Relatório de Concretização de Bolonha - Estgf

Transcrição

Relatório de Concretização de Bolonha - Estgf
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO
DO PROCESSO DE BOLONHA
2006/2007
2007/2008
1
ÍNDICE
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
4
2. INTRODUÇÃO
4
2.1. Apresentação
4
2.2. Condições Ambientais
4
3. CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA
6
3.1. Objectivos do Processo de Bolonha
6
3.2. Mudanças em matéria pedagógica
6
3.3. Progresso das mudanças realizadas
14
3.3.1. Mudanças na instituição
14
3.3.2. Mudanças realizadas em cada curso
18
3.3.3. Comparação com a evolução realizada em outras instituições de 32
referência
3.4. Componentes do trabalho do estudante
33
3.5. Medidas de promoção do sucesso escolar
34
3.6.
Acções
de
apoio
ao
desenvolvimento
de
competências 35
extracurriculares
3.7. Medidas de estímulo à inserção na vida activa
39
3.8. Resultados dos inquéritos
42
4. CONCLUSÕES
50
2
ABREVIATURAS
ESTGF – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras
GRI – Gabinete de Relações Internacionais
IPP – Instituto Politécnico do Porto
LCE – Licenciatura em Ciências Empresariais
LEI – Licenciatura em Engenharia Informática
LSOL – Licenciatura em Solicitadoria
LSQT – Licenciatura em Segurança e Qualidade no Trabalho
MCTES – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
MEI – Mestrado em Engenharia Informática
OT – Orientação Tutorial
P – Aulas práticas
PL – Práticas laboratoriais
T – Aulas teóricas
TP – Aulas teórico-práticas
3
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Nos termos do artigo 66.º-A do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março,
aditado pelo Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho, os estabelecimentos de ensino
superior devem elaborar, anualmente, um relatório acerca da concretização dos
objectivos do Processo de Bolonha.
O relatório em causa deve integrar o contributo dos estudantes e docentes,
através de formas de participação e de auscultação e adoptar indicadores objectivos
que evidenciem o progresso das mudanças realizadas na instituição e em cada curso.
Pretende-se, desta forma, assegurar um aprofundamento da concretização do
Processo de Bolonha e uma maior transparência dos processos da instituição em
relação aos objectivos fixados, de forma a facilitar escolhas mais informadas por parte
dos estudantes, das famílias e da sociedade.
Atento o disposto no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho, o
primeiro relatório deve ser publicado até 31 de Dezembro de 2008, reportando-se aos
anos lectivos de 2006/2007 e 2007/2008.
Dando cumprimento à referida obrigação legal, a Escola Superior de
Tecnologia e Gestão de Felgueiras do Instituto Politécnico do Porto elabora o presente
relatório correspondente aos anos lectivos 2006/2007 e 2007/2008.
2. INTRODUÇÃO
2.1. Apresentação
A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras (ESTGF) é uma
escola de ensino superior público, integrada no Instituto Politécnico do Porto. Criada
pelo Decreto-Lei n.º 264/99, de 14 de Julho, visa, com a sua oferta formativa,
contribuir para o desenvolvimento da região onde está inserida – Vale do Sousa e
Baixo Tâmega.
A ESTGF está instalada na Casa do Curral, local onde teve início no ano
lectivo de 1999/2000.
A ESTGF tem implementado e certificado um sistema de gestão de qualidade
com base na norma – NP EN ISSO 9001:2000.
2.2. Condições Ambientais
A ESTGF é uma Escola que se direcciona para a região do Vale do Sousa e
Baixo Tâmega, onde está inserida. Esta região, de acordo com alguns estudos
4
efectuados 1, possui algumas características que, definitivamente influenciam o
crescimento da ESTGF, das quais se destacam:
•
Com um pouco mais de meio milhão de habitantes, e uma densidade
populacional de 265,2 hab/km2, o envelhecimento demográfico é muito inferior
ao da restante região Norte e ao do Continente;
•
É evidente no Tâmega um esforço de investimento na cultura e na preservação
do património cultural;
•
É relevante o peso dos jovens – quase 19%-, valor superior à média nacional
(15,5%). Nos concelhos de Felgueiras, Marco de Canaveses, Paredes,
Penafiel, Lousada, e paços de Ferreira o valor é superior à média do Tâmega,
ultrapassando os 20% nos últimos dois casos.
•
Acompanhando a tendência regional e nacional, é no 3º ciclo, de uma forma
geral, que se evidenciam as taxas mais elevadas de abandono escolar;
Resende, Baião, Castelo de Paiva e Paredes registam os valores mais
elevados;
•
Baixa escolarização da população;
•
O Tâmega é essencialmente uma região industrial;
•
A Indústria transformadora representa cerca de 20% das empresas locais
(2005) e emprega cerca de metade do pessoal ao serviço nas sociedades
locais;
•
Ainda que o tecido industrial seja dominado pelas PME, existem grandes
unidades industriais, regra geral associadas a grandes investimentos
estrangeiros em sectores intensivos em mão-de-obra;
•
As actividades económicas de maior valor acrescentado, intensivas em
conhecimento, estão pouco representadas;
•
O mercado de trabalho atravessa uma profunda crise: o emprego tem vindo a
diminuir, as qualificações escolares dos trabalhadores são muito deficitárias, as
actividades dominantes são de carácter intensivo em mão-de-obra e
tradicionais, sem grandes avanços tecnológicos nem actividades intensivas em
saber ou nas tecnologias de informação e comunicação;
Neste sentido, a ESTGF pretende ser um elemento fundamental e catalizador
de desenvolvimento das Regiões do Vale do Sousa e do Baixo Tâmega, contribuindo
para o desenvolvimento, bem-estar social e excelência técnica e científica destas
1
Programa de Acção Intermunicipal de Serviços Colectivos de Proximidade2007-2010 Tâmega
– Relatório 1ª Fase, Dezembro 2007;
5
regiões, através da formação de técnicos superiores, num perspectiva de politecnia
alargada.
3. CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DO PROCESSO DE BOLONHA
3.1. Objectivos do Processo de Bolonha
No âmbito do Processo de Bolonha, pretende-se a transição de um sistema de
ensino baseado na transmissão de conhecimentos para um sistema baseado no
desenvolvimento de competências dos estudantes, em que as componentes de
trabalho experimental ou de projecto, entre outras, e a aquisição de competências
transversais devem desempenhar um papel decisivo. Trata-se, portanto, da mudança
do um paradigma de ensino de um modelo passivo para um modelo baseado na
componente experimental ou de projecto.
Assim sendo, com as reformas introduzidas pelo Processo de Bolonha pretende-se
atingir um conjunto de objectivos, designadamente, os seguintes:
•
Aumentar a competitividade e qualidade no Ensino Superior Europeu;
•
Incrementar a mobilidade dos cidadãos europeus;
•
Aumentar a compatibilidade dos graus a nível europeu;
•
Potenciar o reconhecimento de Habilitações e Competências;
•
Fomentar um maior envolvimento dos estudantes na gestão do seu percurso
académico e das instituições de ensino superior;
•
Alargar as oportunidades de acesso ao Ensino Superior;
•
Promover um Espaço Europeu de Ensino Superior.
Com vista a concretizar os referidos objectivos foram implementadas as medidas
infra descritas.
3.2. Mudanças em matéria pedagógica
A Escola preparou e apresentou ao MCTES, em finais de Março de 2006, a
adequação segundo a nova legislação, das quatro licenciaturas em curso (Ciências
Empresariais, Engenharia Informática, Solicitadoria e Segurança e Qualidade no
Trabalho), tendo em vista a sua entrada em funcionamento no ano lectivo 2006/2007,
o que, de facto, aconteceu.
No sentido de uma formação orientada para o desenvolvimento das
competências dos estudantes, organizada com base no sistema europeu de
6
transferência e acumulação de créditos (ECTS) e onde as componentes de trabalho
experimental ou de projecto, entre outras, e a aquisição de competências transversais
desempenham um papel decisivo, tiveram lugar, nomeadamente, as seguintes
mudanças em matéria pedagógica:
a) Práticas inovadoras no ensino
Em 2006/2007, iniciou-se a aplicação, em algumas unidades curriculares, dos
princípios consignados na Declaração de Bolonha.
•
No Curso de Ciências Empresariais, deu-se início à unidade curricular
de Simulação Empresarial I, destinada a estudantes finalistas, com o
intuito de proporcionar uma integração vertical de conhecimentos
adquiridos ao longo do plano curricular e consolidação dos mesmos,
conduzindo a uma visão prática da actividade empresarial e à
realização autónoma do processo integral de estudo. Visa, também, a
criação, expansão e desenvolvimento empresarial e a preparação dos
estudantes para a complexidade de funcionamento de um sistema de
informação
com elevado
nível
de
integração,
permitindo
uma
aproximação à vivência empresarial e ética nos negócios.
•
No Curso de Engenharia Informática, no âmbito da unidade curricular
de Apresentação e Análise de Casos, foram feitas as seguintes
apresentações:
Tema – “Problemas e Soluções Informáticas – Apresentação do SI da
Calafe”
Empresa – Expandindústria
Orador – Dr. David Martins
Organização – Vasco Santos
Data – Novembro 2006
Tema – “Research Activities in Networks at INESC Porto”
Empresa – FEUP/INESC Porto
Orador – Prof. Manuel Ricardo
Organização – António Pinto
Data – Dezembro 2006
•
No curso de Ciências Empresariais, na unidade curricular de Apresentação e
Análise de Casos, privilegiou-se um ensino mais centrado na auto7
aprendizagem do estudante, com o devido apoio de vários docentes. Esta
metodologia permitiu o contacto com tarefas muito próximas da realidade
empresarial e estimulou o trabalho interdisciplinar.
•
No curso de Ciências Empresariais, deu-se início à unidade curricular de
Simulação Empresarial II, destinada a estudantes finalistas, com intuito de
proporcionar uma integração vertical dos conhecimentos adquiridos ao longo
do plano curricular e consolidação dos mesmos, conduzindo a uma visão
prática da actividade empresarial e à realização autónoma do processo integral
de estudo. Visa, também, a criação, expansão e desenvolvimento empresarial
e a preparação dos estudantes para a complexidade de funcionamento de um
sistema de informação com elevado nível de integração, permitindo uma
aproximação à vivência empresarial e ética dos negócios.
•
No curso de Solicitadoria, deu-se início à unidade curricular de simulação
jurídica, destinada a estudantes finalistas, com objectivo de proporcionar ao
estudante a integração e consolidação dos conhecimentos adquiridos ao longo
do plano curricular, iniciar o estudante no contacto com as estruturas
administrativas e os entes públicos com que no futuro irá diariamente trabalhar,
como sejam, Câmaras Municipais, Serviços de Finanças, Conservatórias do
Registo Civil, Comercial e Predial, Notários e Tribunais. Esta disciplina consiste
num caso prático multidisciplinar, que inclui conteúdos programáticos das
principais unidades curriculares que constituem a licenciatura em Solicitadoria,
designadamente, Direito do Trabalho, Direito das Obrigações, Direitos Reais,
Direito da Família, Direito das Sucessões, Processo de Inventário, Direito do
Urbanismo, Direito Comercial, Sociedades Comerciais, Direito Fiscal, Registos
e Notariado e Direito Processual Civil.
b) Distribuição das horas por tipo de aula
Tendo em consideração a passagem de um ensino baseado na transmissão de
conhecimentos para um ensino baseado no desenvolvimento de competências, e onde
a componente experimental e de projecto desempenha um papel importante, o peso
das diferentes componentes do trabalho do estudante por tipo de aula são um
indicador importante para realçar a mudança de paradigma.
Os gráficos seguintes demonstram o peso das várias componentes do trabalho
do estudante no número de horas de trabalho por tipo de aula
no âmbito das
licenciaturas e do mestrado ministrados na ESTGF.
8
1. Licenciatura em Ciências Empresariais
Quadro 1 – Horas por tipo de aulas por ano (LCE)
Por anos:
T
TP
P
OT
S
1º Ano
35,00%
42,50% 15,00%
7,50%
0,00%
2º Ano
30,00%
60,00% 10,00%
0,00%
0,00%
3º Ano
17,50%
32,50% 22,50%
27,50%
0,00%
60,00%
50,00%
40,00%
1º Ano
2º Ano
3º Ano
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
T
TP
P
OT
S
Gráfico 1 - Horas por tipo de aulas por ano (LCE)
2. Licenciatura em Engenharia Informática
Quadro 2 – Horas por tipo de aulas por ano (LEI)
Por anos:
T
TP
P
OT
S
1º Ano
39,13%
26,09% 30,43%
4,35%
0,00%
2º Ano
40,91%
4,55% 50,00%
4,55%
0,00%
3º Ano
35,71%
0,00% 45,24%
7,14% 11,90%
9
50,00%
45,00%
40,00%
35,00%
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
1º Ano
2º Ano
3º Ano
T
TP
P
OT
S
Gráfico 2 - Horas por tipo de aulas por ano (LEI)
3. Licenciatura em Solicitadoria
Quadro 3 – Horas por tipo de aulas por ano (SOL)
Por anos:
T
TP
P
OT
S
1º Ano
17,50%
62,50%
0,00%
20,00%
0,00%
2º Ano
15,00%
60,00%
0,00%
25,00%
0,00%
3º Ano
7,50%
42,50%
5,00%
20,00% 25,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
1º Ano
30,00%
2º Ano
3º Ano
20,00%
10,00%
0,00%
T
TP
P
OT
S
Gráfico 3 - Horas por tipo de aulas por ano (SOL)
10
4. Licenciatura em Segurança e Qualidade no Trabalho
Quadro 4 – Horas por tipo de aulas por ano (LSQT)
Por anos:
T
TP
P
OT
S
1º Ano
37,50%
35,00%
27,50%
0,00%
0,00%
2º Ano
42,03%
56,56%
0,00%
1,41%
0,00%
3º Ano
43,40%
31,94%
16,67%
7,99%
0,00%
60,00%
50,00%
40,00%
1º Ano
2º Ano
3º Ano
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
T
TP
P
OT
S
Gráfico 4 - Horas por tipo de aulas por ano (LSQT)
5. Mestrado em Engenharia Informática
Quadro 5 – Horas por tipo de aulas por ano (MEI)
Por anos:
1º Ano
2º Ano
T
44,44%
12,50%
TP
PL
11,11% 33,33%
0,00%
0,00%
OT
O
11,11%
0,00%
75,00% 12,50%
11
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
1º Ano
2º Ano
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
T
TP
PL
OT
O
Gráfico 5 - Horas por tipo de aulas por ano (MEI)
Da análise dos dados expostos, é possível verificar que a componente
experimental e de projecto, representadas pelas aulas teórico-práticas, práticas,
orientação tutorial e seminário, têm um peso determinante no total das horas de
trabalho dos estudantes. É, portanto, notório o falecimento de um modelo de ensino
passivo baseado na aquisição de conhecimentos, e a aquisição de um modelo
baseado na aquisição de competências centrado no estudante.
Assim, todos os cursos se adaptaram às exigências de mais trabalho contínuo
e prático. A aquisição de competências passa por um processo mais prático do que
teórico, em que o aluno se sente motivado e implicado no processo. A aula teórica
ocupa um lugar reduzido.
c) Metodologias de ensino/aprendizagem
Tendo presente os objectivos proclamadas no Processo de Bolonha, foram
utilizadas as seguintes metodologias de ensino/aprendizagem nas unidades
curriculares que compõem as licenciaturas ministradas na ESTGF:
•
Licenciatura em Ciências Empresariais
o
Método expositivo:

o
exposição dos temas / conteúdos programáticos;
Método activo:
12

ensino tutorial e personalizado, no sentido de incentivar a
reflexão, a pesquisa, e resolução de problemas práticos (parte
prática da aula);

Utilização de exemplos práticos para aplicação dos temas
abordados;
•

Resolução de casos propostos;

Promoção de visitas de estudo.
Licenciatura em Engenharia Informática
o
Método expositivo.
o
Método interrogativo:

dando-se ênfase à participação do estudante, formulando
perguntas abertas e ou fechadas, com o objectivo de permitir
desenvolver no estudante um espírito critico e uma atitude mais
autónoma;
o
Método activo:

através da apresentação de fichas de exercícios e trabalhos
práticos para consolidação dos conhecimentos adquiridos.
•
Licenciatura em Solicitadoria
o
o
Método expositivo:

expositivo/interrogativo;

demonstrativo/interrogativo e

activo/interrogativo;
Método activo:

análise
e
interpretação
das
normas
legais
pertinentes,
sentenças e acórdãos;

análise e resolução de casos práticos e de questões teóricas;

preparação/exposição/debate de temas pelos estudantes;

elaboração de minutas, peças processuais, requerimentos,
entre outros.
•
Licenciatura em Segurança e Qualidade no Trabalho
o
Método expositivo:

através da projecção de elementos exemplificadores dos temas
focados;
o
Método interrogativo:
13

dando-se ênfase à participação do estudante, formulando
perguntas abertas e ou fechadas, com o objectivo de permitir
desenvolver no estudante um espírito critico e uma atitude mais
autónoma;
o
Método demonstrativo:

baseando o ensino/aprendizagem na resolução de exercícios
tipo por parte do docente, seguindo-se uma tentativa de
resolução autónoma, por parte dos estudantes, de exercícios
similares;
o
Método activo:

Resolução de casos práticos e/ou estudo de casos, elaboração
de trabalhos individuais e/ou de grupo incidindo sobre temáticas
e materiais próprios.
•
Mestrado em Engenharia Informática
o
Método expositivo.
o
Método interrogativo:

Criação de espaços de debate e reflexão, com o objectivo de
permitir desenvolver no estudante um espírito crítico e uma
atitude mais autónoma;
o
Método activo:

Produção e apresentação de trabalhos científicos;

