Credenciação de Museus

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Credenciação de Museus
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junho 2007
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> Instituto dos Museus
[ editorial ]
O mês de Maio foi vivido
e da Conservação
– Comemorações no Dia
em festa pela generalidade dos museus
Internacional dos Museus
portugueses, com actividades centradas
> Notícias RPM
em torno do Dia Internacional dos Museus,
> Credenciação de Museus
dia de festa para os museus de todo o
mundo, e da Noite dos Museus, iniciativa
> ProMuseus
europeia, cada ano com mais adesão no
> Participação em Encontros
nosso país. Com a promoção de perto de
> Visita Técnica ao Funchal
meio milhar de iniciativas entre 18 e 20
> Quando o Museu Convida ao
Território – Dois Patrimónios
Universais entre o Douro e o Côa,
por Maria da Graça Araújo
de Maio, muitos museus da RPM realizaram, do fim-de-semana anterior até ao
final de Maio, um calendário intenso de
inaugurações de novas exposições, visitas
> Notícias Museus RPM
orientadas, conferências, palestras e deba> Edições de Museus da RPM
tes, oficinas pedagógicas, jogos, projecção
> Exposições Itinerantes
de filmes, espectáculos de teatro, concer-
> Em Agenda...
tos, animações de rua, desfiles, ceias.
Estas iniciativas, em que sobressaem a cria-
> Outras Notícias
- Prémio de Museu Europeu do Ano
2007
- Prémio Gulbenkian de Museu do Ano
- Um novo passo na divulgação
museológica: a lista museum
- Aprendizagem intercultural para
jovens
tividade das equipas, a transversalidade
dos projectos e a pluralidade dos públicos
atingidos, envolveram parcerias diversas e
captaram a atenção da comunicação social,
colocando os museus na ordem do dia.
Instituto dos Museus
e da Conservação
– Comemorações no Dia
Internacional dos Museus
- Garry Thomson
Não é de mais sublinhar como o calen-
> Encontros
dário cultural português já integrou de
No passado dia 18 de Maio, associando-se aos museus do País,
forma muito significativa o Dia e a Noite
o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) promoveu iniciativas
dos Museus, em resultado do esforço e do
para celebrar o Dia Internacional dos Museus.
> Centro de Documentação da
RPM – Destacável
(cont. na página 2)
(cont. na página 2)
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(continuação da página anterior)
empreendedorismo dos nossos museus. A boa resposta
edição, da autoria de Maria da Graça Araújo, que se
do público, confirmada pelas estatísticas de visitantes
centra nas questões da relação entre museus, territórios
nos museus, constitui factor gratificante para os direc-
e turismo.
tores e para as equipas técnicas que tão fortemente se
O Destaque do Centro de Documentação vai natural-
empenharam na programação.
mente para a nova revista Museologia.pt. Nascida no
A par das actividades a decorrer nos museus, o novo
âmbito da política editorial desenvolvida ao longo dos
Instituto dos Museus e da Conservação pautou também
últimos anos, e partindo da constatação da inexistên-
o 18 de Maio com duas iniciativas: no Museu Nacional
cia de uma revista portuguesa, de âmbito nacional,
de Arqueologia, o lançamento de cinco novas publi-
subordinada a temas museológicos, este novo projecto
cações, entre as quais se destaca a nova revista
institucional vem completar, no plano das publicações
Museologia.pt, e no Museu Nacional do Teatro, a apre-
periódicas, o Boletim da RPM. Ao carácter trimestral e
sentação final do concurso nacional A Minha Escola
de grande actualidade do boletim, junta-se agora uma
Adopta um Museu, iniciativa conjunta dos Ministérios
revista de periodicidade anual, que se pretende afirmar
da Cultura e da Educação, que neste ano conheceu com
como um fórum de debate de questões e problemas dos
assinalável sucesso a segunda edição. Foi também no
museus e da Museologia, divulgar práticas inovadoras,
Dia Internacional dos Museus anunciada a reabertura
reflectir linhas e tendências culturais contemporâneas,
das candidaturas à credenciação de museus, facto com
contribuir para o aprofundamento da reflexão museoló-
que nos congratulamos e que permitirá alargar e reforçar
gica e constituir um instrumento de referência para os
a RPM.
profissionais do sector dos museus.
O mote do mês de Maio está presente neste boletim em
que se dá conta do intenso calendário festivo e se aponta
Clara Camacho
a agenda para os próximos meses, a par do artigo desta
Subdirectora do Instituto dos Museus e da Conservação
(continuação da página anterior)
Instituto dos Museus e da Conservação
– Comemorações no Dia Internacional dos Museus
De manhã, numa cerimónia que decorreu no Museu
João Castel-Branco, Graça Filipe, Luís Raposo e Alice
Nacional de Arqueologia, que contou com a presença
Semedo, faz parte do conselho editorial da revista
da Ministra da Cultura, foram apresentadas as linhas
Museologia.pt – fazendo a apresentação deste primeiro
estratégicas do novo Instituto e lançadas novas edi-
número, cujo dossiê temático foi consagrado a “Museus
ções: uma revista dedicada à museologia portuguesa
e Arquitectura”.
e intitulada Museologia.pt (ver Destaques do Centro
A Ministra da Cultura fez referência à política museo-
de Documentação da RPM), o Catálogo de Publicações
lógica em curso e anunciou a abertura de candida-
– Instituto Português de Museus 1992-2007, dois novos
turas à Rede Portuguesa de Museus, através da
números da Colecção Normas de Inventário subordi-
Credenciação de Museus. (ver p. 3)
nadas à Etnologia – Tecnologia Têxtil e às Artes Plásticas/
Da parte da tarde, as comemorações continuaram no
Artes Decorativas – Cerâmica (ver p. 21) e 40 anos do
Museu Nacional do Teatro, onde foi inaugurada a
Instituto José de Figueiredo (ver p. 22), esta última fruto
exposição dos trabalhos premiados no Concurso
do Instituto Português de Conservação e Restauro
A Minha Escola adopta um Museu e foram atribuídos
(IPCR). A sessão contou com a participação de Raquel
os respectivos prémios às escolas e aos alunos distin-
Henriques da Silva – que, juntamente com João Brigola,
guidos por parte da Ministra da Cultura, do Secretário
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Museu Nacional do Teatro
Trabalho premiado no Concurso A Minha Escola
Adopta um Museu
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Notícias RPM
de Estado da Educação e da pintora Graça Morais,
um lanche que contemplou um bolo de aniversário
membro do júri.
do Ecomuseu.
O Ecomuseu Municipal do Seixal, museu da RPM,
Tendo como mote as comemorações do Dia Inter-
também contou no 18 de Maio com a presença da
nacional dos Museus, com a colaboração do Instituto
Ministra da Cultura nas respectivas celebrações, este
dos Museus e da Conservação, a empresa “Attitude”
ano associadas ao seu 25.º Aniversário. Com efeito,
produziu um documentário, com a duração de 10
junto ao Núcleo Naval, foi organizada uma concen-
minutos, sobre o novo Instituto dos Museus e da
Encontro de Embarcações Tradicionais do Estuário
do Tejo na Baía do Seixal
tração de embarcações tradicionais do Tejo, prove-
Conservação, os museus dependentes e os museus
Ecomuseu Municipal do Seixal/CDI – Pedro Vilela, 2007
nientes de vários municípios, a par de um Concerto
integrados na RPM, que foi exibido no dia 18 de Maio,
do grupo Tocá Rufar, uma visita ao Núcleo Naval e
à noite, em 5 canais da RTP. T
Credenciação de Museus
No passado dia 18 de Maio, Dia Internacional dos
chido em linha no sítio da Rede Portuguesa de Museus
Museus, foram formalmente reabertas as candidatu-
(www.rpmuseus-pt.org – Credenciação). Esta medida
ras à Rede Portuguesa de Museus.
tem por objectivo a comodidade e a segurança no
A credenciação de museus foi institucionalizada pela Lei
preenchimento do formulário para as entidades can-
Quadro dos Museus Portugueses e corresponde à evo-
didatas, bem como a optimização do registo e res-
lução da Rede Portuguesa de Museus e a uma nova
pectivo tratamento dos dados pelo Instituto dos Museus
etapa da adesão a esta rede. Consiste na avaliação e no
e da Conservação.
reconhecimento oficial da qualidade técnica dos museus,
Por ocasião do Dia Internacional dos Museus, foi tam-
tendo em vista a promoção do acesso à cultura e o enri-
bém editada uma brochura sobre a Credenciação de
quecimento do património cultural.
Museus que inclui o texto do referido Despacho Nor-
A credenciação e a consequente integração na Rede
mativo, o formulário de candidatura, o fluxograma
Portuguesa de Museus é um processo voluntário que
da instrução do procedimento de candidatura e ainda
decorre da verificação do cumprimento de todas as fun-
instruções gerais. T
ções museológicas enunciadas na Lei Quadro dos Museus
Portugueses. Está formalmente criado o Conselho Nacional
de Cultura e em fase final de constituição a sua Secção
de Museus e Conservação, órgão que passa a ser consultado na apreciação das candidaturas.
O Formulário de Candidatura à credenciação de museus
(Despacho Normativo n.º 3/2006, de 25 de Janeiro)
foi concebido em formato electrónico para ser preen-
[ Credenciação de Museus ]
ProMuseus
O ProMuseus, o novo programa de apoio financeiro do
N.º 134, de 13 de Julho de 2006, o qual está disponível
Instituto dos Museus e da Conservação destinado aos
no sítio da RPM (www.rpmuseus-pt.org). Este programa
museus integrados na Rede Portuguesa de Museus não
vem substituir o anterior Programa de Apoio à Qualificação
dependentes da Administração Central, foi criado
de Museus (PAQM), que já não se encontra em vigor.
mediante o Despacho Normativo n.º 3/2006, de 26 de
Presentemente a decorrer o período de recepção de
Junho, publicado no Diário da República, 2.ª série,
candidaturas ao ProMuseus, importa salientar as áreas
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preferenciais a apoiar no corrente ano: Informatização
o envolvimento e a colaboração destes museus. Esta
do inventário (Área 2); Conservação e segurança (Área 3);
Área das Parcerias implica a apresentação conjunta
Reservas (Área 4); Parcerias (Área 7). Em 2007 não
de candidaturas por parte de dois, ou mais, Museus
serão objecto de apoio as outras três áreas de apoio
da RPM com projectos que poderão contemplar as
previstas no Despacho Normativo relativo a este
áreas do estudo e da investigação, das edições, da
Programa.
educação e das exposições. A Área das Parcerias que
Apesar do Programa não poder abranger Museus
agora se inicia vem reforçar e estimular o eixo da arti-
dependentes de tutelas integradas na Administração
culação e da cooperação da RPM, o qual se assume
Central do Estado, a Área das Parcerias (Área 7) prevê
como uma linha de acção fundamental desta rede. T
Participação em Encontros
– Congresso “Mobility of Collections – Building up Trust and Networking”
Teve lugar em Bremen, na Alemanha, o Congresso
países como a Alemanha, a Finlândia, a Áustria, a
“Mobility of Collections – Building up Trust and
Polónia, o Reino Unido, a Dinamarca, a Eslovénia, a
Networking” nos passados dias 6 e 7 de Maio. Este
Itália, a Espanha, a Bélgica e a Holanda.
Congresso, que decorreu no Übersee-Museum daquela
As temáticas abordadas no Congresso incidiram sobre
cidade alemã, corresponde ao primeiro encontro de
a mobilidade de colecções entre os museus da Europa,
um dos grupos de trabalho (“Building up Trust and
as redes, a importância do trabalho em parceria e dos
Networking”) criado na sequência da Conferência
padrões de qualidade no trabalho nos museus. O
“Encouraging the Mobility of Collections”, em
papel central da NEMO para os museus da Europa foi
Helsínquia em 2006, no âmbito da presidência fin-
também bastante ressaltado.
landesa da União Europeia, com o objectivo de mini-
A Coordenadora-Adjunta da Rede Portuguesa de Museus,
mizar os obstáculos à mobilidade das colecções e de
Joana Sousa Monteiro, moderou o painel denominado
valorizar os empréstimos de longa duração, entre
“Mobility of Collections – Strengthening Networks”,
outras matérias. Estiveram presentes profissionais de
tendo apresentado uma breve introdução sobre o papel
museus e personalidades ligadas à política cultural de
e a importância das redes de museus. T
– Seminário “A Gestão do Património Cultural em Contexto Autárquico:
Conhecer o Património de Vila Franca de Xira”
A Câmara Municipal e o Museu Municipal de Vila
“Conhecer Vila Franca de Xira: Património Móvel –
Franca de Xira organizaram nos dias 31 de Maio e 1
As Colecções do Museu Municipal; Património Imóvel
de Junho de 2007 este seminário com os seguintes
– Monumentos e Sítios Arqueológicos” Candidatado
objectivos: reflexão sobre a gestão do património cul-
ao Programa Operacional da Cultura, Eixo 2, Medida
tural nas autarquias, bem como sobre as diferentes
2.2, Acção 1 – Inventariação e Digitalização do
responsabilidades das diversas entidades públicas com-
Património Móvel e Imóvel e sua Divulgação, con-
petentes na sua salvaguarda e divulgação; debate
substanciando um caso concreto de gestão patrimo-
sobre o papel das Autarquias e do Ministério da Cultura
nial numa Autarquia.
relativamente à inventariação e divulgação do patri-
O seminário contou com a presença da Gestora do
mónio com vista à sua preservação, fruição e disse-
Programa Operacional da Cultura, Helena Azevedo,
minação enquanto legado cultura. Neste Seminário
do Presidente do Instituto de Gestão do Património
foram apresentados os resultados do projecto
Arquitectónico e Arqueológico, Elísio Summavielle, e
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do Director do Instituto dos Museus e da Conservação,
seguintes museus da RPM: Ecomuseu Municipal do
Manuel Bairrão Oleiro. A Subdirectora do mesmo
Seixal, Museu Municipal de Portimão, Museu Municipal
Instituto, Clara Frayão Camacho, proferiu uma con-
de Etnografia e História da Póvoa de Varzim, Museu
ferência intitulada “Museus autárquicos como gesto-
de Mértola e Museu Municipal de Vila Franca de Xira.
res de património cultural: da abordagem histórica
O 2.º painel – “A gestão do património arquitectó-
ao quadro da Rede Portuguesa de Museus” no âmbito
nico e arqueológico” também contou com a partici-
do 1.º painel – “Os museus como gestores de patri-
pação de Museus da RPM: o Museu Nacional de
mónio”, em que também estiveram representados os
Arqueologia e o museu anfitrião.
– III Encontro de Amigos dos Museus de Portugal
Nos dias 8 e 9 de Junho de 2007 decorreu no Caramulo
Câmara Municipal de Tondela, o Instituto do Turismo
este Encontro organizado pela Federação de Amigos
de Portugal e o Instituto dos Museus e da Conservação;
dos Museus de Portugal – FAMP, desta vez subordi-
e II – “O ponto de vista dos Museus”, que contou
nado ao tema “Museus e Turismo: Dinamização cul-
com a participação do Museu Nacional de Arte Antiga,
tural e desenvolvimento sustentável”. Os painéis temá-
do Museu do Caramulo, do Grupo de Amigos do
ticos abordados incidiram sobre: I “O ponto de vista
Museu Tavares Proença Júnior e da Comissão Nacional
das Entidades”, no qual estiveram representados a
do ICOM. T
Visita Técnica ao Funchal
Decorreu nos passados dias 16 e 17 de Abril uma
Director de Serviços de Museus da mesma Direcção,
visita técnica ao Funchal da Subdirectora do Instituto
Francisco Clode de Sousa, e com os Directores dos
dos Museus e da Conservação, Clara Frayão Camacho,
Museus da DRAC. Nessas reuniões foram tratados
e da coordenadora-adjunta da Rede Portuguesa de
temas relacionados com a continuidade da articu-
Museus, Joana Sousa Monteiro, cumprindo o objec-
lação entre o IMC e aquela Direcção Regional e com
tivo de manter uma ligação institucional regular com
as possibilidades de projectos em parceria do novo
a Direcção Regional dos Assuntos Culturais da Madeira
programa de apoio financeiro do IMC, o ProMuseus,
(DRAC) e com os seus museus.
e ainda com a abertura das candidaturas à creden-
Realizaram-se reuniões de trabalho com o Director
ciação de museus e à consequente integração na
Regional da Cultura, João Henrique Silva, com o
RPM.
