Próximo Quadro Comunitário valoriza a agricultura

Transcrição

Próximo Quadro Comunitário valoriza a agricultura
Distribuído com o Expresso. Venda interdita.
UM JORNAL COMPLETO
DIRETOR
Paulo Neto
pág. 02 > PRAÇA PÚBLICA
Semanário
18 a 24 de abril de 2013
pág. 06 > ABERTURA
pág. 10 > À CONVERSA
pág. 12 > REGIÃO
Ano 12
N.º 578
centrais > SUPLEMENTO
pág. 24 > ECONOMIA
1 Euro
pág. 27 > DESPORTO
pág. 29 > EM FOCO
Publicidade
pág. 32 > SAÚDE
REGIÃO DE VISEU
pág. 34 > CLASSIFICADOS
·
Avenida Alber to S ampaio, 130 - 3510 - 028 V iseu ·
novo p
SEMANÁRIO DA
pág. 30 > CULTURA
| Telefone: 232 437 461
m
co
Agora ço
xxx
re
0,80 Euros
pág. 23 > EDUCAÇÃO
Novo acordo ortográfico
[email protected]
·
w w w.jornaldocentro.p t |
“Próximo Quadro Comunitário
valoriza a agricultura nacional”
∑ Afirmou o secretário de Estado Vieira e Brito,
na conferência sobre Viseu e Balança Alimentar
Publicidade
José Alfredo
| págs. 6, 7 e 8
2
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
praçapública
Temos muitos depu- rNunca fui um polí- r Não
rAinda se escondem r
tados cujas idades se
muito os cegos”
situam numa classe
etária alta e que, no meu
entender, deveriam dar
lugar a deputados mais
jovens. Precisamos de
ideias novas, de alternativas, de gente com
“sangue na guelra”,
como diz o povo, que
traga um contributo
diferente a este País.”
palavras
deles
Sara Lourenço
Atílio Nunes
Coordenadora da delegação de Viseu da Associação dos Cegos
e Amblíopes de Portugal
(Declarações ao Jornal do Centro, 12 de abril)
Editorial
Paulo Neto
Diretor do Jornal do Centro
[email protected]
tico do “sim” quando
a resposta tem de ser
“não”, e muito menos o
fui do “nim”. Nada pior
do que falsos pagadores de promessas. As
pessoas merecem o
nosso respeito”
Afonso Abrantes
Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal,
em entrevista ao Jornal do Centro
Presidente da Câmara Municipal de Mortágua,
em entrevista ao Jornal do Centro
temos qualquer dúvida que o
desenvolvimento dos
nossos territórios passará pela inovação, pela
competitividade, pelo
trabalho em rede e
naturalmente por aproveitar as imensas possibilidades que temos
no nosso território”
Carlos Marta
Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões
Mudanças…
Os dois grandes marcos das últimas quatro décadas da História
de Portugal foram a revolução de
Abril de 1974 e a adesão do nosso
país à CEE, em Janeiro de 1986.
Como disse o investigador José
Manuel Seabra, há dias, na apresentação do seu último livro em
Viseu, com o 25 de Abril Portugal
perdeu o império colonial, aliás
numa irrefragável lógica do que
vinha a suceder com os maiores
países imperialistas do mundo, a
Inglaterra, a França, a Bélgica…
Acabou também quase meio
século de Estado Novo no qual
pontificaram Oliveira Salazar e
Marcelo Caetano. O 25 de Abril
abriu caminho à polémica independência das colónias, mais no
modo que na essência. O êxodo
de centenas de milhares de portugueses oriundos da Guiné, Angola e Moçambique gerou profundíssimas tensões sociais. Os
que vinham traziam a revolta
de quem tudo perde. Deixavam
de ser africanos em África e não
eram portugueses em Portugal,
que para muitos nem pátria era.
Portugal deu a independência às
colónias e ao aderir à CEE deu
a sua autonomia a uma ilusória
confederação de países europeus
com subterrâneas, astutas e pérfidas lógicas económicas dos países ricos do norte, que só agora
se começam a evidenciar e cujo
futuro se adivinha calamitoso.
Nestas quatro décadas, à velocidade vertiginosa desta era, foram tantas e tão súbitas as mudanças, que no meio do nosso
atordoamento ainda não abarcámos a amplitude e consequências
de tal mutabilidade.
A nossa agricultura está a bulir. Diz quem sabe. E quem sabe
esteve presente na conferência
sobre a “Balança Alimentar Contributos para o futuro”, promovida pela AIRV em parceria
com o Jornal do Centro, no passado dia 12 deste mês, em Viseu.
Entre técnicos, especialistas,
docentes do ensino superior, empresários, governantes e ex-governantes, o perfil traçado durante três horas de prelecções e
debate deixaram-nos fundadas
esperanças no crescimento e ri-
S. João da Pesqueira
Armamar
Cinfães
Resende
Lamego
Tabuaço
Tarouca
Penedono
Moimenta da Beira
Sernancelhe
Vila Nova de Paiva
Castro Daire
S. Pedro do Sul
Satão
Oliveria de Frades
Viseu
Nelas
Tondela
Mortágua
S. Comba Dão
queza do
sector agrícola e pecuMangualde
ário na nossa
região. Ainda
há muito a fazer
para equilibrar a balança
entre a produção e o consumo,
mas a redignificação do sector
está em marcha com inovação,
juventude e investigação, contanPenalva do Castelo
Vouzela
Carregal do Sal
Se o poder central tem sido
o corrupio de gente política de
segunda qualidade, em geral, o
a câmara, há vinte anos, nasciam
140 crianças por ano. Hoje nascem 40”. E é este, agora, o novo
desafio: o da captação e fixação
dos mais jovens, com estímulos
que vão desde o trabalho à natalidade.
poder local tem tido, nestes últimos vinte anos, no distrito de
Viseu, autarcas de grande mérito e competência que, em duas
décadas, mudaram completamente o rosto dos seus concelhos, fazendo obras que deveriam
existir há muito e dando um notável contributo para a qualidade de vida dos seus munícipes.
Hoje, em todas as vinte e quatro
autarquias do distrito de Viseu
há infra estruturas sociais relevantes. E se há ainda lacunas nessa qualidade, elas são, em geral,
de cariz e origem supramunicipal e devidas ao poder central,
nomeadamente em dois sectores
charneira: a Educação e a Saúde. Actualmente, o grave problema de todo o interior é o recuo
demográfico. Confessava-me há
dias um edil: “Quando vim para
do com empresas locais líderes
no sector e com projectos valiosos desenvolvidos por docentes
e discentes do IPV, assim como
com a intervenção das comunidades intermunicipais.
No âmbito das comemorações
de Abril, no nosso distrito, destaca-se a autarquia de Sernancelhe pela elevação que lhes concede. E este 25 de Abril não é excepção, contando com a presença
de Dom Manuel Martins, bispo
emérito de Setúbal, Miguel Veiga, um dos fundadores do PSD,
Barbosa de Melo, ex-presidente
da AR, Lima Bastos, advogado e
escritor, a Academia de Música
local, Orquestra Filarmonia das
Beiras, André Cardoso e Paulo de
Carvalho. Um grande dia…
Em todos os concelhos, mangas arregaçadas, preparam-se,
com denodo e empenhamento as
autárquicas 2013. Salutar fruto da
democracia, apesar da partidocracia, por vezes, tão confrangedoramente redutora e tão clubisticamente limitativa, elas aí
estão. É hora do povo dar os seus
prémios limão e laranja aos candidatos que os merecerem.
Na sede do distrito, só um candidato está activo: José Junqueiro. Naturalmente e por obrigação de funções governativas,
Almeida Henriques só começará a lavrar sua leira em Maio.
Hélder Amaral parece o candidato “nim”. Quer dizer: tem
que ser mas não quer ser. E por
isso, vai adiando, vai adiando,
vai adiando… à espera de uma
bóia salvadora que não só tarda
a chegar como, provavelmente chegará sem ar… A fábula da
cigarra e da formiga com novos
protagonistas?
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 3
Jornal do Centro
18| abril | 2013
números
estrelas
6000
Número de espectadores confirmados no jogo
do passado domingo entre
o Académico de Viseu e o
Sporting de Espinho, que
decorreu no Fontelo.
Importa-se
de
responder?
Hélder Amaral
Presidente da
Comissão Política Distrital
do CDS/PP
Mota Faria
Presidente da Comissão
Política Distrital do PSD
A avocada unanimidade na escolha dos candidatos às autárquicas no distrito ficou manchada
com a demissão da comissão política concelhia de S. Pedro do Sul,
em discordância com a escolha do
candidato.
Num momento em que os partidos já apresentaram os seus candidatos a Viseu, o CDS/PP continua em ponto-morto.
Sim. Acho que é importante a câmara desenvolver este tipo
de atividades de maneira a conseguir fazer chegar a cultura
aos viseenses.
Isabel Pacheco
Daniela Nunes
Jornalista
Administrativa
Sim, conheço. O “Viseu Naturalmente” é uma iniciativa
cultural louvável de todos os pontos de vista. Além de dar a
conhecer os projetos culturais existentes na região, oferece a
todos os viseenses um leque cultural abrangente , contribuindo para fazer de Viseu, a melhor Cidade para viver...
David Santiago
O antigo Grémio local é rest a u r a d o e g a n h a n ovo a le n to, dando vida à cidade, ao acol her o Cent ro de I novação
e Dinamização Empresarial de
Mangualde.
Conhece o “Viseu Naturalmente”?
O que acha?
Sim, sei o que é. Já não estou em Viseu há três anos, mas
posso dizer que acho a iniciativa positiva. No entanto, penso
que devia inovar. Peca pela repetição dos eventos e das actividades programadas.
Opinião
João Azevedo
Presidente da Câmara
Municipal de Mangualde
Sim, conheço. Acho que é um programa bastante bom e
interessante criado pela Câmara Municipal de Viseu contendo várias actividades e eventos que contribuem para a
dinamização da nossa cidade a nível cultural e social.
Na minha opinião é um projecto que contribui para que
Viseu seja uma das cidades com melhor qualidade de vida a
nível nacional.
Paulo Lima
João Taveira
Pianista
Estudante
A Cortina de Ferro Horizontal
As várias tropelias que têm marcado
a agenda mediática da nossa comunicação social e respectivos comentadores
políticos, têm “chutado para canto”
aquilo que seria, já era e é cada vez mais
fundamental discutir - a Europa.
Até há dois pares de semanas todos
os caminhos iam dar a Roma, devido
à eleição de um Papa jesuíta e também
pela incapacidade do regime político
italiano conseguir desenvencilhar-se
do novelo criado com o resultado das
últimas eleições legislativas. As esperanças, então depositadas na coragem
e seriedade política do presidente Napolitano, esqueciam que sem o acordo
entre dois dos três partidos mais votados, ele nada poderia fazer. Estava, e
permanece, impedido de apostar novamente num governo de iniciativa
presidencial, como fizera com Monti,
depois dos resultados deste nas últimas eleições. Assim, a república italiana viu-se prostrada a uma indefinição
que nos tolhe dois dos políticos mais
sérios e corajosos com quem a Europa
contou e poderia ainda contar.
A imprevisibilidade do que sucederá em Itália não parece fazer eco no
cada vez mais provável resultado para
chanceler da Alemanha, nem naquilo
que continua a ser o rumo de uma política europeia, marcada por uma austeridade que assume a forma de braço
armado numa guerra norte-sul, cujos
efeitos e resultados são conhecidos. O
sucedido no Chipre foi mais uma demonstração do autismo político dos
governantes alemães e da irrelevância
dos seus pares. Entretanto, agora que,
por entre a espuma dos dias, já esquecemos a Itália e o Chipre, fechamos
os olhos ao que se passa na Hungria,
Bulgária e Eslovénia. A Europa negligencia tudo aquilo que não tenha a ver
com o estrito cumprimento dos défices.
A preocupação com o nosso quintal,
negligenciando o quintal do vizinho,
sempre que este cumpra a cartilha importada, é, nos termos clássicos, equivalente à saída da pólis (cidade), dada a
não prossecução do bem-comum, e o
regresso à oikos (casa), porque subme-
tidos ao oikos despote (déspota). Cada
um dos membros da zona euro está
remetido à sua oikos, perdeu a liberdade, porque dominado por um déspota
omnipotente que, sustentado na única
oikos com real dimensão física e saúde
financeira, submete as restantes oikos
e suas comunidades.
Esta nova realidade europeia criou
uma nova cortina de ferro, desta feita
horizontal, que divide os calvinistas ricos dos pobres “alunos invejosos”, agora ainda mais invejosos porque abrangidos pela fome, cuja fronteira, como
há muito Adriano Moreira vem sublinhando, já transpôs o Mediterrâneo
em direcção a norte. O desenlace poderá estar ao virar da esquina.
4 PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO
Opinião
Diretor
Paulo Neto, C.P. n.º TE-261
[email protected]
Redação
([email protected])
Emília Amaral, C.P. n.º 3955
[email protected]
Micaela Costa, (estagiária)
[email protected]
Maria do Céu Sobral
Geóloga
[email protected]
Departamento Comercial
[email protected]
Diretora: Catarina Fonte
[email protected]
Ana Paula Duarte
[email protected]
Departamento Gráfico
Marcos Rebelo
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
Desperdício
Ação ou efeito de desperdiçar, esbanjamento; e por ironia da língua
designa também o conjunto de “desperdícios” gerados em subprodutos
e produtos da indústria têxtil, que é
normalmente usado por mecânicos
para limpar as mãos, e que é afinal
um produto reciclado a 100%. Foi
emitida durante a semana anterior
uma reportagem que tentava mostrar onde o país desperdiçava 50%
de toda a sua produção, chegando
à conclusão que a maior parte desse desperdício dava-se logo na fase
inicial do processo produtivo, principalmente na agricultura, em que
a normalização de produtos leva a
que milhares de toneladas de produtos sejam deixados no campo e nas
árvores por não cumprirem os objetivos standard. A produção agrícola
em regime intensivo permitiu que
esses desperdícios descessem em
percentagem em comparação com
a produção mais artesanal, mas é
obviamente impossível reduzi-los
a zero, mas poderia ser possível arranjar solução para a maior parte
deles. Em França, existe um costume apoiado por uma Lei secular do
Código Penal, que de uma maneira
quase romântica e retratada até em
quadro por Millet, permite que Rebuscadores e Respigadores façam
rebusca (árvores) e respiga (solo)
entre o nascer e o pôr-do-sol, por
necessidade ou por prazer, também
ele considerado uma necessidade,
tornando o desperdício inicial muito mais baixo e enriquecendo em
frescos as dispensas de muitas famílias. Em Portugal este costume
ainda não se pratica, e o pensamento mais rápido seria doar esses bens
que não têm valor comercial, mas os
custos associados à apanha e preparação são insuportáveis sem qualquer tipo de retorno. Neste momento o maior custo que se soma ao valor de um determinado produto, é o
custo energético da produção, resul-
[email protected]
Serviços Administrativos
Sabina Figueiredo
[email protected]
Impressão
GRAFEDISPORT
Impressão e Artes Gráficas, SA
Opinião
Por Portugal, pelos portugueses e pelos depósitos
Distribuição
Vasp
Tiragem média
6.000 exemplares por edição
Sede e Redação
Avenida Alberto Sampaio, 130
3510-028 Viseu
Apartado 163
Telefone 232 437 461
E-mail
[email protected]
Elísio Oliveira
Economista
Internet
www.jornaldocentro.pt
Propriedade
O Centro–Produção e Edição
de Conteúdos, Lda.
Contribuinte Nº 505 994 666
Capital Social 114.500 Euros
Depósito Legal Nº 44 731 - 91
Título registado na ERC sob
o nº 124 008
SHI SGPS SA
Sob o desígnio de garantir a
sustentabilidade das finanças públicas e reganhar a credibilidade nos
mercados financeiros internacionais, o governo e a troika sangram
a economia, definham a sociedade
e não logram alcançar os objectivos
propostos.
Pelo desiderato do controle do
défice e da dívida pública recorrese a instrumentos de política macroeconómica de austeridade que, pelo
seu excesso, nos afastam dos objectivos a que se propõem e destroem
as bases que haveriam de os garantir no futuro.
Assim, uma fiscalidade excessivamente agressiva não resulta na
receita desejada. O corte brutal nos
investimentos tem efeitos multipli-
Gerência
Pedro Santiago
Os artigos de opinião publicados
no Jornal do Centro são da
exclusiva responsabilidade
dos seus autores. • O Jornal
reserva-se o direito de
seleccionar e, eventualmente,
reduzir os textos enviados para
a secção “Cartas ao Director”.
Opinião
Semanário
Sai à quinta-feira
Membro de:
Sílvia Vermelho
Politóloga
Associação Portuguesa
de Imprensa
União Portuguesa
da Imprensa Regional
Fácil de entender
Tinha, no início dos anos 90, uma
cassete de vídeo gravada com uma
animação sobre “a história da actividade económica”. Vi aquilo um
cento de vezes, nas aulas da minha
mãe (Professora) ou em casa. Apesar de nem o filme ter conseguido despertar-me o interesse para
a área dominante da minha família – as ciências económicas – recordo-o hoje, contudo, como as minhas lições fundacionais de “como
o mundo funciona”. E, nessas lições, ficou-me muito clara a ideia
de que o dinheiro era um meio, usado na troca de bens: tinha uma cor-
respondência directa com um produto ou com um serviço, tangível
ou não. O dinheiro não existia per
se, enquanto produto ou resultado de uma actividade económica,
o dinheiro era o meio pelo qual se
facilitaram as trocas, permitindo
que estas se estabelecessem de forma não directa e, portanto, menos
constrangida.
“Governo da casa”, já diziam os
gregos, a economia é uma ciência
real, sendo a formalização académica dos nossos mecanismos de sobrevivência, enquanto ser individual e enquanto espécie. Não há “se-
gredo” no que deve ser uma “boa”
economia: esta deve satisfazer necessidades em função de recursos
que são, naturalmente, limitados,
escassos ou menos escassos. E isto
também é fácil de entender: afinal
de contas, a Terra, hoje, ainda é um
sistema fechado: não realizamos
trocas materiais controladas com
Marte ou com a Lua, cingimo-nos
ao que temos à nossa disposição
aqui, neste nosso planeta: os recursos minerais, os recursos hídricos,
o solo… O resto é história e sabemo-lo bem: os avanços tecnológicos
permitiram um melhor controlo
OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA 5
Jornal do Centro
18| abril | 2013
tado dos elevados preços praticados, em
especial na energia elétrica. Como país
que lidera a lista da União Europeia da
produção de energias renováveis, com
70% da energia total a ser conseguida de forma sustentável, e financiado
para que assim fosse, não se compreende o preço a que temos de a pagar (não
considerando teorias recentemente
divulgadas), se fizemos tanto investimento para cumprir metas principalmente ambientais, porque não somos
recompensados? Está a ser produzida
cada vez mais energia e cada vez de
forma mais limpa e sustentável, mas é
desperdício enquanto não beneficiar
quem dela precisa, se não permitir que
cadores recessivos. A excessiva sangria
da procura interna não é suficientemente compensada pela relativa performance
das exportações. Em consequência, o
PIB cai fortemente e torna relativamente maior uma dívida que aumenta em
valor absoluto. Ano após ano, estamos a
criar uma dívida monstruosa que já atinge 205.000 milhões de euros e 123 % do
PIB e, se nada de profundo for feito em
termos de negociações, vai afirmar-se,
pela enormidade dos juros a pagar, uma
força de desequilíbrio orçamental e um
travão à melhoria dos custos de contexto, nomeadamente no domínio de uma
fiscalidade mais dinamizadora da economia e atractiva do investimento.
A sociedade tem que acomodar cada
vez mais desemprego, emigração, menos regalias sociais e menos rendimen-
sobre a natureza, o que solidificou o
sedentarismo e a agricultura de subsistência, permitindo às comunidades humanas prosperarem nos territórios em
que se fixaram.
