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43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF De 10 a 16 de agosto de 2014 Documento Tema do Congresso Da crise global à justiça global – os(as) trabalhadores(as) em transportes reagem 43cThemeDocument Índice 5 8 22 32 39 41 43 2 A visão Os desafios O Plano Nossas prioridades Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em ttr transportes ansporrtes lut lutando! a ando! “A indústria do Introdução transporte é a engrenagem da economia global e dos trabalhadores em transportes, e é o combustível que mantém a engrenagem funcionando.” Stephen Cotton, Secretário Geral da ITF em exercício 1. A paisagem está mudando e os trabalhadores(as) do transporte e seus sindicatos estão enfrentando muitos desafios. Para enfrentar estes desafios, a ITF precisa se adaptar. Adaptar-se ao propósito e às futuras provas 2. Nós já começamos a mudar. Desde o processo de revisão financeira, o secretariado tem uma nova estrutura, com o objetivo de fazer mais efetivo o uso dos Recursos Humanos da ITF. No entanto, a mudança estrutural não é suficiente. Para a ITF alcançar seu potencial, ela deve mudar sua maneira de trabalhar. 3. Para de fato lidar com os desafios que enfrenta agora - e sermos uma equipe para lidar com questões futuras - nós precisamos melhorar a maneira como planejamos e priorizamos. 3 Introdução continuação 4. Precisamos que a ITF seja liderada pelos(as) filiados(as), com os sindicatos envolvidos na definição das prioridades e arregaçar as mangas para entregar os projetos. Precisamos de nossos líderes políticos totalmente engajados, monitorando o nosso progresso, e fornecendo orientação. 5. Se quisermos ser mais efetivos, nós precisaremos estar mais estruturados no nosso trabalho e desenvolvimento de habilidades e competências. Precisamos fazer isto bem. Nossas campanhas e projetos devem ser bem executados, utilizando sólidas metodologias. Então somos claros a respeito de nossas metas, de como as alcançaremos e se estamos conseguindo êxito. Nós precisamos coordenar nosso trabalho através de nossas fronteiras regionais e das seções, e com outras federações sindicais internacionais. Nós precisamos ser mais eficientes, então teremos mais capacidade para fazer o trabalho importante e que futuramente colorarão à prova a entidade. 6. Este documento reflete todas as mudanças que estão ocorrendo dentro da ITF. Evolução do documento 8. Ao contrário de anos anteriores, quando o documento tema do congresso foi elaborado pelo Secretariado e aprovado pelo Comitê Executivo. Este documento é o resultado de um longo período de consulta. Tudo começou com um título, "Da crise global para a justiça global: trabalhadores dos transportes reagem lutando", e uma série de títulos, servindo como base para a discussão e contribuição dos(as) filiados(as). A partir daí, todas as conferências regionais e de seção foram convidadas a discutirem o tema do congresso, e a apresentarem comentários e sugestões. 9. Ao mesmo tempo, uma pesquisa foi realizada para o futuro dos transportes, para identificar a chave das futuras tendências dentro da indústria, que deve orientar nossos planos de trabalho para os anos vindouross. 10. Em dezembro de 2013, o primeiro rascunho do documento foi distribuído para todos(as) os(as) filiados(as) antes de ser apresentado aos presidentes de seção e aos vice-presidentes regionais para discussão. Propósito do Documento Tema do Congresso Estrutura do documento 7. O documento tema do congresso sempre foi um veículo para transmitir o senso de direção pretendido pela ITF para os próximos 4 anos. Com este documento tema do Congresso, no entanto, a intenção foi a de ir além dos conceitos gerais. Aqui, assim como delinear os problemas enfrentados pela ITF e seus (as) filiados (as), temos tentado fornecer um quadro para o programa e as prioridades de trabalho da ITF para os próximos 4 anos. Esperamos que este quadro, que tem as impressões digitais de todas as seções e regiões da ITF, seja aquele que está firmemente enraizado na realidade, e que nos dê uma direção clara e uma base sólida sobre como construir o nosso trabalho para este período intercongresso. Questões & desafios Plano de trabalho Prioridades Resultados Mecanismos de poder 11. O documento é estruturado como segue: a.Prefácio: que define o pensamento por trás do documento, o contexto no qual foi desenvolvido, seu papel e seu propósito. b.A visão: descreve onde queremos estar em 2018, e onde nós precisamos focar nossa atenção que seja adequada ao futuro. c. Os desafios: fornecem o contexto em que a ITF está operando. Eles pintam um retrato do ambiente externo e das tendências da indústria-chave, a situação dos nossos sindicatos, e os desafios que enfrentamos. d.O plano: estabelece o plano de trabalho da ITF de 2014 a 2018. E descreve as atividades que desejam realizar ao longo dos próximos quatro anos. e.Nossas prioridades: nos fazem mergulhar nas áreas de trabalho que são prioritárias para cada seção, região e departamentos da ITF. 12. Nós esperamos que este documento venha a informar, inspirar e engajar a todos os membros da nossa família ITF. Nós temos muito a fazer desde agora até 2018. Se obtivermos vitórias, nós iremos precisar que façam sua parte. 4 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! A visão “O setor do transporte está no coração da globalização. Logística e serviço de passageiros apoiam fortemente o comércio e o crescimento econômico. Além disso, não há praticamente uma ameaça global ou um desafio que não tenha um componente significativo do transporte, sejam migrações em massa, conflitos geopolíticos, desastres naturais, ameaças à saúde ou pirataria.” Fórum Internacional do Transporte 5 A visão continuação 13. A economia global não funcionaria sem a indústria do transporte e sem seus/suas trabalhadores(as). Quer eles(as) estejam sindicalizados(as) ou não, de qualquer maneira, estes(as) trabalhadores(as) estão interconectados(as). Eles(as) têm interesses em comum, os quais a ITF trabalha para representá-los. Eles(as) querem salários justos, segurança no trabalho, trabalho seguro, pensões, proteção por desemprego e puericultura. Eles (as) querem habitação, educação, saúde, saneamento, ar puro, justiça, liberdade de expressão, igualdade, liberdade de discriminação e de violência e tolerância zero com relação ao trabalho infantil e ao trabalho forçado. E eles(as) querem ser capazes de trabalhar em um ambiente onde possam lutar por essas coisas para si e os (as) demais. Isso significa que eles(as) precisam de sindicatos, liberdade de associação e negociação coletiva. 14. No entanto, a filiação sindical transporte está caindo, não aumentando. Muitos jovens pensam que os sindicatos fazem parte da velha ordem. Isto não é surpreendente que muitos sindicatos tenham mantido o que um delegado da ITF recentemente chamou de "uma estrutura do século 19". Os sindicatos em transportes ainda não faliram, eles sobreviveram. O que fazemos tem um enorme potencial. E nós podemos mudar. 18. Entretanto, em tudo acima, nós precisamos obter poder, para construirmos nossos músculos. Nós precisamos ser capazes de defendermos nossa família contra as forças do neoliberalismo, como a história mostra. Governos e empregadores podem atacar a qualquer hora. Nós precisamos nos tornar maiores e mais unidos, desenvolvendo redes ativistas que possam se mobilizar. Nós precisamos utilizar estratégias jurídicas, abordar sistemas de governança corporativa, e usá-los a nosso favor, implementar estratégias do mercado de capitais, e atacar a marca global de nossos oponentes. Fazer ou morrer: quatro mecanismos de poder que a ITF deve fortalecer 19. Como nós tratamos diretamente dos desafios frente aos sindicatos em transportes, nós também trabalharemos para fortalecer (os/as) quatro (mecanismos/alavancas) do nosso poder que são cruciais para o futuro da ITF, consolidando os corredores e conexões-chaves, influenciando a liderança da indústria, acionando filiação em massa, e seguindo mudanças geográficas. 20. Focando nestes quatro mecanismos, possibilitará a ITF aumentar seu poder para alcançar os interesses de todos os sindicatos em transportes. 15. O que precisamos fazer é aumentar nossa força. Consolidando corredores e conexões-chaves 16. Nós precisamos dos sindicatos na ITF, e que seus membros sejam mais participativos, engajados e envolvidos. Precisamos da participação de ativistas em nível nacional para traduzir em unidade os planos regionais, industriais e globais. Nós precisamos fortalecer e construir um consenso, inclusive sobre o que é fazer parte da ITF. Isso significa uma compreensão global da nossa missão comum a fim de expandir e de organizar os trabalhadores nos sindicatos fortes, participativos e democráticos, que representam as mulheres, homens e jovens trabalhadores. Precisamos de todos os sindicatos da ITF sejam respeitados e influentes. 17. Nós precisamos criar alternativas. Precisamos desenvolver posições sobre questões políticas fundamentais que ressoam entre os membros da ITF. Precisamos abordar a governança do transporte. Precisamos de mais envolvimento dos sindicatos ITF e de seus membros em movimentos sociais mais amplos, que lutem por alternativas políticas para enfrentar a desigualdade, a pobreza e a justiça climática. 6 21. A base do poder da ITF é construída nos(as) trabalhadores(as) sindicalizados(as), na maior parte dos portos, aeroportos, empresas de logística, navegação interior e corredores ferroviários. Estes(as) trabalhadores(as) podem exercer grande poder, por eles(as) mesmos(as) e pela família ITF, de maneira ampla. A rápida expansão da indústria do transporte coloca a posição industrial da ITF nos pontos de estrangulamento, onde o mundo está sob ameaça. Por exemplo, novos métodos de empresas de logística baseados próximos aos portos e aos aeroportos, que muito frequentemente empregam trabalhadores(as) não-sindicalizados(as). 22. Sindicalizar trabalhadores(as) nestes centros e corredores ainda é uma questão fundamental “fazer ou morrer”. A ITF trabalhará com sindicatos para identificar os pontos mais importantes e os que mais precisam de resultados. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Influenciando a liderança da indústria 23. Encomendas por navio, portos e entrega internacional são todas denominadas por um punhado de coisas. Na aviação e no transporte urbano, as agressivas empresas multinacionais crescem rapidamente. Às vezes, são as empresas fora da indústria que realmente definem os termos e condições para os(as) trabalhadores(as) em transportes, como grandes varejistas, no caso do transporte por caminhões. 24. Nossas campanhas terão como alvo as multinacionais e empresas regionais que estabelecem padrões em todo o setor dos transportes. Vamos trabalhar com outras federações sindicais internacionais (FSIs) para constituir o poder dos sindicatos para além das fronteiras industriais, particularmente, os trabalhadores nas cadeias globais de fornecimento e no setor público. Seguindo as mudanças geográficas 28. A economia global vai mudar profundamente ao longo do próximo meio século. Os EUA, a China e a Índia serão as mega economias do futuro. México, Indonésia, Nigéria, Turquia, Brasil e Rússia esperam ser reconhecidos após tanto tempo como os países de nível médio da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), tais como Canadá e Itália. As pequenas “cidades-estados de logística” como Dubai, Cingapura, Hong Kong e Panamá também têm enorme importância para a indústria do transporte. 29. A ITF vai desenvolver um programa de construção de sindicato para os países e regiões de mais alto crescimento. Como a indústria de transporte se expande em zonas diferentes, a família ITF deve crescer junto. Ativando a adesão/filiação em massa 25. O ativar da adesão em massa se trata de passar e de terminar o poder exclusivo dos sindicatos internacionais, que são as únicas organizações democráticas de massa no cenário global/internacional, que demonstram esse poder aos governos e aos empregadores. O foco sobre os(as) trabalhadores(as) nos principais centros e corredores envolve mobilização estratégica dos(as) trabalhadores(as). Ativando a adesão em massa é se certificar de que a ITF também tem a capacidade para reunir em sua base, o poder democrático das massas. Isto é particularmente importante nas seções, como das ferrovias, onde a sindicalização é muito alta, mas onde a estrutura da indústria é menos conectada em nível mundial. 26. As ferrovias e o transporte urbano têm amplas forças de trabalho provendo um serviço-chave para cidades e economias regionais, onde os lucros corporativos internacionais competem com necessidades públicas. Sindicatos devem estabelecer alianças poderosas com grupos da sociedade civil sobre assuntos tais como: segurança, sustentabilidade e serviços públicos. 27. A ITF e outros sindicatos internacionais precisam ser uma força mais visível de democracia da massa no cenário mundial. 7 Os desafios “Hoje, o cenário mudou de forma irrevogável. Governos professam a sua incapacidade de resistir aos ditames das forças econômicas globais; grandes empresas são quase universalmente transnacionais em suas estratégias de propriedade e de produção; sindicatos estão muitas vezes desorientados.” Gumbrell-McCormick, R and R Hyman (2013), Trade unions in Western Europe: hard times, hard choices, OUP 8 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! O atual Cenário Internacional 30. Desde o início de 1980, os governos ideologicamente conduzidos nas principais economias têm buscado agressivamente o projeto neoliberal da globalização econômica, promovido pelo "Consenso de Washington". As instituições financeiras internacionais, tais como o FMI e o Banco Mundial têm impulsionado a globalização e a Organização Mundial do Comércio, a liberalização. 31. Os governos têm procurado reduzir o setor público. Eles construíram blocos econômicos regionais para promover a abertura de mercados e uma maior liberalização, com pouca preocupação com os padrões sociais. O capital tem reestruturado as indústrias para aproveitar as oportunidades que a globalização oferece para maiores lucros e menores custos trabalhistas. “Na Turquia, o número de empregados ferroviários caiu em 35% desde que a empresa ferroviária estatal foi liberalizado em 1996. Todos os funcionários do trem, incluindo maquinistas de locomotivas são agora os trabalhadores contratados.” ITF rail union report, maio de 2011 32. De país em país, os(as) trabalhadores(as) perderam proteções sociais duramente conquistadas. Eles(as) perderam centenas de milhares de postos de trabalho devido à privatização, concorrência, reestruturação e terceirização. Eles perderam a segurança de seus empregos, e em troca adquiriram trabalho precário e a flexibilidade do mesmo. “Enquanto a renda média estagnou nos países industrializados em 2012, as pessoas mais ricas do mundo tornaram-se 241 bilhões de dólares mais ricas -. Enquanto 10% da renda da população caíram em 2% ao ano, desde 2007.” (ITUC) L20 Declaração Sindical ao G20 na Reunião Conjunta dos Ministros do Trabalho e Finanças, Moscou, Rússia 18 e 19 de julho de 2013 33. Ambos os governos e capital têm visto os sindicatos como uma das principais barreiras para o projeto neoliberal, e assim os sindicatos têm estado sob ataque. Leis foram aprovadas que restringem os sindicatos de serem capazes de defender os(as) trabalhadores(as). Campanhas de mídia de direita têm sido usadas para desacreditar os(as) trabalhadores(as) e suas organizações. Globalização em crise 34. A globalização e a desregulamentação significam que os pobres perderam a riqueza e que os ricos ganharam. O livre mercado globalizado e sua cultura de especulação financeira para ganho de curto prazo, levou ao colapso virtual do sistema financeiro global em 2008. 35. Na crise econômica após 2008, os governos intervieram para reforçar os sistemas bancários e evitar um colapso econômico ainda pior, mas não conseguiram se afastar significativamente dos modelos neoliberais que realmente levaram à crise econômica. 36. Agora, nas áreas atingidas pela recessão na Europa e na América do Norte, os programas de recuperação econômica têm se concentrado na austeridade. Trabalhadores(as) comuns estão arcando com os custos. Os empregadores e os governos estão cortando pensões, bem-estar e benefícios sociais. Eles estão fazendo cortes drásticos nos serviços públicos, e diluindo normas de segurança ambiental e operacional. Eles têm corroído formação, proteção à saúde e segurança, direitos dos trabalhadores e o poder de barganha sindical. Eles geraram perdas de emprego e criaram o trabalho ocasional em grande escala, com as trabalhadoras sendo mais atingidas, junto com os jovens trabalhadores, que já foram de maneira desproporcional representados em empregos precários. “Em nível mundial, 84% das pessoas que perderam seus empregos durante a crise, não receberam segurodesemprego. Como resultado, eles são forçados a aceitar a atividade informal para sobreviver.” (ITUC) L20 Declaração Sindical ao G20 na Reunião Conjunta dos Ministros do Trabalho e Finanças, Moscou, Rússia, 18 e 19 de julho de 2013 37. O capital internacional tem usado a crise para enfraquecer o modelo socialdemocrata na Europa e para mudar o equilíbrio de poder entre capital e trabalho, derrubando as escalas do interesse público em favor do lucro privado. 38. Mesmo em partes do mundo onde a crise bateu menos forte por causa das condições econômicas específicas (incluindo políticas de proteção econômica e social na América Latina), empregadores e alguns governos ainda a têm usado como uma desculpa para atacar benefícios e direitos, privatizar e desregulamentar. 