relatório indicadores financeiros não consolidados

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relatório indicadores financeiros não consolidados
INDICADORES
FINANCEIROS
VOLUME DE NEGOCIOS
CASH-FLOW BRUTO
RESULTADO LIQUIDO
ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS
CUSTOS COM O PESSOAL
INVESTIMENTO LIQUIDO
FUNDO DE MANEIO BRUTO
VAB
UNIDADES VENDIDAS
VOLUME DE EMPREGO
NÃO
CONSOLIDADOS
JUN '06
189.938.776
7.374.070
3.402.655
2.086.954
11.374.257
3.636.360
8.485.485
25.262.373
10.924
815
(Euros)
JUN '05
193.909.944
10.632.388
5.026.265
1.075.539
11.379.190
1.594.950
37.423.793
26.418.560
10.719
820
JUN '04
157.612.792
5.311.259
967.223
1.760.916
11.471.382
4.919.286
26.330.103
20.794.035
8.870
926
RELATÓRIO
INTRODUÇÃO
Mais um Semestre se passou com a frase “estagnação económica” sempre muito presente nas referências ouvidas relativamente ao sector Automóvel.
De facto o mercado Automóvel voltou a não crescer (antes pelo contrário) e os factores que o condicionam mantêm-se bem presentes. Falamos obviamente do contínuo aumento do preço do petróleo, do
crescimento do desemprego e mais recentemente, e tendo em vista a contenção inflacionista, da subida progressiva das taxas de juro de referência.
Contra tudo isto, tem a nossa Empresa lutado da forma que já lhe é habitual ou seja modernizando-se constantemente, nomeadamente nas áreas industriais, bem como continuando a privilegiar os seus Recursos
Humanos quer na admissão, quer na Formação Profissional. Pudemos assim combater a quebra do mercado e até fazer crescer a nossa quota no mesmo. A aposta de até 2010 tornarmos a Toyota numa das 5 maiores
marcas de veículos automóveis em Portugal mantem-se de pé. Passemos então a uma análise pormenorizada da actividade desenvolvida neste 1º Semestre de 2006.
ACTIVIDADE INDUSTRIAL
UNIDADE FABRIL DE OVAR
No 1º semestre 2006 a produção Toyota teve um crescimento relativamente a igual período de 2005, devido principalmente ao modelo Dyna para o mercado Nacional.
Quanto à Dyna para exportação manteve os valores do período homólogo do ano transacto.
Por sua vez a produção de mini-Optimo teve uma ligeira quebra devido principalmente ao decréscimo de 14,3% verificado nos mercados de Exportação.
PRODUÇÃO
Unidades Físicas Toyota
Unidades Físicas Óptimo
Unidades Homogeneizadas
Unidades Transformadas
Unid.Recondicio./Buy-Backs
Total Colaboradores
2006
Jan./Jun.
2.054
75
4.020
2.562
0
317
2005
2004
2003
2002
3.920
148
8.742
6.726
0
321
3.050
134
7.582
5.628
0
325
2.395
133
6.298
3.568
839
336
3.635
197
9.666
3.537
985
379
Este desempenho menos favorável veio na sequência de uma conjuntura económica adversa, agravado pela introdução do motor Euro IV (nova directiva comunitária sobre emissões gasosas).
Prevê-se uma recuperação no 2.º semestre em ambas as actividades (Dyna Exportação + Óptimo) especialmente no que concerne ao modelo Dyna, em consequência da adesão do mercado Espanhol ao projecto
pan-europeu de exportação deste modelo de veículos comerciais Toyota.
De realçar ainda que neste período se realizou a auditoria de renovação ISO 9001 e acompanhamento ISO 14001 ao Sistema de Gestão Integrado e a obtenção da Licença Ambiental;
UNIDADE FABRIL DO CARREGADO
A actividade industrial do Carregado registou, durante o primeiro semestre de 2006, um decréscimo em alguns dos indicadores de gestão. Esta situação conjuntural foi devida a um atraso de 3 meses no lançamento
de um dos modelos da VW e à redução significativa das vendas num dos modelos da PSA.
Esta tendência foi sendo corrigida já no final do período expectando-se melhorias para o 2º semestre.
Foi reforçada a política de contenção de custos que vinha sendo desenvolvida, desde o ano transacto, ao nível dos processos de fabrico e encargos com pessoal.
Pinturas Auto
No seguimento da estratégia assumida nos últimos anos, iniciamos em Janeiro a montagem da linha de cataforese com arranque dos testes e ensaios durante o mês de Abril. Apesar de não se encontrar ainda
totalmente concluída, tem vindo a assegurar toda a produção dos componentes mecânicos do tecto de abrir do modelo Eos da VW.
Entretanto, obteve-se a certificação para a pintura de componentes da BMW e Ford. Decorre, neste momento, o processo de certificação para outras marcas o que nos dá boas perspectivas em termos de futuro.
Com esta nova valência, na área da pintura, reforçaremos ainda mais a nossa posição de liderança no mercado uma vez que passaremos a dispor de todas as valências possíveis ao nível da Pintura de componentes
na área automóvel.
Pinturas Industriais
Alguns sectores desta actividade, nomeadamente, Reparação e Protecção de Betão em obras ligadas à Indústria da Água, E.T.A.´s e E.T.A.R.´s, e em obras de arte, Pontes e Viadutos, têm vindo a crescer de forma
significativa, acabando por contrariar a tendência do mercado, fortemente concorrencial e conjunturalmente com indicadores em forte baixa.
O segmento da Reabilitação encontra-se mais activo, o que segue a tendência do mercado Europeu, onde a percentagem de construção nova é muito baixa.
O volume de obras já realizadas e entretanto adjudicadas, nestes sectores de actividade, fazem da Salvador Caetano uma das maiores referências do mercado nacional.
A aposta na diversificação tem vindo a ser conseguida e a produzir resultados consolidados.
1
ACTIVIDADE COMERCIAL
MERCADO TOTAL
MERCADO
Veic. Ligeiros Passageiros
Veic. Comerciais Ligeiros
Veic. Comerciais Pesados
TOTAL
JAN-JUN
2006
109.680
32.765
3.235
145.680
JAN-JUN
2005
116.737
35.195
2.756
154.688
DESVIOS
QUANT.
-7.057
-2.430
+ 479
-9.008
(2006 VS. 2005)
%
-6,0
-6,9
+ 17,4
-5,8
Fonte: ACAP
Tal como havíamos referido no relatório do ano anterior, as vendas globais do 1º semestre de 2005 encontram-se fortemente influenciadas pela antecipação de compra que se verificou em Junho, devido ao
aumento do IVA de 19 para 21% (entrada em vigor da nova taxa em 1 de Julho), pelo que, naturalmente, os resultados comparativos do mercado no 1º semestre deste ano reflectem este facto, apresentando uma
variação negativa de 5,8%.
A única excepção deu-se no segmento dos Comerciais Pesados que, devido à entrada em vigor da legislação referente à obrigatoriedade de implementação de tacógrafos digitais em 1 de Maio de 2006, influenciou
as marcas que comercializam este tipo de viaturas a matricular as mesmas em Abril, pelo que o mercado de pesados registou uma forte subida face a 2005.
Devido à actual situação de praticamente estagnação da economia portuguesa (com aumento diminuto do consumo privado, aumento do endividamento e redução do poder de compra) aliada ao agravamento
do custo dos combustíveis, prevemos que, para o 2º semestre, o mercado de veículos automóveis se retraia, fechando o ano com um saldo global negativo de 1,6% face a 2005. Mantém-se, pois, adiada a necessária
retoma do mercado automóvel global.
VIATURAS TOYOTA
TOYOTA
Veic.Lig.Pass.
Veic.Com.Lig.
Veic.Com.Pes.
TOTAL
JAN-JUN
2006
6.241
1.986
151
8.378
JAN-JUN
2005
5.914
2.396
136
8.446
VARIAÇÃO
UNIDADES
327
-410
15
-68
(2006 VS. 2005)
%
5,5
-17,1
11,0
-0,8
Fonte: SC-DMV / Dept. Planeamento
No contexto deste enquadramento externo desfavorável, podemos afirmar que as vendas da Toyota neste 1º semestre registaram um bom desempenho, tendo apenas decrescido 0,8% contra os 5,8% de quebra de
mercado, o que resultou num aumento da nossa quota. Destacam-se o crescimento do modelo Yaris face a 2005 (+ 54%) e o bom resultado do Aygo, novo modelo apenas introduzido em Outubro do ano passado,
que conseguiu desde logo afirmar-se como um dos concorrentes de peso no competitivo segmento A, alcançando 8,8% de quota de mercado.
Em relação aos valores projectados orçamentalmente, ficamos abaixo do previsto sendo que este resultado foi fortemente influenciado por um contexto de mercado bastante mais desfavorável do que tinha sido
projectado, e que condicionou particularmente o crescimento da Nova Geração Yaris que, como é do conhecimento geral, encontra-se presente no segmento das viaturas de passageiros utilitários, o mais
concorrencial do mercado, onde a quebra de poder de compra mais se fez notar, e onde as vendas se encontram mais expostas às alterações económicas globais.
Para o 2º semestre, devido ao efeito positivo resultante da recente actualização do modelo Avensis e da renovação das gamas de comerciais que irão ocorrer no final do ano (Hilux, Hiace e Dyna), estimamos um
novo alento para as vendas, o que nos permitirá alcançar o objectivo por nós traçado de 6,3% de quota de mercado (contra os 5,6% obtidos em 2005).
VIATURAS LEXUS
O primeiro semestre da actividade Lexus foi caracterizado pelo lançamento da motorização Diesel da NG IS – o IS 220d e pelo lançamento da versão híbrida do GS – o GS 450h, que nos permitiu obter um crescimento
francamente significativo face a igual período do ano anterior.
VENDAS
IS
GS
RX
LS
Total
2005 JAN/JUN
2
7
9
1
19
2006 JAN/JUN
187
12
15
0
214
Estimamos que esta performance da NG IS e GS permitam à marca atingir no final deste exercício um crescimento pencentual de três dígitos face a 2005.
MINI-AUTOCARROS
Mini Autocarros Toyota
MINIAUTOCARROS OPTIMO
OPTIMO
1º Sem'06
18
Miniautocarros
Variação
%
-40,0
2005
30
O ano de 2006 começou em queda, e daí a grande variação relativamente a 2005. No entanto, as várias acções desencadeadas, provocaram efeitos positivos, resultando daí negócios em curso e carteiras de
encomenda que nos levam a acreditar no cumprimento dos objectivos previstos para o corrente ano, traduzidos num volume de vendas idêntico ao de 2005.
MÁQUINAS INDUSTRIAIS
Equipamento Industrial Toyota
Empilhadores Contrabalançados
Equipamento de Armazém
Total
1º Sem 2006
Mercado
1º Sem 2005
672
732
1.404
667
604
1.271
Variação
%
0,7
21,2
10,5
Vendas
1º Sem 2006
Qt.
141
67
208
%
21,0
9,2
14,8
As vendas dos equipamentos de movimentação de cargas apresentaram no final do 1º semestre um crescimento global de 10,5% devido, essencialmente, ao crescimento das vendas dos pequenos equipamentos
de armazém, indiciando áreas de maior actividade, nomeadamente a da distribuição alimentar. As vendas do Equipamento Industrial Toyota não acompanharam a tendência do mercado, situando a sua quota de
mercado em valor inferior á de igual período do ano passado. No entanto, face a alguns sinais positivos de mudança, estamos convictos que no decurso do 2º semestre irá haver franca recuperação.
2
PEÇAS
Vendas Globais
PEÇAS
VENDAS
1ºSem 05
19.726.600
Total
VENDAS
1ºSem 06
20.477.078
CRESC. 06/05
%
3,80%
¤
750.479
ORÇAMENTO
GESTÃO
19.723.100
% EXECUÇÃO
ORÇAMENTAL
103,80%
No 1º semestre de 2006 a facturação de peças totalizou 20,5 milhões de Euros, o que significa um crescimento de 3,8% relativamente ao período homólogo de 2005. No que diz respeito ao orçamento de gestão
previsto para o semestre, este foi também ultrapassado em 3,8% (0,7 milhões de Euros acima do valor orçamentado).
Distribuição das Vendas Totais
PEÇAS
Genuínas Toyota
Incorporação Nac.
Acessórios *
Merchandising *
Peso nas Vendas
75,50%
4,70%
18,90%
0,90%
* Os Acessórios e “Merchandising” englobam material genuíno e nacional.
A venda de peças Toyota representa a maior fatia das vendas globais, sendo responsável por 75,5% das mesmas. Segue-se a venda de Acessórios com um peso de 18,9%, ligeiramente abaixo dos 19,1% obtidos em
2005. Também a venda de “Merchandising” perdeu alguma da sua importância, passando de uma quota de 1,6% em 2005 contra 0,9% este ano. Pelo contrário, a facturação de Incorporação Nacional cresceu de
3,6% no ano transacto para 4,7%.
À rede de Concessionários/RTAs, nosso principal cliente, foram facturados neste 1º semestre 16,5 milhões de Euros correspondentes a 80,8% da facturação global. As vendas a este cliente superaram o valor do
1º semestre de 2005 em 3,4%. O cumprimento do orçamento de gestão situou-se nos 98,2%.
Globalmente o primeiro semestre de 2006 apresentou resultados positivos, no que diz respeito às vendas e ao cumprimento dos orçamentos previstos.
Este panorama é contrariado apenas pelo decréscimo na venda de produtos “merchandising”, situação que prevemos seja invertida durante o 2º semestre do ano.
A Divisão de Após Venda encontra-se fortemente empenhada em colaborar estritamente com os seus clientes, especialmente a rede de Concessionários/RTAS, no sentido de ultrapassar o actual panorama macroeconómico. Referimo-nos à crise que o país atravessa e que tem resultado no aumento do nível de desemprego e num menor poder de compra (privado e empresarial), com resultados directos no sector do ApósVenda automóvel.
O forte dinamismo incutido nas actividades desenvolvidas, permitiu alcançar os valores apresentados, contrariando assim as dificuldades que seriam previsíveis face ao contexto em que estamos inseridos.
Pretendemos continuar e até superar a performance deste semestre, através de diversos programas promocionais, dos quais destacamos:
1. Actividade de balcão através da manutenção do Programa de Vendas Itinerantes e das suas diversas campanhas realizadas ao longo do ano (direccionadas para clientes profissionais).
2. Actividade oficinal da Rede Toyota, tendo sempre como objectivo último a melhoria dos níveis de Retenção de Clientes. Alguns exemplos de actividades desenvolvidas são:
· Manutenção/Implementação de Campanhas de Retenção de Clientes, visando incrementar os níveis de fidelização dos proprietários de viaturas à Rede Oficial Toyota;
· Manutenção do Programa “Challenge Após-Venda” que se tem revelado uma boa ferramenta impulsionadora de venda de peças, acessórios e serviço.
· Desenvolvimento e aplicação contínua de medidas que contribuem para melhorar o Grau de Satisfação dos Clientes Toyota;
· Serviço de Pneus Toyota;
· Smart Repair;
· Dinamização de novas oportunidades de negócio (Serviços de limpeza do circuito de ventilação; Lâmpadas Optibright e Optiblue; Sistemas Bluetooth; Sistemas de Navegação).
Com estas e outras medidas, julgamos estar no caminho certo para a fidelização dos clientes Toyota à nossa Rede de Concessionários / RTAS.
RECURSOS
HUMANOS
Em 2006 foi possível manter, apesar da estagnação económica, a política de revisão salarial no início do ano. A continuação da política de cessação de contratos de trabalho por mútuo acordo bem como a
cedência de colaboradores interempresas tem contribuído significativamente para melhorar a eficácia das Empresas, a valorização das competências das pessoas e a gestão de carreiras. Com o processo de
remuneração por objectivos já implementado, pretende-se contribuir para maior eficácia organizacional, maior justiça na distribuição da riqueza gerada contribuindo deste modo para a motivação das pessoas.
ACTIVIDADE
FINANCEIRA
Para o mercado automóvel nacional o 1º Semestre de 2006 correspondeu a uma nova quebra de cerca de 6%.
Conforme já atrás referido a marca Toyota conseguiu no período em apreço minimizar o impacto dessa quebra para menos de 1%, podendo mesmo constatar-se uma subida na sua quota de mercado.
É evidente que o descrito resultou num decréscimo do volume de negócios do semestre quando comparado com igual período de 2005 mas, julgamos importante referir a situação perfeitamente anormal vivida em
Junho de 2005 com a antecipação de compra registada pela perspectiva/certeza do aumento do IVA decretado pelo Governo. Tal antecipação que se traduziu para a marca em cerca de 750 unidades, proporcionou
evidentemente um volume de negócios “anormal” no 1º semestre de 2005 bem como um algo inflacionado resultado.
Por tudo isto a comparação directa com o 1º semestre do pretérito exercício torna-se menos relevante.
Por outro lado importa salientar de novo a importância crescente que o projecto conjunto com a Toyota para a exportação do modelo Dyna tem tido para a Unidade Fabril de Ovar com um volume de negócios que
no semestre já atingiu os 10 milhões de Euros correspondentes a cerca de 800 unidades.
Globalmente foi assim possível atingir-se os 190 milhões de Euros de volume de negócios os quais se traduziram num resultado líquido para o semestre de 3,4 milhões de Euros.
Na área estritamente financeira a constante subida das taxas directoras de juro veio naturalmente traduzir-se num agravamento dos custos financeiros associados à nossa actividade, ainda que com sucesso
algumas medidas de reestruturação/reconversão do endividamento existente tenham sido tomadas.
