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Gotas de vida para corações sedentos. Doutrina e Maturidade Cristã. “Mandamentos de Cristo para uma vida em crescimento ou para uma vida que dá certo.” LIDERANÇA DISCIPULAR A Arte De Perpetuar Um Legado IGREJA RELEVANTE Combinando obras ao evangelho da fé Juventude e Espiritualidade “Ebenezer: Até aqui nos ajudou o Senhor” I Sm 7.12 Sumário EDITOR’S LETTER 3º ELAD CENTRO Goteje a sua doutrina como chuva Ev. Gleidson G. Izidório 4 CARTA AOS PARTICIPANTES 3º Elad Centro - 5 TEMÁRIO 1 16 TEMÁRIO 2 23 OFICINA 1 29 OFICINA 2 31 02 ABERTURA Ev. Gleidson G. Izidório Pr. José V. Izidório Doutrina e Maturidade Cristã Pr. Idail Costa Doutrina e Liderança Cristã Pr. Moises S. Leal Igreja Relevante Pr. Paulo L. Júnior Juventude e Espiritualidade Pr. Lucas Ferraz DEPARTAMENTO FEMININO Vida Conjugal Jaqueline Corlaite 05 Doutrina e Maturidade Cistã 16 Doutrina e Liderença Cristã Diagramação: 8D Propaganda Criação: 8D Propaganda Tiragem: 1.100 unidades. Gráfica: Gráfica Rede Contato: [email protected] Site: www. comademg.com.br O cair da chuva sempre foi presságio de vida e de recomeço na experiência humana. E nesses tempos de escassez de água, mais do que o normal, a precipitação das chuvas é tão bemvinda quanto desejada. Essa realidade encontra coro na vivência espiritual, onde, mais do que nunca, precisamos ser banhados com o frescor das águas da parte de Deus. Normalmente relacionada com a presença de Deus e seu Espírito vivificador, a água aqui é, figurativamente, o meio de transporte da Doutrina de Deus, mostrando que a Palavra de Deus tem igual vitalidade, fluidez para ser útil em qualquer situação, e sendo dotada da capacidade peculiar de se renovar, permanecendo atual através dos anos. Em nossas vidas, a Palavra de Deus é essencial para promover crescimento e maturidade espiritual. No dizer do escritor aos Hebreus, “a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”(Hb 4.12). Isso nos mostra que a Palavra de Deus consegue penetrar profundamente em nosso ser, nos recônditos escondidos da alma e promover a reflexão que discerne, testa os motivos e valora nossas ações, sendo instrumento fundamental para o viver em santidade. O salmista, em consonância, pergunta: “Como purificará o jovem o seu caminho?”. E ele mesmo responde afirmando: “Observando-o conforme a tua Palavra” (Sl 119.9), certificando, dessa forma, que ela é o curso natural para nosso desenvolvimento cristão, aquilo que demarca os limites do caminho, permitindo uma jornada segura, sem o risco de nos perdermos na vida. O Mestre, orando pelos seus discípulos, ensina que a Palavra é também meio de santificação, quando diz: “Santificaos na verdade; a Tua Palavra é a verdade”. Não é possível alcançarmos a maturidade e o status de homem feito sem vivermos a Palavra de Deus. Na liderança, a Palavra de Deus é ferramenta usada para o ensino, sendo essencial ao líder na Igreja. Paulo, escrevendo ao seu filho amado, exortou-o dizendo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade” (II Tm 2.15). Na mesma carta, em grande comoção e exigência, ordenou a Timóteo “que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (II Tm 4.2), demonstrando a importância da pregação da Palavra como forma de assentar a doutrina e os ensinos de Cristo, conhecimento de importância vital para a salvação do homem. Já na Igreja, a Palavra mostra-se como objeto nuclear de sua razão de ser. Seu propósito fundamental que encontra lastro na ordem missional de Cristo: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Nesse sentido, o apóstolo Paulo ressalta a importância daquele que é portador das novas da Palavra: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam boas novas!” (Rm 10.14,15). A Palavra, na Igreja, é a preciosa semente, que lançada há de produzir frutos de arrependimento e permitir a salvação daquele que crê. Através da Palavra, se conhece o Deus revelado, seus valores, seus atributos e suas expectativas a respeito de nós. E pela Palavra, somos conformados à imagem e semelhança de Deus, e nos apropriamos do conhecimento do amor de Cristo que nos preserva como Igreja, sem mácula, sem ruga ou coisa semelhante, mas irrepreensível. Como visto, a Palavra tem lugar central no viver cristão, e a doutrina que encerra comunica-nos os mandamentos desse Deus santo, grande e tremendo, mas igualmente amoroso e compassivo, que desejou salvar-nos e nos conservar para um lugar na Sua presença. Como ensinam os antigos, quando oramos falamos com Deus, e quando lemos a Palavra, Deus fala conosco e ouvimos a sua voz. Realmente, a Palavra é a voz de Deus para os nossos corações. Voz infalível, eterna e revestida de poder, que, como a chuva que a ilustra, pode produzir vida naqueles que a ouvem, salvando-os para o Reino do amor de Deus. “Em verdade, em verdade vos digo”, disse o Cristo, “que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” (Jo 5.25). Que este seja o tempo de ouvirmos a Sua Palavra, e se alguém estiver sem vida, que ressuscite pela voz do Filho de Deus. Goteje, pois, amplamente, ó Senhor, a Sua doutrina sobre nós! 3º ELAD CENTRO • 2015 3 GOTEJE A SUA DOUTRINA COMO CHUVA 3 CARTA AOS PARTICIPANTES “Ebenezer: Até aqui nos ajudou o Senhor” I Sm 7.12 4 Um dos mais importantes papéis da Convenção Mineira é auxiliar os Ministérios nela registrados, proporcionando a oportunidade de crescimento espiritual da liderança da Igreja e seu desenvolvimento. E é isso que objetivamos com o ELAD Centro: permitir um tempo de reflexão e discussão da Palavra de Deus, com vistas a sua aplicação no dia a dia do Ministro e da Igreja. Somos gratos pelo apoio da Igreja hospedeira, na pessoa de seu Presidente, Pr. Moisés Silvestre Leal e sua Diretoria, bem como a todos os Pastores Regionais do Ministério de Belo Horizonte, pelo empenho no sentido de incentivar seus obreiros a participarem deste evento. Da mesma forma, somos agradecidos à irmã Ester Leal e suas colaboradoras do Departamento Feminino da Igreja em Belo Horizonte, que fizeram igual trabalho, bem como as esposas dos Pastores Regionais, que se inscreveram e ajudaram a divulgar o encontro do Departamento Feminino da COMADEMG. Cremos que o ELAD deixará um grande legado na vida de todos os participantes. Na oportunidade, queremos também agradecer à Mesa Diretora da COMADEMG, aos Pastores Presidentes pelo apoio que têm oferecido à nossa Convenção Mineira, à Coordenadora Geral do Departamento Feminino da Convenção, minha esposa Nilcie G. Izidório e todas as suas companheiras, bem como à equipe organizadora do 3º ELAD e todos os funcionários da Igreja Assembleia de Deus em Belo Horizonte. Saibam todos que o galardão será dado a cada um pelo justo Juiz, naquele grande dia. Por fim, agradecemos aos preletores convidados para esse evento, os Pastores Idail Costa, Messias dos Santos, Moisés Silvestre, Paulo Júnior, Lucas Ferraz e Gesiel Gomes. Obrigado pela gentileza dessa parceria. Vocês estão em nossas orações, para que sejam prósperos e usados por Deus nesse ministério tão importante. A todos os participantes fazemos votos de uma experiência feliz nesse tempo, esperando honrar sua confiança e presença, pedindo a Deus que vocês sejam grandemente impactados pela manifestação e mover do Espírito do Senhor entre nós. Sejam muito bem-vindos, e que Deus os abençoe! Com um abraço fraterno, Pr. José Vieira Izidório Presidente da COMADEMG Doutrina e Maturidade Cristã. “Mandamentos de Cristo para uma vida em crescimento ou para uma vida que dá certo.” Texto: Mateus 5-7, Lc. 12:22-29 I Temática: Mateus 5 Mandamentos de Cristo para quem busca segredos para uma vida feliz. “A questão não é como você é, e sim como você é o que você é”. Guisa de Introdução: Temos em Mateus a) A apresentação do reino e do seu Rei – Mt.3; b) O Rei saindo da vida pessoal/particular e entrando em seu ministério público – Mt.4; c) As leis do Reino – Mt.57. Pr. Idail Costa Ministério do Belém Sermão parte I A apresentação dos princípios e regras do reino. Sermão parteII A apresentação dos modelos de contribuição, oração, jejum, riquezas e confianças. Sermão parte III A apresentação dos modelos no pedir, o trato com o próximo e a vivência terrena como Filhos de Deus. 3º ELAD CENTRO • 2015 3º ELAD CENTRO Com a ajuda do Nosso Senhor Jesus Cristo temos a honra de falar aos nossos Convencionais e Irmãos da Assembleia de Deus nessa oportunidade especial da realização do ELAD Centro, que ora é recepcionado pelo Ministério de Belo Horizonte. As primeiras edições do ELAD ocorridas nas Regiões Norte e Sul foram um sucesso, deixando vívida a marca do Evangelho nas vidas dos participantes que saíram edificados e renovados pelos ensinamentos genuínos da Bíblia Sagrada. Cremos que o 3º ELAD não será diferente, mas, ao contrário, esperamos que traga a todos os participantes, ensinos profundos da parte de Deus, para que possamos desenvolver melhor a obra do Nosso Senhor Jesus Cristo, que é levar esse Evangelho àqueles que ainda não conhecem e aprimorar a vida e maturidade espiritual daqueles que já receberam Jesus Cristo como seu Salvador. 5 a) Seguir o novo. b) É ser livre. c) É ser discípulo. d) O discípulo tem que passar por Jesus - O paradoxo do discipulado. Sofrer perdas faz parte do pacote do discípulo em seguir a Jesus, mas não é o discípulo. e) Ser discípulo é ter a palavra como regra de conduta Mt.7:24-25 f ) Compreender o caminho como ausência de retornos. g) É ir após Ele. h) É viver o imperativo da auto-negação. i) É tomar a sua cruz e seguir a Jesus. I. CERTEZAS E DEFINIÇÕES DOS PASSOS PARA O REINO PÓS ENSINAMENTOSDE JESUS. - Uma visão de megalomania “As grandes maldades e os pequenos melindres não passam dos desdobramentos da ânsia pelo poder”. Megas estruturas para sustentação do ser e ter sucesso nas assertividades, ou ser bem sucedido. Ex. Príncipe de Dubai. Criação e proliferação dos ambientes motivacionais pela neurolínguistica. Ex.O que o povo diz do tamanho do meu ministério. “A sede do crescimento”. “O reino de Deus ou você permite que ele entre em você, ou você não pode tolerá-lo”. - Sermão I parte – A apresentação dos princípios éticos e regras do reino, para uma vida harmônica e mais feliz nesse mundo. 3º ELAD CENTRO Tratado a individualidade, e amplitude para a coletividade como responsabilidade e relacionamento nos valores do reino. Jesus revela a sua divindade e talha a mente daqueles que se definiram seus seguidores. 6 1.1 - Seguir os seus passos é objetivar o nosso discipulado. Lc.9:23 A vida de Jesus é irrepetível do berço até a sepultura, e esta irrepetibilidade se destaca pela sua unidade exemplar. 1.2. VIVENDO O CONFRONTO DA DESCONSTRUÇÃO DA FALSA FELICIDADE Os obstáculos são como pilares existentes no homem. a) Egocentrismo, b) Violência e c) Ganância. 1.2.1- Felicidade como base. a) Não como uma cultura do capitalismo e do consumismo da cultura mental do vencer, do ter sucesso e do adquirir mais. - Capitalismo – Ideia nova - períodos do renascimento e do iluminismo. Dar certo: como visão materialista (parâmetro mais terreno do que espiritual) tende para prosperidade. Darcerto = como visão de virtuoso (parâmetro do espiritual para o terreno) tende para a instabilidade. “Ciclos retroalimentáveis que viciam, saturam, sufocam e embebedecem”. - Presenteísmoe Absenteísmo - Vivem a sobrecarga funcional e o fator remunerativo chega ser a única razão de se fazer. 1.2.3 - Jesus nos propõe outro caminho para a felicidade: Quando você procurar dar sentido a vida, Deus está nesta busca, Deus mora nesta busca”. Pensando pela ótica de Jesus, precisamos promover uma mudança em nossas mentes. a) Bem aventurança como sinônimo de Felicidade Grego “Makarios” = bem-dito, bem-sucedido. No Grego clássico: “grande” como sinônimo de “rico” aludido muito mais a prosperidade terrena. Mas para os filósofos era vinculado ao elemento moral, como excelência do caráter. No hebraico – “ashrê” = quão feliz - de uma felicidade à vista. Felicidade como um segredo virtuoso - Felicidade se assimila com virtude. Feliz é você“que”: no segredo da felicidade exerce a virtude de ser. Ponto: todas as bem-aventuranças farão “oposição” aos comportamentos existente, como um “contra-ponto” pelo padrão celestial. b) Virtude: Honestidade, integridade, solidariedade, compassividade, são caminhos para a felicidade. O caminho para a felicidade não está intimamente atrelado ao capitalismo/metas/dinheiro. Dinheiro não traz a felicidade, não que dinheiro seja inútil, isto seria uma tolice. É mudar a maneira de pensar felicidade por outro caminho, que é o caminho de Jesus. A felicidade está em passarmos pelo infortúnio e termos a visibilidade da recompensa no futuro. O céu conhecido por Jesus era infinitamente superior à vida terrena. 