ANAIS IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura

Transcrição

ANAIS IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura
ANAIS
IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de
Aventura
ANAIS
IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de
Aventura
01/07/09 à 04/07/09
DEPARTAMENTOS ORGANIZADORES:
- LEL - Laboratório de Estudos do Lazer. Deptº. Educação
Física/IB/UNESP - Campus Rio Claro – SP. Profª. Dra. Gisele Maria
Schwartz (UNESP/Rio Claro)
- Rede de Ensino FTC – Prof. Ms.C. Sérgio Souza Magalhães.
- Prefeitura Municipal de Mucugê
- Colegiados de Cursos das Unidades da FTC - Vitória da
Conquista/Itabuna-BA e o Programa FTC Verde – Leriane Cardozo.
APRESENTAÇÃO
O Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA)
surgiu por intermédio da iniciativa do LEL - Laboratório de Estudos
do Lazer, do Departamento de Educação Física, Instituto de
Biociências da Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio
Claro, motivado pelo crescimento emergente do interesse de
pesquisadores
e
profissionais
em
investigar
respostas
problemática envolvendo as Atividades de Aventura na Natureza.
IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”
Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
à
Sua primeira versão (I CBAA) foi realizada em Balneário
Camburiú/SC com a participação de cerca de 70 congressistas.
O II CBAA foi realizado na Universidade de Governador
Valadares/UNIVALE – MG, norteando a temática “Atividades de
Aventura e Desenvolvimento Regional”, sendo organizado em
parceria do LEL com o Curso de Educação Física da UNIVALE.
A terceira edição do evento, III CBAA, aconteceu na cidade de
Santa Teresa/ES, com organização do LEL juntamente com o
Curso de Educação Física e do Núcleo Universitário de Ar
Livre/NUAr. A temática do congresso foi “Conquistando Novas
Vias”, tendo a participação de 230 congressistas, das diversas
áreas que norteiam os estudos sobre as Atividades de Aventura.
IV CBAA (CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE
AVENTURA) vai ao encontro de um dos campos mais difundidos
pela educação física, ecologia e turismo no Brasil: as atividades de
aventura na natureza, temática essa abordada também pela Rede
de Ensino FTC em seus programas de extensão, a exemplo do FTC
Verde e FTC Ativa.
O local escolhido pelos participantes do III CBAA na cidade de
Santa Tereza/ES não poderia ter sido outro, senão a linda e pacata
cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina, palco de estudos em
assuntos científicos referentes ao meio ambiente e qualidade de
vida.
IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”
Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
O IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura
– realizar-se-á entre os dias 01 e 04 de Julho de 2009. O evento
promoverá o encontro de pesquisadores, professores, estudantes e
profissionais ligados às Atividades de Aventura em todo o Brasil,
tendo como tema central das discussões: Nas Trilhas do
Conhecimento Sobre Aventura.
O evento propiciará momentos de debate acadêmico, por
meio das conferências, mesas-redondas e apresentação de
trabalhos, com presença de pesquisadores de referência nacional e
internacional, profissionais e estudantes. As oficinas permitirão
momentos de vivência de Atividades de Aventura e reflexão sobre a
prática profissional destas atividades, articuladas a questões
pedagógicas, ambientais e mercadológicas. Ainda serão oferecidos
momentos culturais e de confraternização entre os congressistas,
permitindo a ampliação de contatos, a troca de informações e
experiências.
A realização do IV CBAA é uma soma de esforços entre a
Rede de Ensino FTC, Prefeitura Municipal de Mucugê e o
Laboratório de Estudo do Lazer da UNESP - Campus de Rio
Claro/SP, contando com a participação efetiva dos Colegiados de
Cursos das Unidades da FTC - Vitória da Conquista/Itabuna-BA e
do Programa FTC Verde.
IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”
Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
PROMOÇÃO
ORGANIZAÇÃO
APOIOS:
IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”
Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
COMISSÕES
Comissão Científica
Alcyane Marinho
Cristiane Naomi Kawaguti
Danilo Roberto Pereira Santiago
Gisele Maria Schwartz
Giselle Helena Tavares
Norma Ornelas Montebugnoli Catib
Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan
Sandro Carnicelli Filho
Tiago Nicola Lavoura
Comissão Organizadora
Prof. M.Sc. Sérgio Souza Magalhães - FTC/BA
Profa. Dra. Alcyane Marinho - UDESC/SC
Profa. Dra. Gisele Maria Schwartz - UNESP/SP
Profa. M.Sc. Leriane Silva Cardozo - FTC/BA
Prof. M.Sc.Clóvis Piau Santos - FTC/BA
Prof. M.Sc. Cristiano Lôbo da Silva - FTC/BA
Secretaria Municipal de Turismo de Mucugê - BA
Welliton Silva Camandaroba - Natureza Insight
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Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
Mini-currículo dos Palestrantes e convidados
Heloisa Turini Bruhns
Possui graduação em Economia pela Universidade Estadual de Campinas
(1974), graduação em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica
de Campinas (1980), Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de
Campinas (1989) e Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de
Campinas (1992). Atualmente é Professor Titular da Universidade Estadual de
Campinas. Realizou estágio de pós-doutorado no Theory, Culture and Society
centre na Nottingham Trent University- Nottingham, UK durante o ano de
2007.Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Lazer e
Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, esporte,
ambientalismo, cultura e lazer corpo.
Leonardo Madeira Pereira
Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário do Leste de Minas
Gerais (2001), com especialização em Fisiologia e Biomecânica do Movimento
pela Universidade Veiga de Almeida (2003) e mestrado em Educação Física
pela Universidade Metodista de Piracicaba (2005). Tem experiência na área de
educação ao ar livre, esportes de aventura (corrida de aventura, escalada e
skate) e fisiologia experimental. Atualmente é professor assistente no curso de
Educação Física do UNILESTEMG e consultor em ergonomia e treinamentos
experienciais ao ar livre.
Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo
Graduado em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e
Doutor em Ciências da Motricidade, na Área de Biodinâmica da Motricidade
Humana, Linha de Pesquisa: Metabolismo e Exercício, pela UNESP de Rio
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01 a 04 de julho de 2009
Claro (SP). Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), Centro de Desportos (CDS), Departamento de Educação Física (DEF).
Responsável pela disciplina Treinamento Esportivo. Coordenador do Programa
de Pós-graduação em Educação Física do CDS, UFSC. Líder do Grupo de
Pesquisa Laboratório de Esforço Físico (LAEF, CDS, UFSC), cadastrado na
Base de dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Pesquisador
vinculado à Linha de Pesquisa Fisiologia do Exercício, com foco nas variáveis:
VO2máx; lactato; consumo máximo de oxigênio; cinética do VO2 e do lactato
sanguíneo em diversas modalidades esportivas.
Hanna Karen Moreira Antunes
Possui graduação em Educação Física Licenciatura Plena pela Universidade
Federal de Uberlândia (1999), mestrado em Psicobiologia pela Universidade
Federal de São Paulo (2003) e doutorado em Ciências pela Universidade
Federal de São Paulo (2006). Atualmente é professora adjunto I da
Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina. Tem
experiência na área de Educação Física, atuando principalmente nos seguintes
temas: Medicina e Biologia do Sono; Envelhecimento; Funções Cognitivas;
Humor; Dependência de exercício; Exercício Físico, Atividade Física e
Aspectos Psicobiológicos; Atletas.
Igor Armbrust
Graduado em Educação Física, com especialização em ciências aplicadas aos
esportes de prancha. Atua como professor universitário nas disciplinas de
esportes de aventura, tópicos avançados em educação física. Professor de
esportes de aventura na escola da vila e coordenador de eventos relacionados
a esportes de aventura nos âmbitos do lazer, da educação e treinamento
empresarial.
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Dimitri Wuo Pereira
Graduado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1993) e com
especialização em Administração Esportiva pela FMU (1997). Atualmente é
mestrando pela Universidade São Judas Tadeu. Profissionalmente é professor
de ensino superior na UNINOVE e UNIITALO com ênfase no ensino e pesquisa
voltada aos esportes de aventura.
Andréia Silva
Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa
(2000), mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de
Campinas (2003) e especialização em Atividades de lazer e aventura ao ar livre
- ESFA (2008). Atualmente é professora titular e coordenadora do curso de
Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis.
Alan Annibal Schmidt
Possui graduação em Educação Física pela Universidade Metodista de
Piracicaba (2001) e mestrado em Educação Física pela Universidade Metodista
de Piracicaba (2009). Atualmente é professor da Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais, professor da FACULDADE DE VINHEDO e coordenador da
Associação de Canoagem de Piracicaba. Tem experiência na área de
Educação Física, com ênfase em Pedagogia do Movimento na Educação,
atuando principalmente nos seguintes temas: atividade física adaptada,
canoagem, deficiência intelectual, atualização profissional e qualidade de vida.
Alcyane Marinho
Graduada em Educação Física pela UNESP de Rio Claro (SP). Mestre e
Doutora em Educação Física, Área de Estudos do Lazer, pela UNICAMP
(Campinas, SP). Pesquisadora e vice-líder do Laboratório de Estudos do Lazer
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(LEL), UNESP de Rio Claro (SP). Organizadora dos livros "Turismo, lazer e
natureza" (2003) e "Viagens, lazer e esporte: o espaço da natureza" (2006),
publicados pela Editora Manole (Barueri, SP). Autora de capítulos de livros e
artigos versando a temática "lazer, natureza e aventura". Atua nas áreas de
Educação Física e Turismo. Atualmente, é profa. das Disciplinas "Eventos
Comunitários"; "Educação, Saúde e Ecologia" e "Recreação", no Curso de
Educação Física da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC),
Florianópolis (SC).
Mey de Abreu Van Munster
Possui bacharelado e licenciatura em Educação Física pela Universidade
Estadual de Campinas (1991), especialização em Educação Física Adaptada
(1992), mestrado (1998) e doutorado (2004) em Educação Física, na área de
Atividade Física e Adaptação, pela Universidade Estadual de Campinas.
Atualmente é professora adjunta no Departamento de Educação Física e
Motricidade Humana da Universidade Federal de São Carlos, onde coordena o
Núcleo de Estudos em Atividade Física Adaptada - NEAFA e Projetos de
Extensão relacionados à temática. Credenciada ao Programa de Pósgraduação em Educação Especial da UFSCar. Membro da Sociedade
Brasileira de Atividade Motora Adaptada desde 1995. Possui experiência
acadêmica
e
administrativa
na
área
de
Educação
Física,
atuando
principalmente nos seguintes temas: Educação Especial; Educação Física
Adaptada; Esportes na Natureza.
Eliete Maria Silva Cardozo
Possui graduação em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1987),
graduação em Direito pela Universidade Gama Filho (1982), mestrado em
Educação Física pela Universidade Gama Filho (1997) e doutorado em
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Educação Física pela Universidade Gama Filho (2006). Tem experiência na
área de Educação Física, com ênfase em Educação Física e Cultura, atuando
na Educação Básica, na Graduação e na Pós-Graduação, com os seguintes
temas: Lazer, Aventura, Ludicidade, Imaginário Social, Contexto Escolar.
Atualmente é Coordenadora/ Professora do Curso de Pós-Graduação em
Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade, nas modalidades
presencial e à distância - UNESA -RJ.
Danilo Roberto Pereira Santiago
Licenciado Pleno em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista –
UNESP (2005). Mestre e Doutorando em Ciências da Motricidade, na Área de
Pedagogia da Motricidade Humana, Linha de Pesquisa Estados Emocionais e
Movimento, pela UNESP de Rio Claro (SP). Membro Efetivo do LEL Laboratório de Estudos do Lazer (UNESP - RIO CLARO - SP). Tem
experiência na área de Educação Física, com ênfase em Pedagogia do
Movimento, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, ambiente
virtual e educação física.
Cristiane Naomi Kawaguti
Possui graduação em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (2005). Atualmente é mestranda em Ciências da
Motricidade - linha de pesquisa "Estados Emocionais e Movimento" na
UNESP/IB/RC e pesquisadora do LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER.
Titular de cargo na Escola Estadual Professora Laurentina Lorena Correa da
Silva. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação
Física, atuando principalmente nos seguintes temas: lazer, saúde e qualidade
de vida.
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Renato Marques
Possui graduação em Educação Física pela Universidade Católica do Salvador
(1992) e graduação em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (1996).
Especialista em Fisiologia do Exercício pela UNIFMU-SP e em Nutrição Clinica
Funcional pela UNICSUL-SP. Membro do CFN (Conselho Federal de
Nutricionistas), docente dos cursos de Nutrição, Enfermagem e Educação
Física da FTC (Vit.da Conquista-BA). Tem experiência na área de Nutrição,
com ênfase em Nutrição Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas:
nutrição,nutrição
clínica
funcional,
alimentação
escolar,
nutrição
esportiva.Colaborador da Revista VO2 Max, São Paulo-SP.
Igor Oliveira Macêdo
Especialista
na
Professor
da
Professor
da
área
Faculdade
Faculdade
de
de
Fisiologia
Tecnologia
Independente
do
e
do
Exercício
Ciências
Nordeste
-
-
FTC
FAINOR
Coordenação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atividade Física e Saúde FTC
Albert D'orleans Alaves Marinho
Instrutor de Rappel desde 1988; Rappel Tático; Instrutor de escalada ; Instrutor
de Orientação em Ambiente de Mata; Operações na Caatinga; Operações
Noturnas em Mata; Pára-quedista; Instrutor de Vôo Livre; Mergulhador, CAVE,
TRIMIX, NITROX, Resgate de Corpos, e Serviços Técnicos Subaquáticos;
Instrutor de Tiro instintivo; Ex-integrante das Forças Armadas; Graduando em
Engenharia Agrônomica (10º semestre).
Tendo realizado cursos para Polícia Rodoviária Federal, Choque PM BA,
Exército Brasileiro, Polícia Civil, vários programas para o SporTv, Globo
Esporte, ter realizado o rappel nos mais altos picos da Chapada Diamantina,
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Cachoeira da Fumaça, Morro dos Brejões, Morro do Camelo dentre outros,
participou do 1º Bungee Jump de caverna do mundo, Realizado Vôo de
Parapente na cordilheira do Pico das Almas.
Ementas dos Cursos do dia 02/07/2009 - QUINTA-FEIRA
1 – Escalada na escola e no lazer
Igor Armbrust e Dimitri Wuo Pereira
Ementa: Concepção da parede de escalada na escola; Análise dimensional do
ambiente; Técnicas de movimentação; Atividades com cordas; Compreensão
de nós.
2 – Aspectos fisiológicos das atividades de aventura.
Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo e Hanna Karen Moreira Antunes
Ementa:
- Aspectos bioenergéticos associados às atividades de aventura.
- Respostas fisiológicas durante as atividades de aventura (VO2; lactato
sanguíneo e freqüência cardíaca).
- Utilização dos índices fisiológicos para quantificar as exigências metabólicas
das atividades de aventura.
- Privação do sono nos padrões fisiológicos de atletas de corrida de aventura:
aspectos físicos, bioquímicos, nutricionais e cognitivos.
3 – Gestão da informação sobre Atividades de Aventura
Danilo Roberto Pereira Santiago
Ementa: O curso aborda as principais fontes de informação sobre as atividades
de aventura, sendo elas: mídia televisiva, imprensa e virtual. Focaliza as
principais empresas que operam no setor e o modo de aplicação dos
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conhecimentos adquiridos no ambiente acadêmico para o mundo dos negócios
dessas atividades. Oferece sugestões para melhor visibilidade das informações
em sites e outros meios de divulgação e de como atrair novos clientes com
segurança, para atuar com estabilidade no mercado.
4 – Educação Física Escolar: Reinventando os Esportes de Aventura
Eliete Maria Silva Cardozo
Julio Vicente da Costa Neto
Sidney Santos
Edney Felipe M. Martins
Ementa: Os esportes de aventura e a educação física escolar. A reinvenção
dos esportes de aventura para a educação infantil, o ensino fundamental e o
ensino médio, utilizando o arvorismo, a corrida de orientação e a escalada.
5 –Rappel Básico - Aventura ao alcance de todos!
Dalmo Assis e Albert D'orleans Alaves Marinho
Ementa: Histórico do Rappel; Nós e amarrações; Equipamentos básicos;
Ambientes e recursos; Meios alternativos
Ementas dos Cursos do dia 03/07/2009 - SEXTA-FEIRA
6 – Atividades de aventura adaptadas
Alan Annibal Schmidt e Mey de Abreu Van Munster
Ementa: O curso abrange um panorama das investigações e intervenções no
campo dos esportes de aventura voltados a pessoas com deficiências
(intelectual e visual), bem como as adaptações metodológicas e vivências de
modalidades aquáticas às necessidades do público em questão.
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- Esportes de aventura e pessoas com deficiências: atualidades e perspectivas;
- Causas, diagnósticos e características de pessoas com deficiência intelectual
e visual;
- Critérios de avaliação e sugestões de adaptações das atividades aquáticas
para pessoas com deficiência intelectual e visual;
- Canoagem: procedimentos pedagógicos para públicos com necessidades
especiais;
- Vivências em canoagem.
7 – Arborismo simulado
Leonardo Madeira Pereira e Andréia Silva
Ementa: Estudo do arborismo. Características e conceituações. Pressupostos
teórico/práticos básicos para implementação nos vários campos de intervenção
educativa. Inventário de atividades. Equipamentos específicos e esquemas de
segurança.
8 – Jogos de sensibilização ambiental
Cristiane Naomi Kawaguti
Ementa: O curso discute os aspectos da relação humana com a natureza,
salientando estratégias de atuação profissional e pedagógica. Promove
práticas com atividades lúdicas envolvendo adaptações de jogos e brincadeiras
de diferentes ambientes para os espaços naturais, entre eles, os WEBGAMES
adaptados.
9 – Fisiologia em Situações Ambientais Extremas
Igor Oliveira Macedo
Ementa: Equilíbrio Térmico Durante o Exercício (Exercício no Calor, Umidade e
Frio; Aclimatação; Termostato do Corpo; Alterações Hemodinâmicas) - Altitude
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e Exercício Físico (Pressão Atmosférica, Alterações Cardiorrespiratórias,
Ventilação e Equilíbrio Ácido-Básico, Adaptações à Altitude) - Desequilíbrio
Hídrico
Durante
o
Exercício
(Desidratação/Hiperidratação,
Hipernatrêmia/Hiponatrêmia, Desvio Cardiovasculares) - Mergulho (Relações
Pressão-Volume,
Embolia
Gasosa,
Pneumotórax,
Aerotite,
Intoxicação
Gasosa).
10 – Aspectos Nutricionais em Atividades de Aventura
Renato Santos Marques
Ementa: Como melhorar a saúde conhecendo a importância de conjugar
alimentação e atividade física para aumento da qualidade de vida; estratégias
nutricionais para o desempenho nos esportes de aventura; hidratação e
suplementação nos esportes de aventura; nutrição para promover a
recuperação pós-exercício; fatores metabólicos na fadiga; alimentos funcionais
e novos hábitos alimentares para qualidade de vida e manutenção da saúde
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PROGRAMAÇÃO
PROGRAMAÇÃO
01/07/2009 - QUARTA-FEIRA
HORÁRIO
ATIVIDADE
LOCAL
8h às 18h
Credenciamento dos Congressistas e Professores
CANDIDATURA DA CIDADE SEDE V CBAA
- Entrega Oficial da Documentação
Secretaria
Municipal de
Turismo
8h às 18h
Roteiros Turísticos (Natureza Insight) - ver opções no site
Diversos
PROGRAMAÇÃO OPCIONAL 1:
Atividades Práticas de Aventura no Projeto Sempre Viva
Parque
Municipal de
Mucugê
Momento FTC Verde
FTC EAD
19h às 20h
Cerimônia de abertura
1 – Abertura Oficial do Evento (Solenidade de Abertura)
2 – Apresentação da Filarmônica 23 de Dezembro
Câmara de
Vereadores
20h às 21h
Conferência de Abertura:
Atividades de Aventura: ritos e mitos
Heloisa Turini Bruhns – UNICAMP
Câmara de
Vereadores
21h30min
Show Voz e Violão com Johren Roll
Praça Cel.
Douca Medrado
11h às 17h
17h00 às
18h30
02/07/2009 - QUINTA-FEIRA
HORÁRIO
6h45min
8h às
11h30min
e
14h30min às
ATIVIDADE
LOCAL
Baba do CBAA & Vôlei do CBAA
Campo de
Futebol e
Quadra de
Esportes
Mini-cursos
1 – Escalada na escola e no lazer
Igor Armbrust e Dimitri Wuo Pereira
Escola Rodrigues
Lima
2 – Aspectos fisiológicos das atividades de aventura
Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo e
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Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
17h30min
Hanna Karen Moreira Antunes
3 – Gestão da informação sobre Atividades de
Aventura
Danilo Roberto Pereira Santiago
4 – Educação Física Escolar: Reinventando os Esportes
de Aventura
Eliete Maria Silva Cardozo, Julio Vicente da Costa Neto
Sidney Santos e Edney Felipe M. Martins
5 –Rappel Básico - Aventura ao alcance de todos!
Dalmo Assis e Albert D´Orleans
11h30min
Swing da Chapada: Aulão de Ritmos com Diego Pereira
12h às 14h
Almoço
17h30min às
19h30min
Apresentação de trabalhos - Oral
Mesa Redonda 1:
Atividades de Aventura, Saúde e Desenvolvimento
20h às 21h30 Leonardo Madeira Pereira - UNILESTE
Luiz Guilherme A. Guglielmo – UFSC
Hanna Karen M. Antunes - UNIFESP (SANTOS)
21h30min
Apresentação das candidatas à cidade sede do V CBAA
Festival de Danças Tradicionais dos Povos - Atividade social
(Inscrição: doação 3 peças de roupa ou 3Kg de alimento não perecível)
Praça dos
Garimpeiros
Colégio Horácio
de Matos
Câmara de
Vereadores
Praça dos
Garimpeiros
03/07/2009 - SEXTA-FEIRA
HORÁRIO
ATIVIDADE
LOCAL
Mini-cursos
8h às
11h30min
6 – Atividades de aventura adaptadas
Alan Annibal Schmidt e Mey de Abreu Van Munster
e
7 – Arborismo simulado
Leonardo Madeira Pereira e Andréia Silva
14h30 às
17h30min
8 – Jogos de sensibilização ambiental
Cristiane Naomi Kawaguti
Escola Rodrigues
Lima
9 – Fisiologia em Situações Ambientais Extremas
Igor Oliveira Macedo
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01 a 04 de julho de 2009
10 – Aspectos Nutricionais em Atividades de Aventura
Renato Santos Marques
11h30min
Momento Zen: Aula de Body Balance
12h às 14h
Almoço
Praça dos
Garimpeiros
17h30min às
19h30min
Apresentação de trabalhos - Pôster
Clube Recreativo
18h30min
Lançamento de Livros com Música
Alpina Resort
19h
Palestra: VIABILIDADE COMERCIAL PARA IMPLANTAÇÃO DE
ATIVIDADES DE AVENTURA
FTC EAD
20h30min às
22h00min
Mesa Redonda 2:
Atividades de Aventura no contexto educacional
Igor Armbrust - UNICASTELO/FEFISA
Dimitri Wuo Pereira - USJT
Andréia Silva (ESFA - ES)
Câmara de
Vereadores
Show com Banda Quarteto de Blues
Praça dos
Garimpeiros
22h
04/07/2009 - SÁBADO
HORÁRIO
ATIVIDADE
LOCAL
8h30min às
10h
Mesa Redonda 3
Atividades de Aventura: Profissão, Mercado e inclusão
Alan Annibal Schmidt - FV
Alcyane Marinho - UDESC
Mey de Abreu Van Munster - UFSCAR
Câmara de
Vereadores
10h às 11h
Cases de sucesso
Câmara de
Vereadores
11h às 12h
Palestra Encerramento:
As Aventuras Lúdicas
Eliete Maria Silva Cardozo - UNESA
Câmara de
Vereadores
12h às 12h
30min
Concurso de Fotografia Digital (Resultado)
Câmara de
Veradores
12h às 13h
Almoço
13h30
às18h30
PROGRAMAÇÃO OPCIONAL 2:
Enduro: CBAA Mountain Bike
Canoagem no Rio Preto
Diversos
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Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
Trekking Cachoeiras do Garimpo
Escalada Livre
Rappel
Mergulho no Olho d´Água
Arraia do CBAA: Festa de Encerramento: Forró Pé de Serra e
Comida Típica
21h
Clube Recreativo
01 a 05/07/2009 – QUARTA a DOMINGO
HORÁRIO
8h às 20h
ATIVIDADE
LOCAL
Feira de Produtos: Artesanato, Equipamentos de Aventura,
Suplementos Alimentares, etc.
Secretaria
Municipal de
Turismo
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Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
ANAIS
IV CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de
Aventura
01/07/09 à 04/07/09
SUMÁRIO
RESUMOS DOS TRABALHOS QUE CONCORRERAM AO TEMA
LIVRE PREMIADO
A GEODIVERSIDADE DA REGIÃO DA CHAPADA DE DIAMANTINA E AS
ATIVIDADES DE AVENTURA
Margareth Pinto de Menezes.............................................................................27
O SKATE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS
Igor Armbrust.....................................................................................................30
MEMÓRIA,
CONHECIMENTO
E
AVENTURA
NA
FORMAÇÃO
EM
EDUCAÇÃO FÍSICA
Enio Araujo Pereira............................................................................................31
CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, INOVADORA FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Maria Luísa Alves..............................................................................................34
CONHECIMENTOS, HABILIDADES E CAPACIDADES ENVOLVIDAS NA
CORRIDA DE ORIENTAÇÃO
Priscila Roberta Alves Lemos............................................................................37
IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”
Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS E PÔSTERES
O MONTANHISMO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: CONHECENDO AS
MODALIDADES DE ESCALADA
Edney Felipe M. Martins....................................................................................39
SURFE NA ESCOLA?
Adealde Ribeiro da Silva....................................................................................41
OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR
Julio Vicente da Costa Neto...............................................................................43
CICLOTURISMO NA ESTRADA REAL DE DIAMANTINA/MG A PARATY/ RJ
Gilberto Gomes Oliveira.....................................................................................45
PROJETO EDUCATIVO ASSOCIADO AO ESPORTE NA NATUREZA NO
PARQUE VIEGAS
Igor Santiago de Almeida.................................................................................. 47
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE UM TREINAMENTO EXPERIENCIAL AO
AR LIVRE
Leonardo Madeira Pereira.................................................................................49
ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
Leonardo Madeira Pereira.................................................................................52
A CORRIDA DE ORIENTAÇÃO E O CONTEXTO ESCOLAR
Luiz Felipe Falconeri de Brito............................................................................55
A CONTRIBUIÇÃO DO CAVING NA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA
Marilda Teixeira Mendes....................................................................................57
ATIVIDADES
FÍSICAS
DE
AVENTURA
NA
NATUREZA
E
SUAS
POTENCIALIDADES
Michel Binda Beccalli.........................................................................................59
OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR
IV Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura “Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura”
Mucugê/BA
01 a 04 de julho de 2009
Ronan Simões...................................................................................................61
TEMA
TRANSVERSAL
MEIO
AMBIENTE
NA
ESCOLA
PARA
A
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Victor Aires Estrella............................................................................................63
EDUCAÇÃO AMBIENTAL UMA CONTRIBUIÇÃO PARA UM “ECOTURISMO
SUSTENTÁVEL”
Walter Araújo Magalhães Júnior........................................................................66
FATORES MOTIVACIONAIS DA ADERÊNCIA AO ESPORTE DE AVENTURA
EM DETRIMENTO AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS TRADICIONAIS
Walter Michel Carreri.........................................................................................69
TURISMO
DE
AVENTURA:
NORMALIZAÇÃO
COMO
QUESITO
DE
SEGURANÇA
Augusto César de Almeida................................................................................71
PESSOAS COM DEFÍÊNCIA INTELECTUAL: NAVEGAR É (IM)PRECISO
Álan Annibal Schmidt.........................................................................................73
ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DA CAMINHADA EM TRILHA
Alberto Barretto Kruschewsky............................................................................75
(IM) POSSIBILIDADES DE ACESSO AO DIREITO SOCIAL PELA PRÁTICA
ESPORTIVA E LÚDICA DO SURFE NO MUNICÍPIO DA SERRA (ES)
Beatriz dos Santos Garcez................................................................................78
A SUBUTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA EM SANTA TERESA
– ES
Carla Rosa Felipe..............................................................................................81
A REALIDADE E SIGNIFICADO DO ESPORTE DE AVENTURA EM GURUPI
– TO
César Augusto Babosa Lima.............................................................................84
ACESSIBILIDADE NO TURISMO DE AVENTURA DO PARQUE NACIONAL
DO IGUAÇU
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Cláudio Alexandre de Souza.............................................................................86
PROGRAMA ESFA PORTAS ABERTAS: CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS
Graciele Cecília Kippert.....................................................................................88
PRÁTICAS
CORPORAIS
DE
AVENTURA
E
EDUCAÇÃO
FÍSICA:
CONTEÚDO OU MODISMO?
Geisy Karla Hylário............................................................................................91
ESTRUTURA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA SOB A ÓTICA DE
UNIVERSITÁRIOS
Cristiane Naomi Kawaguti..................................................................................94
ESPORTES
NA
NATUREZA
COMO
DISCIPLINA
DO
CURSO
DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Danilo Roberto Pereira Santiago.......................................................................97
O (DES)COMPROMISSO NAS PRÁTICAS CORPORAIS DE RISCO: LAZER
OU COMPETIÇÃO?