Pese embora o atrás referido, o facto dos stocks se manterem perfeitamente controlados, associado à manutenção dos prazos de cobrança e pagamento permitiram à Empresa continuar a apresentar um grau de
autonomia financeira superior a 38%.
No que respeita às reintegrações do activo contabilizadas neste semestre, elas elevaram-se a 3.886.832 Euros correspondentes às taxas máximas fiscalmente aceites.
Gostaríamos por fim de informar que das dívidas contidas na rubrica “Estado e Outros Entes Públicos , não existe nenhuma verba em situação de mora.
PERSPECTIVAS
Tendo em atenção tudo o que foi anteriormente explicitado e a evolução prevista para os mercados em que a Empresa opera, é nossa convicção que o 2º semestre de 2006 apresentará uma performance bastante
semelhante à do período agora em análise, sendo que se espera atingir a comercialização de mais de 17 mil unidades Toyota que nos levarão para uma quota de mercado a rondar os 6,3%.
Obviamente que os resultados anualizados traduzirão esta realidade e pese embora o esforço promocional já dispendido em áreas de significativo impacto como o “Rock in Rio” ou o Salão Automóvel de Lisboa,
é certamente de esperar que, no mínimo, o nível anual de resultados obtidos em 2005 seja novamente atingido em 2006.
Por fim, cumpre-nos informar que desde o final do semestre em apreço e até ao presente momento, não ocorreu qualquer situação que justifique ser relevada neste relatório e que possa em consequência por em
causa as perspectivas apontadas para a totalidade deste exercício.
Vila Nova de Gaia , 11 de Setembro de 2006
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins
Caetano; Ana Maria Martins Caetano
3
ANEXO
AO
RELATÓRIO
INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS
DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO FISCAL ÚNICO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
SALVADOR FERNANDES CAETANO – Não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 352.465 acções, com o valor nominal de um euro cada uma. Detém, conjuntamente com o cônjuge, Ana Pereira
Martins Caetano, 70% do Capital Social da FOGECA – Gestão e Controle, SGPS, S.A., e 70% do Capital Social da CAETANO, SGPS, S.A., o que com esta Sociedade, directa ou indirectamente, detém 84,72% do Capital
Social da COCIGA – Construções Civis de Gaia, S.A., o que lhe garante directa e indirectamente 21.352.755 acções, a que corresponde 61,01% do capital social e dos direitos de voto nesta empresa.
ENGº JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS: Não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 86.000 acções, com o valor nominal de uma euro cada uma.
TETSUO AGATA - Não tem acções nem obrigações.
YOSHIMASA ISHII - Não tem acções nem obrigações.
DRª MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS - Não tem acções nem obrigações.
ENGº SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO - Não tem acções nem obrigações.
DRª ANA MARIA MARTINS CAETANO - Não tem acções nem obrigações.
TOJO KIYOSHI - Não tem acções nem obrigações.
Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos - cônjuge do Engº José Reis da Silva Ramos - Vice-Presidente do Conselho de Administração,
Engº Salvador Acácio Martins Caetano, e Drª Ana Maria Martins Caetano, vogais do Conselho de Administração, da FOGECA - Gestão e Controle – SGPS, S.A., esta Sociedade, não teve movimentos, pelo que, em 30
de Junho de 2006, detinha 21.000.000 acções, com o valor nominal de um euro cada.
Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, e Engº José Reis da Silva Ramos - cônjuge da Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos, Administrador, da FUNDAÇÃO SALVADOR CAETANO,
esta Sociedade não teve movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 61.945 acções, com o valor nominal de um euro cada.
Salvador Fernandes Caetano, Presidente do Conselho de Administração, Drª Maria Angelina Martins Caetano Ramos - cônjuge do Engº José Reis da Silva Ramos, vogal do Conselho de Administração da COCIGA Construções Civis de Gaia, S.A. esta Sociedade não tem movimentos, pelo que, em 30 de Junho de 2006, detinha 290 acções, com o valor de um euro cada.
FISCAL ÚNICO:
DELOITTE E ASSOCIADOS, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representado pelo Sr. Dr. Jorge Manuel Araújo de Beja Neves - Não tem acções nem obrigações.
INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
NO CAPITAL SOCIAL DA SALVADOR CAETANO - INDÚSTRIAS METALÚRGICAS E VEÍCULOS DE TRANSPORTE, S.A.
(NOS TERMOS DO ARTIGO 447º DO C.S.C.)
ACCIONISTAS
SALVADOR FERNANDES CAETANO (Presidente)
ENGº JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS (Vice-presidente)
TETSUO AGATA (Vogal)
YOSHIMASA ISHII (Vogal)
DRª MARIA ANGELINA M. CAETANO RAMOS (Vogal)
ENGº SALVADOR ACACIO MARTINS CAETANO (Vogal)
DRª ANA MARIA MARTINS CAETANO (Vogal)
TOJO KIYOSHI (Administrador -Suplente)
Acções
Detidas
Em 31.12.2005
352.465
--------
Acções
Adquiridas
Em 2006
-86.000
-------
Acções
Vendidas
Em 2006
---------
Acções
Detidas
Em 30.06.06
352.465
86.000
-------
Acções
Detidas
Em 31.12.2005
9.450.000
Acções
Adquiridas
Em 2006
Acções
Vendidas
Em 2006
Acções
Detidas
Em 30.06.06
9.450.000
Acções
Detidas
Em 31.12.05
21.000.000
Acções
Adquiridas
Em 2006
Acções
Vendidas
Em 2006
Acções
Detidas
Em 30.06.06
21.000.000
INFORMAÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ACCIONISTAS
(NOS TERMOS DO ARTIGO 448º DO C.S.C.)
Participações superiores a um décimo do Capital
ACCIONISTAS
TOYOTA MOTOR CORPORATION
Participações superiores a metade do Capital
FOGECA-Gestão e Controle -SGPS, SA
Participações qualificadas superiores a 2% Capital Social
ACCIONISTA
TOYOTA MOTOR CORPORATION
FOGECA-Gestão e Controle-SGPS, SA
Acções
9.450.000
21.000.000
% dos direitos de voto
27,000
60,000
4
BALANÇO
(Euros)
Notas
Activo
Bruto
Amortizações
Ajustamentos
Despesas de Instalação
8
1.233.448
1.217.666
15.782
9.563
Despesas Investigação e Desenvolvimento
8
2.137.234
1.881.592
255.642
201.462
983.568
983.568
0
0
10
4.354.250
4.082.826
271.424
211.025
ACTIVO
Activo
Liquido Jun'06
Activo
Liquido Jun'05
IMOBILIZADO
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Trespasses
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Terrenos e Recursos Naturais
13.734.183
13.734.183
13.533.990
Edifícios e Outras Construções
62.662.931
42.376.488
20.286.443
22.055.369
Equipamento Básico
45.116.208
32.253.187
12.863.021
11.737.495
Equipamento de Transporte
13.006.371
7.049.995
5.956.376
5.037.001
Ferramentas e Utensílios
8.608.352
8.288.834
319.518
242.391
Equipamento Administrativo
6.427.070
6.077.934
349.136
496.098
Outras Imobilizações Corpóreas
3.258.248
2.408.363
849.885
789.870
Imobilizações em Curso
1.746.486
1.182.196
10 e 13
154.559.849
1.746.486
98.454.801
56.105.048
55.074.410
Partes Capital Empresas Grupo
16
39.944.904
21.613.709
18.331.195
15.544.706
Títulos e Outras Aplicações Financeiras
48
5.977.425
1.496
5.975.929
5.975.929
Empréstimos a Empresas do Grupo
16
21.694.591
169.591
21.525.000
22.362.378
10 e 21
67.616.920
21.784.796
45.832.124
43.883.013
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
CIRCULANTE
EXISTÊNCIAS
Matérias-primas, Subs. e de Consumo
41
8.910.056
8.910.056
13.374.300
Produtos e Trabalhos em Curso
42
7.545.181
7.545.181
7.234.103
Produtos Acabados e Intermédios
42
5.825.281
5.825.281
3.220.830
21 e 41
45.027.487
1.519.142
43.508.345
35.385.759
67.308.005
1.519.142
65.788.863
59.214.992
3.622.515
8.418.738
91.330.853
87.398.833
545.201
1.327.638
Mercadorias
DIVIDAS DE TERCEIROS -MÉDIO E LONGO PRAZO
Clientes c/c
16
3.622.515
16
91.330.853
21e 23
5.170.399
DIVIDAS DE TERCEIROS -CURTO PRAZO
Clientes c/c
Clientes de Cobrança Duvidosa
Adiantamentos a Fornecedores
4.625.198
31.842
31.842
52.581
91.907.896
88.779.052
4.399.391
4.399.391
7.651.567
117.641
117.641
104.343
4.517.032
4.517.032
7.755.910
96.533.094
4.625.198
DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA
Depósitos Bancários
Caixa
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Acréscimos de Proveitos
51
50.476
50.476
112.632
Custos Diferidos
51
2.107.686
2.107.686
2.235.982
2.158.162
2.158.162
2.348.614
270.203.064
265.685.754
Total de Amortizações
102.537.627
Total de Ajustamentos
TOTAL ACTIVO
27.929.136
400.669.827
130.466.763
O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim
5
BALANÇO
(Euros)
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
CAPITAL
AJUSTAMENTOS DE PARTES DE CAPITAL EM ASSOCIADAS
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO
RESERVAS
Reservas Legais
Outras Reservas
RESULTADOS TRANSITADOS
RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO
Total do Capital Próprio
PASSIVO
PROVISÃO PARA RISCOS E ENCARGOS
Outras Provisões para Riscos e Encargos
NOTAS
Capital Próprio e
Passivo Jun'06
Capital Próprio e
Passivo Jun'05
36, 37 e 40
40
40
35.000.000
-21.409.201
6.187.306
35.000.000
-4.223.982
6.187.306
40
40
40
40
6.568.803
73.869.649
3.402.655
103.619.212
6.208.803
71.731.295
-9.728.034
5.026.265
110.201.653
4.553.044
10.901.496
34
DIVIDAS A TERCEIROS -MEDIO E LONGO PRAZO
Empréstimos por Obrigações
Não Convertíveis
Dividas a Instituições de Credito
DIVIDAS A TERCEIROS -CURTO PRAZO
Empréstimos por Obrigações
Não Convertíveis
Dividas a Instituições de Credito
Fornecedores c/c
Outros Accionistas
Adiantamentos de Clientes
Estado e outros Entes Públicos
Outros Credores
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Acréscimos de Custos
Proveitos Diferidos
3.750.000
14.250.000
18.000.000
50
50
16
49
51
51
Total do Passivo
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
3.750.000
89.313.234
39.634.972
20.670
49.304
16.247.090
146.770
149.162.040
3.750.000
56.050.000
34.871.900
15.017
48.401
13.502.263
72.176
108.309.757
12.180.375
688.393
12.868.768
17.771.448
501.400
18.272.848
166.583.852
155.484.101
270.203.064
265.685.754
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente;
Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano
6
DEMONSTRAÇÃO
DOS
RESULTADOS
POR
NATUREZAS
(Euros)
CUSTOS E PERDAS
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
Mercadorias
Matérias
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
CUSTOS COM O PESSOAL
Remunerações
Encargos Sociais
Pensões
Outros
AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO CORPÓREO E INCORPÓREO
PROVISÕES
IMPOSTOS
OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS
Notas
41
Jun'06
122.526.982
31.303.768
6.791.614
31
295.611
4.287.032
3.886.832
10
CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINARIAS
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO PERÍODO
PROVEITOS E GANHOS
VENDAS
Mercadorias
Produtos
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO
TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA
SUBSÍDIOS A EXPLORAÇÃO
PROVEITOS SUPLEMENTARES
REVERSÕES DE AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS
RENDIMENTOS DE PARTICIPAÇÕES DE CAPITAL
OUTROS JUROS E PROVEITOS SIMILARES
Outros
PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS
11.374.257
4.802.762
198.421.400
45
(C)
46
(E)
6
(G)
2.674.430
2.674.430
201.095.830
552.698
201.648.528
1.164.867
202.813.395
3.402.655
206.216.050
Notas
Jun'06
Jun'05
RESULTADO LIQUIDO DO PERÍODO
44
42
146.762.680
33.526.440
9.649.656
21
(B)
725.521
9.362.938
525.999
189.938.776
3.880.471
RESUMO:
Resultados Operacionais (B)-(A) =
Resultados Financeiros (D-B)-(C-A) =
Resultados Correntes (D)-(C) =
Resultados Antes de Impostos (F)-(E) =
Resultado Liquido do Período (F)-(G) =
193.377
150.755.684
23.557.389
320.187
4.136.665
3.715.741
352.914
414.985
5.039.986
2.276.835
146.642.707
37.344.318
9.922.919
11.379.190
4.068.655
5.454.971
195.215.889
2.276.835
197.492.724
242.624
197.735.348
1.537.468
199.272.816
5.026.265
204.299.081
193.909.944
- 1.373.663
65.000
989.792
8.455.093
10.614.458
204.433.705
394.099
45
(D)
46
(F)
121.087.869
29.667.815
6.922.338
3.886.832
372.957
4.429.805
(A)
JUROS E CUSTOS SIMILARES
Amortizações e provisões de investimentos financeiros
Outros
153.830.750
24.526.799
Jun'05
9.509.885
202.046.166
990.006
587.476
205.021.181
1.194.869
206.216.050
6.012.305
-2.086.954
3.925.351
4.567.522
3.402.655
211.290
1.201.296
203.247.462
1.051.619
204.299.081
6.830.277
-1.075.539
5.754.738
6.563.733
5.026.265
O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente;
Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano
7
ANEXO
AO
BALANÇO
E
À
DEMONSTRAÇÃO
DOS
RESULTADOS
NOTA INTRODUTÓRIA
A Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Salvador Caetano” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1946, que tem a sua sede social em Vila Nova de Gaia,
e que tem como actividades a importação, montagem e comercialização de veículos ligeiros e pesados e a importação e venda de equipamento industrial de movimentação de cargas. Adicionalmente, a Empresa
exerce a actividade de tratamento de superfície que abrange a pintura industrial e a lacagem dos ramos civil e auto. As suas acções estão cotadas na Bolsa de Valores de Lisboa.
A Salvador Caetano encabeça um Grupo cujas empresas, essencialmente dedicadas ao ramo automóvel, estão descritas na Nota 16, juntamente com outra informação financeira.
Dando cumprimento ao disposto na legislação aplicável, a Salvador Caetano irá elaborar e apresentar em separado demonstrações financeiras consolidadas em 30 de Junho de 2006, de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) adoptadas pela União Europeia.
As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) e aquelas que não estão incluídas neste anexo ou não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para
a leitura das demonstrações financeiras anexas.
Os valores mencionados no presente anexo encontram-se expressos em Euros.
3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas de acordo com o princípio da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Salvador Caetano, mantidos de acordo com os
princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:
a) Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas, constituídas por despesas de expansão, trespasses e despesas de investigação e desenvolvimento, estas últimas, constituídas principalmente por despesas com o desenvolvimento
tecnológico e com estudos e concepção de protótipos, são amortizadas, pelo método das quotas constantes, durante um período de três anos.
b) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registadas ao custo de aquisição podendo encontrar-se reavaliadas de acordo com as disposições legais (Nota 12). As
imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Taras e vasilhame
Outras Imobilizações Corpóreas
Anos
20-50
7-16
4-5
4-14
3-14
5-11
4-8
Como resultado das reavaliações efectuadas, as reintegrações do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 foram aumentadas. Uma parte (40%) deste montante não é aceite como custo para efeitos
de determinação da matéria colectável do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC). Adicionalmente, 40% das amortizações de exercícios futuros relativamente ao efeito das reavaliações de
imobilizações corpóreas ainda não amortizadas não serão igualmente aceites para efeitos de determinação da matéria colectável de IRC.
c) Locação financeira
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados pelo método financeiro e, consequentemente, o custo do activo é
registado no imobilizado corpóreo e as correspondentes responsabilidades são registadas como contas a pagar a fornecedores. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira
do capital, sendo os encargos financeiros imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo, sendo o
imobilizado corpóreo amortizado de acordo com a vida útil dos bens.
d) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros em empresas do Grupo Salvador Caetano detidas a mais de 20%, conforme constam da Nota 16, encontram-se registados ao custo de aquisição, estando constituída uma provisão
associada aos investimentos com risco, a qual foi registada por contrapartida da rubrica de Capital Próprio “Ajustamentos de Partes de Capital em Associadas”, em conformidade com o POC.
A Empresa regista os dividendos atribuídos pelas empresas em que participa na demonstração de resultados do exercício em que os dividendos são recebidos (Nota 45).
e) Existências
As mercadorias e as matérias primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.
Encontra-se também constituída uma provisão para depreciação de existências tendo em vista a cobertura de eventuais desvalorizações a ocorrer nos stocks de viaturas usadas.
Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo das matériasprimas incorporadas, mão-de-obra directa, os gastos gerais de fabrico e os serviços executados no exterior.
f) Provisões
Esta rubrica inclui o remanescente da provisão constituída em exercícios anteriores nos termos do “ex - Código da Contribuição Industrial” e é mantida para fazer face a riscos marginais de cobranças duvidosas
próprias, depreciação de existências ou outros de natureza diversa. Para além desta encontra-se constituída uma Provisão para Outros Riscos e Encargos tendo por objectivo fazer face ao eventual risco de
incobrabilidade de contas correntes em empresas participadas, bem como a cobertura de contingências fiscais.
g) Subsídios
Os subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações corpóreas e incorpóreas são registados, na rubrica de Proveitos Diferidos, quando recebidos, e reconhecidos na demonstração de
resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas.
