe dar a visão adequada. Para
aquele investidor dedicado o risco é muito pequeno, agora,
ao contrário do que a maioria pensa, o grande negócio na
bolsa é a aplicação no longo prazo. Você vai ganhar muito
mais do que poupança e investimentos tradicionais, mas o
risco, embora pequeno, está sempre presente.
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Como funcionam as aplicações de curto
prazo e seus riscos?
O chamado day trade é a aplicação de curtíssimo
prazo com a compra e a venda no mesmo dia e maior
incidência de imposto. Vou te citar um exemplo que ocorreu
comigo: em julho de 2009 adquiri ações da uma empresa
de telefonia e as vendi no final do pregão, no mesmo
dia, com ganho real de quase 11%. Mesmo com a maior
tarifação foi tremendamente compensador; por outro lado
também já ocorreu o contrário, mas não com essa variação
toda – perdi 1% ou 2% num dia. A aplicação de curtíssimo
prazo deve ser operada por investidores experientes, com
disponibilidade financeira e disposição para correr o risco
de eventualmente perder dinheiro.
Quem deve aplicar na bolsa?
Aquele novo investidor que tem economias para
trocar de carro, mas já tem um; fazer uma reforma ou apenas
poupar pode investir na bolsa, desde que tenha consciência
dos riscos e que o retorno pode ser extremamente rápido,
mas também demorado. No meu entendimento pessoal,
salvo condições muito anormais, o investidor não perderá
dinheiro. Veja o exemplo da “bolha imobiliária” americana
que levou milhares ao desespero em 2008/2009. Toda a
perda já foi recuperada com grandes vantagens sobre
as aplicações tracionais como a poupança. Para aquele
investidor que precisa do dinheiro para algum compromisso
futuro este não deve aplicar em renda variável; deixe na
poupança ou no tesouro direto.
Para o pequeno investidor qual o melhor
caminho: poupança ou renda variável?
Primeiro há de se fazer um esclarecimento fundamental. O governo federal alardeia aos quatro cantos
que a poupança paga a correção monetária mais juros
remuneratórios de 6% ao ano (0,5% ao mês). Isso não é
verdade porque o indexador da poupança é a TR que não
serve como fator de correção monetária. Um exemplo prático:
o próprio governo federal contratou como o FMI que o índice
oficial da inflação brasileira é medido pelo IPCA. Quanto
rendeu o IPCA em 2010? 5,91%. E a poupança? 6,80%.
Qual o ganho real sobre o dinheiro aplicado na poupança?
0,89%! Isso é um engodo, um engano à população.
A poupança é um “porto seguro” ao investidor,
já que o governo federal garante as contas de poupança
com saldos de até 40 (quarenta) salários mínimos, com
baixíssimo retorno, mas, pelo menos, o seu dinheiro não é
corrido pela inflação. Como citei anteriormente a Bovespa
já me deu retorno de 11% num dia! Em 2009 a Bovespa
rendeu 88,6% e a poupança 6,9%. Cada um que tire as
suas conclusões!
Realço mais uma vez: só se deve aplicar em renda
variável aquele dinheiro que você não tem compromisso,
aquele dinheiro que está sobrando, guardado ou aplicado
na poupança.
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O que são exatamente Mercado Primário,
Secundário e Fracionário?
O Mercado Primário compreende o lançamento
de novas ações no mercado; é uma forma de captação
de recursos para a empresa. Uma vez ocorrendo esse
lançamento inicial ao mercado, as ações passam a ser
negociadas no Mercado Secundário, onde ocorre a troca
de propriedade de título. Ou seja, no Mercado Primário,
quem vende as ações é a companhia, usando os recursos
para se financiar. No Mercado Secundário, o vendedor é
você (investidor) que se desfaz das ações para reaver o seu
dinheiro. Por isso, os negócios que você realiza em Bolsa de
Valores correspondem ao Mercado Secundário.
O Mercado Fracionário é outra coisa. Toda empresa tem
suas ações negociadas em lotes, que podem ser de uma,
dez, 100 ações, etc. Se, por exemplo, você não deseja
comprar um lote-padrão de 100 ações, mas sim 150 ações,
é necessário usar o mercado fracionário. Neste caso, o lotepadrão, ou seja, as 100 ações, serão negociadas no mercado
integral e as 50 restantes no fracionário.
Você reconhece a negociação e a ação fracionária pela letra
“F”. Exemplo: uma ação da Petrobrás PETR4 no mercado
fracionário é escrita PETR4F.
Qual a sua recomendação para a Bovespa
em 2011?
Eu não recomendo onde investir, pois me torno
diretamente responsável. Cada qual deve ter seu próprio
feeling, contar com apoio de profissionais de mercado, com
as corretoras, com a BOVESPA e com as suas próprias
análises. E duas dicas importantes: seja frio, emoção não
combina com renda variável; e não pense que você vai
ganhar sempre. Muitas vezes você deve vender perdendo
para recuperar posteriormente. Uma ação que era cotada a
R$ 12,00, por exemplo, e caiu para R$ 9,00 (você perdeu
25%), mas para você recuperar esses R$ 3,00 ela deverá se
valorizar 33,3% e não apenas mais 25%. A conta é inversa;
de baixo para cima.
