(Araneae, Salticidae) na Fazenda Experimental d
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(Araneae, Salticidae) na Fazenda Experimental d
Área: CV ( ) CHSA ( ) ECET ( ) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PRPPG Coordenadoria Geral de Pesquisa – CGP Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 – Bairro Ininga Cep: 64049-550 – Teresina-PI – Brasil – Fone (86) 215-5564 – Fone/Fax (86) 215-5560 E-mail: [email protected]; [email protected] Padrão de atividades e preferência de microhabitat por espécies de Sitticinae (Araneae, Salticidae) na Fazenda Experimental do Campus Amílcar Ferreira Sobral, Floriano, Piauí NaiaraThaís Vilarinho (bolsista do PIBIC/CNPq, UFPI/CAFS), Dr. Mauro Sérgio Cruz Souza Lima (Orientador, UFPI/ CAFS) INTRODUÇÃO Os salticídeos são aranhas caçadoras muito ativas, que habitam desde os estratos inferiores do ambiente até as copas das árvores, gastando tempo e energia à procura de presas, esquadrinhando visualmente o ambiente (RICHMAN & JACKSON, 1992). Quando e o que atacar está entre as decisões mais básicas que os predadores têm que fazer, e uma avaliação da capacidade sensória e cognitiva do predador melhora nossa compreensão das decisões que faz um predador (SHETTLEWORTH, 1998). Assim, predadores são ativamente seletos nos tipos de presas, e é importante distinguir claramente entre dieta natural de um predador e seu comportamento quanto às presas (NELSON & JACKSON, 2009). Aranhas escolhem microhabitat de melhor qualidade baseadas em abundância de presas (outros invertebrados e alguns vertebrados como rãs), qualidade do abrigo (locais onde o individuo possa estar protegido e com boa localização) e bom local de forrageamento (MORSE & FRITZ 1982; WARD & LUBIN 1993; MORSE 2007). OBJETIVO O trabalho teve por objetivo determinar o padrão de atividade e verificar a preferência de microhábitat por espécies de aranhas da sub-família Sitticinae (Araneae: Salticidae) na Fazenda Experimental do Campus Amílcar Ferreira Sobral, Floriano, Piauí. METODOLOGIA As coletas foram realizadas na Fazenda Experimental do Campus Amílcar Ferreira Sobral (Fazenda do CAFS; 06º46’24’’S 43º00’43’’W) está localizada na zona rural do município de Floriano situada no centro-sul do Piauí. Foram realizadas setenta e duas horas de coletas, distribuídas em três coletas noturnas (18:00-06:00h) com duração de doze horas, três coletas matutinas (06:00-12:00h) com seis horas de duração, e três vespertinas (12:00-18:00) com duração de seis horas.As coletas foram realizadas por três coletores em áreas de cerrado, mata ciliar e área em regeneração. Além disto, registrou-se a temperatura e a umidade do ar e a umidade e pH do solo. Foi realizado um teste de regressão linear simples, já que se observou que temperatura e umidade do ar estavam relacionadas (p< 0.0001), para testar a relação delas com a presença das aranhas; Uma regressão múltipla para verificar se a comunidade em geral de Salticidae respondia a temperatura e umidade analisadas em conjunto. Em seguida foram realizadas regressões simples para as duas espécies mais abundantes, relacionando-as a temperatura e umidade, respectivamente. Ao final foi realizada uma única regressão múltipla para ver se a interação temperatura x umidade do ar x abundância de Amphidraus era significativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante as coletas foram capturados 173 espécimes da família Salticidae, sendo 104 espécimes adultos (69 machos e 35 fêmeas). A análise destes indivíduos permitiu a identificação de seis espécies, distribuídas em duas sub-famílias, Euophryinae e Sitticinae; o número de machos, de fêmeas e a razão entre os dois , sendo verificado o horário de predominância das espécies. Apesar da busca por indivíduos de Sitticinae, ouve a predominância de espécies de Euophruinae. Nota-se que à predominância de duas espécies totalizando 46 espécimes de Amphidraus sp. e 44 espécimes de Nosferattus ciliatus, que foram capturadas predominantemente de 5:30 hs as 12:45 hs da manhã, no substrato folhiço. Nos testes de regressão múltipla, relacionando comunidade de Salticidae (todos os bichos inclusos) à temperatura e umidade do ar, analisadas em conjunto, foram consideradas não significativas (p = 0.9034). Ao analisarmos os dados através de testes de regressão linear, pode-se observar que temperatura e umidade estão intimamente relacionadas (p < 0.0001), porem ao relacionarmos separadamente temperatura, umidade do solo e umidade do ar a Amphidraus sp. notou-se que esses fatores não influenciaram na ocorrência dessa espécie. Ao realizarmos regressões lineares com os mesmo fatores, porem com Nosferattus ciliatus, percebemos que temperatura mostrou estar relacionada (p = 0.0109), porem umidade não apresentou valores significativos ( p = 0.9023). Os fatores ambientais podem determinar as condições de existência para os seres vivos, bem como influenciar na sua distribuição e no seu comportamento. E em face das variações ambientais, os organismos podem se adaptar às condições apresentadas. A luz também é um fator vital e um fator limitante, tanto em mínima intensidade como em máxima. A incidência luminosa influencia nas variações da atividade diária e sazonal de alguns animais. Por isso, existem animais noturnos e diurnos (SANTO, A. P. E.). CONCLUSÃO Através do presente trabalho foi possível evidenciar que temperatura e umidade do solo estão relacionadas, mas não influenciam na abundancia de Amphidraus sp; E a temperatura estava relacionada a abundancia de Nosferattus ciliatus. Os testes também mostraram que os fatores acima citados não estavam relacionados a abundancia de todo o grupo de Salticidae abordados. Palavras- chave: Salticidae. Siticcinae. Temperatura. Apoio: Cnpq Referências Bibliográficas. MORSE, D.H. 2007. Predator Upon a Flower: Life History and Fitness in a Crab Spider. Harvard University Press, Cambridge, Massachusetts. 337 pp. MORSE, D.H. & R.S. FRITZ. 1982. Experimental and observational studies of patch choice at different scales by the crab spider Misumena vatia. Ecology 63:172–182. NELSON X. J. & JACKSON R. R. 2009. Prey classification by an araneophagic ant-like jumping spider (Araneae: Salticidae) Journal of Zoology. Print ISSN 0952-8369. RICHMAN D. B. & JACKSON R. R. 1992. A review of the ethology of jumping spiders (Araneae, Salticidae). Bull. Br. arachnol. Soc. (1992) 9 (2), 33-37 33. SANTO, A. P. E. Ecologia, Evolução e Adaptação. Disponível em <www.ufpa.br/npadc/gpeea/artigostext/ecoevadp.pdf > Acesso em: 12/04/2011. SHETTLEWORTH, S.J. 1998. Cognition, evolution, and behaviour. New York: Oxford University Press. WARD, D. & Y. LUBIN. 1993. Habitat selection and the life history of a desert spider, Stegodyphus lineatus (Eresidae). Journal of Animal Ecology 62:353–363.