Os subsídios à exploração são registados como proveitos operacionais nos exercícios em que são recebidos.
h) Especialização de exercícios
A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do
momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Acréscimos e Diferimentos” (Nota 51).
i) Indemnizações ao pessoal
A Empresa tem como política registar como um custo operacional do exercício os encargos com rescisões de contratos de trabalho no momento em que os mesmos são acordados.
j) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços publicadas pelo Banco de Portugal. As diferenças de câmbio,
favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como
proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.
k) Impostos diferidos
Em conformidade com a Directriz Contabilística nº 28/01, a Empresa reconhece nas demonstrações financeiras nas rubricas “Acréscimos e Diferimentos” os activos e passivos por impostos diferidos relacionados
com as diferenças temporárias entre o reconhecimento de receitas e despesas para fins contabilísticos e de tributação (Notas 6 e 51).
8
6. IMPOSTOS SOBRE LUCROS
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações
fiscais dos anos de 2002 a 2005 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. As declarações relativas à Segurança Social podem ser revistas ao longo de um prazo de dez anos até ao ano de 2000, inclusivé, e cinco
anos a partir de 2001. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte da administração tributária àquelas declarações de impostos
dos exercícios em aberto à inspecção não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas.
Face às decisões favoráveis obtidas nos processos de impugnação judicial, referentes às liquidações adicionais em sede de IRC e referentes aos exercícios de 1995 e 1996, durante o exercício de 2005 recuperouse uma parte dos valores reclamados, aproximadamente 85 mil Euros, esperando-se para breve a recuperação do remanescente das liquidações adicionais pagas e reconhecidas como custo em exercícios
anteriores, acrescido dos respectivos juros compensatórios.
Simultaneamente, em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 1997, 1998 e 1999, encontram-se reclamadas as notas de liquidação adicionais em sede de IRC, ainda que pagas, no valor de Euros
1.769.511, dado a Empresa entender existirem razões legais válidas para estas contestações. Face a decisão favorável da reclamação graciosa sobre matéria relativa a Despesas de Investigação e
Desenvolvimento recebeu-se no exercicio de 2005 aproximadamente 193 mil Euros.
Em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 2001 e 2002 recebeu-se no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, notas de liquidações adicionais em IRC no montante de Euros 490.785, para
as quais tinha sido constituída em períodos anteriores uma provisão (Notas 34 e 46).
O detalhe dos montantes e natureza dos activos e passivos por impostos diferidos registados no primeiro semestre de 2006, pode ser resumido como segue (Débitos/Créditos):
Saldo em 30 de Junho de 2006
Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais
40% das amortizações resultantes das reavaliações legais efectuadas
Efeito do reinvestimento de mais valias geradas com alienações de imobilizações
Custos a reconhecer no futuro que não serão aceites fiscalmente
Imposto Diferido
Activo (Nota 51)
1.263.074
Imposto Diferido
Passivo (Nota 51)
(234.921)
(769.678)
(332.811)
(1.337.410)
1.263.074
Reflectido em
Resultados
144.650
(19.665)
(46.966)
(20.288)
57.731
Adicionalmente, a rubrica da demonstração de resultados "Impostos sobre o rendimento" foi determinada como segue:
1.107.136
57.731
1.164.867
Imposto sobre rendimento (Nota 49)
Impostos diferidos líquidos do primeiro semestre de 2006
7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL AO SERVIÇO DA SALVADOR CAETANO
Durante os primeiros seis meses de 2006 e 2005 o número médio de pessoal foi o seguinte:
Empregados
Pessoal afecto à Produção
Jun'06
522
302
824
Jun'05
541
301
842
8. DESPESAS DE INSTALAÇÃO E INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Em 30 de Junho de 2006 o detalhe destas rubricas é como segue:
Despesas de instalação
Despesas de instalação e expansão comercial
Amortizações acumuladas
Total
Jun'06
1.233.448
(1.217.666)
15.782
Despesas de Investigação e Desenvolvimento
- Estudos e protótipos de novo modelo do mini-autocarro Óptimo
- Estudo de novo modelo Dyna
- Estudo ambiental
- Acompanhamento da candidatura ao SIME
- Participação em Certames Internacionais
- Amortizações acumuladas
Total
Jun'06
539.633
1.330.585
101.285
20.410
145.321
(1.881.592)
255.642
10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO
Durante o primeiro semestre de 2006, o movimento ocorrido nas imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e nos investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e
ajustamentos, foi o seguinte:
9
ACTIVO IMOBILIZADO
Activo Bruto
Saldos
iniciais
Rubricas
Imobilizações incorpóreas
Despesas de Instalação
Despesas de Investigação e Desenvolvimento
Trespasses
Imobilizações corpóreas
Terrenos e Recursos Naturais
Edifícios e Outras Construções
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Ferramentas e Utensílios
Equipamento Administrativo
Outras Imobilizações Corpóreas
Imobilizações em Curso
Aumentos
1.233.448
1.977.160
983.568
4.194.176
Transferências
e Abates
160.074
270.824
1.805.350
3.055.430
198.248
50.924
21.057
15.762
2.061.687
13.734.183
62.662.931
45.116.208
13.006.371
8.608.352
6.427.070
3.258.248
1.746.486
154.559.849
80.982
814.800
5.997
100.600
-895.782
5.401.833
39.944.904
5.977.425
22.531.969
68.454.298
Saldos
finais
1.233.448
2.137.234
983.568
4.354.250
160.074
13.734.183
62.311.125
42.511.820
12.012.628
8.410.104
6.382.143
3.337.791
2.642.268
151.342.062
Investimentos financeiros
Partes de Capital em Empresas do Grupo
Títulos e Outras Aplicações Financeiras
Empréstimos a Empresas do Grupo
Alienações
2.184.046
39.944.904
5.977.425
21.694.591
67.616.920
837.378
AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS
Rubricas
Imobilizações incorpóreas
Despesas de Instalação
Despesas de Investigação e Desenvolvimento
Trespasses
Imobilizações corpóreas
Edifícios e Outras Construções
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Ferramentas e Utensílios
Equipamento Administrativo
Outras Imobilizações Corpóreas
Investimentos financeiros
Partes de Capital em Emp.do Grupo
Títulos e outras Aplicações Financeiras
Empréstimos a Emp. do Grupo
Saldos
iniciais
Amortizações e Ajustamentos
Transferências
Aumentos
Alienações
e Abates
1.211.410
1.785.151
983.568
3.980.129
6.256
96.441
102.697
41.159.864
31.126.851
6.917.022
8.183.845
6.013.665
2.365.296
95.766.543
1.216.624
1.142.098
1.160.746
104.989
70.266
89.412
3.784.135
Saldos
finais
1.217.666
1.881.592
983.568
4.082.826
15.762
1.027.773
5.997
46.345
1.095.877
21.613.709
1.496
169.591
21.784.796
42.376.488
32.253.187
7.049.995
8.288.834
6.077.934
2.408.363
98.454.801
21.613.709
1.496
169.591
21.784.796
12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
A Empresa procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente: Decreto-Lei 430/78, de 27 de Dezembro; Decreto-Lei 219/82, de 2 de
Junho; Decreto-Lei 399-G/84, de 28 de Dezembro; Decreto-Lei 118-B/86, de 27 de Maio; Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril; Decreto-Lei 49/91, de 25 de Janeiro; Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro; DecretoLei 31/98, de 11 de Fevereiro. Uma parte (40%) do acréscimo das amortizações derivado das reavaliações legais efectuadas não é aceite como custo para efeitos de determinação da matéria colectável em sede
de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), tendo a Empresa calculado e registado os respectivos passivos por impostos diferidos (Nota 6).
13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e correspondente reavaliação liquida das amortizações acumuladas em 30 de Junho de 2006 é o seguinte:
Rubricas
Imobilizações Corpóreas
Terrenos e Recursos Naturais
Edificios e Outras Construçoes
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Ferramentas e Utensílios
Equipamento Administrativo
Outras Imobilizações Corpóreas
Imobilizações em Curso
Custos
Históricos
8.141.714
18.179.153
12.834.663
5.956.376
319.518
349.136
849.885
1.746.486
48.376.931
Reavaliações
5.592.469
2.107.290
28.358
7.728.117
Saldos
Reavaliados
13.734.183
20.286.443
12.863.021
5.956.376
319.518
349.136
849.885
1.746.486
56.105.048
10
14. LOCALIZAÇÃO DAS IMOBILIZAÇÕES
Em 30 de Junho de 2006, o valor global das imobilizações corpóreas e em curso afecta a cada uma das actividades da Empresa é como segue:
Rubricas
Unidade Fabril de Gaia
Unidade Fabril de Ovar
Delegação de Lisboa / U.F.Carregado
Imobilizações
Corpóreas
54.734.216
36.757.459
61.321.688
152.813.363
Imobilizações
em Curso
903.473
400.594
442.419
1.746.486
Total
55.637.689
37.158.053
61.764.107
154.559.849
16. EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS
A relação das empresas do Grupo e Associadas com indicação da sede, fracção do capital detido, capitais próprios e resultado líquido em 30 de Junho de 2006 são como segue:
Fracção Efectiva
Capital Detido
a 30.06.2006
Capitais
Próprios
a 30.06.2006
Resultados
Líquidos
a 30.06.2006
Valor de
Balanço
a 30.06.2006
Saltano -Investimentos e Gestão (SGPS), SA.
Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia
99,98%
23.425.908
663.044
4.488.183
Salvador Caetano -Comércio de Automóveis, SA.
Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia
92,89%
45.691.741
-418.961
9.868.048
Salvador Caetano España, SA.
Ctra. de Andalucia (N-IV), Km 31,800
Ciempozuelos -España
99,23%
976.165
59.244
Salvador Caetano (UK), Ltd.
Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire
United Kingdom
99,82%
11.333.009
-584.637
Steia -Soc. Técn Equipam. Industriais e Acessórios, SARL
Bissau
Guiné-Bissau
99,99%
Salvador Caetano Moçambique, SARL
Av. Silva Cunha -Parcela 149 -Matola -Maputo
Moçambique
63,33%
m MZM -24.979.815
m MZM -3.755.582
Salvador Caetano Coachbuilders Ltd.
Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire
United Kingdom
99,82%
GBP -514.134
GBP -80.010
Reliant Coaches Ltd.
Mill Lane, Heather-Coalville-Leicestershire
United Kingdom
99,82%
GBP -35.772
GBP -22.096
Cabo Verde Motors
Terra Branca -Praia
Cabo Verde
99,99%
CVE 285.025.929
CVE 78.006.507
Forcabo Veículos Automóveis, Lda.
Praia
Cabo Verde
99,91%
CVE 75.522.934
CVE 16.970.567
Salvador Caetano -Aluguer Automóveis, SA.
Rua José Mariani, 164 -Santa Marinha
Vila Nova de Gaia
99,98%
987.012
123.377
Caetanobus -Fabricação de Carroçarias, SA
Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia
73,98%
5.724.952
611.241
IPE -Indústria Produtora de Espumas, SA.
Rua da Pereiras,275
Vila Nova de Gaia
99,98%
855.442
4.212
Portianga -Comércio Internacional e Participações, SA.
Rua Campo Alegre, 1307 -Cave
Porto
99,98%
8.159.970
136.913
99,98%
USD 7.866.512
USD 992.768
Empresas do Grupo
Robert Hudson, Ltd.
Rua Major Kanyangulu, 72 -Luanda
Angola
24.195.690
204.507
724.983
463.493
11
Empresas Associadas
Contrac, Gmbh
Max-Planck-Ring, 43 -Wiesbaden Alemanha
Auto Partner SGPS, SA
Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -V. N. Gaia
Auto Partner -Comercio Automóveis, SA
Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -Vila Nova de Gaia
Auto Partner II-Rep C Automoveis SA
Av. Vasco da Gama, 1410 -Oliveira do Douro -V. N. Gaia
Fracção Efectiva
Capital Detido
a 30.06.2006
33,33%
Capitais
Próprios
a 30.06.2006
4.221.409
Resultados
Líquidos
a 30.06.2006
871.046
46,26%
2.513.708
65.206
46,26%
876.373
1.955
46,26%
-277.924
-93.715
Valor de
Balanço
a 30.06.2006
Os saldos a receber e a pagar com as empresas do Grupo e Associadas acima referidas, e que em 30 de Junho de 2006 se encontram reflectidas nas rubricas do balanço “Clientes, c/c”, “Fornecedores, c/c” e
“Empréstimos a empresas do Grupo” podem ser resumidos como segue:
Valor
Contas a receber
Curto prazo
Médio e Longo Prazo
Contas a pagar
Empréstimos concedidos
Saltano, SA
Steia, SA
55.854.355
3.622.515
2.919.731
21.525.000
169.591
21. MOVIMENTO OCORRIDO NOS AJUSTAMENTOS
Durante o primeiro semestre de 2006, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de ajustamentos:
Rubricas
Investimentos Financeiros
Cobrança Duvidosa
Depreciação de Existencias
Saldos iniciais
21.784.796
4.688.697
2.045.141
28.518.634
Reforço
Reversão
Utilizações
63.499
525.999
525.999
63.499
Saldos finais
21.784.796
4.625.198
1.519.142
27.929.136
23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA
As dívidas de cobrança duvidosa encontram-se incluídas na rubrica própria e pelo valor de Euros 5.170.399.
31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO
Fundo de Pensões
A Salvador Caetano constituiu por escritura pública datada de 29 de Dezembro de 1988 o Fundo de Pensões Salvador Caetano, alterado subsequentemente em 2 de Janeiro de 1994, em 29 de Dezembro de 1995 e
em 23 de Dezembro de 2002. Este Fundo de Pensões constituído prevê, enquanto a Salvador Caetano mantiver a decisão de realizar contribuições para o referido fundo, que os trabalhadores possam vir a auferir,
a partir da data da reforma, um complemento não actualizável, determinado com base numa percentagem do vencimento, entre outras condições.
De acordo com o último estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo, a Salvador Caetano tem vindo a efectuar contribuições para o mesmo, permitindo que a situação patrimonial do Fundo
ascendesse em 31 de Dezembro de 2005, a aproximadamente 17.885 milhares de Euros. A parcela das responsabilidades globais estimadas actuarialmente respeitantes à Empresa ascendem em 31 de Dezembro
de 2005 a, aproximadamente, 17.793 milhares de Euros. Os pressupostos actuariais utilizados pela sociedade gestora incluem, o método de cálculo “Projected Unit Credit”, as Tábuas de Mortalidade e invalidez
TV 77/73 e SuisseRe, respectivamente, bem como taxas de crescimento salarial, de pensões e de rendimento de 2%, 0% e 5%, respectivamente.
Durante o primeiro semestre 2006 foi criada uma dotação para reforço do Fundo em apreço, que ascendeu aproximadamente a 296 milhares de Euros, estimando-se deste modo que aquelas responsabilidades
permanecem cobertas pelo valor patrimonial do Fundo em 30 de Junho de 2006.
Outros Compromissos Financeiros
Em 30 de Junho de 2006, a Empresa tinha assumido outros compromissos financeiros como segue:
Responsabilidades
Por Fianças Prestadas
Valor
12.621.015
32. RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS BANCÁRIAS
Em 30 de Junho de 2006, a Empresa tinha solicitado a emissão responsabilizando-se por garantias bancárias destinadas à cobertura de linhas de crédito a utilizar por algumas das empresas do Grupo e Associadas
a saber:
Entidade Beneficiária da Garantia
Empresa do Grupo/Associada
Salvador Caetano (UK), Ltd.
Salvador Caetano Coachbuilders Ltd.
Reliant Coaches Ltd.
Contrac, Gmbh
Lloyd's Bank PLC
Deutsche Bank AG
Valor
£ 2.000.000
¤ 2.500.000
34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES
Durante o primeiro semestre de 2006, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:
Rubricas
Provisão para Outros Riscos e Encargos
Saldos iniciais
5.043.829
Aumentos
Redução
490.785
Saldos finais
4.553.044
12
36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL
Em 30 de Junho de 2006 o capital da Empresa é composto por 35.000.000 acções ao portador, totalmente subscritas e realizadas, de valor nominal de 1 Euro cada.
37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL SUBSCRITO
Valor
60%
27%
Fogeca – Gestão e Controle (S.G.P.S.), S.A.
Toyota Motor Corporation
40. VARIAÇÃO NAS RÚBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO
Durante o primeiro semestre de 2006, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de capital próprio:
Saldos
Iniciais
35.000.000
-21.409.201
6.187.306
6.208.803
71.731.295
7.133.354
Rubricas
Capital
Ajustamento Partes Capital Associadas
Reserva de Reavaliação
Reserva Legal
Reservas Livres
Resultado Líquido do Exercício
Aumentos
3.402.655
Diminuições
Transferências
-4.635.000
360.000
2.138.354
-2.498.354
Saldos
Finais
35.000.000
-21.409.201
6.187.306
6.568.803
73.869.649
3.402.655
A diminuição ocorrida nos capitais próprios no semestre findo em 30 de Junho de 2006, ficou a dever-se à deliberação da Assembleia Geral de Accionistas de 28 de Abril de 2006, de distribuir dividendos no montante
de Euros 3.500.000 e de distribuir gratificações aos colaboradores e corpos sociais da Empresa no montante de Euros 1.135.000.
Os movimentos de transferências resultam da aplicação do resultado do exercício de 2005.
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível
a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
As reservas de reavaliação resultam da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da legislação aplicável (Nota 12). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em
Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou em outras situações especificadas
na legislação.
