Entrevista - Via de Acesso
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Entrevista - Via de Acesso
L Revista F Ano - 02 - Junho, 2011 Entrevista Convidamos o ex-ministro Francisco Rezek para dar sua opinião sobre a saúde brasileira Comportamento Bullying: como evitar? As psicólogas Fabiana Jacopucci e Mirian Pereira ensinam como lidar com o problema Especial Entrevista com casais que se beneficiarão da Lei que regulamenta o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a opinião das igrejas Economia & Negócios Tecnologia Gastronomia Saúde Fernando Toscano preparou um guia com perguntas e respostas sobre o Mercado de Renda Variável Chef Andre Costa abre duas novas casas e ensina a preparar uma saborosa refeição www.revistalinhafina.com.br A febre do iPad 2 faz com que livros, revistas e até cardápios se adaptem ao novo sistema A Dra. Cristiane Braga explica como exaltar a beleza a cada década 1 2 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 3 L EDITORIAL Caros leitores, É sempre com muita satisfação que uso este espaço para escrever a vocês. É onde espero encontrá-los com muita alegria, saudáveis e cheios de esperanças. Afinal, a proposta da Linha Fina é justamente levar informações aliadas a soluções. Entramos no mês de junho e o friozinho veio nos fazer companhia, por isso mesmo trouxemos assuntos mais quentes. Alguns poderão não agradar, mas são situações que acontecem ao nosso redor. O importante é abordarmos cada pauta com respeito, dignidade e buscar soluções para que todos possam encontrar um caminho seguro para a formação de uma opinião. Nessa metade do ano, entre todos os temas importantes que foram discutidos, separamos alguns que chamaram a atenção de muitos leitores. Um é o caminho que a Saúde pretende e quer tomar com a questão dos médicos e residentes se mobilizando, para através de greves se fazerem ouvir, mas, como ficam os pacientes? Para isso entrevistamos o ex-ministro Francisco Rezek, que através de uma conversa informal, nos deu sua opinião. Outro assunto que parece ter abalado alguns foi a regulamentação da Lei sobre a união homoafetiva, buscamos casais que se beneficiarão da lei e também opiniões de religiosos sobre o tema. Ah! Temos também um assunto que assusta a muitos pais: o “bullying”. Para esse tema trouxemos duas psicólogas que orientam como reverter os efeitos depreciativos e, com isso, transformar as ‘vítimas’ em vencedores. Todos os assuntos desta edição foram escolhidos com muito cuidado e carinho, espero que sintam-se sempre tranquilos para pedirem reportagens e fazerem suas críticas. Temos muitas novidades que aos poucos iremos apresentar, mas preparem-se para a edição de julho, pois além de chegar mais quente, virá com muitas surpresas. L 06 F L Revista LINHA FINA Menu L EXPEDIENTE Olhar do Leitor Este é o espaço onde o leitor vira editor. 08 L Comportamento As psicólogas Fabiana Jacopucci e Mirian Nunes explicam como lidar com o Bullying L 10 Especial Namorados, união homoafetiva e opinião das igrejas 17 L Moda & Beleza Dicas e tendências para o outono e o inverno L 20 Turismo Itália, França e Estados Unidos: locais para passear e estudar Foto da capa feita por Márcio Siggia 22 L Gastronomia Chef Andre Costa e suas receitas L Entrevista 24 Dr. Francisco Rezek conta sobre sua experiência na Corte da Haia e dá sua opinião sobre a Saúde no Brasil 30 L Decoração Lareiras portáteis e valorização de ambientes pequenos 34 L Boa leitura. Abraços, Deborah de Oliveira Economia & Negócios Fernando Toscano preparou um guia de perguntas e respostas sobre o mercado de renda variável 36 L Saúde Dra. Cristiane Braga ensina como preservar a beleza em todas as décadas L Mundo Animal 38 Moda para cães e gatos 40 L Esporte 42 L Segunda Etapa do Oi Serra & Mar Social Desfile beneficente e feijoada que incentiva o esporte 48 L Cultura & Entretenimento Dicas para se divertir em junho L 50 Tecnologia A nova mania do iPad 2 4 www.revistalinhafina.com.br 54 L 53 L Crônicas & Artigos Fernando Rizzolo Humor Novos talentos em forma de quadrinhos www.revistalinhafina.com.br Diretor Executivo Wanderley Monteiro [email protected] Editora de Redação Deborah de Oliveira [email protected] Jornalista Responsável Mariza Torelli – Mtb 13.043 Equipe de Jornalistas, Repórteres e Correspondentes Andressa Dantas Armando Rozário Célio Ramos Cibele Gallinucci Fernando Toscano Tito – Francisco Henrique Oliveira Contato: [email protected] Partiparam desta edição: Fabiana Jacopucci, Sergio Israel Antonio Soares, Mayra Bellisoni e Fernando Rizzolo Projeto Gráfico, Revisão e Produção Gráfica Editora Better Designer Gráfico, Diagramação e Arte Rafael Fernandes [email protected] Comercial [email protected] PABX: 11 2379-01610 Direto: 11 3421-4516 Distribuição Better Editora Gráfica Ltda. Tiragem: 20 mil exemplares Distribuição gratuita nas 7 cidades do ABC, bairros da cidade de São Paulo (Morumbi,Vila Madalena, Vila Olímpia, Vila Mariana, Paraíso, Ipiranga, Cambuci, Lapa, Jardins, Jardim América, Jardim Europa e Ibirapuera.), Congresso Nacional e pontos empresariais em Brasília. Para reprodução total ou parcial da revista é necessário pedir autorização, que poderá ou não ser concedida. 55 L OLHAR DO LEITOR O olhar de Sergio Israel Sergio Israel se envolveu com a fotografia em 1994, clicou para diversas agências de publicidade brasileiras, além de ser contratado também por clientes diretamente. Sua exposição de estreia, em 2006, levou ao público um pouco sobre a vida do outro lado do mundo, com “Uma Viagem ao Oriente”. Em 2007 expôs “Destinos”, onde mostrou um pouco sobre sua visão de mundo e os lugares mais diferentes em que já esteve, de Brasil à Indochina. O fotógrafo continua viajando o mundo em busca de novas sensações e imagens. Gosta de retratar a natureza e mostrar as belezas existentes por trás das rotinas de cada um. Recentemente esteve na Patagônia e China, local que foi inspiração da imagem desta edição do Olhar do Leitor. Ficha Técnica: Velocidade: 1/160 Abertura: 5.6 Dist. Focal: 28 “Essa foi uma foto que não fiquei planejando para fazer. Foi uma daquelas coisas de momento, o local tem todo um clima, essa foto foi tirada no interior da China, durante o inverno, na cidade de Yangshuo, província de Guangxi. Gosto muito de diferenças culturais, e elas são muito visuais. Estar lá e perceber que eu estava extremamente longe do Ocidente, tanto culturalmente quanto em distância, com uma paisagem daquelas, me chamou muito a atenção para o momento, acredito que essa tenha sido a real motivação da foto, registrar o quanto há lugares e belezas extremamente diferentes.” www.sergioisrael.com.br L Olhar do Leitor Nesta seção fotógrafos profissionais ou iniciantes, podem mandar suas fotos (com 300 dpi de resolução) para a redação. Elas serão analisadas por diretores de arte, fotógrafos e jornalistas, a melhor será publicada. Devem mandar a ficha técnica da foto: câmera; distância focal; abertura; tempo de exposição; ISO; lente utilizada e data da foto. Pedimos que mandem também um mini-currículo sobre a experiência com fotografia, o que a imagem significa para o fotógrafo, quais foram as dificuldades para consegui-la e os seus contatos. Revista Linha Fina Rua das Monções, 98 – Bairro jardim – Santo André – SP – CEP 09090-520 E-mail: [email protected] 6 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 7 L COMPORTAMENTO Bullying: o que é e como evitar? Bullying, como não sofrer com isso Andressa Dantas Fabiana Jacopucci Outro fator importante e talvez menos divulgado é saber identificar quando o seu filho é o provocador de bullying. Uma situação, para os pais, tão difícil quanto se ele fosse a vítima. Os Bullies têm algumas características comuns como não cumprimento de regras, agressividade gratuita, mentiras, comportamentos autoritários e impulsivos, dificuldade de arrependimento. Observe seu filho e a relação dele com outras crianças e adultos. Uma coisa é ter uma característica de liderança voltada para a pró-atividade, outra é a de subjulgar as pessoas. Os profissionais da área da saúde como pediatra, neuropediatra, psiquiatra infantil e psicólogo estão à disposição para ajudar nestes casos tanto o provocador como a vítima. Assim, você ajudará seu filho a aprender a ser resiliente, ou seja, desenvolver uma grande capacidade de superação de conflitos frente a situações caóticas e no caso do agressor, aprender a se relacionar socialmente de forma mais saudável. divulgação Pensando no lado das vítimas, como reconhecer se o seu filho(a) está sofrendo bullying: observar se há alguma mudança de comportamento frente à escola, como tristeza, perda de vontade em estudar, baixo rendimento escolar, ansiedade e alguns sintomas físicos como dores de cabeça, barriga, mal-estares que não são explicados por nenhuma alteração orgânica. Estes são sinais de que algo não está bem com ele. Procure sempre conversar com sua criança, saber como foi o dia na escola, quais as atividades e brincadeiras. Quanto mais ela se sentir acolhida, maior a confiança em relatar qualquer dificuldade. Um contato próximo com a escola também é de grande importância, a fim de saber como ela está interagindo, quais as dificuldades e facilidades. Um bom diálogo entre pais e escolas previne muitas dificuldades. Caso seu filho(a) esteja realmente sofrendo esse tipo de assédio social, procure junto, encontrar alternativas para superar a situação, onde se possa encontrar possibilidades de enfrentar esses desafios. Isto fará muito bem a ele, pois aprenderá que pode superar situações difíceis na vida de modo geral. Se a autoestima de seu filho estiver muito fragilizada; e sozinho não esteja conseguindo superar as sequelas, procure ajuda da escola e de um profissional, como, por exemplo, um psicólogo, a fim de ampliar as possibilidades de superação da situação. O Bullying tem sido muito comentado na mídia, mas é necessário tomar cuidado para não classificar todo comportamento como negativo e prejudicial. A maior dificuldade é realmente entender o que significa bullying para quem o sofre, afinal, cada pessoa possui uma maneira de entender as coisas, e é essa singularidade de cada um que faz as informações serem positivas ou negativas ao cérebro. Como explicado pela psicóloga Fabiana Jacopucci, é necessário ficar atento aos comportamentos diferentes das crianças e sempre ter uma conversa aberta para diagnosticar problemas e, quando necessário, procurar orientação de profissionais especializados. Uma alternativa interessante e de resultado rápido para alterar o significado negativo que o Bullying provoca em crianças e também em adultos é o uso da PNL (Programação Neurolinguística), que aplicada através de profissionais da área, consegue isolar a informação negativa dada à uma situação e levar um novo significado ao fato, para que a pessoa encare o que era trauma de forma positiva e não mais dolorosa. “Para que as crianças não assimilem as informações negativas que são passadas pelos bullies há duas formas eficientes de utilizar a PNL. Através de metáforas com o conteúdo a ser melhor entendido, ou através de ressignificação em uma conversa direcionada. Em ambos os casos, é necessário que os pais ou profissionais que estiverem aplicando a programação entendam detalhadamente qual é a queixa da criança, podendo descobrir isso através de uma conversa com muita atenção nas explicações dadas por ela”, explicou a psicóloga e Master Practitioner em PNL e Coach, Mirian Nunes Pereira, da Humanity Treinamentos. Carla Valezin divulgação O termo Bullying deriva do inglês da palavra Bully, que poderia ser interpretado para o português como aquele que é valente, desafiador, dominador, tirano. Sendo assim, podemos compreendê-lo como um ato de violência física e/ou psicológica, intencional e frequente, realizado por um indivíduo ou grupo a fim de intimidar ou agredir outra pessoa ou outro grupo que não tem condições de se defender. Esse comportamento não é nada novo, nos filmes para o público infantil e adolescente são mostrados os líderes das gangues e os abusos que proporcionam as suas vítimas. Torturas Físicas, como espancamento, depreciação de algum bem material; e também a não menos devastadora Tortura Psicológica, sempre galgada na humilhação e ridicularizacão do indivíduo seja por utilização de apelidos, depreciação da autoestima da vítima e impedimento de outros se socializarem com a mesma, tal situação costumeiramente é predominante entre o sexo feminino e entre crianças menores. Mirian Nunes Paes Pereira diretora da Humanity Assessoria e Treinamento Fabiana Jacopucci Psicóloga e Neuropsicóloga 8 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br Mirian atenta aos pais para tomarem cuidado em não achar que tudo é bullying e começarem a tratar a criança de forma diferenciada, pois isso pode acarretar em um certo aproveitamento da situação por parte dos pequenos. “É claro que se criarmos as crianças com carinho, respeito e principalmente com muito amor ela será um adulto muito melhor, porém ao mesmo tempo corre o risco de ser mimada demais. O que vai dizer se a experiência é negativa ou positiva é o significado que a criança dá para aquela situação. Às vezes para os pais não aconteceu nada, mas, para a criança é diferente. Às vezes uma simples brincadeira ou um gesto podem ser entendidos de forma negativa ou positiva, isso depende da história de vida de cada um.”. Através da PNL também é possível trabalhar os traumas causados por bullying em adultos. “As técnicas de PNL nos permite acessar esses traumas de modo muito mais rápido. É possível chegar à informações inconscientes, que são os maiores traumas, e orientamos o paciente a compreender melhor o acontecido para poder alterar o significado daquele trauma, que às vezes, nem ele tem a consciência que aquela informação o prejudicava”. Ainda é possível utilizar as técnicas de PNL como uma “prevenção” ao bullying pois “ao aprender as técnicas de PNL, a maneira como você vai entender o seu funcionamento cerebral e o de outras pessoas vai ajudar a ressignificar cada situação que possa ser negativa e com isso fazer sua vida ser mais leve, mais tranquila e principalmente que tenha mais momentos felizes”, finalizou Mirian. L Fabiana Jacopucci é psicóloga e neuropsicóloga, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental Aplicada aos Disturbios do Sono pela Unifesp. Atende crianças, adultos e adolescentes. Contato: [email protected] Mirian Nunes Paes Pereira é diretora da Humanity Assessoria e Treinamento. É formada em Psicologia e Educação Física. Trainer e Master Practitioner em Programação Neurolinguística – PNL. Coach e Psicóloga Esportiva. Atuante na área de PNL e Coaching direcionado aos esportes. Membro da ISC – International Society of Coaching. www.humanity.com.br 9 L ESPECIAL O amor superando barreiras Cibele Gallinucci O Dia dos Namorados é a data mais esperada por todo casal apaixonado na maior parte do mundo. Cada país tem uma dada diferente para celebrar, no Brasil o 12 de junho foi o dia escolhido pelo publicitário João Dória que trouxe a ideia da Europa e dos Estados Unidos para aquecer a economia brasileira, pois o mês de junho para o comércio nacional era o mais fraco dos meses. Para alguns a data foi escolhida por anteceder o dia de Santo Antonio, considerado o santo casamenteiro. A paixão e o amor podem ser celebrados em qualquer época do ano e a qualquer hora do dia e para exaltar esses sentimentos, iremos contar algumas histórias de casais que superaram qualquer preconceito para viverem juntos. No mês de maio o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável de casais homossexuais como entidade familiar. Os cartórios terão de registrar o casamento civil entre eles. foto divulgação 10 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 11 As opiniões das religiões sobre a união homoafetiva superando o preconceito Cibele Gallinucci O amor a primeira vista aconteceu nas festas de fim de ano e continua até os dias de hoje. A radialista Márcia, 31 e a supervisora de qualidade Luciane, 35, nunca mais se desgrudaram e provam que o sentimento que elas têm uma pela a outra supera qualquer barreira. Márcia conta que conheceu sua esposa em 2006 e que nessa época as duas estavam com namoradas. “Na festa de final de ano a minha namorada da época e a da Luciane acabaram extrapolando nas bebidas e dormiram, Luciane começou a chorar, foi quando eu fiz um carinho nela para consolá-la e a partir desse momento percebemos que uma gostava da outra”. Sobre a aceitação da família, Luciane explicou que logo no começo do namoro Márcia foi morar com a família dela. “Chamei minha mãe e disse que estava namorando o Vitor e que o Vitor era a Márcia. Minha mãe no começo pediu para não contarmos para o meu pai, pois na época ele estava doente. Passando um tempo ele chamou a minha mãe na cozinha e disse que estava desconfiado que a Márcia e eu estivéssemos namorando e que eles teriam que aceitar. Para unir as duas famílias o meu pai convidava sempre os familiares dela para conhecer o local onde a Márcia morava. Eles demoraram em aceitar o convite, mas finalmente aconteceu o encontro das famílias e tudo correu bem. Meu pai tinha realizado um sonho, após uma semana ele faleceu, a impressão que tivemos é que ele tinha realizado uma missão, que era deixar as duas filhas felizes, o único pedido que nos fez foi para não nos separássemos.” Para Márcia a aceitação foi um pouco diferente. Sua família que mora em um dos municípios do ABC Paulista, disse que por ela ter namorado antes uma garota que não lhe fez bem, confundiram a Luciane era essa garota. “Faz uns 2 anos que a minha família a aceitou e hoje a minha mãe a apresenta como – Minha Norinha”. Conta Márcia. 