vida - Forluz

Transcrição

vida - Forluz
ume
L
*4
Forluz
Revista da Fundação Forluminas de Seguridade Social
R$99
,99
ano II
dezembro de 2013
2587
Como proteger as
crianças da influência
danosa do consumismo
páginas 16 a 19
entrevista
artigo
passatempo
Com a palavra, José Ribeiro Pena
Neto, diretor de Seguridade da Forluz,
agora à frente da Abrapp
O professor Leopoldino, participante
da Forluz, conta como assalariado
pode tornar-se milionário
Conheça o game Palavras
Espaciais. Divirta-se, aprenda
e concorra a brindes culturais
Cuidar da sua conta
pode lhe render grandes
benefícios!
Perfil
Ultraconservador
Acompanhar sua conta de aposentadoria,
escolher o perfil adequado para o
momento, alterar ou não o percentual de
contribuição, fazer aportes eventuais,
utilizar o simulador para orientar decisões
que o ajudem a chegar à sua meta. Tudo
isso está em suas mãos.
Perfil
Conservador
Aprenda a avaliar a necessidade de
mudar seu perfil de investimento
quando possível para obter melhores
resultados.
Perfil
Moderado
Você também pode fazer aportes
anuais ou aumentar o seu percentual
de contribuição básica para até 150%.
Use o simulador para calcular o que é
preciso para chegar ao benefício
planejado na hora de pendurar as
chuteiras.
Acesse o simulador em:
Previdência > Plano B > Autoatendimento >
Benefício > Simular Benefício
Perfil
Agressivo
www.forluz.org.br
Foto: arquivo Forluz
José Ribeiro
Foto: arquivo pessoal
Juliano Faria
Foto: arquivo pessoal
Eduardo Leopoldino, que aborda como um assalariado pode se tornar milionário
Eduardo Leopoldino
Lume
editorial
O empenho de cada edição!
Não custa relembrar ao nosso leitor que a Lume nasceu com o propósito de ampliar o
conhecimento sobre previdência e sobre a própria Fundação para seus participantes. E, a cada
edição, procuramos aprimorar o conteúdo e sermos fiéis a esse objetivo. Veja só o que
preparamos para você.
Nossa entrevista traz diretor de Seguridade e Gestão da Forluz, José Ribeiro Pena Neto, que
assume a presidência da Abrapp. Daí, passe com calma no Vem Comigo: conheça e tenha dicas
do corredor Juliano Faria, engenheiro e participante do Plano Taesaprev. E no Previdência em
Foco vamos abordar o pouco caso do brasileiro com a aposentadoria, os vários regimes de
previdência e a Forluz nesse contexto.
No Finanças em Dia, um assunto premente, nos dias de hoje: como os pais podem ajudar os
filhos a se tornarem consumidores conscientes. Você sabia que BH terá um sistema de
aluguel de bicicletas? Conheça detalhes no Boas Ideias. Nossa matéria especial é sobre a
qualidade do atendimento da Forluz, conforme atestam os usuários. Temos também um
artigo de Eduardo Leopoldino, assistido da Fundação e professor universitário, que fala
sobre como um assalariado pode se enriquecer.
Depois, vá ao Passatempo, onde você aprende, se diverte e concorre a brindes! Boa Leitura
e entretenimento!
Victor Correia
Editor Geral
expediente
Fundação Forluminas de Seguridade Social - Forluz // A Revista Lume é uma publicação eletrônica semestral, editada pela Assessoria de Comunicação // Editor
Geral: Victor Aluísio Silva (MTb MG03519JP) // Edição de Texto: Viviane Primo, Cinara Ribeiro e Pedro Fonseca (estagiário) // Projeto gráfico e diagramação:
Link Comunicação Empresarial (www.linkcomunicacao.com.br) - João Clemente // Imagens: Fotolia // Ilustração/Quadrinhos: Giselle Vargas // Redação: av. do
Contorno, 6500 - Lourdes - Belo Horizonte - MG // CEP 30.110-044 // Telefone: (31)3215-6701 // E-mail: [email protected] //Portal: www.forluz.org.br
As matérias publicadas nesta revista têm caráter exclusivamente informativo, não gerando qualquer espécie de direito ou obrigação por parte da Forluz. // Os
textos assinados não correspondem necessariamente a opinião da Lume ou da direção da Entidade.
04
Lume
Para Viver Melhor
Novas ações do programa de educação previdenciária e financeira
da Forluz foram realizadas de junho a setembro. Para a maioria,
foram escalados especialistas como o médico Marcos Cabrera e o
consultor financeiro Erasmo Vieira. Cerca de 1.700 pessoas
assistiram aos eventos até setembro, período que culminou com o
encontro para crianças. Com atividades lúdicas e brincadeiras, elas
foram levadas a pensar no futuro e a poupar parte das economias
em prol de um sonho maior.
giro Forluz
Instrução Normativa 1343
A Receita Federal divulgou a Instrução Normativa (IN) 1.343, que
trata da compensação no Imposto de Renda para quem fez
contribuições para planos de previdência complementar entre
janeiro de 1989 e dezembro de 1995. Tendo em vista que o
Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu o mérito dos
reclamantes, os fundos de pensão, entre os quais a Forluz,
passaram a ter como árdua tarefa levantar os valores envolvidos
para permitir essa restituição.
Kit especial de adesão
Empregados recém-chegados às patrocinadoras passaram a
receber, a partir de setembro, um novo kit de adesão à Forluz, mais
moderno e atrativo. O material é composto por documentos
normativos, formulários, além de cartilhas e folder. Visando reduzir
custos e evitar grande quantidade de material impresso, o kit
passou a ser dotado de um pen drive em forma de cartão de crédito
(pen card), com todo o material em meio digital. A intenção é auxiliar
o participante no momento de filiação à Forluz e evitar o uso
excessivo de papel.
Novo vídeo da Fundação
Um novo vídeo, voltado para educação previdenciária, foi divulgado
no final de junho. Ele resume a importância da Fundação na vida dos
participantes e orienta os empregados recém-admitidos pelas
patrocinadoras que ainda não aderiram aos planos quanto à solidez
da Entidade. As características dos planos e serviços existentes e
o funcionamento da contribuição dos empregados e das empresas
também foram mostrados.
Nova Marca
A Forluz ganhou, em novembro, nova marca gráfica, que veio
reforçar conceitos como segurança, confiabilidade, perenidade e
transparência, presentes em sua história. Outros atributos
encomendados para a nova marca foram elegância, humanização
e manutenção da cor laranja. Clique aqui e assista a vinheta.
Para mais informações sobre a Fundação, acompanhe seus
diversos veículos de comunicação ou acesse a seção de
notícias do portal:
www.forluz.org.br
Lume
05
entrevista
A Abrapp segundo
seu novo presidente
O diretor de Seguridade da Forluz e presidente eleito da Associação,
José Ribeiro Pena Neto, fala sobre os desafios à frente da entidade nacional
Foto: arquivo Forluz
Lume - Fale um pouco sobre sua trajetória como dirigente da Forluz e
da Abrapp: há quanto tempo está no sistema, área de atuação e os
principais momentos vividos na Fundação e na própria Abrapp?