41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS
A demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas no primeiro semestre de 2006 é como segue:
Rubricas
Existências Iniciais
Compras
Existências finais
Mercadorias
48.520.281
119.034.188
45.027.487
122.526.982
Matérias-primas
Subsidiárias
e de Consumo
12.612.520
27.601.304
8.910.056
31.303.768
Total
61.132.801
146.635.492
53.937.543
153.830.750
42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO
A demonstração da variação da produção ocorrida no primeiro semestre de 2006 é como segue:
Rubricas
Existências Finais
Existências Iniciais
Produtos Acabados
e Intermédios
5.825.281
3.576.549
2.248.732
Produtos e Trabalhos
em Curso
7.545.181
5.913.442
1.631.739
Total
13.370.462
9.489.991
3.880.471
43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
As remunerações dos membros dos órgãos sociais no primeiro semestre de 2006, foram como segue:
Órgãos Sociais
Conselho de Administração
Valor
249.079
44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS
O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos durante o primeiro semestre de 2006 foi como segue:
Viaturas Ligeiras
Veículos Pesados
Máquinas Industriais
Peças e Acessórios
Outros
Mercado
Interno
137.132.512
1.299.421
4.424.862
18.353.723
9.525.662
170.736.180
Mercado
Externo
14.580.928
3.309.391
113.500
1.074.783
123.994
19.202.596
Total
151.713.440
4.608.812
4.538.362
19.428.506
9.649.656
189.938.776
45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS
Em 30 de Junho de 2006 e 2005 os resultados financeiros têm a seguinte composição:
13
Custos e Perdas
Juros Suportados
Diferenças de Câmbio Desfavoráveis
Descontos de Pronto-Pagamento Concedidos
Outras Custos e Perdas Financeiros
Resultados Financeiros
Jun'06
2.425.918
37.913
16.980
193.619
-2.086.954
587.476
Jun'05
1.888.421
64.604
47.631
276.179
-1.075.539
1.201.296
Jun'06
147.538
394.099
39.644
6.122
73
587.476
Jun'05
133.465
990.006
67.670
10.091
64
1.201.296
Custos e Perdas
Donativos
Perdas em Existencias
Perdas em Imobilizações
Multas e Penalidades
Outros Custos e Perdas Extraordinários
Resultados Extraordinários
Jun'06
29.250
31.306
16.225
22.164
453.753
642.171
1.194.869
Jun'05
54.500
36.411
38.861
82.440
30.412
808.995
1.051.619
Proveitos e Ganhos
Restituição Impostos
Recuperação de Dívidas
Ganhos em Existências
Ganhos em Imobilizações
Beneficios de Penalidades Contratuais
Reduções de Provisões
Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários
Jun'06
Jun'05
276.961
Proveitos e Ganhos
Juros Obtidos
Rendimentos de Participações
Diferenças de Câmbio Favoráveis
Descontos de Pronto-Pagamento Obtidos
Outros Proveitos e Ganhos Financeiros
46. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Em 30 de Junho de 2006 e 2005 os resultados extraordinários têm a seguinte composição:
6.677
75.675
568.710
31.228
490.785
21.794
1.194.869
96.280
678.378
1.051.619
48. TÍTULOS E OUTRAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS
As participações financeiras minoritárias em empresas com capital cotado em Bolsa, encontram-se registadas ao custo de aquisição e as mais-valias potenciais, não reflectidas no balanço, ascendem, em 30 de
Junho de 2006, a aproximadamente Euros 8.574.830.
49. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
A rubrica do passivo “Estado e outros entes públicos”, em 30 de Junho de 2006, não inclui dívidas em situação de mora, sendo as principais componentes, como segue:
Rubricas
Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Colectivas (imposto estimado)
Imposto Sobre Rendimento das Pessoas Colectivas (retenções na fonte suportadas)
Imposto Automóvel
Direitos Aduaneiros
Imposto Sobre o Valor Acrescentado
Outras Contribuições e Impostos
Valor
1.107.136
-264.426
5.712.350
722.069
7.991.319
978.642
16.247.090
50. EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES E DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Em 11 de Junho de 2002, a Salvador Caetano contraiu um empréstimo obrigacionista no montante de 15.000.000 Euros, por um prazo de cinco anos, com um valor nominal de 10 Euros por obrigação, à taxa indexada
Euribor a 6 meses acrescida de 1,15%. Os juros vencem-se semestral e postecipadamente, tendo-se vencido o primeiro cupão em 11 de Dezembro de 2002. O reembolso será efectuado através de 4 prestações
iguais nas datas de pagamento dos 4º, 6º, 8º e 10º cupão, podendo ser efectuado o reembolso total ou parcial antecipado do seguinte modo:
- “Call Option” - a partir da segunda data de pagamento de juros (Jun’2003).
- “Put Option” - a partir da sexta data de pagamento de juros (Jun’2005).
Em 30 de Junho de 2006, o detalhe dos empréstimos por obrigações e das dívidas a instituições de crédito era como segue:
Curto prazo
Empréstimos por obrigações:
Salvador Caetano ’02
Dívidas a instituições de crédito:
Papel Comercial
Financiamentos correntes
Financiamentos a médio e longo prazo
3.750.000
25.000.000
50.063.234
14.250.000
89.313.234
14
51 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Em 30 de Junho de 2006, o detalhe destas rubricas era como segue:
Valor
50.476
Acréscimos de Proveitos
Custos diferidos
Activos por impostos diferidos (Nota 6)
Juros
Seguros
Outros
1.263.074
420.052
135.282
289.278
2.107.686
Acréscimos de Custos
Encargos com férias e subsídios de férias e Natal
Imposto Automóvel de viaturas vendidas e não matriculadas
Comparticipações em campanhas de promoção de vendas
Passivos por impostos diferidos (Nota 6)
Garantias
Juros a liquidar
Royalties
Seguros
Outros
3.799.923
1.742.884
1.366.270
1.337.410
808.046
399.902
212.417
44.110
2.469.413
12.180.375
Proveitos diferidos:
Juros debitados a clientes
Outros
173.131
515.262
688.393
52. VEICULOS EM FIM DE VIDA
Em Setembro de 2000, a Comissão Europeia votou uma directiva respeitante aos veículos em fim de vida e a correspondente responsabilidade dos Produtores/Distribuidores pelo seu desmantelamento e reciclagem.
Os Produtores/Distribuidores terão, segundo este normativo, que suportar no mínimo uma parte significativa do custo de retoma dos veículos, colocados no mercado a partir de 1 de Julho de 2002 bem como, para
os comercializados anteriormente a esta data quando apresentados a partir de 1 Janeiro de 2007.
Esta legislação terá impacto nos veículos Toyota vendidos em Portugal. A Salvador Caetano e a sua representada Toyota, estão a monitorar atentamente o desenvolvimento da Legislação Nacional Portuguesa de
forma a, em devido tempo, poderem quantificar o impacto destas operações nas suas demonstrações financeiras.
É no entanto nossa convicção, face aos estudos já elaborados sobre o mercado português, e atendendo à possível valorização dos resíduos resultantes do desmantelamento dos veículos em causa, que o impacto
efectivo desta legislação nas contas da Empresa será diminuto senão nulo.
Entretanto e para cumprimento da legislação introduzida no normativo nacional (Dec./Lei 196/2003), a Empresa concretizou a contratualização com a “ValorCar – Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de
Vida, Lda.” – Empresa licenciada como entidade gestora do sistema integrado de gestão de VFV – a transferência das responsabilidades inerentes a todo este processo.
DEMONSTRAÇÃO
1
2
3
4
5
6
DOS
RESULTADOS
POR
Vendas e prestações de serviços
Custo das vendas e prestações de serviços
Resultados Brutos
Outros proveitos operacionais
Custos de distribuição
Custos administrativos
Resultados Operacionais
7 Rendimentos de participações de capital:
Relativos a empresas interligadas
Relativos a outras empresas
8 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras:
Relativos a empresas interligadas
Outros
9 Outros juros e proveitos similares:
Relativos a empresas interligadas
Outros
10 Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros
11 Juros e custos similares:
Relativos a empresas interligadas
Outros
Resultados Correntes
Resultados Antes de Impostos
Imposto sobre o rendimento do exercício
19 Resultado Líquido do Exercício
Resultado Liquído por Acção
FUNÇÕES
Jun 06
Jun 05
189.938.776
162.986.270
26.952.506
630.148
16.469.635
4.458.543
6.654.476
193.909.944
166.277.272
27.632.672
1.919.437
17.260.528
4.652.309
7.639.272
120.395
273.704
752.465
237.541
193.377
211.290
2.674.430
4.567.522
4.567.522
1.164.867
3.402.655
0,10
2.276.835
6.563.733
6.563.733
1.537.468
5.026.265
0,14
15
DEMONSTRAÇÃO
DOS
FLUXOS
DE
CAIXA
Jun 06
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de Clientes
Pagamentos a Fornecedores
Pagamentos ao Pessoal
Fluxo gerado pelas Operações
Pagamento do Imposto sobre o Rendimento
Outros Recebimentos/Pagamentos relativos à Actividade Operacional
Fluxo gerados antes das Rubricas Extraordinárias
Recebimentos relacionados com Rubricas Extraordinárias
Pagamentos relacionados com Rubricas Extraordinárias
Fluxo das Actividades Operacionais
Jun 05
240.024.950
-211.109.212
-7.827.929
245.864.573
-178.427.373
-7.459.721
21.087.809
-888.015
-15.749.385
4.450.409
152.304
-72.450
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações Financeiras
Imobilizações Corpóreas
Juros e Proveitos Similares
Dividendos
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos Financeiros
Imobilizações Corpóreas
Imobilizações Incorpóreas
Fluxo das Actividades de Investimento
79.854
4.530.263
837.378
1.997.964
100.493
-172.824
-72.331
42.574.605
1.927.420
394.099
3.229.441
-6.904.927
-192.328
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos Obtidos
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos Obtidos
Amortização de Contratos de Locação Financeira
Juros e Custos Similares
Dividendos
Fluxo das Actividades de Financiamento
59.977.479
-1.117.121
-16.213.422
42.646.936
-7.097.255
-3.867.814
7.557.429
990.006
-3.919.113
-77.373
2.917.426
-3.996.486
-1.079.060
7.557.429
-38.858.550
-2.671.944
-3.494.010
-6.165.954
1.391.475
CAIXA E EQUIVALENTES
Caixa e Seus Equivalentes no Início do Período
Caixa e Seus Equivalentes no Fim do Período
Variação de Caixa e Seus Equivalentes
2.463.108
4.517.032
2.053.924
-1.619.104
-2.090.242
-42.567.896
-42.567.896
8.828.261
7.755.910
-1.072.351
O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente;
Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano
ANEXO
À
DEMONSTRAÇÃO
DOS
FLUXOS
DE
CAIXA
Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes
Jun 06
Numerário
Depósitos Bancários Imediatamente Mobilizáveis
Equivalentes a Caixa
Caixa e Seus Equivalentes
DISPONIBILIDADES CONSTANTES DO BALANÇO
104.750
4.399.391
12.891
4.517.032
4.517.032
Jun 05
104.750
7.651.567
(407)
7.755.910
7.755.910
O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente;
Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins Caetano; Ana Maria Martins Caetano
16
RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA ELABORADO POR AUDITOR
REGISTADO NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL INDIVIDUAL
Introdução
1. Nos termos do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira do semestre findo em 30 de Junho de 2006, da Salvador Caetano – Indústrias
Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A., incluída: no Relatório de Gestão, no Balanço (que evidencia um total de 270.203.064 Euros e capitais próprios de 103.619.212 Euros, incluindo um resultado líquido de
3.402.655 Euros) na Demonstração dos resultados por naturezas e na Demonstração dos fluxos de caixa do semestre findo naquela data e nos correspondentes Anexos.
2. As quantias das demonstrações financeiras, bem como as da informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos da Empresa, posteriormente ajustadas com as quantias, ainda
sem registo contabilístico, que foram objecto do nosso trabalho.
Responsabilidades
3. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação da informação financeira histórica semestral de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja
completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (ii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iii) a manutenção de um sistema
de controlo interno apropriado; e (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.
4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira,
actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, sobre essa
informação financeira, baseado no nosso trabalho.
Âmbito
5. O trabalho a que procedemos teve como objectivo obter uma segurança moderada quanto a se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. O nosso
trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objectivo, e consistiu
principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo
em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se, para os aspectos materialmente
relevantes, a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários.
6. O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos anteriormente referidos.
7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base aceitável para a emissão do presente relatório de revisão limitada sobre a informação semestral.
Parecer
8. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira do
semestre findo em 30 de Junho de 2006 da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com
os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 5 acima, não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva
e lícita.
Ênfase
9. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1, referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram preparadas, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em
Portugal, para publicação nos termos da legislação em vigor. Conforme indicado na Nota 3 d) do Anexo às demonstrações financeiras, os investimentos financeiros em empresas filiais e associadas são registados
ao mais baixo do custo de aquisição ou valor de mercado ou recuperação. A Empresa irá preparar, nos termos da legislação em vigor, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, para publicação em separado.
Porto, 11 de Setembro de 2006
DELOITE & ASSOCIADOS, SROC S.A.
Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves
17
INDICADORES
FINANCEIROS
CONSOLIDADOS
VENDAS
CASH-FLOW BRUTO
ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS
CUSTOS COM O PESSOAL
INVESTIMENTO LIQUIDO
VOLUME DE EMPREGO
RESULTADO LIQUIDO COM INT MINORITARIOS
RESULTADO LIQUIDO SEM INT MINORITARIOS
GRAU DE AUTONOMIA FINANCEIRA
RELATÓRIO
DE
(Euros)
JUN ‘06
288.188.712
15.137.808
3.789.658
33.763.464
21.751.605
2.936
3.998.728
3.822.459
33,06%
JUN ‘05
286.596.871
17.155.927
3.201.176
35.195.049
1.845.140
3.072
4.870.317
5.059.148
34,76%
GESTÃO
ENQUADRAMENTO
Em Portugal, a exemplo do que se verifica na Europa, o crescimento da economia tem superado as expectativas traçadas no início do ano. A Comissão Europeia espera que a economia dos países pertencentes à
Zona Euro cresça, este ano 2,5%, o que traduz uma forte revisão em alta face aos 2,1% previamente apresentados.
O mercado automóvel, sector fundamental para a actividade do Grupo Salvador Caetano IMVT e fortemente dependente da evolução da procura interna e do investimento, evidenciou uma retracção que está
associada ao facto de em 2005 ter ocorrido uma alteração de taxa de IVA de 19% para 21%. Este facto provocou vendas antecipadas em Junho de 2005 capazes de distorcer a comparabilidade de períodos
homólogos. A continuada estabilidade económica e social que se tem verificado em Angola e Cabo Verde, países onde o Grupo se encontra representado, é algo que tem permitido realizar investimentos com níveis
de retorno satisfatórios.
SALVADOR CAETANO I.M.V.T., S. A.
O volume de negócios da empresa em 2006 no montante de 190 milhões de euros reflecte uma diminuição de actividade de 2% face a 2005 em período homólogo. Este decréscimo de actividade resulta,
essencialmente, do facto de 2005 se encontrar influenciado por antecipação de vendas por força da alteração da taxa de IVA de 19% para 21%.
A quebra verificada ao nível dos resultados fica a dever-se, principalmente, ao aumento das despesas com publicidade, nomeadamente o patrocínio dos eventos Rock in Rio e Salão Automóvel.
A empresa prevê atingir resultados antes de impostos no montante de 9 milhões de euros, idênticos aos de 2005.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
193.909.944
11.707.927
7.639.272
6.563.733
2006
189.938.776
9.373.140
6.654.478
4.567.524
Variação
-2,05%
-19,94%
-12,89%
-30,41%
CAETANOBUS – FABRICAÇAO DE CARROÇARIAS, S.A.
Os resultados obtidos pela Caetanobus no período em análise, reflectem todo um processo de reestruturação levado a cabo em períodos anteriores.
A empresa encontra-se dotada de capacidade instalada adequada ao plano de produção para 2006, sendo de prever que no segundo semestre se verifique um desempenho que permita um resultado final próximo
(Euros)
dos 2 milhões de euros.
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
25.686.208
218.016
-550.732
-817.961
2006
28.309.916
1.671.507
850.790
611.240
Variação
10,21%
666,69%
254,48%
174,73%
SALVADOR CAETANO – COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A.
A Salvador Caetano Comércio de Automóveis registou, neste semestre de 2006, um decréscimo de vendas de viaturas novas de 7%, face ao período homólogo de 2005. Esta quebra está directamente relacionada
com a alteração da taxa de IVA e consequente antecipação de vendas, ocorrida em 2005.
Os resultados negativos alcançados incorporam custos extraordinários de 1,3 milhões de euros, onde se destaca o montante de 827 mil euros de mútuos acordos.
Com a evolução prevista no segundo semestre de 2006 a empresa espera fechar o ano com lucros de 200 mil euros.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
138.644.107
3.373.835
1.511.016
1.590.340
2006
133.050.553
2.348.361
-615.523
-418.961
Variação
-4,03%
-30,39%
-140,74%
-126,34%
AUTOPARTNER COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A.
A Autopartner Comércio de Automóveis desenvolve a sua actividade com a comercialização de viaturas da marca Toyota. A diminuição da margem de comercialização, associada a algum empolamento das
despesas, levou a que o resultado se situe no ponto crítico. A empresa espera superar esta situação já no segundo semestre de 2006.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
5.952.807
132.519
58.929
58.699
2006
6.839.853
75.830
1.333
1.955
Variação
14,90%
-42,78%
-97,74%
-96,67%
18
AUTOPARTNER REPARAÇÃO E COLISÃO AUTO, S.A.