Nesta visita registe-se ainda a participação na cerimónia
de lançamento do sítio na Internet do Museu de Arte
Sacra do Funchal (www.museuartesacrafunchal.org),
projecto apoiado pelo IPM/RPM ao abrigo do Programa
de Apoio à Qualificação de Museus, que contou com
a presença do Secretário Regional do Turismo e Cultura.
Foram ainda visitados dois museus dependentes da
Câmara Municipal do Funchal, o Museu do Açúcar e
o Museu Francisco Franco, os quais deverão em breve
apresentar as suas candidaturas à credenciação de
museus. T
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Artigo
Quando o Museu Convida ao Território
Dois Patrimónios Universais entre o Douro
e o Côa
Maria da Graça Araújo*
* Mestre e doutoranda em museologia
e património cultural. Consultora da RPM.
[email protected]
Introdução
Evocar o museu como território de turismo surge
como um desafio, num tempo em que as estratégias
de marketing são ainda uma miragem para aquelas
que formam uma parte considerável das instituições
museológicas: particularmente, quando se situam
em territórios longínquos e enfrentam problemas
que se prendem mais com o despovoamento de lugares do que com a gestão de fluxos de visitantes, com
a extinção de valores de identidade mais do que com
1. Panorâmica do vale do Douro, a montante de Vila Nova de Foz Côa
a necessidade de pluralização de públicos, com a salvaguarda de elementos à deriva mais do que com a
monitorização de objectos entre espaços fechados.
São outras sombras que reproduzem a natureza polissémica das regiões e localidades onde o passado rural
encontra novas formas de revitalização e o património se insurge como elemento destabilizador.
Neste âmbito encetamos uma abordagem da museologia ao turismo cultural num lugar que a História
edificou como campo privilegiado de análise: Vila
Nova de Foz Côa e as narrativas subjacentes aos dois
2. Panorâmica do vale do Côa, a jusante do núcleo de arte rupestre da
Ribeira de Piscos (Muxagata, Vila Nova de Foz Côa)
patrimónios mundiais que consubstanciam a sua
identidade, ambos territórios simbolicamente incrus-
Do território ao museu
tados de acção humana, os quais logram a mais ele-
Fica a exigência da criação de um museu local: Um
vada classificação institucional atribuída pela UNESCO1.
espaço vivo onde o passado se alie ao futuro, pois estas
São eles o Douro, um rio feito de gente que convoca
terras bem necessitam de alianças que levem à preser-
o titânico labor de domesticação de uma paisagem
vação da sua identidade, da sua economia rural apoiada
hoje solene e tranquila, e o Côa, fractura raiana que
e incentivada, para que seja real a fixação da sua
discursa entre as virtudes da memória e do esqueci-
riqueza humana – as suas gentes.2
Cultural apresentada à Faculdade de
mento (fots. 1 e 2). É entre eles que se situa um per-
Freixo de Numão, freguesia do concelho de Vila
Letras da Universidade de Coimbra.
curso museológico de referência: o Museu da Casa
Nova de Foz Côa, vislumbra-se em primeira-mão
1
Para aprofundar esta temática: ARAÚJO,
M. (2005) Douro e Côa, Património e
Humanidade: A Evocação do Museu como
Território de Turismo Cultural, Dissertação
Grande de Freixo de Numão, cujos 10 anos de exis-
como um local igual a tantos outros: pequeno, des-
tência nos permitem revisitar a súmula de vários
povoado, de feição rude e arcaica. É preciso recuar
milénios de apropriações civilizacionais que carac-
para o ano de 1980, quando um grupo de jovens
terizaram a sub-região do Douro superior, paulati-
entusiastas encetava uma experiência associativa
namente sonhada e ementada por quem a percorre
formalizada com a criação da Associação Cultural
e revisita.
Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão. Descoberto
de Mestrado em Museologia e Património
2
COIXÃO, A. (1996) in SOALHEIRO, João
(coord.) Tempos áureos de Freixo de Numão.
Catálogo da exposição.
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um substrato de antanho e recolhendo vastos
O dia 14 de Julho de 1996 conhece não só a inau-
espécimes de uma rica e variada cultura material,
guração pública do Museu da Casa Grande, como
as sucessivas campanhas de escavação arqueoló-
abre as portas de um território que ressurge reno-
gica, mais do que trazer evidências remotas, tradu-
vado e progressivamente patrimonializado. Ainda
zem experiências intricadas numa pedagogia de
que as colecções se apresentem num espaço fechado
aprendizagem in situ. Gera-se deste modo uma “von-
– a Casa Grande, impressivo monumento de arqui-
tade de museu” que despertou a urgência de sal-
tectura barroca sito no centro histórico da vila – o
vaguardar memórias, despoletando paralelamente
discurso expositivo fornece uma perspectiva de evo-
um processo de patrimonialização do universo rural
lução das comunidades que deixaram vestígios no
materializado na doação de centenas de objectos.
espaço, sob a forma de edificações, actividades de
exploração e transformação do meio, de transportes e comunicações: nesta óptica, esboçou-se uma
narrativa de continuidade, com evidentes intenções pedagógicas, entre os acervos arqueológico e
etnográfico (fots. 3 e 4).
Criado paralelamente, o Circuito Turístico-Arqueológico
de Freixo de Numão complementou as visitas guiadas
ao museu com percursos interpretativos nos sítios
arqueológicos visitáveis (Prazo, Castelo Velho,
Zimbro II, Rumansil I, Calçada Romana do Atalho,
3. Pormenor da exposição permanente:
Abordagem etno-arqueológica aos
processos de vinificação
4. Pormenor da exposição permanente: Reconstituição de cozinha
tradicional
Regadas) (fots. 5 e 6), inaugurando um longo capítulo de promoção turística centrado na divulgação
dos circuitos e das rotas delimitadas, no âmbito do
qual o museu edita brochuras temáticas, dispositi-
3
vos multimédia, guias do visitante e obras de rese-
Merecem destaque: Um projecto, a Inves-
tigação, a Musealização e um Circuito (1997);
nha histórica e patrimonial.3
Por terras do concelho de Foz Côa: Subsídios
A crescente adesão do público e o elevado grau de
para a História e Inventário do seu Património
satisfação com os serviços e produtos fazem crer que
(1999); Rota do Património, Arqueologia e
Natureza do Douro Superior a Baixo Côa
o museu, efectivamente, convida ao território e o
(CD_ROM) (2002); Museu da Casa Grande:
desvenda. Um eixo de acção que sela a sua vocação,
Guia do Visitante (2005).
não apenas de organismo catalisador das pulsantes
4
Cfr. Roteiro de Museus, IPM (2005).
vivências comunitárias, mas de recurso para o desen5. Sítio Arqueológico do Castelo Velho (Freixo de Numão)
volvimento do turismo cultural em espaço rural. Estas
duas vertentes contribuíram em larga medida para a
creditação da instituição, formalizada com a sua adesão à Rede Portuguesa de Museus no ano de 2002.
Cinco anos volvidos, o Museu da Casa Grande individualiza-se como a única instituição museológica
creditada na região do Alto Douro Vinhateiro, na
óptica do património etnográfico 4, tendo o seu
desenvolvimento acompanhado as directrizes delineadas para este organismo:
Motivar a valorização e a relação entre as entidades
6. Sítio Arqueológico do Prazo (Freixo de Numão)
museológicas e a realidade social que as envolve, bem
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como o seu papel de intervenção social e as estratégias
toda a comunidade na tarefa de “seduzir” os visi-
de comunicação com os seus públicos potenciais;
tantes (fots. 8 e 9).
Motivar e valorizar o estabelecimento de parcerias entre
O ano de 2005 constitui um ponto de transição
entidades museológicas e outros agentes culturais locais,
para o museu, o qual conheceu uma ampliação de
regionais e nacionais, com vista ao desenvolvimento de
espaços com a inauguração do “Núcleo da Casa
projectos comuns e complementares.
do Moutinho”, resultante de um protocolo cele-
5
brado com o Instituto Português do Património
2. Do Museu ao território
Arquitectónico (IPPAR), englobando diversos ser-
O Museu da Casa Grande é um museu local de âmbito
viços de apoio à investigação (centro de docu-
regional, que tem por missão o conhecimento, a con-
mentação, sala de tratamento de materiais, gabi-
servação e a comunicação dos elementos patrimoniais
netes e reservas) 7. Outro projecto visou a
resultantes da interface entre as comunidades e o meio
digitalização do inventário em articulação com a
envolvente, numa perspectiva territorial e multidisci-
proveniência e locais de recolha do espólio, asso-
plinar. Enquanto projecto de cariz associativo, privilegia
ciando dimensões intangíveis e informações de
uma relação de estreita interligação com a comunidade
vários suportes (fotográfico, monográfico, carto-
onde se insere, assumindo-se como pólo dinamizador
gráfico, etc.); paralelamente, reformularam-se os
de um programa de desenvolvimento local centrado nos
suportes de comunicação da exposição permanente,
recursos endógenos.
tornando mais inteligível aos visitantes a infor-
6
Como podemos visualizar na declaração de missão
mação sobre os objectos e respectivos contextos8.
acima transcrita, para além da congregação de várias
Ambos os trabalhos convergiram na edição do catá-
modalidades de gestão, a acção do Museu da Casa
logo do Museu, publicação que disponibiliza ao
Grande individualiza-se igualmente pela recupera-
público a totalidade das peças integrantes do acervo
ção de práticas rituais e festivas, materializadas em
exposto ilustrado com uma profusão de imagens
acções de animação, das quais podemos destacar
expressivas dos lugares e paisagens humanizadas.9
as seguintes iniciativas:
(fot. 10)
7. Animação cultural:
Partida tradicional da amêndoa
8. Noite dos Museus no Museu da Casa Grande
(2005) – Ceia Medieval
9. Noite dos Museus no Museu da Casa Grande (2006)
– Oficinas de arqueologia e música experimental
É regular a programação de cenários de animação
que visam evocar o quotidiano e as tecnologias tradicionais, em articulação com o calendário agrícola.
Espaços e equipamentos recebem os aprendizes,
5
CAMACHO, C. et al. (2002), Rede Portu-
guesa de Museus: Linhas Programáticas,
inserindo-os no ciclo de actividades associadas a
Lisboa, Estrutura de Projecto da RPM/
cada produto: o varejo, armazenamento e subse-
Ministério da Cultura, pp. 36-37.
quente partida da amêndoa; a vindima, a pisa de
6
uvas no lagar tradicional e subsequente prova de
Regulamento Interno do Museu da Casa
Grande. Artigo 2.º: Missão do Museu.
vinhos: actividades que unem as mais-valias gas-
7
Projecto de Reestruturação de Edifício para
Núcleo de Pré-história e Áreas de Apoio à
tronómicas a um conjunto de performances recrea-
Arqueologia, financiado pela Comissão de
tivas (fot. 7).
Coordenação da Região Centro/A.I.B.T. do
Podemos igualmente salientar as adesões à Noite
Côa e pela Câmara Municipal de Vila Nova
dos Museus, tendo-se recriado em 2005 um ambiente
de Foz Côa.
8
medieval – reproduzindo vestuário e cenários reme-
Projecto de Qualificação do Museu da Casa
Grande, candidatura aprovada pela CCDRN
tentes para esse período – e, no ano subsequente,
– Medida 1.4 – Valorização Regional e Local.
organizado o programa “Oficina de Arqueologia e
9
Música Experimental” – com a reconstituição de
um ambiente paleolítico – Acções que envolveram
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10. Varejo da azeitona
Freixo de Numão
Museu da Casa Grande: Catálogo (2006).
Edição da A.C.D.R. de Freixo de Numão/
APOIO FEDER – ON.
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3. Freixo de Numão no futuro panorama
missão cultural e os modos tradicionais de fazer12, na
museológico do Douro-Côa
óptica do visitante, as vozes e os gestos de antanho
Um território-museu, diríamos, para ser mais consen-
permitirão certamente fomentar o anseio pela desco-
tâneo com a categoria de paisagem património da huma-
berta dos valores do território.
nidade, que está ainda em grande medida por inven-
Em suma, parece ser certo que os museus de tutela
tariar, estudar e valorizar, e para a gestão da qual é
associativa desempenham um papel central, enquanto
indispensável contar com toda a comunidade e com os
pioneiros do caminho esboçado para a política museo-
poderes que a representam.10
lógica nacional, de cujos princípios orientadores selec-
O Museu da Casa Grande constitui hoje um dos prin-
cionamos os seguintes:
cipais recursos culturais da região onde se insere, quando
Princípio da coordenação, através de medidas concertadas
novos percursos e oportunidades se avizinham para o
no âmbito da criação e qualificação de museus, de forma
território e para o museu.
articulada com outras políticas culturais e com as políti-
Lei de Bases do Património Cultural – Lei n.º
No âmbito do território, a emergência de dois projec-
cas de educação, da ciência, do ordenamento do território,
107/2001, de 8 de Setembro, Art.º 2, n.º 6.
tos estruturantes promete revolucionar as dinâmicas
do ambiente e do turismo;
territoriais e projectar a valorização das paisagens que
Princípio da transversalidade, através da utilização inte-
lhes deram forma: falamos do Museu de Arte e
grada de recursos nacionais, regionais e locais, de forma
Arqueologia do Vale do Côa e do Museu do Douro. Na
a corresponder e abranger a diversidade administrativa,
medida em que Vila Nova de Foz Côa irá congregar,
geográfica e temática da realidade museológica portuguesa.13
10
SOEIRO, T. (2003) “Apresentação”, in
Viver e Saber Fazer. Tecnologias Tradicionais na
Região do Douro: Estudos Preliminares. Peso
da Régua: Museu do Douro, pp. 11-15.
11
Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale
do Douro (2004), Porto: CCDRN, p. 2.
12
13
Lei Quadro dos Museus Portugueses – Lei
n.º 47/ 2004, de 19 de Agosto; Art.º 2 –
Princípios da política museológica.
num futuro próximo, instituições de distintas tipologias e consignadas a todas as tutelas, congregando estes
Conclusões
dois projectos com outros centros interpretativos e
Parece evidente que o desafio presente para os museus
museus de sítio, recomenda-se a definição de uma estra-
consiste na sua articulação com as dinâmicas de valo-
tégia que parta das instituições existentes, articulando
rização dos recursos que estruturam a identidade dos
uma programação em rede orientada para a promoção
territórios onde se inserem. O percurso de Freixo de
de uma forte imagem de marca: pois se as políticas de
Numão transmite-nos uma lição traduzível em múl-
turismo afirmam o Douro como um dos pólos-chave
tiplas formas de ler um território: de como um espaço
de atracção, ajustado às características da Região e aos
de dinamização turística pode ser, simultaneamente,
valores culturais próprios, contribuindo decisivamente para
um lugar de reencontro para a comunidade. E assim
a preservação dos recursos e dos valores essenciais, desig-
este museu incorpora duas unidades culturais, retra-
nadamente ao nível da cultura, da tradição rural e do patri-
tando a ubiquidade do gesto humano, o qual se deseja
mónio, e da paisagem, natureza e ambiente , compreende-
perpetuar evitando o êxodo, a negligência e a regres-
se como esta questão é por demais relevante.
são socio-económica que ameaçam impor-se.