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vida
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JR - Estou na Diretoria da Forluz desde 1996. Sempre na área de
Previdência, ou Seguridade como alguns preferem. Durante algum
tempo, dirigi também a área de saúde e já há alguns anos a área
administrativa passou a integrar minha diretoria. Entre os principais
momentos que marcaram minha trajetória na Fundação destaco a
migração de planos realizada em 1997. A Forluz foi a primeira grande
entidade a fazê-la e com sucesso absoluto, servindo de modelo para
outras fundações. Conseguimos reequilibrar os nossos planos,
respeitando plenamente os direitos dos participantes e dando
tranquilidade às patrocinadoras. Outros momentos marcantes foram
o grande acordo realizado em 2003 que pôs fim às pendências mais
significativas que tínhamos no judiciário; a implantação de um modelo
de gestão moderno, em que se destacam a gestão integrada de ativos
e passivos, o comitê de investimentos técnico e independente, o
gerenciamento de riscos e a área de compliance subordinada ao
Conselho. Na Abrapp, estou na diretoria desde 2005. Posso destacar
a consolidação de uma regulação moderna, a interlocução ativa com
o governo e a sociedade, a implantação de uma nova estrutura de
regulação e supervisão (CNPC-SPPC e Previc), a consolidação da
Associação como grande foro de excelência técnica e a perfeita
integração com Sindapp e ICSS.
Lume - Como funcionam, que relação guardam entre si e de que
se ocupam cada um dos órgãos do sistema. Ou seja, Abrapp,
Sindapp e ICSS?
JR - A Abrapp é a associação representativa dos fundos de pensão.
Tem representação no Conselho Nacional de Previdência
Complementar – CNPC e na Câmara de Recursos da Previdência
Complementar – CRPC, órgãos da Previdência Social. É a
interlocutora das entidades com os órgãos governamentais, com
associações que representam instituições financeiras, sociais e
profissionais e com organismos internacionais. É também o grande
centro de excelência técnica da previdência complementar no
Brasil, ministrando cursos, seminários e palestras e promovendo o
grande Congresso anual, bem como discutindo no âmbito de suas
comissões técnicas os grandes temas do setor. O Sindapp é o
sindicato que representa as entidades. Cuida da defesa dos
dirigentes no exercício dos atos regulares de gestão, promove a
ética, faz a defesa das entidades no âmbito judicial e extrajudicial. O
ICSS é o órgão certificador que confere certificados de capacitação
a dirigentes e profissionais de seguridade social. Os três órgãos
trabalham em conjunto, atuando de forma coordenada. Seus
dirigentes mantêm permanente contato que busca, em última
análise, o fortalecimento e crescimento da previdência
complementar. Utilizam a mesma estrutura física e equipe de apoio
sediada em São Paulo.
Nosso grande desafio
para 2014 é sensibilizar
os candidatos à
Presidência da República
sobre a importância da
previdência complementar
para o país, de forma que
o vencedor volte a incluir
nosso sistema entre suas
prioridades de governo
Lume - Quais os principais desafios dos fundos de pensão para 2014
e como a Abrapp pode ajudar a superá-los?
Lume - O que o senhor tem a dizer sobre a relação institucional da
Abrapp com a Previc. Há aspectos a melhorar?
JR - Nosso grande desafio para 2014 é sensibilizar os candidatos à
Presidência da República sobre a importância da previdência
complementar para o país, de forma que o vencedor volte a incluir
nosso sistema entre suas prioridades de governo. Outro grande
desafio é gerir nossos planos em mais um ano que se afigura
desfavorável do ponto de vista da economia e do mercado de
capitais. Temos que manter nosso foco no longo prazo, contornando
os problemas que sabemos são conjunturais.
JR - A Abrapp e a Previc têm excelente relacionamento institucional.
Temos mantido com a Superintendência diálogo de alto nível, expondo
nossos pontos de vista e sugestões que são sempre levados em conta.
Acreditamos que a Previc ainda precisa aumentar seu esforço no
sentido de simplificar e desburocratizar processos de autorização de
funcionamento, criação e alteração de planos, bem como tornar mais
eficiente a fiscalização, com efetiva implantação da chamada
supervisão baseada em riscos. Outro ponto pelo qual lutaremos é a
instituição de mandatos para os dirigentes da Previc. Só assim ela se
transformará em órgão de Estado e não de governo, que foi a proposta
da Abrapp desde o início. É importante dizer que o nosso
relacionamento com o governo se dá não só com a Previc, mas com
outros órgãos, destacando-se o Ministério da Previdência e a SPPC.
Lume - Que relevância os fundos de pensão têm hoje na economia
brasileira? Essa importância tende a aumentar?
JR - Os fundos de pensão representam hoje a grande fonte de capital
nacional para investimentos de longo prazo. Acreditamos que essa
importância tem tudo para aumentar, desde que o sistema se
mantenha saudável e receba a atenção necessária do governo. Isso
poderá se dar pela maior abrangência da previdência complementar
que passou a alcançar os servidores públicos da União e de vários
estados e esperamos que venha a se expandir também na iniciativa
privada por exigência do próprio mercado.
Lume - Desde 1978 a Abrapp representa os fundos de pensão no Brasil.
Em sua gestão, como fortalecer a previdência complementar no país?
JR - Além da já citada busca de inclusão da previdência complementar
fechada entre as prioridades do próximo governo, podemos
mencionar: 1) tributação: incentivos para empresas de médio e
entrevista
Lume
07
pequeno porte patrocinarem planos previdenciários; alternativa para
participantes que declaram no modelo simplificado ou que já
alcançaram o limite de dedução; revisão do regime regressivo. 2)
capacitação dos gestores e técnicos para gerir planos em ambiente
que exige maior expertise e exposição a risco. Isso envolverá um
programa de certificação moderno e a criação de veículos de
disseminação da cultura previdenciária. Pensamos em implantar a
chamada Universidade Abrapp. 3) criação de um processo de
autorregulação que permita às entidades se policiarem através de
práticas modernas de governança e às autoridades supervisoras
focalizarem nos pontos de maior risco. 4) Foco do órgão supervisor na
cultura de fomento e acerto, deixando de fazê-lo na fiscalização e
punição. 5) Atenção redobrada à implantação da previdência
complementar do servidor público. Se bem feita, servirá de exemplo
para toda a sociedade e será um grande fator de disseminação.
Lume - Neste momento de grandes mudanças na economia, o que os
participantes devem estar mais atentos em relação aos planos de
previdência que possuem?