O final do século XIX estabeleceu,
com a proliferação do novo paradigma
social e económico trazido pela Revolução Industrial, a economia como a conhecemos até hoje. A normalização da
“economia do salário”, baseada na remuneração, em dinheiro, pelo trabalho
desenvolvido nas fábricas e nas obras
públicas, alterou profundamente as estruturas demográficas, sociais e económicas das sociedades até então. A urba-
o custo dos produtos que dela dependem possa baixar, tornando as exportações mais competitivas e ajudando a
economia. Esta relação de desperdício
na produção, desperdício na execução
e finalização, é muito comum por cá,
grandes ideias, grandes investimentos,
muito poucas repercussões no cliente
final, e verifica o sinónimo, esbanjamento. Resultado de muito esbanjamento e muito desperdício, talvez não
esteja longe o dia em que retrataremos
para a posteridade, provavelmente não
em quadro mas em fotografia, os Rebuscadores e Respigadores portugueses, infelizmente pela necessidade e
não pelo prazer.
to disponível.
Entre 2011 e 2013 os portugueses estão
a registar um empobrecimento colectivo
de cerca de 12mil milhões de euros. Em
2013 estaremos com um nível de riqueza
próxima do ano 2000. É como se estivéssemos 13 anos parados no tempo. Os portugueses estão a empobrecer de forma
acelerada, pela via da menor produção
de riqueza, da diminuição dos salários,da
redução de regalias sociais, mas também
pela via da desvalorização do seu património. Hoje muitos portugueses estão,
por exemplo, a pagar empréstimos sobre um valor que as respectivas casas já
não têm.
Os resultados actuais não caíram do
céu, têm antecedentes práticos: as políticas públicas de quem nos tem go-
nização, a industrialização e a família
nuclear foram respostas a uma nova forma de poder e dominação: a do empre-
vernado.
Os últimos 5 anos de governação, a receita da tróika e um contexto de crise internacional conduziram o país a um labirinto e não se descortina uma perspectiva promissora para os portugueses.
Para vencer esta dramática encruzilhada em que deixamos cair a nossa história
colectiva, necessitamos cada vez mais
de um reforço de base governativa e da
base social de apoio, com maior abrangência, maior equilíbrio interno de posições, maior capacidade negocial no plano
internacional e uma visão de futuro para
o que é essencial e estruturante.
Foram os governos liderados pelo PS e
pelo PSD que neste período tutelaram a
degradação da situação nacional, embora num contexto de crise internacional.
A gravidade da situação deve ter uma
resposta extraordinária, um verdadeiro
pacto de regime. Os ombros de apenas
um destes partidos serão sempre fracos
para carregar a dimensão e a eficácia das
exigências que nos esperam.
Não é tempo de aventureirismos nem
de egoísmos ideológicos ou partidários.
É tempo de unir esforços para evitar uma
calamidade nacional sem precedentes.
Pelo país, pelos portugueses e pelos depósitos.
É tempo de os responsáveis políticos se
deixarem de jogos partidários e afirmarem um generoso e vincado sentido patriótico. É necessário federar responsabilidades, capacidades e compromissos,
para equilibrar as finanças públicas, reafirmar a confiança internacional, refundar a economia, evitar a pobreza e salvar
a essência do estado social.
gador sobre o assalariado. Deixámos de
ter, também, competição pelo fim último – a comida ou o acesso a água potá-
vel – e passámos a ter competição pelo
meio – o posto de trabalho com vista à
remuneração. Basicamente, o mundo
ocidental transformou o objectivo último da espécie – a sobrevivência – buscando-a não directamente (através do
acesso à terra e aos meios de produção)
mas através do salário.
Ao dissociar-nos da nossa realidade
enquanto ser vivo e com necessidades
biológicas primordiais, o salário tem
sido, simultaneamente uma falsa carta
de alforria da nossa dependência da natureza e a corrente escravizadora do irrealismo, conveniente a certas élites.
Só há liberdade na realidade.
Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico
Jornal do Centro
6
abertura
18 | abril | 2013
textos ∑ Emília Amaral / Micaela Costa
Agricultura
Paulo Neto
Que futuro?
O secretário de Estado da Alimentação
e da Investigação Agroalimentar, Nuno
Vieira e Brito reforçou em Viseu a ideia
que tem vindo a ser transmitida de que
o próximo Quadro Comunitário (20142020) vai ter uma forte aposta no reforço
das organizações de produtores e na área
da investigação, com vista à inovação e à
valorização da agricultura nacional.
“O novo Quadro [Comunitário] tem
um eixo muito importante no reforço
das organizações dos produtores e no
reforço da área da investigação e da inovação, em parceria entre as associações
dos agricultores, as universidades e os
politécnicos e a administração pública,
ou seja, um dos maiores desafios que temos será necessariamente o reforço destas organizações de produtores e trazer
mais valor aos produtos que nós fazemos
bem”, destacou o secretário de Estado no
encerramento da conferência “Viseu e a
Balança Alimentar - Contributos para o
Futuro”, organizada pela Associação Empresarial da Região de Viseu, em parceria com o Jornal do Centro, na passada
sexta-feira, no Hotel Montebelo.
Nuno Vieira e Brito destacou a região
de Viseu por estar a apostar em sectores em “franca expansão” como os ovos,
o vinho e o leite (o azeite também faz
parte dessa dinâmica), que contribuem
para “reduzir o balanço das importações” do país: O governante defendeu
uma “aposta na tipologia do produto” ao
dar o exemplo da referência para saúde
que “o consumidor cada vez mais toma
a sério”.
“Não há nada melhor do que vender ou
produzir produtos que tenham uma referência de bons para a saúde…, essa valorização é uma valorização necessariamente do consumidor, mas também sob
o ponto de vista da exportação”, referiu.
Para o secretário de Estado, a agricultura e as perspetivas que o novo Quadro Comunitário deixa antever são uma
oportunidade para os jovens, incentivando-os a olhar para o sector “como
uma profissão de futuro e com elevação”,
aproveitando as capacidades da terra e
os incentivos comunitários, num quadro
de maior formação dos agricultores e de
aposta na investigação.
Nuno Vieira e Brito salientou a necessidade de o país se saber posicionar em
três níveis de mercado: “os mercados de
proximidade que devem ser estimulados”, o mercado nacional com um estímulo “à compra daquilo que é português
e, depois, as exportações.
Qualidade. “As nossas empresas agrícolas devem apostar não na quantidade
mas na diferenciação, na qualidade, na
qualificação. As empresas agrícolas têm
que trabalhar em rede”, foi desta forma
que o presidente da AIRV, João Cotta
abriu a conferência, onde ao longo de
três horas se abordaram diferentes sectores: vinho, produtos lácteos, horticultura, financiamento de empresas e qualificação.
O dirigente defendeu a aposta na investigação aplicada, apelando aos deputados
e autarcas presentes para que “lutem por
isso” sem receios.
“O IPV (Instituto Politécnico de Viseu)
tem particular responsabilidade nisto e
tem que contribuir para a formação dos
técnicos, para a investigação aplicada. Se
há área em que Portugal não pode deixar
de investir é na investigação aplicada e
não pode voltar atrás”, sublinhou.
Inovação. João Paulo Gouveia, docente da Escola Superior Agrária do IPV,
na sua intervenção, afirmou que o setor agrícola e agroalimentar tem “revelado capacidade para resistir” e, em alguns casos “progredir”, num contexto
de “instabilidade”. Para isso “é necessário vencer desafios”, um deles “assenta
numa aposta clara no conceito de fileira
de vários produtos endógenos e na inovação, tanto ao nível do produto, como
da embalagem e dos serviços agregados,
alicerçadas na tão necessária formação”,
afirmou. João Paulo Gouveia referiu ainda que “estes desafios só podem ser ganhos com incentivo na formação de técnicos especializados e em atividades de
investigação e desenvolvimento”.
Para o docente “Viseu é uma região
com uma forte componente agrícola e
agroalimentar” e, por isso, “constituem
um verdadeiro espaço de desenvolvimento integrado”.
Jornal do Centro
18| abril | 2013
Marta Moreira
Rosário Gama
Arlindo Cunha
“O principal apoio público ao setor primário surge através do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).
Com principal foco na valorização da competitividade,
sustentabilidade do espaço rural e dinamização das zonas
rurais e estes são so principais objetivos do programa PRODER para 2015/2020.
Na competitividade promove um acesso mais equitativo
ao sistema financeiro, apoiando a consolidação financeira
numa ótica de investimento e capital e o consequente desenvolvimento mais sustentado das empresas e organizações do
sector agrícola, florestal e agroalimentar. No que diz respeito à sustentabilidade, visa contribuir para a utilização continuada das terras agrícolas, manutenção da paisagem rural
e a conservação e a promoção de sistemas de exploração
agrícola sustentáveis. Através da promoção e diversificação
da economia, para atividades não agrícolas, e do aumento
o emprego nas zonas rurais, de acordo com uma estratégia
definida para territórios locais alvo de abordagem LEADER,
pretende tornar sustentáveis os espaços rurais”.
“A agricultura na Região Centro (de
que a área de Viseu é parte integrante)
sofreu uma profunda transformação desde a adesão à União Europeia, tendo hoje
menos de metade dos ativos e do número
de explorações, mas produzindo melhor
qualidade e a preços mais baixos, sendo
muito mais competitiva. Esta evolução é
particularmente visível nos setores tradicionais da região, como as frutas (incluindo a castanha, noz e avelã), diferentes tipos de legumes, os vinhos, o leite
de vaca, de ovelha e de cabra e o queijo.
Não esquecendo as culturas de regadio
do Baixo Mondego (destaque para o milho e arroz). (...) Importa também referir
novos setores que vão surgindo, em particular na área de Dão Lafões”
José Alfredo
“O McDonald’s tem procurado evidenciar os seus
valores de marca global e tem-se tornado mais relevante localmente. Através do reforço das parcerias
com fornecedores locais, sublinhando assim o compromisso de contributo da marca para a economia
local. São exemplo disso, produtos como a salada,
azeite, sopas, frutas e vegetais.
Sempre que é estabelecida uma nova parceria,
entre um fornecedor nacional e a McDonald’s, são
atingidos requisitos que permitem a certificação
deste fornecedor como oficial da Mc Donald’s, dotando-o da possibilidade de parceria, não só com o
mercado nacional, mas com outro mercado onde a
marca está presente. Estas parcerias e investimento
contínuo em Portugal e nos fornecedores portugueses continuarão a fazer parte da nossa filosofia”.
BALANÇA ALIMENTAR - CONTRIBUTOS PARA O FUTURO | ABERTURA 7
Domingos Almeida
João Madanelo
“Atualmente temos cerca de 100.000 pequenos ruminantes e cerca de 110 queijarias ativas. Com esta capacidade produtiva instalada, esta Região oferta-nos
4000 destas ovelhas em exploração da vocação leiteira, 5 milhões de litros de
leite. Isto gera um valor de 20 milhões de euros, entre queijo, requeijão e borrego
de leite. (...) Agora são precisas algumas alterações: criar forma de incentivar a
venda local à porta, para saberem que os produtores existem e que podem estar
lá, criar espaços nas grandes e médias superficies de venda direta dos produtos,
com a figura da Denominação de Origem Protegida, garantir ao consumidor e
proporcionar mais valia ao produtor, “angariar” novos e fiéis consumidores e
ainda apostar na restauração como postos de venda dos produtos regionais. Por
fim aguardar uma lei facilitadora ao uso da terra associada a programas de apoio
financeiro, à compra de pequenos ruminantes autóctones que permitiriam um
redimensionamento das explorações e consequentemente aumento dos efetivos leiteiros com dimensão empresarial e, assim, equacionar a possibilidade de
conquista do mercado externo com a preocupação de pautar por uma regular e
referenciada qualidade. (...) Por outro lado a valorização do leite de cabra, ao invés do de vaca. A oferta e enrequecimento do nosso cabaz de lácteos com novos
e ressurgidos alimentos é já hoje possível com queijo de ovelha fresco, iogurte da
ovelha Serra da Estrela ou algo a criar como gelados de leite de cabra ou ovelha.
A produção de leite de cabra, em alguma paragens para consumo em natureza
constituirá uma forte mais-valia”.
“Em tempos de crise não é despiciendo considerar o
importante papel económico e social da pequena horta
familiar. Estes espaços de pequena produção hortícola
existem em 65 por cento das explorações agrícolas nacionais. (...) O seu papel não está avaliado, mas representam em muitos casos a diferença entre a pobreza e a
miséria e contribuem em muito para a resiliência do espaço rural em tempos de crise. (...) É preciso revitalizar
modelos de negócios antigos e explorar novos modelos,
como por exemplo “pick-your-own”, sistemas de produção de semente,. As novas formas de horticultura, como
por exemplo, a horticultura urbana, a horticultura terapêutica, a horticultura pedagógica, o interior plantscaping e todas as formas de incorporação de culturas
hortícolas em construções - coberturas verdes de edifícios, jardins verticais, edifícios verdes, produção em
arranha-céus, numa articulação entre as Ciências da
Hortícolas e discuplinas como a Arquitetura, Engenharia Civil, Psicologia e outras áreas disciplinares, que podem criar oportunidades para os empreendedores”.
8 ABERTURA | BALANÇA ALIMENTAR - CONTRIBUTOS PARA O FUTURO
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
CARDOP à prova
na primeira degustação
dia 26 de abril
A
Paulo Barroca,
docente da ESAV/IPV
O projeto de investigação aplicada CARDOP foi
apresentado pelo seu coordenador, Paulo Barracosa.
A flor do Cardo é uma das
matérias-primas fundamentais na confeção do queijo
Serra da Estrela, uma das
sete maravilhas da gastronomia portuguesa. O cardo
é um coagulante vegetal natural, obtido a partir das flores do cardo silvestres que
nascem e crescem na paisagem da região beirã.
Uma equipa da Escola
Superior Agrária de Viseu
(ESAV) estabeleceu uma
parceria com a Universidade Católica - Centro Regional das Beiras e com o Centro de Neurociências da
Universidade de Coimbra
e contou com o apoio de
várias organizações, para
“caraterizar exaustivamente o cardo desta região de
Denominação de Origem
do Queijo Serra da Estrela,
para no futuro transmitir
o conhecimento aos produtores da região”, referiu
Paulo Barracosa, lembrando que o objetivo final é os
produtores “poderem criar
queijo de uma forma mais
padronizada, mas simultaneamente diferenciada
na diversidade de texturas,
sabores e aromas”.
O especialista sublinhou
que este trabalho desenvolvido em equipa “é um projeto integrado” composto
por dois campos de inves-
tigação, um da ESAV e outro na Casa da Ínsua, em
Penalva do Castelo, onde a
equipa se encontra a trabalhar com “o saber, as práticas e a tradição” de cinco
produtores de queijo Serra
da Estrela que se associaram ao projeto e os cardos
selecionados pelos investigadores.
O CARDOP tem cada
vez mais pernas para andar e no dia 26 deste mês
vai realizar-se a primeira
prova durante um jantar de
degustação, em que o cardo “vai estar à prova”. Paulo Barracosa lembrou que o
cardo só conhecido como
coagulante para o queijo
Serra da Estrela pode ser
“uma mais-valia” na culinária.
O especialista lamentou
apenas que o projeto “não
tem sido feliz na relação
com o PRODER (Programa de Desenvolvimento
Regional)”. EA
A
Pedro Rodrigues,
docente da ESAV/IPV
O projeto AquaSense foi apresentado pelo
professor e investigador,
Pedro Rodrigues.
Trata-se de um outro
projetos de investigação
aplicada da Escola Superior Agrária de Viseu. O
mesmo está vocacionado
para a gestão da água em
processos de rega.
“Visa desenvolver e
melhorar processos e
produtos relevantes que
possam contribuir para
uma racionalização do
uso de água para rega,
adequando-o às necessidades reais em cada momento, de acordo com as
especificidades da cultura e do seu modo de condução”, concretizou.
Segundo Pedro
Rodrigues, o AquaSense
visa ainda “uma utilização racional de produtos
fitofarmacêuticos, adequando a sua aplicação
ao risco efetivo de ataque
de pragas e doenças”.
Com este projeto pretende-se densevolver
uma plataforma integrada, abrangente e amigá-
vel, com aplicação comercial de baixo custo,
de acesso on l i ne , suportada na monitorização ambiental em tempo real, além da geração
de relatórios, alertas e
recomendações.
O investigador def iniu-a como uma “ferramenta de apoio à dec i s ã o , q ue p e r m it i r á
também o controlo autónomo da rega”.
Na fa se de projeto,
pretetende-se construir
uma estrutura genérica (Framework), aplicável a pomar e vinha,
testada nas parcelas da
empresa agrícola copromotora, que no futuro
será adaptada a outras
culturas e outras localizações.
José Alfredo
AquaSense visa racionalizar
o uso da água nas regas
de vinhas e pomares
ERRATA
Na edição nº 578, da semana passada, o título da secção Abertura divulga erradamente o novo cargo assumido pelo presidente da Associação Empresarial da Região de
Viseu, João Cotta. Nas páginas 6 e 7, onde se lê “João Cotta eleito presidente do Conselho Geral da AIRV” deveria ler-se “João Cotta eleito presidente do Conselho Geral do
Instituto Politécnico de Viseu (IPV). Aos leitores e aos visados as nossas desculpas.
10
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
em fim de mandato
Nota: Esta rubrica iniciou-se na edição 576 de 28 de março
entrevistas ∑ Paulo Neto
“O meu partido é o Concelho de Carregal do Sal”
Atílio dos Santos
Nunes, 74 anos, empresário, natural da
Azenha, Freguesia de
Oliveira do Conde –
Concelho de Carregal
do Sal, ganhou as eleições em 1989 e tomou posse no início
de 1990.
Que mudou em Carregal do
Sal com a sua gestão?
Sou de opinião que nós
não somos os nossos melhores avaliadores, sobretudo quando se trata de
exercer cargos políticos.
Por isso, penso que são
as pessoas quem melhor
podem avaliar e até julgar o trabalho feito. No
meu caso concreto, apenas me posso pronunciar
sobre aquilo que me é dito
ou me chega aos ouvidos
e que se resume sucintamente a isto: Para alguns,
fiz muito mas, para mim,
fiz pouco. O mesmo é dizer que gostaria de ter feito
muito mais do que aquilo que está à vista.
o
Pe n s o , n
no
e n -
tanto, que basicamente
transformei Carregal do Sal
naquilo que ele é hoje: um
Concelho desenvolvido,
agradável, dotado de infraestruturas a vários níveis,
onde dá gosto viver. Aliás,
durante anos fiz gala numa
expressão que divulgámos
muito, até na comunicação social e que me permito aqui recordar “Ali, entre
o Dão e o
Mondego – Carregal do
Sal, um concelho a agendar!”
Quais as três linhas
estruturantes da sua gestão
em que mais se revê como
autarca?
Eu considero que tudo
aquilo que foi feito contribuiu para o Concelho que
hoje temos mas permito-me
aqui destacar as vias de
comunicação, de
primordial
importâ
t â nci a
para a
atrair
investimento, e
consequentemente, os parques industriais. A par saliento ainda a requalificação
urbana.
Quais as qualidades do Poder
Local que não encontrou no
Poder Central?
Tempos houve em que
dialogar com o Poder Central era mais fácil. Recordome de ter ido a Lisboa por
várias vezes e, no mesmo
dia, dialogar com representantes de vários Ministérios. Atualmente, as coisas
mudaram e, apesar da facilidade de deslocação, muito graças ao investimento
feito pelo Poder Central
nas vias de comunicação,
já não é tão fácil abordar
diretamente este ou aquele responsável – há sempre interlocutores. Assim,
apraz-me dizer que uma, se
não a principal qualidade
do Poder Local, é mesmo a
proximidade com os cidadãos, o contacto direto que
nos permite conhecer as
pessoas, as suas dificuldades, expetativas e anseios.
Sou de opinião que esta é a
principal qualidade e
mais-valia do Poder Local.
Qual foi para si o maior político nacional destes últimos
20 anos?
Sem querer ferir suscetibilidades, enuncio Cavaco
Silva. Permita-me explicar
porquê: foi o Primeiro-ministro com quem trabalhei
e a quem estou muito grato
pela resposta positiva dada
sempre aos pedidos que
lhe formulei na qualidade
de Presidente da Câmara.
A título de exemplo, refiro
aqui o IC12, a habitação social (40 fogos) construída
nessa altura com os devidos apoios da Administração Central e até mesmos
os parques industriais, a
que já fiz referência nesta
entrevista.