Resolução de casos práticos e/ou estudo de casos, elaboração
de trabalhos individuais e/ou de grupo.
Dos elementos expostos, podemos retirar que todos os alunos beneficiaram de
diferentes metodologias de ensino/aprendizagem. No entanto, é relevante
sublinhar o trabalho experimental, a exploração com vista à solidificação dos
conhecimentos adquiridos e a valorização do trabalho autónomo dos estudantes
ressalta como uma metodologia transversal.
3.3. Progresso das mudanças realizadas
3.3.1. Mudanças na instituição
a) Áreas científicas
14
Em 2006, foram adequadas ao modelo de Bolonha todas as licenciaturas
bietápicas da ESTGF. Como tal, o organigrama das áreas científicas sofreu algumas
alterações com vista a uniformizar o peso relativo de cada área científica.
No entanto, uma vez que ainda se mantiveram em funcionamento os
3º e 5º anos das licenciaturas bietápicas, manteve-se, também, o organigrama das
áreas científicas das licenciaturas bietápicas:
•
Ciências Sociais;
•
Direito Privado;
•
Direito Público;
•
Economia e Finanças;
•
Engenharia dos Computadores;
•
Informática e Ciências da Computação;
•
Matemática;
•
Organização e Gestão;
•
Higiene e Segurança no Trabalho.
De acordo com o modelo de Bolonha passaram a existir dez áreas científicas:
•
Ciências Sociais;
•
Direito Privado;
•
Direito Público;
•
Economia e Finanças;
•
Engenharia dos Computadores;
•
Sistemas da Informação;
•
Ciências da Computação;
•
Matemática;
•
Organização e Gestão;
•
Higiene e Segurança no Trabalho.
Em 2007, deu-se uma nova alteração no âmbito da organização as áreas científicas,
como forma de tornar a estrutura interna da Escola ainda mais consentânea com as
exigências do Processo de Bolonha. Como tal, passaram a existir as seguintes áreas
científicas:
•
Ciências Jurídicas e Sociais;
•
Informática;
•
Ciências Naturais e Exactas;
•
Ciências Empresariais;
15
•
Segurança e Qualidade no Trabalho.
b) Objectivos de Gestão
Nos anos lectivos de 2006/2007 e 2007/2008, os objectivos de gestão
proclamados pelas várias direcções foram traçados de forma a tornar viáveis os
desígnios aclamados no Processo de Bolonha, designadamente:
•
Fazer do ensino ministrado na Escola um ensino de excelência
Para o cumprimento deste objectivo, a Escola apostou em melhorar as condições
apresentadas aos docentes, para que estes possam aumentar as suas
qualificações. Docentes qualificados focalizados no cliente/ estudante é uma das
formas de atingir o objectivo proposto.
•
Adopção das medidas propostas pela Declaração de Bolonha
Dentro das restrições de espaço, tentou-se aumentar os espaços físicos para uma
maior interacção entre docentes e estudantes fora da actividade lectiva. Para isso
foi disponibilizada uma sala específica para atendimento e apoio a alunos.
•
Contribuir para a concretização dos objectivos da declaração de Lisboa
de 2000, no que diz respeito à sociedade do conhecimento
Foram iniciados vários projectos no âmbito da sociedade do conhecimento,
nomeadamente: - desmaterialização de documentos, criação de intranet
institucional com o objectivo de facilitar a comunicação a toda a comunidade
ESTGF.
•
Promover a eficiência do processo ensino/aprendizagem
Para a concretização deste objectivo, foram instalados em cerca de 90% das salas
de aula, projectores multimédia e computadores. Houve um projecto-piloto para a
reestruturação do Moodle, uma ferramenta de trabalho, ao dispor de todos os
alunos e docentes. Promoveu-se a adopção de metodologias de ensino, mais
focalizadas no estudante, tal como preconiza a declaração de Bolonha. Adquiriu-se
equipamento para os laboratórios de química e física.
•
Promover a coesão institucional e desenvolvimento da qualidade
Neste sentido a Escola tenta cooperar e dialogar com diversas instituições, tais
como, Associação de Estudantes, Grupo de Fados, Tuna e Comissão de Praxe.
Relativamente à comissão de praxe, a cooperação é feita apenas na perspectiva
do diálogo, para que as actividades da mesma decorram sempre dentro da
normalidade.
•
Optimizar e rentabilizar os serviços
16
Neste aspecto, dada a escassez dos Recursos Humanos, foram simplificados e
alterados alguns procedimentos na Escola, de forma a simplificar a execução das
tarefas.
c) Instalações e equipamentos
Dando resposta à necessidade de fomentar o trabalho prático em face do papel
basilar da componente experimental e de projecto no âmbito do Processo de Bolonha,
a
ESTGF
procurou,
dentro
da
disponibilidade
orçamental,
proceder
ao
apetrechamento dos laboratórios e outros equipamentos.
Realça-se o equipamento adquirido para os laboratórios indicados a seguir:
•
Reequipamento pedagógico dos laboratórios de informática
Quadro 6 – Reequipamento pedagógico dos laboratórios de informática
•
Equipamento
Quantidade
Computador HP DC5700SFF
41
Servidores
16
Pontos de Acesso (AP´s)
8
Impressora Jacto de Tinta
1
Impressora Laser
1
Router Cisco 1720
6
Router/Switch Dell 6024
3
Reequipamento pedagógico do laboratório de Física/Química~
Quadro 7 – Reequipamento pedagógico do laboratório de Física/Química
Equipamento
Quantidade
Analisador de produtos de combustão Kit Testo 327-1
1
Detector de fugas refrigerantes Testo 316-4
1
Medidor de temperatura e humidade Testo 845
1
Instrumento multifuncional Kit testo 454
1
Equipamento multimedições
1
•
Reequipamento pedagógico Simulação Empresarial
Quadro 8 – Reequipamento pedagógico Simulação Empresarial
Equipamento
Quantidade
Servidor
1
Solução de Backups
1
17
Para a biblioteca foi adquirido um número elevado de livros, assinaturas de
revistas e publicações em todas as áreas científicas, sobretudo nas áreas
correspondentes aos cursos mais recentes. Foi ainda adquirido um leitor óptico e
armários para a biblioteca.
Foi adquirida uma nova fotocopiadora e diverso material para o apoio aos serviços
administrativos e financeiros, bem como, aos gabinetes de docentes.
d) Serviços de Informática
Tendo em atenção as necessidades de um ensino baseado no desenvolvimento
de competências, foi dada especial atenção aos recursos informáticos.
Com esse objectivo, houve um projecto-piloto para a reestruturação do Moodle,
uma ferramenta de trabalho, ao dispor de todos os alunos e docentes.
Foram, ainda, mantidas todas as licenças existentes de sistemas informáticos.
Foram instalados em cerca de 90% das salas de aula, projectores multimédia e
computadores.
Adquiriu-se diverso equipamento para os laboratórios.
e) Melhoramento dos Centros Auxiliares de Ensino
Como já foi referido em pontos anteriores, dentro das restrições de espaço,
tentou-se aumentar os espaços físicos para uma maior interacção entre docentes e
estudantes fora da actividade lectiva. Para isso foi disponibilizada uma sala específica
para atendimento e apoio a alunos.
Mantiveram-se as salas de estudo, disponibilizadas em anos anteriores,
continuou-se o apetrechamento de laboratórios e foi adquirido para a biblioteca um
número elevado de livros, assinaturas de revistas, publicações em todas as áreas
científicas.
3.3.2. Mudanças realizadas em cada curso
a) Reestruturação das Licenciaturas conforme orientações da declaração de
Bolonha
Em finais do mês de Março de 2006, a ESTGF apresentou à tutela a adequação
das quatro licenciaturas a funcionar na Escola, conforme a nova legislação criada para
implementar a “Declaração de Bolonha”.
Em 2006, todas as formações de 1º ciclo entraram em funcionamento segundo o
paradigma de Bolonha e procedeu-se às adequações (planos de transição) das
licenciaturas em funcionamento.
18
Como tal, verificou-se uma redefinição dos objectivos e do plano de estudos de
cada uma das licenciaturas, de acordo com o seguinte:
•
Licenciatura em Ciências Empresariais
1. É objectivo desta licenciatura a formação nas seguintes competências
específicas:
o
Reconhecer e considerar os diferentes factores que influenciam a forma
como os indivíduos, as equipas e os grupos pensam, aprendem e
trabalham;
o
Identificar e analisar a influência dinâmica dos diversos factores/actores
ambientais que condicionam a actividade organizacional;
o
Organizar e articular diferentes tipos de recursos e hierarquizar
prioridades;
o
Demonstrar uma atitude pró-activa e de liderança na gestão
organizacional e espírito empreendedor;
o
Aplicar os conhecimentos técnicos adquiridos, de âmbito empresarial,
aos níveis contabilístico e financeiro;
o
Conhecer as estruturas empresariais e capacidade de elaborar planos
de marketing, actuando ao nível das novas tecnologias de gestão;
o
Actuar ao nível da gestão corrente e operacional, sendo capaz de
elaborar, entre outros, planos de investimento;
o
Intervir no âmbito da consultadoria fiscal e financeira, no mercado de
capitais (nacional e internacional) e aos níveis organizacional, logístico
e humano das empresas.
2. Plano de estudos
Quadro 9 – Plano de estudos da Licenciatura em Ciências Empresariais
UNIDADES CURRICULARES
1º ano – 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
TIPO
TOTAL
CONTACTO
CRÉDITOS
Contabilidade I
Semestral
173
T: 16; PL:48
6,5
Matemática Aplicada I
Semestral
160
T: 16; TP: 48
6
Microeconomia
Semestral
187
T: 16; TP: 48
7
Noções Fundamentais de
Direito
Semestral
133
Organização e Administração
de Empresas
Semestral
147
T: 32; TP: 32
T: 16; OT: 48
5
5,5
1º ano – 2º Semestre
19
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Contabilidade II
Semestral
200
T: 32; PL: 48
7
Matemática Aplicada II
Semestral
133
T: 16; TP: 32
5,5
Economia da Empresa
Semestral
173
T: 16; TP: 48
6,5
Direito das Empresas
Semestral
160
T: 32; TP: 32
6
Sociologia das Organizações
Semestral
133
T: 32; TP: 32
5
2º ano – 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
TP: 48
Contabilidade Analítica I
Semestral
133
Métodos Quantitativos
Aplicados I
Semestral
147
Macroeconomia
Semestral
147
T: 32; TP: 32
5,5
Gestão de Pessoas
Semestral
120
TP: 48
4,5
Gestão da Produção e
Logística
Semestral
147
Informática Empresarial
Semestral
107
TP: 48
T: 32; TP: 32
T: 16; PL: 32
5
5,5
5,5
4
2º ano – 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
TP: 48
Contabilidade Analítica II
Semestral
147
Técnicas e Operações
Financeiras
Semestral
147
Desenvolvimento Regional
Semestral