Por isso você deve avaliar a cotação de cada uma
delas com cuidado, se estão sub ou supervalorizadas, o
valor de mercado da companhia, projetos, investimentos,
riscos, ingerência estatal, análise fundamentalista e gráfica,
passivo, compromissos futuros, clientes, etc. Boa sorte!
Serviço:
Fernando Toscano
Consultor Financeiro e Correspondente da
Revista Linha Fina em Brasília
Contato: [email protected]
L
35
L SAÚDE
fotos divulgação
O
mais centrada e equilibrada e menos suscetível àqueles
fatores externos que aumentam a produção dos radicais
livres);
•Fazer (se ainda não o faz) uma suplementação
vitamínica e de oligoelementos a fim de melhorar o
equilíbrio orgânico, e fornecer a pele, unhas e cabelos,
nutrientes adequados.
que fazer
em cada
década?
Cristiane Braga
A juventude e a beleza é uma associação que
prega em nosso subconsciente. Digo subconsciente, e não
inconsciente, uma vez que somos bombardeados com
noticias e informações que ressaltam todo momento “O
jovem é belo”.
Mas, a beleza pode (e deve) ser exaltada a qualquer
momento! Basta que estejamos equilibrados internamente
e que nos sintamos bem com nós mesmos. Quanto mais
estudamos, entendemos que a beleza externa é reflexo do
equilíbrio interno. Sendo assim, algumas características do
envelhecimento podem ser esperadas em cada década:
Aos 30 anos – a jovialidade esta no auge. Algum
indício de flacidez já pode ser notado, principalmente nas
pálpebras e no sulco nasogeniano, o que o leigo conhece
como “bigode chinês”.
A partir dos 30 anos, tem início a degradação das
fibras de colágeno e elastina, que são fibras que conferem
sustentação para a pele. Por esta razão, esses primeiros
sinais de flacidez começam aparecer, principalmente
naquelas pessoas geneticamente pré-dispostas. Os fatores
externos também influenciam muito, já que a pele é o
único órgão que possui dois processos de envelhecimento,
o interno (intrínseco) e o externo (extrínseco). Dos fatores
externos, os que mais contribuem para o envelhecimento
da pele são o tabagismo e o sol. Assim, aquelas pessoas
que fumam e se expõem muito ao sol provavelmente irão
aparentar mais envelhecidas já aos 30 anos.
36
Nesta fase, quanto maior o estímulo, para a
produção de colágeno, que pudermos oferecer, menor
será a flacidez. Para este cuidado algumas dicas são muito
importantes:
•Aumente a ingestão de frutas, verduras e legumes,
pois possuem substâncias anti-oxidantes que reduzem a
degradação das fibras de colágeno;
•Coma carne vermelha pelo menos três vezes por
semana, pois as reservas de ferro precisam estar em níveis
críticos para a produção das fibras de colágeno;
•Hidrate-se, tome muita água! Uma pele hidratada
é uma pele mais protegida;
•Use filtro solar, pelo menos para tentar reduzir um
dos principais fatores externos de envelhecimento da pele;
•Use e abuse dos cremes anti-idade, claro que
com a devida orientação do seu dermatologista;
Aos 40 anos, nesta década, os níveis hormonais
apresentam um decréscimo importante, tanto para
as mulheres (menopausa) quanto para os homens
(andropausa). Isto se reflete na pele, acelerando o
envelhecimento natural, ou seja, intrínseco.
Com a queda dos níveis hormonais, a pele (facial
e corporal) torna-se menos hidratada, mais ressecada e
mais frouxa. As bolsas palpebrais ficam mais evidentes e
começam a aparecer aquelas rugas em volta dos lábios. As pessoas de pele oleosa e negra são mais protegidas
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contra este processo, já que a oleosidade natural confere
um pouco mais de proteção a pele. Em alguns casos,
a reposição hormonal é indicada e recomendada, o que
melhora os níveis de hidratação da pele, desacelerando o
processo de envelhecimento. Mas, não são todas as pessoas
que beneficiam-se com o uso de hormônios.
A partir da segunda metade da quarta década, a
renovação celular torna-se mais lenta. Algumas orientações
podem compensar esta lentidão:
•Se você ainda fuma, o ideal é parar! Alem dos
riscos aumentados da incidência de câncer, as toxinas
emitidas na fumaça do cigarro aceleram a degradação
das fibras de colágeno e elastina, piorando a frouxidão da
derme;
•Faça atividades físicas regulares – isto aumenta
o ciclo de hidratação da pele, mantendo-a mais hidratada.
Além da liberação de endorfinas durante o exercício que
promovem, também na pele, a sensação de bem estar;
•Mantenha uma ingestão adequada de frutas,
legumes e verduras, pois é uma forma natural de reduzir a
toxicidade dos radicais livres na pele;
Aos 50 anos – nesta fase, todas aquelas evidências
do envelhecimento ficam mais acentuadas, como os sulcos
nasogenianos e as bolsas palpebrais. Além disso, há uma
reabsorção óssea e cartilaginosa, resultando na perda
da projeção da região malar (maçã do rosto), perda do
contorno facial, e flacidez da pele na face e no pescoço.
A maioria das mulheres com mais de 50 anos já
tiveram sua menopausa. Neste momento, pode haver uma
redução fisiológica dos cabelos, assim como um afinamento
dos fios. As unhas também ficam ais frágeis e descamativas.