1.3 - Ser virtuoso sendo pobres de espírito e manso. v.3 e 5. No português comum, pobre de espirito é uma pessoa rasa, medíocre, simplória. Não é um destrato. Pobre=humilde. Pobre por ter abandonado o caminho do arrogante e ter trilhado como escolha o dos humildes. O caminho da humildade pode nos levar a felicidade. Soberba como sinônimo de prepotência/arrogante.Superior aos demais. É ser e se enxergar na sua humanidade e precariedade, para não sermos embriagados por aquilo que não somos. Este não é o caminho que leva a felicidade. Arrogante e soberbo: O soberbo se condena a viver na solidão. Humilde: “humilde” vem de uma raiz que significa abaixar-se ou encolher-se. Humildade é reconhecimento, gratidão por alguém. Al- guém me ajudou, alguém investiu em mim. “Eu não me basto”. Não passa pelo drama de precisar da aprovação. “Ganhar pontos com o chefe” Romanos 12:3 - “Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu”. Recompensa: V.3 e 5 – é o reino dos céus e receba a terra por herança. Estes herdam o reino e a vida. 1.4 - Ser virtuoso sendo sabedor do valor do lamento e da sensibilidade. V.4 E 6. Chorar tem a ver com o meu posicionamento diante dos meus erros, o que pode ser associado com a negligência alheia. Tem a ver com a fome de justiça. O choro e a dor da indignação. Pelo que é reto. Todos nós possuímos sentimentos e ele nos torna frágil pela sua exposição. E neste exercício vamos ferindo. Neste ato calejamos a alma, calos no coração. Calo é um endurecimento da pele para proteger para não se ferir como defesa do organismo. O problema do calo, do calejar é que nos ficamos sem sensibilidade. A sensibilidade fica menor. Na pedagogia obtivemos a instrução do engolir o choro, o problema é que você fugia da dor. Num mundo como o nosso onde impera tanta injustiça, você conseguir sentir a dor do outro é uma virtude. Injustiça tem a ver com ilegalidade no direito e com resultados não merecidos. 1.5 - Ser virtuoso como expansão da misericórdia. V.7. “Misericórdia é a grandeza daqueles que sabem viver na companhia do próximo”. a) Misericórdia - Etimologia: Misericórdia é a junção de duas raízes do latim: Prefixo “Miserere” - Miserável e o sufixo “Cordis” – coração. No A.T. misericórdia não se fala de coração, mas sim de útero “rahamim”, aquele que tem espaço interior para acolher a vida, as pessoas.É a disposição do coração em agir por quem não merece. Tem a ver com clemência e compaixão. Está ligada ao impulso de aliviar essa miséria. Um exercício ministerial prestado ao próximo. O ambiente da misericórdia existe por criação, mas somente temos condição de perceber a Misericórdia se 3º ELAD CENTRO • 2015 - Em Mt.5-7 é chamado de Sermão da Montanha e em Lc.12:22-29 – Sermão da Planície - É considerado uma das peças mais lindas das literaturas, como um resumo de tudo o que Jesus disse. - Aqui está o cerne/espinha dorsal dos seus ensinamentos. Um epítome (resumo) com profundos conceitos e métodos didáticos. - Muitos não-cristãos declaram o sermão do monte a sua religião pela sua síntese. Mahatma Gandhi – disse: Se a bíblia fosse perdida, e fossem preservados os cap.5, 6 e 7, haveria a compreensão máxima do que Jesus queria ensinar. - “É chamado de a carta magna do reino dos céus” ou “O compêndio da doutrina de Cristo”. - Há quem diga que precisaríamos de duas vidas para cumprir tudo o que aqui está registrado. - Nunca foi possível estabelecer uma análise do sermão da montanha que satisfizesse, porque não há como fazer dele uma unidade ou uma tese específica. - A lei é impotente sem os 10 mandamentos e o Cristianismo sem o sermão da montanha. - São ao todo nove bem-aventuranças, mas os estudiosos não concordam com a exatidão dos números. Muitos preferem sete, por entender que os vs.10 e 11 formam uma única bem-aventurança. - Temos em “Mt.7:12” - a expressão magna de maior profundidade e dificuldade para o campo do discipulado, fácil de ler mas difícil de praticar. 7 Os vultos bíblicos foram imperfeito. “Só compreende misericórdia quem começa a exercer misericórdia para com alguém”. Misericórdia é um exercício, que Jesus nos deixou na dura oração do pai nosso no v.12, e “Perdoa as nossas dívidas, assim como nos também perdoamos aos nossos devedores”, é condicional. Ex.o adesivo do carro da auto-escola. b) Uns dos parâmetros para a utilização das misericórdias para com pessoas são: A lida no descaso com outras pessoas, nas ações do relapso, do relaxado no fazer de qualquer jeito, e do preguiçoso, nas ações de pessoas perfeccionistas e nos retos demais, nas ações das pessoas que sabem tudo, de pessoas que sempre nas conversas tem uma ultima palavra e de correção, que se gaba muito no fazer e nas suas realizações, e atécom o desonesto que prejudica o outro, que matam eliminando outras. Virtuoso não são aqueles que cometem suicídio na alma, mas sim daqueles que distribuem misericórdias. Na busca da felicidade não de o revide e sim interaja com misericórdia. “Não é fácil, só os fortes entendem”. - Deus na sua complacência demonstrou na narrativa bíblica de Jonas o apogeu sobre misericórdia.Sl.145:8 e Miq.7:18-19. Por inferência/ indício pode se dizer que infelizes são os vingativos. Que guardam rancor e ressentimentos. Mt.18:23-35 – O credor incompassivo. Aquele que recebe misericórdia está obrigado a demonstrá-la. 1.6 - Ser virtuoso com pureza de coração nas suas ações. v.8. 3º ELAD CENTRO c) Misericórdia como uma mão estendida ao perdão. A misericórdia é como um exercício para o amor, em forma de decisão na persistência. E Deus revelando a nós a sua complacência, “se somos infiéis, ele permanece fiel”. 2 Tm.2:13 Se Deus fosse amar pessoas perfeitas ele estaria sozinho nas suas relações. 8 - Religiosidade x misericórdia x amor Religião – se for para Deus pelo ambiente meritório, nunca alcançaríamos nada – somos pecadores. Amor – se pensarmos que sempre teremos o amor de Deus quando formos perfeitos e sem culpa, nunca compreenderíamos a misericórdia divina. As religiões serão um altar as exigências plenas e um sofrimento ao invés de ser um lugar de celebração. É a sustentação da preocupação em sermos insistentes em mentirmos pela permanência de sermos perfeitos, quando não somos. Então surge a criação de uma relação com Deus de utilidades e nunca de intimidades. “Bem-aventurados os absolutamente sinceros” O puro de coração vive em paz em sua interioridade, pois a sua pratica está além da superficialidade e da casca religiosa. - “Ninguém nunca viu a Deus, mas os puros de coração verão ao Senhor”. Transformação do ser de acordo com a imagem de Cristo, com a mortalidade humana e a transformação na imortalidade, dotada da natureza e da glória de Cristo. Isto nos coloca como seres especiais (mais elevados que os anjos) .“1Jo 3:2 – Seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é”. É uma promessa composta de homens e mulheres que são puros de coração. É um terno que precisamos trabalhar, pois é um alvo. A busca de ser puro de coração não é um busca de mudar o mundo. É ter o sentimento da consciência limpa e leve, por andarmos em integridade. a) Religiosidade x filosofia de vida. Filosofar pela bíblia é se refugiar na neurolinguística, como fonte de auto-ajuda. Espiritualizar pela bíblia, é ter técnicas de mover o braço de Deus como projeto de realizações materiais. A bíblia é o conhecimento da verdade libertadora pelo arrependimento, e de uma consciência que eu assumo a partir da realidade que me é dita, de que eu fui criado por Deus e o verei. Virtuosos são os puros de coração, ele não esta falando de gente corretíssima e imaculada. Ter anelo de ser puro, mas não significa que eu sou perfeito e irrepreensível em todas as instâncias. Viver corretamente não significa perfeição, mas somente honestidade. “Quero ser, é diferente de dizer que sou”. Deus sabe que não seremos perfeitamente absolutos, porque esta característica pertence somente a Ele. Deus quer que sejamos sensíveis aos apelos da minha consciência, sem rotas de fuga. Ser sensível aos ajustes da consciência porque ele irá ver Deus. b) Pureza tem a ver com integridade, nas relações de afetividade. O problema não é acabar com os meus desejos, e saber com que integridade eu lido com eles. Quando não temos equilíbrio em nossos desejos, eu mato e destruo o lugar da pureza interna. Se quero ver a Deus, preciso querer que o meu coração não seja dominado pelos desejos. Pureza tem a ver com gente verdadeira. Ser verdadeiro, confiável. É alguém disposto a lidar com as cavernas da alma. Pelo fato de uma consciência de que iremos ver a Deus. 1.7 - Ser virtuoso por ser chamado filho de deus por promover a paz. v.9. (Jo.16:33; Is.32:17; Lc.2:14; Jo 20:19) Devemos fomentar a paz, criando ambientes para que ela exista. Obter paz é resultante de empenho. “Há quem diga que a paz existe somente no momento em que as nações param para carregar as armas”. “Um senso de justiça é misericórdia me faz ter capacidade de gerar o fruto da paz pelo agir do Espírito”. a) Alcançando os privilégios de sermos fomentadores e promovedores da paz. Para os rabinos, um pacificador era visto como uma pessoa de grande valor. -Agenciando através da pacificação o término do conflito entre pessoas que se degladiam. (2Co 5:18). -O pacificador é aquele cuja bandeira é a paz. Ocupa-se promovendo reconciliação do homem com Deus, consigoe o próximo. -Criando ajuntamento no convívio com o indiferente na relação com o mundo que nem sempre vai de acordo. A intolerância tem ganhado campo, até pastores destilam ódio pela televisão. “Um alto nível de intolerância comportamental gerando antipatia e discórdias, brotando ódio mortal como uma barbárie”. - Adquirimo-nos paz no coexistir com as diferenças e conviver com o mundo caótico. - É conseguir conciliar as partes que estão em litígio por se acharem certas em si. Reconhendo o erro, os conflitos cessam. - É lidar com as divergências, dandodisfuncionalidade no ser, e dando funcionalidade a partir da cruz. - Usando a verdade para curar, nunca para ferir. - Porque o ódio e paz se multiplicam de forma geométrica. - Seguir os passos de Jesus é dar continuidade e alongar aquilo que Ele começou a fazer. Recompensa: Oponto mais importante acima do seu privilégio que excede os demais na fomentação da paz é ser chamado “Filho de Deus”. Mt.5:9. 1.8 - Ser virtuoso com uma nobre conversão e causa. v.10-12. a) Jesus atrela virtude/felicidade à perseguição – paradoxal Ser feliz = abraçar uma causa. V10 - que sejam nobres e louváveis. A grandeza de um homem está pelo preço de uma causa que se está disposto a pagar por ela. b) Virtuoso serás se o teu caminhar despertar as armas dos maus no caminho da calunia e da difamação. No trilhar da virtude os teus rastros serão modificados pelo afastamento do mal, e a integridade será a tua bandeira. Buscaram atacar a Daniel na sua rotina e viram integridade, porque “orava três vezes ao dia”. Retidão causa estado de injúria. “Abrace a causa e você será recompensado nos céus”.Hb.11:24 Se tivermos causa, temos propósitos para a vida, e saímos do ciclo existencial de nascer, viver e morrer. c) Virtuoso seremos porque ao copiamos a vida de grandes homens. V.12 “Viva uma vida de maneira que as pessoas ao verem a sua história honrem o seu legado”. A Causa de Cristo = causa nobre = recompensa nos céus. Seja virtuoso, para que alguém ao olhar para a sua causa diga ela é minha, e que ao ver os teus padrões morais e éticos possam lhe comparar com os profetas. Exultai e alegrai-vos - A perseguição é a evidencia de que o reino de Deus está entre nós, e a vossa alegria não se dá pela perseguição.Porque perseguição não gera alegria, mas por conta da chegada do reino e da recompensa que esta nele. A outra alegria se dá porque a vossa religiosidade é autentica. “Rom.8.17... Se com Ele sofremos, para que também por ele sejamos glorificados”. “As bem-aventuranças fazem-nos viver uma aparente descida na pratica para uma elevação verdadeira nos padrões morais a luz da eternidade”. 