Empresa cuja actividade se prende com a reparação automóvel, a Autopartner Reparação e Colisão Auto, ainda em fase de implementação no mercado, assume neste primeiro semestre de 2006 alguns erros de
orçamentação que implicaram o reconhecimento de prejuízos. A empresa, até ao final do exercício, pretende esta situação ultrapassada, aproximando o resultado do ponto crítico.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
44.197
17.068
17.068
17.009
2006
2.241.619
-60.068
-93.669
-93.714
Variação
4971,86%
-451,93%
-648,79%
-650,96%
SALVADOR CAETANO – ALUGUER DE AUTOMÓVEIS, S.A.
A pautar-se por uma estabilidade de operações, a Salvador Caetano Aluguer de Automóveis mantém o nível de facturação de 2005, com uma ligeira quebra de resultados, a qual será recuperada até ao final do ano.
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
3.809.098
3.470.892
539.479
152.291
2006
3.924.812
3.339.190
504.871
123.377
(Euros)
Variação
3,04%
-3,79%
-6,42%
-18,99%
I.P.E. – INDÚSTRIA PRODUTORA DE ESPUMAS, S.A.
Com um volume de facturação ao nível de 2005 e evidenciando melhoria ao nível do E.B.I.T.D.A. a IPE, no entanto, incorreu neste semestre de 2006 em custos de reestruturação que inviabilizaram a manutenção
dos resultados.
Para o segundo semestre, a empresa prevê continuar a conseguir níveis de actividade superiores devido quer ao plano de encomendas em carteira, quer aos ganhos de produtividade obtidos com a reestruturação.
Assim, no final do ano, a IPE espera atingir cerca de 200 mil euros de resultados antes de impostos.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
4.077.994
294.574
174.288
73.376
2006
4.128.637
323.293
58.811
4.210
Variação
1,24%
9,75%
-66,26%
-94,26%
PORTIANGA – COMÉRCIO INTERNACIONAL E PARTICIPAÇÕES, S.A.
A Portianga tem a sua actividade exclusivamente centrada nas empresas que detém em África, nomeadamente em Cabo Verde e Angola. A evolução favorável que estas empresas têm evidenciado reflecte-se nos
resultados da empresa mãe.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
4.063.395
175.562
164.301
46.566
2006
6.686.354
344.165
339.717
136.913
Variação
64,55%
96,04%
106,76%
194,02%
MERCADO EUROPEU
ESPANHA
SALVADOR CAETANO ESPANHA, S.A.
Perante um cenário de retracção do mercado de mini autocarros, a Salvador Caetano Espanha evidenciou um bom desempenho conseguindo incrementar a sua actividade. Este factor, associado à continuada
atenção dada à gestão, proporcionaram a evolução favorável dos resultados, face ao período homólogo de 2005.
Para o segundo semestre de 2006 a empresa conta com um abrandamento da procura que, no entanto, não colocará em causa o crescimento das vendas face a 2005.
A estimativa de resultados para 2006, em cerca de 80 mil euros, pressupõe um aumento de 30% face ao ano anterior.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
1.031.406
46.476
14.440
15.577
2006
1.326.439
89.450
55.738
58.142
Variação
28,60%
92,47%
285,99%
273,26%
INGLATERRA
SALVADOR CAETANO COACHBUILDERS, LTD.
A Salvador Caetano Coachbuilders, ainda em fase de finalização do processo de reestruturação em que estrategicamente se envolveu, conseguiu resultados operacionais muito próximo do ponto crítico.
A empresa ambiciona, até ao final de 2006, neutralizar as perdas verificadas em Junho de 2006.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
2.940.198
115.184
42.074
-176.071
2006
4.893.716
-15.197
-47.620
-116.359
Variação
66,44%
-113,19%
-213,18%
33,91%
Taxa de Câmbio 1¤ = 0,688 GBP
SALVADOR CAETANO UK, LTD.
O crescimento de actividade registado em Salvador Caetano UK em 2006, face ao período homólogo de 2005, proporcionou a obtenção de resultados operacionais significativamente positivos, cumprindo com as
previsões oportunamente formuladas.
A constituição de provisões relacionada com medidas de reestruturação ainda em curso, explica o resultado.
19
(Euros)
VOLUME DE NEG.CIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
7.257.704
126.673
22.402
-235.009
2006
11.096.423
446.756
-614.642
-850.239
Variação
52,89%
252,69%
-2843,68%
-261,79%
Taxa de Câmbio 1¤ = 0,688 GBP
RELIANT COACHES, LTD.
Neste primeiro semestre de 2006, a pouco significativa actividade da Reliant Coaches proporcionou, no entanto, uma ligeira melhoria de rentabilidade, face a 2005.
Com o objectivo de operar no ponto crítico a empresa continua a aguardar uma decisão da sua manutenção, ou não, como participada do Grupo.
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
563.464
88.568
-19.475
-43.689
(Euros)
Variação
-18,77%
-43,46%
36,55%
26,45%
Taxa de Câmbio 1¤ = 0,688 GBP
2006
457.723
50.079
-12.356
-32.134
ALEMANHA
CONTRAC, GMBH
Num processo contínuo de aumento de penetração do produto Cobus (veículos de transporte de passageiros em plataformas de aeroportos) a nível mundial, a Contrac regista um aumento de unidades vendidas
de 21%, face ao período homólogo de 2005. O impacto menos positivo ao nível do resultado antes de impostos prende-se com o facto da empresa ter levado a cabo uma operação de reestruturação que implicou
custos acrescidos no montante de 200 mil euros.
Com a manutenção das premissas do orçamento a empresa prevê alcançar no final de 2006 um resultado acima dos 3 milhões de euros.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
36.117.603
1.454.480
1.376.974
1.189.017
2006
41.249.242
1.562.675
1.475.563
1.134.113
Variação
14,21%
7,44%
7,16%
-4,62%
MERCADO AFRICANO
CABO VERDE
CABO VERDE MOTORS, S.A.
A Cabo Verde Motors, cuja actividade se centra na comercialização de viaturas Toyota e sua assistência, evidenciou neste semestre de 2006, um bom desempenho. As vendas cresceram cerca de 48%, face ao
período homólogo do ano anterior, e a sua rentabilidade foi de 12%, 4 p.p. acima do registado em Junho de 2005.
A empresa espera que no segundo semestre de 2006 o comportamento do mercado automóvel em Cabo Verde se mantenha idêntico ao primeiro semestre ambicionando para o final do ano a manutenção do 1º
lugar para a marca Toyota.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
4.052.326
543.722
324.803
312.761
2006
5.975.924
942.835
731.688
707.441
Variação
47,47%
73,40%
125,27%
126,19%
Taxa de Câmbio 1¤ = 110 CVE
FORCABO – VEICULOS AUTOMOVEIS, LDA.
No passado ano a estratégia da Forcabo para a implantação da marca Ford em Cabo Verde passou por uma política de alguma contenção de margens de comercialização no sentido de enfrentar as marcas presentes
no sector. Neste semestre de 2006 consolidou esta medida que lhe permitiu alcançar o segundo lugar no ranking das vendas do sector automóvel.
Para o final de 2006 a empresa perspectiva a manutenção da sua posição face ao mercado.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
1.205.191
145.072
78.002
74.428
2006
2.123.490
315.682
243.700
236.779
Variação
76,20%
117,60%
212,43%
218,13%
Taxa de Câmbio 1¤ = 110 CVE
ANGOLA
ROBERT HUDSON, LTD.
A Robert Hudson, com um crescimento das vendas de 55%, face ao primeiro semestre de 2005, reflecte a evolução positiva que Angola tem evidenciado, após o longo período de instabilidade que viveu.
A contabilização de elevadas diferenças de câmbio nas transacções comerciais com a empresa mãe, implicou o reconhecimento de custos financeiros que determinaram a diminuição do resultado
comparativamente a 2005.
Numa perspectiva de manutenção do quadro macroeconómico que se vive em Angola a empresa, para o final de 2006, prevê atingir resultados compatíveis com os alcançados no primeiro semestre.
(Euros)
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
2005
6.952.581
1.712.029
1.355.737
1.388.385
2006
10.753.772
1.845.722
1.682.939
1.237.643
Variação
54,67%
7,81%
24,13%
-10,86%
Taxa de Câmbio 1¤ = 1,234 USD
20
MOÇAMBIQUE
SALVADOR CAETANO MOÇAMBIQUE, S.A.R.L.
A Salvador Caetano Moçambique encontra-se desactivada aguardando uma decisão de descontinuidade ou não de operações.
VOLUME DE NEGÓCIOS
E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL
E.B.I.T.
RESULTADO ANTE IMPOSTOS
(Euros)
2005
2.493
-19.712
-192.615
-192.380
2006
520
-125.610
-132.550
-131.445
Variação
-79,15%
-537,23%
31,18%
31,67%
Taxa de Câmbio 1¤ = 28.571 MZM
ACTIVIDADE
FINANCEIRA
Em termos consolidados a Salvador Caetano IMVT, tendo em conta a não alteração do perímetro de consolidação, pautou o seu desempenho pela manutenção do volume de negócios.
A performance operacional do Grupo registou uma quebra de 9,3% face a 2005 devido, essencialmente, ao desempenho comercial / mix de vendas da Salvador Caetano IMVT e Salvador Caetano Comércio de
Automóveis. No entanto, este efeito vem atenuado pelos bons resultados alcançados quer nas áreas industriais, quer nas empresas sedeadas em África.
(Milhares de Euros)
Vendas
Resultados Operacionais
Resultados Antes Impostos
Junho 2005
286.597
10.062
6.861
Junho 2006
288.189
9.156
5.514
Variação
1.592
-906
-1.347
Ao nível dos resultados antes de impostos, o reconhecimento de custos decorrentes com operações de reestruturação a que anteriormente nos referimos, explica a redução verificada. Esta redução, esperamos
que seja recuperada até ao final do exercício, onde se prevê alcançar resultados ligeiramente acima dos obtidos em 2005.
O Grau de Autonomia Financeira mantém-se em nível adequado, com o indicador situado em 33%.
CONCLUSÕES
Face aos últimos indicadores conhecidos da economia portuguesa que apontam para um crescimento económico sustentado, as empresas do Grupo partem para um segundo semestre com expectativas positivas,
pelo que se objectiva que 2006 supere 2005.
A contínua recuperação que se tem verificado na área industrial do Grupo é algo que se considera imprescindível, sendo um contributo significativo para o seu valor acrescentado.
A total satisfação dos clientes continua a ser um objectivo fundamental para o Grupo, considerando ser um factor decisivo para a diferenciação no mercado e capaz de potenciar a sua actividade global.
Vila Nova de Gaia, 20 de Setembro de 2006
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins
Caetano; Ana Maria Martins Caetano
21
BALANÇO
CONSOLIDADO
EM
30
DE
JUNHO
DE
2006
E
2005
(Euros)
ACTIVO
ACTIVOS NÃO CORRENTES:
Imobilizações incorpóreas
Imobilizações corpóreas
Propriedades de investimento
Investimentos em empresas associadas
Investimentos disponíveis para venda
Outras dívidas de terceiros
Activos por impostos diferidos
Clientes
Total de activos não correntes
ACTIVOS CORRENTES:
Existências
Clientes
Outras dívidas de terceiros
Outros activos correntes
Investimentos detidos até à maturidade
Caixa e equivalentes a caixa
Total de activos correntes
Total do activo
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social
Reserva legal
Reservas de reavaliação
Reservas de conversão
Reservas de justo valor
Outras reservas
Resultado consolidado líquido do período
Interesses minoritários
Total do capital próprio
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Empréstimos bancários de longo prazo
Empréstimos obrigacionistas
Responsabilidades por pensões
Outros passivos de médio e longo prazo
Passivos por impostos diferidos
Total de passivos não correntes
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários de curto prazo
Empréstimos obrigacionistas
Outros empréstimos
Fornecedores
Outras dívidas a terceiros
Outros passivos correntes
Provisões
Instrumentos derivados
Total de passivos correntes
Total do passivo e capital próprio
Notas
30/06/2006
30/06/2005
8
9
10
11
11
14
16
13
1.068.979
134.633.910
7.395.786
2.562.266
15.814.244
1.111.072
3.934.492
163.342
166.684.091
1.214.464
136.784.865
890.902
2.596.947
11.159.619
1.111.072
3.856.115
257.136
157.871.120
12
13
14
15
11
17
110.209.609
81.295.838
8.905.688
5.139.989
10.401.221
215.952.345
382.636.436
99.131.768
78.960.680
4.472.721
3.653.229
734.169
13.070.071
200.022.638
357.893.758
Notas
30/06/2006
30/06/2005
18
35.000.000
6.568.803
6.187.307
(756.038)
6.216.752
66.045.527
3.822.459
123.084.810
3.433.030
126.517.840
35.000.000
6.208.803
6.187.307
116.994
2.853.720
65.589.176
5.059.148
121.015.148
3.370.941
124.386.089
19.313.085
4.664.998
67.484
4.933.507
28.979.074
33.542.136
3.750.000
1.750.425
35.999
3.816.032
42.894.592
126.365.570
3.750.000
124.699
52.381.505
21.728.379
21.593.700
642.327
553.342
227.139.522
382.636.436
95.572.054
3.750.000
124.699
46.005.509
17.920.138
24.592.845
1.452.504
1.195.328
190.613.077
357.893.758
19
20
20
25
16
20
20
22
23
24
26
21
O anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2006.
O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins
Caetano; Ana Maria Martins Caetano
22
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS
PARA OS PERÍODOS DE 6 MESES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006
E
2005
(Euros)
Notas
30/06/2006
30/06/2005
32
32
265.553.284
22.635.428
17.123.965
305.312.677
264.416.773
22.180.098
14.778.371
301.375.242
12
12
26
8e9
10
26
221.918.164
(4.097.429)
32.318.975
33.763.464
10.109.301
146.284
1.470.497
527.232
296.156.488
9.156.189
214.368.916
728.930
29.156.910
35.195.049
9.895.976
28.205
374.948
1.564.019
291.312.953
10.062.289
Mais-valias em activos não correntes detidos para venda
34
-
-
Resultados relativos a empresas associadas
Custos financeiros
Proveitos financeiros
Resultados antes de impostos
33
33
33
321.353
(4.569.081)
605.927
5.514.388
374.784
(3.909.686)
333.726
6.861.113
Impostos sobre o rendimento
Resultado líquido consolidado do período
28
(1.515.660)
3.998.728
(1.990.796)
4.870.317
3.822.459
176.269
3.998.728
5.059.148
(188.831)
4.870.317
0,114
0,114
0,139
0,139
Proveitos operacionais:
Vendas
Prestações de serviços
Outros proveitos operacionais
Total de proveitos operacionais
Custos operacionais:
Custo das vendas
Variação da produção
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Amortizações de propriedades de investimento
Provisões e perdas por imparidade
Outros custos operacionais
Total de custos operacionais
Resultados operacionais
Atribuível:
ao Grupo
a interesses minoritários
Resultados por acção:
Básico
Diluído
O anexo faz parte integrante da demonstração para o período de 6 meses findo em 30 de Junho de 2006.
O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins
Caetano; Ana Maria Martins Caetano
23
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO
DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Salvador Caetano” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1946, que tem a sua sede social em Vila Nova de Gaia e
que se insere num Grupo (“Grupo Salvador Caetano – IMVT, S.A.”), cujas Empresas exercem, sobretudo, actividades económicas inseridas no ramo automóvel, nomeadamente, a importação, montagem e
comercialização de automóveis ligeiros e pesados, a indústria de autocarros, a comercialização de equipamento industrial de movimentação de cargas, a comercialização de peças para veículos, bem como a
correspondente assistência técnica. Adicionalmente, o Grupo exerce a actividade de tratamento de superfície que abrange a pintura industrial e a lacagem dos ramos civil e auto.
Com efeitos a partir de Maio de 2005, as funções do Departamento de Logística de peças Toyota (importação e distribuição), no âmbito de um projecto Paneuropeu da nossa representada, passou para uma
empresa do Grupo Toyota, Toyota Logísticos Serviços Portugal Unipessoal, Lda, continuando a operar no nosso armazém central.
Também a partir de Julho de 2005 a representação de máquinas de movimentação de terras deixou de existir em consequência da não renovação do contrato por parte da nossa agora ex-representada Liebherr.
As acções da Salvador Caetano estão cotadas na Euronext Lisboa desde Outubro de 1987.
