Área 13
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2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 PROJETO DE REVEGETAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA MINERAÇÃO DE CARVÃO, NO MUNICÍPIO DE LAURO MÜLLER – S.C. Içara, agosto de 2005 14 1 - INTRODUÇÃO _______________________________________________ 17 2 - ESTRATÉGIAS PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ____ 18 3 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE ____________________________________ 22 4 - ÁREAS A SEREM RECUPERADAS ______________________________ 24 5 - PEDOLOGIA _________________________________________________ 26 5.1 - METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM DO SOLO ____________________________________ 26 5.2 - AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA DO SOLO _________________________________ 27 5.3 - ANÁLISE DO LAUDO TÉCNICO DO SOLO ________________________________________ 29 5.3.1 - CLASSE TEXTURAL _________________________________________________________ 29 5.3.2 - pH DO SOLO ________________________________________________________________ 30 5.3.3 - TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA _______________________________________________ 30 5.3.4 - CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC) ___________________________________ 30 5.3.5 - SOMA DE BASES (S) _________________________________________________________ 31 5.3.6 - SATURAÇÃO DE BASES (V) __________________________________________________ 31 5.3.7 -CARÁTER ÁLICO ____________________________________________________________ 31 5.4 - DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DOS PERFIS DE SOLO ______________________________ 31 6 - INDICAÇÃO DE ESPÉCIES PARA REVEGETAÇÃO _________________ 34 6.1 - ESPÉCIES INDICADAS __________________________________________________________ 34 6.1.1 - HERBÁCEAS ________________________________________________________________ 34 6.1.2 - PIONEIRAS _________________________________________________________________ 35 6.1.3 - SECUNDÁRIAS/CLIMÁCICAS _________________________________________________ 38 7 - REVEGETAÇÃO ______________________________________________ 41 7.1 - METODOLOGIA PARA AS ESPÉCIES HERBÁCEAS ________________________________ 41 7.2 - METODOLOGIA PARA PLANTIO DAS ESPÉCIES NATIVAS ARBÓREAS _____________ 42 7.3 - METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO DE REFLORESTAMENTO COM Pinus elliotti _ 45 8 - DESCRIÇÃO DAS ÁREAS ______________________________________ 49 8.1 - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A CAPACIDADE DE USO ______________________ 49 9 - CUSTOS TOTAIS POR ÁREA ___________________________________ 50 10 – RECOMENDAÇÕES FINAIS ___________________________________ 51 15 11 - BIBLIOGRAFIA ______________________________________________ 52 12 - ANEXOS ___________________________________________________ 56 16 1 - INTRODUÇÃO O presente trabalho é parte integrante de um PRAD (Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas), realizado a pedido da empresa Carbonífera Catarinense, localizada na rodovia SC 438, no município de Lauro Müller. É referente à recomposição da vegetação em áreas já exploradas, que ainda hoje permanecem com rejeitos do processo de beneficiamento ou estéreis. Os rejeitos, resultantes do processo de beneficiamento do carvão, são compostos basicamente de minerais ricos em pirita (FeS2), composto esse o principal responsável pela drenagem ácida, a maior causadora dos problemas de poluição, causada pela mineração de carvão, aos recursos hídricos na bacia carbonífera catarinense. Por esse motivo, estes têm que serem dispostos em aterros controlados e monitorados constantemente, evitando-se assim a lixiviação para o solo e as águas, superficiais e subterrâneas. Já o estéril que é a camada resultante da mistura dos horizontes litológicos após a mineração “é constituída por siltitos, argilitos, arenitos e folhelhos, não podendo ser classificado como solo, pois não apresenta perfil, porosidade e estrutura característica” (SANTA CATARINA, 1982), sendo estes menos problemáticos do ponto de vista químico, pois não geram tantos poluentes, como os rejeitos, através da lixiviação. 17 2 - ESTRATÉGIAS PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Quando na fase de planejamento de um (PRAD), os técnicos devem levar em consideração os processos naturais de sucessão, tentando reproduzir o mesmo, diminuindo o tempo necessário para atingir o clímax. Segundo REIS et.al. (1999), devemos promover a sucessão de todos os elementos (solo, microflora, flora, fauna e microfauna), o que fará com que a área ganhe nova resiliência, ou seja a capacidade de voltar a um estado de equilíbrio. Com respeito a revegetação devemos ter em mente os diversos estágios de desenvolvimento, dentro de cada uma das formações vegetais, que em nosso estado são de número seis. Segundo o Consórcio Mata-Atlantica/UNICAMP (1992), baseado no Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE 1992) a floresta Atlântica compreende um conjunto de tipologias florestais, localizado na faixa litorânea desde o estado do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, representado principalmente pela Floresta Ombrófila Densa, Floresta Estacional Decidual, e Encraves de Campos de Altitude e Brejos de Altitude (Região Nordeste), associados também a Ecossistemas Costeiros de Restinga, Mussunungas e Mangues. A atual legislação Brasileira também segue e considera este conceito para Floresta Atlântica. A formação em que se encontra inserida a área do empreendimento de acordo com a classificação fitogeográfica nacional, realizada por ELLENBERG & MUELLER-DOMBOIS (1965-6) que ainda hoje é adotado pelo IBGE, com algumas alterações feitas por KLEIN & LEITE (1987), é denominada Floresta Ombrófila Densa e dentro desta é classificada ainda como Submontana, compreendida entre as altitudes de 50 a 500 metros, sendo que esta amplitude de variação pode variar de acordo com a latitude. Também recebeu diversas denominações como: "Floresta Latifoliada Perene Tropical" (KUHLMANN, 1956), "Floresta Perenifólia Latifoliada Higrófila Costeira" (ANDRADELIMA, 1966), "Mata Pluvial Costeira" (HUECK, 1972), "Floresta 18 Pluvial Tropical Atlântica" (RIZZINI, 1979), "Mata Pluvial Tropical da Serra do Mar "(MAACK, 1981), entre outras, este tipo de vegetação caracteriza-se pela marcada predominância de árvores de grande porte (fanerófitas), associadas a várias outras formas biológicas, principalmente epífitas e lianas, em áreas de clima ombrotérmico, isto é, com temperaturas relativamente elevadas e ausência de período seco, com precipitação abundante e bem distribuída o ano todo (IBGE, 1992). No Brasil, esta classe de formação distribui-se em dois grandes conjuntos facilmente reconhecíveis e diferenciados, um situado na região amazônica ("Floresta Amazônica") e outro ao longo da costa