3º ELAD CENTRO • 2015 tiver a justiça como parâmetro. “Misericórdia sem senso de justiça gera desarmonia e o caos”. Os misericordiosos alcançam e vivem no ambiente da misericórdia. Jesus está dizendo que quem vive por misericórdia e age por misericórdia, nunca será excluído da ação e pelas ações das 9 1.9 – CUIDADOS NECESSARIOS PARA NÃO SE PERDER NA RELIGIOSIDADE – Mt.5:13-16 1 – SAL NÃO PODE SE TORNAR INSÍPIDO OU PERDER A SUA SALINIDADE.(Mt.5.13) Usa a analogia do sal para dar seguimento as ações dos discípulos. Ele faz de forma imperativa. “Vós sois o sal da terra”. O sal é simples no seu exercício, tem um único objetivo. Dar sabor e equilíbrio na sua utilização. “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” Cl. 4.6. Provoca sede, o seu exercício é gerar sede em pessoas. (Jo.4). Devemos provocar a sede e não a ira. Religiosos que estão atacando ao invés de ser sal. 3º ELAD CENTRO 2 – A LUZ NÃO PODE FICAR SEM O BRILHO(Mt.5.14-16). Nos tempos de Jesus era usada a luz como as lamparinas e velas ou outras formas bem simples de iluminar. - “Catacumbas de Roma São Calixto”“Uso das lamparinas”. Tanto quanto ao sal e a luz, são essenciais na vida assim deve ser impregnado a postura necessária para a pregação. A luz só tem sentido se ela estiver aí para iluminar o lugar onde se encontram no exercício das vossas obras. Uma cidade edificada sobre um monte está aí para ser vista. Equilíbrio: “Não podem se esconder, mas não atuam sobre a perspectiva de que sejam vistos ou admirados”. Ter testemunho pela quantidade exata: Sal demais e luz demais ofuscam a objetividade do testemunho. No sermão da montanha, Jesus marcou o inicio de seu ministério público chamando os homens a se a se voltarem em arrependimento para a Lei de Deus. “Arrependei- vos, porque é chegado o Reino dos céus”.Mt.4.17 A comparação dos que guardam a Lei de Deus com a luz já havia sido feita no Antigo Testamento: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. Pv. 4.18 “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho”. Sl.119.105 10 - SENDO SAL E LUZ. A luz dissipa a escuridão. Enquanto o desenvolvimento do cristão acontece no ajustar do sal, a sua luz reflete rompendo com a escuridão do mundo. 1ª Evolução se encontra na luz interna – encontro com Deus. 2ª Evolução se encontra na consciência do discípulo – quando elevada na excelência da busca, não se pode esconder, está sobre o monte. Logo após este encontro o que resta é a vida como testemunho e iluminação para outros. Através do seu exemplo, fazer com que a sua luz brilhe para o benefício de toda a humanidade. 3 – A RELIGIOSIDADE NA CRISE DA ORIGEM DO NOVO. A ausência do equilíbrio de um verdadeiro testemunho. A) Vivendo a religiosidade sendo sal e luz pelo confrontativo negativo. - Não ficarmos alicerçados na análise sintática, desvalorizarmos as analogias e metáforas bíblicas. - Deixarmos de dar a devida credibilidade lúcida ao evangelho e nos contentarmos com os chavões. - Não formamos pessoas com visão da liturgia como um espetáculo. Podemos estar gerando usuários de fé e não membros. (Culto das portas abertas, da promessa, dos milagres). Muitos justificam como ferramentas evangelísticas. Ex. Alugar helicóptero para ungir a cidade. - Preocupamos mais em enchermos o céu do que formamos pessoas do bem, como geradores de bons testemunhos. - Não criarmos prosélitos / adeptos e sim discípulos - Diferenciando o moral do ético – Desviamos o foco no externo e esquecemo-nos dos pecados internos, como o materialismo, e com isto, estabelecemos preconceitos e criamos intolerantes. - Vivermos a verdadeira fé como o novo existencial, e não como capacidade sobrenatural de trazer Deus as nossas necessidades cotidianas. 1.10 - RECORRENDO AOS ENSINAMENTOS OUTORGADOS PARA REFUTAR NOVAS IDELOGIAS DE INTERPRETAÇÕES. Mt. 5:1748 As bem-aventuranças delinearam o caráter espiritual e especial do cidadão do reino. Jesus pega o conceito básico e faz dele uma amplitude. Vocês ouviram o que foi dito, “Outra vez vos digo” - Uma carta extraviada. Na vida espiritual toda informação nos foi dada. Nada nos foi escamoteado, sonegado, nem uma vírgula. a) Confrontando a religiosidade farsista. Jesus veio para uma classe desprovida da libertação como os imundos, os atormentados e os nãos resolvidos. “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes”. Mt. 9:12 O mundo é recheado de pessoas que pensam que podem afiançar a carne no seu desempenho. Na sua exteriozação são integro e irrepreensíveis, generoso, casto, honesto e consagrado. É necessário intuir com acerto, pois o reino de Deus não admite acessórios periféricos do ego absoluto na sua auto-suficiência. Pessoas com um comportamento em dissonância cognitiva. - Ponto crucial da confrontação. Não podemos nos sustentar na tarimba religiosa e nem na teologia adaptada para defesas dos nossos subterfúgios. Anularmos qual sistema de defesa gerada, aperfeiçoada e customizadas na palavra ao nosso beneficio de forma palatável e incontroversa. Anularmos a racionalização ambiental, onde interpretamos o que está dito de forma que não haja consequência para nós. Um filtro mental que torna a temática brutal em um ponto irrelevante. A racionalização é o nosso meio de permanecer a salvo da verdade, usando como ferramenta a familiaridade. Jesus sabendo da audácia humana e criar os subterfúgios para a racionalização humana no seu habitat,fez o seu tema ser superior. 1.10.1 - A lei está em Cristo como cumprimento cabal – Mt.5.17-26 Jesus assume a continuidade da verdade, como um legado.”Não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt.5:1718). E nos ensina a sermos multiplicadores naprogressão geométrica – numero se multiplica por ele mesmo. “Jesus é enfático em dizer que qualquer que violar um dos mandamentos, por menor que seja e ensinaraos homens, será chamado menor no reino dos céus”. V.19A. “Mas aquele cumprir e ensinar será chamado grandeno reino dos céus”. V.19B - “Vocês ouviram o que foi dito aos antigos”, então, “eu, porém, digo a vocês” - Mateus 5: 21-22 e 27-28. “Não pensem que eu vim invalidar a Lei ou os Profetas. Eu não vim desfazê-los, vim leva-los ao seu cumprimento completo. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só jota ou um só til, até que tudo seja cumprido”. Mt.5.17-18 Jesus não está dizendo que o ensino é ultrapassado, ele simplesmente vai trabalhar as entrelinhas da farsa comportamental das adaptações religiosas. Na sutileza, ele vai contra as vossas tendências de reduzir um delicado desafio moral a uma fórmula simplória, que permite contornar a complexidade do problema. Os ensinamentos de Jesus chegam à vida espiritual mais que a mera obediência a preceitos externos. “A lei em pauta era a divina, sem os acréscimos inseridos pelos escribas”. Para seus ouvintes ficava claro que não seria omitido o menor detalhe da lei. Jesus não quer promulgar uma nova lei, porque isto invalidaria a fonte. A religiosidade tem implicações que pode nos embriagar e nos levar a cegueira completa. Um mandamento não interiorizado, não apenas não nos ajuda, ele nos engana e nos mata. Deus exige de nós uma espiritualidade autônoma e não uma familiarização com a mesma. A mensagem que esta nas entrelinhas da nossa interiorização, pode ser para nós um alto padrão de um procedimento religioso. Precisamos garimpar a verdade dos ruídos de comunicações, porque podemos deitar perolas aos porcos. Não se deita pérolas aos porcos, mas se desvalorizarmos tudo o que é perfeito será deitado adepreciação. “O que nos diferencia não é a muita ou a pouca verdade que temos, mas o que fazemos na empregabilidade da vida, com a muita e pouca luz da verdade que temos”. 1.11 – UMA ESPIRITUALIDADE ACIMA DA MÉDIA v.20 Jesus aqui fala dos Escribas e Fariseus, dado o seu envolvimento mais perto das práticas da lei moral (mandamentos) e cerimoniais (liturgias). O Judaísmo estava divido em vários grupos na época de Jesus com diferentes propósitos, mas aqui o Senhor destaca. Escribas - eram indivíduos com muito estudo e conhecimento, se dedicavam boa parte de suas vidas ao estudo e instrução da Lei (não necessariamente eram sacerdotes). Interpretavam e ensinavam as Leis de Moisés (chamada de Torá escrita). Não exercitavam. Fariseus - Eram os únicos interpretes do sagrado e da Lei. Ser fariseu naquela época era sinal de boa reputação. Sou sério – sou fariseu. Era ser de boa reputação. Não conseguia viver sua espiritualidade plena. Precisamos exceder o comportamento dos escribas e fariseus. E nem sermos rotulados e nem maculados como os tais. 3º ELAD CENTRO • 2015 Sermão parte I (continuidade)– A APRESENTAÇÃO DOS PRINCÍPIOS E REGRAS DO REINO NA GERAÇÃO DAS BOAS OBRAS. 11 “ As virtudes devem vir sempre acompanhadas de outras virtudes”. cobiçar a tua glória. Tirar a soberba, a vaidade, a prepotência, de sermos homens mais conscientes da nossa transitoriedade, nos iremos passar. Livre nos do mal, que nos roube o direito do outro existir. 2.2 - VIVENDO CÔNSCIOS NA VIDA PELAS PRÁTICAS DO REINO PELA SOLICITUDE. 3º ELAD CENTRO 1 – NÃO DEIXAR PERMITIR QUE O SUPERFICIAL OFUSQUE O 12 2 - A SOLICITUDE DA VIDA PELA SUA BREVIDADE E INSIGNIFICÂNCIA- Mt.6. ESSENCIAL, E QUE O BANAL CEGUE OS NOSSOS OLHOS PARA Precisamos de instruções espirituais para as nossas mudanças interiores na vida. Metanóia - é uma palavra de origem grega que significa arrependimento, conversão. VIVENDO CÔNSCIOS NA VIDA PELAS PRÁTICAS DO REINO. 2.1 - O MODELO DA ORAÇÃO E AS SUAS DISCIPLINAS. Mt.6.V.5 Se há um modelo, há quem instruiu a construção do padrão. Seguindo pós Jesus, Ele nós ensina a orar. Orar é a dimensão mais importante da nossa vida. Para os padrões devemos estabelecer o comportamento de saber como estar diante dEle. Jesus norteia a preocupação dos discípulos com o padrão de exatidão no reino. a) orar é compreender e assimilar verdades acerca de Deus, como uma base para a oração. É conhecer e entender o caráter de Deus, quem Ele é. 1 - Deus é pai. V.9 - Uma linguagem figurativa para Deus. (General, Juiz, Rei, Esposo e como pai). 2 - Deus não é somente pai, Ele é pai nosso. V.9 Não é um cristianismo egocêntrico. Deus é pai, mas não é exclusivo meu pai, Ele é o Senhor da Terra. 3 – Deus é santo – v.9 Santifica o teu nome entre nós. O nome de Deus é integro, a reputação de Deus é prefeita. Mas ele Deus, deu o seu nome a nós. Ef.1:21 ... 4 - O reino de Deus-v.10 - Venha o teu reino agora, seja visto e manifesto o teu reino agora entre os homens. A diferença do céu e a terra, é que lá a vontade de Deus é feita e aqui nem sempre é. Se a vontade de Deus estiver sendo cumprida, feita e vivenciada ali vira um céu. 5 - O pão nosso todo dia nos dá hoje. V.11 Comida, dinheiro para comer, isto é ato de pagão. Qual é o pai que vai dar pão para o filho se ele pedir, isto seria um ato de insensatez. Jo.6:51 6 - Viver o reino é ser medido pela mesma medida dada. V.12- “O fraco nunca pode perdoar. Perdão é um atributo dos fortes.” O Senhor só me perdoe o quanto eu perdoa. Mt.18:23-35 – O credor incompassivo 7 - Não nos deixa cair em tentação; mas nos livre do mal, pois teu é o reino, o poder e a gloria para sempre. Amém. V.13 Qual mal? De cobiçar o reino. De cobiçar o teu poder. De O coração segue o tesouro (mensuração). A) Uma medição do tangível e intangível. - Tangível – inseguros e corruptíveis. Traça/ferrugem e os Ladrões minam e roubam O tesouro terreno está sujeito à perda e obsolescência (vida útil).Mt.19:21 – Aferição a capa do materialismo que leva a falsa religiosidade e aos apegos terrenos. Mt.19:27 e 29 - Deixamos tudo para te seguir. (visão previdenciária de estabilidade). - Intangível – seguros e incorruptíveis. Tesouros incorruptíveis - gloria no porvir ( não vistas, mas eternas). Felicidade está no intangível. B) O coração está no tesouro. “Porque onde estiver o vosso tesouro ai estará também o vosso coração”. Mt.6.21 “...Buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está, assentado a direita de Deus”.Cl.3:1 O INDISPENSÁVEL NO CORAÇÃO. 2 – OS OLHOS COMO UM INTEGRANTE ESPIRITUAL 2.1 - Olhos – refletindo a nossa interioridade pelos olhos da alma. Mt.6:22-23 O poder dos nossos sentidos na absorção: Visão, audição, paladar, tato e olfato. 