Revista HobbyNews (ed 43)

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Revista HobbyNews (ed 43)
Revista Hobby News
A VII Competição SAE BRASIL de
AeroDesign teve como terceira colocada
na Classe Regular a equipe Keepflying,
da Escola Politécnica da USP
(Universidade de São Paulo), com 151,71
pontos e 7,75 quilos. Na Classe Aberta, a
vice-campeã foi a equipe Khondor, do
Centro Universitário da FEI. O avião da
FEI carregou 11,57 quilos e obteve 105,90
pontos. A classificação das equipes, no
entanto, é preliminar e pode ser alterada
em sete dias.
Equipe Uai-Sô-Fly
FEDERAL DE MINAS E US DE SÃO CARLOS LEVAM O CANECO DA
AERODESIGN
A equipe Uai-Sô-Fly, Classe Regular, da Universidade Federal
de Minas Gerais, foi a campeã da VII Competição SAE Brasil
AeroDesign, encerrada domingo, 25 de setembro, no Centro
Técnico Aeroespacial (CTA) em São José dos Campos - São
Paulo. A aeronave da equipe obteve 185,77 pontos, ao carregar
9,08 quilos, e foi seguida pelo avião da mesma categoria, da
equipe Tucano, da Universidade Federal de Uberlândia, que
carregou 8,97 quilos e, com isso, obteve 160,81 pontos. Na
Classe Aberta, a primeira colocada foi a equipe EESC Open, da
Escola de Engenharia da USP São Carlos, em que a aeronave
carregou 11,57 quilos e totalizou 138,99 pontos.
Como prêmio, as três equipes vencedoras ganharam o direito
de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition,
em 2006 nos Estados Unidos, onde o brasileiros já são
conhecidos pelo talento na modalidade. A 7º Competição SAE
BRASIL AeroDesign reuniu 52 equipes, formadas por estudantes
de 43 faculdades de Engenharia de 10 Estados brasileiros, além
do Distrito Federal e da Venezuela, de um total de 61 equipes
inscritas.
Para o Maj. Brig.-do-Ar Adenir Siqueira Viana, Comandante do
CTA, a Competição SAE BRASIL AeroDesign tem enorme valor,
pois ajuda a despertar a importância da aeronáutica entre os
estudantes. “Os participantes vêm apresentando excelentes
projetos e a gente vibra quando eles conseguem voar, pois
estão no limite. Além disso, é bom lembrar que Santos Dumont
começou com um projeto assim e se tornou o Pai da Aviação”,
comentou o Brigadeiro Viana.
A VII Competição SAE BRASIL AeroDesign teve início dia 23
(sexta-feira). Durante três dias, sobrevoaram o céu de São
José dos Campos monoplanos, biplanos e triplanos, dos mais
diferentes modelos, construídos com materiais diversos, como
madeira balsa, fibra de vidro, alumínio e carbono, ‘honeycomb’
(estrutura semelhante à colméia) e aço inox na fuselagem. “Foi
um show de talento e determinação dos estudantes de
Engenharia, que mostraram espírito de liderança, trabalho em
equipe, organização, planejamento e competência técnica”,
resume Horácio Forjaz, diretor da Competição SAE BRASIL
AeroDesign,e diretor da Seção São José dos Campos da SAE
BRASIL (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), responsável
pela Competição.
Fotos: Divulgação
A Competição também homenageou com
Menção Honrosa as equipes em vários
quesitos. A campeã Uai-Sô-Fly ganhou
menção como Melhor Projeto, Melhor
Eficiência Estrutural e Maior Peso
Carregado na Classe Regular, e a equipe
EESC Open recebeu homenagem como
Maior Peso Carregado na Classe Open e
Melhor Apresentação Oral. No quesito
Melhor Acuracidade, ganhou a equipe
Senta a Pua, da Universidade Federal de
Itajubá. Outra equipe desta faculdade, a
Uirá, foi destaque em Melhor Tempo de
Abertura de Compartimento de Carga
(apenas 1.5 segundos). A equipe Céu
Azul, da Universidade Federal de Santa
Catarina, ganhou como Melhor Página na
Internet, e a equipe Wayu-Com, da
Universidad Nacional Experimental de La
Fuerza Armada, da Venezuela, recebeu
Menção
Honrosa
como
Equipe
Estrangeira.
Revista Hobby News
Grupos de concorrentes da X Vale Tudo. A prova teve 25 participantes, vários de cidades do interior de São Paulo e uma equipe do Rio de Janeiro.
X VALE TUDO
Para quem tem o aeromodelismo n’alma, o “fly-off” da Vale
Tudo é sempre um espetáculo inesquecível: mais de uma dezena de modelos esguios, com suas asas longas e finas, sobem
rumo às nuvens como um bando de aves assustadas. No lançamento simultâneo, mal se houve o zumbido dos motores elétricos e, depois de alguns segundos, o silêncio é total. Alguns
modelos já estão pequeninos tal a altura que atingiram e se
movem em círculos, lentamente; outros continuam na escalada, alguns quase parando, lutando contra o forte vento de rajadas. Assim é a Vale Tudo, uma prova de duração de vôo para
modelos motorizados – agora restrita somente a elétricos que
entra no seu décimo ano de realização.
Repetindo as performances obtidas na prova realizada em
maio em Itú, a dobradinha André Yamin e Gustavo Exel arrasou de novo – só que desta vez inverteram as posições, ficando
o Gustavo em 1º lugar, com um tempo total de 2hrs 7min, em
dois vôos, 3 minutos na frente do André, que registrou 2hrs
4min.
André Yamin (2° lugar) - Gustavo Exel (1° lugar) - Leandro Sgobbi (3° lugar)
Estes dois aeromodelistas formam uma dupla de respeito:
não são apenas pilotos de aviõenzinhos, pois projetam e constroem caprichosamente seus modelos, e ainda mostram como
fazê-lo nos sites da Internet dedicados ao assunto. Talvez o
vôo elétrico marque o renascimento do aeromodelismo como o
“esporte-ciência”, como era chamado no Brasil há meio século
atrás.
A X Vale Tudo, realizada no campo da UBA, na represa de
Guarapiranga, contou com a participação de 26 concorrentes,
inclusive uma simpática equipe de cariocas de “Asas Eletricas”,
que não só disputou a prova, como também ofereceu valiosos
prêmios aos três primeiros colocados. Merece destaque também a performance do pequeno “Vermelhinho” de Leandro
Sgobbi, que conquistou o 3º lugar com um tempo total 1hr
49min; esse pessoal da Two Hobbies está sempre surprendendo
com seus modelinhos - e, como de praxe, ofereceram um prêmio para o 4º colocado: um “shock flyer”, é claro!
A seguir, a classificação dos concorrentes da X Vale Tudo:
Obs.: 1–Os participantes do 16º lugar para baixo só realizaram o o 1º vôo, não atingindo os 25 min necessários para
participar do “fly-off”.
2-Como se pode observar, 77% dos participantes utilizaram
motores do tipo “brushless” e 85% adotaram as baterias de
lítio. É o progresso tecnológico – daí os tempos de vôo extremamente altos registrados na prova. No futuro será necessário
estabelecer novas limitações para que a competição não entre
noite a dentro! Texto e Fotos: Affonso C. A. Arantes
Aspecto do campo da UBA no dia da prova - em primeiro plano, Lin Pu Hsiung - concorrente de
Campinas, que constroi seus próprios motores a partir de CD-Rom de computadores.