9 Os desafios continuação 39. Sindicatos dos transportes – um dos pilares fundamentais do movimento operário mundial - estão na linha de frente desses ataques. Por exemplo, estão sendo renovados os esforços para impulsionar a liberalização dos serviços, incluindo o transporte, por meio de um comércio internacional multilateral de Contrato de Serviço de longo alcance. Desafios e oportunidades para os sindicatos em transportes “Empregos, com os direitos trabalhistas, a cobertura de segurança social e de renda decente contribuem para o crescimento mais estável, e o aumento da inclusão social e da redução da pobreza.” Declaração dos Líderes do G20, Los Cabos, junho de 2012 40. No entanto, alguns governos estão reconhecendo que um mercado de trabalho que fornece o trabalho decente é o caminho para o crescimento. Outros têm reconhecido que os serviços de transporte são essenciais para o crescimento. Políticas alternativas, com base em investimentos em sistemas de transportes nacionais, já foram implementados com sucesso em algumas partes da América Latina. 41. Ao mesmo tempo, as mudanças estão ocorrendo, o que dá aos sindicatos dos transportes, a oportunidade de constituir o poder. As multinacionais têm integrado trabalhadores(as) de transportes nas cadeias de suprimentos globais/internacionais mais do que nunca. À medida que essas cadeias de abastecimento evoluem, novos pontos de estrangulamento vão surgindo, armazéns portuários, por exemplo. 42. A tendência em direção à visibilidade da cadeia de abastecimento também dá aos sindicatos dos transporte, a capacidade de ligação com os(as) trabalhadores(as) na produção e no varejo, e coletivamente alvejam a condução das empresas, que são os reais empregadores. Com alto índice de incêndios em fábricas e acidentes, a responsabilidade sócio corporativa tem sido exposta como uma fraude. Os sindicatos podem conduzir campanhas de normas aplicáveis. 43. Sindicatos de transporte podem utilizar sua influência sobre os fundos de pensão globais para criar uma nova agenda de investimentos, com base em empregos sustentáveis, que irão construir comunidades. Eles podem trabalhar por padrões justos em toda a cadeia de produção e abastecimento. Desde assuntos globais como as alterações climáticas às questões urgentes enfrentadas 10 pelo setor de transporte, tais como a ameaça à segurança representada pelas bandeiras de conveniência na aviação, há uma clara necessidade de soluções políticas globais lideradas pelos sindicatos. O ataque aos serviços públicos 44. Os serviços públicos estão na linha de frente da luta contra a liberalização e a globalização como nunca antes. Pacotes de austeridade em resposta à crise econômica global em 2008 intensificaram o ataque aos serviços públicos, incluindo os transportes públicos. “Na Europa e na América do Norte, uma história de subinvestimento significa que a infraestrutura de transporte está sendo esticada ao ponto de ruptura. Nos últimos quinze anos, o investimento em transporte terrestre foi 20% abaixo do nível de 1980.” Pesquisa da ITF 45. O setor público está passando por uma contração sem precedentes em uma época em cidades ao redor do mundo estão crescendo rapidamente. Essas cidades precisam prestar contas, de planejamento integrado da área urbana para o uso da terra, segurança pública, saúde e saneamento, proteção ambiental e sistemas de transporte de massa que sejam seguros, eficientes e acessíveis. Assim, o ataque aos serviços públicos não será apenas um ataque a serviços vitais, mais sim um ataque à prestação pública de contas, à capacidade de planejar para o bem público, em um acesso justo aos recursos, sobre o direito à mobilidade, na capacidade de suportar a economia local e de garantir a sustentabilidade ambiental. É um ataque contra a manutenção dos padrões operacionais e de segurança, e sobre o emprego decente - que são prejudicados quando os serviços públicos são operados para o lucro privado. 46. A privatização mudou o funcionamento do transporte público, quer através da participação direta ou através da compra de franquias, de empresas privadas, incluindo uma série de grandes empresas de serviços multinacionais, como a National Express e Veolia. Estas empresas não estão interessadas em operar rotas não rentáveis, nem consideram sua responsabilidade de atender às necessidades sociais mais amplas e que não sejam lucrativas. 47. Novos operadores de mercado resistem ao sindicalismo com os métodos agressivos anti-sindicais. Seus custos mais baixos minam condições em operadores(as) estabelecidos. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! 48. Entretanto, na América Latina, África e Ásia, alguns transportes públicos estão voltando a pertencer ao poder público independente daqueles que fazem a agenda das privatizações. A lógica do sistema BRT (vide 68b) dá aos sindicatos a oportunidade para dirigir estes sistemas ao poder público. “Ao melhorar alternativas para dirigir, autoridades da cidade podem tentar bloquear os benefícios de diminuir o uso do carro. Carros ocupam mais espaço por pessoa do que qualquer outra forma de transporte. Uma pista de uma rodovia pode transportar 2.500 pessoas por hora de carro, contra 5.000 em um ônibus e 50.000 em um trem.” Peter Newman and Rob Salter, Curtin University Australia Uma mudança na geografia econômica “Os mercados emergentes vão crescer 4,6 por cento em 2013, e cerca de 6 por cento entre 2015 a 2016. Em 2020, eles serão responsáveis por dois terços do crescimento econômico global. Em 2030, a China terá ultrapassado os EUA para se tornar a maior economia do mundo, e será responsável por quase um terço do PIB global.” Ernst & Young 49. O cenário econômico global está mudando. Países, regiões, força de trabalho, e até mesmo as empresas em que a nossa força sindical historicamente se desenvolveu não são necessariamente onde o crescimento econômico futuro, e a expansão da companhia do transporte empresa vai ter seu lugar. Esta mudança já começou. Entre 1980 e 2010, as economias emergentes acrescentaram 900 milhões de postos de trabalho - seis vezes mais do que as economias avançadas, no norte globalizado. Esta tendência deve continuar. Três das maiores empresas globais de terminais portuários são baseadas no leste do Canal de Suez. Em 2017, metade de todos os contêineres serão tratados na Ásia Oriental. A maior transportadora aérea em rotas internacionais é agora a Emirates. A participação no mercado das companhias aéreas fora da Europa e da América do Norte deverá aumentar de 30% em 1992, para 58% em 2032. 50. A crise econômica acelerou uma mudança fundamental na localização do poder econômico do oeste para o leste, ao lado do surgimento das economias dinâmicas do Brasil, China, Índia e Rússia. O rápido desenvolvimento da indústria do transporte e infraestrutura da Índia são vistos como a chave para o crescimento econômico contínuo. Alguns países ricos do Golfo intensificaram seus movimentos para competir nos mercados globais fracos especialmente com as companhias aéreas e de logística e não se preocupam com o trabalho e os direitos humanos. As projeções para a aviação civil preveem um crescimento explosivo no sul da Ásia e China. 51. A China continua a ser o gigante com o mais rápido crescimento econômico do mundo, fazendo com que cada vez se torne mais urgente o desafio de desenvolver estratégias para apoiar os direitos trabalhistas e representação no país, que é o maior beneficiário de uma economia globalizada. No entanto, uma nova dinâmica entre os(as) trabalhadores(as), sindicatos oficiais e governos exigem uma resposta do movimento sindical internacional. “A boa notícia é que, na cidade portuária chinesa ao nordeste de Yantai, existem trabalhadores(as) dispostos a lutar por dois anos por seu direito de formar seu próprio sindicato que vai lutar por seus direitos. A má notícia é que esta luta teve um custo pesado sobre ativistas sindicais, pelo menos, sete dos quais foram demitidos por causa de sua atividade sindical, como parte de um sindicato persistente e ilegal, golpeando a campanha pela empresa. A empresa em questão é a Ole Wolff (Yantai) Electronics Ltd, uma empresa de Hong Kong e de copropriedade dinamarquesa.” China Labour News 52. As economias africanas têm crescido em 5,1% desde 2001, um grande aumento de décadas anteriores. As relações econômicas da África também estão mudando rapidamente. China e outras grandes economias emergentes estão investindo de maneira pesada em recursos naturais da África, incluindo os recursos do petróleo e do gás inexplorados em campos offshore. O setor da aviação da África poderia estar pronto para um crescimento elevado, mas companhias estrangeiras ameaçam capitalizar este à frente das operadoras africanas. Novos blocos econômicos regionais, como o ECOWAS (Economic Community of West African States), em Português, chama-se CEDEAO (Comunidade Econômica dos Países do Oeste da África). Estes blocos estão se tornando cada vez mais importantes, e estão dirigindo o investimento em infraestrutura do transporte, como corredores rodoviários regionais. Sustentabilidade 53. Os países mais pobres do mundo estão se tornando cada vez mais vulneráveis à mudança climática, cujos impactos 11 Os desafios continuação são vistos na agricultura, alimentos, segurança, recursos hídricos, clima, saúde, ecossistemas e infraestrutura, incluindo a infraestrutura dos transportes. Qualquer reestruturação da energia vai requerer maiores mudanças no caminho que a indústria dos transportes utiliza: o combustível fóssil. mais concentrado, seja dentre alianças aéreas ou marítimas, ou com o surgimento de provedores multinacionais de transporte urbano, operadores portuários globais ou as gigantes empresas de logística multimodais. Multinacionais “O Instituto de Responsabilidade Climática nãogovernamental que investigou empresas tinham extraído os combustíveis à base de carbono que têm impulsionado as mudanças climáticas. De acordo com o relatório, 90 entidades internacionais emitiram 914 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente [...] nos últimos 259 anos. As piores são as companhias petrolíferas, com a Chevron no topo da lista, com 3,5% de todas as emissões históricas. Apenas sete dos 90 não funcionam nos setores de carvão, petróleo e gás.” Mail & Guardian, 29 de novembro de 2013 54. Implementar "a redução, a mudança e a melhoria" da iniciativa da ITF, será um grande desafio. No entanto, a transição energética para um nível limpo, com base em energias renováveis, o sistema de baixa emissão de carbono, que atenda as principais prioridades sociais e ambientais não vai acontecer sem uma mudança no poder para com os(as) trabalhadores(as), comunidades e o público. Sistemas responsáveis do setor público são necessários, se quisermos ter sistemas de energia sustentável no futuro. Impacto da privatização e liberalização 55. A globalização abriu um número crescente de países e de seus serviços públicos, incluindo o transporte para o investimento estrangeiro. Muitos países competem entre si para se tornar o local de centros estratégicos regionais ou globais. Alguns governos oferecem severas limitações às liberdades sindicais, como parte de sua proposta com a finalidade de atrair investimentos de multinacionais. 56. As empresas, por outro lado, competem entre si para adquirir grandes quantidades de capital necessárias para aproveitar essas oportunidades de lucro. Para isso, muitas delas se voltaram para grandes investidores institucionais, tais como fundos de pensão. 57. O Transporte, por si só, já foi sujeito às forças da privatização e à liberalização dos ônibus locais, às ferrovias nacionais, às companhias aéreas transportadoras que usam bandeira e às frotas mercantes. O Transporte se tornou mais globalizado e 12 58. Tal como acontece com outras indústrias, o transporte continua a ver um domínio cada vez maior de empresas multinacionais, assumindo as operações de transporte anteriormente detidas por empresas nacionais ou públicas. As multinacionais, às vezes, pretendem defender normas fundamentais do trabalho, mas os seus padrões e mecanismos voluntários de responsabilidade social corporativa são raramente mais do que cosméticos, e raramente cobrem operações subcontratadas. Mesmo onde as empresas assinam Acordos Internacionais chamados IFAs, elas podem aplicar padrões diferentes, dependendo do país em que operam. A mesma empresa pode ter boas relações industriais e práticas de trabalho em um país - muitas vezes no país de origem -, mas ao mesmo tempo, ser anti-sindical, e violar as normas de trabalho em outros lugares. Os sindicatos da ITF, em tais empresas, tiveram ganhos significativos, trabalhando em conjunto para expor padrões duplos, e vencer lutas sindicais; mais trabalho pode ser feito neste campo para constituir a força, aumentar a influência e entregar benefícios para todos(as). “Depois de uma longa luta, agora temos o aviso de negociação coletiva de competência do Ministério do Trabalho e da Segurança Social para a DHL Turquia. Esta vitória não é apenas a vitória do TUMTIS, mas é a vitória da luta coletiva e de solidariedade internacional.” Kenan Ozturk, TUMTIS A governança global 59. A preocupação com o poder das empresas multinacionais tem levado a uma série de tentativas de regulamentação internacional de códigos de conduta, tais como as orientações da OCDE (The Organisation for Economic Cooperation and Development), ou seja, Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento. Governos são abordados através de Convenções Internacionais assinadas pelos governos na Organização Internacional do Trabalho (OIT). 60. No transporte marítimo e da aviação civil, uma ampla gama de padrões operacionais internacionais importantes 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! é definida pela Organização Marítima Internacional (OMI) e pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). Estas normas operacionais devem ser acompanhadas de normas trabalhistas que impedem as empresas de transporte e de aviação de usarem a mobilidade internacional de local de trabalho para evitar a regulamentação das condições de trabalho e dos direitos dos(as) trabalhadores(as). A entrada em vigor da Convenção do Trabalho Marítimo da OIT (MLC 2006) foi uma grande conquista para os sindicatos de gente de mar da ITF nesta direção, e trabalhadores dos transportes podem argumentar para obter padrões semelhantes em outros meios de transporte. 61. Agora, no despertar da crise, nunca ficou tão claro que se faz necessário um quadro regulamentar internacional. É claro que há um vácuo de governança. Problemas globais urgentes que não estão sendo tratados. As necessidades básicas não são atendidas e as políticas globais de justa produção de alimentos, distribuição e fornecimento são ignorados. Os setores dos transportes verdes do futuro estão tendo investimento negado. Neste ambiente, os sindicatos de transporte podem forçar a questão e ganhar um acordo justo para os(as) trabalhadores(as). 62. Grupos de campanhas preocupados com o meio-ambiente e com a pobreza global, e mais recentemente, com a evasão fiscal das empresas, incluindo o uso de paraísos fiscais1. Também montaram uma série de ataques, incluindo boicotes de consumidores, em corporações globais. Os sindicatos dos transportes podem se juntar às campanhas de movimentos sociais, e pressionar para que o transporte seja incluído em iniciativas de um comércio justo e de campanhas ambientais, e eles podem se juntar às campanhas por justiça fiscal e por um imposto sobre transações financeiras. Transporte: o eixo central da economia global 63. Os Transportes ocupam um lugar estratégico no projeto de globalização econômica. As empresas podem fornecer componentes e peças ao longo das cadeias de abastecimento que se estendem por todo o mundo; alocar processos de fabricação em vários países, e distribuir para os armazéns e centros comerciais do outro lado do mundo. As corporações globais têm sido incessantemente procuradas para tornar esse processo cada vez mais rápido e mais barato. De contêineres às aeronaves super-jumbo, processos operacionais, veículos e equipamentos tornaram-se cada vez mais padronizados e globalizados e, se são guindastes computadorizados ou 1 Submissão de FGTE-CFDT, França; moção retirada trens sem condutor, cada vez mais automatizados. Enquanto isso, a pressão sobre os motoristas e os(as) trabalhadores(as) do armazém que são punidos pelos prazos de entrega que se tornaram muito intensificados. 64. O verdadeiro empregador para trabalhadores dos transportes está agora mais ao longo da cadeia de abastecimento. As necessidades de logística de manufatura e de empresas do varejo tornaram-se as principais forças motrizes da mudança na indústria de transporte de mercadorias. Normas de trabalho e as condições de trabalho e de vida dos trabalhadores em transportes são cada vez mais determinadas pelas “empresas condutoras” na produção global e do varejo. Os sindicatos estão sendo retirados das tomadas de decisão, o que compromete a sua capacidade de negociar diretamente com os operadores dos transportes. Bernie Sanders, um independente que prévias com os democratas, tuitou uma estatística surpreendente para seus seguidores em 22 de julho de 2012: “Hoje, a família Walton do Walmart possui mais riqueza do que os 40% da América.” 65. No entanto, os sindicatos podem utilizar produtos bem conhecidos para construir a alavanca da cadeia de suprimentos, por exemplo, atum em conserva, que nos EUA é o terceiro produto mais importante para trazer os clientes em supermercados. Novas normas para a visibilidade da cadeia de suprimentos significa que as mercadorias podem ser rastreadas por todo o caminho ao longo da cadeia, a partir de navios de pesca, fábricas de conservas, as operações de transporte e varejistas. 