בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ

Transcrição

בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(ensino). Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Mebarechim Shalom! Parashá Bamidbar - 26 de Iyar de 5768 / 31 de Maio de 2008
N-51
‫ד יַ ֽחֲנֽ ּו׃‬$‫ל־מֹוע‬
ֵ
ֶ‫ ֶּנגֶד סָ ִב)יב ְל ֹֽאה‬, ‫ּו ְּבנֵ י יִ ְׂש ָר ֵאל ִמ‬$‫חנ‬
ֲ ֽ ַ‫ֹתם י‬
ָ 0 ‫אב‬
ֲ ‫ ְל ֵבית‬1 ‫תת‬
ֹ ‫א‬
ֹ ‫ל־ּדגְ ל! ֹו ְב‬
ִ ַ‫ִא יׁש ע‬
“Os filhos de Israel acampar-se-ão, cada um junto ao seu estandarte, com as insígnias das casas de seus pais; ao
redor, de frente para a tenda da revelação, se acamparão”. (Bamidbar 2:2)
No âmbito do Darush (um dos 4 níveis do PaRDeS), podemos aprender deste passuk a importância da alegria no
cumprimento das Mitsvot. No Tefilin da cabeça, existem duas letras Shin. Uma tem três pernas, enquanto a segunda possui
quatro pernas. Essas duas letras nos vêm revelar o mérito dos três Abot (representados pelo Shin com três pernas) e das
quatro Imaot (representadas pelo Shin de quatro pernas). Quando unimos estes dois Shin, formamos a palavra Sás, para nos
ensinar que as Mitsvot precisam ser cumpridas com alegria e bom coração. Pois só assim podemos merecer a redenção
completa, conforme diz o profeta (Yeshayáhu 55:12): “porque com alegria sairão”, sairão da Galut (exílio). Pois assim nos
advertiu Hashem: “Por não haveres servido ao Senhor teu D-us com gosto e alegria de coração” (Debarim 28:47), uma vez
que a alegria é uma parte fundamental, a base, no cumprimento dos mandamentos.
Mas se é tão fundamental a alegria em todas as Mitsvot, por que existe essa lembrança apenas no Tefilin? Pois eles
representam a submissão do cérebro e do coração (e atrás deles todos os outros órgãos do corpo) ao serviço divino. Por isso,
é a Mitsvá mais adequada para aludir à alegria que se deve ter no cumprimento dos mandamentos.
Esta é a mensagem do versículo para nós: Se a pessoa tiver como bandeira a alegria quando cumpre as Mitsvot como
as insígnias das casas de seus pais, isto é, os dois Shin do Tefilin que nos lembram nossos patriarcas e matriarcas e a alegria
que devemos ter (conforme explicado acima), então, ao redor, de frente para a tenda da revelação, acamparão, ou seja,
teremos o mérito da redenção completa e iremos morar ao redor do terceiro Templo Sagrado, pois esta alegria nos tirará do
exílio. E pelo mérito dessa alegria no cumprimento das Mitsvot é que temos a certeza da redenção neste sexto milênio,
conforme mostram os dois Shin, que também formam a palavra Shesh (seis). Essa também é a intenção do profeta
(Yeshayáhu 66:10 e 61:10) quando disse: “Regozijai-vos com Jerusalém, e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais;
enchei-vos por ela de alegria, todos os que por ela pranteastes” e “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se
alegrará no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como noivo que se
adorna com uma grinalda, e como noiva que se enfeita com as suas jóias”, sendo este último uma referência ao Nome de
D−us e Seu Trono, que estarão completos nesta época. Até aqui, palavras do Hhacham Yossef Hhaim. A atenção para com o
servir a D-us com alegria também é enfatizada pelo Rei David no verso “Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos a ele
com cântico” (Tehilim 100:2). Outro fato que demonstra essa importância: os Sefaradim costumam recitar o salmo 67
(lamnatseahh binguinot mizmor shir) lendo-o no formato da Menorá. Como se sabe, o braço central é o mais importante da
Menorá, e os outros estão inclinados para ele. A primeira palavra do “braço central” do salmo 67 é ismehhú (Alegrem-se)!
Vamos servir a Hashem com alegria e entusiasmo e, com isso, poder cumprir o prometido no passuk acima,
morando todo o povo de Israel ao redor do terceiro Templo. Que seja em breve e em nossos dias!