do nordeste ao sul, predominantemente sobre as encostas que constituem a Serra do Mar e suas ramificações mais interiores ("Floresta Atlântica”). A Floresta Atlântica caracteriza-se por ser uma floresta latifoliada, intimamente relacionada com os índices termos-pluviométricos mais elevados da zona litorânea, apresentando três estratos definidos quando atingido o clímax: o estrato superior, formado pelas espécies dominantes de 25 a 35 metros de altura, ou mais, como a canela-preta Ocotea catharinensis, sapopema Sloanea monosperma, guamirimchorão Calyptranthes grandifolia, canela-fogo Cryptocarya moschata, tanheiro Alchornea triplinervia, figueira-branca Ficus organensis, guapuruvu Schizolobium parayba e angico Parapiptadenia rigida; a submata, formada de arvoretas até 9 metros de altura, em que domina o palmito Euterpe edulis e o guamirim-de-folhas-miúdas Myrceugenia myrcioides e outras; o estrato arbustivo com cerca de 3 metros de altura, formado por inúmeras espécies entre as quais se encontram a palmeiragemiova Geonoma gamiova, o feto arborescente xaxim Diksonia sellowiana e a samambaia-assu Hemitelia setosa (SUDESUL, 1978). A Floresta Ombrófila Densa Submontana, apresenta árvores bastante altas, dentre as quais destacam-se além das citadas anteriormente, o Baguaçu, Talauma ovata e a Peroba vermelha, Aspidosperma olivaceum pela sua importância no extrato superior. O processo de sucessão natural secundária, dentro dessa formação, dá-se inicialmente com o estabelecimento do extrato herbáceo, pelo banco de sementes existente no solo, pela dispersão da fauna e dispersores abióticos, como vento, drenagem, gravidade... 19 Quando o solo é abandonado, após longo tempo de exploração e esgotamento, surge um pequeno grupo de plantas herbáceas especialmente adaptadas a crescerem em condições edáficas extremas, como falta, de nutrientes, de água, altas concentrações de elementos, que por este motivo tornam-se tóxicos, além da elevada de acidez. Desta forma em terrenos rasos e enxutos são ocupados principalmente pelo Pteridium aquilinum (samambaiadas-taperas), Melinis minutiflora (Capim-gordura) e Andropogon bicornis (Capim-rabo-de-burro), formando grupamentos muito densos, cobrindo vastas áreas. No estágio seguinte de revegetação secundária, chamado de Capoeirinha começam a aparecer os primeiros arbustos, principalmente os pertencentes da família Compositae, como os do gênero Baccharis sp, formando densos agrupamentos homogêneos chamados de vassourais. Este é um estágio de transição das ervas, citadas anteriormente, para arbustos, que surge em aproximadamente cinco anos depois do abandono da área, podendo permanecer por até dez anos, quando começam a serem substituídos pelas plantas do estágio seguinte. Durante esse processo, as ervas do estágio anterior vão sumindo gradativamente, devido à diminuição de insolação e aumento da quantidade de matéria orgânica presente no solo. Outras plantas mais exigentes vão tomando o lugar das vassouras, que depois de atingirem certo desenvolvimento e dinamismo, não se reproduzem normalmente, permitindo assim a colonização pelas primeiras arvoretas e árvores. O próximo estagio é chamado de Capoeira, cerca de quinze anos depois do abandono da área, onde o extrato herbáceo original desaparece quase que completamente, dando lugar às ervas mais exigentes quanto o sombreamento (ciófitas) e umidade do solo. Começa também a aparecer em maior número, além de outras, a Capororoca, Rapanea ferruginea, uma arvoreta com até seis metros de altura, Psychotria longipes, Caxeta, espécies que necessitam de sombreamento durante a fase juvenil e heliófita quando adulta, tolerante a solos com baixa quantidade de matéria orgânica. No extrato inferior predominam duas melastomatáceas do gênero Leandra spp, denominadas Pixiricas. 20 Depois desta fase de dominância da Capororoca e/ou Caxeta, dá-se inicio à próxima fase, denominada capoeirão, com a dominação, (raramente) pela Psycotria longipes, sendo na região do empreendimento mais comum, pela Tibouchina pulchra conhecida como quaresmeira, ou pelas embaúbas, as Cecropias spp. No interior do capoeirão surgem às primeiras árvores pioneiras da floresta secundaria, sendo as mais freqüentes Miconia cabuçu pixiricão, Alchornea triplinervia tanheiro, e também Tapirira guianensis Cupiúva, Hieronyma alchorneoides Licurana, Slonea guianensis Laranjeira-do-mato, Guapira opposita Maria-mole, as Canelas e Guamirins, árvores características do interior das matas de folhas pequenas, que vão gradativamente substituindo as espécies do estágio anterior, sendo este denominado Floresta Secundária em Estagio Inicial de Regeneração. Isso ocorre devido ao sombreamento, ao abaixamento do pH, aumento da umidade, da fertilidade e do teor de matéria orgânica (VELOSO 1945). 21 3 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE Para ser realizada a reparação de danos ambientais, é imprescindível o conhecimento da legislação, para quem irá trabalhar com recuperação de áreas degradadas. Este é um assunto relativamente novo no Brasil, pois a primeira lei que dispõe sobre a obrigação das empresas em recuperar a degradação causada por suas atividades é do inicio da década de oitenta. Nos dias atuais temos um amplo conjunto de leis, para atividades específicas, como a atividade de mineração. A Legislação Ambiental Brasileira é uma das mais avançadas em termos de proteção da biota, segundo especialistas em direito ambiental. Como exemplo podemos citar o licenciamento ambiental que qualquer atividade impactante precisa apresentar para exercer suas atividades, onde são assumidos compromissos, para a adoção de medidas mitigadoras, visando o controle destes impactos, prevendo a participação popular durante todo o processo, oferecendo recursos para responsabilizar e obrigar todo o empreendimento que cause algum de degradação ambiental a apresentar e executar planos de reparação aos danos provocados (ALMEIDA 2000). Podemos citar como exemplo algumas Leis que precisamos conhecer para podermos realizar um planejamento de acordo com os preceitos legais. A carta magna da nação, a nossa constituição, trata no artigo 225 do meio ambiente, e no parágrafo segundo fala da obrigatoriedade daquele que explorar os recursos minerais, em recuperar a área degradada. A lei federal 4771 de 1965, que institui o código florestal, fixando as áreas de preservação permanente, as reservas legais (que no sul do país é de vinte por cento da área total da propriedade), entre outras. Lei federal 7347 de 1985, prevendo a ação civil pública, permitindo a participação popular nas ações relativas ao meio ambiente, criando instrumentos para viabilizar a recuperação de áreas degradadas, através de um fundo específico. Decreto Lei 97632 de 1989, que regulamentou a Lei 6938 de 1981, instituindo o PRAD, Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, empregado de forma preventiva para empresas mineradoras. Lei dos Crimes 22 ambientais 6905 de 1998, e ainda varias outras resoluções do CONAMA como 01/86 dispondo sobre critérios e diretrizes para elaboração de EIA-RIMA, 237/97 sobre o licenciamento ambiental, 274/2000 sobre a avaliação da qualidade das águas para a balneabilidade. 