JR - O participante precisa manter seu foco no longo prazo. Teve ficar
atento a problemas conjunturais, mas não se esquecer de que
previdência é um produto de longo prazo de maturação. Em décadas
de poupança, é natural que haja anos desfavoráveis. O importante é
que no acumulado os resultados sejam satisfatórios. Medidas
tomadas com o olhar apenas no momento presente podem se revelar
inadequadas no futuro.
Lume - Quais os riscos de maior impacto na gestão dos fundos de
pensão e que deveriam ser acompanhados de perto pelos
participantes?
JR - Os participantes devem exigir uma gestão profissional e
transparente de seus planos. Que os fundos de pensão tenham
pessoas capacitadas, processos decisórios balizados em
fundamentos técnicos e governança adequada. E acima de tudo
que o contrato previdenciário, isto é, os regulamentos dos planos
sejam respeitados.
Lume - Os fundos de pensão brasileiros estão bem posicionados em
suas práticas em relação aos estrangeiros mais importantes?
Nesse caso, que exemplos devemos seguir na consolidação do
nosso sistema?
JR - Podemos dizer que nossa legislação e regulamentação são
avançadas e modernas. Isso não significa que não temos nada que
aprender com outros países. Devemos aproveitar a experiência bem
sucedida de nações onde a previdência complementar tem uma
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Lume
Os mais jovens precisam
ser alertados. O cenário
mudou. É preciso se
adaptar, contribuindo um
pouco mais para a
aposentadoria e o atuário
tem papel fundamental
na disseminação dessa
cultura previdenciária
cobertura muito mais ampla que a nossa. Existem também
organismos internacionais, como a OCDE e o Banco Mundial, que se
dedicam a estudar os problemas previdenciários e podem nos ajudar.
Alguns pontos a considerar: gestão de investimentos em economias
desenvolvidas e com baixas taxas de juros, investimentos em private
equity, investimentos em diferentes moedas e países, integração
entre mercado segurador e previdência complementar, mercado de
anuidades, fundos de pensão setoriais e outros.
Lume - Qual a estratégia da Abrapp e dos demais órgãos do sistema
para incentivar a ampliação do conhecimento dos profissionais dos
fundos de pensão?
JR - Nossa principal ação nesse sentido é a criação da Universidade
Abrapp, alicerçada no notável cabedal técnico acumulado ao longo dos
anos e nos programas de intercâmbio que temos mantido com
organismos internacionais, tais como OCDE, OIT, Banco Mundial,
Wharton School e também nacionais, por exemplo, FGV e Fipecafi.
Queremos facilitar a disseminação do conhecimento técnico em alto
nível para os profissionais que já estão no sistema, o que a Abrapp de
certa forma já tem feito através de seus programas de educação, e
alcançar também potenciais futuros profissionais que hoje estão sendo
formados por diversos cursos, como ciências atuariais, economia,
administração, direito, comunicação. A Universidade Abrapp poderá se
transformar num veículo de disseminação da cultura previdenciária a
toda a sociedade brasileira, fator essencial para que a previdência
complementar se dissemine no Brasil.
07
vem comigo
O “doce vício” da corrida
Enquanto para alguns correr é um transtorno e só o fazem por indicação médica,
outros sentem enorme prazer. É o caso de Juliano Faria, participante do Plano Taesaprev
Hoje um entusiasta e adepto como poucos, o engenheiro florestal
Juliano Faria pratica corrida todos os dias após o trabalho e também
nos fins de semana. Empregado da Transmissora Aliança de Energia
Elétrica – Taesa, desde 2007, o participante do Plano Taesaprev da
Forluz conta que a prática esportiva começou ainda na infância, por
meio de esportes coletivos como futebol, handebol e basquete. Mas
como boa parte das pessoas, ao ficar adulto, vieram a falta de tempo,
a acomodação e o sedentarismo.
Após orientação médica, o participante resolveu dar um basta no
comodismo e cuidar da saúde. Para isso, sua força de vontade foi
fundamental. “Comecei em outubro de 2009, em Brasília, em função
do sobrepeso e por orientação médica. Resolvi criar uma rotina de me
exercitar pelo menos três vezes por semana, independente de estar
em viagem ou não”, relembra.
Juliano conta que as caminhadas foram o primeiro estágio para
voltar a incluir exercícios na sua vida. Depois, passou a correr,
motivado por amigos que já praticavam o esporte. “Fui começando
bem devagar. Aumentei os trotes intercalados por caminhadas e,
gradativamente, melhorei o tempo e a distância de corrida. Hoje
corro 10 km facilmente”.
Cumprir essa rotina diariamente carregando objetos pode ser um
grande desafio. Juliano usa como estratégia carregar apenas o
essencial, mas já se acostumou com o peso da mochila, quando é
necessário levá-la. Ele também ressalta que procura levar roupas
confortáveis na prática da atividade. “Deixo os sapatos na
empresa toda segunda-feira. Levo também roupas adequadas.
Após atravessar a baía, me troco no banheiro da estação das
barcas, coloco a roupa de trabalho numa pequena mochila e
Lume
09
pratico minha corrida diária com a mochila nas costas. À medida
em que se acostuma ao peso extra, o balanço da mochila
acompanha o do corpo e eles
se harmonizam”, ressalta.
com 98 afirma que pretende melhorar ainda mais o índice de massa
corporal (IMC). “O meu objetivo é chegar a um bom IMC, com cerca de
92 quilos. Portanto, ainda faltam 6. Quero perder peso na mesma
velocidade que ganhei, sem milagres”.
Os resultados dessa aposta em
qualidade de vida já são
notados. Quando começou a
prática da corrida, há quatro
anos, pesava 109 quilos. Hoje
Para Juliano, o maior benefício que a corrida trouxe foi a “sensação
de estar vivo e bem”. Segundo ele, uma sensação de tarefa cumprida
ao final de uma corrida, seja competitiva ou não: uma mistura de
prazer e leveza, que deixa a impressão de que o cansaço do corpo
descansa a mente e o espírito.
2 - Praia da Boa Viagem
Boa Viagem é uma praia com cerca de 450 metros. Possui
areia clara e fina e águas esverdeadas transparentes.
Avista-se dela, à esquerda, o Museu de
Arte Contemporânea e, no lado oposto,
a passarela que dá acesso à ilha de
mesmo nome.
1 - Estação Praça Arariboia - Começo do trajeto
A Estação Praça Arariboia é o terminal hidroviário de
passageiros, localizado na praça de mesmo nome, no
centro de Niterói, entre a orla e a avenida Visconde do Rio
Branco. A praça, inaugurada em
1908, homenageia o cacique
Arariboia, fundador da cidade.
3 - Museu de Arte Contemporânea
Obra de Oscar Niemeyer, o Museu de Arte
Contemporânea - MAC foi inaugurado em
1996. Devido à beleza e singularidade de
suas formas, desde que foi aberto tornou-se
um novo símbolo de Niterói, alcançando
notoriedade nacional e internacional.
4 - Praia de Icaraí
1
A praia de Icaraí margeia o principal bairro de Niterói, de mesmo nome.