66. Os sindicatos do transporte, produção e setores de varejo podem aproveitar esta informação, influenciar seu poder coletivo, e colocar pressão sobre os varejistas globais para padrões largos da cadeia de suprimentos. Eles podem implantar os poderosos argumentos em torno da segurança, trabalho decente e os custos externos do transporte para ganhar campanhas públicas. Algumas tendências-chave 67. A globalização tem produzido mudanças específicas e, ao mesmo tempo, as mudanças específicas do setor estão ocorrendo em diferentes setores dos transportes. 13 Os desafios continuação Uma indústria em mudança 68. Alguns indicadores de mudança em todos os setores dos transportes estão listados abaixo. Cada uma destas áreas de mudança apresenta oportunidades, bem como desafios: a.Companhias aéreas de tarifa baixa estão liderando uma corrida para o fundo, competindo com as companhias aéreas estabelecidas, e até de outros meios de transporte, como o ferroviário. Mas os altos preços dos combustíveis e a mitigação/o alívio da mudança climática significa que trilho está fazendo um retorno. “As operadoras de baixo custo têm levado uma parte crescente do bolo, e agora, são responsáveis por mais de 45% do tráfego interno da União Europeia.” Matthew Baldwin, Diretor de aviação e das Relações Internacionais do Transporte, Comissão Europeia, da ECAC NEWS, junho de 2013 “Na Índia, mais de 70% das ações do mercado é de baixo custo.” Factiva b.Os governos estão lançando os complexos sistemas ônibus BRT (Bus Rapid Transit). O Banco Mundial está dirigindo o BRT como um substituto para sistemas ferroviários urbanos tradicionais. Embora este desenvolvimento venha com uma agenda de privatizações forte, o BRT também cria oportunidades de organização de sindicatos de transporte. A sua introdução resultou em governos sendo forçados a ter um papel maior em termos de financiamento e de gestão do sistema. A introdução dos sistemas de ônibus BRT em megacidades, como Cidade do México e Lagos requer um papel importante do setor público. c. Algumas redes ferroviárias nacionais estão sendo destinados à enorme investimento futuro, especialmente nas economias emergentes. Novos sistemas ferroviários internacionais estão emergindo. Por exemplo, a Rede Ferroviária Trans-asiática planeja ligar 80.000 km de trilhos entre a Europa e Sudeste da Ásia em 2025. d.A integração contínua dos diferentes meios de transporte nas cadeias de abastecimento é uma tendência-chave. Na Índia, há uma crescente pressão para usar redes ferroviárias para carga. O transporte ferroviário de mercadorias na Índia cresceu 15% ao ano desde 1991, colocando grande pressão sobre a rede. e.Uma nova geração de navios ultra largos que transportam contêineres, se tornará a pedra angular 14 2 das frotas de linha de transporte. Somente portos com locais de atracação mais profundos, guindastes mais rápidos e os sistemas mais automatizados serão capazes de lidar com eles. Os impactos de ruptura nesses portos serão muito amplificados. “Os portos de Los Angeles e de Long Beach juntos vão gastar este ano mais de US$ 1 bilhão para os canais mais profundos, guindastes mais altos, automação dos terminais, conectores intermodais e melhorias ambientais, e a parte recorde dos gastos está sendo direcionada aos maiores navios.” Journal of Commerce 25 de outubro de 2013 f. Devido aos novos projetos, a capacidade de contêiner portuário global está estimada em um aumento de 5% ao ano para os próximos quatro anos. Estes novos portos frequentemente tomam o tráfego além dos portos mais antigos estabelecidos onde os sindicatos são fortes. A automação terá um efeito fundamental sobre a indústria (ver parágrafo 70 abaixo). Para os portos, logística e prestação de serviços de armazenagem está se tornando um ponto-chave de competição. Os serviços de armazenagem estão a se mudando para as áreas portuárias. Existem grandes oportunidades para estivadores e trabalhadores de armazenagem construírem laços mais estreitos e obterem mais poder na indústria. g.O surgimento de novas tecnologias também poderia mudar a equação para os(as) trabalhadores(as) do setor de logística. Compras on-line estão crescendo, especialmente na região da Ásia-Pacífico, com grandes implicações para o transporte. Empresa como a Amazon colocou instalações perto de grandes centros urbanos em todo o mundo, e está experimentando cadeia interna de abastecimento e de sistemas de logística, em vez de empresas de entregas globais2. Nova tecnologia permite que as partes do processo de fabricação sejam feitas muito mais perto do consumidor, e com empresas de logística, tais como UPS já entrando no mercado de impressão 3-D, que poderíamos estar vendo os primeiros dias de uma importante e nova categoria de trabalhador(a) no setor de logística. h.Durante a próxima década, as reservas de Gás Natural na Austrália, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Indonésia representarão uma proporção crescente de fornecimento de GNV mundialmente. Ao mesmo tempo, a demanda por GNV da região Ásia-Pacífico está aumentando drasticamente. Isto representa uma concentração significativa de tanto a oferta quanto a demanda por GNV na região Ásia-Pacífico. Essas Submissão pelo sindicato International Brotherhood of Teamsters, Estados Unidos da América; moção retirada 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! dinâmicas representam um desafio para uma oportunidade para o poder da ITF nesta região, e nesta indústria estratégica. i. Uma das áreas de alta densidade e atividade sindical é o projeto multibilionário da Chevron no noroeste da Austrália, um dos maiores projetos de GNV no mundo, onde a Chevron está tentando retirar a sindicalização das operações marítimas. A ITF está empenhada em trabalhar com seus filiados e com os membros da Chevron e outras FSIs para construir uma campanha de solidariedade e traçar o comportamento da Chevron para a mais ampla atenção da indústria e comunidade. A ITF se comprometeu com apoio e recurso a fim de construir uma campanha de solidariedade global para defender a presença sindical, os direitos e densidade sindical e normas de trabalho nos projetos de GNV da Chevron e de outros projetos da GNV na região Ásia-Pacífico3. 71. Os(as) trabalhadores(as) de armazéns e caminhoneiros(as) também lidam com tecnologias invasivas. Nos novos e gigantes centros de distribuição, os trabalhadores têm de andar cerca de 24 km por turno, com cada passo monitorado por GPS. Motoristas que fazem entregas têm as suas rotas mapeadas por computadores, com penalidades caso tomem o caminho errado. Esta nova união da tecnologia e da vigilância leva a microgestão a níveis punitivos, e terá consequências graves para a saúde e os níveis de estresse dos trabalhadores. 72. Pode ser difícil resistir à introdução de novas tecnologias, mas os sindicatos podem insistir que o processo envolve consulta do sindicato, não só para evitar consequências negativas para os(as) trabalhadores(as) e assegurar a transição justa, mas também para salvaguardar a sua capacidade de organização e de negociação neste novo meio-ambiente, e para conseguir melhores condições no futuro. Automação Terceirização 69. A automação está entrando em muitas partes diferentes do setor dos transportes. Os novos sistemas de transporte de massa estão cada vez mais altamente automatizados, não a fim de proporcionarem um melhor serviço aos passageiros, mas para reduzirem os custos de pessoal e aumentar os lucros. Trens sem condutor e estações sem equipe de venda de bilhete não são apenas para se livrar de postos de trabalho. Eles fazem menos viagens seguras e menos acessíveis para os mais vulneráveis, e em particular para as mulheres. A redução de pessoal nos sistemas de transporte público sob crescente tensão, deixa a equipe vulnerável ao ataque. 70. Os portos, cada vez mais estão ampliando a visão para automatizar como uma forma de reduzir os custos, particularmente os custos do trabalho, e para melhorar sua vantagem competitiva no mercado global. Operadores citam a segurança, desempenho, capacidade, velocidade e flexibilidade como objetivos fundamentais do esforço para automatizar. Equipamentos de movimentação de contêineres sem operador (Robotic) já estão em uso em muitos portos ao redor do mundo. Fabricantes de tecnologia estão cada vez mais oferecendo soluções para outros aspectos de operações portuárias, desde a segurança para rastreamento de contêineres, sensores e pesagem. Onde já foi introduzida automação, significou menos empregos, e uma lacuna entre as competências da força de trabalho existente, e o necessário para os novos postos de trabalho de alta tecnologia. 3 Submissão pelo sindicato Maritime Union of Australia (MUA); moção retirada “Estima-se que mais de 80% das empresas globais agora terceirizam algumas ou todas as suas atividades de logística.” The Logistics Bureau 73. A fragmentação e a terceirização têm retirado os(as) trabalhadores(as) da proteção dos sindicatos, e reduziram as suas condições. A terceirização tem sido uma abertura através da qual a precariedade e a agências de trabalho têm ido para o transporte. Das operações das companhias aéreas à manutenção das vias férreas, isto introduziu o setor privado para o transporte público, mesmo quando as operações fundamentais permaneceram em mãos públicas. As ferrovias, quando muitas vezes ainda pertencem ao Estado, estão se tornando conchas ocas nas quais as operações de carga têm sido transferidas, pista e infraestrutura pertencem a outra empresa; catering, limpeza e manutenção estão nas mãos de um outro conjunto de prestadores de serviços. Os sindicatos utilizados para barganhar o reconhecimento têm frequentemente fracassado ao garantir que as operações terceirizadas sejam sindicalizadas. Trabalho precário 74. O crescente poder dos grandes produtores e varejistas globais, e seu dimensionamento à "eficiência" e à redução de custos, têm impactado sobre a qualidade do emprego nos vários serviços que utilizam. Nos transportes, isso criou o trabalho precário e a insegurança dos postos de trabalho. 15 Os desafios continuação “74% de todos os filiados da ITF em países de baixa renda têm notado um aumento no número de trabalhadores informais em seus países.” Trabalho Precário e Trabalho Decente no Setor do Transporte: Relatório da ITF sobre estudo de linha de base, fevereiro de 2013 75. Em muitos países, a privatização dos serviços de ônibus municipais acessíveis levou à sua substituição por tipos informais de transporte: serviços de micro-ônibus, Jeepneys (um tipo de jipe), serviços de triciclo geridos pelos pequenos operadores com pouco capital, e que empregam um ou dois outros motoristas. Estas operações têm poucos ou nenhum padrão operacional ou de emprego, e são frequentemente inseguros, particularmente para as mulheres que utilizam estes tipos de transportes. No entanto, eles são uma fonte de subsistência precária para milhares de motoristas que trabalham longas horas por salários baixos, sem benefícios sociais e sem segurança no emprego. Esta é uma força de trabalho que cresce cada vez mais e que é notoriamente difícil de sindicalizar. Embora alguns sindicatos tenham mostrado que é possível sindicalizar entre trabalhadores precários e informais – alguns casos em grande número - e que se apresenta aos sindicatos como um grande desafio. 76. Os táxis legalizados também estão se tornando nãolegalizados (informais) em muitas cidades, um processo que ameaça lançá-los nos mesmos níveis de insegurança e de falta de garantias operacionais como outras formas de trabalho transporte informal. 77. O envolvimento dos jovens nos sindicatos parece ter declinado em muitos países. Os sindicatos precisam mostrar-lhes a relevância dos(das) jovens trabalhadores(as).Os empregadores estão apresentando aos jovens trabalhadores um novo mundo de empregos precários, como se eles pudessem obtê-lo. “O fato de que mais de 40% dos desempregados, quase 75 milhões, são jovens com menos de 25 anos, é igualmente alarmante. As taxas de desemprego de jovens de 56% na Espanha e de 38% em Portugal. A Itália reflete a extensão devastadora da crise. Na União Europeia, eles vão se manter acima de 17% até 2015, segundo a Organização Internacional do Trabalho OIT.” (ITUC) L20 Declaração Sindical para a Reunião dos Ministros das Finanças e do Trabalho do G20, Moscou, Rússia, 18 e 19 de julho de 2013 16 Dumping Social “O pagamento do Motorista de caminhão "é algo que todos nós temos que vir a enfrentar", disse Presidente Nacional Schneider e o CEO Christopher B. Lofgren em 18 de setembro na Conferência JOC de Distribuição Interior em Kansas City. " Os motoristas hoje estão fazendo o que eles faziam em 2005. Há uma enorme disparidade entre os salários dos motoristas e outros salários.” Journal of Commerce (JOC), 24 de outubro de 2013 78. A globalização tem prosperado na capacidade dos empregadores fornecerem trabalho em todo o mundo, e os operadores de transporte não são exceção. Na Europa, os empregadores estão tentando reinterpretar as regras da UE a fim de se tornarem representantes do dumping social. Outros blocos econômicos sub-regionais estão buscando políticas baseadas na liberalização econômica. Há estados que permitem às empresas estrangeiras evadir a regulamentação, permitindo-lhes registrar suas empresas "offshore". 79. Não pode haver melhor demonstração da crueldade deste processo de "dumping social" do que a situação da Gente de Mar que trabalha sob bandeiras de conveniência (FOCs). Um terço de transporte de carga do mundo está registrado sob FOCs, permitindo aos proprietários de embarcações se esquivarem de suas próprias leis nacionais de emprego e de segurança. Um sistema semelhante foi lentamente se espalhando à longa distância do transporte rodoviário por caminhões e em direção das companhias aéreas. 80. As companhias aéreas também na mesma prática falha da indústria naval, o uso da agência de trabalho móvel em nível mundial. As companhias aéreas na região nórdica estão começando a empregar o pessoal da agência baseada em locais de salários mais baixos na Europa e Ásia, a fim de cortar os custos trabalhistas nacionais. As transportadoras aéreas de baixo custo têm tentado concorrer a serviços contra os serviços ferroviários em dificuldades e as transportadoras aéreas mais estabelecidas. Em um esforço para reduzir drasticamente os custos operacionais, essas operadoras estão começando a selecionar registros de aeronaves que maximizem a sua capacidade de fornecer trabalho de todo o mundo, reduzir condições, limitando os direitos dos trabalhadores, e impedindo a entrada dos sindicatos. O pior é que foram preparadas para ameaçar a segurança operacional. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! A mudança da força de trabalho “Conseguimos sindicalizar trabalhadores do aeroporto autônomos tais como porteiros, e os trabalhadores empregados por subcontratadas que forneçam combustível .... Eu sei que muitos desses trabalhadores querem se sindicalizar, mas não sabem como fazê-lo.” Membro do SUMAC de Burkina Faso faz citação sobre o trabalho precário e o trabalho decente na indústria do transporte: Relatório de estudo da base de dados da ITF, fevereiro de 2013 81. A força de trabalho também está passando por mudanças como as fronteiras do transporte expandem para além do que são considerados como os trabalhos do transporte, que os homens têm tradicionalmente ocupado. Um número significativo de mulheres está ocupando os postos de trabalho oferecidos na cadeia de abastecimento, principalmente na área de logística, centros tecnológicos e os eixos administrativos. A segregação ocupacional tradicional também está sendo contestada, com um número crescente de mulheres que atingem as áreas de trabalho tradicionalmente ocupadas por homens, tornando-se condutoras de trem e de ônibus, oficiais do navio e inspetoras. As mulheres podem estar prestes a entrarem no setor condução dos caminhões em números muito maiores. Da Austrália à Índia, à África do Sul e ao Reino Unido, a indústria de caminhões está enfrentando uma escassez extrema de competências. 82. Novos setores também estão crescendo rapidamente para apoiar as atividades de transporte. Aeroportos e operadoras terrestres empregam 2,2 milhões de trabalhadores(as), mas há 5,4 milhões de trabalhadores(as) que são operadores(as) aeroportuários(as) e serviços no local de varejo do aeroporto e da segurança. Os aeroportos já confiaram em suas operações de varejo como a sua mais importante fonte de lucro. É fundamental que os(as) trabalhadores(as) em postos de trabalho de aviação tradicionais formem fortes laços com esta grande força de trabalho emergente. 83. Os postos de trabalho que a maioria das mulheres geralmente ocupa têm sido alvo mais rapidamente em redundâncias. Da mesma forma, muitos empregadores, particularmente na Europa, usaram a crise atual para apresentar os jovens trabalhadores a um novo mundo sombrio de emprego permanentemente precário. Enquanto as mulheres representam apenas 1 em cada 7 trabalhadores no setor dos transportes em nível mundial, 4 Estudo da ITF (Departamento de Mulheres) três quartos das perdas líquidas de emprego no setor dos transportes entre 2008 e 2011 foram os empregos das mulheres4. 84. O enorme crescimento das cidades, na maioria dos países em desenvolvimento, no momento em que menos dinheiro é gasto em serviços públicos, tem levado a uma grande aglomeração de operações do transporte informal. Em muitos portos modernos, os mais modernos pórticos de carga computadorizados são usados juntamente com músculo humano em um sistema brutal de trabalho informal em que os trabalhadores são pagos pelo número de sacos que podem levantar. Estes trabalhadores são quase sempre deixados de fora dos sindicatos. 85. Em muitos casos, os sindicatos não se adaptaram às mudanças no perfil demográfico do empregado de uma forma que atrai os jovens e não-tradicionais trabalhadores a se filiarem. 