2.2- Olhos (visão) como lâmpada do corpo. Ter olhos bons e o coração podre (vice-versa).Os olhos não são somente físicos, mas também espirituais. a) o cuidado com a inserção dos valores ao corpo A minha natureza define e decide o que o meu olho vê. “Pensa, vicia e vira personalidade”. b) não dá para viver com um pouco de virtude e maldade. Hipocrisia e materialismo usado para beneficio próprio pode gerar em nós uma natureza má.Um dará fim ao outro. -Olhos bons -Simplicidade de propósitos ou de intenção. Saudável na nitidez daquilo que vê. Não há malícia. Tem nitidamente uma única imagem. Um único código moral. - Olhos maus – Olhos enfermos, que não conseguem estabelecer unidade na visão. V.23b...Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! - A virtude de um olhar puro é possível se: Houver mudanças pela transformadora pelo Espírito. “Um novo Coração” 2.3 - Olhando a vida pela apreciação divina. Precisamos olhar para nos é pedirmos para Deus tirar as nossas idiocrasias. 3 – DOIS SENHORES – v.24 Jesus em continuidade fala acerca da necessidade de consolidar o estado unitário da visão. A expressão dada é que “Ninguém pode servir a dois senhores”.Servir como escravo, indicando a fidelidade total, irrestrita. Como escravo era privado da sua liberdade e escolha, mas dado a sua submissão poderia odiar a um e amar ao outro. “Deus ou Mamom” Jesus expõe o significado do nome “mamon” que se personificava na riqueza, a fim de indicar o deus das riquezas carnais em contraste com o Deus dos céus. A garantia é que a fidelidade a Deus resultaria em verdadeiras riquezas estão à disposição e pode ser conferidas aos homens que vivem em conformidade com as regras do seu reino. Não conseguimos admitir dois senhores = divergência e incompatibilidade.As ordens podem ser conflitantes, controvérsias e contraditórias. E na medição do senhorio haverá de forma inevitável uma interferência. - Unidade – gera fidelidade e verdade no amor - Dualidade - gera cegueira na retidão do servir, matando o amor e gerando o ódio. 3 – A ANSIEDADE PELA SOLICITUDE DA VIDA um estágio sufocante do viver. V.25 Ansiar – se distrair – não permitir a mente ser assertiva nas escolhas. É inerente nos preocupar com a curva primária, mas para andar com Deus não podemos apequenar e condicionar o pensamento a esferas básicas. Quem vive por esta esfera pode se tornar discípulo de mamon, na busca das riquezas terrenas de sobrevivência. É a retomada ao pensamento capitalista de ter pelo existir. Ver ansioso é construir a vida pela avareza. Quando começamos pela ansiedade podemos ser incluídos no caminho da avareza. 3.1 -Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado a sua estatura?” Mt. 6:27 Côvado – medida de comprimento existente nos tempos bíblicos. Um côvado corresponde a 45 centímetros, ou seja, a dois palmos. Destinada ao tempo – 45 cm representava um tempo breve. Há um consenso de que está exposição se torna uma idéia de tempo como curso de vida, ou extensão da vida. “...pode acrescentar um côvado a sua vida? Ou “...pode acrescentar um tempo maior a vida?” 3.2 – Ansiedade um fator mortal do presente e do futuro. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Mt.6:33 A busca pelo espiritual por si só garante o suprimento das necessidades físicas. Jesus coloca a garantia, para que a nossa mente se estabilize na percepção de que devemos trilhar o caminho da excelência, desejando coisas mais importantes como as celestiais. Construindo um caminho de maturidade 1 – A competência do material cabe a nós providenciarmos e administrarmos. Jo6:26-27. Enquanto a dependência do altar não chegava, Paulo fazia tendas. Atos 18:3 Não é ficar esperando, é ter a mente focada.A igreja não é cabedal de emprego. Estamos construindo fontes para sustentação de pessoas que não querem viver pelo comprometimento com o reino. “... E ainda: Digno é o obreiro do seu salário”. 1 Tim 5:18 Digno é o obreiro do seu salário, mas devemos ser mordomos das coisas espirituais, e isto envolve o dinheiro da igreja do Senhor. Devemos ter a consciência que iremos prestar conta diante de Deus. O relatório de um campo que gastou R$ 1.400,00 com cabelereiro. Pastores estão sofrendo com a administração da igreja. 2 – Deus nos capacita no nosso estado de enfrentamento para a vida, faz provisão quando não podemos fazer.. A diferença das aves e das flores e que o filho tem privilégios no coração paterno.Sl.37:25 e 1 Pe 5:7 3 – Acordamos para o tratamento de choque, de que a ansiedade não vai nos dar um pouco mais de direcionamento ou acréscimo para a vida, e sim roubar de nós a sensatez para o caminho correto. 4 – A justiça trabalha na retidão. Lc.16:10 e Mt 25:21 “Não fomos chamados para a cobiça existencial do muito, mas para a mordomia do pouco, ser colocado no muito é uma ação divina”. 5 – Termos maturidade e capacidade de enfrentarmos o presente, com uma visão no futuro. Lidarmos muito mais com o presente do que com o futuro. FILHOS DE DEUS. Mt.7 3º ELAD CENTRO • 2015 Sermão parte II A APRESENTAÇÃO DOS MODELOS DE CONTRIBUIÇÃO, ORAÇÃO, JEJUM, RIQUEZAS E CONFIANÇAS. 13 3 - COMPLEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA A VIDA CRISTÃ E ESPIRITUAL 3.1 – AGINDO COM AMABILIDADE E PRUDÊNCIA NO JULGAMENTO Cristo não proíbe o julgamento. A observação é dada sobre análise de maior amplitude e consequências. 3º ELAD CENTRO 1)TER CIÊNCIA QUE HÁ EM MIM MORAL COMPORTAMENTAL SUFICIENTE PARA ESTABELECER A CORREÇÃO.Mt.7.5 Não agindo hipocritamente, eu posso sim julgar. Cristo está proibindo o julgamento hipócrita. Cristo está repreendendo os judeus contra a hipocrisia presente nos julgamentos deles e é exatamente esse julgamento que Ele proíbe. 1.1 - Devemos julgar com certeza. a) julgar doutrinas (1Ts 5:21), b) espíritos (1 Jo 4:1), c) profecias (1 Co 14:29) e também julgar aquilo que não é Justo. (Lc12:57) A quem concorde nestes julgamentos e não de pessoas. Concordo com a cautela. Paulo nos orientou: Acerca da comunhão com Cristo: “Todavia, não deveis vós julgar os que são de dentro?” (1Co 5:12). Jesus e Paulo nos advertem: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” (Mt 7:15) e “E rogovos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles” (Rm 16:17-18). Devemos tomar cuidado com os falsos profetas e falsos mestres. Separar, analisar e julgar os homens faz parte do crivo da igreja. Se nunca julgamos, não poderemos obedecer a esses versos. 14 b) Porque os santos hão de julgar o mundo. Paulo, novamente, nos diz: “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?” (1Co 6:2,5). E não só podemos, como, às vezes, devemos e seremos julgados por Deus se não o fizermos. 1.2 – APRENDENDO A CONVIVER COM AS TENSÕES DO JULGAMENTO “Devemos tomar cuidado para não ultrapassar os limites das pessoas com as quais convivemos”. De certo que a carta magna nos dá as devidas diretrizes básicas. 1. Devemos ter Prudência. “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha....” (1 Co 4:5). Devemos tomar sempre cuidado com julgamentos precipitados. Proteja-se de julgar erradamente, confie em Cristo e no julgamento correto que Ele trará. 2. Não seja um impostor e nem um tirano. “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho..” (Mt 7: 5). Não devemos nunca julgar hipocritamente. Um assassino não pode reprovar outro. (Rm 2:1), (Mt 7:2), (2Co 5:10) e (Gl 6:1). 3. Tenha o estado de lucidez, para quando for requerida a severidade. Jesus foi extremamente ofensivo com os judeus, chamando-os de hipócritas, raça de víboras, sepulcros.(Mt 23). Precisamos enrijecer com os falsos. Saber lidar para discernir, se estas trabalhando com um cristão fraco ou um falso crente. Às vezes, precisaremos expor os pecados de outros e julgálos como condenados para impedir que eles continuem a enganar o povo de Deus. “Precisamos estar prontos para este tempo”. 4. Seja perdoador, e conduza a correção com lágrimas e retidão (seja justo). (Jo7:24). A mulher adúltera de “Jo 8:1-11” é um excelente exemplo. Pois em momento algum Jesus nega que ela seja pecadora. Jesus está se atendo ao comportamento da mulher e dos judeus ao estabelecerem a lei. Sem lágrimas e complacência não há estado de coeso de correção. Devemos, sim, julgar. Porém, somos proibidos de julgar superficialmente, de acordo com as aparências ou com os nossos preconceitos. Só há uma maneira bíblica de julgar: julgando de acordo com a justiça de Deus. (Pv 17:15). As bases orientativas para os meios para o julgamento entre os santos devem despertar em nós tristeza e pesar, e não o estado de regozijo. Devemos conduzir e orientar muito mais para o arrependimento e não a condenação. “As marcas que deixamos em pessoas pela vida, são mais importantes do qualquer empreendimento” 2) CONSTRUINDO UM CAMINHO DE PERSEVERANÇA PARA O BEM AO PRÓXIMO. 1- A SABEDORIA COMO MENTOREADORA DO PEDIR. Mt.7:7-12 A espiritualidade carece de homens e mulheres que não tenham faróis baixos. De homens que enxerguem longe, que vá além das barreiras impostas. Um segundo modelo da oração deixada por Jesus, baseada na visão da sua paternidade. - Pedir, buscar e bater – é uma dependência da intervenção divina, quando em nós não há habilidades para lidar com a formação da vida em humanidade, quando as relações retêm o nosso crescimento para a reconciliação. Há uma falta de habilidades para caminharmos os valores do reino e resolver os pontos inerentes a está construção. Há limites em nós. Devemos pedir a Deus a sabedoria para que a nossa vida seja um estado crescente nas deficiências dos relacionamentos. (Mt.7:7-12). - Não descanse até que a vida lhe demonstre a maturidade na sabedoria. - Objetive como ponto culminante o exercício da misericórdia, da retidão e o estribar na verdade da paz interna. Porque condicionamos à vida a reciprocidade. “Mt.7:12” – Como disse não é fácil viver para o campo do discipulado este verso, fácil de ler mas difícil de praticar. Somos moldados para formamos outros. 2 - CONSTRUINDO A VIDA PELAS DIFERENÇAS E PELA SENSATEZ. Mt.7:13-29 1- Verdades que se conhece pela definição da escolha. Mt.7:13-14 - A maioria não tem razão - Todos estão em “um” caminho, mas o ápice do caminho está na escolha Andar por qualquer caminho é fácil; difícil é acertar o passo e andar pelo caminho que leva a vida. - Escolhendo o caminho chegamos à porta -Lc.13.24 Porfiar por obedecer a Deus, e sermos diligentes na disciplinado nosso corpo na busca a Deus (Fil. 3:12-15). 2- Verdade se conhece pelos frutos - Mt.7:15-18 Os verdadeiros e falsos se conhecem pelo fruto, e de que arvore estão ligados. 3 - A verdade se conhece pelas bases - Mt.7:24 Todos nós somos construtores na vida, do caráter e do destino. As casas eram atraentes e sólidas, até porque ficaram de pé. Mas a firmeza foi requerida. 3.1 -Rocha por fundamento: ouvir para fazer. Ambos têm peso de igualdade. Aquele que ouve, mas não põe em prática. 1) Areia – construir para a ruina. O ato de professar o vazio. Obediência aparente, não submissa. Escuta, obedece, mas do seu método, a sua construção é vulnerável. Aquele que ouve e põe em prática. 2) Rocha -Lc.6:48 – construtor cavou e abriu fundo na sua construção. Cristo como pedra fundamental da igreja. I Co3:11 O teste solidificador e os seus elementos Chuva e a ação do transbordar, o assoprar e ação do combate são iniciadores sequenciais das tensões para as bases. Se não houver tensão não temos firmeza nos passos e ficamos como meninos espirituais. Ouvir e não praticar gera aberturas eternas para os ventos destrutivos Não escolha o caminho da construção mais fácil. 