Naquelas pessoas que sempre se cuidaram, os sinais do
envelhecimento ficam menos evidentes, e os cuidados
devem incluir:
•Manutenção de uma alimentação equilibrada;
•Prática de atividades físicas regulares;
•Alguma atividade relaxante, como yoga,
meditação, orientação musical, pinturas (isto torna a pessoa
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Acima de 60 anos – a beleza a partir da 6a
década de vida é definida pela manutenção de uma
pele hidratada e saudável, estendendo-se às unhas e aos
cabelos.
Claro que todos aqueles sinais – rugas, flacidez,
perda de contornos – pioram progressivamente. Mas, nesta
fase, é nítida a diferença entre aquelas pessoas que sempre
se trataram e aquelas que nunca o fizeram. A qualidade da
pele, a textura, a capacidade de manter a hidratação e a
firmeza dependem de influências genéticas, mas também,
do estilo de vida que se leva.
Os tratamentos clínicos, aplicação de lasers,
utilização de cremes anti-idade, procedimentos cirúrgicos
podem realçar a beleza da pele de cada um. Mas, somente
o estado de equilíbrio interno pode manter esta beleza.
Dra. Cristiane Braga é especialista em dermatologia,
medicina estética e tricologia. Com Pós-Graduação em
Medicina Anti-Envelhecimento, a doutora também atua na
Prevenção do Envelhecimento Cutâneo e patologia capilar.
A doutora acaba de participar do Meeting da Academia
Americana de Dermatologia, ocorrido em Miami – EUA.
Além disso, a profissional é professora da PósGraduação em Dermatologia da FPS, Diretora de Relações
Internacionais da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
em São Paulo, Membro Técnico da Sociedade Brasileira
Para os Estudos do Cabelo (SBEC) e da Sociedade
Brasileira para Estudos do Envelhecimento (SOBRAE). L
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L MUNDO ANIMAL
Alta moda para os
cães & gatos
divulgação
Cibele Gallinucci
Tratamento de pele, roupas, unhas cortadas
e até mesmo pelos coloridos. Se você acha que estamos
falando em salões de beleza para mulheres e homens, estão
enganados, são os pets shops que a cada dia vem crescendo
no mercado e com produtos que agradam a muitos.
Em muitas famílias os animais são considerados
entes queridos, assim sendo, os donos procuram empresas
que cuidam carinhosamente deles, pensando nesses
consumidores os pets oferecem roupas, perfumes, livros,
tratamento de beleza e a compra de produtos on line.
Camila Dotta, sócia-proprietária da Simply
Pet, disse que sempre procurou empresas que tivessem
excelência em serviços e, que cada uma tinha um serviço
diferenciado, por isso, resolveu montar um pet que possuísse
tudo que sentiu falta nos outros pets.
Para que os clientes saiam satisfeitos com o atendimento, Dotta e sua sócia, Patricia Cicarelli acompanham de
perto todas as operações, testando os produtos, promovendo cursos de atualização e capacitação para os funcionários.
“Tratamos os cães de uma forma que se sintam
felizes, livres e saudáveis. Cães devem ter direito ao conforto,
higiene e beleza de uma maneira que não entre em conflito
com sua essência, eles são animais sociais, que gostam de
viver em grupo. Os donos dos nossos clientes ficam felizes
por seus cães gostarem de ficar aqui”, explicou Camila.
E por isso, a empresa oferece várias atividades
entre elas estão: boutique onde o cliente pode escolher
camas, brinquedos, rações, jóias, roupas, livros entre outros
acessórios; Centro de Estética, os animais recebem banho,
chapinha, tosas, perfumes; Day Care e Hotel, espaço
interno e externo para brincadeiras, descanso e alimentação
e também o consultório veterinário.
“O preço dos produtos
variam. O mais baixo são os
brinquedinhos de pelúcia, em torno de
R$ 14,00 e o mais alto é uma bolsa
de transporte de cães no valor de R$
600,00. Os produtos são encontrados
somente na loja virtual, para cães e
gatos”, explicou a sócia-diretora.
A Boutique Virtual comercializa comedouro automático, caminhas
em formatos diferentes, cama box e
brinquedinhos de pelúcia.
A compra demora em torno
de 1 a 3 dias para chegar no local
escolhido e aceitam todas as formas
de pagamento, cartões de crédito,
débito, transferência bancária e boleto
bancário.
As roupas e as jóias são desenvolvidas para um
maior conforto e praticidade dos animais. As vestimentas
são de marcas brasileiras e com criação exclusiva para a
Simply Pet, trabalham também com roupas vindas do
Canadá e Estados Unidos, as jóias são feitas com pérolas,
cristais, correntes leves com opções de pingentes como
iniciais e berloques.
Para os clientes que procuram produtos inusitados, a empresa disponibiliza quadros com a imagem dos
animais desenvolvidos pelos artistas plásticos Sergio Dotta
e Helena Dotta e também coletes imitando peles, coleiras,
sapatinhos de bexiga para as patinhas dos cães que não
querem se sujar.
Os valores dos produtos variam em torno de R$ 5,00
para os brinquedos e petiscos e R$ 710,00 que é a cama de
fibra sintética.
Produtos de Pet Shops também estão
na Boutique Virtual
Para quem tem animais de estimação, mas, não
possui tempo para ir a uma loja de pet shop, podem
adquirir os acessórios para os bichinhos através da internet.
Criada pela sócia-diretora Michele Kraus, a
Boutique Virtual disponibiliza em seu site artigos voltados
para o mundo animal que vai desde vestidos a colchonetes.