107
TP: 48
4
Métodos Quantitativos
Aplicados II
Semestral
147
T: 10; PL: 32;
OT: 6
5,5
Marketing
Semestral
133
T: 32; TP: 32
5
Gestão da Qualidade
Semestral
120
T: 32; TP: 16
4,5
T: 32; TP: 32
5,5
5,5
3º ano – 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Fiscalidade
Semestral
187
T: 32; TP: 48
7
Empreendedorismo
Semestral
80
TP: 10; S: 10
OT: 12
3
Estratégia Empresarial
Semestral
107
TP: 48
4
20
Análise Financeira
Semestral
160
T: 32; TP: 32
6
Simulação Empresarial I
Semestral
267
T:6; PL: 30 OT:
60
10
3º ano – 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Projectos de Investimentos
Semestral
160
TP: 16; PL: 32,
OT: 16
6
Finanças Empresariais
Semestral
133
T: 16; TP: 32
5
Sistemas de Informação
Empresariais
Semestral
133
Ética Profissional
Semestral
80
TP: 32
3
Simulação Empresarial II
Semestral
293
PL: 48; OT: 80
11
•
T: 16; PL: 32
5
Licenciatura em Engenharia Informática
1. É objectivo desta licenciatura a formação nas seguintes competências
específicas:
o
Desenvolver capacidades sociais que lhe permita interagir, trocar
ideias, cooperar, negociar e gerir adequadamente situações de
potencial conflito com outros profissionais;
o
Desenvolver
capacidades
de
trabalho
em
equipa,
integrando,
motivando e até liderando tais equipas;
o
Pesquisar sobre assuntos pertinentes relativamente aos métodos e
tecnologias que utiliza;
o
Analisar problemas e situações de um modo aprofundado;
o
Especificar requisitos necessários à resolução de problemas;
o
Seleccionar as metodologias mais adequadas para a resolução de
problemas;
o
Analisar, experimentar e criticar soluções;
o
Estabelecer planos de desenvolvimento de projectos e implementar ou
acompanhar a implementação dos mesmos;
o
Estabelecer planos de manutenção de sistemas informáticos baseados
em hardware e/ou software;
o
Utilizar com segurança os recursos disponíveis (orçamento, tempo,
materiais, esforço humano, etc.);
o
Compreender e produzir informação técnica e científica na sua área de
formação, expressa em língua inglesa, sob a forma oral e escrita;
21
o
Conhecer de forma aprofundada o meio envolvente, quer a nível
regional quer a nível global;
o
Ter sempre presente aspectos éticos, jurídicos, sociais e ambientais
que possam implicar com o exercício da sua actividade.
2. Plano de estudos
Quadro 10– Plano de estudos da Licenciatura em Engenharia Informática
1º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Aspectos Sociais da
Informática
Trimestral
105
T:8; TP:12
PL:12;OT:12
4
Fundamentos da Programação
Semestral
135
T:28;TP:28
5
Matemática Discreta
Semestral
120
T:28;TP:28
4,5
Introdução aos Sistemas
Computacionais e de
Informação
Semestral
120
Álgebra
Semestral
135
T:28;TP:28
5
Linguagens de Programação I
Semestral
185
PL:70; OT:14
7
T:28;PL:28
4,5
1º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Paradigmas de Programação
Semestral
145
T:32;TP:32
5,5
Física
Semestral
145
T:32;PL:32
5,5
Matemática
Semestral
145
T:32;TP:32
5,5
Análise Numérica
Semestral
145
T:32;TP:32
5,5
Linguagens de Programação II
Semestral
215
PL:80; OT:16
8
2º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Estruturas de Dados
Semestral
145
T:32;PL:32
5,5
Probabilidades e Estatística
Semestral
145
T:32;TP:32
5,5
Arquitectura de Computadores
Semestral
145
T:32;PL:32
5,5
Engenharia de Software
Semestral
145
T:32;PL:32
5,5
Semestral
215
T:16;PL:64;
OT:16
8
Programação em Ambiente Web
22
2º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Análise Algorítmica e Optimização
Semestral
160
T:32;PL:32
6
Sistemas Operativos
Semestral
175
T:32;PL:48
6,5
Bases de Dados
Semestral
175
T:32;PL:48
6,5
Análise de Sistemas
Semestral
145
T:32;PL:32
5,5
Semestral
145
T:16;PL:32:OT:1
6
5,5
Interacção e Sistemas Multimédia
3º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Redes de Computadores
Semestral
200
T:32;PL:64
7,5
Sistemas de Informação
Semestral
135
T:16;PL:32
5
Administração de Sistemas
Informáticos
Semestral
160
Inteligência Artificial
Semestral
160
Sistemas de Gestão de Bases
de Dados
Semestral
145
T:32;PL:48
T:32;PL:32
T:32;PL:32
6
6
5,5
3º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Comunicação e Computação
Móvel *
Semestral
105
Ciências Empresariais *
Semestral
95
Sistemas de Informação
Organizacionais *
Semestral
105
Gestão de Projectos Informáticos*
Semestral
95
T:24;TP:24
3,5
Projecto/Estágio
Semestral
400
O:80; OT:50
15
T:24;PL:24
T:24;PL:24
T:24;PL:24
4
3,5
4
* Estas unidades curriculares serão leccionadas, de forma modular, nos primeiros 2 meses do semestre, libertando
assim os restantes para o Projecto/Estágio
•
Licenciatura em Solicitadoria
1. É objectivo desta licenciatura a formação nas seguintes competências
específicas:
o
Dominar as áreas fundamentais da ordem jurídica portuguesa;
o
Interpretar e compreender textos jurídicos, com recurso a critérios
hermenêuticos;
23
o
Identificar o papel das instituições comunitárias e dos órgãos de
soberania nacionais;
o
Analisar e resolver questões jurídicas sobre interpretação e aplicação
de normas;
o
Resolver questões práticas relativas a contratos, responsabilidade civil,
direito do trabalho, direitos reais, arrendamento e condomínios;
o
Analisar e resolver questões de natureza fiscal, com especial incidência
sobre a tributação do património;
o
Distinguir os tipos de comerciantes, respectivos estatutos, direitos e
obrigações, e as mais importantes operações sobre o estabelecimento
comercial;
o
Dominar as regras fundamentais da organização e do funcionamento
das sociedades comerciais por quotas e anónimas, inclusive ao nível da
elaboração e prestação de contas e análise de empresas;
o
Caracterizar o conceito de insolvência, dominar a tramitação do
processo, conhecer os intervenientes no processo de insolvência e as
respectivas competências;
o
Distinguir o ilícito penal das contraordenações;
o
Resolver questões relativas ao casamento, nomeadamente as de
carácter patrimonial, e as relativas à morte e processo de inventário;
o
Representar
cidadãos
perante
entidades
públicas
e
privadas,
nomeadamente apresentar requerimentos, requerer registos, preparar e
outorgar escrituras;
o
Identificar e resolver questões relativas aos diversos modos de
actuação da Administração Pública;
o
Elaborar requerimentos e peças processuais e intervir em tribunal,
designadamente ao nível do processo executivo;
o
Utilizar
os
meios
e
programas
informáticos
necessários
na
administração de processos judiciais e no relacionamento com os
tribunais;
o
Conhecer os direitos e deveres do profissional de Solicitadoria.
24
2. Plano de estudos
Quadro 11 – Plano de estudos da Licenciatura em Solicitadoria
1º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
Introdução ao Direito
Direito Constitucional
Direito da União Europeia
Contabilidade
Recursos Humanos
TIPO
Semestral
Semestral
Semestral
Semestral
Semestral
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
175
T: 16;TP:32;
OT:16
6,5
175
T: 16;TP:32;
OT:16
6,5
160
T:
16;TP:32;OT:16
6
175
T:16;TP:48;
OT:16
6,5
120
TP:32;OT:16
4,5
1º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
Teoria Geral do Direito Civil
Direito Administrativo I
Direito do Trabalho
TIPO
Semestral
Semestral
Semestral
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
200
T:16; TP:48;
OT:16
7,5
200
T:16; TP:48;
OT:16
7,5
200
T:16; TP:48;
OT:16
7,5
Direito Penal
Semestral
95
TP:32
3,5
Ética e Deontologia Profissional
Semestral
105
TP:48
4
2º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
Direito das Obrigações
TIPO
Semestral
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
185
T:16; TP:48;
OT:16
7
Direitos Reais
Semestral
135
TP:32; OT:16
5
Direito da Família
Semestral
135
TP:32; OT:16
5
185
T:16; TP:48;
OT:16
7
160
T:16;
TP:48;OT:16
6
Direito Processual Civil I
Direito Administrativo II
Semestral
Semestral
2º Ano / 2º Semestre
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
CRÉDITOS
25
Direito Comercial
Direito das Sucessões
Direito Fiscal I
Direito Processual Civil II
Procedimento Administrativo
Semestral
Semestral
Semestral
Semestral
Semestral
TOTAL
CONTACTO
185
T:16; TP:32;
OT:16
7
175
T:16; TP:32;
OT:16
6,5
135
TP:32; OT:16
5
200
T:16;TP:48;
OT:16
7,5
105
TP:32; OT:16)
4
3º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
Sociedades Comerciais
TIPO
Semestral
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
175
T:16;TP:32;
OT:16)
6,5
Direito do Urbanismo
Semestral
105
TP:32; OT:16
4
Processo de Inventário
Semestral
135
TP:32; OT:16
5
175
T:16;TP:48;
OT:16
6,5
135
TP:48; OT:16
5
80
PL:32
3
Registos e Notariado
Semestral
Direito Fiscal II
Semestral
Sistemas de Informação para o
Direito
Semestral
3º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
Direito dos Contratos
TIPO
Semestral
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
185
T:16;TP:32;OT:
16
7
Arrendamento e Condomínio
Semestral
160
TP:32; OT:16
6
Direito da Insolvência
Semestral
135
TP:16; OT:16
5
Estágio / Simulação Jurídica
Semestral
320
E:160
12
•
Licenciatura em Segurança e Qualidade no Trabalho
1. É objectivo desta licenciatura a formação nas seguintes competências
específicas:
o
Promover a informação e formação em higiene e segurança no trabalho
dos trabalhadores e demais intervenientes nos locais de trabalho e
dinamizar e apoiar os processos de consulta e de participação;
o
Participar e gerir a componente organizacional relativa à higiene e
segurança no trabalho;
26
o
Planear, implementar e coordenar o sistema de gestão de higiene e
segurança no trabalho nas instituições e promover e desenvolver uma
política de prevenção;
o
Dinamizar empresas no contexto regional tendo presente a realidade de
uma Economia Global;
o
Desenvolver e coordenar as relações da(s) organização(ões) com os
organismos públicos e institucionais que colaboram e regulamentam as
políticas nacionais e internacionais.
2. Plano de estudos
Quadro 12 – Plano de estudos da Licenciatura em Sequrança e Qualidade no Trabalho
1º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Noções de Física
Semestral
160
TP: 32; P: 32
6,0
Informática
Semestral
120
T: 16 ; P: 32
4,5
Matemática Aplicada I
Semestral
160
T: 32 ; P: 32
6,0
Química
Semestral
120
T: 16 ; TP: 32