12 Não podemos dançar! Para completar um ano de namoro e agradar a namorada, Márcia e um casal hetero, resolveram acompanhá-la ao Bar e Danceteria DuBoiê que fica em São Caetano do Sul, SP. Tudo normal no decorrer da noite, até que chegou a hora de usar o banheiro, como Márcia assumiu características masculinas, Luciane foi com ela ao banheiro feminino e explicou o caso. A senhora que cuida do local informou que não haveria problema algum. Luciane ficou na antessala a espera de sua namorada. Durante esse tempo, testemunhou duas garotas se drogando no banheiro, imediatamente comunicou a responsável do local e ambas saíram e foram para a pista de dança. Alguns minutos depois, alguns seguranças foram até o casal e, sem mais nem menos, separaram as duas. Um dos seguranças pegou a Márcia pelo cangote e forçou-a sair. Quando as duas perguntaram o que estava acontecendo, simplesmente disseram que elas não podiam ficar no local. “Eu expliquei para os seguranças e para o gerente que não estávamos fazendo nada de errado, simplesmente estávamos dançando de frente uma para a outra e em seguida nos levaram para fora” relata a supervisora. O casal informou que o gerente tinha ouvido alguns murmúrios de que elas estavam extrapolando e que alguns clientes reclamaram que haviam duas mulheres no local se beijando e solicitaram que as retirassem do ambiente. Luciane disse que elas não estavam se beijando e que o comportamento delas era normal como de duas amigas, justamente para não causarem constrangimento às outras pessoas. Para evitar que esse tipo de preconceito se repita Luciane e Márcia processaram o DuBoiê por danos morais. L A redação da revista procurou os responsáveis da casa DuBoiê, mas eles não se interessaram em apresentar sua versão. CNBB repudia a discriminação, mas é contra a lei. Os Bispos da igreja católica afirmam que toda a sociedade tem na família a sua base vital. A CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) disse que repudia todo tipo de discriminação e violência que fere a dignidade do ser humano, porém afirmam que equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. (www.cnbb.org.br) Espaço Maranata – Igreja Evangélica Perguntamos ao pastor Douglas Vilcinskas se daria permissão para que gays e lésbicas realizassem cerimônia religiosa em sua igreja e por quê? Não! Por princípio, seguimos a Bíblia como regra de fé e prática. Não tenho nada contra homossexuais, há alguns que até vem buscar aconselhamentos, e eu os trato com dignidade. A situação em si é que é o problema. Como pode uma coisa naturalmente antinatural ser natural? Não tenho preconceito. Tenho conceito. Deus os ama também, por isso é que devemos lutar para que eles compreendam isso. Queremos que sejam felizes, da forma como Deus os quer felizes. Casal é um homem e uma mulher, macho e fêmea, do contrário é um par. E as pessoas tem um valor dado por Deus que é mais do que o mundo inteiro. Do jeito que vai, teremos que fazer o “dia do orgulho hetero”. Ou começar a falar sobre “heterofobia”. Isso se tornará uma guerra. Não, não farei esses casamentos, nenhuma lei me obrigará a isso. www.pastordouglas.com.br Cibele Gallinucci O amor “Meu nome é Luciane e sou homossexual, sou casada com uma mulher há 4 anos”, foi assim que a supervisora fez a sua apresentação na primeira aula de gestão de pessoas. “A minha professora gostou e fizemos um trabalho sobre homossexuais dentro das empresas. Há alguns meses fui convidada pela educadora para fazer uma iniciação científica sobre homossexualismo dentro das empresas. E no futuro pretendemos levar para dentro das empresas palestras sobre o tema”. Pelo período de 4 meses a radialista que atualmente trabalha como vendedora em uma instituição bancária foi considerada a primeira vendedora do local. “Nas primeiras semanas a supervisora falou que eu não teria chance de crescer na empresa por ser homossexual, contei para a minha esposa o episódio, Luciane teve uma reação fantástica, me ensinou a canalizar toda a energia da minha raiva em vendas. E foi o que fiz. Superei minhas metas em mais de 90% e passei a frente de 6 mil funcionários da empresa. Hoje a supervisora, diz que tenho capacidade para crescer no trabalho”. No dia 18 de novembro de 2010 o casal oficializou a união estável em um tabelião de São Paulo. Antes disso, Márcia nos contou que quando tentaram pela primeira vez, procuraram um cartório em Ribeirão Pires, região do Grande ABC, chegando ao local o pedido foi aceito, porém com algumas exigências: elas deveriam entrar separadas para que as pessoas no local não percebessem o que estava acontecendo. Logicamente, tanto Márcia como Luciane não aceitaram essa condição. Sobre a nova lei e a adoção de filhos as garotas têm o sonho em transformar a união estável em casamento e que para terem uma criança elas querem se estabilizar financeiramente. Para o casal não adianta adotar por adotar e não ter as condições necessárias para criá-la. Além do casamento em cartório Márcia e Luciane querem também casar no religioso como qualquer outro casal, independente da religião, contanto que fosse aceito. “Eu gosto de frequentar a igreja evangélica. Eu acredito em um Deus único”, conta Luciane. Geraldo Campetti Sobrinho diretor executivo da FEB (Federação Espírita Brasileira) disse que o Espiritismo é uma filosofia desprovida de preconceitos de qualquer natureza. Assim, orienta os adeptos e aqueles que lhe são simpáticos a agirem de acordo com suas próprias consciências. O espiritismo outorga a cada um o direito de escolha sobre os caminhos que deva seguir, ensinando a busca do equilíbrio e do entendimento em todas as relações, independentemente de serem heterossexuais ou homoafetivas”. (www.febnet.org.br) divulgação L ESPECIAL Douglas Vilcinskas Márcia e Luciane www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 13 L Um relacionamento heterossexual cheio de intercorrências ESPECIAL e com Um casal que se parece até no visual. Cibele Gallinucci 14 foto Cibelle Gallinucci Para as pessoas que dizem que o amor de praia não sobe a serra estão enganados, pois para esse casal o amor subiu e também foi à primeira vista. No final do ano passado Jhonny, 24 anos, foi para São Vicente, litoral de São Paulo para passar o Reveillon e também para curtir mais um pouco do estado de São Paulo, já que sua família estava de mudança para Santa Catarina. E nessa passagem rápida pela praia, conheceu Wagner também de 24 anos.“Fui com cinco amigas lésbicas e ficamos todos juntos na mesma pousada e no dia 30 de dezembro o conheci. Minha cunhada foi quem nos apresentou e de imediato me simpatizei com ele e passamos a virada juntos”, lembra Jhonny. Jhonny relembra que nunca precisou assumir que era homossexual para a família, pois foi descoberto pela sua mãe. Com 16 anos as suas amizades eram diferentes para a sociedade e sua mãe acabou perguntando se ele era homossexual e ao ouvir a resposta afirmativa do filho questionou aos prantos o porquê de não ter revelado antes para ela, depois pediu para que se abraçassem. “No começo da descoberta a minha mãe solicitou que eu não contasse para o meu pai, mas teve um dia em que ele me viu dando um beijo e a reação dele foi a pior. Falava que era a última coisa que ele queria. E não me queria mais como filho, nessa hora imaginei que eu tinha perdido o meu pai. Agora ele aceita e me acompanha há cinco anos na parada gay de São Paulo”, relata Jhonny. Para Wagner foi mais difícil “Minha mãe faleceu quando eu tinha 12 anos e nessa época eu morava em uma cidadezinha do Mato Grosso do Sul. Na cidade há muitos homossexuais, mas, ninguém é assumido, então, resolvi assumir e foi um escândalo na cidade, eu tinha apenas 19 anos”. Wagner contou que para esconder que era homossexual namorava meninas, pois tinha muito medo da reação do pai que atualmente o aceita. Jhonny explica que até o momento somente o Wagner conhece a sua família e as apresentações para toda a família aconteceu justamente quando seus pais estavam de mudança para Santa Catarina. “Minha mãe já conversava com ele. Minha família o recepcionou muito bem. Nós também ajudamos na mudança. Sobre os parentes do Wagner conheço toda a família que mora no ABC Paulista e com minha cunhada converso por telefone sempre que posso”. muito amor Deborah de Oliveira Sobre o preconceito Jhonny recorda de um fato que aconteceu quando tinha 16 anos. “Teve uma vez que apanhei de uma gangue e na época não pude contar para os meus pais. Estava de mãos dadas com um garoto dentro do trem que tinha como destino o município de Itapevi, SP, disse que cai na escada rolante e foi a partir desse momento que me assumi, pois eu não tinha com quem contar”. Jhonny explicou que algumas pessoas de determinadas religiões não aceitam a palavra namorado e companheiro e que eles acabam falando “aquele amigo que mora com você”. Wagner relata que o visual deles foi mera coincidência, pois os dois usam piercing no queixo e no dia da entrevista estavam com o mesmo estilo e corte de cabelo. “Às vezes eu penso em uma coisa que ele iria falar. Nós nos completamos e ajudamos um ao outro, por exemplo, as tarefas de casa, mas sou eu que acabo cuidando um pouco mais e não sofremos em relação a isso”. Sobre participar de alguma religião o casal conta que antes de se assumirem gostavam da religião evangélica, mas agora sofrem o preconceito e atualmente seguem a doutrina espírita, para eles o importante é acreditar em Deus. O casal pretende se beneficiar da nova lei que foi aprovada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em que os cartórios terão de registrar o casamento de homossexuais e desejam casar até o final do ano. Questionados se querem casar em alguma instituição religiosa e construírem uma família disseram que pensam em um casamento religioso e até brincam com a questão de quem entrará vestido de noiva, mas, por pura brincadeira. Quanto a constituírem família afirmaram que por enquanto são eles, um peixe, dois cachorros e a felicidade. L www.revistalinhafina.com.br Silvana e Douglas Vilcinskas estão casados a pouco quando tinha 2 anos e vi que era a pessoinha mais meiga mais de trinta anos, nesse tempo de relacionamento, como a que já tinha conhecido, me conquistou de imediato e maioria dos casais, tiveram muitos fatos que marcaram suas comecei a cuidar dela. Hoje somos grandes amigas, ela e vidas e relacionamento. Cumprem o juramento: “Na saúde, minha filha ajudam a cuidar do pai, uma tarefa que não é na doença, na riqueza e na pobreza ficaremos juntos!” nada fácil...” comenta aos risos. Douglas Vilcinskas é filho de pastor evangélico e Hoje Douglas e Silvana ministram cursos específicos hoje, é também pastor evangélico. Nasceu e cresceu em um para lideranças. Sobre a ex-esposa comentam que o tempo lar cristão, casou-se pela primeira vez com Suzana (falecida) passou e as cabeças mudaram, durante a doença de Suzana e tiveram uma filha. Sua primeira esposa o acompanhava eles a visitavam e passaram o último Natal todos juntos na em seus trabalhos da igreja e tudo parecia ir muito bem, casa da primeira filha do pastor, “Seria tão bom se os casais até que um dia, na frente de testemunhas ela disse para separados pudessem experimentar isso” comenta o pastor. ele escolher entre o Deus dele e ela. O choque daquelas O serviço fúnebre foi oficiado por palavras foi constrangedor, mas Silvana, que também é pastora. decisivo. Acabara aí seu casamento, afinal Douglas jamais enganara Receita do bom marido sobre o compromisso que havia assumido ainda jovem em seguir e do bom pai os caminhos do evangelho. “Tenho um compromisso com Deus, Ele “Realmente não existe receita, ser vem em primeiro lugar, depois a bom é condição de personalidade. família, trabalho e o restante vem a Mas o carinho, o respeito e aprender reboque.” Comenta Vilcinskas. a ouvir são partes da receita para um O pastor conta que sofreu bom relacionamento tanto como pai preconceito por parte de outras como marido. E ainda tem o agravante Douglas e Silvana igrejas pelo fato de ser um jovem de precisar ser um equilibrista, pois pastor divorciado: “Sofri preconceitos, não por parte da são amores da mesma intensidade, porém com diferenças. comunidade onde atuava, mas pela liderança das outras Trato as três mulheres da minha vida como gostaria de ser igrejas co-irmãs. Mas, costumo dizer que só sabe o quanto tratado. A amizade e a cumplicidade são fundamentais.” dói quem tem a ferida. Tinha até que ‘sequestrar’ minha Receita de Douglas. filha para poder vê-la. Coisas de casais...” Vilcinskas afirma que a base para a sociedade é Após dois anos da separação, em um acampamento Deus, critica as novelas e outros programas que incentivam de jovens, um amigo trouxe uma moça muito bonita e quis o afastamento dos conceitos bíblicos. Diz também que apresentá-la, mas Douglas estava muito envolvido com os como qualquer casal tem suas crises, mas com o diálogo trabalhos da igreja e evitava envolvimentos por ainda sofrer e a experiência conseguem contornar tudo. Namoram com a separação. Para a sorte dele, a moça, que hoje é muito, brincam e sempre descobrem novidades um no sua atual esposa, continuou a frequentar a comunidade, outro. “Acreditamos que é bem melhor ficar juntos. Por que conheceram-se melhor e um ano e meio depois estavam haveríamos de estragar nosso amor por besteiras?” comenta. casados. “Hoje, trinta anos depois, continuamos nos “A festa vai começar, vou dançar até que os meus amando. Ela é meu porto