Denis Terezani...................................................................................................99
A COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS NA ESCALADA EM
ROCHA
Dimitri Wuo Pereira..........................................................................................102
ESPORTES DE AVENTURA: UMA PROPOSTA PARA INVESTIGAÇÃO DA
PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA
Fabiano Augusto Teixeira................................................................................105
ATIVIDADES DE AVENTURA NA ESCOLA: PROPOSTA DE UM PROJETO
DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UDESC
Alcyane Marinho..............................................................................................108
PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA, EDUCAÇÃO
FÍSICA E RESPONSÁVEIS
Felipe Machado...............................................................................................111
ATIVIDADES DE AVENTURA E PRÓ-ATIVIDADE NO LAZER
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01 a 04 de julho de 2009
Gisele Maria Schwartz.....................................................................................114
SENSAÇÕES E EMOÇÕES VIVENCIADAS NA PRÁTICA DE ATIVIDADES
DE AVENTURA NO CONTEXTO ACADÊMICO
Giselle H. Tavares...........................................................................................116
ATIVIDADES DE AVENTURA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Viviane Kawano Dias.......................................................................................119
ATIVIDADES
DE
AVENTURA
NA
EDUCAÇÃO
INFANTIL
E
AS
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Kaciane Fernandez Espinoza..........................................................................121
ATIVIDADES
DE
AVENTURA E
SUSTENTABILIDADE
NAS
AÇÕES
EXTENSIONISTAS DA UESB/BA
Marcial Cotes...................................................................................................124
CONFRONTANDO
FREQUÊNCIA CARDÍACA
COM
DISCURSO
DOS
VISITANTES EM PASSARELAS SUSPENSAS
Marcial Cotes...................................................................................................127
ESPORTE DE ORIENTAÇÃO E O MEIO AMBIENTE
Maria Luísa Alves............................................................................................130
OS “NOVOS” ESPORTES NA DISCUSSÃO ACADÊMICA
Marília Martins Bandeira..................................................................................132
VISITAS À NATUREZA EM FAMÍLIA: REDIMENSIONANDO A AVENTURA
Mey De Abreu Van Munster.............................................................................135
ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SAÚDE: NOVAS
PERSPECTIVAS
Michel Binda Beccalli.......................................................................................137
PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ANAIS
DE EVENTOS
Viviane Kawano Dias.......................................................................................140
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PRÁTICAS CORPORAIS NA NATUREZA: UMA PROPOSTA PARA A
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Priscilla Pinto Costa da Silva...........................................................................142
COMPORTAMENTO
AMBIENTAL
DE
TURISTAS
MOTIVADOS
POR
AMBIENTES NATURAIS
Clóvis Piau Santos...........................................................................................145
PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE CONDUTORES DE VISITANTES DA
CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA
Sérgio Souza Magalhães.................................................................................148
SURFE E EDUCAÇÃO FÍSICA: EM BUSCA DO EQUÍLIBRIO FÍSICO E
EMOCIONAL
Tania Brotto Haddad........................................................................................150
A CONSTRUÇÃO DA AVENTURA NA IMIGRAÇÃO ITALIANA
Andréia Silva....................................................................................................152
OS ESPORTES RADICAIS PARA UM PORTADOR DE SÍNDROME DE
DOWN
Dimitri Wuo Pereira..........................................................................................155
A INSERÇÃO DO IDOSO NAS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE
AVENTURA
Jossett Campagna...........................................................................................158
(RETRO)PERSPECTIVANDO AS TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE
AVENTURA
Jossett Campagna...........................................................................................160
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01 a 04 de julho de 2009
A GEODIVERSIDADE DA REGIÃO DA CHAPADA DE DIAMANTINA E AS
ATIVIDADES DE AVENTURA
Margareth Pinto de Menezes
Mestranda em Geociências, curso de Análise Geoambiental pela Universidade
Guarulhos (UNG) – Guarulhos.
Cinthia Rolim de Albuquerque Meneguel
Mestranda em Geociências, curso Análise Geoambiental pela Universidade de
Guarulhos (UNG) – Guarulhos.
Antonio Manoel dos Santos Oliveira
Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP).
A proposta do painel se resume em apresentar a geodiversidade da Chapada
de Diamantina, ressaltando através de tabelas a interação da geologia para as
práticas de atividades de aventura. Assim como abordar a importância da
geoconservação, aliada ao desenvolvimento do geoturismo. Trata-se de uma
região montanhosa e de difícil acesso, permanece deserta sem apresentar
motivos para penetração e povoamento. A sesmaria de Jaconina, então
dividida, forma com Rio de Contas, os dois pólos do ouro na Bahia. Entre eles
é construída a Estrada Real, que atravessa a Chapada de leste para oeste e
segue para Salvador, através de cachoeira. Somente em 1729, aprendeu-se no
Brasil a reconhecer diamantes. Hoje oficialmente a região é visitada por
milhares de turistas de todo o mundo que buscam por diversidade na prática do
turismo. A região dispõe de uma rede hoteleira, com infra estrutura, que atende
o turista com conforto e qualidade. Entretanto o objeto de estudo desse
trabalho é o potencial da geodiversidade, demonstrando que a Chapada de
Diamantina dispõe de um potencial natural que vem sendo desenvolvido ao
longo do tempo.A formação geológica da Chapada sugere as mais diversas
práticas de esportes, seja de aventura, contemplação, histórico, tendo ao seu
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favor os valores agregado ao ambiente como o próprio ambiente físico. Para o
desenvolvimento das práticas do turismo de aventura o cenário tem um
harmonioso mosaico ambiental, sua declividade acentuada, as formações de
paredão rochoso, as trilhas, a utilização dos rios, corredeiras e os registros do
garimpo do diamante de as cicatrizes revelam a beleza de uma época. São
todos atrativos que se aliam a história-ambiental, e ao geoturismo. Todo esse
potencial está no coração geográfico da Bahia, terras por onde adentraram os
portugueses com o objetivo de colonizar o território brasileiro em busca de
minerais, entre outros. Numa abordagem que se propõe a não só utilizar da
geologia, geomorfologia, no uso dos equipamentos que o turismo propõe, mas
acima de tudo conscientizar esse usuário da relação existente entre o
entretenimento e a formação rochosa que permite esta relação de utilização e
ocupação do solo. Uma importante característica em percorrer os espaços que
a Chapada nos reserva, é a informação referente ao local, este é um valor a
serem agregadas, as trilhas, os traçados desse espaço geográfico que se
formou naturalmente. A geodiversidade trata-se da variedade de ambientes
geológicos, sistemas e processos geradores de paisagens, rochas, minerais,
fósseis, solos e outros depósitos superficiais. Agem juntamente com a
biodiversidade, sendo responsável pela evolução do planeta. O geoturismo faz
a interface entre a geologia e turismo cultural, trata-se da compreensão do
meio ambiente. O patrimônio geológico trata-se de todos os elementos que
compõem a geodiversidade, e o mesmo é representado pelo conjunto de sítios
geológicos (ou geossítios). A atividade turística se desenvolveu nas últimas
décadas e alcançou um grande crescimento, que acarretou em inúmeras
alterações nos espaços onde a atividade se desenvolve. No que se refere ao
turismo de aventura, trata-se de um segmento dinâmico, diversificado que se
mantém como sendo um dos principais segmentos do turismo. As atividades de
aventura devem ser entendidas como atividades que respeitam os termos
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naturais, culturais e sociais, além da capacidade de carga dos meios e a
conservação dos recursos locais. A Chapada Diamantina é um dos roteiros
mais procurados pelos amantes do ecoturismo e esportes de aventura.
Diversas atividades podem ser desenvolvidas, tais como bóia-cross nas
corredeiras, trilhas até as cachoeiras, montanhismo, rapel, arvorismo, dentre
muitas outras diversas. A realização de práticas sustentáveis para o
geoturismo, tem como objetivo o esclarecimento para o visitante da relação
entre daquela localidade e as práticas do turismo (geoturismo) priorizando a
conservação do patrimônio geológico. Os problemas seriam efetivamente
diminuídos, ou eliminados, se nas atividades envolvidas se tivesse o mínimo de
conhecimento técnico científico na área da geociência. Conhecer a
Geodiversidade, entender as relações existente entre o desenvolvimento
turístico, tendo como objeto principal a conservação, partindo do pressuposto
que somente a conscientização do usuário/turista, que faz uso dos
equipamentos da região, esta é sem dúvida, uma maneira de praticar o turismo
sustentável. Portanto caminhar para o exercício de práticas corretas para com
a natureza torna-se prioridade, quando se visita um santuário como a Chapada,
trabalhar os aspectos da geodiversidade permite agregar valores nas práticas
do turismo de aventura. Considerando que a Chapada Diamantina dispõe de
um mosaico natural, que inclusive é parte integrante de um Projeto de
Geoparque. (UNESCO), reforça a importância dessa localidade enquanto uma
área que abriga a formação do solo brasileiro entre outras informações que a
geologia explica. Entretanto, a região vive economicamente desse solo, que se
consagrou como uma oferta para quem busca um produto que utiliza
unicamente dos recursos existentes para ofertar lazer, aventura, história,
geodivesidade e etc.
Palavras-chaves: aventura, geodiversidade, geoconservação, geoturismo,
sustentabilidade.
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O SKATE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCACIONAIS
Igor Armbrust
FEFISA (Faculdades Integradas de Santo André – São Paulo/SP)
UNICASTELO (Universidade Camilo Castelo Branco – São Paulo/SP)
GPAFS (Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde – São Paulo/SP)
Flávio Antônio Ascânio Lauro
FMU (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – São
Paulo/SP)
UNIMONTE (Centro Universitário Monte Serrat – Santos/SP)
Os esportes radicais têm sido objetos de discussões devido ao interesse de
aplicabilidade de seus conteúdos relacionados ao lazer, ao esporte e a
educação. Todavia, ainda há uma cena de despreparo profissional para
empreender essas atividades, o que dificulta implantar tais práticas nos
âmbitos educacionais. Este estudo apresentou uma proposta metodológica de
um curso de capacitação para graduandos e professores de educação física
com a finalidade de promover reflexões sobre os processos de iniciação na
prática do skate atrelados ao esporte educacional. Foi utilizada a pesquisa
exploratória apoiada em levantamentos bibliográficos para relacionar a prática
do skate e sua ação educativa. Sem a pretensão de esgotar a discussão sobre
este assunto, mas ajudar e complementar com mais elementos da cultura
corporal a efetivar o processo de desenvolvimento do ser humano nos
aspectos biológico, psicológico, social e cultural.
Palavras-chaves: Skate, educação física, esporte educacional.
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MEMÓRIA, CONHECIMENTO E AVENTURA NA FORMAÇÃO EM
EDUCAÇÃO FÍSICA
Prof. Ms. Enio Araújo Pereira
Prof. Dr. Luis Carlos Rigo
Profa. Dra. Luciana Marins Nogueira Peil
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
A formação de profissionais de diferentes áreas que poderão atuar nas
atividades físicas e nos esportes de aventura na natureza tem sido uma das
preocupações e um dos temas bastante debatidos tanto nos espaços
acadêmicos como em locais vinculados às atividades na natureza. Neste
sentido, tendo como referência as relações possíveis de se estabelecer entre o
campo profissional da Educação Física e os Esportes de Aventura na
Natureza, decidimos realizar este estudo que teve como objetivo realizar uma
análise da disciplina de Excursionismo do Curso de Licenciatura em Educação
Física da Universidade Federal de Pelotas, no período compreendido entre os
anos de 1991 a 2006. Apesar de a referida disciplina ter sido ofertada pela
primeira vez no ano de 1991, em função dos objetivos e do tempo que tivemos
para a realização deste estudo, optamos por fazer uma análise sistemática dos
registros que foram feitos pelos alunos no período compreendido entre os anos
de 2001 a 2006. Tomamos essa decisão principalmente porque foi a partir do
ano de 2001
que adotamos um
instrumento padronizado,
ao
qual
denominamos "questionário de avaliação da disciplina”. Assim, a análise dos
registros escritos, que utilizamos como suporte para realizar o estudo, contou
com questionários que foram respondidos pelos alunos que concluíram a
disciplina de Excursionismo no referido período. Algo que também nos motivou
a realizar este estudo e a propor esta metodologia foi, sem dúvida, o propósito
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de valorizar os documentos escritos pelos alunos, onde estes tiveram
oportunidade de registrar suas memórias, seus pensamentos, suas reflexões,
fazer suas críticas e expor sugestões sobre momentos de sua formação
acadêmica. A Cartografia foi a metodologia escolhida para analisar os registros
escritos e imagéticos (fotografias) referentes à disciplina realizados pelos
alunos
através
consideramos
dos
quais
identificamos
representativos:
“Sujeito,
quatro
Meio
eixos
Ambiente
temáticos
e
que
Natureza”
apareceram através da preservação, da relação do homem com a natureza e
dos lugares para prática de atividades de aventura, formando o grupo temático
em que ocorreu o maior número de manifestações por parte dos alunos, onde a
preocupação com a preservação do meio ambiente apareceu como um objetivo
transversal que acompanhou as inúmeras vivências que ocorreram na
disciplina; “Aprendizagem, Conhecimento e Experiência” surgiram como o
grupo onde as práticas, as experiências, as vivências, o conhecimento e a
aprendizagem apareceram nas palavras dos alunos como sendo a segunda
temática mais abordada pelos mesmos. Observou-se também que houve uma
referência aos conteúdos teóricos, mas, enfatizando, que o aprendizado
ocorreu realmente nas práticas desenvolvidas durante as aulas; “Atitudes,
Afetos
e
Sociabilidade”
são
temas
que
surgiram
nos
depoimentos,
normalmente permeando as palavras que falam das aprendizagens e dos
conhecimentos adquiridos durante as aulas práticas carregando olhares de
sensibilidade nas relações com os colegas, consigo mesmo e com a natureza.
Sendo assim, os sentimentos, as relações e as atitudes estão presentes em
grande parte das falas dos alunos, tanto nas avaliações quanto nos
comentários feitos em várias situações mais informais durante as aulas
práticas; “Currículo, Formação e Campo de Trabalho” apontaram a opinião dos
acadêmicos que se mostram sensíveis para uma formação e atuação
multidisciplinar nessa área e nos registros observamos que a formação e
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atuação profissional e suas polêmicas atuais aparecem associados ao
crescimento do mercado de trabalho. Concluímos que esses aventureiros
acadêmicos, através de seus trabalhos, estudos, avaliações e participação no
desenvolvimento das aulas, contribuíram para a construção e reconstrução do
conhecimento, assinalando para a importância de as Atividades Físicas e os
Esportes de Aventura na Natureza, conquistarem um lugar de maior relevância
nos currículos dos cursos de Educação Física, intensificando suas ações no
âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão.
Palavras-chave: Esporte, Natureza, Currículo, Educação Física.
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CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, INOVADORA FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Maria Luísa Alves
Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS) / Campo
Grande/ MS
Priscila Roberta Alves Lemos
Programa de Educação Tutorial/ Departamento Educação Física/ UFMS
Corrida de Orientação é um esporte praticado individualmente ou em equipes,
cujo objetivo é percorrer uma distância, passando por pontos de controle em
um terreno, no menor tempo possível. Este esporte exige habilidades múltiplas,
como: raciocínio rápido e lógico, concentração, leitura precisa do mapa,
controle da distância percorrida, agilidade, etc. Baseado na Norma Operacional
Básica - Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS, 2005) e no Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº. 8.069/1990), foram criados projetos
sociais que visam à proteção, através da alimentação, atividades esportivas,
culturais, artísticas e de lazer. Entre estes se destaca o “Projeto Ciranda”,
oferecido em unidades da Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e
Cidadania (SAS), que favorecem a diversidade em espaços que realizam o
direito de ser criança/adolescente e permite a construção da cidadania através
de vivência, aprendizados, conflitos e alegrias em diferentes momentos. Tais
atividades ocorrem em período contrário ao escolar e tem como princípios a
intercompletariedade de propósitos entre família, escola e comunidade. Em
Julho de 2007, foi realizada atividade sobre o esporte Orientação com 100
crianças/adolescentes da Unidade Descentralizada de Assistência Social
(UNIDAS) “Leila Jallad Dias”, em Campo Grande (MS), apresentado por
acadêmicas do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Educação
Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Devido os
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resultados apresentados pelos educandos, esta parceria continuou por meio de
projeto de extensão durante dois meses. Em 2008 e 2009, esta UNIDAS inseriu
em seu planejamento a Orientação com os próprios educadores após
capacitação realizada em parceria da SAS com o Centro de Orientação e
Desportos de Aventura de Campo Grande (CODAC). Durante o ano os
educandos participaram de eventos locais deste esporte como Campeonatos
Municipal,
Estadual,
Estudantil
e
Projeto
“Orientando-se
no
Parque”
acompanhados dos responsáveis e educadores. A atividade teórico-prático é
realizada semanalmente no período matutino com educandos entre 06 e 15
anos, num total de seis horas semanais. Na parte teórica é ensinada a
simbologia básica da Orientação, regras do esporte, materiais e equipamentos;
além de apresentações e discussões sobre o tema transversal Meio Ambiente
e Sustentabilidade, no qual são subdivididos os temas: combate à dengue,
poluição, pluralidade cultural, questões de gênero, ética e saúde. Na prática
são desenvolvidos percursos dos temas discutidos, tanto específicos do
esporte quanto os temas transversais. A aprendizagem é influenciada pela
inteligência, incentivo e motivação. Um indivíduo quando motivado, possui uma
atitude ativa no processo de aprendizagem, por isso, aprende melhor. Em
termos educacionais a Orientação corresponde ao conjunto de ações que
visam colocar o desporto a serviço do educando, direcionando-o ao
aprendizado significativo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)
tratam da transversalidade e define a prática educativa como possibilidade de
estabelecer um aprendizado sobre as questões da vida real. Foram relatadas
mudanças em relação à auto-estima e autoconhecimento, melhor convívio,
disciplina e limites, fortalecimento dos laços afetivos familiares, resgate de
valores. O mesmo acontece em outros ambientes de convívio, como na escola
onde alunos e responsáveis relatam melhor rendimento escolar devido à maior
concentração, raciocino lógico e rápido. A educação através do esporte tem
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contribuído significativamente na promoção de valores e no desenvolvimento
de competências fundamentais para que crianças e adolescentes participem
ativamente da vida em sociedade. O esporte pode e deve ser meio de
transformação do educando em um cidadão crítico e atuante. Para tanto é
preciso repensar o modelo de aula empregado, para que esta seja mediadora
da aprendizagem destes objetivos que vão além do simples jogar, correr,
dançar...
A
Orientação
contempla
o disposto
nos
PCN’s
quanto
à
transversalidade apresentando-se como inovadora ferramenta pedagógica. Ao
se proporcionar aos educandos atividades motivadoras e dinâmicas, eles
participam e contribuem no desenvolvimento das mesmas, trazendo os seus
conhecimentos anteriores, além de terem um maior interesse em expressarem
suas opiniões e emitirem as criticas de forma respeitosa aos demais. A
experiência de desenvolver atividade em um ambiente fora do espaço escolar
demonstra que a ação educativa cabe em qualquer lugar. Que educar,
transmitir conhecimentos, não deve se restringir única e exclusivamente ao
interior da escola. Diante disto, nota-se que a Orientação é um meio eficaz e
eficiente para atuar com crianças e jovens em situação de risco social, de
modo a fortalecer cidadania, auto-estima e os laços afetivos familiares.
Palavras-chave: Corrida de Orientação, Ferramenta Pedagógica, Cidadania.
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CONHECIMENTOS, HABILIDADES E CAPACIDADES ENVOLVIDAS NA
CORRIDA DE ORIENTAÇÃO
Priscila Roberta Alves Lemos
Bolsista Programa de Educação Tutorial (PET). Departamento Educação Física
(DEF)/ UFMS.
Claudia Aparecida Stefane
Profª. Drª/ Tutora PET/ Orientadora/ DEF/ UFMS.
Leonardo Liziero
Ex-bolsista PET/ DEF/ Graduado em Educação Física pela UFMS.
A Corrida de Orientação é um esporte que tem por objetivo percorrer pontos de
controle em um terreno, no menor tempo. Entretanto, pouco se conhece sobre
conhecimentos, habilidades e capacidades exigidos por esta prática, pois
estudos ainda são recentes. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivo
identificar os conhecimentos, habilidades e capacidades proporcionados pela
prática da Orientação e determinar a ordem de importância destes itens, na
visão de atletas da modalidade pedestre. O estudo qualitativo teve como
instrumento da pesquisa exploratória um questionário fechado, respondido por
nove atletas do Centro de Orientação e Desportos de Aventura de campo
Grande (CODAC). Os dados foram analisados de forma quantitativa com
auxilio do software SPSS 10.0 e, com base nos resultados evidencia-se que,
quanto à ordem de importância para os praticantes, os conhecimentos mais
relevantes foram leitura do mapa e utilização da bússola, além de aspectos
geográficos; quanto às habilidades, raciocínio (lógico e rápido) e tomada de
decisão; em relação às capacidades, concentração como habilidade cognitiva e
agilidade como física. Estes resultados permitem a elaboração de processos
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pedagógicos para o ensino deste esporte, em especial no meio educacional,
assim como, possibilidade de rever métodos de treinamento.
Palavras-chave: Esportes. Inteligência. Corrida.
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O MONTANHISMO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: CONHECENDO AS
MODALIDADES DE ESCALADA
Edney Felipe M. Martins
Graduando em Educação Física – UNESA
Eliete Maria Silva Cardozo
Doutora em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA / UFRJ
Julio Vicente da Costa Neto
Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA
A cidade do Rio de Janeiro, uma das mais belas do mundo, consegue
aproximar alguns dos ambientes necessários para a prática dos esportes de
aventura, aqueles praticados ao ar livre. Estes esportes estão classificados
quanto ao seu ambiente de prática: a terra, a areia, a montanha, a água, o ar, o
gelo, a neve e os esportes combinados. Em cada classificação existem muitos
esportes, como o trekking, o montanhismo, o arvorismo, o parapente, o páraquedas, o mergulho, o ski, o snowboard, o alpinismo, entre outros. Daremos
atenção especial ao montanhismo, que acolhe a escalada tradicional, a
escalada indoor (esportiva artificial), a escalada esportiva, o bouldering, o big
wall, a escalada em alta montanha e a escalada em cascatas de gelo. O
montanhismo é considerado uma atividade esportiva com técnicas e
conhecimentos específicos, que consiste em alcançar o cume de montanhas
através de escaladas e caminhadas, por meio de paredes de pedra e trilhas. O
montanhismo começou a ser organizado no Brasil no início da década de 40,
com a formação da União Brasileira de Excursionismo, que teve a duração de
poucos anos. No final da década de 60 os clubes fundaram a primeira
federação de montanhismo do Brasil, que hoje é atual Federação de Esportes
de Montanha do Estado do Rio de Janeiro, exercendo trabalho importante de
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recuperação de trilhas e vias de escaladas, caminhos que o escalador segue
na pedra, que necessitavam urgentemente de manutenção. Sem dúvida este é
um indício de que o esporte de montanha pode ser um dos esportes de
aventura mais praticados na cidade do Rio de Janeiro. Sendo assim, o objetivo
do estudo foi conhecer as principais modalidades dos esportes de montanha
praticados na cidade do Rio de Janeiro e os locais aonde ocorrem essas
práticas. O estudo possui características exploratórias e descritivas, as
informações foram colhidas de forma sistemática nos locais de prática de
montanhismo indicados pela Federação de Escalada do Rio de Janeiro,
anotados em caderno de registro e analisadas de acordo com a técnica de
análise do conteúdo. Os resultados indicaram que as práticas destes esportes
ocorrem principalmente em três regiões da cidade, zona sul, zona norte e zona
oeste. Na zona sul, encontramos o complexo da Urca, parte do maciço da
Tijuca e o complexo de montanhas de zona sul compreendido pelas montanhas
que estão fora dos complexos anteriores, nestes encontramos as modalidades,
escalada tradicional, escalada esportiva, bouldering e big wall. Na zona norte
encontramos outra parte do maciço da Tijuca, com as modalidades, escalada
tradicional, escalada esportiva e bouldering. Na zona oeste está a parte final do
maciço da Tijuca, Serra do Mendanha, complexo de montanhas de
Jacarepaguá e o complexo de Guaratiba, com as modalidades, escalada
tradicional, escalada esportiva, bouldering, e big wall. Vale ressaltar que a
atividade de caminhada que é uma vertente do montanhismo, está presente em
todas as zonas. Concluímos que a escalada é a atividade do montanhismo
mais praticada na cidade do Rio de Janeiro, fazendo parte da cultura do
carioca e, como tal, sugerimos que a população seja esclarecida sobre esta
atividade, inclusive nas escolas das regiões aonde ocorrem à prática da
escalada.
Palavras- chave: Esportes de Aventura, Montanhismo e Escalada.
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SURFE NA ESCOLA?
Adealde Ribeiro da Silva
Pós-Graduando – UNESA
Dra. Eliete Maria Silva Cardozo
Pós-Graduação – UNESA / Graduação – UFRJ
Ms. Julio Vicente da Costa Neto
Pós-Graduação / Graduação – UNESA
A Barra da Tijuca é um bairro praiano que está localizado na cidade do Rio de
Janeiro, tem o mar como cenário e é rico em atividades lazer. Nesta localidade
a prática do surfe é freqüente, fazendo parte da cultura da região. O esporte e
sociedade sempre andaram juntos, um reflete o sentido do outro, não podem
ousar reflexões separadas. O fenômeno esporte é temporal e topográfico,
acontecendo em função do tempo e da região em que está inserido, e a Barra
da Tijuca acolhe as características para a prática do surfe. Acredita-se que o
surfe existe a mais de 1000 anos e teve seu início na África Ocidental e no
Peru. Surgiu com o objetivo de diversão, ficar em pé em um tronco sobre as
ondas, ainda não tinha o nome surfe e mais tarde chegou ao Havaí. O surfe
sempre foi praticado pelos nativos como uma forma de cerimônia religiosa,
cultural e até mesmo social. No final do século XX ganha visibilidade através do
crescimento da indústria de vestuário, do patrocínio de atletas, de eventos
esportivos, da publicidade, de filmes, de vídeos, da televisão e da mídia de
uma forma geral. Entende-se o esporte de aventura relacionado a um conjunto
de práticas esportivas que acontecem a partir da interação do sujeito com a
natureza, explorando as diversas possibilidades da condição humana, em
resposta aos desafios desses ambientes. Desta forma, podemos entender o
surfe como um esporte de aventura que faz parte da cultura do carioca. Este
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estudo teve como objetivo identificar as possibilidades do surfe ser
desenvolvido no contexto das aulas de Educação Física escolar. A pesquisa
possui características descritivas, a população constituiu-se de professores de
Educação Física da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a amostra foi
formada por onze professores de Educação Física de nove escolas da Barra da
Tijuca. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário, contendo
questões fechadas e semi-abertas, analisadas de acordo com a técnica de
análise do conteúdo. Os resultados obtidos mostram que, entre os onze
professores, dez não utilizam o surfe em suas aulas e somente um recorre ao
esporte como uma das atividades para desenvolver os conteúdos da disciplina.
As justificativas para a não utilização ficou relacionada a falta de conhecimento
sobre o esporte e de material, as questões de segurança na praia, o excesso
de alunos nas turmas, a faixa etária, o valor da prancha e a falta de vestiários.
Apesar de não trabalharem o surfe em suas aulas, dois professores se
manifestaram de forma favorável. Um justificou a importância apresentando a
proximidade das escolas em relação ao mar. O segundo começou a refletir
sobre a temática e identificou que poderia iniciar esse trabalho usando o banco
sueco para execução da movimentação corporal básica do surfe. O único
professor que utiliza o esporte em suas aulas relatou usar o tema para a volta à
calma, através de uma história, seguida de movimentos básicos do surfe.
Conclui-se que, apesar de somente dois professores terem se manifestado de
forma positiva e um utilizar o surfe em suas aulas, é possível recorrer a
movimentação corporal básica do surfe para o desenvolvimento dos conteúdos
das aulas de Educação Física escolar, fazendo a aproximação dos alunos com
a cultura que circula na região. Deixamos como sugestão que outras pesquisas
sejam desenvolvidas, buscando as múltiplas possibilidades do surfe fazer parte
da cultura escolar.
Palavras chaves: Surfe, Educação Física Escolar, Esporte de Aventura.
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OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR
Julio Vicente da Costa Neto
Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA
Aurione de Souza Filho
Pós-Graduado em Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade
/ Pós-Graduação - UNESA
Os Esportes de Aventura são modalidades esportivas praticadas na natureza,
classificados como aéreos, terrestres e aquáticos.
Quando reinventados
podem diversificar as atividades praticadas nas aulas de Educação Física,
contribuindo para o desenvolvimento do tema transversal meio ambiente e
pode
funcionar
como
elemento
facilitador
para
a
concretização
da
interdisciplinaridade. O arvorismo, a corrida de orientação, o skate, o trekking e
a escalada são os esportes de aventura reinventados com mais freqüência. A
Educação Física é uma disciplina que trata pedagogicamente, na escola, do
conhecimento da cultura corporal, tendo como objeto de estudo a expressão
corporal como linguagem e os temas ou formas da cultura corporal que
constituem o seu conteúdo. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar a
prática dos esportes de aventura nas escolas dos bairros Catumbi e Santa
Teresa. O estudo se justifica na medida em que os esportes de aventura são
considerados como um movimento que atrai um grande número de adeptos.
Surgem pistas de que o sentido de ocupar o tempo livre se desloca
parcialmente para o esporte de aventura, repleto de sentidos lúdicos, que
passa a ser uma tendência de vários grupos de diferentes lugares do planeta.
Esses aventureiros transgridem os limites possíveis, confiando na sua
capacidade de fazer e, por fim, resplandecer de excitação e prazer na sua
realização. A escola, por sua vez, deve caminhar de forma paralela com a
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cultura e como os esportes de aventura passam a fazer parte da nossa cultura,
apresentam-se adequados para serem desenvolvidos no contexto escolar. A
pesquisa é do tipo qualitativo e possui características de pesquisa exploratória
e descritiva. O instrumento utilizado foi o questionário, contendo questões
fechadas e abertas. A amostra foi formada por 33 profissionais, entre eles,
professores de Educação Física, coordenadores pedagógicos e diretores,
lotados em 11 escolas do ensino fundamental, dos bairros de Santa Teresa e
Catumbi. Os resultados indicaram que a maioria dos entrevistados tem em
média dezessete anos de magistério, conhecem alguns dos esportes de
aventura, sendo a escalada e o trekking os mais citados e praticados pelos
entrevistados. A corrida de orientação, a escalada, o skate e o trekking (trilha),
foram considerados adequados para a prática escolar. O Morro da Urca e a
Pedra da Gávea foram os locais mencionados para prática destes esportes,
uma vez que nestas escolas não há espaço, e também não os utilizam, apesar
de acreditarem que podem trazer benefícios para o desenvolvimento do aluno.