No âmbito do museu, surgem dois projectos que con-
A década que revisitamos em terras de Foz Côa cul-
tarão a curto prazo com a cooperação de entidades
mina com a eleição do Património Universal como
locais e que se espera, a médio prazo, constituírem os
tema para o Dia Internacional dos Museus neste ano
eixos de cooperação numa óptica de funcionamento
de 2007. Em suma, é para nós fonte de regozijo que
em rede. Um deles prende-se com a extensão do ser-
as directrizes internacionais traduzam as mesmas
viço educativo para actividades de dinamização do
preocupações centradas nesses espaços humanizados
património local, traduzido na programação e con-
abertos à humanidade que os desconhece – como o
cepção de materiais pedagógicos, visando diversificar
Douro e o Côa –, onde os seus museus – como a Casa
as práticas educativas. O outro visa a recolha inten-
Grande de Freixo de Numão –, mais do que incon-
siva do património imaterial, com posterior registo
tornáveis agentes de mudança, são portas de entrada
documental informatizado. Sendo considerado que
e espaços de partilha para uma iniludível experiên-
especial protecção deve merecer as expressões orais de trans-
cia de recriação e deslumbramento. T
11
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Notícias Museus RPM*
* Notícias exclusivamente
baseadas em informações enviadas
pelos Museus integrados na RPM
O Maio dos Museus
A pretexto do Dia Internacional dos Museus, celebrado no dia 18 de Maio e este ano dedicado ao tema
Museus e Património Universal, e da Noite dos Museus,
comemorada no dia 19 de Maio, o mês de Maio foi
pontuado por uma diversificada e múltipla oferta de
actividades e iniciativas sugestivas que atraíram públicos aos museus, uns fiéis, outros menos e outros ainda
pela primeira vez.
Como já é habitual nos últimos anos, a maior parte
dos museus da RPM aderiram às propostas internacionais do Conselho Internacional dos Museus (ICOM)
e do Ministério da Cultura e da Comunicação de França,
manifestamente incorporadas no País, com celebrações abertas a todos os cidadãos que quisessem desfrutar os múltiplos sentidos dos patrimónios à sua
guarda e participar na sua valorização e fruição.
resultados de projectos de investigação e de edições,
Importa mencionar a relevância do estabelecimento de
projecção de filmes, actividades de serviço educativo
parcerias dos museus implicados com uma diversidade
destinado a várias idades (oficinas pedagógicas, ate-
de instituições para levar avante estas celebrações, tor-
liês, jogos, contos e estórias, workshops, concursos),
nando-as possíveis e enriquecendo-as com inúmeros
conferências, palestras e debates relacionados com o
contributos que marcaram de forma significativa o
âmbito das colecções dos museus, espectáculos
envolvimento colectivo e solidário na causa do patri-
(música, dança, teatro, performances, multimédia,
mónio, na sua salvaguarda, valorização e divulgação.
desfiles), passeios (temáticos, a pé ou em transportes
Com efeito, neste mês de Maio concentraram-se e
tradicionais)…
divulgaram-se actividades que os museus realizam
As celebrações nos vários museus ajudaram a ressaltar
regularmente, embora não com tanta visibilidade e,
o seu potencial enquanto lugares de interesse e de
por conseguinte, com tanta adesão por parte de públi-
encontro que não se esgotam em si e que podem
cos. Neste mês foram centenas as iniciativas a decor-
constituir importantes pontos de partida para tomar
rer em simultâneo nos museus da RPM que se espa-
consciência de problemas da actualidade, reforçar
lham pelo País levando visitantes a “saltar” de museu
relações, estimular a criação e a fruição artística e tan-
em museu: exposições temporárias, visitas guiadas e
tos outros sentimentos e pensamentos que só cada
animações (temáticas ou outras), apresentação de
um poderá avaliar e descobrir em si. T
Ecomuseu Municipal do Seixal
na Green Week 2007
O projecto “Moinhos de Maré do Ocidente europeu”
Week 2007, evento organizado pela Comissão Europeia,
foi seleccionado para participar na exposição que se
este ano dedicado ao tema “Lições do Passado,
realizou de 12 a 15 de Junho no edifício Charlemagne,
desafios para o Futuro”. Estabelecendo a ligação com
em Bruxelas, no âmbito das actividades da Green
o 50.º aniversário do Tratado de Roma, pretende-se
10 | Boletim Trimestral
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que o evento contribua para reflectir sobre os aspec-
europeus e sobre o seu contributo para a definição
tos que têm marcado ao longo dos anos a política
de estratégias de desenvolvimento locais foi coorde-
ambiental da União Europeia e para definir quais as
nado pelo Ecomuseu Municipal do Seixal e apoiado
estratégias a adoptar de modo a responder aos desa-
pelo Programa Cultura 2000, tendo permitido, ao
fios do futuro, visando a definição da agenda política
longo de um ano de trabalho, congregar mais de 20
europeia a implementar nos próximos cinco a dez
instituições e investigadores devotados a projectos de
anos no domínio do Ambiente. Em discussão estive-
investigação, conservação, reabilitação e divulgação
ram assuntos como a salvaguarda da biodiversidade,
de moinhos de maré existentes no espaço europeu.
Praça 1.º de Maio, n.º 1
o impacto das alterações climáticas, as relações entre
Entre os diversos recursos produzidos, uma exposição
2840-485 Seixal
a saúde humana e o ambiente, a utilização sustentá-
tem circulado pela Europa desde Outubro de 2005,
vel dos recursos e o papel desempenhado pelas regiões
visando contribuir para a divulgação, junto de um público
e cidades enquanto motores da sustentabilidade
alargado, de elementos patrimoniais comuns ao litoral
www.cm-seixal.pt/ecomuseu
ambiental, entre outros.
atlântico europeu e que continuam a marcar a paisagem
www.moinhosdemare-europa.org
Este projecto centrado sobre os moinhos de maré
de tantas localidades da Europa ocidental. T
Informações e contactos
Ecomuseu Municipal do Seixal
Tel.: 21 097 61 12
Fax: 21 097 61 13
[email protected]
Museu Arqueológico
de São Miguel de Odrinhas
– VI Festival de Teatro de Tema Clássico
encenadas, no dia 16 de Maio, a tragédia Agamémnon,
de Ésquilo e a comédia As Mulheres no Parlamento, de
Aristófanes, ambas apresentadas pelo grupo Thíasos do
Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra.
Assim, num ambiente intimamente ligado ao espírito
clássico, foram apresentados textos que influenciaram
ao longo dos tempos as várias literaturas modernas e
contemporâneas. A numerosa assistência, composta por
mais de 680 alunos e professores do ensino secundário
e técnico profissional, provou a actualidade e vitalidade
inesgotáveis dos textos clássicos na expressão dos
Realizou-se no passado mês de Maio, a VI Edição do
eternos e imutáveis anseios do Homem.
Festival de Teatro de Tema Clássico no Museu Arqueológico
de São Miguel de Odrinhas, dando assim sequência às
anteriores edições.
Situado nos arredores de Lisboa, a meio caminho entre
Sintra e Ericeira, o Museu com a sua vocação para o
estudo e divulgação da Cultura Greco-Latina constituiu
um natural enquadramento à encenação ao ar-livre das
duas peças de teatro em agenda.
Foi na grande praça central do Museu, o espaço Agora
– local de eleição do Mundo Antigo – que foram
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– Noites do Museu: Ave Amici!
O Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas
venham a participar nesta iniciativa que, tirando partido
realiza nos próximos dias 23 de Junho, 14 de Julho e 15
do efeito cenográfico da «Basílica Romana» (sala de epi-
de Setembro as “Noites do Museu”, dando continuidade
grafia latina), cria uma ambiência clássica com figuran-
a um projecto iniciado em 2006. A partir das 21h00
tes trajados à época. Alguns deles, ao longo da via romana,
abrem-se as portas para acolher todo o público que deseje
lêem em latim e em voz alta algumas das inscrições,
Museu Arqueológico de São Miguel
fazer uma visita sensitiva à colecção romana, que se ini-
recriando uma prática da Antiguidade.
de Odrinhas
cia ao som da harpa céltica e será guiada por figuras da
Findo o percurso, os visitantes poderão repousar na
romanidade, apenas iluminadas pela luz trémula das can-
Tabernae e provar algumas iguarias preparadas de acordo
deias de azeite e dos archotes.
com receitas romanas: vinho quente com especiarias,
Tel.: 21 961 35 74
Ave Amici! É a saudação inicial dedicada a todos quantos
tâmaras com nozes e pinhões, patina desenformada… T
Fax: 21 961 35 78
Informações e contactos
Av. Prof. Dr. D. Fernando de Almeida
São Miguel de Odrinhas
2705-739 Sintra
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
– Serralves em Festa
Nos dias 2 e 3 de Junho, o Museu de Arte Contem-
(3 de Junho), o Parque, o Museu, o Auditório e a Casa
porânea de Serralves comemorou a 4.ª edição do
de Serralves ofereceram mais de 70 actividades – expo-
Serralves em Festa, o maior festival de expressão artís-
sições, música, dança, performance, teatro, marionetas,
de Serralves
tica contemporânea em Portugal, com uma duração de
circo, cinema, concurso de fotografia, instalações,
Rua D. João de Castro, 210
40 horas consecutivas e com actividades pensadas para
oficinas em família, visitas orientadas e workshops.
pessoas de todas as idades, para todas as famílias e para
Paralelamente, em associação a esta iniciativa, nos dias
a família toda.
1 e 2 de Junho houve animação de rua e música na
[email protected]
Entre as 8h de Sábado (2 de Junho) e as 24h de Domingo
baixa do Porto. T
www.serralves.pt
Informações e contactos
Museu de Arte Contemporânea
4150-417-Porto
Tel.: 22 615 65 00
Museu de Arte Sacra e Etnologia
– “Despertar para o Património” na Diocese Leiria-Fátima
Os museus têm por missão conservar o seu acervo,
Gândara foram ao longo dos meses de Abril, Maio e
mas devem igualmente, sempre que possível, auxiliar
Junho a cada uma das Vigararias sensibilizar Párocos,
e aconselhar outras instituições detentoras de patri-
Zeladores das Igrejas, Conselhos Paroquiais e
mónio para a sua preservação. Sendo a Igreja deten-
Paroquianos em geral para os cuidados a ter com o
tora de património artístico, é urgente a sensibiliza-
património. Em cada uma das sessões foram apre-
ção para a sua preservação com boas práticas de
sentados em PowerPoint vários exemplos de boas e
conservação preventiva.
más práticas em lidar com o património artístico reli-
O Museu de Arte Sacra e Etnologia, situado em Fátima,
gioso. Deram-se exemplos práticos para as formas de
Diocese de Leiria-Fátima, lançou o projecto “Despertar
manuseamento e acondicionamento dos objectos litúr-
para o Património” nas nove Vigararias desta Diocese
gicos, conselhos anti-furto, ressaltaram-se as conse-
através do seu núcleo de estágio do curso de
quenciais nefastas das plantas, flores e velas nos alta-
Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de
res, os produtos de limpeza não prejudiciais às peças,
Tomar. Os dois finalistas Samuel Pereira e Joana
etc..
12 | Boletim Trimestral
Fax: 22 615 65 33
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O projecto desenvolvido, que contou com o apoio do
não estavam a proceder da melhor forma por mero
Instituto Politécnico de Tomar, da Comissão de Arte
desconhecimento.
Museu de Arte Sacra e Etnologia
e Património da Diocese de Leiria-Fátima e da Região
Para que o projecto se realize por completo, será agora
Rua Francisco Marto, 52 Apt. 5
de Turismo Leiria-Fátima, superou as expectativas em
necessário passar da teoria à prática. Existe a cons-
termos de adesão a cada uma das sessões. Foram con-
ciência das dificuldades em modificar rotinas, hábitos
tabilizadas mais de três centenas de participantes, que
e mentalidades, mas não custa tentar. T
Informações e contactos
2496-908 Fátima
Tel.: 249 539 470
Fax: 249 539 479
[email protected]
se mostraram atentos e interessados e apresentaram
Gonçalo Cardoso
www.consolata.pt
muitas dúvidas, reconhecendo que em muitos casos
Museu de Arte Sacra e Etnologia
Museu de Aveiro
– Festa da cidade de Aveiro
No dia 12 de Maio decorreu a festa da cidade de Aveiro,
As Relíquias da Princesa Santa Joana, pertencentes à
que tem como padroeira Santa Joana Princesa. O Museu
colecção de Ourivesaria do Museu, foram expostas
de Aveiro, à semelhança dos anos anteriores, partici-
na Igreja do Museu e os andores das imagens pro-
pou e colaborou nas Festas da Cidade, abrindo as suas
cessionais de Santa Joana e de S. Domingos, também
portas ao público e às cerimónias que decorreram no
da colecção do Museu, seguiram na Procissão a partir
antigo Convento Jesus de Aveiro, presididas pelo Bispo
da Sé até à Igreja do Museu.
da Diocese de Aveiro, D. António Francisco dos Santos.
No passado dia 29 de Maio foi lançado o sítio na
tacam-se a Princesa Joana, D. Brites Leitoa, nobre fun-
Internet MUSEAVE: www.eraumavezemaveiro.com.
dadora do convento, o navegador D. João Afonso de
Este sítio é o resultado de um projecto desenvolvido
Aveiro, a heroína Antónia Rodrigues, entre muitas
na área das novas tecnologias destinado à divulgação
outras.
do património e história locais. O MUSEAVE, nome
O sítio contém ainda um módulo “saber mais” des-
por que foi denominado o projecto, teve como ges-
tinado a aprofundar conhecimentos sobre persona-
tor o Museu de Aveiro, fazendo ainda parte do con-
gens, localidades, edificações, acervos museológicos,
sórcio os Municípios de Aveiro, Vagos e Oliveira do
lendas e tradições dos concelhos participantes no pro-
Bairro, instituições das quais dependem actualmente
jecto, podendo constituir um precioso auxílio para a
os espaços relacionados com a História do Convento
elaboração de trabalhos escolares. Finalmente, um
de Jesus (actual Museu de Aveiro).
módulo de “Fórum” permitirá um espaço de discus-
O sítio inclui uma visita virtual aos sécs. XV e XVI,
são e de troca de ideias, onde as crianças poderão
intitulada “Aveiro e o Convento no tempo da Princesa
descobrir novos amigos, locais a visitar ou mesmo
Informações e contactos
Joana” na qual personagens animadas e diálogos diver-
organizar passeios.
Museu de Aveiro
tidos dão a conhecer a vida no convento de Jesus e
A concretização deste projecto foi possível através de
as suas relações com os territórios que o sustentavam,
uma candidatura ao Programa Aveiro Digital, pro-
nomeadamente a Quinta de Ouca (Vagos), a vila de
grama este inserido no eixo prioritário do Portugal
Fax: 234 42 17 49
Aveiro, o Casal de Requeixo, as Salinas e S. Pedro da
Digital/ Cidades Digitais contemplado no Programa
[email protected]
Palhaça. Entre as várias personagens da história des-
Operacional da Sociedade da Informação (POSI). T
Rua Santa Joana Princesa
3810-329 Aveiro
Tel.: 234 42 32 97
Rede Portuguesa de Museus | 13
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Museu do Caramulo
– Sítio na Internet dedicado a Miniaturas
O Museu do Caramulo lançou o sítio www.feira-minia-
que acontecem em Portugal, incluindo reportagens e
turas.com dedicado ao tema “miniaturas e brinquedos
um calendário de feiras e eventos. O sítio servirá ainda
antigos”. O objectivo deste sítio é não só oferecer toda
para promover a colecção permanente de Miniaturas e
a informação sobre a Feira de Miniaturas e Brinquedos
Brinquedos Antigos exposta no Museu do Caramulo,
Antigos Troca, Compra & Venda, que o museu organiza
que conta com mais de 3000 peças, cobrindo quase um
anualmente e que este ano decorreu a 23 de Junho, mas
século de história e ilustrando a evolução do brinquedo
também assinalar outros eventos relevantes nesta área
e das miniaturas através das suas várias fases e materiais.