1. Alicerce Raso – são saídas mais fáceis, mas que nos remetem as vulnerabilidades. Casas belas até porque ficam de pé.Ouvir e não praticar gera aberturas eternas para os ventos destrutivos 2. Alicerce profundo – Será requerido maior tempo, investimento, entrega e deprecação. Casas belas porque ficam de pé. Casa na rocha. Cavar fundo custa caro. Não admita construções em curto prazo. Antes de uma perda final e irreparável aconteça. O texto nos leva a reconstruir sim e novamente, dentro de um sentimento de impotência, submissão, com arrependimento em Cristo Jesus por fé. I Co3:11 4 - O reconhecimento da autoridade pela sabedoria Tendo Jesus já demonstrado a sua superioridade sobre a lei de Moisés, quando disse: “Eu, porém, vos digo”;ele agora demonstra a sua superioridade sobre os religiosos quando em “Mt.7:28-29” temos que ao término dos seus ensinos as multidões ficaram maravilhadas da sua doutrina e da sua autoridade. Definimos a vida Cristã como uma vida que dá certo, porque associamos: a) Virtude como uma causa nobre na justiça, e por pessoas nos compararem aos grandes vultos pelos meus padrões morais e éticos. Por isto Deus me disse que grande é o meu galardão nos céus”. Mt.5:12b b) Ser nobre, por ter conseguido que Deus ao me fazer ser seu discípulo me ajudou além de cumprir,ensinar. Por isto Deus me chamou de grande no reino dos céus”. Mt.5:19b c) Ter o ministério comparado pela autoridade de Jesus é estabelecer o mesmo ensino de Jesus”.Mt.7:28-29 “Porque cremos, falamos com autoridade” 3º ELAD CENTRO • 2015 Sermão parte III A APRESENTAÇÃO DOS MODELOS NO PEDIR, O TRATO COM O PRÓXIMO E A VIVÊNCIA TERRENA COMO FILHOS DE DEUS.mt.7 15 Porque discipular? A visão do Discipulado (Definição e funcionamento) Discipular é continuar a obra daquele que nos ensinou, logo, esta é a missão da Igreja: levar a todas as gerações e a todos os lugares o legado que recebemos de Jesus. A Grande Comissão que Jesus determinou aos discípulos possui duas facetas – pregar e ensinar (Mt 28). “Ide, portanto, fazei discípulos... batizando-os...” (Mt 28:19). Ver também: At 5.42; At 18.26; Rm 16.3,5; Rm 16.23; Cl 4.15; Fl 1.1-2 ; Lc 19.5. O modelo de ensino mais comum ao nosso contexto de igreja se resume ao púlpito, o centro da educação cristã da igreja moderna. É através dele que cada dirigente imprime à congregação a linha espiritual que o trabalho precisa. Contudo, por causa da distância, o púlpito nem sempre responde a todas as necessidades imediatas de cada pessoa que entra no templo. Por isso, a Igreja precisa ter outros mecanismos de educação. Jesus, instruindo os discípulos em Mateus 28.19, disse: “Ide, pois, e fazei discípulos”. Ensinando sobre o chamado ao reino dos céus em Mateus 22.9, disse: “Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes”. “Ide”- do grego “poreuomai” – significa conduzir, persistir na jornada iniciada. Logo, entendemos o Ide como iniciar e persistir até o fim numa tarefa delegada a alguém. • A atuação da igreja inicia dentro das casas (para buscar os perdidos); • esperar o peixe pular dentro do barco terá como conseqüência - o pequeno crescimento; • a igreja deve lançar as redes, ou mesmo quando o peixe pula no barco, deve ir ao seu encontro para o mesmo não voltar para a água; e devem ser levados a seguirem a Cristo . (Mt 16.24) – tomando a cruz; • Todos os crentes têm recebido um chamado para ministrar (1Pedro 2.9; 4.10 – Dn 11.32b). A arte de perpetuar um legado Pr. Moisés Silvestre Presidente da Assembleia de Deus em Belo Horizonte 2º Vice-Presidente da Comademg INTRODUÇÃO Jesus, o maior de todos os Mestres, investiu seu precioso tempo na arte de fazer discípulos. Ao longo do seu discipulado, ele não trocou de discípulos, a despeito de suas falhas e limitações, mas continuou investindo nestes homens até o momento em que Ele subiu aos céus. Seus liderados foram discípulos vitalícios. Mesmo que alguns deles fossem pobres culturalmente, semi-analfabetos e até mesmo rudes, eles se tornaram poderosos transformadores, eloqüentes pregadores e líderes; e embora alguns deles tivessem falhas sérias de caráter, se tornaram homens santos, refletindo integridade e consagração (At 4.13). Sucesso só é sucesso se tiver um sucessor bem sucedido. O Mestre dos Mestres cumpriu bem sua missão e nos ensinou a liderar fazendo discípulos. 3º ELAD CENTRO A base bíblica para o Discipulado 16 Apenas para citar algumas passagens, encontramos o discipulado como um mandamento em Dt 6.1-25. No período dos Juízes, Samuel estabeleceu uma escola de Discipulado (I Sm 19.20). Em Isaías, temos uma profecia onde Deus diz que chegaria um tempo em que todos os filhos dos crentes seriam chamados de discípulos do Senhor (Is 54.13). No Novo Testamento, o discipulado encontrou sua expressão máxima como missão da Igreja e tendo Jesus como modelo (Mt 28.9,20). Outros exemplos podem ser encontrados nestas referências: At 9.27,28; 11.25; 19.9; 2 Tm 2.1; 1 Pe 5.13. “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”. (2 Tm 2:2); “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei” (Fp 4.9). O que é Discipulado É o trabalho cristão efetuado pelos membros da Igreja, inspirado no mais perfeito parâmetro – Jesus, a fim de fazer dos novos crentes, verdadeiros e autênticos cristãos. O discipulado é a expressão missionária da Igreja. É também a principal ferramenta no exercício da liderança cristã para garantirmos a continuidade do serviço, isto é, a liderança não morre quando o líder morre; ela se perpetua através dos seus discípulos. David Kornfield disse que o “discipulado é uma relação comprometida e pessoal, onde um discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se mais dele e assim reproduzirem. Keith Phillips afirmou que “o discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem a amplitude que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem a outros”. Por sua vez, o discipulado não é um culto tradicional, uma sessão terapêutica, uma reunião formal, uma vigília ou encontro social. O coração do discipulado não é um programa, nem um currículo, nem um livro e, sim, uma relação. Esta relação nasce de uma visão proveniente de uma paixão por almas. Uma visão é uma imagem clara do que você quer que seu grupo seja ou faça. A partir dessa imagem clara, o líder planeja de que maneira essa visão pode transformar-se em realidade. I - UMA VISÃO DE GRATIDÃO; II - UMA VISÃO DE CRESCIMENTO ESPIRITUAL; III - UMA VISÃO DE MULTIPLICAÇÃO; IV - UMA VISÃO DINÂMICA; V - UMA VISÃO DE AMOR. 3º ELAD CENTRO • 2015 LIDERANÇA DISCIPULAR 17 Finalidade, vantagens e resultados do Discipulado Resultados do discipulado Atos 2.41,47; 4.4; 6:7; 9:31; 17:6; Cl 1.23b. Confira também o método utilizado em At 5.42 e 20.20. Um modelo de discipulado bem sucedido: Atos 19 e 20. Podemos considerar esta passagem como uma experiência bem sucedida de discipulado, feito pelo Apóstolo Paulo. Durante três anos ele acompanhou e trabalhou com essas pessoas. Seu discipulado era tão intenso que ele tinha autoridade para dizer: “Sabem como eu me conduzi...” • Paulo vivia a mesma realidade que vivemos – Ele trabalhava • Paulo os tornou “independentes” dele • Publicamente e de casa em casa – locais onde Paulo ensinava • Três anos foi tempo suficiente para tornar os discípulos “maduros”, ao ponto de existirem entre eles presbíteros Até o ano 100 d.C já havia cerca de 500 mil cristãos. No final do século III acreditava-se que 12% do Império Romano havia se convertido, algo em torno de 10 milhões de pessoas. Finalidade/Vantagens 1. Discipular é uma das maneiras mais estratégicas de se ter um ministério pessoal ilimitado. 2. Discipular é o mais flexível dos ministérios; Discipular não é um dom! Mas todos os dons cabem dentro do Discipulado. 3. Discipular é a maneira mais rápida e segura de mobilizar todo o corpo de Cristo para evangelizar. 4. Discipular tem um potencial de mais longo alcance para produzir frutos do que qualquer outro ministério. 5. Discipular propicia à igreja local excelentes líderes. 3º ELAD CENTRO Assim sendo, a prática do Discipulado produzirá: • Crentes fortes, sãos e firmes na fé (Tt 1.13; Mt 7.24,25) • Crentes aperfeiçoados e maduros (Ef 4.12; I Ts 4.14) • Crentes que compreendem a Palavra de Deus (Mt 13.23) • Crentes que renunciam a tudo por Cristo (Mt 16.24) • Crentes que carregam a cruz do compromisso (Mt 16.24) • Crentes que amam a Cristo de todo o coração • Crentes comprometidos com o Reino de Deus na terra • Crentes humildes de espírito (Mt 5.3) • Crentes sábios (Sl 119.99) • Crentes com condições de resistir ao diabo (1 Pe 5.8,9) • Crentes mais que vencedores (Rm 8.37) • Crentes dispostos a morrer por Cristo (Mc 8.35; Rm 8.35,36) • Crentes preparados para o arrebatamento da Igreja (Mt 25.10) 18 Consequências da falta de Discipulado leva os crentes: • A não compreenderem a Palavra de Deus (Mt 13.19) • À ignorância sobre todo o conselho de Deus • A ter uma vida espiritual superficial e medíocre • A ignorarem aquilo que para eles deveria ser familiar • À ignorância acerca dos dons espirituais (1 Co 12.1) • À ignorância acerca da imortalidade da alma (1Ts 4.13) • A deixarem o Espírito Santo triste por suas negligências • A se tornarem alvos fáceis para as seitas e heresias • A serem fracos na defesa da fé cristã • A serem meninos inconstantes levados por ventos de doutrinas • A aceitarem tudo como se tudo fosse de Deus, sem capacidade para discernir (1 Jo 4.1; 1 Ts 5.21) • A não terem firmeza e constância nos caminhos de Deus (Mt 24.12,13). Objetivos do Discipulado • Promover a comunhão do novo crente no seio da Igreja; • Promover o fortalecimento espiritual do novo crente; • Promover a instrução bíblica; • Levar o novo crente a compreender todo o plano de Deus, também a um compromisso sério com Cristo; • Ensinar o conselho de Deus; Levar o novo crente a amar a Deus acima de tudo, a ser um fiel seguidor de Jesus, a ser “um com o seu Mestre”, a imitar a Cristo, a uma vida de serviço para Deus; • Prevenir o novo crente contra as heresias de perdição. • Levar o crente a ter convicções fortes acerca da sua fé; • Levar o discípulo a ser como o Seu Senhor (Mt 10.25). LIDERANÇA O termo vem do verbo inglês “To Lead”, que significa: conduzir, guiar. Trata-se do processo de conduzir pessoas, motivando, influenciando para, voluntariamente, contribuírem em atingir os objetivos propostos do grupo. Um homem pode liderar outros apenas na medida que pode influenciá-los a segui-lo, para qualquer ação conjunta. Liderar é mostrar o caminho. Liderança é carisma natural. É posição, relacionamento e ação. Liderar é um dom especial que Deus concede a alguns membros do Corpo de Cristo, capacitando-os a estabelecer objetivos sintonizados com a Palavra de Deus e de transmití-los de forma a conseguir seguidores voluntariamente. Segundo o recém falecido Pastor Myles Monroe (Bahamas), “liderança é a capacidade de influenciar outros através da inspiração gerada por uma paixão, motivada por uma visão nascida através de uma convicção produzido por um propósito”. Líder: Indivíduo que alia prestígio e autoridade para dirigir um grupo com participação espontânea de seus membros. Em um estudo mais amplo, verifica-se que, os que realmente são líderes, não trabalham sozinhos, pois precisam lidar com seguidores, subordinados, etc. Basicamente, a liderança inclui a realização de objetivos, com pessoas e por meio delas, devendo um líder ocupar-se de relações humanas e tarefas. Russel Shedd diz que: “Um líder convence outras pessoas a seguí-lo porque tem respostas e soluções”. O General chinês, no livro Liderança Espiritual, pág.20, declarou “há três tipos de pessoas no mundo: aquelas que não se mexem, as que são movíveis e as que movem os outros”. Como disse Harry Trumam (Ex-presidente americano): “o líder é alguém que tem a habilidade de fazer com que os outros façam o que não queiram fazer e gostem de fazê-lo”. Complemento dizendo que o líder conduz as pessoas onde elas jamais chegariam por conta própria e sozinhas! Ainda segundo os mais renovados dicionários, liderança é a forma de denominação baseada no prestígio pessoal do líder e aceita pelos liderados. 3º ELAD CENTRO • 2015 Enquanto que nas décadas anteriores a ênfase estava no foco de Marcos (“pregai o evangelho”) e a evangelização era o impulso absoluto, a ênfase hoje está no foco de Mateus (“fazer discípulos”) e a implantação de igrejas está em primeiro plano. A Bíblia enfatiza ambos e os mantém equilibrados, devidamente. O esboço da comissão. A comissão descrita por Mateus pode ser esboçada como segue: (Mt 28.19,20) 1. O poder (soberania) do Rei – “toda a autoridade”. 2. O propósito do Rei – “fazei discípulos”. 3. O preceito do Rei – “ir......batizar.....ensinar”. 