relatório indicadores financeiros não consolidados
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relatório indicadores financeiros não consolidados
INDICADORES FINANCEIROS VOLUME DE NEGOCIOS CASH-FLOW BRUTO RESULTADO LIQUIDO ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS CUSTOS COM O PESSOAL INVESTIMENTO LIQUIDO FUNDO DE MANEIO BRUTO VAB UNIDADES VENDIDAS VOLUME DE EMPREGO NÃO CONSOLIDADOS JUN '06 189.938.776 7.374.070 3.402.655 2.086.954 11.374.257 3.636.360 8.485.485 25.262.373 10.924 815 (Euros) JUN '05 193.909.944 10.632.388 5.026.265 1.075.539 11.379.190 1.594.950 37.423.793 26.418.560 10.719 820 JUN '04 157.612.792 5.311.259 967.223 1.760.916 11.471.382 4.919.286 26.330.103 20.794.035 8.870 926 RELATÓRIO INTRODUÇÃO Mais um Semestre se passou com a frase “estagnação económica” sempre muito presente nas referências ouvidas relativamente ao sector Automóvel. De facto o mercado Automóvel voltou a não crescer (antes pelo contrário) e os factores que o condicionam mantêm-se bem presentes. Falamos obviamente do contínuo aumento do preço do petróleo, do crescimento do desemprego e mais recentemente, e tendo em vista a contenção inflacionista, da subida progressiva das taxas de juro de referência. Contra tudo isto, tem a nossa Empresa lutado da forma que já lhe é habitual ou seja modernizando-se constantemente, nomeadamente nas áreas industriais, bem como continuando a privilegiar os seus Recursos Humanos quer na admissão, quer na Formação Profissional. Pudemos assim combater a quebra do mercado e até fazer crescer a nossa quota no mesmo. A aposta de até 2010 tornarmos a Toyota numa das 5 maiores marcas de veículos automóveis em Portugal mantem-se de pé. Passemos então a uma análise pormenorizada da actividade desenvolvida neste 1º Semestre de 2006. ACTIVIDADE INDUSTRIAL UNIDADE FABRIL DE OVAR No 1º semestre 2006 a produção Toyota teve um crescimento relativamente a igual período de 2005, devido principalmente ao modelo Dyna para o mercado Nacional. Quanto à Dyna para exportação manteve os valores do período homólogo do ano transacto. Por sua vez a produção de mini-Optimo teve uma ligeira quebra devido principalmente ao decréscimo de 14,3% verificado nos mercados de Exportação. PRODUÇÃO Unidades Físicas Toyota Unidades Físicas Óptimo Unidades Homogeneizadas Unidades Transformadas Unid.Recondicio./Buy-Backs Total Colaboradores 2006 Jan./Jun. 2.054 75 4.020 2.562 0 317 2005 2004 2003 2002 3.920 148 8.742 6.726 0 321 3.050 134 7.582 5.628 0 325 2.395 133 6.298 3.568 839 336 3.635 197 9.666 3.537 985 379 Este desempenho menos favorável veio na sequência de uma conjuntura económica adversa, agravado pela introdução do motor Euro IV (nova directiva comunitária sobre emissões gasosas). Prevê-se uma recuperação no 2.º semestre em ambas as actividades (Dyna Exportação + Óptimo) especialmente no que concerne ao modelo Dyna, em consequência da adesão do mercado Espanhol ao projecto pan-europeu de exportação deste modelo de veículos comerciais Toyota. De realçar ainda que neste período se realizou a auditoria de renovação ISO 9001 e acompanhamento ISO 14001 ao Sistema de Gestão Integrado e a obtenção da Licença Ambiental; UNIDADE FABRIL DO CARREGADO A actividade industrial do Carregado registou, durante o primeiro semestre de 2006, um decréscimo em alguns dos indicadores de gestão. Esta situação conjuntural foi devida a um atraso de 3 meses no lançamento de um dos modelos da VW e à redução significativa das vendas num dos modelos da PSA. Esta tendência foi sendo corrigida já no final do período expectando-se melhorias para o 2º semestre. Foi reforçada a política de contenção de custos que vinha sendo desenvolvida, desde o ano transacto, ao nível dos processos de fabrico e encargos com pessoal. Pinturas Auto No seguimento da estratégia assumida nos últimos anos, iniciamos em Janeiro a montagem da linha de cataforese com arranque dos testes e ensaios durante o mês de Abril. Apesar de não se encontrar ainda totalmente concluída, tem vindo a assegurar toda a produção dos componentes mecânicos do tecto de abrir do modelo Eos da VW. Entretanto, obteve-se a certificação para a pintura de componentes da BMW e Ford. Decorre, neste momento, o processo de certificação para outras marcas o que nos dá boas perspectivas em termos de futuro. Com esta nova valência, na área da pintura, reforçaremos ainda mais a nossa posição de liderança no mercado uma vez que passaremos a dispor de todas as valências possíveis ao nível da Pintura de componentes na área automóvel. Pinturas Industriais Alguns sectores desta actividade, nomeadamente, Reparação e Protecção de Betão em obras ligadas à Indústria da Água, E.T.A.´s e E.T.A.R.´s, e em obras de arte, Pontes e Viadutos, têm vindo a crescer de forma significativa, acabando por contrariar a tendência do mercado, fortemente concorrencial e conjunturalmente com indicadores em forte baixa. O segmento da Reabilitação encontra-se mais activo, o que segue a tendência do mercado Europeu, onde a percentagem de construção nova é muito baixa. O volume de obras já realizadas e entretanto adjudicadas, nestes sectores de actividade, fazem da Salvador Caetano uma das maiores referências do mercado nacional. A aposta na diversificação tem vindo a ser conseguida e a produzir resultados consolidados. 1 ACTIVIDADE COMERCIAL MERCADO TOTAL MERCADO Veic. Ligeiros Passageiros Veic. Comerciais Ligeiros Veic. Comerciais Pesados TOTAL JAN-JUN 2006 109.680 32.765 3.235 145.680 JAN-JUN 2005 116.737 35.195 2.756 154.688 DESVIOS QUANT. -7.057 -2.430 + 479 -9.008 (2006 VS. 2005) % -6,0 -6,9 + 17,4 -5,8 Fonte: ACAP Tal como havíamos referido no relatório do ano anterior, as vendas globais do 1º semestre de 2005 encontram-se fortemente influenciadas pela antecipação de compra que se verificou em Junho, devido ao aumento do IVA de 19 para 21% (entrada em vigor da nova taxa em 1 de Julho), pelo que, naturalmente, os resultados comparativos do mercado no 1º semestre deste ano reflectem este facto, apresentando uma variação negativa de 5,8%. A única excepção deu-se no segmento dos Comerciais Pesados que, devido à entrada em vigor da legislação referente à obrigatoriedade de implementação de tacógrafos digitais em 1 de Maio de 2006, influenciou as marcas que comercializam este tipo de viaturas a matricular as mesmas em Abril, pelo que o mercado de pesados registou uma forte subida face a 2005. Devido à actual situação de praticamente estagnação da economia portuguesa (com aumento diminuto do consumo privado, aumento do endividamento e redução do poder de compra) aliada ao agravamento do custo dos combustíveis, prevemos que, para o 2º semestre, o mercado de veículos automóveis se retraia, fechando o ano com um saldo global negativo de 1,6% face a 2005. Mantém-se, pois, adiada a necessária retoma do mercado automóvel global. VIATURAS TOYOTA TOYOTA Veic.Lig.Pass. Veic.Com.Lig. Veic.Com.Pes. TOTAL JAN-JUN 2006 6.241 1.986 151 8.378 JAN-JUN 2005 5.914 2.396 136 8.446 VARIAÇÃO UNIDADES 327 -410 15 -68 (2006 VS. 2005) % 5,5 -17,1 11,0 -0,8 Fonte: SC-DMV / Dept. Planeamento No contexto deste enquadramento externo desfavorável, podemos afirmar que as vendas da Toyota neste 1º semestre registaram um bom desempenho, tendo apenas decrescido 0,8% contra os 5,8% de quebra de mercado, o que resultou num aumento da nossa quota. Destacam-se o crescimento do modelo Yaris face a 2005 (+ 54%) e o bom resultado do Aygo, novo modelo apenas introduzido em Outubro do ano passado, que conseguiu desde logo afirmar-se como um dos concorrentes de peso no competitivo segmento A, alcançando 8,8% de quota de mercado. Em relação aos valores projectados orçamentalmente, ficamos abaixo do previsto sendo que este resultado foi fortemente influenciado por um contexto de mercado bastante mais desfavorável do que tinha sido projectado, e que condicionou particularmente o crescimento da Nova Geração Yaris que, como é do conhecimento geral, encontra-se presente no segmento das viaturas de passageiros utilitários, o mais concorrencial do mercado, onde a quebra de poder de compra mais se fez notar, e onde as vendas se encontram mais expostas às alterações económicas globais. Para o 2º semestre, devido ao efeito positivo resultante da recente actualização do modelo Avensis e da renovação das gamas de comerciais que irão ocorrer no final do ano (Hilux, Hiace e Dyna), estimamos um novo alento para as vendas, o que nos permitirá alcançar o objectivo por nós traçado de 6,3% de quota de mercado (contra os 5,6% obtidos em 2005). VIATURAS LEXUS O primeiro semestre da actividade Lexus foi caracterizado pelo lançamento da motorização Diesel da NG IS – o IS 220d e pelo lançamento da versão híbrida do GS – o GS 450h, que nos permitiu obter um crescimento francamente significativo face a igual período do ano anterior. VENDAS IS GS RX LS Total 2005 JAN/JUN 2 7 9 1 19 2006 JAN/JUN 187 12 15 0 214 Estimamos que esta performance da NG IS e GS permitam à marca atingir no final deste exercício um crescimento pencentual de três dígitos face a 2005. MINI-AUTOCARROS Mini Autocarros Toyota MINIAUTOCARROS OPTIMO OPTIMO 1º Sem'06 18 Miniautocarros Variação % -40,0 2005 30 O ano de 2006 começou em queda, e daí a grande variação relativamente a 2005. No entanto, as várias acções desencadeadas, provocaram efeitos positivos, resultando daí negócios em curso e carteiras de encomenda que nos levam a acreditar no cumprimento dos objectivos previstos para o corrente ano, traduzidos num volume de vendas idêntico ao de 2005. MÁQUINAS INDUSTRIAIS Equipamento Industrial Toyota Empilhadores Contrabalançados Equipamento de Armazém Total 1º Sem 2006 Mercado 1º Sem 2005 672 732 1.404 667 604 1.271 Variação % 0,7 21,2 10,5 Vendas 1º Sem 2006 Qt. 141 67 208 % 21,0 9,2 14,8 As vendas dos equipamentos de movimentação de cargas apresentaram no final do 1º semestre um crescimento global de 10,5% devido, essencialmente, ao crescimento das vendas dos pequenos equipamentos de armazém, indiciando áreas de maior actividade, nomeadamente a da distribuição alimentar. As vendas do Equipamento Industrial Toyota não acompanharam a tendência do mercado, situando a sua quota de mercado em valor inferior á de igual período do ano passado. No entanto, face a alguns sinais positivos de mudança, estamos convictos que no decurso do 2º semestre irá haver franca recuperação. 2 PEÇAS Vendas Globais PEÇAS VENDAS 1ºSem 05 19.726.600 Total VENDAS 1ºSem 06 20.477.078 CRESC. 06/05 % 3,80% ¤ 750.479 ORÇAMENTO GESTÃO 19.723.100 % EXECUÇÃO ORÇAMENTAL 103,80% No 1º semestre de 2006 a facturação de peças totalizou 20,5 milhões de Euros, o que significa um crescimento de 3,8% relativamente ao período homólogo de 2005. No que diz respeito ao orçamento de gestão previsto para o semestre, este foi também ultrapassado em 3,8% (0,7 milhões de Euros acima do valor orçamentado). Distribuição das Vendas Totais PEÇAS Genuínas Toyota Incorporação Nac. Acessórios * Merchandising * Peso nas Vendas 75,50% 4,70% 18,90% 0,90% * Os Acessórios e “Merchandising” englobam material genuíno e nacional. A venda de peças Toyota representa a maior fatia das vendas globais, sendo responsável por 75,5% das mesmas. Segue-se a venda de Acessórios com um peso de 18,9%, ligeiramente abaixo dos 19,1% obtidos em 2005. Também a venda de “Merchandising” perdeu alguma da sua importância, passando de uma quota de 1,6% em 2005 contra 0,9% este ano. Pelo contrário, a facturação de Incorporação Nacional cresceu de 3,6% no ano transacto para 4,7%. À rede de Concessionários/RTAs, nosso principal cliente, foram facturados neste 1º semestre 16,5 milhões de Euros correspondentes a 80,8% da facturação global. As vendas a este cliente superaram o valor do 1º semestre de 2005 em 3,4%. O cumprimento do orçamento de gestão situou-se nos 98,2%. Globalmente o primeiro semestre de 2006 apresentou resultados positivos, no que diz respeito às vendas e ao cumprimento dos orçamentos previstos. Este panorama é contrariado apenas pelo decréscimo na venda de produtos “merchandising”, situação que prevemos seja invertida durante o 2º semestre do ano. A Divisão de Após Venda encontra-se fortemente empenhada em colaborar estritamente com os seus clientes, especialmente a rede de Concessionários/RTAS, no sentido de ultrapassar o actual panorama macroeconómico. Referimo-nos à crise que o país atravessa e que tem resultado no aumento do nível de desemprego e num menor poder de compra (privado e empresarial), com resultados directos no sector do ApósVenda automóvel. O forte dinamismo incutido nas actividades desenvolvidas, permitiu alcançar os valores apresentados, contrariando assim as dificuldades que seriam previsíveis face ao contexto em que estamos inseridos. Pretendemos continuar e até superar a performance deste semestre, através de diversos programas promocionais, dos quais destacamos: 1. Actividade de balcão através da manutenção do Programa de Vendas Itinerantes e das suas diversas campanhas realizadas ao longo do ano (direccionadas para clientes profissionais). 2. Actividade oficinal da Rede Toyota, tendo sempre como objectivo último a melhoria dos níveis de Retenção de Clientes. Alguns exemplos de actividades desenvolvidas são: · Manutenção/Implementação de Campanhas de Retenção de Clientes, visando incrementar os níveis de fidelização dos proprietários de viaturas à Rede Oficial Toyota; · Manutenção do Programa “Challenge Após-Venda” que se tem revelado uma boa ferramenta impulsionadora de venda de peças, acessórios e serviço. · Desenvolvimento e aplicação contínua de medidas que contribuem para melhorar o Grau de Satisfação dos Clientes Toyota; · Serviço de Pneus Toyota; · Smart Repair; · Dinamização de novas oportunidades de negócio (Serviços de limpeza do circuito de ventilação; Lâmpadas Optibright e Optiblue; Sistemas Bluetooth; Sistemas de Navegação). Com estas e outras medidas, julgamos estar no caminho certo para a fidelização dos clientes Toyota à nossa Rede de Concessionários / RTAS. RECURSOS HUMANOS Em 2006 foi possível manter, apesar da estagnação económica, a política de revisão salarial no início do ano. A continuação da política de cessação de contratos de trabalho por mútuo acordo bem como a cedência de colaboradores interempresas tem contribuído significativamente para melhorar a eficácia das Empresas, a valorização das competências das pessoas e a gestão de carreiras. Com o processo de remuneração por objectivos já implementado, pretende-se contribuir para maior eficácia organizacional, maior justiça na distribuição da riqueza gerada contribuindo deste modo para a motivação das pessoas. ACTIVIDADE FINANCEIRA Para o mercado automóvel nacional o 1º Semestre de 2006 correspondeu a uma nova quebra de cerca de 6%. Conforme já atrás referido a marca Toyota conseguiu no período em apreço minimizar o impacto dessa quebra para menos de 1%, podendo mesmo constatar-se uma subida na sua quota de mercado. É evidente que o descrito resultou num decréscimo do volume de negócios do semestre quando comparado com igual período de 2005 mas, julgamos importante referir a situação perfeitamente anormal vivida em Junho de 2005 com a antecipação de compra registada pela perspectiva/certeza do aumento do IVA decretado pelo Governo. Tal antecipação que se traduziu para a marca em cerca de 750 unidades, proporcionou evidentemente um volume de negócios “anormal” no 1º semestre de 2005 bem como um algo inflacionado resultado. Por tudo isto a comparação directa com o 1º semestre do pretérito exercício torna-se menos relevante. Por outro lado importa salientar de novo a importância crescente que o projecto conjunto com a Toyota para a exportação do modelo Dyna tem tido para a Unidade Fabril de Ovar com um volume de negócios que no semestre já atingiu os 10 milhões de Euros correspondentes a cerca de 800 unidades. Globalmente foi assim possível atingir-se os 190 milhões de Euros de volume de negócios os quais se traduziram num resultado líquido para o semestre de 3,4 milhões de Euros. Na área estritamente financeira a constante subida das taxas directoras de juro veio naturalmente traduzir-se num agravamento dos custos financeiros associados à nossa actividade, ainda que com sucesso algumas medidas de reestruturação/reconversão do endividamento existente tenham sido tomadas. Pese embora o atrás referido, o facto dos stocks se manterem perfeitamente controlados, associado à manutenção dos prazos de cobrança e pagamento permitiram à Empresa continuar a apresentar um grau de autonomia financeira superior a 38%. No que respeita às reintegrações do activo contabilizadas neste semestre, elas elevaram-se a 3.886.832 Euros correspondentes às taxas máximas fiscalmente aceites. Gostaríamos por fim de informar que das dívidas contidas na rubrica “Estado e Outros Entes Públicos , não existe nenhuma verba em situação de mora. PERSPECTIVAS Tendo em atenção tudo o que foi anteriormente explicitado e a evolução prevista para os mercados em que a Empresa opera, é nossa convicção que o 2º semestre de 2006 apresentará uma performance bastante semelhante à do período agora em análise, sendo que se espera atingir a comercialização de mais de 17 mil unidades Toyota que nos levarão para uma quota de mercado a rondar os 6,3%. Obviamente que os resultados anualizados traduzirão esta realidade e pese embora o esforço promocional já dispendido em áreas de significativo impacto como o “Rock in Rio” ou o Salão Automóvel de Lisboa, é certamente de esperar que, no mínimo, o nível anual de resultados obtidos em 2005 seja novamente atingido em 2006. Por fim, cumpre-nos informar que desde o final do semestre em apreço e até ao presente momento, não ocorreu qualquer situação que justifique ser relevada neste relatório e que possa em consequência por em causa as perspectivas apontadas para a totalidade deste exercício. Vila Nova de Gaia , 11 de Setembro de 2006 O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 3 ANEXO AO RELATÓRIO INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO FISCAL ÚNICO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO SALVADOR FERNANDES CAETANO – Não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 352.465 acções, com o valor nominal de um euro cada uma. Detém, conjuntamente com o cônjuge, Ana Pereira Martins Caetano, 70% do Capital Social da FOGECA – Gestão e Controle, SGPS, S.A., e 70% do Capital Social da CAETANO, SGPS, S.A., o que com esta Sociedade, directa ou indirectamente, detém 84,72% do Capital Social da COCIGA – Construções Civis de Gaia, S.A., o que lhe garante directa e indirectamente 21.352.755 acções, a que corresponde 61,01% do capital social e dos direitos de voto nesta empresa. ENGº JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS: Não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 86.000 acções, com o valor nominal de uma euro cada uma. TETSUO AGATA - Não tem acções nem obrigações. YOSHIMASA ISHII - Não tem acções nem obrigações. DRª MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS - Não tem acções nem obrigações. ENGº SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO - Não tem acções nem obrigações. DRª ANA MARIA MARTINS CAETANO - Não tem acções nem obrigações. TOJO KIYOSHI - Não tem acções nem obrigações. Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos - cônjuge do Engº José Reis da Silva Ramos - Vice-Presidente do Conselho de Administração, Engº Salvador Acácio Martins Caetano, e Drª Ana Maria Martins Caetano, vogais do Conselho de Administração, da FOGECA - Gestão e Controle – SGPS, S.A., esta Sociedade, não teve movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 21.000.000 acções, com o valor nominal de um euro cada. Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, e Engº José Reis da Silva Ramos - cônjuge da Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos, Administrador, da FUNDAÇÃO SALVADOR CAETANO, esta Sociedade não teve movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 61.945 acções, com o valor nominal de um euro cada. Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos - cônjuge do Engº José Reis da Silva Ramos, vogal do Conselho de Administração da COCIGA Construções Civis de Gaia, S.A. esta Sociedade não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 290 acções, com o valor de um euro cada. FISCAL ÚNICO: DELOITTE E ASSOCIADOS, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representado pelo Sr. Dr. Jorge Manuel Araújo de Beja Neves - Não tem acções nem obrigações. INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NO CAPITAL SOCIAL DA SALVADOR CAETANO - INDÚSTRIAS METALÚRGICAS E VEÍCULOS DE TRANSPORTE, S.A. (NOS TERMOS DO ARTIGO 447º DO C.S.C.) ACCIONISTAS SALVADOR FERNANDES CAETANO (Presidente) ENGº JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS (Vice-presidente) TETSUO AGATA (Vogal) YOSHIMASA ISHII (Vogal) DRª MARIA ANGELINA M. CAETANO RAMOS (Vogal) ENGº SALVADOR ACACIO MARTINS CAETANO (Vogal) DRª ANA MARIA MARTINS CAETANO (Vogal) TOJO KIYOSHI (Administrador -Suplente) Acções Detidas Em 31.12.2005 352.465 -------- Acções Adquiridas Em 2006 -86.000 ------- Acções Vendidas Em 2006 --------- Acções Detidas Em 30.06.06 352.465 86.000 ------- Acções Detidas Em 31.12.2005 9.450.000 Acções Adquiridas Em 2006 Acções Vendidas Em 2006 Acções Detidas Em 30.06.06 9.450.000 Acções Detidas Em 31.12.05 21.000.000 Acções Adquiridas Em 2006 Acções Vendidas Em 2006 Acções Detidas Em 30.06.06 21.000.000 INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ACCIONISTAS (NOS TERMOS DO ARTIGO 448º DO C.S.C.) Participações superiores a um décimo do Capital ACCIONISTAS TOYOTA MOTOR CORPORATION Participações superiores a metade do Capital FOGECA-Gestão e Controle -SGPS, SA Participações qualificadas superiores a 2% Capital Social ACCIONISTA TOYOTA MOTOR CORPORATION FOGECA-Gestão e Controle-SGPS, SA Acções 9.450.000 21.000.000 % dos direitos de voto 27,000 60,000 4 BALANÇO (Euros) Notas Activo Bruto Amortizações Ajustamentos Despesas de Instalação 8 1.233.448 1.217.666 15.782 9.563 Despesas Investigação e Desenvolvimento 8 2.137.234 1.881.592 255.642 201.462 983.568 983.568 0 0 10 4.354.250 4.082.826 271.424 211.025 ACTIVO Activo Liquido Jun'06 Activo Liquido Jun'05 IMOBILIZADO IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Trespasses IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Terrenos e Recursos Naturais 13.734.183 13.734.183 13.533.990 Edifícios e Outras Construções 62.662.931 42.376.488 20.286.443 22.055.369 Equipamento Básico 45.116.208 32.253.187 12.863.021 11.737.495 Equipamento de Transporte 13.006.371 7.049.995 5.956.376 5.037.001 Ferramentas e Utensílios 8.608.352 8.288.834 319.518 242.391 Equipamento Administrativo 6.427.070 6.077.934 349.136 496.098 Outras Imobilizações Corpóreas 3.258.248 2.408.363 849.885 789.870 Imobilizações em Curso 1.746.486 1.182.196 10 e 13 154.559.849 1.746.486 98.454.801 56.105.048 55.074.410 Partes Capital Empresas Grupo 16 39.944.904 21.613.709 18.331.195 15.544.706 Títulos e Outras Aplicações Financeiras 48 5.977.425 1.496 5.975.929 5.975.929 Empréstimos a Empresas do Grupo 16 21.694.591 169.591 21.525.000 22.362.378 10 e 21 67.616.920 21.784.796 45.832.124 43.883.013 INVESTIMENTOS FINANCEIROS CIRCULANTE EXISTÊNCIAS Matérias-primas, Subs. e de Consumo 41 8.910.056 8.910.056 13.374.300 Produtos e Trabalhos em Curso 42 7.545.181 7.545.181 7.234.103 Produtos Acabados e Intermédios 42 5.825.281 5.825.281 3.220.830 21 e 41 45.027.487 1.519.142 43.508.345 35.385.759 67.308.005 1.519.142 65.788.863 59.214.992 3.622.515 8.418.738 91.330.853 87.398.833 545.201 1.327.638 Mercadorias DIVIDAS DE TERCEIROS -MÉDIO E LONGO PRAZO Clientes c/c 16 3.622.515 16 91.330.853 21e 23 5.170.399 DIVIDAS DE TERCEIROS -CURTO PRAZO Clientes c/c Clientes de Cobrança Duvidosa Adiantamentos a Fornecedores 4.625.198 31.842 31.842 52.581 91.907.896 88.779.052 4.399.391 4.399.391 7.651.567 117.641 117.641 104.343 4.517.032 4.517.032 7.755.910 96.533.094 4.625.198 DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA Depósitos Bancários Caixa ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de Proveitos 51 50.476 50.476 112.632 Custos Diferidos 51 2.107.686 2.107.686 2.235.982 2.158.162 2.158.162 2.348.614 270.203.064 265.685.754 Total de Amortizações 102.537.627 Total de Ajustamentos TOTAL ACTIVO 27.929.136 400.669.827 130.466.763 O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim 5 BALANÇO (Euros) CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO CAPITAL AJUSTAMENTOS DE PARTES DE CAPITAL EM ASSOCIADAS RESERVAS DE REAVALIAÇÃO RESERVAS Reservas Legais Outras Reservas RESULTADOS TRANSITADOS RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO Total do Capital Próprio PASSIVO PROVISÃO PARA RISCOS E ENCARGOS Outras Provisões para Riscos e Encargos NOTAS Capital Próprio e Passivo Jun'06 Capital Próprio e Passivo Jun'05 36, 37 e 40 40 40 35.000.000 -21.409.201 6.187.306 35.000.000 -4.223.982 6.187.306 40 40 40 40 6.568.803 73.869.649 3.402.655 103.619.212 6.208.803 71.731.295 -9.728.034 5.026.265 110.201.653 4.553.044 10.901.496 34 DIVIDAS A TERCEIROS -MEDIO E LONGO PRAZO Empréstimos por Obrigações Não Convertíveis Dividas a Instituições de Credito DIVIDAS A TERCEIROS -CURTO PRAZO Empréstimos por Obrigações Não Convertíveis Dividas a Instituições de Credito Fornecedores c/c Outros Accionistas Adiantamentos de Clientes Estado e outros Entes Públicos Outros Credores ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de Custos Proveitos Diferidos 3.750.000 14.250.000 18.000.000 50 50 16 49 51 51 Total do Passivo TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 3.750.000 89.313.234 39.634.972 20.670 49.304 16.247.090 146.770 149.162.040 3.750.000 56.050.000 34.871.900 15.017 48.401 13.502.263 72.176 108.309.757 12.180.375 688.393 12.868.768 17.771.448 501.400 18.272.848 166.583.852 155.484.101 270.203.064 265.685.754 O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 6 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS (Euros) CUSTOS E PERDAS CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS Mercadorias Matérias FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS CUSTOS COM O PESSOAL Remunerações Encargos Sociais Pensões Outros AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO CORPÓREO E INCORPÓREO PROVISÕES IMPOSTOS OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS Notas 41 Jun'06 122.526.982 31.303.768 6.791.614 31 295.611 4.287.032 3.886.832 10 CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINARIAS IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO PROVEITOS E GANHOS VENDAS Mercadorias Produtos PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA SUBSÍDIOS A EXPLORAÇÃO PROVEITOS SUPLEMENTARES REVERSÕES DE AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS RENDIMENTOS DE PARTICIPAÇÕES DE CAPITAL OUTROS JUROS E PROVEITOS SIMILARES Outros PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS 11.374.257 4.802.762 198.421.400 45 (C) 46 (E) 6 (G) 2.674.430 2.674.430 201.095.830 552.698 201.648.528 1.164.867 202.813.395 3.402.655 206.216.050 Notas Jun'06 Jun'05 RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO 44 42 146.762.680 33.526.440 9.649.656 21 (B) 725.521 9.362.938 525.999 189.938.776 3.880.471 RESUMO: Resultados Operacionais (B)-(A) = Resultados Financeiros (D-B)-(C-A) = Resultados Correntes (D)-(C) = Resultados Antes de Impostos (F)-(E) = Resultado Liquido do Período (F)-(G) = 193.377 150.755.684 23.557.389 320.187 4.136.665 3.715.741 352.914 414.985 5.039.986 2.276.835 146.642.707 37.344.318 9.922.919 11.379.190 4.068.655 5.454.971 195.215.889 2.276.835 197.492.724 242.624 197.735.348 1.537.468 199.272.816 5.026.265 204.299.081 193.909.944 - 1.373.663 65.000 989.792 8.455.093 10.614.458 204.433.705 394.099 45 (D) 46 (F) 121.087.869 29.667.815 6.922.338 3.886.832 372.957 4.429.805 (A) JUROS E CUSTOS SIMILARES Amortizações e provisões de investimentos financeiros Outros 153.830.750 24.526.799 Jun'05 9.509.885 202.046.166 990.006 587.476 205.021.181 1.194.869 206.216.050 6.012.305 -2.086.954 3.925.351 4.567.522 3.402.655 211.290 1.201.296 203.247.462 1.051.619 204.299.081 6.830.277 -1.075.539 5.754.738 6.563.733 5.026.265 O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 7 ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS NOTA INTRODUTÓRIA A Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Salvador Caetano” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1946, que tem a sua sede social em Vila Nova de Gaia, e que tem como actividades a importação, montagem e comercialização de veículos ligeiros e pesados e a importação e venda de equipamento industrial de movimentação de cargas. Adicionalmente, a Empresa exerce a actividade de tratamento de superfície que abrange a pintura industrial e a lacagem dos ramos civil e auto. As suas acções estão cotadas na Bolsa de Valores de Lisboa. A Salvador Caetano encabeça um Grupo cujas empresas, essencialmente dedicadas ao ramo automóvel, estão descritas na Nota 16, juntamente com outra informação financeira. Dando cumprimento ao disposto na legislação aplicável, a Salvador Caetano irá elaborar e apresentar em separado demonstrações financeiras consolidadas em 30 de Junho de 2006, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) adoptadas pela União Europeia. As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) e aquelas que não estão incluídas neste anexo ou não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. Os valores mencionados no presente anexo encontram-se expressos em Euros. 3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Salvador Caetano, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas, constituídas por despesas de expansão, trespasses e despesas de investigação e desenvolvimento, estas últimas, constituídas principalmente por despesas com o desenvolvimento tecnológico e com estudos e concepção de protótipos, são amortizadas, pelo método das quotas constantes, durante um período de três anos. b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registadas ao custo de aquisição podendo encontrar-se reavaliadas de acordo com as disposições legais (Nota 12). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas: Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Taras e vasilhame Outras Imobilizações Corpóreas Anos 20-50 7-16 4-5 4-14 3-14 5-11 4-8 Como resultado das reavaliações efectuadas, as reintegrações do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 foram aumentadas. Uma parte (40%) deste montante não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC). Adicionalmente, 40% das amortizações de exercícios futuros relativamente ao efeito das reavaliações de imobilizações corpóreas ainda não amortizadas não serão igualmente aceites para efeitos de determinação da matéria colectável de IRC. c) Locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados pelo método financeiro e, consequentemente, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo e as correspondentes responsabilidades são registadas como contas a pagar a fornecedores. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital, sendo os encargos financeiros imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo, sendo o imobilizado corpóreo amortizado de acordo com a vida útil dos bens. d) Investimentos financeiros Os investimentos financeiros em empresas do Grupo Salvador Caetano detidas a mais de 20%, conforme constam da Nota 16, encontram-se registados ao custo de aquisição, estando constituída uma provisão associada aos investimentos com risco, a qual foi registada por contrapartida da rubrica de Capital Próprio “Ajustamentos de Partes de Capital em Associadas”, em conformidade com o POC. A Empresa regista os dividendos atribuídos pelas empresas em que participa na demonstração de resultados do exercício em que os dividendos são recebidos (Nota 45). e) Existências As mercadorias e as matérias primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Encontra-se também constituída uma provisão para depreciação de existências tendo em vista a cobertura de eventuais desvalorizações a ocorrer nos stocks de viaturas usadas. Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo das matériasprimas incorporadas, mão-de-obra directa, os gastos gerais de fabrico e os serviços executados no exterior. f) Provisões Esta rubrica inclui o remanescente da provisão constituída em exercícios anteriores nos termos do “ex - Código da Contribuição Industrial” e é mantida para fazer face a riscos marginais de cobranças duvidosas próprias, depreciação de existências ou outros de natureza diversa. Para além desta encontra-se constituída uma Provisão para Outros Riscos e Encargos tendo por objectivo fazer face ao eventual risco de incobrabilidade de contas correntes em empresas participadas, bem como a cobertura de contingências fiscais. g) Subsídios Os subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas e incorpóreas são registados, na rubrica de Proveitos Diferidos, quando recebidos, e reconhecidos na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas. Os subsídios à exploração são registados como proveitos operacionais nos exercícios em que são recebidos. h) Especialização de exercícios A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Acréscimos e Diferimentos” (Nota 51). i) Indemnizações ao pessoal A Empresa tem como política registar como um custo operacional do exercício os encargos com rescisões de contratos de trabalho no momento em que os mesmos são acordados. j) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços publicadas pelo Banco de Portugal. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício. k) Impostos diferidos Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 28/01, a Empresa reconhece nas demonstrações financeiras nas rubricas “Acréscimos e Diferimentos” os activos e passivos por impostos diferidos relacionados com as diferenças temporárias entre o reconhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e de tributação (Notas 6 e 51). 8 6. IMPOSTOS SOBRE LUCROS De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2002 a 2005 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. As declarações relativas à Segurança Social podem ser revistas ao longo de um prazo de dez anos até ao ano de 2000, inclusivé, e cinco anos a partir de 2001. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte da administração tributária àquelas declarações de impostos dos exercícios em aberto à inspecção não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas. Face às decisões favoráveis obtidas nos processos de impugnação judicial, referentes às liquidações adicionais em sede de IRC e referentes aos exercícios de 1995 e 1996, durante o exercício de 2005 recuperouse uma parte dos valores reclamados, aproximadamente 85 mil Euros, esperando-se para breve a recuperação do remanescente das liquidações adicionais pagas e reconhecidas como custo em exercícios anteriores, acrescido dos respectivos juros compensatórios. Simultaneamente, em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 1997, 1998 e 1999, encontram-se reclamadas as notas de liquidação adicionais em sede de IRC, ainda que pagas, no valor de Euros 1.769.511, dado a Empresa entender existirem razões legais válidas para estas contestações. Face a decisão favorável da reclamação graciosa sobre matéria relativa a Despesas de Investigação e Desenvolvimento recebeu-se no exercicio de 2005 aproximadamente 193 mil Euros. Em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 2001 e 2002 recebeu-se no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, notas de liquidações adicionais em IRC no montante de Euros 490.785, para as quais tinha sido constituída em períodos anteriores uma provisão (Notas 34 e 46). O detalhe dos montantes e natureza dos activos e passivos por impostos diferidos registados no primeiro semestre de 2006, pode ser resumido como segue (Débitos/Créditos): Saldo em 30 de Junho de 2006 Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais 40% das amortizações resultantes das reavaliações legais efectuadas Efeito do reinvestimento de mais valias geradas com alienações de imobilizações Custos a reconhecer no futuro que não serão aceites fiscalmente Imposto Diferido Activo (Nota 51) 1.263.074 Imposto Diferido Passivo (Nota 51) (234.921) (769.678) (332.811) (1.337.410) 1.263.074 Reflectido em Resultados 144.650 (19.665) (46.966) (20.288) 57.731 Adicionalmente, a rubrica da demonstração de resultados "Impostos sobre o rendimento" foi determinada como segue: 1.107.136 57.731 1.164.867 Imposto sobre rendimento (Nota 49) Impostos diferidos líquidos do primeiro semestre de 2006 7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL AO SERVIÇO DA SALVADOR CAETANO Durante os primeiros seis meses de 2006 e 2005 o número médio de pessoal foi o seguinte: Empregados Pessoal afecto à Produção Jun'06 522 302 824 Jun'05 541 301 842 8. DESPESAS DE INSTALAÇÃO E INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Em 30 de Junho de 2006 o detalhe destas rubricas é como segue: Despesas de instalação Despesas de instalação e expansão comercial Amortizações acumuladas Total Jun'06 1.233.448 (1.217.666) 15.782 Despesas de Investigação e Desenvolvimento - Estudos e protótipos de novo modelo do mini-autocarro Óptimo - Estudo de novo modelo Dyna - Estudo ambiental - Acompanhamento da candidatura ao SIME - Participação em Certames Internacionais - Amortizações acumuladas Total Jun'06 539.633 1.330.585 101.285 20.410 145.321 (1.881.592) 255.642 10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o primeiro semestre de 2006, o movimento ocorrido nas imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e nos investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e ajustamentos, foi o seguinte: 9 ACTIVO IMOBILIZADO Activo Bruto Saldos iniciais Rubricas Imobilizações incorpóreas Despesas de Instalação Despesas de Investigação e Desenvolvimento Trespasses Imobilizações corpóreas Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Imobilizações em Curso Aumentos 1.233.448 1.977.160 983.568 4.194.176 Transferências e Abates 160.074 270.824 1.805.350 3.055.430 198.248 50.924 21.057 15.762 2.061.687 13.734.183 62.662.931 45.116.208 13.006.371 8.608.352 6.427.070 3.258.248 1.746.486 154.559.849 80.982 814.800 5.997 100.600 -895.782 5.401.833 39.944.904 5.977.425 22.531.969 68.454.298 Saldos finais 1.233.448 2.137.234 983.568 4.354.250 160.074 13.734.183 62.311.125 42.511.820 12.012.628 8.410.104 6.382.143 3.337.791 2.642.268 151.342.062 Investimentos financeiros Partes de Capital em Empresas do Grupo Títulos e Outras Aplicações Financeiras Empréstimos a Empresas do Grupo Alienações 2.184.046 39.944.904 5.977.425 21.694.591 67.616.920 837.378 AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS Rubricas Imobilizações incorpóreas Despesas de Instalação Despesas de Investigação e Desenvolvimento Trespasses Imobilizações corpóreas Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Investimentos financeiros Partes de Capital em Emp.do Grupo Títulos e outras Aplicações Financeiras Empréstimos a Emp. do Grupo Saldos iniciais Amortizações e Ajustamentos Transferências Aumentos Alienações e Abates 1.211.410 1.785.151 983.568 3.980.129 6.256 96.441 102.697 41.159.864 31.126.851 6.917.022 8.183.845 6.013.665 2.365.296 95.766.543 1.216.624 1.142.098 1.160.746 104.989 70.266 89.412 3.784.135 Saldos finais 1.217.666 1.881.592 983.568 4.082.826 15.762 1.027.773 5.997 46.345 1.095.877 21.613.709 1.496 169.591 21.784.796 42.376.488 32.253.187 7.049.995 8.288.834 6.077.934 2.408.363 98.454.801 21.613.709 1.496 169.591 21.784.796 12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS A Empresa procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente: Decreto-Lei 430/78, de 27 de Dezembro; Decreto-Lei 219/82, de 2 de Junho; Decreto-Lei 399-G/84, de 28 de Dezembro; Decreto-Lei 118-B/86, de 27 de Maio; Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril; Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro; Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro; DecretoLei 31/98, de 11 de Fevereiro. Uma parte (40%) do acréscimo das amortizações derivado das reavaliações legais efectuadas não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), tendo a Empresa calculado e registado os respectivos passivos por impostos diferidos (Nota 6). 13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e correspondente reavaliação liquida das amortizações acumuladas em 30 de Junho de 2006 é o seguinte: Rubricas Imobilizações Corpóreas Terrenos e Recursos Naturais Edificios e Outras Construçoes Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Imobilizações em Curso Custos Históricos 8.141.714 18.179.153 12.834.663 5.956.376 319.518 349.136 849.885 1.746.486 48.376.931 Reavaliações 5.592.469 2.107.290 28.358 7.728.117 Saldos Reavaliados 13.734.183 20.286.443 12.863.021 5.956.376 319.518 349.136 849.885 1.746.486 56.105.048 10 14. LOCALIZAÇÃO DAS IMOBILIZAÇÕES Em 30 de Junho de 2006, o valor global das imobilizações corpóreas e em curso afecta a cada uma das actividades da Empresa é como segue: Rubricas Unidade Fabril de Gaia Unidade Fabril de Ovar Delegação de Lisboa / U.F.Carregado Imobilizações Corpóreas 54.734.216 36.757.459 61.321.688 152.813.363 Imobilizações em Curso 903.473 400.594 442.419 1.746.486 Total 55.637.689 37.158.053 61.764.107 154.559.849 16. EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS A relação das empresas do Grupo e Associadas com indicação da sede, fracção do capital detido, capitais próprios e resultado líquido em 30 de Junho de 2006 são como segue: Fracção Efectiva Capital Detido a 30.06.2006 Capitais Próprios a 30.06.2006 Resultados Líquidos a 30.06.2006 Valor de Balanço a 30.06.2006 Saltano -Investimentos e Gestão (SGPS), SA. Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia 99,98% 23.425.908 663.044 4.488.183 Salvador Caetano -Comércio de Automóveis, SA. Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia 92,89% 45.691.741 -418.961 9.868.048 Salvador Caetano España, SA. Ctra. de Andalucia (N-IV), Km 31,800 Ciempozuelos -España 99,23% 976.165 59.244 Salvador Caetano (UK), Ltd. Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire United Kingdom 99,82% 11.333.009 -584.637 Steia -Soc. Técn Equipam. Industriais e Acessórios, SARL Bissau Guiné-Bissau 99,99% Salvador Caetano Moçambique, SARL Av. Silva Cunha -Parcela 149 -Matola -Maputo Moçambique 63,33% m MZM -24.979.815 m MZM -3.755.582 Salvador Caetano Coachbuilders Ltd. Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire United Kingdom 99,82% GBP -514.134 GBP -80.010 Reliant Coaches Ltd. Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire United Kingdom 99,82% GBP -35.772 GBP -22.096 Cabo Verde Motors Terra Branca -Praia Cabo Verde 99,99% CVE 285.025.929 CVE 78.006.507 Forcabo Veículos Automóveis, Lda. Praia Cabo Verde 99,91% CVE 75.522.934 CVE 16.970.567 Salvador Caetano -Aluguer Automóveis, SA. Rua José Mariani, 164 -Santa Marinha Vila Nova de Gaia 99,98% 987.012 123.377 Caetanobus -Fabricação de Carroçarias, SA Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia 73,98% 5.724.952 611.241 IPE -Indústria Produtora de Espumas, SA. Rua da Pereiras,275 Vila Nova de Gaia 99,98% 855.442 4.212 Portianga -Comércio Internacional e Participações, SA. Rua Campo Alegre, 1307 -Cave Porto 99,98% 8.159.970 136.913 99,98% USD 7.866.512 USD 992.768 Empresas do Grupo Robert Hudson, Ltd. Rua Major Kanyangulu, 72 -Luanda Angola 24.195.690 204.507 724.983 463.493 11 Empresas Associadas Contrac, Gmbh Max-Planck-Ring, 43 -Wiesbaden Alemanha Auto Partner SGPS, SA Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -V. N. Gaia Auto Partner -Comercio Automóveis, SA Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia Auto Partner II-Rep C Automoveis SA Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -V. N. Gaia Fracção Efectiva Capital Detido a 30.06.2006 33,33% Capitais Próprios a 30.06.2006 4.221.409 Resultados Líquidos a 30.06.2006 871.046 46,26% 2.513.708 65.206 46,26% 876.373 1.955 46,26% -277.924 -93.715 Valor de Balanço a 30.06.2006 Os saldos a receber e a pagar com as empresas do Grupo e Associadas acima referidas, e que em 30 de Junho de 2006 se encontram reflectidas nas rubricas do balanço “Clientes, c/c”, “Fornecedores, c/c” e “Empréstimos a empresas do Grupo” podem ser resumidos como segue: Valor Contas a receber Curto prazo Médio e Longo Prazo Contas a pagar Empréstimos concedidos Saltano, SA Steia, SA 55.854.355 3.622.515 2.919.731 21.525.000 169.591 21. MOVIMENTO OCORRIDO NOS AJUSTAMENTOS Durante o primeiro semestre de 2006, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de ajustamentos: Rubricas Investimentos Financeiros Cobrança Duvidosa Depreciação de Existencias Saldos iniciais 21.784.796 4.688.697 2.045.141 28.518.634 Reforço Reversão Utilizações 63.499 525.999 525.999 63.499 Saldos finais 21.784.796 4.625.198 1.519.142 27.929.136 23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA As dívidas de cobrança duvidosa encontram-se incluídas na rubrica própria e pelo valor de Euros 5.170.399. 31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO Fundo de Pensões A Salvador Caetano constituiu por escritura pública datada de 29 de Dezembro de 1988 o Fundo de Pensões Salvador Caetano, alterado subsequentemente em 2 de Janeiro de 1994, em 29 de Dezembro de 1995 e em 23 de Dezembro de 2002. Este Fundo de Pensões constituído prevê, enquanto a Salvador Caetano mantiver a decisão de realizar contribuições para o referido fundo, que os trabalhadores possam vir a auferir, a partir da data da reforma, um complemento não actualizável, determinado com base numa percentagem do vencimento, entre outras condições. De acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo, a Salvador Caetano tem vindo a efectuar contribuições para o mesmo, permitindo que a situação patrimonial do Fundo ascendesse em 31 de Dezembro de 2005, a aproximadamente 17.885 milhares de Euros. A parcela das responsabilidades globais estimadas actuarialmente respeitantes à Empresa ascendem em 31 de Dezembro de 2005 a, aproximadamente, 17.793 milhares de Euros. Os pressupostos actuariais utilizados pela sociedade gestora incluem, o método de cálculo “Projected Unit Credit”, as Tábuas de Mortalidade e invalidez TV 77/73 e SuisseRe, respectivamente, bem como taxas de crescimento salarial, de pensões e de rendimento de 2%, 0% e 5%, respectivamente. Durante o primeiro semestre 2006 foi criada uma dotação para reforço do Fundo em apreço, que ascendeu aproximadamente a 296 milhares de Euros, estimando-se deste modo que aquelas responsabilidades permanecem cobertas pelo valor patrimonial do Fundo em 30 de Junho de 2006. Outros Compromissos Financeiros Em 30 de Junho de 2006, a Empresa tinha assumido outros compromissos financeiros como segue: Responsabilidades Por Fianças Prestadas Valor 12.621.015 32. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS BANCÁRIAS Em 30 de Junho de 2006, a Empresa tinha solicitado a emissão responsabilizando-se por garantias bancárias destinadas à cobertura de linhas de crédito a utilizar por algumas das empresas do Grupo e Associadas a saber: Entidade Beneficiária da Garantia Empresa do Grupo/Associada Salvador Caetano (UK), Ltd. Salvador Caetano Coachbuilders Ltd. Reliant Coaches Ltd. Contrac, Gmbh Lloyd's Bank PLC Deutsche Bank AG Valor £ 2.000.000 ¤ 2.500.000 34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES Durante o primeiro semestre de 2006, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões: Rubricas Provisão para Outros Riscos e Encargos Saldos iniciais 5.043.829 Aumentos Redução 490.785 Saldos finais 4.553.044 12 36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 30 de Junho de 2006 o capital da Empresa é composto por 35.000.000 acções ao portador, totalmente subscritas e realizadas, de valor nominal de 1 Euro cada. 37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL SUBSCRITO Valor 60% 27% Fogeca – Gestão e Controle (S.G.P.S.), S.A. Toyota Motor Corporation 40. VARIAÇÃO NAS RÚBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO Durante o primeiro semestre de 2006, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de capital próprio: Saldos Iniciais 35.000.000 -21.409.201 6.187.306 6.208.803 71.731.295 7.133.354 Rubricas Capital Ajustamento Partes Capital Associadas Reserva de Reavaliação Reserva Legal Reservas Livres Resultado Líquido do Exercício Aumentos 3.402.655 Diminuições Transferências -4.635.000 360.000 2.138.354 -2.498.354 Saldos Finais 35.000.000 -21.409.201 6.187.306 6.568.803 73.869.649 3.402.655 A diminuição ocorrida nos capitais próprios no semestre findo em 30 de Junho de 2006, ficou a dever-se à deliberação da Assembleia Geral de Accionistas de 28 de Abril de 2006, de distribuir dividendos no montante de Euros 3.500.000 e de distribuir gratificações aos colaboradores e corpos sociais da Empresa no montante de Euros 1.135.000. Os movimentos de transferências resultam da aplicação do resultado do exercício de 2005. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. As reservas de reavaliação resultam da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da legislação aplicável (Nota 12). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou em outras situações especificadas na legislação. 41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS A demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no primeiro semestre de 2006 é como segue: Rubricas Existências Iniciais Compras Existências finais Mercadorias 48.520.281 119.034.188 45.027.487 122.526.982 Matérias-primas Subsidiárias e de Consumo 12.612.520 27.601.304 8.910.056 31.303.768 Total 61.132.801 146.635.492 53.937.543 153.830.750 42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO A demonstração da variação da produção ocorrida no primeiro semestre de 2006 é como segue: Rubricas Existências Finais Existências Iniciais Produtos Acabados e Intermédios 5.825.281 3.576.549 2.248.732 Produtos e Trabalhos em Curso 7.545.181 5.913.442 1.631.739 Total 13.370.462 9.489.991 3.880.471 43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS As remunerações dos membros dos órgãos sociais no primeiro semestre de 2006, foram como segue: Órgãos Sociais Conselho de Administração Valor 249.079 44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos durante o primeiro semestre de 2006 foi como segue: Viaturas Ligeiras Veículos Pesados Máquinas Industriais Peças e Acessórios Outros Mercado Interno 137.132.512 1.299.421 4.424.862 18.353.723 9.525.662 170.736.180 Mercado Externo 14.580.928 3.309.391 113.500 1.074.783 123.994 19.202.596 Total 151.713.440 4.608.812 4.538.362 19.428.506 9.649.656 189.938.776 45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS Em 30 de Junho de 2006 e 2005 os resultados financeiros têm a seguinte composição: 13 Custos e Perdas Juros Suportados Diferenças de Câmbio Desfavoráveis Descontos de Pronto-Pagamento Concedidos Outras Custos e Perdas Financeiros Resultados Financeiros Jun'06 2.425.918 37.913 16.980 193.619 -2.086.954 587.476 Jun'05 1.888.421 64.604 47.631 276.179 -1.075.539 1.201.296 Jun'06 147.538 394.099 39.644 6.122 73 587.476 Jun'05 133.465 990.006 67.670 10.091 64 1.201.296 Custos e Perdas Donativos Perdas em Existencias Perdas em Imobilizações Multas e Penalidades Outros Custos e Perdas Extraordinários Resultados Extraordinários Jun'06 29.250 31.306 16.225 22.164 453.753 642.171 1.194.869 Jun'05 54.500 36.411 38.861 82.440 30.412 808.995 1.051.619 Proveitos e Ganhos Restituição Impostos Recuperação de Dívidas Ganhos em Existências Ganhos em Imobilizações Beneficios de Penalidades Contratuais Reduções de Provisões Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários Jun'06 Jun'05 276.961 Proveitos e Ganhos Juros Obtidos Rendimentos de Participações Diferenças de Câmbio Favoráveis Descontos de Pronto-Pagamento Obtidos Outros Proveitos e Ganhos Financeiros 46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Em 30 de Junho de 2006 e 2005 os resultados extraordinários têm a seguinte composição: 6.677 75.675 568.710 31.228 490.785 21.794 1.194.869 96.280 678.378 1.051.619 48. TÍTULOS E OUTRAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS As participações financeiras minoritárias em empresas com capital cotado em Bolsa, encontram-se registadas ao custo de aquisição e as mais-valias potenciais, não reflectidas no balanço, ascendem, em 30 de Junho de 2006, a aproximadamente Euros 8.574.830. 49. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS A rubrica do passivo “Estado e outros entes públicos”, em 30 de Junho de 2006, não inclui dívidas em situação de mora, sendo as principais componentes, como segue: Rubricas Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Colectivas (imposto estimado) Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Colectivas (retenções na fonte suportadas) Imposto Automóvel Direitos Aduaneiros Imposto Sobre o Valor Acrescentado Outras Contribuições e Impostos Valor 1.107.136 -264.426 5.712.350 722.069 7.991.319 978.642 16.247.090 50. EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES E DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 11 de Junho de 2002, a Salvador Caetano contraiu um empréstimo obrigacionista no montante de 15.000.000 Euros, por um prazo de cinco anos, com um valor nominal de 10 Euros por obrigação, à taxa indexada Euribor a 6 meses acrescida de 1,15%. Os juros vencem-se semestral e postecipadamente, tendo-se vencido o primeiro cupão em 11 de Dezembro de 2002. O reembolso será efectuado através de 4 prestações iguais nas datas de pagamento dos 4º, 6º, 8º e 10º cupão, podendo ser efectuado o reembolso total ou parcial antecipado do seguinte modo: - “Call Option” - a partir da segunda data de pagamento de juros (Jun’2003). - “Put Option” - a partir da sexta data de pagamento de juros (Jun’2005). Em 30 de Junho de 2006, o detalhe dos empréstimos por obrigações e das dívidas a instituições de crédito era como segue: Curto prazo Empréstimos por obrigações: Salvador Caetano ’02 Dívidas a instituições de crédito: Papel Comercial Financiamentos correntes Financiamentos a médio e longo prazo 3.750.000 25.000.000 50.063.234 14.250.000 89.313.234 14 51 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 30 de Junho de 2006, o detalhe destas rubricas era como segue: Valor 50.476 Acréscimos de Proveitos Custos diferidos Activos por impostos diferidos (Nota 6) Juros Seguros Outros 1.263.074 420.052 135.282 289.278 2.107.686 Acréscimos de Custos Encargos com férias e subsídios de férias e Natal Imposto Automóvel de viaturas vendidas e não matriculadas Comparticipações em campanhas de promoção de vendas Passivos por impostos diferidos (Nota 6) Garantias Juros a liquidar Royalties Seguros Outros 3.799.923 1.742.884 1.366.270 1.337.410 808.046 399.902 212.417 44.110 2.469.413 12.180.375 Proveitos diferidos: Juros debitados a clientes Outros 173.131 515.262 688.393 52. VEICULOS EM FIM DE VIDA Em Setembro de 2000, a Comissão Europeia votou uma directiva respeitante aos veículos em fim de vida e a correspondente responsabilidade dos Produtores/Distribuidores pelo seu desmantelamento e reciclagem. Os Produtores/Distribuidores terão, segundo este normativo, que suportar no mínimo uma parte significativa do custo de retoma dos veículos, colocados no mercado a partir de 1 de Julho de 2002 bem como, para os comercializados anteriormente a esta data quando apresentados a partir de 1 Janeiro de 2007. Esta legislação terá impacto nos veículos Toyota vendidos em Portugal. A Salvador Caetano e a sua representada Toyota, estão a monitorar atentamente o desenvolvimento da Legislação Nacional Portuguesa de forma a, em devido tempo, poderem quantificar o impacto destas operações nas suas demonstrações financeiras. É no entanto nossa convicção, face aos estudos já elaborados sobre o mercado português, e atendendo à possível valorização dos resíduos resultantes do desmantelamento dos veículos em causa, que o impacto efectivo desta legislação nas contas da Empresa será diminuto senão nulo. Entretanto e para cumprimento da legislação introduzida no normativo nacional (Dec./Lei 196/2003), a Empresa concretizou a contratualização com a “ValorCar – Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda.” – Empresa licenciada como entidade gestora do sistema integrado de gestão de VFV – a transferência das responsabilidades inerentes a todo este processo. DEMONSTRAÇÃO 1 2 3 4 5 6 DOS RESULTADOS POR Vendas e prestações de serviços Custo das vendas e prestações de serviços Resultados Brutos Outros proveitos operacionais Custos de distribuição Custos administrativos Resultados Operacionais 7 Rendimentos de participações de capital: Relativos a empresas interligadas Relativos a outras empresas 8 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras: Relativos a empresas interligadas Outros 9 Outros juros e proveitos similares: Relativos a empresas interligadas Outros 10 Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros 11 Juros e custos similares: Relativos a empresas interligadas Outros Resultados Correntes Resultados Antes de Impostos Imposto sobre o rendimento do exercício 19 Resultado Líquido do Exercício Resultado Liquído por Acção FUNÇÕES Jun 06 Jun 05 189.938.776 162.986.270 26.952.506 630.148 16.469.635 4.458.543 6.654.476 193.909.944 166.277.272 27.632.672 1.919.437 17.260.528 4.652.309 7.639.272 120.395 273.704 752.465 237.541 193.377 211.290 2.674.430 4.567.522 4.567.522 1.164.867 3.402.655 0,10 2.276.835 6.563.733 6.563.733 1.537.468 5.026.265 0,14 15 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Jun 06 ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Fluxo gerado pelas Operações Pagamento do Imposto sobre o Rendimento Outros Recebimentos/Pagamentos relativos à Actividade Operacional Fluxo gerados antes das Rubricas Extraordinárias Recebimentos relacionados com Rubricas Extraordinárias Pagamentos relacionados com Rubricas Extraordinárias Fluxo das Actividades Operacionais Jun 05 240.024.950 -211.109.212 -7.827.929 245.864.573 -178.427.373 -7.459.721 21.087.809 -888.015 -15.749.385 4.450.409 152.304 -72.450 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas Juros e Proveitos Similares Dividendos Pagamentos respeitantes a: Investimentos Financeiros Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Fluxo das Actividades de Investimento 79.854 4.530.263 837.378 1.997.964 100.493 -172.824 -72.331 42.574.605 1.927.420 394.099 3.229.441 -6.904.927 -192.328 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Empréstimos Obtidos Pagamentos respeitantes a: Empréstimos Obtidos Amortização de Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares Dividendos Fluxo das Actividades de Financiamento 59.977.479 -1.117.121 -16.213.422 42.646.936 -7.097.255 -3.867.814 7.557.429 990.006 -3.919.113 -77.373 2.917.426 -3.996.486 -1.079.060 7.557.429 -38.858.550 -2.671.944 -3.494.010 -6.165.954 1.391.475 CAIXA E EQUIVALENTES Caixa e Seus Equivalentes no Início do Período Caixa e Seus Equivalentes no Fim do Período Variação de Caixa e Seus Equivalentes 2.463.108 4.517.032 2.053.924 -1.619.104 -2.090.242 -42.567.896 -42.567.896 8.828.261 7.755.910 -1.072.351 O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes Jun 06 Numerário Depósitos Bancários Imediatamente Mobilizáveis Equivalentes a Caixa Caixa e Seus Equivalentes DISPONIBILIDADES CONSTANTES DO BALANÇO 104.750 4.399.391 12.891 4.517.032 4.517.032 Jun 05 104.750 7.651.567 (407) 7.755.910 7.755.910 O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 16 RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA ELABORADO POR AUDITOR REGISTADO NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL INDIVIDUAL Introdução 1. Nos termos do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira do semestre findo em 30 de Junho de 2006, da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A., incluída: no Relatório de Gestão, no Balanço (que evidencia um total de 270.203.064 Euros e capitais próprios de 103.619.212 Euros, incluindo um resultado líquido de 3.402.655 Euros) na Demonstração dos resultados por naturezas e na Demonstração dos fluxos de caixa do semestre findo naquela data e nos correspondentes Anexos. 2. As quantias das demonstrações financeiras, bem como as da informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos da Empresa, posteriormente ajustadas com as quantias, ainda sem registo contabilístico, que foram objecto do nosso trabalho. Responsabilidades 3. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação da informação financeira histórica semestral de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (ii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iii) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, sobre essa informação financeira, baseado no nosso trabalho. Âmbito 5. O trabalho a que procedemos teve como objectivo obter uma segurança moderada quanto a se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. O nosso trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objectivo, e consistiu principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se, para os aspectos materialmente relevantes, a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários. 6. O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos anteriormente referidos. 7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base aceitável para a emissão do presente relatório de revisão limitada sobre a informação semestral. Parecer 8. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira do semestre findo em 30 de Junho de 2006 da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 5 acima, não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Ênfase 9. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1, referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram preparadas, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, para publicação nos termos da legislação em vigor. Conforme indicado na Nota 3 d) do Anexo às demonstrações financeiras, os investimentos financeiros em empresas filiais e associadas são registados ao mais baixo do custo de aquisição ou valor de mercado ou recuperação. A Empresa irá preparar, nos termos da legislação em vigor, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, para publicação em separado. Porto, 11 de Setembro de 2006 DELOITE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves 17 INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOS VENDAS CASH-FLOW BRUTO ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS CUSTOS COM O PESSOAL INVESTIMENTO LIQUIDO VOLUME DE EMPREGO RESULTADO LIQUIDO COM INT MINORITARIOS RESULTADO LIQUIDO SEM INT MINORITARIOS GRAU DE AUTONOMIA FINANCEIRA RELATÓRIO DE (Euros) JUN ‘06 288.188.712 15.137.808 3.789.658 33.763.464 21.751.605 2.936 3.998.728 3.822.459 33,06% JUN ‘05 286.596.871 17.155.927 3.201.176 35.195.049 1.845.140 3.072 4.870.317 5.059.148 34,76% GESTÃO ENQUADRAMENTO Em Portugal, a exemplo do que se verifica na Europa, o crescimento da economia tem superado as expectativas traçadas no início do ano. A Comissão Europeia espera que a economia dos países pertencentes à Zona Euro cresça, este ano 2,5%, o que traduz uma forte revisão em alta face aos 2,1% previamente apresentados. O mercado automóvel, sector fundamental para a actividade do Grupo Salvador Caetano IMVT e fortemente dependente da evolução da procura interna e do investimento, evidenciou uma retracção que está associada ao facto de em 2005 ter ocorrido uma alteração de taxa de IVA de 19% para 21%. Este facto provocou vendas antecipadas em Junho de 2005 capazes de distorcer a comparabilidade de períodos homólogos. A continuada estabilidade económica e social que se tem verificado em Angola e Cabo Verde, países onde o Grupo se encontra representado, é algo que tem permitido realizar investimentos com níveis de retorno satisfatórios. SALVADOR CAETANO I.M.V.T., S. A. O volume de negócios da empresa em 2006 no montante de 190 milhões de euros reflecte uma diminuição de actividade de 2% face a 2005 em período homólogo. Este decréscimo de actividade resulta, essencialmente, do facto de 2005 se encontrar influenciado por antecipação de vendas por força da alteração da taxa de IVA de 19% para 21%. A quebra verificada ao nível dos resultados fica a dever-se, principalmente, ao aumento das despesas com publicidade, nomeadamente o patrocínio dos eventos Rock in Rio e Salão Automóvel. A empresa prevê atingir resultados antes de impostos no montante de 9 milhões de euros, idênticos aos de 2005. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 193.909.944 11.707.927 7.639.272 6.563.733 2006 189.938.776 9.373.140 6.654.478 4.567.524 Variação -2,05% -19,94% -12,89% -30,41% CAETANOBUS – FABRICAÇAO DE CARROÇARIAS, S.A. Os resultados obtidos pela Caetanobus no período em análise, reflectem todo um processo de reestruturação levado a cabo em períodos anteriores. A empresa encontra-se dotada de capacidade instalada adequada ao plano de produção para 2006, sendo de prever que no segundo semestre se verifique um desempenho que permita um resultado final próximo (Euros) dos 2 milhões de euros. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 25.686.208 218.016 -550.732 -817.961 2006 28.309.916 1.671.507 850.790 611.240 Variação 10,21% 666,69% 254,48% 174,73% SALVADOR CAETANO – COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. A Salvador Caetano Comércio de Automóveis registou, neste semestre de 2006, um decréscimo de vendas de viaturas novas de 7%, face ao período homólogo de 2005. Esta quebra está directamente relacionada com a alteração da taxa de IVA e consequente antecipação de vendas, ocorrida em 2005. Os resultados negativos alcançados incorporam custos extraordinários de 1,3 milhões de euros, onde se destaca o montante de 827 mil euros de mútuos acordos. Com a evolução prevista no segundo semestre de 2006 a empresa espera fechar o ano com lucros de 200 mil euros. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 138.644.107 3.373.835 1.511.016 1.590.340 2006 133.050.553 2.348.361 -615.523 -418.961 Variação -4,03% -30,39% -140,74% -126,34% AUTOPARTNER COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. A Autopartner Comércio de Automóveis desenvolve a sua actividade com a comercialização de viaturas da marca Toyota. A diminuição da margem de comercialização, associada a algum empolamento das despesas, levou a que o resultado se situe no ponto crítico. A empresa espera superar esta situação já no segundo semestre de 2006. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 5.952.807 132.519 58.929 58.699 2006 6.839.853 75.830 1.333 1.955 Variação 14,90% -42,78% -97,74% -96,67% 18 AUTOPARTNER REPARAÇÃO E COLISÃO AUTO, S.A. Empresa cuja actividade se prende com a reparação automóvel, a Autopartner Reparação e Colisão Auto, ainda em fase de implementação no mercado, assume neste primeiro semestre de 2006 alguns erros de orçamentação que implicaram o reconhecimento de prejuízos. A empresa, até ao final do exercício, pretende esta situação ultrapassada, aproximando o resultado do ponto crítico. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 44.197 17.068 17.068 17.009 2006 2.241.619 -60.068 -93.669 -93.714 Variação 4971,86% -451,93% -648,79% -650,96% SALVADOR CAETANO – ALUGUER DE AUTOMÓVEIS, S.A. A pautar-se por uma estabilidade de operações, a Salvador Caetano Aluguer de Automóveis mantém o nível de facturação de 2005, com uma ligeira quebra de resultados, a qual será recuperada até ao final do ano. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 3.809.098 3.470.892 539.479 152.291 2006 3.924.812 3.339.190 504.871 123.377 (Euros) Variação 3,04% -3,79% -6,42% -18,99% I.P.E. – INDÚSTRIA PRODUTORA DE ESPUMAS, S.A. Com um volume de facturação ao nível de 2005 e evidenciando melhoria ao nível do E.B.I.T.D.A. a IPE, no entanto, incorreu neste semestre de 2006 em custos de reestruturação que inviabilizaram a manutenção dos resultados. Para o segundo semestre, a empresa prevê continuar a conseguir níveis de actividade superiores devido quer ao plano de encomendas em carteira, quer aos ganhos de produtividade obtidos com a reestruturação. Assim, no final do ano, a IPE espera atingir cerca de 200 mil euros de resultados antes de impostos. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 4.077.994 294.574 174.288 73.376 2006 4.128.637 323.293 58.811 4.210 Variação 1,24% 9,75% -66,26% -94,26% PORTIANGA – COMÉRCIO INTERNACIONAL E PARTICIPAÇÕES, S.A. A Portianga tem a sua actividade exclusivamente centrada nas empresas que detém em África, nomeadamente em Cabo Verde e Angola. A evolução favorável que estas empresas têm evidenciado reflecte-se nos resultados da empresa mãe. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 4.063.395 175.562 164.301 46.566 2006 6.686.354 344.165 339.717 136.913 Variação 64,55% 96,04% 106,76% 194,02% MERCADO EUROPEU ESPANHA SALVADOR CAETANO ESPANHA, S.A. Perante um cenário de retracção do mercado de mini autocarros, a Salvador Caetano Espanha evidenciou um bom desempenho conseguindo incrementar a sua actividade. Este factor, associado à continuada atenção dada à gestão, proporcionaram a evolução favorável dos resultados, face ao período homólogo de 2005. Para o segundo semestre de 2006 a empresa conta com um abrandamento da procura que, no entanto, não colocará em causa o crescimento das vendas face a 2005. A estimativa de resultados para 2006, em cerca de 80 mil euros, pressupõe um aumento de 30% face ao ano anterior. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 1.031.406 46.476 14.440 15.577 2006 1.326.439 89.450 55.738 58.142 Variação 28,60% 92,47% 285,99% 273,26% INGLATERRA SALVADOR CAETANO COACHBUILDERS, LTD. A Salvador Caetano Coachbuilders, ainda em fase de finalização do processo de reestruturação em que estrategicamente se envolveu, conseguiu resultados operacionais muito próximo do ponto crítico. A empresa ambiciona, até ao final de 2006, neutralizar as perdas verificadas em Junho de 2006. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 2.940.198 115.184 42.074 -176.071 2006 4.893.716 -15.197 -47.620 -116.359 Variação 66,44% -113,19% -213,18% 33,91% Taxa de Câmbio 1¤ = 0,688 GBP SALVADOR CAETANO UK, LTD. O crescimento de actividade registado em Salvador Caetano UK em 2006, face ao período homólogo de 2005, proporcionou a obtenção de resultados operacionais significativamente positivos, cumprindo com as previsões oportunamente formuladas. A constituição de provisões relacionada com medidas de reestruturação ainda em curso, explica o resultado. 19 (Euros) VOLUME DE NEG.CIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 7.257.704 126.673 22.402 -235.009 2006 11.096.423 446.756 -614.642 -850.239 Variação 52,89% 252,69% -2843,68% -261,79% Taxa de Câmbio 1¤ = 0,688 GBP RELIANT COACHES, LTD. Neste primeiro semestre de 2006, a pouco significativa actividade da Reliant Coaches proporcionou, no entanto, uma ligeira melhoria de rentabilidade, face a 2005. Com o objectivo de operar no ponto crítico a empresa continua a aguardar uma decisão da sua manutenção, ou não, como participada do Grupo. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 563.464 88.568 -19.475 -43.689 (Euros) Variação -18,77% -43,46% 36,55% 26,45% Taxa de Câmbio 1¤ = 0,688 GBP 2006 457.723 50.079 -12.356 -32.134 ALEMANHA CONTRAC, GMBH Num processo contínuo de aumento de penetração do produto Cobus (veículos de transporte de passageiros em plataformas de aeroportos) a nível mundial, a Contrac regista um aumento de unidades vendidas de 21%, face ao período homólogo de 2005. O impacto menos positivo ao nível do resultado antes de impostos prende-se com o facto da empresa ter levado a cabo uma operação de reestruturação que implicou custos acrescidos no montante de 200 mil euros. Com a manutenção das premissas do orçamento a empresa prevê alcançar no final de 2006 um resultado acima dos 3 milhões de euros. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 36.117.603 1.454.480 1.376.974 1.189.017 2006 41.249.242 1.562.675 1.475.563 1.134.113 Variação 14,21% 7,44% 7,16% -4,62% MERCADO AFRICANO CABO VERDE CABO VERDE MOTORS, S.A. A Cabo Verde Motors, cuja actividade se centra na comercialização de viaturas Toyota e sua assistência, evidenciou neste semestre de 2006, um bom desempenho. As vendas cresceram cerca de 48%, face ao período homólogo do ano anterior, e a sua rentabilidade foi de 12%, 4 p.p. acima do registado em Junho de 2005. A empresa espera que no segundo semestre de 2006 o comportamento do mercado automóvel em Cabo Verde se mantenha idêntico ao primeiro semestre ambicionando para o final do ano a manutenção do 1º lugar para a marca Toyota. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 4.052.326 543.722 324.803 312.761 2006 5.975.924 942.835 731.688 707.441 Variação 47,47% 73,40% 125,27% 126,19% Taxa de Câmbio 1¤ = 110 CVE FORCABO – VEICULOS AUTOMOVEIS, LDA. No passado ano a estratégia da Forcabo para a implantação da marca Ford em Cabo Verde passou por uma política de alguma contenção de margens de comercialização no sentido de enfrentar as marcas presentes no sector. Neste semestre de 2006 consolidou esta medida que lhe permitiu alcançar o segundo lugar no ranking das vendas do sector automóvel. Para o final de 2006 a empresa perspectiva a manutenção da sua posição face ao mercado. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 1.205.191 145.072 78.002 74.428 2006 2.123.490 315.682 243.700 236.779 Variação 76,20% 117,60% 212,43% 218,13% Taxa de Câmbio 1¤ = 110 CVE ANGOLA ROBERT HUDSON, LTD. A Robert Hudson, com um crescimento das vendas de 55%, face ao primeiro semestre de 2005, reflecte a evolução positiva que Angola tem evidenciado, após o longo período de instabilidade que viveu. A contabilização de elevadas diferenças de câmbio nas transacções comerciais com a empresa mãe, implicou o reconhecimento de custos financeiros que determinaram a diminuição do resultado comparativamente a 2005. Numa perspectiva de manutenção do quadro macroeconómico que se vive em Angola a empresa, para o final de 2006, prevê atingir resultados compatíveis com os alcançados no primeiro semestre. (Euros) VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS 2005 6.952.581 1.712.029 1.355.737 1.388.385 2006 10.753.772 1.845.722 1.682.939 1.237.643 Variação 54,67% 7,81% 24,13% -10,86% Taxa de Câmbio 1¤ = 1,234 USD 20 MOÇAMBIQUE SALVADOR CAETANO MOÇAMBIQUE, S.A.R.L. A Salvador Caetano Moçambique encontra-se desactivada aguardando uma decisão de descontinuidade ou não de operações. VOLUME DE NEGÓCIOS E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL E.B.I.T. RESULTADO ANTE IMPOSTOS (Euros) 2005 2.493 -19.712 -192.615 -192.380 2006 520 -125.610 -132.550 -131.445 Variação -79,15% -537,23% 31,18% 31,67% Taxa de Câmbio 1¤ = 28.571 MZM ACTIVIDADE FINANCEIRA Em termos consolidados a Salvador Caetano IMVT, tendo em conta a não alteração do perímetro de consolidação, pautou o seu desempenho pela manutenção do volume de negócios. A performance operacional do Grupo registou uma quebra de 9,3% face a 2005 devido, essencialmente, ao desempenho comercial / mix de vendas da Salvador Caetano IMVT e Salvador Caetano Comércio de Automóveis. No entanto, este efeito vem atenuado pelos bons resultados alcançados quer nas áreas industriais, quer nas empresas sedeadas em África. (Milhares de Euros) Vendas Resultados Operacionais Resultados Antes Impostos Junho 2005 286.597 10.062 6.861 Junho 2006 288.189 9.156 5.514 Variação 1.592 -906 -1.347 Ao nível dos resultados antes de impostos, o reconhecimento de custos decorrentes com operações de reestruturação a que anteriormente nos referimos, explica a redução verificada. Esta redução, esperamos que seja recuperada até ao final do exercício, onde se prevê alcançar resultados ligeiramente acima dos obtidos em 2005. O Grau de Autonomia Financeira mantém-se em nível adequado, com o indicador situado em 33%. CONCLUSÕES Face aos últimos indicadores conhecidos da economia portuguesa que apontam para um crescimento económico sustentado, as empresas do Grupo partem para um segundo semestre com expectativas positivas, pelo que se objectiva que 2006 supere 2005. A contínua recuperação que se tem verificado na área industrial do Grupo é algo que se considera imprescindível, sendo um contributo significativo para o seu valor acrescentado. A total satisfação dos clientes continua a ser um objectivo fundamental para o Grupo, considerando ser um factor decisivo para a diferenciação no mercado e capaz de potenciar a sua actividade global. Vila Nova de Gaia, 20 de Setembro de 2006 O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 21 BALANÇO CONSOLIDADO EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Euros) ACTIVO ACTIVOS NÃO CORRENTES: Imobilizações incorpóreas Imobilizações corpóreas Propriedades de investimento Investimentos em empresas associadas Investimentos disponíveis para venda Outras dívidas de terceiros Activos por impostos diferidos Clientes Total de activos não correntes ACTIVOS CORRENTES: Existências Clientes Outras dívidas de terceiros Outros activos correntes Investimentos detidos até à maturidade Caixa e equivalentes a caixa Total de activos correntes Total do activo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO: Capital social Reserva legal Reservas de reavaliação Reservas de conversão Reservas de justo valor Outras reservas Resultado consolidado líquido do período Interesses minoritários Total do capital próprio PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos bancários de longo prazo Empréstimos obrigacionistas Responsabilidades por pensões Outros passivos de médio e longo prazo Passivos por impostos diferidos Total de passivos não correntes PASSIVO CORRENTE: Empréstimos bancários de curto prazo Empréstimos obrigacionistas Outros empréstimos Fornecedores Outras dívidas a terceiros Outros passivos correntes Provisões Instrumentos derivados Total de passivos correntes Total do passivo e capital próprio Notas 30/06/2006 30/06/2005 8 9 10 11 11 14 16 13 1.068.979 134.633.910 7.395.786 2.562.266 15.814.244 1.111.072 3.934.492 163.342 166.684.091 1.214.464 136.784.865 890.902 2.596.947 11.159.619 1.111.072 3.856.115 257.136 157.871.120 12 13 14 15 11 17 110.209.609 81.295.838 8.905.688 5.139.989 10.401.221 215.952.345 382.636.436 99.131.768 78.960.680 4.472.721 3.653.229 734.169 13.070.071 200.022.638 357.893.758 Notas 30/06/2006 30/06/2005 18 35.000.000 6.568.803 6.187.307 (756.038) 6.216.752 66.045.527 3.822.459 123.084.810 3.433.030 126.517.840 35.000.000 6.208.803 6.187.307 116.994 2.853.720 65.589.176 5.059.148 121.015.148 3.370.941 124.386.089 19.313.085 4.664.998 67.484 4.933.507 28.979.074 33.542.136 3.750.000 1.750.425 35.999 3.816.032 42.894.592 126.365.570 3.750.000 124.699 52.381.505 21.728.379 21.593.700 642.327 553.342 227.139.522 382.636.436 95.572.054 3.750.000 124.699 46.005.509 17.920.138 24.592.845 1.452.504 1.195.328 190.613.077 357.893.758 19 20 20 25 16 20 20 22 23 24 26 21 O anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2006. O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 22 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS PARA OS PERÍODOS DE 6 MESES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Euros) Notas 30/06/2006 30/06/2005 32 32 265.553.284 22.635.428 17.123.965 305.312.677 264.416.773 22.180.098 14.778.371 301.375.242 12 12 26 8e9 10 26 221.918.164 (4.097.429) 32.318.975 33.763.464 10.109.301 146.284 1.470.497 527.232 296.156.488 9.156.189 214.368.916 728.930 29.156.910 35.195.049 9.895.976 28.205 374.948 1.564.019 291.312.953 10.062.289 Mais-valias em activos não correntes detidos para venda 34 - - Resultados relativos a empresas associadas Custos financeiros Proveitos financeiros Resultados antes de impostos 33 33 33 321.353 (4.569.081) 605.927 5.514.388 374.784 (3.909.686) 333.726 6.861.113 Impostos sobre o rendimento Resultado líquido consolidado do período 28 (1.515.660) 3.998.728 (1.990.796) 4.870.317 3.822.459 176.269 3.998.728 5.059.148 (188.831) 4.870.317 0,114 0,114 0,139 0,139 Proveitos operacionais: Vendas Prestações de serviços Outros proveitos operacionais Total de proveitos operacionais Custos operacionais: Custo das vendas Variação da produção Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Amortizações e depreciações Amortizações de propriedades de investimento Provisões e perdas por imparidade Outros custos operacionais Total de custos operacionais Resultados operacionais Atribuível: ao Grupo a interesses minoritários Resultados por acção: Básico Diluído O anexo faz parte integrante da demonstração para o período de 6 meses findo em 30 de Junho de 2006. O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 23 ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Salvador Caetano” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1946, que tem a sua sede social em Vila Nova de Gaia e que se insere num Grupo (“Grupo Salvador Caetano – IMVT, S.A.”), cujas Empresas exercem, sobretudo, actividades económicas inseridas no ramo automóvel, nomeadamente, a importação, montagem e comercialização de automóveis ligeiros e pesados, a indústria de autocarros, a comercialização de equipamento industrial de movimentação de cargas, a comercialização de peças para veículos, bem como a correspondente assistência técnica. Adicionalmente, o Grupo exerce a actividade de tratamento de superfície que abrange a pintura industrial e a lacagem dos ramos civil e auto. Com efeitos a partir de Maio de 2005, as funções do Departamento de Logística de peças Toyota (importação e distribuição), no âmbito de um projecto Paneuropeu da nossa representada, passou para uma empresa do Grupo Toyota, Toyota Logísticos Serviços Portugal Unipessoal, Lda, continuando a operar no nosso armazém central. Também a partir de Julho de 2005 a representação de máquinas de movimentação de terras deixou de existir em consequência da não renovação do contrato por parte da nossa agora ex-representada Liebherr. As acções da Salvador Caetano estão cotadas na Euronext Lisboa desde Outubro de 1987. Em 30 de Junho de 2006, as Empresas que constituem o Grupo Salvador Caetano - IMVT, S.A., suas respectivas sedes e abreviaturas utilizadas, são como segue: Empresas Com sede em Portugal: Salvador Caetano – IMVT, S.A. (“Empresa-mãe”) Saltano – Investimentos e Gestão, S.G.P.S., S.A. (“Saltano”) IPE – Indústria Produtora de Espumas, S.A. (“IPE”) Portianga, S.A. (“Portianga”) Salvador Caetano – Aluguer de Automóveis, S.A. (“S.C. Aluguer”) Caetanobus-Fabricação de Carroçarias, S.A. (“Caetanobus”) Salvador Caetano - Comércio de Automóveis, S.A. (“S.C. Com. Automóveis”) Auto Partner SGPS, S.A. (“Auto Partner SGPS”) Auto Partner-Comércio de Automóveis, S.A. (“Auto Partner”) Auto Partner II-Reparadora de Colisão Automóvel, S.A. (“Auto Partner II”) Com sede noutros países: Salvador Caetano (UK), Ltd. (“Salvador Caetano UK”) Salvador Caetano (Espanha), S.A. (Salvador Caetano Espanha”) Contrac GMBH (“Contrac”) Robert Hudson, Ltd. (“Robert Hudson”) Steia – Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais e Acessórios, S.A.R.L. (“Steia”) Salvador Caetano (Moçambique), S.A.R.L. (“Salvador Caetano Moçambique”) Cabo Verde Motors (“Cabo Verde Motors”) Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. (“S.C. Coachbuilders”) Reliant Coaches, Ltd. (“Reliant Coaches”) Forcabo – Veículos Automóveis, Lda. (“Forcabo”) Indicabo – Veículos Automóveis, Lda. (“Indicabo”) Sede Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Carvalhos Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Leicestershire (Inglaterra) Madrid (Espanha) Wiesbaden (Alemanha) Luanda (Angola) Bissau (Guiné-Bissau) Maputo (Moçambique) Praia (Cabo Verde) Leicestershire (Inglaterra) Leicestershire (Inglaterra) Praia (Cabo Verde) Praia (Cabo Verde) As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que o Grupo opera. As operações estrangeiras são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a política descrita no ponto 2.2 d). 2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As bases de apresentação e as principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes: 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – “IAS”) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2005. A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) ocorreu pela primeira vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses (“POC”) para esse normativo foi 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”. Nos termos desta norma, os efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram registados em capitais próprios. As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas de acordo com a IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”. As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o princípio do custo histórico e, no caso de alguns instrumentos financeiros ao justo valor, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 4 e 6). 2.2. Princípios de consolidação São os seguintes os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo: a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou Sócios e detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada dos resultados, na rubrica “Interesses minoritários”. As empresas do Grupo incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 4. Nas situações em que os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como uma diferença de consolidação. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após confirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. 