A ideia surgiu por pesquisas realizadas no mercado que
apontaram um grande crescimento do setor.
Além do site a empresa trabalha com redes sociais
onde os clientes podem participar de promoções, concursos
culturais e receber dicas e notícias do mundo animal.
Michele comentou que os produtos mais procurados
são os que saem na mídia, como o Divã Captone. Os mais
inusitados são as mochilas para cachorros, cama box e
floral, disse ainda que alguns artigos são importados.
Serviços:
Boutique Virtual
www.mimapet.com.br
(11) 2376-8332
Simply Pet
Rua: Tumiaru, 166, Vila Mariana, SP
www.simplypet.com.br
(11) 3052-4282
A história de Isis Reis, Poinga,
Pitica, Abigail e Malu
Com 7 anos ganhei minha
primeira cadelinha, a Poinga que viveu
14 anos. Eu já tinha 20 anos quando
ela morreu e nesse dia eu e minha mãe
jurávamos nunca mais pegar nenhum
cão pois a perda é irreparável. Ela foi
levar a Poinga ao veterinário às pressas,
mas sabíamos que já não seria possível
trazê-la de volta. Eu só conseguia
olhar o quintal vazio e chorar, quando
minha mãe me ligou do veterinário
dizendo que estava trazendo uma
cadelinha muito "Pitica" que havia sido
abandonada com seus irmãos num dia
chuvoso. O nome dela ficou Pitica e era
um doce. Ficou enorme, de "Pitica" não
tinha nada! Dois anos depois adotamos
a Abigail, uma labradora com beagle
que destruía tudo que via e era muito
brincalhona. Quando fui morar
sozinha, o máximo que aguentei foram
30 dias sem uma companhia animal!
Através de uma Ong da cidade, adotei
a Malu que é maltês com poodle, pesa
3,5kg e sua antiga dona não a queria
mais depois de 2 anos... Nunca pensei
que teria um cão desses, pois estava
acostumada com cães grandes que não
ficavam muito tempo de lacinho.
Hoje a Pitica e a Abigail já
viraram estrelas no céu canino e a Malu
que já esta com 5 anos é um anjinho
que Deus mandou pra mim. Minha
companheira pra tudo, meu amor!
L
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L ESPORTE
fotos Beatriz Cunha/divulgação
João Eduardo Ferreira de Carvalho
2ª etapa do OI Serra & Mar
Francisco José Mesquita
Andressa Dantas
A VII Edição do OI Serra &
Mar de Hipismo finalizou sua segunda
etapa no início de junho, nesta edição
os atletas participantes das provas já
estarão participando das seletivas para o
Oi Athina Onassis Horse Show, além de
servir também de observatório para os
Jogos Pan-Americanos de Guadalajara,
no México.
A segunda etapa do torneio, em
Indaiatuba, já definiu os campeões
da prova de adestramento, que pela
primeira vez participaram do evento.
Lideram o ranking os cavaleiros
Leandro Silva, campeão da prova
de abertura, seguido por Mauro Pereira e Rogério Clementino. A
amazona Luiza Tavares de Almeida fica em quarto lugar na disputa e
ainda tem chance de uma vaga nos jogos de Guadalajara.
Já na categoria saltos, os atletas que estão na disputa pela
vaga nos Pan-Americanos são o cavaleiro José Luiz de Carvalho, que
venceu a abertura da série Big Tour, André Américo de Miranda, o
grande campeão do GP, e Nando de Miranda, vencedor do Mini com
Obstáculos, da série Medium Tour.
A amazona Luiza Almeida comemora seu índice classificatório
para os Jogos Olímpicos de Londres. Ela que se consagrou nos Jogos
Panamericanos do Rio em 2007, com medalha de bronze, obteve
34% de aproveitamento e conseguiu seu sexto índice classificatório
para os Jogos. Se as Olimpíadas fossem neste ano, já estaria escalada
para representar o Brasil.
Carlos Vinicius G. da motta
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Luiza Tavares de Almeida
L
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L SOCIAL
Desfile de
Roberta Bigucci/ MBigucci
Thais Lello
moda beneficiente
Célia Bigucci/MBigucci
Denise Viana/Diretora Executiva
do Grupo Viana
Luna Viana
Malu Viana
Beatriz Lello
Esther Chagas
com empresários do ABC
Renata dos Santos
Thabata Frazão
Paula Abrantes e a filha caroline
Elaine Benedetti
Malu Viana, Aparecido Viana e Luna Viana
João Carolino
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Eduardo Kacinskis
Milton Bigucci Júnior
Construtora MBigucci
Adriano Ruiz/ Gerente Todeschini
Cadu Bueno
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fotos divulgação/Linha Fina
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Thais Montero
Barbara Manher
Marcela Franchini
Aconteceu no Restaurante e Bar Giramundo Jardim
em Santo André, o desfile de moda beneficente em prol do
Lar Pequeno Leão, entidade filantrópica de São Bernardo do
Campo.
O evento teve a participação de empresários das
áreas imobiliária, arquitetura, construção e design da região
do Grande ABC, que doaram seu tempo e imagem para serem
“modelos por um dia”.
Com a apresentação de Selma Cobra e do humorista
Robson Souto (Bob Show), os convidados desfilaram a coleção
da loja Espaço Binomio.