– Doação de Vasco Araújo
O Museu do Caramulo recebeu um still do vídeo
identidade humanas, preocupações centrais na obra
“Hereditas” (FAL 545), de Vasco Araújo, doado pelo
do artista. Esta obra foi apresentada na exposição
próprio artista. Realizado durante o Verão de 2006,
“Hereditas” que esteve patente no Museu do Caramulo
no Caramulo, o vídeo reflecte sobre a condição e
até ao final de Abril de 2007.
– Empréstimo de Automóvel para Exposição de Art Deco
Informações e contactos
Museu do Caramulo
Rua Jean Lurçat, 42
O Museu do Caramulo emprestou um Bugatti 40 de
decorativo que se desenvolveu na Europa e nos Estados
1929 ao Sintra Museu de Arte Moderna – Colecção
Unidos no período entre as duas grandes guerras
Berardo para figurar na exposição Art Deco em curso
mundiais, e integra, além do referido automóvel, várias
naquele museu desde 17 de Março a 16 de Setembro
peças de mobiliário, vestuário, jóias, pintura e escul-
[email protected]
de 2007. A exposição centra-se sobre a Art Deco, estilo
tura. T
www.museu-caramulo.net
3475-031 Caramulo
Tel.: 232 861 270
Fax: 232 861 308
Museu de Cerâmica
– Doação de peças de Francisco Coutinho Carreira
Uma notável colecção de peças de cerâmica con-
temporâneas – 500 de cerâmica e 600 de vidro – que
temporânea foi generosamente doada ao Museu de
reflectem a mais significativa produção cerâmica de
Cerâmica por Francisco Coutinho Carreira.
finais do século XIX e da primeira metade do século
O doador nasceu em 25 de Abril de 1929, na fre-
XX, incidindo particularmente nos anos 50. Peças cerâ-
guesia de Alvorninha, Concelho de Caldas da Rainha,
micas únicas e de notável valor técnico e artístico,
tendo emigrado para o Canadá em 1960, onde viveu
elucidativas do percurso da cerâmica mundial do século
sucessivamente na província de Quebec e em Montreal.
XX, contemplam tanto a vertente industrial, como
Desde muito cedo foi um atento coleccionador de
peças de design e de autor, com núcleos provenien-
objectos de arte dos anos 20 a 50, nomeadamente
tes dos principais centros de fabrico da Alemanha,
mobiliário, jóias, pintura, têxteis, tendo-se dedicado
Itália, Dinamarca e Suécia, Suiça, Inglaterra, França,
especialmente à cerâmica e ao vidro da primeira
Holanda, Finlândia, Estados Unidos, Canadá, Japão. O
metade do século XX, vindo a reunir ao longo de 30
núcleo do vidro, igualmente surpreendente, aparece
anos, um conjunto de peças de excepcional interesse
representado através de fabricos da Escandinávia,
e variedade.
Checoslováquia, Dinamarca, Estados Unidos e através
A colecção doada inclui cerca de 1100 peças con-
de peças em estilo Arte Nova de Emile Galé e Lalique
14 | Boletim Trimestral
Autor: Paul Keldev
Fábrica: Flygsfors
País: Suécia
Dimensões: alt. 43 x d. 24cm
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e de obras de designers como Flávio Poli, Fulvio Bianconi,
ticos como técnicos, poderá contribuir decididamente
Tapio Wirkala, Alvar Aalto, Timo Sarpaneva, Per Lukten,
para o estudo da modernidade e ser estímulo para
Paul Keldev, entre muitos outros.
jovens designers e para unidades de tecido produtivo.
A integração desta colecção no acervo do Museu e a
Esta colecção é fruto de um espírito de coleccionismo
sua futura apresentação na exposição permanente
rigoroso e conhecedor, que importa destacar. E con-
Informações e contactos
constitui, sem dúvida, um enriquecimento para o patri-
substancia um acto benemérito e desinteressado – o
Museu de Cerâmica
mónio nacional, bem como um privilégio para a ins-
coleccionador quis partilhar, abnegadamente, com o
tituição museológica que a acolhe e uma atracção
Museu de Cerâmica e com o seu País, os valiosos
para estudiosos e interessados. A possibilidade de con-
objectos de arte que, carinhosa e criteriosamente,
Fax: 262 840 281
frontar obras de vários fabricos, autores e épocas, evi-
recolheu ao longo de toda uma vida. T
[email protected]
denciando percursos evolutivos, tanto em termos esté-
Rua Ilídio Amado
2504-910 Caldas da Rainha
Tel.: 262 840 280
Museu de Lanifícios da Universidade
da Beira Interior
– Actividades
Nos passados dias 28 de Março e 11 de Abril, reali-
Universidade da Beira Interior, subordinada ao tema
zaram-se, no Núcleo da Real Fábrica Veiga do Museu
“Património industrial. Das evidências de campo à
de Lanifícios, dois recitais de poesia promovidos pelo
salvaguarda e reabilitação. O caso da Covilhã”.
Núcleo de Estudantes de Língua e Cultura Portuguesas
No dia 30 de Maio realizaram-se, no Núcleo da Real
da Universidade da Beira Interior – LiteratUBI, tendo
Fábrica Veiga do Museu de Lanifícios, as “Grandes
sido declamadores Rita Taborda Duarte e Gabriel
Dionisíacas” promovidas pelo Núcleo de Estudantes de
Museu de Lanifícios da Universidade
Magalhães, Professores do Departamento de Letras da
Filosofia da Universidade da Beira Interior. Neste evento
da Beira Interior
Universidade da Beira Interior e os alunos Hugo Gil
tiveram também lugar uma passagem de modelos de
Rua Marquês d’Avila e Bolama
Carvalheiro e Pedro Guilherme.
Luís Vaz – “Colecção Night and Day, Primavera/Verão
No passado dia 9 de Março, a Directora do Museu de
2007”, o lançamento do livro “Círculos”, de André
Lanifícios apresentou uma palestra, no âmbito do
Barata e um recital de poesia de Rita Taborda Duarte,
[email protected]
Mestrado em Reabilitação e Ambiente da Construção,
intitulada “do sentido das coisas”. T
http://museu.ubi.pt
do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da
Informações e contactos
6201-001 Covilhã
Tel: 275 319 724
Fax: 275 319 712
Museu Municipal de Alcochete
– III Encontro de Técnicos de Serviço Educativo de Museus RPM do Distrito de Setúbal
No dia 28 de Maio de 2007, o Museu Municipal de
museu do Distrito ainda não integrante da RPM, o
Alcochete organizou o III Encontro de Técnicos de
Museu Municipal de Montijo. Os objectivos defini-
Serviço Educativo de Museus da Rede Portuguesa de
dos para este Encontro foram dar a conhecer os res-
museus do Distrito de Setúbal, no qual participaram
pectivos serviços educativos e a sua acção, bem como
o museu anfitrião, o Ecomuseu Municipal do Seixal,
promover a partilha de experiências e reflexões acerca
Tel.: 21 234 86 53
o Museu Municipal de Santiago do Cacém e o Museu
da concepção e realização de programas para adul-
[email protected]
do Trabalho Michel Giacometti, para além de outro
tos em particular. T
Informações e contactos
Museu Municipal de Alcochete
Rua Dr. Ciprião de Figueiredo
2890-071 Alcochete
Rede Portuguesa de Museus | 15
Boletim RPM 24final
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Museu Municipal de Coruche
– Espólio fotográfico de Carlos Brito
No passado dia 12 de Março de 2007 deu entrada
registo datados de 1970 a 1981, 224 caixas de nega-
no Museu Municipal de Coruche o Espólio fotográ-
tivos e 6 filmes de 8mm a partir do ano de 1968,
fico de Carlos Brito. Este espólio contempla livros de
focando essencialmente o tema da tauromaquia.
– Ficha de Conjunto do Centro Histórico de Vila Nova da Erra
O património arquitectónico constitui um elemento
da Vila de Coruche e de ter sido elaborada a respectiva
identitário na construção da memória colectiva. Nesse
Ficha de Conjunto, da responsabilidade do Centro de
Museu Municipal de Coruche
sentido, para além da sua vertente monumental, importa
Arqueologia de Almada, está neste momento a iniciar-
Rua Júlio Maria de Sousa
conhecer e preservar a arquitectura urbana vernacular
-se o levantamento do Centro Histórico de Vila Nova da
no seu conjunto, enquanto expressão da origem e evo-
Erra. Esta ficha de conjunto tem como objectivo a carac-
lução dos núcleos populacionais. Deste modo, depois
terização do núcleo urbano antigo através da identifi-
[email protected]
de ter sido efectuado o levantamento do Centro Histórico
cação e descrição dos imóveis e do espaço público. T
www.museu-coruche.org
Informações e contactos
2100-192 Coruche
Tel.: 243 610 823
Museu Municipal de Faro
– Itinerância da exposição Cinema em Cartaz
Organizada pelo Museu Municipal de Faro, a exposi-
ção internacional que apresenta vários exemplares
ção Cinema em Cartaz, esteve patente desde 10 Maio
raros, alguns dos quais serão mesmo únicos em todo
a 24 de Junho de 2007, na Cordoaria Nacional, em
o mundo. Composta por aproximadamente trezen-
Lisboa. Comissariada por Adelaide Ginga Tchen e por
tos cartazes originais, dos finais do século XIX e iní-
Marta Mestre, nesta mostra foram apresentados a
cios do século XX, a colecção divide-se entre o cinema
público cerca de 60 cartazes dos primórdios da indús-
e as artes circenses/variedades, existindo ainda um
tria cinematográfica internacional coleccionados por
pequeno núcleo referente à publicidade. Quanto à
Joaquim António Viegas (1874-1946), um distinto
nacionalidade, regista-se um predomínio de cartazes
cenógrafo, natural de Faro, que ao longo da sua vida,
franceses, italianos, alemães, para além de outros
pelos espaços de espectáculos de todo o país, com-
exemplares do Reino Unido, Escandinávia, E.U.A., Áus-
pilou esta inaudita colecção, presentemente pertença
tria, Espanha, incluindo Portugal.
do Museu Municipal de Faro por doação da família.
A conservação e o estudo desta colecção de cartazes
O legado de Joaquim António Viegas é ímpar em
contaram com o apoio do IPM/RPM ao abrigo do
Portugal e constitui uma importante e magnífica colec-
Programa de Apoio à Qualificação de Museus.
– Visita ao Museu do Canteiro em Alcains
Na sequência do projecto de investigação que tem
como principais objectivos: dar a conhecer aos can-
vindo a ser desenvolvido desde 2004, cuja temática
teiros de Bordeira, e respectivos familiares, o Museu
aborda a arte de trabalhar a pedra de Bordeira, o
do Canteiro de Alcains – um bom exemplo de pre-
Museu Municipal de Faro, a Junta de Freguesia de
servação e divulgação da identidade comunitária; e
Santa Bárbara de Nexe e o Museu do Canteiro orga-
proporcionar o convívio entre canteiros de duas loca-
nizaram uma visita de estudo ao Museu do Canteiro
lidades que, apesar de se distanciarem geografica-
em Alcains (freguesia de Castelo Branco).
mente, unem a paixão pela arte da cantaria.
Esta visita decorreu no passado dia 26 de Maio e teve
Localizado num magnífico edifício do século XIX,
16 | Boletim Trimestral
Fax: 243 610 821
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Informações e contactos
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muito rico em cantarias e diversos trabalhos graníti-
• A comunidade de canteiros de Bordeira
cos, o Museu do Canteiro, cujo projecto contou com
O trabalho da cantaria é uma actividade tradicional de
a coordenação científica de Benjamim Pereira, surgiu
carácter secular que contribuiu para o desenvolvimento
por iniciativa da Câmara Municipal de Castelo Branco
económico da localidade de Bordeira e demarcou a iden-
e dos canteiros de Alcains com o objectivo de estu-
tidade comunitária.
dar, preservar e divulgar uma arte que foi transmitida
A evolução dos tempos, o incremento da construção, o
de geração em geração e que cada vez mais, devido
desenvolvimento industrial e o consequente aparecimento
à industrialização e custo de mão-de-obra, está em
de novas técnicas levou a que esta actividade tradicional
desuso. O brilho nos olhos dos canteiros não escon-
fosse a pouco e pouco decaindo.
deu a emoção que estavam a sentir, uns pelo orgu-
Cada vez mais, o conceito “património” é abrangente e
lho de mostrar o seu trabalho e outros pela esperança
difuso. Desta forma, e como a arte da cantaria é rica em
de ver na sua querida terra um projecto semelhante.
bens materiais e imateriais, considera-se fundamental
Foi uma visita muito produtiva que serviu não só para
estudar e preservar o património cultural desta comuni-
usufruto do espaço, mas sobretudo para um conví-
dade de canteiros. Por isso é nosso objectivo tornar pre-
vio entre canteiros, que aproveitaram esta oportuni-
sente a memória dos tempos passados, através de uma
dade para partilhar memórias, experiências e conhe-
exposição que retrate o seu modo de vida e a arte de
cimentos.
trabalhar a pedra.
Museu Municipal de Faro
Esta visita foi muito importante para o projecto que temos
Praça D. Afonso III
vindo a desenvolver juntamente com os canteiros de
8000-167 Faro
Bordeira, porque deu a todos nós mais entusiasmo e força
Tel.: 289 897 400/1/2
para continuarmos a trabalhar e levar avante o sonho de
[email protected]
criar um núcleo museológico.
Museu do Canteiro
Com o propósito de mostrar os resultados do projecto
Rua das Fontainhas, n.º 1
de investigação em curso, está a ser organizada uma
6005-057 Alcains
exposição itinerante intitulada A Arte de Trabalhar a Pedra
Tel.: 272 900 220
Fax: 272 900 229
que inaugurará em Setembro na Sociedade Recreativa
[email protected]
da Bordeira. T
Dália Paulo e Patrícia Afonso
Museu Municipal de Faro
Museu Municipal de Viana do Castelo
– Pesos e Medidas Padrão
ciência, também, que ao expô-lo temporariamente,
o museu cumpre um dos seus objectivos inadiáveis
que é o de sistematizar o estudo das suas colecções.
A exposição Pesos e Medidas Padrão, patente ao público
desde 21 de Abril a 25 de Junho de 2007, foi muito
curiosa, não apenas pelo valor patrimonial dos objecO Museu Municipal de Viana do Castelo tem em
tos que integrou, mas também pela valia didáctica e
reserva um vasto e valioso espólio que considera impor-
pedagógica que esta temática encerra. Medir, pesar
tante dar a ver aos amigos do museu, aos seus visi-
e aferir, actividades do quotidiano que passam des-
tantes e sobretudo aos públicos escolares, tendo cons-
percebidas, tiveram ao longo da história da humaniRede Portuguesa de Museus | 17
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dade uma importância vital já que delas dependia a
patrimonial e museológico quando o Serviço de
credibilidade dos negócios e das relações comerciais.