Concluímos que os esportes de aventura não são praticados nas escolas dos
bairros pesquisados, apesar dos professores os conhecerem e acreditarem que
podem fazer parte do contexto escolar, auxiliando-os a atingirem os objetivos
propostos para o ensino fundamental. Nesse sentido, os esportes de aventura
podem ser indicados como atividades para serem reinventadas para as escolas
do ensino fundamental, contribuindo para o desenvolvimento dos conteúdos
deste segmento da educação básica.
Palavras-
chave:
Esportes
de
Aventura,
Contexto
Escolar,
Ensino
fundamental.
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CICLOTURISMO NA ESTRADA REAL DE DIAMANTINA/MG A PARATY/ RJ
Gilberto Gomes Oliveira
Engenheiro/PUC/MG
Ailton Catão Silva
Fotógrafo
Leonardo Madeira Pereira
Mestre em Educação Física/Unileste – MG
Cicloturismo é uma modalidade não competitiva do ciclismo que consiste na
prática do turismo de aventura através do uso de uma bicicleta específica,
podendo até ser tipo mountain bike. Não possui regras predeterminadas, pode
ser considerado desde uma tarde de passeio até uma viagem de dias, meses
ou anos. É praticado por pessoas de ambos os sexos, qualquer faixa etária, em
zonas urbanas ou rurais, em qualquer estação do ano, de dia ou de noite,
sozinho ou em grupo. Estrada Real era o nome dado a qualquer via terrestre
do Brasil - Colônia percorrida no processo de povoamento e exploração
econômica de seus recursos com o mercado internacional. Nessa perspectiva,
reflete o fato de que era o único caminho oficial autorizado para o trânsito de
pessoas e mercadorias. A Estrada Real Diamantina/MG a Paraty/RJ era
responsável pelo escoamento do ouro de Minas Gerais para o Rio de Janeiro,
e hoje é um roteiro de turismo de aventura muito procurado por ciclistas. A
proposta deste estudo é observar a alimentação diária, a percepção subjetiva
de esforço e o desempenho dos ciclistas na viagem de cicloturismo pela
Estrada Real Diamantina/MG a Paraty/RJ. O método utilizado foi o relatório
diário, preenchido em um caderno específico ao final de cada dia de viagem. A
amostra foi composta por dois ciclistas, com faixa etária de 40 anos, peso
médio de 60 Kg, praticantes de mountain bike há 15 anos. A distância total
percorrida foi de 962 Km em 18 dias pedalados, com 3 dias de descanso,
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ocorridos com intervalo de 4 e 5 dias pedalados, durante a primavera, outubro
e novembro. A alimentação foi ad libitum, e consistiu de mistura de aveia com
gérmen de trigo, levedo, açúcar mascavo e extrato de soja; frutas,
preferencialmente banana; sanduíches, basicamente pão e queijo; isotônicos e
água. À noite sempre fazia-se ingestão de massas e proteínas. Apenas nos
dias de descanso almoçava e jantava-se. A média da percepção subjetiva do
esforço nessa atividade foi 14, difícil, variando de 8 a 18, conforme as
condições de estradas, de terra ou asfalto, à topografia e altitudes, e às
condições climáticas, sol, calor, chuva, frio, vento e umidade do ar. O
deslocamento diário variou de 6,5 a 95,33 km, sendo a média de 45,82 km/dia.
Iniciou-se um condicionamento e adaptação à bicicleta no sexto dia pedalado,
quando foram retirados de equipamentos 5,5 Kg de uma e 19,3 Kg de outra
bicicleta. O desempenho melhorou. Um dos ciclistas teve uma queda que
afetou levemente o joelho direito, o outro teve dores na nádega direita. No 18º
dia pedalado, naturalmente, culminou no que chamou-se de uma consolidação
da rotina de atividades, quando sentiram uma completa adaptação às
bicicletas, aos tempos de repouso e viagem, e principalmente à alimentação.
Então, mesmo com os imprevistos do caminho desconhecido, atingiam a
condição de melhor desempenho. A rotina estava equilibrada e dimensionada.
No 19º dia ocorreu o maior deslocamento, de 95,33 Km, favorecido também
pela boa condição climática, num dia chuvoso e úmido, com temperatura
amena em estradas asfaltadas de inclinações suaves apesar de grandes
desníveis. O cicloturismo de grande distância leva o corpo e a mente a uma
adaptação em fases, sendo grande no metabolismo com alto consumo de
alimentos, a adaptação de grupos musculares específicos em movimentos com
de longa duração e grandes esforços, exigindo atenção concentrada, reflexo e
equilíbrio constante, condição em que se atinge o melhor desempenho.
Palavras-chave: Cicloturismo, alimentação e desempenho.
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PROJETO EDUCATIVO ASSOCIADO AO ESPORTE NA NATUREZA NO
PARQUE VIEGAS
Igor Santiago de Almeida
Pós-graduando – UNESA
Drd. Valdo Vieira
Mestrado / Graduação – UERJ
Universidade Estácio de Sá
A escola é uma importante difusora da cultura corporal de movimento. É
fundamental que as aulas de educação física diversifiquem o seu conteúdo,
contemplando as novas práticas corporais que surgem cotidianamente,
explorando a transversalidade e interdisciplinaridade, vitais em um ensino de
qualidade. Dentro das possibilidades oferecidas na contemporaneidade há as
relacionadas à Natureza, que se caracterizam por um conjunto de atividades
realizadas em ambientes naturais. Este trabalho, caracterizado como um
Estudo de Caso com cunho descritivo e exploratório, verificou as possibilidades
de se estabelecer um projeto educativo de atividades de aventura na natureza
nas escolas localizadas no entorno do Parque Natural Municipal Fazenda do
Viegas, em Senador Camará, no Rio de Janeiro. O local possui 8,49 hectares,
sendo cercado pelas favelas do Morro do Sossego, Tancredo Neves e Verde é
Vida. Importante centro de produção de cana-de-açúcar no século XVIII,
através da mão-de-obra escrava e posteriormente, no século XIX, da cultura
cafeeira. O declínio e decadência das atividades agrícolas e a crescente
urbanização decorrente da implantação de conjuntos habitacionais culminou
com a redução do terreno da Fazenda e conseqüentemente de sua área
natural. Em 1938 foi tombada pela União, possuindo na atualidade trilhas
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ecológicas, áreas de lazer com brinquedos e equipamentos de ginástica e
edificações da antiga Fazenda do Viegas. Com o intuito de se ter uma visão
abrangente da questão em estudo diversificou-se a amostra, sendo constituída
de 6 professores de educação física pertencentes às escolas da região - em
que se utilizou um questionário como instrumento de coleta de dados - os
Diretores dessas unidades de ensino e ainda o Administrador do Parque - em
que foram aplicadas entrevistas estruturadas. Entre as respostas dos
participantes da pesquisa pode-se destacar que os Diretores se mostram
favoráveis às aulas extra-muros; os professores conhecem e são favoráveis às
práticas esportivas em ambientes naturais, pelas suas potencialidades sócioeducativas; e o Administrador do Parque acredita que a sua utilização pelas
escolas pode servir para ajudar na revitalização do local, hoje sujeito a
depredações e a mercê do tráfico e consumo de drogas. Considera-se que as
atividades esportivas na natureza são propostas pedagógicas fundamentais
para o desenvolvimento holístico dos alunos, pelas possibilidades de
discussões com temáticas como meio ambiente e sua interação com outras
disciplinas como biologia, história e geografia. Neste contexto, um projeto
voltado para a educação física escolar dentro do Parque Natural Municipal
Fazenda do Viegas é bem vindo, sendo entretanto mister, para se tornarem
viáveis, que os profissionais envolvidos se apropriem e a transformem, tendo
em vista a realidade onde se encontram.
Palavras-chave: escola, natureza, educação física.
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DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE UM TREINAMENTO EXPERIENCIAL AO
AR LIVRE
Leonardo Madeira Pereira
Mestre em Educação Física/Unileste – MG
Marcelo Faria Passos
Graduado em Turismo/FEAD
O treinamento experiencial ao ar livre é um método holístico capaz de
dinamizar o aprendizado e unir todos os sentidos humanos na aventura do
aprender. Esse sistema de treinamento parte do pressuposto de que é preciso
criar situações vivenciais análogas às enfrentadas para alcançar os objetivos
de uma determinada empresa, para que, com base nessas vivências os
participantes encontrem as respostas comportamentais necessárias. Utiliza-se
como ferramenta dinâmicas lúdicas, jogos cooperativos e atividades de
aventura com o propósito de realizar um trabalho comportamental e
motivacional. O presente estudo consistiu na descrição das atividades de um
treinamento realizado em Belo Horizonte/MG. A amostra foi composta de 140
colaboradores de uma empresa do setor médico hospitalar, homens 65 e
mulheres 75. O objetivo do treinamento foi quebrar paradigmas, trabalhar em
equipe, superar os limites, comunicar-se adequadamente e atingir metas no
período estabelecido. Realizou-se circuito com 5 atividades, dentre elas,
atividade 1 - Estrela, atividade 2 - Esqui gigante, atividade 3 - Arquipélago,
atividade 4 – Aviãozinho, e atividade 5 - Falsa baiana. Para cada atividade
haviam 2 (duas) estações idênticas, A e B, com um facilitador. Os participantes
foram divididos em 10 grupos de 14 indivíduos cada, 5A e 5B. Em cada
estação o tempo de permanência do grupo era de 30 minutos, 20 minutos para
realização da atividade e 10 minutos para reflexão. Ao final de cada atividade o
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grupo classificava a atividade num score de 1 a 10, onde 1 representava o não
cumprimento do objetivo proposto e 10 o cumprimento do objetivo proposto. Na
atividade 1, com objetivo de planejamento, qualidade, coordenação das ações
e liderança, o grupo deveria construir com a corda disponível uma estrela de 5
pontas iguais, rigorosamente igual ao modelo fornecido, o score final dos
participantes nesta atividade foi 6. Na atividade 2, o objetivo era sinergia de
movimentos, garra e motivação, planejamento e liderança, o grupo deveria
transportar, em apenas uma viagem, todos os participantes e o material
disponível, através da área restrita até o portão de chegada, passando pelo
desvio central, o score final dos participantes nesta atividade foi 10. Na
atividade 3, cada grupo foi dividido em 3 sub grupos, clientes (4), gerentes (5) e
produção (5). Os clientes representam os principais interessados em ver os
produtos da empresa pronto, possuem demandas a serem atendidas, mas tem
dificuldades de comunicar com clareza os seus desejos. Os gerentes traduzem
as demandas do cliente e orientam a produção. O objetivo foi o planejamento,
a otimização de recursos e o uso de múltiplas habilidades, a nota geral do
grupo nesta atividade foi 10. Na atividade 4 o desafio era comunicar-se,
hierarquicamente e em silêncio, utilizando apenas comunicação escrita. O
objetivo foi a comunicação clara e compartilhada, a nota geral do grupo nesta
atividade foi 10. Na atividade 5 todos deveriam percorrer uma distancia de 10m
em uma corda tensionada a 100cm do solo sem utilizar a corda superior como
apoio, era permitido se equilibrar apenas na fita de auto segurança. O grupo se
posicionou em cima de um espaço delimitado por uma lona 2x3m para receber
as orientações do técnico quanto colocação dos equipamentos. A equipe
deveria colocar o próprio material e só poderiam se fixar na corda para a
travessia com autorização do técnico. Não foi disponibilizado material para
todos, sempre havia uma pessoa equipada na corda, uma pronta esperando e
outro colocando o equipamento. O objetivo foi o trabalho com recursos
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escassos e todos deveriam transpor a corda, essa foi a meta no intervalo de
tempo determinado, o score final da atividade foi 10. Podemos considerar que
apenas a atividade da estrela não foi 10 e que todas as outras atividades
atingiram o objetivo proposto. Sugerimos que outros trabalhos apresentem a
organização do grupo para o treinamento e descrição das atividades realizadas
de acordo com o objetivo da empresa.
Palavras chave: Treinamento experiencial, dinâmicas lúdicas.
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ATIVIDADES DE AVENTURA E ECOTURISMO PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
Leonardo Madeira Pereira
Mestre em Educação Física/Unileste – MG
Elisângela Andrade Assis-Madeira
Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento/UPM
Órgão Financiador: CAPES
Na atualidade tem sido discutida a temática da inclusão social da pessoa com
deficiência nos mais distintos espaços. Diferentes áreas do conhecimento
discutem propostas, legislação e aspectos de cidadania para a inclusão de
pessoas com deficiência nos diversos segmentos sociais. As atividades físicas,
esportivas
ou de lazer têm
valores
tanto físicos
quanto psíquicos,
desenvolvendo as potencialidades residuais desses indivíduos, proporcionando
também o bem-estar e a socialização. A despeito de todas as dificuldades que
envolvem a realização do lazer da pessoa com deficiência, com a
conscientização de todos e o advento das leis dos direitos civis relacionados à
deficiência, diversos esforços têm sido feitos para corrigir erros e proporcionar
novas soluções. O objetivo da presente pesquisa foi verificar quais as
empresas cadastradas na Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e
Turismo de Aventura que oferecem serviços para pessoas com deficiência.
Foram levantadas empresas no site da associação, todas que operavam na
região sudeste do Brasil. Ao todo foram 97 empresas associadas da região
sudeste, 13 (13,4%) foram excluídas, dentre essas 7 (7,2%) não tinham site e 6
(6,2%) os sites não foram localizados, as páginas estavam em construção ou
ainda páginas com problemas que impediu a coleta de dados. Ficando um total
de 84 (100%) sites para serem analisados. Verificou-se em cada site se o
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mesmo ofertava ou mencionava serviços para pessoas com deficiência. De
todos os 84 sites pesquisados, somente 7,1% (6 empresas, identificadas no
presente trabalho do número 1 ao 6) ofertavam atividades de aventura e
ecoturismo para pessoas com deficiência e/ou necessidades especiais e/ou
mobilidade reduzida. No site da empresa 1, foi mencionado que os possíveis
clientes com alguma deficiência devem notificar a empresa prestadora dos
serviços com antecedência para a equipe se preparar para recebê-los, pois
essas pessoas podem necessitar de adaptações específicas para as atividades
oferecidas, com isso a empresa propicia maior conforto e segurança ao
usuário. A empresa também elabora viagens voltadas para essa clientela sob
orientação de especialistas. No site da empresa 2, em cada atividade de
aventura oferecida há um quadro explicativo, que além de outros itens, contém
o item “facilidade para crianças, idosos e pessoas com deficiência”. Nesse item
é indicado o tipo de deficiência que a pessoa pode ter para praticar certa
atividade. Na empresa 3 é relatado que em nenhuma atividade há restrição
física ou de idade, mas há a distinção da programação para pessoas com
deficiência, o site descreve ainda que os seus serviços são voltados para a
inclusão social e esporte para todos. A empresa 4 referiu em seu site que
participou do projeto “Aventureiros Especiais” do Ministério do Turismo e que o
hotel que recebe seus clientes para turismo de aventura é adaptado para
receber pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. No site da empresa
5 há um link para Rafting para pessoas com deficiência visual. O site 6 é uma
Organização não governamental que visa a inclusão de pessoas com
deficiência no turismo de aventura e ecoturismo, proporcionando cursos de
capacitação para as empresas se adaptarem para oferecer produtos a essa
vasta clientela. Como essa pesquisa não entrou em contato com as empresas,
coletou somente o que elas expuseram no site, não podemos, considerar de
fato, que somente essas 6 empresas oferecem serviços à pessoa com alguma
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deficiência, lembrando que o objeto de estudo foram os sites das empresas na
Internet. Contudo, as empresas que não fazem uso dessa ferramenta para
expor seu produto por completo, podem perder clientes em potencial,
considerando que hoje a Internet é um dos principais meios de informação e
comunicação, consistindo em um grande mercado para corporações que fazem
uso da natureza eficiente da publicidade com baixo custo e do comércio
eletrônico, sendo uma forma rápida de difundir informação simultaneamente
para uma grande quantidade de pessoas. Por mais que a inserção de pessoas
com deficiência seja discutida e mesmo existindo leis que visam inserir esses
indivíduos na sociedade, muitas especificações ainda não são cumpridas. É um
imenso potencial a ser explorado, mas é necessário, além das adaptações e
acessibilidade, de pessoal capacitado para lidar com essa clientela ávida por
lazer, esporte e aventura.
Palavras-chave: pessoas com deficiência, atividades de aventura, ecoturismo.
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A CORRIDA DE ORIENTAÇÃO E O CONTEXTO ESCOLAR
Luiz Felipe Falconeri de Brito
Pós-Graduando / Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade UNESA
Dra. Eliete Maria Silva Cardozo
Pós-Graduação – UNESA / Graduação - UFRJ
Ms. Julio Vicente da Costa Neto
Pós-Graduação / Graduação – UNESA
Os ambientes naturais estão sendo cada vez mais procurados para a prática
de atividades esportivas, sejam elas em prol do lazer ou da melhoria da
qualidade de vida, uma das questões da atualidade. Percebe-se uma nítida
aproximação do cidadão com os ambientes naturais, utilizando os esportes de
aventura e essa é uma tendência da sociedade contemporânea. O esporte de
aventura está relacionado a um conjunto de práticas esportivas que acontecem
a partir da interação do sujeito com a natureza. A corrida de orientação, por sua
vez, considerada como um dos esportes de aventura praticados na cidade do
Rio de Janeiro reforça a idéia de aproximação dos cariocas com os ambientes
naturais. No Brasil a corrida de orientação teve início na década de 70, no
ambiente militar, e nos anos de 1983, 1992 e 2006 foi sede de campeonatos
mundiais. Como toda modalidade nova a corrida de orientação desenvolveu-se
a partir da dedicação dos praticantes e da iniciativa pioneira de alguns
indivíduos. Hoje existem aproximadamente 300.000 praticantes em 27 países
sob a orientação da Federação Internacional de Orientação e é crescente o
número de participantes, passando a ser uma realidade escolar em alguns
países da Europa. Algumas diretrizes apontam para a necessidade de se
ampliar e enriquecer as atividades das aulas de Educação Física escolar,
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possibilitando aos alunos conhecerem diversas manifestações da cultura
corporal. Os esportes de aventura podem ser considerados como uma dessas
manifestações que possuem inúmeras possibilidades de exploração na área
educacional, entre elas a corrida de orientação. Sendo assim, o objetivo da
pesquisa foi identificar a utilização da corrida de orientação durante as aulas de
Educação Física escolar. O estudo possui características descritivas, a
população constituiu-se de professores de Educação Física da Prefeitura da
Cidade do Rio de Janeiro e a amostra foi formada por dez professores de
Educação Física que ministram aulas do sexto ao nono ano, das escolas da
Barra da Tijuca. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário,
contendo questões fechadas e semi-abertas, analisadas de acordo com a
técnica de análise do conteúdo. Os resultados obtidos indicaram que a maioria
dos profissionais de Educação Física não utiliza a corrida de orientação em
suas aulas em função de não possuírem material e espaço físico adequados,
mas a partir daquele momento passaram a achar a idéia interessante e
pretendem utilizar. Um desses informantes, que já havia vivenciado a prática
da corrida de orientação no meio militar, mas ainda não havia colocado em
prática no seu espaço pedagógico, expôs que essa modalidade esportiva pode
ser oferecida sem a utilização de material. Conclui-se que é possível utilizar a
corrida de orientação no contexto escolar, é uma atividade que desperta o
interesse dos professores e necessita ser mais divulgada entre os docentes.
Palavras-chave: Educação Física escolar, Esporte de Aventura, Corrida de
Orientação.
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A CONTRIBUIÇÃO DO CAVING NA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA
Marilda Teixeira Mendes
Instituto de Ciências Agrárias/UFMG (ICA/UFMG)
Francisco José Andriotti Prada
Universidade Católica de Brasília (UCB)
Tânia Mara Vieira Sampaio
Universidade Católica de Brasília (UCB)
O caving, enquanto atividade prática realizada em caverna, proporciona ao
corpo um bem-estar corporal.O presente estudo teve como objetivo analisar a
contribuição do caving na melhoria da qualidade de vida dos integrantes do
Espeleogrupo Peter Lund - EPL, por meio da relação ser humano/caverna. A
justificativa para a realização desse estudo ocorre em função da existência de
poucos estudos no Brasil sobre a relação caving e qualidade de vida. A
metodologia utilizada foi uma combinação de pesquisa bibliográfica e de
campo. Como instrumento de coleta de dados, foram realizadas a observação
participante e a entrevista semi-estruturada. Para a análise dos dados, utilizouse a técnica de análise de conteúdo, que possibilitou obter indicadores, os
quais contribuíram para a sistematização das seguintes variáveis: significado
da caverna; significado do caving; motivos para a prática do caving; relação ser
humano/caverna e sentidos corporais presentes no caving. Esses indicadores
se vinculam à melhoria da qualidade de vida. Os sujeitos deste estudo foram
dez integrantes pertencentes ao EPL, praticantes do caving, de ambos os
gêneros, ocupantes de diferentes categorias profissionais, levando-se em conta
a representatividade e a acessibilidade. Evidenciou-se que a prática do caving
implicou na melhoria da qualidade de vida dos integrantes do EPL, por meio de
vários benefícios: sentidos corporais; à existência de um cansaço bom; à paz; à
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tranqüilidade; à harmonia; ao lazer, à sociabilidade; à religião e à emoção, O
caving é uma atividade prática de caráter primordialmente sensorial, que
promove a interação do praticante com a caverna.
Palavras-chave: Caverna; Caving; Qualidade de Vida; Corpo; Natureza.
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ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SUAS
POTENCIALIDADES
Michel Binda Beccalli
Graduando em Educação Física/ESFA
Vivenciamos um momento histórico em que o termo “sustentabilidade” se torna
cada vez mais presente nas mais diversas esferas de discussão. Entretanto,
pouco se discute acerca de ações concretas no sentido de garantir essa
sustentabilidade no que tange as questões ambientais. O contraste acentuado
das recentes modificações climáticas aponta para uma necessidade cada vez
maior de preservar o ambiente em que vivemos, utilizando-o de maneira
efetivamente sustentável. As conseqüências vivenciadas são fruto de um
processo de exploração exacerbada, aliados a uma deficiente conscientização.
Portanto, é primordial uma modificação nas estratégias empregadas nesse
processo. Tais fatos vão de encontro às constatações de que as relações
estabelecidas entre a sociedade e a natureza afetam a qualidade de vida
humana e a deterioração dos ecossistemas e do ambiente construído pode
ameaçar a continuidade de vida global do planeta. Nessa perspectiva, foi
realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória e de revisão bibliográfica com
o objetivo de apontar as potencialidades das atividades físicas de aventura na
natureza (AFAN) enquanto meio educacional voltado para a educação
ambiental. Nesse momento, voltamos nossos olhares para as atividades físicas
de aventura na natureza (AFAN), destacando suas potencialidades enquanto
instrumento de educação ambiental, contribuindo no processo de construção
de um conhecimento mais amplo e mais facilmente assimilável, dado seu
pragmatismo, criando laços mais estreitos entre ser humano e natureza. Tais
laços são de extrema importância para que o ser humano sinta-se parte
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integrante do meio com o
qual interage
direta e/ou
indiretamente,
potencializando o surgimento de ações no sentido de preservar esse meio. As
AFAN ainda se destacam enquanto uma possibilidade de vivenciar um
ambiente educacional diferenciado, podendo contribuir na formação tanto de
conteúdos atitudinais quanto procedimentais. A falta de identificação do ser
humano com o meio ambiente é vista como uma conseqüência de uma das
sete grandes falhas da educação atual, gerando a falta da compreensão
necessária dentro do atual contexto, atentando para a necessidade da
construção de uma identificação coletiva e a consciência da existência de um
destino comum a todos os seres humanos, levando-se em consideração que a
grande inimiga da compreensão é a falta de preocupação em ensiná-la.
Portanto, é nesse quadro atual que as atividades de aventura na natureza vêm
surgindo como interface frente aos desafios que são colocados na conciliação
entre o meio social, a organização da cidade e a proteção da natureza, uma
vez que se entende a relação do ser humano com o meio em que vive
enquanto algo construído socialmente e perpetuado através de uma cultura.
Feitas as devidas considerações, deve-se atentar para o fato de que, no
momento em que vivemos, talvez não seja suficiente ver a Educação Ambiental
apenas como “mais um tema transversal”. Assim sendo, deve-se parar de
buscar justificativas para a não-inclusão efetiva desse tema em qualquer
disciplina escolar, em especial, a Educação Física, para que possamos
resgatar, quem sabe, a harmonia ser humano-natureza necessária para a
perpetuação da espécie humana.
Palavras-chave: Atividades físicas de aventura na natureza, Educação Física
escolar, Educação Ambiental.
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OS ESPORTES DE AVENTURA NO CONTEXTO ESCOLAR
Ronan Simões
Graduado em Educação Física – UFRJ
Dra. Eliete Maria Silva Cardozo
Pós-Graduação – UNESA/Graduação – UFRJ
Os esportes de aventura fazem parte de um conjunto de esportes considerados
como atividades que podem ser reinventadas para o contexto da Educação
Física escolar. Os esportes são classificados de diferentes formas, variando de
acordo com a opção do autor, e podemos citar como exemplo os esportes de
quadra, aquáticos, com raquetes, de inverno, entre outros. De acordo com
Tubino (2007) existem 516 esportes catalogados e a partir desta afirmativa
podemos levantar a seguinte questão: Qual será o motivo de observarmos a
maioria dos professores utilizando somente o voleibol, o futsal, o handebol e o
basquetebol? Por outro lado, sabemos que a prática dos esportes de aventura
é considerada como rotina em alguns países e podemos citar a Nova Zelândia,
Portugal e Inglaterra. Sendo assim, este estudo teve como objetivo identificar
se as atividades de aventura são praticadas nas aulas de Educação Física
escolar e conhecer o grau de importância das atividades de aventura para o
desenvolvimento dos conteúdos da Educação Física escolar. O estudo se
justifica na medida em que vai elucidar aos professores de Educação Física
escolar a possibilidade de refletir sobre a utilização das atividades de aventura
nas suas aulas, mostrando a importância de relacionar o conteúdo a ser
desenvolvido com a cultura dos nossos alunos. A pesquisa tem características
descritivas, que permitiram identificar conhecimentos e percepções dos
professores referentes aos conteúdos das aulas de Educação Física escolar e
à inserção das atividades de aventura neste contexto. A amostra foi formada
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por doze professores de Educação Física da Rede Municipal e Privada do
Município do Rio de Janeiro e as informações foram obtidas por meio de
entrevista semi-estruturada. Os resultados indicaram que a maioria dos
professores entrevistados começa a se aproximar das práticas das atividades
de aventura e conhecem outras escolas e/ou professores que vem
desenvolvendo esses conteúdos com seus alunos. Parece haver um consenso
entre a literatura e os professores entrevistados em relação à possibilidade do
desenvolvimento de atividades de aventura no contexto escolar. Alguns
profissionais da área utilizam estas atividades em suas aulas, publicam suas
experiências em seminários voltados para a temática e relatam que os alunos
demonstram interesse para a prática das atividades de aventura. Os
entrevistados deixaram pistas sobre a necessidade de valorizar, no momento
da seleção dos conteúdos, a faixa etária e o nível de desenvolvimento motor
dos alunos, mas que essa seleção de conteúdos não fique apenas relacionada
às habilidades motoras, que englobe a dimensão conceitual, a atitudinal e a
procedimental. Ficou evidente, também, a necessidade das escolas adequarem
seus espaços e suas condições materiais, já que o aspecto que mais preocupa
aos professores é a questão da estrutura das escolas para a prática das
atividades de aventura, da segurança e da disponibilidade de equipamento
adequados.
Palavras- Chave: Esporte de Aventura, Educação Física Escolar e Conteúdo.
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TEMA TRANSVERSAL MEIO AMBIENTE NA ESCOLA PARA A
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Victor Aires Estrella
UNESA
Dra. Yara Lacerda
UNESA/UGF/UCL
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) propõem a aplicação dos temas
transversais nas aulas do ensino fundamental como meio de abordar temas
emergentes na sociedade contemporânea. Esses assuntos são utilizados por
todas as disciplinas. A utilização nas aulas de Educação Física Escolar está
vinculada à prática dos professores durante suas experiências com os alunos.
Este estudo tem como objetivo identificar a intervenção do professor de
Educação Física Escolar valorizando o tema transversal meio ambiente, no
sentido de estimular a preservação da natureza. Esta pesquisa é exploratória e
descritiva. A população constituiu-se de professores de Educação Física
Escolar do ensino fundamental, com uma amostra de quinze sujeitos de ambos
os gêneros. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com
treze perguntas abertas e fechadas, validado e aplicado mediante a assinatura
do termo de consentimento livre e esclarecido, caracterizando a participação
voluntária dos entrevistados. O preenchimento do questionário pelos
participantes ocorreu entre o período de janeiro e fevereiro do ano de 2009. A
interpretação dos dados foi feita à luz da estatística descritiva. O perfil do grupo
entrevistado apresentou média aritmética das idades de 32,3 anos, do tempo
de formado de 7,6 anos e de permanência no local de trabalho de 4,7 anos.