86. As conquistas da ITF, ao longo dos últimos 20 anos, incluem uma mobilização significativa das mulheres trabalhadoras em transportes e da representação e liderança em todos os níveis, o que tem sido uma diferença real. Apesar deste progresso, muitos sindicatos ainda parecem ter ignorado o papel crescente das mulheres no transporte e em muitos filiados à ITF, em cargos de influência, que muitas vezes parecem estar fora do alcance das mulheres. 87. Um enorme número de sindicatos, especialmente em países em desenvolvimento estão vendo a necessidade de sindicalizar os trabalhadores que operam transportes informais, trazendo-os como autônomos ou como membros de uma associação existente de trabalhadores informais dos transportes. Estas soluções frequentemente significam que os sindicatos estão modernizando suas estruturas e cultura para incluir os trabalhadores informais e construir filiação e poder. “A OIT estima que 600 milhões de empregos na próxima década são necessários para reduzir o desemprego em níveis pré-crise, e criar novos postos de trabalho para aqueles que entram na força de trabalho. A este respeito, a situação econômica global e as políticas atuais estão fora do curso e têm de ser ajustadas rapidamente.” (ITUC) Declaração dos sindicatos aos Ministros do Trabalho e das Finanças do G20 em Moscou, na Rússia, de 18 a 19 de julho de 2013 17 Os desafios continuação O estado dos sindicatos trabalho global cresceu 12,6%. Nos Estados Unidos, a densidade sindical é agora apenas de 11%, metade do percentual de 30 anos atrás. Declínio na filiação “Em uma tentativa de manter a sua posição, os sindicatos na Holanda estão procurando diferentes maneiras de atrair novos membros. Os dois sindicatos, De Unie e CNV Dienstenbond, criaram uma internet limiar de baixo custo. No início, como uma alternativa à adesão convencional, a federação sindical holandesa FNV introduziu uma opção muito mais barata no formulário de 'doador' no hotel, restaurante e catering indústria.” Eurofound 88. A filiação sindical está em declínio total. Globalmente, apenas 7 em cada 100 trabalhadores do setor formal são membros de sindicatos independentes. 89. Em muitos países, a adesão está em declínio acentuado. Este é particularmente o caso dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), da qual alguns dos sindicatos mais poderosos do mundo se originam. Na Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, a sindicalização caiu em pelo menos 10% desde 2000. No geral, 19 países da OCDE têm experimentado uma queda na filiação sindical desde 2000. 90. Ao mesmo tempo, os sindicatos de outros países estão mostrando um aumento. Na Índia, a filiação sindical cresceu em um terço desde 2000, de 24 milhões para cerca de 36 milhões de membros. A Índia hoje tem o maior movimento de sindicatos independentes do mundo. Os sindicatos no Brasil cresceram de 13 milhões para 17 milhões de membros em relação ao mesmo período. A filiação sindical em pelo menos 36 países subiu desde 2000. Muitos desses países estão no hemisfério sul. 91. É uma boa notícia que muitos trabalhadores novos estejam aderindo aos sindicatos, especialmente em regiões como a Ásia e a América Latina, que serão as potências econômicas do futuro. A filiação das mulheres na ITF tem aumentado significativa e especialmente em novos papéis estratégicos de transporte. 92. Mas a filiação sindical não está crescendo tão rápido quanto a força de trabalho como um todo. A densidade sindical, a proporção de membros dos sindicatos em relação à população ativa total caiu. A sindicalização global cresceu 2% de 2000 a 2010, mas a força de 18 93. Sindicatos em países como Brasil e Índia, e em muitas outras economias emergentes, estão experimentando um crescimento dinâmico no número de membros. Globalmente, no entanto, o movimento sindical precisa crescer muito mais rapidamente para reconstruir o seu poder e influência. É fundamental que os sindicatos de diferentes países reúnam as suas forças para mudarem a equação do poder global. Sindicatos sob ataque 94. O declínio da filiação é dinamicamente ligado ao poder e aos direitos sindicais. Alguns governos e as empresas continuam a atacar os sindicatos, e os ataques são piores, e certamente mais eficientes, onde os sindicatos são mais fracos. A construção do poder sindical é a resposta mais eficaz. “A escala deste ataque coordenado sobre os(as) trabalhadores(as) não tem precedentes. Temos visto nada assim desde que o movimento sindical lutou e ganhou o direito para os trabalhadores aderirem a um sindicato e a um acordo coletivo. A ITUC-CSI traçou uma linha na areia. Esta tentativa flagrante e injustificada para retirar direitos básicos dos(as) trabalhadores(as) não pode mais ir adiante e deve ser revertida.” Sharan Burrow, Secretária Geral da ITUC-CSI 95. Nos governos dos países do Golfo, os sindicatos são proibidos por sua vantagem competitiva. Suas companhias aéreas e seus aeroportos têm equipes com um grande número de trabalhadores migrantes com contratos temporários e com poucos direitos trabalhistas. Os Emirados Árabes Unidos se introduzem no mercado de forma agressiva, patrocinando eventos esportivos de alto nível, incluindo a Copa do Mundo em 2022. As empresas aéreas Emirates, Etihad e a Qatar Airways estão oferecendo rotas em todo o mundo, e ameaçando deixar muitas operadoras nacionais na África, Europa, Oriente Médio e Ásia fora do negócio. Dubai é hoje um dos maiores centros de logística do mundo e a DP World é uma das quatro operadoras de terminais de rede global de ponta. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! “Se vocês não tivessem sindicatos, vocês não teriam problema de falta de trabalho no oeste do planeta. Isto é causado pelos sindicatos que tornam as empresas e as instituições sem competitividade e as levam a serem ineficientes.” Akbar Al-Bakr, CEO da Qatar Airways “As tripulantes de cabine no mundo são livres para se casarem, e tipicamente serão transferidas a atividades terrestres enquanto estiverem grávidas. Os candidatos a emprego na Qatar Airways ficarão surpresos em aprender que o Sr. Baker acabará por ter uma maior influência sobre o seu planejamento familiar do que qualquer futura esposa.” The Economist, “Casado com o Trabalho”, 11 de outubro de 2013 96. Na Palestina – Cisjordânia e Gaza – o estrangulamento econômico e o conservadorismo do Hamas têm tornado a existência dos sindicatos ser difícil e vital. 97. Europa, Estados Unidos, Austrália e outras economias desenvolvidas estão sendo usadas para instigar a crise econômica para uma parcela de leis, tirando os direitos sindicais e proteções sociais. 98. Em países como a Guatemala, Colômbia, Honduras e Filipinas, onde a democracia é minada pela corrupção, e ofuscada por poderosos clãs políticos e seus esquadrões da morte, os ativistas sindicais ainda são assassinados, e "desapareceram" com impunidade. “As violações chegaram a um alto nível de sofisticação, que vão desde o tradicional assédio, ameaças, abuso físico, demissões anti-sindicais, a rejeição de negociação coletiva, a interferência na vida sindical, assassinatos, e até mesmo a criação de hoje" sindicatos de conveniência "para assinar falso, mas legalmente aceitos, acordos coletivos.” Conferência Regional da ITF Americas em 2013 99. A imprevisibilidade de muitas violações de direitos trabalhistas significa que muitas ações de apoio e de solidariedade são reativas. Há uma série de países, no entanto, onde temos filiados ativos que operam sob as empresas repressivas, onde as violações de direitos não são difíceis de prever. 100. Os Direitos fundamentais das mulheres estão sob ataque, e muitos trabalhadores dos transportes têm de lidar com o risco de assédio sexual e de violência de gênero no local de trabalho e nas comunidades. Cada filiado da ITF existe em uma sociedade onde as mulheres sofrem violência, muitas vezes, com consequências terríveis. É nossa responsabilidade que cada trabalhadora em transporte mulher possa ser parte de uma luta para a mudança. A violência contra as mulheres é uma questão sindical e os sindicatos podem e fazem a diferença. Solidariedade 101. Muitas ações de solidariedade exigem pouco mais que uma carta de protesto a uma empresa ou governo. Algumas disputas envolvem violações graves dos direitos sindicais que exigem um nível mais elevado e resposta mais sustentada. Outros são de importância estratégica para a família ITF. Seja qual for o caso, a solidariedade sindical internacional é o coração da existência da ITF. Cumprir com uma participação mais ampla e solidariedade mais eficaz da ITF, é um imperativo. 102. As redes de solidariedade da ITF são essencialmente baseadas na seção. Isto fornece conexões fortes e uma afinidade entre aqueles em disputa e aqueles que os apoiam. A ITF precisa de estratégias para examinar o quanto de energia e influência que temos de atravessar em todos os agrupamentos industriais do núcleo. 103. Determinadas campanhas e disputas têm sido importantes para construir para fora de nossas bases industriais para ampliar a base de apoio. Embora nunca um substituto para o ativismo e envolvimento, o crescimento do ativismo digital é uma oportunidade para ampliar o suporte às campanhas sindicais da ITF, e para exercer pressão sobre os empregadores e governos. As ferramentas digitais dão aos sindicatos maneiras rápidas e fáceis para apoiar as causas da ITF e comunicarem membros durante os conflitos fundamentais. 104. Igualmente importantes são as estruturas do comitê de coordenação nacional que podem construir a solidariedade diretamente com os membros em nível nacional e contribuir para a força da campanha regional e sub-regional. Mantendo-se atualizado sobre as mudanças 105. A ITF mudou. Juntos, os sindicatos da ITF começaram a se adaptar às novas realidades. Eles têm trabalhado com o propósito de sindicalizarem em áreas de terceirizados, novas empresas que chegarão e multinacionais alvo. Eles elegeram mulheres líderes e trabalhadoras do transporte que realmente moldam a reconstrução de seus sindicatos e locais de trabalho. Eles começaram a trabalhar com jovens 19 Os desafios continuação trabalhadores dos transportes. Eles elegeram mulheres líderes. Eles reconheceram o perigo de sindicatos únicos de empresa, mudaram suas estruturas, e formaram comitês nacionais de coordenação para trabalharem juntos e construir a força. “Doze sindicatos da ITF conseguiram adaptar com sucesso seus estatutos para atender às mudanças, cinco fusões sindicais foram concluídas, e outras estão em andamento. 2 sindicatos reformaram sua liderança e 11 novos sindicatos surgiram em setores anteriormente não sindicalizados.” Conferência Regional da ITF Americas - 2013 106. A estratégia futura da ITF deve ser em duas vertentes. Em primeiro lugar, precisamos multiplicar esses exemplos. A ITF vai construir e fortalecer estas áreas-chave. Em segundo lugar, a ITF tem de assumir novos desafios. Isto significa a braços com a natureza multimodal de logística, e como isso, afeta a estrutura e os métodos do sindicato. Significa, também, sindicalizar e representar os(as) trabalhadores(as) informais e precários(as). 20 Reconhecendo nossas forças “Os sindicatos aumentaram os salários dos trabalhadores sindicalizados cerca de 20% e aumentaram a remuneração, incluindo os salários e benefícios, por cerca de 28%.” Mishel and Walters, “Como os sindicatos ajudam todos(as) os(as) trabalhadores(as) 107. Finalmente, não devemos nos esquecer de nossos pontos fortes. Porque os sindicatos fazem a diferença, o movimento sindical global é alicerçado e bem apoiado. A força de trabalho global sindicalizado é de mais de 200 milhões (40% de mulheres); suas contribuições coletivas podem ser implantadas para mudança crítica e considerável. 108. Os sindicatos têm relações políticas, o que significa que eles podem apoiar os governos amigáveis sindicalizados, cujas políticas não só irão melhorar a vida dos(as) trabalhadores(as), mas também buscar alternativas econômicas ao neoliberalismo. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! 109. Os sindicatos têm experiência e história. Eles forjaram relações com os empregadores para oferecer melhores condições aos membros sindicais; noventa acordos globais são testemunhas da amplitude e da cobertura dessas relações. As relações com as multinacionais podem dar aos sindicatos influência e poder, mesmo onde o ambiente político parece impossível. Com a negociação Fórum Internacional (IBF), a ITF tem alcançado o único processo de negociação coletiva global, negociando diretamente com os empregadores do setor do transporte de envios para definir salários e condições para a gente de mar. 110. Os sindicatos são fortes porque muitos - incluindo filiados à ITF - estão pisando fora de abordagens tradicionais para fazerem campanha e encontrarem formas inovadoras para pressionarem os que tomam as decisões. Através da realização de sindicatos de pesquisa corporativos que têm sido capazes de compreender os seus empregadores homólogos, como nunca antes, e desenvolverem estratégias de campanha que vão além do local de trabalho e foco nos clientes, fornecedores, acionistas, concorrentes, órgãos reguladores e outras relações chave. A tecnologia, tais como câmeras digitais de telefonia móvel, mídia social e de informação e ferramentas disponíveis através da internet, para darem vida a essas estratégias, fazendo campanha sindical mais dinâmica e criativa do que nunca. 111. Poucos outros movimentos poderiam suportar o tipo de agressões que os sindicatos têm vivenciado nos últimos anos. Em muitos países, os sindicatos representam a única força organizada capaz de programas de austeridade difíceis. Assim como na proteção dos interesses diretos dos trabalhadores, os sindicatos estão desempenhando um papel importante nas lutas atuais para as liberdades democráticas. 112. Como um sindicato global, a ITF é capaz de acarretar uma convenção internacional do trabalho para proteger centenas de milhares de trabalhadores(as) a bordo de navios, de pressionar uma poderosa corporação global a reconhecer suas responsabilidades para com as trabalhadoras grávidas do transporte, e de contratar trabalhadores(as) e de forçar o governo a libertar um líder sindical da prisão. Como nosso Congresso demonstra que nós continuamos a ser a única sociedade civil em massa e movimento com a capacidade e estruturas capazes de sustentar uma organização global verdadeiramente democrática. “É hora de parar de se defender e de começar a atacar... É chegada a hora de parar de reagir e é hora de definir a agenda.” Jerry Dias, Unifor. Canadá 21 O Plano Os(as) trabalhadores(as) em transportes contra-atacam: Plano de Trabalho da ITF de 2014 até 2018 22 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! interesse público. Eles devem mostrar que outro caminho é possível. Uma outra maneira é possível 113. Durante várias décadas, uma doutrina econômica moldou a economia mundial, que mudou riqueza e acesso aos serviços dos pobres aos ricos. Os sindicatos têm sido vistos como um obstáculo ao neoliberalismo, e têm estado sob ataque severo. A resposta da maioria dos governos à crise financeira global tem sido os programas de austeridade, incluindo cortes maciços nos transportes públicos. Os sindicatos precisam não só lutar contra os cortes, mas para proporcionar uma visão alternativa. 118. De 2014 a 2018, a ITF irá: 114. Os sindicatos em transportes têm estado na vanguarda de lutar contra a austeridade e cortes em greves da Itália à Índia. No entanto, as ações sindicais nacionais podem parecer periféricas para outros movimentos de justiça social, e muitas vezes não têm uma perspectiva global ou qualquer estratégia clara de como lidar com uma crise enraizada na globalização. As FSIs apresentaram estratégias econômicas baseadas em empregos alternativos, mas as FSIs, muitas vezes, aparecem periféricas aos contra-ataques dos grandes sindicatos nacionais. 115. O projeto neoliberal tem sido fortemente promovido pelas principais instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e os semelhantes bancos regionais de desenvolvimento. Durante alguns anos, as FSIs participaram de diálogos com o Banco Mundial, e apresentaram posições sindicais. Enquanto esse engajamento ofereceu alguns benefícios. É importante que a ITF e outros Sindicatos Globais mantenham uma oposição clara, e inequívoca ao modelo neoliberal promovido pelo Banco Mundial. 116. Os blocos econômicos regionais, como a União Europeia têm sido usados para acelerar ainda mais a abertura dos mercados e a liberalização. A ITF não se opõe ao aumento do comércio global ou à integração econômica regional. Em vez disso, exige que estes acatem a genuína responsabilidade democrática, e que gerem postos de trabalho com base e o crescimento sustentável, a fim de garantir os direitos sociais e de emprego, promover a igualdade, proteger o meio- ambiente e servir ao interesse público. 