23 4 - ÁREAS A SEREM RECUPERADAS São dezoito fragmentos, a maioria abandonada após a lavra, deixados com rejeitos e/ou estéreis, totalizando uma área de aproximadamente 66 hectares. Nestes fragmentos será feita primeiramente à recomposição topográfica do terreno, com o objetivo de deixá-lo com alguma similitude a área antes da exploração. Após a recomposição as áreas serão divididas em duas categorias. Áreas com rejeitos - deverão receber primeiramente uma camada de argila, que depois de compactada não poderá ter uma espessura inferior a 20 centímetros, para evitar, a percolação das águas e conseqüentemente a lixiviação dos compostos minerais sulfurosos e ferrosos. Na seqüência será depositada sobre esta, uma outra camada com aproximadamente 30 centímetros, contendo o horizonte subsuperficial, retirado de uma área de empréstimo. Logo após será feita a revegetação, com espécies herbáceas, nativas da região, com objetivo de fixar e reter o solo, diminuindo assim o risco de erosão eólica e principalmente hídrica. Nestas áreas não será permitido, que ocorra o processo de sucessão ecológica, pois do contrário, espécies que naturalmente sucederiam as herbáceas, romperiam a camada compactada de argila com suas raízes. Por isso são necessárias vistorias constantes, para a retirada dos arbustos, arvoretas e árvores que se estabelecerão sobre estes locais, através da dispersão e do banco de sementes. Estas deverão ser feitas a cada seis meses, por um funcionário treinado para este fim. Áreas com estéreis - também será feito o recobrimento da camada superficial com argila proveniente de áreas de empréstimo, pois o material que se encontra no local é resultado da mistura dos horizontes do solo original, não podendo ser classificado como tal. Será depositada uma camada de aproximadamente 30 cm, para ser realizado plantio de espécies herbáceas e arbóreas nativas, com o objetivo de formar um novo solo, recompor paisagisticamente e promover o retorno da vida selvagem, sendo que o plantio de espécies nativas não será menor que vinte por cento da área total da 24 propriedade, obedecendo à legislação pertinente que trata da recomposição e manutenção da reserva legal (Lei Federal 4.771/65 e Lei Estadual 10.472/97) No restante da propriedade, (outros 80%), serão plantadas, também, árvores exóticas (Pinus elliotti), com o objetivo de auferir lucro aos proprietários através da exploração racional de madeira, pois a demanda pela madeira de Pinus já é maior que a oferta, (figura 1), faltando no cenário nacional segundo a SBS, (Sociedade Brasileira de Silvicultura), cerca de 15.000 m 3 neste ano. Poderá também haver a exploração de produtos não madeiráveis, como por exemplo, o palmito, Euterpe edulis, que além de estar presente na recomposição da reserva legal poderá ser plantado nas entrelinhas do reflorestamento. 2019 2017 2015 2013 2011 2009 2007 2005 2003 2001 BALANÇO GERAL DE OFERTA E DEMANDA – PINUS (m3) 0 -5.000 -10.000 -15.000 -20.000 -25.000 -30.000 Fonte: Sociedade Brasileira de Silvicultura 2003. 25 5 - PEDOLOGIA A classificação de um solo é obtida através da análise dos dados morfológicos, químicos, físicos e minerais dos diferentes perfis, que por sua vez é caracterizado pelo conjunto de todos os horizontes genéticos ou camadas, acrescidos do material mineral subjacente, pouco ou nada transformado do manto superficial de resíduos orgânicos, que influenciam a gênese e comportamento do solo (Lemos 1996). 5.1 - METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM DO SOLO As amostras serão coletadas logo após a colocação da camada fértil sobre os materiais. Serão utilizados para a coleta de solo os seguintes materiais: Uma pá de corte, uma colher de pedreiro, dois baldes plásticos, uma enxada, uma faca, uma picareta, um trado e sacos plásticos descartáveis. Primeiramente o terreno poderá ser dividido em áreas diferentes (com rejeito e com estéris), devido a diferenças de tratamento e cobertura vegetal. Serão escolhidos entre quinze e vinte pontos aleatoriamente dentro de cada área. Em cada ponto serão eliminadas, a vegetação, folhas e pedras da superfície, e feitas covas de aproximadamente quarenta centímetros de profundidade. Em cada cova separarar-se-á uma fatia de 0 a 20 cm e outra de 20 a 40 cm de profundidade, (nas áreas com rejeitos será feita somente a uma profundidade de vinte centímetros), sendo que cada uma das fatias terá aproximadamente cinco centímetros de espessura, para que dependendo do tipo de revegetação que será implantado, possam ser indicados os fertilizantes e corretivos. As bordas serão excluídas com a faca e as partes centrais de cada fatia serão colocadas nos baldes em separado, (um para cada profundidade). 26 Este processo será repetido quinze vezes em cada uma das áreas. O material de cada balde será homogeneizado, e colocado nos sacos descartáveis e enviado ao laboratório da CIDASC, em Criciúma, para serem feitas às análises físico-químicas. 5.2 - AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA DO SOLO A avaliação da aptidão agrícola de um solo resulta da interpretação de informações obtidas nos levantamentos de solos, complementados com dados climáticos, e ainda avaliando-se os graus de limitações que estes possuem para o uso agrícola. São consideradas apenas as limitações permanentes, que não são corrigíveis ou são muito complexas. Os princípios básicos que regem estas classificações são que à medida que aumentam as limitações de um sítio a intensidade do seu uso adequado diminui, conforme quadro I. QUADRO I ALTERNATIVA DE UTILIZAÇÃO DAS TERRAS DE ACORDO COM OS GRUPOS DE APTIDÃO AGRÍCOLA AUMENTO DA INTENSIDADE DE USO GRUPO DE → LAVOURAS APTIDÃO AGRÍCOLA PRESERVAÇÃO SILVICULTURA PASTAGEM DA FAUNA E FLORA AUMENTA PASTAGEM NATURAL PLANTADA APTIDÃO APTIDÃO APTIDÃO RESTRITA REGULAR BOA 1 O 2 GRAU ↓ 3 DE LIMITAÇÃO 4 5 6 Para classificarmos um solo primeiramente são considerados três níveis de manejo do sitio, a saber: 27 Nível A - baseado em praticas agrícolas de baixo nível tecnológico sem aplicação de capital, insumos e dependente do trabalho braçal. Nível B – correspondente a um nível tecnológico médio, com modesta aplicação de capital e conhecimentos, utilizando tração animal. Nível C – reflete alto nível tecnológico com aplicação intensiva de capital, conhecimentos, insumos e conservação do solo. O nível de mecanização é elevado. Seguindo níveis hierárquicos mais baixos temos ainda: Classes, que são denominadas Boa, regular, restrita e inapta, sendo designadas para cada tipo de utilização dos sítios, representadas nos mapas de aptidão