Em 30 de Junho de 2006, as Empresas que constituem o Grupo Salvador Caetano - IMVT, S.A., suas respectivas sedes e abreviaturas utilizadas, são como segue:
Empresas
Com sede em Portugal:
Salvador Caetano – IMVT, S.A. (“Empresa-mãe”)
Saltano – Investimentos e Gestão, S.G.P.S., S.A. (“Saltano”)
IPE – Indústria Produtora de Espumas, S.A. (“IPE”)
Portianga, S.A. (“Portianga”)
Salvador Caetano – Aluguer de Automóveis, S.A. (“S.C. Aluguer”)
Caetanobus-Fabricação de Carroçarias, S.A. (“Caetanobus”)
Salvador Caetano - Comércio de Automóveis, S.A. (“S.C. Com. Automóveis”)
Auto Partner SGPS, S.A. (“Auto Partner SGPS”)
Auto Partner-Comércio de Automóveis, S.A. (“Auto Partner”)
Auto Partner II-Reparadora de Colisão Automóvel, S.A. (“Auto Partner II”)
Com sede noutros países:
Salvador Caetano (UK), Ltd. (“Salvador Caetano UK”)
Salvador Caetano (Espanha), S.A. (Salvador Caetano Espanha”)
Contrac GMBH (“Contrac”)
Robert Hudson, Ltd. (“Robert Hudson”)
Steia – Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais
e Acessórios, S.A.R.L. (“Steia”)
Salvador Caetano (Moçambique), S.A.R.L. (“Salvador Caetano Moçambique”)
Cabo Verde Motors (“Cabo Verde Motors”)
Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. (“S.C. Coachbuilders”)
Reliant Coaches, Ltd. (“Reliant Coaches”)
Forcabo – Veículos Automóveis, Lda. (“Forcabo”)
Indicabo – Veículos Automóveis, Lda. (“Indicabo”)
Sede
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Gaia
Carvalhos
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Gaia
Leicestershire (Inglaterra)
Madrid (Espanha)
Wiesbaden (Alemanha)
Luanda (Angola)
Bissau (Guiné-Bissau)
Maputo (Moçambique)
Praia (Cabo Verde)
Leicestershire (Inglaterra)
Leicestershire (Inglaterra)
Praia (Cabo Verde)
Praia (Cabo Verde)
As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que o Grupo opera. As operações estrangeiras são incluídas nas
demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a política descrita no ponto 2.2 d).
2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As bases de apresentação e as principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes:
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – “IAS”)
emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing
Interpretations Committee” (“SIC”), em vigor em 1 de Janeiro de 2005.
A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) ocorreu pela primeira vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses (“POC”) para esse normativo foi 1
de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro”.
Nos termos desta norma, os efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram registados em capitais próprios.
As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas de acordo com a IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”.
As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o princípio do custo histórico e, no caso de alguns instrumentos financeiros
ao justo valor, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 4 e 6).
2.2. Princípios de consolidação
São os seguintes os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo:
a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou Sócios e detenha o poder de controlar as
suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação integral. O capital próprio
e o resultado líquido destas empresas, correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada dos resultados, na
rubrica “Interesses minoritários”. As empresas do Grupo incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 4.
Nas situações em que os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando
os accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos
absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido
como uma diferença de consolidação. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após
confirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.
24
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas com as usadas pelo Grupo. As transacções, as margens geradas entre
empresas do Grupo, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas
são consolidadas pelo método de consolidação integral.
b) Investimentos financeiros em empresas associadas
Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeiras e
operacionais das Empresas - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos
capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no
valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas são registadas como um proveito do período na rubrica da demonstração dos resultados “Resultados relativos a
empresas associadas”.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se confirmem. Quando as
perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir, são objecto de reversão (com excepção para a parcela imputável a diferenças de consolidação).
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento financeiro se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio
da associada não for positivo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, sendo nesses casos registada uma provisão para fazer face a essas obrigações.
Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada, por contrapartida do investimento financeiro nessa mesma associada. As perdas
não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto que não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade.
Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 6.
c) Diferenças de consolidação
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição,
quando positivas, são registadas na rubrica “Diferenças de consolidação”, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados.
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas associadas e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando
positivas, são registadas na própria rubrica “Investimentos em empresas associadas”, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados.
Em 30 de Junho de 2006 as demonstrações consolidadas anexas não incluem Diferenças de consolidação.
d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras
Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio em vigor à data do balanço, e os custos e os proveitos bem como os fluxos
de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial gerada após 1 de Janeiro de 2004 é registada no capital próprio na rubrica “Reservas de
conversão”. As diferenças cambiais acumuladas geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de “Outras reservas”.
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração dos resultados como um ganho ou perda na alienação.
As cotações utilizadas na conversão para Euros foram as seguintes:
Rubricas
SC (UK), Ltd.
Cabo Verde Motors, SARL
SC Moçambique, SARL
Robert Hudson, Ltd
Forcabo, Lda
SC Coachbuilders, Ltd
Reliant Coaches, Ltd
Moeda
GBP
CVE
MZM
USD
CVE
GBP
GBP
Aplicabilidade
Câmbio Final
Jun-06
Câmbio Histórico
Médio Jun-06
Câmbio
Data Constituição
Câmbio Final
2005
1,44776
0,009069
0,000034
0,78815
0,009069
1,44776
1,44776
Contas Balanço
excepto Capitais
Próprios
1,4543
0,009069
0,000035
0,8103
0,009069
1,4543
1,4543
0,9798
0,008847
0,000032
0,7356
0,008847
1,4212
1,4212
1,46214
0,009069
0,000037
0,8494
0,009069
1,46214
1,46214
Contas de Resultados
Capital Social
Resultados
Transitados
2.3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS
Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Salvador Caetano na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas são os seguintes:
a) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao seu custo de aquisição, ou custo de aquisição
reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são calculadas, após o início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Taras e vasilhame
Anos
20-50
7-16
4-5
4-14
3-14
5-11
Excepção feita às seguintes empresas:
(i) Salvador Caetano – Aluguer de Automóveis, S.A. no que diz respeito ao equipamento de transporte em que se pratica o regime de duodécimos das amortizações a partir do momento em que o bem entra em
funcionamento até ao fim da sua vida útil; este tratamento diferenciado deve-se à especificidade do negócio de rent-a-car.
(ii) Salvador Caetano – Comércio de Automóveis, S.A. que a partir do exercício de 2004 começou a amortizar por duodécimos as viaturas de serviço adquiridas no ano.
O Conselho de Administração entende que estas excepções não produzem um efeito materialmente relevante nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.
As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem.
25
As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registadas ao custo de aquisição. Estas imobilizações são transferidas para imobilizado
corpóreo e amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo
registadas na demonstração dos resultados como “Outros proveitos operacionais” ou “Outros custos operacionais”.
b) Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável
que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se o Grupo as puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor.
As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas.
As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado
venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas.
Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam
directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos.
As imobilizações incorpóreas são amortizadas, pelo método das quotas constantes, durante um período de três a cinco anos.
c) Propriedades de investimento
As propriedades de investimento, que correspondem a activos imobiliários detidos para obtenção de rendimento através do seu arrendamento ou para valorização são registadas ao custo de aquisição.
d) Locação financeira e operacional
Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação e como (ii)
locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados pelo método financeiro e, consequentemente, o custo do activo é
registado no imobilizado corpóreo e as correspondentes responsabilidades são registadas como contas a pagar a fornecedores. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira
do capital, sendo os encargos financeiros imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo, sendo o
imobilizado corpóreo amortizado de acordo com a vida útil dos bens.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
e) Existências
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.
Os produtos acabados e intermédios bem como os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo das
matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa, gastos gerais de fabrico e serviços executados no exterior.
As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado das existências.
f) Subsídios
Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua
concessão. Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas, são registados, apenas quando existe uma garantia razoável de recebimento, nas rubricas
“Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.
g) Imparidade dos activos não correntes
É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo
se encontra registado possa não ser recuperável.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável (definida como a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso, ou como o preço de venda líquido
para activos detidos para alienação), é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”. O preço de venda líquido é o montante
que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos
de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de
não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre
que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como “Outros proveitos
operacionais”. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse
registado em períodos anteriores.
h) Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros com empréstimos obtidos (juros, prémios, custos acessórios e juros de locações financeiras) são reconhecidos como custo na demonstração dos resultados do período em que são
incorridos, de acordo com o princípio da especialização de exercícios.
i) Provisões
As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado, seja provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra
uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do seu justo valor
a essa data (Nota 26).
As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
j) Instrumentos financeiros
i) Investimentos
Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:
Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção
positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço.
Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (“Investimentos detidos para negociação”), fazem parte de uma carteira de instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de
lucros no curto prazo e são classificados como Activos não correntes.
Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de resultados, sendo
classificados como Activos não correntes.
Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago; no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda, são
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incluídas as despesas de transacção.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor
de mercado à data de balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” até ao investimento ser
vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a
perda acumulada é registada na demonstração dos resultados.
Os investimentos financeiros disponíveis para venda representativos de partes de capital em acções de empresas não cotadas são registados ao custo de aquisição, tendo em consideração a existência ou não
de perdas por imparidade. É convicção do Conselho de Administração do Grupo que o justo valor destes investimentos não difere significativamente do seu custo de aquisição.
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.
ii) Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros que não vençam juros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido.
As dívidas de terceiros que vençam juros (nomeadamente as respeitantes a vendas de viaturas a prestações) são registadas no activo pelo seu valor total, sendo a parcela respeitante aos juros registada no
passivo, como um proveito diferido, e reconhecida na demonstração dos resultados em função do seu vencimento.
iii) Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de
acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
iv) Contas a pagar
As contas a pagar que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal.
v) Instrumentos derivados
O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.
Os instrumentos financeiros derivados (“Cash-flow hedges”) contratados pelo Grupo (essencialmente swaps de taxas de juro), embora tenham o objectivo específico de cobertura de riscos financeiros inerentes
ao negócio (risco de variação de taxa de juro), não se enquadram totalmente nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura. Consequentemente, estes instrumentos
financeiros são registados ao seu justo valor à data de balanço, sendo as variações desse justo valor reconhecidas directamente na demonstração dos resultados do exercício.
vi) Caixa e equivalentes a caixa
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses,
e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
k) Responsabilidades por pensões
O Grupo Salvador Caetano constituiu por escritura pública datada de 29 de Dezembro de 1988 o Fundo de Pensões Salvador Caetano, alterado subsequentemente em 2 de Janeiro de 1994, em 29 de Dezembro de
1995 e em 23 de Dezembro de 2002.
Este Fundo de Pensões constituído prevê, enquanto o Grupo Salvador Caetano mantiver a decisão de realizar contribuições para o referido fundo, que os trabalhadores possam vir a auferir, a partir da data da
reforma, um complemento não actualizável, determinado com base numa percentagem do vencimento, entre outras condições. Estes complementos de reforma configuram um plano de benefícios definidos, tendo
sido constituído para o efeito um Fundo de pensões autónomo.
A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue o procedimento de obter anualmente cálculos actuariais dessas responsabilidades determinadas de acordo
com o “Projected Unit Credit Method”.
As responsabilidades por pensões reconhecidas à data de balanço representam o valor presente dos benefícios futuros ajustado de ganhos ou perdas actuariais e/ou de responsabilidades por serviços passados
não reconhecidas, reduzido do justo valor dos activos líquidos do fundo de pensões (Nota 25).
l) Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes são definidos pelo Grupo como (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais
acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo
de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os mesmos divulgados no Anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios
económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.
Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente
sob o controlo do Grupo.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo mas divulgados no Anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
m) Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do
Grupo, e considera a tributação diferida.
Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e
os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos não são reconhecidos quando as diferenças temporárias resultem de diferenças de consolidação ou do
reconhecimento inicial de activos e passivos que não através de operações de concentração empresarial. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas
de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data expectável de reversão das diferenças temporárias.
Os impostos diferidos activos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias
tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que
deixe de ser provável a sua utilização futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de itens registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado por
contrapartida da mesma rubrica.
n) Especialização de exercícios e Rédito
As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são
recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros
activos correntes” e “Outros passivos correntes”.
Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos Conselhos de Administração das empresas do Grupo.
Os proveitos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração consolidada dos resultados quando os riscos e vantagens significativos inerentes à posse dos activos são transferidos para o comprador e
o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos e descontos.
o) Reserva legal
A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva
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não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.
p) Classificação de balanço
Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data de balanço são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes, sendo igualmente incluídos nestas rubricas os activos
e os passivos por impostos diferidos.
q) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes na data dos balanços. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas
pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração
consolidada dos resultados do exercício.
r) Informação por segmentos
Em cada exercício são identificados todos os segmentos de negócio e geográficos aplicáveis ao Grupo.
A informação relativa ao rédito ao nível dos segmentos de negócios identificados é incluída na Nota 30.
s) Eventos subsequentes
Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras
consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no Anexo às
demonstrações financeiras consolidadas.
3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS
Durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, não ocorreram alterações de políticas contabilísticas nem erros materiais relativos a exercícios anteriores.
4. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
As Empresas do Grupo incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral e a respectiva proporção do capital detido em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, são como segue:
% de participação efectiva
Jun-06
Dez-05
Empresa Mãe
99,98%
99,98%
99,82%
99,82%
99,98%
99,98%
99,98%
99,98%
99,23%
99,23%
99,99%
99,99%
63,33%
63,33%
99,98%
99,98%
99,91%
99,91%
99,98%
99,98%
99,82%
99,82%
99,82%
99,82%
73,98%
73,98%
92,89%
92,89%
Empresas
Salvador Caetano - Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, SA.
Saltano -Investimentos e Gestão (SGPS), S.A.
Salvador Caetano (UK), Ltd.
IPE -Indústria Produtora de Espumas, S.A.
Portianga -Comércio Internacional e Participações, S.A.
Salvador Caetano España, S.A.
Cabo Verde Motors, SARL
Salvador Caetano Moçambique, SARL
Robert Hudson, Ltd
Forcabo-Veículos Automóveis, Lda.
Salvador Caetano Aluguer Automóveis, S.A.
Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd.
Reliant Coaches, Ltd.
Caetanobus-Fabricação de Carroçarias, S.A.
Salvador Caetano Comércio Automóveis, S.A.
Estas empresas foram incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, conforme estabelecido pelo IAS 27 – “Demonstrações financeiras consolidadas e individuais” (controlo da subsidiária
através da maioria dos direitos de voto, ou de outro mecanismo, sendo titular de capital da empresa – Nota 2.2 a).
5. EMPRESAS DO GRUPO EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO
As Empresas do Grupo excluídas da consolidação em 30 de Junho de 2006, suas sedes sociais e proporção do capital detido, são as seguintes:
Empresas
Steia - Soc. Técn. Equipam. Industriais e Acessórios, SARL
Indicabo - Veículos Automóveis, Lda
Sede Social
Bissau
Cabo Verde
Capital Detido
Nominal
Efectivo
100,00%
99,99%
100,00%
99,90%
A Steia – Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais e Acessórios, S.A.R.L. foi excluída da consolidação, e está registada ao custo de aquisição, deduzido de uma provisão para fazer face ao risco de
desvalorização, encontrando-se actualmente inactiva. A Indicabo – Veículos Automóveis, Lda. foi excluída por suspensão de actividade. O Conselho de Administração entende que a não consolidação destas filiais
não produz um efeito relevante nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.
6. EMPRESAS ASSOCIADAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
As Empresas Associadas incluídas na consolidação pela aplicação do método da equivalência patrimonial e a proporção do capital detido em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, são como segue:
Empresas
Contrac GMBH
Auto Partner SGPS, S.A.
Auto Partner-Com. Auto, S.A.
Auto Partner II, S.A.
Percentagem de participação efectiva
Jun-06
Dez-05
33,33%
33,33%
46,26%
46,26%
46,26%
46,26%
46,26%
46,26%
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7. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO
Durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 não ocorreram alterações no perímetro de consolidação do Grupo Salvador Caetano.
8. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nas imobilizações incorpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas por imparidade acumuladas, foram os
seguintes:
Despesas
Instalação
Despesas
Desenvolvimento
Prop. Industrial
outros direitos
Trespasse
Adiamento p/ conta
Imob. Incorp.