A renda arrecadada com o evento foi revertida para o
Lar Escola Pequena Leão, em São Bernardo do Campo.
O Lar Pequeno Leão atende crianças e adolescentes
de 1 a 18 anos em situação de risco pessoal ou social.
L
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L SOCIAL
CESB promove provas equestres
de maneira muito social
Deborah de Oliveira
O Centro Equestre São Bernardo, CESB,
com 21 anos de existência e 12 anos em sua nova
sede, criou uma tradição muito interessante que é a
“Feijoada na Hípica”, essa tradição tem se repetido
há 11 anos, onde reúne frequentadores, convidados
e alunos dos cursos de equitação oferecidos pelo
local. Quem já participou dessa tradição espera
ansiosamente pela próxima feijoada, que além de
muito saborosa é uma forma de reunir a família e
amigos em um ambiente muito agradável.
O anfitrião do evento, Dr. Edson Asarias,
é advogado tributarista e proprietário do CESB,
que, junto ao organizador da prova, Aluizio Faria,
faz questão de recepcionar todos que ali chegam.
O ambiente é de festa, mas também é de casa de
fazenda, todos conseguem se divertir, participar e
aproveitar um dia diferente.
Edson Asarias e Aluisio Faria
Muitos convidados ilustres
estiveram presentes no último
dia 22 de maio durante a
feijoada, dentre os convidados
estava o prefeito da cidade de
São Bernardo do Campo (SP),
Luiz Marinho, que também foi
ministro do Trabalho e Emprego
e ministro da Previdência Social.
Além da tradicional feijoada, Edson e Aluizio
promovem provas de hipismo que são autorizadas
e apoiadas pela Federação Paulista de Hipismo e
disputadas de acordo com os regulamentos vigentes
da Confederação Brasileira de Hipismo. Isso tudo
para proporcionar a descoberta de novos talentos e
novos atletas que, com empenho, poderão ser nossos
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novos medalhistas nos campeonatos nacionais, internacionais e quem
sabe para os Jogos Pan-Americanos e
Olimpíadas.
A ideia foi lançada há 11
anos e muitos dos novos atletas aderiram, a hípica estava lotada. Amazonas
e cavaleiros misturavam-se entre os
convidados. Familiares e amantes do
esporte fizeram verdadeiras torcidas
organizadas. O ambiente foi de descontração, mas também de disputa.
Uma das curiosidades do hipismo é que, como no automobilismo,
não existe diferença entre homens e
mulheres, todos competem em igualdade, realmente vence o melhor!
A grande campeã foi
Giovanna Benedetti, que, aliás, tinha
tudo para desistir da prova. Logo no
aquecimento sofreu um acidente, caiu
e machucou o joelho, foi atendida
pela equipe médica do local que a
aconselhou a abandonar a prova.
Giovanna nos últimos instantes que
antecederam sua prova mudou de
ideia e resolveu prosseguir com sua
alazã Mary Jane, nome inspirado
nos quadrinhos do Homem Aranha.
Conversou com sua companheira
de prova, e montou-a decidida a
vencer. O resultado satisfatório era
improvável, mas esqueceram de
contar isso a elas, então, sem medo de
vencer, venceram!
Quando saíram todos os
resultados a emoção foi geral. Não era
mais uma prova e sim uma história de
superação. Giovanna Benedetti e sua
alazã Mary Jane colocaram mais uma
marca na história do Centro Equestre
São Bernardo - CESB.
fotos: Rodrigo Dantas
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O que para muitos é a estação mais elegante, para outros
é o momento de esperar o coração aquecido de alguém.
Faça sua parte,
em bom estado
doe cobertores e agasalhos
para quem precisa.
Informações sobre as campanhas de doação:
SP – www.campanhadoagasalho.sp.gov.br o site aponta o local mais próximo para sua doação.
Para quem não tem condições de levar aos postos de coleta, ligue para o Exército da Salvação, possuem
serviço de retirada no local através do telefone (11) 4003-2299
www.exercitodoacoes.org.br
Em Brasília procurar por: www.abrace.org.br
Demais estados podem procurar diretamente o Corpo de Bombeiros mais próximo.
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L CULTURA & ENTRETENIMENTO
Andressa Dantas
A cantora, pianista e compositora Andressa Dantas apresenta o show “Suas Histórias, Meus Contos, Nossas
Canções”, no dia 3 de junho às 21h.
Gambalaia Espaço de Artes – Rua das Monções, 1018,
B. Jardim – Sto André – SP Convite: R$10 (antecipado) e
R$15 Informações: 11 4316- 1726
Kléber Albuquerque
O cantor e compositor sobe ao palco do Gambalaia Espaço de Artes para um show intimista levando ao
público sucessos de sua carreira e canções inéditas, nos dias
11 e 12 às 21h.
Gambalaia Espaço de Artes – Rua das Monções, 1018,
B. Jardim – Sto André – SP Convite: R$10 (antecipado) e
R$15 Informações: 11 4316- 1726
Grande
AB
C
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Demônios da Garoa
O conjunto vocal mais antigo do Brasil leva ao
público duas apresentações com os sucessos consagrados
como “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”, nos dias 16 e
30 de junho às 21h30.
Café Paon – Avenida Pavão, 950 – Moema – SP.