Metrologia da Câmara Municipal os depositou no
A metrologia, sua normalização, uniformização e veri-
Museu por terem perdido o valor de uso, ao serem
ficação, constituiu durante séculos um serviço muni-
substituídos por equipamentos mais modernos e nor-
cipal determinante na defesa dos consumidores, pre-
malizados de acordo com a legislação em vigor. A par
Informações e contactos
sente em todos os ramos da actividade humana, desde
do esforço de pesquisa por parte da equipa técnica
Museu Municipal de Viana do Castelo
os mais sensíveis e rigorosos, como a dosagem far-
do Museu, foi graças à sensibilidade cultural e zelo
Largo de S. Domingos
macêutica, às mais prosaicas, como a pesagem dos
profissional do Aferidor Municipal, Manuel António
alimentos nas feiras municipais e mercearias.
Costa Miranda, que foi possível apresentar ao público
Estes instrumentos de peso e medida adquiriram valor
uma exposição em torno desta colecção. T
4900-330 Viana do Castelo
Tel.: 258 820 377
Fax: 258 824 223
[email protected]
Museu Nacional do Azulejo
– Centenário de João Miguel dos Santos Simões (1907-2007)
O Museu Nacional do Azulejo vai homenagear a figura
também sobre pintura, iconografia, salvaguarda do patri-
ímpar de Santos Simões, abordando em exposição evo-
mónio, bibliografia e contactos com Museus. Consta,
cativa do centenário do nascimento do seu fundador,
ainda, de provas editoriais, estudos inéditos, correspon-
as múltiplas vertentes da sua obra de investigador na
dência, desenhos e fotografias realizados pelo autor.
área do Azulejo e Cerâmica, de museólogo, e de res-
Pretendendo o Museu Nacional do Azulejo, com o
ponsável pelo inventário e classificação da azulejaria por-
apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, criar
tuguesa.
uma Rede Temática de Estudos de Cerâmica e Azulejaria
A exposição abrirá ao público entre 17 de Julho e 21 de
João Miguel dos Santos Simões, intenção que radica num
Outubro de 2007 e nesta ocasião será oficialmente doado
projecto deste investigador, datado de Maio de 1970,
Museu Nacional do Azulejo
ao Museu, pelos herdeiros deste investigador, o impor-
o espólio documental a ser doado em Julho próximo
Rua Madre de Deus, 4
tante espólio documental que reúne, para além de uma
irá, certamente, afirmar-se como um dos seus principais
vasta biblioteca versada sobre o tema do Azulejo e da
elementos estruturantes, e uma inquestionável mais
Cerâmica, dossiers, cadernos e pastas onde se encon-
valia para o conhecimento da Cerâmica e Azulejaria
[email protected]
tram registados apontamentos sobre estas matérias, mas
em Portugal. T
www.mnazulejo-ipmuseus.pt
Informações e contactos
1900-312 Lisboa
Tel.: 21 810 03 40
Museu Nacional da Imprensa
– Concurso Europeu de Humor contra a Discriminação
A Estrutura de Missão do Ano Europeu da Igualdade
– Por uma Sociedade Justa e operacionalizada pelo
de Oportunidades para Todos – em parceria com o
Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração
Museu Nacional da Imprensa lançou no dia 12 de
das Pessoas com Deficiência (SNRIPD).
Abril, o Concurso Europeu de Cartoons “Desigualdades,
A promoção deste concurso tem como objectivo desa-
Discriminações e Preconceitos”, cuja apresentação
fiar os artistas da União Europeia a caricaturarem este-
pública decorreu no Museu Bordalo Pinheiro, no
reótipos, preconceitos e todos os tipos de discrimi-
Campo Grande.
nação. Tal como se pode ler no regulamento:
Trata-se de uma iniciativa organizada no âmbito da
“A discriminação compromete o exercício dos direitos fun-
proclamação, pelo Conselho da Europa, de 2007 como
damentais das pessoas e cria obstáculos ao desenvolvi-
Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos
mento económico e social das sociedades, ameaçando
18 | Boletim Trimestral
Fax: 21 810 03 69
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Informações e contactos
ainda os valores europeus fundamentais que caracteri-
experimentando situações de exclusão e vulnerabilidade.
Museu Nacional da Imprensa
zam as sociedades europeias democráticas”.
O concurso será divulgado para todo o mundo atra-
O SNRIPD e o Museu Nacional da Imprensa esperam com
vés do Museu Virtual do Cartoon (www.cartoonvir-
esta iniciativa que os europeus, e os portugueses em par-
tualmuseum.org), sítio criado e gerido pelo Museu
[email protected]
ticular, reflictam com humor sobre um comportamento
Nacional da Imprensa. A entrega dos prémios aos ven-
Museu Virtual da Imprensa:
que afecta milhares de pessoas diariamente pela não-acei-
cedores e a inauguração da exposição dos trabalhos
www.imultimedia.pt/museuvirtpress
tação da diversidade e pela violação dos seus direitos,
premiados serão feitas em Setembro/Outubro de 2007.
E.N. 108 n.º 206
4300-316 Porto (Freixo)
Tel.: 22 530 49 66 / Fax: 22 530 10 71
Museu Virtual do Cartoon:
www.cartoonvirtualmuseum.org
Museu Nacional de Soares dos Reis
– Os Gordinhos
A exposição Meninos Gordos: contar uma história através
lescentes, conversas sobre a alimentação saudável e a
da faiança conta a história de dois irmãos que, cerca de
importância do pão, rastreios gratuitos foram algumas
1840, passaram por várias terras portuguesas, causando
das actividades promovidas, bem como o lançamento
espanto a todos pelo seu tamanho e peso exagerados.
do livro “Crescer para Cima”, não sendo ainda esque-
Os meninos «belos, gigantes e gordos» podem agora
cido o exercício físico, com marchas de pedestrianismo
ser admirados em várias peças de faiança feitas por fábri-
organizadas pelo Clube de Campismo do Porto.
cas de cerâmica nortenhas: pratos, canecas, paliteiros.
A propósito do Dia Nacional de Luta Contra a
Esta exposição vem no seguimento da investigação
Obesidade, comemorado a 19 de Maio, a Adexo rea-
feita por Isabel Fernandes sobre as peças em faiança
lizou no Museu Nacional de Soares dos Reis várias ini-
portuguesa com decoração de meninos gordos, de
ciativas no sentido de alertar para a obesidade e res-
que resultou uma publicação. Foi apresentada inicial-
saltar a importância da alimentação saudável. E o dia
mente no Museu Alberto Sampaio, no Museu de Olaria
não poderia ser mais adequado para a homenagem
e no Museu d’Arte em Fão, pólo do Museu Municipal
ao Doutor Emílio Peres, que deu um enorme contri-
de Esposende no âmbito de uma parceria estabelecida
buto para o tratamento e estudo de questões rela-
entre as respectivas tutelas.
cionadas com a nutrição e alimentação saudável.
No Museu Nacional de Soares dos Reis foi inaugurada
Estas iniciativas vão continuar até Agosto, assim como
Museu Nacional de Soares dos Reis
a exposição dos Meninos Gordos no passado dia 3 de
a exposição, com workshops, conferências, teatro,
Palácio das Carrancas I
Março, tendo sido paralelamente desenvolvidas uma
marionetas e outras actividades que se dirigem essen-
série de actividades relacionadas com a obesidade
cialmente às crianças, que assim podem aprender de
infantil e a alimentação saudável, temas cada vez mais
uma forma divertida. T
Informações e contactos
Rua D. Manuel II
4050-342 Porto
Tel.: 22 339 37 70
[email protected]
importantes e actuais. Sessões de educação alimentar,
Vânia Soares
www.ipmuseus.pt
ateliers, acções de sensibilização para crianças e ado-
Gabinete de Divulgação do Museu Nacional de Soares dos Reis
Museu Nacional do Traje
– e África aqui tão perto...
O Museu Nacional do Traje propôs de 18 a 27 de
uma perspectiva constante de pautar as suas respon-
Maio uma aproximação aos nossos emigrantes afri-
sabilidades sociais com as preocupações presentes dos
canos que partilham connosco uma mesma pátria: a
seus públicos.
língua portuguesa. Esta escolha deve-se à consciência
O projecto e África aqui tão perto... englobou exposi-
de ser uma instituição ao serviço da sociedade que tem
ções temáticas sobre São Tomé e Príncipe, Moçambique,
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Guiné-Bissau, Cabo Verde e Angola, espectáculos de
Mas, e África aqui tão perto..., ao proporcionar um
música e dança, oficinas para escolas e famílias (brin-
melhor conhecimento da riqueza cultural destes povos,
quedos, dança, rap, poesia), feiras do livro, da música,
pôde também, e muito certamente, permitir aos públi-
da gastronomia e de viagens, conversas ao fim da tarde
cos não africanos compreenderem, aceitarem e verem
e uma Mostra de Cinema Documental Africano.
de outra(s) forma(s) as inúmeras e diversificadas trans-
Este projecto pretendeu atrair ao Museu Nacional do
formações que, através deles, ocorrem a cada dia que
Informações e contactos
Traje pessoas que, possivelmente, nunca dele usufruíram.
passa nos modos de vida, de pensar e de sentir de
Museu Nacional do Traje
Uma ocasião ímpar para partilhar com os seus filhos –
cada um. T
Largo Júlio de Castilho
1600-483 Lisboa
muitos já nascidos em Portugal – vivências e lembran-
Tel.: 21 759 03 18
ças, fragmentos de culturas que uns não têm tempo de
Madalena Braz Teixeira
recordar nem transmitir e outros nem sequer conhecem.
Directora do Museu Nacional do Traje
Fax: 21 759 12 24
[email protected]
Museu da Terra de Miranda
– 25.º aniversário associa-se ao primeiro vinho DOC do Planalto Mirandês
Em associação ao Museu da Terra de Miranda, que
zidos em Sendim, tem vindo a apostar no refinamento
este ano completa o seu 25.º aniversário, a marca José
das castas, da produção e maturação, que em tudo
Preto, já conhecida pela sua excelente qualidade e
se mantém fiel aos procedimentos tradicionais. Livre
pelo bom nome que tem emprestado à produção viní-
de tratamentos fitosanitários e produzido numa
Museu da Terra de Miranda
cola do Planalto Mirandês, foi convidada para apre-
pequena escala em adega própria, é um vinho que
Praça D. João III, 2
sentar o primeiro vinho DOC da região, numa edição
preserva todas as suas qualidades.
limitada.
O vinho foi lançado e provado no dia 18 de Maio,
Este produtor, que já granjeou a primeira classifica-
Dia Internacional dos Museus, no Museu da Terra de
[email protected]
ção como VQPRD dos vinhos de mirandeses produ-
Miranda. T
www.ipmuseus.pt
Informações e contactos
5210-190 Miranda do Douro
Tel.: 273 431 164
Fax: 273 431 164
Museu de Vila do Conde
– Inauguração da Casa e Centro de Documentação José Régio
Depois de ter sido alvo de um importante processo
e de tratamentos de conservação preventiva, reapa-
de beneficiação e de ampliação dos serviços a pres-
recendo ao público com um novo aspecto.
tar ao público, a Casa e o Centro de Documentação
Simultaneamente, na Casa de Benilde, contígua à Casa
José Régio de Vila do Conde reabriram no passado
de José Régio, foi criada uma nova estrutura – o Centro
dia 19 de Maio numa cerimónia presidida pela Ministra
de Documentação José Régio – que permitirá prestar
da Cultura.
um serviço de maior qualidade ao público que visita
Com efeito, a Casa de José Régio foi alvo de uma
esta unidade museológica. Aqui, está instalada a recep-
intervenção que permitiu a consolidação da estru-
ção e loja, uma sala de exposições temporárias e ainda
Informações e contactos
tura da habitação do poeta sem que tenham sido
uma sala polivalente, onde será projectado um dia-
Casa de José Régio
efectuadas alterações ao edifício que pudessem
porama que integrará os visitantes na vida e obra do
adulterar minimamente a imagem e o espaço domés-
patrono da instituição. Este edifício albergará tam-
tico da personalidade que o habitou e o organizou.
bém o Centro de Estudos Regianos, associação que
[email protected]
Paralelamente, as colecções foram alvo de restauros
se dedica ao estudo da vida e obra do autor. T
www.museudeviladoconde.org.pt
Av. José Régio, 132
4480-671 Vila do Conde
20 | Boletim Trimestral
Tel.: 252 248 400
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Edições de Museus da RPM
Instituto dos Museus e da Conservação / Normas de Inventário
O inventário das colecções dos Museus do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) é sustentado meto-
NÚMEROS PUBLICADOS
• Normas Gerais/Artes Plásticas
e Artes Decorativas
• Cerâmica/Artes Plásticas e Artes
Decorativas
dologicamente por um conjunto de normas com especificidades para as áreas de Artes Plásticas e Artes Decorativas,
Arqueologia e Etnologia, que encontram expressão material na sua digitalização no programa MATRIZ e na sua
posterior divulgação on-line através do motor de pesquisa MATRIZnet em www.matriznet.ipmuseus.pt.
Concebida em 1999, a Colecção Normas de Inventário pretende difundir os resultados do trabalho desenvol-
• Cerâmica de Revestimento
vido no âmbito da digitalização das colecções no Programa MATRIZ: Inventário e Gestão de Colecções Museológicas
• Escultura
e, ao mesmo tempo, dar resposta à necessidade de normalização da informação que a adopção de bases de
• Mobiliário
dados informáticas para inventário de bens culturais móveis veio impor. Neste contexto, a Colecção Normas
• Têxteis
de Inventário constitui uma linha de acção prioritária do IMC, pretendendo difundir instrumentos visando boas
• Arqueologia
práticas no âmbito do inventário, documentação e gestão de colecções, não apenas junto dos Museus que
• Etnologia/Alfaia Agrícola
tutela, mas igualmente junto de outras entidades, utilizadoras ou não do Programa MATRIZ, que adoptem
• Etnologia/Tecnologia Têxtil
métodos de trabalho semelhantes. Por outro lado, a colecção visa promover a reflexão e a divulgação do trabalho desenvolvido pelos conservadores e técnicos dos Museus do IMC no âmbito da produção do conhecimento em torno das tipologias de colecções mais relevantes do património móvel nacional, dando igualmente
conta da mais recente literatura, nacional e internacional, de enquadramento das mesmas.
No passado dia 18 de Maio, Dia Internacional de Museus, foram lançados mais dois volumes da referida Colecção:
Normas de Inventário – Artes Plásticas e Artes Decorativas / Cerâmica
O presente volume, da autoria de Ana Anjos Mântua, Paulo Henriques e Teresa Campos, reflecte, por um lado,
o valioso capital do Museu Nacional do Azulejo no âmbito da investigação, salvaguarda e divulgação das
produções cerâmicas em Portugal, e do qual tem resultado não apenas o conhecimento aprofundado e a
sistemática divulgação das próprias colecções do Museu, como igualmente o apoio técnico e científico a
inúmeras entidades públicas e privadas com vista à conservação, inventário e estudo de importantes acervos
cerâmicos, designadamente revestimentos azulejares in situ. Por outro lado, o Caderno beneficia da ampla
rede de relações e colaborações inter-institucionais em que o Museu se insere e da visão alargada e completa
que detém sobre as produções cerâmicas.
Normas de Inventário – Etnologia / Tecnologia Têxtil
Da autoria de Cláudia Almeida, Joaquim Pais de Brito e Patrícia Melo, o segundo Caderno de Normas de
Inventário para colecções etnográficas é dedicado à tecnologia têxtil, quer pela sequência lógica entre práticas
agrícolas e processos de transformação de fibras vegetais na cadeia operatória de produção de têxteis, quer
pela ampla representatividade desta tipologia da cultura material, a par das de alfaia agrícola e de transportes
tradicionais, em inúmeras colecções e museus etnográficos, um pouco por todo o País. O presente Caderno
assume-se assim como um completo repositório do conhecimento que, desde o momento da sua constituição,
o Museu Nacional de Etnologia tem vindo a produzir sobre o universo da tecnologia têxtil, conhecimento
anteriormente difundido através de exposições e edições diversas, e cuja divulgação se vê agora reforçada na
perspectiva estrita do inventário e documentação desta tipologia do património móvel.