Qual foi a maior dificuldade
que enfrentou enquanto
autarca?
Não tenho nenhuma
razão de queixa específica mas recordo o processo moroso para instalar no
Concelho a Subestação da
EDP… Foram anos de diálogo numa intensa luta para
dotar o Concelho com uma
estrutura que permitisse o
abastecimento de eletricidade necessário para garantir o pleno funcionamento das empresas que
se instalaram no Concelho e, consequentemente,
melhor servir a população
que é abastecida por aquela
Subestação.
Que obras gostaria ainda de
ter feito e deixa por fazer?
As ambições do ser humano são imensuráveis
pelo que não consigo especificar uma em concreto… Mas garanto-lhe que
muito mais gostaria de ter
feito pelo meu Concelho e
pela qualidade de vida dos
meus munícipes.
Concorda com a Lei de
Limitação de Mandatos?
Concordo
com a limitação de mandatos. E, digo-lhe mais: concordo com a Lei mas lamento que a mesma não
contemple igualmente limitação de mandatos para os
deputados da Assembleia
da República e para o próprio Governo. Permita-me
que esclareça: é imperativo
acabar com certos “vícios”
e cargos ad eternum. Temos
muitos deputados cujas idades se situam numa classe
etária alta e que, no meu entender, deveriam dar lugar
a deputados mais jovens.
Precisamos de ideias novas, de alternativas, de gente com “sangue na guelra”,
como diz o povo, que traga
um contributo diferente a
este País.
O que é para si fazer política?
Isso é muito discutível!...
Como por inúmeras vezes já afirmei publicamente “Não sou político, mas
ocupo um lugar político”,
pelo que tento trazer para
os meus munícipes e Concelho o melhor que posso e
sei. Fazer política é, no meu
entender, dedicação às pessoas. É ir ao encontro dos
seus anseios, das suas necessidades, ouvi-las, entendê-las e dar-lhes resposta
adequada.
Quem foi a personalidade do
seu partido político que mais
o desiludiu, a nível nacional,
regional e local?
Compreenderá que nem
tudo é fácil e certamente,
à semelhança de tantos, se
não de todos os autarcas
deste País, também eu,
aqui ou acolá, sofri algumas desilusões, tanto a nível nacional, como regional
e até local… Acima de tudo,
e porque não quero julgar
ninguém, reitero o que, tantas vezes, já assumi: “o meu
partido é o Concelho de
Carregal do Sal. Não sou filiado em nenhum partido,
mas sou do PSD!”
DR
Que vai fazer depois de terminar o mandato?
Continuar a trabalhar,
como sempre! “Homem
pobre… nem quieto, nem
calado!”
ATÍLIO NUNES | AFONSO ABRANTES | À CONVERSA 11
Jornal do Centro
18| abril | 2013
“Mortágua está hoje no pelotão da frente”
Que mudou em Mortágua
com a sua gestão?
P re ste s a comemo rar 39 anos da revolução
de Abril, diria que em
Mortágua cumprimos os
ideais de democratizar e
desenvolver.
Infraestruturámos o território construímos equipamentos e criámos serviços sociais que proporcionam qualidade de vida
e igualdade de oportunidades para todos no acesso aos bens culturais e sociais.
Promovemos o desenvolvimento económico e
a criação de riqueza que
permitem aceder aos bens
materiais, indispensáveis
para uma democracia plena.
Mortágua está hoje no
pelotão da frente dos concelhos com melhores índices de desenvolvimento
económico e social, mantendo mesmo agora as
mais baixas taxas de desemprego. Por outro lado
o município tem indicadores de gestão financeira que sucessivamente o
colocam nos primeiros lugares no Rankig nacional.
Quais as três linhas
estruturantes da sua gestão
em que mais se revê como
autarca?
H averá cer t a mente
mais que três princípios
estruturantes. Escolhendo três diria que o primeiro é “promete só o que tens
a certeza de poder cumprir”.
Os meus compromissos
e programas eleitorais, nos
sucessivos mandatos, foram verdadeiros contratos
com os eleitores que cumpri escrupulosamente.
Nunca fui um político
do “sim” quando a resposta tem de ser “não”, e muito
menos o fui do “nim”. Nada
pior do que falsos pagadores de promessas. As pessoas merecem o nosso respeito.
Creio que as políticas sociais locais que concretizámos nas diferentes áreas atestam concludentemente um outro princípio
estruturante “que as pessoas sejam o princípio e
o fim de toda a tua gestão
autárquica”.
O terceiro é naturalmente “uma gestão rigorosa, eficiente e eficaz dos
dinheiros públicos e uma
consequente planificação
dos investimentos privilegiando sempre os prioritários em detrimento dos
acessórios, mesmo que estes possam trazer mais votos”.
Assim, foi possível executar os planos plurianuais
e cumprir atempadamente
compromissos com fornecedores e empreiteiros,
chegando a ter prazos de
pagamentos na ordem dos
5 dias.
financeiros necessários
para que tal seja possível,
não vou concluir o projeto de ampliação do Parque
Industrial, essencialmente
por processos administrativos que são morosos.
Concorda com a Lei de limitação de mandatos?
Considerando que os
Presidentes de Câmara são
eleitos directamente e que
eleitorado dispõe de toda
a informação a seu respeito, esta decisão devia caber aos próprios e aos eleitores.
Não entendo porque é
que esta limitação se aplica apenas aos Presidentes
de Câmara e de Juntas de
Freguesia.
O que é para si fazer política?
Fazer política autárquica
é estar permanentemente disponível e ao serviço
das pessoas e das instituições e nunca servir-se delas ou permitir que outros
o façam.
Quem foi a personalidade
do seu partido que mais o
desiludiu ao nível nacional,
regional e local?
Quais as qualidades do Poder
Local que não encontrou no
Poder Central?
Nenhuma me desiludiu
particularmente pela sua
actividade politica. Confesso porém que não esperava
de alguns a falta de princípios enquanto homens e
cidadãos.
A proximidade com que
se exerce o Poder Local é
uma das suas maiores virtualidades. O autarca vive
o dia a dia das pessoas, conhece quase todas pelo seu
nome, é sensível aos seus
problemas e procura permanentemente soluções
para eles.
O que vai fazer depois de
terminar o mandato?
Qual foi para si o maior político nacional nestes últimos
20 anos?
Revejo-me por completo
no ex-Presidente da República Dr. Jorge Sampaio.
Qual foi a maior dificuldade
que enfrentou enquanto
autarca?
As maiores dificuldades
advieram sempre da forma como o Poder Central
tratou o Poder Local, com
especial destaque para o
actual Governo que se pudesse já tinha acabado com
ele.
Nuno André Ferreira (arquivo)
Afonso
S e queir a
Abrantes , 68 anos,
professor do ensino
secundário, natural
da freguesia de Videmonte, Concelho da
Guarda. Autarca desde 1976, Deputado
Municipal, Vereador e
Presidente da Câmara
desde 1 de Janeiro de
1990.
Aliás já deu um primeiro passo com extinção de
freguesias.
Que obras gostaria de ter
feito e deixa por fazer?
Posso considerar-me um
autarca com sorte porque
estou muito perto de poder afirmar que concretizei todos os investimentos
que considero importan-
tes para o meu município
e para a qualidade de vida
das pessoas que nele vivem
e trabalham.
Embora deixe criadas
as condições e os recursos
Deixo o cargo que exerci durante 24 anos com a
consciência tranquila e a
certeza de que sempre coloquei o interesse público
acima de qualquer outro.
Continuarei a trabalhar
como sempre fiz ao longo
da vida. Fico mais disponível para a minha família, não deixando naturalmente de continuar a dar
o meu contributo para a cidadania local, se os meus
concidadãos considerarem
que a experiência e o saber
adquiridos ao longo destes
40 anos de actividade profissional e política podem
ainda ser úteis.
Jornal do Centro
12
18 | abril | 2013
região
Cavacas na rota de
Resende este domingo
Publicidade
Emília Amaral
O famoso doce tradicional Cavacas de Resende
volta a ser cabeça de cartaz este fim-de-semana
na Festa das Cavacas, que
este ano se alia ao que de
melhor têm as Termas de
Caldas de Aregos e ainda
a uma prova de gastronomia com a degustação do
anho assado.
No domingo, dia 21, o
pavilhão Multiusos de
Caldas de Aregos, acolhe
a sétima edição da Festa
das Cavacas. A mostra
vai reunir cerca de duas
dezenas de vendedores/
produtores que vão comercializar e promover
o famoso doce tradicional, entre música popular.
O programa inicia-se às
11h00 com uma visita aos
stands de cavacas, de vinho, licores e compotas da
região. Na ocasião vai ser
inaugurada a exposição
de fotografia: “Os Anos
Doces” e vai realizar-se
uma prova de vinhos e
licores acompanhados
pelo doce tradicional. A
animação musical ficará a cargo, durante todo
o dia, do Grupo de Bombos de S. Romão, do Rancho de Danças e Cantares
de S. Cipriano, do Grupo
“Os Moleiros de Sta. Maria de Cárquere” e da Orquestra da Academia de
Música de Resende.
A novidade deste ano
é que durante o domingo os visitantes poderão
usufruir, gratuitamente,
das Termas de Caldas de
Aregos desfrutando de
valências como a piscina termal, banho turco e
ginásio. Como já é habitual em edições anteriores, a autarquia oferece
uma viagem no rio Douro a bordo da embarcação
“Barca d’ Aregos”.
Já a partir de amanhã,
dia 19, decorre o fim de
semana gastronómico,
dedicado à degustação do
anho assado com o arroz
do forno. Esta iniciativa,
é organizar em parceria
com o Turismo do Porto
e Norte de Portugal, em
seis restaurantes aderentes. EA
FUNDIÇÃO SINEIRA
EM TAROUCA É
MONUMENTO DE
INTERESSE PÚBLICO
ASara Lourenço, coordenadora do projeto de Viseu desde dezembro
ACAPO Viseu
procura novas parcerias
Crise∑ Atrasos dos apoios das câmaras criaram constrangimentos
A Associação de Cegos
e amblíopes de Portugal
(ACAPO) Viseu quer criar
novas parcerias de forma
a ultrapassar algumas dificuldades sentidas, em
particular este ano, resultantes do atraso dos apoios
de algumas autarquias do
distrito.
A ACAPO Viseu está a
ser liderada por uma comissão de coordenação,
nomeada pela direção nacional depois de Humberto
Abrunhosa, reconduzido
no cargo de presidente
após as eleições intercalares de dezembro, não ter
tomada posse.
Sara Lourenço, a nova
coordenadora da ACAPO
Viseu revela que a grande preocupação é a falta
de verbas para assegurar
os compromissos da associação.
“O que mais nos aflige
são os compromissos e se
as câmaras não cumprirem os compromissos que
têm connosco também não
podemos cumprir, porque
não temos rendimentos,
adianta.
Neste apelo, Sara Lourenço alerta que a missão
da ACAPO passa por “ir ao
encontro dos invisuais e fazer de tudo para os reabilitar e habilitar aqui [na sede
de Viseu] e ao domicílio”,
avançando que a delegação
apoia diariamente cerca de
400 invisuais nos distritos
de Viseu e da Guarda, com
duas carrinhas permanentes na estrada.
Fundo de maneio. A par
do “acordo atípico” que têm
estabelecido com a Segurança Social e das parcerias com as autarquias, Sara
Lourenço revela que está
nos objetivos da comissão
de coordenação encontrar
alternativas até ao final do
ano, no sentido de “manter
a atividade e, se possível, fazer coisas novas”.
“Era importante que a
ACAPO pudesse criar um
fundo de maneio para estas eventualidades de algumas câmaras não nos
poderem ajudar e nós não
estarmos tão dependentes delas”, avança ao reconhecer a Câmara de Viseu
como “uma parceira muito
importante” na continuidade do projeto.
A responsável fala ainda
na intenção de conseguir
novas parcerias, nomeadamente, com as empresas,
através de um processo
de mecenato que até hoje
não deu frutos. A realização de uma campanha de
novos sócios é o próximo
passo. “Para se ser sócio da
ACAPO é só pedir para o
ser e pagar a cota”, sorri.
Emília Amaral
Perfil
∑ Sara Lourenço, de 81 anos, é amblíope desde os 73. Natural do concelho de Moimenta da Beira, esta enfermeira, que exerceu a sua profissão no Porto e em Mangualde
ao longo de várias décadas, foi a primeira vez à ACAPO
Viseu pedir letras para o teclado do computador e nunca
mais abandonou o projeto. “Perdem-se umas coisas e ganham-se outras, testemunha Sara Lourenço que já publicou a coletânea de versos “Pinceladas” e luta diariamente
“contra o preconceito social”.
O A oficina de fundição
sineira que laborou durante 400 anos e foi descoberta em 2002 na freguesia de
Granja Nova, no concelho
de Tarouca, foi classificada como monumento de
interesse público.
“Espero que esta classificação atraia a atenção
para o tema da fundição
sineira e para a pertinência de o investigar. Tem
de ser feito um inventário dos exemplares históricos de sinos existentes,
até porque eles quebram
com o uso”, disse à agência Lusa Luís Sebastian,
responsável pela descoberta das ruínas da oficina, que terá sido fundada
no século XVI e abandonada em 1947.
Na portaria publicada
na quinta-feira em Diário
da República, que classifica a oficina como monumento de interesse público e estabelece a sua zona
especial de proteção, é referido que “foi a primeira
oficina sineira pré-moderna identificada e estudada em território nacional,
constituindo assim um
raro testemunho material de uma atividade de
enorme complexidade e
riqueza técnica e etnológica”. Lusa
CARLOS RODRIGUES É
A APOSTA DO CDS EM
CASTRO DAIRE
O comerciante Carlos
Rodrigues encabeça a lista do CDS-PP à Câmara
de Castro Daire nas próximas eleições autárquicas, anunciou partido na
passada sexta-feira.
A comissão política do
CDS-PP de Castro Daire
refere, em comunicado, que Carlos Rodrigues
“é uma pessoa dotada de
ideias próprias e de convicções, com a coragem
de as afirmar e por elas lutar”, e também “aberta à
implementação das ideias
de outros, sempre imune a
pressões e a interesses instalados”.
Jornal do Centro
SÃO PEDRO DO SUL | VOUZELA | REGIÃO 13
18| abril | 2013
Processo autárquico leva à demissão
do PSD de S. Pedro do Sul
A Comissão Política
Concelhia do PSD de S.
Pedro do Sul demitiu-se
em bloco no passado dia
8, em discordância com o
anúncio da candidatura à
Câmara local, do atual vice-presidente da autarquia,
Adriano Azevedo.
A concelhia tinha indicado o nome do vereador José Sousa, também
líder do PSD local, para
candidato à autarquia de
S. Pedro do Sul nas eleições de outubro, já que o
atual presidente, António
Carlos Figueiredo não se
pode recandidatar devido à Lei de Limitação de
Mandatos. Mas à distrital do partido chegaram
duas propostas, a segunda
Publicidade
encabeçada por Adriano
Azevedo, sobre quem acabou por recair a escolha
da Comissão Política Distrital de Viseu do PSD.
José Sousa, em declarações ao jornal Gazeta da
Beira afirmou que a Comissão Política Concelhia
pediu a demissão porque
“Viseu não respeitou a decisão de S. Pedro do Sul”.
O presidente da distrital
do PSD, Mota Faria desvalorizou a demissão e insistiu que “o candidato na distrital foi votado por unanimidade”. “É uma decisão
que respeitamos e compreendemos”, concluiu.
Na sexta-feira passada
foi criada uma comissão
eleitoral autárquica em S.
DR
Causa ∑ Escolha do candidato Adriano Azevedo para as eleições de outubro
A José Sousa
Pedro do Sul para assegurar o processo das eleições de outubro. Mota Faria adiantou que as eleições
para a concelhia devem
acontecer só depois das
autárquicas.
Com esta recente demis-
são, o PSD fica sem concelhia em S. Pedro do Sul, em
Vouzela, - sendo o processo autárquico liderado por
uma comissão presidida
por Telmo Antunes -, em
Santa Comba Dão, onde
o autarca, João Lourenço
preside a uma comissão
eleitoral, e em Penedono,
concelho onde não há comissão política do PSD há
já vários anos por não ter
filiados suficientes.
Emília Amaral
CÂMARA
DE VOUZELA
PROMOVE
TRILHO MEDIEVAL
A Câmara de
Vouzela promove na
próxima sexta-feira,
dia 20 percurso pedestre “Trilho medieval”, que terá oito quilómetros e percorrerá
“alguns dos mais belos recantos” da freguesia de Cambra.
“O trilho tem início
no Largo do Cruzeiro, passa pelo caminho do Calvário até à
Torre Medieval, em
Cambra de Baixo. Segue em direção a Tourelhe, passando por
Confulcos e termina
novamente no Largo
do Cruzeiro”, explica uma nota da autarquia.
Os interessados podem inscrever-se até
dia 19 no posto de turismo.
Jornal do Centro
14 REGIÃO | SANTA COMBA DÃO
18 | abril | 2013
Opinião
Arquivo “Guia do Autarca 2009”
Auto-suficiência
PS chumba
empréstimo na Câmara
de Santa Comba Dão
Comentário ∑ Presidente diz que está em causa a estabilização das contas da autarquia
Os vereadores do PS na
Câmara de Santa Comba
Dão votaram contra um
empréstimo de reequilíbrio financeiro de 6,5
milhões de euros, na
reunião do executivo da
semana passada, e justificaram o voto com o
facto de este ter “condições contratuais ruinosas”, que piorariam a situação financeira.
Este empréstimo, proposto pelo presidente
da Câmara, João Lourenço (PSD), foi chumbado com os votos dos
vereadores do PS e de
uma vereadora do PSD
(atualmente candidata
do CDS-PP às próximas
eleições autárquicas).
“Seria mais uma corda
com uma pedra a puxar
para o fundo do poço”,
disse à agência Lusa o
vereador Leonel Gouveia, que é também o
candidato do PS à presidência daquela autarquia nas próximas eleições.
O empréstimo de ree-
quilíbrio financeiro integra-se num plano mais
vasto que inclui o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), no
âmbito do qual o Governo disponibilizará ao
município quase 3,7 milhões de euros para que
possa pagar 50% das dívidas de curto prazo.
Leonel Gouveia contou que, em 2009, a Câma ra contratua lizou
um empréstimo de saneamento financeiro de
6,5 milhões de euros a 12
anos, com um “spread”
de 1,74%, pelo qual está
a pagar uma prestação
mensal de 65 mil euros.
No entanto, segundo o
vereador socialista, com
o objetivo de diminuir a
prestação mensal, “a Câmara propôs e a comissão de análise do PAEL
aceitou transformar este
empréstimo num outro,
um empréstimo de reequilíbrio financeiro”,
com o mesmo montante e um prazo de 20
anos. “Quando isto foi
proposto, nós, vereadores do PS, dissemos que
estaríamos de acordo
desde que as taxas do
novo empréstimo fossem aceitáveis”, contou,
acrescentando que tal
não se confirmou, porque a CGD disse que, no
máximo, o empréstimo
seria a 15 anos e teria um
“spread” de 6,25%.
Segundo Leonel Gouveia, pelo atual empréstimo, a Câmara tem de
pagar 501 mil euros de
juros mas, se fizesse o
novo, teria quase 4,5 milhões de euros de juros
e, depois dos 15 anos,
“ainda ficaria por pagar um valor residual
de quase 1,7 milhões de
euros, para o qual teria
de ser contratualizado
um novo empréstimo”.
A única vantagem para a
Câmara seria, acrescenta, que a prestação mensal passaria de 65 mil
euros para 51 mil euros.
Os vereadores do PS
defendem que “a Câmara diga à comissão de
análise do PAEL que não
fará o empréstimo mas
se compromete a, rapidamente, dispensar pessoas que estão em cargos políticos”.
O presidente da Câmara de Santa Comba
Dão comenta que a decisão “não abona nada
a quem pretende conquistar a autarquia” e,
por outro lado, acarreta “uma complicação
muito grande” para a
autarquia, já que não
vai poder “aliviar a tesouraria” da Câmara,
nem cumprir os compromissos com os fornecedores.