pela simbologia apresentada no quadro II. As classes são definidas com base em fatores limitantes como: deficiência de fertilidade, de água, de aeração, suscetibilidade a erosão e impedimento à mecanização. QUADRO lI CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO AGRÍCOLA TIPO DE UTILIZAÇÃO CLASSE DE APTIDÃO LAVOURAS PASTAGEM PLANTADA SILVICULTURA PASTAGEM NATURAL AGRÍCOLA NÍVEL DE MANEJO NÍVEL DE MANEJO B NÍVEL DE MANEJO B NIVEL DE MANEJO A P p (p) - S s (s) - N n (n) - BOA REGULAR RESTRITA INAPTA A B C A a (a) - B b (b) - C c (c) - Grupos de aptidão indicam os tipos de utilização mais intensivos possíveis, ou seja, a sua aptidão, sendo representados por números de 1 a 6, com os seguintes significados: 1 – aptidão boa para lavoura 2 - aptidão regular para lavoura 3 - aptidão restrita para lavoura 4 – apta para pastagem cultivada 5 – apta para pastagem plantada e silvicultura 28 6 – inapta para exploração sendo possível somente à preservação de fauna e flora. Subgrupos de aptidão são as avaliações feitas em conjunto das classes que indicam o uso mais intensivo possível para cada nível de manejo. A classificação foi realizada de acordo com a metodologia proposta pelo sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras (SNLCS / 1983), contido no Manual Técnico de Pedologia do IBGE, e será apresentado para cada área em separado. 5.3 - ANÁLISE DO LAUDO TÉCNICO DO SOLO As amostras serão analisadas pela CIDASC – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina segundo a metodologia da comissão de fertilidade do solo, da SBCS* – Regional Sul SC/RS, *(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo) que são as seguintes. 5.3.1 - CLASSE TEXTURAL A determinação do teor de argila no solo é feita pelo método do densímetro, após a dispersão com álcali. Essa determinação faz parte da análise básica e é imprescindível para determinar a classe de solo que, aliada a identificação da unidade de mapeamento do solo, constitui o parâmetro determinante para a classificação da amostra para a adequada interpretação do teor de fósforo. Classe textural é o teor de argila que encontramos no solo, medido em porcentagem, sendo estas descritas da seguinte forma: Classe 1 - > 55% de argila Classe 2 - de 41 a 55 de argila Classe 3 – de 26 a 40% de argila Classe 4 – de 11 a 25% de argila Classe 5 – até 10% de argila Classe 6 – Solos alagados 29 5.3.2 - pH DO SOLO O pH é uma escala logarítmica negativa da concentração de íons de H + em uma solução. Quanto mais íons livres, menor o pH e maior a acidez. É determinado através do potenciômetro na suspensão solo-água, na proporção 1:1. As escalas de pH para o solo segundo SBCS são as seguintes: Muito baixo - ≤ 5 Baixo – 5,1 a 5,5 Médio – 5,6 a 6,0 Alto - > 6 5.3.3 - TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA É determinada por combustão úmida do solo com bicromanato de sódio e acido sulfúrico. É com base neste teor que se avalia, indiretamente a disponibilidade de nitrogênio no solo, o nutriente utilizado em maior quantidade pelos vegetais. É dada em porcentagem, da relação massa-volume do solo. São classificados quanto ao teor, da seguinte forma: Baixo - ≤ 2,5 Médio – 2,6 a 5,0 Alto - < 5 5.3.4 - CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC) A CTC de um solo é a capacidade que este tem de manter adsorvidos nas frações de argila os cátions da solução (água do solo), de forma reversível, disponibilizando-os para as plantas quando necessário. Quando os cátions essenciais (Na+ , K+, Mg++, Ca++), ocupam maior parte da CTC, em relação ao Al e H, podemos dizer “teoricamente” que este é rico em nutrientes. É constituída pela somatória de Ca++ + Mg++ + K+ + Na+ + H+ + Al+++, sendo classificada como: Baixa - < 6 cmolc/l 30 Média – entre 6 e 13 cmolc/l Alta - > 13 cmolc/l 5.3.5 - SOMA DE BASES (S) É constituída pelo somatório de Na+ , K+, Mg++, Ca++, e é classificado como: Baixo - < 4 cmolc/l Médio – 4 a 6 cmolc/l Alto - > 6 cmolc/l 5.3.6 - SATURAÇÃO DE BASES (V) Definida como, parte da CTC, que esta ocupada pela soma bases em porcentagem. É calculada pela fórmula (100 x S)/CTC, sendo classificada como: Baixa - < 50% solo definido como distrófico Alta - > 50% solo definido como eutrófico 5.3.7 -CARÁTER ÁLICO Refere-se à saturação de alumínio calculada pela fórmula (100 x Al)/(Al + S) sendo expressa em porcentagem. Maior que 50% - álico Menor que 50% - não álico 5.4 - DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DOS PERFIS DE SOLO As descrições de solo no campo são constituídas dos registros metodizados das suas características. Estas devem ser feitas no campo devendo incluir as características morfológicas de cada um, englobando a espessura, cor, estrutura, textura, consistência, transição entre horizontes entre outras. Um solo corretamente classificado deve conter desde o primeiro nível categórico até o sexto, correspondente ao nível mais baixo de classificação. A seqüência 31 completa de acordo com a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo é: Ordem, que representa o horizonte B ou sub-superficial; Sub-ordem, que descreve as características morfológicas como a cor e estrutura; Grande grupo representando características diagnósticas como a saturação de bases o caráter álico, eutrófico, entre outros; Sub-grupo descrevendo horizonte A (superficial); Família correspondendo à classe textural do horizonte B e por fim o ultimo nível, Série, que é identificado por um nome próprio ou nomes de acidentes geográficos onde estes foram amostrados pela primeira vez. A descrição do solo do local do empreendimento segundo levantamentos feitos pela EMBRAPA em 1980 é a seguinte: CLASSIFICAÇÃO – Podzólico Vermelho-amarelo Álico Distrófico Tb A Moderado Textura Média/Argilosa Relevo Forte Ondulado. LOCALIZAÇÃO – Lauro Müller ALTITUDE – 300 m PEDREGOSIDADE - Moderadamente pedregosa. ROCHOSIDADE – Rochoso. RELEVO LOCAL –Ondulado. RELEVO REGIONAL – Forte ondulado. EROSÃO – Moderada/forte, laminar e em sulcos rasos. DRENAGEM – Bem drenado. VEGETAÇÃO ORIGINAL – Floresta Ombrófila Densa Submontana VEGETAÇÃO ATUAL – Floresta Secundária em Estágio Inicial de Recuperação. USO ATUAL – Área degradada pela mineração de carvão, com grande porcentagem de descobertura vegetal. USO FUTURO – Área de produção silvicultural, com restrições para uso. Observação - Devido a grande movimentação tanto de corte como de aterro as camadas superficiais do solo (horizonte A e B), foram totalmente 32 removidas, retiradas e/ou soterradas, alterando toda a composição e estrutura. Agora estes não apresentam perfis, não sendo possível classificá-los como solo. 33 6 - INDICAÇÃO DE ESPÉCIES PARA REVEGETAÇÃO As espécies arbóreas pioneiras da sucessão secundária vem sendo consideradas como as mais aptas na revegetação de áreas degradadas, devido suas características de rusticidade, crescimento rápido, plasticidade e elasticidade, produção de sementes e tolerância a solos de baixa fertilidade e alta saturação de alumínio. Estas espécies, como descrito anteriormente, serão implantadas com o intuito de favorecer o estabelecimento e desenvolvimento das espécies Secundárias e de Clímax, que é o desejado num processo de recuperação ambiental. Devemos levar em consideração, ainda, a atratibilidade que estas deverão exercer sobre a fauna, pois não é possível tratar de recuperação ambiental sem fomentar a visita e permanência desta no local. 