seguro, passei por uma fase de sapatos me digam para eu parar de dançar, quando eles transplante de fígado, dez anos de tratamento, três anos na me disserem: para; então eu os tiro e danço o resto da fila de espera, três cirurgias em 40 dias, um AVC, utilizei vida descalço. Para quem já enfrentou grandes e terríveis trinta e sete bolsas de sangue, tive duas paradas respiratórias barreiras de saúde, posso afirmar que é importantíssimo e ela continua ao meu lado. Se isso não for amor...” que o casal esteja junto e crie vínculos de afeto cada dia Silvana como moça evangélica e solteira, também mais intensos. Não há coisa mais complicada do que passou por muitas provações e preconceitos até conseguir família, mas em contra partida, não há coisa mais gostosa oficializar seu casamento. A igreja onde congregava não como família. Uso a minha casa como laboratório para aceitava um pastor divorciado e muito menos um segundo poder realizar workshop para casais, intitulado ‘Como casamento. “Tive que ouvir muitas coisas, minha família me destruir o seu casamento’. Situações engraçadas que vivo apoiou, mas tive que sair da igreja e fui congregar onde no relacionamento me dão autoridade para falar sobre isso estava o Douglas. Conheci a filha do seu primeiro casamento de maneira bem humorada.” Conclui. L www.revistalinhafina.com.br 15 L ESPECIAl MÊS DE JUNHO MODA & BELEZA & Outono Festa junina, tradição adquirida Andressa Dantas Quando “oiei” a terra ardendo/ Qual a fogueira de São João/ Eu perguntei à Deus do céu:/ Ai, por que tamanha judiação?” (Asa Branca – Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) O sanfoneiro, compositor e cantor Luiz Gonzaga é uma das maiores influências musicais contemporâneas quando se fala em Festas Juninas, sua música com elementos nordestinos é muito utilizada nas tradicionais quadrilhas – dança feita em pares durante as festividades. Porém o que muita gente não sabe é que as Festas Juninas não são fruto da tradição brasileira. Apenas se adequou aos costumes de nossa terra e hoje faz parte de um calendário festivo religioso, mas, nem sempre foi assim. As festas juninas são encontradas em diversas culturas, todas com suas peculiaridades, mas com um elemento em comum: a fogueira. Esse símbolo participa de todas as festas pela celebração ao solstício de verão, como uma homenagem aos deuses pagãos pela época da colheita, da fartura e em agradecimento pelo o alimento que virá durante o período. Essa festa foi cristianizada na Idade Média, transformando a data em homenagem a São João Batista, posteriormente uma lenda cristã foi disseminada entre os novos convertidos dizendo que a fogueira foi uma maneira das primas Maria e Izabel se comunicarem para avisar sobre o nascimento de João. Outros costumes que conhecemos hoje em nossas festas juninas também vieram de tradições europeias, como a quadrilha, os balões e o mastro de São João. A quadrilha veio da França, uma dança de salão feita em quatro pares, muito popular em festas da aristocracia durante o século XVIII; já os balões eram utilizados na cidade do Porto, em Portugal, para avisar a todos que as festividades começariam, era comum soltar de cinco a sete balões por toda a cidade; o mastro de São João é uma adaptação do “mastro de maio”, que era erguido em festas pagãs na época da fertilidade da terra, os casais trançavam fitas coloridas no mastro e agradeciam aos deuses pela terra produtiva em mais um período. Todos os elementos festivos relacionados às festas juninas possuem origens pagãs e após a cristianização da festa ela não poderia deixar de existir, pois dessa forma a igreja perderia os novos fiéis, que já estavam acostumados com as tradições. Mas de qualquer forma, não há como deixar de admitir que após esses elementos chegarem ao Brasil tomaram ainda uma nova roupagem. A festa foi adaptada, reformulada, sem perder os elementos tradicionais, mas acrescentando ainda a personalidade do povo. Fortemente popularizada no Nordeste do País a festa utiliza-se até hoje de pratos feitos de milho, aqui utiliza-se de bebidas quentes como o vinho quente e o quentão. Como as festas realizadas no sertão não possuíam uma classe aristocrática, temos nossa quadrilha tipicamente brasileira, onde as roupas finas foram substituídas pelos tecidos de chita e cantigas próprias, marcadas nas marchinhas, para facilitar a dança. Nessa época do ano facilmente encontramos em praças de igrejas as quermesses com muita comida típica, danças e muita música, que de uma forma bem brasileira, ainda continua pedindo a fartura sobre a colheita: “Quando o verde dos teus ‘óio’ se espaiar na ‘prantação’, eu te asseguro, não chore não, viu, que eu ‘vortarei’, viu, meu coração”. L www.revistalinhafina.com.br 16 14 L As estações mais elegantes do ano chegam e os casacos, echarpes e luvas começam a abandonar o guardaroupa para desfilarem nas ruas e esse período exige muita criatividade no visual, pois unimos a beleza com a proteção do frio. Muitas pessoas pecam no visual achando que nessa época tão gelada podem agregar vários acessórios na aparência, deixando assim a impressão de um ar carregado e deselegante. E para não fazermos feio nas passarelas das avenidas do Brasil a Consultora de Imagem, Leca Calvi, ensina como ficar elegante com acessórios simples e bonitos. Linha Fina: Quais são os acessórios mais indicados para usar nesta estação e como usar? Leca Calvi: As principais tendências são as luvas em couro, botas com saltos de madeira, peles que podem vir em golas, acabamentos de botas, sapatos, bolsas e detalhes de roupas, além de echarpes e chapéus. LF: Qual o tamanho mais aconselhável para o uso das echarpes e quais são as cores mais recomendadas? LC: Não existe regra para o tamanho das echarpes e a cor vermelha é o grande destaque da estação junto com o animal print, para as mulheres mais discretas, usar essa cor e esse tipo de estampa em acessórios como bolsas e echarpes é uma maneira de estar na moda, sem abusar da tendência. www.revistalinhafina.com.br Inverno com elegância pelas ruas Cibele Gallinucci LF: Chapéu é um acessório que é usado tanto no verão como no inverno. Quais são os chapéus mais usados no frio? LC: Para o inverno, as boinas em lã, feltro e até mesmo em crochê podem ser uma excelente opção para “esquentar a cabeça”, neste inverno. Outra tendência é o chapéu Fedora que pode vir em padronagens clássicas como xadrez, pied coq ou lisos. LF: Nas mulheres, o que podem acompanhar os cachecóis? Nos homens, existe uma maneira correta de usar? Quais os tons mais utilizados? LC: Para as mulheres, os broches podem ser um excelente complemento e acabamento para os cachecóis, para os homens, o ideal é ficar nas padronagens clássicas como xadrezes, listras etc... LF: Como usar uma gola alta de maneira elegante? LC: A gola alta pode trazer charme e elegância e ficam bonitas sob camisas e blazers. Ela não é recomendada às pessoas com pescoço curto. 17 MODA & BELEZA Tratamento une beleza e autoestima divulgação LF: O cachecol é uma das primeiras peças a ser usada nesta época, mas muitas pessoas colocam sem estar atentas aos cuidados do visual. Como usar um cachecol de maneira correta e visualmente bonita? LC: Assim, como as echarpes o cachecol deve ser usado em cores harmônicas com o resto do visual, por exemplo, em tom sobre tom. Evite usar com golas muito volumosas. Para as mulheres com muito busto, procure usar echarpes de cachecóis em tecidos ou tricots leves. LF: Quais as principais dicas sobre as roupas do Outono/Inverno? E quanto aos acessórios? LC: Aproveite o inverno para montar looks mais sofisticados e elegantes. Abuse das alfaiatarias, chapéus, luvas e echarpes. Cuidado para não abusar das peles, use-as com parcimônia. Apesar de a estação ser a mais fria do ano, o Brasil é um país tropical. É bom não sentir frio. Ter um cobertor gostoso na hora de dormir ou uma boina que pode nos esquentar durante o dia. Mas, infelizmente temos muitas famílias espalhadas no país que não podem aproveitar dessa mesma oportunidade. Por isso, vamos esquentá-las através de um gesto simples e elegante: doe um agasalho em boas condições para alguma instituição da sua cidade. Assim você esquentará não somente o corpo, mas, também o seu coração e o de quem receber. 18 Para as pessoas que estão em tratamento de quimioterapia a Payot criou um curso de maquiagem para minimizar a depressão, elevar a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes. Maria Paulina Kwasniewski, gerente do CAESP Centro Avançado de Estética Payot - explica que para as pessoas em tratamento a maquiagem não é específica, mas pessoal. O curso ensina as mulheres a cuidarem da pele, limpado-a com produtos sem álcool, e mostrando ao paciente quais as tonalidades de batom, sombras e blush mais adequadas à sua pele. Os profissionais ensinam além da automaquiagem e dos cuidados cotidianos com a pele, o uso adequado de acessórios como chapéu, lenço e perucas, que ajudam a valorizar o visual e gerar um efeito positivo nos resultados da recuperação terapêutica oncológica. Esses cursos não têm custo algum e eles são programados em parceria com as instituições. A própria instituição organiza as turmas interessadas e a Payot participa com os profissionais e os produtos. “É o caso do trabalho que desenvolvemos em parceria com a Casa Hope (que hospeda familiares de crianças com Câncer que moram em outras cidades e que estão em tratamento em São Paulo). Durante o período que estão fora de suas cidades, em acompanhamento ao filho doente, a Payot e a Casa Hope mantém uma sala de aula para vários cursos, entre eles maquiagem e manicure” comentou Maria Paulina. www.revistalinhafina.com.br L Dicas do maquiador divulgação O maquiador Ronaldo Concheta da Payot passa algumas dicas práticas, rápidas e fáceis para mulheres e homens que estão em tratamento de quimioterapia - É importante ter o diagnóstico preciso de um dermatologista e oncologista, que não contra-indique o uso de cosméticos. - No tratamento sejam homens ou mulheres ocorre a queda dos pêlos. O uso de acessórios e uma maquiagem discreta nessa fase vão garantir elegância e sofisticação - Para os homens existem boinas, bonés, chapéus. Para os mais vaidosos próteses capilares. - Para as mulheres a variedade é maior seja nas opções de cores e variedades, tem lenços, boinas, chapéus e as perucas de fios naturais que podem ser encontradas na mesma cor e corte ficando com aspecto bem natural. - A higienização da pele que é o limpar, tonificar um hidratante com FPS (Filtro Protetor Solar) é super importante tanto para os homens como para as mulheres, pois o uso dos medicamentos causam o ressecamento da pele do rosto e corpo, vale também o uso de um hidratante corporal. Para a cobertura da pele: - Base líquida ou hidratante tonalizado, distribua na testa, nariz, queixo e laterais do rosto e espalhe para que fique uniforme. - Na área dos olhos pode até dispensar a sombra, mas o uso de um contorno seja um lápis ou delineador dará um olhar mais expressivo. Em alguns pacientes a queda dos cílios será inevitável, aposte em cílios postiços, existem modelos simples e discretos. Se não houver a queda, a máscara de cílios é indispensável. - Blush vai ser o coringa dessa maquiagem! É ele que dará o ar natural e saudável. Se durante o tratamento a pele ficar amarelada evite os tons de blushes pêssegos e alaranjados, pois irão acentuar mais o amarelado. Para não errar prefira os tons rosados e amarronzados. Serviço: Maquiador e Cabeleireiro Maquiagens e cabelos artísticos e sociais Ronaldo Concheta Contato: [email protected] www.revistalinhafina.com.br Serviços: Para as pessoas interessadas em fazer o curso devem procurar a assistência social do hospital, para informações das datas. O curso é gratuito, assim como as maquiagens ultilizadas durante o mesmo. Centro Avançado de Estética Payot Rua: Borges Lagoa, 913, Bairro Vila Clementino, SP. Tel: 11 5081-7790 www.payotprofissional.com.br Casa Hope - Apoio à criança com câncer Rua: Alameda dos Guaianumbis, 1027, Planalto Paulista, SP. Tel: 11 5056-9700 www.hope.org.br L 19 L TURISMO fotos divulgação Passeio a bordo de iate pela Costa Amalfitana romantismo oferece todo aos enamorados italiano Redação Com um quê rústico, uma atmosfera mediterrânea e uma bela vista dos rochedos, a Costa Amalfitana é cercada por um mar totalmente azul e praias rochosas, cenário dos sonhos para vivenciar o Dia dos Namorados. A viagem começa por Nápoles, onde é possível vislumbrar as ruínas de Pompéia, cidade extinta pelo vulcão Vesúvio. Depois o roteiro visita as ilhas de Ischia e Capri e as cidades de Sorrento, Positano, Praiano, Amalfi e Vietri Sul Mare, onde os viajantes têm a impressão de estarem dentro do cenário de um filme romântico. A Itália é um destino muito procurado pelos casais, pois seu passado histórico inspira o clima de romance e paixão, e o passeio a bordo de um iate ainda possibilita total privacidade a dois. Esse destino propicia experiências indescritíveis. Em Capri, por exemplo, há um conjunto único, com vegetação exuberante, águas extremamente azuis que desliza de encontro das falésias, a privilegiada vista dos golfos de Sorrento e de Nápoles, além da Costa Amalfitana ao fundo. Na ilha de Capri os viajantes gostam de visitar as lojas de grifes como a famosa Cartier, as lojas de cerâmicas da região e de apreciarem a gastronomia local além de se encantarem com os belos jardins e para os turistas que preferem o passeio ao luar, a noite italiana em Capri é bem procurada pelas suas discotecas. Para os apaixonados pelo mar, outro passeio muito requisitado pelos viajantes é a visita a Gruta Azul em Capri, que só é possível com um barquinho. Dentro da caverna, por volta das 12h00 locais, entra um feixe de luz que ilumina a água azul transparente da caverna. Durante a viagem os hóspedes têm total liberdade para visitarem os locais em terra e decidir seu roteiro, podendo escolher se desejam permanecer mais tempo em um local ou em outro. O embarque dos passageiros é realizado em Nápoles. A melhor época para viajar para o destino é de junho a setembro. Serviço: www.regatta.com.br Telefone: (11) 3037-7000 44 20 www.revistalinhafina.com.br Carteira de Estudante Internacional oferece vantagens e descontos exclusivos para estudantes. Conhecida por seu completo trabalho em intercâmbio e turismo jovem do país, a CI oferece aos estudantes que pretendem viajar ao exterior, uma vantagem a mais. A empresa é responsável oficial da Carteira de Estudantes Internacional, a ISE Card – International Student Exchang, que oferece descontos em mais de 90 países, em hotéis, albergues, restaurantes, tours, museus entre outros. Para adquirir a ISE Card é necessário que o viajante esteja cursando o ensino fundamental, médio ou superior, pós-graduação, mestrado ou MBA, desde que reconhecidos pela Secretarias Estaduais da Educação ou pelo MEC. Para adquiri-las é preciso ir até uma loja CI com uma cópia do documento de identidade, o comprovante de escolaridade e uma foto 3X4. Para desfrutar dos benefícios da ISE Card é necessário fazer a validação da carteirinha, feita pelo site, além de encontrar todas as opções de serviço de desconto. Segue alguns lugares com desconto França/ Torre Eiffel - 20% de desconto para estudantes menores de 25 anos. Espanha/ Barcelona - na compra de um drink, o segundo é grátis no Tablao Cordobes. Itália/ Roma - até 20% de desconto no aluguel de bicicletas. Nova Zelândia/ Wellington - até 25% de desconto na massagem deluxe ou facial no Bodyhaven Spa. EUA e Canadá - até 20% de desconto na melhor tarifa disponível nos Hotéis Knights Inn. www.revistalinhafina.com.br As férias do meio do ano estão chegando e algumas pessoas ainda não escolheram o destino da viagem, há várias formas de aproveitar esse período. Os jovens e adultos podem fazer um curso de idiomas, para aqueles que também querem agregar ao currículo cursos diferentes, há possibilidade de fazer um curso de idioma junto com um curso especial como artes, cinemas entre outros. E para os viajantes que estão à procura de uma experiência profissional no exterior há também os trabalhos de férias em lugares como parques aquáticos, estações de ski entre outras. No mês de junho e julho sugerimos a seguinte opção: Monkey Project & Kruger Tour. África do Sul Projeto realizado com macacos onde os voluntários realizam atividades como construção de viveiros, preparação de alimentos, acompanhamento de grupos de turistas, reabilitação e até reintegração desses animais à natureza. Passeio de 5 dias, onde os participantes irão conhecer o Kruger Nacional Park, participar de picnic, parada no mirante “Three Rondavel”, acampamento, “game drive” onde terão oportunidade de ver diversos tipos de animais e até um “game drive” noturno. 