Convite: R$60,00 Informações: 11 5531-5633
Disney On Ice
Os personagens da Walt Disney sobem ao palco
no Ginásio do Ibirapuera em um espetáculo musical para
toda a família. Dias 1 e 12 de junho.
Ingressos: de R$ 40 a R$ 380.
Informações: 11 4003-6464. Local: Ginásio do Ibirapuera
Rua Manoel da Nóbrega, 1.361 – São Paulo/SP GRATUITO
Orquestra de Sopros de Lençóis Paulista
Com regência do Maestro Marcelo Maganha a orquestra faz peças sinfônicas, adaptações, composições para
Big Bandse repertório brasileiro. Dia 11, às 17h. Biblioteca
de Música Cassiano Ricardo Avenida Celso Garcia, 4200,
Tatuapé, SP.
Informações: 2092-4570. Grátis.
www.t4f.com.br
Disney On Ice
Os personagens da Walt Disney sobem ao palco
no Ginásio do Ibirapuera em um espetáculo musical para
toda a família. Dias 16 e 18 de junho. Ingressos: de R$ 40 a
R$ 380. Informações: 11 4003-6464. Local: Ginásio Nilson
Nelson – Eixo Monumental – Brasília (DF).
Informações: (61) 8432-3661 / 4003-6464
www.visionproducoes.com
Maria do Caritó
Comédia – Maria do caritó (Lilia Cabral) tem quase 50 anos
e ainda é virgem pois foi prometida por seu pai a São Djalminha. Faz promessas a Santo Antonio e todas as simpatias
para burlar a promessa do pai e conseguir um marido.
Direção: João Fonseca.
Elenco: Lilia Cabral, Leopoldo Pacheco, Fernando Neves,
Dani Barros e Silvia Poggetti.
Dias 3, 4 e 5, sexta e sábado às 21h e domingo às 20h.
Ingressos: de R$ 35 a 80.
Teatro Nacional. Sala Villa Lobos.
Endereço: SCTN, Via N2, Anexo do Teatro Nacional
Telefone: 61 3325-6161
João Bosco
O compositor, violonista e cantor João Bosco, que
iniciou sua carreira ao lado de Tom Jobim, faz show de seu
novo trabalho “Senhoras do Amazonas”, nos dias 3 e 4 de
junho às 22h30.
Café Paon – Avenida Pavão, 950 – Moema – SP.
Convite: R$150,00
Informações: 11 5531-5633
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Orquestra Continental Jazz
Com arranjos renovados pelo Maestro Fábio
Lopes, possui formação tradicional de Big Band, mas
faz releituras para Bossa Nova, Roberto Carlos, Beatles
e Frank Sinatra. Dia 18, às 17h. Biblioteca de Música
Cassiano Ricardo Avenida Celso Garcia, 4200, Tatuapé,
SP. Informações: 2092-4570. Grátis.
Banda Paralela
O show tem como principais características a descontração, o humor, o virtuosismo dos músicos e a interação com o público em arranjos criativos em cima de repertório altamente insinuante, alegre e inventivo como: trilhas
sonoras de desenhos animados, jingles, hits de Discoteque
e MPB, entre outros. Na formação da Paralela: flauta, flautim, saxofones, trompete, trombone, caixa e bumbo. Dia
25, às 17h. Biblioteca de Música Cassiano Ricardo Avenida
Celso Garcia, 4200, Tatuapé, SP. Informações: 2092-4570.
Grátis.
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TECNOLOGIA
Livros agregam-se
a tecnologia portátil
Cibele Gallinucci
Há alguns anos para adquirir um bom livro ou
uma obra literária rara, era necessário ir às livrarias ou uma
biblioteca, e como era gostoso ouvir o barulho das trocas
das páginas que cada leitor fazia na biblioteca ou o som dos
sapatos procurando uma mesa para apreciar a leitura, mas,
com a tecnologia avançando diariamente esses passeios
já não fazem mais parte da vida da maioria das pessoas.
Agora o som muda de ambiente e estilo e passa a sair
dos teclados dos computadores ou até nem ter sons, os
ambientes também são bem variados, o leitor poderá ter o
prazer da leitura praticamente em qualquer lugar
Hoje em dia, além dos computadores para ler livros,
escrever textos e editar filmes, agora os usuários poderão
usufruir dessas tecnologias em um mesmo aparelho portátil.
O iPad 2 foi lançado no começo desse ano e vem
com novo processador dual-core que oferece dramticamente
maior rapidez e desempenho nos gráficos. Com duas
câmeras, dianteira e traseira, podendo fazer chamadas e
captura de vídeo em HD.
Navegar na internet, ler e enviar e-mails, ver e tirar
fotos, assistir e fazer vídeos, ouvir músicas, jogar, ler livros
eletrônicos, fazer planilhas, escrever textos, editar filmes, criar
apresentações e muito mais.
Com um novo desing, o iPad 2 é 33% mais fino,
15% mais leve do que o primeiro e mais rápido além de
contar com uma bateria que tem duração para 10 horas de
uso e é vendido nas cores preto e branco.
Para adquirir livros na iBookstore é necessário
baixar gratuitamente o aplicativo iBook na App Store, e em
seguida o usuário escolhe os títulos de sua preferência. Além
desse app, há diversos aplicativos de compra e leitura de
ebooks. Existem alguns títulos gratuitos.