Q u a nto à sugestão
dos vereadores do PS,
de d i spen sa r pesso al, João Lourenço responde que desde 2011 a
Câmara já “diminuiu a
despesa em 30%, ainda está a baixar”, mas
nunca conseguirá valores que equilibrem as
contas da autarquia.
Emília Amaral/Lusa
A necessidade de cada
nação se munir de géneros
alimentícios é uma das estratégias mais remotas da
civilização humana e motivo de conflitos permanentes.
O recente estudo desenvolvido pela FAO (2012) adverte para a necessidade
das nações incrementarem
medidas de estímulo à sua
produção agrícola e aponta
ainda para um aumento generalizado do preço dos alimentos durante a próxima
década como resultado do
crescimento demográfico
mundial. Para culturas
como o milho, arroz, trigo,
óleos, gorduras e açúcar, a
actual queda de preços, é o
resultado das boas produções alcançadas. No caso
dos lacticínios e carnes, os
preços demonstram uma
tendência a manterem-se
estáveis.
No nosso país, a população envelhece a um ritmo
exponencial a que por certo não será estranho o degolante êxodo das gerações
entre os 25-35 anos que debandam para outras paragens, levando no regaço os
filhos. Vão voltar? Não me
parece. Se o dilema da natalidade é já preocupante, daqui a 10 anos será alarmante.
Quando se investe, este não
é um factor a mensurar?
O nosso franzino crescimento demográfico é bem
diferente do que sucede na
Ásia, onde prospera a insegurança alimentar e a subnutrição, baseadas e muito numa dependência de
arroz. No entanto, e face
à crescente melhoria das
condições de vida, muitas
bocas vão pugnar por alimentos em quantidade, variedade e qualidade por essas bandas.
Vários especialistas defendem que o acréscimo
das produções agrícolas
terá que ter por base a biotecnologia, em particular
a utilização de OGM (organismo geneticamente modificado). Para alguns, esta orientação é um
maná, que se vai explorando e disseminando. Outros
aludem para a necessidade de reestruturar toda a
cadeia (produtiva, transporte e consumo), diminuindo de forma drástica
o desperdício alimentar.
Rui Coutinho
Técnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu
[email protected]
O esbanjamento mundial
atinge os 2 mil milhões de
toneladas/ano. Por cá, ficamo-nos com umas alarmantes duas mil toneladas/
ano. Na India, o segundo
maior produtor agrícola
mundial onde cumulativamente prospera a miséria
alimentar, o valor suplanta
os 50%. Em países ditos desenvolvidos, o desaproveitamento baixa ligeiramente.
Neste caso, uma das principais causas da dita rejeição
prende-se com a falta de
aparência ou normalidade
dos produtos. Estará esta situação a mudar? Neste período, há lugar a este cenário?
O que facilmente se constata é que, o que até há uns
anos atrás era tratado como
“refugo”, agora é embalado
e comercializado.
Em termos agrícolas, já
abordamos o nosso nível
de auto-suficiência. Como
estamos nas restantes vertentes? Em termos globais,
no sector agro-industrial
atingimos um valor de
79%, muito por culpa da fileira do vinho, onde somos
excedentários. No entanto,
talvez seja prudente esmiuçarmos alguns dados.
Importamos 50% dos
produtos da pesca (fresco,
salgado e curado). Não somos nós, um país costeiro?
A nossa dependência externa baixa para os 30% na carne e na batata transformada e atingimos um valor na
ordem dos 20% em açúcar,
óleos e gorduras. Num patamar entre os 10 a 20% importamos ainda lacticínios.
No que diz respeito à fileira
das conservas de peixe, somos exportadores com valores próximos dos 50%.
Ao perspectivarmos possíveis e futuras linhas de investimento no sector agrícola e agro-alimentar, não
será importante conhecer
como todo o sistema evolui em termos nacionais e
fundamentalmente internacionais? As exportações
não têm sido a tábua de salvação de alguns? As importações não são o declínio de
muitos?
suplemento
Textos: Micaela Costa
Grafismo: Marcos Rebelo
ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 579 DE 18 DE ABRIL DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.
SUPLEMENTO
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
16
“Armamar
tem tudo
para dar
certo”
forte componente na energia
eólica. Aliás, a REN, responsável pela rede de distribuição de energia em Portugal,
tem uma grande infraestrutura em Armamar.
Como é que a autarquia impulsionou e impulsiona estas mudanças?
Na agricultura valorizamos
o sistema de rega, temos
uma barragem que dá resposta a cerca de 500 hectares e com algum melhoramento e apoio podemos
duplicar a capacidade dessa resposta. Vamos criar um
novo ponto de armazenamento que estamos a ajustar com a Associação de
Regantes.
Temos apoiado a Associação de Fruticultores e a Associação de Regantes. Investimos na barragem e na
rega mais de 5 milhões de
euros. Se não o tivéssemos
feito Armamar não tinha a capacidade de resposta que
tem neste momento.
Na valorização dos caminhos rurais já contamos com
cerca de 180km de caminhos com boa qualidade.
Prevemos duplicar a produção de fruta nos próximos
cinco anos. Atualmente produzimos 50 a 60 mil toneladas ano, mas temos potencial para chegar às 80 ou 90
mil. Nestes últimos dois anos
plantaram-se em Armamar
cerca de 300 hectares de
macieiras de várias variedades (royal gala, golden, fugi e
outras). Quando estes novos
pomares começarem a produzir podemos atingir facilmente mais 40 a 50 por cento de produção.
Ao nível da educação temos o novo centro escolar
junto do agrupamento de escolas que já existia. Criámos
assim um espaço de educação e formação das nossas
crianças e jovens.
O ensino secundário em
Armamar passou a ser uma
realidade neste ano letivo.
Começámos com as turmas de décimo ano e nos
próximos dois anos letivos
vamos ter o décimo primei-
DR
De que forma tem evoluído a Vila de Armamar
ao longo dos anos?
A vila de Armamar foi bastante valorizada nos últimos
20 anos, não só por causa
do novo acesso que temos
à A24, com a variante Armamar até Valdigem, que esperamos que o senhor Secretário de Estado venha inaugurar o mais breve possível.
Em Armamar podem visitar-se várias infraestruturas de grande importância
para fixar população proporcionando-lhes serviços que
contribuem para o seu bem
estar. É o caso das piscinas
cobertas e descobertas, das
escolas e jardins de infância.
A remodelação do edifício da
Câmara Municipal e os novos armazéns vieram também melhorar as condições
de trabalho e a qualidade dos
serviços que prestamos aos
munícipes. Temos infraestruturas do mesmo nível que
qualquer sede de município.
A Vila de Armamar tem cerca de 2000 habitantes, aproximadamente 20% da população do município e temos
uma distribuição populacional
pelas 19 freguesias mais ou
menos homogénea, num total de cerca de 7000. No verão a nossa população sobe
para cerca de 8500, porque
temos muitos emigrantes sazonais.
Ao nível do desenvolvimento económico estamos
no bom caminho. Somos
dos municípios do país com
maior valorização agrícola na
fruticultura e na área do vinho. Temos apostado forte
na rede viária rural e trabalhamos muito para ajudar as instituições do município ligadas
à agricultura.
A grande aposta neste
momento é de facto o setor
primário. Armamar tem cerca
de 60 milhões de receitas na
área agrícola, fruticultura e vinha. Mas a indústria também
tem expressão, nomeadamente no setor da indústria
alimentar com os fumeiros e
enchidos e também os laticínios. Para além disso, no setor energético merecem destaque as barragens e uma
v Hernâni Almeida, presidente da câmara de Armamar
ro e o décimo segundo. Até
aqui tinha sido difícil trazer o
ensino secundário para Armamar mas a partir do momento em que este passou
a ser obrigatório foi mais fácil
a sua implementação. É uma
mais valia muito importante
para a fixação das pessoas
em Armamar.
Como está a demografia no concelho?
Neste momento a demografia é um problema que é
transversal ao país e à europa. Eu penso que Armamar
estabilizou. Mas a realidade é
muito diferente. Quando vim
para a Câmara, há 20
anos, nasciam 180 crianças por ano, neste momento
nascem 45. Em 2012 penso
que houve uma ligeira recuperação e com as apostas
no desenvolvimento económico que estamos a fazer
as coisas podem continuar
a melhorar.
Penso, por exemplo, que
o investimento na exploração de tungsténio, que já
começou em Tabuaço e
que para o ano começará
em Armamar, com os cerca
de 500 postos de trabalho
que vai criar permitirá gerar emprego e isso implica
atrair e fixar novas famílias
em Armamar.
Que outras formas Armamar tem para manter
as pessoas?
Eu penso que a economia
em Armamar está forte. Há
crescimento económico, há
investimento. Armamar deve
ser o município da direção regional de Trás-os-Montes e
Alto Douro com mais projetos
de jovem agricultor. Há muita gente a regressar à terra e
com unidades de produção
rentáveis. Não basta ser jovem agricultor, tem que se ter
dimensão para haver rentabilidade, aumento de produtividade e receita e se houver
mais jovens na terra há um
aumento de população. E a
nível industrial, já temos empresas de algum relevo em
Armamar, no que diz respeito
ao setor agrícola e de transformação de produtos agrícolas e animais. Na área do
turismo e da hotelaria também tem havido investimento
significativo.
O seu espirito rotário
torna-o mais atento às
causas sociais?
Armamar na área da ação
social é uma terra exemplar.
Somos o município do distrito
de Viseu que melhores equipamentos tem nessa área.
Nos últimos cinco anos investimos perto de 8 milhões
de euros. Foram construídos
três novos lares de raiz: um
em Armamar, da Fundação Gaspar e Manuel Cardoso, outro que dá resposta a quatro freguesias (Queimada, Queimadela, São
Romão e Tões) o Lar de são
João Batista e um terceiro em
São Cosmado, da Associação de Solidariedade Social
de São Cosmado, que também abrange mais do que
uma freguesia. Brevemente
vamos ainda inaugurar outra
obra social, na freguesia de
Aricera, mas mais virada para
o apoio domiciliário e centro
de dia. A Santa Casa da Misericórdia de Armamar tem
também prevista a execução
de um projeto novo e está a
fazer um trabalho magnífico.
Mas não é só para os idosos que trabalhamos. São
sem dúvida os que mais carinho nos merecem, pelo que
fizeram pelo seu município
e pela sua terra. As crianças
são os futuros líderes e por
isso trabalhamos para lhes
proporcionar o melhor possível. Fomos o primeiro município do país a incluir o ensino de inglês obrigatório. As
nossas crianças têm boas
condições para estudar e todos os miúdos, do pré-escolar ao ensino secundário,
têm o apoio total da Câmara Municipal em transportes,
alimentação, aulas de inglês,
de música, expressões artísticas e atividade desportiva.
E na área da cultura?
Estamos atentos ao trabalho das associações culturais
e recreativas do município e
apoiamos as suas iniciativas. O trabalho de algumas
delas tem bastante expressão a nível regional e mesmo nacional. E no desporto
é a mesma coisa! Armamar,
apesar de ser um município
pequeno, tem algumas modalidades, como é o caso do
futsal, com uma boa colocação a nível distrital. As nossas
camadas jovens ficam sempre nos três primeiros lugares. Estamos agora a apoiar
o andebol, temos um protocolo com a Federação Portuguesa de Andebol para
captação de talentos, e nas
piscinas cobertas estamos
a trabalhar para incrementar a
modalidade de natação.
No que diz respeito
aos produtos endógenos, a maçã é sem dúvida a imagem de marca do concelho. De que
forma o potenciam?
A maçã é de montanha,
com uma textura e gos-
to únicos. Não só a nossa,
não podemos ser bairristas,
a maçã da região é excelente. Os grandes pomares espalham-se por Armamar e
Moimenta e temos feito trabalho em conjunto. Grande
parte da nossa produção é
exportada para Espanha, Inglaterra, Brasil. Eu penso que
há procura e mercado.
E que outros produtos
potenciam?
Para além da maçã temos os vinhos do Douro
com uma notoriedade cada
vez maior em todo o mundo.
Estamos em plena região
demarcada do Douro e há
muito investimento estrangeiro em Armamar. Quintas
de investidores ingleses, alemães, holandeses. A Niepoort, a Quinta de Ramozeiros,
a Quinta do Tedo, a Quinta
da Carvalhosa, entre outras.
Temos ainda vinhos de boa
qualidade, fora da região
demarcada do Douro, como
por exemplo o espumante. E
estamos a potenciar outros
produtos, como a cereja e a
castanha.
Este é o seu último
mandato. O vice-presidente, João Fonseca, já
é conhecido como candidato, manter-se-á o
trabalho desenvolvido
até agora?
Vai haver vários candidatos
mas é logico que apoio a minha equipa. Não quero dizer
nada contra os outros porque respeito-os a todos.
A grande mais-valia dos
candidatos do PSD é que
já estão na autarquia há dois
mandatos comigo e têm uma
experiência de gestão e conhecimento de todos os assuntos. Com as ideias deles, espero que façam melhor que eu, que é isso que
é preciso, fazer sempre mais
e melhor.
Penso que tem [João Fonseca] todas as condições
para continuar o trabalho positivo e Armamar tem uma situação financeira boa. Armamar tem tudo para dar certo.
Tem um setor económico forte e tem gente trabalhadora.
A maior riqueza do município
de Armamar são as pessoas,
são trabalhadoras, dinâmicas
e têm vontade de vencer e
isso é fundamental.
O que gostaria de dizer aos munícipes?
Em primeiro lugar que servissem o país e o município
com orgulho e responsabilidade. Penso que sempre
dei o melhor pelo município
e sempre tive uma maneira
afável de me dar e de respeitar as pessoas. E é essa a
mensagem que gostava de
deixar.
SUPLEMENTO
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
17
ARMAMAR, CAPITAL DA MAÇÃ DE MONTANHA
A paisagem sul do municipio de Armamar é marcada
por extensos pomares de macieiras que dão a esta
zona próxima do Douro um contraste único. O solo xistoso que predomina a Norte dá lugar ao granito. Os vinhedos dão lugar a plantações igualmente extensivas,
mas agora o que vê são pomares de macieiras a perder de vista que atingem grande beleza na época da
floração e uma mescla de aromas inebriantes, quando
os frutos estão maduros.
O município de Armamar é um dos maiores produtores nacionais de maçã e esta representa uma das
mais importantes fontes de rendimento da população.
A qualidade da maçã de Armamar é reconhecida a nível nacional e o seu peso na economia da região é
relevante.
O clima e o solo combinam-se na perfeição para aqui
crescerem as árvores de diversas qualidades.
Com cerca de 1400 hectares de área plantada, colhem-se por ano uma média de 50 mil toneladas de
maçãs. A fruticultura é a razão pela qual o município é
conhecido como a Capital da Maçã de Montanha.
Dia 14
Dia 13
9:30 horas
IV Passeio Pedestre Macieira em Flor
com a presença da atleta
VI Passeio TT
da Macieira em Flor
(Centro Cultural e Recreativo de São Cosmado)
Dia 20
14:30 horas
Jornadas Técnicas
Fogo Bateriano
Gestão da Água de Rega;
Associativismo no setor frutícola para ganhos de escala
e de representatividade das Organizações de Produtores.
apoio:
Direção Regional Agricultura e Pescas do Norte
Associação de Fruticultores Concelho de Armamar
AURORA CUNHA,
convidada para madrinha da prova
(concentração no Posto Turismo Armamar)
21:00 horas
Show Case de Artistas, com:
Sérgio Lopes & Camila
Douro Latino
Carla Maria e as suas bonecas
apresentação Festas ao Rubro
$662&,$Jw2
&8/785$/
(5(&5($7,9$
-2*5$,6'(*2*,0
CÂMARA MUNICIPAL
Capital da
Maçã de Montanha
Dia 21
II Festival Folclore
Macieira em Flor
11:00 horas
Receção dos grupos
11:30 horas
Veraneio aos pomares de macieiras
13:00 horas
Almoço
15:00 horas
Início do espetáculo
Associação Cultural Recreativa Jograis de Gogim
Rancho Folclórico Centro Social de Orgens (Viseu)
Rancho Folclórico Regional de Quiaios (Figueira da Foz)
Rancho Folclórico de Trevões (São João Pesqueira)
SUPLEMENTO
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
18
“Temos crescido no apoio a quem
quer explorar um dos produtos
que marcam a nossa região”
mos de dar.
Criada em 1994 a Associação de Fruticultores tem apoiado os agricultores na produção da
maçã. Convictos de que a
formação é importante, a
Associação tem também
disponibilizado técnicos
que visitam com frequência os agricultores e os
apoiam nas mais variadas questões. São mais
de 1400 hectares de pomar e para José Osório,
diretor da Associação de
Fruticultores de Armamar,
a única coisa que falta é
uma boa gestão na concentração e escoamento da produção, cada vez
mais elevada cerca de
50/60 mil toneladas.
O que tem evoluído na
Associação desde a sua
criação?
Tem evoluído em vários
campos, um deles tem a ver
com o aparecimento de jovens agricultores, e esta evolução tem provocado uma
mentalidade diferente e uma
forma de pensar que nos ajudam a evoluir.
A associação está ligada
a uma cooperativa de compra e venda de produtos e
isso também tem ajudado na
evolução e na ajuda aos nossos agricultores.
E acima de tudo temos
crescido no apoio a quem
quer explorar um dos produtos que marcam a nossa
região.
Qual o papel da Associação de Fruticultores?
Perspetivas para o futuro?
O que me preocupa mais,
enquanto diretor da Associação, é a parte da comercialização.
Paulo Neto
O papel principal é o apoio
aos agricultores nas várias
vertentes: na área da produção integrada onde apoia os
sócios nos 1400/1500 hectares de pomar, na área da realização de projetos agrícolas,
formação profissional, correção/realização do parcelário,
sistema de aconselhamento
agrícola e realização das diversas candidaturas as ajudas ao setor agrícola. Temos
ainda outras vertentes, nomeadamente a de apoio à
Associação de Regantes e
protocolos com outras instituições em prol do desenvolvimento agrícola da região.
v José Osório, diretor da Associação de Fruticultores de Armamar
De que forma é dado
esse apoio?
Os agricultores que estão
ligados à produção integrada têm a visita dos nossos
técnicos que de acordo com
“O que me
preocupa mais,
enquanto diretor
da Associação,
é a parte da
comercialização”
os estados fenológicos das
culturas, nível económico de
ataque e as condições climatéricas, propõem a melhor estratégia para a proteção da cultura.
Há uma preocupação
em formar os agricultores…
Cada vez mais é necessário um cuidado com o tratamento das culturas, com o
ambiente e com a saúde dos
consumidores. Nesse sentido colocamos ao dispor dos
nossos associados cursos
de formação profissional na
área agrícola.
Hoje em dia produzem-se cerca de 40 a
50 toneladas/hectare
de fruta. Esperam aumentar esta produção?
De que forma?
Os pomares estão a ser
melhorados, há novas variedades e novos porta-enxertos de macieiras que entram em produção mais rápido, maior produção/há e
melhor qualidade. Enquanto
que há cerca de 10 anos o
hectare produzia 25/30 toneladas, hoje em dia produzem
40/50. Somos o concelho do
país que produz mais maçã
e penso que será uma das
melhores senão a melhor.
Têm exportado bastante maçã...
Ao termos muita produção temos necessidade de
escoar o produto. E esta é a
nossa grande dificuldade perante os agricultores, temos
conversado com eles de forma a, concentrar a produção
para melhorar a gestão nas
vendas e aumentar assim o
preço final. Precisamos de
projetar o futuro, deixar de ser
individualistas e começar a
vender coletivamente e este
é o salto que precisa-
E o que é que pode
ser feito?
Infelizmente por norma somos individualistas, mas é
isto que tem que ser mudado, é este espirito. Os agricultores têm que perceber que
se estivermos todos unidos,
no que diz respeito à comercialização, tudo é mais simples e rentável.
Deveria também haver
uma entidade responsável
por esta gestão, que definisse preços e que apoiasse os
produtores particulares a entrarem no mercado.
SUPLEMENTO
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
19
“Temos que estar sempre salvaguardados
caso aconteça alguma coisa, porque os
agricultores não podem ficar sem água”
Qual o papel da Associação de Regantes?