2 semanas no Monkey Project: acomodação para casal +alimentação + transfer inclusos. Tour após o projeto: 5 days Kruger Tour: Acomodação em acampamento (barracas) + refeições de acordo com o descritivo Serviço: www.ci.com.br Telefone: (11) 3677-3600 L 21 L GASTRONOMIA A arte de criar e adaptar sabores fotos divulgação Andressa Dantas Chef Andre Costa prepara cardápios personalizados para os românticos Com uma trajetória profissional firmada pelo militarismo, o Chef Andre Costa é formado em engenharia pela Academia Militar das Agulhas Negras. A tradição militar veio por parte da família, acabou seguindo os passos do pai, porém, a paixão pela gastronomia sempre foi algo presente em sua vida e jantares informais para amigos e familiares sempre foram liderados por ele. Após deixar a carreira militar de lado foi em busca de aprimorar seus conhecimentos gastronômicos. Viajou para a Grécia e lá firmou seu amor pela magia dos temperos e combinações inusitadas de alimentos. Foi o responsável por levar à região do Grande ABC um restaurante grego contemporâneo com adaptações das receitas ao paladar brasileiro. Atualmente está com dois novos projetos de adaptações gastronômicas, resultado do ótimo desempenho e críticas positivas aos pratos criados anteriormente. Um de seus trabalhos recentes é extremamente inovador e mescla a arte gastronômica com a arte musical, literária e teatral. Uma surpresa que deixará os olhos, ouvidos e paladares dos frequentadores com “gostinho de quero mais”. “É um bar que inaugurará ainda esse ano, em São Bernardo do Campo, a proposta do bar é toda envolvida na vida de um compositor, autor e ator que teve seu auge nos anos 40 e 50, considerado um ícone do ‘samba’ paulista. Pesquisei todas as letras de suas músicas e as comidas que eram servidas nos botequins da época, para assim, criar um cardápio que fosse condizente com a proposta, porém, adaptado para os dias de hoje. Ficou extremamente diferente, cada prato traz em seu nome algum título de música ou parte das letras”, explicou o Chef. O segundo projeto liderado por Costa é uma casa diferenciada de Parrilla Argentina, que também será inaugurado nesse ano, no coração de Perdizes, próximo aos tradicionais bairros da Pompéia, Alto da Lapa, Pinheiros e Pacaembu. “A casa tem um clima de chácara, com muitos jardins e caminhos. A parrilla será para ninguém botar defeito e terá uma cave com rótulos argentinos, é claro, mas também muitos outros que se harmonizarão com os pratos que tem base em cortes nobres de carne argentina. O espaço terá uma pegada bem jovial, com músicas portenhas e os modernos tangos eletrônicos, sem perder de vista a tradição musical difundida por Carlos Gardel. Um ótimo lugar para ir com amigos, família, reunião de negócios e passar ótimos momentos. Vale a pena conferir a inauguração”, finalizou. Confira as criações do Chef André Costa La Recoleta Parrilla Rua Caiubí, 155 – Perdizes – SP Dentro de um espaço aconchegante o público poderá curtir boa música, os cortes especiais de carnes além de uma cave com mais de 100 rótulos, que fica no subterrâneo da casa, que é tombada pelo patrimônio histórico paulista. Amanda Souza Já a outra casa ainda é uma surpresa para o público. Tem previsão de inauguração também em 2011, e será uma grande homenagem a um dos maiores sambistas paulistas. A casa já tem endereço garantido: Avenida Kennedy, em São Bernardo do Campo – SP. 22 www.revistalinhafina.com.br Para os casais que desejam comemorar o Dia dos Namorados em casa com muito romantismo, o Chef André Costa preparou uma sugestão simples e muito saborosa para os apaixonados de plantão, confira: Entrada - Creme de Aspargos Tempere os medalhões com sal e pimenta a gosto, coloque os pedaços para fritar (selando) na manteiga sem sal até que fique dourada. Na outra frigideira coloque a outra porção de manteiga e frite o shitake, flambando com o conhaque, acrescente o creme de leite fresco e deixe reduzir a ponto de creme por fim acrescente o queijo parmesão. Quando o creme estiver consistente, coloque as carnes no creme para que ganhe o gosto. Faça um arroz simples refogando o alho e a cebola na manteiga, frite o arroz e adicione água suficiente para o cozimento, acrescente o açafrão na água e misture homogeinizando. Sobremesa - Balounet de Chocolate 5 aspargos médios em conserva picados Sal a gosto 1 caixinha (200 g) de creme de leite light 3 colheres (sopa) de azeite de oliva 2 dentes de alho 2 xícaras (chá) de leite desnatado 4 colheres (sopa) de farinha de trigo . 400 g de chocolate meio amargo . 2 bexigas de gás . 1 pacote de frutas vermelhas congeladas . 100 g de açúcar . 20 ml de licor contraux . 3 ovos . 2 colheres (sopa) de açúcar . 1 lata de creme Bata no liquidificador os aspargos, a farinha de trigo e o leite até obter um creme e reserve. Descasque o alho, corte em lâminas e coloque-o numa panela com o azeite de oliva. Leve ao fogo e refogue até dourar. Incorpore o creme de aspargos e cozinhe sem parar de mexer, por 8 minutos. Adicione o creme de leite e, assim que ferver, acerte o sal. Retire o creme do fogo, distribua-o nos pratos e, se preferir, decore com pedaços de aspargo e pimenta rosa. Encha as bolas com água, derreta 200 g do chocolate meio amargo em banho maria, quando estiver derretido mergulhe as bolas com água para que se forma uma casca de chocolate em seu entorno. Calda de frutas vermelhas. Derreta o açúcar incremente com as frutas vermelhas coloque o contreau até borbulhar e reserve. Prato Principal - Medalhão de Mignon ao molho de Shitake e Arroz de Açafrão . 2 Medalhões de Filet Mignon com cerca de 250 g cada . Sal a gosto . Pimenta do reino a gosto . 80 g de cogumelo shitake fatiado . 100 ml de creme de leite fresco . 20 g de queijo parmesão ralado . 20 ml de conhaque . 1 xícara de arroz . 10 g de açafrão em pó . 10 g de alho picado . 10 gr de cebola picada . 100 g de manteiga sem sal . 2 frigideiras grandes e rasas www.revistalinhafina.com.br Mousse: Separar as claras e as gemas; Em um prato bater com garfo as gemas e logo em seguida juntar o açúcar; Derreter o chocolate no microondas, na vasilha onde vai ficar a mousse, por cerca de 2 minutos em potência média Mexer o chocolate para terminar de derreter; Bater as claras em neve (quanto mais batidas, mais aerado vai ficar a mousse); Misturar todos os ingredientes e levar à geladeira; Para incrementar, pode misturar gotinhas de chocolate e colocar por cima também. Quando frio esvazie as bolas e deixe somente a casca de chocolate, encha-as com a mousse e sirva com a calda de frutas vermelhas por cima. L 23 L ENTREVISTA ESPECIAL: Medicina no Brasil Entrevista com o ex-ministro Francisco Rezek Deborah de Oliveira Um pouco sobre o ex-ministro Considerado um dos maiores juristas do país Francisco Rezek graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 1966, doutorou-se em Direito Internacional Público, em 1970, pela Universidade de Paris, e, mais tarde, concluiu pós-doutorado na Universidade de Oxford, Inglaterra, onde foi eleito Honorary Fellow. Começou a sua carreira como Procurador da República, em 1972, após passar em concorrido concurso público. A partir de setembro de 1979 exerceu a função de Subprocurador-Geral da República e foi nomeado Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), em 1983, com apenas 39 anos de idade – o mais novo da história do país! Durante a sua trajetória profissional presidiu, também, o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, entre 1989 e 1990, renunciando ao cargo para assumir o Ministério das Relações Exteriores período no qual o Brasil preservou a sua política de ‘não alinhamento’, abriu-se ao comércio exterior, liderou, no plano regional, a criação do Mercosul e preparou a “Conferência do Rio de Janeiro” sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento . Em 1992 foi novamente nomeado para o STF e se aposentou em 1997 quando foi eleito para um mandato de nove anos no Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas (Corte da Haia). Hoje exerce atividades profissionais, em São Paulo e Brasília, como advogado e consultor jurídico, além de arbitragens internacionais através do seu escritório, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo-SP, de onde comanda a sua equipe. www.franciscorezek.adv.br Rua Dr. Renato Paes de Barros, 717 – 8º andar Itaim Bibi – São Paulo – SP – 04530-001 Telefone: (11) 3079-1711 / FAX: (11) 3079-1716 24 Se o cidadão brasileiro se ressente pelo mau atendimento médico e dos planos de saúde, pela falta de vagas em hospitais e a demora na marcação de consultas por outro lado os médicos também sofrem com o excesso de trabalho, convênios ruins, falta de estrutura nos hospitais e a reivindicação por plano de carreira digno. Para discutir tudo isso e também uma série de outras questões afetas aos direitos humanos é que a Revista Linha Fina ouviu uma autoridade no assunto: o ex-ministro Francisco Rezek que, como era de se esperar, foi brilhante em suas colocações: Linha Fina: Dr. Rezek, como o senhor visualiza a situação da carreira médica e os problemas que são transferidos para a população? Francisco Rezek: Venho de uma família de médicos, fui o único a tomar um caminho diferente. Minha intenção era seguir a tradição familiar, mas na última hora decidi pelo Direito. Quanto à questão do Plano de Carreira Médica, acredito que a categoria ainda está caminhando na direção da elaboração da Lei para regulamentação do salário mínimo, ou piso salarial do profissional médico. Há alguns anos dei um parecer favorável para o STF em um caso envolvendo um interesse semelhante da comunidade dos Engenheiros. Na época a associação dos Engenheiros ficou bastante reconfortada com este parecer. No caso dos médicos, ao que me parece, nesse momento, é necessário o empenho na produção legislativa que dê cobertura a uma categoria importantíssima. Uma curiosidade na cultura brasileira é que, por parte dos empregadores e também por parte do Estado, existe a ideia de que determinadas categorias deveriam trabalhar por sacerdócio em troca de nada ou em troca de muito pouco. Tenho acompanhado, sobretudo, a problemática dos Músicos, dos produtores de música, autores, compositores e intérpretes, já que a todo o momento temos um incidente por conta de instituições no meio televisivo, radiofônico, hoteleiro, no meio promocional etc, que continuam convencidos de que os músicos não devem ganhar pelo que fazem. Infelizmente há ainda no Brasil muitos juízes que acreditam nisso; que raciocinam como se dissessem que Wolfgang Amadeus Mozart, que no seu www.revistalinhafina.com.br tempo, viveu na pobreza, morreu na miséria e foi enterrado em uma vala comum, então por que os músicos do Brasil de hoje querem ter um destino melhor, é mais ou menos essa a ideia. Ouvem-se disparates de todo o tamanho pela voz de empregadores do meio das comunicações de massa que utilizam a música como matéria prima e muitas decisões judiciais foram verdadeiros descalabros. Mas quase sempre corrigidas ao nível do Tribunal Superior de Justiça. Creio que esse tipo de infelicidade vem acontecendo à classe médica e, sem dúvida alguma, a população recebe o reflexo disso. LF: Alguns médicos comentam que têm sua autonomia limitada para marcar cirurgias e exames, por exemplo, os convênios liberam um determinado número de cirurgia para uma especialidade por mês, porém existem mais casos com a mesma necessidade do que o previamente aprovado. Vários médicos são obrigados a fazer escolhas e ainda administrar o problema com os pacientes. Qual sua opinião sobre isso? FR: Isso é uma lástima, não é assim que se trabalha eu fico imaginando o que pode acontecer. Veja bem, eu me lembro de como fiquei indignado com um episódio, quando tinha entre 14 ou 15 anos. Ia para Belo Horizonte para prosseguir meu curso científico do colégio Arnaldo e, na tomada do ônibus do Sul de Minas dois passageiros discutiram com o motorista por uma razão qualquer, ao ponto de deixar o motorista em uma situação de stress na hora de empreender a viagem. E eu me dizia, mas isso é uma loucura total! Esse homem precisa de calma e serenidade para começar a dirigir esse ônibus em segurança. De modo que a companhia, primeiro comete um erro em não deixar outra pessoa ali para discutir com um passageiro que goste de criar caso, e esses passageiros cometem um erro clamoroso ao deixar o motorista acuado e tenso na hora de viajar. Tudo aquilo que desestabiliza o profissional que precisa da sua segurança científica, mas também da sua serenidade, do seu sangue frio para realizar o seu trabalho e, não há exemplo mais claro dessa necessidade do que o médico, não só o cirurgião, mas o médico em geral, é extremamente nocivo ao bom andamento do seu trabalho na relação médico/paciente. E com a sociedade, decididamente, não pode dar bons frutos. www.revistalinhafina.com.br LF: O senhor acredita que essa pressão exercida sobre os médicos pode provocar um número maior de erro médico? FR: Eu sei que em algumas sociedades existe advocacia especializada no processo por erro médico, creio que entre nós isso está começando, porém, sei de uma série de casos isolados onde o problema não é culpa do médico, como as circunstâncias hospitalares do sistema público, e o excesso de trabalho para o número reduzido de profissionais da medicina. Mas, quando se trata de erro médico, já que o ser humano é falível, mesmo sendo pela inexperiência do profissional de medicina, a maneira de reagir não creio que seja o processo, muito menos o escândalo com a chamada de certo tipo de mídia e, sim, a exigência do trabalho feito correto por quem esteja ali em associação com aquele profissional ou em alguma posição de superioridade em relação a ele, até porque há uma profunda falta de lógica neste tipo de reação, afinal de contas o que interessa primordialmente a cada uma das partes interessadas é a preservação da saúde. E, penso, que para algumas pessoas, o que elas querem é alguma outra coisa que não a saúde, talvez dinheiro ou os famosos quinze minutos de glória. Não é assim que se procede. LF: O senhor já utilizou o serviço médico do SUS? Fora do Brasil utilizou algum serviço público de saúde? Como foram essas experiências? FR: O serviço do SUS nunca utilizei, mas na Holanda sim enquanto estive na Corte da Haia, como também na França, em Paris, antes disso na Inglaterra como estudante de pós doutorado, no final dos anos 70. Na Inglaterra