A leitura no iPad é como ler um livro. O usuário
segura o iPad e percorre as páginas como se fosse um livro
impresso em papel. A leitura se dá uma página por vez no
modo vertical, ou gire o iPad lateralmente para ver duas
páginas de uma só vez. E para que as imagens e textos
apareçam exatamente como o autor imaginou é possível
mudar o tamanho e fonte na maioria dos livros.
O navegador de páginas mostra exatamente em
que ponto o usuário está da história e quando quiser fazer
uma pausa na leitura, o iBook salva automaticamente
o ponto onde o usuário parou em todos os dispositivos
compatíveis, dessa forma, o usuário poderá retornar a
leitura tanto no iPad como no iPhone ou no iPod touch.
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Facilidades do iPad
Andressa Dantas
O PhD em Ciências da Computação, Daniel Cukier,
explica que o iPad oferece exatamente o que promete em
sua propaganda. O tablet da Apple é o que possui mais
aplicativos e facilidades, além de seu custo x benefício ser o
melhor do mercado.
“O iPad praticamente mudou a minha forma de
usar o computador. Antes eu só usava o notebook, agora
uso muito o iPad para e-mails, leitura e coisas simples que
eu tenho que fazer, além de ser mais prático e fácil de transportar”, comentou Cukier.
Como profissional da área de tecnologia, diz que sempre
passou muito tempo em frente ao computador, então, para
ele, ler no IPad é algo comum. “Não vou dizer que é mais
agradável quanto ler um livro em papel, mas é uma questão de se acostumar e é mais prático quando precisamos
fazer uma consulta a um livro, é só baixar o arquivo e procurar a informação”.
Ainda acha que não é possível utilizar o recurso
como substituição a cadernos em escolas para crianças. De
acordo com o profissional por mais avançado que seja o
produto ainda é limitado, não possui todos os recursos imaginativos que uma criança é capaz de produzir utilizando os
bons e velhos papel e lápis.
“No caderno a criança não possui limites. É capaz
de criar coisas eternas, já num tablet a criança seria limitada
aos recursos existentes e deletaria suas criações com apenas
um clique. Ainda hoje não é capaz de fazer uma substituição dessas, não que não creio que isso possa acontecer,
mas ainda seriam necessárias muitas interfaces dentro do
produto para que a criança pudesse chegar o mais perto
possível do ilimitado. Para uma criança não há diferença
do que existe na realidade e o que é virtual, então, acredito
que elas primeiro precisem passar pela experiência de criar
de maneira natural para depois transpor esses conhecimentos para o virtual”.
O modelo 2 do iPad já possui melhorias perante o
primeiro, possui até câmera fotográfica, mas ainda faltam alguns ajustes. De acordo com Cukier o display de retina do
iPhone 4 é melhor do que do iPad 2, e isso deve-se ao fato
de que para manter um display melhor no produto seria necessário também uma bateria que durasse mais tempo e isso,
certamente, geraria maior custo para a Apple, que cobraria
um valor maior pelo produto, então, o display ainda não possui a melhor qualidade, mas ainda é o melhor do mercado.
Outra facilidade do iPad é que ele possui integração
com todos outros produtos da marca que o cliente possuir.
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É possível sincronizar todas as agendas de forma única,
além de ser possível utilizá-lo como controle remoto para
o notebook e televisão. “Na minha casa eu tenho a Apple
TV e utilizo o iPad como controle remoto da TV. Também
o utilizo para controlar a playlist do meu notebook, escolho
tudo através do menu do iPad que é integrado com os
outros produtos da marca”.
De acordo com o profissional todos os tablets encontrados
atualmente no mercado são muito bons, porém, ainda
acredita que nenhum possua o mesmo custo x benefício do
oferecido pela Apple, mas que tudo é uma questão de gosto
e adaptação, pois alguns amigos utilizam outros e estão
muito satisfeitos.
“Faço apresentação e palestras utilizando meu
iPad, utilizo os programas, preparo o arquivo e depois é só
conectar ao cabo do telão ou projetor e utilizo o iPhone
como controle remoto para acessar as informações que
quero mostrar. Além de fins profissionais o produto também
é muito útil com seus aplicativos. Eu costumo utilizar
alguns jogos e gosto muito dos aplicativos musicais. Eu,
que também sou músico, utilizo os aplicativos de edição
musical para algumas ideias de música, não é um aplicativo
profissional, mas tem uma qualidade boa e é legal ‘brincar’
de fazer música”.
Além de todas essas facilidades o iPad também é
muito simples para utilizar. Para quem já conhece o iPhone
não possui segredo nenhum, afinal, a sua plataforma é
idêntica e quem nunca utilizou nenhum dos dois também se
adapta com facilidade pois é totalmente explicativo, além de
ter fácil acesso a todas as redes sociais.
“Eu uso muito o twitter e facebook através do iPad
e acho bem melhor do que utilizar no telefone, sua tela é
maior e é possível visualizar os sites e textos por inteiro, mas
também por outro lado não é tão fácil de transportar como
um telefone, que é possível guardar no bolso. Cada um
possui sua vantagem, mas realmente é um produto que nos
possibilita muitas coisas”, conclui.
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CRÔNICAS & ARTIGOS
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Popularidade e inflação
Dicas do oftalmologista para uma leitura agradável
Cibele Gallinucci
O oftalmologista Dr. Edmundo J. Velasco Martinelli disponibiliza
algumas dicas para os usuários do ipad 2 desfrutarem de uma leitura
agradável.