4. A presença do Rei – “Estou convosco”. CONCLUSÃO: Deus só tem um plano, cabe a nós a decisão de dizer sim ou não a ele 19 Existem também requisitos práticos para a Liderança. Seguem algumas características que parecem distinguir os bons líderes: • O bom líder cuida de si; • O bom líder sabe como tomar boas decisões; • O bom líder é eficiente na comunicação; • O bom líder é o que administra seu estilo de liderança; • O bom líder entende-se com as pessoas. • O bom líder é aquele que inspira; • O bom líder é alguém disposto a pagar o preço. Estilos predominantes: a) O Vaidoso e Ambicioso: Favorece os membros do grupo que bajulam, não consegue ser imparcial, torna-se líder por causa de títulos e ou prestígio profissional. Não tem vocação para isso. b) Líder Estrela: Aquele que gosta dos lugares altos, lá em cima, acima de todos. Gosta de ser visto, ele quer brilhar, mas seu período de brilho é curto, pois a noite é pequena. c) Líder Caramujo: É um líder que exerce suas atividades tradicionais, mas quando se solicita cooperação, ele se esconde, não aparece, em termos de iniciativa e atitude ele é indiferente. E ainda há que se tomar cuidado, pois, o caramujo parece inofensivo, porém, causa prejuízo ás plantações durante a noite. Conclusivamente o ato de liderar, portanto, compreende quatro elementos: visão, convocação, delegação e motivação. Se o pastor ou o líder espiritual for bem-sucedido no cumprimento dessas quatro atividades, será bem-sucedido em sua liderança. 3. Direção liderada: Desde o princípio, foi impossível a um homem só carregar a carga de todo o rebanho e apascentá-lo adequadamente (At 6.1), e hoje, muito menos, porém Deus tem em todas as épocas homens aptos a atender a chamada. É o que vemos em Êxodo 18. 13-26, quando Jetro instruiu seu genro, Moisés; num dos exemplos mais notáveis do Antigo Testamento. Em Atos 11.30; 15.4 e 20.17 vemos um ministério colegiado. Sendo a igreja de Jesus Cristo, Ele exerce, como cabeça, o governo através dos homens que ele mesmo capacita e que são reconhecidas pela igreja como líderes espirituais e cheios do Espírito Santo (At 20.28; 1 Pe 5.1-4). O líder eficaz deve ser capaz de alcançar objetivos por meio dos liderados e, para isso, conforme o tipo de liderado e a ocasião, age de diferentes maneiras: ordena, comanda, motiva, persuade, compartilha dificuldades e, ou delega e cobra resultados, alterando a forma de agir conforme a necessidade de cada momento e o tipo de liderado, visando a alcançar os objetivos propostos, sempre agindo pautado nos princípios e valores bíblicos. O líder precisa ter a sensibilidade de ler o que não está escrito, e abraçar a todos imparcialmente. Estilos de liderança e tipo psicológico do Líder O estilo de liderança cristã reflete os princípios bíblicos de lidar e considerar as pessoas, bem como, os motivos ou as razões que norteiam a liderança devem ser fundamentadas nas qualidades bíblicas. (Democrático) O líder trata seus subordinados como colaboradores. Não resolve o problema sozinho, pois acha o grupo capacitado para ajudá-lo. Não dá ordens e sim exemplo, obtém cooperação e máxima produtividade do grupo. Usa muito o prestígio e pouca autoridade. Estilos predominantes: a) O Paternalista: É bondoso, trata os membros do grupo como seus filhos, procura lhe dar presentes, prêmios e conforto. Mas exige retribuição com mais trabalho. É um líder cordial e amável e esse estilo é muito comum dentro da Igreja e por isso mesmo produz indivíduos imaturos, pois esse sistema proporciona apenas o crescimento parcial do líder e nenhum desenvolvimento para o grupo. b) Burocrático: Esse estilo pressupõe que qualquer dificuldade pode ser afastada quando todos acatam regulamentos, e o líder é uma espécie de negociador entre as partes e a tomada de decisão e resulta de um critério parlamentar. c) Democrático: Nesse tipo de ambiente o líder pede e leva em consideração as opiniões do grupo antes de tomar as decisões. A responsabilidade é compartilhada pelo grupo. O líder dá explicações e aceita críticas. Os membros do grupo tem liberdade para realizar as atividades. d) Participativo: Na estrutura participativa há um grau elevado de relações interpessoais saudáveis, e os membros demonstram grande identificação com o grupo. Há mais amizade, maior conhecimento dos antecedentes, habilidades e interesses dos demais membros, motivação mais intensa pelo trabalho, um problema seria a demora de ação em tempos de crise. OS 10 MANDAMENTOS DA LIDERANÇA CRISTÃ 3º ELAD CENTRO 2. Direção “LAISSEZ-FAIRE”: (Liberal) A expressão quer dizer: “Deixa de fazer”. O líder é inseguro, não assume as 20 responsabilidades, não dá alguma instrução e os membros do grupo fazem o que querem. Isto gera atritos e confusões resultando em desorganização no grupo. Não usa o prestígio e nem a autoridade. 1. Ter um forte desejo de servir a Deus, sendo submisso a Ele e ao seu superior imediato; vida consagrada e sendo sensível a voz do Espírito Santo; 2. Ter convicção plena de ser útil ao grupo ou para a área que deseja servir, avaliar objetivos; 3. Ter conhecimentos básicos das necessidades do grupo ou da área onde vai atuar, “reconhecer”; 4. Ter disposição de ser orientado e treinado na área específica a fim de adquirir a habilidade; 5. Ter uma visão clara que corresponda aos estatutos de sua Igreja sem fugir dos princípios bíblicos, tenha um projeto bem definido para o que deseja alcançar; 6. Ser maleável para atender os interesses e o bem estar geral do grupo, Pensar no bem comum; 7. Ser humilde p/ receber as sugestões e críticas vindas dos seus liderados ou superiores, Procurar ajuda quando necessário c/ os mais experientes; 8. Ser otimista aproveitando todas as oportunidades p/ levar o grupo ao entusiasmo, p/ o sucesso; 9. Ser o exemplo do grupo em todos os sentidos, ser o padrão é mandamento e não opção; 10. Ser bom administrador dos recursos financeiros e humanos confiados a ele.As críticas não perturbavam a Paulo de forma alguma, veja o que ele disse em (Gl 1.10): “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” 3º ELAD CENTRO • 2015 Pratique-os para ter um relacionamento de sucesso. Métodos usados pelos líderes: 1. Direção autocrática: O líder utiliza autoridade investida para comandar, não importando o que eles pensam, dá ordens e não admite discussões. Entende que o homem é por natureza preguiçoso e pouco merecedor de confiança. Não usa o prestígio. Estilos predominantes: a) O Maquiavélico: Jamais reúne o grupo para trocar idéias, mas conversa com cada membro em particular, é mestre em intrigas, joga um membro do grupo contra o outro, os usa como quer. “Divide para governar”. b) O Instável: Muda de idéia como troca de camisa. Por isso, os membros do grupo não conseguem seguir suas instruções. Inicia muitas tarefas e não conclui nenhuma. c) Autocrático: Esse estilo estimula inovações, pois o autocrático vê-se a si próprio como indispensável e deixa que o grupo vá debilitando através de debates sobre questões sem importância. Porém, as decisões importantes são tomadas por ele mesmo. 21 OFICINA 1 - IGREJA RELEVANTE LIDERANÇA X LEALDADE A liderança deve ser servidora: • Nem todo filho é servo; • Dentro do Reino de Deus, quem serve, governa (Gn 24.2), Ex: José, Daniel; • Deus tem leis de conduta: (Mt 23.11); todo aquele que não quer servir, desce, a exemplo de Jonas (Tarsis, porão Navio, fundo do mar, barriga do grande peixe); • Quem é servo, obedece até na ausência (Ef 6.5); sabe que deve servir ao próximo (Rm 1.1) • Quando Jesus voltar precisa nos encontrar servindo (Mt 24.46); • E qualquer que, entre vós, quiser ser o primeiro, que seja vosso servo, (Mt 20.27); • Jesus fez a diferença em seu ministério, ele só serviu, enquanto existem pessoas que só querem mandar! 3º ELAD CENTRO BIBLIOGRAFIA: 22 A LIDERANÇA – Alex D. Montoya Livro-texto FAETEL – Um líder eficaz - Alcino Lopes de Toledo CPAD – Obreiro – 1988, 2002 Anthonio Siqueira SEBRAE – Programa Liderar – 2001 Curitiba – PR. MAC – Personalidade do líder cristão –Pr.Samuel César Ribeiro APOSTILA – Discipulado Cristão Ev.Adriano Sebben – C riciúma SC MYLES MUNROE – You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=vfud2A3RTGk IBE – Teologia da Educação Cristã – Paulo André Barbosa IBE – Teologia Pastoral – Paulo André Barbosa EDAD – Curso de Aperfeiçoamento para o Evangelismo, Discipulado e Missões – Wilson V. dos Santos LEALDADE E DESLEALDADE – Dag Heward-Mills A MEGA IGREJA – Como fazer a sua igreja crescer - Dag Heward-Mills HOWARD Hendricks – Discipulado: O Caminho para Firmar o Caráter Cristão JAMES M Houston – Mentoria Espiritual: O desafio de Transformar Indivíduos em Pessoas IGREJA RELEVANTE Combinando obras ao evangelho da fé Pr. Paulo Júnior Presidente da Assembleia de Deus de Montes Claros /MG Fundador e Voluntário da Associação Show da Vida Contatos: (38) 3223 9641 (38) 9159 9979 leocadio.junior@ yahoo.com.br, “Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. Mateus 5:13-16 INTRODUÇÃO Qual é a missão da igreja? Qual a melhor maneira de cumpri-la? Ninguém discute que a grande missão da igreja é a propagação do Evangelho do reino para a salvação do homem alienado de Deus e de sua graça. Mas esta pregação seria uma pregação apenas através do discurso? Da pregação falada? Neste tempo que temos, vamos tentar demonstrar que não. Essa reflexão se torna cada vez mais importante, na medida em que compreendemos com clareza o que é de fato o evangelho, e quais são as demandas reais de nosso tempo no campo da espiritualidade, da moralidade e da sociedade. É sobre isso que pretendemos conversar nesses próximos momentos. 3º ELAD CENTRO • 2015 Lealdade é importante para o crescimento da Igreja A Lealdade proporciona um grande impacto na Igreja e no ministério. • Lealdade é o maior requisito para todo ministro (1 Co 4.2); • Lealdade impede com que o Diabo destrua a Igreja por dentro (Jo 14.30; Pv 22.10; Mt 12.30); • Lealdade é necessária para que o amor de Deus encha a Igreja (Jo 13.35); • Lealdade proporciona crescimento porque existe uniformidade nas ações, todos falam a mesma linguagem; • Lealdade torna a Igreja duradoura, pois os sucessores atuais sempre são leais e substituíveis; • Lealdade possibilita o recebimento da recompensa inteira (Ap 21.14; Lc 22.28,29). • A lealdade é mais apreciada em tempos de dificuldade, pois nos tempos bons, todos parecem leais, mas somente os verdadeiramente leais são diferentes dos outros e por isso terão uma recompensa especial. Estágios da deslealdade: tornar-se desleal é um processo • 1o Estágio: o espírito independente, a exemplo de Joabe: (2 Sm 3.20,21; 2 Sm 3.26,27; 2 Sm 18.5; 2 Sm 18.12; 2 Sm 18.14; 2 Sm 12.28; 1 Rs 1.5,7); • 2o Estágio: a ofensa (Mt 24.10); • 3o Estágio: a passividade (Jr 48.10; 2 Sm 13.22; 2 Sm 13.28); • 4o Estágio: o crítico (Nm 12.1; 2 Sm 15.3); • 5o Estágio: o político (2 Sm 15.3; 2 Sm 15.6; Sl 131.1). Argumentos comuns: “muitas ou algumas pessoas estão dizendo...” • 6o Estágio: o engano (Jo 13.16; Ez 28.12-14a,17a; Jo 14.12; Pv 30.17); • 7o Estágio: a rebelião escancarada (Ap 12.7; 2 Sm 16.11ab, 22b; Mt 26.47,48); • 8o Estágio: a pena de morte (1 Sm 15.23a; Ex 22.18; 2 Sm 15.11; Ap 12.9; 2 Sm 18.15; 2 Sm 17.23; 1 2.46; 1 Rs 2.25; Mt 27.5) Quem é leal colherá lealdade aqui e cumprir-se-á o Sl 41.11. No porvir, ouvirá a declaração de Jesus de Mt 25.21. 23 Inicialmente, talvez seja necessário reconceituar as ideias que temos sobre igreja. Isso nem demanda muito tempo ou palavras. A palavra igreja vem da palavra grega “Eclesia”, que é definida como “uma assembleia”, ou “os que foram chamados”. O significado primário de “igreja” não é dettt um prédio, mas de pessoas. É a partir dessa consciência de igreja que surge a pergunta: qual a razão da existência da igreja? A Igreja existe para a Adoração. A missão da Igreja é adorar a Deus. O centro da vida da Igreja é Deus e não os homens. A Igreja existe para evangelizar. A missão da Igreja é evangelizar. Evangelizar é anunciar as boas novas. Evangelizar é levar Jesus até as pessoas, é levar as pessoas até Jesus. Evangelizar é este movimento de atração, pelo qual nós trazemos as pessoas ao convívio, à comunhão com Cristo. A igreja existe para a santa comunhão. A Igreja é uma comunidade de amor, e existe para que nós aprendamos a viver em amor. Todas as palavras usadas no Novo Testamento, para designar a Igreja de Jesus Cristo, são grandes coletivos. A Igreja é Corpo, família, edifício, povo, missão, sacerdócio, lavoura. A Igreja é sempre esse conjunto daqueles que estão numa comunhão tão estreita, a ponto de constituírem um só e mesmo corpo. A Igreja existe para o discipulado. A missão da Igreja é discipular. Como Igreja nós somos chamados, não apenas para alcançar as pessoas, mas também, para ensinar as pessoas, “ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado”.