IMC / Divisão de Lojas de Museus
Palácio Foz, Praça dos Restauradores | Tel.: 21 347 83 33/4 | [email protected] | Lojas dos Museus do IMC
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Instituto Português de Conservação e Restauro (IPCR) / 40 anos do Instituto José de Figueiredo
O IPCR, antigo Instituto José de Figueiredo, organismo de referência na área da Conservação e Restauro
em Portugal, celebrou recentemente 40 anos de actividade. Entre os projectos comemorativos, elaborou-se
uma monografia que procurou dar visibilidade ao trabalho desenvolvido por este organismo e promover
uma reflexão crítica sobre as teorias e práticas da conservação e restauro em Portugal. Para o efeito foram
contactados dez investigadores especializados em cada uma das áreas em estudo (José Alberto Seabra
Carvalho, Alexandra Curvelo, Emília Ferreira, Sandra Leandro, Alexandre Nobre Pais, Mário Pereira, Isabel
Ribeiro, Paulo Simões Rodrigues, Pedro Sousa, Maria Helena Souto) que, apoiados pelo acervo do IPCR,
traçaram um percurso desta actividade no nosso país.
Instituto dos Museus e da Conservação / Catálogo de Publicações – Instituto Português de Museus 1992-2007
Coordenado por Maria Amélia Fernandes e Clara Mineiro, o Catálogo de Publicações do IPM tem por objectivo actualizar a informação disponibilizada aquando da publicação de catálogo similar abrangendo o
período de 1992 a 2002 e mantém uma estrutura interna semelhante. O número bastante significativo de
publicações editadas nos últimos cinco anos, com destaque para os roteiros de vários museus e um conjunto significativo de roteiros infanto-juvenis, é determinante quanto à oportunidade desta nova edição.
Casa Colombo – Museu do Porto Santo / Quase Paisagens
Catálogo da exposição Quase Paisagens, de Beatriz Horta Correia, patente ao público entre 9 de Junho e
16 de Setembro de 2007. Esta edição integra um texto de Francisco Clode de Sousa intitulado Como um
lugar que se constrói.
Museu de Angra do Heroísmo / Terceira liberal
Com o intuito de revisitar o papel da Ilha da Terceira no período de 1807 a 1834, durante as lutas liberais,
e aproveitando o segundo centenário de nascimento do 1.º Conde da Praia da Vitória, Teotónio de Ornelas
Bruges, um destacado apoiante do Liberalismo, o Museu de Angra do Heroísmo lançou o projecto Terceira
Liberal, que compreende duas exposições e a colocação de MUPIs (mobiliário urbano para informação) em
trinta lugares e sítios associados ao período em questão. A par destes eventos, foram editados um Roteiro
bilingue dos locais assinalados, um livro e um jogo direccionados ao público infantil e o catálogo da exposição
coordenado por Jorge A. Paulus Bruno, Director do Museu, incluindo conteúdos e organização de Francisco
Maduro-Dias, Helena Ormonde e Heliodoro Silva e textos de Carlos Enes.
Museu de Angra do Heroísmo / Uniformes militares na colecção do Museu de Angra do Heroísmo
Foi publicado pelo Museu de Angra de Heroísmo o catálogo da exposição Uniformes militares, onde são
dados a conhecer ao público os resultados da investigação desenvolvida por Helena Ormonde sobre o
importante espólio de uniformes militares do Museu.
Museu Bernardino Machado / Catálogo Caricaturas de Bernardino Machado
A partir da investigação levada a cabo em semanários e revistas de humor dos finais do séc. XIX e da primeira
metade do século XX, o Museu Bernardino Machado organizou a exposição temporária Caricaturas de
Bernardino Machado, cujo catálogo foi agora editado. Com coordenação de Emília Nóvoa Faria, Norberto
Cunha e Paula Lamego, o catálogo reúne as caricaturas de Bernardino Machado produzidas entre 1892 e
1926, compreendendo ainda os textos introdutórios do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de
Famalicão, Armindo Costa, e de Norberto Cunha, consultor científico do Museu, uma sinopse histórica da
caricatura política em Portugal, da autoria de João Medina, notas biográficas da vida de Bernardino Machado
e referências bibliográficas.
22 | Boletim Trimestral
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Museu Biblioteca da Casa de Bragança – Paço Ducal de Vila Viçosa / El-Rei Dom Carlos, pintor 1863-1908
Esta obra, editada pela Fundação da Casa de Bragança, traz a público um estudo aprofundado da obra
artística do Rei D. Carlos e dá a conhecer pinturas e desenhos inéditos. Com estudo e texto da autoria de
Raquel Henriques da Silva, que analisa o percurso de aprendizagem, influências e opções estéticas e técnicas do Rei, e co-autoria de Maria de Jesus Monge, responsável pela biografia, catalogação e documentação, a publicação apresenta a produção artística de D. Carlos a partir dos temas e ritmos presentes nos
seus desenhos e pinturas, integrando ainda uma fotobiografia que reproduz originais conservados no
Arquivo Fotográfico do museu, o catálogo das 411 peças que constam do acervo do Museu-Biblioteca da
Casa de Bragança e bibliografia de referência.
Museu de Lanifícios / Da lã aos lanifícios. No princípio é a lã… a cultura pastoril
Catálogo da exposição temporária “No princípio é a lã… a cultura pastoril” organizada pelo Museu de
Lanifícios da Universidade da Beira Interior. O catálogo, com textos de Manuel José dos Santos Silva e de
Elisa Calado Pinheiro e fotografias de Danilo Pavone, Joana Correia e Pedro Leitão Pais, consiste numa primeira abordagem ao tema genérico Da lã aos lanifícios no âmbito do projecto de investigação Rota da
Lã-Translana que o Museu se encontra a liderar. Propondo uma leitura sobre o pastoreio e o património
laneiro a ele associado, o Museu abre caminho para o ciclo de exposições e respectivos catálogos sobre
as diferentes fases de transformação da lã que num futuro próximo irá realizar.
Museu Municipal de Faro / Museal, n.º 2
No passado dia 15 de Junho, foi lançado o n.º 2 da Revista Museal pelo Museu Municipal de Faro, com a
presença e apresentação de Adília Alarcão. Este número é dedicado ao tema “Conservação Preventiva.
Prevenir para preservar o património museológico”. A sua estrutura divide-se em três partes: a primeira
inclui artigos transversais à problemática da conservação preventiva de Catarina Alarcão, Gabriela Carvalho,
Joana Amaral e Mathias Tissot; a segunda, artigos dedicados aos materiais de Lina Falcão, Inês Correia,
Sara Leite Fragoso, Anabela Almeida e Catarina Alarcão, Maria João Pacheco Ferreira, Dulce Delgado e
Pedro Redol; e a terceira, intitulada dossier Algarve, artigos sobre três exemplos de Conservação Preventiva
de Susana Paté, José Gameiro e Andreia Machado e Leonor Esteban.
Museu Municipal de Loures / Estudo de colecções: transportes e alfaias agrícolas: reservas visitáveis do Museu
Municipal de Loures
Com o apoio do IPM/RPM através do Programa de Apoio à Qualificação de Museus (PAQM), a Câmara
Municipal de Loures editou o Roteiro completo das Reservas de Transportes e Utensílios Agrícolas Saloios
do Museu Municipal de Loures. Numa perspectiva de divulgação do acervo em reserva, este Roteiro dá a
conhecer o estudo desenvolvido por Eugénia Correia e por Orlando Gomes sobre as colecções de veículos
de tracção animal, alfaias agrícolas, latoaria, serralharia, artesanato e peças diversas que se encontram nas
reservas visitáveis do museu.
Museu Municipal de Loures / É por aí voz constante... E o povo sabe quando diz...
A Câmara Municipal de Loures, com o apoio do IPM/RPM através do PAQM, editou a obra É por aí voz
constante... E o povo sabe quando diz..., da autoria de Margarida Moreira da Silva, antropóloga integrada
na Área de Investigação dos Museus de Loures. Com textos introdutórios de Ricardo Leão, Vereador da
Cultura, e de Ana Paula Assunção, Directora dos Museus Municipais de Loures, e pósfácio de Maria Aliete
Galhoz, a obra é o resultado de uma investigação sobre Literatura Oral efectuada pela autora no concelho
de Loures em 1996, tendo sido o material recolhido dividido em quatro géneros: poesia religiosa,
contos, rezas e poesia profana.
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Museu Nacional dos Coches / O giro de N. Senhora do Cabo e as berlindas processionais
No dia 23 de Maio, o Museu Nacional dos Coches inaugurou a exposição temporária O giro de N. Senhora
do Cabo e as berlindas processionais, tendo sido editado o respectivo catálogo, coordenado por Silvana
Bessone, Directora do Museu, também autora da sua apresentação. A publicação integra artigos de investigação da autoria de Heitor Baptista Pato, Maria Ana Bobone e Paula Ferreira Lopes, sobre o culto a Nossa
Senhora do Cabo, as Berlindas Processionais (existindo duas do século XVIII na colecção do Museu Nacional
dos Coches) e o Giro de Nossa Senhora do Cabo. A obra completa-se com imagens de cortejos do Círio
de Nossa Senhora do Cabo utilizando as Berlindas Processionais e com o catálogo das peças em exposição, provenientes de várias instituições, entre as quais o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Nacional
de Arqueologia e o Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas.
Museu Nacional da Imprensa / José Saramago segundo Agostinho Santos
Este livro foi produzido a partir da exposição de pintura com o mesmo nome patente ao público de
Dezembro a 10 de Junho de 2007. É composto por mais de 180 obras de Agostinho Santos, entre telas e
desenhos, que percorrem a obra literária de José Saramago, reflectindo a visão do pintor. Conta ainda com
uma mensagem de José Saramago e com textos de Luís Humberto Marcos, director do Museu, e de António
Quadros Ferreira, professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Também inclui excertos de passagens de vários livros do Nobel da Literatura que serviram de inspiração ao pintor.
Museu Nacional de Soares dos Reis / Novos Olhares no Museu
Por ocasião do Dia Internacional dos Museus, no Museu Nacional de Soares dos Reis foi solicitado a catorze
personalidades do Porto – António Pinho Vargas, Artur Santos Silva, Bernardo Pinto de Almeida, Daniel Serrão,
Fernando Lanhas, João Fernandes, José Maria Cabral Ferreira, José Rodrigues, Madalena Cabral, Manuela de
Melo, Mário Cláudio, Paulo Cunha e Silva, Rui Moreira e Teresa Andressen – que escolhessem as obras ou espaços do Museu mais significativos para si. As obras e os textos a elas associados foram reunidos em livro editado pelo Museu, com organização da sua Directora, Maria João Vasconcelos, e coordenação de Vera Calém.
Museu de Vila do Conde. Casa de José Régio / José Régio
A Câmara Municipal de Vila do Conde editou uma brochura de apresentação de José Régio, coordenada por
António Ponte, Director do Museu de Vila do Conde. Organizada em sete blocos e ilustrada por fotografias e
reproduções das obras de José Régio, a brochura guia-nos através da biografia do autor, pelo percurso histórico
da Casa, espaços e colecções, e oferece-nos os testemunhos pessoais de amigos de José Régio, como o seu irmão
João Maria Reis Pereira, João Francisco Marques, Manoel de Oliveira, Luísa Dacosta e Maria de Jesus Barroso Soares.
Museu da Villa Romana do Rabaçal / Queijo Rabaçal, sabor e aroma de Sicó: do acincho à mesa
O Museu do Rabaçal inaugurou no Dia Internacional dos Museus a exposição temporária Queijo Rabaçal,
sabor e aroma de Sicó: do acincho à mesa. Delfim Ferreira, in memoriam, que ficará patente até Maio de
2008. O catálogo, da autoria de Miguel Pessoa e Lino Rodrigo e com design gráfico de José Luís Madeira,
integra um texto descritivo da concepção museológica, com museografia de João Pocinho, organizada em
três núcleos: I. Acincho; II. Confecção do queijo, nos Patões, Rabaçal; III. Importância do queijo do Rabaçal:
respigos de documentação escrita e oral. No Núcleo II, é de destacar o conjunto de sete fotografias inéditas,
a claro e escuro, de Delfim Ferreira, datadas de 1985. Nesta edição constam ainda um texto introdutório do
Presidente da Câmara Municipal de Penela, um glossário e bibliografia de referência.
Museu da Villa Romana do Rabaçal / Uma visita à Villa Romana do Rabaçal
Caderno didáctico do Museu da Villa Romana do Rabaçal, da autoria de Carlos Madeira, Ana Rita Madeira e
Miguel Pessoa, com actividades de reflexão, interpretação e criação, dirigido sobretudo a alunos do 2.º e 3.º
ciclos. Este caderno inclui textos, jogos e desenhos, desenvolvendo 22 temas através da figura de um contador
de histórias, constituindo uma abordagem lúdica e afectiva à paisagem do Rabaçal e à vida na Villa romana.
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Exposições Itinerantes
Direcção Regional da Cultura dos Açores
– Festas do Senhor Espírito Santo – Promessas ao Divino
A Direcção Regional da Cultura dos Açores disponibiliza
com suporte áudio de cerca de 50 minutos de som genuíno
para itinerância em Museus da RPM de todo o território
gravado em suporte digital.
nacional a Exposição de Fotografia da autoria de José
Por critério do fotógrafo, a exposição tem uma versão
Guedes da Silva, intitulada Festas do Senhor Espírito Santo
curta que recebeu a designação de Pelo Sinal do Espírito
– Promessas ao Divino. Trata-se de um trabalho de foto-
Santo, composta por 27 fotografias. A par desta ver-
grafia documental de autor sobre o fenómeno cultural
são, a DRC fez duas outras selecções de imagens de 20
popular do culto ao Divino Espírito Santo, realizado na
e de 50 fotografias, para facilitar a realização de expo-
Freguesia da Vila Nova, Praia da Vitória, ilha Terceira,
sições itinerantes.
Açores, em 1995 e 1996.