Alí estão as pedras de Itapuca e do Índio, pontos
para pescadores e apreciadores da paisagem
local e do restante da baía de Guanabara. Icaraí
tem espaço para vários esportes e calçadão.
6 - Fortaleza de Santa Cruz
A Fortaleza de Santa Cruz é um complexo
arquitetônico majestoso, que impacta o visitante.
Além da beleza do conjunto, entre suas atrações
estão as celas de prisioneiros com gradis robustos
e a capela de Santa Bárbara, em estilo colonial.
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Lume
2
Baía de Guanabara
6
Niterói
3
4
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Final do trajeto
Além de vida saudável,
o exercício lhe acrescentou algo mais:
Paisagem e meditação
A paisagem para a prática de exercícios físicos pode ser um fator
de incentivo. Nesse sentido, Juliano pode se orgulhar de percorrer o
trajeto de 6 km passando pela “belíssima Orla de Niterói”, como
define o local (veja ao lado). O participante ainda lembra que o
exercício exige muita disciplina, mas que tudo é recompensado por
uma vida mais saudável. “Hoje, mesmo com todas as obrigações e
compromissos, sempre invento um tempo para permanecer na
prática da corrida, que para mim é um doce vício”, destaca.
Com orgulho, o engenheiro diz que começou a participar de
competições, como a Corrida da Rocinha, com dez quilômetros de
percurso. Ele também apresenta algumas das suas técnicas para
aproveitar bem o exercício. “Pratico uma forma de
meditação durante a corrida, quando consigo me
integrar à paisagem e acalmar o pensamento,
sentindo a respiração com algum fundo
musical. Nos fins de semana, costumo
correr de manhã.”
Os filhos como incentivo
Pai de dois filhos, Kauã de 6 anos e Bêni
de 1 ano e dois meses, Juliano também
lembra que fazer exercício físico é um
benefício tanto para o presente quanto
para o futuro. E uma ótima técnica para
superar o desânimo. “Criei a rotina de voltar
pra casa correndo todos os dias. Quando estou
desanimado pelo cansaço e dores musculares, lembro
do brilho dos olhos dos meus filhos. Lembro também que me
cuidando e correndo sempre terei uma grande probabilidade de rever
aqueles olhos por muitos anos”, destaca.
Boa forma e boas histórias
Em um momento de descontração, o participante conta que a prática da
corrida lhe traz boas histórias. “Outro dia de manhã, na ida para o
trabalho, tive que correr para alcançar as roletas da estação das
barcas. Um funcionário da concessionária, ao notar
minha desenvoltura, comentou: - 'olha lá
o coroa! corre igual a um garoto!'. Ao
ouvir aquilo, deletei o 'coroa' e aceitei o
comentário como elogio ao meu
preparo físico”.
Recomendação
e cuidados
O empregado da Taesa indica a
corrida aos amigos e leitores da
Revista Lume. “Recomendo a
caminhada inicialmente e a corrida
com aumento gradual após um tempo
de condicionamento físico a todos
aqueles que querem levar uma vida mais
saudável e, portanto, melhor. Aumentar
gradualmente a carga de exercícios é fundamental para a
continuidade da atividade”. Juliano ainda dá um conselho aos interessados
em iniciar a prática do esporte: “Faça um check-up antes de praticar a
caminhada ou corrida. Comece gradualmente, pensando sempre nas pessoas
que você mais ama. Quem corre vive mais, e naturalmente ama mais!”.
Para conhecer os roteiros turísticos de Niterói:
http://www.trilhacultural.com.br/roteiroTuristico/niteroi-rj.php
A revista O2 pode ajudar quem está interessado em começar a
prática da corrida: http://o2porminuto.ativo.com/index/home
Já na revista Runner's World, o interessado pode ficar por dentro do
principais eventos de corrida pelo país:
http://runnersworld.abril.com.br/
vem comigo
Lume
11
para viver melhor
previdência em foco
Apenas 5% da
população brasileira
pensa na aposentadoria
Mesmo com avanços na saúde e aumento na expectativa de vida,
grande parte dos brasileiros não faz poupança previdenciária
Foto: equipe Forluz
Q
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Lume
uase metade dos brasileiros, 48%, não faz nenhum tipo de
contribuição previdenciária para garantir renda após deixar o
mercado de trabalho. É o que aponta o indicador Serasa Experian de
Educação Financeira do Consumidor, de junho de 2013. Os mais
precavidos, que contribuem para a previdência oficial e para planos
de previdência privada, somam apenas 5%. Outros 2% têm apenas
previdência privada e 3% não souberam responder.
Essa é a realidade vivida pela vendedora autônoma Maria Francisca
dos Santos. Com renda irregular, entre R$ 2 e 5 mil mensais, Maria
não faz qualquer contribuição previdenciária. Em 2011, ela sofreu um
enfarto e ficou internada por
mais de um mês. Após a alta
médica, teve que ir à luta para
quitar as dívidas. Questionada
sobre o que faria caso não
pudesse mais trabalhar, não
soube dizer. “Gasto R$ 600,00
Maria Francisca
por mês só em medicamentos.
Não contribuí nem mesmo para o INSS. Se eu parar de trabalhar
amanhã, seja por doença ou até por idade, não sei como vou viver”.
Se eu parar de
trabalhar amanhã,
seja por doença ou
até por idade, não sei
como vou viver
O sistema de previdência foi criado para proteger o trabalhador e
sua família. Também foi projetado para assegurar a manutenção
financeira de uma pessoa que deixa de trabalhar. Seja por questões
de saúde, acidente, prisão, morte, gravidez, desemprego ou velhice.
Regimes previdenciários
O trabalhador brasileiro tem algumas opções para garantir a sobrevivência na aposentadoria. São três os regimes previdenciários disponíveis no
Brasil: o regime geral, o regime próprio e a previdência complementar, que pode ser aberta ou fechada.
Previdência
Social
no Brasil
Regime Geral
de Previdência Social
Regime
de Previdência
Complementar
Regime Próprio
de Previdência Social
(RGPS)
(RPC)
(RPPS)
Entindades Abertas
de Previdência
Complementar
Entindades Fechadas
de Previdência
Complementar
(EAPC’s)
(EFPC’s)
previdência em foco
Lume
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Regime Geral
De natureza pública, é administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. É responsável pelos pagamentos das aposentadorias e demais
benefícios aos trabalhadores brasileiros, com exceção dos servidores públicos. A principal vantagem da contribuição para o INSS é garantir o recebimento
de um benefício mensal vitalício durante a aposentadoria. O regime oferece um teto de benefícios que nem sempre é capaz de manter o padrão de vida das
pessoas quando elas se aposentam.