Houve um predomínio do gênero feminino com um percentual de 6% a mais
sobre o masculino. A formação acadêmica envolvendo o nível de graduação foi
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de 53%, e o nível de pós-graduação registrou um percentual de 47% dos
professores pós-graduados. Todos os entrevistados declararam possuir
conhecimento sobre o tema transversal meio ambiente e abordar o assunto em
suas aulas. Foram introduzidos a esta temática por meio das informações
veiculadas nas faculdades. Ao serem indagados sobre as razões que levam a
abordar o tema transversal meio ambiente nas aulas os professores relataram
que proporciona aos alunos a reflexão sobre atos que degredam a Terra,
estimulando conscientização, conhecimento, esclarecimento de dúvidas e
aprendizagem sobre a necessidade da preservação. Pode ser observado, de
acordo com as falas dos docentes, que a abordagem do tema transversal meio
ambiente na escola contribui para a valorização do meio ambiente, adquirir
noções de cuidados, além da aquisição de conhecimentos que minimizam as
ações contra a degradação e colaboram com tomada de atitudes favoráveis à
preservação. Para eles essas ações aumentam as possibilidades dos alunos
se tornarem esclarecidos, responsáveis e conscientes com a questão
ambiental. Oferecem a chance de despertar o jovem para as responsabilidades
de seus atos contra o ambiente levando-os a respeitar tudo que envolva o meio
natural e as estratégias favoráveis à preservação. Conclui-se que o tema
transversal meio ambiente na visão do grupo de professores entrevistados é
uma poderosa ferramenta na conscientização dos alunos para a preservação
ambiental, sendo um meio para se atingir um processo dinâmico de construção
de novos valores, atitudes e posturas éticas. Para o grupo a prática dos
exercícios físicos pode contribuir para esclarecer questões voltadas ao meio
natural, principalmente se associada aos esportes e atividades envolvendo a
natureza. Pode estimular os alunos a adquirir hábitos no cotidiano voltados
para a preservação dessa natureza vivenciada como forma de lazer. Além
disso, os resultados identificados na pesquisa demonstraram que existem
interesse e preocupação do docente em relação ao tema. Foi observado que
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os mesmos intervem nas aulas estimulando o aprendizado através da
aplicação de textos, pesquisas, debates, excursões, trabalhos e vídeos.
Palavras–chave: Educação Física Escolar, Ensino Fundamental, Tema
transversal meio ambiente, Preservação ambiental.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL UMA CONTRIBUIÇÃO PARA UM “ECOTURISMO
SUSTENTÁVEL”
Walter Araújo Magalhães Júnior
Discente do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Solange Gomes Farias
Bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em Ecologia
Universidade Estadual de Santa Cruz. Departamento de Ciências Biológicas
O ecoturismo é a “atividade que utiliza, de forma “sustentável”, o patrimônio
natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma
consciência
conservacionista
através
da
interpretação
do
ambiente,
promovendo o bem estar das populações envolvidas”. A sustentabilidade da
atividade ecoturística depende de três fatores essenciais: a conservação do
ambiente visitado seja ele natural ou cultural; a conscientização ambiental do
turista,
da
comunidade
receptora
e
das
agências
promotoras; e o
desenvolvimento local e regional integrado. O ecoturismo praticado no Brasil é
uma atividade ainda desordenada, impulsionada, quase que exclusivamente,
pela oportunidade mercadológica, deixando a rigor, de gerar os benefícios
socioeconômicos e ambientais esperados. Nesta atividade devem ser levados
em consideração os impactos ambientais e socioeconômicos, através do
processo de planejamento, de modo a minimizar os efeitos negativos,
reforçando os positivos. Além disso, os projetos a serem implementados devem
antes ser submetidos a um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) com elaboração
do Relatório de Impactos do Meio Ambiente (RIMA), de modo a assegurar que
não serão gerados problemas graves no futuro, alterando os aspectos
ambientais do local. Mesmo estando integrados no planejamento e no
desenvolvimento do projeto, os impactos têm de ser continuamente
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supervisionados e geridos de modo que sejam detectados e corrigidos com
facilidade antes de assumirem proporções graves. Pois quando planejado
cuidadosamente, o ecoturismo pode ajudar a conservar a herança cultural e
ambiental do local. A Educação ambiental encontra no Ecoturismo um meio de
promover a consciência ambiental através das viagens. Cria oportunidades
para novas formas criativas de pensar e agir, que garantem uma experiência
transformadora, pois oportuniza vivências que vão além do alcance das
explicações já que aproxima o ser humano do meio ambiente. A sensibilização
do ecoturista incorpora pressupostos para o questionamento de valores e a
reformulação de aspectos indesejáveis da vida cotidiana. Com objetivo de
investigação de cunho teórico que visa analisar os conceitos e concepções
vigentes que norteiam a relação homem/ambiente propondo uma nova idéia de
Educação (Ambiental). Esse trabalho teve por base a pesquisa bibliográfica em
livros e artigos científicos relacionados à temática. A investigação em pauta
levou a consciência da necessidade premente de uma nova concepção da
natureza não a entendendo mais como simplesmente matéria prima. O
Ecoturismo surge como um projeto alternativo de educação ambiental quando
se fundamenta em princípios de sustentabilidade ambiental, econômica e social
e contribui para a construção de uma cidadania baseada em princípios éticos.
“O desafio da sociedade sustentável é criar novas formas de ser e de estar
neste mundo”. A construção de uma cidadania ambiental busca transformar
mentalidades baseadas num sentido amplo e renovado e requer a inclusão do
ser humano como corresponsável pelas mudanças no planeta. Desta maneira,
o
Turismo,
aliado
à
Educação
Ambiental,
pode
desencadear
este
pertencimento quando sensibiliza o cidadão para a busca de mudanças a partir
de um “colocar-se” no mundo ativamente e não na espera por mudanças
prontas efinalizadas. Na busca de um novo sentido para a Educação
Ambiental, o Ecoturismo pode dar um novo signi
ficado às viagens. A procura
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por locais preservados, pelo contato com a natureza não se dá somente em
virtude do estilo de vida moderno, mas também pode ocorrer como uma prática
pedagógica. Da mesma forma, conhecer locais depredados pode ser um fator
de sensibilização e instrumento de educação ambiental. Neste cenário inserese um novo ecoturismo que embora defenda a sustentabilidade do ambiente e
o desenvolvimento econômico das regiões, entre outros enfoques, deve estar
alicerçado nesta Educação (ambiental) proposta. Será essa Educação
(Ambiental) o cenário da multiplicação dos conceitos advindos da ética
ambiental os quais estreitarão em nossa concepção, a relação ser
humano/ambiente a partir da relação ética/ecologia. O ecoturismo estará,
então, cumprindo mais do que seus objetivos, seu papel integral tornando-se
um forte aliado à mudança sócio-ambiental vigente.
Palavras
chave:
Educação
Ambiental,
Ecoturismo,
Desenvolvimento
sustentável.
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FATORES MOTIVACIONAIS DA ADERÊNCIA AO ESPORTE DE AVENTURA
EM DETRIMENTO AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS TRADICIONAIS
Walter Michel Carreri
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
A prática de atividade física sistematizada, cada vez mais difundida e
assimilada,
vem
proporcionando
melhorias
nos
níveis
de
saúde
e,
consequentemente, na qualidade de vida de seus praticantes. Atividades
tradicionais como o futebol praticado por amadores, muitas vezes até em
terrenos longe do ideal, é um exemplo da disseminação da prática de
exercícios físicos, além disso, observa-se a prática de caminhada em qualquer
espaço destinado a esse fim ou mesmo em vias urbanas. Tais atividades
físicas vêm perdendo seu espaço para um novo rol de exercícios físicos, ditos
esportes de aventura, que proporciona atividade corporal em ambientes não
convencionais, levando em conta os esportes tradicionais. Nesse sentido, as
atividades de aventura ocupam parte primordial nesta responsabilidade de
elevar o nível de atividade física diária de seus adeptos, além de favorecer a
integração destes com a natureza. Essas atividades podem ser realizadas
através de modalidades como a descida de rapel de obstáculos naturais, como
desfiladeiros e cavernas; ou artificiais, como pontes ou prédios. Também em
escaladas, corridas rústicas e de aventura em diversos terrenos, como em ruas
e avenidas; ou envolvendo áreas naturais em diferentes terrenos, como nas
cidades ou em matas. Além dessas, o "rafting", o arborismo e a tirolesa, que
vêm sendo proporcionados em grandes cidades por clubes campestres,
também ocasionam aos praticantes a opção desse atrativo em meio urbano;
entre outras atividades, como pára-quedismo e mergulho. O presente estudo
tem por objetivo verificar, junto à literatura pertinente, os reais motivos que
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levam esses praticantes a optarem por tais modalidades esportivas em
detrimento aos modelos ditos tradicionais de práticas corporais como futebol,
vôlei ou uma simples corrida. Para tanto, foram utilizados artigos científicos na
versão impressa e virtual, monografias de conclusões de curso, especialização
e mestrado, além de estudos publicados em revistas especializadas na área de
turismo, lazer e educação física. Os resultados apontam que, além da procura
dos benefícios da prática sistemática de atividade física como a manutenção da
saúde, preservação do peso corporal e aumento dos níveis de aptidão física,
há uma tendência que revela uma aproximação e valorização do praticante em
relação à natureza, motivos pelos quais se observam diminuição do estresse
diário, relaxamento, bem-estar e lazer. Assim, percebe-se acentuado aumento
na procura por atividades com as características apresentadas, por atenderem,
especificamente, às necessidades de seus adeptos no que se diz respeito ao
aprimoramento da relação homem-natureza; além de serem consideradas mais
eficazes para que os objetivos de melhorar a qualidade de vida sejam
alcançados e se tenha a possibilidade de experimentar novos anseios e
emoções. Torna-se, dessa forma, bastante interessante aprofundar as
reflexões sobre essa temática, a fim de ampliar as discussões e conhecer
melhor o potencial do universo focalizado, localizando as características de
seus praticantes, sejam elas socioeconômicas, de gênero, ou de nível de
aptidão física.
Palavras-chave: Esporte de aventura, exercício físico, motivação, natureza.
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TURISMO DE AVENTURA: NORMALIZAÇÃO COMO QUESITO DE
SEGURANÇA
Augusto César de Almeida
Centro Universitário SENAC – Campus Francisco Matarazzo
Sabemos que o lazer é uma necessidade básica do ser humano, com isso
muitas opções são oferecidas pelos diversos meios de comunicação. Para
tanto uma dessas opções é o trade turístico que vem se tornando uma busca
na tentativa de suprir essa necessidade. Nos países desenvolvidos, as viagens
turísticas já consolidaram seu valor socioeconômico que com o passar dos
anos, já ficou caracterizado como um “direito ao lazer”. Atualmente a qualidade
de uma destinação turística vem sendo avaliada com base na originalidade de
suas atrações e no bem estar que elas proporcionam. As atividades que o
turismo de aventura proporciona encontra-se em reestruturação no quesito
segurança, visto que algumas iniciativas de instituições privadas em parceria
com a ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas) e MTur (Ministério
do Turismo), encabeçaram uma normalização com as diretrizes que regem
uma prática “mais segura e confiável” para a operacionalização dessas
atividades. Contudo algumas nomenclaturas foram transcritas para definir as
diferentes atividades como: terminologias, competência de pessoal e sistema
de gestão da segurança que foram elaboradas na tentativa de padronizar essa
forma operacional. De acordo com os estudos feitos pelo Plano Nacional de
Turismo, o mercado de turismo de aventura vem crescendo a cada ano, com
isso veículos de comunicação desenvolvem trabalhos de divulgação e
promoção dessas atividades, visando uma adesão desses praticantes e
ampliando a prática desse segmento. Para tais atividades uma operação
comercial visa à gestão de qualidade, segurança e vivência para seus turistas,
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sendo que seus procedimentos devem ser claros respeitando o fluxo das ações
envolvidas. Como recomendação alguns aspectos são elencados para essas
práticas como a definição de horário e dias de visita, levando em conta os
aspectos como a sazonalidade, definição numérica dos grupos bem como a
indicação mínima e máxima da capacidade do atendimento, estabelecendo
canais de comunicação, articulação, organização da rede de serviços, sua
oferta e a elaboração do material informativo. O objetivo dessa pesquisa foi
investigar o que esta sendo feito ou pensado para as praticas segura X turismo
de aventura. Sendo que a metodologia utilizada foi através de uma revisão
bibliográfica, buscando seus conceitos e atualidades. Encontramos um
crescimento significativo do turismo no Brasil, empresários do segmento de
“aventura” reuniram-se ao longo desse processo criando uma associação
chamada ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e
Turismo de Aventura), como conseqüência desencadeou uma normalização
em parceria com a ABNT e MTur,
tendo como objetivo proporcionar uma
qualidade de segurança padronizada e aplicável as praticas de atividades ao ar
livre. Pensando que toda essa preocupação com a normalização vem trazendo
uma forma de trabalho “mais seguro e confiável”. Concluímos que em médio
prazo essa norma possa virar uma legislação para este segmento, podendo
ocasionar uma obrigatoriedade das empresas, instituições, órgãos públicos e
etc para sua operacionalização comercial. Isso para nós seria um grande
avanço nacional e uma visibilidade positiva internacional, mesmo assim é
necessário que mais pesquisas sejam realizadas in loco para certificar se sua
aplicação está sendo seguida e aceita dentro das “operadoras” que
desenvolvem esses tipos de atividades de aventura junto à natureza que por
ventura não se cadastraram junto a ABETA.
Palavras chave: Turismo de aventura, Ecoturismo, Segurança e Mercado do
Turismo de Aventura.
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PESSOAS COM DEFÍCIÊNCIA INTELECTUAL: NAVEGAR É (IM)PRECISO
Álan Annibal Schmidt
LEL- Laboratório de Estudos do Lazer
UNIMEP- Universidade Metodista de Piracicaba
NUCORPO- Núcleo de Pesquisa em Corporeidade e Pedagogia do Movimento
Muito se tem falado em atividade física adaptada, suas interfaces com a
pedagogia do movimento, com o alto rendimento e em atividades do contexto
do lazer, entretanto, poucos estudos direcionam suas observações as relações
estabelecidas entre o ambiente, a atividade em si e a pessoa com deficiência
intelectual. Assim, essa pesquisa teve como objetivo observar, analisar e
compreender as ações corporais das pessoas com deficiência intelectual e
suas relações com o ambiente. A pesquisa contabilizou 18 encontros, sendo
que, participaram da pesquisa 11 alunos com deficiência intelectual de uma
escola de canoagem. Para isso, a metodologia utilizada foi a pesquisa
qualitativa, a partir da observação sistemática participante, com o uso do diário
de campo. As relações observadas durante a pesquisa foram sustentadas por
duas unidades de registros: 1- curiosidade e exploração; 2- assimilações em
relação ao ambiente. Em relação a primeira unidade de registro, observamos
que os alunos questionavam, constantemente, qual a profundidade da lagoa,
se havia peixes no local e, se eram da família das piranhas, por que a água era
escura, quais os nomes dos pássaros que sobrevoavam o local, qual era o
cheiro que sentiam quando estavam próximos do parque onde ocorriam as
aulas e, se as árvores que estavam no parque davam frutos. Por meio dessas
observações, acreditamos que essas curiosidades e a busca por novos
horizontes provêm, por parte do ser humano que as vivencia, de associações
socioculturais da subjetividade de suas vontades e de suas experiências reais
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e imaginárias. Também pudemos constatar as preocupações dos alunos em
relação aos perigos que o ambiente apresentava, como por exemplo, a
possibilidade de ser mordido por peixes, no caso de piranhas e, também, o
risco de se afogarem em virtude da profundidade da lagoa. A segunda unidade
de registro, caracterizada como: assimilações em relação ao ambiente
revelaram como o entendimento dos fenômenos ocorridos no ambiente pode
contribuir para que se possa ir além, superar o cotidiano. Pudemos observar
que, a partir do momento que associavam a navegação a seus movimentos,
juntamente com a necessidade de se manter em segurança, os alunos
puderam compreender como o ambiente se revela a eles próprios e, sobre a
importância de se ter condutas pró-ambientais. Sendo assim, concluímos que
as observações e dúvidas que surgiram durante esses encontros, mostraram
maneiras coerentes de se interpretar e criar conceitos sobre a realidade que os
cerca, procurando entender como funcionam e se relacionam tais fenômenos.
Também podemos afirmar que a vivência da canoagem em um ambiente
natural revelou-nos o que os alunos conseguiram assimilar sobre os conteúdos
discutidos
em
relação
a
educação
ambiental.
Os
mesmos
também
conseguiram representar quais poderiam ser as consequências de condutas de
destruição do ambiente, ou seja, como aquilo poderia vir a atingi-los
posteriormente. Enfim, constatamos que a pessoa com deficiência intelectual,
pode participar de atividades de aventura, como no nosso caso, a canoagem,
respeitando seus limites e necessidades e, além da mera participação, pode-se
criar e desenvolver conceitos relacionados ao ambiente para que esses
possam, durante suas vidas, disseminarem a cultura pró-ambiental entre seus
pares.
Palavras- chave: Deficiência Intelectual, Canoagem, Ambiente.
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ESTIMATIVA DO GASTO ENERGÉTICO DA CAMINHADA EM TRILHA
Alberto Barretto Kruschewsky
Universidade Estadual de Santa Cruz(UESC)/PRODEMA/CAPES
Joel Mello Berbert de Carvalho
PRODEMA/UESC
Marisa Viggiano Kruschewsky Bastos
Policlínica de Ilhéus
Zaira Jacqueline Pinto Loureiro
Policlínica de Ilhéus
Cristina Setenta Andrade
PRODEMA/UESC
Luiz Fernando Paulino Ribeiro
DCS/UESC
Como a caminhada em trilhas acontece no meio natural, sem controle de uma
série de fenômenos ambientais, a necessidade da introdução rápida no
mercado de novos percursos, visando atender à crescente procura,
compromete a segurança dos usuários. Alguns autores alertam que, embora
existam amplas informações para turistas sobre acomodações em hotéis, por
exemplo, descrevendo exatamente o que espera essas pessoas, o mesmo não
acontece com dados referentes á atividade na trilha propriamente dita. Estes
apontam para a necessidade de classificação destas de acordo com o grau de
esforço que exigem dos usuários. Tendo em vista a escassez de informações
regionais acerca das dificuldades ou esforço necessário à caminhada em
trilhas na natureza, o presente trabalho buscou estimar o gasto energético da
atividade em trilha interpretativa na Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN) de Serra do Teimoso, localizada no município de Jussari, região sul da
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Bahia. Para tanto, participaram deste estudo vinte e cinco indivíduos saudáveis
de ambos os sexos, sendo 13 do sexo feminino e 12 do sexo masculino (36,88
± 10,17 anos, 65,13 ± 9,90 Kg, 167,80 ± 6,12 cm de estatura, 21,05 ± 5,72 %
de gordura relativa) participaram voluntariamente desse estudo, após
assinarem termo de consentimento livre e esclarecido, responderem a
anamnese
e
questionário
(Q-PAF),
além
de
serem
submetidos
a
eletrocardiograma em repouso (ECG Digital - Wincardio da Micromed)
acompanhado por cardiologista, de forma a excluir quaisquer problemas
cardíacos
que
pudessem
interferir
na
coleta
dos
dados.
Tendo
o
comportamento da freqüência cardíaca (FC) continuamente monitorado e
gravado para posterior análise (Frequencímetro Polar Electro S-810 e software
Polar S-Series Toolkit), o grupo realizou caminhada na referida trilha, com
percurso em remanescente de Mata Atlântica preservado, alternando subidas e
descidas, além de controle de velocidade entre 3 e 4 km/h realizado através de
GPS Garmin 60 CSX operado pelo pesquisador, que determinava o ritmo da
atividade. O gasto energético (GE) foi estimado pela equação [GE= gênero x (55,0969 + 0,6309 x freqüência cardíaca + 0,1988 x peso corporal + 0,2017 x
idade) + (1- gênero) x (-20,4022 + 0,4422 x freqüência cardíaca – 0,1263 x
peso corporal + 0,074 x idade]. Todos os resultados foram expressos em média
± desvio padrão. Como resultado, obteve-se o tempo de percurso de 44,89 ±
0,73 minutos para todo o grupo, com FC média de 109,24 ± 21,35 bpm ou
62,86 ± 13,26 e gasto energético de 447,80 ± 156,28 Kcal. Pelos valores de GE
obtidos, a trilha analisada é classificada como muito fácil ou fácil, se
considerados procedimentos indicados por autores que levam em conta
apenas
suas
características
geográficas.
Apesar
disso,
considerável
variabilidade individual foi observada quanto ao GE estimado na amostra
investigada. Considerando que os voluntários caminharam com velocidade
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controlada, tal variabilidade pode ser explicada por diferenças individuais como
sexo, idade e, principalmente, comportamento da freqüência cardíaca.
Palavras-chave: Caminhada, trilhas, gasto energético.
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(IM) POSSIBILIDADES DE ACESSO AO DIREITO SOCIAL PELA PRÁTICA
ESPORTIVA E LÚDICA DO SURFE NO MUNICÍPIO DA SERRA (ES)
Beatriz dos Santos Garcez
SESI/ESFA
Carlos Nazareno Ferreira Borges
UFES
Alcyane Marinho
UDESC
A presente pesquisa buscou identificar e analisar as potencialidades da
implantação de Políticas Públicas (PP’s) que contemplem a prática do surfe
pela população do município da Serra localizado no Estado do Espírito Santo.
A partir de informações adquiridas por meio do documento Serra Agenda 21 a
respeito das características ambientais, sociais, econômicas, políticas e
culturais desse município pudemos vislumbrar alguns pressupostos sobre a
“vocação territorial”, ou a territorialidade, existente para a prática do surfe
nessa região, os quais nortearam esta pesquisa. Além de uma apresentação
do município e de sua perceptível familiaridade empírica com o surfe, nos
atentamos a verificar e discutir como a população poderá beneficiar-se com
possíveis ações da Prefeitura Municipal da Serra (PMS) que referenciem a
disponibilização sistemática do surfe considerada como uma subcultura
esportiva. Notamos que na Serra/ES é encontrado um território favorável à
prática do surfe. Acreditávamos que tal condição atraía uma demanda
significativa de praticantes para as praias da região, assim como a realização
de eventos importantes da espetacularização dessa prática corporal. Para além
da participação como espectadores dos eventos de surfe sediados em seu
município, buscamos identificar quais são as possibilidades/potencialidades
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para que a população seja contemplada com PP´s que viabilizem a prática do
surfe como atividade esportiva e de Lazer inserida em seu cotidiano.
Discutimos a inserção dessas políticas para o Lazer que contemplem o surfe
como opção de atividade pelos munícipes da Serra compreendendo-o como
um dos direitos sociais garantidos pela constituição de 1988. Entende-se, pois
que para que haja uma efetiva consolidação de uma Política Pública é
necessário ater-se à concepção de cidadania para que assim se torne vigente
a elaboração e implementação de ações que beneficiem a população. Assim,
se torna primordial, a participação e organização da população para que se
informem as reais necessidades para a consolidação de ações ligadas ao
Lazer e ao Esporte. Buscamos viabilizar através de entrevistas com os atores
envolvidos na prática sistematizada do surfe – escolas de surfe localizadas na
faixa litorânea do município e com o diretor de esporte e Lazer da PMS – as
impressões acerca da viabilidade concreta do estabelecimento dessas PP’s de
Lazer. Foram encontramos os seguintes resultados que em análise refletem: 1)
há uma ratificação do potencial territorial da Serra para a prática do surfe, 2) há
concordância entre os atores acerca da legitimação do potencial territorial em
termos de demanda, isto é, os sujeitos próprios da prática (surfistas
especialistas e simpatizantes) buscam as praias da região; 3) os dados
apontam que há iniciativas tímidas do poder público para apoio às atividades
relativas ao surfe, sendo que na maioria das vezes, relacionadas aos eventos
esportivos (espetáculos), no que diz respeito a atividades com regularidade não
há apoio; 4) os dados apontam que todos os atores envolvidos no estudo
(diretor de esporte e Lazer e professores), apesar de perceberem o potencial
territorial e de demanda, relataram dificuldades de ações relativas ao
desenvolvimento do surfe em função da desarticulação entre poder público e
os setores da sociedade civil (escolas, associações, etc); 5) muitas das
dificuldades alegadas têm empecilhos legais, isto é, não parece haver projetos
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técnicos concretos apresentados para o desenvolvimento de atividades
regulares ou não, assim como, as instituições solicitantes não parecem ter
constituição jurídica legal para receber benefício do poder público. Contudo,
podemos concluir que, apesar da identificação das potencialidades do
município da Serra em possibilitar à população a prática do surfe, como opção
de Lazer, por meio de políticas concretas – visto que sua vocação territorial é
percebida pelos atores sociais e há demanda para tal – ainda são necessárias
iniciativas de articulação entre os mesmos que garantam a efetividade dessa
atividade no cotidiano social.
Palavras chave: surfe, políticas públicas, lazer.
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A SUBUTILIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA
EM SANTA TERESA – ES
Carla Rosa Felipe
Cátia Rosa Felipe
William Carrijo
ESFA – Escola Superior São Francisco de Assis
Atualmente as atividades de aventura configuram-se como um dos principais
elementos que fortalecem a economia do Estado do Espírito Santo.
Observamos o Estado em franco crescimento no que tange ao turismo, em
especial ao de aventura, o que pode ser explicado por sua localização
geográfica e especificidades de relevo, os quais possibilitam facilidade de
deslocamento e acesso, além de uma rica cultura regional, oriunda de várias
descendências européias. Mesmo com todo o potencial natural e cultural desse
Estado, notamos uma estagnação no que tange as ações para o
desenvolvimento dessas atividades em sua região centro-Serrana. Dentre as
cidades que compõem tal região, destacamos a cidade de Santa Teresa, a qual
possui descendência Italiana e 40 % de sua cobertura vegetal preservada. Por
suas características de relevo, a cidade possui um grande potencial para o
desenvolvimento de atividades de aventura, o que pode ser incrementado com
sua cultura, gastronomia e arquitetura. No entanto, observamos uma
subutilização desse potencial, o qual vem se construindo timidamente ao longo
da última década, sendo concretizado apenas por ações isoladas fruto de
iniciativas privadas sem comprometimento com a cultura local. Diante disso, a
presente pesquisa visa apontar e analisar os elementos influenciadores da
subutilização do potencial de aventura da cidade de Santa Teresa/ES. Para
tanto, estabelecemos como objetivos específicos: a) Tecer considerações
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sócio-históricas sobre a constituição dessas atividades de aventura na cidade
de Santa Teresa; b) Analisar o entendimento da comunidade e autoridades da
cidade sobre o desenvolvimento das atividades de aventura; c) Verificar
impasses, conflitos e contradições presentes no desenvolvimento de tais
atividades; d) Verificar a relação das atividades de aventura com as formas de
Lazer da comunidade e de seus visitantes; e) Apontar elementos para
constituição de novas políticas de turismo, lazer e aventura na cidade, que
potencializem o desenvolvimento dessas atividades, levando em consideração
a cultura e comunidade local. A presente pesquisa possui natureza qualitativa,
sendo seu tipo exploratória com o procedimento de pesquisa de campo. Para
os instrumentos de coleta de dados utilizaremos a entrevista semi-estruturada
e a observação participante. A amostra será constituída pela comunidade local,
autoridades e visitantes. A discussão dos dados será realizada mediante a
análise de conteúdos. A pesquisa atualmente encontra-se em fase de
construção da discussão teórica e na sistematização dos instrumentos que
comporão as entrevistas e as observações. Através da discussão teórica até o
momento realizada observamos que a questão ambiental tem despertado
novas manifestações formais ou informais de lazer, principalmente no Brasil.
Dentre essas manifestações no meio ecoturístico merecem destaque as já
citadas atividades de aventura que, relacionadas ao novo turismo ecológico, se
caracterizam pela busca de aventura e afastamento dos padrões urbanos
rotineiros e estressantes. As atividades de aventura possibilitam um enorme
aspecto sociomotriz aos seus praticantes, o qual está muito presente nas
atividades motoras, esportivas e de lazer em interação com a natureza,
favorecendo, assim o entrosamento e as relações sociais. A partir do
ecoturismo, Santa Teresa poderia obter uma nova forma geradora de renda e,
ao mesmo tempo, propiciar à população um maior contato com as belezas
naturais, as quais até então não são vistas com o valor e a potencialidade que
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tem, e sim como mata sem valor que não gera lucro para a propriedade. As
atividades de aventura podem ser apropriadas à estrutura da cidade e o
profissional de Educação Física atuar como colaborador ao abrir novos
horizontes e ampliar o mercado de trabalho, como também para as questões
ambientais.
Palavras-Chave: Ecoturismo, Lazer, Economia.
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A REALIDADE E SIGNIFICADO DO ESPORTE DE AVENTURA EM GURUPI
– TO
César Augusto Babosa Lima
Valmir Fernandes de Lira
João Bartholomeu Neto
Centro Universitário UNIRG – Gurupi – TO
O esporte de aventura tem se popularizado nas ultimas duas décadas, com um
crescente número de praticantes, assim como a diversificação e divulgação de
novas modalidades “radicais”. O esporte de aventura possui uma relação
próxima à natureza, com utilização de materiais de segurança obrigatórios,
assim como princípios de respeito e preservação da natureza. Dessa forma, o
objetivo do presente estudo buscou compreender a realidade e significado do
esporte de aventura no município de Gurupi-TO, sendo que o mesmo possui
potencial para esportes de aventura e esportes de natureza. O estudo
desenvolveu-se metodologicamente por meio de uma pesquisa exploratória,
utilizando como instrumento para a coleta de dados um questionário semiestruturado e aplicado a uma amostra de 20 praticantes de esportes de
aventura na natureza. Dentre as características dos praticantes, ressaltamos
que todos são do sexo masculino, com tempo de prática em contato com a
natureza de 8 meses a 22 anos e faixa etária entre 18 e 40 anos. As
modalidades estudadas foram o Enduro de Moto, Enduro de Jeep, Montain
Bike e Down Hill. Os dados coletados foram analisados descritivamente,
utilizando-se a técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam um grande
número de participantes divididos em 4 esportes. Os entrevistados relataram
por meio do questionário que buscaram o esporte de aventura devido: (58%)
falta de incentivo a esportes convencionais, (14%) procuram maior contato com
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a natureza, (12%) amor ao esporte que pratica, (11%) aliviar o estresse do diaa-dia, (5%) pela “adrenalina” durante a prática. Os entrevistados (85%) ainda
relataram que Gurupi pode ser mais bem explorada para esportes de aventura,
por meio de ações simples como divulgação, incentivo e maior informação.