Em complemento à exposição, foi editada uma mono-
Informações e contactos
Propriedade da Direcção Regional da Cultura, numa aqui-
grafia que reúne, além das imagens de José Guedes da
Maria Manuel Velásquez
sição feita no âmbito do projecto em curso de consolida-
Silva, três contributos em texto que correspondem a três
e Imaterial
ção do Arquivo de Fotografia dos Açores, na sua versão
visões particulares sobre o fenómeno do Espírito Santo
Direcção Regional da Cultura dos Açores
integral a colecção é composta por 100 fotografias a preto
assinados, respectivamente, pela antropóloga Antonieta
e branco, formato 27 X 39cm, emolduradas em alumínio
Costa, pelo Padre Helder Fonseca e pelo Professor Doutor
lacado negro com as dimensões 40,5 X 50,5cm, e conta
Mário Cabral. T
Festas do Senhor Espírito Santo
Preparação das sopas
Fotografia de José Guedes da Silva
Chefe de Divisão do Património Móvel
Tel.: 295 403 000
Fax: 295 403 001
[email protected]
Museu dos Transportes e Comunicações
1. Viajar com o Museu
2. Alfândega Nova: O Sítio e O Signo
Desde 2005 que o Museu dos Transportes e Comuni-
Também itinerante, a exposição Alfândega Nova: O
cações tem vindo a disponibilizar a várias instituições
Sítio e O Signo é uma exposição fotográfica que apre-
a exposição itinerante Viajar com o Museu, constituída
senta imagens de 6 fotógrafos de renome interna-
por painéis alusivos às suas actividades e exposições.
cional, de que são exemplo Gabriele Basilico, Paul
A exposição inclui 13 painéis informativos que ocu-
den Hollander, Debbie Fleming Caffery, José M.
pam uma área de 20m2; um quiosque multimédia
Rodrigues e Humberto Rivas. Comissariada pela fotó-
que permite uma visita virtual ao edifico da Alfândega
grafa Teresa Siza, esta exposição apresenta a memó-
do Porto; um expositor de Automóveis em Miniatura
ria do edifício através de um conjunto de imagens
(cerca de 12 miniaturas) e é complementada por um
de autor que se debruçam sobre o Edifício, a sua acti-
folheto informativo.
vidade aduaneira e o espaço envolvente, numa inter-
Para animação e interacção com a informação vei-
pretação de carácter sociológico e antropológico.
culada, a exposição contempla ainda uma Maleta
A exposição contempla 20 imagens em molduras com
Pedagógica que pode ser dinamizada pelos técnicos
uma dimensão de 0,80 x 0,70m, o que compreende
das instituições receptoras junto do público que visite
uma área de parede de cerca de 50 a 60m2 (com
a exposição. Esta Maleta inclui: 1 tapete-jogo (dimen-
possibilidade de suspensão dos quadros, uma vez que
Informações e contactos
sões 2 x 2m) que apresenta um conjunto de casas
a exposição não apresenta suportes expositivos pró-
Museu dos Transportes e Comunicações
com um percurso a seguir; 5 miniaturas automóveis
prios); um filme sobre o Edifício da Alfândega e sua
[email protected]
(peões do jogo); 5 miniaturas de meios de comuni-
história; e um folheto informativo. T
Edifício da Alfândega – Rua Nova Alfândega
cação (peões do jogo); 1 miniatura do Personagem
Viajar com o museu
Suzana Faro
4050-430 Porto
Tel.: 22 340 30 00
www.amtc.pt
Mecânico “Sr. Teixeira”; 1 dado e 2 caixas com perguntas sobre a informação contida nos painéis.
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Agenda
Museu de Ciência da Universidade de Lisboa
Laboratorio Chimico
No passado dia 17 de Maio, o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa (MCUL),
integrado nos Museus da Politécnica, inaugurou um novo espaço musealizado, o
Laboratorio Chimico da antiga Escola Politécnica, recuperado na traça original do
século XIX.
O Laboratorio Chimico tem hoje extraordinária relevância histórica por ser um exemplar
único do património científico oitocentista europeu. Inaugurado em 1857 e
reequipado em 1890 a par dos melhores laboratórios de ensino na Europa, por ele
passaram gerações de alunos da Escola Politécnica e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa durante mais de 150 anos.
Com a obra de restauro e a musealização agora realizadas, o MCUL pretende preservar e dar a conhecer um objecto científico e um lugar simbólico,
onde o ensino da química serviu a ideia de progresso vinculada pelos ideais políticos e sociais do Liberalismo. Um lugar onde a arquitectura conseguiu
uma perfeita conjugação de funcionalidade e nobreza estética.
A exposição com que o Laboratorio abre ao público transporta-nos para o ambiente real onde grandes químicos portugueses como Agostinho
Vicente Lourenço, António Augusto de Aguiar e José Júlio Rodrigues veicularam o conhecimento científico, formando a elite política e administrativa
da Regeneração.
Através de actividades a desenvolver neste novo espaço, o MCUL procurará estimular o interesse pela Química, pela compreensão dos seus métodos
e práticas e pela sua evolução até à actualidade.
– Projecto de recuperação e de divulgação do Laboratorio Chimico
Desde a criação do MCUL, em 1985, que estava prevista a integração e musealização das instalações de Química da Escola Politécnica, mais
tarde da Faculdade de Ciências, as únicas no edifício principal poupadas ao incêndio de 1978.
Quando, em 2000, os últimos professores, alunos e investigadores do Departamento de Química da Faculdade de Ciências deixaram as instalações,
pôde o MCUL iniciar a recolha, inventariação e estudo das colecções de objectos, instrumentos, aparelhos utilizados nas aulas e nos laboratórios,
tal como de outros documentos de interesse histórico, que possibilitam a interpretação deste equipamento científico junto do público.
Em 2003 foram criadas condições para se iniciarem as obras de recuperação arquitectónica do Laboratório e do Anfiteatro. O projecto teve a
colaboração e o acompanhamento de vários parceiros institucionais e privados, como o Instituto Português de Conservação e Restauro, o Instituto
Português de Museus, o Instituto Português do Património Arquitectónico, de investigadores da Universidade de Lisboa, da Universidade Nova
de Lisboa e da Universidade de Évora, bem como o apoio financeiro do Programa Operacional da Cultura, da Associação Portuguesa da Indústria
Farmacêutica e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Rua da Escola Politécnica, 56 | 1250-012 Lisboa | Tel.: 21 392 18 60 | Fax: 21 390 93 26 | [email protected] | www.museu-de-ciencia.ul.pt
Casa Colombo
Museu de Porto Santo
Casa-Museu Dr. Anastácio
Gonçalves
Casa-Museu Leal da Câmara
Exposição
Visitas Temáticas
“O Privilégio na Idade Média”, por Prof. Doutor
Quase Paisagens,
As “Descobertas” na CMAG
João Silva de Sousa
de Beatriz Horta Correia
Diz-me onde te sentas, dir-te-ei “quem” és!
20 de Julho de 2007
9 de Junho
Do Romantismo ao Naturalismo na Pintura Portuguesa:
a 16 de Setembro de 2007
Um Percurso “Natural”
Travessa da Sacristia, 2
Avenida 5 de Outubro, 6-8
Tel./Fax: 21 916 43 03
9400-176 Porto Santo
1050-055 Lisboa
[email protected]
Tel.: 291 983 405
Tel.: 21 354 08 23/09 23 Fax: 21 354 87 54
Fax: 291 983 840
[email protected]
www.museucolombo-portosanto.com
www.cmag-ipmuseus.pt
Ciclo de Conferências
Calçada da Rinchoa, n.º 67
2635-312 Rio de Mouro
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Monitora: Fernanda Braga
Ecomuseu Municipal do Seixal
Rua Alfredo Guimarães
Museu de Aveiro
Exposição itinerante
4810-251 Guimarães
Museu em obras. Circuito de visita limitado: Túmulo
Moinhos de Maré do Ocidente europeu
Tel.: 253 423 910
da Princesa Santa Joana (Museu de Aveiro), Igreja do
Em circulação pela Europa
[email protected]
Fax: 253 423 919
antigo Convento de Jesus, Igreja das Carmelitas.
Música no museu
www.moinhosdemare-europa.org
Momentos Musicais – Música Ibérica dos séculos XVI
Núcleo da Mundet
Museu de Angra do Heroísmo
a XVIII
Às 6.as feiras na Mundet, conhecer a cortiça através de
Exposição
1.os Domingos do mês, 12h00
Joaquim Vieira Natividade
Terceira Liberal
Colaboração: Associação Musical Pró-Organo (AMPO)
6 e 20 de Julho, 3 e 17 de Agosto, 7 e 21 de Setembro de 2007,
Até 30 de Setembro de 2007
O Órgão no Renascimento (Sécs. XVI-XVII)
às 18h00
A Madrugada das Cagarras, instalação de som e de
5 de Agosto de 2007
público juvenil e adulto/famílias
imagem de Paulo Henrique Silva e António Félix Flores
Edite Rocha, órgão
Rodrigues
Concertos
Até 30 de Setembro de 2007
Barroco Sacro Profano Sacro (Itália-Portugal-França)
Bote de fragata Baía do Seixal
De barco, do Seixal a Vila Franca de Xira
14 de Julho 2007, 16h00
7 de Julho de 2007, 12h30-18h00
Maria Altadill, soprano; François Quénot, violoncelo;
Passeio no Tejo em embarcação tradicional à vela,
Mário Marques Trilha, cravo.
com percurso do Seixal até Vila Franca de Xira, onde
decorrem as Festas do Colete Encarnado.
Rua Santa Joana Princesa
público juvenil e adulto/famílias
Foto: Paulo Henrique Silva
Este verão descubra o Seixal
3810-329 Aveiro
Tel.: 234 42 32 97
9, 22 e 23 de Agosto de 2007
Pedro Louceiro / 50 Anos de Alternativa
Fax: 234 42 17 49
Passeio na baía do Seixal navegando no bote-de-fra-
15 de Junho a 30 de Setembro de 2007
[email protected]
gata e visita à Mundet, antiga fábrica corticeira.
Homenagem ao cavaleiro tauromáquico
público juvenil e adulto/famílias
De barco, do Seixal a Belém
Museu Bernardino Machado
15 de Setembro, 9h00-18h00
Exposição
Passeio no Tejo do Seixal a Belém, incluindo visita ao
Centenário Revolta Académica de 1907
Museu de Marinha.
Até 2 Setembro de 2007
público juvenil e adulto/famílias
Praça 1.º de Maio, n.º 1
2840-485 Seixal
Tel.: 21 097 61 12 Fax: 21 097 61 13
[email protected]
www.cm-seixal.pt/ecomuseu
Edifício de São Francisco
9701-875 Angra do Heroísmo
Museu de Alberto Sampaio
Tel.: 295 213 147/48
Cursinhos do Museu
[email protected]
Fax: 295 213 137
Organização: Museu de Alberto Sampaio em parceria com os Amiguinhos do Museu de Alberto Sampaio
e com o apoio do Instituto Português da Juventude.
Museu de Arte Sacra e Etnologia
Oficina do Olhar (Pintura) – 1.º e 2.º ciclo
Dia dos Avós
Palacete Barão de Trovisqueira
9 a 13 de Julho de 2007
Actividades para Avós e Netos
Rua Adriano Pinto Basto, n.º 75
Monitora: Sara Leguizamo
26 de Julho de 2007, 10h00-18h00
4760-114 Vila Nova de Famalicão
Atelier
Tel.: 252 37 77 33
Na Sala de Restauro
Fax: 252 310 016
Diálogo com os técnicos de Conservação e Restauro
[email protected]
1 hora com os Maasai…
Conversa com um Missionário tanzaniano em torno da
colecção relativa ao povo africano Maasai, habitante
Museu dos Biscainhos
do Quénia e da Tanzânia.
Exposição
A Formiga Migas
A identidade do jardim, desenhos de Ana Pascoal
Visita à exposição permanente.
29 de Junho a 23 de Setembro de 2007
Monitor: Pedro Almeida
Rua Francisco Marto, 52 Apt. 5
Rua dos Biscainhos
Danças e representações medievais – 1.º e 2.º ciclo
2496-908 Fátima
4700-415 Braga
23 a 27 de Julho de 2007
Tel.: 249 539 470
Tel.: 253 204 650
Monitora: Sílvia Magalhães
Fax: 249 539 479
Fax: 253 204 658
Brincar com o barro – 1.º e 2.º ciclo
[email protected]
[email protected]
3 a 7 de Setembro de 2007
www.consolata.pt
Oficina de Escultura – 2.º e 3.º ciclo
16 a 20 de Julho de 2007
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Museu Calouste Gulbenkian
Museu das Flores
Museu de Lamego
Comemorações do Cinquentenário da Fundação
Exposição
Exposição
Calouste Gulbenkian
Fotografia de Eduardo Nery
Pintura de José António Gomes Ferreira
Exposições
Até 31 de Agosto de 2007
17 a 29 de Julho de 2007
Paisagem interior/inner landscape, de José Pedro Croft
Até 15 de Julho de 2007
Convento de São Boaventura
Uma obra em foco – A escultura Baco de Michael
Largo da Misericórdia
Rysbrack (1693-1770)
9970 Santa Cruz das Flores
Até 22 de Julho de 2007
Tel.: 292 592 159
Evocações, passagens, atmosferas, pintura do Museu
Fax: 292 593 581
Saklp Sabancl, Istambul
[email protected]
Até 26 de Agosto de 2007
Museu de Francisco Tavares
Proença Júnior
Exposição
Largo de Camões
TRANSFERT – Obras do Centro de Arte Moderna José
5100-147 Lamego
de Azeredo Perdigão em itinerância
Tel.: 254 600 230 Fax: 254 655 264
Até 29 de Julho de 2007
[email protected]
Exposição de arte contemporânea integrada na iniciativa
“O Estado do Mundo” para a comemoração dos 50
Fausto Zonaro (1854-1929), Marinha, 1892, Óleo sobre tela,
46 x 85cm, Istambul, Museu Saklp Sabancl
anos da Fundação Calouste Gulbenkian.
Museu Municipal de Alcochete
Ateliê de expressão plástica
Núcleo Sede
50 Anos de Arte Portuguesa
Exposição
6 de Junho a 9 de Setembro de 2007
Largo da Misericórdia
Histórias Vindas do Chão – Percursos Arqueológicos
Iniciativa conjunta do Serviço de Belas-Artes e do Centro
6000-462 Castelo Branco
de Alcochete
de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão na Sede da
Tel.: 272 344 277
6 de Julho a 28 de Outubro de 2007
Fundação Calouste Gulbenkian – Galeria de Exposições
Fax: 272 347 880
Tertúlias da Arte e do Património
Temporárias.
[email protected]
Histórias vindas do chão
Comissária: Raquel Henriques da Silva / Comissárias-
www.ipmuseus.pt
7 de Julho de 2007, 14h30
-adjuntas: Ana Filipa Candeias e Ana Ruivo.
Santa Maria da Sabonha
Actividades Educativas
21 de Julho de 2007, 14h30
Férias no Museu A Grande Aventura: Conversar com
Museu Grão Vasco
o Mundo
Exposição
Núcleo de Arte Sacra
Visitas Temáticas
Itinerâncias, escultura cerâmica de Mário Ferreira
Exposição
Curso livre – 50 Anos de Arte Portuguesa (1957-2007)
da Silva
A Vida e a Senhora da Vida
Módulo 1 – 9 a 13 de Julho; Módulo 2 – 23 a 27 Julho –
Até 30 de Julho de 2007
22 de Junho a 30 de Setembro de 2007
Organização: Museu Municipal de Alcochete e
18h30-20h30
Marcação prévia: Tel. 21 782 34 77
Adro da Sé
Paróquia de Alcochete
3500-195 Viseu
Av. de Berna 45A
Tel.: 232 422 049
Rua Dr. Ciprião de Figueiredo
1067-001 Lisboa Codex
Fax: 232 421 241
2890-071 Alcochete
Tel.: 21 782 34 55/6
[email protected]
Tel.: 21 234 86 52/3/4
Fax: 21 782 30 32
www.ipmuseus.pt
Fax: 21 234 86 92
Isabel Oliveira e Silva
[email protected]
[email protected]
Maria do Rosário Azevedo
Museu da Horta
[email protected]
Exposição
Museu Municipal de Coruche
www.museu.gulbenkian.pt
Pelo Sinal do Espírito do Divino, fotografias de José
Festas, fotografias do Fundo Fotocine
Guedes da Silva
19 de Junho a 12 de Agosto de 2007
Até 1 de Julho de 2007
Cafetaria
Museu do Chiado
3.ª Bienal de Coruche – Artes Plásticas
Exposição
Palácio do Colégio
4 a 21 de Outubro de 2007
Anos 60, Momentos transformadores. Sécs. XIX e XX
Largo Duque Ávila Bolama
Regulamento e ficha de inscrição disponíveis no sítio do museu
6 de Junho a 23 de Setembro de 2007
9900-141 Horta
na Internet
Tel.: 292 208 570
Rua Serpa Pinto, 4
Fax: 292 208 577
Rua Júlio Maria de Sousa
1200-444 Lisboa
[email protected]
2100-192 Coruche
Tel.: 21 343 21 48 Fax: 21 343 21 51
Tel.: 243 610 823 Fax: 243 610 821
[email protected]
[email protected]
www.museudochiado-ipmuseus.pt
www.museu-coruche.org
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Rua Cónego Joaquim Gaiolas
Museu Municipal de Faro
4750-306 Barcelos
Actividades
Museu Nacional de Soares
dos Reis
Abertura do Museu à noite
Exposições
Fax: 253 80 96 61
13 e 27 Julho de 2007, 10 e 24 Agosto, 21h00-24h00
A Ourivesaria Portuguesa e os seus mestres
[email protected]
Oficina de Verão para crianças – “A Roda das
Até 29 de Julho de 2007
www.museuolaria.org
Formas”– 6 aos 12 anos
Comissário: José Marques Baptista, ourives-gemólogo
26 a 20 Julho de 2007, 9h00-12h30
e avaliador pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda
Barro/roda de oleiro
Pintura de Gerardo Rueda
Museu de Santa Maria
Famílias com Estórias – “De visita a um Museu
3 de Julho a 15 de Setembro de 2007
Exposição
vizinho”– Pais, filhos e avós
Organização: Fundação Rueda, IVAM e Reitoria da
Portugal Atlântico, aguarelas de Gerard Brunner
1 de Setembro de 2007, 14h30
Universidade do Porto
Até 27 de Agosto de 2007
Bike a Faro
Meninos Gordos: contar uma história através da faiança
9 de Setembro de 2007, 10h00
Até 26 de Agosto de 2007
Tel.: 253 82 47 41
Rua do Museu
Passeio de bicicleta em família com paragens em
9580-234 Santo Espírito
pontos de interesse patrimonial. Ponto de encontro:
Tel.: 296 884 844
piscinas municipais de Faro.