Total
Activo bruto:
Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2005
Adições
Alienações
Transferências e abates
Saldo final em 30 de Junho de 2006
71.399
2.250
-18.456
-34.959
20.234
4.218.786
358.031
9.222
4.586.039
62.162
62.162
1.065.053
1.065.053
40.200
40.200
5.457.600
360.281
-18.456
-25.737
5.773.688
Amortizações e perdas por imparidade acumuladas:
Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2005
Amortização do exercício
Alienações, abates e transferências
Saldo final em 30 de Junho de 2006
71.399
-51.165
20.234
3.139.321
385.355
51.996
3.576.672
42.750
42.750
1.065.053
1.065.053
-
4.318.523
385.355
831
4.704.709
-
1.009.367
19.412
40.200
1.068.979
Despesas
Instalação
Despesas
Desenvolvimento
Prop. Industrial
outros direitos
Trespasse
Total
Activo bruto:
Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2004
Adições
Alienações
Transferências e abates
Saldo final em 30 de Junho de 2005
83.094
-35.319
46.999
94.774
3.632.031
405.113
-52.068
3.985.076
19.412
19.412
1.063.058
-19.533
21.528
1.065.053
4.797.595
405.113
-54.852
16.459
5.164.315
Amortizações e perdas por imparidade acumuladas :
Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2004
Amortização do exercício
Alienações, abates e transferências
Saldo final em 30 de Junho de 2005
59.220
35.554
94.774
2.474.133
307.210
8.681
2.790.024
-
1.063.030
2.023
1.065.053
3.596.383
307.210
46.258
3.949.851
-
1.195.052
19.412
-
1.214.464
Valor líquido
Valor líquido
9. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nas imobilizações corpóreas, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foram os
seguintes:
Terrenos e
Recursos
Naturais
ACTIVO BRUTO
Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2005
Adições
Alienações e abates
Transferências
Saldo final em 30 de Junho de 2006
Amortizações e perdas por imparidade
acumuladas:
Saldo inicial em 31 de Dezembro de
2005
Amortização do exercício
Alienações, abates e transferências
Saldo final em 30 de Junho de 2006
Valor líquido
Edifícios e
Outras
Construções
Adiantamento
Imobilizações por c/ imob.
em Curso
corpóreo
Equipamento
de Transporte
53.891.780
2.333.656
-135.157
687.271
56.777.550
43.033.851
20.318.408
-10.253.895
547.054
53.645.418
10.643.691
434.104
-49.203
-73.834
10.954.758
8.799.717
147.240
-128.326
-131.686
8.686.945
4.101.079
129.749
-103.170
43.480
4.171.138
5.778.286
1.581.747
-2.335.171
5.024.862
395.650
249.650
-306.150
339.150
263.811.362
25.723.173
-11.486.014
-8.905.845
269.142.676
59.568.417
2.272.353
-2.636.041
59.204.729
37.557.197
1.669.963
-229.794
38.997.366
13.976.061
5.041.526
-3.153.907
15.863.680
9.729.952
360.620
-105.079
9.985.493
7.733.128
240.160
-257.435
7.715.853
2.656.917
139.323
-54.595
2.741.645
-
-
131.221.672
9.723.945
-6.436.851
134.508.766
24.616.048 45.722.078
17.780.184
37.781.738
969.265
971.092
1.429.493
5.024.862
339.150
134.633.910
27.905.332 109.261.976
528.619
-24.940
-791.323
-3.264.344 -4.072.465
24.616.048 104.926.807
-
Ferramentas e Equipamento
Utensílios Administrativo
Outras
Imobilizações
Corpóreas
Equipamento
Básico
Total
29
ACTIVO BRUTO
Saldo inicial em 31 de Dezembro de 2004
Adições
Alienações e abates
Transferências
Saldo final em 30 de Junho de 2005
Amortizações e perdas por imparidade
acumuladas:
Saldo inicial em 31 de Dezembro de
2004
Amortização do exercício
Alienações, abates e transferências
Saldo final em 30 de Junho de 2005
Valor líquido
Terrenos e
Recursos
Naturais
27.626.733
84.883
-51.715
71.510
27.731.411
Edifícios e
Outras
Construções
107.491.435
345.060
-109.211
553.257
108.280.541
Equipamento
Básico
53.963.935
516.928
-383.040
249.611
54.347.434
27.731.411
54.981.418
2.181.681
96.455
57.259.554
51.020.987
36.110.258
1.549.066
-212.468
37.446.856
16.900.578
Outras
Equipamento Ferramentas e Equipamento Imobilizações Imobilizações
de Transporte Utensílios Administrativo
Corpóreas
em Curso
Total
48.052.033
10.330.547
11.479.533
3.502.804
2.287.012 264.734.032
10.862.210
146.518
165.320
361.572
644.769
13.127.260
-8.026.270
-468.693
-176.534
-5.900
-2.848
-9.224.211
806.117
31.998
26.090
30.595
-300.646
1.468.532
51.694.090
10.040.370
11.494.409
3.889.071
2.628.287 270.105.613
15.003.653
5.044.876
-3.588.831
16.459.698
35.234.392
9.492.044
409.703
-554.077
9.347.670
692.700
10.224.598
289.962
-240.060
10.274.500
1.219.909
2.423.571
113.478
-4.579
2.532.470
1.356.601
2.628.287
128.235.542
9.588.766
-4.503.560
133.320.748
136.784.865
10. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Em 30 de Junho de 2006 a rubrica “Propriedades de investimento” corresponde a activos imobiliários detidos pelo Grupo que se encontram a gerar rendimento através do respectivo arrendamento ou para
valorização. Estes activos encontram-se registados ao custo de aquisição.
Adicionalmente, de acordo com avaliações externas actuais, efectuadas por entidades especializadas independentes, e de acordo com critérios de avaliação geralmente aceites para o mercado imobiliário, o
justo valor daquelas propriedades de investimento ascende a, aproximadamente, 14,8 milhões de Euros.
11. INVESTIMENTOS
Em 30 de Junho de 2006 e 2005 esta rubrica pode ser decomposta como segue:
Não correntes
Investimentos em empresas associadas
Saldo em 1 de Janeiro
Efeito da aplicação do método de equivalência patrimonial ao resultado líquido do 1º semestre (Nota 33)
Dividendos distribuídos
Contribuição de prestações suplementares
Outras regularizações
Saldo em 30 de Junho
Investimentos disponíveis para venda
Justo valor em 1 de Janeiro
Aumento/(diminuição) no justo valor
Outras regularizações
Justo valor em 30 de Junho
Investimentos detidos até à maturidade
Saldo em 1 de Janeiro
Aumento/(diminuição) no justo valor
Saldo em 30 de Junho
Jun-06
Correntes
2.691.701
321.353
Jun-05
Não correntes
Correntes
2.479.739
374.784
-266.667
70.000
-60.909
2.596.947
-450.788
2.562.266
12.774.764
3.039.480
7.222.327
3.936.165
1.127
11.159.619
15.814.244
651.736
82.433
734.169
Os “Investimentos disponíveis para venda” incluem o montante de 14.429.839 Euros correspondente a acções de sociedades cotadas na Euronext Lisboa, estando os mesmos registados ao seu justo valor. Os
restantes “Investimentos disponíveis para venda” representam investimentos de reduzida dimensão em empresas não cotadas, sendo que o Conselho de Administração entende que o valor líquido pelo qual se
encontram contabilizados se aproxima do seu justo valor.
12. EXISTÊNCIAS
Em 30 de Junho de 2006 e 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição:
Jun-06
13.589.089
13.049.209
10.933.556
79.459.616
117.031.470
-6.821.861
110.209.609
Matérias-primas, Subsidiárias, e de Consumo
Produtos e Trabalhos em Curso
Produtos Acabados e Intermédios
Mercadorias
Sub-total
Perdas de imparidade acumuladas em existe^ncias (Nota 26)
Jun-05
17.880.537
11.462.175
8.088.548
68.309.016
105.740.276
-6.608.508
99.131.768
O custo das vendas, nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 foi apurado como segue:
Existências Iniciais
Compras Líquidas
Existências Finais
Total
Mercadorias
79.239.858
174.982.887
79.459.616
174.763.129
Jun-06
Mat. primas,
subsid. e consumo
17.020.992
43.723.132
13.589.089
47.155.035
TOTAL
96.260.850
218.706.019
93.048.705
221.918.164
Mercadorias
97.652.844
142.791.858
68.309.016
172.135.686
Jun-05
Mat. primas,
subsid. e consumo
15.798.314
44.315.453
17.880.537
42.233.230
TOTAL
113.451.158
187.107.311
86.189.553
214.368.916
30
A variação da produção nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005 ascendeu a 4.097.429 Euros e (728.930 Euros), respectivamente, e foi apurada como segue:
Existências finais
Regularização de existências
Existências iniciais
Total
Jun-06
Produtos acabados,
intermédios e produtos e
trabalhos em curso
23.982.765
1.171.946
21.057.282
4.097.429
Jun-05
Produtos acabados,
intermédios e produtos e
trabalhos em curso
19.550.723
-413.099
19.866.554
-728.930
13. CLIENTES
Em 30 de Junho de 2006 e 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição:
Clientes, conta corrente
Clientes, letras a receber
Clientes cobrança duvidosa
Sub-total
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 26)
Total
Não correntes
2.661.483
2.661.483
-2.498.141
163.342
Jun-06
Correntes
82.876.768
203.416
13.529.911
96.610.095
-15.314.257
81.295.838
Jun-05
Não correntes
Correntes
2.755.277
81.083.044
89.335
13.096.380
2.755.277
94.268.759
-2.498.141
-15.308.079
257.136
78.960.680
As contas a receber de clientes classificadas como activos não correntes incluem o montante de 2.498.141 Euros a receber da filial STEIA, para o qual se encontra registada uma perda por imparidade de 2.498.141
Euros. A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no Balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas
de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração
entende que os valores contabilísticos das contas a receber de clientes se aproximam do seu justo valor.
14. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
Em 30 de Junho de 2006 e 2005, esta rubrica tinha a seguinte composição:
Empresas associadas
Outras Empresas
Adiantam. a fornecedores
Estado e outros entes públicos
Outros devedores
Total
Activos correntes
Jun-06
Jun-05
2.237.339
1.237.442
424.078
145.569
2.937.208
1.559.399
3.307.063
1.530.311
8.905.688
4.472.721
Activos Não correntes
Jun-06
Jun-05
1.111.072
1.111.072
1.111.072
1.111.072
Em 30 de Junho de 2006 a rubrica “Empresas Associadas” é composta pelo empréstimo concedido à empresa associada “Auto-Partner SGPS, S.A.”, o qual não vence juros.
Adicionalmente, a rubrica “Outras Empresas” é integralmente constituída por um empréstimo de longo prazo concedido à participada GE Capital, o qual não vence juros.
15. OUTROS ACTIVOS CORRENTES
Em 30 de Junho de 2006, esta rubrica tinha a seguinte composição:
Jun-06
Acréscimos de proveitos
Rendas
Reclamações de Garantia
Frotas e Campanhas
Consultoria
Subsídios à formação
Outros
Sub-total
Custos diferidos
Custos oficinais
Juros
Seguros
Licenças Informaticas/Aluguer de equipamento
Outros
Sub-total
Total
1.172.844
808.927
716.957
172.500
26.700
489.669
3.387.597
431.551
420.052
171.484
16.055
713.250
1.752.392
5.139.989
16. IMPOSTOS E IMPOSTOS DIFERIDOS
O detalhe dos montantes e natureza dos activos e passivos por impostos diferidos registados nas demonstrações financeiras consolidadas anexas em 30 de Junho de 2006, podem ser resumidos como segue:
31
Impostos diferidos activos:
Provisões constituídas e não aceites como custos fiscais
Prejuízos fiscais reportáveis
Responsabilidades por pensões (Nota 25)
Efeito da conversão para os IFRS:
Anulação de imobilizações
Anulação de custos diferidos
Valorização de instrumentos derivados
Provisões para gratificações
Sub-total
Impostos diferidos passivos:
Amortizações resultantes de reavaliações legais e livres
Efeito do reinvestimento de mais valias geradas com alienações de imobilizações
Custos a reconhecer no futuro que não serão aceites fiscalmente
Efeito da conversão para os IFRS:
Imputação do justo valor
Sub-total
Efeito líquido
Dez-05
Impactos em
Resultados
Impactos em
Capitais Próprios
Jun-06
1.407.723
1.066.246
801.899
(144.650)
-
20.625
-
1.263.073
1.086.871
801.899
466.913
111.437
36.237
3.890.455
(18.936)
(35.660)
92.289
134.664
27.707
(4.299)
4
16.330
443.678
75.781
128.526
134.664
3.934.492
(1.507.995)
(816.642)
(353.099)
20.432
46.964
20.288
14.623
-
(1.472.940)
(769.678)
(332.811)
(1.522.221)
(4.199.957)
87.684
115.391
(835.857)
(821.234)
(804.904)
(2.358.078)
(4.933.507)
Nos termos da legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período.
Em 30 de Junho de 2006, as empresas do Grupo que tinham prejuízos fiscais reportáveis relativamente aos quais foram registados activos por impostos diferidos eram como segue:
Com limite de data de utilização
Gerados em 2000 -S.C. Com. Automóveis
Gerados em 2001 -S.C. Com. Automóveis
Gerados em 2002 -S.C. Com. Automóveis
Gerados em 2002 -IPE
Gerados em 2003 -S.C. Com. Automóveis
Total
Prejuízos fiscais Impostos dif. activos Data limite util.
75.208
439.197
776.109
548.862
2.112.882
3.952.258
20.682
120.779
213.430
150.937
581.043
1.086.871
2006
2007
2008
2008
2009
Adicionalmente, em 30 de Junho de 2006 as seguintes empresas do Grupo tinham prejuízos fiscais reportáveis os quais, numa óptica de prudência, não foram considerados no cálculo dos activos por impostos
diferidos:
Gerados em 2002:
Portianga
Caetanobus
Gerados em 2003:
Portianga
Gerados em 2005:
Caetanobus
Total
Prejuízos fiscais
Data limite util.
1.436.402
2.833.892
2008
2008
73.125
2009
459.864
4.803.283
2011
Em 30 de Junho de 2006 e 2005 as taxas de imposto utilizadas para apuramento dos activos e passivos por impostos diferidos foram as seguintes:
País origem da filial:
Portugal
Espanha
Cabo Verde
Inglaterra
Angola
30.06.2006
30.06.2005
27,5%
35,0%
35,0%
30,0%
35,0%
27,5%
35,0%
35,0%
30,0%
35,0%
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Salvador Caetano e empresas do Grupo e Associadas sedeadas em Portugal estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária
durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2002 a 2005 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. As declarações relativas à Segurança Social podem ser revistas ao longo
de um prazo de dez anos até ao ano de 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte
da administração tributária àquelas declarações de impostos dos exercícios em aberto à inspecção não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.
Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, as empresas sedeadas em Portugal encontram-se sujeitas adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto
de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 30 de Junho de 2006 e 2005 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:
Numerário
Depósitos bancários
Equivalentes a Caixa
Total
Jun-06
381.380
10.006.950
12.891
10.401.221
Dez-05
348.950
15.979.348
4.960
16.333.258
Jun-05
117.970
12.700.240
251.861
13.070.071
32
18. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Em 30 de Junho de 2006 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, é constituído por 35.000.000 acções ao portador, totalmente subscritas e realizadas, de valor nominal de 1 Euro cada.
A identificação das pessoas colectivas com mais de 20% do capital subscrito é a seguinte:
-Fogeca – Gestão e Controle (S.G.P.S.), S.A.
-Toyota Motor Corporation
60%
27%
19. INTERESSES MINORITÁRIOS
O movimento desta rubrica durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 foi como segue:
Saldo inicial em 1 de Janeiro
Variação resultante da cobertura de instrumentos financeiros
Variação resultante da variação cambial
Outros
Resultado do período atribuível aos interesses minoritários
Total
3.238.297
2.974
-1.476
16.966
176.269
3.433.030
20. EMPRÉSTIMOS
Em 30 de Junho de 2006 e 2005 os empréstimos tinham o seguinte detalhe:
Empréstimos Bancários
Descobertos Bancários
Empréstimo Obrigacionista
Total
Corrente
117.300.297
9.065.273
3.750.000
130.115.570
Jun-06
Não Corrente
19.313.085
19.313.085
TOTAL
136.613.382
9.065.273
3.750.000
149.428.655
Corrente
95.290.100
281.954
3.750.000
99.322.054
Jun-05
Não Corrente
33.542.136
3.750.000
37.292.136
TOTAL
128.832.236
281.954
7.500.000
136.614.190
Do montante de 19.313.085 Euros fazem parte 19.000.000 Euros da Salvador Caetano Aluguer que serão pagos integralmente em 31 de Agosto de 2007.
Em 11 de Junho de 2002 a Salvador Caetano - IMVT, S.A. contraiu um empréstimo obrigacionista no montante de 15.000.000 Euros , por um prazo de 5 anos, com um valor nominal de 10 Euros por obrigação, indexada
à taxa Euribor a 6 meses acrescida de 1,15 pontos percentuais. Os juros vencem-se semestral e postecipadamente, vencendo-se o 1º cupão em 11 de Dezembro de 2002. O reembolso será efectuado através de 4
prestações iguais nas datas de pagamento dos 4º, 6º, 8º e 10º cupão, podendo ser efectuado o reembolso total ou parcial antecipado do seguinte modo:
- “Call Options”- a partir da 2ª data do pagamento de juros (Junho de 2003)
- “Put Options”- a partir da 6ª data de pagamento de juros (Junho de 2006)
21. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Os instrumentos financeiros de cobertura utilizados pelo Grupo existentes em 30 de Junho de 2006, respeitam, fundamentalmente, a “swaps” contraídos com o objectivo de cobertura do risco de taxa de juro de
empréstimos cujo justo valor naquela data, determinado com base em avaliações externas, ascendia a 553.342 Euros. Estes instrumentos financeiros derivados não foram considerados “de cobertura” em virtude
de não cumprirem integralmente com os requisitos previstos no IAS 39.
22. FORNECEDORES
Em 30 de Junho de 2006 esta rubrica era composta apenas por saldos correntes a pagar a fornecedores.
23. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS
Em 30 de Junho de 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Estado e outros Entes Públicos:
Retenção de impostos sobre o Rendimento
Imposto sobre o Valor Acrescentado
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (imposto estimado) (Nota 28)
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (pagamentos por conta)
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (retenções na fonte suportadas)
Imposto Automóvel
Direitos aduaneiros
Contribuições para a Segurança Social
Outros
Sub-total
1.005.066
8.433.232
1.631.051
-390.679
-499.739
5.712.350
722.069
1.202.819
432.117
18.248.286
Accionistas
Adiantamentos de Clientes
Fornecedores de Imobilizado, conta-corrente
Outros Credores
Total
36.953
707.749
483.575
2.251.816
21.728.379
33
24. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 30 de Junho de 2006 e 2005 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:
Acréscimos de custos
Encargos com férias e subsídios de férias
Imposto Automóvel de viaturas vendidas e não matriculadas
Campanhas publicitarias e promoção vendas
Custeios antecipados
Reclamações de garantia
Fundos de pensões
Seguros a liquidar
Juros a liquidar
Outros
Sub-total
Proveitos diferidos
Juros debitados a clientes
Subsídios para investimentos
Rappel recebido
Outros
Sub-total
Total
Jun-06
Jun-05
10.706.419
1.742.884
1.366.270
1.299.962
808.046
46.319
502.860
4.407.734
20.880.494
10.965.816
3.838.851
1.813.346
2.998.622
38.872
148.498
109.295
370.907
3.680.564
23.964.771
173.131
16.977
11.473
511.625
713.206
21.593.700
206.077
71.237
350.760
628.074
24.592.845
25. RESPONSABILIDADES POR PENSÕES
De acordo com o estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do Fundo reportado 31 de Dezembro de 2005 as responsabilidades do mesmo ascendem a 43,5 milhões de Euros, as quais se encontram cobertas
pelo valor patrimonial do Fundo (aproximadamente 38,4 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2005) e pelo valor registado na rubrica do balanço “Responsabilidades por pensões” no montante de 4,7 milhões
de Euros. Os pressupostos actuariais utilizados pela sociedade gestora incluem, o método de cálculo “Projected Unit Credit”, as Tábuas de Mortalidade e invalidez TV 88/90 e SuisseRe, respectivamente, bem como
taxas de crescimento salarial, de pensões e de desconto de 2%, 0% e 5%, respectivamente.