Quando questionados sobre se o esporte praticado é de baixo ou alto custo,
observamos que não houve nenhuma resposta baixo custo, sendo que os
mesmos responderam custo médio, médio-alto e altíssimo. A mountain bike e
down Hill são mais acessíveis em comparação a enduro de motos e o enduro
de Jeep é o mais dispendioso. Pode-se observar ainda uma diferença
significativa nos equipamentos dos praticantes devido ao alto valor dos
mesmos. Assim alguns esportistas utilizam materiais acessórios alternativos
adaptados para reduzir gastos e ainda continuar a prática e manter o contato
com o grupo. Apesar da pesquisa não investigar o desenvolvimento do esporte
de aventura em Gurupi-TO, podemos observar que há uma tendência ao
crescimento, pois o mesmo ainda é pouco explorado na região e a cidade
possui muitas características positivas e potencial natural para explorar
diversos esportes de aventura. Devido à baixa divulgação e participação em
esportes de aventura no município, sugerimos um contato mais próximo dos
organizadores e praticantes com instituições públicas e privadas e uma
parceria com as instituições de ensino médio e superior. Dentre as instituições
de ensino, destacamos o curso de Educação Física que pode ser um ambiente
de discussão, divulgação, participação e organização de eventos de esporte de
aventura. Atentamos ainda que os iniciantes ao esporte de aventura deve ser
ensinado princípios e valores de respeito e preservação da natureza, assim
como consciência de segurança e conhecimento dos benefícios da prática da
modalidade escolhida.
Palavras – Chave: Esportes de Aventura, Lazer, Natureza.
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ACESSIBILIDADE NO TURISMO DE AVENTURA DO PARQUE NACIONAL
DO IGUAÇU
Cláudio Alexandre de Souza
Deise Cristina da Silva
Nadia Michele Neitzel
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
O presente trabalho tem como tema principal a acessibilidade de pessoas com
necessidades especiais (cadeirantes) ao turismo de aventura, especificamente
nas estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de aventura do
Parque Nacional do Iguaçu. Decidiu-se abordar este tema, pois, sabe-se que
cerca de 25 milhões de pessoas no Brasil possui algum tipo de necessidade
especial, e destes, somente 4% tem acesso a serviços especiais. Os
cadeirantes são um publico em crescimento no ramo turístico e grande parte
destes viaja mais de uma vez ao ano e a maior dificuldade encontrada é a falta
de infra-estrutura adaptada para atender a necessidade dos mesmos. Sendo
assim, o objetivo deste estudo analisar as condições de acessibilidade das
estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de aventura do
Parque Nacional do Iguaçu para as pessoas portadoras de necessidades
especiais (cadeirantes). Sabe-se que com esta iniciativa, os atrativos turísticos
de turismo de aventura do Parque Nacional do Iguaçu só terão a ganhar com
os possíveis resultados desta pesquisa, pois poderão servir, no aspecto
comercial, como uma possível ferramenta de marketing visando atrair mais
turistas e sendo o turismo de aventura uma atividade que propicia a sensação
de liberdade e permite que seus praticantes, inclusive as pessoas com
necessidades especiais superem seus limites, esta iniciativa visa a inclusão
social nos mais diferentes segmentos e/ou tipologias de turismo, inclusive o de
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aventura. A Metodologia utilizada possui caráter exploratório, qualitativa e
quantitativa
utilizando
pesquisa
bibliográfica e
observação direta. Os
instrumentos de pesquisa foram baseados no Manual de recepção e
acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a empreendimentos e
equipamentos turísticos. Os mesmos foram aplicados in loco, sendo o universo
da pesquisa as estruturas de receptivo dos atrativos turísticos de turismo de
aventura do Parque, mais especificamente a Trilha do Poço Preto e a Trilha
das
Bananeiras,
ambas
administradas
pela
concessionária
Macuco
Ecoaventura. Os objetivos dos autores referentes a este trabalho forma
atingidos em parte, visto que algumas limitações impediram a realização da
pesquisa em algumas das estruturas de receptivo dos atrativos de turismo de
aventura do Parque Nacional do Iguaçu, porém os resultados alcançados
demonstram que ambas as trilhas não estão conforme as normas da ABNT e o
Manual de recepção e acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a
empreendimentos e equipamentos turísticos. As estruturas de receptivo desta
trilhas podem receber as adaptações necessárias, as quais o Manual acima
citado descreve, porém alguns fatores naturais tornam-se obstáculos nesta
busca de adaptação destes atrativos. Sabendo-se que as pessoas com
necessidades especiais – cadeirantes sofrem com a falta de acessibilidade na
infra-estrutura em geral, inclusive nos empreendimentos turísticos, percebeu-se
que a adaptação destas estruturas de receptivo dos atrativos favoreceria estes
turistas, bem como a própria empresa, visando o bem-estar e a inclusão social
desta parcela da população, e ainda a divulgação do atrativo. Por fim, acreditase que este estudo serve de referencia para trabalhos futuros, além de
significar, dentro de suas limitações, uma contribuição aos estudos da
academia sobre este tema.
Palavras-chaves: Acessibilidade, Turismo de Aventura, Cadeirantes.
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PROGRAMA ESFA PORTAS ABERTAS: CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS
Graduanda Graciele Cecília Kippert
ESFA/PIC
Especialista Pollyana Hoffmann Gums
ESFA
Mestre Andreia Silva
ESFA
A inserção das Práticas Corporais de Aventura na Natureza (PCAN’s) no
espaço escolar é atualmente foco de vários estudos, os quais em sua maioria
visam ressaltar suas várias possibilidades pedagógicas, sendo tais práticas
promissoras no espaço educacional.
Tal apropriação enquanto forma
pedagógica pode assumir um caráter inter e transdisciplinar, que contribui na
construção do conhecimento mais amplo e assimilável, criando laços mais
estreitos entre o ser humano e natureza. Essas práticas possuem um
importante papel na Educação Física Escolar, pois desenvolve dentro da
disciplina, a participação ativa dos alunos nas atividades, atua colaborando
com o fim das limitações e o desenvolvimento dos alunos; como: superação de
barreiras, medos, adrenalina, desenvolvimento da motricidade, interação entre
os alunos, conscientização a preservação do meio ambiente, entre outros.
Embora possua todas essas possibilidades e várias formas de abordagem,
observamos que as PCAN’s, são pouco desenvolvidas nas aulas escolares de
Educação Física. Podendo ser vários os fatores que dificultam essa
apropriação, como por exemplo, falta de conhecimento do professor sobre esse
conteúdo, falta de equipamentos específicos para a prática, a questão do risco
implícita a elas, dentre outros. No entanto, observamos algumas iniciativas
louváveis em relação à inserção das PCAN’s no espaço escolar, dentre elas
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destacamos o Programa ESFA Portas Abertas desenvolvido pelo Núcleo
Universitário de Ar Livre (NUAr) da Escola Superior São Francisco de Assis
(ESFA). Esse programa tem por ano cerca de 2.500 participantes atendidos,
sendo seu objetivo principal proporcionar aos/as alunos/as da rede pública e
privada da região centro-serrana do Espírito Santo, vivências em atividades
físicas de lazer ao ar livre e visitações/aulas nos laboratórios de química,
anatomia humana, microbiologia, ecologia e fisiologia da Instituição, com o
intuito de possibilitar atividades que venham a melhorar o processo educativo
dessas escolas e o auto-conhecimento desses/as alunos/as. Se a inserção das
PCAN’s faz-se de maneira promissora nesse programa, somos levados a
questionar quais os caminhos podem ser seguidos para consolidação de tais
práticas como conteúdo no espaço escolar. Diante disso a problemática
norteadora da pesquisa constitui-se no seguinte questionamento: Como
podemos inserir as PCAN’s nas aulas de Educação Física Escolar em uma
perspectiva pedagógica, através das contribuições do Programa ESFA Portas
Abertas? Para tanto o objetivo geral visa refletir sobre a inserção das PCAN’s
no âmbito escolar em uma perspectiva pedagógica, utilizando como parâmetro
o Programa ESFA Portas Abertas. E, como objetivos específicos tecer
considerações sócio-históricas das PCAN’s e sua relação pedagógica com a
Educação Física Escolar; verificar o entendimento dos grupos participantes
sobre as PCAN’s; refletir e analisar sobre a inserção das PCAN’s na escola por
meio do Projeto ESFA Portas Abertas; analisar os avanços, limitações e
contradições presentes nessa inserção. Para tanto, nossa pesquisa possui
característica qualitativa, sendo do tipo exploratória, uma vez que visa
proporcionar maior familiaridade com o problema. Possui também um caráter
explicativo, pois busca o aprofundamento do problema e o conhecimento da
realidade, nos possibilitando identificar os fatores relevantes que estejam
explicando as possibilidades e limitações sobre a inserção das PCAN’s no
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âmbito escolar. Quanto aos procedimentos caracteriza-se como pesquisa de
campo, pois nossa coleta de dados será realizada com envolvimento dos
pesquisadores no desenvolvimento das atividades do grupo estudado,
participantes do Projeto. Os instrumentos utilizados na pesquisa serão a
observação participante e a entrevista. A observação participante possibilita um
contato direto com as escolas que participaram da pesquisa, onde será
permitido acompanhar de perto algumas experiências vivenciadas pelos
sujeitos da pesquisa e, para não interpretar o método de observação com uma
observação pessoal ou distorcida, também será utilizado anotações detalhadas
e organizadas para fazer validar as nossas observações. A entrevista semiestruturada será utilizada, por permitir maior liberdade de respostas para os
nossos entrevistados, realizada com total autorização dos mesmos, por meio
de gravação direta utilizando um MP4 e um computador para as transcrições.
Os sujeitos entrevistados de nossa pesquisa serão as Escolas participantes do
Programa, enfatizando, a princípio, os meses de Agosto a Outubro de 2009. A
análise de dados utilizada será a Análise de Conteúdo – Modalidade Temática.
Posteriormente, faremos uma articulação dos dados obtidos com o referencial
bibliográfico do trabalho. Atualmente a pesquisa encontra-se em fase de
delimitação da base teórica e conceitual e na estruturação do roteiro de
observação.
Palavras chave: PCAN’s, Escola, Educação Física, Educação.
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PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E EDUCAÇÃO FÍSICA:
CONTEÚDO OU MODISMO?
Graduanda Geisy Karla Hylário
ESFA/PIC
Especialista Pollyana Hoffmann Gums
ESFA
Mestre Andreia Silva
ESFA
A proposta do presente estudo teve início, ainda a partir vivência e reflexão das
práticas Corporais de Aventura na Natureza – PCAN’s, no 1º período de
Educação Física, na disciplina de Práxis dos Esportes de Aventura na Escola
Superior São Francisco de Assis (ESFA). Posteriormente, com a criação do
Núcleo Universitário ao Ar Livre (NUAr), em março de 2004, nos tornamos
monitores do mesmo, participando de vários programas e eventos em tais
atividades, o que nos propiciou além de conhecimentos específicos,
questionamentos sobre a construção histórica e entendimento dessas
atividades como conteúdo da Cultura Corporal do Movimento dentro de nossa
área de atuação: a Educação Física Escolar. Tais práticas estão se
manifestando no contexto atual como prática de lazer e/ou esportiva tais como
surf, tirolesa, rapel, escalada, trekking, dentre outros. Essas práticas possuem
uma construção histórica, com significados e sentidos próprios, as quais vem
se manifestando na sociedade contemporânea, revelando relações e
influências sócio-culturais. Além disso, não podemos deixar de destacar sua
forte possibilidade pedagógica, o que pode contribuir na formação do indivíduo
e na sua prática social. Pretendemos, a partir daí, realizar uma discussão e
reflexão acerca da problemática envolvendo as PCAN’s, em especial as de
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ambiente terrestre, como conteúdo pedagógico nas aulas de Educação Física
Escolar. Esta questão foi delimitada a partir da seguinte pergunta: As PCAN’s
podem ser consideradas como um conteúdo pedagógico a ser desenvolvido no
contexto da Educação física? Temos estudado que a instituição escolar existe
desde os primórdios e é compreendida ao longo do tempo como espaço para o
ato educativo com intuito de contribuir com a formação do indivíduo. Assim,
pretendemos refletir sobre as PCAN’s que podem ser trabalhados na disciplina
de Educação Física, uma vez que faz parte deste componente curricular, tratar
das práticas corporais culturalmente construídas pelo ser humano ao longo de
sua existência. Dentre essas novas possibilidades de conteúdo destacamos o
trekking que, possui potenciais características educacionais. Para tanto,
estabelecemos como objetivo geral analisar as possibilidades de inserção das
práticas corporais de aventura na natureza, caracterizando-o como um
conteúdo a ser explorado pelos professores de Educação Física Escolar. E,
como objetivos específicos, tecer considerações sócio-histórica da construção
dessas práticas em relação com os conteúdos da Educação Física Escolar;
verificar e analisar as possibilidades educacionais da PCAN’s; caracterizandoas como conteúdo da Educação Física escolar; repensar a prática pedagógica
a partir do contexto das aulas de Educação Física através das PCAN’s. A
pesquisa caracteriza-se como qualitativa e visando respostas aos nossos
questionamentos, num primeiro momento optamos em realizar uma pesquisa
do tipo exploratória e descritiva, com a finalidade de estar com um maior
contato com o tema em questão e descrever ainda, a população estudada,
focando as PCAN’s como conteúdo nas aulas de Educação Física Escolar.
Objetivamos com a escolha desse tipo de pesquisa aumentar o grau de
familiaridade com fenômeno, buscando entender as razões e motivações
subentendidas para determinadas atitudes e comportamentos, promovendo
uma compreensão mais ampla do tema. O procedimento adotado será o
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estudo de caso, pois através deste, tentaremos obter respostas dos
acontecimentos hodiernos nos quais temos pouca informação. Importante
ressaltar que, no âmbito educativo, o estudo de caso pode ser definido como
um processo que tenta descrever e analisar algo em termos complexos e
compreensivos, que se desenvolve durante um período de tempo”. Desta forma
uma proposta pedagógica das PCAN’s na escola, torna-se um objeto de estudo
importante no qual se cria a possibilidade de inserção de novas atividades nas
aulas de Educação Física. Os instrumentos utilizados serão a entrevista semiestruturada, a observação não-participante e o diário de campo. A amostra
será composta pelos docentes, diretores e discentes das escolas de Ensino
Fundamental e Médio, municipais e particulares, da cidade de Santa
Teresa/ES. Para análise de nossos dados utilizaremos a Análise de Conteúdo
a qual consiste na análise e tratamento de dados qualitativos que buscam a
compreensão de sentido que se dá na comunicação e, para tanto, leva em
extrema consideração o contexto histórico social no qual o indivíduo e os
fenômenos estudados se inserem, buscando uma junção interpretativa entre as
ciências sociais e a filosofia como forma de aprofundamento e entendimento
das forças que movem o homem em suas relações com o meio. Faremos uma
intersecção dos dados obtidos, comparando com o referencial bibliográfico do
trabalho. Atualmente a pesquisa encontra-se em fase de delimitação da base
teórica e conceitual e na estruturação do roteiro de observação.
Palavras-chave: PCAN’s, Educação Física, Conteúdos.
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ESTRUTURA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA SOB A ÓTICA DE
UNIVERSITÁRIOS
Cristiane Naomi Kawaguti
Danilo Roberto Pereira Santiago
Giselle H. Tavares
Norma Ornelas Montebugnoli Catib
LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro
As atividades de aventura na natureza são realizadas pelo ser humano desde
os primórdios de sua existência. Inicialmente, essas práticas ocorriam
principalmente para a sua subsistência (caça, fuga de inimigos, etc.).
Atualmente, com o avanço das tecnologias e o estilo de vida urbano, é cada
vez mais crescente a procura por tais vivências no contexto do lazer, na
tentativa de passar momentos prazerosos e emocionantes junto à natureza.
Por isso, torna-se necessário a sistematização dessas atividades por meio das
empresas que oferecem os mais variados serviços. Essas atividades podem
ser consideras de risco, já que são feitas ao ar livre em contato com estruturas
naturais das quais não se pode ter controle (rios, cachoeiras, ventos,
penhascos, etc.), nesse sentido julga-se necessário certos cuidados para
minimizar os riscos, com base em estruturas que ofereçam o máximo de
segurança ao praticante (equipamentos adequados e instrutores qualificados).
Desta forma, o objetivo do presente estudo foi verificar a opinião de
universitários que vivenciaram essas atividades, sobre a estrutura geral de um
local onde algumas dessas atividades de aventura na natureza são realizadas.
Para tanto, essa pesquisa de natureza qualitativa, foi realizada por meio de
uma entrevista a uma amostra composta por 46 estudantes do segundo ano do
curso de Educação Física da Universidade Estadual Paulista – Campus de Rio
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Claro, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 22 anos, os quais
vivenciaram tais atividades durante uma excursão didática de uma disciplina do
curso em questão. A excursão teve como destino a cidade de Brotas, município
do interior do estado de São Paulo, famosa por seus rios e cachoeiras. O
roteiro seguido pela turma foi: passeio por um sítio local, que possui quatro
cachoeiras, duas das quais têm difícil acesso, visita ao centro da cidade (para
alimentação) e finalização com o bóia-cross (07 km de descida em bóias
individuais, no Rio Jacaré-Pepira, com duração de aproximadamente 2 horas,
passando por corredeiras de classe I e II - nível de dificuldade). Os relatos dos
alunos apontaram que o sítio visitado não tem uma estrutura física muito
adequada, como era esperado, tendo em vista que o local é considerado um
pólo internacional de atividades de aventura no Brasil. Os alunos também
citaram a má conservação de alguns itens importantes nas trilhas, como por
exemplo, escadas e corrimãos para as cachoeiras de difícil acesso e altura
inadequada dos degraus (alguns alunos relataram até que deixaram de ir em
alguns locais por medo de cair, principalmente os do sexo feminino). Na visita
ao centro da cidade, apontaram não encontrar muitas opções para
alimentação, alguns estabelecimentos até fechados. Já na atividade de bóiacross, os participantes apontaram a inadequação das bóias utilizadas (todas do
mesmo tamanho, sem fazer distinção em relação ao porte de cada pessoa a
utilizar o equipamento). Por outro lado, elogiaram a hospitalidade local e o
trabalho da equipe de profissionais envolvidos nas atividades, por intermédio
da boa comunicação para as instruções e, principalmente, no auxílio à descida
do rio durante a atividade bóia-cross, aspecto que ofereceu um sentimento de
segurança para os participantes. Portanto, com base nos resultados do estudo,
o
local parece
não
oferecer uma
estrutura física
muito adequada,
principalmente quando se pensa no atendimento às mais variadas populações
(crianças e idosos). No entanto, uma boa equipe de profissionais parece
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superar tais deficiências, já que, mesmo com os problemas apontados, a
cidade recebe um grande número de visitantes para a vivência das atividades
de aventura. Sugere-se, neste sentido, que outros estudos sejam realizados
em outras empresas e locais que ofereçam esse tipo de atividade e
devidamente disseminados para todos os envolvidos, tendo em vista que este
é um mercado em crescente expansão nos últimos anos e, dessa forma, tornase premente a devida atenção, principalmente no que diz respeito à segurança
dos participantes.
Palavras-chave: Atividades de aventura, estrutura, segurança.
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ESPORTES NA NATUREZA COMO DISCIPLINA DO CURSO DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Danilo Roberto Pereira Santiago1
Alexander Klein Tahara1,2
Cristiane Naomi Kawaguti1
Giselle H. Tavares1
1
LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro/SP
2
Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC – Ilhéus/BA
A temática referente à prática de atividades de aventura em contato com a
natureza vem consolidando-se junto à comunidade científica, especialmente no
campo de estudo da Educação Física, sendo que algumas instituições de
ensino superior já possuem disciplinas com tal temática dentro de suas grades
curriculares, mas esta, não é uma disciplina comum em todos os cursos no
país, talvez, pelo fato de não se ter ainda com clareza o conhecimento sobre a
importância desta na formação docente nesta área, o que motivou o interesse
deste estudo, no sentido de perscrutar sobre o modo como ela está sendo
avaliada, na perspectiva de graduandos. O objetivo desta pesquisa, de
natureza qualitativa, foi perceber a visão de discentes do Curso de Licenciatura
em Educação Física da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz, em
Ilhéus/BA, acerca da importância da disciplina Metodologia de Ensino dos
Esportes na Natureza para sua formação e futura ação profissional. O
instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário aberto aplicado
a 47 sujeitos, de ambos os sexos, faixa-etária de 19 a 41 anos, sendo todos
discentes da UESC que já cursaram tal disciplina. Os dados foram analisados
descritivamente, por meio da técnica de Análise de Conteúdo Temático e
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indicam que 25 alunos acreditam que seja muito importante discutir dentro do
curso e aprender sobre estas modalidades, que só há pouco tempo passaram
a ser focalizadas mais frequentemente, além destes, 14 graduandos realçam a
importância pelo fato de que tais modalidades, por serem praticadas em
contato direto com a natureza, possibilitam um (re)pensar mais constante sobre
assuntos ligados à educação ambiental. No que tange à futura ação
profissional, 21 discentes vêem chances de inserir em seus âmbitos de
trabalho na área da Educação Física esta temática dos Esportes na Natureza,
levando seus clientes à diversificação de experiências com estas possibilidades
de práticas. Pelo fato da região cacaueira possuir boas condições naturais para
as vivências, 15 alunos percebem maneiras bem viáveis para implantar as
atividades de aventura e o contato com o meio natural facilmente em suas
futuras propostas e planos de aula, valorizando e cuidando da região onde
moram. Pelo exposto, percebe-se que uma disciplina que trata da relação ser
humano-natureza pode ser enriquecedora para alunos do curso de Educação
Física, já que favorece o despertar para assuntos importantes, como a
educação ambiental e a vivência de novas experiências baseadas nas
atividades de aventura, bem como pode enriquecer e ajudá-los em seus
trabalhos futuros na referida área.
Palavras-chave: Disciplina Curricular, Esportes na Natureza, Discentes,
Educação Física.
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O (DES)COMPROMISSO NAS PRÁTICAS CORPORAIS DE RISCO: LAZER
OU COMPETIÇÃO?
Denis Terezani
GPL – Grupo de Pesquisa em Lazer
UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba
Álan Annibal Schmidt
LEL- Laboratório de Estudos do Lazer
UNIMEP- Universidade Metodista de Piracicaba
NUCORPO- Núcleo de Pesquisa em Corporeidade e Pedagogia do Movimento
A busca pela aventura expressa-se no final do século XX e início do século XXI
de uma maneira simbólica, representada por atividades que se vinculam ao
radicalismo, em que as mais variadas modalidades nos três planos físicos –
terra, água, e ar - exprimem sensações de desafios na superação dos próprios
limites humanos, interagindo seja com a natureza ou com o espaço urbano,
exigindo total interação entre praticante e espaço a ser praticado. Dessa forma,
os objetivos buscam analisar as práticas corporais de risco enquanto práticas
de lazer, como também sua crescente esportivização. O estudo apresenta uma
abordagem qualitativa, respaldado na revisão de literatura. Para tanto, alguns
autores se debruçaram nas últimas décadas do século XX e início do século
XXI para compreender essa busca pela aventura, a vertigem, ou o
envolvimento do ser humano com as atividades vinculadas ao meio ambiente
natural. Contudo, o cenário esportivo, foi impulsionado por uma primeira
tendência de trazer o esporte para o interior, para o espaço fechado e coberto,
evidenciado por exemplo pelo desenvolvimento dos esportes de quadra e em
piscinas ao longo do século XX, em contraposição, é hoje marcado por uma
segunda tendência, de levá-lo para o exterior, seja no ambiente urbano, como
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é o caso do skate, ou para a natureza, como o rafting, o trekking, o
paraquedismo, entre outros. Fato este, evidenciado pelas crescentes práticas
corporais de risco que devolvem, restauram e recriam as sensações de
desafios, envolvendo aprendizado em meio ao ambiente natural ou urbano,
tendo como principais focos durante seu surgimento o divertimento, a
recreação e o entretenimento, propiciados pelo lazer. Por outro lado, muitas
dessas atividades começam a transpor as simples vivências repentinas de final
de semana, ao incorporarem elementos já difundidos em modalidades
consideradas tradicionais, como a sistematização do treinamento (técnico,
tático,
físico
e
psicológico),
hipercompetitividade
entre
os
a
competitividade
praticantes,
a
ou
até
constituição
mesmo
de
a
órgãos
administrativos regendo a institucionalização de regulamentos oficiais, a
propagação de empresas especializadas na projeção de equipamentos que
contribuem diretamente para a performance dos praticantes. Em contrapartida,
olhares críticos são lançados à clara esportivização que vem acontecendo no
decorrer da última década, relacionados a essas práticas corporais de risco,
caracterizadas pela hipervalorização do elemento competitivo, desmistificando
a vertente principal dessa prática de caráter lúdico e recreativo, tornando-a
mais uma prática esportiva de competição tradicional. Caminhando ao encontro
das críticas supracitadas, uma pesquisa realizada pela Webventure no ano de
2001 verificou que de uma amostra de 689 pessoas vinculadas às práticas
corporais
de
risco,
16%
se
caracterizavam
como
competidores(as)
profissionais. Entretanto, acredito que as práticas corporais de risco são
incorporadas repentinamente por seus praticantes, num primeiro momento pela
busca da auto-superação e posteriormente em relação à superação dos
demais adversários, manifestando-se no confronto de performances. Por fim,
atribuo algumas considerações na qual as práticas corporais de risco surgiram
com reais intenções descompromissadas, ou seja, alicerçadas pela livre
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adesão em prol do divertimento, mas, atualmente, as mesmas atividades
começam a incorporar componentes ligados à competitividade, valorizando a
performance individual ou da equipe, fato ocorrido pela especialização de
atletas que praticam tais atividades regularmente, promovendo transformações
culturais cuja profundidade ainda não se compreende inteiramente.
Palavras-chave: Práticas Corporais de Risco, Competição Esportiva e Lazer.
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A COMPLEXIDADE DA AVALIAÇÃO DOS RISCOS
NA ESCALADA EM ROCHA
Dimitri Wuo Pereira
Universidade Nove de Julho
A escalada é uma modalidade complexa, envolvendo vários aspectos dentro de
uma mesma prática esportiva. Ela ocorre em ambientes construídos e na
natureza, nessa segunda opção há a escalada em rocha com alturas que
variam de 2 a 1000 metros e a escalada em gelo que pode ocorrer em
cascatas ou montanhas com ar rarefeito a mais de 4000 metros de altitude.
Destacam-se também os movimentos realizados que envolvem todos os
segmentos corporais e requerem a resolução de problemas. A preservação da
natureza está no âmago da escalada, pois sua ética é de não destruir seu
próprio local de lazer. Finalmente o risco inerente de quedas pode gerar lesão
ou até a morte, o que levou ao desenvolvimento de técnicas e equipamentos
sofisticados para domesticar o mundo selvagem. Essas técnicas verticais
envolvem descer e subir por cordas, segurar o companheiro, ancorar-se a
proteções na rocha, confeccionar nós etc. Essas características somadas à
construção de uma cultura do montanhismo forjam o espírito do escalador pela
convivência com a incerteza e o desafio que a ascensão proporciona. Isso nos
leva ao objetivo de investigar os critérios de análise de risco objetivos e
subjetivos que o escalador deve ter para uma prática segura. Baseamo-nos na
epistemologia qualitativa utilizando como instrumento um questionário com
perguntas semi estruturadas e uma conversação com quatro sujeitos que
escalaram duas vias com 150 metros de altura no complexo do Baú, interior de
São Paulo. Os sujeitos 1 e 2 escalaram a via Peter Pan (4º IV sup) e os
sujeitos 3 e 4 subiram a Lixeiros (3º V). Essas rotas gastam 3 horas para
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completá-las com exposição ao risco de quedas potenciais de mais de 15
metros pela distância entre as proteções. Nas respostas sobre os perigos
obtivemos: a exposição à altura (1); a queda, o tempo de escalada; a
possibilidade de chuva, a dificuldade do rapel em determinados pontos (2); a
distância e a dificuldade de achar as proteções (3); desprendimento de lacas
(4). Nas situações consideradas arriscadas durante a prática temos:
desconforto de ficar na parada (1); queda durante a guiada e dificuldade de
comunicação (2); distância e o fator 2 de queda (3); chance de queda no crux
(4). Quanto ao que cada um considera necessário para controlar os riscos da
atividade obtivemos: treinar, ganhar experiência e conhecer-se (1); saber as
técnicas de segurança e sua capacidade física (2); saber informações da via
(3); saber usar os equipamentos, conhecer a via, analisar a meteorologia (4).
Essas informações discutidas produziram um significado não unânime sobre o
conceito de risco/perigo, pois passa pela interpretação do escalador de que
quanto mais controla o risco da atividade mais se afasta do perigo ou então o
risco é a probabilidade de acontecer algo perigoso ou danoso, isto é, tentamos
controlar as situações mas estamos sujeitos ao imponderável. Outro fator
subjetivo são as decisões que devem ser tomada pelo escalador: continuar ou
desistir de uma empreitada e aceitar a dificuldade do ambiente e enfrentá-lo.