sei que a medicina pública enfrenta crise, sobretudo nos últimos anos. Naquela época as coisas eram um pouco melhores, mas como eu estava na cidade de Oxford, uma cidade menor, a comunidade era mais organizada e as coisas funcionavam melhor. Assim sendo, foi possível estabelecer um laço de amizade com os profissionais da medicina pública que me assistiam, éramos eu, minha mulher e três filhos, achei bastante boa a assistência recebida. Na França nunca tive queixas, enfim, de qualquer maneira, como medicina pública, é de longe a melhor da Europa, na 25 L ENTREVISTA Suíça pode se encontrar algo melhor, mas a preço muito, muito elevado. A da Holanda me pareceu fraquíssima, o sistema não funciona, ou há uma espécie de achatamento por baixo, pelo seguinte, o modo como a sociedade holandesa e o sistema universitário holandês funcionaram nas últimas décadas, fez com que a vocação para medicina fosse desincentivada. Isso é um desastre quando acontece em qualquer sociedade, criar-se uma situação tal, e quase sempre por culpa do Estado, em que jovens que em outras circunstâncias quereriam tomar o caminho das ciências médicas acabam desistindo. Eu tive a nítida impressão nesses anos de Holanda de que o que aconteceu foi isso, as pessoas se convencem de que é mais vantajoso ir para os bancos, ir para o parque financeiro ou outras profissões que são relativamente interessantes em países como aquele. Por exemplo, a tecnologia de ponta, certos ramos da Engenharia e mesmo o Direito, porque a carreira jurídica ainda é compensadora na maioria dos países do mundo, o que não acontece para a Medicina. A sensação que tive é que o número de médicos na Holanda é inferior às necessidades, embora todos estejam cobertos por uma forma de seguro social que dá direito a medicina pública, o fato é que ela funciona de modo precário. Dou-lhe um exemplo, durante o meu mandato na Corte da Haia, a mulher de um dos juízes teve o seu diagnóstico feito pelos médicos locais e foi dito que ela precisava de uma cirurgia cardíaca imediatamente, mas que havia uma fila de 18 meses para o agendamento. Ele, perplexo e indignado, falou: mas o senhor disse que ela precisa ir para a mesa de cirurgia agora... O que o senhor sugere que eu faça? Responderam: saiam daqui, procure outro lugar. Ele foi para a França e lá a moça foi operada. O que acontece hoje em alguns países do hemisfério norte e a Holanda, é que nem pagando se consegue uma boa medicina. Não era uma questão de pagar ou não pagar. O sistema não funciona, a Medicina é toda ela pública e foi de tal maneira banalizada que há naturalmente filas intermináveis para tudo. E, não há como contornar isto dentro do próprio país, é preciso sair dele. LF: Então nosso SUS é melhor que a Medicina pública da Holanda? FR: Houve uma época, estava mais ou menos no meio do meu mandato, quando vim a São Paulo fazer exames médicos e saiu numa coluna social de um jornal renomado, um comentário meu dizendo que a Medicina era a que se encontra no Brasil e não a da Europa, e que não havia Medicina que rivalize com a nossa. Para muitos, dependendo da corrente política que pertença, a Medicina brasileira é de excelente qualidade para quem pode pagar e a Medicina pública é extremamente insatisfatória e o sistema hospitalar público é desumano, isso não é muito exato. Eu tenho razões para crer que mesmo a pessoa extremamente pobre e dependente 100% dos recursos da Medicina pública, tem nos casos de maior seriedade uma assistência correta, já houve gente até mandada para o exterior por conta da Previdência Social. O que anda muito mal entre nós, e aí por obra óbvia dos governantes, é a Medicina pública no trivial simples, a Medicina pública não dá conta das pessoas pobres que no dia a dia por conta dos problemas menos originais ou menos graves recorrem ao sistema. É verdade que há também nessa imensidão do trivial simples, casos graves que acabam se perdendo no conjunto e produzindo a morte do paciente por falta de um sistema de triagem que nos hospitais públicos identifique aquilo que deve ser tratado imediatamente e em condições de maior cuidado. LF: Muitos hospitais e clínicas têm contratado médicos e residentes estrangeiros, com isso, nossos médicos perdem espaço e talvez a população perca qualidade, pois há relatos de estrangeiros e mesmo brasileiros que, sem se quer estarem matriculados no curso de Medicina, serem contratados como médicos. O que fazer para impedir que isso continue acontecendo? FR: Eu acho que nós não deveríamos impedir a entrada dos mais qualificados, porque veja bem, se há documentação falsa ou qualquer tipo de fraude, isso é um caso de polícia, que deve ser tratado com seriedade. Agora, acho perfeitamente razoável e até exemplar que o Brasil acolha jovens de outras nacionalidades sobretudo de países vizinhos, que não possuem um sistema de ensino médico como o nosso para proporcionar a eles, em base de competição e não por força de convênio, não pelo sistema do paraquedas que sempre foi uma coisa execrada pelos estudantes universitários brasileiros, mas pelo mérito e pela competição. Na medida em que jovens de países vizinhos mais pobres, mas onde há sem dúvida talentos, possam chegar aqui para fazer aquilo que, por exemplo, alguns brasileiros fazem nos Estados Unidos: chegam lá e, sem nenhum favor, sem nenhuma espécie de apadrinhamento competem com os locais e fazem lá o seu aprendizado em condições de brilho e voltam para cá. Se pudermos numa base de livre concorrência e competição pelo mérito, abrigar nas melhores universidades brasileiras, alguns dos jovens mais brilhantes de países vizinhos onde não há um bom curso a ser frequentado e, que depois se orgulharão a vida inteira de terem feito o curso médico no Brasil, isso só nos engrandeceria e colaboraríamos com a unidade continental, mas sempre à luz da ideia que é também a política de diversos governos de nações da Europa, que conseguem bolsas de estudos e de algum modo acolhem, na medida em que podem fazê-lo, os estudantes estrangeiros, contanto que ao término de seus estudos voltem imediatamente aos seus países de origem fazendo lá, aquilo para que foram treinados no Brasil, já que não podiam ser treinados corretamente lá mesmo. Essa é a única razão do nosso interesse em treiná-los. Sendo assim, eu acho que seletivamente, insisto nisso, seletivamente, podemos contribuir com a formação desses jovens. “...a Medicina pública não dá conta das pessoas pobres que no dia a dia recorrem ao sistema...” 26 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 27 L ENTREVISTA fotos marcio Siggia LF: O senhor é contra as cotas? FR: A filosofia da cota é, em si mesma, algo patológico, porque na medida em que se entenda que por tais ou quais razões de índole nacional, racial ou de índole histórica, por qualquer razão desse mundo se impede que a livre competição pelo mérito, que sempre caracterizou os exames, desde os exames de admissão que as crianças faziam aos 10 anos para entrar no ginásio até o vestibular. Se, se abolir isso, instituindo cotas em nome de qualquer desses argumentos que justificam aqui e ali a cota, e parte-se para adoção da cota em matéria de ingresso na universidade, ou de ingresso na função pública, ou seja lá o que seja, o resultado é que por coerência nós deveríamos adotar a cota também para a avaliação do rendimento e, quem sabe se amanhã como professor universitário eu não vou receber um bilhete da direção dizendo: Olha, a cota de aprovação é tal. Tantas aprovações tem que ser pela cota. Aí os empregos terão que ser pela cota e não tem validade. LF: A prova do ENEM tem classificado alunos de todo o país e os remanejado para Universidades públicas onde haja sobra de vagas, independente do local de origem do aluno. O que pensa sobre isso? FR: Eu acho que o Brasil tem sofrido muito com a concentração e, tudo aquilo que dê unidade ao exercício, enfim, das responsabilidades do Estado em matéria de saúde, qualquer que seja o ponto do território nacional em que se encontre é extremamente positivo, veja, isso já acontece em outros países, o estudante não tem nada que achar ruim pelo fato de ser mandado a estudar em um lugar bom que não seja aquele onde mora. Nas carreiras jurídicas, que são consideradas as carreiras de grande qualidade e privilégio, alguém passa no concurso para juiz federal, e não tem escolha... Ah quero estar em São Paulo porque aqui está minha família, quero estar em Belo Horizonte porque lá tenho casa, quero estar no Rio de Janeiro porque a cidade é bonita... Nada disso, ele é mandado para Teresina, é mandado para Imperatriz, para Campina Grande, para lugares às ve- 28 “... A todo o momento a corrupção, da qual o país nunca se livrou, assola também o setor da saúde pública e, é penoso...” LF: Para a criação das leis que envolvem a saúde, não seria interessante que os legisladores discutissem com a classe médica e, dessa maneira, pudessem melhorar tanto a vida do profissional como da população? FR: Nós temos um número muito pequeno de parlamentares ligados à saúde. Eu receio que a cada eleição a qualidade do Congresso Nacional piora, tenho quase certeza disso. O que temos aí como esperança é motivar, mesmo dentro deste oceano de falta de qualidade é motivar setores do Congresso Nacional com alguma coisa de útil, alguma coisa criativa e boa e oportuna, por força da pressão popular, no caso da pressão das classes envolvidas. zes extremamente distantes ou interioranos aqui no próprio Leste e, depois em um determinado ponto da carreira, aliás, é o que acontece nos grandes países, mais aprimorados e mais civilizados. Por exemplo, em uma carreira universitária em Direito ou em Medicina, é difícil começar em Paris. O jovem médico que se consagra na academia vai começar em Aix en Provence, depois vai ser deslocado para Lyon e termina a carreira em Paris, como os juízes aqui no Brasil. De modo que acho que este sistema distributivo criado à sombra do ENEM é de grande proveito para a Medicina, mais do que para as outras carreiras, porque desconcentra e garante a qualidade do sistema. Onde há uma boa escola a tendência é de aproveitarmos bem os recursos dessa boa escola e criar um parque hospitalar da melhor qualidade. www.revistalinhafina.com.br LF: O que impede o legislativo de consultar os profissionais da saúde? FR: Mas eles têm tudo para isso, o Legislativo tem todas as razões para consultá-los. Veja, mesmo quando o legislativo se preparou nos anos 80 para fazer uma nova constituição para o Brasil, aquilo que se fez em matéria de consulta, em matéria de ouvir as pessoas etc., não foi algo bem estruturado e nem bem costurado; a Constituição de 88 poderia ter sido muito menor e muito mais atual, muito mais moderna e mais segura se os constituintes de 1988 tivessem sido mais seletivos em ouvir. Nada impede, agora, veja bem, é preciso que aqueles que têm ideias sensatas para implantar na cabeça do legislador façam isso com muita energia e com muita garra, porque senão virão outros e destilarão na cabeça do legislador algo ainda mais defeituoso do que aquilo que o legislador tem na cabeça. www.revistalinhafina.com.br LF: Qual sua mensagem para médicos e pacientes tanto do SUS como dos convênios e da Medicina particular? FR: Nós somos uma sociedade, onde as camadas mais simples resistem à ideia de bem administrar a sua própria saúde. Todos os bons conselhos “não faça isso; não faça aquilo; leve uma vida assim; leve uma vida de tal maneira”, são seguidos com grande resistência pelas pessoas. Isso faz com que nós sejamos um país com um alto índice de enfermidade dependente de soluções pela melhora do atendimento do sistema público. Assim como somos um país com alto índice de acidentes, o que faz a medicina traumatológica ser algo de intensa atividade. A impressão que tenho é que no que depende da administração pela própria classe médica, da problemática de saúde no Brasil, nós estamos muito bem atendidos, e acho que os próprios administradores no nível de topo da administração dos Estados e da administração Federal têm boas intenções com este setor, consagram menos a saúde do que deveriam em matéria de orçamento, como consagram menos a educação do que deveriam, mas, não vejo um problema de perda da qualidade ética num modo como a cúpula governante encara a questão da saúde, o que nós temos são, no domínio da saúde, como nos demais domínios, um seríssimo problema de maus costumes no exercício da função pública de corrupção, temos visto isso a todo o momento. A todo o momento a corrupção, da qual o país nunca se livrou e, atualmente, assola também o setor da saúde pública e é penoso. Quando um escândalo de corrupção envolve obras de engenharia ou contratos associativos, ele não pesa tanto sobre a consciência coletiva como quando ele envolve o fornecimento de sangue para transfusões, de vacinas para qualquer espécie de mal e assim por diante, mas enfim, temos a função pública no Brasil, e eu diria que, particularmente, é mal exercida no sentido de que está se desprofissionalizando um pouco o centro de decisões na administração. L 29 L DECORAÇÃO Pequenas, Quando assistimos algum filme que mostra uma casa no campo, rodeada de árvores e animais soltos pelo local, um belo casal abraçado e apaixonado apreciando o melhor vinho e comida, ouvindo uma música romântica de fundo em uma sala grande e confortável com uma lareira extremamente linda e quente, invariavelmente queremos estar no lugar deles. E quando voltamos para a realidade que tristeza... Percebemos que o nosso ambiente é bem diferente do filme. Mas para quem sonha com a lareira do filme e não pode ter por falta de espaço ou até mesmo por morar em apartamento, ou ainda pela preocupação com os resíduos e poluentes que as lareiras tradicionais costumam deixar, agora poderá decorar seu ambiente com as lareiras portáteis. E pensando nesse público a Obravip, disponibiliza as lareiras portáteis em diversos tamanhos e para vários ambientes, além de não deixarem poluentes, a chama dura mais tempo. Para decorar o ambiente a Obravip elaborou as lareiras design, ou seja, elas estão mais para obras de arte e peças de decoração e são extremamente funcionais, aquecem confortavelmente os ambientes e os modelos se aproximam de mesas de centro, tochas e quadros. Podem ser utilizadas em pequenos ambientes, como os modelos Gold Stone. Para ambientes maiores os modelos Hot Chocolate e o L-shape estão bem indicados. Nas áreas externas o Jar e o Bubble remetem a um romantismo medieval, já que são modelos estilizados de tochas e fogueiras. Giovana Lunardi, gerente de E-Commerce da Obravip explicou que o tempo de funcionamento pode variar de modelo a modelo e que o acionamento é de maneira fácil, e pode ser reacendida em poucos minutos. A lareira possui proteção e acessórios de acendimento para manter a segurança, a sua instalação é simples e não é necessário nenhum treinamento. O produto vem com os suprimentos necessários, e em poucos minutos a lareira está pronta. “Por usar álcool como combustível, a lareira não cria fuligem ou fumação. Ao fim de aproximadamente três horas de uso, ela pode ser facilmente transportada de um ambiente para o outro (sala para o quarto ou casa para o sítio). Claro que existem modelos maiores que são mais difíceis de transportar devido ao peso”, explicou a gerente. A Obravip que está há cinco anos no mercado trabalha com vários produtos de decoração para toda a casa: eletrodomésticos, utilidades domésticas, iluminação, móveis e banheiro e podem ser adquiridos somente no meio virtual. atraentes e quentes Cibele Gallinucci Serviço: www.obravip.com L foto