As Entidades Abertas de Previdência Complementar
Como o próprio nome diz, funciona como um sistema para a complementação dos benefícios pagos pelo INSS. As entidades abertas de previdência
complementar são sociedades anônimas, cujos planos de benefícios são acessíveis a qualquer pessoa física. Visam lucro para os acionistas. São os
planos encontrados nas instituições financeiras, como por exemplo, os bancos. A regulamentação e a fiscalização dessas entidades são feitas pelo
Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e da Superintendência de Seguros Privados - Susep.
As Entidades Fechadas de Previdência Complementar
Mais conhecidas como fundos de pensão, são instituições sem fins lucrativos que mantêm planos de previdência coletivos. Têm acesso exclusivamente
os empregados de uma empresa, membros de associação ou servidores públicos de ente federativo (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) que
aderem aos planos. Elas são reguladas e fiscalizadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc.
Regimes próprios
São aqueles destinados aos servidores públicos. São administrados independentemente por cada ente federativo e supervisionados também pelo
Ministério da Previdência Social.
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Lume
A categoria da Forluz
A Forluz é uma entidade de previdência complementar fechada dos empregados da Cemig e de suas subsidiárias Cemig Distribuição, Cemig
Geração e Transmissão, Gasmig, Cemig Telecom, Rosal Energia, Sá Carvalho, Cemig Saúde e Taesa. São administrados pela Fundação os planos de
benefícios A, B e Taesaprev. Mais de 8 mil participantes ativos e cerca de 13 mil assistidos estão vinculados à Fundação.
Nesse tipo de plano, o trabalhador e a empresa que o contratou fazem uma contribuição mensal para uma conta em nome do empregado. Na
Forluz, ao se desligar da patrocinadora, o participante tem direito ao saldo total correspondente às suas contribuições, mais uma parte do que a
empresa contribuiu.
O ganha-ganha da previdência complementar
É bom pra você!
A principal vantagem é a formação de uma poupança previdenciária complementar para a proteção do
participante e de sua família. É a chance do trabalhador manter o padrão de vida após a vida laborativa,
obtendo também proteção familiar, segurança, tranquilidade e incentivos fiscais. Além disso, os
investimentos realizados, os recursos portados de outros planos e as contribuições feitas pelo empregador
para os participantes não sofrem qualquer tipo de tributação. As contribuições dos participantes podem
ser deduzidas até o limite de 12% dos rendimentos tributáveis no ajuste anual do Imposto de Renda.
Haverá tributação apenas no recebimento do benefício ou resgate das contribuições, podendo ser no
regime progressivo ou regressivo, conforme escolha do participante no momento da adesão ao plano.
É bom pra empresa!
O patrocinador que cria plano de benefício previdenciário para os empregados demonstra responsabilidade
social e preocupação com o futuro das pessoas. As empresas que oferecem planos de benefícios
previdenciários para os empregados conseguem aumentar a produtividade, diminuir a rotatividade e a
manter talentos, além de remunerar melhor com menor custo. A empresa que oferece plano
previdenciário é bem vista pelos empregados e pela sociedade. Fortalece a marca e se torna um
diferencial em relação às outras empresas. Além disso, podem contar com incentivos fiscais. As
contribuições realizadas pela empresa para o plano de benefícios podem ser deduzidas como despesas
operacionais até o limite de 20% da folha de salários. Essas contribuições não se vinculam ao contrato de
trabalho e nem geram custos adicionais, como encargos sociais e outras obrigações.
É bom para o país!
Os fundos cumprem papel importante no desenvolvimento socioeconômico do país. Eles representam um
patrimônio aproximado de R$ 626 bilhões, cerca de 15% do PIB, investidos em diversas empresas,
projetos de infraestrutura, na área da construção civil, em ações, em títulos de empresas, dentre outros
setores, gerando mais riquezas e empregos para o Brasil. Em junho de 2012, existiam cerca de 332
EFPC's, administrando 1.129 planos de benefícios de 2.349 patrocinadores e 505 instituidores,
protegendo cerca de 6 milhões de pessoas, entre trabalhadores, aposentados, assistidos e dependentes.
previdência em foco
Lume
15
para viver melhor
finanças em dia
Proteção necessária
e urgente às crianças
Pais podem ajudar filhos a se tornarem consumidores conscientes na vida adulta
A
$$$
16
Lume
s crianças estão expostas a fortes apelos de consumo diariamente e
os estímulos publicitários estão por toda parte. Diante dessa
realidade, como fazer com que os pequenos se tornem adultos
conscientes e equilibrados também nas finanças? Os pais devem
assumir a responsabilidade e saber dizer não pode fazer muita
diferença no processo de educação e aprendizado dos pequenos.
A criança brasileira é a que mais assiste TV no mundo. São quase 5
horas diárias, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE. Em áreas de alta vulnerabilidade social e
econômica, esse tempo chega a 9 horas por dia. Enquanto a
publicidade “conversa” com as crianças por longas horas por meio da
TV, os pais têm cada vez menos tempo com elas.
Bastam apenas 30 segundos para uma propaganda influenciar uma
criança, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Dietética
Norte Americana Borzekowiski Robison. Não é por acaso que as
crianças influenciam 80% das decisões de compra em família,
segundo Ana Lúcia Vilela, presidente Instituto Alana.
Na casa do participante Ronaldo Geraldo Chagas Gomes a história se
repete. Incentivar uma alimentação saudável, por exemplo, é uma
1476
árdua missão para a família. Sua filha Sophia, de 8 anos, costuma
dar palpites na hora da compra. “Ela gosta principalmente das
guloseimas e frear o consumo desse tipo de alimentação não é uma
tarefa fácil”, explica. Ele conta que Sophia é vidrada em TV, e gosta
de Nickelodeon, Discovery Kids e Gloob. “Ela é massacrada
diariamente com propaganda para o consumo infantil”.
Limite também é amor
“Dizer não é difícil, porém, necessário”, conta Ronaldo Chagas.
Para ele, pais que trabalham fora tentam compensar a ausência
comprando coisas desnecessárias para os filhos. “Sophia queria
um Furby que na época custava R$ 400,00. Não concordamos
porque consideramos custo e benefício incoerentes. Dissemos não,
mas ela decidiu comprar com o dinheiro que juntou da mesada.
Foram vários meses juntando R$ 20,00 ou R$ 30,00 por mês. Foi
duro vê-la gastar todo o dinheiro de uma vez, mas o ensinamento
não podia ficar pra depois”, lembra.
Desde cedo, Ronaldo e a esposa passam conceitos financeiros
para a filha. Um dos primeiros presentes do bebê foi uma
previdência privada e a caderneta de poupança. De forma lúdica, o
dinheiro é um assunto tratado com naturalidade, seja por meio da
mesada, de gratificações e até de descontos na mesada, em caso
de mau comportamento. “Ela adora juntar
dinheiro, e depois do episódio do Furby, não gastou
dinheiro à toa mais”.