6.1 - ESPÉCIES INDICADAS 6.1.1 - HERBÁCEAS Serão indicadas duas espécies, uma gramínea e uma leguminosa, azevém Lolium multiflorum Lam., planta resistente a acidez do solo, e Cajanus cajan Feijão-guandu, sendo uma planta arbustiva, ereta, produzindo por cerca de quatro anos, também adaptada a diversas faixas de pH. Chega a fixar até 280 kg de nitrogênio/ha/ano, alem de deixar cerca de 2,5 toneladas de matéria morta por ha/ano, o que equivale a 37,5 kg de nitrogênio ou ainda 187 kg de sulfato de amônio. As espécies da família gramineae, hoje classificada como Poaceae, possuem uma grande quantidade de raízes, que se desenvolvem rapidamente, melhorando as características físicas, como porosidade, descompactação, aeração entre outros. Quanto às características químicas, devido a constante renovação radicular, há a incorporação de matéria orgânica ao solo, fomentando a atividade da microbiana. 34 Com relação à leguminosa, hoje também com nova nomenclatura, Poaceae, há a incorporação de nitrogênio atmosférico ao solo, aumentando assim a quantidade desse nutriente, ficando disponibilizado para as próximas espécies da sucessão vegetal. 6.1.2 - PIONEIRAS Bauhinia forficata Link, Pata-de-vaca – É uma espécie pioneira, polinizada principalmente por morcegos (Morellato, 1991). Floresce de novembro a março, frutificando abril a julho. O processo reprodutivo inicia ao redor dos dois anos de idade, em plantios. Seus frutos são dispersos por barocoria, apresentando deiscência explosiva. É uma excelente forrageira arbórea, riquíssima em proteína e em hidratos de carbono, com flores melíferas (Barros, 1960). É recomendada para recuperação de ecossistemas degradados e revegetação de terrenos erodidos. Mimosa scabrella Bentham, Bracatinga – A espécie é pioneira. Muito comum na vegetação secundária, principalmente em capoeira e capoeirões e na floresta secundária, polinizada principalmente as abelhas dos gêneros Apis e Trigona (Catharino et al., 1982). O aparecimento dos botões florais da bracatinga dá-se em março e o florescimento de junho a setembro, os frutos amadurecem de dezembro a março. A floração e a frutificação iniciam a partir de dois anos em plantios. Dispersão de frutos e sementes: autocórica, principalmente barocórica, por gravidade. As sementes desta espécie são encontradas no banco de sementes do solo, onde forma banco de sementes permanente (Carneiro et al., 1982) Carpanezzi (1997). A bracatinga é considerada uma das espécies de crescimento inicial mais rápido no Sul do Brasil. Alguns povoamentos implantados por mudas alcançaram produtividade de até 36 m 3/ha.ano-1 com casca, sob regeneração artificial (CARVALHO 1988). Importante espécie apícola, fornecendo néctar e pólen no inverno e produzindo mel rico em glicose, com cristalização muito rápida (Barros, 1960;). espécie facilitadora recobre 35 rapidamente terrenos queimados, criando condições de microclima favoráveis para espécies tolerante ao sombreamento (Carpanezzi, 1997). Ela é recomendada para recuperação e reabilitação de solos degradados, tais como: solos com superfícies alteradas pela terraplenagem, solos modificados pela exploração do xisto betuminoso (Poggiani & Monteiro, 1990) Chega a depositar até 8.490 kg de matéria orgânica seca, 253 kg de nitrogênio e 15 kg/ha.ano de potássio (Carpanezzi et al., 1984). Ocorre, espontaneamente, em terrenos rasos a maioria das vezes solos pobres, ácidos, com pH variando entre 3,5 e 5,5, com textura que varia de franca a argilosa e bem drenados. Miconia cinnamomifolia (A. DC.) Naudin, Jacatirão-açú - É caracterizada como pioneira, polinizada principalmente as abelhas dos gêneros Melipona e Trigona e diversos insetos pequenos (Goldenberg & Pereira, 1996). Floresce de novembro a janeiro e seus frutos amadurecem de março a maio, sendo que o processo reprodutivo inicia aos cinco anos de idade, em plantios. Os frutos amadurecem de fevereiro a março, em São Paulo e, de março a maio, em Minas Gerais, no Paraná e em Santa Catarina. O processo reprodutivo inicia aos cinco anos de idade, em plantios. A síndrome de dispersão mais freqüente para esta espécie é a barocoria (autocoria) ou em associação com a zoocoria. Os frutos maduros são muito procurados pela avifauna, por mamíferos, principalmente por Leonthopithecus rosalia rosalia - mico-leão-dourado e por formigas do gênero Atta - saúvas (Pereira & Andrade, 1995),. É uma planta melífera, com produção de pólen e néctar. É considerada uma das melhores espécies arbóreas da Floresta Atlântica, de Santa Catarina para apicultura. Schizolobium parayba (Vell), Guapuruvu – Planta pioneira, recomendada para recuperação de áreas degradas com solos ácidos e baixa fertilidade. Floresce entre os meses de agosto a outubro, frutificando em abril julho. Sua síndrome de dispersão é barocórica, e sua polinização é entomofílica. 36 Myrsine ferruginea Sprengel, Capororoca - espécie secundária inicial (Durigan & Nogueira, 1990). Porém, comporta-se comumente como espécie pioneira. É polinizada principalmente pelo vento, florescendo de março a outubro e frutificando em novembro. A dispersão de frutos e sementes é zoocórica: mamíferos, notadamente o bugio ou guariba (Alouatta fusca) (Kuhlmann, 1975). Os frutos da capororoca são utilizados como alimento por mais de 35 espécies de aves, geralmente pequenos pássaros, que se alimentam dos frutos maduros (Pineshi, 1990). As flores desta espécie são melíferas (Brandão & Ferreira, 1991). A espécie é recomendada para a recuperação de ecossistemas degradados, sendo importante para o reflorestamento sucessional, com espécies nativas umbrófilas (secundárias tardias e climácicas). Os frutos maduros servem de alimento para os sabiás, jacus e diversas outras aves, bem como para a fauna em geral (exemplo: bugios). Cecropia glaziovi Snethlage, Embaúba – É uma espécie pioneira (Castro Junior et al., 1997), sendo polinizada principalmente as abelhas e diversos insetos pequenos, florescendo em mais de uma época por ano, mas com maior intensidade nos meses de março a outubro. Seus frutos amadurecem de maio a julho. Dispersão zoocórica: por morcegos, principalmente Artibeus lituratus (Costa & Peracchi, 1996) e aves (Galetti, 1995). As flores dessa espécie são melíferas (Brandão et al., 1993). É recomendada para plantios com finalidade de recuperar áreas degradadas, pois seus os frutos são muito apreciados por pássaros, morcegos e outros animais, seus dispersores. Recomenda-se sua utilização em reflorestamentos heterogêneos para o sombreamento de espécies de estágios sucessionais posteriores. A imbaúba-prateada vegeta naturalmente em solos ácidos e de baixa fertilidade natural. Podem ainda, serem implantadas outras espécies, desde que estas sejam pioneiras, de acordo com a necessidade de cada propriedade e ainda da disponibilidade de sementes ou mudas na região, como por exemplo: 37 Trema micrantha, Grandiúva; Mimosa bimucronata, Marica; Jacaranda puberula, caroba; Vernonia discolor, Vassourão-preto; Schinus terebinthifolius, Aroeira; Casearia silvestris, Cafezeiro-do-mato, entre outras. 