Fax: 296 884 916
A rota das Igrejas de Faro
[email protected]
14 de Setembro de 2007, 10h00
Passeio pedestre para público sénior. Ponto de encontro: Largo da Sé.
Museu de São Jorge
Jornadas Europeias do Património
Exposição
Natália Correia – O itinerário é interior
Ruínas de Milreu: Concerto pela Orquestra do Algarve
Até 30 de Setembro de 2007
21 Setembro de 2007
Serviço Educativo
Exposição itinerante A Arte de Trabalhar a Pedra
Workshops, conferências, teatro, marionetas
7 de Setembro de 2007 (Dia da Cidade), 18h00 – Sociedade
Sessões de educação alimentar
Rua José Azevedo da Cunha
Recreativa de Bordeira
Visitas orientadas ao museu e às exposições tem-
9850-038 Calheta
29 e 30 de Setembro de 2007 – Mostra de Santa Bárbara de
porárias
Tel.: 295 416 323
Fax: 295 416 555
Nexe
19 a 26 de Outubro de 2007 – Feira de Santa Iria em Faro
Palácio dos Carrancas I
Trabalho de investigação sobre a comunidade de
Rua D. Manuel II
canteiros de Bordeira.
4050-342 Porto
[email protected]
Praça D. Afonso III
[email protected]
Museu do Trabalho Michel
Giacometti
8000-167 Faro
www.ipmuseus.pt
Tardes Interculturais
Tel.: 22 339 37 70
Últimos Sábados de cada mês
Tel.: 289 897 400/1/2
Festas dos Marítimos
[email protected]
Museu de Olaria
29 Setembro de 2007
Exposições
Guiné-Bissau
Museu Nacional da Imprensa
Com Carícias me Transformas,
27 Outubro de 2007
Exposição
de João Lourenço
IX PortoCartoon-World Festival: Globalização
9 de Junho a 9 de Julho de 2007
Largo dos Defensores da República
24 de Junho a 30 de Setembro de 2007
Louceiros de Santa Comba – Histórias que o barro
2901-340 Setúbal
escreve
Tel.: 265 537 880
Até 2 de Julho de 2007 no Centro Cultural de Vila Nova de
Fax: 265 537 889
Foz Côa
[email protected]
13 de Julho de 2007 a 16 de Junho de 2008 no Museu de Olaria
Museu da Villa Romana
do Rabaçal
Exposição
Queijo Rabaçal, sabor e aroma de Sicó: do acincho
à mesa. Delfim Ferreira, in memoriam
Até Maio de 2008
Serviço educativo
E.N. 108 n.º 206
Visitas a queijarias de produção arcaica do queijo
4300-316 Porto (Freixo)
Visitas à oficina do latoeiro Júlio Estrela (a última)
Tel.: 22 530 49 66
Fax: 22 530 10 71
Organização: APDARC – Associação para a Promoção
Rua da Igreja
[email protected]
da Arte e da Cultura do Vale do Côa e Douro Superior;
3230-544 Rabaçal – Penela
www.imultimedia.pt/museuvirtpress
Museu de Olaria; FozCôactiva – Gestão de equipa-
Tel.: 239 561 856 Fax: 239 561 857
www.cartoonvirtualmuseum.org
mentos Desportivos e Culturais, E. M.
[email protected]
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Outras Notícias
Prémio de Museu Europeu do Ano 2007
No passado dia 5 de Maio, o Centro de Emigração Alemã
O Centro de Emigração Alemã, inaugurado em 2005, foi
de Bremerhaven foi agraciado com o galardão de Prémio
construído num porto, onde mais de sete milhões de
de Museu Europeu do Ano 2007, atribuído pelo Fórum
emigrantes embarcaram para o Novo Mundo. A colec-
Europeu de Museus, numa cerimónia realizada no Museu
ção é composta por fotografias, biografias, documentos
www.dah-bremerhaven.de/index_flash.
Arqueológico de Alicante.
e objectos relacionados com a temática da migração. T
html
Informações e contactos
German Emigration Center
Prémio Gulbenkian de Museu do Ano
O Prémio Gulbenkian de Museu do Ano, criado em
situada na cidade histórica de Chichester, pelo pro-
2003, é uma iniciativa da Fundação Calouste
jecto de integração de uma nova ala. Albergando uma
Gulbenkian, apoiada pelo governo britânico e por
das melhores colecções de arte britânica do século
várias organizações do sector, concedido anualmente
XX, a Pallant House Gallery é uma das primeiras gale-
a um museu ou galeria de arte no Reino Unido no
rias no Reino Unido a instalar um sistema de controlo
valor de 100 mil libras (cerca de 150 mil euros).
da temperatura geotermal, reduzindo para cerca de
Informações e contactos
O vencedor desta edição é a Pallant House Gallery,
metade as emissões de carbono. T
www.thegulbenkianprize.org.uk
Um novo passo na divulgação museológica:
a lista museum
Fruto da iniciativa de alguns alunos e docentes do
Em 5 meses de funcionamento, museum conta actual-
Mestrado em Museologia e Património Cultural, nas-
mente com cerca de 400 membros – onde se incluem
cido na Faculdade de Letras da Universidade de
os principais museus portugueses, profissionais e estu-
Coimbra no ano lectivo de 1998-1999, veio à luz
dantes de museologia –, somando já 252 mensagens
um novo veículo de informação museológica, cujo
no seu arquivo (04-06-07 às 14h48). Tem vindo a
estatuto editorial (lançado em 2 de Janeiro de 2007)
revelar-se um canal prioritário de disseminação de
veicula o seguinte:
informação museal, como se verificou na semana dos
Museum é uma lista de discussão de conteúdo (in)for-
museus, quando mais de meia centena de instituições
mativo, preferencialmente vocacionada para as áreas
ali divulgaram as suas actividades entre os dias 8 e
da Museologia e do Património Cultural, aberta a todos
21 de Maio de 2007.
quantos a ela queiram aderir, bastando, para isso, ace-
Incita-se a toda a comunidade museológica a parti-
derem ao sítio http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/
cipar através do endereço [email protected], agra-
museum e procederem à sua inscrição; a todos os
decendo a todos os que têm contribuído para este
membros da lista cabe o direito de publicitarem as suas
projecto que tanto honra a Universidade de Coimbra
actividades e de fomentarem ou contribuírem para a
e lhe traduz o cariz pioneiro na produção e difusão
discussão de temas considerados de interesse comum;
do conhecimento. T
são, por conseguinte, bem-vindas todas as informa-
Maria da Graça Araújo
ções que visem a criação de uma comunidade em torno
[email protected]
da Museologia e da divulgação, defesa e valorização
Administradora
do património cultural.
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Aprendizagem intercultural para jovens
O Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étni-
a sua opinião, contar as suas experiências e partici-
cas (ACIME) lançou o site www.entrekulturas.pt para
par activamente. Este é um instrumento, simultanea-
debate e aprendizagem intercultural destinado, essen-
mente lúdico e pedagógico, de debate e aprendiza-
cialmente, a jovens entre os 12 e os 18 anos.
gem intercultural focado em assuntos como tolerância,
O site, denominado EntreKulturas, é um espaço de
diversidade, diálogo e riqueza cultural, cooperação,
participação livre onde todos podem questionar, dar
solidariedade, partilha, intervenção, cidadania. T
Garry Thomson
No dia 23 de Maio passado faleceu Garry Thomson,
atenção o passado das colecções antes de definir quais-
o autor do Museum Environment, obra que, embora
quer parâmetros para a humidade relativa e para a
publicada pela primeira vez em 1978, é ainda hoje
temperatura. É dele o conceito da “zona do clima
referência obrigatória para quem aborda o estudo dos
temperado dos museus” que tem, sobretudo para
problemas do controle das condições-ambiente nos
nós, um enorme significado.
espaços museológicos e pretenda ir além da mera
Esteve em Lisboa em 1983, no âmbito do curso de
análise das soluções tecnológicas seguindo a reco-
conservadores de museu organizado pelo IPPC, deu
mendação com que Thomson encerra o seu texto:
uma conferência no Museu Gulbenkian e uma aula prá-
“There is something inelegant in the mass of energy-
tica sobre iluminação na Casa Museu Anastácio
consuming machinery needed at present to maintain
Gonçalves. Em 2001 recebe a primeira Medalha Plowden
constant RH and illuminance, something inappropriate
instituída pelo Instituto Internacional de Conservação
in na expense which is beyond most of the world’s
a que ele próprio presidira entre 1983 e 1986.
museums. Thus the trend must be towards simpli-
Mas mais importante do que o seu legado científico
No Centro
city, reliabilty and cheapness”. O tempo está, como
é, sem sombra de dúvida, a serenidade que caracte-
de Documentação
sempre, a dar-lhe razão...
riza toda a sua obra, escrita a meia voz, propondo
da RPM
O comentário académico à sua obra outros o farão
sempre e raramente afirmando de forma definitiva…
melhor do que eu porquanto muito do que escreveu
Foi ele que um dia, ao examinar as perguntas que iam
se situa no âmbito da pura investigação científica,
ser introduzidas num teste para os funcionários da
como é o caso dos seus estudos sobre vitrinas e sobre
National Gallery, disse que gostava de ver as respostas
2nd ed. Oxford: Butterworth-
a poluição sendo de sublinhar, neste último aspecto,
porque havia uma a que não sabia responder.
-Heinemann, 1986 (imp. 2000).
que ele foi dos primeiros a chamar a atenção para o
Encontrei-o pela primeira vez no verão de 1981 e guardo
293 p. (Butterworth-Heinemann
problema da poluição provocada pelo próprio enve-
do seu convívio uma recordação muito grata em que
series in conservation and
lhecimento dos objectos.
se misturam, com as questões técnicas e a troca de
Foi apodado por alguns “o introdutor do conceito de
mensagens, o eco de conversas e um livro que com-
conservação preventiva”, paternidade que sempre
prei por sua indicação para entender um pouco melhor
THOMSON, Garry
enjeitou por considerar que o conceito não se esgota
as complexas relações da Grã Bretanha com a Índia.
– “The Conservation of
de forma alguma no controle do ambiente. Mas é nas
Em Junho de 2006, exactamente 25 anos depois do
páginas do Museum Environment que vamos encon-
nosso primeiro encontro, entreguei na Faculdade de
trar, isso sim, o ponto de partida da renovação dos
Letras de Lisboa a minha tese de Doutoramento que
processos a que hoje recorremos, incluindo a impor-
com toda a justiça lhe dediquei. T
•
Garry Thomson
THOMSON, Garry
– The museum environment.
museology).
ISBN 0-7506-2041-2
Antiques: Developments in
Planning” in Journal of world
History, UNESCO XIV n.º 1/2,
1972. Policopiado.
tância do clima exterior e a necessidade de ter em
Luis Elias Casanovas
Rede Portuguesa de Museus | 31
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Instituto dos Museus e da Conservação
Rede Portuguesa de Museus
Calçada da Memória, 14 • 1300-396 Lisboa
Tel: 351. 21 361 74 90
Fax: 351. 21 361 74 99
[email protected]
www.rpmuseus-pt.org
DESIGN Artlandia
IMPRESSÃO Facsimile
3000 Exemplares
DEPÓSITO LEGAL
Actuação do Grupo Tocá Rufar
ISSN 1645-2186
Museu Nacional de Arqueologia, Festa dos Museus, Maio de 2007
Encontros
I Encontro Ibero-americano
III Congresso Internacional sobre
21.ª Conferência Geral
de Museus – Ibermuseus
Etnografia
e 22.ª Assembleia Geral do ICOM
26-28 de Junho de 2007
13 e 14 de Julho de 2007
19 a 24 de Agosto de 2007
Salvador, Bahia, Brasil
Auditório Municipal Ilídio dos Santos,
Viena, Áustria
Cabeceiras de Basto
Organização
Organização
ICOM Áustria
AGIR – Associação para a Investigação
Tema
e Desenvolvimento Sócio-cultural
Museus e Património Universal
Temas
Informações e contactos
Aplicabilidade ao trabalho de campo;
ICOM-Österreich
Comunidades virtuais; Diáspora;
c/o Kunsthistorisches Museum Wien Burgring 5,
Educação e Saúde; Ensino;
A-1010 Wien
Organização
Gestão, Intervenção e acompanhamento nas
Tel.: 43/1/525 24-706 (2.ª/3.ª feira, 10h00-12h00)
Departamento de Museus e Centros Culturais
instituições; Lusofonia; Narrativas visuais/digitais;
[email protected]
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Novas perspectivas da investigação etnográfica;
www.icom-oesterreich.at/2007/index.html
Nacional – Demu/Iphan (Ministério da Cultura,
Património material/imaterial;
Brasil), Associação Brasileira de Museologia
Projectos de investigação/implementação;
Seminário Joaquim Vieira
Temas
Urbanismo/Desenvolvimento Rural
Natividade, a Subericultura e o
Debate e definição de directrizes para políticas
Informações e contactos:
Património cultural e ambiental
públicas voltadas para o sector museológico nos
AGIR – Associação para a Investigação e
corticeiro
países das 22 nações espanholas e portuguesas
Desenvolvimento Sócio-cultural
21 e 22 de Setembro de 2007
da América Latina e Europa.
Apartado 304
Auditório Municipal – Fórum Cultural do Seixal
Informações e contactos:
4490 Póvoa de Varzim
Organização
Departamento de Museus e Centros Culturais
[email protected] ou
Ecomuseu Municipal do Seixal
IPAHN
[email protected]
Informações e contactos
SBN Quadra 2, Edifício Central Brasília,
Praça 1.º de Maio, n.º 1
2.º andar
2840-485 Seixal
Brasília – DF 70040-904 Brasil
Tel.: 21 097 61 12
Tel.: (61) 3414-6167-3414-6173-3414-6211
Fax: 21 097 61 13
Fax: (61) 3414-6178
[email protected]
[email protected]
www.cm-seixal.pt/ecomuseu

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