A barragem foi construída
há oito anos, depois ficou por
fechar e entretanto criámos
a Associação de Regantes,
com a finalidade de gerirmos o perímetro de rega. Foi
o DRAPN a responsável deste projeto, e a partir de 2009
foi entregue a gestão à Associação de regantes do Temilobos.
Com a aposta na agricultura, o sistema de
rega tem um papel muito importante…
Sem dúvida. Na zona de
rega havia muitos terrenos
que estavam “abandonados”.
E, agora, como já têm disponibilidade de água estão a ser
feitas novas plantações de
pomares com porta excertos
mais ananicantes [árvores de
pequeno porte com raízes
pouco profundas], mas que
nibilidade água, houve instalação de jovens agricultores
e aproveitamento de áreas
produtivas que não estavam
a ser utilizadas.
precisam de mais água. Mas
também na produção estes
porta-enxertos são mais produtivos apresentam melhores resultados em termos de
qualidade e quantidade. E
antes de termos a barragem
tínhamos árvores de maior
porte, que davam frutos de
menor quantidade e em menor quantidade.
Este sistema de rega
é utilizado apenas para
a maça?
Não exclusivamente. A
grande maioria é na cultura
da maça, no entanto á água
também é utilizada para outras culturas.
Ao nível de apoios,
a Associação de
Regantes, sente alguma dificuldade?
Até ao momento as dificuldades têm sido muitas, dado
que vivemos exclusivamente
da receita da água que a associação vende, no entanto
temos a nosso cargo a manutenção de todas as infraestruturas de rega. De salientar que os agricultores, que
utilizam a água da barragem,
têm que adquirir os seus próprios contadores, fundamentais para uma boa gestão de
rega. Se tivéssemos apoios,
para adquirir esses contadores, poderiam ser cedidos
ao regantes, ficando a cargo
deles o custo da água utilizada. Dado este custo há muitas parcelas de pequena dimensão que não justificam,
o preço do contador e por
isso não estão a regar. Claro que a água tem que ser
gerida, os contadores são
fundamentais, mas os valores a pagar por eles por vezes torna tudo mais difícil.
Quantas pessoas têm
acesso ao sistema de
rega?
Temos instalados 150 contadores, mas há pessoas
que adquiriram mais que um
contador, por isso são cerca
de 100 agricultores a usufruir
deste sistema.
Ao longo destes anos
tem havido um crescimento de agricultores a
usufruir deste sistema?
Sim, sem dúvida. Primeiro
porque renovaram as plantações desde que têm dispo-
Fala-se num novo
ponto de armazenamento de água. Qual a
importância desta estrutura?
Temos outras zonas do
concelho que não estão dentro do perímetro de rega e aí
há alguma dificuldade em ter
água. Nesse
sentido estamos a tentar es-
ragem ainda estava aberta
e vazia, depois foi fechada
nesse ano. No primeiro ano
a cota foi muito reduzia, foi
um período de experimentação. No segundo ano
veio um inverno bom e
encheu-se rapidamente,
o que possibilitou ter mais
água.
des obras.
Já há muitos anos que
andamos nesta luta e os
apoios são inexistentes.
Começamos a ter algum
fundo de maneio fruto da
venda da água, mas estas infraestruturas requerem manutenção. Depois
de a barragem estar concluída teve um período sem
funcionar, as condutas deveriam ser testadas na
altura mas não
Este foi um bom ano
para a barragem…
Sem dúvida, está cheia.
É pena é a barragem não
ter mais capacidade, pois
neste momento
está a descarregar para o
rio Douro..
est
stt á
Quem está
no per í -
Paulo Neto
Com a construção da
barragem de Temilobos,
em 2005, Armamar vê-se
na necessidade de criar um
organismo que orientasse
os agricultores na distribuição de água para os seus
cultivos. É assim que, em
2009,os agricultores que
fazem parte do perímetro
de rega, com o apoio da
AFA, formou a Associação
de Regantes. A partir dessa altura, esta associação
tem vindo a gerir o perímetro de rega, efetuando a coordenação dos regantes,
distribuição da agua, manutenção do sistema de filtragem e condutas. Todos
os agricultores, dentro do
perímetro de rega estabelecido tem fácil acesso e,
até ao momento, disponibilidade de água. Segundo Ricardo Santos, Presidente da Associação de
Regantes tem-se verificado um aumento significativo de agricultores que pretendem usufruir deste recurso precioso, cada vez
mais escasso.
v Ricardo Santos, diretor da Associação de Regantes de Armamar
tudar a melhor forma para
combater esta falha.
Estes pontos de
água são por tanto
determinantes…
Sim. É fundamental para
a região e para o concelho. Como referi há zonas
que não têm água e é preciso dar-lhes apoio. Para os
agricultores que têm de fazer o seu próprio furo é muito dispendioso e com outro
ponto de armazenamento
seria muito diferente.
Em média, que quantidade de água é utilizada por ano?
Em media temos gasto
500000 M3, estando ano
após ano a aumentar. No
primeiro ano, quando iniciámos a Associação, a bar-
metro de rega tem garantia
que durante esta época tem
disponibilidade de água. E é
neste sentido que seria importante que houvesse uma
forma de levar esta água para
zonas do concelho, onde não
há disponibilidade de água.
E porque é que isso
não é feito?
Em termos de projetos de
regadio, desde 2008, só a
região do Alqueva é que tem
tido apoios, o que tem limitado a apresentação de projetos de re-
gadio para outras zonas do
concelho.
Todo este processo
de rega tem custos…
Sim, e da maneira que
está o país não podemos
andar com grandes ilusões
e gran-
havia água e no primeiro ano
tivemos várias roturas. Há
válvulas que custam 50/60
mil euros, e temos que estar
sempre salvaguardados caso
aconteça alguma coisa, porque os agricultores não podem ficar sem água.
SUPLEMENTO
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
20
Em Arm am ar
!
en con tr a paisa ge ns de son ho
ARMAMAR,
P lo
Paulo
Pau
l Neto
N to
Ne
Net
A norte predomina a paisagem duriense: as curvas de nível definem os socalcos dos vinhedos onde se trabalha para produzir os vinhos do douro e porto; a sul podemos contemplar os extensos pomares de macieiras em terra Capital da Maçã. No Outono os soutos de castanheiros pintam a paisagem com as suas cores acastanhadas
e douradas em harmonioso contraste com o verde dos pinhais e das pastagens que são alimento para o gado.
A HISTÓRIA - Percorrendo o Município não é difícil perceber que a
história da ocupação destas terras remonta muitos séculos atrás.
São inúmeros os vestígios arqueológicos que têm sido postos a descoberto
ao longos dos tempos e que servem para comprovar que estas paragens
foram servindo os interesses das diferentes civilizações que em distintos
períodos da história por lá estiveram e deixaram as suas marcas.
Os vestígios mais antigos da ocupação do Homem em Armamar remontam
à pré-história. Já foram encontradas pequenas peças feitas em pedra que
eventualmente terão sido instrumentos deste período.
Do período Neolítico, e estendendo-se até à romanização, há uma imensidão de vestígios que comprovam o povoamento das terras de Armamar
pelas tribos existentes neste período. Desta época chegaram até nós diversos vestígios de ocupação, uns mais identificados do que outros. Falamos
dos castros, povoamentos fortificados posteriormente romanizados. Em
Armamar terão existido diversos mas o mais conhecido e melhor identificado é o castro de Goujoim.
Da ocupação romana chegaram até aos nossos dias, para além de traços
de arquitectura existentes em diversos monumentos, uma rede de vias (estradas), que faziam parte da importante rede viária da península ibérica.
ENCOSTAS DE SABOR - Em Armamar têm sido
conservados e transmitidos de geração em geração as receitas e pequenos segredos culinários que fazem a riqueza
gastronómica do Município.
Numa terra rica em matérias-primas de excelência a gastronomia acaba por ser o “mostruário” da qualidade dos produtos agrícolas do Município: os vinhos, de mesa e generosos
(Vinho do Porto), entram na confeção e no acompanhamento
à mesa de inúmeros pratos típicos; a maçã, fruto que se produz em quantidade e com qualidade reconhecida em diversos mercados é utilizada em alguns pratos, nomeadamente
doçarias.
Símbolo máximo da gastronomia armamarense é o cabrito.
Também conhecido por cabritinho tem a sua época própria
entre o Natal e a Páscoa e encontra-se à mesa em dias de
Festa. Fora da época é substituído pelo cordeiro. A fama do
cabrito de Armamar tem-se espalhado e não são poucos os
que visitam Armamar para o provar: assado no forno a lenha,
acompanhado por batatas assadas e arroz do forno.
MARCAS DE UMA
CULTURA - Ao longo
do ano celebram-se, em
festas e romarias, os santos padroeiros das nossas
aldeias. Em Armamar há
várias associações culturais que trabalham para
preservar costumes que
foram, ao longo dos tempos, construindo a identidade dos armamarenses.
Festivais de folclore e cantares são acontecimentos
que dão vida a costumes
de outras épocas. Exemplo máximo disso mesmo
são as festas do município
em honra de São João.
18 | abril | 2013
21
SUPLEMENTO
Jornal do Centro
TERRA DE EMOÇÕES
O QUE VISITAR - Numa visita a Armamar sugerimos-lhe que visite alguns dos pontos mais interessantes
que temos para lhe mostrar.
O MIRADOURO DE SÃO DOMINGOS em Fontelo
é talvez o mais espectacular em toda a região do Douro.
Daqui se contemplam os municípios pertencentes a três
distritos: Viseu, Vila Real e Porto. O espectáculo das quintas que enquadram o rio Douro de um lado e doutro é
extraordinário.
Neste ponto está implantada a ERMIDA DE S. DOMINGOS. Exemplar típico das ermidas de romarias medievais, a referência mais antiga ao templo data de 1163.
D. João II e sua mulher D. Leonor terão aqui vindo pedir a
intervenção divina para que lhe fosse concedido um sucessor. Voltaram a S. Domingos uma segunda vez em finais de 1483, já com o seu filho varão, o príncipe D. Afonso,
nascido a 18 de Maio de 1475.
Rezam as lendas que os casais com dificuldades em ter
filhos dormiam ao relento sobre a “pedra propiciatória” ou
“fraga da fertilidade”, que ainda hoje se pode ver junto da
porta da sacristia da ermida.
O MIRADOURO DA MISARELA fica em plena vila de
Armamar, junto da igreja matriz. Mesmo por baixo está a
cascata da Misarela, bonito lugar que o imaginário popular
encheu de contos e lendas.
A IGREJA MATRIZ DE S. MIGUEL DE ARMAMAR
é o único monumento nacional do município.
Segundo a tradição a igreja terá sido construída com
pedras do demolido castelo de Armamar. Há quem considere que a igreja foi fundada por Egas Moniz, aio do Rei
D. Afonso Henriques; outros dizem que Egas Moniz terá
construído uma capela a que terá sucedido a actual igreja.
Como data provável da sua construção todos apontam os
finais do século XII, princípios do século XIII.
A ALDEIA HISTÓRICA DE GOUJOIM fica a leste de
Armamar, junto do rio Tedo. Os inúmeros vestígios arqueológicos encontrados na freguesia são prova da sua ocupação remota: o castro situado numa eminência rochosa
voltada para o Tedo com grande parte das suas muralhas
ainda intacta; a necrópole do Mogo composta por diversos
túmulos, um deles antropomórfico (com a forma do corpo
humano); o marco miliário, exemplar único em Portugal, só
se conhecendo a existência de mais dois em Espanha; a
fonte romana situada na zona do castro, o pelourinho na
praça central da aldeia, exemplar único no Município, entre
muitos outros.
Sede de concelho na primeira metade do século XVI
conserva ainda a casa da Câmara (e cadeia) com a
sineira medieval, atributo das residências municipais e o
pelourinho (segunda metade do século XVII). A importância
histórica de Goujoim está também bem patente no número
de casas solarengas que preenchem o centro habitacional
da aldeia, com especial destaque para a Casa Preta.
O lugar da Ribeira de Goujoim, situado na margem
direita do rio Tedo, é também um pequeno povoado caracterizado por uma vida comunitária com laços estreitos de vizinhança e onde as tradições comunitárias ainda persistem.
SUPLEMENTO
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
22
QUANDO VÃO ACONTECER?
A primeira edição, que se quer de muitas, acontece durante os meses de abril, maio e junho
deste ano em diversos locais onde existem
equipamentos para a prática do desporto.
ARMAMAR,
ENCOSTAS DE SABOR
PARA QUÊ?
Os quadros competitivos
englobam 8 modalidades:
Pretende-se fazer deste evento uma grande festa do Desporto com os objetivos de:
sensibilizar as pessoas para a importância da
prática desportiva ao longo da vida;
fomentar o convívio intergeracinal potenciando a
troca de experiências e saberes entre crianças,
jovens, adultos e idosos;
promover hábitos de vida saudável conjugando
o desporto com uma alimentação rica, equilibrada e variada;
enriquecer socialmente a vida de Armamar e
dos armamarenses.
Andebol, Natação, Polo Aquático, Boccia, Ténis
De Mesa, Atletismo, Gira-Vólei E Futsal
Podem inscrever-se pessoas de todas as idades para competir.
Para mais informações contactar as piscinas
cobertas ou consultar a página da internet:
www.cm-armamar.pt/
O QUE SÃO?
Trata-se de um projeto dinamizado pela Câmara
Municipal de Armamar e pela empresa Armamar
Invest Mais, EEM., com o apoio das Juntas de
Freguesia, associações culturais, desportivas e
recreativas, bem como clubes desportivos de
Armamar e da região.
Armamar é um dos municípios da região do Douro integrado
na zona classificada pela UNESCO Património da Humanidade. Está situado numa das mais famosas regiões vinícolas do
mundo. É nas vinhas e quintas sobranceiras à margem sul do
Rio Douro, encosta acima, que se produzem vinhos “Douro” e
“Porto” de excelência, disponíveis no mercado nacional e internacional.
Mas nem só de vinho se fala em Armamar. Há outras culturas
que marcam a diferença no setor produtivo do município, com
destaque para a produção da Maçã de Montanha.
Na parte sul do município, com cotas de altitude entre os 600
e os 800 metros, produzem-se por ano cerca de 50 mil toneladas de maçãs com características únicas: são mais aromáticas, mais crocantes e mais saborosas quando comparadas
com as mesmas variedades produzidas noutras regiões. São
por isso cada vez mais procuradas!
Na área do aproveitamento das maçãs começam a surgir
cada vez mais sugestões tentadoras que vão dos sumos à doçaria. Convidamo-lo a provar as “Delícias de Maçã”!
O ícone da gastronomia de Armamar é o Cabritinho. Esta
iguaria da mesa armamarense, antigamente servida em dias de
festa, é argumento para muitos apreciadores visitarem Armamar. Assado em forno de lenha, acompanhado com batatinhas
e arroz, juntam-se-lhe à mesa os nossos vinhos e... vai ver que
vale a pena!
São ainda referências da gastronomia os queijinhos de Vila
Nova, frescos e curados. Produzidos a partir de leite de cabra,
são resultado de uma atividade com raízes bem antigas, sobretudo na aldeia de Vila Nova.
Os nossos fumeiros vão também surpreendê-lo pela sua
qualidade, pelo seu sabor, resultado do trabalho e do saber de
gerações.
Por tudo isto foram criados em 2012 as Rotas Armamar Gourmet com o objetivo de dar a provar o resultado de saberes e
sabores que vêm sendo transmitidos, refinados, enriquecidos
geração após geração.
Venha conhecer Armamar, provar as delícias da gastronomia,
deslumbrar-se com as paisagens e testemunhar a riqueza da
história e cultura.
Armamar está à sua espera!
Jornal do Centro
23
18| abril | 2013
educação&formação
foto legenda
Decorreu no passado dia 11, em Mangualde, um
workshop formativo com o tema “Como comunicar
de forma inclusiva e não sexista: responsabilidade da
administração pública”. O evento teve como oradora
Teresa Alvarez, técnica da Comissão para a Igualdade de Género.
O workshop teve uma adesão significativa. No final
os presentes mostram o total agrado e sublinharam a
pertinência do tema escolhido. Em análise estiveram
cartazes de publicidade, sites e cartas que, muitas vezes, usam de linguagem sexista por “falta de conhecimento do tema”, como eplicou Teresa Alvarez. MC
DR
Paulo Neto
Micaela Costa
Semana da Leitura
do Agrupamento
de Escolas de Viseu Norte
Entre 25 de Fevereiro e
1 de Março decorreu esta
iniciativa que envolveu todos quantos pela leitura se
interessam. Entre outros,
estiveram presentes os escritores João Manuel Ribeiro, Alexandre Parafita
e Pedro Seromenho.
O evento final decorreu
no repleto auditório do
IPJ, a 12 de Abril, com atividades lúdico-recreativas
apresentadas por alunos
dos 6 aos 16 anos.
O vice-presidente da Câmara de Viseu, Américo
Nunes, o diretor do Jornal do Centro e o docente José Alexandre Ramos
Rodrigues, da CAP do
Agrupamento procederam
à entrega de diplomas aos
alunos premiados.
O grande propósito da
realização deste evento foi ir ao encontro da
meta consignada no Projeto Educativo: envolver a
comunidade educativa na
formação de uma dimensão cívica ativa. Objetivo
alcançado com sucesso.
Isabel Brito, Maria da
Luz Faro, Catarina Loio e
Agostinho Moreira, a equipa da Biblioteca, foram os
principais impulsionadores
da iniciativa.
Paulo Neto
Publicidade
Publicidade
DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL
Anúncio Público
Eleição do Presidente
do Instituto Politécnico de Viseu
Nos termos do disposto pelo artigo 86.º do Regime
Jurídico das Instituições de Ensino Superior
(RJIES), aprovado pela Lei 62/2007, de 10 de
Setembro, do artigo 30.º, n.º 6 dos Estatutos do
Instituto Politécnico de Viseu (IPV) e do artigo 5.º
do Regulamento para Eleição do Presidente do IPV,
aprovado em 09/04/2013 pelo Conselho Geral do
Instituto, torno público que de 15/05/2013 a
20/05/2013, se encontra aberto o prazo para
apresentação de candidaturas à eleição do Presidente
do IPV.
O Regulamento e o Calendário para a Eleição do
Presidente do Instituto Politécnico de Viseu
encontram-se disponíveis para consulta em
www.ipv.pt
Instituto Politécnico de Viseu, 09 de abril de 2013
O Presidente do Conselho Geral do Instituto
Politécnico de Viseu
João Fernando Marques Rebelo Cotta
CARLOS JARDIM
MÉDICO ESPECIALISTA
CASA DE SAÚDE DE SÃO MATEUS
RUA 5 DE OUTUBRO
3500-000 VISEU
GPS
LAT: 40º 39’ 22.96’’
LONG: -7º 54’ 17.89’’
MARCAÇÃO DE CONSULTAS
TEL.:
232 423 423
TRATAMENTO DE DORES CRÓNICAS DA COLUNA
CIRURGIA DA COLUNA VERTEBRAL
CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA
TÉCNICAS PERCUTÂNEAS
24
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
economia
Clareza no Pensamento
(http://clarezanopensamento.blogspot.com)
Arquivo
O “R” como uma
das primeiras letras
do abecedário dos
Novos Tempos
A O Complexo empresarial de Viseu tem 72 empresa com 3000 trabalhadores, a AIRV e serviço de formação do CEFP
Abaixo-assinado contra
encerramento da CGD no
Parque Industrial de Coimbrões
Razão∑ Caixa Geral de Depósito justifica com “reorganização da rede”
Empresas, utentes e cidadãos moradores nas proximidades estão contra o encerramento da agência da
Caixa Geral de Depósitos
(CGD) do Parque Industrial
de Coimbrões, em Viseu e
promoveram um abaixoassinado com centenas de
assinaturas, alegando que
a decisão acarreta “manifestos prejuízos”.
A petição enviada ao conselho de administração da
CGD, avançou antes mesmo do encerramento da
agência Expobeiras a 23 de
março. Os autores do manifesto acusam a CGD de
encerrar o serviço por “razões economicistas ou de
diminuição de custos, sem
terem em conta”, nomeadamente “ o índice de utilização pelas empresas e outros
utentes e critérios de proximidade”.