Nesse jogo a confiança da pessoa em sua habilidade e competência são
fatores decisivos na tomada de decisão e obtidos a custa de treinamento e
aprendizado, por isso a importância da escolha de parceiros que contribuam
com as vivências de cada um. Os escaladores 1 e 3, menos experientes,
fizeram a função de segundo, isto é, deram a segurança para os escaladores 2
e 4 guiarem a corda ao topo. Para o sujeito (4) o mais experiente deve trocar
informações e auxiliar o outro a se organizar assim contribuirá para que o
menos experiente adquira condições de no futuro guiar uma via de forma
autônoma e consciente dos riscos. Encontramos no sujeito mais novo do grupo
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respostas voltadas a objetividade da via. Ele consegue perceber com clareza
as dificuldades aparentes, mas ainda não expressa julgamentos pessoais
sobre seus sentimentos e ações em situações de risco, apesar de definir com
clareza onde ele se encontra. Com apenas 13 anos de idade isso é normal e a
experiência citada pelo 2 que também tem menos experiência porém mais 30
anos de idade nos mostra que o caminho de aprender com pessoas mais
experientes e compromissadas com o outro está em conformidade com o
ganho de maturidade na escalada. A construção de significado dessa pesquisa
nos possibilitou entender que entre os fatores objetivos temos aqueles
registrados e mensuráveis sobre a via, por exemplo: o croqui com as
informações; as técnicas de segurança, o ambiente, o tipo de proteção, o
tamanho, a altura da queda e a dificuldade. Nos subjetivos temos a forma como
usamos essas informações, ou seja, como nosso pensamento e sentimento
lidam com as situações reais de exposição ao risco partindo de informações
objetivas e decidindo o grau de comprometimento que estamos dispostos e
colocar em nossa escalada. Conhecer os riscos objetivos é obrigação do
escalador antes de iniciar uma escalada em rocha, controlar os subjetivos faz
parte de um aprendizado gradual e orientado.
Palavras chave: escalada, risco, aventura, esporte.
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ESPORTES DE AVENTURA: UMA PROPOSTA PARA INVESTIGAÇÃO DA
PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA
Fabiano Augusto Teixeira 1
Alcyane Marinho 1, 2
1
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – SC
2
Laboratório de Estudo do Lazer/UNESP/Rio Claro – SP
Mesmo vivendo, diariamente, cercados por novas tecnologias, novas
informações e, ainda, cada vez mais academias de ginásticas, de lutas, de
musculação e de dança sendo abertas, podemos observar uma crescente
busca pelo contato com ambientes diretamente ligados ao verde, ao ar “limpo”.
Aqui, especialmente, referimo-nos às atividades físicas realizadas em contato
com a natureza - os esportes de aventura. As justificativas, os argumentos e/ou
os relatos por esta busca encontrados são os mais diversos possíveis, tais
como: a busca por prazer, novas experiências, tranqüilidade, fuga da rotina
estressante e do caos urbano, entre outras. Os esportes de aventura
compreendem o conjunto de práticas esportivas formais e não formais,
vivenciadas em interação com a natureza, a partir de sensações e de emoções,
sob condições de incerteza em relação ao meio e de risco calculado.
Realizadas em ambientes naturais (ar, água, neve, gelo e terra), como
exploração das possibilidades da condição humana, em resposta aos desafios
desses ambientes, quer seja em manifestações educacionais, de lazer e de
rendimento, sob controle das condições de uso dos equipamentos, da
formação de recursos humanos e comprometidas com a sustentabilidade
socioambiental. Portanto, entendemos que a crescente busca por estas
atividades é um fenômeno importante para compreendermos a vida
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contemporânea, uma vez que perpassa por sentimentos e emoções,
trabalhando com medos e inseguranças; competências e habilidades dos
praticantes, podendo contribuir para mudanças de atitudes e comportamentos,
podendo, ainda, oportunizar o estabelecimento de uma diferente relação com a
natureza. Nesta perspectiva, juntamente com o interesse pela prática por este
segmento, despontam importantes grupos de pesquisa e estudos que vêem
ampliando sistematicamente a produção científica do fenômeno, auxiliando em
sua compreensão. Com isso, partindo destas idéias sobre a temática esportes
de aventura, este trabalho tem como objetivos: investigar os grupos de
pesquisa cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa, desenvolvido pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tendo
como delimitação a pesquisa das palavras-chave “esporte de aventura”,
“esporte e natureza”, “esporte de risco”, “esporte radical”, “esporte e natureza”,
“atividades na natureza”, “atividades de aventura” e “aventura”; e analisar a
produção científica dos líderes e vice-líderes desses respectivos grupos. Este
estudo constitui-se em uma pesquisa descritiva e será desenvolvida em duas
etapas. Inicialmente, serão inseridas as referidas palavras-chave no link de
busca textual do site oficial do Diretório, sem a utilização de filtros para busca.
Posteriormente, será realizado um levantamento sobre a produção científica
dos coordenadores dos grupos encontrados na primeira etapa. A delimitação
para tal levantamento será a produção científica apresentada em periódicos
científicos, livros e capítulos de livros do triênio 2006, 2007 e 2008. O local de
busca deste segundo levantamento será a Plataforma Lattes, por meio do
Currículo Lattes dos líderes e vice-líderes dos grupos investigados. A análise
dos livros e capítulos de livros será quantitativa, enquanto a análise das
publicações em periódicos será quantitativa e qualitativa, baseando-se no
Qualis atual (2007-2009). Os dados serão analisados e, a luz da literatura
sobre o tema, serão descritos e discutidos. Uma vez que o fenômeno
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“aventura”, na atualidade, agrega diversos atores sociais, objetivos e
interesses, retratando uma importante fase na história humana, acredita-se que
os resultados a serem encontrados, por intermédio deste estudo, poderão
servir de referencial para futuras investigações sobre o tema, contribuindo para
o desenvolvimento científico do segmento e constituindo-se em importante
ferramenta para a identificação dos grupos que estudam a “aventura” no Brasil
e da produção científica sobre o tema.
Palavras-chave: Esporte, Aventura, Produção Científica, CNPq, Qualis.
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ATIVIDADES DE AVENTURA NA ESCOLA: PROPOSTA DE UM PROJETO
DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UDESC
Alcyane Marinho 1, 2
Ana Aparecida Tessari 1
1
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) – SC
2
Laboratório de Estudo do Lazer/UNESP/Rio Claro – SP
O lazer é parte integrante da vida cotidiana das pessoas e, sem dúvida, a
parcela mais agradável e descontraída das rotinas semanais. Porém, além
disso, o lazer é um direito humano, reconhecido na Constituição Federativa
Brasileira, desde 1988, e deve ser entendido como um espaço muito fértil para
a manifestação do componente lúdico, da liberdade e do prazer; como uma
oportunidade para produção cultural e, inclusive, como um instrumento para
profundas mudanças pessoais e sociais, seja qual for a concepção ou o
conceito adotado. Não se pode negar a gama de opções de lazer e
entretenimento que são criadas e “re-criadas” a todo o momento, em nossa
atualidade; modelando novos estilos de vida, ratificando a dinamicidade do
cotidiano e contribuindo para a construção de novas formas de lazer e,
também, de trabalho. Neste contexto, as “atividades de aventura” fazem parte
de uma discussão nova no repertório do lazer. Tais práticas se caracterizam
por denotar novos comportamentos, próprios de uma opção por um estilo de
vida. Para além das diferentes possibilidades de manifestações expressivas
humanas, repletas de sentidos, essas práticas, instigantes e carentes de
discussões, têm sido foco de investigações por pesquisadores de diferentes
campos do conhecimento. Partindo dessas idéias, foi idealizado o projeto de
extensão “Atividades de Aventura”, no contexto de um Programa de Extensão
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mais amplo, denominado “Vivências em Lazer”, desenvolvido no Centro de
Ciências da Saúde (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina
c(UDESC) com carga horária de 200 horas de atividades entre março a
dezembro de 2009. Pretende-se com esta iniciativa valorizar uma temática em
emergência e de extrema importância para todos os envolvidos com a
Educação Física, demarcando novas possibilidades no mercado de trabalho e,
mais ainda, evidenciando tais práticas como valiosas oportunidades para
mudanças de comportamentos, atitudes e valores nos envolvidos. Desta forma,
o referido projeto tem como objetivo geral: oportunizar o desenvolvimento de
atividades de aventura, especialmente, em ambientes naturais e, como
objetivos específicos: 1) oferecer vivências de atividades de aventura (trilha,
surfe, remo, escalada e arvorismo) para a comunidade, em particular, crianças
e adolescentes de uma escola pública da comunidade; 2) educar para a
necessidade da existência do cuidado ambiental ao longo do desenvolvimento
das atividades de aventura, por meio de técnicas específicas da Educação
Ambiental e da Educação ao ar livre; e 3) disseminar as atividades de aventura
como ricas oportunidades de aprendizado sobre as atividades de aventura em
questão e sobre as questões ambientais. O projeto prevê o desenvolvimento de
atividades em contato com a natureza em diferentes ambientes, praias,
parques e na universidade, atendendo aos diferentes objetivos propostos, tais
como: aulas teóricas, expositivas e participativas, vivências lúdicas específicas
das atividades de aventura. Todas as ações propostas serão constantemente
avaliadas pelos professores e acadêmicos responsáveis, por meio de
questionários, diários de campo e conversas informais. É importante destacar
que são raras as disciplinas da graduação, da grade curricular do CEFID,
contemplam o tema desta iniciativa. Assim, a proposta deste projeto de
extensão visa, além de ampliar os conteúdos disseminados na graduação,
oportunizar espaços de atuação dos alunos, por meio de estágios nas
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atividades de aventura programadas. Além disso, vários trabalhos acadêmicocientíficos poderão ser desenvolvidos por meio do projeto, uma vez que o
mesmo desenvolverá atividades inovadoras, aguçando a curiosidade e o
interesse dos alunos por pesquisas na área. Pesquisas estas que poderão ser
publicadas e disseminadas em artigos científicos, anais de congressos, entre
outras oportunidades acadêmico-científicas. Portanto, o projeto prevê, também,
o desenvolvimento de atividades que vislumbrem a tríade ensino-pesquisaextensão.
Palavras-chave: Extensão, Lazer, Aventura.
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PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NA NATUREZA, EDUCAÇÃO
FÍSICA E RESPONSÁVEIS
Felipe Machado
Odete Leonel Rodrigues
Irany Marques dos Santos
Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA)
A presente pesquisa surgiu pelo interesse pessoal nas Práticas Corporais de
Aventura na Natureza, que no decorrer de nossa vida acadêmica tivemos
inúmeras experiências, através de vivências nas modalidades de arvorismo,
rapel, trekking, corridas de orientação, entre outras, proporcionadas pelo curso
de Educação Física da Escola Superior São Francisco de Assis (ESFA). Com
base na experiência de estágios e programas proporcionados pela ESFA, e,
ainda em eventos e na disciplina Estágio Supervisionado III e IV, focamos
nossos olhares a inclusão das PCAN’s na escola, em específico na cidade de
Santa Teresa/ES, contextualizando, na história dos colonizadores vemos que
essas práticas sempre estiveram presentes em suas vidas, fazendo com que
utilizassem dessas práticas para ultrapassar obstáculos e no escoamento
agrícola. Ao longo do tempo essas atividades sempre estiveram presentes no
cotidiano dos habitantes de Santa Teresa, tendo significados diferentes em
cada época. Atualmente, percebemos grupos emergentes praticantes das
PCAN’s, como o ST Bike, Os Trilheiros de Santa Teresa e também o grupo de
Parapente, que junto com os locais propícios a essas práticas contribuindo
para seu crescimento. Paralelo a esse processo temos a ESFA que investe
nesse processo que contemplam essas práticas como um diferencial para uma
melhor formação dos profissionais envolvidos na área de Educação Física,
capacitando profissionais pedagogicamente para exercerem tais práticas nos
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vários campos de intervenção educativa, Além da disciplina, a faculdade
também investe nas PCAN’s por meio de campos de estágios para os
acadêmicos, o que é feito através do Núcleo Universitário de Ar Livre (NUAr),
que desenvolve projetos relacionados as PCAN’s, como o ESFA na Minha
Escola, e o Portas Abertas, tendo tais projetos o objetivo principal de,
proporcionar aos alunos da rede pública e privada de diversas regiões do
Espírito Santo ou até mesmo além do estado, vivências em atividades físicas
de lazer ao ar livre, com o intuito de possibilitar atividades que venham a
melhorar o processo educativo dessas escolas e o auto-conhecimento desses
alunos. Ressaltando a importância de tais práticas de um modo geral, e no
cotidiano dos habitantes de Santa Teresa, nos questionamos sobre o porquê
não incluir essas práticas nas aulas de Educação Física escolar, de modo a
diversificar as aulas, tornando-as mais atrativas e dinâmicas aos alunos, uma
vez que essas práticas são dotadas de um forte valor educativo. As PCAN’s
possuem um caráter diferenciado comparado a outros conteúdos oferecendo
uma gama diversificada de emoções e sentimentos, pois resgatam valores
como beleza, auto-realização, liberdade, cooperação e solidariedade, valores
que são omitidos pelas práticas mecanizadas do esporte-espetáculo. Embora
as PCAN’s possuam grandes possibilidades pedagógicas e aceitação por parte
dos alunos, observamos sua tímida apropriação no espaço das aulas de
Educação Física Escolar. Sendo a escola uma instituição dinâmica que
influência, e, é influenciada, trazemos a tona uma dos principais sujeitos
influenciadores
quanto
à
inserção
desse
conteúdo
nas
aulas,
“os
responsáveis”, tidos como sujeitos diretos da aceitação desse conteúdo dentro
da disciplina de Educação Física. Buscando identificar sua visão quanto aos
seus filhos vivenciarem modalidades diferenciadas, que fogem da dita
“normalidade” do que acontece nas aulas. Diante disso, a problemática da
pesquisa seria identificar e analisar: Qual a visão dos responsáveis quanto à
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inclusão das PCAN’s nas aulas de Educação Física da ESFA em Santa
Teresa? Para responder nossa problemática, estabelecemos como objetivo
geral, analisar a visão dos responsáveis dos alunos quanto à inclusão dos
esportes de aventura na educação física escolar, com fins educativos. Para
tanto, temos como objetivos específicos: tecer considerações sócio-históricas
dos PCAN’s na cidade de Santa Teresa e em suas escolas; identificar e
analisar o conhecimento que os pais possuem quanto as PCAN’s; refletir sobre
a influência da visão dos pais na adoção do conteúdo PCAN’s em âmbito
escolar; repensar o papel do professor de Educação Física, diante da não
inclusão de tal conteúdo. A partir desse interesse trazemos breves resultados
da pesquisa que é diferenciada pela vivência e nível de conhecimento desses
responsáveis quanto as PCAN’s, sendo que eles possuem uma visão positiva
em partes de tais práticas, quando muitos deles á conhecem de forma leiga,
basicamente por meios de informação, salvo alguns que tiveram uma pequena
vivência, mas mesmo as aceitando como conteúdo da Educação Física Escolar
mostram um receio tímido de precaução e medo quanto a elas.
Palavras-chave: PCAN’s, Educação Física Escolar, Responsáveis.
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ATIVIDADES DE AVENTURA E PRÓ-ATIVIDADE NO LAZER
Gisele Maria Schwartz
LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER
Órgão financiador CNPq
A gama de variáveis que permeia o processo pelo qual as pessoas são
estimuladas a terem condutas passivas ou ativas e a optarem por aderir ou não
a determinadas atividades do contexto do lazer tem como foco os motivos de
ordem psicológica, ambiental, social e genética. Entretanto, o filtro principal
recai sobre a motivação, a consciência das oportunidades, o tempo disponível
e o custo, fatores decisivos no delineamento dos atuais padrões de estilos
vigentes. Uma das formas em evidência entre as vivência do lazer
contemporâneo é a busca ou a necessidade implícita do reencontro do ser
humano consigo mesmo, com o outro e com a natureza, propiciado pelas
atividades de aventura. Esse estudo, de natureza qualitativa, objetivou refletir
sobre a potencialidade dos aspectos persuasivos da participação em atividades
de aventura, na sistematização do comportamento pró-ativo no lazer e foi
desenvolvido com base em revisão bibliográfica realizada nos últimos cinco
anos em periódicos e livros nacionais sobre as temáticas em questão. Pode-se
perceber que os textos pesquisados apontam diferentes perspectivas que
estimulam o interesse na busca por vivências na natureza e reiteram um apelo
para além da atividade em si, da contemplação, da fruição, ressaltando
legendas subliminares, que envolvem, desde o colocar-se em risco controlado
para testar a auto-superação, até a perpetuação de modismos, entre outros
subtextos interditos. A aderência a estas atividades foi evidenciada sendo
pautada
especialmente
na
alteração
do
significado
do
tempo,
nas
necessidades de extravasamento e controle dos níveis de estresse, na procura
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por novidades, no acompanhamento de modismos, na vivência de novas
emoções, no aprimoramento dos níveis de saúde, aspectos que surgem como
apelos intuitivos, representando motivos desencadeadores de mudanças
axiológicas, uma vez que tal busca supera a simples procura pelo lazer,
fomentando, inclusive mudanças estruturais nos estilos de vida, na qualidade
de vida, nas relações humanas e na própria concepção de corpo, cuja natureza
emocional e sensível o detecta, inclusive, como possibilidade de ser um
verdadeiro espaço ecológico. O processo de participação em atividades que
suscitam aventura, risco controlado e emoção no âmbito do lazer parece
permitir o confronto individual humano com suas próprias limitações,
compreensão de seus comportamentos e escolhas, podendo favorecer o
aprimoramento de inúmeros elementos psicossociais intervenientes nestas
experiências, nas quais há uma efetiva catalisação dos níveis de participação
das emoções e dos órgãos dos sentidos, ampliando a integração entre
contemplação, percepção e ação. O processo de experimentação se traduz
também na aquisição de conhecimento, por meio das informações sensíveis,
com afastamento temporário da realidade. O lazer, então, por suas
características como elemento cultural, especialmente ao se focalizar as
atividades de aventura na natureza, pode favorecer elementos privilegiados
para outros estilos poderem ser experienciados, transformados e assimilados,
representando um espaço rico de promoção dos veículos comunicativos e de
socialização, que podem interferir nos vetores dos padrões de estilos pró-ativos
de vida, tendo em vista que a auto-identidade, a noção de subjetividade e a
identidade grupal são bastante exploradas. A formulação de condutas próativas no lazer, portanto, pode se desencadear efetivamente, tendo em vista
todo esse prisma motivacional e persuasivo envolvendo as atividades de
aventura na natureza.
Palavras-chave: aventura, lazer, atividade
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SENSAÇÕES E EMOÇÕES VIVENCIADAS NA PRÁTICA DE ATIVIDADES
DE AVENTURA NO CONTEXTO ACADÊMICO
Giselle H. Tavares
Cristiane Naomi Kawaguti
Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan
Danilo Roberto Pereira Santiago
LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro
As atividades de aventura vivenciadas no contexto do lazer privilegiam, entre
outros, o elemento lúdico, com o risco controlado pelo avanço tecnológico,
motivando a prática por pessoas de diferentes faixas etárias e níveis de
habilidades, principalmente jovens, que procuram se colocar à prova e testar
seus limites, buscando as vivências que propiciam novos tipos de emoções. A
vivência deste tipo de atividade dentro do contexto acadêmico dos cursos de
formação em Educação Física e outros pode gerar elementos que favoreçam,
não apenas o aprimoramento dos aspectos pessoais, mas também, que
possibilitem reflexões importantes, no sentido do enriquecimento pedagógico
de práticas profissionais mais consistentes. Entretanto, bem pouco se tem
explorado deste universo das atividades de aventura nos contextos
acadêmicos, o que motivou o desenvolvimento deste estudo. O objetivo
principal desta pesquisa foi analisar as sensações e emoções vivenciadas por
alunos de graduação de um curso de Educação Física, durante a prática de
atividades de aventura na natureza.
O estudo, de natureza qualitativa foi
realizado em duas etapas, sendo a primeira referente a uma pesquisa
bibliográfica acerca das atividades físicas de aventura na natureza e a
formação profissional em Educação Física e a segunda relativa a uma
pesquisa exploratória, desenvolvida por meio da apreensão de relatos verbais
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como instrumento para a coleta de dados, sendo a amostra constituída por 46
alunos do segundo ano do Curso de Educação Física na Universidade
Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, de ambos os sexos e com idades
variando entre 18 e 22 anos. A vivência aconteceu na cidade de Brotas, no
interior
de
São
Paulo,
considerada
um
dos
pólos
reconhecidos
internacionalmente das atividades de aventura no Brasil e a atividade realizada
foi o Bóia-cross. Os dados foram analisados descritivamente, por meio da
Técnica de Análise de Conteúdo Temático e os resultados do estudo
evidenciaram que durante a vivência da atividade envolvendo o bóia-cross, a
falta de preparo físico foi um dos aspectos que mais chamou a atenção dos
alunos, tendo em vista a necessidade de adaptação ao ambiente e suas
características. Este dado foi constatado especialmente nos relatos de
participantes do sexo feminino. Outro fator citado pelos alunos foi o sentimento
de medo desencadeado especialmente no início da atividade, devido ao
desconhecimento das exigências locais e técnicas. Além disso, foram relatadas
também, sensações e emoções consideradas menos intensas do que o medo,
como a ansiedade, a insegurança e a tensão. Entretanto, estes sentimentos
foram vencidos pela motivação e cooperação do grupo presente, salientando,
assim, a importância desse tipo de atividade na promoção da integração
grupal. Foram evidenciados, ainda, sentimentos prazerosos, como alegria,
desafio, aventura, sentido de liberdade e sentimento de “querer vivenciar mais”,
sendo estes fatores decisivos na manutenção e no retorno às atividades. Os
participantes também relataram a percepção mais detalhada do ambiente de
prática e das técnicas e tecnologias materiais aplicadas durante a vivência,
considerando estes aspectos como importantes quando da ação profissional.
Com base nos resultados do estudo, pode-se observar que a vivência desse
tipo de atividade foi considerada relevante, tanto para a ampliação das
experiências do grupo com o ambiente natural, assim como, para o
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aprimoramento dos conceitos e significados das intervenções profissionais
necessárias para o desenvolvimento da atividade com qualidade.
Palavras-chave: Atividades de aventura, sensações, emoções.
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ATIVIDADES DE AVENTURA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Viviane Kawano Dias
Graziela Pascom Caparroz
Jossett Campagna
Norma Ornellas Montebugnoli Catib
Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan
Danilo Roberto Santiago Pereira
LEL- Laboratório de Estudos do Lazer- DEF/IB/UNESP - Rio Claro, SP, Brasil
Dentro da comunidade acadêmica, a produção de conhecimento, em termos de
qualidade e relevância para as suas respectivas áreas, é o eixo central que
sustenta o seu devido reconhecimento e valor, como também, a sobrevivência
de seus grupos de estudos e pesquisas. No que concerne à área de
conhecimento em atividades de aventura, os estudos e pesquisas são
primordiais para o fomento de novas estruturas, preparo profissional
especializado e preservação da área explorada, estimulando, dessa forma, a
disseminação dessas práticas. Com o objetivo de averiguar o interesse e
empenho, tanto de acadêmicos, quanto de Programas de Pós-Graduação de
universidades públicas do Estado de São Paulo, mais especificamente,
Universidade de São Paulo – USP, Universidade Estadual Paulista – UNESP –
Campus de Rio Claro e Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, este
estudo, de natureza qualitativa, realizou, por intermédio de análise documental,
um levantamento de dados da produção de conhecimento, junto aos seus
respectivos bancos de teses e dissertações on line, utilizando-se palavraschave relativas ao tema – atividades de aventura - e, compreendo o período de
2003 a 2008. Os resultados obtidos nesse levantamento indicam que, no ano
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de 2003, não houve a produção de conhecimento nesta área, nos programas
de Pós-Graduação da USP; houve 1 produção na UNESP; na UNICAMP foram
produzidos 2 trabalhos. Em 2004, não houve produção, tanto na USP quanto
na UNICAMP, no entanto, na UNESP foram produzidos 3 trabalhos. Em 2005,
apenas a UNICAMP produziu, sendo apenas 1 trabalho. Já em 2006, todas
produziram trabalhos relativos ao estudo, sendo 1 pela USP, 1 pela UNICAMP
e 2 pela UNESP. Em 2007, a produção foi de apenas 1 trabalho pela UNESP,
assim como também, em 2008, houve a elaboração de 1 trabalho nesta
Instituição. A produção de conhecimento, tendo as atividades de aventura
como tema central, no período de 6 anos (2003-2008), totalizou 13 trabalhos,
sendo 1 trabalho elaborado no Programa de Pós-Graduação da USP, 7
trabalhos produzidos no Programa de Pós-Graduação da UNESP – Campus de
Rio Claro e, 4 trabalhos confeccionados pelo Programa de Pós-Graduação da
UNICAMP. Diante disso e, com base nos resultados, assim como também, pelo
evidente aumento da procura por essas práticas e necessidade de
estruturação, tanto desses espaços, como da especificidade profissional, o
número de produção científica é muito baixo, comparado com a demanda
dessas práticas. Fomentar e estimular estudos e pesquisas para a produção de
conhecimento tornou-se uma premência dos Programas de Pós-Graduação, no
sentido de proporcionar maior organização, segurança, preparo profissional
especializado e, principalmente, a preservação dessas áreas, já tão
degradadas pela exploração indevida, colaborando, inclusive, de forma
significativa, para a conscientização do público envolvido, tanto os que atuam
na oferta dos serviços prestados, dos que habitam essas áreas, quanto dos
que procuram por essas práticas.
Palavra-Chave: Atividades de Aventura, Produção do Conhecimento, PósGraduação.
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ATIVIDADES DE AVENTURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E AS
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Kaciane Fernandez Espinoza
Pós-Graduanda / Educação Física Escolar: Ênfase em Aventura e Ludicidade UNESA
Eliete Maria Silva Cardozo
Doutora em Educação Física / Pós-Graduação - UNESA
Julio Vicente da Costa Neto
Mestre em Educação Física / Pós-Graduação – UNESA
A criança satisfaz algumas de suas necessidades básicas, tanto no campo
físico como no psíquico e social, através do jogo, da ludicidade e do brinquedo,
estimulando o autoconhecimento, a percepção corporal, a interação com o
grupo e o prazer de brincar de forma descomprometida e gratuita. Neste
universo as operações mentais fluem e as inteligências múltiplas podem fazer
parte desse grande mosaico.O ser humano é dotado de inteligências múltiplas
que incluem as dimensões: lingüística, lógico-matemática, espacial, musical,
cinestésico-corporal, naturalista, intrapessoal e interpessoal. Juntando-se a
estas dimensões inclui-se também a inteligência pictórica. A dimensão
lingüística se expressa no orador, no escritor, constroem imagens com palavras
e com a linguagem de maneira geral. A dimensão lógico-matemática se
apresenta no ato de desenvolver raciocínios dedutivos e em construir cadeias
causais, símbolos matemáticos e números.
A dimensão espacial da
inteligência está desenvolvida nas pessoas que percebem de forma conjunta o
espaço, a administração e utilização do mesmo, através da elaboração de
mapas, plantas baixas, estando mais presentes nos cartógrafos e arquitetos. A
competência musical se apresenta de maneira formal no mundo sonoro e o
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papel desempenhado pela música como forma de compreensão desse mundo.
A manifestação gestual do corpo se apresenta nitidamente no atleta, durante a
execução dos movimentos corporais que englobam a dimensão cinestésicocorporal. Uma das últimas competências é a inteligência naturalista, também
chamada de biológica que está ligada ao meio ambiente, a compreensão do
mesmo, bem como a sua utilização e a afinidade que os seres humanos
possuem por outras formas de vida, tais como plantas, animais e espécies.
Finalmente apresentaremos as inteligências pessoais, manifestadas como
interpessoal e intrapessoal. A manifestação interpessoal é desenvolvida
através do bom relacionamento com outras pessoas, o crescimento de sua
auto-estima e suas motivações, onde são observadas a empatia entre as
pessoas, que são características da liderança. Já na dimensão intrapessoal,
está bem nítida nas pessoas de “bem com a vida”, que conseguem administrar
os sentimentos, emoções e projetos de vida com bom astral. A inteligência
pictórica é encontrada na forma dos desenhos, dos símbolos e nas suas
identificações. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar as possibilidades do
desenvolvimento das inteligências múltiplas na prática das atividades de
aventura. O estudo apresenta características descritivas e a amostra foi
formada por um conjunto de atividades de aventura, praticadas por um grupo
de 12 alunos da Escola Infantil Ponta-Porã, localizada no Mato Grosso do Sul,
durante um mês, com a freqüência de duas vezes por semana. As atividades
foram fotografadas e no término da prática a professora registrava de forma
detalhada o desenvolvimento da atividade. Posteriormente, os relatos foram
analisados de acordo com a técnica de análise do conteúdo. A prática
começava com uma história, chamada de história interativa, onde fluía a
categoria do jogo denominada de mimicry. A criança se transformava
temporariamente no personagem apresentado na história, estimulando o
interesse para a prática das atividades de aventura. Dentre as atividades
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desenvolvidas encontramos o andar sobre cordas em linhas retas e curvas,
travessias de obstáculos diversos, falsa baiana com variações, prática de
ascensão, caminhadas junto à natureza, entre outras. Os resultados indicaram
que a prática dos esportes de aventura estimula o desenvolvimento das
Inteligências múltiplas. A criança interpreta a informação que lhe é apresentada
por meio da inteligência lingüística, identifica o local através da inteligência
espacial, aceita a opinião dos outros para executar a tarefa utilizando a
inteligência interpessoal, o prazer de trabalhar em grupo naquela tarefa aflora
através da inteligência intrapessoal, o contato com o meio ambiente por meio
da inteligência naturalista e quando reproduz o trabalho realizado utiliza a
inteligência pictórica, entre outras. Concluímos que a utilização das atividades
de aventura para as crianças do segmento de educação infantil desperta o
interesse e estimula o desenvolvimento das inteligências múltiplas.
Palavras-chave: Educação Infantil, Inteligências Múltiplas e Esporte de
Aventura.