divulgação 30 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 25 31 L DECORAÇÃO Ambiente pequeno mas com aspecto de Cibele Gallinucci fotos divulgação grande Saber decorar é importante para não deixar um quarto pequeno menor ainda, lotando-o com objetos que às vezes são desnecessário. Para valorizar o terreno algumas construtoras vêm construindo, na maioria das vezes apartamentos e casas pequenas. E as famílias ficam preocupadas como irão se adequar em um local pequeno com várias pessoas e objetos junto em um mesmo espaço. A sala é um dos ambientes mais visitados, normalmente para a confraternização da família e de amigos e, para deixar o local mais agradável aconselhase sofás com assentos retráteis. Eles são muito confortáveis na hora de assistir um filme, pois, sua profundidade pode chegar a 1,60m, a grande vantagem é que quando o ambiente for usado para receber visitas ele se torna um sofá com profundidade normal. Os pufes, que agradam tanto crianças quanto adultos também são importantes para locais menores. Podem ser inseridos no mobiliário de TV ou sob um aparador e quando necessário acrescentar lugares na sala, ainda podem ser usados como mesa de centro. Para o ambiente continuar aconchegante e com aspecto maior a iluminação indireta também ajuda, além da criação de pontos com destaque no local, como uma parede com cor diferente ou papel de parede. E como ficam as cozinhas, que para muitas famílias brasileiras, servem de sala de estar? Os cooktoops são muito interessantes, pois, liberam espaço para mais armários sob ele. A elaboração de uma torre onde os principais eletrodomésticos como a lava-louça, forno elétrico e microondas podem ficar um sobre o outro, economizando e liberando espaço, aumentando a praticidade na ultilização dos mesmos. Outra dica são as portas dos armários aéreos em vidro que contribui para deixar o ambiente com aspecto amplo e agradável. Qual é o filho que nunca pensou em ter um quarto exclusivo para ele? Mas como alguns têm que dividir o espaço com os irmãos, o ambiente acaba ficando pequeno. Levando-se em conta que os filhos estão em constante crescimento e os móveis ficam rapidamente inadequados, um dos recursos é o uso de espelhos nas laterais da cama ou nas portas dos amários, também o uso de cores claras nas paredes e as roupas de cama lisa com estampas miúdas, podem valorizar o espaço. O espaço limitado nos quartos de crianças permite apenas um determinado número de móveis como a cama, a mesa, a cadeira, o armário e a estante, portanto, dê atenção à boa qualidade dessas poucas peças, que devem ser práticas e adaptáveis e podem ser completadas mais tarde. As crianças gostam de espaço para poderem brincar e sentirem-se mais livres, então, evite lotar o quarto com muitos móveis. Reciclar e se desfazer dos excessos que acumulam nos armários é muito importante, porque o ambiente fica com aspecto mais “clean”. L Serviço: Elementhos Projetos de Harmonização e Design de Interiores Rua: Doutor Cândido Motta Filho, 568, 1º andar, Vila São Francisco, SP. www.elementhos.com.br (11) 3467-6594 32 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 33 L ECONOMIA & NEGÓCIOS Perguntas e Respostas sobre o Mercado de Renda Variável Fernando Toscano divulgação Olá amigos. Dando prosseguimento à matéria publicada na edição de maio estarei aqui aprofundando um pouco mais sobre o mercado de renda variável. Preparei um guia de “perguntas & respostas” para facilitar o entendimento e direcionar as questões de forma mais lógica. Quais as principais dúvidas do iniciante em renda variável e como saná-las? Escolhida a corretora e efetuado o primeiro depósito surge uma dificuldade comum: como utilizar o sistema de home broker disponibilizado pela corretora e qual a melhor forma de aproveitar todas as suas ferramentas e possibilidades? Todas as boas corretoras oferecem um curso sobre uso do seu home broker (consulte isso antes de escolher a corretora). Veja também se disponibilizam um atendimento online para sanar dúvidas corriqueiras e técnicas, inclusive com analistas de mercado para lhe dar suporte. Isso posto você poderá iniciar devagar, adquirindo ações mais seguras, em empresas sólidas e também nas chamadas “blue chips” (ações de primeira linha) tais como: Vale, Petrobras, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, Usiminas, etc. Opere com pequenos valores para você ir compreendendo as “nuances” desse novo negócio. Existem diversos sites que você poderá operar virtualmente, sem movimentar valores. Isso também é bastante válido. Os cursos básicos, oferecidos gratuitamente pela Bovespa, agregam conhecimento importante; as corretoras de valores também oferecem cursos em todos os níveis. Seja organizado, monte planilhas e entenda como são calculados os impostos e as taxas de corretagem. Esses são caminhos básicos que devem ser seguidos para evitar riscos desnecessários ao seu capital investido. Investimento em renda variável pode se tornar um grande negócio se operado corretamente. Tenho alguns amigos que vivem exclusivamente de aplicações na bolsa de valores, mas para isso se dedicaram ao longo de alguns anos. 34 Quais os principais tipos de análises de mercado e como utilizá-los na prática? São duas correntes: análise fundamentalista e análise gráfica. Na verdade eu utilizo muito as duas porque te dão informações sobre o mercado, mas ambas também tem suas falhas. A análise fundamentalista se apoia no estudo técnico das empresas listadas na bolsa. As corretoras e a Bovespa disponibilizam muitas informações sobre as companhias e isso deve ser lido com bastante atenção. Os investidores experientes analisam até os principais executivos do grupo (se são conservadores, atirados, sua forma de atuação em empresas passadas, formação, seus “gurus”, grupo político, relacionamento com o mercado, experiência, etc); onde a companhia investe ou comercializa seus produtos também traz informações importantes (exemplo: a Vale é muito dependente do mercado internacional, principalmente China; os bancos brasileiros têm proteção e não dependem tanto do mercado internacional; as companhias aéreas têm boas perspectivas nos meses de julho e dezembro-fevereiro - agora com a chegada da Copa e das Olimpíadas tendem a crescer; a Petrobras tem o pré-sal, mas também a ingerência do governo federal na sua administração. Enfim, tudo isso pesa). O analista gráfico estuda o movimento dos gráficos ao longo dos anos, meses e dias. Existem diversas tendências e formações gráficas, que geralmente se repetem, e trazem dados valiosos na análise. Na prática só o treinamento aliado à experiência poderá lhe dar a visão adequada. Para aquele investidor dedicado o risco é muito pequeno, agora, ao contrário do que a maioria pensa, o grande negócio na bolsa é a aplicação no longo prazo. Você vai ganhar muito mais do que poupança e investimentos tradicionais, mas o risco, embora pequeno, está sempre presente. www.revistalinhafina.com.br Como funcionam as aplicações de curto prazo e seus riscos? O chamado day trade é a aplicação de curtíssimo prazo com a compra e a venda no mesmo dia e maior incidência de imposto. Vou te citar um exemplo que ocorreu comigo: em julho de 2009 adquiri ações da uma empresa de telefonia e as vendi no final do pregão, no mesmo dia, com ganho real de quase 11%. Mesmo com a maior tarifação foi tremendamente compensador; por outro lado também já ocorreu o contrário, mas não com essa variação toda – perdi 1% ou 2% num dia. A aplicação de curtíssimo prazo deve ser operada por investidores experientes, com disponibilidade financeira e disposição para correr o risco de eventualmente perder dinheiro. Quem deve aplicar na bolsa? Aquele novo investidor que tem economias para trocar de carro, mas já tem um; fazer uma reforma ou apenas poupar pode investir na bolsa, desde que tenha consciência dos riscos e que o retorno pode ser extremamente rápido, mas também demorado. No meu entendimento pessoal, salvo condições muito anormais, o investidor não perderá dinheiro. Veja o exemplo da “bolha imobiliária” americana que levou milhares ao desespero em 2008/2009. Toda a perda já foi recuperada com grandes vantagens sobre as aplicações tracionais como a poupança. Para aquele investidor que precisa do dinheiro para algum compromisso futuro este não deve aplicar em renda variável; deixe na poupança ou no tesouro direto. Para o pequeno investidor qual o melhor caminho: poupança ou renda variável? Primeiro há de se fazer um esclarecimento fundamental. O governo federal alardeia aos quatro cantos que a poupança paga a correção monetária mais juros remuneratórios de 6% ao ano (0,5% ao mês). Isso não é verdade porque o indexador da poupança é a TR que não serve como fator de correção monetária. Um exemplo prático: o próprio governo federal contratou como o FMI que o índice oficial da inflação brasileira é medido pelo IPCA. Quanto rendeu o IPCA em 2010? 5,91%. E a poupança? 6,80%. Qual o ganho real sobre o dinheiro aplicado na poupança? 0,89%! Isso é um engodo, um engano à população. A poupança é um “porto seguro” ao investidor, já que o governo federal garante as contas de poupança com saldos de até 40 (quarenta) salários mínimos, com baixíssimo retorno, mas, pelo menos, o seu dinheiro não é corrido pela inflação. Como citei anteriormente a Bovespa já me deu retorno de 11% num dia! Em 2009 a Bovespa rendeu 88,6% e a poupança 6,9%. Cada um que tire as suas conclusões! Realço mais uma vez: só se deve aplicar em renda variável aquele dinheiro que você não tem compromisso, aquele dinheiro que está sobrando, guardado ou aplicado na poupança. www.revistalinhafina.com.br O que são exatamente Mercado Primário, Secundário e Fracionário? O Mercado Primário compreende o lançamento de novas ações no mercado; é uma forma de captação de recursos para a empresa. Uma vez ocorrendo esse lançamento inicial ao mercado, as ações passam a ser negociadas no Mercado Secundário, onde ocorre a troca de propriedade de título. Ou seja, no Mercado Primário, quem vende as ações é a companhia, usando os recursos para se financiar. No Mercado Secundário, o vendedor é você (investidor) que se desfaz das ações para reaver o seu dinheiro. Por isso, os negócios que você realiza em Bolsa de Valores correspondem ao Mercado Secundário. O Mercado Fracionário é outra coisa. Toda empresa tem suas ações negociadas em lotes, que podem ser de uma, dez, 100 ações, etc. Se, por exemplo, você não deseja comprar um lote-padrão de 100 ações, mas sim 150 ações, é necessário usar o mercado fracionário. Neste caso, o lotepadrão, ou seja, as 100 ações, serão negociadas no mercado integral e as 50 restantes no fracionário. Você reconhece a negociação e a ação fracionária pela letra “F”. Exemplo: uma ação da Petrobrás PETR4 no mercado fracionário é escrita PETR4F. Qual a sua recomendação para a Bovespa em 2011? Eu não recomendo onde investir, pois me torno diretamente responsável. Cada qual deve ter seu próprio feeling, contar com apoio de profissionais de mercado, com as corretoras, com a BOVESPA e com as suas próprias análises. E duas dicas importantes: seja frio, emoção não combina com renda variável; e não pense que você vai ganhar sempre. Muitas vezes você deve vender perdendo para recuperar posteriormente. Uma ação que era cotada a R$ 12,00, por exemplo, e caiu para R$ 9,00 (você perdeu 25%), mas para você recuperar esses R$ 3,00 ela deverá se valorizar 33,3% e não apenas mais 25%. A conta é inversa; de baixo para cima. Por isso você deve avaliar a cotação de cada uma delas com cuidado, se estão sub ou supervalorizadas, o valor de mercado da companhia, projetos, investimentos, riscos, ingerência estatal, análise fundamentalista e gráfica, passivo, compromissos futuros, clientes, etc. Boa sorte! Serviço: Fernando Toscano Consultor Financeiro e Correspondente da Revista Linha Fina em Brasília Contato: [email protected] L 35 L SAÚDE fotos divulgação O mais centrada e equilibrada e menos suscetível àqueles fatores externos que aumentam a produção dos radicais livres); •Fazer (se ainda não o faz) uma suplementação vitamínica e de oligoelementos a fim de melhorar o equilíbrio orgânico, e fornecer a pele, unhas e cabelos, nutrientes adequados. que fazer em cada década? Cristiane Braga A juventude e a beleza é uma associação que prega em nosso subconsciente. Digo subconsciente, e não inconsciente, uma vez que somos bombardeados com noticias e informações que ressaltam todo momento “O jovem é belo”. Mas, a beleza pode (e deve) ser exaltada a qualquer momento! Basta que estejamos equilibrados internamente e que nos sintamos bem com nós mesmos. Quanto mais estudamos, entendemos que a beleza externa é reflexo do equilíbrio interno. Sendo assim, algumas características do envelhecimento podem ser esperadas em cada década: Aos 30 anos – a jovialidade esta no auge. Algum indício de flacidez já pode ser notado, principalmente nas pálpebras e no sulco nasogeniano, o que o leigo conhece como “bigode chinês”. A partir dos 30 anos, tem início a degradação das fibras de colágeno e elastina, que são fibras que conferem sustentação para a pele. Por esta razão, esses primeiros sinais de flacidez começam aparecer, principalmente naquelas pessoas geneticamente pré-dispostas. Os fatores externos também influenciam muito, já que a pele é o único órgão que possui dois processos de envelhecimento, o interno (intrínseco) e o externo (extrínseco). Dos fatores externos, os que mais contribuem para o envelhecimento da pele são o tabagismo e o sol. Assim, aquelas pessoas que fumam e se expõem muito ao sol provavelmente irão aparentar mais envelhecidas já aos 30 anos. 36 Nesta fase, quanto maior o estímulo, para a produção de colágeno, que pudermos oferecer, menor será a flacidez. Para este cuidado algumas dicas são muito importantes: •Aumente a ingestão de frutas, verduras e legumes, pois possuem substâncias anti-oxidantes que reduzem a degradação das fibras de colágeno; •Coma carne vermelha pelo menos três vezes por semana, pois as reservas de ferro precisam estar em níveis críticos para a produção das fibras de colágeno; •Hidrate-se, tome muita água! Uma pele hidratada é uma pele mais protegida; •Use filtro solar, pelo menos para tentar reduzir um dos principais fatores externos de envelhecimento da pele; •Use e abuse dos cremes anti-idade, claro que com a devida orientação do seu dermatologista; Aos 40 anos, nesta década, os níveis hormonais apresentam um decréscimo importante, tanto para as mulheres (menopausa) quanto para os homens (andropausa). Isto se reflete na pele, acelerando o envelhecimento natural, ou seja, intrínseco. Com a queda dos níveis hormonais, a pele (facial e corporal) torna-se menos hidratada, mais ressecada e mais frouxa. As bolsas palpebrais ficam mais evidentes e começam a aparecer aquelas rugas em volta dos lábios. As pessoas de pele oleosa e negra são mais protegidas www.revistalinhafina.com.br contra este processo, já que a oleosidade natural confere um pouco mais de proteção a pele. Em alguns casos, a reposição hormonal é indicada e recomendada, o que melhora os níveis de hidratação da pele, desacelerando o processo de envelhecimento. Mas, não são todas as pessoas que beneficiam-se com o uso de hormônios. A partir da segunda metade da quarta década, a renovação celular torna-se mais lenta. Algumas orientações podem compensar esta lentidão: •Se você ainda fuma, o ideal é parar! Alem dos riscos aumentados da incidência de câncer, as toxinas emitidas na fumaça do cigarro aceleram a degradação das fibras de colágeno e elastina, piorando a frouxidão da