- Antes de utilizar o ipad 2 o leitor deverá ajustar a configuração do tamanho
das letras para uma leitura confortável.
- Para a configuração do brilho da imagem emprega-se a configuração
automática ou configurar conforme a luz do ambiente.
Exemplo: Ao utilizar o ipad 2 em um ambiente em que há pouca luz,
reforçar o brilho, agora se a utilização for em um ambiente em que há muita
luz, diminuir o brilho do equipamento.
- A utilização dos óculos para a leitura é essencial.
- A cada 1 hora de leitura o usuário deve tirar 10 minutos para descanso
(fechar os olhos, olhar para o infinito e piscar voluntariamente, tomar água,
andar ou fazer alguma outra atividade).
- Para evitar que ocorra a Fadiga Visual (coceira, embaçamento, vermelhidão,
sensação de ressecamento, dor na coluna, dor de cabeça e pescoço) deve-se
procurar uma posição confortável para a leitura.
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Serviço:
Dr. Edmundo J. Velasco Martinelli
www.laserocular.com.br
(11) 4433-5530
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Fernando Rizzolo
Uma das tarefas mais complicadas na consolidação
do governo Dilma, na manutenção da popularidade que
havia na era do presidente Lula, é, sem dúvida, o controle
da inflação. Até que por bem, a presidente nunca foi de
falar muito, nem de apregoar uma imensa cruzada contra a
pobreza da forma ostensiva como o ex-presidente costumava
fazer em seus discursos emotivos que atingiam de modo
contundente sobretudo as camadas mais populares.
A grande verdade é que já se percebe nas
expressões faciais - nas entrevistas dos membros do
governo quando se aborda o tema -, que inflação é
algo que atinge diretamente o maior valor agregado do
governo petista, que é a chamada popularidade de seus
representantes no poder. Por outro lado, fica patente que
sem uma política de austeridade, de aperto ao crédito com
redução dos prazos dos financiamentos, sem o necessário
enfrentamento da realidade da demanda aquecida,
fixando-se nessa fase, numa visão mais técnica e menos
política, a inflação, como já ocorre em vários países, voltará
a se tornar a vilã da economia. O momento, portanto, é de
cautela e planejamento. Nem nós queremos correr o risco
de enfrentar a inflação, representada emblematicamente
pelo dragão que solta fogo pelas ventas, nem o governo há
de querer o risco da queda da popularidade, da quebra da
confiança, da crítica inevitável e violenta da oposição.
Ademais, sabemos que o consumidor é mais
suscetível à redução do prazo de financiamento do que à
alta dos juros. Com efeito, oito em cada dez consumidores
brasileiros preferem comprar de forma parcelada. Equivale
dizer que nem sempre - ou quase nunca - o consumidor
tem a percepção de que o aumento do valor da parcela em
si, em razão da alta dos juros, uma vez diluída, seja em si
um fator determinante e impeditivo no seu voraz desiderato
de consumo, principalmente naqueles que se referem aos
bens de consumo. Por outro lado, o remédio da redução
do prazo de financiamento tem no seu bojo um alto custo
político, e isso esbarra na continuidade daquilo que seria
um “governo para o povo”, como assim sempre afirmaram
as lideranças do Partido dos Trabalhadores.
Mas como adequar uma medida técnica sem
arranhões populares? O governo tem plena ciência de que
um aumento real nas taxas de inflação poderia tornar inócuos
- ou menos eficazes - os discursos emotivos, as promessas
de inclusão social, as Bolsas Família. Isso porque, é fato, a
imensa população pobre e a nova classe média brasileira já
se acostumaram com a estabilidade da moeda, e distantes
estão da palavra que hoje soa antiga, carestia.
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Um dos grandes mecanismos que nesse momento
poderá efetivamente contribuir para o controle da inflação
- por ironia do destino, e pelo desespero dos exportadores,
principalmente do setor manufatureiro - é exatamente o
dólar mais baixo, que favorece as importações e aumenta
a concorrência no âmbito do mercado interno. Sem contar,
é claro, com a continuidade da política de elevação da
taxa básica de juros, vez que isso alimenta a entrada de
dólares mantendo essa moeda num patamar apreciável,
tornando-a um instrumento regulador. Ao que parece, as
autoridades monetárias efetivamente desejam o preço da
moeda americana baixo como “ancora” nesse processo de
controle da inflação.
Trocando em miúdos - e retomando a linha
condutora do pensamento iniciado com o desafio que
se impõe à nossa governante-, boa mesmo é a postura
da presidente Dilma, com poucos discursos inflamados e
poucas menções a grandes projetos de transferência de
renda no palanque. Mesmo porque, por tudo o que o expresidente Lula avançou, a inflação agradeceu; mas agora
se tornou uma ameaça. A hora é de agir, porque a emoção
não vem mais do discurso da liderança maior da nação,
mas dos números e, especialmente, do bolso daqueles
que esperam a continuidade da virtuosidade da economia
brasileira. Em outras palavras, que esperam manter seu
poder de compra e esperam ter condições de pagar o que
compraram. Entre a popularidade e a inflação, boa mesmo
é a postura da presidente Dilma...
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Fernando Rizzolo é advogado, professor universitário,
membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos da
OAB/SP, e articulista colaborador da Agência Estado. www.
blogdorizzolo.com.br, [email protected]
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HUMOR
O Amor
é lindo...
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