117. O movimento sindical precisa estar munido de modelos sociais e de alternativas econômicas. Eles devem refazer o caso para os governos regularem no 5 Submissão do RMT, Reino Unido da Grã-Bretanha; moção retirada 6 Submissão do FBTTT, Venezuela 7 Submissão do The Maritime Union of Australia (MUA); veja também o Anexo 1,; moção retirada 8 Submissão do UNITE, Reino Unido da Grã-Bretanha; moção retirada I. Promover alternativas a.Manter uma resposta global de oposição à privatização, liberalização e desregulamentação em ferrovias, portos, aviação civil, transportes públicos e outras partes dos serviços de transporte vitais e infraestrutura. b.Reavaliar táticas e estratégias para o Banco Mundial e órgãos similares, em conjunto com outras FSIs, para identificar as formas mais eficazes de desafiar as doutrinas neoliberais, incluindo as campanhas estratégicas com foco nos países endividados como resultado de tais doutrinas5. c. Desafiar as medidas de liberalização de blocos econômicos regionais, incluindo a União Europeia e de outros órgãos, como o Mercosul e a CEDEAO – Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, também conhecida como ECOWAS, e a Comunidade dos países da América Latina e do Caribe. Identificar os pontos mais eficazes da intervenção sindical, e preparar nossas respostas sindicais regionais a estas instituições sob a liderança dos Comitês Regionais da ITF6. Desenvolver uma união estratégica em direção aos blocos econômicos regionais que será uma das prioridades do programa para todos os escritórios regionais da ITF de 2014 a 2018. d.Utilizar, em coordenação com outras FSIs, o poder do capital dos trabalhadores em fundos de pensão, para tomar decisões de investimento fora das mãos dos gestores de fundos de curto prazo em busca de lucros, e direcioná-lo para o investimento em infraestrutura de longo prazo, com direitos trabalhistas robustos e estrutura de governança, o que também proporciona bons retornos para os aposentados. A ITF vai operar um programa de Capital dos Trabalhadores de 2014 a 20187. e.Políticas e perspectivas de mudanças climáticas devem ser integradas a muitas das principais atividades da ITF, na luta contra a privatização, por melhores condições de trabalho (ar limpo), outras questões de saúde e segurança e de negociação coletiva. f. Compromisso com a mobilização e sindicalização das trabalhadoras para combater os efeitos desastrosos da globalização, incluindo mudanças econômicas e crises de mudanças climáticas enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras em transportes, e para fortalecer os sindicatos a enfrentarem esses desafios8. 23 O Plano continuação II. Construir alianças a.Construir uma ampla aliança com outras organizações da sociedade civil, opondo-se aos cortes de austeridade, exigindo justiça tributária e apoiar os serviços públicos democraticamente responsáveis que promovam trabalhos decentes9. b.Link com a Campanha Global contra as Bandeiras de Conveniência no setor marítimo para uma campanha mais ampla da sociedade civil por justiça fiscal das empresas. c. Promover medidas para assegurar o preço dos serviços dos transportes que reflete seu custo interno10. d.Desenvolver e lançar uma campanha da ITF mais focada no nosso Transporte Público (com campanha maior sobre Serviços Públicos de Qualidade e FSIs) contra cortes nos serviços e de apoio ao transporte público democraticamente responsáveis. Promover modelos de transporte público que efetivamente atendam às necessidades sociais e econômicas de homens e mulheres trabalhadores e das comunidades, incluindo mulheres usuárias dos transportes11, a fim de criar empregos decentes e de reduzir as emissões de poluentes. Desenvolver estratégias com aliados e políticos-chave, incluindo UITP (o organismo internacional de autoridades de transporte do governo local). A campanha “Nosso Transporte Público” será um programa prioritário durante o período de 2014 a 2018. e.Construir sobre a orgulhosa história das mulheres e homens da ITF na luta pelo fim da violência contra as mulheres, construindo alianças com os outros, incluindo a Campanha do Laço Branco de 25 de novembro e implementação das decisões tomadas sobre a "Eliminação e prevenção de todas as formas da violência contra mulheres e meninas" da 57ª sessão da ONU Comissão sobre os status das mulheres (CSW). Apoiar e promover campanhas contra a violência lideradas pelas mulheres trabalhadoras em transportes e pelas organizações de mulheres. f. Apoiar homens e mulheres trabalhadores dos transportes em conjunto com as campanhas dos grupos de usuários, como para pessoas deficientes, preocupados com a segurança rodoviária e ferroviária ou para a melhoria dos serviços de passageiros. III. Construir uma resposta dinâmica do Sindicalismo Mundial/Global para a globalização a.Juntar-se a outras FSIs para promover uma estratégia econômica baseada no trabalho como uma alternativa para o modelo neoliberal, e abordar as questões urgentes de desemprego em massa entre os jovens, bem como a discriminação sexual e os efeitos negativos 24 9 Submissão do FGTE-CFDT, França; moção retirada 10 Submissão do FGTE-CFDT, França; moção retirada 11 Submissão do sindicato UNITE, Reino Unido da Grã-Bretanha; moção retirada sobre o emprego das mulheres trabalhadoras em transportes. Dar apoio através de informação e de materiais educativos. b.Basear-se em exemplos de países e movimentos sindicais que desenvolveram políticas socioeconômicas alternativas. c. Chamada por maior investimento público em serviços de transporte e infraestrutura, especialmente em serviços ferroviários de passageiros e em transportes públicos. d.Demonstrar as ligações entre os sistemas de transporte neoliberais e a mudança climática, e campanha por alternativas com base em um quadro (RSI- reduce, shift, improve) Reduzir-Mudar-Melhorar o qual reconhece que, para alcançar reduções de emissões de poluentes não poderão ocorrer mudanças fundamentais no sistema atual de produção globalizada que se baseia em cadeias globais de fornecimento, baixos custos de transporte e mão-de-obra barata, e cada vez mais casual. Adaptar-se a um crescimento mais forte 119. A globalização levou a muitas mudanças estruturais nas indústrias de transporte. O crescimento da terceirização, o aparecimento de novos operadores nos mercados anteriormente fechados e a substituição de vários serviços de transportes públicos, serviços de transporte informais deixou uma vasta massa de trabalhadores fora da sindicalização. 120. Muitos sindicatos não têm considerado como sua responsabilidade sindicalizar esses trabalhadores, mas os filiados à ITF precisam se ajustar e assumir o desafio de sindicalizá-los, e vão precisar de apoio e de treinamento nestes processos de adaptação. 121. Ambos os filiados e a ITF devem se fazer relevantes para as trabalhadoras e os trabalhadores jovens, e permitirem sua participação ativa nos assuntos sindicais, incluindo a possibilidade de assumir papéis de liderança. 122. O próprio sistema de filiação à ITF deve ser revisto para garantir que sejam incluídos(as) filiados(as) que são capazes de representar trabalhadores em transportes de ambos os sexos em todos esses diferentes tipos neste setor em questão. O sistema de filiação à ITF deve também nos permitir refletir os números reais de trabalhadores(as) em transportes sindicalizados em nossos filiados, bem como planejando adicionar e reter novos filiados. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! 123. Somente uma estratégia mais ágil e de inclusão dos sindicatos e pela ITF nos permitirá representar verdadeiramente os milhões de trabalhadores em transportes em todo o mundo, e criar uma extraordinária poderosa Federação Sindical Internacional (Global). 124. De 2014-2018, a ITF terá de: I. Responder à reestruturação da indústria a.Desenvolver uma estratégia para ajudar os sindicatos a se adaptarem e a sobreviverem à reestruturação da indústria, incluindo programas de treinamento e de educação sobre a mudança de estruturas sindicais e sobre a sindicalização. Identificar os sindicatos para apoio ao longo dos próximos quatro anos. Fortalecer compartilhamento de informação, troca de estratégias e solidariedade entre sindicatos que frequentemente lutam ou que têm um passado de lutas – políticas neoliberais, tais como a privatização ferroviária12. b.Alvejar operadores globais e regionais, tanto no transporte de carga e de passageiros. E aprender com exemplos de compromissos anteriores bem-sucedidos com multinacionais. Identificar metas para 2014-2018. Estabelecer um número-alvo de diálogos globais. c. Desenvolver uma estratégia para responder às mudanças geográficas que ocorrem no setor de transporte e operações e investimento, incluindo o fortalecimento da presença sindical, capacidade e ativismo nas economias onde as nossas indústrias estão crescendo mais rapidamente. d.Desenvolver uma estratégia clara em relação à China, que abrange todos os setores da indústria, baseado no desenvolvimento de um compromisso com a Federação dos Sindicatos da China (All China Federation of Trade Unions). Isto inclui trabalhar com outras Federações Sindicais Internacionais (FSIs) e CSI (ITUC) de uma abordagem coordenada que proteger os direitos dos trabalhadores na China. e.Desenvolver estratégias para lidar com automação e novas tecnologias, com o objetivo de assegurar o acordo alcançado com os sindicatos que estão envolvidos, que incluem a melhoria das condições dos(as) trabalhadores(as) com o aumento da rentabilidade de empresa que resulta de tais mudanças13. II. Criar locais de capacitação em regiões-chave a.Apoio aos sindicatos emergentes no mundo árabe e em outros lugares, com programas de treinamento e de capacitação. Identificar países específicos, como o Egito ou a Líbia, que têm necessidades particularmente de caráter urgente, ou que ocupam uma posição estratégica nas redes de transportes globais. b.Expandir nosso apoio existente às organizações sindicais na Cisjordânia para incluir um projeto para reconstruir o sindicato de transporte em Gaza, e apoiar os movimentos que unificam os sindicatos de transportes na Cisjordânia e em Gaza, e apoiar a reabertura de um aeroporto para Gaza. c. Apoiar missões dos jovens trabalhadores em transportes em países específicos para aumentar a conscientização e fortalecer a solidariedade. d.Continuar o apoio ao movimento sindical em Myanmar (Burma ou também chamada como Birmânia). e.Desenvolver ou implementar estratégias sindicais regionais que envolvam e sejam rentáveis aos filiados e que construam habilidades, capacidades e influência nas regiões. Priorizar estratégia-chave de projetos sindicais em cada região14. Promover e encorajar alianças regionais e redes para apoiar projetos sindicais15. III.Sindicalizar em locais de trabalho que sofreram mudança a.Desenvolver metodologias nas diferentes seções da ITF que apoiam os sindicatos a sindicalizarem as operações terceirizadas, incluindo ser capazes de selecionar os alvos principais. b.Desenvolver estratégias que identificam novas empresas que entraram e que representam uma ameaça séria às estabelecidas normas de trabalho na indústria e que se recusam a aceitar padrões mais baixos. Avaliar campanhas bem sucedidas tais como o projeto LATAM na América Latina. Construir estratégias regionais e campanhas para sindicalizar trabalhadores(as) não sindicalizados(as), incluindo estratégias específicas para sindicalizar mulheres e jovens trabalhadores(as) em transportes16. Ter como alvo a Air Asia durante o período de 2014 a 2018. c. Mapear os novos sistemas de trânsito, e identificar as prioridades nos locais de trabalho a serem alvos sindicalizados nos próximos quatro anos. A região ÁsiaPacífico vai priorizar este trabalho durante o período de 2014 a 2018. d.Implementar um programa específico para treinar os sindicatos em Metodologias para sindicalizar os trabalhadores nas operações de transporte informais. 12 Submissão do sindicato Danish Railway Workers’ Union, Korean Railway Workers’ Union (KRWU), Norsk Lokomotivemannsforbound (Noruega), State Railway Workers’ Union of Thailand (SRTU), Rail and Maritime Transport Union of New Zealand (RMTU) and Rail, Tram and Bus Union of Australia (RBTU) 13 Submissão do sindicato The Maritime Union of Australia (MUA); veja o Anexo 2; moção retirada 14 Submissão do sindicato The Maritime Union of Australia (MUA); moção retirada 15 Submissão do sindicato neo-zelandês Maritime Workers’ Union of New Zealand (MUNZ) e sindicato australiano Transport Workers’ Union (TWU); moção retirada 16 Submissão do sindicato Asociación Argentina de Aeronavegantes (AAA) da Argentina; moção retirada 25 O Plano continuação Mentores do trem que apoiam campanhas sindicais destinadas aos trabalhadores em operações de transporte informais. Produzir um manual para sindicalizar os trabalhadores em operações de transportes informais de 2014 a 2018. O Gabinete do Secretário Geral irá implementar este programa durante o período de 2014 a 2018. e.Desenvolver recursos para assistir filiados e seus membros para implementar mudanças internas que expandam sindicato e filiação17. IV. Construir uma coordenação nacional a.Ativamente alvo de uma série de países nos quais foram estabelecidos Comitês de Coordenação Nacional (NCCS) com nossos filiados ao longo dos próximos quatro anos. Cada Escritório Regional fixou uma meta de 2014 a 2018. b.Incentivar NCCS existentes, que incluem representantes das trabalhadoras em transportes, representantes dos jovens trabalhadores, e onde existem as associações apropriadas de trabalhadores em operações do transporte informal. c. Utilizar os Comitês de Coordenação Nacional como um meio de fortalecer as ações de solidariedade da ITF como rápida resposta e de promover programas dentro dos Comitês Nacionais de Coordenação (NCCS) para o desenvolvimento de unidade de ação. d.Utilizar a Coordenação Nacional como um meio de criação de organismos de coordenação da indústria entre os filiados à ITF, por exemplo, uma Coordenação Sindical nos aeroportos. e.Facilitar as discussões de fusões sindicais e acordos de cooperação. V. Tornar os sindicatos da ITF relevantes a todos(as) os(as) trabalhadores(as) em transportes a.Desenvolver estratégias específicas para envolver os jovens trabalhadores em projetos e programas, e sobre a insegurança no emprego e a precariedade sendo imposta pela indústria dos jovens trabalhadores em transportes. b.Sindicalizar as mulheres trabalhadoras em transportes a fim de que construam sindicatos fortes, compartilhando e desenvolvendo as melhores práticas com filiados(as) nos setores industriais e regiões do mundo; e apoiar os sindicatos dos transportes para implementar a igualdade e a representação das mulheres e o desenvolvimento dos programas de liderança, incluindo quotas para as mulheres e 26 monitoramento de resultados. c. Apoio à campanha da CSI “Conte conosco”, assegurando que os sindicatos da ITF mantenham firmemente a igualdade de gênero, e tomem medidas para fazer avançar as demandas e aspirações das mulheres no trabalho, na comunidade e no sindicato18. d.Concentrar-se na sindicalização estratégica das mulheres trabalhadoras em transportes na cadeia de suplementos, especialmente na área de logística, centros tecnológicos e administrativos e nos corredores onde as trabalhadoras estão concentradas, e trabalhar com filiados, organizando campanhas nas quais o alvo são as mulheres trabalhadoras em empregos precários tais como limpeza, catering e call centers. e.Dar assistência aos sindicatos na identificação das questões-chave para os(as) trabalhadores(as) precários e informais e apoiar os esforços das filiadas a adotar novos métodos de organização e culturas organizacionais. f. Promover oportunidades para os filiados à ITF compartilharem experiência e desenvolverem conscientização e apoio às nossas estratégias em programas tais como as Escolas de Verão da ITF. g.Certificar-se de que a negociação coletiva leva em conta as necessidades de todos os trabalhadores dos transportes, incluindo os aposentados. h.Incentivar filiados para envolver os trabalhadores aposentados em atividades sindicais, através de reuniões e outras iniciativas19. VI. Fortalecer nosso número de filiação a.Desenvolver e implementar uma estratégia de quatro anos de filiação à ITF que apontará para a expansão da filiação à ITF, promovendo o diálogo particularmente em países de economias emergentes20 e países estratégicos e onde a presença existente da ITF é fraca, ou onde, sindicatos fortes e ativos ainda não são membros da ITF. Essa estratégia terá como objetivo expandir a filiação ITF, particularmente em países estratégicos onde a presença ITF existente é fraca, ou onde, sindicatos fortes e ativos ainda não são membros da ITF. b.Analisar nossa filiação existente e sistema de filiação para expressar as razões pelas quais os sindicatos estão com o pagamento das quotas em atraso. Certificar-se de que temos um sistema de quotas de filiação que funcione, e que permita que os filiados declararem números reais sobre o número de membros. c. Avaliar projetos de sindicalização para espalhar os benefícios da experiência anterior. Rever todas as áreas 17 Submissão da Confederación Sindical al de Trabajadores de Ferroviarios, AASANA, LAB, Jubilados de Bolívia y Ramas Anexas, Bolívia; moção retirada 18 Submissão do sindicato UNITE, Reino Unido da Grã-Bretanha; moção retirada 19 Submissão do sindicato Georgian Seafarers’ Union da Geórgia, e Seafarers’ and Maritime Workers’ Union of Western Russia and Dockers’ Union da Rússia; moção retirada 20 Submissão do RMT, Reino Unido da Grã-Bretanha; moção retirada 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! de trabalho da ITF e cessar as atividades onde eles não se mostraram eficazes. Certificar-se das diferenças regionais, tais como a existência de acordos setoriais, que são levados em conta. d.Desenvolver ferramentas para a melhoria da prestação de contas aos filiados sobre a execução eficaz de programas e uso de recursos. Avaliar a eficácia dos nossos processos de relatórios e de prestação de contas às reuniões de governança da ITF de 2014 a 2018. Estabelecer redes e teleconferências entre filiados para ajudar a monitorar e apoiar a implementação dos programas de trabalho que estão em curso. empresas têm um papel forte na formação de tendências e condições da indústria. As empresas de transporte utilizam a natureza transfronteiriça de seus negócios para se envolver no dumping social. 126. O surgimento de logística global colocou os trabalhadores em transportes em uma posição estratégica na economia globalizada. A coordenação internacional sindical deve ser capaz de entregar a ação sindical em pontos-chave de impulsão ao longo das estratégicas cadeias de suplemento em nível mundial. 