Segundo o psicólogo clínico e pesquisador em psicologia cognitivocomportamental, Lorenzo Natale, dizer não aos filhos requer o
autocontrole. Alguns pais dizem sim sem pensar nas consequências
a médio e longo prazo. O dizer não também implica em saber ou
finanças em dia
Lume
17
1476
aprender a manejar a impulsividade e a frustração dos filhos. Por não
saberem o que fazer nessas horas, alguns pais dizem sim para evitar
situações com as quais não sabem lidar.
Além disso, segundo Lorenzo, o sentimento de culpa pode enviesar o
processo de tomada de decisão dos pais. Numa tentativa de
compensar a ineficácia em proporcionar experiências psicoafetivas
familiares de qualidade, pais ausentes, agressivos, negligentes ou
chatos podem acabar dizendo sim. “É mais fácil e rápido dar ao filho o
que ele pede, do que programar com ele uma atividade de lazer
durante a semana”, explica.
Para cada situação, existem respostas mais ou menos apropriadas e
cabe aos pais agir de forma consciente. Para o psicólogo, a melhor
forma de ajudar os filhos é, em primeiro lugar, buscar ajuda: lendo
literatura a respeito, educando-se, aprendendo um pouco sobre
pedagogia, psicologia, sociologia. “Poucos pais são educadores
natos e podem dar-se ao luxo de educarem os filhos de uma forma
intuitiva. No entanto, para a grande maioria, a paternidade e a
maternidade podem ser um longo processo de contínuo aprendizado,
geralmente baseado no senso comum eu em um aprendizado de
tentativa e erro”.
Para Lorenzo, os pais devem ensinar os filhos a serem menos
impulsivos, a pensarem a curto, médio e longo prazo. Devem criar
formas de autocontrole e de resolução de problemas e ensinar o
manejo do estresse por meio de estratégias de enfrentamento.
De olho no futuro das crianças
Para ajudar os pais a criar estratégias para educar os filhos
financeiramente, a Fundação, por meio do Programa de Educação
Previdenciária e Financeira - Para Viver Melhor, realiza o tradicional Dia
das Crianças Forluz. Com foco nos benefícios da educação financeira, o
evento comemorativo atrai cerca de 100 crianças, de 4 a 12 anos.
18
Lume
No último evento, o participante Odair Santos Júnior, engenheiro
da patrocinadora Cemig, parabenizou a iniciativa do encontro.
“Saúdo a todos os envolvidos no Programa, que cativaram a mim
e a meus familiares pelo empenho, dedicação, gentileza e
carinho demonstrados”.
Por meio da peça, Dona Baratinha, da dupla Jojô e Palito, a
Fundação deixou o recado de que o sacrifício de juntar dinheiro
hoje pode trazer um benefício maior amanhã. O animador tio Lânio
também fez brincadeiras temáticas no palco com disputas entre
meninos e meninas. As brincadeiras procuraram ressaltar a
importância de guardar uma parte do dinheiro e usar a outra para
as necessidades e o lazer.
Para ver as fotos do evento clique aqui!
Onde buscar ajuda:
Vídeos:
Home pages:
Criança, a alma do negócio
Facebook – Criança livre
do consumismo
Turma da Bolsa - vídeos
educativos para pais e filhos
Institucional - Criança livre
do consumismo
Saúde Plena - Qualquer
objeto para criança
é brinquedo
Eventos:
Psicologia/Livros:
Feira para troca de brinquedos
Currículo do psicólogo
entrevistado Lorenzo Natale
Todos os anos, entre setembro e outubro,
acontece feira de eventos em todo o país.
O encontro é voltado para a saúde financeira
e visa incentivar a troca de brinquedos.
Psicologia Financeira
Vera Rita - Livro - Psicologia Econômica Trabalha na implantação da Psicologia
Econômica no Brasil desde 1994, sendo
pioneira na análise de fenômenos econômicos
na ótica combinada da Psicanálise
e da Psicologia Econômica.
finanças em dia
Lume
19
boas ideias
Mais saúde e praticidade
com as bicicletas
Será implantado em BH o aluguel de bicicletas, alternativa que visa desafogar
o trânsito e oferecer mais qualidade de vida e praticidade à população
Belo Horizonte ganhará um sistema de aluguel de bicicletas em 2014. O
projeto nomeado Bicicletas de Uso Compartilhado está com o processo
licitatório em andamento, para escolher a empresa que prestará o
serviço. A BHTrans estima que, no primeiro semestre do ano que vem,
trinta pontos de aluguel estejam instalados na capital. A área central
será a principal beneficiada.
Além de 300 bicicletas convencionais, 60 bicicletas híbridas, com pedal
assistido por motor, estarão disponíveis à população. A devolução das
bicicletas poderá ser feita em qualquer estação independente de onde
foi retirada. Os valores já foram definidos pela prefeitura e serão de R$
3 para o aluguel por um dia, R$ 10 para o aluguel mensal e R$ 60 pelo
período de um ano.
Bons exemplos
No Brasil, a maior malha cicloviária está no Rio de Janeiro e é
constituída por cerca de 300 quilômetros distribuídos por toda a cidade.
São Paulo também é referência na implantação do serviço, com 128
estações e 1280 bicicletas disponíveis.
Amsterdã, na Holanda, é referência mundial. Apesar das ruas estreitas,
a cidade investe no veículo e na integração entre os outros tipos de
transporte, como barcos e trens.
Em Barcelona, na Espanha, o aluguel começou por iniciativa da
Prefeitura, na tentativa de desafogar o trânsito. A ideia foi aceita e logo
os ciclistas aderiram a um tipo de bicicleta dobrável, de fácil logística
em transportes públicos. É interessante destacar que, em Barcelona, as
ciclovias possuem semáforos específicos para elas.
Já em Dublin, na Irlanda, a inovação são os bicicletáxis, transporte não
poluente e mais barato para moradores e turistas.
O olhar da população
20
Lume
Patrícia Sartini é dona do Restaurante Alegria, na Savassi. Há cerca de
um mês a empresária instalou um bicicletário em frente ao
Foto: equipe Forluz
estabelecimento na rua Sergipe. Segundo ela, a iniciativa visa
incentivar os clientes a ter uma qualidade de vida mais saudável, além
de ser uma ação social. “É uma questão de gentileza urbana. O pouco
que você tem, pode fazer bem
para o outro”. Sartini mora no
bairro Santo Antônio e vai
trabalhar de bicicleta todos os
dias. Ela afirma que também
incentiva seus funcionários a
aderirem a esse meio de
Patrícia Sartini
transporte e planeja contratar
ciclistas para fazer as entregas do restaurante.
Velocidade média referente a horários de pico
Velocidade média para bicicletas -
6 km/hora
Velocidade média de ônibus - 4 km/hora
Velocidade média para pedestre - 4 km/hora
Velocidade média de carros -
Quantidade de calorias perdidas
(Valores relativos à uma pessoa de 70kg)
280 Cal (1 h)
Carro - 160 Cal (1 h)
Caminhando - 210 Cal (1h)
Foto: arquivo pessoal
Vinícius Mundim utiliza a bicicleta para ir trabalhar há quatro anos. Ele
percorre três vezes por semana um trajeto de 8 km, entre o bairro Dom
Cabral a Savassi. Na opinião do ciclista, o projeto é uma alternativa
positiva, pois em cidades onde o sistema foi implantado a mudança no
trânsito pode ser percebida.