No documento era pedido à CGD que repensasse
a manutenção da agência,
lembrando que a mesma
“situa-se no maior centro empresarial da cida-
de, onde estão sedeadas e
em pleno funcionamento
72 empresas, com um total
aproximado de três mil trabalhadores”. No complexo
empresarial funciona ainda o serviço de formação
do Centro de Emprego e
Formação Profissional de
Viseu e a Associação Empresarial da região de Viseu
(AIRV) que movimenta
diariamente centenas de
formandos e formadores a
par do seu quadro de pessoal.
“A Agência Expobeiras
tem uma grande movimentação diária quer por parte das empresas quer por
parte de utentes individuais. Além disso, não existe no Parque Industrial de
Coimbrões qualquer outro
tipo de agência semelhante, desta ou de outra instituição, sendo esta a única
que existe e presta serviços
bancários, quer aqui, quer
nas proximidades. Acresce
que, a existência deste tipo
de serviços na proximidade
das empresas, é essencial,
quer para estas quer para o
próprio banco”, alerta o documento.
Sem uma resposta concreta relativamente à agência Expobeiras, a CGD comentou por email que “a
Caixa Geral de Depósitos
vai prosseguir, em 2013,
com os seus planos de reorganização da rede de agências, que “ prevê o encerramento, fusão ou substituição por outros interfaces de
relação, de 45 pontos de presença, a sua quase totalidade em áreas urbanas”, não
estando em causa “qualquer despedimento dos colaboradores da Caixa”.
Segundo a CGD “Esta
racionalização resultou de
uma rigorosa avaliação da
viabilidade, a prazo, de cada
unidade comercial e do ajustamento da presença da Caixa, face ao atual potencial de
mercado em cada área de influência”. Revela ainda que
“foi igualmente ponderada
a adequabilidade de instalações, sua localização ou condições funcionais para uma
melhor prestação de serviço
e desenvolvimento do negócio, sem contudo deixar
de atender à matriz social e
de serviço público da Caixa
e ao compromisso de servir
todas comunidades, mesmo
as mais isoladas ou comercialmente menos atrativas”.
Emília Amaral
Nova agência a caminho
∑ O Jornal do Centro sabe que em breve irá abrir uma
nova agência de outro banco no Parque Industrial de
Coimbrões. Vários empresários do complexo asseguraram que a abertura do serviço é “imprescindível” para as
empresas. Também vários trabalhadores admitiram que o
encerramento da agência “obriga a ter que pegar no carro
e gastar gasolina para sair do parque, por exemplo, à hora
do almoço, coisa que antes não acontecia”.
Nas últimas décadas o
boom de investimento e
consumo público e privado, insuflado por taxas
de juro decrescentes, pela
alta rentabilidade no setor
dos bens não transacionáveis como a construção e
o imobiliário, permitida
e até incentivada pelos
governos, e pelo deslumbre dos fundos comunitários, induziu nos políticos, como também nos
empresários e nas pessoas em geral, uma certa ânsia do Ter, de preferência
novo, moderno, tecnológico, com design/arquitetura e provindo do mainstream.
É certo que era vital infraestruturar de base o
país e elevar os padrões
de consumo aproximando-os dos indicadores europeus, mas, como agora
sentimos, subimos demasiado de “escalão”, com diversos excessos reconhecidos.
Para que o Reajuste seja
menos brusco, há que Refletir numa nova realidade que já se vai vislumbrando. Vai haver uma
Redução estrutural e expressiva dos recursos financeiros, a par de critérios muito exigentes para
a disponibilização de fundos, como irá acontecer
com o novo quadro comunitário de apoio; sendo assim, mais do que no passado, é imprescindível uma
adequada Racionalização
da sua aplicação.
Ao nível do investimento público e particularmente autárquico, é fundamental apostar na Regeneração Urbana e na
Requalificação das infraestruturas, dos equipamentos e dos espaços públicos. Num país que não
tem sabido conviver com a
sua histórica patine, a Reabilitação e a Reconstrução
dos degradados centros
históricos têm de continu-
Pedro Baila Antunes
Docente na Escola Superior de
Tecnologia de Viseu
[email protected]
ar a ser uma aposta no futuro, mas pensada de forma mais intensa e integrada. Esta nova perspetiva
da obra pública é decisiva
também para o amortecimento da agonia do setor
da construção.
No plano mundial, independentemente da explosão do consumo nos
BRIC, assiste-se a uma redução eloquente dos Recursos Naturais, incluindo os energéticos, e à subida significativa dos custos
das matérias-primas, para
a qual aliás também têm
contribuído as atividades
especulativas, que não têm
sido objeto de uma Regulação adequada.
Assim, e até por uma
maior consciencialização
ambiental, nas empresas
e nas nossas casas, a política dos 3R’s – Reduzir,
Reutilizar e Reciclar – é
mais do que nunca uma
necessidade. Ao nível
do consumo, por exemplo, tem de se assumir a
reutilização e a reciclagem
de produtos e o prolongar
do tempo de vida dos automóveis, dos telemóveis, do
mobiliário...
Mas os tempos de hoje
exigem um outro “R”, de
Re-industrialização, que
em conjunto com os outros será peça-chave para
um crescimento económica e socialmente sustentável. A valorização dos Recursos Endógenos e a sua
transformação em produtos recicláveis e duradouros, com valor acrescentado, é meio caminho para
a sua efetivação, não sendo despicienda igualmente uma aposta efetiva nas
Energias Renováveis.
Pode não ser uma revolução de mentalidades,
mas temos de ser resilientes, o que obriga a uma
certa Renovação do Espírito que reacomode melhor
o nosso – novo – mundo,
mais difícil e exigente.
Lemos & irmão lança novos modelos
Opel Adam
A recém-lançada gama
do novo Opel ADAM combina o design arrojado e
emblemático e a pura individualidade. A cor e os
revestimentos têm um estilo tão multifacetado como
os clientes para os quais o
Opel ADAM foi criado.
Oferece à escolha dois
motores económicos 1.2
de 70 cv e 1.4 de 100 cv,
ambos a gasolina. O modelo tem versões agrupadas
em três ‘ambientes’: Jam
(estilo ativo), Glam (requintado) e Slam (desportivo).
A partir destas é possível
criar múltiplas variantes
ADAM. As possibilidades
de personalização do pequeno citadino ‘lifestyle’ da
Opel são elevadas a um expoente inédito, oferecendo
mais de 61 mil combinações diferentes de decoração do exterior e cerca de
82 mil do interior.
Para além do avançado
sistema de informação e
entretenimento
Intellilink,
outros equipamentos inéditos que o ADAM traz de
segmentos de mercado superiores são, por exemplo, a
mais recente geração de estacionamento automático,
o alerta de ângulo cego, o
volante aquecido e o portabicicletas integrado FlexFix.
Todos os ADAM estão
equipados de série com ar
condicionado, volante forrado a couro, programador
de velocidade, computador
de bordo, espelhos de regulação elétrica, vidros elétricos, fecho centralizado
de portas e jantes em liga
leve, entre muitos outros.
Também no capítulo da
segurança a lista de equipamento de série do ADAM
é muito extensa, integran-
do, por exemplo, programa
eletrónico de estabilidade
ESP, sistema de travagem
antibloqueio ABS, airbags
frontais, airbags laterais e
airbags de cortina.
O sistema Start/Stop, que
desliga automaticamente o
motor quando o automóvel
está parado, é igualmente
de série de todos os ADAM
e representa um considerável contributo para a
economia de combustível,
especialmente na cidade.
A média de consumo misto
do ADAM 1.2 de 70 cv fixase em apenas 5,0 l/100 km
e a do ADAM 1.4 de 100 cv
em 5,1 l/100.
Opel Mokka
As linhas suaves e a presença robusta definem a
aparência de um novo tipo
de motorização. O novo
Opel Mokka é sofisticado,
moderno e integra-se em
qualquer ambiente, combinando o carisma desportivo
com a realidade prática do
quotidiano.
O perfil do novo Opel
Mokka tem tanto impacto
quanto a sua presença ampla e determinada.
O design traseiro simples e
arredondado complementa
o perfil esculpido. A presença ampla é realçada e
o óculo traseiro envolvente
marca o equilíbrio perfeito
com o para-brisas inclinado.
A eficiência aerodinâmica é igualmente responsável pelo elegante spoiler
dianteiro inferior e a grelha
aerodinâmica do radiador
otimiza o caudal de ar no
compartimento do motor.
A parte inferior do automóvel inclui defletores de ar à
frente das rodas traseiras e
frisos aerodinâmicos atrás
destes. Estes complementam o spoiler traseiro e o
design traseiro arredondado na distribuição do caudal
de ar. O coeficiente aerodinâmico é de apenas 0,360,
sendo inferior à média do
segmento e um contributo
muito importante para a
economia de combustível e
estabilidade do novo Opel
Mokka.
O interior oferece qualidade e conforto. O espaço amplo e acolhedor, os
bancos confortáveis em
posição elevada, os comandos ergonomicamente
dispostos e a qualidade
dos revestimentos contribuem para esta sensação
de espaço.
O novo Opel Mokka é
suportado pela suspensão dianteira com braços
McPherson desacoplados
e pela suspensão traseira com travessa do eixo
traseiro. Esta combinação
funciona em total harmonia
com a direção assistida e
com todos os sistemas de
assistência ao condutor
para otimizar a condução
e o comportamento em
estrada a níveis que nunca
esperaria, mas de que irá
com certeza desfrutar. O resultado é uma sensação de
controlo que faz sobressair
o melhor de cada estrada.
Disponibiliza uma gama
de caixas de velocidades
e intervalos de potência. A
versão a gasolina tem disponíveis os motores 1.6
ECOTEC® com 85 kW (115
cv) e 1.4 Turbo com 103 kW
(140 cv). Encontra-se também disponível o sofisticado motor diesel 1.7 CDTI
com 96 kW (130 cv), que
debita um binário impressionante de 300 Nm.
As maiores novidades
são em termos das caixas
de velocidades. Está disponível a nova caixa automática de 6 velocidades
para o motor 1.7 CDTI. Esta
unidade de baixo peso extremamente eficiente e com
mudanças de velocidade
muito suaves reconhece
e ajusta-se ativamente ao
estilo de condução, detetando quando é necessário
a máxima aceleração ou a
máxima economia de combustível.
O sistema Start/Stop
otimiza a economia de
combustível, em especial
durante a condução na cidade. O motor desliga-se
quando o automóvel para
com a alavanca seletora
em ponto morto e liga-se
imediatamente assim que
o condutor volta a pisar o
pedal da embraiagem. É
possível
ativar/desativar
o sistema através de um
botão no painel de instrumentos. Quando o sistema está ativado e o motor
parado, o indicador do
conta-rotações permanece
na posição “AUTOSTOP”,
indicando que o automóvel está preparado para o
arranque automático. O sistema Start/Stop utiliza um
alternador otimizado, um
motor de arranque e uma
bateria específica.
Jornal do Centro
26 ECONOMIA | INVESTIR & AGIR
18 | abril | 2013
Ourivesaria Pereirinha
personaliza anéis de curso
As memórias da vida de
um estudante vão, ao longo dos anos, ficando guardadas na memória, em fotografias e, muitas vezes,
em objetos que marcam
anos de vivências e experiências.
Com a chegada da etapa final dos futuros profissionais começa-se a
pensar “no objeto”. Quase como uma tradição
os anéis de curso são os
mais apreciados pelos jovens estudantes. Embora
a simbologia tenha mudado ao longo dos anos, este
continua a ser “o objeto”
de eleição, como explica
Pedro Guimarães da ourivesaria Pereirinha: “O
anel já não tem a mesma
tradição, se em outros
tempos era a prova de
que se tinha um “canudo”,
hoje é apenas um marco,
e muitas vezes acaba por
nem ser usado”.
Com uma coleção
alargada, todos os anéis
são feitos à medida e personalizados consoante o
gosto e as vivências dos
estudantes. As pedras
naturais tornam o objeto
uma joia especial. As encomendas “que devem ser
feitas com algumas semanas de antecedência” permitem um acompanhamento e personalização
cuidada ao anel.
Na ourivesaria Pereirinha, para além de inúmeras combinações, os
clientes podem ainda optar por ouro clássico, prata ou ouro branco, “esta é
uma novidade que a nossa
loja decidiu criar. Como
muitas vezes o anel não
é para ser usado, os clientes podem optar por anéis
menos dispendiosos”, referiu Pedro Guimarães.
A ourivesaria Pereirinha,
situada em Mangualde
e Viseu, disponibiliza
atendimento na loja online em www.pereirinha.
com. Para mais informações através do contacto
telefónico 232449147, ou
do endereço de correio
eletrónico pereirinha@
pereirinha.com.
Micaela Costa
Novidade∑ Para além do tradicional anel de ouro, disponibiliza ainda o adereço em ouro branco e em prata
A Ourivesaria Pereirinha situa-se em Mangualde e Viseu (Intermarché)
Micaela Costa
Emília Amaral
Publicidade
Grémio de Mangualde
em breve aberto à inovação
Mangualde vai poder contar em breve com um Centro
de Inovação e Dinamização
Empresarial (CIDEM). O
projeto, apresentado na semana passada, no âmbito do
RUCI Viseu | Dão Lafões,
vai nascer no antigo grémio,
através da reabilitação do
edifício datado de 1905 e da
sua posterior dinamização.
Este projeto de reabilitação urbana da Câmara Municipal de Mangualde tem
como parceiros a AIRV/
WinCentro, Patinter SA,
Felmica SA, Peugeot Citroen Automóveis Portugal SA
e Sonae Indústria SA, contando com um investimento
de 500 mil euros, comparti-
cipados em 85%.
O CIDEM visa o acolhimento de projetos empresariais preferencialmente
orientado para os setores da
metalomecânica, logística e
transportes, madeiras e minérios, bem como promover
o espírito empreendedor na
criação de autoemprego e
na criação de valor a partir
de recursos endógenos. Irá
também disponibilizar condições competitivas para a
retenção e captação regional
de talentos.
“Hoje o objetivo principal
de um autarca deve ser encontrar espaços de investidores privados para poder
promover emprego”, sa-
lientou o presidente da Câmara de Mangualde, João
Azevedo. O autarca acredita que com estas iniciativas
vai conseguir “contrariar o
empobrecimento”, ao considerar a âncora do setor secundário fundamental para
aguentar a pancada” da crise.
O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM)
Dão Lafões, Carlos Marta
reforçou que “o desenvolvimento dos territórios passará pela inovação, pela competitividade, pelo trabalho
em rede” e por “aproveitar
as imensas possibilidades”
que o território da CIM oferece. EA
27
Jornal do Centro
18| abril | 2013
desporto
Futebol
Académico e Cinfães só um pode subir
A duas jornadas do final
do campeonato, a luta pela
subida à II Liga de futebol,
é agora entre duas filiadas
da Associação de Futebol
de Viseu: Académico de
Viseu e Cinfães.
Contudo, o Académico
ocupa uma melhor posição nesta reta final. O primeiro lugar e os três pontos de diferença em relação ao segundo, Cinfães,
pode possibilitar-lhe fazer a festa já este domingo, em terreno adversário. Basta vencer. Já o
Cinfães, se perder nos
Açores, entrega sempre
a subida ao Académico,
qualquer que seja o resul-
tado dos viseenses.
Os academistas vão a
casa da formação de São
João Ver, 10º classificado. Equipa que venceu o
Cinfães há duas jornadas
por 1-2 e o Espinho por 3-0.
Na primeira volta empatou a uma bola em casa do
Académico.
Quanto à equipa do norte do distrito, desloca-se
aos Açores para defrontar
o 5º classificado, Operário, formação que em casa
é sempre um adversário
complicado e que promete
não dar tréguas ao Cinfães.
Venceu o Espinho por 1-2 e
o Académico por 4-0.
Na primeira volta a equi-
Micaela Costa
Campeonato ∑ Viseu vai ter mais uma equipa na II Liga
A
Académico mais bem posicionado que o Cinfães,
pode fazer a festa da súbida já este domingo
pa de Flávio das Neves
venceu por 3-1, resultado
que certamente quer re-
petir, para que possa ainda
sonhar com a subida à II
Liga de futebol, mas sem-
pre dependentes do que
os viseenses façam no seu
jogo.
Académico que goleou,
e afastou da corrida à subida, o Espinho (3-0), no
passado domingo, leva na
bagagem uma boa exibição e a massa associativa que não tem largado os pupilos de Filipe
Moreira, e promete estar
em peso a apoiar. Para
este domingo a Direção
academista está a providenciar transporte para
os adeptos e, até ao fecho
da edição, tinham já três
autocarros cheios.
O Cinfães, que teve um
jogo sofrido no passado
domingo, não vai querer
perder pontos e facilitar a
vida ao adversário. Apesar
de terem vencido, em casa,
o Cesarense por duas bolas a uma, viram o guardaredes titular, Trigueira, ser
expulso.
As duas equipas do distrito de Viseu têm proporcionado aos amantes
deste desporto um bom
campeonato e sobretudo
uma reta final cheia de
emoções. Este domingo
tudo pode ficar decidido
ou caso contrário os corações vão ter que aguentar
mais uma semana.
Micaela Costa
Publicidade
Termalismo Clássico | SPA Termal
l
Terma v
a
c
o
Ép
0 No
a3
r
a
M
15
Deixe-nos cuidar de si!
Lajeosa do Dão — 3460-160 Tondela
[email protected]
http://termasdesangemil.tondelviva.pt
T. 232 672 460 | TLM. 96 408 2 141
http://facebook.com/termasdesangemil.pt
www.visitcaramulo.org
28 DESPORTO | MODALIDADES
Jornal do Centro
18 | abril | 2013
Segunda Liga
Futsal
Viseu 2001 está perto do sonho
Classificação ∑ A equipa viseense está isolada no segundo lugar e depende apenas de si própria para subir à I Divisão
O Viseu 2001 sabia que
perder pontos poderia
ser hipotecar, em definitivo, as ambições de
subida.
Foi uma jornada que
acabou por correr de feição às pretensões viseenses já que, à vitória na Póvoa, se juntou a perda de
pontos dos principais adversários nesta luta pelo
segundo lugar, e pela
promoção de divisão.
A conjugação de resultados permitiu ao Viseu
2001 estar agora isolado
na segunda posição (37
pontos), e com a vantagem de apenas depender
de si próprio para nas
quatro jornadas que faltam, materializar um so-
V
26
18
16
13
14
14
14
14
14
13
13
13
10
12
11
11
9
11
7
5
5
6
E
6
8
12
15
12
11
11
11
10
13
11
9
16
7
10
4
11
13
11
14
12
9
D GMGS
3 66 29
9 54 38
8 42 29
8 41 38
9 46 39
10 47 38
10 62 46
11 50 43
12 39 36
9 49 40
11 43 39
14 42 49
9 37 35
16 41 51
14 50 52
20 30 41
14 31 41
11 44 46
17 30 49
16 30 45
18 21 45
20 37 63
35ª Jornada
DR
O Viseu 2001 nunca no
seu historial esteve tão
perto de alcançar o sonho da subida à I Divisão
Nacional de Futsal.
Os viseenses conquistaram no Multiusos da
Póvoa de Varzim uma vitória que pode valer-lhe
ouro.
O triunfo, frente ao
Póvoa Futsal, por 6 a 4,
abre as portas à tão ansiada promoção ao principal escalão da modalidade em Portugal.
No recinto de um adversário direto, que ocupava a segunda posição
no arranque da jornada
22, o jogo era decisivo
para a formação orientada por Roger Augusto.
P J
35
35
36
36
35
35
35
36
36
35
35
36
35
35
35
35
34
35
35
35
35
35
1 Belenenses 84
2 Arouca
62
3 Leixões
60
4 Desp. Aves 54
5 Oliveirense 54
6 Santa Clara 53
7 Benfica B
53
8 Portimonense 53
9 Penafiel
52
10Sporting B 52
11 FC Porto B 50
12Tondela
48
13U. Madeira 46
14Atlético CP 43
15Feirense
43
16Marítimo B 37
17SC Braga B 36
18Naval
34
19Trofense
32
20Sp. Covilhã 29
21Guimarães B 27
22Freamunde 27
nho que vem alimentando nos últimos anos.