4,5
Desenho Técnico
Semestral
120
T: 16 ; TP: 32
4,5
Biologia
Semestral
120
T: 16 ; P: 32
4,5
1º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Matemática Aplicada II
Semestral
145
T: 32 ; P: 32
5,5
Electricidade
Semestral
135
T: 16 ; TP: 32
5,0
Gestão das Organizações
Semestral
120
T: 16 ; TP: 32
4,5
Bioquímica
Semestral
120
T: 16 ; TP: 16 ;
P: 16
4,5
Gestão da Qualidade
Semestral
145
T: 32 ; TP: 32
5,5
Legislação de Higiene, Segurança
e Saúde no Trabalho
Semestral
135
T: 32 ; TP: 16
5,0
2º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
Planeamento e Organização
Empresarial
Semestral
120
CONTACTO
T: 16 ; TP: 32
4,5
27
Noções Gerais de Direito do
Trabalho
Semestral
135
T: 32 ; TP: 16
5,0
Psicossociologia do Trabalho
Semestral
120
T: 16 ; TP: 32
4,5
Estatística e Fiabilidade
Semestral
160
T: 32 ; TP: 32
6,0
Materiais e Tecnologia
Semestral
120
T: 16 ; TP: 32
4,5
Gestão Ambiental
Semestral
145
T: 32 ; TP: 32
5,5
2º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
Introdução à Segurança no
Trabalho
CONTACTO
T: 32 ; TP: 32
5,5
145
T: 15 ; TP: 30 ;
OT:3
5,5
Semestral
230
T: 30 ; TP: 60 ;
OT:6
8,5
Técnicas de Informação e
Comunicação
Semestral
120
T: 16 ; TP: 32
4,5
Ergonomia no Trabalho
Semestral
160
T: 32 ; TP: 32
6,0
Segurança de Máquinas
Higiene Industrial e Ambiental
Semestral
145
Semestral
3º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
Saúde Ocupacional e Primeiros
Socorros
Segurança na Indústria Química
Segurança na Construção
Segurança Contra Incêndios
Concepção e Gestão da Formação
CONTACTO
T: 16 ; TP: 32
5,0
160
T: 30 ; TP: 30 ;
OT:4
6,0
Semestral
210
T: 30 ; TP: 60 ;
OT:6
8,0
Semestral
160
T: 30 ; TP: 30 ;
OT:4
6,0
Semestral
135
T: 16 ; TP: 32
5,0
Semestral
135
Semestral
3º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Gestão da Prevenção e
Planeamento da Emergência
Semestral
105
T: 32 ; P: 16
4,0
Organização e Gestão dos Serviços
de Saúde, Higiene e Segurança no
Trabalho
Semestral
145
T: 32 ; P: 32
5,5
Análise, Gestão e Controlo de Riscos
Semestral
145
T: 32 ; P: 32
5,5
28
Toxicologia
Semestral
105
T: 32 ; P: 16
4,0
Estágio/Projecto
Semestral
300
E/O: 16 ; OT:
16
11,0
b) Criação do Mestrado em Engenharia Informática conforme orientações da
declaração de Bolonha
Teve início durante o ano de 2007 o Mestrado em Engenharia Informática,
conforme as orientações da declaração de Bolonha.
•
Mestrado em Engenharia Informática
1. É objectivo do mestrado a formação nas seguintes competências específicas:
o
Compreender o funcionamento das empresas industriais e de serviços,
identificando quer as ameaças a que tais empresas estão sujeitas quer
as oportunidades que podem ter, sobretudo as que são inerentes ao
uso das Tecnologias da Informação e do Conhecimento;
o
Agir de modo a dinamizar as empresas existentes no contexto regional
onde irá trabalhar, mas tendo sempre presente a realidade imposta por
uma Economia Global;
o
Ter um papel relevante em actividades de investigação e de
desenvolvimento, especialmente vocacionadas para produtos, serviços,
aplicações e sistemas originais e inovadores, relevantes a nível
empresarial;
o
Estabelecer objectivos e programas de actuação, bem como integrar,
acompanhar e liderar equipas para os executar;
o
Constituir-se como motor de empreendedorismo e de inovação, propor
e/ou participar na proposta de soluções inovadoras;
o
Identificar novas áreas de actuação e de negócio e prosseguir políticas
para desenvolver ou promover o desenvolvimento da actuação nessas
áreas;
o
Desenvolver actividade profissional em áreas pioneiras em que haja
pouco trabalho anterior e que requeiram forte competência.
29
2. Plano de estudos
Quadro 13 – Plano de estudos do Mestrado em Engenharia Informática
1º Ano / 1º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Logística, Produção e Distribuição
Apoiadas por Computador
Semestral
190
T: 32 ; PL 32;
OT 16
7,5
Modelação e Simulação
Semestral
190
T: 32 ; TP: 32
7,5
Computação Gráfica e Projecto
Assistido por Computador
Semestral
175
T: 32 ; PL: 32
7,0
Robótica
Semestral
200
T: 32 ; PL: 32;
OT 16
8,0
1º Ano / 2º Semestre
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Comportamento Organizacional
Semestral
175
T: 32 ; TP: 32
7,0
Métodos de Apoio à Decisão
Semestral
200
T: 32 ; PL: 32;
OT 16
8,0
Sistemas Baseados em
Conhecimento
Semestral
175
T: 32 ; PL: 32
7,0
Sistemas Informáticos e
Computacionais em Ambiente
Industrial
Semestral
200
T: 32 ; PL: 32;
OT 16
8,0
2º Ano
TEMPO DE TRABALHO (HORAS)
UNIDADES CURRICULARES
TIPO
CRÉDITOS
TOTAL
CONTACTO
Estudos Preparatórios e Elaboração
da Dissertação / Projecto
Anual
1350
O: 32 ; OT:
160
54,0
Inovação e Empreendedorismo
Semestral
150
T: 32 ; OT: 32
6,0
c) Trabalho autónomo
Em todos os cursos ministrados na ESTGF foram promovidas estratégias para
motivar os estudantes para o trabalho autónomo:
•
Licenciatura em Ciências Empresariais
o
Proposta de casos para resolução autónoma.
o
Avaliação composta por mini-testes, tendo em vista um maior
acompanhamento da matéria ao longo do semestre por parte dos
estudantes.
30
o
Trabalho de grupo
o
Trabalhos de grupo para organização e realização de eventos,
relacionados com o curso
o
Aconselhamento e/ou disponibilização de artigos para leitura extra-aula;
o
Pesquisa em períodos extra-aula sobre as temáticas, em contexto de
aula, e realização de diversos exercícios sobre a matéria.
•
Licenciatura em Engenharia Informática
o
Disponibilização via web de fichas de exercícios e trabalhos práticos de
aplicação para a execução de forma autónoma pelos estudantes, cuja
resolução, efectuada fora das horas de contacto, é contabilizada na
avaliação da unidade curricular;
o
Escolha livre de temas de trabalhos práticos a executar, evitando assim
que os estudantes elaborem um trabalho prático com o qual não
simpatizam;
o
Avaliação composta por mini-testes, tendo em vista um maior
acompanhamento da matéria ao longo do semestre por parte dos
estudantes.
•
Licenciatura em Solicitadoria
o
Trabalhos para casa (ex. leitura/análise de legislação e de acórdãos,
resolução de casos práticos e de questões teóricas);
o
Pesquisa de temas e trabalhos de grupo e/ou individuais;
o
Preparação e exposição oral a realizar pelo(s) estudante(s) na aula,
sobre matérias antes da sua abordagem em aula e matérias
complementares;
o
Análise e discussão crítica de case studies;
o
Criação de um modelo simulado de processos judiciais cruzados, em
que os grupos simulam representar partes processuais em confronto,
estimulando-se,
desse
modo,
a
pesquisa
e
a
capacidade
argumentativa;
o
Simulação de sessão de julgamento, com preparação e participação de
todos os elementos de todos os grupos;
o
Sistema de pontuação dos grupos de trabalho em função dos
resultados obtidos;
31
o
Avaliação composta por mini-testes, tendo em vista um maior
acompanhamento da matéria ao longo do semestre por parte dos
estudantes;
o
Realização na UC de Simulação Jurídica de um mega caso prático, de
conteúdo transversal, envolvendo temas do maior número de UC do
Curso, a ser trabalhado pelos estudantes de forma autónoma, embora
com a ajuda dos docentes.
•
Licenciatura em Segurança e Qualidade no Trabalho
o
Fornecimento de documentação pedagógica, tais como compilações de
exercícios, para resolução extra-aulas;
o
Introdução
de
avaliação
contínua,
ao
longo
do
semestre,
nomeadamente mini-testes;
o
Realização de trabalhos em grupo fora do contexto de aula, sobre
temáticas do programa da unidade curricular;
o
Apresentação de estudos de casos para análise e resolução individual
ou em grupo com discussão;
o
Estimulo e dinamização de trabalhos de investigação, em pequeno
grupo, orientados pelo docente, com posterior apresentação e
discussão pelos estudantes.
•
Mestrado em Engenharia Informática
o
Execução de trabalhos autónomos, efectuados fora das horas de
contacto;
o
Execução de trabalhos práticos e posterior discussão em grupo;
o
Dinamização de trabalhos de investigação e produção científica.
É, portanto, evidente que os docentes procuraram recorrer a metodologias que
promovem o trabalho contínuo dos estudantes, através de avaliações periódicas de
aquisição de competências, incentivando-os para o trabalho autónomo. Tendo sempre
presente que a formação teórica deve ser uma ferramenta indispensável para o
trabalho prático. Nota-se, assim, que os docentes estiveram atentos aos novos
métodos na orientação dos estudantes valorizando a avaliação contínua e o trabalho
autónomo ao longo do período lectivo.
3.3.3. Comparação com a evolução realizada em outras instituições de referência
32
Dado que se trata do primeiro ano em que é obrigatória a elaboração do
relatório de concretização do Processo de Bolonha, ainda não são públicos os dados
que permitem estabelecer um termo de comparação com outras instituições.
3.4. Componentes do trabalho do estudante
No sentido de valorizar as componentes de trabalho experimental ou de projecto e
a aquisição de competências transversais, a distribuição das horas por tipo de aulas
passou a centrar-se, sobretudo, nas aulas de carácter prático (téorico-práticas,
práticas e orientação tutorial), tendo sido reduzido o peso das aulas teóricas.
Por outro lado, e numa perspectiva global, o trabalho autónomo tem um peso
proeminente no computo das horas de trabalho do estudante, conforme resulta dos
quadros seguintes.
•
Licenciatura em Ciências Empresariais
Quadro 14 – Horas por tipo de aula (LCE)
T
Peso(%)
•
27,5%
TP
45%
P
OT
S
15,83% 11,67% 0%
Total de
Trabalho
aulas
Autónomo
40%
60%
Licenciatura em Engenharia Informática
Quadro 15 – Horas por tipo de aula (LEI)
T
Peso(%)
•
TP
P
OT
38,64% 10,61% 41,67% 5,3%
S
3,79%
Total de
Trabalho
aulas
Autónomo
68,04%
31,96%
Licenciatura em Solicitadoria
Quadro 16 – Horas por tipo de aula (LSOL)
T
Peso(%)
•
TP
13,33% 55%
P
1,67%
OT
S
21,67% 8,33%
Total de
Trabalho
aulas
Autónomo
39,92%
60,08%
Licenciatura em Segurança e Qualidade no Trabalho
Quadro 17 – Horas por tipo de aula (LSQT)
T
Peso(%)
TP
P
OT
40,89% 41,49% 14,66% 2,96%
S
0%
Total de
Trabalho
aulas
Autónomo
38,67%
61,33%
33
•
Mestrado em Engenharia Informática
Quadro 18 – Horas por tipo de aula (MEI)
T
Peso(%)
TP