Adaptado do Livro “Ben Ish Hhail, parte 1”
Do Hhacham Yossef Hhaim (Ben Ish Hhai) Por Jaime Boukai
Resumo da Parashá – Bamidbar / Início do Livro Bamidbar (Números) 1:1 – 4:20
No Deserto do Sinai, D-us ordena um censo das tribos de Israel. Moshê conta 603.550 homens com idade de servir o
exército (20 a 60 anos); a tribo de Levi, com total de 22.300 homens de um mês de idade em diante, é contada
separadamente. Os Leviim serviriam no Santuário, substituindo os primogênitos, que foram desqualificados por terem
participado no pecado do Bezerro de Ouro. Os 273 primogênitos que não tinham um Levi que os substituísse pagaram um
“resgate” de cinco shekels para se libertarem. Quando o povo levantava acampamento, os três clãs levitas desmontavam e
transportavam o Santuário e o remontavam no próximo local. Eles armavam suas tendas em volta dele: os Kehatitas, que
carregavam os utensílios do Santuário (Arca, Menorá, etc.), acampavam ao sul; os Gershonitas, encarregados das tapeçarias
e coberturas dos tetos, a oeste; e as famílias de Merari, que transportavam os painéis e os pilares das paredes, ao norte. À
leste, ficava a tenda de Moshê, de Aharon e dos filhos de Aharon. Em volta dos Leviim, as tribos acampavam em quatro
grupos de três. A leste ficava Yehudah (pop. 74.600), Issachar (54.400) e Zebulun (57.400); ao sul, Reuben (46.500),
Shimon (59.300) e Gad (45.650); a oeste, Efraim (40.500), Menashe (32.200) e Bin’yamin (35.400); e, ao norte, Dan
(62.700), Asher (41.500) e Naftali (53.400). Esta formação era mantida durante as viagens. Cada tribo tinha seu próprio
Nassi (príncipe/líder) e sua própria bandeira com cor e emblemas. (Extraído do mail NO JARDIM DA TORÁ) Por Jaime Boukai
Exemplar gratuito! Contém palavras de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Quer entrar em
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BS “D
Curiosidade da Semana:
Tratando os Alunos como Filhos
O capítulo 3 do livro de Bamidbar se inicia listando os nomes dos filhos de Aharon, mas os apresenta como se eles
também fossem filhos de Moshê: “Estas são as gerações de Aharon e Moshê, no dia em que falou o Eter-no a Moshê no
monte de Sinai. E estes são os nomes dos filhos de Aharon: Nadab, o primogênito, Abihu, Eleazar e Itamar” (Bamidbar 3:12). Com base nesta passagem, surge a seguinte questão: por que a Torah descreve os filhos de Aharon como a geração de
Aharon e Moshé? Nossos hhachamim derivaram disso que os alunos são considerados como filhos. Portanto, uma vez que
Moshê ensinou Torah aos filhos de Aharon, eles são considerados seus filhos também. Este comentário nos ensina uma lição
muito importante sobre a visão da Torah sobre a educação. O professor de Torah não deve achar que sua atividade requer
apenas a transmissão de informação aos seus alunos; ele deve enxergá-los como se fossem seus próprios filhos. O mestre
deve assumir a responsabilidade de tratar com cuidado a natureza de cada aluno, tal como ele faz com seus filhos de sangue.