Para Mundim, que já participou de reuniões feitas pela prefeitura com
alguns ciclistas, o preço do serviço é bastante acessível. Segundo ele, o
pagamento pelo uso da bike pode evitar o sucateamento do serviço,
como acontece em Buenos Aires,
capital Argentina, onde o usuário
não precisa pagar pelo serviço.
Dessa forma, ele vê como
positiva a ação, se houver uma
real integração entre ônibus,
metrô e bicicleta. “É mais
Mundim
interessante para algumas
pessoas irem de bicicleta da Savassi até o Centro e de lá pegar o metrô
ou ter mais opções de ônibus”, afirma.
18 km/hora
Bicicleta -
Trajeto São Gabriel à Savassi (Valores anuais)
=
=
+ ESTACIONAMENTO =
+ ROTATIVO =
+
+
1400,00
R$ 760,00
R$ 5124,00 (mensalista)
R$ 3960,00 (4 horas)
R$
boas ideias
Lume
21
especial
Atendimento focado na
satisfação dos clientes
Saiba um pouco mais sobre as atividades desenvolvidas e como trabalha
essa área chave no relacionamento com os participantes da Fundação
Desde 2009, quando foram retomadas sistematicamente as
pesquisas de avaliação dos serviços prestados pela Forluz, os
setores ligados ao atendimento da Fundação têm registrado sempre
alto nível de aprovação. Dentro da Gerência de Previdência, Atuária e
Atendimento, essas atividades compõem-se do atendimento
presencial, call center (atendimento telefônico 0800) e atendimento
via e-mail. E, ano após ano, as pesquisas mostram que, em conjunto
ou separado, eles dão um show de bola.
!!
De janeiro a setembro deste ano, foram feitos 3.913 atendimentos
presenciais, 34.175 por telefone e 6.559 por e-mail. Para atender tal
demanda, há cinco anos o nível geral de satisfação apontava que
93,6% dos entrevistados estavam satisfeitos e muito satisfeitos,
números que foram subindo nos anos subsequentes. A capacidade dos
atendentes em transmitir confiança/segurança ficou em 100% para o
atendimento presencial e 98,97% para o 0800 em 2012.
Em 2013, a pesquisa foi reformulada. A avaliação passou a ser por
pontuação de 1 a 10, em vez dos conceitos como ótimo, bom, ruim, etc.
Nos seus vários quesitos, o 0800 obteve média geral 9. Há mais de dois
anos, a forma de avaliação do atendimento presencial também mudou,
passando a ser feita durante todo o ano “in loco”.
Atendimento telefônico 0800 em 2013
8,0
22
Lume
Fonte: Pesquisa de Satisfação 2013
9,2 O cumprimento dos prazos de resposta prometidos
9,1 Rapidez no atendimento às ligações
9,2 O interesse em resolver efetivamente a demanda do participante
9,1 A capacidade de transmitir confiança/segurança para o participante
8,5 O conhecimento para atender às necessidades específicas do participante
8,5
9,0
9,5
10,0
Média Geral: 9,0
97,52%
95,75%
98,85%
99,30%
98,46%
99,08%
98,98%
99,12%
Avaliação de atendimento - nível de satisfação
Fonte: pesquisa ‘‘in loco’’ Forluz
97,87%
Atendimento presencial em 2013
Média Geral (ótimo/bom): 98,33%
jan/13
fev/13
mar/13 abr/13
mai/13
jun/13
jul/13
ago/13
set/13
Quem é quem
Nosso diferencial
Para o participante Eduardo Lemos de Lima, o atendimento presencial
superou as expectativas. “Vim aqui apenas para tirar uma dúvida,
mas vou embora pra casa com meu problema resolvido. Não é fácil
entender de previdência complementar fechada, mas o período da
aposentadoria foi se aproximando e passei a acompanhar mais as
informações no site e no jornal. Apesar do assunto ser complexo, a
explicação que a atendente me deu ficou muito clara e me possibilitou
tomar uma boa decisão. Agora é hora de olhar pra frente, para o
futuro, e ter um pouco mais de tranquilidade. Afinal de contas, foram
30 anos de trabalho”, ressalta.
As equipes de atendimento fazem provas, recebem treinamentos e
passam por processo de aprendizado constante. O supervisor das
equipes do 0800, Davi Francisco, acredita que o atendimento melhora
porque os atendentes têm a filosofia de que a satisfação dos
participantes é o mais importante e que, para isso, é preciso
aprimoramento contínuo. ”Como nosso foco é o participante, estamos
sempre em busca de mais conhecimento”, esclarece.
Além disso, Davi explica que os atendimentos são pautados por
respeito, gentileza, objetividade e satisfação do participante. Os
atendentes são escolhidos por meio de uma avaliação minuciosa, e
após serem contratados passam por vários treinamentos e são
acompanhados sempre de perto. “Provas são aplicadas para avaliar o
conhecimento técnico e as escutas das ligações garantem a exatidão
das informações passadas. Se for transmitida alguma informação
incorreta, entramos em contato para retificar o quanto antes.
Estamos atentos aos desvios e em busca da melhoria contínua dos
nossos serviços”, garante.
Veja como se organiza nosso atendimento:
Gerência/Setor de Previdência:
O que faz: coordena, organiza e treina o setor
Quem: Wilson Geraldo Silva
Setor de atuária:
O que faz: gestão do Plano B,
Taesaprev e gestão atuarial
Quem: Thiago Gonçalves,
João Gabriel e Gabriela
Atendimento agendado:
O que faz: atendimento especializado, e com
hora marcada, com foco em atendimento
previdenciário em geral, concessão de
benefício e institutos
Quem: Gláucia Amorim, Rejane Couto
Atendimento geral:
O que faz: requerimento de
benefício e atendimento geral
da Forluz, que inclui empréstimo,
folha de pagamento, cadastro,
entre outros.
Quem: Camila Porto, Roberta, Bruna
Call center/0800
O que faz: atendimento geral, com abertura de protocolos
de atendimento nos casos mais complexos. Possui 10
anos de existência, 11 atendentes, um supervisor, um
instrutor de treinamento e um monitor de qualidade
Quem: atendentes terceirizados, coordenados de perto
pelo empregado Davi Francisco
Back office/Atendimento eletrônico
O que faz: respostas às demandas dos participantes
enviadas por e-mail e através de telefone também.
Retornam os protocolos abertos e encaminham
para os setores responsáveis
Quem: Tatiana Pires Botelho
especial
Lume
23
artigo
De assalariado a aposentado
milionário. É possível?
Estatísticas mostram que muita gente no país consegue alcançar esse patamar.