34,62% 7,69%
PL
OT
O
23,08% 30,76% 3,85%
Total de
Trabalho
aulas
Autónomo
27,69%
72,31%
3.5. Medidas de promoção do sucesso escolar
Com o objectivo do promover o sucesso escolar dos estudantes da ESTGF,
atendendo às suas particulares necessidade, foram adoptadas nomeadamente as
seguintes medidas com reflexos directos no objectivo em causa:
a) Programa de Tutorado
Foi implementado um programa de tutorado destinado aos alunos do 1.º ano das
licenciaturas da ESTGF, o qual foi criado com base nos seguintes fundamentos:
•
O incremento do fosso entre o ensino secundário e o ensino superior no que
diz respeito não só aos métodos de estudo e dinâmica de trabalho, mas
também à complexidade curricular dos cursos de Licenciatura, que justificam
uma orientação académica dos seus alunos;
•
O acompanhamento regular do percurso escolar do estudante permitirá uma
identificação precoce de situações que podem de algum modo contribuir para o
aumento do insucesso escolar;
•
Um estabelecimento de expectativas incorrectas por parte dos estudantes,
quer em relação ao referencial de profissão dos cursos, quer em relação ao
seu desenvolvimento curricular.
O Tutor assume essencialmente os seguintes papéis:
•
Conselheiro: alguém com quem se estabelece um grau de confiança que
permita uma consulta aberta sobre qualquer tema que diga respeito à Escola e
ao Curso;
•
Orientador: alguém que responde a dúvidas de carácter geral, que promove a
integração do aluno e que o ajuda na tomada de decisões em termos de
progressão curricular;
•
Ligação: entre o ensino secundário e o superior; entre o aluno e a
Escola/Curso.
Neste âmbito, verifica-se na ESTGF, um relacionamento entre estudantes e
docentes mais eficiente, fruto de um contacto próximo e constante e um bom clima de
34
aprendizagem. Para esse efeito, muito contribuiu o programa de tutorado, entre outras
medidas de aproximação entre ambos.
b) Modelo para Atendimento e apoio aos estudantes por parte dos docentes
Tendo em consideração as reais necessidades dos estudantes, foi adoptado
na ESTGF um modelo de atendimento em que os docentes têm uma maior
disponibilidade para o efeito nas semanas compreendidas nos períodos de avaliação,
definidas em cada ano no calendário escolar,
Desta forma, os estudantes têm um maior apoio dos docentes durante os períodos
de avaliação, nos quais as necessidades de atendimento são mais prementes. Tratase, uma vez mais, de colocar o foco da aprendizagem no estudante.
c) Apoio Pedagógico ao Estudante
•
Unidades curriculares problemáticas
Foi reforçado o apoio pedagógico, ao nível da Matemática, tendo sido
implementada uma nova metodologia traduzida no aumento de uma hora
lectiva/semanal, integrada no horário da respectiva unidade curricular.
•
Gabinete de Apoio ao Estudante
O Gabinete de Apoio ao Estudante
promoveu workshops e consultas
psicológicas individuais aos estudantes. Neste âmbito foram realizadas as seguintes
actividades com os alunos:
o
Consulta Psicológica Individual com uma periodicidade semanal;
o
Workshop – Sozinho no Palco Comunicar com o Público;
o
Workshop – Competências Transversais no Ensino Superior;
o
Workshop – Falar em Público – dicas úteis para uma apresentação
de sucesso.
3.6. Acções de apoio ao desenvolvimento de competências extracurriculares
No
sentido
da
aquisição
de
competências
extracurriculares
foram
desenvolvidas, entre outras, as seguintes acções:
a) Seminários e conferências
Tiveram lugar diversas actividades nas instalações da ESTGF, entre as quais se
destaca:
35
•
“ A Tributação do Património IMI, IMT e Imposto de Selo”, realizado no
Auditório Nobre da ESTGF, nos dias 3 e 10 de Janeiro da ESTGF;
•
VI Seminário de Ciências Empresariais “Empreendedorismo: a nova tendência
da gestão?”, 18 de Abril 2007;
•
Seminário “Acidentes de trabalho – a Perspectiva do Direito”, realizada em 30
de Maio de 2007;
•
“Acidentes de Trabalho – A Perspectiva do Direito”, realizado no Auditório
Nobre da ESTGF, no dia 30 de Maio de 2007;
•
Semana da ESTGF, entre 14 e 16 de Novembro de 2007;
•
Semana da Ciência e Tecnologia, 21 a 23 Novembro de 2007;
•
1º Seminário de Segurança e Qualidade no Trabalho – “um Imperativo de
consciencialização do trabalhador ao empregador”, 05 de Dezembro 2007;
•
Conferência “As Recentes alterações ao Código de Processo Penal”, Parte I e
Parte II, realizada no Auditório Prof. Doutor Luís Soares, nos dias 27 de
Novembro e 13 de Dezembro de 2007, em parceria com a Delegação de
Felgueiras da Ordem dos Advogados;
•
Dia da Robótica;
•
Curso de Inglês.
b) Mobilidade de alunos /docentes
O Gabinete de Relações Internacionais (GRI) continuou a desenvolver a sua
missão, através de actividades de continuidade de projectos e programas já
implementados, por um lado, e de inovação e divulgação, cá dentro e lá fora, por
outro. Apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer no caminho da
internacionalização da ESTGF nomeadamente com o desafio de Bolonha, o GRI
regozija-se por ter conseguido já alguns frutos nesse sentido, nomeadamente através
do crescente número de estudantes e docentes que se tem candidatado a programas
de mobilidade e a estágios internacionais e do alargamento da rede de parcerias
estabelecido, o que é, também, um sinal claro do reconhecimento da escola além
fronteiras.
Trata-se de uma missão de relevância fulcral no sentido de incrementar a
mobilidade dos cidadãos europeus, o que concretiza em grande parte os objectivos
proclamados no Processo de Bolonha. Desta forma, os estudantes adquirem
competências extracurriculares designadamente, ao nível das línguas estrangeiras e
da integração em ambientes multiculturais.
36
Na tabela seguinte indicamos os fluxos de estudantes e docentes recebidos e
enviados no ano lectivo 2007/2008, onde podemos constatar o aumento do fluxo de
estudantes e docentes incoming e outgoing.
Quadro 19 – Evolução da Mobilidade Erasmus
Evolução da Mobilidade
2
2006/2007
2007/2008
Estudantes In
11
21
Estudantes Out
1
4
Docentes In
4
7
Docentes out
1
3
Erasmus
Na tabela seguinte, temos indicação dos seminários organizados, no âmbito da
mobilidade Docentes Incomig:
Quadro 20 – Seminários organizados no âmbito docentes incoming
Datas
Orador
6
Tema/Seminários
Dia Internacional:
16/04/2007
Carla Carneiro, Joana
apresentação sobre os
Rocha
programas de mobilidade ao
dispor dos alunos
18/05/2007
Jan Skrbek
18/05/2007
Pavla Rehorova
21 a 24/04/2007
Osman Gok
OMS
Business Administration in
Czech Republic
Aulas de MKT
Control theory, intelligent
31/05/2007
Sezai Tokat
systems, fuzzy logic control,
artificial neural networks.
Mergers and Acquisitions in
12/06/2007
Angelika
Poland and in Eastern
Europe
Um dos objectivos do Gabinete Investigação e Internacionalização (GIN) do
Politécnico do Porto, com quem o GRI articula uma estratégia comum, é aumentar os
fluxos de mobilidade, quer dos estudantes/ docentes, quer dos estudantes/ docentes
recebidos. Esse é, sem dúvida, também um dos nossos objectivos, não obstante o
grande crescimento do último ano. No entanto, para além da quantidade, o GRI tem
2
Informação fornecida pelo Gabinete de Relações Internacionais
37
dado especial atenção à qualidade dos serviços prestados, no que se refere à
comunicação com as instituições parceiras e alunos recebidos, materiais e suportes de
divulgação e, muito particularmente, ao acolhimento e acompanhamento na ESTGF ao
longo do período da mobilidade.
Trata-se, ainda, de uma oportunidade para facilitar o acesso ao mercado de
trabalho do espaço europeu.
c) Comemorações institucionais e académicas
No sentido de promover a coesão institucional, fomentar um maior envolvimento
dos estudantes na gestão da instituição e, ao mesmo tempo, permitir a aquisição de
competências extracurriculares, foram organizadas as seguintes actividades:
•
2006/2007 - Dia da Escola
o
Dia de Solicitadoria – 14 de Novembro - Tema: O Simplex – Caminho
para a Desburocratização. Intervenientes: Dr. Luís Goes, Dr. João
Ramos, Drª Maria José Pereira dos Reis Coelho, Dr. Vitorino Oliveira e
Solicitador Armando Oliveira.
o
Dia de Segurança e Qualidade no Trabalho – 15 de Novembro.
Intervenientes: Prof. Doutor Jorge Gaspar, Dr. Maurício Soares e Drª
Helena Festas.
o
Dia de Ciências Empresariais – 16 de Novembro. Tema: Turismo e
Desenvolvimento Regional. Intervenientes: Prof. Doutor José António
Oliveira, Dr. José Vaz da Silva, Eng. Luís Simões e Eng. António
Guedes.
o
Dia de Engenharia Informática – 16 de Novembro. Intervenientes: Prof.
Doutor Carlos Ramos, Eng. Luís Lima e o Director de Informática da
empresa “Campeão Português – Camport”.
•
2007/2008 – Dia da Escola
o
Segunda-feira, 19 de Novembro
14h30 – Jogo “Bota ou Sapato”;
21h00 – Cinema Científico: Projecção do Filme “American Beauty” de Sam
Mendes, EUA (1999), antecedida de um comentário: Prof. Marisa Ferreira;
o
Terça-feira, 20 de Novembro
21h00 – Cinema Científico: Projecção do Filme “ Devil´s Advocate”, de Taylor
Hackford, EUA (1997), antecedida de um comentário: Prof. Maria João
Machado;
o
Quarta-feira, 21 de Novembro
14h30 – Simulacro com BVF – Bombeiros Voluntários de Felgueiras;
38
21h00 Cinema Científico – Projecção do Filme “An Inconvenient Truth” de
Davis Guggenheim, EUA (2006), antecedida de um comentário: Andrea
Tavares;
o
Quinta-feira, 22 de Novembro
14h30 – Exposição Tecnológica
21h00 Cinema Científico - Projecção do Filme “Pirates of Silicon Valley” de
Martyn Burke, EUA (1999), antecedida de um comentário: Prof. Ricardo
Costa
•
Exposição “Curiosidades da Ciência” – Patente de 19 a 22 de Novembro
3.7. Medidas de estímulo à inserção na vida activa
Com o objectivo de preparar o processo de transição dos estudantes para a
vida activa, foram dinamizadas diversas acções entre as quais se destaca:
a) Simulações
•
No Curso de Ciências Empresariais, deu-se início à unidade curricular de
Simulação Empresarial I, destinada a estudantes finalistas, com o intuito de
proporcionar uma integração vertical de conhecimentos adquiridos ao longo
do plano curricular e consolidação dos mesmos, conduzindo a uma visão
prática da actividade empresarial e à realização autónoma do processo
integral de estudo. Visa, também, a criação, expansão e desenvolvimento