derme; •Faça atividades físicas regulares – isto aumenta o ciclo de hidratação da pele, mantendo-a mais hidratada. Além da liberação de endorfinas durante o exercício que promovem, também na pele, a sensação de bem estar; •Mantenha uma ingestão adequada de frutas, legumes e verduras, pois é uma forma natural de reduzir a toxicidade dos radicais livres na pele; Aos 50 anos – nesta fase, todas aquelas evidências do envelhecimento ficam mais acentuadas, como os sulcos nasogenianos e as bolsas palpebrais. Além disso, há uma reabsorção óssea e cartilaginosa, resultando na perda da projeção da região malar (maçã do rosto), perda do contorno facial, e flacidez da pele na face e no pescoço. A maioria das mulheres com mais de 50 anos já tiveram sua menopausa. Neste momento, pode haver uma redução fisiológica dos cabelos, assim como um afinamento dos fios. As unhas também ficam ais frágeis e descamativas. Naquelas pessoas que sempre se cuidaram, os sinais do envelhecimento ficam menos evidentes, e os cuidados devem incluir: •Manutenção de uma alimentação equilibrada; •Prática de atividades físicas regulares; •Alguma atividade relaxante, como yoga, meditação, orientação musical, pinturas (isto torna a pessoa www.revistalinhafina.com.br Acima de 60 anos – a beleza a partir da 6a década de vida é definida pela manutenção de uma pele hidratada e saudável, estendendo-se às unhas e aos cabelos. Claro que todos aqueles sinais – rugas, flacidez, perda de contornos – pioram progressivamente. Mas, nesta fase, é nítida a diferença entre aquelas pessoas que sempre se trataram e aquelas que nunca o fizeram. A qualidade da pele, a textura, a capacidade de manter a hidratação e a firmeza dependem de influências genéticas, mas também, do estilo de vida que se leva. Os tratamentos clínicos, aplicação de lasers, utilização de cremes anti-idade, procedimentos cirúrgicos podem realçar a beleza da pele de cada um. Mas, somente o estado de equilíbrio interno pode manter esta beleza. Dra. Cristiane Braga é especialista em dermatologia, medicina estética e tricologia. Com Pós-Graduação em Medicina Anti-Envelhecimento, a doutora também atua na Prevenção do Envelhecimento Cutâneo e patologia capilar. A doutora acaba de participar do Meeting da Academia Americana de Dermatologia, ocorrido em Miami – EUA. Além disso, a profissional é professora da PósGraduação em Dermatologia da FPS, Diretora de Relações Internacionais da Sociedade Brasileira de Medicina Estética em São Paulo, Membro Técnico da Sociedade Brasileira Para os Estudos do Cabelo (SBEC) e da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento (SOBRAE). L 37 L MUNDO ANIMAL Alta moda para os cães & gatos divulgação Cibele Gallinucci Tratamento de pele, roupas, unhas cortadas e até mesmo pelos coloridos. Se você acha que estamos falando em salões de beleza para mulheres e homens, estão enganados, são os pets shops que a cada dia vem crescendo no mercado e com produtos que agradam a muitos. Em muitas famílias os animais são considerados entes queridos, assim sendo, os donos procuram empresas que cuidam carinhosamente deles, pensando nesses consumidores os pets oferecem roupas, perfumes, livros, tratamento de beleza e a compra de produtos on line. Camila Dotta, sócia-proprietária da Simply Pet, disse que sempre procurou empresas que tivessem excelência em serviços e, que cada uma tinha um serviço diferenciado, por isso, resolveu montar um pet que possuísse tudo que sentiu falta nos outros pets. Para que os clientes saiam satisfeitos com o atendimento, Dotta e sua sócia, Patricia Cicarelli acompanham de perto todas as operações, testando os produtos, promovendo cursos de atualização e capacitação para os funcionários. “Tratamos os cães de uma forma que se sintam felizes, livres e saudáveis. Cães devem ter direito ao conforto, higiene e beleza de uma maneira que não entre em conflito com sua essência, eles são animais sociais, que gostam de viver em grupo. Os donos dos nossos clientes ficam felizes por seus cães gostarem de ficar aqui”, explicou Camila. E por isso, a empresa oferece várias atividades entre elas estão: boutique onde o cliente pode escolher camas, brinquedos, rações, jóias, roupas, livros entre outros acessórios; Centro de Estética, os animais recebem banho, chapinha, tosas, perfumes; Day Care e Hotel, espaço interno e externo para brincadeiras, descanso e alimentação e também o consultório veterinário. “O preço dos produtos variam. O mais baixo são os brinquedinhos de pelúcia, em torno de R$ 14,00 e o mais alto é uma bolsa de transporte de cães no valor de R$ 600,00. Os produtos são encontrados somente na loja virtual, para cães e gatos”, explicou a sócia-diretora. A Boutique Virtual comercializa comedouro automático, caminhas em formatos diferentes, cama box e brinquedinhos de pelúcia. A compra demora em torno de 1 a 3 dias para chegar no local escolhido e aceitam todas as formas de pagamento, cartões de crédito, débito, transferência bancária e boleto bancário. As roupas e as jóias são desenvolvidas para um maior conforto e praticidade dos animais. As vestimentas são de marcas brasileiras e com criação exclusiva para a Simply Pet, trabalham também com roupas vindas do Canadá e Estados Unidos, as jóias são feitas com pérolas, cristais, correntes leves com opções de pingentes como iniciais e berloques. Para os clientes que procuram produtos inusitados, a empresa disponibiliza quadros com a imagem dos animais desenvolvidos pelos artistas plásticos Sergio Dotta e Helena Dotta e também coletes imitando peles, coleiras, sapatinhos de bexiga para as patinhas dos cães que não querem se sujar. Os valores dos produtos variam em torno de R$ 5,00 para os brinquedos e petiscos e R$ 710,00 que é a cama de fibra sintética. Produtos de Pet Shops também estão na Boutique Virtual Para quem tem animais de estimação, mas, não possui tempo para ir a uma loja de pet shop, podem adquirir os acessórios para os bichinhos através da internet. Criada pela sócia-diretora Michele Kraus, a Boutique Virtual disponibiliza em seu site artigos voltados para o mundo animal que vai desde vestidos a colchonetes. A ideia surgiu por pesquisas realizadas no mercado que apontaram um grande crescimento do setor. Além do site a empresa trabalha com redes sociais onde os clientes podem participar de promoções, concursos culturais e receber dicas e notícias do mundo animal. Michele comentou que os produtos mais procurados são os que saem na mídia, como o Divã Captone. Os mais inusitados são as mochilas para cachorros, cama box e floral, disse ainda que alguns artigos são importados. Serviços: Boutique Virtual www.mimapet.com.br (11) 2376-8332 Simply Pet Rua: Tumiaru, 166, Vila Mariana, SP www.simplypet.com.br (11) 3052-4282 A história de Isis Reis, Poinga, Pitica, Abigail e Malu Com 7 anos ganhei minha primeira cadelinha, a Poinga que viveu 14 anos. Eu já tinha 20 anos quando ela morreu e nesse dia eu e minha mãe jurávamos nunca mais pegar nenhum cão pois a perda é irreparável. Ela foi levar a Poinga ao veterinário às pressas, mas sabíamos que já não seria possível trazê-la de volta. Eu só conseguia olhar o quintal vazio e chorar, quando minha mãe me ligou do veterinário dizendo que estava trazendo uma cadelinha muito "Pitica" que havia sido abandonada com seus irmãos num dia chuvoso. O nome dela ficou Pitica e era um doce. Ficou enorme, de "Pitica" não tinha nada! Dois anos depois adotamos a Abigail, uma labradora com beagle que destruía tudo que via e era muito brincalhona. Quando fui morar sozinha, o máximo que aguentei foram 30 dias sem uma companhia animal! Através de uma Ong da cidade, adotei a Malu que é maltês com poodle, pesa 3,5kg e sua antiga dona não a queria mais depois de 2 anos... Nunca pensei que teria um cão desses, pois estava acostumada com cães grandes que não ficavam muito tempo de lacinho. Hoje a Pitica e a Abigail já viraram estrelas no céu canino e a Malu que já esta com 5 anos é um anjinho que Deus mandou pra mim. Minha companheira pra tudo, meu amor! L 38 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 39 L ESPORTE fotos Beatriz Cunha/divulgação João Eduardo Ferreira de Carvalho 2ª etapa do OI Serra & Mar Francisco José Mesquita Andressa Dantas A VII Edição do OI Serra & Mar de Hipismo finalizou sua segunda etapa no início de junho, nesta edição os atletas participantes das provas já estarão participando das seletivas para o Oi Athina Onassis Horse Show, além de servir também de observatório para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. A segunda etapa do torneio, em Indaiatuba, já definiu os campeões da prova de adestramento, que pela primeira vez participaram do evento. Lideram o ranking os cavaleiros Leandro Silva, campeão da prova de abertura, seguido por Mauro Pereira e Rogério Clementino. A amazona Luiza Tavares de Almeida fica em quarto lugar na disputa e ainda tem chance de uma vaga nos jogos de Guadalajara. Já na categoria saltos, os atletas que estão na disputa pela vaga nos Pan-Americanos são o cavaleiro José Luiz de Carvalho, que venceu a abertura da série Big Tour, André Américo de Miranda, o grande campeão do GP, e Nando de Miranda, vencedor do Mini com Obstáculos, da série Medium Tour. A amazona Luiza Almeida comemora seu índice classificatório para os Jogos Olímpicos de Londres. Ela que se consagrou nos Jogos Panamericanos do Rio em 2007, com medalha de bronze, obteve 34% de aproveitamento e conseguiu seu sexto índice classificatório para os Jogos. Se as Olimpíadas fossem neste ano, já estaria escalada para representar o Brasil. Carlos Vinicius G. da motta 40 Luiza Tavares de Almeida L www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 41 L SOCIAL Desfile de Roberta Bigucci/ MBigucci Thais Lello moda beneficiente Célia Bigucci/MBigucci Denise Viana/Diretora Executiva do Grupo Viana Luna Viana Malu Viana Beatriz Lello Esther Chagas com empresários do ABC Renata dos Santos Thabata Frazão Paula Abrantes e a filha caroline Elaine Benedetti Malu Viana, Aparecido Viana e Luna Viana João Carolino 42 Eduardo Kacinskis Milton Bigucci Júnior Construtora MBigucci Adriano Ruiz/ Gerente Todeschini Cadu Bueno www.revistalinhafina.com.br fotos divulgação/Linha Fina www.revistalinhafina.com.br Thais Montero Barbara Manher Marcela Franchini Aconteceu no Restaurante e Bar Giramundo Jardim em Santo André, o desfile de moda beneficente em prol do Lar Pequeno Leão, entidade filantrópica de São Bernardo do Campo. O evento teve a participação de empresários das áreas imobiliária, arquitetura, construção e design da região do Grande ABC, que doaram seu tempo e imagem para serem “modelos por um dia”. Com a apresentação de Selma Cobra e do humorista Robson Souto (Bob Show), os convidados desfilaram a coleção da loja Espaço Binomio. A renda arrecadada com o evento foi revertida para o Lar Escola Pequena Leão, em São Bernardo do Campo. O Lar Pequeno Leão atende crianças e adolescentes de 1 a 18 anos em situação de risco pessoal ou social. L 43 L SOCIAL CESB promove provas equestres de maneira muito social Deborah de Oliveira O Centro Equestre São Bernardo, CESB, com 21 anos de existência e 12 anos em sua nova sede, criou uma tradição muito interessante que é a “Feijoada na Hípica”, essa tradição tem se repetido há 11 anos, onde reúne frequentadores, convidados e alunos dos cursos de equitação oferecidos pelo local. Quem já participou dessa tradição espera ansiosamente pela próxima feijoada, que além de muito saborosa é uma forma de reunir a família e amigos em um ambiente muito agradável. O anfitrião do evento, Dr. Edson Asarias, é advogado tributarista e proprietário do CESB, que, junto ao organizador da prova, Aluizio Faria, faz questão de recepcionar todos que ali chegam. O ambiente é de festa, mas também é de casa de fazenda, todos conseguem se divertir, participar e aproveitar um dia diferente. Edson Asarias e Aluisio Faria Muitos convidados ilustres estiveram presentes no último dia 22 de maio durante a feijoada, dentre os convidados estava o prefeito da cidade de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho, que também foi ministro do Trabalho e Emprego e ministro da Previdência Social. Além da tradicional feijoada, Edson e Aluizio promovem provas de hipismo que são autorizadas e apoiadas pela Federação Paulista de Hipismo e disputadas de acordo com os regulamentos vigentes da Confederação Brasileira de Hipismo. Isso tudo para proporcionar a descoberta de novos talentos e novos atletas que, com empenho, poderão ser nossos 44 novos medalhistas nos campeonatos nacionais, internacionais e quem sabe para os Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas. A ideia foi lançada há 11 anos e muitos dos novos atletas aderiram, a hípica estava lotada. Amazonas e cavaleiros misturavam-se entre os convidados. Familiares e amantes do esporte fizeram verdadeiras torcidas organizadas. O ambiente foi de descontração, mas também de disputa. Uma das curiosidades do hipismo é que, como no automobilismo, não existe diferença entre homens e mulheres, todos competem em igualdade, realmente vence o melhor! A grande campeã foi Giovanna Benedetti, que, aliás, tinha tudo para desistir da prova. Logo no aquecimento sofreu um acidente, caiu e machucou o joelho, foi atendida pela equipe médica do local que a aconselhou a abandonar a prova. Giovanna nos últimos instantes que antecederam sua prova mudou de ideia e resolveu prosseguir com sua alazã Mary Jane, nome inspirado nos quadrinhos do Homem Aranha. Conversou com sua companheira de prova, e montou-a decidida a vencer. O resultado satisfatório era improvável, mas esqueceram de contar isso a elas, então, sem medo de vencer, venceram! Quando saíram todos os resultados a emoção foi geral. Não era mais uma prova e sim uma história de superação. Giovanna Benedetti e sua alazã Mary Jane colocaram mais uma marca na história do Centro Equestre São Bernardo - CESB. fotos: Rodrigo Dantas www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 45 O que para muitos é a estação mais elegante, para outros é o momento de esperar o coração aquecido de alguém. Faça sua parte, em bom estado doe cobertores e agasalhos para quem precisa. Informações sobre as campanhas de doação: SP – www.campanhadoagasalho.sp.gov.br o site aponta o local mais próximo para sua doação. Para quem não tem condições de levar aos postos de coleta, ligue para o Exército da Salvação, possuem serviço de retirada no local através do telefone (11) 4003-2299 www.exercitodoacoes.org.br Em Brasília procurar por: www.abrace.org.br Demais estados podem procurar diretamente o Corpo de Bombeiros mais próximo. 