6.1.3 - SECUNDÁRIAS/CLIMÁCICAS Annona cacans Warming, Araticum-cagão - Espécie secundária tardia (Durigan & Nogueira, 1990). Florescendo de setembro a novembro, sendo polinizada principalmente pelo besouro (Morellato, 1991) Dispersão autocórica, principalmente barocórica, por gravidade, e zoocórica, notadamente por mamíferos (Kageyama et al., 1991). Quando plantado, inicia o processo reprodutivo por volta dos cinco anos de idade. Os frutos são procurados por aves, répteis e mamíferos. Caesalpinia ferrea Martius, Pau-ferro - É uma espécie secundária inicial. Polinizada principalmente as abelhas e diversos insetos pequenos. Floresce de janeiro a março. Quando plantada frutifica de julho a setembro. O processo reprodutivo inicia aos três anos de idade, em plantios em sítios adequados. Dispersão de frutos e sementes é autocórica, principalmente barocórica, por gravidade e zoocórica, tendo flores melíferas. Cariniana estrellensis (Raddi), Jequitibá-branco – É uma espécie clímax exigente de luz utilizada em reflorestamento para recuperação ambiental pois seus frutos jovens e sementes são apreciados pelos bugios e macacos (Moraes, 1992). O jequitibá-branco ocorre em solos de baixa fertilidade natural, sendo polinizada principalmente por diversos insetos pequenos (Kuhlmann & Kuhn, 1947) e, ou por abelhas (Morellato, 1991). Floresce de outubro a janeiro, frutificando de julho a setembro. A dispersão de frutos e sementes é 38 anemocórica; em condições de vento forte, pode ultrapassar 100 m da árvore porta-semente (Bustamante, 1948). Contudo, são principalmente os macacos que retiram o opérculo (tampa) do fruto, facilitando a dispersão das sementes pelo vento. Cedrela fissilis Vellozo, Cedro - Espécie secundária inicial ou secundária tardia (Nave et al., 1997). Vetor de polinização: possivelmente mariposas e as abelhas (Morellato, 1991). Floresce de setembro a dezembro, e frutifica de julho a agosto. A dispersão se dá pela queda das sementes no solo, dentro do fruto ou pela ação dispersante do vento (Alcântara et al., 1997). As flores desta espécie são melíferas, produzindo pólen e néctar. Apesar de apresentar sintoma moderado de fitotoxidez, o cedro é considerado promissor para programas de revegetação de áreas com solo contaminado com metais pesados, tais como zinco (Zn), cádmio (Cd), chumbo (Pb) e Cobre (Cu) (Marques et al., 1997). Euterpe edulis Martius, Palmito - espécie clímax (Durigan & Nogueira, 1990). Polinizada principalmente pelos insetos (Morellato, 1991). Floração ocorre de setembro a dezembro e os frutos amadurecem de abril a novembro, com dispersão autocórica e zoocórica, sendo vários mamíferos os dispersores, como os morcegos, porcos-do-mato, serelepes e aves: sabiás (Turdus spp.), jacus, tucanos (Família Ramphastidae), macucos, jacutingas (Kuhkmann & Kuhn, 1947; Reis, 1995; Zimmermann, 1999). Em virtude da copiosa produção de frutos e da forte atração que exerce sobre a fauna (aves, roedores e mamíferos), o palmiteiro atrai e mantém polinizadores, dispersores e predadores de sementes, sendo importante, para a recuperação de ambientes, para a fixação de animais e para a dispersão das espécies da floresta. Euterpe edulis não é uma planta exigente, desenvolve-se em solo pobre em fósforo, cálcio, potássio e magnésio, com alto índice de acidez (pH entre 4,1 e 5,6) (Aguiar, 1986), 39 Com a implantação destas espécies, haverá durante todo o ano fornecimento de frutos e flores fomentando a visitação da fauna e a dispersão de frutos e sementes (conforme quadro abaixo). Caso haja necessidade, pode haver o plantio de outras espécies, que não foram indicadas acima, desde que, sejam observadas suas características sucessionais, com a concordância do proprietário e recomendações de alguém habilitado para tal. QUADRO III ÉPOCA DE FLORESCIMENTO E FRUTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES INDICADAS MESES ESPÉCIES SINDROME JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. DIS. POL. 4 1 4 2 4,5 2 4 2 5 3 6 2 Annona cacans 4,5 2 Caesalpinia ferrea Cariniana estrellensis Cedrela fissilis 4,5 2 7 2 4 2 Euterpe edulis 4,5, 6,7, 8 2 Bauhinia forficata Mimosa scabrella Miconia cinnamomifolia Schizolobium parayba Myrsine ferruginea Cecropia glaziovi FLORESCIMENTO FRUTIFICAÇÃO DIS. Dispersão das sementes 4 – gravidade, 5 – animais, 6 – morcegos, 7 – primatas, 8 - aves POL. Polinização dos frutos 1 – Morcegos, 2 – insetos, 3 - vento 40 7 - REVEGETAÇÃO 7.1 - METODOLOGIA PARA AS ESPÉCIES HERBÁCEAS Antes do processo de recolocação das camadas, como já descrito anteriormente, (item 4), uma impermeabilizante de vinte e outra fértil com trinta centímetros, sobre os rejeitos e uma fértil com trinta centímetros, sobre os estéreis, deverá ser incorporado calcário diretamente sobre os estéreis, sendo feita à incorporação com arado de disco (5 toneladas por hectare). Nas camadas com rejeitos, o “solo” ficará com uma espessura para o desenvolvimento das plantas de aproximadamente vinte centímetros. A primeira medida a ser tomada será a aplicação dos corretivos (ainda que devêssemos incorporá-los no mínimo dois meses antes do plantio, devido à instabilidade do substrato e o alto risco de erosão as sementes deverão ser plantadas logo após a recolocação da camada e fertilização). O calcário e os fertilizantes serão incorporados com arado de disco, tendo o cuidado para não romper a camada impermeabilizante, para adubação de arranque/crescimento, não necessitando de reposição. Haja vista que será feita a consorciação de uma poacea com fabacea (gramínea com leguminosa), deverá ser aplicado, 280Kg de adubo na formulação 2 – 8 – 10 de NPK, Como as espécies são tolerantes a acidez do substrato é recomendada à aplicação de cinco toneladas de calcário dolomítico por hectare, apenas para disponibilizar cálcio e magnésio. MÉTODO DE SEMEADURA – Serão plantadas cinco sementes de Feijão Guandu por metro linear, distando dois metros nas entrelinhas, totalizando 5 Kg de sementes por hectare. O azevém será plantado numa quantidade de 15 Kg/ha distando entre linhas vinte centímetros. O plantio deverá ser realizado nos meses de dezembro a fevereiro, por plantadeira tracionada por trator ou feito com plantadeira manual. O quadro abaixo descreve e quantifica os custos por hectare para a atividade acima mencionada. 