Bambus-Mitteilung Bambusverbandes Brasilien - Isomax

Transcrição

Bambus-Mitteilung Bambusverbandes Brasilien - Isomax
Amigo Edmond de Monaco
Amigo Ripper,
Amiga Celina,
Amigo Egeu,
Amigo Mario,
Amigo Fernando,
Amigo Moisés,
Amigo Vitor,
Amigo Demétrio,
e outros que estiveram presentes mas cujo nomes me escapam:
Peço encarecidamente à vocês que corrijam meus erros e acrescentem suas lembranças da
reunião e/ou deem suas opiniões deste encontro com o INBAR na Rio+20.
Precisamos, neste momento, dividir o teor da reunião com todos nossos amigos/as que não
puderam comparecer para – aproveitando esta ocasião única – dar prosseguimento ao
nosso movimento em prol da cadeia produtiva do bambu no Brasil.
Obrigado,
Luiz Inglês
Amigo Hans, perdoe-me por não ter-lhe informado antes, mas estava preparando um
pequeno relatório para por nas nossas listas na Internet com a pauta (aproximada) da
reunião com a diretora do INBAR. Como a reunião foi no sábado e isso demanda um pouco
de tempo, só consegui terminar agora.
Como você ja deve saber, a reunião foi toda em inglês, o que dificultou sobremaneira o
entendimento geral dos assuntos tratados.
Apesar de falar inglês, quando se trata de acompanhar propostas técnicas num idioma
estrangeiro perdemos alguns pontos importantes.
Vou tentar de qualquer forma dar um seguimento lógico ao que presenciei.
Contei uns 30 participantes, mas o Fernando Tombolato do Instituto Agronômico de
Campinas me disse que só 15 assinaram a lista.
A sra. Coosje Hoogendoorn, holandesa, Diretora Geral do INBAR fez a apresentação inicial
agradecendo a presença e todos ali e explicou o que era o INBAR e sua atuação nos 39 países
membros. Depois demonstrou porque o Brasil deveria se filiar. As vantagens seriam que o
Brasil poderia participar da extensa rede de parcerias desenvolvida entre os países
membros, através de workshops ou de participacões do INBAR em questões mais pontuais,
como recentemente aconteceu no Butão – país atingido por terremoto – que pediu ao
INBAR atividades com o bambu que refletissem ajuda ao povo na construção de moradias
que fossem resistentes à terremotos. Também falou das vantagens na melhoria da
qualidade de vida das populações mais pobres ao terem acesso às inúmeras possibilidades
que o bambu traz para o aumento da renda dessas famílias.
Após esta preleção inicial, foi apresentado um video-documentário sobre o INBAR.
Pessoalmente achei o video interessante pois mostrou muitas fábricas, indústrias e plantios
em diversas cidades da China. Empresários e trabalhadores deram seus depoimentos de
como o bambu estava mudando hábitos e melhorando a qualidade de vida das aldeias. Mas
achei o video focado apenas na China. Gostaria de ter visto a atuação do INBAR em outros
países.
Após o video começaram os debates.
Um chinês, de terno foi convidado pela sra. Coojse a dar seu depoimento. Não entendi seu
inglês e não me recordo o que ele falou. Se alguém puder ajudar por favor acrescente seu
comentário.
Presente estava também um jovem diplomata de nome Marcos, que está sediado na
embaixada do Brasil em Beijing. O Marcos explicou que trabalha junto ao governo brasileiro
incentivando a filiação do Brasil ao INBAR. Esteve presente na comitiva que recebeu a
presidenta Dilma na viagem que fez à China em abril do ano passado quando assinou alguns
convenios referentes ao incentivo da cadeia produtiva do bambu. O Marcos explicou que
necessita de nosso apoio já que depois de aprovada pelo governo, a política governamental
referente a cadeia produtiva do bambu no Brasil com sua consequente filiação ao INBAR,
esta tem que ser aprovada no Congresso Nacional, e que se nós pudéssemos estar mais
organizados, nossa pressão seria mais contundente através da força desta união. (O que
torna necessário a criação de nossa associação nacional). Ele argumentou que não podemos
estar dispersos.
Ghavami também falou incentivando a filiação. Mencionou meu nome e o de Celina Llerena
como pessoas que, sem serem pesquisadores formais ou ligadas à instituições acadêmicas,
se dedicam a trabalhar com o bambu incentivando na prática o uso do bambu, cada um em
sua especialidade.
Guilherme de Brasília, apresentado pelo Ghavami, explicou que acompanha este processo
junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia e informou que o Ministério vai bancar os 12.000
dólares referentes à filiação quando for o momento.
Fernando Tombolato, do IAC, perguntou mas não conseguiu uma resposta satisfatória,
tentando saber quem bancaria as grande pesquisas, os estudos e trabalhos que seriam
desenvolvidos no Brasil. Perguntou se seriam empresas particulares ou o governo que abriria
os cofres para este dispêndio.
Mario Seixas colocou uma questão – na minha opinião – de grande importância: nos alertou
para o perigo que pode significar esta "invasão" chinesa em referência aos bambus, no
Brasil. Lembrou que lá na China as indústrias compram o bambu às toneladas já que a
intenção é produzir em escala industrial. Ele mencionou o caso do plantio de mosso do
falecido amigo sr. Myiazaky de Guarulhos. Um extenso bambuzal cultivado com carinho e
dedicação e que em certa altura os chineses se manifestaram para a compra. A intenção era
a derrubada de tudo para uma grande produção negligenciando o apuro com que aqueles
bambus são cuidados.
Mencionou uma certa desconfiança do INBAR ser dominado por grandes potências em
detrimento dos países que mais precisam de informação.
Celina Llerena também perguntou sobre o trabalho do INBAR em outros países já que no
filme e na palestra não havia sido mencionado nada a este respeito (a não ser o caso do
Butão). Celina por favor acrescente mais.
Uma moça, também oriental mas brasileira filha de pais chineses, pesquisadora, estava
entusiasmada com os resultados obtidos na propagação do Bambusa vulgaris. Mostrou uma
documentação com gráficos e vasta literatura mas a distância não possibilitou nenhuma
leitura ja que estes papéis estavam em suas mãos. O prof. Ghavami mencionou que conhecia
este trabalho e a parabenizou. Gostaria de pedir então ao prof. Ghavami maiores
explanações.
Hans, achei a reunião muito curta e sem debates mais profundos. A sra. Coojse estava
preocupada com o horário do almoço e gentilmente convidou a todos a almoçar em um
restaurante ali no Pier Mauá. A reunião toda não chegou a hora e meia.
Pessoalmente não vejo grande relevância o Brasil se filiar ao INBAR. Não vejo soluções nem
auxílios de ordem prática a curto prazo. No entanto acredito ser conveniente esta filiação
pois sem dúvida o Brasil terá mais credibilidade na esfera internacional e passa a fazer parte
de uma comunidade mundial ligada ao bambu. Ou seja, uma decisão política.
Foi mencionado diversas vezes a troca de experiência, mas na prática percebemos que o
Brasil, pelo seu tamanho e cescimento promissor se torna alvo dos olhares internacionais em
suas mais diversas manifestações e interesses, muitas vezes escusos. Temos muito a
aprender mas, deixando de lado esta nossa mania de "colonizado" já temos sim, também,
muito a ensinar.
Quero pedir desculpas em não acrescentar mais e peço aos meus colegas que deem suas
opiniões e apurem este meu relato meio capenga.
Hans, estou enviando assim que o correio abrir, publicação distribuida na reunião.
Um grande abraço,
Luiz

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