46 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 47 L CULTURA & ENTRETENIMENTO Andressa Dantas A cantora, pianista e compositora Andressa Dantas apresenta o show “Suas Histórias, Meus Contos, Nossas Canções”, no dia 3 de junho às 21h. Gambalaia Espaço de Artes – Rua das Monções, 1018, B. Jardim – Sto André – SP Convite: R$10 (antecipado) e R$15 Informações: 11 4316- 1726 Kléber Albuquerque O cantor e compositor sobe ao palco do Gambalaia Espaço de Artes para um show intimista levando ao público sucessos de sua carreira e canções inéditas, nos dias 11 e 12 às 21h. Gambalaia Espaço de Artes – Rua das Monções, 1018, B. Jardim – Sto André – SP Convite: R$10 (antecipado) e R$15 Informações: 11 4316- 1726 Grande AB C 48 Demônios da Garoa O conjunto vocal mais antigo do Brasil leva ao público duas apresentações com os sucessos consagrados como “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”, nos dias 16 e 30 de junho às 21h30. Café Paon – Avenida Pavão, 950 – Moema – SP. Convite: R$60,00 Informações: 11 5531-5633 Disney On Ice Os personagens da Walt Disney sobem ao palco no Ginásio do Ibirapuera em um espetáculo musical para toda a família. Dias 1 e 12 de junho. Ingressos: de R$ 40 a R$ 380. Informações: 11 4003-6464. Local: Ginásio do Ibirapuera Rua Manoel da Nóbrega, 1.361 – São Paulo/SP GRATUITO Orquestra de Sopros de Lençóis Paulista Com regência do Maestro Marcelo Maganha a orquestra faz peças sinfônicas, adaptações, composições para Big Bandse repertório brasileiro. Dia 11, às 17h. Biblioteca de Música Cassiano Ricardo Avenida Celso Garcia, 4200, Tatuapé, SP. Informações: 2092-4570. Grátis. www.t4f.com.br Disney On Ice Os personagens da Walt Disney sobem ao palco no Ginásio do Ibirapuera em um espetáculo musical para toda a família. Dias 16 e 18 de junho. Ingressos: de R$ 40 a R$ 380. Informações: 11 4003-6464. Local: Ginásio Nilson Nelson – Eixo Monumental – Brasília (DF). Informações: (61) 8432-3661 / 4003-6464 www.visionproducoes.com Maria do Caritó Comédia – Maria do caritó (Lilia Cabral) tem quase 50 anos e ainda é virgem pois foi prometida por seu pai a São Djalminha. Faz promessas a Santo Antonio e todas as simpatias para burlar a promessa do pai e conseguir um marido. Direção: João Fonseca. Elenco: Lilia Cabral, Leopoldo Pacheco, Fernando Neves, Dani Barros e Silvia Poggetti. Dias 3, 4 e 5, sexta e sábado às 21h e domingo às 20h. Ingressos: de R$ 35 a 80. Teatro Nacional. Sala Villa Lobos. Endereço: SCTN, Via N2, Anexo do Teatro Nacional Telefone: 61 3325-6161 João Bosco O compositor, violonista e cantor João Bosco, que iniciou sua carreira ao lado de Tom Jobim, faz show de seu novo trabalho “Senhoras do Amazonas”, nos dias 3 e 4 de junho às 22h30. Café Paon – Avenida Pavão, 950 – Moema – SP. Convite: R$150,00 Informações: 11 5531-5633 a i l í s a r B www.revistalinhafina.com.br o l u a P o ã S Orquestra Continental Jazz Com arranjos renovados pelo Maestro Fábio Lopes, possui formação tradicional de Big Band, mas faz releituras para Bossa Nova, Roberto Carlos, Beatles e Frank Sinatra. Dia 18, às 17h. Biblioteca de Música Cassiano Ricardo Avenida Celso Garcia, 4200, Tatuapé, SP. Informações: 2092-4570. Grátis. Banda Paralela O show tem como principais características a descontração, o humor, o virtuosismo dos músicos e a interação com o público em arranjos criativos em cima de repertório altamente insinuante, alegre e inventivo como: trilhas sonoras de desenhos animados, jingles, hits de Discoteque e MPB, entre outros. Na formação da Paralela: flauta, flautim, saxofones, trompete, trombone, caixa e bumbo. Dia 25, às 17h. Biblioteca de Música Cassiano Ricardo Avenida Celso Garcia, 4200, Tatuapé, SP. Informações: 2092-4570. Grátis. www.revistalinhafina.com.br fotos divulgação 49 L L TECNOLOGIA Livros agregam-se a tecnologia portátil Cibele Gallinucci Há alguns anos para adquirir um bom livro ou uma obra literária rara, era necessário ir às livrarias ou uma biblioteca, e como era gostoso ouvir o barulho das trocas das páginas que cada leitor fazia na biblioteca ou o som dos sapatos procurando uma mesa para apreciar a leitura, mas, com a tecnologia avançando diariamente esses passeios já não fazem mais parte da vida da maioria das pessoas. Agora o som muda de ambiente e estilo e passa a sair dos teclados dos computadores ou até nem ter sons, os ambientes também são bem variados, o leitor poderá ter o prazer da leitura praticamente em qualquer lugar Hoje em dia, além dos computadores para ler livros, escrever textos e editar filmes, agora os usuários poderão usufruir dessas tecnologias em um mesmo aparelho portátil. O iPad 2 foi lançado no começo desse ano e vem com novo processador dual-core que oferece dramticamente maior rapidez e desempenho nos gráficos. Com duas câmeras, dianteira e traseira, podendo fazer chamadas e captura de vídeo em HD. Navegar na internet, ler e enviar e-mails, ver e tirar fotos, assistir e fazer vídeos, ouvir músicas, jogar, ler livros eletrônicos, fazer planilhas, escrever textos, editar filmes, criar apresentações e muito mais. Com um novo desing, o iPad 2 é 33% mais fino, 15% mais leve do que o primeiro e mais rápido além de contar com uma bateria que tem duração para 10 horas de uso e é vendido nas cores preto e branco. Para adquirir livros na iBookstore é necessário baixar gratuitamente o aplicativo iBook na App Store, e em seguida o usuário escolhe os títulos de sua preferência. Além desse app, há diversos aplicativos de compra e leitura de ebooks. Existem alguns títulos gratuitos. A leitura no iPad é como ler um livro. O usuário segura o iPad e percorre as páginas como se fosse um livro impresso em papel. A leitura se dá uma página por vez no modo vertical, ou gire o iPad lateralmente para ver duas páginas de uma só vez. E para que as imagens e textos apareçam exatamente como o autor imaginou é possível mudar o tamanho e fonte na maioria dos livros. O navegador de páginas mostra exatamente em que ponto o usuário está da história e quando quiser fazer uma pausa na leitura, o iBook salva automaticamente o ponto onde o usuário parou em todos os dispositivos compatíveis, dessa forma, o usuário poderá retornar a leitura tanto no iPad como no iPhone ou no iPod touch. L fotos divulgação 50 www.revistalinhafina.com.br Facilidades do iPad Andressa Dantas O PhD em Ciências da Computação, Daniel Cukier, explica que o iPad oferece exatamente o que promete em sua propaganda. O tablet da Apple é o que possui mais aplicativos e facilidades, além de seu custo x benefício ser o melhor do mercado. “O iPad praticamente mudou a minha forma de usar o computador. Antes eu só usava o notebook, agora uso muito o iPad para e-mails, leitura e coisas simples que eu tenho que fazer, além de ser mais prático e fácil de transportar”, comentou Cukier. Como profissional da área de tecnologia, diz que sempre passou muito tempo em frente ao computador, então, para ele, ler no IPad é algo comum. “Não vou dizer que é mais agradável quanto ler um livro em papel, mas é uma questão de se acostumar e é mais prático quando precisamos fazer uma consulta a um livro, é só baixar o arquivo e procurar a informação”. Ainda acha que não é possível utilizar o recurso como substituição a cadernos em escolas para crianças. De acordo com o profissional por mais avançado que seja o produto ainda é limitado, não possui todos os recursos imaginativos que uma criança é capaz de produzir utilizando os bons e velhos papel e lápis. “No caderno a criança não possui limites. É capaz de criar coisas eternas, já num tablet a criança seria limitada aos recursos existentes e deletaria suas criações com apenas um clique. Ainda hoje não é capaz de fazer uma substituição dessas, não que não creio que isso possa acontecer, mas ainda seriam necessárias muitas interfaces dentro do produto para que a criança pudesse chegar o mais perto possível do ilimitado. Para uma criança não há diferença do que existe na realidade e o que é virtual, então, acredito que elas primeiro precisem passar pela experiência de criar de maneira natural para depois transpor esses conhecimentos para o virtual”. O modelo 2 do iPad já possui melhorias perante o primeiro, possui até câmera fotográfica, mas ainda faltam alguns ajustes. De acordo com Cukier o display de retina do iPhone 4 é melhor do que do iPad 2, e isso deve-se ao fato de que para manter um display melhor no produto seria necessário também uma bateria que durasse mais tempo e isso, certamente, geraria maior custo para a Apple, que cobraria um valor maior pelo produto, então, o display ainda não possui a melhor qualidade, mas ainda é o melhor do mercado. Outra facilidade do iPad é que ele possui integração com todos outros produtos da marca que o cliente possuir. www.revistalinhafina.com.br É possível sincronizar todas as agendas de forma única, além de ser possível utilizá-lo como controle remoto para o notebook e televisão. “Na minha casa eu tenho a Apple TV e utilizo o iPad como controle remoto da TV. Também o utilizo para controlar a playlist do meu notebook, escolho tudo através do menu do iPad que é integrado com os outros produtos da marca”. De acordo com o profissional todos os tablets encontrados atualmente no mercado são muito bons, porém, ainda acredita que nenhum possua o mesmo custo x benefício do oferecido pela Apple, mas que tudo é uma questão de gosto e adaptação, pois alguns amigos utilizam outros e estão muito satisfeitos. “Faço apresentação e palestras utilizando meu iPad, utilizo os programas, preparo o arquivo e depois é só conectar ao cabo do telão ou projetor e utilizo o iPhone como controle remoto para acessar as informações que quero mostrar. Além de fins profissionais o produto também é muito útil com seus aplicativos. Eu costumo utilizar alguns jogos e gosto muito dos aplicativos musicais. Eu, que também sou músico, utilizo os aplicativos de edição musical para algumas ideias de música, não é um aplicativo profissional, mas tem uma qualidade boa e é legal ‘brincar’ de fazer música”. Além de todas essas facilidades o iPad também é muito simples para utilizar. Para quem já conhece o iPhone não possui segredo nenhum, afinal, a sua plataforma é idêntica e quem nunca utilizou nenhum dos dois também se adapta com facilidade pois é totalmente explicativo, além de ter fácil acesso a todas as redes sociais. “Eu uso muito o twitter e facebook através do iPad e acho bem melhor do que utilizar no telefone, sua tela é maior e é possível visualizar os sites e textos por inteiro, mas também por outro lado não é tão fácil de transportar como um telefone, que é possível guardar no bolso. Cada um possui sua vantagem, mas realmente é um produto que nos possibilita muitas coisas”, conclui. L 51 CRÔNICAS & ARTIGOS L Popularidade e inflação Dicas do oftalmologista para uma leitura agradável Cibele Gallinucci O oftalmologista Dr. Edmundo J. Velasco Martinelli disponibiliza algumas dicas para os usuários do ipad 2 desfrutarem de uma leitura agradável. - Antes de utilizar o ipad 2 o leitor deverá ajustar a configuração do tamanho das letras para uma leitura confortável. - Para a configuração do brilho da imagem emprega-se a configuração automática ou configurar conforme a luz do ambiente. Exemplo: Ao utilizar o ipad 2 em um ambiente em que há pouca luz, reforçar o brilho, agora se a utilização for em um ambiente em que há muita luz, diminuir o brilho do equipamento. - A utilização dos óculos para a leitura é essencial. - A cada 1 hora de leitura o usuário deve tirar 10 minutos para descanso (fechar os olhos, olhar para o infinito e piscar voluntariamente, tomar água, andar ou fazer alguma outra atividade). - Para evitar que ocorra a Fadiga Visual (coceira, embaçamento, vermelhidão, sensação de ressecamento, dor na coluna, dor de cabeça e pescoço) deve-se procurar uma posição confortável para a leitura. L Serviço: Dr. Edmundo J. Velasco Martinelli www.laserocular.com.br (11) 4433-5530 52 www.revistalinhafina.com.br Fernando Rizzolo Uma das tarefas mais complicadas na consolidação do governo Dilma, na manutenção da popularidade que havia na era do presidente Lula, é, sem dúvida, o controle da inflação. Até que por bem, a presidente nunca foi de falar muito, nem de apregoar uma imensa cruzada contra a pobreza da forma ostensiva como o ex-presidente costumava fazer em seus discursos emotivos que atingiam de modo contundente sobretudo as camadas mais populares. A grande verdade é que já se percebe nas expressões faciais - nas entrevistas dos membros do governo quando se aborda o tema -, que inflação é algo que atinge diretamente o maior valor agregado do governo petista, que é a chamada popularidade de seus representantes no poder. Por outro lado, fica patente que sem uma política de austeridade, de aperto ao crédito com redução dos prazos dos financiamentos, sem o necessário enfrentamento da realidade da demanda aquecida, fixando-se nessa fase, numa visão mais técnica e menos política, a inflação, como já ocorre em vários países, voltará a se tornar a vilã da economia. O momento, portanto, é de cautela e planejamento. Nem nós queremos correr o risco de enfrentar a inflação, representada emblematicamente pelo dragão que solta fogo pelas ventas, nem o governo há de querer o risco da queda da popularidade, da quebra da confiança, da crítica inevitável e violenta da oposição. Ademais, sabemos que o consumidor é mais suscetível à redução do prazo de financiamento do que à alta dos juros. Com efeito, oito em cada dez consumidores brasileiros preferem comprar de forma parcelada. Equivale dizer que nem sempre - ou quase nunca - o consumidor tem a percepção de que o aumento do valor da parcela em si, em razão da alta dos juros, uma vez diluída, seja em si um fator determinante e impeditivo no seu voraz desiderato de consumo, principalmente naqueles que se referem aos bens de consumo. Por outro lado, o remédio da redução do prazo de financiamento tem no seu bojo um alto custo político, e isso esbarra na continuidade daquilo que seria um “governo para o povo”, como assim sempre afirmaram as lideranças do Partido dos Trabalhadores. Mas como adequar uma medida técnica sem arranhões populares? O governo tem plena ciência de que um aumento real nas taxas de inflação poderia tornar inócuos - ou menos eficazes - os discursos emotivos, as promessas de inclusão social, as Bolsas Família. Isso porque, é fato, a imensa população pobre e a nova classe média brasileira já se acostumaram com a estabilidade da moeda, e distantes estão da palavra que hoje soa antiga, carestia. www.revistalinhafina.com.br Um dos grandes mecanismos que nesse momento poderá efetivamente contribuir para o controle da inflação - por ironia do destino, e pelo desespero dos exportadores, principalmente do setor manufatureiro - é exatamente o dólar mais baixo, que favorece as importações e aumenta a concorrência no âmbito do mercado interno. Sem contar, é claro, com a continuidade da política de elevação da taxa básica de juros, vez que isso alimenta a entrada de dólares mantendo essa moeda num patamar apreciável, tornando-a um instrumento regulador. Ao que parece, as autoridades monetárias efetivamente desejam o preço da moeda americana baixo como “ancora” nesse processo de controle da inflação. Trocando em miúdos - e retomando a linha condutora do pensamento iniciado com o desafio que se impõe à nossa governante-, boa mesmo é a postura da presidente Dilma, com poucos discursos inflamados e poucas menções a grandes projetos de transferência de renda no palanque. Mesmo porque, por tudo o que o expresidente Lula avançou, a inflação agradeceu; mas agora se tornou uma ameaça. A hora é de agir, porque a emoção não vem mais do discurso da liderança maior da nação, mas dos números e, especialmente, do bolso daqueles que esperam a continuidade da virtuosidade da economia brasileira. Em outras palavras, que esperam manter seu poder de compra e esperam ter condições de pagar o que compraram. Entre a popularidade e a inflação, boa mesmo é a postura da presidente Dilma... L Fernando Rizzolo é advogado, professor universitário, membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, e articulista colaborador da Agência Estado. www. blogdorizzolo.com.br, [email protected] 53 L HUMOR O Amor é lindo... Este é um espaço onde novos artistas poderão apresentar os seus trabalhos. Envie um e-mail com nome, telefone e uma ilustração que entraremos em contato. email: [email protected] L 54 www.revistalinhafina.com.br www.revistalinhafina.com.br 55 56 www.revistalinhafina.com.br