Perfilam-se quatro autênticas finais para os viseenses, a primeira das
quais já este domingo,
quando receberem no
Pavilhão da Via Sacra,
a equipa do CRECOR,
que ocupa a 6ª posição
na tabela classificativa
com 35 pontos, chega a
Viseu também com ambições de ainda discutir
a subida.
Em perspectiva um
grande jogo de futsal e,
certamente, com casa
cheia.
Micaela Costa
Publicidade
Futebol Feminino
Atlético
Trofense
Arouca
Guimarães B
Marítimo B
Sp. Covilhã
Sporting B
Penafiel
Oliveirense
Portimonense
Leixões
1-2
4-2
2-0
4-2
1-3
2-2
1-3
1-1
1-0
2-0
1-0
Sp. Braga B
FC Porto B
Santa Clara
Freamunde
Feirense
Benfica B
Belenenses
Tondela
U. Madeira
Naval 1º Maio
Desp. Aves
36ª Jornada
Tondela
Portimonense
Desp. Aves
Naval 1º Maio
U. Madeira
Benfica B
Feirense
Sp. Braga B
FC Porto B
Santa Clara
Belenenses
1-0
1-1
2-2
-
Guimarães B
Leixões
Penafiel
Marítimo B
Sp. Covilhã
Atlético
Sporting B
Arouca
Freamunde
Trofense
Oliveirense
Viseu 2001
na corrida à subida
Segunda Div. CENTRO
Micaela Costa
1 Ac. Viseu
2 Cinfães
3 Sp. Espinho
4 Pampilhosa
5 Operário
6 Benfica CB
7 Sousense
8 Anadia
9 Coimbrões
10 S. João Ver
11 Nogueirense
12 Tourizense
13 Cesarense
14 Lusitânia
15 Bustelo
16 Tocha
O Viseu 2001 reentrou
na luta pela subida à I Divisão, no nacional de futebol feminino.
Frente ao Atlético da
Pontinha as viseenses arrancaram a vitória (3-0),
e ocupam agora a 3ª posição com 6 pontos – os
mesmos que o Freamunde
e Valadares de Gaia.
Nesta fase final só as
duas primeiras sobem
de divisão e a faltarem
sete jornadas, à equipa de
Viseu só interessa somar
pontos.
Na frente, com 9 pontos, segue o A-dos-Francos, assumindo-se como
uma das principais
candidatas à subida.
Domingo, 21, a equipa
feminina de Viseu tem
um jogo muito importante na deslocação ao Valadares de Gaia, outra das
equipas que se apresenta
como candidata à subida,
a vitória pode relançar a
candidatura das viseenses. MC
P
54
51
48
45
44
42
39
37
37
36
34
33
30
27
27
19
J
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
28
V
15
14
13
13
12
11
10
11
8
10
9
8
7
6
5
3
E
9
9
9
6
8
9
9
4
13
6
7
9
9
9
12
10
D GMGS
4 42 20
5 47 28
6 36 27
9 41 34
8 40 30
8 38 31
9 34 31
13 29 34
7 34 35
12 33 38
12 29 34
11 24 28
12 24 35
13 36 48
11 26 38
15 24 46
28ª Jornada
Ac. Viseu
Benfica CB
Cinfães
Coimbrões
Sousense
Sp. Bustelo
Tocha
Tourizense
3-0
1-0
2-1
1-1
0-1
1-1
2-1
0-0
Sp. Espinho
Pampilhosa
Cesarense
Anadia
Nogueirense
Lusitânia
S. João Ver
Operário
29ª Jornada
Nogueirense
Anadia
Benfica CB
Cesarense
Lusitânia
Operário
Pampilhosa
S. João Ver
-
Sp. Bustelo
Tocha
Sp. Espinho
Coimbrões
Tourizense
Cinfães
Sousense
Ac. Viseu
Jornal do Centro
18| abril | 2013
29
em foco
Paulo Neto
Nos dias 13, 14 e 15 a Finiclasse, concessionária da Mercedes Benz, pelas mãos
do gerente Rui Paulo Silva e do administrador do Grupo, Francisco Fernandes,
apresentou os novos modelos CLA 22 CDI, Classe E Limo 220 CDI e Station.
Com vendas firmadas antes do lançamento, o evento foi um sucesso que contou com cerca de 700 visitantes nos três dias. O numeroso público teve ainda
oportunidade de visitar a Feira de Usados, StarSelection, numa visita aberta às
oficinas da empresa. O CLA fez 104 testes drive no fim-de-semana.
Palácio do Gelo
foi palco de moda em dia de aniversário
No passado sábado, 13, o Palácio
do Gelo recebeu o “Palácio Fashion
Show”, um espetáculo de moda que
assinalou o 5º aniversário do espaço
comercial, apresentado por Catarina
Furtado.
Débora Monteiro, Andreia
Rodrigues, os gémeos Pedro e Ricardo
Guedes e Afonso Vilela, foram as caras conhecidas do público que desfilaram e “arrancaram” muitos aplausos
das centenas de espectadores que assistiam ao evento.
A animação ficou a cargo da cantora Inês Santos e do grupo de dança
Glam Dance.
Pela passerelle desfilaram ainda
criações da estilista Katty Xiomara e
de jovens criadores portugueses.
Micaela Costa
Finiclasse apresenta
os novos modelos Mercedes-Benz
D Ateliê “Uma flor para a minha mãe”
30
culturas
expos
Arcas da memória
Destaque
Agenda∑ Domingo pelas 17h00, no Teatro Viriato, sobe ao palco
Aristo Sham
∑ Museu Municipal
Até dia 30 de abril
Exposição de pintura
«Realismo Abstrato»
de Wilfred Hildonen
VISEU
∑ FNAC
Até dia 30 de abril
Exposição de fotografia
“Arrefeceu a Cor Dos
Teus Cabelos”, de Lara
Jacinto.
∑ IPJ
Até dia 19 de abril
Exposição de escultura
Artesanato em torgas,
de Arlindo Pereira
DR
OLIVEIRA
O Festival da Primavera,
que vai já na sua sexta edição, aposta este ano na internacionalização, com a
presença de músicos do panorama internacional.
Este domingo, 21, Aristo Sham, pianista chines,
sobe ao palco do Teatro
Viriato pelas 17h00.
No passado sábado, 13,
a Pousada de Viseu recebeu Tal Hurwitz, guitarrista israelita, que se
juntou ao quarteto de
guitarras dos professores do Conservatório,
André Cardoso, António
Coelho, Marco Pereira e
Paula Sobral.
O evento, organizado
pelo Conservatório de
Música de Viseu é apoiado
pela Câmara Municipal de
Viseu e integra-se na agenda do Viseu Naturalmente.
Hoje, 18, o Festival da Primavera reserva um dueto,
pelas 21h30, no Salão Nobre
da Câmara Municipal de
Viseu, ao piano Luís Pipa
e Vítor Matos no clarinete. Sexta, na Igreja da Mesericódia atua pelas 21h30,
a Orquestra da Câmara
Piaget de Viseu. Sábado,no
mesmo local, pelas 21h30,
Variedades
coincide com a época do
início das sementeiras do
linho nos campos agrícolas da aldeia de Várzea de
Calde. “Os participantes
poderão semear o linho,
com a semente, a linhaça e com recurso às personagens, o Sr. Linho e a
roteiro cinemas
VISEU
FORUM VISEU
Sessões diárias às 13h30,
13h50, 16h15, 18h40
Os Croods VP
(M6) (Digital)
Sessões diárias às 13h30,
13h30, 16h25, 19h00,
21h45, 00h15*
Comboio noturno para
Lisboa
(M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h30,
15h50, 18h10, 21h00,
23h40*
Celeste e Jesse para
A tarde do “sexto dia” e a
invenção do dia da árvore
O Cláudio plantava castanheiros novos numa belga de
ferrã, e era salutar ver um velho entregue a uma tarefa de
frutos longínquos, de todo safara para ele.
Aquilino Ribeiro, Terras do
Demo.
Era a tarde do Sexto Dia.
Do lodo da terra Deus fizera o primeiro homem à
sua semelhança e como se
fora vento de madrugada
um sopro de vida o animou.
E Deus traçou-lhe, ao homem, um pouso, no Éden,
a Oriente, lá onde o sol era
o primeiro a despertar pela
Nuno Alexandre, no pia- manhã, onde os pássaros
no, acompanha o Coro da começavam logo a cantar,
Câmara do Conservatório onde se ouvia pelo andar
e no domingo, o pianista do dia fora o manso correr
de quatro rios, onde o “Sechinês Aristo Sham.
A 6ª edição do Festival nhor Deus fez desabrochar
de Música da Primavera da terra toda a espécie de
prolonga-se até ao dia 28 árvores agradáveis à vista
de abril e promete trazer e de saborosos frutos para
à cidade, muita música e comer” (Gen. 2, 9). Jardim,
se lhe chamou.
cultura.
Por muito tempo Adão
Micaela Costa guardou o jardim que Javé
lhe dera para cultivar. E foi
talvez quando as primeiras rosas floriram, quando
sentiu no ar o seu perfume,
quando cortou a primeira
Sr.ª. Linhaça”, adianta a rosa sem ter a quem a dar,
Câmara de Viseu numa foi então que se apercebeu
nota à imprensa, sendo de que estava só. Javé pasas crianças e os jovens seava no jardim a essa hora
envolvidas na temática e viu a turbação do homem
do ciclo do linho, um que criara e ali lhe promedos conteúdos de gran- teu que ao acordar teria junde expressividade do to dele companheira. E asmuseu.
sim foi. Adão deu à mulher
a rosa que cortara, à mulher
Museu de Calde convida crianças para semear o linho
O Museu Municipal
de Várzea de Calde, em
Viseu, está a convidar as
crianças a participarem,
até ao final do mês, num
ateliê sobre a sementeira
do linho, intitulado “O Sr.
Linho e a Sr.ª. Linhaça”.
A realização do ateliê
sempre
(M12) (Digital)
18 | abril | 2013
O Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viseu está a promover, até 05 de maio, o ateliê “Uma flor para a minha mãe”, destinado a crianças
do ensino pré-escolar e do 1.º e 2.º ciclos do ensino básico. O objetivo é celebrar o Dia da Mãe com uma atividade de sensibilização ambiental.
Pianista chinês atua
no Festival da Primavera
DE FRADES
Jornal do Centro
23h50*
Ladrões com Estilo
(CB) (Digital)
Sessões diárias às 13h20,
16h05, 18h50, 21h35,
00h20*
Esquecido
(CB) (Digital)
Sessões diárias às 15h00,
17h40, 21h10, 00h10*
Um refúgio para a vida
(M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h40,
16h10, 18h45, 21h20,
00h00*
G.I. Joe: Retaliação
(M12) (Digital)
PALÁCIO DO GELO
Sessões diárias às 14h00,
16h45, 21h10, 23h55*
Esquecido
(CB) (Digital)
Sessões diárias às 14h40,
16h50, 19h00, 21h40,
Sessões diárias às 13h40,
16h10, 18h45, 21h30,
00h10*
G.I. Joe: Retaliação
(M16) (Digital 3D)
Sessões diárias às 11h00*
(dom.), 14h10, 16h35,
19h00
Os Croods VP
(M6) (Digital)
Sessões diárias às 22h00,
00h30*
Dou-lhes Um Ano
(M12) (Digital)
Sessões diárias às 13h20,
15h35, 17h50, 21h40,
00h20*
A idade da loucura
(M16) (Digital)
Alberto Correia
Antropólogo
[email protected]
a quem confiava agora o seu
amor.
Havia no jardim uma árvore de frutos proibidos, ainda não sabemos se eram as
romãs. Eva, que esse iria
ser o seu nome de mulher,
era ainda quase uma criança, colheu certa manhã um
cesto de romãs na romãzeira. E partilhou os doces frutos com Adão.
Javé voltou ao fim da tarde.
Não quis mais Adão no seu
jardim. Nem Eva, que assim chamou Adão à companheira. Vestiu-os com peles
de cordeiro e ficou a olhar,
compadecido, na porta entreaberta do jardim. Eva e
Adão caminharam então
para Ocidente onde a terra
era verde mas não tinha o
jeito de jardim. Violetas selvagens já havia. E papoulas.
Adão terá cortado um ramo
delas e terá enxugado com
um beijo as primeiras lágrimas da mulher.
Adão aprendeu a plantar
romãs e castanheiros e fazia, no Inverno, cestos de
varedo. Eva enxugava-lhe
às vezes o suor e servia-lhe
água fresca numa bilha que
inventara. Do lume aceso na
lareira vinha o cheiro bom
das castanhas a assar. E ambos recordavam, magoados,
o chão ameno e as sombras
do arvoredo do Jardim onde
nasceram.
Estreia da semana
Sessões diárias às 14h30,
16h40, 18h50, 21h50,
00h00*
Scary Movie 5 - Um
Mítico Susto de Filme
(CB) (Digital)
Sessões diárias às 14h20,
16h30, 18h40, 21h20,
23h30*
Nome de código:
Paulette
(M12) (Digital)
Legenda: *sexta e sábado
Celeste e Jesse para Sempre
– Celeste (Rashida Jones) e Jesse
(Andy Samberg) conheceram-se
na escola, casaram-se cedo e agora
estão cada vez mais distantes um
do outro.
Jornal do Centro
18| abril | 2013
culturas
D Mangualde quer expor coleções de munícipes
A Câmara de Mangualde está a desafiar os munícipes a inscreverem-se numa
exposição que pretende dar a conhecer as coleções que têm em casa. “A Arte
de Colecionar” é o nome da iniciativa, que se realizará este ano, em data a
definir, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves.
O som e a fúria
Destaque
Quando germinou em si este
interesse pela música? Pela
guitarra?
Aos 12 anos através da influência de amigos que começavam a aprender, comecei a pegar no instrumento
por curiosidade e não parei.
Mais tarde quando comecei
a estudar música no conservatório estudei piano assim
como também me dediquei
outros instrumentos de cordas.
O jazz é para si um género de
eleição ou tem outras preferências?
O jazz para mim tem servido como mais uma ferramenta que posso juntar à
experiência gratificante de
ter podido trabalhar criativamente com atores e encenadores, assim como a possibilidade de ter tocado com
músicos como os Toques do
Caramulo de Águeda, ou os
Timbila Muzimba de Moçambique, ou até ter estudado um prelúdio de Bach.
Tudo isso faz a música que
Rui Peva
“O jazz como ferramenta”
Viseu 1962. Guitarrista autodidacta desde os 12
anos. A partir de 1982 estudou nos conservatórios de
música de Aveiro, Viseu e
Porto e também na Escola
de Jazz do Porto onde estudou piano e posteriormente
profissionalizou-se como
professor de Educação Musical na UTAD. Atualmente é professor de educação
musical na EB 2,3 de Mundão. Foi co-fundador do
Quinteto de Jazz de Viseu,
o primeiro grupo de Viseu
a tocar música de influência
jazz, em 1986, onde tocou
piano e compôs grande parte do reportório. É colaborador de vários projetos Teatrais e Musicais com destaque, desde 1994 para o Trigo
Limpo Teatro ACERT. É
responsável pela direcção
musical dos espectáculos e
CDs do Trigo Limpo Teatro
ACERT “SOLTAR a LINGUA”, “CANTOS da LÍNGUA” e do novo “A COR
DA LÍNGUA”, projectos
que contam com muita música da sua autoria que têm
como protagonista a Língua
Portuguesa, com todas as
riquezas da Diáspora, onde
assume igual importância a
palavra dita e a palavra cantada.
31
construo e gosto de todas as
ramificações para onde a estas influências me levam.
Como surge este trio com
quem tem actuado?
Mantenho um quarteto
há mais de 15 anos com alguns músicos de fora de
Viseu, este trio, que não tem
formação fixa, surge como a
oportunidade de tocar com
uma nova geração de músicos que entretanto apareceram a estudar musica na
área do jazz, ao fim de um
fosso de alguns anos desde
a minha geração até há pouco tempo em que ninguém
por aqui se tinha dedicado
à musica improvisada, e poder por em prática novas leituras dos clássicos além de
experimentar a minha musica com esta nova geração
numa formação mais reduzida mas por outro lado
mais desafiante e exigente.
Faço um reconhecimento
da importância que tem tido
a Gira Sol Azul na divulgação Jazz pela nossa região.
Hoje, Carlos Peninha é um
profissional a viver exclusivamente da música?
Como já referi sou professor do ensino básico, mas de
certa forma posso dizer que
sim uma vez que trabalho
com esta linguagem quer
como compositor, intérprete e professor, embora neste
último caso cada vez menos
haja lugar para a promoção
do que realmente interessa
no que toca às artes. Honra
seja feita a algumas excepções que tentam sobreviver
à massificação do ensino!
Quais as futuras actividades
previstas?
Vou participar numa nova
produção do Trigo Limpo
Teatro Acert, estou a preparar um CD de músicas
originais com a participação de muitos convidados
com quem trabalhei ao longo dos anos, ainda sem data
de edição, trabalho este que
tem por base o projecto que
também tenho há uns anos
“Tocar o Chão” que explora reportório novo e original sobre a poesia de língua
portuguesa e alguma musica instrumental de raiz portuguesa. Este projecto interpreta exclusivamente música da minha autoria, alguma
de carácter marcadamente instrumental, e também
canções a partir de textos
e poemas de autores portugueses e lusófonos. A influência africana é um dos
condimentos deste projeto
que se junta ao Jazz e à música Tradicional Portuguesa
e procura sonoridades multiculturais. Estou também a
participar na divulgação do
DVD e espectáculo “Fado e
Jazz” de Paulo Lima.
Qual o reconhecimento que
lhe é prestado, a nível local,
nacional e internacional?
Apesar de sempre viver
em Viseu e tentar produzir
aqui o máximo de projectos criativos, também trabalho muito com projectos de
outros lugares. a nível local
posso dizer que tenho tido
sempre a oportunidade de
apresentar os meus projetos
na programação do “Viseu
Naturalmente” da Câmara
Municipal de Viseu e também na variada programação da Acert em Tondela,
só para dar dois exemplos.
Não sou assim tão “conhecido” fora da minha região,
embora já tenha tido provas
de algum reconhecimento
nos convites para criar música quer para teatro, quer
para outros projectos assim
como participar em intercâmbios variados como por
ex: SILA-Salão Internacional do Livro Africano com
“A Côr da Língua” Tenerife
2010; Festival POW WOW
em Trogen – Switzerland e
Bardentreffen Festival 2009
em NÜRNBERG (Alemanha)(c/ Toques do Caramulo da D’Órfeu); Co-produção
Theater tri-bühne Stuttgart
(Alemanha) / Trigo Limpo
teatro ACERT -Festival de
Teatro Europeu de Stuttgart 2008. “Ahoje é Ahoje”
Intercâmbio artístico e de
cooperação solidária-MAPUTO, Moçambique 2008.
Festival “Music and Dance
from around the World”Weston super Mare-Reino
Unido”2008(Carlos Peninha& Tocar o Chão); Convidado em nome próprio
no programa Quilómetro
O que se passa
na Hungria?
Melhor, na UE?
Parece que a Hungria
já não é uma Democracia.
Isto poderia não significar nada para mim (nem
para o leitor) mas significa porque estamos todos
no mesmo barco desde
que foi criado um figurino
chamado União Europeia,
alicerçado numa série de
princípios e proclamações – entre os quais a
Democracia. Mas, afinal,
o que se passa naquelas
bandas? Em resumo: o
fim de uma era constitucional.
No poder desde 2010, o
primeiro-ministro Viktor
Orbán (chefe de um governo liberal e moderado
na década de 90), transformou-se num aprendiz
autocrata. Lá se vão as
conquistas democráticas
do pós-comunismo. Recentemente, no dia 11 de
março, o parlamento húngaro adoptou uma nova
alteração à Constituição
que limita as competências do Tribunal Constitucional. Muitos artigos
que haviam sido retirados
por serem inconstitucionais reaparecem agora na
Constituição. Entre eles, a
criminalização dos semabrigo ou a regulamentação das críticas a figuras
públicas.