41 CUSTO MÉDIO DE IMPLANTAÇÃO DAS ESPÉCIES HERBÁCEAS POR HECTARE ÁREA HA Área Total 1,0000 R$ / HA TOTAL ATIVIDADES 272,80 272,80 PROJETO 90,00 90,00 COMBATE A FORMIGA 10,00 10,00 CALAGEM 75,00 75,00 ADUBAÇÃO 75,00 75,00 PLANTIO 50,00 50,00 INSUMOS 434,50 434,50 SEMENTES PLANTIO 114,50 114,50 CALCÁRIO 250,00 250,00 ADUBO NPK 50,00 50,00 ISCAS PARA FORMIGAS 20,00 20,00 TOTAL 734,50 734,50 7.2 - METODOLOGIA PARA PLANTIO DAS ESPÉCIES NATIVAS ARBÓREAS As espécies nativas serão implantadas nas propriedades que contêm estéreis, em vinte por cento da área total, obedecendo à legislação pertinente, na formação da reserva legal. Antes da colocação da camada de argila sobre os estéreis, deverão ser incorporadas ao solo cinco toneladas de calcário dolomítico com arado de disco, até a profundidade de vinte centímetros. Após esta correção, a argila deve ser depositada, os corretivos aplicados e as herbáceas plantadas, seguindo o mesmo processo descrito anteriormente. Após um ciclo reprodutivo (aproximadamente um ano), deverá ser feita à entrada na área para aplicação de herbicidas “somente nas linhas de plantio”, para que não haja competição das ervas com as espécies arbóreas. Será aplicado por pulverizador acoplado na estrutura de tratores agrícolas. O produto utilizado é o SCOUT (glifosate). Este deverá ser dissolvido 1,5 Kg do produto em 300 L de água por hectare, aplicado de 20 a 30 dias antes do plantio. 42 Cuidados a serem tomados: a atividade precisa de pelo menos quatro horas entre a aplicação e a primeira chuva. Não pode ser aplicado, quando os ventos ultrapassarem 20 Km/h e em épocas de estiagem, quando as plantas tiverem suas folhas cobertas com poeira. No mesmo período deverá ser feito o controle das formigas cortadeiras, (saúvas e quenquéns), utilizando iscas, com oito gramas do produto na forma de mipis, (macro-porta-iscas), num espaçamento de 20 x 20 metros com gasto do produto em torno de 200 gramas por hectare. O produto utilizado é o Miréx-S (sulfluramida). O primeiro combate é realizado uma semana após o plantio, percorrendo a área a cada três linhas verificando os focos de infestação, depositando um mipi próximo às mudas recém cortadas. Os portas iscas consumidos devem ser removidos. Devem-se realizar vistorias constantes para realizar novos combates, caso seja necessário. Depois de 20 – 30 dias inicia-se o plantio das árvores nativas da seguinte forma: Serão plantadas por hectare 2500 mudas, espaçadas dois metros nas entrelinhas por dois metros entre árvores. Será feita a abertura de covas manualmente com as seguintes dimensões: trinta centímetros de diâmetro por trinta de profundidade, sendo incorporado ao solo da cova um quilograma, de calcário dolomítico juntamente com cama de aviário curtida ou turfa ambiental, (estes tem que serem bem misturados ao solo). Logo após é feito o plantio das mudas, que devem ter no mínimo 50 cm de altura, pois estas apresentam maior vigor. Em vota das mudas já plantadas faz-se à aplicação 100 gramas de adubo mineral N-P-K na formulação 2-8-10 da seguinte forma: É feito um circulo distando de 10 a 15 cm em volta da muda, com uma profundidade de aproximadamente cinco centímetros, totalizando 250 Kg por hectare. As espécies foram escolhidas, com embasamento na literatura, de acordo com a: tolerância a solos ácidos, com deficiências nutricionais, níveis tóxicos de alguns elementos, serem heliófitas, terem capacidade de atração da fauna, serem grandes produtoras de sementes entre outras já citadas na descrição feita anteriormente. 43 São elas: Bauhinia forficata Pata-de-vaca, Mimosa scabrella Bracatinga, Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açú, Schizolobium parayba guapuruvu, Myrsine ferruginea Capororoca e Cecropia glaziovi embaúba. Serão plantadas aleatoriamente nas covas já abertas na seguinte quantidade: 500 mudas de Bracatinga e mais 400 de cada uma das outras por hectare. Para seguir com a segunda parte de execução do projeto, teremos que esperar, para que fique sombreado o sub dossel, aproximadamente de um a dois anos após o plantio das espécies arbóreas pioneiras. Entraremos novamente no talhão para realizarmos um desbaste seletivo, (corte de uma, a cada três linhas de plantio), com intensidade de trinta por cento. Após este desbaste sobrarão na área 1750 árvores pioneiras. Será feita novamente uma capina química, aplicando SCOUT com pulverizador costal, nos moldes da aplicação para o plantio inicial, somente onde foram retiradas às antigas árvores, com um raio de 50 cm em volta da cova que será feito o novo plantio. As espécies que serão implantadas são: Annona cacans Araticum-cagão, Caesalpinia férrea Pau-ferro, Cariniana estrellensis Jequitibá, Cedrela fissilis Cedro, Euterpe edulis Palmiteiro, numa densidade de 150 plantas por cada espécie. 44 CUSTO MÉDIO DE IMPLANTAÇÃO DAS ÁRVORES NATIVAS POR HA ÁREA HA Reflorestamento 1,0000 Reserva Legal 1,0000 Área Total 1,0000 R$/HA TOTAL ATIVIDADES 682,80 682,80 PROJETO 90,00 90,00 CAPINA QUÍMICA 160,00 160,00 COMBATE A FORMIGA 10,00 10,00 CALAGEM 75,00 75,00 ADUBAÇÃO 75,00 75,00 PLANTIO 200,00 200,00 EXECUÇÃO 100,00 100,00 INSUMOS 790,00 790,00 MUDAS PLANTIO 400,00 400,00 MUDAS REPLANTIO 45,00 45,00 CALCÁRIO 250,00 250,00 ADUBO NPK 50,00 50,00 ISCAS PARA FORMIGAS 20,00 20,00 HERBICIDAS 25,00 25,00 MANUTENÇÃO 185,00 185,00 REPLANTIO 30,00 30,00 COMBATE A FORMIGA 15,00 15,00 COROAMENTO 140,00 140,00 DESBASTE 70,00 70,00 SEGUNDA CAPINA 80,00 80,00 SEGUNDO PLANTIO 60,00 60,00 TOTAL 1685,00 1685,00 7.3 - METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO DE REFLORESTAMENTO COM Pinus elliotti O inicio do reflorestamento com Pinus elliotti, se dará junto com o estabelecimento das espécies nativas que recomporão a reserva legal. O plantio visa o fornecimento de madeira, para o desdobro, tendo desta forma um ganho 45 de valor agregado, (árvores com grandes dimensões). Será feito da seguinte forma. A espécie será implantada nas propriedades que contem estéreis, em oitenta por cento da área total, deixando 20%, na formação da reserva legal. Antes da colocação da camada de argila sobre os estéreis, deverão ser incorporados ao solo cinco toneladas de calcário dolomítico, com arado de disco, até a profundidade de vinte centímetros. Após esta correção, a argila deve ser depositada, os corretivos aplicados e as herbáceas plantadas, conforme a metodologia de plantio para espécies herbáceas, já descrito anteriormente. Após um ciclo reprodutivo (aproximadamente um ano), deverá ser feita à entrada na área para aplicação de herbicidas “somente nas linhas de plantio”, para que não haja competição das ervas com a espécie. Será aplicado por pulverizador acoplado na estrutura de tratores agrícolas. O produto utilizado é o SCOUT (glifosate). Este deverá ser dissolvido 1,5 Kg do produto em 300 L de