24 Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas com as usadas pelo Grupo. As transacções, as margens geradas entre empresas do Grupo, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. b) Investimentos financeiros em empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais das Empresas - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos. As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas são registadas como um proveito do período na rubrica da demonstração dos resultados “Resultados relativos a empresas associadas”. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se confirmem. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir, são objecto de reversão (com excepção para a parcela imputável a diferenças de consolidação). Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento financeiro se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada não for positivo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, sendo nesses casos registada uma provisão para fazer face a essas obrigações. Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada, por contrapartida do investimento financeiro nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto que não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 6. c) Diferenças de consolidação As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são registadas na rubrica “Diferenças de consolidação”, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas associadas e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são registadas na própria rubrica “Investimentos em empresas associadas”, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados. Em 30 de Junho de 2006 as demonstrações consolidadas anexas não incluem Diferenças de consolidação. d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio em vigor à data do balanço, e os custos e os proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial gerada após 1 de Janeiro de 2004 é registada no capital próprio na rubrica “Reservas de conversão”. As diferenças cambiais acumuladas geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de “Outras reservas”. Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração dos resultados como um ganho ou perda na alienação. As cotações utilizadas na conversão para Euros foram as seguintes: Rubricas SC (UK), Ltd. Cabo Verde Motors, SARL SC Moçambique, SARL Robert Hudson, Ltd Forcabo, Lda SC Coachbuilders, Ltd Reliant Coaches, Ltd Moeda GBP CVE MZM USD CVE GBP GBP Aplicabilidade Câmbio Final Jun-06 Câmbio Histórico Médio Jun-06 Câmbio Data Constituição Câmbio Final 2005 1,44776 0,009069 0,000034 0,78815 0,009069 1,44776 1,44776 Contas Balanço excepto Capitais Próprios 1,4543 0,009069 0,000035 0,8103 0,009069 1,4543 1,4543 0,9798 0,008847 0,000032 0,7356 0,008847 1,4212 1,4212 1,46214 0,009069 0,000037 0,8494 0,009069 1,46214 1,46214 Contas de Resultados Capital Social Resultados Transitados 2.3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Salvador Caetano na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas são os seguintes: a) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao seu custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas, após o início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas: Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Taras e vasilhame Anos 20-50 7-16 4-5 4-14 3-14 5-11 Excepção feita às seguintes empresas: (i) Salvador Caetano – Aluguer de Automóveis, S.A. no que diz respeito ao equipamento de transporte em que se pratica o regime de duodécimos das amortizações a partir do momento em que o bem entra em funcionamento até ao fim da sua vida útil; este tratamento diferenciado deve-se à especificidade do negócio de rent-a-car. (ii) Salvador Caetano – Comércio de Automóveis, S.A. que a partir do exercício de 2004 começou a amortizar por duodécimos as viaturas de serviço adquiridas no ano. O Conselho de Administração entende que estas excepções não produzem um efeito materialmente relevante nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem. 25 As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registadas ao custo de aquisição. Estas imobilizações são transferidas para imobilizado corpóreo e amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados como “Outros proveitos operacionais” ou “Outros custos operacionais”. b) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se o Grupo as puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas. Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos. As imobilizações incorpóreas são amortizadas, pelo método das quotas constantes, durante um período de três a cinco anos. c) Propriedades de investimento As propriedades de investimento, que correspondem a activos imobiliários detidos para obtenção de rendimento através do seu arrendamento ou para valorização são registadas ao custo de aquisição. d) Locação financeira e operacional Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados pelo método financeiro e, consequentemente, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo e as correspondentes responsabilidades são registadas como contas a pagar a fornecedores. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital, sendo os encargos financeiros imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo, sendo o imobilizado corpóreo amortizado de acordo com a vida útil dos bens. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. e) Existências As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos acabados e intermédios bem como os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa, gastos gerais de fabrico e serviços executados no exterior. As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado das existências. f) Subsídios Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas, são registados, apenas quando existe uma garantia razoável de recebimento, nas rubricas “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas. g) Imparidade dos activos não correntes É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável (definida como a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso, ou como o preço de venda líquido para activos detidos para alienação), é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como “Outros proveitos operacionais”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores. h) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros com empréstimos obtidos (juros, prémios, custos acessórios e juros de locações financeiras) são reconhecidos como custo na demonstração dos resultados do período em que são incorridos, de acordo com o princípio da especialização de exercícios. i) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado, seja provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do seu justo valor a essa data (Nota 26). As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. j) Instrumentos financeiros i) Investimentos Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue: Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço. Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (“Investimentos detidos para negociação”), fazem parte de uma carteira de instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são classificados como Activos não correntes. Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de resultados, sendo classificados como Activos não correntes. Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago; no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda, são 26 incluídas as despesas de transacção. Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data de balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é registada na demonstração dos resultados. Os investimentos financeiros disponíveis para venda representativos de partes de capital em acções de empresas não cotadas são registados ao custo de aquisição, tendo em consideração a existência ou não de perdas por imparidade. É convicção do Conselho de Administração do Grupo que o justo valor destes investimentos não difere significativamente do seu custo de aquisição. Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira. ii) Dívidas de terceiros As dívidas de terceiros que não vençam juros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. As dívidas de terceiros que vençam juros (nomeadamente as respeitantes a vendas de viaturas a prestações) são registadas no activo pelo seu valor total, sendo a parcela respeitante aos juros registada no passivo, como um proveito diferido, e reconhecida na demonstração dos resultados em função do seu vencimento. iii) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. iv) Contas a pagar As contas a pagar que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal. v) Instrumentos derivados O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. Os instrumentos financeiros derivados (“Cash-flow hedges”) contratados pelo Grupo (essencialmente swaps de taxas de juro), embora tenham o objectivo específico de cobertura de riscos financeiros inerentes ao negócio (risco de variação de taxa de juro), não se enquadram totalmente nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura. Consequentemente, estes instrumentos financeiros são registados ao seu justo valor à data de balanço, sendo as variações desse justo valor reconhecidas directamente na demonstração dos resultados do exercício. vi) Caixa e equivalentes a caixa Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. k) Responsabilidades por pensões O Grupo Salvador Caetano constituiu por escritura pública datada de 29 de Dezembro de 1988 o Fundo de Pensões Salvador Caetano, alterado subsequentemente em 2 de Janeiro de 1994, em 29 de Dezembro de 1995 e em 23 de Dezembro de 2002. Este Fundo de Pensões constituído prevê, enquanto o Grupo Salvador Caetano mantiver a decisão de realizar contribuições para o referido fundo, que os trabalhadores possam vir a auferir, a partir da data da reforma, um complemento não actualizável, determinado com base numa percentagem do vencimento, entre outras condições. Estes complementos de reforma configuram um plano de benefícios definidos, tendo sido constituído para o efeito um Fundo de pensões autónomo. A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue o procedimento de obter anualmente cálculos actuariais dessas responsabilidades determinadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method”. As responsabilidades por pensões reconhecidas à data de balanço representam o valor presente dos benefícios futuros ajustado de ganhos ou perdas actuariais e/ou de responsabilidades por serviços passados não reconhecidas, reduzido do justo valor dos activos líquidos do fundo de pensões (Nota 25). l) Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes são definidos pelo Grupo como (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os mesmos divulgados no Anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação. Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo mas divulgados no Anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro. m) Impostos sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo, e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos não são reconhecidos quando as diferenças temporárias resultem de diferenças de consolidação ou do reconhecimento inicial de activos e passivos que não através de operações de concentração empresarial. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data expectável de reversão das diferenças temporárias. Os impostos diferidos activos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura. Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de itens registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado por contrapartida da mesma rubrica. n) Especialização de exercícios e Rédito As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”. Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos Conselhos de Administração das empresas do Grupo. Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração consolidada dos resultados quando os riscos e vantagens significativos inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos e descontos. o) Reserva legal A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva 27 não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital. p) Classificação de balanço Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data de balanço são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes, sendo igualmente incluídos nestas rubricas os activos e os passivos por impostos diferidos. q) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes na data dos balanços. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada dos resultados do exercício. r) Informação por segmentos Em cada exercício são identificados todos os segmentos de negócio e geográficos aplicáveis ao Grupo. A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócios identificados é incluída na Nota 30. s) Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no Anexo às demonstrações financeiras consolidadas. 3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS Durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, não ocorreram alterações de políticas contabilísticas nem erros materiais relativos a exercícios anteriores. 4. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As Empresas do Grupo incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral e a respectiva proporção do capital detido em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, são como segue: % de participação efectiva Jun-06 Dez-05 Empresa Mãe 99,98% 99,98% 99,82% 99,82% 99,98% 99,98% 99,98% 99,98% 99,23% 99,23% 99,99% 99,99% 63,33% 63,33% 99,98% 99,98% 99,91% 99,91% 99,98% 99,98% 99,82% 99,82% 99,82% 99,82% 73,98% 73,98% 92,89% 92,89% Empresas Salvador Caetano - Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, SA. Saltano -Investimentos e Gestão (SGPS), S.A. Salvador Caetano (UK), Ltd. IPE -Indústria Produtora de Espumas, S.A. Portianga -Comércio Internacional e Participações, S.A. Salvador Caetano España, S.A. Cabo Verde Motors, SARL Salvador Caetano Moçambique, SARL Robert Hudson, Ltd Forcabo-Veículos Automóveis, Lda. Salvador Caetano Aluguer Automóveis, S.A. Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. Reliant Coaches, Ltd. Caetanobus-Fabricação de Carroçarias, S.A. Salvador Caetano Comércio Automóveis, S.A. Estas empresas foram incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, conforme estabelecido pelo IAS 27 – “Demonstrações financeiras consolidadas e individuais” (controlo da subsidiária através da maioria dos direitos de voto, ou de outro mecanismo, sendo titular de capital da empresa – Nota 2.2 a). 5. EMPRESAS DO GRUPO EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO As Empresas do Grupo excluídas da consolidação em 30 de Junho de 2006, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são as seguintes: Empresas Steia - Soc. Técn. Equipam. Industriais e Acessórios, SARL Indicabo - Veículos Automóveis, Lda Sede Social Bissau Cabo Verde Capital Detido Nominal Efectivo 100,00% 99,99% 100,00% 99,90% A Steia – Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais e Acessórios, S.A.R.L. foi excluída da consolidação, e está registada ao custo de aquisição, deduzido de uma provisão para fazer face ao risco de desvalorização, encontrando-se actualmente inactiva. A Indicabo – Veículos Automóveis, Lda. foi excluída por suspensão de actividade. O Conselho de Administração entende que a não consolidação destas filiais não produz um efeito relevante nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. 6. EMPRESAS ASSOCIADAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As Empresas Associadas incluídas na consolidação pela aplicação do método da equivalência patrimonial e a proporção do capital detido em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, são como segue: Empresas Contrac GMBH Auto Partner SGPS, S.A. Auto Partner-Com. Auto, S.A. Auto Partner II, S.A. Percentagem de participação efectiva Jun-06 Dez-05 33,33% 33,33% 46,26% 46,26% 46,26% 46,26% 46,26% 46,26% 28 7. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO Durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 não ocorreram alterações no perímetro de consolidação do Grupo Salvador Caetano. 8. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nas imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes: Despesas Instalação Despesas Desenvolvimento Prop. Industrial outros direitos Trespasse Adiamento p/ conta Imob. Incorp. Total Activo bruto: Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2005 Adições Alienações Transferências e abates Saldo final em 30 de Junho de 2006 71.399 2.250 -18.456 -34.959 20.234 4.218.786 358.031 9.222 4.586.039 62.162 62.162 1.065.053 1.065.053 40.200 40.200 5.457.600 360.281 -18.456 -25.737 5.773.688 Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2005 Amortização do exercício Alienações, abates e transferências Saldo final em 30 de Junho de 2006 71.399 -51.165 20.234 3.139.321 385.355 51.996 3.576.672 42.750 42.750 1.065.053 1.065.053 - 4.318.523 385.355 831 4.704.709 - 1.009.367 19.412 40.200 1.068.979 Despesas Instalação Despesas Desenvolvimento Prop. Industrial outros direitos Trespasse Total Activo bruto: Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2004 Adições Alienações Transferências e abates Saldo final em 30 de Junho de 2005 83.094 -35.319 46.999 94.774 3.632.031 405.113 -52.068 3.985.076 19.412 19.412 1.063.058 -19.533 21.528 1.065.053 4.797.595 405.113 -54.852 16.459 5.164.315 Amortizações e perdas por imparidade acumuladas : Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2004 Amortização do exercício Alienações, abates e transferências Saldo final em 30 de Junho de 2005 59.220 35.554 94.774 2.474.133 307.210 8.681 2.790.024 - 1.063.030 2.023 1.065.053 3.596.383 307.210 46.258 3.949.851 - 1.195.052 19.412 - 1.214.464 Valor líquido Valor líquido 9. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nas imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foram os seguintes: Terrenos e Recursos Naturais ACTIVO BRUTO Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2005 Adições Alienações e abates Transferências Saldo final em 30 de Junho de 2006 Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2005 Amortização do exercício Alienações, abates e transferências Saldo final em 30 de Junho de 2006 Valor líquido Edifícios e Outras Construções Adiantamento Imobilizações por c/ imob. em Curso corpóreo Equipamento de Transporte 53.891.780 2.333.656 -135.157 687.271 56.777.550 43.033.851 20.318.408 -10.253.895 547.054 53.645.418 10.643.691 434.104 -49.203 -73.834 10.954.758 8.799.717 147.240 -128.326 -131.686 8.686.945 4.101.079 129.749 -103.170 43.480 4.171.138 5.778.286 1.581.747 -2.335.171 5.024.862 395.650 249.650 -306.150 339.150 263.811.362 25.723.173 -11.486.014 -8.905.845 269.142.676 59.568.417 2.272.353 -2.636.041 59.204.729 37.557.197 1.669.963 -229.794 38.997.366 13.976.061 5.041.526 -3.153.907 15.863.680 9.729.952 360.620 -105.079 9.985.493 7.733.128 240.160 -257.435 7.715.853 2.656.917 139.323 -54.595 2.741.645 - - 131.221.672 9.723.945 -6.436.851 134.508.766 24.616.048 45.722.078 17.780.184 37.781.738 969.265 971.092 1.429.493 5.024.862 339.150 134.633.910 27.905.332 109.261.976 528.619 -24.940 -791.323 -3.264.344 -4.072.465 24.616.048 104.926.807 - Ferramentas e Equipamento Utensílios Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Equipamento Básico Total 29 ACTIVO BRUTO Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2004 Adições Alienações e abates Transferências Saldo final em 30 de Junho de 2005 Amortizações e perdas por imparidade acumuladas: Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2004 Amortização do exercício Alienações, abates e transferências Saldo final em 30 de Junho de 2005 Valor líquido Terrenos e Recursos Naturais 27.626.733 84.883 -51.715 71.510 27.731.411 Edifícios e Outras Construções 107.491.435 345.060 -109.211 553.257 108.280.541 Equipamento Básico 53.963.935 516.928 -383.040 249.611 54.347.434 27.731.411 54.981.418 2.181.681 96.455 57.259.554 51.020.987 36.110.258 1.549.066 -212.468 37.446.856 16.900.578 Outras Equipamento Ferramentas e Equipamento Imobilizações Imobilizações de Transporte Utensílios Administrativo Corpóreas em Curso Total 48.052.033 10.330.547 11.479.533 3.502.804 2.287.012 264.734.032 10.862.210 146.518 165.320 361.572 644.769 13.127.260 -8.026.270 -468.693 -176.534 -5.900 -2.848 -9.224.211 806.117 31.998 26.090 30.595 -300.646 1.468.532 51.694.090 10.040.370 11.494.409 3.889.071 2.628.287 270.105.613 15.003.653 5.044.876 -3.588.831 16.459.698 35.234.392 9.492.044 409.703 -554.077 9.347.670 692.700 10.224.598 289.962 -240.060 10.274.500 1.219.909 2.423.571 113.478 -4.579 2.532.470 1.356.601 2.628.287 128.235.542 9.588.766 -4.503.560 133.320.748 136.784.865 10. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Em 30 de Junho de 2006 a rubrica “Propriedades de investimento” corresponde a activos imobiliários detidos pelo Grupo que se encontram a gerar rendimento através do respectivo arrendamento ou para valorização. Estes activos encontram-se registados ao custo de aquisição. Adicionalmente, de acordo com avaliações externas actuais, efectuadas por entidades especializadas independentes, e de acordo com critérios de avaliação geralmente aceites para o mercado imobiliário, o justo valor daquelas propriedades de investimento ascende a, aproximadamente, 14,8 milhões de Euros. 11. INVESTIMENTOS Em 30 de Junho de 2006 e 2005 esta rubrica pode ser decomposta como segue: Não correntes Investimentos em empresas associadas Saldo em 1 de Janeiro Efeito da aplicação do método de equivalência patrimonial ao resultado líquido do 1º semestre (Nota 33) Dividendos distribuídos Contribuição de prestações suplementares Outras regularizações Saldo em 30 de Junho Investimentos disponíveis para venda Justo valor em 1 de Janeiro Aumento/(diminuição) no justo valor Outras regularizações Justo valor em 30 de Junho Investimentos detidos até à maturidade Saldo em 1 de Janeiro Aumento/(diminuição) no justo valor Saldo em 30 de Junho Jun-06 Correntes 2.691.701 321.353 Jun-05 Não correntes Correntes 2.479.739 374.784 -266.667 70.000 -60.909 2.596.947 -450.788 2.562.266 12.774.764 3.039.480 7.222.327 3.936.165 1.127 11.159.619 15.814.244 651.736 82.433 734.169 Os “Investimentos disponíveis para venda” incluem o montante de 14.429.839 Euros correspondente a acções de sociedades cotadas na Euronext Lisboa, estando os mesmos registados ao seu justo valor. Os restantes “Investimentos disponíveis para venda” representam investimentos de reduzida dimensão em empresas não cotadas, sendo que o Conselho de Administração entende que o valor líquido pelo qual se encontram contabilizados se aproxima do seu justo valor. 12. EXISTÊNCIAS Em 30 de Junho de 2006 e 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição: Jun-06 13.589.089 13.049.209 10.933.556 79.459.616 117.031.470 -6.821.861 110.209.609 Matérias-primas, Subsidiárias, e de Consumo Produtos e Trabalhos em Curso Produtos Acabados e Intermédios Mercadorias Sub-total Perdas de imparidade acumuladas em existe^ncias (Nota 26) Jun-05 17.880.537 11.462.175 8.088.548 68.309.016 105.740.276 -6.608.508 99.131.768 O custo das vendas, nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 foi apurado como segue: Existências Iniciais Compras Líquidas Existências Finais Total Mercadorias 79.239.858 174.982.887 79.459.616 174.763.129 Jun-06 Mat. primas, subsid. e consumo 17.020.992 43.723.132 13.589.089 47.155.035 TOTAL 96.260.850 218.706.019 93.048.705 221.918.164 Mercadorias 97.652.844 142.791.858 68.309.016 172.135.686 Jun-05 Mat. primas, subsid. e consumo 15.798.314 44.315.453 17.880.537 42.233.230 TOTAL 113.451.158 187.107.311 86.189.553 214.368.916 30 A variação da produção nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 ascendeu a 4.097.429 Euros e (728.930 Euros), respectivamente, e foi apurada como segue: Existências finais Regularização de existências Existências iniciais Total Jun-06 Produtos acabados, intermédios e produtos e trabalhos em curso 23.982.765 1.171.946 21.057.282 4.097.429 Jun-05 Produtos acabados, intermédios e produtos e trabalhos em curso 19.550.723 -413.099 19.866.554 -728.930 13. CLIENTES Em 30 de Junho de 2006 e 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição: Clientes, conta corrente Clientes, letras a receber Clientes cobrança duvidosa Sub-total Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 26) Total Não correntes 2.661.483 2.661.483 -2.498.141 163.342 Jun-06 Correntes 82.876.768 203.416 13.529.911 96.610.095 -15.314.257 81.295.838 Jun-05 Não correntes Correntes 2.755.277 81.083.044 89.335 13.096.380 2.755.277 94.268.759 -2.498.141 -15.308.079 257.136 78.960.680 As contas a receber de clientes classificadas como activos não correntes incluem o montante de 2.498.141 Euros a receber da filial STEIA, para o qual se encontra registada uma perda por imparidade de 2.498.141 Euros. A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no Balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber de clientes se aproximam do seu justo valor. 14. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 30 de Junho de 2006 e 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição: Empresas associadas Outras Empresas Adiantam. a fornecedores Estado e outros entes públicos Outros devedores Total Activos correntes Jun-06 Jun-05 2.237.339 1.237.442 424.078 145.569 2.937.208 1.559.399 3.307.063 1.530.311 8.905.688 4.472.721 Activos Não correntes Jun-06 Jun-05 1.111.072 1.111.072 1.111.072 1.111.072 Em 30 de Junho de 2006 a rubrica “Empresas Associadas” é composta pelo empréstimo concedido à empresa associada “Auto-Partner SGPS, S.A.”, o qual não vence juros. Adicionalmente, a rubrica “Outras Empresas” é integralmente constituída por um empréstimo de longo prazo concedido à participada GE Capital, o qual não vence juros. 15. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Em 30 de Junho de 2006, esta rubrica tinha a seguinte composição: Jun-06 Acréscimos de proveitos Rendas Reclamações de Garantia Frotas e Campanhas Consultoria Subsídios à formação Outros Sub-total Custos diferidos Custos oficinais Juros Seguros Licenças Informaticas/Aluguer de equipamento Outros Sub-total Total 1.172.844 808.927 716.957 172.500 26.700 489.669 3.387.597 431.551 420.052 171.484 16.055 713.250 1.752.392 5.139.989 16. IMPOSTOS E IMPOSTOS DIFERIDOS O detalhe dos montantes e natureza dos activos e passivos por impostos diferidos registados nas demonstrações financeiras consolidadas anexas em 30 de Junho de 2006, podem ser resumidos como segue: 31 Impostos diferidos activos: Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais Prejuízos fiscais reportáveis Responsabilidades por pensões (Nota 25) Efeito da conversão para os IFRS: Anulação de imobilizações Anulação de custos diferidos Valorização de instrumentos derivados Provisões para gratificações Sub-total Impostos diferidos passivos: Amortizações resultantes de reavaliações legais e livres Efeito do reinvestimento de mais valias geradas com alienações de imobilizações Custos a reconhecer no futuro que não serão aceites fiscalmente Efeito da conversão para os IFRS: Imputação do justo valor Sub-total Efeito líquido Dez-05 Impactos em Resultados Impactos em Capitais Próprios Jun-06 1.407.723 1.066.246 801.899 (144.650) - 20.625 - 1.263.073 1.086.871 801.899 466.913 111.437 36.237 3.890.455 (18.936) (35.660) 92.289 134.664 27.707 (4.299) 4 16.330 443.678 75.781 128.526 134.664 3.934.492 (1.507.995) (816.642) (353.099) 20.432 46.964 20.288 14.623 - (1.472.940) (769.678) (332.811) (1.522.221) (4.199.957) 87.684 115.391 (835.857) (821.234) (804.904) (2.358.078) (4.933.507) Nos termos da legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 30 de Junho de 2006, as empresas do Grupo que tinham prejuízos fiscais reportáveis relativamente aos quais foram registados activos por impostos diferidos eram como segue: Com limite de data de utilização Gerados em 2000 -S.C. Com. Automóveis Gerados em 2001 -S.C. Com. Automóveis Gerados em 2002 -S.C. Com. Automóveis Gerados em 2002 -IPE Gerados em 2003 -S.C. Com. Automóveis Total Prejuízos fiscais Impostos dif. activos Data limite util. 75.208 439.197 776.109 548.862 2.112.882 3.952.258 20.682 120.779 213.430 150.937 581.043 1.086.871 2006 2007 2008 2008 2009 Adicionalmente, em 30 de Junho de 2006 as seguintes empresas do Grupo tinham prejuízos fiscais reportáveis os quais, numa óptica de prudência, não foram considerados no cálculo dos activos por impostos diferidos: Gerados em 2002: Portianga Caetanobus Gerados em 2003: Portianga Gerados em 2005: Caetanobus Total Prejuízos fiscais Data limite util. 1.436.402 2.833.892 2008 2008 73.125 2009 459.864 4.803.283 2011 Em 30 de Junho de 2006 e 2005 as taxas de imposto utilizadas para apuramento dos activos e passivos por impostos diferidos foram as seguintes: País origem da filial: Portugal Espanha Cabo Verde Inglaterra Angola 30.06.2006 30.06.2005 27,5% 35,0% 35,0% 30,0% 35,0% 27,5% 35,0% 35,0% 30,0% 35,0% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Salvador Caetano e empresas do Grupo e Associadas sedeadas em Portugal estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2002 a 2005 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. As declarações relativas à Segurança Social podem ser revistas ao longo de um prazo de dez anos até ao ano de 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte da administração tributária àquelas declarações de impostos dos exercícios em aberto à inspecção não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, as empresas sedeadas em Portugal encontram-se sujeitas adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado. 17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 30 de Junho de 2006 e 2005 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte: Numerário Depósitos bancários Equivalentes a Caixa Total Jun-06 381.380 10.006.950 12.891 10.401.221 Dez-05 348.950 15.979.348 4.960 16.333.258 Jun-05 117.970 12.700.240 251.861 13.070.071 32 18. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Em 30 de Junho de 2006 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, é constituído por 35.000.000 acções ao portador, totalmente subscritas e realizadas, de valor nominal de 1 Euro cada. A identificação das pessoas colectivas com mais de 20% do capital subscrito é a seguinte: -Fogeca – Gestão e Controle (S.G.P.S.), S.A. -Toyota Motor Corporation 60% 27% 19. INTERESSES MINORITÁRIOS O movimento desta rubrica durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 foi como segue: Saldo inicial em 1 de Janeiro Variação resultante da cobertura de instrumentos financeiros Variação resultante da variação cambial Outros Resultado do período atribuível aos interesses minoritários Total 3.238.297 2.974 -1.476 16.966 176.269 3.433.030 20. EMPRÉSTIMOS Em 30 de Junho de 2006 e 2005 os empréstimos tinham o seguinte detalhe: Empréstimos Bancários Descobertos Bancários Empréstimo Obrigacionista Total Corrente 117.300.297 9.065.273 3.750.000 130.115.570 Jun-06 Não Corrente 19.313.085 19.313.085 TOTAL 136.613.382 9.065.273 3.750.000 149.428.655 Corrente 95.290.100 281.954 3.750.000 99.322.054 Jun-05 Não Corrente 33.542.136 3.750.000 37.292.136 TOTAL 128.832.236 281.954 7.500.000 136.614.190 Do montante de 19.313.085 Euros fazem parte 19.000.000 Euros da Salvador Caetano Aluguer que serão pagos integralmente em 31 de Agosto de 2007. Em 11 de Junho de 2002 a Salvador Caetano - IMVT, S.A. contraiu um empréstimo obrigacionista no montante de 15.000.000 Euros , por um prazo de 5 anos, com um valor nominal de 10 Euros por obrigação, indexada à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 1,15 pontos percentuais. Os juros vencem-se semestral e postecipadamente, vencendo-se o 1º cupão em 11 de Dezembro de 2002. O reembolso será efectuado através de 4 prestações iguais nas datas de pagamento dos 4º, 6º, 8º e 10º cupão, podendo ser efectuado o reembolso total ou parcial antecipado do seguinte modo: - “Call Options”- a partir da 2ª data do pagamento de juros (Junho de 2003) - “Put Options”- a partir da 6ª data de pagamento de juros (Junho de 2006) 21. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pelo Grupo existentes em 30 de Junho de 2006, respeitam, fundamentalmente, a “swaps” contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro de empréstimos cujo justo valor naquela data, determinado com base em avaliações externas, ascendia a 553.342 Euros. Estes instrumentos financeiros derivados não foram considerados “de cobertura” em virtude de não cumprirem integralmente com os requisitos previstos no IAS 39. 22. FORNECEDORES Em 30 de Junho de 2006 esta rubrica era composta apenas por saldos correntes a pagar a fornecedores. 23. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS Em 30 de Junho de 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: Estado e outros Entes Públicos: Retenção de impostos sobre o Rendimento Imposto sobre o Valor Acrescentado Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (imposto estimado) (Nota 28) Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (pagamentos por conta) Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (retenções na fonte suportadas) Imposto Automóvel Direitos aduaneiros Contribuições para a Segurança Social Outros Sub-total 1.005.066 8.433.232 1.631.051 -390.679 -499.739 5.712.350 722.069 1.202.819 432.117 18.248.286 Accionistas Adiantamentos de Clientes Fornecedores de Imobilizado, conta-corrente Outros Credores Total 36.953 707.749 483.575 2.251.816 21.728.379 33 24. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 30 de Junho de 2006 e 2005 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue: Acréscimos de custos Encargos com férias e subsídios de férias Imposto Automóvel de viaturas vendidas e não matriculadas Campanhas publicitarias e promoção vendas Custeios antecipados Reclamações de garantia Fundos de pensões Seguros a liquidar Juros a liquidar Outros Sub-total Proveitos diferidos Juros debitados a clientes Subsídios para investimentos Rappel recebido Outros Sub-total Total Jun-06 Jun-05 10.706.419 1.742.884 1.366.270 1.299.962 808.046 46.319 502.860 4.407.734 20.880.494 10.965.816 3.838.851 1.813.346 2.998.622 38.872 148.498 109.295 370.907 3.680.564 23.964.771 173.131 16.977 11.473 511.625 713.206 21.593.700 206.077 71.237 350.760 628.074 24.592.845 25. RESPONSABILIDADES POR PENSÕES De acordo com o estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo reportado 31 de Dezembro de 2005 as responsabilidades do mesmo ascendem a 43,5 milhões de Euros, as quais se encontram cobertas pelo valor patrimonial do Fundo (aproximadamente 38,4 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2005) e pelo valor registado na rubrica do balanço “Responsabilidades por pensões” no montante de 4,7 milhões de Euros. Os pressupostos actuariais utilizados pela sociedade gestora incluem, o método de cálculo “Projected Unit Credit”, as Tábuas de Mortalidade e invalidez TV 88/90 e SuisseRe, respectivamente, bem como taxas de crescimento salarial, de pensões e de desconto de 2%, 0% e 5%, respectivamente. Adicionalmente, durante o primeiro semestre de 2006 foi criada uma dotação para reforço do Fundo em apreço, que ascendeu a um montante de, aproximadamente 843 milhares de Euros, o qual se encontra registado na rubrica da demonstração dos resultados “Custos com o pessoal”. 26. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS O movimento ocorrido nas provisões durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 foi o seguinte: Rubricas Perdas de imparidade acumuladas investimentos Perdas de imparidade acumuladas em contas a receber Perdas de imparidade acumuladas em existências Provisões Saldos iniciais 1.441.529 17.600.834 6.634.613 2.074.250 Aumentos 490.954 976.993 492.238 Utilizações e Diminuições -63.745 -739.964 -490.786 Outras Regularizações -215.645 -49.781 -1.433.375 Saldos Finais 1.441.529 17.812.398 6.821.861 642.327 Dos aumentos de provisões ocorridos no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, o montante de 489.688 Euros foi registado por contrapartida da rubrica da demonstração dos resultados “Custos com o pessoal”, tendo o restante sido registado por contrapartida da rubrica da demonstração dos resultados “Provisões e perdas por imparidade”. Em 30 de Junho de 2006, o detalhe da rubrica “Provisões” é como se segue: Valor Gratificações aos colaboradores Contingências fiscais Outros Total 489.688 150.089 2.550 642.327 27. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO CONSOLIDADO Em 30 de Junho de 2006, o Grupo Salvador Caetano - IMVT, S.A. tinha assumido os seguintes compromissos financeiros: Valor Por Letras Descontadas Por Fianças Prestadas Total 80.738 12.678.377 12.759.115 Adicionalmente, a Empresa responsabilizou-se por garantias bancárias destinadas à cobertura de linhas de crédito a utilizar por algumas Empresas do Grupo, como segue: Entidade beneficiária da Garantia Lloyd's Bank PLC Deutsch Bank AG Empresa interligada Valor Salvador Caetano (UK) Ltd. Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. Reliant Coaches, Ltd. Contrac, GMBH ¤ 2.500.000 £ 2.000.000 34 28. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos períodos de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 e 2005 são detalhados como segue: Jun-06 1.631.051 (115.391) 1.515.660 Imposto corrente Imposto diferido Total Jun-05 2.433.609 (442.813) 1.990.796 29. RESULTADOS POR ACÇÃO Os resultados por acção dos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes: Resultados Básico Diluído Número de acções Resultados por acção (básico e diluído) Jun-06 3.998.728 3.998.728 35.000.000 0,114 Jun-05 4.870.317 4.870.317 35.000.000 0,139 Eliminações Consolidado 30. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS No período findo em 30 de Junho de 2006 o detalhe do relato por segmentos foi o seguinte: APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS (Euros) Por Negócio Industrial e Não Industrial RÉDITOS Vendas externas Vendas inter-segmentais Réditos Totais RESULTADOS Resultados segmentais e inter-segmentais Gastos da empresa não imputados Resultados Operacionais Gastos de juros Proveitos de juros Parte de lucros líquidos em associadas Impostos s/ os lucros Resultados de actividades ordinárias Resultado líquido com Interesses Minoritários Industrial Mercado Nacional Mercado Externo Não Industrial Mercado Nacional Mercado Externo 45.797.992 44.058.053 278.238.641 34.578.219 -114.484.193 288.188.712 45.797.992 44.058.053 278.238.641 34.578.219 -114.484.193 288.188.712 -1.058.799 1.270.300 18.337.861 1.013.546 -2.438.943 17.123.965 44.021.846 717.347 44.539.215 789.138 290.347.039 6.229.463 33.025.460 2.566.305 -115.777.072 -1.146.064 296.156.488 9.156.189 975.241 21.548 734.951 3.811 2.234.889 537.376 271.755 207.542 352.245 -164.350 321.353 -5.884 -230.462 -230.462 57.998 57.998 1.006.115 3.525.835 3.525.835 515.429 1.986.663 1.986.663 -1.341.306 -1.341.306 4.569.081 605.927 321.353 1.515.660 3.998.728 3.998.728 145.913.071 27.918.443 182.773.253 19.724.998 -106.096.165 270.233.600 2.562.266 109.840.570 382.636.436 256.118.596 256.118.596 OUTRAS INFORMAÇÕES Activos do segmento Investimento em Associadas Activos da empresa não imputados Activos totais consolidados Passivo da empresa não imputados Passivos totais consolidados 6.720.650 34.639.093 18.790.966 18.790.966 102.212.372 284.985.625 184.222.988 184.222.988 21.054.816 40.779.814 22.815.030 22.815.030 2.562.266 -76.413.324 -179.947.223 -66.518.946 -66.518.946 56.266.056 202.179.127 96.808.558 96.808.558 Dispêndios de capital fixo Depreciações 13.867.556 11.717 -1.795.494 1.026.981 -881.054 12.229.707 5.068.267 152.746 4.029.562 336.244 668.766 10.255.585 O segmento industrial inclui a actividade de fabricação de carroçarias e a unidade de tratamento de superfície e pintura industrial desenvolvida nas instalações do Carregado, bem como as operações de aluguer de automóveis sem condutor, tendo em conta o Decreto Lei nº 28/74 de 31 de Janeiro que assim considera aquele regime de exploração. No segmento não industrial encontra-se essencialmente reflectida a actividade de importação, distribuição e comercialização de viaturas automóveis e peças. 31. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os períodos de seis meses findos em Junho de 2006 e 2005, o número médio de pessoal foi o seguinte: Pessoal Empregados Assalariados Total Jun-06 1.923 1.013 2.936 Jun-05 1.645 1.427 3.072 32. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS E ACTIVIDADE O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, foi como segue: Mercado Nacional Alemanha Reino Unido Espanha Outros Mercados Total Jun-06 Valor % 226.788.357 78,69% 11.682.990 4,05% 16.506.640 5,73% 2.160.157 0,75% 31.050.568 10,77% 288.188.712 100,00% Jun-05 Valor % 226.016.722 78,86% 11.841.932 4,13% 13.578.834 4,74% 1.678.113 0,59% 33.481.270 11,68% 286.596.871 100,00% 35 Adicionalmente, a repartição das vendas e prestação de serviços por actividade é como segue: Actividade Veículos Peças Reparações Outros Jun-06 Valor % 228.968.171 79,45% 25.955.318 9,01% 22.635.428 7,85% 10.629.795 3,69% 288.188.712 100,00% Jun-05 Valor % 224.098.373 78,19% 30.250.385 10,56% 22.180.098 7,74% 10.068.015 3,51% 286.596.871 100,00% 33. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS FINANCEIROS Em 30 de Junho de 2006 e 2005, os resultados financeiros consolidados têm a seguinte composição: Custos e Perdas Juros suportados Perdas na alienação de aplicações de tesouraria Perdas relativas a empresas associadas Outros custos e perdas financeiros Resultados financeiros Proveitos e ganhos Juros obtidos Rendimentos de Imóveis Ganhos de Participações de capital relativamente a associadas Outros proveitos e ganhos financeiros Jun-06 3.933.423 635.658 -3.641.801 927.280 Jun-05 3.517.101 24 13.153 392.561 -3.201.176 721.663 Jun-06 216.594 385.766 321.353 3.567 927.280 Jun-05 332.469 387.937 1.257 721.663 34. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES Liquidações de Impostos: Face às decisões favoráveis obtidas nos processos de impugnação judicial, referentes às liquidações adicionais em sede de IRC e referentes aos exercícios de 1995 e 1996, durante o exercício de 2005 recuperouse uma parte dos valores reclamados, aproximadamente 85 mil Euros, esperando-se para breve a recuperação do remanescente das liquidações adicionais pagas e reconhecidas como custos em exercícios anteriores, acrescido dos respectivos juros compensatórios. Simultaneamente, em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 1997, 1998 e 1999, encontram-se reclamadas as notas de liquidação adicionais em sede de IRC, ainda que pagas, no valor de Euros 1.769.511, dado a Empresa entender existirem razões legais válidas para estas contestações. Face a decisão favorável da reclamação graciosa sobre matéria relativa a Despesas de Investigação e Desenvolvimento recebeu-se no no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 aproximadamente 193 mil Euros . Em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 2001 e 2002 recebeu-se no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, notas de liquidações adicionais em IRC no montante de Euros 490.785, para as quais tinha sido constituída em períodos anteriores uma provisão (Nota 26). 35. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS As remunerações dos membros dos órgãos sociais na empresa Mãe no primeiro semestre de 2006 foram como segue: Órgãos sociais Valor Conselho de Administração 249.079 36. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 20 de Setembro de 2006. 37. INFORMAÇÃO RELATIVA À ÁREA AMBIENTAL O Grupo adopta as medidas necessárias relativamente à área ambiental, com o objectivo de cumprir com a legislação vigente. 38. VEICULOS EM FIM DE VIDA Em Setembro de 2000, a Comissão Europeia votou uma directiva respeitante aos veículos em fim de vida e a correspondente responsabilidade dos Produtores/Distribuidores pelo seu desmantelamento e reciclagem. Os Produtores/Distribuidores terão, segundo este normativo, que suportar no mínimo uma parte significativa do custo de retoma dos veículos, colocados no mercado a partir de 1 de Julho de 2002 bem como, para os comercializados anteriormente a esta data quando apresentados a partir de 1 Janeiro de 2007. Esta legislação terá impacto nos veículos Toyota vendidos em Portugal. A Salvador Caetano e a sua representada Toyota, estão a monitorar atentamente o desenvolvimento da Legislação Nacional Portuguesa de forma a, em devido tempo, poderem quantificar o impacto destas operações nas suas demonstrações financeiras. É no entanto nossa convicção, face aos estudos já elaborados sobre o mercado português, e atendendo à possível valorização dos resíduos resultantes do desmantelamento dos veículos em causa, que o impacto efectivo desta legislação nas contas da Empresa será diminuto senão nulo. Entretanto e para cumprimento da legislação introduzida no normativo nacional (Dec./Lei 196/2003), a Empresa concretizou a contratualização com a “ValorCar – Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda.” – Empresa licenciada como entidade gestora do sistema integrado de gestão de VFV – a transferência das responsabilidades inerentes a todo este processo. 36 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO (Euros) Capital social Saldos em 31 de Dezembro de 2005 Reservas legais 35.000.000 6.208.803 Reservas de reavaliação 6.187.307 Reservas Reservas de Reservas de conv. cambial justo valor (331.840) Aplicação do resultado consolidado de 2005 Transferência para reserva legal 360.000 Dividendos distribuídos Transferência para Outras reservas Variação nas reservas de conversão cambial Alteração do justo valor de invest. disponíveis para venda Resultado líquido consolidado do período Interesses minoritários no resultado Outros Saldos em 30 de Junho de 2006 35.000.000 6.568.803 6.187.307 (756.038) Saldos em 31 de Dezembro de 2004 6.187.307 56.089 35.000.000 5.921.603 Aplicação do resultado consolidado de 2004 Transferência para reserva legal 287.200 Dividendos distribuídos Transferência para Outras reservas Variação nas reservas de conversão cambial Alteração do justo valor de invest. disponíveis para venda Resultado líquido consolidado do período Interesses minoritários no resultado Outros Saldos em 30 de Junho de 2005 35.000.000 6.208.803 4.013.129 Outras reservas Total de reservas Interesses minoritários Resultado líquido Total 64.815.853 80.893.252 3.238.297 4.771.339 123.902.888 360.000 911.339 911.339 (424.198) 2.203.623 318.335 66.045.527 318.335 84.262.351 176.269 18.464 3.433.030 63.648.521 75.813.520 3.599.541 (424.198) 2.203.623 6.216.752 287.200 2.621.126 2.621.126 60.905 2.853.720 (680.471) 65.589.176 (680.471) 80.956.000 60.905 2.853.720 6.187.307 116.994 2.853.720 (188.831) (39.769) 3.370.941 (360.000) (3.500.000) (3.500.000) (911.339) (424.198) 2.203.623 3.822.459 3.822.459 176.269 336.799 3.822.459 126.517.840 5.008.326 119.421.387 (287.200) (2.100.000) (2.100.000) (2.621.126) 60.905 2.853.720 5.059.148 5.059.148 (188.831) (720.240) 5.059.148 124.386.089 O Anexo faz parte integrante desta demonstração para o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006. O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano 37 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA (Euros) Jun-06 ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Fluxo gerado pelas Operações Pagamento do Imposto sobre o Rendimento Outros Recebimentos/Pagamentos relativos à Actividade Operacional Fluxo gerados antes das Rubricas Extraordinárias Fluxo das Actividades Operacionais ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Imobilizações Financeiras Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Subsídios de Investimento Juros e Proveitos Similares Dividendos Pagamentos respeitantes a: Investimentos Financeiros Imobilizações Corpóreas Imobilizações Incorpóreas Fluxo das Actividades de Investimento ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Empréstimos Obtidos Pagamentos respeitantes a: Empréstimos Obtidos Amortização de Contratos de Locação Financeira Juros e Custos Similares Dividendos Fluxo das Actividades de Financiamento CAIXA E EQUIVALENTES Caixa e Seus Equivalentes no Início do Período Caixa e Seus Equivalentes no Fim do Período Variação de Caixa e Seus Equivalentes Jun-05 519.642.306 -457.285.229 -27.869.336 321.459.413 -208.948.619 -23.169.367 34.487.741 -1.394.216 -33.636.440 -542.914 -542.914 4.174.446 455.166 273.704 -10.633.979 -216.120 20.588.000 -12.947.822 -45.973 -3.530.554 -3.505.991 89.341.427 -1.559.503 -28.032.026 59.749.898 59.749.898 7.393.018 4.903.316 -10.850.099 -5.946.783 20.588.000 226.107 237.541 -9.528.114 -94.908 1.031.758 7.856.666 -9.623.022 -1.766.356 1.031.758 -58.797.969 -20.030.340 557.660 16.333.258 10.401.221 -5.932.037 -3.437.378 -2.090.242 -64.325.589 -63.293.831 18.380.359 13.070.071 -5.310.289 38 RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA ELABORADO POR AUDITOR NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL CONSOLIDADA REGISTADO INTRODUÇÃO 1. Nos termos do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira consolidada do semestre findo em 30 de Junho de 2006, da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Empresa”), incluída: no Relatório de Gestão, no Balanço consolidado (que evidencia um total de 382.636.436 Euros e capitais próprios, incluindo interesses minoritários, de 126.517.840 Euros, incluindo um resultado líquido de 3.822.459 Euros), na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, na Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e na Demonstração das alterações no capital próprio do semestre findo naquela data e no correspondente Anexo. 2. As quantias das demonstrações financeiras, bem como as da informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos da Empresa e suas subsidiárias, posteriormente ajustadas com as quantias, ainda sem registo contabilístico, que foram objecto do nosso trabalho. RESPONSABILIDADES 3. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de informação financeira consolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados: (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IAS / IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, sobre essa informação financeira, baseado no nosso trabalho. ÂMBITO 5. O trabalho a que procedemos teve como objectivo obter uma segurança moderada quanto a se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. O nosso trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objectivo e consistiu, principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se, para os aspectos materialmente relevantes, a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários. 6. O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos anteriormente referidos. 7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base aceitável para a emissão do presente relatório de revisão limitada sobre a informação semestral. PARECER 8. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira consolidada do semestre findo em 30 de Junho de 2006 referida no parágrafo 1 acima da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia e que, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 5 acima, que não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Porto, 20 de Setembro de 2006 DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves 39