empresarial e a preparação dos estudantes para a complexidade de
funcionamento de um sistema de informação com elevado nível de
integração, permitindo uma aproximação à vivência empresarial e ética nos
negócios.
•
No curso de Ciências Empresariais, deu-se início à unidade curricular de
Simulação Empresarial II, destinada a estudantes finalistas, com intuito de
proporcionar uma integração vertical dos conhecimentos adquiridos ao
longo do plano curricular e consolidação dos mesmos, conduzindo a uma
visão prática da actividade empresarial e à realização autónoma do
processo integral de estudo. Visa, também, a criação, expansão e
desenvolvimento empresarial e a preparação dos estudantes para a
complexidade de funcionamento de um sistema de informação com elevado
nível de integração, permitindo uma aproximação à vivência empresarial e
ética dos negócios.
39
•
No curso de Solicitadoria, deu-se início à unidade curricular de simulação
jurídica, destinada a estudantes finalistas, com objectivo de proporcionar ao
estudante a integração e consolidação dos conhecimentos adquiridos ao
longo do plano curricular, iniciar o estudante no contacto com as estruturas
administrativas e os entes públicos com que no futuro irá diariamente
trabalhar, como sejam, Câmaras Municipais, Serviços de Finanças,
Conservatórias do Registo Civil, Comercial e Predial, Notários e Tribunais.
b) Formação em contexto de trabalho - estágios
•
ReadY To Copy – Comércio e Reparação de Materiais de Escritório
•
Clipinfor – Informática e Formação Lda
•
YIELD – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA
•
Eyesoft – Soluções de Eng. de Redes e Software
•
I2S – Informática Sistemas e Serviços, SA
•
Super Ambientes, Equipamentos para o Lar Lda
•
GECAD – Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio
à Decisão
•
Digamais – Equipamentos Informáticos, Lda
•
GABIGERH – Gabinete de Gestão de Recursos Humanos Cerveira
•
Câmara Municipal de Amarante
•
Casa do Risco de Felgueiras
•
Caixa de Crédito Agrícola Mutuo Vale do Douro
•
Elitrónica – Informática e Electrónica Industrial
•
Quidgest – Consultores de Gestão, Lda
•
Rodrigues Cardoso e Filhos, Lda
•
Câmara Municipal de Felgueiras
•
ANIVEC/APIV – Associação Nacional Indústrias de Vestuário e Confecção
•
LORDELODIS – Sociedade de Distribuição, SA – E. Leclerc
•
Condomínios e Companhia
•
FAPOMED SA
•
REAL SEGUROS SA
•
Sociedade Química de Felgueiras Unipessoal, Lda
•
Móveis Carvalho
•
Alves & Faria – Consultores Associados, Lda
•
Metalocardoso SA
•
Cláudio Pereira, Serviços de Contabilidade e Gestão Unipessoal Lda
40
•
Visionware
•
CE+T – Construction Electroniques + Telecommunications SA
•
Tecmaia – Parque da Ciência e Tecnologia da Maia, SA
•
Tintas Lacca
•
Modis Distribuição Centralizada
•
Somelos Tecidos SA
•
GestiGaia – Gabinete de Contabilidade e Estudos Económicos Lda
•
Hospital S. Gonçalo SA
•
Cimafe – Centro de Imagiologia Médica de Fafe
•
PeviConta, Contabilidade e Gestão de Empresas, Lda
•
Audiage – Auditoria de Apoio à Gestão de Empresas, Lda
•
Misericórdia de Felgueiras
•
Comunidade Urbana do Vale do Sousa
•
Fábricas de Moagem do Marco
•
Frequência – Comércio Mobiliário e Decoração, Unipessoal
•
Tomas Bata University
•
AJJ – Contabilidade e Gestão Financeira
•
Banco Santader Totta, SA
•
Sporting Clube de Braga – Futebol SAD
•
Fábrica de Móveis Pereira da Costa
•
Real Seguros, SA
•
Cláudio Pereira, Serviços de Contabilidade e Gestão Unipessoal Lda
•
Moura & Cerqueira, Lda
•
Banco Espírito Santo, S.A. Sociedade Aberta
•
Genius Works, Lda
•
Clipinfor – Informática e Formação, Lda
•
UXS – Sistemas de Informação, Lda
•
Besta Gest, Lda
•
Critical Software, SA
•
Infos – Informática e Serviços, SA
•
Netserv – Centro de Empresas NET
•
Serviço de Informações Estratégicas de Defesa
•
Câmara Municipal de Amarante
41
c) Estímulo ao empreendedorismo
•
VI Seminário de Ciências Empresariais “Empreendedorismo: a nova tendência
da gestão?”, 18 de Abril 2007;
•
Aquisição de software de Simulação Global para a unidade curricular de
Empreendedorismo.
•
Apoio à formação da Júnior Empresa;
3.8. Resultados dos inquéritos
Na sequência dos inquéritos realizados aos estudantes e docentes sobre a
concretização dos objectivos visados podem ser retiradas as conclusões de seguida
apresentadas.
a) Caracterização dos respondentes
De forma a avaliar a concretização do Processo de Bolonha, estudantes e
docentes foram auscultados relativamente à sua implementação nos termos previstos
no n.º 6 do art. 66.º-A do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, aditado pelo
Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho.
Dado o tamanho de ambas as populações, formas distintas de recolha dos
dados foram utilizadas. Enquanto que, no caso dos docentes, toda a população
docente foi inquirida, uma amostra aleatória foi usada no grupo dos estudantes, sendo
que 2 turmas por curso foram escolhidas para responder ao inquérito.
Os inquéritos foram respondidos por 50 docentes, dos quais: 16 docentes
leccionam em 2 cursos; 2 docentes leccionam em 3 cursos e 1 docente em 4 cursos
diferentes. A distribuição dos respondentes por área científica é apresentada no
gráfico, em baixo:
42
Gráfico 6: Distribuição dos respondentes por área cientifica
Por outro lado, de entre os respondentes aos inquéritos encontram-se alunos de todos
os cursos da ESTGF, sendo que, o peso de cada licenciatura na resposta aos
inquéritos, encontra-se, em certa medida, ajustada à distribuição real do número de
alunos por curso, reflectindo, assim, os pesos diferentes que cada curso tem na
população discente. Desta forma, o gráfico em baixo, mostra a distribuição dos alunos
respondentes por curso.
Curso
Gráfico 7: Distribuição dos respondentes por curso
43
Os respondentes também se diferenciaram pelo ano de inscrição, sendo que,
foi dada maior relevância a estudantes com maior familiaridade com o ensino superior,
e portanto, foram seleccionadas mais turmas do 2º e 3º ano, em detrimento de alunos
de 1º ano. A distribuição dos respondentes por ano é apresentada no gráfico seguinte.
Gráfico 8: Distribuição dos respondentes por ano
b) Resultados
De forma a garantir a validade das respostas encontradas nos inquéritos, foram
incluídas perguntas de validação do conhecimento do próprio processo de Bolonha.
Assim, foi solicitado tanto a docentes como a estudantes que auto-avaliasse o seu
nível de conhecimento do processo de Bolonha. As perguntas de validação são as que
se encontram nos quadros, em baixo, incluidas no inquérito a docentes e a
estudantes, respectivamente.
Quadro 21 – Perguntas de validação
Conheço a estrutura curricular e os objectivos de outros cursos, nacionais e/ou
internacionais, similares ao curso que leciono/ frequento.
Conheço os mecanismos e regras de creditação/validação de competências.
Conheço os objectivos do Suplemento ao Diploma.
Conheço os programas de mobilidade disponíveis para docentes / estudantes.
Conheço a Escala Europeia de Comparabilidade de Classificações.
Os resultados obtidos foram validados através das perguntas atrás referidas,
sendo que foram apenas consideradas para análise, inquéritos de docentes e
44
estudantes que avaliam com um grau superior a 3 os seus conhecimentos do
processo de Bolonha.
A escala utilizada variava entre 1 e 5, para todas as questões, sendo que 1
corresponde a 0%, 2 a 25%; 3 a 50%; 4 a 75% e 5 a 100%. Em cada pergunta era
também permitido ao respondente avaliar a questão como “sem opinião”.
A análise das respostas dos docentes acerca da concretização do processo de
Bolonha, foi feita por curso, e para o geral da ESTGF. Os resultados são apresentados
no quadro em baixo.
Quadro 22 - respostas dos docentes acerca da concretização do processo de Bolonha
Respondentes
CE
EI
SOL
SQT
MEI
ESTGF
17
18
13
16
6
70
2,5
3,6
2,5
3,0
3,0
2.9
2,3
2,7
3,5
3,0
2,4
2.8
1,9
2,7
2,6
2,5
2,8
2.5
2,1
3,6
3,1
2,9
3,0
2.9
1,5
3,8
2,0
2,8
3,2
2.6
1. Definição de uma nova organização do ensino, centrada no
estudante e no desenvolvimento de competências.
2.
Definição
de
nomenclaturas
das
unidades
curriculares
semelhantes às utilizadas noutros cursos similares, nacionais e
internacionais.
3. Definição de duração e cargas de trabalho para os estudantes
semelhantes às definidas para outros cursos similares, nacionais e
internacionais.
4. Definição dos objectivos formativos semelhantes aos definidos em
outros cursos nacionais e internacionais, da mesma área científica.
5. Reestruturação do sistema de créditos ECTS de modo a reflectir
fielmente o esforço de trabalho do estudante.
Os 50 docentes emitiram parecer sobre a concretização do processo de
Bolonha. Dado que alguns docentes leccionam em mais que um curso, foram obtidas
70 respostas para os 5 cursos. Na opinião dos docentes o aspecto do processo de
Bolonha que mais precisa de ser trabalhado é a definição de duração de cargas de
trabalho para os estudantes semelhantes às definidas para cursos similares, nacional
e internacionalmente. Este aspecto também é o mais deficitário nos cursos de EI, SQT
e MEI. No que diz respeito aos cursos de CE e de SOL, o aspecto com menor grau de
concretização é a restruturação do sistema de créditos ECTS, de modo a reflectir o
esforço de trabalho dos estudantes.
A concretização do processo de Bolonha atingiu melhores resultados, de
acordo com a opinião dos docentes ao nível da definição de objectivos formativos, em
relação a cursos de referência, numa perspectiva global. Contudo, uma análise
individual por curso mostra que existem diferenças importantes em termos dos
aspectos com melhor concretização do Processo de Bolonha. Assim, foi considerado
pelos docentes de CE e de SQT que a melhor concretização do processo de Bolonha,
foi atingida ao nível da definição de uma nova organização do ensino, centrada no
45
estudante e no desenvolvimento de competências. Os docentes tanto da licenciatura
como do mestrado em EI consideram que os aspectos mais positivos foram obtidos no
que diz respeito à reestruturação do sistema de créditos ECTS de modo a reflectir
fielmente o esforço de trabalho do estudante. Finalmente, os docentes de SOL e SQT