Adicionalmente, durante o primeiro semestre de 2006 foi criada uma dotação para reforço do Fundo em apreço, que ascendeu a um montante de, aproximadamente 843 milhares de Euros, o qual se encontra
registado na rubrica da demonstração dos resultados “Custos com o pessoal”.
26. PROVISÕES E PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS
O movimento ocorrido nas provisões durante o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 foi o seguinte:
Rubricas
Perdas de imparidade acumuladas investimentos
Perdas de imparidade acumuladas em contas a receber
Perdas de imparidade acumuladas em existências
Provisões
Saldos
iniciais
1.441.529
17.600.834
6.634.613
2.074.250
Aumentos
490.954
976.993
492.238
Utilizações e
Diminuições
-63.745
-739.964
-490.786
Outras
Regularizações
-215.645
-49.781
-1.433.375
Saldos
Finais
1.441.529
17.812.398
6.821.861
642.327
Dos aumentos de provisões ocorridos no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, o montante de 489.688 Euros foi registado por contrapartida da rubrica da demonstração dos resultados “Custos com
o pessoal”, tendo o restante sido registado por contrapartida da rubrica da demonstração dos resultados “Provisões e perdas por imparidade”.
Em 30 de Junho de 2006, o detalhe da rubrica “Provisões” é como se segue:
Valor
Gratificações aos colaboradores
Contingências fiscais
Outros
Total
489.688
150.089
2.550
642.327
27. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO CONSOLIDADO
Em 30 de Junho de 2006, o Grupo Salvador Caetano - IMVT, S.A. tinha assumido os seguintes compromissos financeiros:
Valor
Por Letras Descontadas
Por Fianças Prestadas
Total
80.738
12.678.377
12.759.115
Adicionalmente, a Empresa responsabilizou-se por garantias bancárias destinadas à cobertura de linhas de crédito a utilizar por algumas Empresas do Grupo, como segue:
Entidade beneficiária da Garantia
Lloyd's Bank PLC
Deutsch Bank AG
Empresa interligada
Valor
Salvador Caetano (UK) Ltd.
Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd.
Reliant Coaches, Ltd.
Contrac, GMBH
¤ 2.500.000
£ 2.000.000
34
28. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos períodos de seis meses findo em 30 de Junho de 2006 e 2005 são detalhados como segue:
Jun-06
1.631.051
(115.391)
1.515.660
Imposto corrente
Imposto diferido
Total
Jun-05
2.433.609
(442.813)
1.990.796
29. RESULTADOS POR ACÇÃO
Os resultados por acção dos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, foram calculados tendo em consideração os seguintes montantes:
Resultados
Básico
Diluído
Número de acções
Resultados por acção (básico e diluído)
Jun-06
3.998.728
3.998.728
35.000.000
0,114
Jun-05
4.870.317
4.870.317
35.000.000
0,139
Eliminações
Consolidado
30. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
No período findo em 30 de Junho de 2006 o detalhe do relato por segmentos foi o seguinte:
APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS (Euros)
Por Negócio Industrial e Não Industrial
RÉDITOS
Vendas externas
Vendas inter-segmentais
Réditos Totais
RESULTADOS
Resultados segmentais e inter-segmentais
Gastos da empresa não imputados
Resultados Operacionais
Gastos de juros
Proveitos de juros
Parte de lucros líquidos em associadas
Impostos s/ os lucros
Resultados de actividades ordinárias
Resultado líquido com Interesses Minoritários
Industrial
Mercado Nacional
Mercado Externo
Não Industrial
Mercado Nacional
Mercado Externo
45.797.992
44.058.053
278.238.641
34.578.219
-114.484.193
288.188.712
45.797.992
44.058.053
278.238.641
34.578.219
-114.484.193
288.188.712
-1.058.799
1.270.300
18.337.861
1.013.546
-2.438.943
17.123.965
44.021.846
717.347
44.539.215
789.138
290.347.039
6.229.463
33.025.460
2.566.305
-115.777.072
-1.146.064
296.156.488
9.156.189
975.241
21.548
734.951
3.811
2.234.889
537.376
271.755
207.542
352.245
-164.350
321.353
-5.884
-230.462
-230.462
57.998
57.998
1.006.115
3.525.835
3.525.835
515.429
1.986.663
1.986.663
-1.341.306
-1.341.306
4.569.081
605.927
321.353
1.515.660
3.998.728
3.998.728
145.913.071
27.918.443
182.773.253
19.724.998
-106.096.165
270.233.600
2.562.266
109.840.570
382.636.436
256.118.596
256.118.596
OUTRAS INFORMAÇÕES
Activos do segmento
Investimento em Associadas
Activos da empresa não imputados
Activos totais consolidados
Passivo da empresa não imputados
Passivos totais consolidados
6.720.650
34.639.093
18.790.966
18.790.966
102.212.372
284.985.625
184.222.988
184.222.988
21.054.816
40.779.814
22.815.030
22.815.030
2.562.266
-76.413.324
-179.947.223
-66.518.946
-66.518.946
56.266.056
202.179.127
96.808.558
96.808.558
Dispêndios de capital fixo
Depreciações
13.867.556
11.717
-1.795.494
1.026.981
-881.054
12.229.707
5.068.267
152.746
4.029.562
336.244
668.766
10.255.585
O segmento industrial inclui a actividade de fabricação de carroçarias e a unidade de tratamento de superfície e pintura industrial desenvolvida nas instalações do Carregado, bem como as operações de aluguer
de automóveis sem condutor, tendo em conta o Decreto Lei nº 28/74 de 31 de Janeiro que assim considera aquele regime de exploração.
No segmento não industrial encontra-se essencialmente reflectida a actividade de importação, distribuição e comercialização de viaturas automóveis e peças.
31. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL
Durante os períodos de seis meses findos em Junho de 2006 e 2005, o número médio de pessoal foi o seguinte:
Pessoal
Empregados
Assalariados
Total
Jun-06
1.923
1.013
2.936
Jun-05
1.645
1.427
3.072
32. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS E ACTIVIDADE
O detalhe das vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, nos períodos de seis meses findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, foi como segue:
Mercado
Nacional
Alemanha
Reino Unido
Espanha
Outros Mercados
Total
Jun-06
Valor
%
226.788.357
78,69%
11.682.990
4,05%
16.506.640
5,73%
2.160.157
0,75%
31.050.568
10,77%
288.188.712
100,00%
Jun-05
Valor
%
226.016.722
78,86%
11.841.932
4,13%
13.578.834
4,74%
1.678.113
0,59%
33.481.270
11,68%
286.596.871
100,00%
35
Adicionalmente, a repartição das vendas e prestação de serviços por actividade é como segue:
Actividade
Veículos
Peças
Reparações
Outros
Jun-06
Valor
%
228.968.171
79,45%
25.955.318
9,01%
22.635.428
7,85%
10.629.795
3,69%
288.188.712
100,00%
Jun-05
Valor
%
224.098.373
78,19%
30.250.385
10,56%
22.180.098
7,74%
10.068.015
3,51%
286.596.871
100,00%
33. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS FINANCEIROS
Em 30 de Junho de 2006 e 2005, os resultados financeiros consolidados têm a seguinte composição:
Custos e Perdas
Juros suportados
Perdas na alienação de aplicações de tesouraria
Perdas relativas a empresas associadas
Outros custos e perdas financeiros
Resultados financeiros
Proveitos e ganhos
Juros obtidos
Rendimentos de Imóveis
Ganhos de Participações de capital relativamente a associadas
Outros proveitos e ganhos financeiros
Jun-06
3.933.423
635.658
-3.641.801
927.280
Jun-05
3.517.101
24
13.153
392.561
-3.201.176
721.663
Jun-06
216.594
385.766
321.353
3.567
927.280
Jun-05
332.469
387.937
1.257
721.663
34. ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
Liquidações de Impostos:
Face às decisões favoráveis obtidas nos processos de impugnação judicial, referentes às liquidações adicionais em sede de IRC e referentes aos exercícios de 1995 e 1996, durante o exercício de 2005 recuperouse uma parte dos valores reclamados, aproximadamente 85 mil Euros, esperando-se para breve a recuperação do remanescente das liquidações adicionais pagas e reconhecidas como custos em exercícios
anteriores, acrescido dos respectivos juros compensatórios.
Simultaneamente, em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 1997, 1998 e 1999, encontram-se reclamadas as notas de liquidação adicionais em sede de IRC, ainda que pagas, no valor de Euros
1.769.511, dado a Empresa entender existirem razões legais válidas para estas contestações. Face a decisão favorável da reclamação graciosa sobre matéria relativa a Despesas de Investigação e Desenvolvimento
recebeu-se no no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2005 aproximadamente 193 mil Euros .
Em relação à fiscalização efectuada aos exercícios de 2001 e 2002 recebeu-se no período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006, notas de liquidações adicionais em IRC no montante de Euros 490.785, para
as quais tinha sido constituída em períodos anteriores uma provisão (Nota 26).
35. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS
As remunerações dos membros dos órgãos sociais na empresa Mãe no primeiro semestre de 2006 foram como segue:
Órgãos sociais
Valor
Conselho de Administração
249.079
36. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 20 de Setembro de 2006.
37. INFORMAÇÃO RELATIVA À ÁREA AMBIENTAL
O Grupo adopta as medidas necessárias relativamente à área ambiental, com o objectivo de cumprir com a legislação vigente.
38. VEICULOS EM FIM DE VIDA
Em Setembro de 2000, a Comissão Europeia votou uma directiva respeitante aos veículos em fim de vida e a correspondente responsabilidade dos Produtores/Distribuidores pelo seu desmantelamento e reciclagem.
Os Produtores/Distribuidores terão, segundo este normativo, que suportar no mínimo uma parte significativa do custo de retoma dos veículos, colocados no mercado a partir de 1 de Julho de 2002 bem como, para
os comercializados anteriormente a esta data quando apresentados a partir de 1 Janeiro de 2007.
Esta legislação terá impacto nos veículos Toyota vendidos em Portugal. A Salvador Caetano e a sua representada Toyota, estão a monitorar atentamente o desenvolvimento da Legislação Nacional Portuguesa de
forma a, em devido tempo, poderem quantificar o impacto destas operações nas suas demonstrações financeiras.
É no entanto nossa convicção, face aos estudos já elaborados sobre o mercado português, e atendendo à possível valorização dos resíduos resultantes do desmantelamento dos veículos em causa, que o impacto
efectivo desta legislação nas contas da Empresa será diminuto senão nulo.
Entretanto e para cumprimento da legislação introduzida no normativo nacional (Dec./Lei 196/2003), a Empresa concretizou a contratualização com a “ValorCar – Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida,
Lda.” – Empresa licenciada como entidade gestora do sistema integrado de gestão de VFV – a transferência das responsabilidades inerentes a todo este processo.
36
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
(Euros)
Capital
social
Saldos em 31 de Dezembro de 2005
Reservas
legais
35.000.000 6.208.803
Reservas de
reavaliação
6.187.307
Reservas
Reservas de
Reservas de
conv. cambial
justo valor
(331.840)
Aplicação do resultado consolidado de 2005
Transferência para reserva legal
360.000
Dividendos distribuídos
Transferência para Outras reservas
Variação nas reservas de conversão cambial
Alteração do justo valor de invest. disponíveis para venda
Resultado líquido consolidado do período
Interesses minoritários no resultado
Outros
Saldos em 30 de Junho de 2006
35.000.000 6.568.803
6.187.307
(756.038)
Saldos em 31 de Dezembro de 2004
6.187.307
56.089
35.000.000 5.921.603
Aplicação do resultado consolidado de 2004
Transferência para reserva legal
287.200
Dividendos distribuídos
Transferência para Outras reservas
Variação nas reservas de conversão cambial
Alteração do justo valor de invest. disponíveis para venda
Resultado líquido consolidado do período
Interesses minoritários no resultado
Outros
Saldos em 30 de Junho de 2005
35.000.000 6.208.803
4.013.129
Outras
reservas
Total de
reservas
Interesses
minoritários
Resultado
líquido
Total
64.815.853
80.893.252
3.238.297
4.771.339
123.902.888
360.000
911.339
911.339
(424.198)
2.203.623
318.335
66.045.527
318.335
84.262.351
176.269
18.464
3.433.030
63.648.521
75.813.520
3.599.541
(424.198)
2.203.623
6.216.752
287.200
2.621.126
2.621.126
60.905
2.853.720
(680.471)
65.589.176
(680.471)
80.956.000
60.905
2.853.720
6.187.307
116.994
2.853.720
(188.831)
(39.769)
3.370.941
(360.000)
(3.500.000) (3.500.000)
(911.339)
(424.198)
2.203.623
3.822.459
3.822.459
176.269
336.799
3.822.459 126.517.840
5.008.326
119.421.387
(287.200)
(2.100.000) (2.100.000)
(2.621.126)
60.905
2.853.720
5.059.148
5.059.148
(188.831)
(720.240)
5.059.148 124.386.089
O Anexo faz parte integrante desta demonstração para o período de seis meses findo em 30 de Junho de 2006.
O Técnico Oficial de Contas: Alberto Luís Lema Mandim
O Conselho de Administração: Salvador Fernandes Caetano – Presidente; José Reis da Silva Ramos – Vice-Presidente; Tetsuo Agata; Yoshimasa Ishii; Maria Angelina Martins Caetano Ramos; Salvador Acácio Martins
Caetano; Ana Maria Martins Caetano
37
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
(Euros)
Jun-06
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de Clientes
Pagamentos a Fornecedores
Pagamentos ao Pessoal
Fluxo gerado pelas Operações
Pagamento do Imposto sobre o Rendimento
Outros Recebimentos/Pagamentos relativos à Actividade Operacional
Fluxo gerados antes das Rubricas Extraordinárias
Fluxo das Actividades Operacionais
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações Financeiras
Imobilizações Corpóreas
Imobilizações Incorpóreas
Subsídios de Investimento
Juros e Proveitos Similares
Dividendos
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos Financeiros
Imobilizações Corpóreas
Imobilizações Incorpóreas
Fluxo das Actividades de Investimento
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos Obtidos
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos Obtidos
Amortização de Contratos de Locação Financeira
Juros e Custos Similares
Dividendos
Fluxo das Actividades de Financiamento
CAIXA E EQUIVALENTES
Caixa e Seus Equivalentes no Início do Período
Caixa e Seus Equivalentes no Fim do Período
Variação de Caixa e Seus Equivalentes
Jun-05
519.642.306
-457.285.229
-27.869.336
321.459.413
-208.948.619
-23.169.367
34.487.741
-1.394.216
-33.636.440
-542.914
-542.914
4.174.446
455.166
273.704
-10.633.979
-216.120
20.588.000
-12.947.822
-45.973
-3.530.554
-3.505.991
89.341.427
-1.559.503
-28.032.026
59.749.898
59.749.898
7.393.018
4.903.316
-10.850.099
-5.946.783
20.588.000
226.107
237.541
-9.528.114
-94.908
1.031.758
7.856.666
-9.623.022
-1.766.356
1.031.758
-58.797.969
-20.030.340
557.660
16.333.258
10.401.221
-5.932.037
-3.437.378
-2.090.242
-64.325.589
-63.293.831
18.380.359
13.070.071
-5.310.289
38
RELATÓRIO DE REVISÃO LIMITADA ELABORADO POR AUDITOR
NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO SEMESTRAL CONSOLIDADA
REGISTADO
INTRODUÇÃO
1. Nos termos do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira consolidada do semestre findo em 30 de Junho de 2006, da Salvador Caetano
– Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. (“Empresa”), incluída: no Relatório de Gestão, no Balanço consolidado (que evidencia um total de 382.636.436 Euros e capitais próprios, incluindo
interesses minoritários, de 126.517.840 Euros, incluindo um resultado líquido de 3.822.459 Euros), na Demonstração consolidada dos resultados por naturezas, na Demonstração consolidada dos fluxos de caixa
e na Demonstração das alterações no capital próprio do semestre findo naquela data e no correspondente Anexo.
2. As quantias das demonstrações financeiras, bem como as da informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos da Empresa e suas subsidiárias, posteriormente ajustadas com as
quantias, ainda sem registo contabilístico, que foram objecto do nosso trabalho.
RESPONSABILIDADES
3. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de informação financeira consolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das
empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados: (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (“IAS / IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;
(iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua
actividade, posição financeira ou resultados.
4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira,
actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, sobre essa
informação financeira, baseado no nosso trabalho.
ÂMBITO
5. O trabalho a que procedemos teve como objectivo obter uma segurança moderada quanto a se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. O nosso
trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objectivo e consistiu,
principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo
em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se, para os aspectos materialmente
relevantes, a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários.
6. O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos anteriormente referidos.
7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base aceitável para a emissão do presente relatório de revisão limitada sobre a informação semestral.
PARECER
8. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira
consolidada do semestre findo em 30 de Junho de 2006 referida no parágrafo 1 acima da Salvador Caetano – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. não esteja isenta de distorções materialmente
relevantes que afectem a sua conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia e que, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no
parágrafo 5 acima, que não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
Porto, 20 de Setembro de 2006
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A.
Representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves
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