127. De 2014 a 2018, a ITF irá: VII. Estender os recursos, educação e treinamento a.Desenvolver programas de educação planejadas e materiais para apoiar a implementação das prioridades da ITF de 2014 a 2018, desenvolvendo uma estratégia de financiamento e de busca de fontes alternativas de apoio para esses programas. b.Utilizar projetos de sindicalização existentes para identificar e desenvolver instrutores sindicais e mentores nas regiões e sub-regiões. c. Fornecer um programa de treinamento de liderança sindical para as mulheres trabalhadoras em transportes e monitorar o nível de liderança e participação das mulheres nos órgãos e cargos de influência da ITF. d.Explorar os méritos de um programa de treinamento de liderança mais ampla para os(as) filiados(as) da ITF21. e.Desenvolver projetos e missões especificamente projetados para envolver os representantes dos jovens trabalhadores na visão e solidariedade trabalho da ITF f. Colaborar com os outras Federações Sindicais Internacionais (FSIs ou GUFs) a fim de compartilhar treinamento e outros recursos, particularmente em projetos estratégicos em nível regional. Utilizando nossa posição estratégica 125. Os(as) trabalhadores(as) em transportes ocupam uma posição estratégica na economia global, na qual, bens e mercadorias são movidos dentro e entre as corporações globais em suas cadeias de suprimentos globais/internacionais. Os operadores do transporte utilizam sistemas de distribuição mundial com centros e corredores regionais. As empresas multinacionais têm um papel cada vez mais importante, tanto no transporte de carga quanto no transporte de passageiros. Algumas 21 Submissão do Nautilus International, Reino Unido da Grã-Bretanha; moção retirada I. Apoio através de programas de trabalho da seção industrial a.Implementar programas estratégicos transversais e de longo prazo com o objetivo específico de aumentar o aprimoramento sindical, através de uma coordenação sindical global e regional, e de um trabalho de forma altamente segmentada. Avaliar todos os programas existentes e abrir mão daquele que não está obtendo progresso suficiente. Aprender com os sucessos e compartilhar as melhores práticas; fertilizar e aprender lições entre os diferentes setores. Usar a segurança como uma questão fundamental de sindicalização. Certificar-se de que as mulheres trabalhadoras em transportes estão totalmente envolvidas desde o planejamento, até a implementação. b.Construir através das redes dos sindicatos das seções internacionais capazes de identificar múltiplos pontos de aprimoramento e de ação dos sindicatos coordenados para focar em companhias de logísticas maiores global e regionalmente, pontos de conexão e corredores. Avaliar todas as já existentes redes. c. Desenvolver estratégias de sindicalização industrial para as mulheres trabalhadoras em transporte, tendo em conta as trabalhadoras em transportes em novos papéis na indústria do transporte. Identificar onde as campanhas sobre o emprego temporário das mulheres podem ter impacto sobre a sindicalização. II. Coordenar através das cadeias de suplementos a.Trabalhar com as Federações Internacionais Sindicais (FSIs, também conhecidas em Inglês como Global Unions Federations - GUFs) para sindicalizar através da cadeia de suplementos. A equipe SCALOP irá avaliar a viabilidade dos projetos de sindicalização da toda a cadeia de suprimentos em componentes de aeronaves e 27 O Plano continuação sobre petróleo e gás com outras Federações Internacionais Sindicais (FSIs também conhecidas em Inglês como Global Unions Federations - GUFs) durante o período de 2014 a 2018. Identificar varejistas globais chave e principais empresas de transporte dentro de suas cadeias de suprimentos. Identificar os pontos de pressão significativos (portos, pontos de conexão, corredores) dentro destas cadeias de abastecimento, onde a organização sindical pode ter um impacto. Desenvolver estratégias regionais e globais para construir capacidade e influência e atingir os padrões exigidos pelas IFAs e outros mecanismos22. Trabalhar com as FSIs em nível regional para reunir recursos, organizadores de trem e implementar campanhas. A Seção de Pesca continuará sua campanha "capturar e combater" com a UITA durante o período de 2014 a 2018. A equipe SCALOP continuará a apoiar campanhaschave no setor de óleo e gás, incluindo a Chevron23. b.Desenvolver campanhas centradas em clientes globais chave e empreiteiros principais, para alcançar acordos globais que incorporem "taxas de segurança" e cadeia de princípios de responsabilidade, bem como o direito de se sindicalizar24. c. Um projeto para desenvolver padrões da cadeia de suprimentos da OIT será priorizado de 2014 a 2018 d.Fortalecer a rede de entrega da ITF Global e a apoiar a implementação das estratégias da rede. Estimular o engajamento mais profundo e coordenação entre os filiados e FSIs e desenvolver a educação para apoiar o envolvimento da filial na rede. Monitorar as mudanças na indústria, e ajustar o âmbito da rede (network scope) conforme necessário25. III. Focar nos pontos de conexão e corredores a.Manter a sindicalização em grandes centros de contêineres e ao longo das cadeias de centros de contêineres, como no Mediterrâneo, Canal de Suez, e Mar Vermelho. A Região do mundo árabe vai priorizar a cadeia de terminais APM do Mediterrâneo ao Mar Vermelho durante o período de 2014 a 2018. b.Identificar e direcionar as estações terrestres chave de contêineres e corredores ferroviários ligados aos centros portuários, como o corredor portuário e ferroviário Mumbai-Délhi. c. Desenvolver projetos focados na sindicalização em corredores específicos de transporte multimodal. O Escritório Regional da África vai priorizar um projeto de sindicalização para o Corredor Norte de Mombaça, o 22 Submissão do Transport Workers’ Union (TWU), da Austrália; moção retirada 23 Submissão do Maritime Union da Austrália (MUA); moção retirada 24 Submissão do Transport Workers’ Union (TWU) da Austrália; moção retirada 25 28 Quênia e outros cinco países africanos. Ele irá identificar e desenvolver um outro projeto do corredor durante o período de 2014 a 2018. d.Construir solidariedade ao longo dos corredores de transporte para estabelecer altos padrões uniformes que irão neutralizar o dumping social. O Escritório Regional da África vai priorizar o estabelecimento de padrões uniformes para os motoristas ao longo do corredor da África Ocidental durante 2014-2018. e.Trabalhar com outras FSIs para sindicalizar trabalhadores nos aeroportos e centros aéreos. IV. Fortalecer a campanha BDC a.Continuar a implementar a política da Cidade do México e os resultados da análise da campanha sindical global da ITF para enfrentar as Bandeiras de Conveniência. b.Fortalecer e melhorar unicamente a indústria de nível internacional de acordos coletivos com as empresas de navegação no Fórum Internacional de Negociação (IBF). c. Aplicar acordos ITF em navios através de inspeções e de ação industrial. Fortalecer o inspetorado da ITF, e implementar as recomendações da Revisão do Inspetorado. Melhorar a aplicação de normas mínimas da ITF através do apoio e da capacitação entre os(as) filiados(as) marítimas. d.Continuar a fazer lobby por padrões mais elevados dentro da indústria e para a criação de um "vínculo genuíno" entre a bandeira do navio e o país ao qual pertence ou é controlada. e.Responder à tendência de automação em portos como os principais centros de logística capazes de receber a nova geração de navios de super-contêineres. Este será um programa da Seção dos Portuários de 2014 a 2018. V. Alvejar a logística a.Alvejar a sindicalização nos operadores logísticos globais chave, tais como empresas de entrega global ou as redes de operadores globais de terminais. Estabelecer redes sindicais globais para apoiar a sindicalização nessas empresas; desenvolver diálogos globais da empresa; assinar acordos globais. b.Monitorar, por meio da Rede Global de Entrega, evoluindo mudanças em TI (Tecnologia da Informação), armazenagem, varejo, cadeia de suprimentos e logística e seus impactos sobre os trabalhadores e empregadores. Ajustar o alcance da rede com a evolução da indústria. Submissão do International Brotherhood of Teamsters, Estados Unidos da América; moção retirada 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Fazendo trabalho solidário: em defesa dos direitos dos(as) trabalhadores(as) e das normas internacionais trabalhistas 128. O ITF tem um registro orgulhoso no desenvolvimento de ações de solidariedade de resposta rápida para apoiar filiados(as) em disputas cruciais ou que enfrentam graves violações dos direitos sindicais. São necessárias estratégias para lidar com as corporações multinacionais que operam estratégias de trabalho que muitas vezes violam os direitos do(a) trabalhador(a). Alguns países, como por exemplo certos países do Golfo, utilizam-se da ausência dos direitos trabalhistas para ganhar vantagem competitiva. 129. A ITF também faz campanha por normas internacionais trabalhistas, que é um dos meios mais importantes de fornecer proteção aos(às) trabalhadores(as). 130. A ITF tem o compromisso de defender ativamente os direitos de todos os trabalhadores do transporte e seus sindicatos em todo o mundo e, em particular, quando os trabalhadores são confrontados pela violência e assassinato por causa das atividades sindicais. 131. Há várias e muitas formas de ações de solidariedade que os sindicatos podem tomar, mas estas terão pouco efeito ou nenhum significado, a menos que por trás deles estejam a capacidade e prontidão dos sindicatos para entregar a ação industrial que pode prejudicar o empregador. Não há nenhum substituto para poder exercer tal ação industrial, que é por isso que construímos a força sindical que está no centro das estratégias da ITF. 132. As empresas multinacionais e operadoras globais frequentemente operam estratégias de trabalho com base em diferentes ambientes de direitos trabalhistas em países diferentes ou terceirização para empreiteiras antisindicais. A ITF necessita de estratégias que abordem as estratégias de trabalho de empresas globais. 133. A ITF ganhou um avanço notável na proteção dos direitos da Gente de Mar, quando a Convenção sobre o Trabalho Marítimo da OIT foi assinada em 2006, dando força de lei internacional para padrões mínimos para os marítimos. Enquanto é necessário mais trabalho para assegurar a aplicação efetiva da MLC pelos governos, há outros grupos de trabalhadores na indústria transporte liberalizado e globalizado que poderiam beneficiar de instrumentos internacionais semelhantes. 134. De 2014 a 2018, a ITF irá: I. Fazer divulgação da solidariedade a.Fornecer uma resposta rápida e forte para quaisquer incidentes de homicídio, detenção/prisão ou de graves violações aos direitos sindicais. Realizar missões internacionais, onde há extrema urgência ou alto valor estratégico. b.Desenvolver campanhas de longa-duração pelos direitos trabalhistas países onde há alto valor estratégico e coordenação destas com outras FSIs e com a CSI (ITUC). c. Construir redes sindicais internacionais em empresas multinacionais capazes de aplicar pressão a favor de qualquer dos sindicatos nas operações da empresa quando estão em disputa. Coordenada sobre estes com outras FSIs. Isto incluirá a participação nas estratégias do mercado de capitais para colocar pressão sobre os empregadores alvejados. d.Desenvolver uma carta para o comportamento das empresas a serem implementadas quando empresas multinacionais violam os direitos fundamentais do trabalho, envolvendo os sindicatos do país de origem em uma estratégia para alavancar e coordenação. e.Utilizar redes sindicais para divulgar uma ação de solidariedade ao longo da cadeia de abastecimento. f. Continuar a desenvolver estratégias e sistemas de comunicação que permitam sindicatos da ITF para mobilizar mais rapidamente e implementar ações de solidariedade e exercerem pressão sobre as empresas e os governos, incluindo a construção das redes dos especialistas26. g.Utilizar os Comitês de Coordenação Nacional (NCCs), de forma mais eficaz, como mecanismos para divulgação da solidariedade. Construir a mobilização dos jovens trabalhadores e trabalhadoras em transportes para essas ações. h.Promover e encorajar alianças regionais e redes para prover apoio e solidariedade aos (às) filiados(as) em conflito27. II. Alvejar e priorizar casos de maneira estratégica a.Desenvolver um processo de prioridade de ações continuadas para lidar com os casos mais graves e urgentes de violações dos direitos sindicais, especialmente em casos de prisão ou de violência contra 26 Submissão do NFIR da Índia; moção retirada 27 Submissão do sindicato Maritime Workers’ Union da Nova Zelândia (MUNZ) e Transport Workers’ Union (TWU) da Austrália; moção retirada 29 O Plano continuação líderes sindicais. Incluir o uso de missões internacionais de filiados(as). Defender o direito à greve. b.Coordenar com outras FSIs sobre as estratégias que priorizam países-alvo, onde há violações dos direitos sindicais, por campanhas de solidariedade a longo prazo. c. Examinar onde estratégias de organização sindical são prejudicados pelas violações dos direitos sindicais, e focar nestas como prioridades. d.Trabalhar com outras FSIs para atingir estados soberanos não-sindicalizados. Realizar uma grande campanha de 2014 a 2022 contra o anti-sindicalismo e exploração do trabalho migrante em operações de transporte e logística, pelos países do Golfo, incluindo um foco na empresa Emirates, e nas companhias aéreas do Qatar. Unificar uma campanha mais ampla pelos direitos dos trabalhadores da CSI, visando a Copa do Mundo da FIFA e outros grandes eventos. e.Desenvolver um foco nas regiões e setores onde a ITF possa fazer mais diferença e onde existam melhores oportunidades, e tratamento destas prioridades. f. Encontrar maneiras de lidar de maneira mais eficiente quanto for possível com a necessária rotina de trabalho a fim de concentrar a prioridade na sindicalização e nas campanhas. g.Desenvolver estratégias inovadoras de fundos. III. Expandir nossas ferramentas e táticas a.Desenvolver estratégias criativas de impacto sobre as relações dos investidores e clientes, ou imagem da marca. b.Estender a capacidade da ITF em mapear e pesquisar mídia social e meios de comunicação e companhas inovadoras. Intercâmbio das melhores práticas através de iniciativas tais como centros de excelência. c. Equipar líderes sindicais com novas ferramentas e táticas e ajudar os sindicatos a divulgar informações da ITF aos seus membros. d.Desenvolver e testar a utilização eficaz dos instrumentos internacionais, tais como as diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos - OCDE (Organisation de Coopération et de Développement Economics), a responsabilidade social 28 30 Submissão do FGTE-CFDT, França; moção retirada das empresas (CSR) e outros mecanismos, incluindo aqueles dentro de acordos comerciais, para colocar pressão sobre as empresas multinacionais, e realizar o treinamento em torno de seu uso bem-sucedido28. e.Fazer pleno uso dos instrumentos e dos processos de queixa da OIT e os casos persistentes destacados publicamente. f. Utilize disposições mínimas dos padrões trabalhistas no Comitê de Normas Trabalhistas da Corporação Financeira Internacional - International Finance Corporation (IFC). g.Lutar para o princípio de que as empresas aceitem que há uma cadeia de responsabilidade que vai da grande empresa ao longo de toda a sua cadeia de fornecimento, para incluir seus contratantes e fornecedores. Incluir isto em todo o planejamento estratégico da ITF. IV. Combater a discriminação a.Combater casos de dumping social – especialmente onde mulheres e jovens trabalhadores que estão coagidos a sacrificar seus direitos a fim de que consigam trabalhos. b.Lutar contra a criação e o uso dos “sindicatos amarelos” pelos empregadores e governantes, como sendo perseguidos de maneira agressiva em países como o México. c. Desafiar o direito das empresas de se envolverem no dumping social, como é o caso Viking na União Europeia e, mais amplamente, com bandeiras de conveniência (BDCs) e de transporte por caminhões em âmbito internacional. d.Fazer campanha para defender os direitos das mulheres trabalhadoras e a eliminação da violência contra as mulheres e garantir estes pontos altos nas agendas sindicais, incluindo o direito à maternidade, igualdade de salários, direitos da família e das mulheres em papéis do transporte “não-tradicional”. e.Lutar contra a discriminação no local de trabalho que sofrem os(as) trabalhadores(as) que têm AIDS/HIV/SIDA. E manter as campanhas da ITF para incluir cláusulas HIV/AIDS/SIDA nos acordos coletivos de trabalho. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! V. Melhorar os padrões mínimos de trabalho a.Continuar a representar a posição dos trabalhadores no desenvolvimento de normas operacionais e de segurança por organismos internacionais, como a Organização Marítima Internacional (IMO) e da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). b.Incentivar ainda mais as ratificações e apoiar a implementação da Convenção do Trabalho Marítimo (MLC) para proteger as condições da Gente de Mar e impor responsabilidade financeira29, e utilizar o MLC como uma ferramenta para desenvolver a organização sindical entre os tripulantes marítimos30. c. Encorajar uma participação mais ativa dos filiados no Comitê de Segurança Marítima da ITF (MSC), e assegurar que o trabalho deste Comitê receba apoio financeiro dos Recursos Humanos e aconselhamento de experts31. d.Ter como alvo atividades industriais específicas para o desenvolvimento das convenções da OIT, incluindo um programa de quatro anos para estabelecer um novo padrão mínimo de trabalho internacional a ser aplicado às cadeias de suprimentos globais, com base na experiência da ITF com a MLC. e.Manter a campanha para suprir as deficiências na aplicação do direito internacional, que permitem a existência das BDCs na indústria marítima. f. Desenvolver uma estratégia de campanha para evitar o surgimento de um sistema do estilo BDC na indústria da aviação civil32; trabalhar com a OIT para se defender contra isso, e para garantir que as regras internacionais de aviação civil desenvolvidas pela ICAO incluam proteções aos trabalhadores. g.Apoiar o trabalho da ETF para proteger as normas de trabalho na União Europeia, e da coordenação regional da ITF em outras regiões onde existem blocos econômicos regionais emergentes. h.Assegurar que as campanhas industriais e sindicalização dos motoristas deve priorizar locais de trabalho saudáveis e seguros e as condições de trabalho como um direito. Desenvolver metodologias para identificar as questões-chave de segurança e saúde para os trabalhadores em transportes em todas as indústrias. i. Apoiar campanhas para melhorar os padrões de segurança, incluindo a segurança operacional nas ferrovias e em outras formas do transporte público. j. Trabalhar com outras Federações Sindicais Internacionais para pressionar a inclusão de “chrysolite asbestos” na Convenção de Rotterdam33. k.Constituir apoio nacional e internacionalmente à convenção da OIT sobre gênero, baseado na violência e assédio sexual como parte da campanha das mulheres trabalhadoras em transportes da ITF. l. Pressionar os governos a adotarem normas fundamentais do trabalho, incluindo a ratificação e aplicação das convenções 87, 98 da OIT, incluindo 138 (idade mínima para trabalhar)34. 29 Submetida pelo FGTE-CFDT, França; moção retirada 30 Submissão do sindicato ucraniano, Marine Transport Workers’ Union (MTWTU); moção retirada 31 Submissão do sindicato American Maritime Officers (AMO) e The International Organization of Masters, Mates and Pilots (IOMMP) em nome do Comitê de Segurança Marítima (MSC); moção retirada 32 Submissão do sindicato australiano Transport Workers’ Union (TWU); moção retirada 33 Submissão do Australian Rail, Tram and Bus Union (ARTBU); moção retirada 34 Submissão do UNIFOR, Canadá; veja o anexo 3; moção retirada 31 Nossas prioridades Prioridades para as Seções, mulheres trabalhadoras, jovens trabalhadores e regiões de 2014 a 2018 32 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Seção/ Região / Departamento Prioridades Metas para 2018 Aviação Civil Campanha BDC para a aviação Sindicalização no Sul e Sudoeste da Ásia Sindicalizar cias aéreas de rápido crescimento • Prevenir a entrada BDCs na aviação civil. Coordenação ativa entre a OIT e ICAO. • Liberalização na aviação sendo desafiada. • Aumento da influência através de sindicatos mais fortes e rápido crescimento das linhas aéreas na Ásia-Pacífico e.g. Air Asia, refletindo sobre uma mudança geográfica onde o poder repousa na indústria. Rede sindical nas duas últimas linhas aéreas. • Sindicatos em países-chave para adotar estruturas sindicais à frente da representação para possibilitá-los a organizar novas participantes e líderes da indústria. Dois sindicatos para serem alvejados. • Pressão internacional pelo estabelecimento dos padrões de trabalho pela Qatar e outras cias aéreas dos países do Golfo. Portuários GNTs Fortalecimento das campanhas de solidariedade – desenvolvimento de campanha estratégica de aproximação Adaptar-se à mudança da indústria • Coordenação sindical/campanhas estratégicas na indústria chave – GNTs. Aumentar o poder de negociação e estabelecer padrões mínimos em empresas-chave. • O crescimento da influência e da ativação da filiação para elaborar uma ação • mais efetiva para vencer disputas–chave, campanhas para manter e consolidar • o poder do sindicato. • Estratégia sobre a automação dos portos. • Sindicatos apoiados em resposta às estratégias de sindicalização e de negociação efetivas através da automação portuária. Pescadores Programa de sindicalização ITF-IUF Melhorias das condições de vida e de trabalho • Sindicalizar operações-chave na cadeia de suprimentos da Pesca em locais-chave. • Novos filiados à ITF. • Campanha corporativa na Ásia e Pacífico. • Acordos em nível mundial a empresa alcançou. • Ter contribuído para iniciativas globais para reduzir a pesca ilegal, nãoregulamentada e não-relatada (IUU), incluindo a Convenção 188 sobre o trabalho na pesca. Navegação Interior Sindicalizar trabalhadores no setor Melhorar a saúde e a segurança • Aumento do número de acordos coletivos como resultado do projeto river cruise. • Trabalho conjunto dos inspetores nos rebocadores, com os trabalhadores portuários sobre os projetos dos corredores. • A coordenação sindical ao longo dos corredores fluviais-chave no Panamá e no rio Paraná. • Melhorar os padrões de saúde e de segurança europeus. • Materiais produzidos pela ITF sobre saúde e segurança. Junta de Portuários e Gente de Mar Campanha BDC Revisão do Inspetorado Interface BDC-PDC (Bandeiras e Portos de Conveniência) • Pelo menos sindicalizar as duas maiores joint marítimas e/ou iniciar campanhas tornando mais atuante a Gente de Mar em seus sindicatos. • Mais países ratificaram a Convenção Marítima MLC. • A Convenção do Trabalho Marítimo (MLC) sendo usada como ferramenta para ativar a filiação. • As condições e o pagamento da Gente de Mar melhoraram sob Acordos IBF e continuando a dialogar com a indústria-chave. • A política da Cidade do México sendo implementada. • Inspetorado trabalhando com o Port State Control em portos-chave para a polícia (MLC). • Inspetores ligados à Gente de Mar, rebocadores, trabalhadores (as) rodoviários e ferroviários nos centros-chave e corredores. • BDC-PDC fortaleceram-se em todos os níveis, local, nacional, internacional • 2 alvos BDC-PDC - iniciativas de sindicalizar Gente de Mar e Portuários 33 Nossas prioridades continuação Seção/ Região / Departamento Prioridades Ferroviários Desafiar ainda mais privatizações e liberalização Promoção da política de segurança primeiramente (Safety First) Estratégias de sindicalização dos(as) trabalhadores(as) no setor ferroviário Transporte Rodoviário Sindicalizar trabalhadores não-sindicalizados – motoristas internacionais e trabalhadores precários Reunião Tripartida da OIT em 2015 – Saúde e Segurança Taxas de segurança (Safe Rate)35 Gente de Mar Avanço dos padrões de trabalho e de segurança Dar apoio aos sindicatos com capacitação e sindicalização 34 35 Metas para 2018 • Filiação ativada na Campanha Nosso Transporte Público. • Campanha bem-sucedida contra mais privatizações e liberalização em pelo menos um país. • Modelo útil de sindicatos tendo promovido alternativas bem-sucedidas e construiu alianças com passageiros e outros grupos. • Tendências de segurança têm sido identificados, dossiê da ITF sobre os • acidentes publicados e utilizados nas campanhas dos filiados. • Metodologias e estratégias de sindicalização, incluindo coordenação que • atravessa o setor estabeleceram apoio às campanhas de sindicalização dirigidas aos pontos-chave. Uma campanha de sindicalização bem-sucedida em ao menos um desses pontos-chave. • Capacidade do sindicato mapear dois corredores e de desenvolver estratégia de 2018 a 2022 para aumentar a filiação e a influência industrial. • Estabelecidos diálogos em pelo menos uma das multinacionais. • Aumento da filiação e influência industrial através dos corredores rodoviários • geográfica e economicamente. Ao menos, três projetos de corredor coordenados ativamente pelos trabalhadores. • Companhias chave por serem líderes no setor rodoviário internacional e coordenação sindical desenvolvida. • Ao menos três ou quarto sindicatos ampliados e fortalecidos pela campanha de sindicalização entre os trabalhadores em trabalhos precários. Treinadores /mentores de sindicalização no setor informal em cada região da ITF. • Ao menos uma maior campanha chave de sindicalização para um grupo de trabalhadores do setor rodoviário ligados à cadeia de suplementos tem alcançado seus objetivos. • Objetivos específicos quanto à saúde e segurança foram identificados e entregues através de campanhas de filiação e diálogo na OIT. • Códigos de prática da OIT/OMI (IMO)/UNECE sendo utilizados e promovidos pelos filiados. • Unir atividades com a Seção de Portuários e de Gente de Mar, ambas seções da ITF, sobre a segurança dos contêineres. • O conceito de Safe Rate sendo utilizado ativamente ao menos em uma região. • O princípio dos padrões internacionais do trabalho para cadeias de abastecimento estabelecidos na OIT. • Padrões internacionais e regionais de trabalho estabelecidos pelas maiores cadeias de abastecimento. • Mais ratificações da MLC e OIT 185. • Sistema de supervisão da OIT usado para desafiar os países com sucesso sobre a implementação da MLC e de outra convenção da OIT. • Melhoria das normas de segurança na OMI (IMO) e Convenções. • Aumento da capacitação sindical e filiação dos que estão ativos nos países que são prioridade. • Relações com sindicatos chineses com os sindicatos chineses permitindo uma resposta mais eficaz às mudanças econômicas e geográficas na indústria. • Programa Offshore completando quatro anos focado indústria-chave nos países-chave. África será uma prioridade. • Campanha da Chevron: sindicalização estabelecida em três locais-chave. Submissão do sindicato Transport Workers’ Union (TWU) da Austrália; moção retirada. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Seção/ Região / Departamento Prioridades Metas para 2018 Supply Chain and Logistics Organising Projects (SCALOP) – Projetos de Sindicalização da Logística e Cadeia de Abastecimento Entrega Global • Trabalho ampliou do foco primário na DHL para incluir mais líderes da indústria: UPS, TNT, Fedex, GeoPost. Redes sindicais ativas em pelo menos duas destas. O trabalho também se estendeu para outras regiões: América Latina, África, e Mundo Árabe. • Mapeamento feito das conexões-chave e locais. Cadeia de abastecimento – componentes aeronáuticos • Aumentou a influência global na indústria líder, particularmente na manutenção dos aviões, Boeing e Airbus, através da sindicalização da cadeia de abastecimento. • Melhorou a metodologia da cadeia de abastecimento. Cadeia de abastecimento – petróleo e gás • Aumentou a influência global nas empresas e países-chave. • Aumento da força do sindicato em multinacionais, incluindo a Chevron36 nas regiões alvo tais como o Mundo Árabe. • Melhorou a metodologia da Cadeia de Abastecimento. Turismo Participação no Comitê Europeu de Turismo - ETLC (European Trade Union Liaison Committee on Tourism) Pesquisa / mapeamento nos países AP selecionados em coordenação com UITA (IUF) & UNI Ter como alvo empresa transnacional em coordenação com a UITA (IUF) & UNI Transporte Urbano Programas sindicais estratégicos sobre multinacionais de passageiros Nossa campanha para o transporte público Implementação do Memorando de Entendimento com UITP 36 • “Anfitrião seguro” projeto que combate a exploração sexual das crianças no • Turismo produzirá um guia muito claro para os sindicatos (incluindo a coordenação com sindicatos de aviação civil sobre o tráfico de crianças) e com a cooperação com a UITA (IUF) sobre toda pesquisa em turismo que vai ajudar a desenvolver uma política clara sobre este importante tema para a seção. • Desenvolveu pesquisa e mapeamento a fim de acelerar os projetos de • sindicalização em dois países AP na coordenação com UNI & UITA (IUF). • Uma empresa do turismo transnacional identificada e sendo considerada • alvo a fim de coordenar a relação da ITF, UITA (IUF) & UNI, filiados e potential gerenciamento. Áreas de potencial de sindicalização foram identificadas. • Ativar redes de sindicatos estabelecidas como empresas-chave. Diálogo • Global estabelecido com o empregador em pelo menos uma empresa. • Programas de sindicalização estabelecidos na Ásia e Pacífico respondendo ao crescimento econômico na região. • Trabalhadores em transportes urbanos recrutados em sindicatos mais poderosos e maiores. • Ações de solidariedade mais efetivas estão defendendo o direito de greve nas operações dos transportes públicos. • Estabeleceu prioridades para defender as metas alcançadas do transporte público através de campanhas e lobbying com UITP. Relações construídas com outras organizações sobre este assunto. • Coordenação operando entre maiores campanhas nacionais e adesão à filiação. • Mais ações efetivas de solidariedade estão defendendo o direito de greve nas operações dos transportes públicos. • Campanhas de transporte sustentável foram alvos e alcançaram seus objetivos. Jovens trabalhadores (as) e mulheres trabalhadoras em transportes aderiram ao programa. • Ao menos três ou quatro sindicatos aumentaram e fortaleceram a partir das campanhas de sindicalização entre grandes números de trabalhadores em condições precárias de trabalho. Treinadores/mentores em sindicalização no setor informal em cada região da ITF. • Unir recomendações estabelecidas sobre treinamento vocacional e equipe de segurança no transporte pública. • Estratégias identificadas para equipar o emprego informal. • Unir campanhas para promover o transporte público. Submissão do sindicato marítimo da Austrália - Maritime Union da Austrália (MUA); moção retirada 35 Nossas prioridades continuação Seção/ Região / Departamento Prioridades Mulheres Trabalhadoras em Transportes Crescer o poder sindical através da sindicalização das mulheres trabalhadoras em transportes Assegurar o progresso das mulheres em transportes na tomada de decisões Apoiar filiados a aumentarem ações sobre questões que tragam mais mulheres trabalhadoras em transportes para o ativismo e serem parte da filiação Jovens Trabalhadores em Transportes Chegar aos filiados através das Seções e das Regiões Desenvolvimento da liderança Mudança Climática Metas para 2018 • Três pontos-chave de sindicalização da ITF na indústria, conexões e corredores, • cadeias de abastecimento alcançaram as metas com a incorporação de estratégias de sindicalização para as mulheres em transportes. • O papel desenvolvido pelas mulheres trabalhadoras em transportes com estratégias de sindicalização e mapeamento. • Projetos específicos de sindicalização das mulheres tiveram ganhos mensuráveis. • Programa de treinamento para mulheres foi desenvolvido e implementado. • Mais mulheres trabalhadoras em transportes em papéis na ITF na tomada de • decisões através de estratégias desenvolvidas com as seções e regiões. • Metas estabelecidas e conhecidas para o aumento do número de mulheres nos papéis de tomada de decisões nos filiados. • Mulheres trabalhadoras em transportes treinadas através dos Programas de liderança da ITF. • Questões das mulheres trabalhadoras em transportes incorporadas ao • programa de prioridades e aos projetos da ITF. • Uma forte campanha “Nosso transporte público” (Our Public Transport) incorporando assuntos das mulheres trabalhadoras e passageiros. • Campanhas igualitárias dos filiados defendendo as mulheres filiadas de maneira mais efetiva. • Uma forte campanha da ITF para eliminar a violência contra as mulheres em aliança com outras organizações sendo implementadas. • Jovens trabalhadores vão ter contribuído para, apoiado e desenvolvido trabalho estratégico industrial, tornando-se parte das campanhas principais da ITF. • Mais filiados da ITF terão atividades que reunirão e farão ativismo dos jovens trabalhadores. • Mais filiados irão estabelecer estruturas dos jovens trabalhadores. • Comitês Nacionais de Coordenação irão participar das atividades dos Jovens Trabalhadores e introduzirão a representação dos Jovens Trabalhadores. • O ativismo de Jovens Trabalhadores terá aumentado em países-chave nos quais jovens trabalhadores são parte de um rápido crescimento da força de trabalho em economias dinâmicas. • Visitas dos Trabalhadores Jovens será organizada para experimentar a situação dos jovens trabalhadores em outros países. • Jovens Trabalhadores são incluídos nos projetos para sindicalizar trabalhadores informais. • Um programa de liderança e para desenvolvimento de mentores será realizado um número de trabalhadores para ter um papel mais ativo e desenvolvido em seu sindicato. • Jovens Trabalhadores engajados nas iniciativas da mudança climática, incluindo participar de conferências e eventos para treinamento. África Fortalecer a ITF Sindicalizar 36 • Ativar filiação na região para desenvolver uma solidariedade mais efetiva com o crescimento da influência e influência para vencer disputas-chave e campanhas. Fortalecer a estrutura sub-regional e regional. • Os Comitês de Coordenação Nacional estabelecidos em mais países. • Sindicatos de países-chave se fortaleceram em capacidade de sindicalizar. • Sindicatos com a participação mais efetiva das mulheres trabalhadoras e jovens trabalhadores. • Sindicatos filiando grande concentração de trabalhadores informais no transporte urbano. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Seção/ Região / Departamento Prioridades Desafiando a liberalização/ defendendo os padrões do trabalho Metas para 2018 • Projetos de Sindicalização de Corredores, promovendo mais influência estratégica e obtendo padrões de trabalho e acordos coletivos. • Sindicatos com coordenação da ITF nos debates intergovernamentais na • região. Ex: ECOWAS (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) Mundo Árabe Fortalecendo a família ITF Sindicalização Desafiando a liberalização/ defendendo os padrões de trabalho • Tornar filiados em ativistas na região para desenvolver uma solidariedade mais efetiva com o aumento da influência e influência para vencer disputas-chave e fazer campanhas. • Comitês de Coordenação Nacional estabelecidos em mais países. • Sindicatos com participação mais efetiva de mulheres e trabalhadores jovens. • Sindicatos Democráticos fortalecidos no Egito, Líbia, Gaza, Cisjordânia, e em outro lugar com a capacidade de sindicalizar. • Grande concentração de trabalhadores informais sendo sindicalizados. • Sindicatos coordenando e exercendo influência nos principais centros de transportes e corredores. • Sindicatos coordenando e exercendo influência sobre a liderança da indústria na cadeia de abastecimento de petróleo e gás. • Sindicatos coordenando a sindicalização na indústria-chave na região. Ex: APM Terminals, Qatar Airways, DHL • Maior pressão exercida pela base sindical e direitos civis nos países do Golfo. • Sindicatos abordando os Direitos das Mulheres. Ásia-Pacífico Fortalecimento da Família ITF Sindicalizar Desafiar a liberalização /defendendo • Fortalecer a estrutura regional para refletir a mudança geográfica do poder econômico. • Comitês Nacionais de Coordenação estabelecidos em mais países, e fortaleceu a estrutura regional e sub-regional. • Relações estratégicas com sindicatos na China. • Ativar filiação na região para uma solidariedade mais efetiva com aumento da influência para ganhar disputas-chave e campanhas. • Principais sindicatos mudando de estrutura sindical baseada na estrutura de toda a indústria. • Sindicatos com participação mais efetiva de mulheres trabalhadoras e de jovens trabalhadores. • Sindicatos coordenando e aumentando a influência na maior parte dos centros e corredores do transporte. • Sindicatos coordenando os projetos na cadeia global de abastecimento. Ex: petróleo e gás, pesca. • Sindicatos coordenando a filiação na indústria-chave na região. Ex: Air Asia, as empresas do transporte urbano. • Novos sistemas de trânsito em massa sendo mapeados e dando início à sindicalização nos locais de trabalho prioritário. • Sindicatos de coordenação da ITF nos diálogos intergovernamental regional Ex: ASEAN. Europa (ETF) Desafiando a liberalização; promovendo transporte sustentável • Rede de sindicatos, movimentos sociais, ONGs estabelecidas e operando no • apoio ao transporte sustentável. • Campanha pela mobilidade justa (fair mobility), influenciando governos e comissão. • Campanha pela qualidade do transporte público. • Todos os meios de influenciar a comissão que reforçou que vai desde o diálogo social mais eficaz às manifestações em massa. 37 Nossas prioridades continuação Seção/ Região / Departamento Prioridades Proteção aos Direitos Sindicais Fortalecer sindicatos Representação transfronteiriça Metas para 2018 • Cooperação de fortalecimento com ETUC e outras ETUFs. • Rede de solidariedade Pan Europeia, incluindo organizações da sociedade civil estabelecidas e trabalho como parte da Conferência da Junta Social e o Processo da cúpula Alter em andamento. • Estabelecimento do Observatório Social Europeu. • Medidas para prevenir que o dumping social seja introduzido. • Mais locais de trabalho em transportes sendo sindicalizados pelos filiados. • Pesquisa da ETF e aumento dos recursos de capacitação. • Atividades da ETF para capacitação com foco nos sindicatos “multiplayers”. • Maior união dos sindicatos e maior fusão dos sindicatos. • Comitês de Coordenação Nacional estabelecidos em mais países. • Sindicatos com mais participação efetiva de mulheres e jovens trabalhadores. • Empresas de produção-chave identificadas e alvo de projetos de sindicalização na cadeia de abastecimento. • Sindicatos nas empresas multinacionais cooperando e implementando as resoluções do congresso. • Estabelecido o fundo de sindicalização transfronteiriça ETF. • Trabalhadores migrantes sendo sindicalizados. • Pactos de assistência mútua feitos entre sindicatos para trabalhadores móveis (mobile workers). • Projeto sobre filiação de membros individuais à ETF está sendo avaliado. • Trabalhadores autônomos sendo trazidos para se sindicalizarem. América Latina e Caribe Fortalecer a ITF Sindicalizar Desafiar a liberalização 38 • Obter filiados na região para divulgar a solidariedade com crescimento da influência para ganhar negociações-chave e campanhas para proteger os direitos sindicais básicos. • Comitês Nacionais de Coordenação estabelecidos em mais países. • Sindicatos com participação mais efetiva das mulheres e dos jovens trabalhadores. • A maior parte dos sindicatos mudando da companhia baseada na estrutura sindical para a estrutura de indústria. • Sindicatos em países-chave que se fortaleceram em resposta às mudanças geográficas no poder econômico. • Sindicatos organizando concentrações de trabalhadores informais. • Coordenação de sindicatos na indústria-chave na região, incluindo empresas locais. • Sindicatos de Coordenação nos projetos da cadeia global de suprimentos. Ex: petróleo e gás, pesca. • Sindicatos de Coordenação da ITF nos diálogos intergovernamental regional Ex: MERCOSUL. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Anexo 1 Capital dos Trabalhadores: submissão do Maritime Union da Austrália (MUA) Este Congresso, reunião em Sofia, Bulgária, de 10 a 16 de agosto de 2014, observa que: 1. Considerando que a poupança dos fundos de pensão dos trabalhadores representa maior e única piscina de capital no mundo, totalizando mais de USD 11 trilhões de dólares37. Somente os Estados Unidos da América têm de 25% a 30% de todos os ativos financeiros em fundos de pensão, incluindo U$1,5 trilhão para fins não lucrativos (NFP) com administradores nomeados pelo sindicato. 2. Considerando que por má administração, taxa de sobrecarga, ganância e corrupção corporativa, as empresas de investimento de Wall Street e bancos desperdiçaram centenas de bilhões de dólares de dinheiro dos fundos de pensão na Crise Financeira Global. Por exemplo, nos EUA, havia fundos públicos de pensão durante os anos de quebra, houve apenas retorno de ganhos modestos iguais aos títulos do Tesouro de 30 anos. Estes ativos públicos de pensão seriam $850 bilhões mais rico que eles foram dois anos antes após a quebra do GFC. 3. Considerando que como a necessidade de capital para reparar, repor e expandir a infraestrutura cresce, e está estimada em um déficit global de trilhões de dólares ao longo da próxima década – a pensão dos trabalhadores representa um recurso crítico para as comunidades ao 37 2002 é uma figura...pode ainda maior ou por causa do GFC, pode ser mais ou menos preciso redor do mundo que precisam de portos, estradas, pontes, sistemas de água, torres de comunicação e de toda uma série de âncoras físicas da sociedade. Tudo no contexto de atualizar a capacidade do mundo para viver com sucesso e decentemente, comércio e endereço das mudanças climáticas. 4. Considerando que, ao mesmo tempo, a instabilidade do mercado financeiro global/mundial e uma onda de fervor anti-sindical gerada por forças neoconservadoras e interesses corporativos poderosos tem varrido todos os filiados da ITF e seus aliados, visando diminuir salários, benefícios e principalmente aposentadorias para estabilizar o retorno financeiro sobre a riqueza, realizada em fundos de pensão (NFP). 5. Considerando que a ITF tem sido recentemente um participante-chave no fortalecimento dos laços entre estrategistas do capital de trabalhadores e administradores dos fundos de pensão na América do Norte, Europa, Austrália e África, especificamente entre Federações Sindicais Internacionais (FSIs), e do Comitê de Capital dos Trabalhadores da CSI (ITUC) que visa: a.construir o valor da piscina de capital dos trabalhadores, b.avançar o objetivo da macro política de criar empregos decentes nas indústrias do futuro, c. maximizar a influência das campanhas dos sindicatos. 39 Anexo 1 continuação 6. Decide proteger e assegurar o investimento prudente e retorno seguro do investimento do acúmulo do fundo de pensão dos trabalhadores. A ITF se compromete a solidificar e a expandir seu trabalho e liderança na arena de capital dos trabalhadores, com o compromisso adequado de recursos com foco em: a.construir redes e alianças entre os filiados da ITF e nãofiliados em todo o mundo e com outras FSIs b.construir a capacidade de pesquisa e mapeamento em curadores e atividades do fundo de pensão c. expandir a educação fiduciária d.construir educação militante sindical envolvendo iniciativas do capital de trabalhadores em suas campanhas prioritárias e.construir a política de defesa e investigação f. desenvolvimento do ativismo dos acionistas para apoiar campanhas prioritárias de sindicalização e elevar padrões de trabalho g.envolver-se mais profundamente, e de forma eficaz em campanhas coordenadas para utilizar o capital dos trabalhadores para ajudar na sindicalização e campanhas de negociação para pressionar empresas a desistir do comportamento anti-sindical, particularmente para construir relações com administradores/curadores/depositários e equipes, então decisões de significância são tomadas com o fator trabalho com base nos princípios do movimento trabalhista h.engajar-se em campanhas coordenadas para reduzir as taxas exorbitantes cobradas por Wall Street que drenam bilhões de dólares longe dos ativos de pensão dos trabalhadores i. deslocando a jurisprudência internacional para ampliar a capacidade dos sindicatos de trabalhadores a implantar o capital, expandindo a definição de “o máximo retorno sobre o investimento” para incluir retornos societariamente benéficos tais como projetos de altos salários, infraestrutura ambientalmente corretas e veículos de investimento estável j. explorando agressivamente dirigindo capitais dos trabalhadores para projetos de investimentos em infraestrutura financeiramente prudentes no setor público e privado e em outros veículos de investimento 40 7. Comprometa-se com as 3 seguintes prioridades: a.intensificação do trabalho atual (exercício do mapeamento de curadores sindicais e centros de especialização de TU e pesquisa; investir no engajamento com gestores de fundos; ligações com campanhas de sindicalização; planejar membros sobre as ligações entre as pensões seguras e administração de capital) b.desenvolver novos modelos de investimento (tornando os direitos trabalhistas mais visíveis no âmbito ESG; responsabilidade do governo para promover o capital paciente e crescimento de inclusivo, empregos de qualidade, aumentar a exposição dos ativos do proprietário à infraestrutura, economia verde, a economia do cuidado, e c. novas fronteiras/novas ferramentas (novas piscinas de capital e de produtos para ajudar a desbloquear a criação de empregos, aumento de ativos do proprietário/gerente divulgação e transparência; uso eficaz das Diretrizes da OCDE MNE e de outras ferramentas de prestação de contas corporativas, incluindo relacionados com a cadeia de fornecimento; considerar um TU - apoiado pela capacidade de classificações ESG. 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Anexo 2 Automação e nova tecnologia: submissão do sindicato Maritime Union of Australia (MUA) O 43º Congresso da ITF em Sofia, na Bulgária de 10 a 16 de agosto de 2014; 1. O Congresso observa o crescente ritmo de automação e novas tecnologias em operações de estiva de contêiner em nível internacional. A revolução científica e tecnológica continuará independente da nossa vontade coletiva, mas a ITF e seus filiados tomarão uma posição firme contra a automação e nova tecnologia que está sendo usada como uma ferramenta para destruir os sindicatos e negociação coletiva. Notamos que o resultado final dos terminais automatizados é a maior rentabilidade para os estivadores, particularmente GNTs, o resultado prático para os trabalhadores é muitas vezes a perda de emprego e prática anti-sindical (union busting). A metodologia da implementação das novas tecnologias e automação é uma questão crítica para os(as) trabalhadores(as) e seus sindicatos. 2. O Congresso resolve que as negociações em torno da automação e as novas tecnologias são vitais e essas novas tecnologias devem ser implementadas com a negociação completa e acordo com os sindicatos envolvidos. As demandas da ITF “não automação sem negociação”. Essas negociações devem ser abrangidas por convenções coletivas sindicais. 3. O Congresso resolve a necessidade de melhorar as condições trabalhistas ao longo do aumento massivo do lucro das empresas devido à implementação da automação e nova tecnologia. 4. O Congresso resolve que a redução da carga horária de trabalho é uma reivindicação básica e fundamental que pode entregar os trabalhadores apenas parte do “bolo” resultante dessas mudanças históricas e revolucionárias no local de trabalho. A ITF apoia redução de horas com o objetivo de ver estivadores trabalhando internacionalmente em uma semana de 30 horas, em reconhecimento do aumento dos lucros e produtividade decorrentes da automação e novas tecnologias no local de trabalho. 5. O Congresso resolve que todo o trabalho dentro do terminal e local de trabalho e do trabalho associado com o controle das operações dentro e fora do terminal e local de trabalho, deve ser coberto por estivadores seus legítimos sindicatos. Cobertura, abrangência e/ou questões de jurisdição devem refletir no acordo coletivo negociado com os sindicatos legítimos que representam a força de trabalho. 6. O Congresso reconhece a importância do papel dos trabalhadores de manutenção dos terminais implementando e operando sob sistemas automatizados e novos modos tecnológicos de operação. O Congresso decide que o trabalho de manutenção deve vir sob a jurisdição dos estivadores sindicatos legítimos. Isto inclui 41 Anexo 2 continuação todos os trabalhos realizados em novas máquinas, tanto dentro como fora, e não deve ser prejudicada por qualquer noção de períodos de “garantia”. Onde existem períodos de “garantia” que devem ser utilizados como períodos de formação para os trabalhadores da casa de manutenção cobertos por acordos coletivos sindicais. 7. O Congresso decide que todas as obrigações do escritório novo ou antigo devem permanecer sob a cobertura e jurisdição dos legítimos sindicatos dos portuários que estejam cobertos por acordos coletivos sindicais. 8. O Congresso lembra o impacto social negativo da automação e novas tecnologias. Os sindicatos aceitam a inevitabilidade da redução da força de trabalho devido ao número de automação e novas tecnologias. A ITF porém é fortemente da visão, e resolve que os pacotes de redundância para os(as) trabalhadores(as) deslocados da indústria devem ser apropriados e adequados. Isso significa que pacotes de indenização e redundância atualmente existentes devem ter aumentado consideravelmente. A redundância deve ser utilizada como último recurso, e todos os meios disponíveis para os empregadores e os sindicatos devem ser focados na redução da redundância. Isto implica a reciclagem completa e pacotes de melhorias sejam implementados e negociados nos acordos coletivos entre sindicatos e empregadores(as). 42 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƵƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em tr ttransportes ansporrtes lut lutando! a ando! Anexo 3 Idade Mínima: submissão do UNIFOR do Canadá Este Congresso, reunião em Sofia, Bulgária, de 10 a 16 de agosto de 2014, resolve que: 1. Considerando que segundo às estatísticas de compensação do trabalho, o(a) jovem trabalhador(a) é mais suscetível de se ferir ou morrer no trabalho; e 2. Considerando que as leis de idade mínima são escritas para evitar lesões e morte, promover a educação sobre a produtividade e impedir a exploração do(a) trabalhador(a) desconhecido por reclamações à espreita; e 3. Considerando que o Canadá, Índia e México estão entre os 19 países que ainda não ratificaram a Convenção 138 da OIT (Idade Mínima de Trabalho); e 4. Considerando que nem todas as províncias canadenses têm leis de idade mínima que atendam a Convenção 138, e o Canadá não irá se juntar à diretiva da OIT até que a província conheça o padrão; e 5. Considerando, em vez de fortalecer as leis trabalhistas para proteger os(as) jovens trabalhadores(as) contra exploração e lesões, a pressão descendente sobre a idade mínima de trabalho, combinada com a ausência de educação adequada no local de trabalho e iniciativas de formação, representa mais uma erosão das normas do mercado de trabalho; e 6. Considerando que o Artigo 1 da Convenção 138, estados signatários que são membros de uma política nacional que venha a abolir o trabalho infantil e elevar progressivamente a idade mínima para se ter emprego num nível consistente com o pleno desenvolvimento físico e mental dos jovens; e Resolve que a. que a ITF chame a atenção dos governos federais em 19 países que não assinaram a Convenção 138 da OIT (idade mínima de trabalho) para a metade do declínio corrente nas leis de idade mínima; e b. que a ITF se compromete a trabalhar na solidariedade com outras centrais sindicais e outros aliados em sua luta contra todas as formas de trabalho infantil em todo o mundo; e c. que a ITF chama os governos federais, provinciais e territoriais canadenses para alinhar sua respectiva idade mínima de leis de trabalho de acordo com a Convenção 138 da OIT (não menos do que a idade da escolaridade obrigatória), e para garantir que todos os termos e condições que cercam as expectativas limitadas a estas leis (não inferior a 13 anos de idade para o trabalho “light”) incluem uma ampla gama de proteções, incluindo restrições razoáveis de horas de trabalho, os direitos no local de trabalho de treinamento de formação de consciência, saúde e segurança no trabalho, mecanismos adequados de fiscalização e de aplicação da província, juntamente com outras iniciativas. 43 43º 43 3º Congresso Co ongress r o daa ITFF ĂĐ ĂĐƌŝƐĞŐůŽďĂůăũƵƐƟĕĂŐůŽďĂů͗ ĐƌŝƐĞŐůŽ ŽďĂůăũƵ ƐƟĕĂŐůŽ ŽďĂů͗ TTrabalhadores rab balhadores r em ttr transportes ansporrtes lut lutando! a ando! Federaçao ̃ Internacional dos Trabalhadores em Transportes 49-60 Borough Road, Londres SE1 1DR, Reino Unido Tel: +44 (0)20 7403 2733 Fax: +44 (0)20 7357 7871 www.itfglobal.org www.facebook.com/ITFglobal @itfglobalunion 44