Da mesma forma que um pai se interessa pelo desenvolvimento e progresso de seu filho, o professor deve dedicar-se a seus
alunos, sem privilegiar uns em detrimento de outros e sem deixar de investir seus esforços no sucesso de todos. Por outro
lado, a comunidade deve prover os meios para que tal nível de dedicação e esforço por parte dos professores seja viável,
dando condições para que os mesmos exerçam adequadamente sua tarefa e sem exigir que eles trabalhem em turmas muito
numerosas. Apenas com este grau de comprometimento tanto dos professores quanto da comunidade é que vemos prosperar
a sagrada missão do ensino da Torah. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.) Por Mauricio Cagy (Hhazak Ubaruch)
Fogo, água e o deserto
Em Bamidbar, encontramos um Midrash fascinante no primeiro versículo: “E D-us falou a Moshê no deserto do
Sinai”. O Midrash explica que a Torah foi outorgada em associação com três coisas – fogo, água e o deserto. Rabbi Meir
Shapiro dá uma bela explicação sobre a importância destas três coisas. Explica que o traço de caráter que destacou o povo
judeu desde o início é o espírito de auto-sacrifício. Isso tem sido sempre evidente em nosso cumprimento das leis da Torah e
em nossa aderência à sua fé. Abraham, o primeiro de nossos Patriarcas, permitiu-se ser atirado a uma fornalha ardente por
ter quebrado os ídolos de seu pai, e foi salvo apenas por um verdadeiro milagre de D-us. Por este ato, ele conferiu a todas as
gerações futuras a vontade e a força de morrer por seu judaísmo. Algumas pessoas poderiam argumentar que este foi um ato
de heroísmo isolado de um indivíduo notável. Deveriam então considerar um segundo exemplo envolvendo todo o povo
judeu. Quando o Mar Vermelho foi dividido, o povo judeu marchou como uma só nação para as águas enraivecidas, a um
comando do Criador. É claro que alguém poderia argumentar ainda que este teste ocorreu em um período de tempo
relativamente curto. Deixemos então que considerem o terceiro exemplo, o fato de toda a nação judaica voluntariamente
entrar no deserto sem comida ou bebida, não sabendo quanto tempo teriam de lá permanecer. Fizeram isso apenas por amor
e lealdade a D-us, como está escrito em Yirmiyáhu 2:1: “Lembro-Me da afeição de tua juventude... como seguiram-Me no
deserto, numa terra que não era semeada”. Em virtude destes três testes – fogo, água e deserto, a Torah foi outorgada ao
povo judeu como possessão eterna. A disposição para desistir de suas vidas pela sua crença em D-us, assegurou nossa
sobrevivência até hoje. (extraído de Chabad.org.br)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Ao iniciarmos o Livro Bamidbar, devemos prestar atenção num fenômeno curioso do calendário. Shabuot nunca
ocorre antes da porção Bamidbar. Os Tosafot dizem que não é por acaso. Foi instituído assim pelos sábios para assegurar
que Shabuot, dia no qual a vitalidade das árvores frutíferas é julgada nas cortes celestiais, não fique junta à porção de
Levítico, que relata horríveis maldições que poderiam cair sobre o povo. Shabuot assinala o aniversário da Revelação de
D−us e Sua Torah ao povo no Monte Sinai. Em Bamidbar, Moshê é ordenado a contar o povo, e seu propósito era de trazer
a idéia de que os judeus agora são uma força espiritual unificada e coesa, cuja missão é cumprir a palavra de D-us. Todos
ficam perante D-us igualmente, cada qual com seus talentos e habilidades específicos. A vida de cada judeu tem um
propósito precioso aos olhos de D-us. O Talmud (Baba Batra 10b) relata um incrível incidente. Rabi Yossef, filho de Rabi
Yehoshua, caiu enfermo e ficou em coma profundo. Por fim, ele acordou do coma e seu pai, sentindo que ele tinha passado
por alguma experiência anormal, perguntou-lhe o que havia sentido. Rabi Yossef respondeu: “Vi que as pessoas importantes
recebem cargos mais baixos no Mundo Vindouro e as pessoas menos significantes receberam posições de destaque”. Nossos
sábios explicam que, no próximo mundo, o Mundo da Verdade, tem início uma realidade assombrosa. Somos julgados não
com base em nossas realizações, mas, sim, de acordo com nossa capacidade. Se alguém desfruta de uma posição
proeminente neste mundo e deixou de usar toda a capacidade que D-us lhe deu, então ele, de certa forma, falhou, e não
gozará da mesma posição que o simples judeu iletrado que se esforçou ao máximo para entender até mesmo uma página do
Talmud. Ao celebrarmos o dia de Shabuot, podemos todos nos rejubilar perante D-us, com a percepção de que servi-Lo
fielmente requer apenas que usemos a capacidade e o potencial com que D-us nos abençoou. (Adaptado do Talmud Megilah 31b).
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
“Mantenha sempre um sorriso. O presente da vida será seu, para dá-lo aos outros. Por vezes, as pessoas estão
terrivelmente angustiadas, mas não têm ninguém com quem possam descarregar. Se você se aproxima com uma
expressão feliz, você as anima e lhes dá nova vida!” Rebe Nachman de Bratslav (RNW).
Em memória e elevação das almas de Michel Barzilai ben Rosa, Rebeca Nigri bat Simbol, Salim Joseph Nigri
ben Sara, Miriam Balassiano bat Bida e Marie Nigri Balaciano bat Jamile.
A Equipe do LekachTob agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão deste folheto e
na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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