É responsabilidade da Igreja desenvolver a maturidade espiritual das pessoas.Discipulado é propiciar a oportunidade de crescimento, de amadurecimento na fé. A Igreja existe para servir. Jesus quando quis dizer qual era a essência, o coração do seu ministério, ele disse: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, para dar a sua vida em resgate do mundo”. Deu esta lição naquela extraordinária cerimônia do lava-pés, antecedendo a celebração de uma Santa Ceia. A Igreja existe para ministrar em nome do Senhor. E ministrar verdadeiramente é ser servo. É servir. É demonstrar o amor de Deus aos outros, atendendo as suas necessidades, sejam elas, espirituais, emocionais, físicas e sociais. E é olhando para a MISSÃO da igreja que pensamos em relevância. A igreja precisar fazer diferença, causar transformação onde ela se insere. Por meio das pessoas, com as pessoas e para as pessoas. Durante muito tempo, a atenção da maioria das organizações religiosas esteve direcionada para a estrutura (templos suntuosos, reformas infindáveis, equipamentos, etc), alimentação do sistema (cargos, eleições, manutenção e território, etc) e finanças (dispensa detalhamentos) e nos esquecemos de que a Igreja de Cristo carrega dentro de si um potencial transformador incrível. Infelizmente, muitas vezes, nos acomodamos com o mais fácil, mais óbvio e mais confortável. No entanto, o potencial ainda está lá, e pode explodir a qualquer momento. QUAIS SÃO OS DESAFIOS? 3º ELAD CENTRO - A realidade do mundo e da época em que estamos vivendo “Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs. Atos 13:36 24 - A nossa própria realidade “...e atritos constantes entre pessoas que têm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais pensam que a piedade é fonte de lucro. De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro,pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar;por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição,pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.1 Timóteo 6:5- A necessidade de alguém para solucionar problemas. Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós? “ E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me! “ Isaías 6:8. E COMO ISSO FUNCIONA NA PRÁTICA? O estabelecimento do Reino de Deus por meio da justiça social e da atenção ao próximo tem sido uma experiência vibrante e transformadora para mim e para a igreja que tenho o privilegio de pastorear. Temos tido a oportunidade de reavaliar nossas bases e olhar para um futuro desapegado de nós mesmos. Essa coisa funciona como um incêndio numa floresta: começa com alguns gravetos, algumas faíscas e logo se torna algo incontrolável. Contagiante. A partir daqui, quero sugerir (a partir de nossas vivências) algumas ações que possibilitam o exercício de uma conduta voltada para essa intervenção social, política e espiritual. 1. Definir a visão bíblica de igreja e alinhar o movimento Eis a questão principal. Pra que essa igreja (instituição, denominação) existe? Possuir uma declaração de visão e missão institucional é uma primeira necessidade para se estabelecer uma cultura de missão ampliada e integral. Sem estas, deixa de existir o direcionamento de que, do porque e do como. É a declaração simples e real da visão da igreja que lhe dará capacidade de gerenciar a agenda, o espaço físico, os avisos do culto, as reuniões, as programações de departamentos e ministérios e os investimentos financeiros. Isso gera, por consequência natural, o alinhamento do movimento. É como se houvesse uma sequencia natural da vida das pessoas na comunidade cristã, além da participação no culto e nos eventos. Alinhar é olhar e andar todos na mesma direção, na mesma velocidade e da mesma maneira. O movimento, pode ser comparado ao tráfego de pessoas na casa de uma família. Os que chegam na sala de estar, terão um momento de convivência mais superficial e curto, até serem chamados à sala de jantar, onde o relacionamento se torna mais profundo e duradouro, mas, após o jantar, alguém precisar ir para a cozinha lavar as vasilhas. Na nossa analogia, as celebrações públicas são a sala de estar. Não gera envolvimento, não alinha, não compromete. A sala de jantar são os departamentos, onde as pessoas criarão relacionamentos e aprenderão a amar a comunidade local. Mas todos precisam se envolver com a limpeza das vasilhas. Se não há uma visão clara e um alinhamento, haverá de se perceber muitos eventos, muita disputa de tempo, de pessoas e de espaço físico e pouco comprometimento para o trabalho. Qual pastor não se lamenta da desproporção entre o número de pessoas na sala de estar com as que estão na cozinha? 2. O fator “Pastor” O pastor é a pessoa chave para promover a visão da missão integralde Deus e o papel da igreja local nela. O pastor precisa teruma compreensão profunda e clara do mandato bíblico de quecada discípulo deve se engajar na missão de Deus no mundo, “namaneira de Jesus”. Se o pastor estiver relutante ou tiver dúvidassobre a necessidade de participar da missão de Deus além dasquatro paredes da igreja, a igreja continuará a andar lentamente,investindo exclusivamente em ministérios que beneficiam ospróprios membros. O pastor é quem seleciona e treina a equipe de liderança responsávelpor mobilizar a igreja para a missão integral. Um pastorafirmou com paixão: “Permita o seu povo trabalhar! Liberte o seupovo para fazer aquilo que o Espírito Santo o chamou a fazer!” 3º ELAD CENTRO • 2015 PRA QUE IGREJA? 25 O pastor precisa se envolver pessoalmente e, além disso, criar uma equipe de mobilizadores. Acho interessante a ideia de unificar os trabalhos de missões e de ações sociais. A partir daí, aproveitam toda oportunidade para comunicar claramente à liderança qual a visão de Deus para a igreja. Uma responsabilidade importante do pastor e dos líderes é ajudar os membros a descobrirem por que a igreja existe, e em qual parte eles podem atuar individualmente e coletivamente na missão de Deus. Em particular, a liderança ensina que os membros fazem parte da igreja e recebem a cura de Deus e o cuidado da igreja não apenas para o próprio benefício, mas sim, para serem capazes de compartilhar essas mesmas bênçãos com pessoas que ainda não fazem parte da família de Deus. Não pode haver missão transformadora, sem liderança também transformadora, com práticas exemplares que ajudam a criar e/ou recuperar sua credibilidade para viabilizar a missão. 4. Focar as necessidades reais Para este item, quero me valer do que Sérgio Paulo Ribeiro Lyra escreve em um artigo incluído na coletânea “A igreja e sua Missão Transformadora” (que anexo na íntegra) Primeiro, é inegociável reconhecer que nenhumacomunidade de servos de Deus pode alienar-se à realidade damiséria existente no contexto em que a igreja está inserida, pormais doloroso que tal processo de conhecimento e participaçãovenha a ser, ou por maior que seja a extensão da miséria. Segundo, é preciso afirmar que as grandes proporções depobreza existente, não podem servir de justificativas para a inérciada Igreja. A Igreja é a comunidade “sal e luz” e precisa se voltarpara o mundo não-cristão com modelos de solidariedade, comprojetos e ações criativas produzindo mudanças permanentes,mesmo que atinja pequenas proporções de pessoas com almassedentas de graça e corpos famintos de pão. Terceiro, a participação das igrejas urbanas mais abastadasprecisa mudar o foco da auto aplicação dos recursos materiaise humanos e direcioná-los mais abundantemente para as áreasde pobreza das cidades e também para áreas rurais de miséria. Quarto, seguindo a orientação do apóstolo Paulo, emcada igreja local as famílias devem ser incentivadas a reservarmensalmente um pouco do seu ganho para ser destinado ao socorrodos necessitados, desfrutando assim da bem-aventurançade dar (At. 20:35). Quinto, é urgente a necessidade de quebrar os muros deseparação e produzir participação em ações de parcerias sociaiscom outras comunidades reconhecidamente evangélicas, nopropósito se fazer ouvida em alto e bom som a voz profética daIgreja contra a injustiça social e o descaso contra os desprovidos tornando tal atuação uma influência nas decisões políticas deinvestimentos e planejamento sociais. 5. Repensar e treinar a liderança PRÁTICA DE LIDERANÇA 3º ELAD CENTRO 1. Modelar o caminho. Liderar a partir daquilo em que se acredita, começando por classificar seus valores pessoais; dar o exemplo, ser o modelo de comportamento que espera dos outros; alcançar o direito e o respeito para liderar (tito 2:7) 26 COMPROMISSOS - Classificar os valores - Descobrir capacidades - Afirmar ideais partilhados - Dar exemplo, alinhando as ações com os valores para fortalecer a credibilidade 6. Institucionalizar as atividades Algumas igrejas têm criado uma associação, fundação ou ONG paralela, masjuridicamente independente, da igreja para administrar seusprojetos em missão integral. No nosso caso, temos uma Associação. A separação jurídica entre a igrejae a associação tem duas vantagens. Por um lado, ela protege a igreja de julgamentos e despesas que podem resultar do trabalhosocial. Por outro, a independência legal também permite a igrejaa utilizar verbas do governo nos programas comunitários. É preciso ter bastante atenção com a documentação, os tributos, prestações de contas, registros em cartório e toda parte “burocrática” da instituição, para que ela não venha se tornar um motivo de “dor de cabeça” ou vexame, uma vez que sua imagem estará intimamente ligada com a imagem da igreja. Aconselho que se visitem instituições em funcionamento e que se busque uma consultoria técnica para a implantação e gerenciamento da instituição paralela. POR FIM... Finalizando, faço três observações sobre tudo o que dissemos e pensamos: 1 - Não substitua o Evangelho pela ação social. O propósito disso tudo é criar pontes por onde Jesus possa chegar até as pessoas e complementar a pregação do evangelho. Não podemos odiar as boas obras e nem coloca-las no mesmo patamar da graça salvadora. 2 - Seja planejado. Todo trabalho de estabelecimento de metas, captação de recursos, seleção de voluntários, prestação de contas, avaliação, etc., exige tempo, paciência e organização. Fazer de maneira relaxada e leviana não conduz ao atingimento de objetivos e pode promover frustrações generalizadas. 3 - Servir a Deus é servir às pessoas. Paulo diz em Atos 20.18,19: “Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram,”. O maior exemplo e a melhor definição sobre serviço foram dados por Jesus, quando disse: “Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mc 10.45). 2. Inspirar uma visão partilhada. Ter uma visão de - Pensar no futuro e possibilidades apaixonantes futuro, imaginar as possibilidades atrativas; envolver ois - Integrar aos outros numa visão comum outros numa visão comum, a partir de um conhecimento - Apelar as aspirações partilhadas profundo dos seus sonhos, esperanças e aspirações (Habacuque 2:2-3) O pecado destruiu esta característica natural e espontânea dos seres humanos. O que deveria ser algo prazeroso e desejável tornou-se uma atitude a ser conquistada com muito esforço. Não lutamos apenas contra o pecado, mas lutamos para minimizar o seu efeito devastador sobre a vida das pessoas. 3. Desafiar o processo. Reconhecer boas ideias, - Procurar oportunidades e tomar iniciativa sustentá-las e mostrar vontade de desafiar o tradicional - Criar formas inovadoras de melhorar para obter propostas inovadoras; experimentar e correr - Experimentar e assumir riscos riscos, originando constantemente pequenas vitórias e aprendendo com os erros (Romanos 12:2) Pela fé e fortalecidos pelo poder do Espírito Santo de Deus somos chamados a servir às pessoas e à obra de Deus, servindo ao Senhor com toda humildade, lágrimas e provações. Há um grande preço a ser pago, mas também há uma grande recompensa. 