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ATIVIDADES DE AVENTURA E SUSTENTABILIDADE NAS AÇÕES
EXTENSIONISTAS DA UESB/BA
Marcial Cotes
Prof. Assistente do DCN/UESB
Celeste Dias Amorim
Coord. de Esporte da Proex/UESB
José Dirceu Campos Góes
Prof. Auxiliar DFCH/UESB
Marcia Morel
Prof.ª Assistente do DCS/UESC
A história da humanidade está, intrinsecamente, relacionada à prática de
atividades físicas e ao contato com a natureza. A relação da sociedade com o
mundo natural tem sido norteada por uma prática que visa dominação. Esse
mesmo homem que busca domar a natureza enfrenta conflitos internos, onde
seu norte deve ser pela responsabilidade de definir uma relação ética e
sustentável com o planeta. Durante essa transformação, a sociedade humana
vivenciou vários ciclos até chegar ao ciclo da intuição, que pode ser demarcado
pela introdução de valores éticos associados à ecologia, natureza, lazer e ao
tempo, retrocedendo aos princípios essenciais como tendências de evolução
das sociedades humanas após os ciclos da produção agrícola, industrial, da
informática e da qualidade. Essa nova mentalidade ecológica aparece
sinalizando uma inequívoca relação com o surgimento de novas modalidades
esportivas que utilizam o ambiente natural para suas práticas. As atividades
físicas em contato com a natureza são preferencialmente de aventura e sua
concepção, de cunho hedonista, prega um estilo de vida saudável,
fundamentado na saúde e no prazer, não por um período, mas sim durante a
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vida toda. Essas atividades físicas são denominadas pela mídia como esportes
outdoor, por serem praticadas ao ar livre em ambientes naturais. Na década de
noventa, após a Conferência sobre o Meio Ambiente Rio-92, surge no Rio de
Janeiro os primeiros 27 km de ciclovias do país. A humanidade tem no século
XXI dois grandes desafios, reverter o nível de degradação do meio ambiente
natural e viabilizar uma vida mais saudável nos grandes centros urbanos. As
grandes cidades com o número crescente da população, aumento da frota de
veículos que circulam diariamente nas vias, inviabilidade de expansão de ruas
e avenidas devido à falta de planejamento urbano, tem dificuldade em
programar ações do poder público para dirimir estas questões, mesmo com a
existência de programas de incentivos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Social, como o de Infra-Estrutura para a Mobilidade Urbana. Na atualidade
existe uma demanda por programas de implantação de ciclovias e o fomento
do uso de bicicletas como alternativa economicamente viável e sustentável
para a mobilidade urbana. No entanto, a falta de subsídios e programas de
transportes urbanos eficientes tem onerado o proletário, com exceção daqueles
que estão empregados na economia formal e são beneficiados pelo valetransporte, enquanto grande parte da população encontra-se fora do processo
produtivo na economia informal. Uma expressiva parcela da população tem
como alternativa de transporte deslocar-se a pé ou de bicicletas, necessitando
maior atuação do poder público na implantação de infra-estrutura para
minimizar as condições de risco e desgastes destes usuários, além de
estimular a mudança de hábito de deslocar-se a pé para a modalidade
cicloviária. É sabido que a extensão deve ser desempenhada considerando o
compromisso social da universidade enquanto instituição pública. Para atender
este compromisso a ação extensionista do “Projeto Ciclismo na UESB: uma
prática saudável e ecologicamente sustentável” propõe fomentar o uso das
ciclovias que estão sendo implantadas, incentivando a prática do ciclismo em
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suas diversas modalidades. A proposta dos eventos ciclísticos visa incentivar a
inter-relação e a identidade comunitária, flexibilizando o cotidiano por meio do
lúdico, entre pais, filhos, familiares, vizinhos e amigos. O projeto pretende
implementar dez ações, tais como: (1) oficina de mecânica para bicicletas, (2)
oficina de regras de trânsito voltada para educação do ciclistas, (3) oficina
básica de cinesiologia do ciclismo e orientações de fisiologia, (4) oficina de
práticas educativas desejáveis em ambiente natural para mountain bike
(Educação Ambiental), (5,6) duas etapas do Circuito UESB/Cachorro do Mato
de mountain bike, válidas como etapas do Campeonato Conquistense realizado
pela Associação de Ciclismo do Sudoeste da Bahia, (7) competição de
Ciclismo de Velocidade, (8) competição de Duathlon terrestre, (9,10) dois
passeios ciclísticos para pais e filhos. Pretende-se durante o período letivo de
2009 promover com as ações extensionistas o uso da bicicleta como alternativa
de mobilidade urbana segura, sustentável e saudável, oferecendo informações
que venham contribuir para esta prática de forma consciente. Uma vez
implantado o projeto e desenvolvendo suas ações, o registro deste processo
deve sinalizar o benefício junto à comunidade atendida pelo acesso ao lazer,
com o fortalecimento das relações identitárias do grupo envolvido e uma
frequência maior na utilização da bicicleta de forma lúdica, saudável e
esportiva. Até o presente momento, implementou-se a primeira ação do projeto,
que consistiu na realização da oficina de mecânica básica de bicicletas, com
participação de 31 ciclistas inclusive com presença de donos e mecânicos de
oficinas da cidade de Vitória da Conquista, atingindo os objetivos propostos.
Palavras-chave: Atividades de Aventura, Sustentabilidade, Extensão, Meio
Ambiente, Mountain Bike.
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CONFRONTANDO FREQUÊNCIA CARDÍACA COM DISCURSO DOS
VISITANTES EM PASSARELAS SUSPENSAS
Marcial Cotes
Prof. Assistente do DCN/UESB
Marcia Morel
Prof.ª Assistente do DCS/UESC
Apoio: UESC, IESB, CAPES
Este trabalho não pretende discutir implicações acerca do gênero nas
atividades
de
aventura.
O
intuito
é
apresentar
aporte
para
alguns
questionamentos surgidos durante os pré-testes no trabalho de campo, para
elaborar a metodologia de graduação do nível de dificuldade da trilha
interpretativa da Reserva Particular do Patrimônio Natural Ecoparque de Una,
no sul da Bahia. Durante o levantamento preliminar dos dados para elaboração
da metodologia foi proposto analisar e comparar o discurso e dados dos
visitantes no que concerne a vertigem diante do trecho de aproximadamente 97
m de comprimento de passarelas suspensas no dossel florestal com as
variações de frequência cardíaca (FC). Nossa hipótese surgiu em função da
presença de vertigem ou não nos visitantes diante do equipamento construído
entre copas de árvores. Os dados foram coletados de agosto de 2003 a abril de
2004 com esclarecimentos a respeito da participação voluntária. A amostra
continha um total de 72 voluntários divididos em gênero, nível de treinamento
(NTR) e faixa etária (FE). No início da trilhas, o aparelho Polar S710 era
disparado em sincronia com o cronômetro do pesquisador com o objetivo de
anotar nas planilhas dos voluntários o exato momento de início da passagem
no trecho das passarelas suspensas, para posterior identificação das variações
da FC. Foram fixadas etiquetas no visor dos monitores para não haver
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interferência na coleta de dados. A única abordagem feita pelo pesquisador era
no momento que os voluntários chegavam ao início das passarelas suspensas
para indagar se eles apresentavam a sensação de vertigem ou não. Faz-se
necessário ressaltar que o trecho anterior era descida, e antes dos visitantes
passarem pelas passarelas suspensas, os guias faziam a interpretação do
trecho, demorando em média de cinco a dez minutos. O que permitiu o retorno
da FC aos valores de aquecimento. Na análise foi adotado o delineamento
experimental totalmente causalizado, num arranjo fatorial 3x3x2 (3 faixas
etárias, 3 níveis de treinamento e 2 sexos), com quatro repetições, sendo cada
sujeito considerado como uma unidade experimental. Em algumas situações o
aumento da FC é devido a um menor ritmo de estímulo nos nervos vagos, ou
de maior estímulo nos nervos cardioaceleradores simpáticos, ou ainda de
ambos. Em situações de alarme, medo, antes e durante os exercícios liberam,
além da noradrenalina, a adrenalina, produzindo o aumento da FC. Alguns
autores sugerem que fatores emocionais do tipo nervosismo e apreensão
podem determinar o aumento da FC para trabalhos de intensidade leve ou
moderada. Nesse contexto, alguns voluntários poderiam mascarar a vertigem,
por isso considerou-se que o tipo de abordagem utilizada na pesquisa para
detectar tal fato, poderia apresentar informações distorcidas. Decidiu-se
recorrer às planilhas de FC no trecho das passarelas suspensas para averiguar
as oscilações. Foram estipuladas que variações iguais ou superiores a 20
batimentos por minuto (bpm) como expressivo quando comparadas ao maior
valor de FC no trecho anterior as passarelas suspensas, e dentro deste
universo, mensurar as variações iguais ou superiores a 30 bpm. Entre os 72
visitantes, apenas 15 voluntários, ou seja, dois do sexo masculino e 13 do
feminino, admitiram ter sentido vertigem no trecho de passarelas. Por outro
lado, as análises da FC dos indivíduos durante este trecho, dentro da variação
proposta de ≤ 20 bpm, sugerem poder ter havido uma alteração da FC em
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função da vertigem. Observou-se nos gráficos do programa que 26 visitantes
apresentaram variações ≤ 20 bpm e 22 visitantes variações ≤ 30 bpm, durante
o trecho. Totalizando 48 sujeitos com variações de FC, sendo 25 do sexo
masculino e 23 do feminino, evidenciando uma maior quantidade de homens
com alterações. A par destas informações, sugere-se que apesar do discurso
dos visitantes apontarem não ser uma atividade radical, o imaginário da
vertigem no trecho analisado, poderia estar presente em 48 visitantes da
amostra ou sugerir uma indicação de emoção (a surpresa, o amor e ou o
prazer) e não vertigem. O estado da arte sinaliza problemas para identificar
emoções devido à dificuldade para descrever sensações no repertório do
nosso vocabulário. E sugere uma lista complexa de emoções do vocabulário
humano: a ira, a tristeza, a vergonha, a surpresa, o amor, o medo, o nojo e o
prazer. Os dados referentes ao imaginário de vertigem nas passarelas
suspensas podem estar mascarados devido à possibilidade dos visitantes
terem ocultado a sensação de vertigem na abordagem. A análise dos dados
tentou estabelecer outro critério para mensurar o imaginário da vertigem além
verbalização, pois a questão cultural do gênero levantou dados não
comprovados que os voluntários do sexo masculino podem ter mascarado o
discurso. Identificamos como limitação desta investigação a análise do discurso
em comparação com as variações de FC. Desse modo sugerimos uma
pesquisa mais ampla utilizando outros elementos de confrontação.
Palavras-chave: Imaginário, Trilha Interpretativa, Passarelas Suspensas,
Vertigem, Dossel.
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ESPORTE DE ORIENTAÇÃO E O MEIO AMBIENTE
Maria Luísa Alves
Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania/Campo Grande
(MS)
Priscila Roberta Alves Lemos
Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) Educação Física/UFMS
O esporte Orientação se desenvolve como uma caça ao tesouro, onde o
praticante deverá passar por pontos específicos determinados anteriormente e
para isso o praticante terá posse de um mapa cartográfico que lhe indicará o
percurso. Este esporte é realizado em pleno contato com a natureza, o que o
torna uma ferramenta essencial para o ensino-aprendizagem sobre as
questões ambientais, pelos cuidados e preservação da fauna e flora, onde a
vida selvagem não pode ser perturbada, tampouco causar danos à vegetação e
ao solo. Colocando-se em prática as Normas de Proteção Ambiental de
Competição e as Ações Educativas do Esporte Orientação é possível desfrutar
da prática de um esporte e do contato com a natureza em harmonia e sem
danificações. Com a visão de promover a vertente ambiental, entre outras que
a Orientação oferece, é que desde 2007 a Unidade de Assistência Social
(UNIDAS) “Leila Jallad Dias”, unidade da Prefeitura Municipal de Campo
Grande (MS), desenvolve este esporte com crianças e adolescentes entre 06 e
15 anos, através de parcerias com o Programa de Educação Tutorial (PET) de
Educação Física da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e o
Centro de Orientação e Desporto de Aventura de Campo Grande (CODAC).
Esta UNIDAS procura proporcionar aos seus participantes o conhecimento de
questões ambientais, o despertar para a preservação e utilização adequada do
meio ambiente através de atividades diferenciadas e lúdicas. Os conteúdos
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relativos à questão ambiental são desenvolvidos de forma teórica e prática,
relacionando-os a outros temas transversais desenvolvidos pela unidade em
seu planejamento anual, de acordo a realidade da comunidade. São realizadas
palestras sobre questão ambiental, onde são abordados problemas como a
degradação, preservação e sustentabilidade do meio ambiente para se ter
qualidade de vida, com ênfase nas questões sobre a dengue e as queimadas,
por serem problemas presentes na comunidade. Na questão da dengue as
crianças/adolescentes têm contato com material concreto como lâminas
contendo larvas do mosquito Aedes Aegypti, com o objetivo de aprenderem a
identificar o mosquito transmissor da dengue. Também são estimulados a
realizarem levantamentos da problemática das queimadas para levar à
comunidade a conscientização dos males causados a saúde da população e o
dano ao meio ambiente por esta prática. Ao término de cada atividade, seja
teórica
ou
prática,
é
realizada
uma
roda
de
conversa
onde
as
crianças/adolescentes expressão suas dúvidas e curiosidades, em seguida
lançam sugestões para resolverem problemas apresentados sobre o tema
abordado. O contato com a natureza através do esporte Corrida de Orientação
proporciona às crianças e adolescentes a conscientização dos problemas e
necessidades relacionadas ao cuidado do meio ambiente e as ações a serem
executadas na comunidade.
Palavras-chave: esporte, meio ambiente, educação.
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OS “NOVOS” ESPORTES NA DISCUSSÃO ACADÊMICA
Marília Martins Bandeira
UFSCar
Identificada no fazer jornalístico contemporâneo a divulgação de certas práticas
esportivas sendo caracterizadas como “novas”, entendeu-se que a localização
do discurso social acerca destas atividades é fundamental para problematizar
mudanças no comportamento de lazer de nossas sociedades. Em um primeiro
momento, um estudo exploratório levantou os tipos e freqüência de publicações
acerca dos “novos” esportes nos jornais impressos de maior tiragem do país
como O Globo, A Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. Os novos
esportes foram apresentados por estes veículos em categorias temáticas, a
saber: esportes de risco, esportes radicais, esportes na natureza ou esportes
de aventura. Isto suscitou uma discussão que se refere ao significado de cada
um destes termos. Contudo, foi observado que a forma como a produção
acadêmica mais recente caracteriza estes esportes também se serve de tal
terminologia e os apresenta como “novos”. Empreendemos, pois, uma revisão
bibliográfica, uma tentativa de apresentação dos usos da terminologia antes
identificada. Autores se propõem a colocar historicamente os “esportes
radicais” identificando seu possível surgimento e as características que os
tornam dotados de certa singularidade em relação aos esportes tradicionais.
Apontando a dificuldade em sugerir uma definição rigorosa para este conjunto
de práticas corporais com um grande número de atividades associadas,
entendendo o termo como “em construção”. Mas, ao que tudo indica, ainda
vivemos este processo de definição. Nos anos 1980, teria havido um grande
desenvolvimento destes esportes, devido principalmente à contribuição dos
meios de comunicação, que atingiram em 1990 um maior nível de organização
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e controle dos riscos envolvidos. A característica primordial deste tipo de
atividade seria a busca por certo transe emocional na quebra das regras
sociais. Outra investigação empírica sobre a emergência de uma nova
“subcultura” esportiva entre os jovens portugueses, optou pelo termo
“desportos radicais” para designar as recentes modalidades. Sua justificativa foi
que o termo seria mais facilmente reconhecido pelos jovens em análise. Neste
estudo pôde-se averiguar que há uma tendência juvenil à valorização da
prática esportiva relacionada ao meio natural, a aventura e ao risco.
Entendendo que este fenômeno se encontra associado a processos das
sociedades
contemporâneas.
Trabalho
ensaístico
sugere
que
o
empreendimento esportivo como se conheceu na modernidade em larga
escala, não deixou de existir no campo do lazer. Mas, o investimento viril e
quase
artesanal
do
corpo
dos
esportistas
tradicionais,
colocando
concretamente à prova suas qualidades de força e de resistência, divide
espaço com propostas esportivas alternativas (da exploração de energias
exteriores ao corpo, uso de inovadores equipamentos, controles sutis de
equilíbrio,
experiência
da
mobilidade
acrobática
e
vertiginosa).
As
características principais das novas práticas seriam: os gestos de força direta
sobre matérias duras tendendo a serem substituídos pelos gestos de domínio
de controle informacional do corpo e a produção de novos gestos esportivos
em novos espaços de exercício com a individualização dos comportamentos
esportivos, produção de esportes inéditos e um processo de invenção insólita
de máquinas lúdicas. Esta colocação do autor está diretamente relacionada à
caracterização de tais práticas como “novas”, assim como sugerimos. Desta
forma, as instabilidades são as fontes de prazer; as ações são o mergulho, a
queda, os desequilíbrios; e os cenários são os elementos fundamentais da
natureza. Alguns autores falam ainda de uma renovação simbólica propiciada
pelas “novas” práticas esportivas de lazer, no esforço que exigem e nas
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eventuais fatalidades que provocam. Afirmam que os praticantes apresentam a
busca de adrenalina, se possível em lugares inacessíveis, como enfrentar o
pior, para encontrar o melhor. Convertem seu medo, seu cansaço, em prazer,
em determinação de caráter. Para outros, a experiência da aventura ficaria
mais além da vida, no âmbito do sonho “experienciado”. Neste caso, a sorte e a
superstição seriam introduzidas nos sistemas de significação dos aventureiros.
Estas formas lúdicas jogam com o arriscar da própria existência, gerando fortes
sentimentos de coragem e manifestando-se como força interior, como que
determinando seu poder sobre a vida. Em um momento em que o campo
esportivo passa por uma viragem e ainda acomoda “novas” modalidades e
sofre disputas políticas; tornou-se fundamental discutir a construção de tais
definições. Entendemos que os pesquisadores que se propõem a pensar tais
práticas são também atores sociais envolvidos em sua dinâmica e que há um
intercâmbio de idéias e apropriações de conceitos entre praticantes, jornalistas,
espectadores e acadêmicos convivendo nas fronteiras ainda indefinidas de tais
expressões.
Palavras-chave: aventura, natureza, risco, radical, conceitos.
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VISITAS À NATUREZA EM FAMÍLIA: REDIMENSIONANDO A AVENTURA
Mey de Abreu van Munster
Departamento de Educação Física e Motricidade Humana - UFSCar
A chegada de um novo membro à família é sempre esperada com muita alegria
e ansiedade. Todavia implica na ruptura da rotina dos pais e demanda um
período inicial de adaptação e cuidados intensivos com o bebê. Passado esse
período crítico, onde todas as atenções se voltam para o novo integrante, a
rotina familiar vai se reestruturando e, com ela, são retomados os
relacionamentos sociais, as atividades profissionais e de lazer. Nesse contexto,
ressurge também o desejo de resgatar a aventura e as viagens à natureza,
deixadas temporariamente em segundo plano. O presente ensaio visa
compartilhar as experiências de aventura na natureza em família, discorrendo
sobre a reconfiguração e a ressignificação destas após a chegada de um filho.
Trata-se de um relato de experiência, com característica descritiva, tendo a
observação participante como instrumento de coleta de dados. As observações
assistemáticas foram realizadas ao longo de um período de três anos, tendo
sido estabelecidas as seguintes categorias de análise: os parceiros e
companheiros de aventura passam a ser, predominantemente, outros casais
com filhos pequenos, pois a compreensão, a colaboração e a ajuda mútua de
pessoas na mesma situação demonstram ser importantes aliados; os destinos
continuam variando, porém passam a ser mais próximos, visando diminuir o
tempo de permanência no interior dos veículos (o número de paradas para
apreciação cênica, descanso e cuidados com higiene e alimentação tende a
aumentar); os roteiros de aventura passam a ser ainda melhor planejados,
envolvendo análise de toda a logística e preparação mais cuidadosa; a seleção
dos meios de hospedagem torna-se mais criteriosa, priorizando a praticidade e
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o conforto do bebê; a bagagem, antes reduzida às necessidades básicas,
passa a incorporar os mais variados acessórios e equipamentos, incluindo
alguns itens considerados supérfluos; a disposição e o desprendimento dos
envolvidos também precisam ser proporcionalmente maiores, visto que
algumas vezes torna-se inviável a aproximação dos pontos e atrativos mais
aguardados, devido a imprevistos. Apesar de todas as reconfigurações
necessárias, o desejo de aventura permanece ou é até mesmo intensificado.
As viagens e experiências na natureza em família adquirem novo significado.
Pela qualidade da experiência sensível envolvida, a interação dos bebês e
crianças com os elementos da natureza revela-se extremamente saudável e
estimulante. Os pequenos aprendem desde cedo a apreciar a fauna, a flora,
relacionando-se de forma harmônica com os elementos da natureza (água,
areia, seixos rolados, folhas de diferentes formas, cores e texturas, insetos e
pequenos animais, sol, chuva, lua, estrela entre outros), cujos estímulos são
determinantes para o seu desenvolvimento cognitivo e psicomotor. Os pais
redescobrem os detalhes e a grandiosidade da natureza e do universo através
do encantamento de seus filhos frente a estes elementos. A afetividade e o
vínculo familiar são reforçados por meio das situações de compartilhamento e
cumplicidade. O conceito de aventura se transforma e adquire uma nova
dimensão, impregnada por valores e atitudes de solidariedade, amor e respeito.
Sugerem-se estudos ulteriores, envolvendo amostras mais representativas e
outros métodos de investigação, que possam aprofundar a temática aqui
abordada.
Palavras-chave: aventura, natureza, família.
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ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA NA NATUREZA E SAÚDE: NOVAS
PERSPECTIVAS
Michel Binda Beccalli
Ms. Andreia Silva
ESFA/NUAr
A saúde é um tema que vem sido exaustivamente debatido em várias esferas
da sociedade, bem como no meio acadêmico. A dimensão que as
problemáticas relacionadas ao tema tomaram são de uma magnitude
preocupante no que diz respeito à subsistência do ser humano. A saúde não
deve ser entendida apenas como um estado com ausência de doenças, mas
deve ser entendida num conceito mais amplo, abrangendo também as
dimensões cognitiva e social do ser humano, bem como a interação deste com
o meio do qual faz parte. A partir desse entendimento, voltamos nossos olhares
para as atividades físicas de aventura na natureza (AFAN) destacando seu
potencial no sentido de contribuir com a saúde dos indivíduos para além dos
benefícios fisiológicos proporcionados pela prática das mesmas, uma vez que
estas contribuem num contato maior com o meio natural, podendo reaproximar
ser humano e natureza, e contribuindo na sensibilização do indivíduo no que
diz respeito ao estabelecimento de relações de amizade, enxergando o outro
enquanto parceiro na aventura. Portanto, pode-se inferir que uma relação
social salutar, que pode ser propiciada pela prática das AFAN, pode contribuir
positivamente na esfera multifatorial que compõe a saúde, entendida aqui num
conceito amplo. Ainda nessa perspectiva apontamos para as AFAN como uma
vivência que pode servir como “válvula de escape da vida cotidiana e do
estresse da vida urbana”, bem como uma “fuga de valores que são vividos no
cotidiano das pessoas”. Contudo, uma das preocupações que se faz presente
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no âmbito das AFAN é a maneira como essas atividades são encaradas pelos
praticantes, pois deve-se atentar para o fato de que, muitas vezes, alguns
padrões vividos no meio urbano são levados para o meio natural. Amparados
no acima exposto e conscientes da importância da adoção de ações
preventivas cada vez mais cedo, apontamos para o espaço das aulas de
Educação Física no ambiente escolar como meio promissor no sentido de
disseminação dos conhecimentos básicos necessários à construção de uma
autonomia no que tange promoção e manutenção de saúde. Para tanto, o
presente estudo tem por objetivo central verificar o potencial das AFAN no
processo de construção de uma autonomia voltada para a promoção e
manutenção de saúde, para além da perspectiva fisiológica, dentro do
ambiente escolar. A pesquisa foi de caráter qualitativo do tipo exploratória, com
procedimento de pesquisa de campo. Como instrumentos de coleta, foram
adotadas observação participante e entrevistas semi-estruturadas. Para a
análise de dados utilizamos a análise de conteúdo. A amostra da pesquisa
corresponde a jovens regularmente matriculados no Ensino Médio da Escola
São Francisco de Assis (ESFA). O feedback dos educandos em relação às
aulas desenvolvidas legitimam todos os pressupostos apresentados até então,
apontando para a necessidade latente do desenvolvimento de aulas de
Educação Física com vistas a propiciar esse tipo de vivência, bem como a
(re)construção
coletiva
de
valores
pertinentes
a
elas,
buscando
o
desenvolvimento de uma prática contextualizada e efetivamente significativa e,
portanto, capaz de gerar mudanças efetivas de hábitos de vida, incluindo,
dessa maneira, as relações sociais e com o meio ambiente no entendimento
que se tem acerca da saúde. A partir das considerações apresentadas, faz-se
necessário enfatizar o papel da escola enquanto instituição educacional, de
correlacionar os saberes construídos dentro dela com a vida cotidiana dos
educandos, o que facilita o processo de (re)significação do conhecimento
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produzido. Portanto, o conteúdo deve transcender a esfera escolar e levar em
consideração as diversas dimensões que permeiam o ser humano (cognitiva,
biológica e social), as quais influenciam diretamente na saúde do indivíduo.
Palavras-chave: Atividades de aventura na natureza, Educação Física escolar,
saúde.
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PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA EM ANAIS
DE EVENTOS
Viviane Kawano Dias
Priscila Raquel Tedesco da CostaTrevisan
Norma Ornellas Montebugnoli Catib
Jossett Campagna
Graziela Pascom Caparroz
Cristiane Naomi Kawaguti
LEL – Laboratório de Estudos do Lazer /UNESP – Rio Claro
Reflexões acerca das relações entre o ser humano e a natureza têm sido foco
de interesse em diversas áreas do conhecimento, especialmente no que
concerne às atividades de aventura, temática que vem se tornando uma
perspectiva crescente como opção no âmbito do lazer e muito difundida no
campo acadêmico. Entretanto, a disseminação da produção do conhecimento
sobre esta temática, ainda é esparsa, necessitando ser agrupada, no sentido
de favorecer informações mais precisas. Sendo assim, o presente estudo,
caracterizado por uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa, teve como
objetivo, investigar a produção de conhecimento em forma de pesquisas
científicas, referentes a trabalhos concernentes às atividades de aventura,
apresentados em forma de comunicações orais e pôsteres, publicados em
anais pertinentes a 3 dos principais congressos consolidados no Brasil,
ocorridos nos últimos três anos (2007-2009), limitando-se exclusivamente, à
área de Educação Física. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a
análise documental, realizada em trabalhos divulgados e classificados de
acordo com os títulos. Com base na Técnica de Análise de Conteúdo Temático,
evidenciou-se a incidência de 47 trabalhos, sendo que as temáticas de maior
incidência foram: Biomecânica e Fisiologia relacionadas às atividades de
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aventura, com 14 trabalhos, seguido das temáticas envolvendo a Produção do
conhecimento e significados das atividades de aventura, com 9 trabalhos; 6
trabalhos relacionados à questão do corpo; 4 trabalhos sobre história, políticas
públicas e espaços; 4 sobre ensino, formação profissional e treinamento; 4
sobre psicologia, gênero e sociologia; 5 trabalhos relacionados com a temática
do risco; apenas 1 trabalho referindo-se às atividades de aventura e o público
idoso. Os resultados do estudo apontam uma ligeira predominância da
produção científica acerca das Atividades de Aventura relacionada à temática
da biomecânica e de aspectos fisiológicos, quando tomados individualmente.
Entretanto, quando somados todos os outros temas, pode-se perceber a
grande
atenção
psicológicos,
dos
políticos
pesquisadores
e
de
dada
formação.
aos
aspectos
Curiosamente,
sociológicos,
os
resultados
demonstram uma discrepância em relação às pesquisas sobre o risco, aspecto
que tem direta relação com a temática da aventura. Algumas lacunas em
relação à produção do conhecimento acerca das práticas de atividades de
aventura pode-se perceber, quando se observou apenas 1 estudo referente à
relação das atividades de aventura e o público idoso. Interessante notar-se
uma limitação do estudo, no sentido de que o título dos trabalhos podem não
conter informações precisas sobre o teor real do assunto tratado ao longo da
pesquisa. Neste sentido, torna-se premente que novos estudos sejam definidos
no intuito de ampliar as reflexões acerca desta temática, procurando gerir as
informações advindas da produção do conhecimento a este respeito e
promover melhor configuração para o campo do estudo das atividades de
aventura.
Palavras-Chave: Atividades de Aventura, Produção Científica, Eventos.
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PRÁTICAS CORPORAIS NA NATUREZA: UMA PROPOSTA PARA A
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Priscilla Pinto Costa da Silva
Universidade de Pernambuco/Universidade Federal da Paraíba
Cheng Hsin Nery Chao
Universidade Estadual da Paraíba
Este estudo é um recorte da pesquisa Educação Ambiental nas Práticas de
Atividades Outdoor. As práticas corporais na natureza estão em crescimento
desde os anos de 1960/70, como viés na promoção do lazer, sendo este um
fenômeno interdisciplinar, possibilitando contribuições para o desenvolvimento
pessoal e social, no qual está inserido a busca pelo prazer. Associar tais
práticas ao lazer desperta o desejo do homem citadino, a busca de novas
descobertas, aventurando-se através da natureza desconhecida, além de
possibilitar a compreensão dos valores e significados evidenciados a uma ética
sustentável, preocupando-se com a não dominação do homem nos espaços
explorados e a sua conservação. No entanto, os praticantes nem sempre se
encontram em uma posição ética e sensibilizadora frente aos espaços naturais.
Tendo alicerce nestas premissas, o presente estudo tem como objetivo analisar
possibilidades de sensibilização ambiental por meio de uma proposta
pedagógica baseada em uma metodologia educativa através de atividades
lúdicas e reflexivas, sensibilizando os indivíduos que vivem em uma rotina
agitada, encontrada nos espaços urbanos. Como metodologia, foi desenvolvida
a pesquisa-ação, aplicada em estudantes universitários com idade entre 17 a
25 anos, de ambos os gêneros. Foram realizadas cinco intervenções, sendo os
momentos 2, 3 e 4, foi aplicada uma adaptação ao aprendizado sequencial,
considerando as quatro fases caracterizadas por: I despertar o entusiasmo; II
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concentrar a atenção; III dirigir a experiência e IV compartilhar a inspiração.