E, acredite, boa parte vive mesmo é de salário.
Por Eduardo Leopoldino de Andrade,
professor universitário e assistido da Forluz
A
pós minha aposentadoria na Cemig, em 1996, tornei-me professor
universitário. A maioria dos meus alunos me perguntava constantemente:
“Professor, é possível enriquecer como assalariado?” A resposta era
sempre a mesma: “Sim, é possível, depende apenas de sua vontade!”.
Olhando as estatísticas, vemos que a cada ano cerca de 10 mil pessoas
acumulam mais de um milhão de dólares em bens no Brasil. Não há uma
estatística mostrando quantos são assalariados, mas se olharmos para
as estatísticas dos EUA podemos supor que há muitos assalariados
entre os novos milionários. Essa é uma estatística que tem surpreendido
os próprios americanos, que também estão vivenciando um processo de
concentração de renda. É claro que não é fácil atingir essa marca.
Acumular um milhão de dólares em investimentos financeiros depende
da quantia que a pessoa consegue poupar por mês. Muitos leitores que
poupam um valor pequeno podem estar se perguntando: que milagre vou
conhecer agora? Não há milagre. Você apenas verá que acumular
dinheiro é consequência de dois fatores: o valor que pode poupar por mês
e o tempo de vida dedicado à acumulação. Se poupar um valor pequeno,
evidentemente gastará mais tempo para acumular um capital que lhe
dará tranquilidade na velhice, mesmo que não seja um milhão de dólares.
Esse é um desafio para o qual temos que nos precaver: viver uma
velhice com tranquilidade e qualidade de vida e, mais importante, uma
24
Lume
Ninguém fica rico
somente porque quer.
Não tem que ser “pão
duro”, mas gastar com
velhice longa. As projeções do IBGE apontam para um grupo
populacional numeroso com idade acima de 80 anos, que está sendo
chamado de quarta idade. Para aproveitarmos esse “bônus de idade”,
temos que estar economicamente preparados.
Ao longo de minha vida, conheci várias pessoas que, mesmo
trabalhando toda a vida como assalariadas, se aposentaram na
condição de milionárias. Qual é o segredo delas? Pesquisando,
descobri que a fórmula não é complexa e pode ser resumida em uma
frase: filosofia de vida adequada e orientada para a construção de
capital, sem perda do prazer de viver. Um assalariado somente poupa
se deixar de consumir. Ninguém fica rico somente porque quer. Não
tem que ser “pão duro”, mas gastar com sabedoria.
Se a pessoa foi criada em uma família que lida naturalmente com o
dinheiro, gastando com responsabilidade, traz essa filosofia do
berço. Mas ela pode ser adquirida e praticada, desde que a pessoa
tenha vontade e disciplina para isso. Vejamos as características
dessas pessoas.
A primeira característica é a capacidade de planejar o orçamento
doméstico, separando bem o dinheiro para consumo e para poupança.
E, claro, ter disciplina para cumprir o orçamento ao longo do mês.
Lembro-me de uma historinha pessoal. Quando estudante, minha
família teve uma empregada que tinha dois filhos. Cada um seguiu
seu caminho até que, um dia, encontrei a ex-empregada no centro
de Belo Horizonte. Uma senhora elegante e bem vestida. Ao longo da
conversa, fiquei sabendo que seus dois filhos haviam se formado em
universidades e estavam bem empregados. Um pouco por
distração, demonstrei minha surpresa e ouvi uma resposta que
nunca saiu de minha cabeça: “Eduardo, você não sabe o que
consegue um pobre que tem a ambição de vencer na vida!” Não
precisava falar mais nada: filosofia de vida.
Se você conseguiu formar um capital, tem que saber administrá-lo.
Essa é a segunda característica. Administrar o dinheiro é tão difícil
Foto: arquivo pessoal
sabedoria
Jim O’Neill,
Sachs Asset Management
Eduardo Leopoldino de Andrade
quanto ganhá-lo. Para isso, temos que nos preparar, buscar
informações, conhecer as formas de aplicar dinheiro, sua rentabilidade e
grau de risco. Lembre-se: não há investimento sem risco.
Por isso, é preciso fazer um planejamento, começando pela
identificação clara de seus objetivos: com qual finalidade está poupando
o dinheiro e por quanto tempo ele pode ficar aplicado. Também é
fundamental conhecer a sua tolerância ao risco e, principalmente, sua
capacidade de recuperação caso ocorra alguma perda.
O planejamento se torna ainda mais importante, se você estiver próximo
da aposentadoria. Considerando a possibilidade de se viver muito e
entrar no grupo da quarta idade, o planejamento tem que considerar
todos os aspectos futuros: família, projetos de vida, sonhos a realizar,
outras fontes de renda, possibilidades de trabalho, e outros. E não se
iluda: os gastos após a aposentadoria não diminuem, aumentam!
Para multiplicar o dinheiro, às vezes você tem que empreender, tem que
deixar de ser rentista para entrar no mercado produtivo. As
oportunidades são muitas e, ao longo da vida, sempre surgem. Uma
forma de você estar disponível para o surgimento de oportunidades é
cultivar um bom círculo de relacionamentos – terceira característica.
Sempre há um amigo com alguma ideia que pode se revelar muito
interessante. Também nesse caso, você tem que estar preparado para
identificar e avaliar bem as oportunidades. Lembre-se: a preparação é a
chave do sucesso. Como se diz no interior, se o cavalo passar arreado,
você tem que saber montá-lo.
Para mais detalhes, acesse: www.dicasdoprofleopoldino.com.br
artigo
Lume
25
passatempo
vaga-lume
Aqui você se diverte e ainda concorre a brindes. Para esta edição, será realizado o sorteio de cinco brindes culturais (pares de
ingressos para cinemas, teatros ou shows, livros, CDs e DVDs) até 28 de fevereiro de 2014.
Agora, a brincadeira ficou ainda mais lúdica, divertida e repleta de conhecimentos. Um jogo interativo online foi criado especialmente
pra você aprender mais e se divertir. Para entrar no jogo, clique no link no pé da página e siga as orientações.
Ao acertar o desafio, preencha o formulário eletrônico que será disponibilizado. Ele será disponibilizado e enviado automaticamente
à Forluz para você concorrer aos brindes, até a data definida no alto.
Palavras Espaciais
edição 2
Entre no jogo agora mesmo!
CLIQUE AQUI
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Lume
quadrinhos
Lume
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Alô, interior.
É a Forluz ao telefone!
Você sabia que a
Fundação passou a disponibilizar
o serviço de atendimento telefônico
personalizado para participantes
ativos e assistidos do interior de Minas
e de outros Estados?
O atendimento é realizado às terças-feiras
e o agendamento deve ser feito via Central
de Atendimento. No dia e hora combinados,
um analista entra em contato e presta
as informações necessárias.
Central de Atendimento: 0800 0909090
Marcou. A Forluz liga para você!

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