4. Habilitar aos outros a agir. Promover a colaboração de - Fomentar a cooperação através da confiança todos, fomentando objetivos cooperativos e construindo - Facilitar os relacionamentos e desenvolver novas confiança; valorizar aos outros, partilhando poder, capacidades - Fortalecer aos demais aumentando a autodeterminação utilizando a palavra “nós” (1 Pedro 4:10) 5. Encorajar o coração. Reconhecer as contribuições, - Valorizar a participação dos colaboradores através da apreciação pela excelência individual; celebrar - Fomentar expectativas positivas os valores e as vitórias, criando um espírito de comunidade. - Criar espaços para comemorar e conhecer ações Integrar inteligência espiritual e emocional. (Filemom 1:7) exemplares 3º ELAD CENTRO • 2015 3. Mobilizar os cristãos para o usos dos dons e ministérios no serviço à sociedade 27 Oficina 2 - Juventude e Espiritualidade DIFERENÇA NO NORTE DE MINAS JUVENTUDE E ESPIRITUALIDADE O Show da Vida tornou-se realidade em 2009 na cidade de Montes Claros. O projeto plantado por Deus no coração do Pr. Paulo Júnior foi compartilhado com amigos, jovens da igreja e pastores. Durante meses várias estratégias foram traçadas, reuniões realizadas em busca de apoio e adesão, porém a princípio o projeto ganhou a simpatia e participação principalmente entre os jovens da ADMOC. Esta oficina tem como objetivo trazer um pouco da experiência vivenciada pelo Departamento de Jovens da Igreja Assembleia de Deus - Ministério Belo Horizonte, que tem se esforçado para inserir nos projetos com os SHOW DA VIDA A HISTÓRIA E O FUTURO DE QUEM FAZ A Pr. Lucas Ferraz jovens, uma espiritualidade real, que leve à reflexão do relacionamento cristão e da influência da doutrina de Cristo no dia a dia da vida da juventude. Conheça quais são esses projetos, objetivos e resultados almejados pela Coordenação desse trabalho: Ficou acertada então criação de uma Caravana Itinerante que percorreria cidades, lugarejos e vilas do norte de minas levando atendimentos básicos em saúde, odontologia, assessoria jurídica, atividades de recreação para crianças, salão de beleza, dentre outras atividades usadas como estratégias evangelísticas durante o dia no local onde a caravana estiver e no período da noite apresentação de teatro, shows musicais, e ministrações bíblicas com foco e formato que atinjam principalmente os jovens. Sem tantos recursos, porém com a força de vontade inerente aos jovens o projeto realizou sua primeira ação em Engenheiro Navarro, com uma estrutura bastante básica em relação ao que se usa atualmente nas caravanas do SDV. Com o passar do tempo o projeto foi tomando proporções maiores e este crescimento culminou com a criação da Associação Show da Vida com sede em Montes Claros. 3º ELAD CENTRO Todas as ações são realizadas principalmente por meio de doações, serviço voluntário e parceria com a igreja local. Após seis anos desde o início do projeto a Caravana SDV já percorreu mais de 50 localidades em Montes Claros e comunidades do norte minas, além de já ter ido ao Sul da Bahia também. Já foram contabilizadas aproximadamente mil conversões nos eventos realizados. 28 Com os investimentos na nova sede, a atual diretoria da associação que tem a frente a assistente Social Fabiana Maia Leocádio, projeta um avanço significativo na prestação de serviços com a criação de novos cursos e atendimento especial nos serviços já citados paraobreiros, famílias de obreiros, além da comunidade em geral. 1) Nesse pensamento de recuperar a espiritualidade no trabalho com a juventude, quais são os projetos que estão sendo desenvolvidos pela Assembleia de Deus em Belo Horizonte no biênio 2015/2016? Alguns projetos já estão em andamento, tais como o “Café com Graça”, o “Mesa Plural” e o “Papo Universitário”. Outros projetos estão na iminência de assumirem concretude, a exemplo do “Graça Brasil”, que acontecerá em Fevereiro de 2016, permitindo Deus. Mas, em consonância com o “Graça Brasil”, está na agenda da juventude, ainda em 2015, alguns programas, a saber, o “Graça Brasil Solidário”, o “Aquece Graça Brasil”, a “Corrida Graça Brasil” e o “Musical Graça Brasil”. 2) Em que estão embasados esses projetos? Cremos que o ministério da Igreja é extensão do ministério de Jesus: “assim como o Pai me enviou ao mundo, eu também vos envio” (João 7.18; 20.21). Logo, todos os projetos têm Jesus e o seu “modus operandi” como “paradigma supremo”, como referencial para a nossa missão. À luz desta compreensão, concordamos com a declaração do Congresso Mundial de Evangelização, em Lausanne, Suiça, 1974: “a missão da Igreja é levar o evangelho todo, para todos os homens, promovendo a manifestação histórica do reino de Deus como um sinal do que serão o novo céu e a nova terra”. É a partir dessa base que buscamos construir algo que seja relevante e que, de algum modo, expresse um viver em amor, conforme o espírito do evangelho. Só assim poderemos ser identificados como discípulos de Jesus, sendo “sal da terra” e “luz do mundo”. 3º ELAD CENTRO • 2015 A Associação surgiu com foco em atividades para educação infantil, reforço escolar e cursos profissionalizantes, com apoio de voluntários ou parcerias com o poder público. Hoje a Associação está reformando sua sede e já disponibiliza para comunidade local atendimento psicológico, encaminhamento para internação de dependentes químicos, atividades de recreação para crianças em hospitais e disponibilizará de forma contínua, atendimento médico e odontológico. 29 Quando se observa cada projeto que está sendo desenvolvido logo se percebe uma intrínseca conexão entre eles não obstante tenham, cada um, suas peculiaridades. O “Café com Graça”, por exemplo, é um devocional com os jovens e tem o objetivo de intensificar a nossa comunhão com Deus e uns com outros. No “Café com Graça” queremos ser a resposta da oração de Jesus: “... para que sejam um, assim como nós.” Já o “Mesa Plural” traz para dentro do ambiente “religioso” outras discussões para os jovens, que tem a ver com temáticas carregadas de pertinência, envolvendo áreas como política, medicina, psicologia, direito, economia, sociedade, etc. O “Papo Universitário” surgiu a partir da constatação de que um número expressivo de nossos jovens tem tido a oportunidade de ingressar em uma faculdade. Sabe-se que tal fato implica em um contato com diversas idéias, filosofias, conceitos e situações que geram conflito com sua fé cristã. Diante disso, o presente projeto tem por objetivo maior preparar o jovem de nossa Igreja a identificar essas possíveis divergências, orientá-los e proporcionar subsídios para que eles sejam capazes de defender a fé cristã em qualquer ambiente. Compreendemos que o evangelho destina-se ao ser humano completo, e, portanto, diz respeito às questões emocionais, psíquicas, sociais, intelectuais, físicas e, principalmente, espirituais. Assim, pode-se dizer que o nosso maior alvo é sermos uma “rede” de relacionamentos e serviços, em todos os lugares, através de todas as atividades de todos os seus participantes, levando o evangelho e pulsando a vida de Deus, por meio de atitudes de bondade e amor. 3º ELAD CENTRO 4) Quais os departamentos da Igreja estão envolvidos? 30 É extremamente relevante dizer que um trabalho como esse só é possível com o envolvimento de muitos departamentos, dos quais fazem parte muita gente boa de Deus! Digno de nota tem sido o apoio, mais do que isso, o direcionamento que temos recebido do Pr. Moisés Silvestre Leal e dos demais membros da diretoria de nossa instituição. Cada projeto é amplamente discutido com o nosso presidente, que tem, indubitavelmente, uma percepção clara dos desafios de nosso tempo e das demandas que os jovens vivenciam em seu dia a dia. Temos trabalhado em parceria com o Departamento de Adolescentes, e essa parceria tem sido fundamental para intensificação dos vínculos entre adolescentes e jovens e tem potencializado o envolvimento deles nas atividades da Igreja. A parceria com o Departamento de Música tem sido de extrema importância, considerando o número expressivo de jovens envolvidos com música em nossa Igreja. Não poderíamos deixar de citar o nosso estreito vínculo com o Departamento de Comunicação, que tem sido, de fato, um “canal” do fluir de Deus em cada projeto desenvolvido, levando informação, criando artes e aproximando os jovens através da comunicação. 5) Como tem sido a adesão e participação dos jovens? CARTA ÀS MULHERES A resposta tem sido surpreendente! O nível de envolvimento excede as expectativas iniciais. Penso que a aproximação do pastor/Igreja da geração jovem é fundamental. O jovem da nossa geração tem uma outra agenda moral, política, utópica, científica e tecnológica. Amada irmã, Se dispor a sentar e conversar abertamente se faz necessário. Isso é próprio do espírito do Evangelho, o diálogo e a busca de ouvir as perguntas que estão sendo feitas com relevância, com sentido e com significado. O nosso Tema “Vida Conjugal” parece ser comum e bastante explorado. Porém, quando entendemos a dimensão deste assunto, sentimos que Deus tem nos levado a este caminho, porque a tendência do comum é tornar-se sem importância. A vida de casado é uma experiência diária que vivemos, alternada com momentos de alegria e tristeza, de frio e de calor, de prazer e de dor, de conquistas e de frustrações; é algo fantástico que deveria nos preparar para sermos melhores, mais amáveis, mais adaptados para a vida e, em especial, a vida a dois. Ao contrário, muitas vezes esta experiência tem provocado desgastes irreparáveis porque estamos sempre idealizando alguém e não percebemos o quanto este alguém é real e importante, sendo exatamente as nossas diferenças que nos completam, que nos realizam. A Bíblia diz que melhor e serem dois do que um (Ec. 4.9) e que Deus tem prazer em abençoar e transformar aquilo que está desgastado, frio e sem vida, em algo novo, quente prazeroso e vívido. Estamos surpresos com a participação dos jovens nos projetos sociais, de evangelismo, de atividades que fogem daquelas realizadas apenas na geografia fixa, no templo. Tal fato tem evidenciado uma verdade que, frequentemente temos compartilhado com os jovens: Só pode haver vida no culto, quando há culto na vida. Que bom ter você neste 3º Encontro Mulher Autêntica do Departamento Feminino da COMADEMG. Acredito que o Senhor reservou este dia para nos trazer algo muito especial, maravilhoso e transformador. Quando abrimos nosso coração e mergulhamos com paixão e dedicação, cientes de que Deus está chamando mulheres para um novo tempo, mulheres com propósito e potencial, que abracem a vida, a família com alegria e satisfação, que entendem que a Palavra de Deus é que nos sustenta e o Espírito Santo é que nos controla, fazendo em nós sua vontade, trabalhando em nossas imperfeições, medos e preocupações, nos conduzindo a viver em intimidade sincera e sem restrições com o cônjuge que Ele nos deu, percebemos que fica mais fácil vivermos uma vida conjugal com prazer, companheirismo e desfrutando o melhor a dois. Sem mim nada podeis fazer, assim diz o Senhor, e isto vale até mesmo no nosso relacionamento conjugal. Esperamos que você seja alcançada e muito abençoada, e sinta o quanto você é especial e que foi escolhida para ser mulher e participar deste evento. SEJA MUITO BEM VINDA Departamento Feminino da COMADEMG – Mulher Autêntica 3º ELAD CENTRO • 2015 3) Qual o objetivo maior a ser perseguido ou alcançado? 31 PALESTRANTES Pr. José Izidório Pr. Moises Leal Pr. Idail Costa Pr. Messias dos Santos Pr. Paulo Junior MINISTRAÇÕES NAS NOITES PR. GESIEL GOMES. PROGRAMAÇÃO SEXTA-FEIRA 17:30 h Credenciamento - Térreo Edifício Administrativo 19:30 h Culto de Abertura Preletor: Pr. Gesiel Gomes . SÁBADO 08:30 h Devocional 09:00 h Temário 1: Doutrina e Igreja - Pr. Messias dos Santos 10:00 h Temário 2: Doutrina e Liderança - Pr. Móises Silvestre 11:00 h Temário 3: Doutrina e Maturidade Cristã - Pr. Idail Costa 12:00 h Almoço 13:40 h Temário 1: Doutrina e Igreja - Pr. Messias dos Santos 14:40 h Temário 2: Doutrina e Liderança - Pr. Moisés Silvestre 15:40 h Temário 3: Doutrina e Maturidade Cristã - Pr. Idail Costa 17:00 h Oficinas - Shopping El Shaday (convites especiais) Sala 1: Juventude e Espiritualidade - Pr. Lucas Ferraz Sala 2: Igreja Relevante - Pr. Paulo Júnior 18:00 h Jantar 19:30 h Culto Público // Preletor: Pr. Gesiel Gomes . SÁBADO - MULHER AUTÊNTICA 09:00 h Recepção 09:15 h Devocional 10:00 h 1º Temário: Melhor é serem dois do que um - Ângela Cirino 12:00 h Almoço 13:30 h Devocional 14:00 h 2º Temário: Intimidade Sincera e Sem Restrições - Ângela Cirino 16:00 h Culto de Abertura Preletor: Pr. Gesiel Gomes 08:30 h Devocional 09:00 h Temário 1: Doutrina e Maturidade Cristã - Pr. Idail Costa 10:00 h Temário 2: Doutrina e Liderança - Pr. Moisés Silvestre 11:00 h Temário 3: Doutrina e Igreja - Pr. Messias dos Santos 12:00 h Encerramento - Pr. José Izidório - Presidente da COMADEMG DOMINGO Pr. Lucas Ferraz