consideram que é na definição de nomenclaturas das unidades curriculares
semelhantes às utilizadas noutros cursos similares, nacionais e internacionais, que o
processo de Bolonha foi implementado com maior sucesso.
No que se refere às habilitações e competências e à mobilidade no espaço
Europeu, verificam-se elevados níveis de conhecimento destes procedimentos. Os
gráficos em baixo, mostram o grau de conhecimento sobre os vários items analisados.
Gráfico 9 – Grau de conhecimento sobre os items analisados
46
Desta forma, foram considerados quase todos os inquéritos no que diz respeito
aos aspectos referidos, uma vez que uma grande parte dos docentes considera que os
seus conhecimentos sobre esses aspectos é igual ou superior a 50% (3). Assim, os
resultados indicam que o processo de Bolonha ainda falha em termos de
concretização, como se pode ver no quadro abaixo:
Quadro 23 – Resultados sobre a concretização do processo de Bolonha (docentes)
Média
Acumulação de créditos, através da creditação
de
todas
as
experiências
educativas
1,8
em
contexto de ensino superior e não superior.
Acumulação de créditos, através da creditação
2,0
de experiência profissional relevante.
Implementação do Suplemento ao Diploma,
visando
aumentar
a
transparência
2,5
de
qualificações e competências.
Reforço dos programas de mobilidade com
2,8
instituições de ensino superior estrangeiras.
Adopção
da
Escala
Europeia
de
2,4
Reconhecimento dos diplomas em todos os
2.0
Comparabilidade e Classificações.
países aderentes à Declaração de Bolonha.
Os dados mostram que no que diz respeito à mobilidade no espaço Europeu e
habilitações e competências, existe ainda uma concretização deficiente do processo
de Bolonha, sendo que é mais notório no que diz respeito à acumulação de créditos,
através da creditação de todas as experiências educativas em contexto de ensino
superior e não superior. O reforço dos programas de mobilidade com instituições de
ensino superior estrangeiras parece ser os aspecto em que a concretização do
Processo de Bolonha tem sido mais eficiente.
As opiniões dos estudantes são significativamente diferentes da perspectiva
que os docentes têm sobre a concretização do processo de Bolonha. Os resultados
obtidos são apresentados no quadro, em baixo.
47
Quadro 24 – Resultados sobre a concretização do processo de Bolonha (estudantes)
CE
EI
SOL
SQT
MEI
ESTGF
2,93
2,45
2,54
3,14
3,00
2,80
Definição de nomenclaturas das Unidades Curriculares semelhantes às utilizadas noutros cursos similares,
2,80
nacionais e internacionais
3,00
2,90
3,38
3,00
3,07
Definição de durações e cargas de trabalho para os estudantes semelhantes às definidas para outros cursos
3,38
similares, nacionais e internacionais
2,75
2,86
3,33
3,00
3,13
Definição de objectivos formativos semelhantes aos definidos em outros cursos, nacionais e internacionais, da
2,56
mesma área cientifica
2,89
3,10
3,32
3,67
3,08
Reestruturação do sistema de créditos ECTS de modo a reflectir fielmente o esforço de trabalho do estudante
3,17
2,44
2,94
3,35
2,83
3,02
Acumulação de créditos, através da creditação de todas as experiências educativas em contexto de ensino
2,64
superior e não superior
3,40
2,55
3,47
2,67
3,00
Acumulação de créditos, através da creditação de experiência profissional relevante.
2,10
3,00
2,60
3,69
3,33
2,93
Implementação do Suplemento ao Diploma, visando aumentar a transparência de qualificações e
3,14
competências.
3,00
2,77
3,53
4,00
3,16
Curso
Definição de uma nova forma de organização, centrada no estudante e no desenvolvimento de competências
Habilitações e Competências
Mobilidade no Espaço Europeu
Reforço dos programas de mobilidade com instituições de ensino superior estrangeiras.
2,79
3,25
2,56
3,53
3,40
3,05
Adopção da Escala Europeia de Comparabilidade de Classificações.
3,25
2,71
2,54
3,20
3,20
2,96
Reconhecimento dos diplomas em todos os países aderentes à Declaração de Bolonha.
3,14
3,50
2,71
3,43
4,00
3,20
Da análise dos resultados obtidos pelo inquérito, pode-se concluir que os
alunos de CE e de SQT reconhecem maior grau de concretização do Processo de
Bolonha enquanto que nos cursos de EI e de SOL apresentam médias, relativamente
mais baixas que os outros cursos. Na globalidade, o objectivo mais dificilmente
cumprido foi o da adopção de uma nova forma de organização do curso, centrada no
estudante e no desenvolvimento de competências. Esta também é a opinião dos
alunos de SQT e de SOL. Por seu lado, os alunos de EI e de MEI consideram que é a
reestruturação do sistema de créditos ECTS, de modo a reflectir fielmente o esforço de
trabalho do estudante, o aspecto mais deficiente da concretização do processo.
O objectivo mais facilmente concretizado foi o do reconhecimento dos diplomas
nos outros países onde a Declaração de Bolonha foi adoptada, sendo que esta é a
opinião dos alunos de CE também. Os alunos de EI e de SQT consideram que é a
Definição de nomenclaturas das Unidades Curriculares semelhantes às utilizadas
noutros cursos similares, nacionais e internacionais que maior concretização teve até
ao momento, enquanto que os alunos de SOL e de MEI vêem mais concretizada a
definição de objectivos formativos semelhantes aos definidos em outros cursos,
nacionais e internacionais, da mesma área cientifica.
Em termos de habilitações e competência, tem sido a implementação do
suplemento ao Diploma que maior impacto teve, na opinião dos alunos, relativamente
ao processo de Bolonha. No que diz respeito à mobilidade no espaço Europeu, os
48
alunos referem que o processo de Bolonha foi mais facilmente concretizado no que se
refere ao reconhecimento dos diplomas em todos os países aderentes.
c) Conclusões
Podem ser verificadas importantes diferenças no que diz respeito à
implementação do processo de Bolonha. É claro que, são os estudantes que,
reconhecem maior impacto da implementação do processo de Bolonha. Os docentes,
contudo, esperam ainda mais da concretização deste processo, sendo que se verifica
que em alguns aspectos o processo de Bolonha está ainda deficientemente
implementado. Parece evidente que há ainda trabalho a ser feito em algumas
vertentes da Declaração de Bolonha. Contudo, inerente ao próprio processo de
Bolonha, está uma evolução gradual e a sua implementação pode ser morosa. Da
análise dos resultados há ainda a ressalvar que, as diferenças entre estudantes e
docentes podem ser explicadas por percepções e expectativas diferentes de cada um
dos grupos.
As análises por curso, podem ser interessantes pontos de partida para
repensar a estrutura curricular e as formas de organização do estudo. Assim, a
presente análise serve como base para uma melhoria continua da concretização do
processo de Bolonha.
49
4. CONCLUSÕES
Pensar Bolonha é um processo que exige mudança de mentalidades, o que,
assim sendo, representa um processo necessariamente lento e demorado. Após uma
fase inicial de contacto com os problemas enfrentados, é importante construir
perspectivas para o futuro.
O grau de concretização do Processo de Bolonha foi satisfatório, sobretudo se
tivermos em consideração que se trata dos primeiros anos em que o mesmo é
materializado nas licenciaturas ministradas na ESTGF.
É de realçar que todas as licenciaturas funcionaram segundo o Modelo de
Bolonha logo no ano lectivo 2006/2007, incluindo a adopção do sistema europeu de
transferência e acumulação de créditos (ECTS), baseado no trabalho efectivo dos
próprios estudantes.
No âmbito da transição de um sistema de ensino baseado na transmissão de
conhecimentos para um sistema baseado no desenvolvimento das competências dos
estudantes, em que as componentes de trabalho experimental ou de projecto, entre
outras, e a aquisição de competências transversais desempenham um papel decisivo,
destacam-se as mudanças ao nível das metodologias de ensino/aprendizagem, o
estímulo ao trabalho autónomo dos estudantes, o aumento da componente
experimental e de projecto no número de horas de trabalho total. No mesmo sentido,
foi observado um maior envolvimento dos estudantes na gestão da instituição e do
respectivo percurso académico. Em suma, a responsabilização e autonomia do
estudante, o favorecimento da mobilidade e a introdução de metodologias de ensino e
de avaliação que promovem o trabalho contínuo do estudante foram patamares
alcançados nas licenciaturas ministradas na ESTG.
É de assinalar o empenho dos docentes no aprofundamento da concretização
do Processo de Bolonha em relação aos objectivos fixados. Os docentes têm
demonstrado um enorme esforço em adoptar metodologias de trabalho e estratégias
para motivar os estudantes para o trabalho autónomo, bem como métodos de
avaliação, consentâneos com o Modelo de Bolonha. Todavia, deverá ser dada
continuidade a um trabalho de sensibilização juntos dos docentes para a adaptação
das suas metodologias de trabalho na medida em que estes são um importante factor
de mudança.
Relativamente aos inquéritos preenchidos, poderemos concluir que os
estudantes reconhecem maior impacto da implementação do processo de Bolonha. Os
docentes, contudo, esperam ainda mais da concretização deste processo. Há ainda
trabalho a ser feito em algumas vertentes da Declaração de Bolonha. As análises por
50
curso, podem ser interessantes pontos de partida para repensar a estrutura curricular
e as formas de organização do estudo.
Trata-se de um processo de mudança necessariamente lento mas que, no caso
da ESTGF, tendo sido solidamente edificado através de um desenvolvimento
sustentado.
No ano lectivo 2008/2009, deverá ser dada continuidade ao objectivo de
concretização do Processo de Bolonha, limando algumas arestas através de projectos
específicos que valorizam o todo. Nesse sentido, será relevante prolongar o debate
em torno desta problemática no sentido de encontrar formas de consolidar estratégias
para a concretização do Processo de Bolonha.
Assim sendo, é preciso ter a consciência de que estamos perante uma fase
experimental, marcada por um processo de evolução em que as soluções actuais
podem ser reajustadas. Neste contexto, como em tantos outros, nenhuma solução
deve ser imutável.
51