água por hectare, aplicado de 20 a 30 dias antes do plantio. Cuidados a serem tomados: a atividade precisa de pelo menos quatro horas entre a aplicação e a primeira chuva. Não pode ser aplicado, quando os ventos ultrapassarem 20 Km/h e em épocas de estiagem, quando as plantas tiverem suas folhas cobertas com poeira. No mesmo período deverá ser feito o controle das formigas cortadeiras, (saúvas e quenquéns), utilizando iscas, com oito gramas do produto na forma de mipis, (macro-porta-iscas), num espaçamento de 20 x 20 metros com gasto do produto em torno de 200 gramas por hectare. O produto utilizado é o Miréx-S (sulfluramida). O primeiro combate é realizado uma semana após o plantio, percorrendo a área a cada três linhas verificando os focos de infestação, depositando um Mipi próximo às mudas recém cortadas. Os portas iscas consumidos devem ser removidos. Deve-se realizar vistorias constantes para realizar novos combates, caso seja necessário. Depois de 20 – 30 dias inicia-se o plantio das mudas de Pinus da seguinte forma: Serão plantadas por hectare 1666 mudas, espaçadas dois metros nas entrelinhas por três metros entre árvores. Será feita a abertura de covas 46 manualmente com as seguintes dimensões: trinta centímetros de diâmetro por trinta de profundidade, sendo incorporado ao solo da cova um kilograma de calcário dolomitico (este tem que ser bem misturado ao solo). Logo após é feito o plantio das mudas, que devem ter no mínimo 50 cm de altura, pois estas apresentam maior vigor. Em vota das mudas já plantadas faz-se à aplicação 150 gramas de adubo mineral N-P-K na formulação 2-12-10 da seguinte forma: É feito um circulo distando de 10 a 15 cm em volta da muda, com uma profundidade de aproximadamente cinco centímetros, totalizando 250 Kg por hectare. Haja vista que a espécie não apresenta incremento no seu crescimento com o abaixamento do pH, (Pinus elliotti é altamente tolerante a solos ácidos), as aplicações de calcário serão nas mesmas quantidades para as nativas, apenas como fornecedor de Ca e Mg. Caso seja observada, a competição das mudas com ervas rebrotadas, (período de seis meses a dois anos após o plantio), é necessária a realização de limpeza, com roçadeira em volta das mudas ou com a aplicação de SCOUT na dosagem 1.25Kg do produto para 300 litros de água por hectare, aplicado nas linhas de plantio, durante o inverno. Neste período o pinus entra em dormência, não sofrendo riscos de fito toxidade. A partir do terceiro ano deverá ser feita a desrama (retirada de galhos mais baixos) das árvores, para deixar a madeira livre de nós, agregando assim valor a mesma (deverá ser executada com o auxilio de um técnico, para que seja feita na intensidade correta). Depois de acompanhamento do desenvolvimento da floresta, por volta do 6o ou 7o ano poderá ser feito um desbaste, (conforme a avaliação de um técnico especializado), aumentando a incidência de luz e de área disponível por árvore, diminuindo assim a competição, fomentando o crescimento das árvores em diâmetro. SUGESTÃO - Para agregar ainda mais valor a floresta, pode-se, também por volta do 2o ou 3o ano, efetuar o enriquecimento do subbosque, com o plantio de palmito, (este experimento está em fase de término na unidade da EMBRAPA, 47 em Itajaí, sendo que através de visitas e comunicações pessoais é notadamente viável). CUSTO MÉDIO DE IMPLANTAÇÃO DO REFLORESTAMENTO COM ÁREA HA Reflorestamento 1,0000 Reserva Legal 1,0000 Área Total 1,0000 R$ / HA ATIVIDADES 988,05 PROJETO 90,00 ESTRADAS E ACEIROS 100,00 CAPINA QUÍMICA 160,00 COMBATE A FORMIGA 50,00 CALAGEM 80,00 ADUBAÇÃO 80,00 PLANTIO 355,25 EXECUÇÃO 100,00 INSUMOS 355,80 MUDAS PLANTIO 183,30 MUDAS REPLANTIO 27,50 CALCÁRIO 50,00 ADUBO NPK 50,00 ISCAS PARA FORMIGAS 20,00 HERBICIDAS 25,00 MANUTENÇÃO 300,78 REPLANTIO 45,78 COMBATE A FORMIGA 15,00 COROAMENTO 140,00 DESRRAMA 100,00 TOTAL 1671,83 Pinus elliotti TOTAL 988,05 90,00 100,00 160,00 50,00 80,00 80,00 355,25 100,00 355,80 183,30 27,50 50,00 50,00 20,00 25,00 300,78 45,78 15,00 140,00 100,00 1671,83 48 8 - DESCRIÇÃO DAS ÁREAS 8.1 - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A CAPACIDADE DE USO Os sítios serão agrupados em dois tipos para sua descrição. Áreas com rejeitos e áreas com estéreis. As com rejeitos são classificadas de acordo com o grupo de capacidade de uso da seguinte forma: Grupo – 6, Inapta para exploração, sendo possível somente a preservação da fauna e flora. Simbologia - 6 As áreas com estéreis são assim classificadas: Grupo 5 – Apto para pastagem natural e silvicultura Classe - Boa para preservação da fauna e flora, regular para silvicultura, restrita para pastagem natural e inapta para outras utilizações. Simbologia - 5 s (n) 49 9 - CUSTOS TOTAIS POR ÁREA ÁREA 1 2 3 4 5 6 7 9 10 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ÁREA TOTAL 2 m 79.580 73.624 39.026 3.338 22.369 50.554 31.023 11.901 13.941 26.227 9.774 33.047 47.182 20.755 74.998 31.561 51.134 38.333 RESERVA LEGAL ÁREA m 2 20.711 14.796 7928 REFLORESTAMENTO 2 CUSTO ÁREA m R$ 3489,80 58.869 2493,13 58.828 1335,87 31.098 CUSTO R$ 9841,90 9835,04 5199,06 10567 7404 2774 1780,54 1247,57 467,42 39.987 23.619 9.127 6685,15 3948,70 1525,88 2075 349,64 7699 1287,14 15632 6625 10805 7666 2633,99 1116,31 1820,64 1291,72 59.366 24.936 40.329 30.667 9924,99 4168,88 6742,32 5127,00 HERBÁCEAS ÁREA m 2 79.580 73.624 39.026 3.338 22.369 50.554 31.023 11.901 13.941 26.227 9.774 33.047 47.182 20.755 74.998 31.561 51.134 38.333 CUSTO R$ 5845,15 5407,68 2866,46 245,18 1643,00 3713,19 2278,64 874,13 1023,97 1926,37 717,90 2427,30 3465,52 1524,45 5508,60 2318,16 3755,79 2815,56 CUSTO TOTAL R$ 19176,85 17735,85 9401,38 245,18 1643,00 12178,88 7474,91 2867,43 1023,97 1926,37 2354,68 2427,30 3465,52 1524,45 18067,58 7603,34 12318,76 9234,28 TOTAL 658.367 106.983 18026,64 384.525 64286,04 658.367 48357,06 130669,73 Obs. As áreas de número oito e onze, já estão recuperadas. As linhas em amarelo representam as áreas que serão implantadas somente espécies herbáceas, pois as mesmas contêm rejeitos. 50 10 – RECOMENDAÇÕES FINAIS Deverá ser feito o monitoramento do desenvolvimento das espécies introduzidas e da regeneração natural, sendo acompanhado os seguintes parâmetros: Medidas de DAP (diâmetro a altura do peito); Mortalidade/sobrevivência das plantas introduzidas; Incremento em altura; Parâmetros fitossociológicos. Poderão ainda, ser instalados poleiros artificiais nas áreas de reserva legal, para fomentar a visitação da avifauna do entorno, na quantidade de quatro por hectare, (comunicação pessoal ZIMMERMANN). 51 11 - BIBLIOGRAFIA AGUIAR, F.F.A. Cultura racional do palmiteiro sob mata nativa. In: BONONI, V.L.; MACEDO, A.C. de. Aproveitamento racional de florestas nativas. São Paulo: Instituto de Botânica, 1986. p.51-57. ALCÁNTARA, J.M.; VERA, N.; SZCZIPANSKI, L.; EIBL, B.; RIOS, R. 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