Nas fases I, II e IV foram respeitadas as atividades lúdicas sugeridas pelo
autor, e na fase III foi incluída a prática do rapel.
A intervenção 2 foi
desenvolvida em ambiente artificial, e as intervenções 3 e 4 desenvolvidas em
ambientes naturais. Como técnicas e recursos para a coleta de dados foram
utilizados questionário, entrevista semi-estruturada, observação participante,
diário de campo e uma câmera digital. As entrevistas foram transcritas, e
analisadas na forma de análise de discurso, interpretando o que foi
presenciado, relacionado com o que vem sendo encontrado nas fontes de
informações visitadas (livros, periódicos, em bases de dados eletrônicas, e
impressas). Vale ressaltar que foram respeitados os aspectos éticos
regulamentados pela Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde/MS, assegurando os direitos e deveres que dizem respeito à
comunidade científica, ao(s) sujeito(s) da pesquisa e ao Estado. Os resultados
encontrados apontaram que 66% dos atores sociais não tinham vivência em
práticas corporais na natureza, mas todos eram cientes dos problemas
ambientais por ações antrópicas. As expectativas mais citadas foram acerca da
aprendizagem, vencer desafios, diversão, autocontrole, oportunidade e outros
aspectos. Os atores sociais declaram que as atividades lúdicas revelam
sensibilização e aproximação do “eu” com a natureza, e desenvolveram
confiança diante o grupo, além disso, eles destacaram que estas atividades,
permitiram uma melhor compreensão a luz dos problemas ambientais, e como
o homem pode minimizar alguns impactos ambientais, seja em espaços
naturais, como na própria cidade. Os aspectos emocionais foram bastante
destacados, encontrando uma bipolaridade entre os sentimentos, os que foram
considerados positivos: prazer, desafio, alegria; e os destacados como
negativos: medo, ansiedade, angústia, os quais concomitantemente estavam
envolvidos em uma mesma lógica. Portanto, o estudo permite observar que as
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práticas corporais na natureza têm relações intrínsecas com a educação
ambiental. O aprendizado sequencial fornece subsídios educacionais frente à
ética ambiental e sensibilizadora, além de despertar criticamente ponderações
a luz de uma reaproximação do homem enquanto elemento da natureza.
Palavras-chave: Práticas corporais na natureza, Educação ambiental,
Sensibilização
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COMPORTAMENTO AMBIENTAL DE TURISTAS MOTIVADOS POR
AMBIENTES NATURAIS
Clóvis Piau Santos
Deise Danielle Neves Dias Piau
Sérgio Souza Magalhães
Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC/BA
De menor impacto em degradação ambiental quando comparado a empresas
em todo o mundo, o cidadão passou a ser responsável por mudanças de
valores, atitudes e comportamentos nos locais em que vive, sendo um agente
reverberador sistêmico de uma engrenagem maior, o planeta terra. Área de
estudo em destaque nos últimos anos, evidenciado principalmente pela crise
climática instalada em níveis globais, o meio ambiente recebeu diversos
conceitos que procuraram trazer com maior interação o seu significado, assim,
a noção de meio ambiente engloba, ao mesmo tempo, os meios cósmicos,
geográficos, físicos e sociais com suas instituições, culturas e valores. O
presente estudo objetivou analisar o comportamento de turistas motivados por
ambientes naturais junto às questões ambientais, comparando o perfil
comportamental por época de visitação. Foi escolhida a Chapada Diamantina
para o estudo, região que engloba a área central do Estado da Bahia, onde o
Parque Nacional da Chapada Diamantina está localizado, ocupa uma área de
41.751km² que engloba 33 municípios. Para coleta de dados e aplicação do
estudo, foi selecionado intencionalmente o município de Mucugê, localizado no
centro-sul desta região. Por este motivo abriga 52% do Parque Nacional da
Chapada Diamantina, local de grande potencial turístico natural e histórico. O
estudo assumiu um caráter descritivo com uma abordagem quantitativa. Como
instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário Pentáculo do Meio
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Ambiente, composto por 5 componentes ambientais, proposto por Santos e
Magalhães (2006). A população foi definida pelo número de visitantes do
Parque Municipal de Mucugê tomando à média dos últimos 05 anos
(n=10.170), assim, a amostra assumiu um erro de 5%. Foram entrevistados
290 turistas de ambos os gêneros, masculino (n=166) e feminino (n=124), com
idade média de 29,96 anos (± 13,74) variando entre 11 e 72 anos, compostos
numa subcategoria por época de visitação (n= 72) 24,8% na baixa estação, (n=
132) 45,5% na alta estação e (n= 86) 29,7% nos feriados. Durante o processo
de pesquisa realizaram-se 16 intervenções distribuídas entre o período de
agosto de 2007 a julho de 2008, a fim de que pudessem ser avaliados turistas
da baixa estação e dos feriados. Para tratamento dos dados foi utilizado o
pacote estatístico SPSS for Windows versão 7.5. Para comparação das médias
foi feita a análise de variância ANOVA com testes de Tukey para as
significâncias (p<0,05). Os resultados demonstra uma média no somatório dos
5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) de 24,78 (± 6,80) com valores de 7 a
43 pontos no escore, com médias específicas entre os componentes (escala de
0 a 9), sendo 0 (zero) a ausência total de tal característica (comportamento) e 9
(nove) pontos a completa realização do comportamento considerado. Os dados
avaliados apresentam o componente ativismo ecológico com uma média de
4,14 (± 2,16) com apenas 5,5% (n=16) possuindo um comportamento desejável
(escore entre 8 e 9 pontos), o componente biodiversidade 4,99 (± 2,36) destes
16,20% (n=47) apresentaram comportamento desejável, o componente
consumo 6,24 (± 2,10) destes 31,03% (n=90) possuem um comportamento
desejável, o componente valores ambientais 4,32 (± 2,14) destes 4,49% (n=45)
adotam um comportamento desejável e o componente prevenção da poluição
5,09 (± 2,23) destes 13,79% (n=40) adotaram um comportamento desejável.
Conclui-se que, todos os grupos possuem um comportamento ambiental não
desejável, porém, dentre os grupos avaliados, o dos turistas dos feriados
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possuem o melhor comportamento comparado às demais subcategorias
(p<0,05), isso pode ser explicado pela presença de escolares em programas
práticos de educação ambiental neste período. Em relação aos componentes
avaliados de todos os grupos o consumo parece destacar favoravelmente em
relação aos demais, influenciado pelo hábito de economizar água e menor
aquisição de bens de consumo, no entanto 93,8% destes apontam economizar
energia em casa ou no trabalho, apesar de apresentar em comportamento não
desejável nos demais componentes.
Palavras-chave: Meio Ambiente, turistas, comportamento.
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PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE CONDUTORES DE VISITANTES DA
CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA
Sérgio Souza Magalhães
Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC/BA
O estilo de vida passou a ser considerado como indicador de saúde e
qualidade de vida, uma vez que as principais causas de doenças e morte estão
associadas prioritariamente à maneira em que vivem as pessoas, por isso, para
alguns pesquisadores o estilo de vida tem sido responsável por mais danos ao
organismo do que a soma de todas as doenças infecciosas do passado. Este
estudo objetivou analisar o perfil do estilo de vida individual dos condutores de
visitantes da Chapada Diamantina - Bahia, bem como, compará-lo aos perfis
dos demais moradores da região e turistas em excursões. A região possui
segundo dados do IBGE (2002) 33 municípios distribuídos numa área de
41.756,1 km2, com uma população aproximada de 504.040 habitantes. Para
coleta de dados e aplicação do estudo, foi selecionado intencionalmente o
município de Mucugê, localizado no centro-sul desta região. O município abriga
52% do Parque Nacional da Chapada Diamantina, local de grande potencial
turístico natural e histórico. Para atender aos objetivos da pesquisa, o estudo
assumiu um caráter descritivo com uma abordagem quantitativa. Como
instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário Pentáculo do BemEstar proposto por Nahas, Barros e Francalacci (2000). A amostra censitária foi
constituída de 36 condutores com idade média de 23,14 anos (± 7,25). Foi feita
uma estatística descritiva da freqüência dos sujeitos da amostra através do
programa SPPS for windows versão 7.5, para isso, foi utilizada a média com
desvio padrão de todos os escores dos diversos componentes do questionário.
Os resultados encontrados apontam para uma média no somatório dos 5
componentes (escala de 0 a 45 pontos) de 27,46 (± 5,81), com médias
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específicas entre os componentes (escala de 0 a 9), sendo 0 (zero) a ausência
total de tal característica (comportamento) e 9 (nove) pontos a completa
realização do comportamento considerado. Os dados avaliados apresentam o
componente nutrição com uma média de 4,17 (± 2,39), atividade física 7,35 (±
1,02), comportamento preventivo 5,58 (± 2,33), relacionamento social 7,41 (±
1,70) e controle do stress 5,25 (± 2,12). Diante disso, conclui-se que, os
componentes que apresentaram um comportamento ideal ou próximo ao
desejável pelos entrevistados são os componentes relacionamento social e
atividade física habitual. O primeiro componente foi influenciado pelo modo de
viver de uma cidade pequena com pouca violência e uma maior participação
em atividades em grupo e associações, o segundo componente influenciado
pela necessidade de exigência motora constante nos ambientes naturais,
sejam em trilhas ou caminhos e em visitas de cunho histórico, religioso e
cultural, desta forma apresentando média superior à população de estudos
realizados no Nordeste do Brasil. No entanto, os componentes, nutrição,
controle do stress e o comportamento preventivo apresentaram um
comportamento não desejável, caracterizados com evidência na baixa ingestão
de alimentos naturais e saudáveis, com pouca verificação de exames
preventivos, uso de álcool regular e pouca educação para o trânsito, além dos
entrevistados apontarem pouco tempo para o lazer já que trabalham bastante
nos feriados e finais de semana. Estes componentes necessitam de
intervenções para ajustes no comportamento dos condutores. Os dados
encontrados permitem demonstrar que quando comparados a outras
populações, num estudo na mesma região realizado pelo mesmo autor,
contando com amostras de moradores da Chapada Diamantina e turistas de
diversas localidades, os condutores na média dos 05 componentes avaliados,
possuem um melhor perfil do estilo de vida individual.
Palavras-chave: Estilo de Vida, Bem-Estar, Condutores.
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SURFE E EDUCAÇÃO FÍSICA: EM BUSCA DO EQUILÍBRIO FÍSICO E
EMOCIONAL
Tania Brotto Haddad
O Surfe é um esporte em grande ascensão no mundo e no Brasil. Ele faz parte
do tipo de esporte classificado como de Aventura ou Radicais. Desde sua
origem, tem um significado não só físico, mas emocional e filosófico na vida
daqueles que o praticam. O Surfe assim como: a escalada esportiva e outros
esportes, por serem praticados em meio à natureza, sofrem influência da
mesma, fazendo com que a prática seja, muitas vezes, imprevisível e o
praticante terá de usar sua inteligência, de forma que ele sobreviva às
inesperadas situações. O praticante precisa ser inteligente emocionalmente,
além de tecnicamente capaz. O conceito de inteligência está se dinamizando.
Atualmente, já se usam termos como Inteligências Múltiplas e Inteligência
Emocional.
A
pesquisa
tem
ênfase
nas
inteligências
intrapessoal
e
interpessoal, que seriam, respectivamente, a capacidade de o indivíduo se
auto-conhecer e relacionar-se, ou seja, a inserção do Eu e do Nós, o que pode
ser desenvolvido por meio do Surfe. O Surfe é uma modalidade esportiva que
compreende os considerados esportes de aventura e/ou turismo de aventura.
Este segmento se relaciona às práticas que envolvem a corporeidade e
exposição voluntária de si próprio, coragem, superação de limites físico–
motores individuais ou em grupos. Os objetivos estão em mostrar que o Surfe
não competitivo tem condições de colaborar física e emocionalmente no
desenvolvimento do ser humano. Além disto, procura identificar as dificuldades
e benefícios físicos e emocionais aos surfistas e verificar se o Surfe, de alguma
forma, contribui para desenvolver a inteligência intrapessoal e interpessoal e,
ainda, relacionar esses objetivos descritos.
Para o desenvolvimento da
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pesquisa exploratória utilizou-se como instrumento um questionário, que
abordou dados pessoais, questões específicas referentes ao Surfe (abertas
semi-abertas e fechadas) e foi aplicado a uma amostra de 33 indivíduos adultos,
com faixa etária entre 18 e 51 anos, sendo 25 homens e 8 mulheres , moradores do
Estado de São Paulo, praticantes de Surfe não competitivo, por um período mínimo
de 6 meses a 20 anos. A aplicação foi feita individualmente. Os dados obtidos foram
analisados quantitativamente e qualitativamente, de acordo com o tipo da
questão e objetivos propostos. O motivo principal dos sujeitos na prática do
Surfe foi o fato de estar em contato com a natureza e com a família e amigos,
assim como, o desejo de superar os limites físicos e psicológicos e o desafio
em si. Os sentimentos de prazer, liberdade e amor ao esporte foram
significantes. Dentre as alternativas para o sinônimo do Surfe, equilíbrio físico e
emocional foi a mais escolhida. Ficou claro, também, que há uma utilização e
desenvolvimento de Inteligência Intrapessoal e interpessoal, na visão dos
participantes. Além disso, foi apontado, também, que o Surfe tem como
benefício emocional a descarga dos problemas do cotidiano e melhora da
concentração, assim como, a auto-satisfação. Conclui-se, então, que mais um
esporte de aventura, no caso o Surfe não competitivo, reflete no cotidiano de
seus praticantes, pois, o mesmo, além de desenvolver capacidades físicas,
desenvolve, também, capacidades necessárias para o equilíbrio emocional,
que auxiliará nas relações interpessoais, na atmosfera da família, amigos e
trabalho e intrapessoais, como auto-conhecimento e satisfação pessoal. Para
atingir os equilíbrios físico e emocional, por serem requisitos básicos geradores
de oportunidades e um bem cada vez mais disputado no mundo moderno, fica
o Surfe como uma sugestão para se alcançá-los.
Palavras Chaves: Surfe, Educação, equilíbrio, inteligência emocional.
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A CONSTRUÇÃO DA AVENTURA NA IMIGRAÇÃO ITALIANA
Ms. Andreia Silva
ESFA
Graduando Felipe Machado
ESFA/PIC
Atualmente verifica-se uma crescente procura por Andreia Silva vivências de
Lazer em ambientes naturais, aqui adotadas pela nomenclatura de Práticas
corporais de Aventura na Natureza (PCAN’s). Devido a essa procura, cresce
igualmente o número de profissionais envolvidos nessa temática, seja por
questões mercadológicas, seja pelas questões educacionais que essas
atividades podem despertar. Nesse contexto, voltamos nossos olhares para a
cidade de Santa Teresa, a qual possui cerca de 40% de sua cobertura natural
preservada, o que atribui a ela uma condição ímpar para o desenvolvimento
dessas práticas. Observa-se, no entanto, a necessidade de uma formação
consciente e comprometida com os agentes envolvidos nessa área. Atrelada a
essa discussão, torna-se preciso igualmente, implementar vivências de
qualidade para os sujeitos participantes. Nesse sentido, é preciso destacar que
as PCAN’s não refletidas, nem discutidas, refugiando-se sob a adjetivação de
ecológicas, não traduzem uma preocupação ambiental. Diante disso, a Escola
Superior São Francisco de Assis, através de seu curso de Educação Física a
partir do ano de 2002, buscou propiciar diversas vivências para seu corpo
discente, docente e a comunidade teresense. Mesmo com tal iniciativa
podemos afirmar que Santa Teresa embora possua características promissoras
para o desenvolvimento das PCAN’s em parceria com programas de Educação
Ambiental, carece de investimentos compromissados e conscientes com esse
quadro, tanto no dia a dia da comunidade como no cotidiano escolar. Baseados
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na apresentação desse quadro, verificamos a necessidade de um melhor
entendimento de como essas práticas se constituíram ao longo dos anos nessa
localidade, bem como, o olhar de seus praticantes e observadores no que
tange as suas interpretações sobre o meio ambiente e do corpo. Visamos com
isso compreender de forma mais aprofundada o contexto na qual as mesmas
estão inseridas, para a partir daí, criar formas autênticas de desenvolve-las.
Assim, a problemática norteadora do presente projeto de pesquisa constituiu-se
no seguinte questionamento: Como as práticas corporais de aventura na
natureza se constituíram ao longo do anos na cidade de Santa Teresa e quais
as relações criadas com a comunidade? O objetivo geral buscou analisar as
práticas corporais de aventura na natureza através do olhar da comunidade de
Santa Teresa/ES, articulando seu desenvolvimento com as interpretações
acerca do meio ambiente e do corpo elaboradas por essa população. E, seus
objetivos
específicos:
Tecer
considerações
sócio-históricas
sobre
a
constituição das PCAN’s na cidade de Santa Teresa; analisar sua percepção
(ou a ausência da mesma) sobre as PCAN’s, verificar os impasses, conflitos e
contradições presentes no desenvolvimento de tais práticas, os quais revelam
ou podem revelar, atitudes e comportamentos incompatíveis com o nível de
expectativa da população local; verificar a presença ou a ausência da relação
dessas práticas com as formas de lazer da população e da ação dos visitantes,
repensar a forma como estão sendo desenvolvidas tais atividades com vistas a
dar subsídios para a implementação de políticas de lazer ao ar livre que levem
em consideração as especificidades dessa população. A presente pesquisa é
de natureza qualitativa, do tipo exploratória e descritiva, utilizando como
procedimento a pesquisa de campo. Como instrumentos foram utilizados a
observação não participante e a entrevista semi-estruturada. A amostra foi
constituída por membros da comunidade, secretários da Prefeitura Municipal
de Santa Teresa, turistas e participantes do grupo STbike e Parapente da
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mesma localidade. A análise de dados utilizada foi a Análise de Conteúdo –
Modalidade Temática. Posteriormente, fizemos uma articulação dos dados
obtidos com o referencial bibliográfico do trabalho. Através da análise de dados
pode-se inferir que as PCAN’s sempre estiveram presentes na vida dessa
comunidade, tendo porém, enfoques diferenciados quando verificados os
primeiros anos de estruturação da cidade, nessa época assumindo um papel
de meio para a sobrevivência e; atualmente, como uma potencial forma de
geração de renda caracterizada pela desarticulação com a cultura local. Nesse
segundo momento, observa-se ainda um entendimento restrito inerente a tais
práticas e a concepção de natureza/corpo como algo externo e distante do
cotidiano. Esse entendimento restrito dificulta a apropriação das PCAN’s como
uma forma de Lazer diferenciado e as próprias iniciativas para seu
desenvolvimento. Aponta-se ainda, a necessidade da construção de políticas
de Lazer e turismo que levem em conta as especificidades, culturais e
econômicas da cidade.
Palavras-chave: PCAN’s, Comunidade, Meio-ambiente.
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OS ESPORTES RADICAIS PARA UM PORTADOR DE SÍNDROME DE
DOWN
Dimitri Wuo Pereira
Cléia Pina Araújo
Universidade Nove de Julho
A Presente pesquisa busca as possibilidades de inclusão e os benefícios dos
esportes radicais em especial da escalada para um portador de Síndrome de
Down no âmbito da Educação Física Escolar. Este tipo de pesquisa possibilita
a identificação de soluções, sugestões, aspectos ainda não estudados ou
resultados que necessitem de continuação ou confirmação. O método utilizado
será um estudo de caso avaliativo. Essa pesquisa se encontra na fase final da
revisão de literatura que apresentaremos agora e em seguida faremos um
estudo com um portador de Síndrome de Down que é praticante de escalada
em uma escola da rede particular de ensino de São Paulo. A Síndrome de
Down, ou trissomia do cromossomo 21, que foi descrita pela primeira vez por
Longdon Down em 1866, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum.
A Síndrome de Down em si, não tem nenhuma classificação, e sim deficiência
mental em geral que pode ser classificada como leve ou moderada. O portador
da Síndrome de Down tem algumas dificuldades perante as habilidades
motoras básicas, pois possui pouco equilíbrio, anda em pequenas distâncias
(geralmente com auxílio), não possui muita agilidade, tem dificuldade no falar,
lentidão ao distinguir os objetos e cores, e uma aptidão global lenta. Por causa
da Hipotonia (baixo tônus muscular) e da Hipermobilidade (mobilidade acima
do normal) podem surgir vários problemas posturais, por este fato devem ser
incentivados os exercícios e as atividades que fortaleçam os músculos em
torno das articulações, estabilizando-as. Os esportes radicais aparecem como
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uma nova possibilidade e como estímulo, para o desenvolvimento da Educação
Física. Esportes radicais são aqueles que não possuem limitação de tempo,
regras e espaço como os esportes tradicionais, eles seguem as normas de
segurança
necessária
para
cada
modalidade.
Há
uma
conceituação
abrangente para os esportes radicais como um conjunto de práticas corporais
diferenciados por sua aproximação com a natureza ou interação com
obstáculos urbanos, e por expressar valores que contestam os padrões antes
estabelecidos. Os esportes radicais têm o risco como elemento essencial e
inerente a prática e por esse motivo atraem as pessoas, pois permitem um
contato especial com a própria existência. A escalada é um desses esportes.
Ela desenvolve todo o corpo, trabalha todos os grupos musculares de forma
harmoniosa e sem sobrecarregar uma parte única do corpo. A coordenação
motora e a agilidade melhoram bastante, já que os membros superiores e
inferiores são usados ao mesmo tempo e em posições diversas. A escalada é a
atividade que mais desenvolve a força da musculatura dos membros
superiores, principalmente do antebraço, pois a manutenção da postura em
suspensão pelos braços e mãos durante tempo prolongado aumenta a força
muscular, articular e tendínea desse segmento. A escalada proporciona a
melhoria da força da musculatura das costas e tronco, indicando-a para as
crianças. Esses motivos nos levam a crer que devemos pensar na escalada
como uma possibilidade de desenvolvimento para portadores de Síndrome de
Down. A escalada pode ser uma atividade de inclusão social para o portador,
além de amenizar alguns problemas de saúde, e possibilitar o desenvolvimento
motor além dos padrões conhecidos. Essa estratégia proporciona ao indivíduo,
uma tentativa de superação de barreiras, mesmo havendo certa lentidão no
desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem. As conquistas e habilidades
funcionais estão indo além daquilo que se considera possível quando essas
pessoas passam a realizar atividades que as desafiam. Essa pesquisa tentará
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elucidar essas questões abrindo novas possibilidades de discussão sobre o
problema.
Palavras-chave: síndrome de down, esportes radicais, escalada.
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A INSERÇÃO DO IDOSO NAS
TRILHAS DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA
Jossett Campagna
Gisele Maria Schwartz
Priscila Raquel Tedesco C. Trevisan
Norma Ornelas M. Catib
LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro
Nas últimas décadas, o fenômeno envelhecimento vem demandando, por parte
do ser humano, alternativas inusitadas no sentido de conferir qualidade aos
anos adicionais conquistados pela longevidade, pelo aumento da expectativa
média de vida. Nesse sentido, tais demandas vêm revelando a busca do idoso
por vivências de aventura como uma dentre as possibilidades criativas para o
preenchimento de seu “tempo disponível”. Tais experiências sensíveis, no
contexto do lazer, favorecendo a construção de saberes acerca de si, do outro
e do mundo, podem ecoar, positivamente, nos estilos de vida de seus adeptos
e contribuir para que esse momento, de seu ciclo vital, seja bem sucedido. O
objetivo desse estudo foi o de investigar a produção de conhecimento sobre a
inserção do idoso nas múltiplas possibilidades de vivências de aventura,
durante o CBAA. Para isso, a metodologia utilizada teve uma natureza
qualitativa sustentada em análise documental dos Anais do I, II e III CBAA Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura, realizado nos anos de 2006,
2007 e 2008. Para detalhamento dos resultados obtidos, foram criadas
categorias de análise, tendo como referência as palavras-chave denominativas
das comunicações científicas, modalidades pôster e tema oral. Os resultados
evidenciaram a existência de apenas 04 estudos referentes ao idoso no evento,
num contexto de 176 comunicações científicas, sendo 120 apresentadas em
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forma de pôsteres e 56 em forma de temas livres apresentados oralmente. Foi
evidenciada, ainda, a inexistência de comunicações acerca da temática do
idoso no último ano da trilogia desse evento itinerante, a partir de sua criação.
Os focos das investigações socializadas nas comunicações científicas recaíram
sobre o perfil dos idosos praticantes de atividades de aventura, a visão de
idosos em relação às possibilidades de vivências de atividades de aventura na
natureza, as práticas corporais de aventura na natureza como fomento do
aprender e, também, as condições e significados das práticas corporais de
aventura na natureza para grupos de terceira idade. Com base nesses
resultados, pode-se concluir que ainda são tímidas e insipientes as iniciativas
do segmento de pesquisas a respeito desse campo de investigação, tornandose premente fomentar novos olhares na prática profissional, a respeito da
disseminação de informações e a percepção do idoso quanto às opções
existentes no âmbito do lazer, incluindo-se as práticas de atividades de
aventura na natureza. Além disto, evidencia-se a necessidade de viabilização
de novas políticas públicas de lazer com ênfase nas atividades de aventura,
nas perspectivas de disseminá-las e oportunizá-las, de modo adaptado, junto
àqueles que adentram ou adentraram nessa inexorável e intransferível fase do
desenvolvimento humano. Torna-se igualmente importante chamar a atenção
da Academia para ampliar o diálogo com a comunidade na qual se insere e
edificar conhecimentos a respeito do universo idoso, mais especificamente
sobre sua participação nas atividades de aventura como catalisadoras de
qualidade de vida.
Palavras-chave: idoso, lazer, aventura.
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(RETRO)PERSPECTIVANDO AS TRILHAS
DO CONHECIMENTO SOBRE AVENTURA
Jossett Campagna
Gisele Maria Schwartz
Graziela Pascon Caparroz
Danilo Roberto Pereira Santiago
LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER/UNESP – Rio Claro
A comunidade científica envolvida com as atividades de aventura comunga
idéias a respeito da pluralidade/interdependência dos campos do conhecimento
que permeiam essas práticas e da necessidade de olhares inter e
intradisciplinares
sobre
as
mesmas.
Eventos
científicos,
aproximando
pesquisadores interessados em objetos de estudos semelhantes oportunizam
trocas de experiências, debates que reafirmam ou refutam paradigmas vigentes
nesse campo de atuação profissional. O objetivo dessa pesquisa foi identificar
os eixos temáticos explorados nas versões I, II e III do CBAA - Congresso
Brasileiro de Atividades de Aventura, realizadas no período de 2006 a 2008. O
método utilizado apoiou-se em análise documental dos Anais das mencionadas
versões desse evento científico. Para detalhamento dos resultados obtidos,
foram estabelecidas categorias de análise, definidas com base nas palavraschave contidas nos títulos das comunicações científicas, modalidades pôster e
tema oral. Os resultados concernentes ao evento I, evidenciaram a
predominância de 14 discussões voltadas aos aspectos psicológicos das
atividades de aventura (14 em 61 pôsteres - 22,951%), seguidos pelos de
natureza pedagógica (10 em 61 pôsteres - 16,393%). No II CBAA, o foco recaiu
sobre os 18 relatos de experiências locais (10 em 32 pôsteres - 31,250%; 08
em 24 temas orais – 33,333%), seguidos por 11 estudos psicológicos (07 em
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32 pôsteres – 21,875%; 04 orais – 16,667%). No III CBAA, constatou-se um
deslocamento dessa dimensão para a dos aspectos pedagógicos presentes em
12 estudos sobre atividades de aventura (09 em 27 pôsteres – 33,333%; 03 em
32 temas orais – 09, 375%), seguido pelos 10 relatos de experiências locais
(05 em 27 pôsteres – 18,519%; 05 em 32 orais – 15,625%). No conjunto dos
três eventos científicos, o interesse dos pesquisadores pela dimensão
pedagógica liderou o centro das atenções de 33 trabalhos (26 em 120 pôsteres
– 21,66%; 07 em 56 temas orais – 12,500%) em números idênticos aos 33
relatos de experiências locais (20 em 120 pôsteres – 16,667%; 13 em 56 temas
orais – 23,214%). A ambos, seguiram-se 25 trabalhos com fundo psicológico
(19 em 120 pôsteres – 15,833%; 06 em 56 temas orais – 10,714%) e 19
focalizando as instituições na operacionalização da temática em pauta (12 em
120 pôsteres- 10,000%; 07 em 56 temas orais – 12,500%). Além desses,
ficaram evidenciadas 9 (05,113%) trabalhos sobre treinamento, 5 (02,840%)
reflexões sobre práticas corporais de aventura na natureza, qualidade de vida,
atividade na natureza e sustentabilidade, 4 (02,272%) com foco no idoso e 4
(02,272%) sobre meio ambiente, 3 (01,704%) envolvendo qualidade de vida e 3
(01,704%) os aspectos biológicos, entre outros, propostos unitariamente
(00,568%) a respeito de qualidade de vida, lazer-educação-desenvolvimento
humano, lazer-aventura, arbitragem, formação profissional, avaliação muscular,
perfis de atletas e adolescentes, educação pelo lazer, lazer áreas urbanas,
controle motor, abordagens teórico-práticas, publicações, esportes na natureza,
confederações esportivas no Brasil e Portugal, aspectos filosóficos, aventuranatureza, regulamentação da Educação Física. Com base nos resultados do
estudo, pode-se reiterar a magnitude e abrangência das atividades de aventura
na multidimensionalidade constitutiva do ser humano, uma vez que a
diversidade de discussões se refletiu no propósito de ampliar os conhecimentos
centrais e subjacentes que as mesmas contemplam. Os focos pedagógicos e
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psicológicos predominantes na totalidade do CBAA, permitiram inferir a crença
na idéia de que essas atividades constituem-se em estratégias significativas e
sensíveis para a promoção humana por parte dos envolvidos nesse campo de
atuação profissional.
Palavras-chave: Aventura, Pesquisa, Lazer.
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