A alteração foi aprovada com 265 votos a favor, 11 contra e 33 abstenções, as do partido de extrema-direita Jobbil. O
Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orbán, dispõe da maioria dos dois
terços . Há quem fa le
numa ditadura da maioria como perigo vivo para
Zero da RTP2 para entrevista e tocar música da sua autoria-2008. “Torna Viagem”
(CD de José Medeiros que ganhou o Prémio José Afonso
2005);”Gente feliz com lágrimas” CD e Banda Sonora da
série televisiva da RTP Açores de José Medeiros 2005;
IDENTIDADES - Recife e
Aracajú-Nordeste do Brasil (Espectáculo Canções de
Maria da Graça Canto Moniz
a comunidade, recorrendo ao pensador do século XIX, Tocqueville. Mas,
mais grave, é a aceitação
da UE disto tudo (já para
não falar da Constituição
da Hungria de 2011, que
entrou em vigor em 1 de
janeiro de 2012 e dos conflitos que envolveram o
regulamento dos meios
de comunicação)).
Budapeste e Bruxelas
jogam ao rato e ao gato.
A diferença é que o rato
húngaro é muito ágil e o
gato europeu é desajeitado e hesitante. Mas o que
poderia fazer Bruxelas?
Sancionar o governo de
um dos seus membros,
saído de eleições democráticas, não é fácil. Para
o fazer dispõe apenas de
uma arma: suspender, em
Bruxelas, os direitos de
voto do governo em causa. Ora, a recordação do
precedente austríaco continua bem viva: aquando
da chegada do partido de
extrema-direita de Jörg
Haider à coligação governamental de Viena, em
2000, os europeus acabaram por renunciar a agir.
Bruxelas pode, também,
pensar em sanções financeiras contra Budapeste,
porque a Hungria precisa
muito dessa ajuda “estrutural”. Mas esse meio de
pressão, certamente mais
convincente, não está a
ser, por enquanto, encarado. Enfim, como disse no
outro dia, numa entrevista, o centrista José Ribeiro e Castro, “esta União
Europeia não presta”.
João Loio, Trigo Limpo Teatro Acert, Gesto e Fundação
Joaquim Nabuco)1998; Musica original para teatro para
peças de teatro Trigo Limpo,
para o Teatro do Montemuro
e Entretanto Teatro entre
muitos outros eventos e discografia que podem ser conhecidos em www.myspace.
com/carlospeninha.
Paulo Neto
Jornal do Centro
32
18 | abril | 2013
saúde e bem-estar
RASTREIO DE CANCRO
DA MAMA EM SÁTÃO
ATÉ FINAL DE MAIO
A Associação Portuguesa
de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental
de Viseu, a Câmara Municipal de Viseu e a Unidade de
Cuidados na Comunidade
Viseu do Agrupamento de
Centros de Saúde Dão-Lafões organizam uma iniciativa simbólica de Movimento pela Saúde, na terça-feira,
dia 16, na Ecopista do Dão.
A par da caminhada pela
saúde de seis quilómetros
decorreram sessões de avaliação da tensão arterial, do
estado físico de cada participante e de aquecimento.
Emília Amaral
O Núcleo Regional do
Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRCLPCC) está a promover o
Programa de Rastreio
de Cancro da Mama em
Sátão, desde ontem, até ao
final de maio.
A Unidade Móvel de
Mamografia Digital encontra-se estacionada
junto ao Centro de Saúde.
As mulheres com idades
comprendidas entre os 45
anos e os 69 anos podem
aderiar ao programa, basta dirigirem-se à unidade
de segunda a sexta-feira,
das 9h00 às 12h30 e das
14h 00 às 17h00.
A LPCC lembra que
“atualmente em Portugal,
com uma população feminina de cinco milhões,
surgem 4.500 novos casos
de cancro da mama por
ano, ou seja, 11 novos casos por dia. Morrem quatro mulheres por dia com
esta doença”. EA
foto legenda
Corrida dos bombeiros em Penalva
A Associação dos
B om b ei ro s Volu n tários de Penalva do
Castelo, em colaboração com o Agrupamento de Escolas do
concelho e Associação de atletismo de
Viseu, promove a 1ª
Corrida de Penalva
do Castelo no próximo domingo, dia 21 de
Abril.
A corrida terá como
pad r i n hos d a pro va, Fernanda Ribeiro, campeã olímpica
e recordista mundial
e José Regalo atleta
olímpico.
SOS VOZ AMIGA
800 202 669
ANGÚSTIA, SOLIDÃO
E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
CHAMADA GRÁTIS
CAMINHADA SOLIDÁRIA COM PARTIDA NA
RADIAL DE SANTIAGO
As Obras Sociais do Pessoal da Câmara Municipal
e Serviços Municipalizados de Viseu e o Clube de
Escola de karaté Shukokai
organizam uma caminhada
solidária, no âmbito da IV
Corrida Solidária dos Médicos do Mundo. O encontro
está marcado para o dia 19
de maio, às 10h30, no Parque
Urbano, Radial de Santiago,
em Viseu.
FISIOTERAPIA É TEMA
PARA JORNADAS
A Escola Superior de
Saúde Jean Piaget de Viseu
promove as segundas Jornadas de Fisioterapia “Fisioterapia pelo Exercício Físico”, dias 17 e 18 de
maio. O dia 17 será preenchido com workshops, decorrendo as jornadas ao
longo do dia 18. Atividade
física, exercícios de saúde
e fisioterapia são alguns
dos temas em análise.
Jornal do Centro
SAÚDE 33
18| abril | 2013
Opinião
O extracto de planta que melhora a circulação sanguínea
O Ginkgo biloba contribui para uma melhor memória, reduz os zumbidos
nos ouvidos e as mãos e os
pés frios.
Uma das descobertas
mais interessantes dos últimos tempos é o ginkgo biloba, um extracto de planta que dilata os vasos sanguíneos e ajuda o aporte de
oxigénio e nutrientes a todas as partes do corpo.
Quando se fazem palavras cruzadas, o cérebro
trabalha a grande velocidade para encontrar as respostas certas. As tarefas de
concentração e reflexão requerem um enorme fornecimento de sangue ao cérebro, dado que o sangue
transporta o oxigénio e os
nutrientes necessários às
células cerebrais. O músculo também está dependente de sangue, oxigénio e
nutrientes, bem como qualquer outra função do nosso corpo. À medida que se
envelhece, o fornecimento
de sangue fica mais lento
devido à formação gradual de placas no interior dos
vasos sanguíneos, afectando a memória e a concentração. Os pés e as mãos
podem arrefecer e muitas
das funções do corpo ficam
mais lentas. A boa notícia é
que este problema pode ser
resolvido através da administração de um extracto
de planta designado ginkgo
biloba.
Como funciona?
O que contém essa planta que tem a capacidade de
melhorar a circulação? O
segredo está nos flavonaglicósidos e nas terpenolactonas, que são as substâncias activas (flavonóides) com diversos efeitos
biológicos. De um modo
simples, o ginkgo biloba dilata (expande) os vasos sanguíneos, facilitando a passagem do sangue. O ginkgo
biloba apresenta um outro
efeito importante – torna o
sangue menos viscoso. Tal
facilita a circulação do sangue.
Mãos e pés mais quentes
Investigadores demonstraram que ginkgo biloba
melhora o fornecimento de
sangue às extremidades,
tais como os pés e as mãos.
A utilização de termografia,
uma técnica particular de
imagem que mostra as diferenças de temperatura com
cores diversas, permitiu aos
investigadores demonstrar
como as zonas frias se tor-
nam quentes após a utilização de suplementos de
ginkgo biloba. Por outras
palavras, o acréscimo de
fornecimento de sangue
aumenta a temperatura nos
dedos das mãos e pés.
Combate à demência
Outra área que se mostra promissora é a prevenção de problemas como a
Doença de Alzheimer. Estudos demonstram como
pessoas em estados iniciais desta doença podem atrasar o desenrolar
da doença. Deste modo,
são capazes de se manter num estado inicial de
doença, quando se esperaria que dependessem
completamente de terceiros. Assim, ginkgo biloba
ajuda no bem-estar físico
e mental e parece ser um
meio extremamente útil
na manutenção da saúde,
especialmente durante o
envelhecimento. Actualmente, não existem medicamentos capazes de
igualar ginkgo biloba no
que se refere à melhoria
dos problemas circulatórios. Por este motivo, este
suplemento é único.
Melhora a memória e a
concentração
Agora, se considerar o
facto de que apenas o cérebro humano utiliza cerca
de 20% do oxigénio consumido, não será difícil imaginar como ginkgo biloba
pode melhorar o desempenho mental. As pessoas mais velhas que tomam
este extracto apercebemse de que conseguem lembrar-se mais facilmente
de pormenores e que têm
maior facilidade de concentração, mas existem outros benefícios associados
à utilização de ginkgo biloba. O ginkgo biloba contribui também para o alívio
de outros problemas relacionados com a má circulação como tonturas, zumbidos nos ouvidos e pernas
pesadas.
Inês Veiga
Farmacêutica
Como escolher um bom produto?
Existem vários suplementos disponíveis nas farmácias que ajudam a melhorar a circulação sanguínea.
Estes podem parecer iguais mas estarem muito longe
em termos de qualidade e eficácia. É por isso essencial ter em conta a matéria-prima utilizada.
Num estudo independente no Reino Unido, que
comparou 18 marcas de ginkgo biloba disponíveis comercialmente, o suplemento que surgiu no topo da lista dos melhores contém 100 mg de extracto patenteado, obtido a partir das folhas da árvore Ginkgo biloba.
Tem uma quantidade normalizada dos ingredientes
activos (Norma PN 246). A matéria prima utilizada neste suplemento foi considerada a melhor matéria-prima do m
mercado - a mais
eficaz, de m
melhor absorção e
de melhor
me
qualidade.
Per
Permite uma toma
di
diária de apenas
um comprimido por dia - segundo estudos
científicos recentes, uma
toma única de
dose superior é
m
mais eficaz.
Jornal do Centro
34 CLASSIFICADOS
18 | abril | 2013
IMOBILIÁRIO
- T1 Mobilado e equipado com água
incluído 220,00€. 232 425 755
- T1 dpx - jtº à Segurança Social,
terraço com 50m2, ar condicionado
450,00€ 917 921 823
- T2 Junto ao Fórum boas áreas
lareira com recuperador 300,00€.
232 425 755
- T2 St.º Estevão, mobilado e equipado, ar condicionado e garagem
fechada 300,00€ 969 090 018
- T2 Mobilado e equipado Bairro
Santa Eugenia 300,00€
967 826 082
- T3 Jtº ao Hospital na Quinta
do Grilo – Mobilado e equipado
300,00€ 917 921 823
- T3 Abraveses, varandas,
marquise, cozinha semi equipada,
com garagem fechada 250,00€
969 090 018
- T3 como novo, Junto à fonte
cibernética, roupeiros, aquecimento e garagem 500,00€
967 826 082
EMPREGO
- T3 Gumirães, bem estimado,
boas áreas, bons arrumos 275,00€
232 425 755
- Café/Bar no Centro da Cidade,
mobilado e equipado 250,00€
969 090 018
- Andar moradia T3 junto à Cidade,
com lareira, cozinha equipada,
250,00€ 232 425 755
- Moradia - T2 A 5 minutos da
Cidade, garagem, Aquecimento a
palettes e lareira 250,00€
967 826 082
- Andar moradia T3 Santiago, boas
áreas lareira, cozinha mobilada e
equipada 350,00€ 969 090 018
- Andar moradia T4, cozinha mobilada e equipada e lareira 250,00€
967 826 082
- Moradia, a 3 minutos, semi
mobilada, garagem, churrasqueira,
aquecimento 600,00€
232 425 755
- Loja Cidade c/ 40m2, ótima localização, w.c. montras 200,00€
232 425 755
- Snack-bar “moderno”
– Centro da Cidade, todo mobilado
equipado 850,00€
917 921 823
IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.
Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96
5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192
Mecânico de automóveis. Sernancelhe
- Ref. 587801020
Fiel de armazém. Lamego
- Ref. 587857844
Outros operadores de máquinas de
imprimir - Artes gráficas. Tarouca
- Ref. 587820907
Serralheiro civil. Lamego
- Ref. 587873168
Eletricista da construção civil.
Armamar - Ref. 587858126
Ajudante de cozinha.
São João da Pesqueira
- Ref. 587869870
- Loja Cidade c/ 40m2, ótima
localização, w.c. montras 200,00€
232 425 755
- Snack-bar “moderno”
– Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00€
917 921 823
Técnico de vendas
Ref. 587930405 – São Pedro do Sul
Para venda de espaços publicitários
Com viatura Própria.
Cortador de tecidos
Ref. 588028605 – Vouzela
Com experiência.
- ARMAZEM – Junto à Cidade,
com 300m2 cobertos, 4 frentes,
1000m2 descobertos, 250,00€
967 826 082
Eletromecânicos de eletrodomésticos.
Ref. 587889139 – Tondela
Com experiência na reparação
de eletrodomésticos para linha
branca.
Cabeleireiro
Ref. 587968585 – Tondela
Com experiência.
Técnico de vendas
Ref. 587886729 – Santa Comba Dão.
Aluga-se T3
Semi-Novo
perto do
Continente
Contacto:
96 808 37 42
Canalizador. Lamego
- Ref. 587869103
Costureiras
Ref. 588019265 – Vouzela
Com experiência.
Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de Tondela
Praceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320
e-mail: [email protected]
Trabalhador indiferenciado
Ref. 587994466 – Tondela
Com ou sem experiência.
Para trabalho em serração de
madeiras.
Vende Pinha
(Sacos c/ mais de 50 pinhas)
Entrega em casa junto ao grelhador e à lareira.
Terra para Vasos (Sacos 5Kg.)
Aparas de madeira para lareira e grelhador.
T. 967 644 571 | [email protected]
Caixeiro. Lamego
- Ref. 587821100
Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do Sul
Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170
e-mail: [email protected]
- Café/Bar no Centro da Cidade,
mobilado e equipado 250,00€
969 090 018
ZÉ DA PINHA
Cozinheiro.
Sernancelhe
- Ref. 587877167
Com ou sem experiência, para
venda porta-a-porta.
Estucador
Ref. 57883929 - Mortágua
Candidato com experiência em
gesso projetado.
Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de Viseu
Rua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460
e-mail: [email protected]
Estucador
Ref. 587941905
- Tempo Completo - Viseu
Ajudante Cabeleireira
Ref. 587998045
- Tempo Completo - Nelas
Ajudante Serralheiro Civil
Ref. 588035845
– Tempo Completo - Viseu
Calceteiro
Ref. 588038545 - Tempo
Completo – Viseu
Técnico Vendas
Ref. 588025025
- Tempo Completo - Viseu
Serralheiro Civil
Ref. 588001986
- Tempo Completo – Penalva
Castelo
Cortador Carnes Verdes
Ref. 588047645
- Tempo Completo – Viseu
Costureira
Ref. 588022345
- Tempo Completo – Viseu
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou
pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de
emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.
VEM CELEBRAR
O 25 DE ABRIL NA ACERT
24
João
ABRIL
21:45 Afonso
COM ROGÉRIO PIRES
______
21:00 EXPOSIÇAO B`CARTOONS
CENTRO DOCUMENT. 25 ABRIL UNIV. COIMBRA
A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
APOIO
ASSOCIAÇÃO CULTURAL
E RECREATIVA DE TONDELA
Rua Dr. Ricardo Mota, s/n
3460-613 Tondela
www.acert.pt
Jornal do Centro
CLASSIFICADOS 35
18| abril | 2013
INSTITUCIONAIS
OBITUÁRIO
Levi Guedes Violante, 83 anos, casado. Natural e residente em Fontelo, Armamar. O funeral realizou-se
no dia 17 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fontelo.
2ª Publicação
1ª Publicação
Agência Funerária Igreja
Armamar Tel. 254 855 231
José Augusto dos Santos Costa, 84
anos, viúvo. Natural de Carvalhosa, Ermida, Castro Daire e residente em Picão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 11 de abril,
pelas 17.00 horas, para o cemitério de Picão.
Amadeu Pereira, 79 anos, casado.
Natural e residente em Mosteirô, Pepim, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 13 de abril, pelas 10.00
horas, para o cemitério de Pepim.
Maria Soledade Pereira Almeida,
87 anos, casada. Natural de Vila
Nova, Pinheiro, Castro Daire e residente em Casal Bom, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no
dia 13 de abril, pelas 16.00 horas,
para o cemitério de Reriz.
(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)
Maria Ilídia Fernandes Pereira, 67
anos, viúva. Natura e residente em
Almofala, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 14 de abril, pelas 14.00
horas, para o cemitério de Almofala.
(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)
Maria do Céu e Almeida, 97 anos,
solteira. Natural e residente em Sobradinho, Ermida, Castro Daire.
O funeral realizou-se no dia 15 de
abril, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Ermida.
1ª Publicação
2ª Publicação
Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda.
Castro Daire Tel. 232 382 238
E m i l i a n o S i l v a d o s S a nt o s
Martinho, 74 anos, casado. Natural de Lousã e residente em Viseu.
O funeral realizou-se no dia 15 de
abril, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Pegada, Lousã.
Nazaré de Jesus da Silva, 72 anos,
viúva. Natural de Fragosela e residente em Fragosela de Baixo, Viseu.
O funeral realizou-se no dia 15 de
abril, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Prime.
Carlos Lopes, 93 anos, viúvo. Natural e residente em Tibaldinho,
Viseu. O funeral realizou-se no
dia 17 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Alcafache,
Mangualde.
Agência Funerária D. Duarte
Viseu Tel. 232 421 952
Lucinda de Jesus, 83 anos, viúva.
Natural de Vil de Souto, Viseu e
residente em Carriça, Vil de Souto,
Viseu. O funeral realizou-se no dia
14 de abril, pelas 16.30 horas, para
o cemitério de Vil de Souto.
Preciosa Emília, 97 anos, viúva.
Natural e residente em Torredeita,
Viseu. O funeral realizou-se no dia
15 de abril, pelas 18.00 horas, para
o cemitério de Torredeita.
Manuel de Jesus Pedro, 69 anos,
casado. Natural de Rio de Loba e
residente em Viso Sul, Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de abril,
pelas 15.30 horas, para o cemitério
de Ranhados.
Ag. Fun. Amaral & Sobrinho, Lda.
Viseu Tel. 232 415 578
Maria Laurinda de Jesus Augusto
Abrantes, 60 anos, casada. Natural de Moinhos de Pepim, Pindo,
Penalva do Castelo e residente em
Mangualde. O funeral realizou-se
no dia 12 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Pindo.
Ag. Funerária Ferraz & Alfredo
Mangualde Tel. 232 613 652
António Mariano da Silva Xavier
Guerra, 64 anos, casado. Natural
e residente em Tarouca. O funeral
realizou-se no dia 4 de abril, pelas
17.30 horas, para o cemitério de
Esporões, Tarouca.
(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)
1ª Publicação
(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)
(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)
Maria da Natividade Martins, 89
anos, solteira. Natural de Penalva
do Castelo e residente em Repeses, Viseu. O funeral realizouse no dia 12 de abril, pelas 10.00
horas, para o cemitério novo de
Repeses.
António Ferreira de Figueiredo, 79
anos, viúvo. Natural de Rio de Loba
e residente em Travassós de Cima,
Viseu. O funeral realizou-se no dia
12 de abril, pelas 14.30 horas, para
o crematório de Viseu.
Patrocínia de Carvalho, 74 anos,
casada. Natural de Tarouca e residente em Cravaz, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 10 de abril,
pelas 17.30 horas, para o cemitério
de Esporões, Tarouca.
Rita da Assunção Nery, 87 anos,
solteira. Natural de Rio de Loba e
residente em Travassós de Cima,
Viseu. O funeral realizou-se no
dia 16 de abril, pelas 17.00 horas,
para o cemitério velho de Rio de
Loba.
Ag. Fun. Maria O. Borges Duarte
Tarouca Tel. 254 679 721
Ag. Fun. Decorativa Viseense, Lda.
Viseu Tel. 232 423 131
tempo
JORNAL DO CENTRO
18 | ABRIL | 2013
Hoje, dia 18 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC.
Amanhã, 19 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 6ºC.
Sábado, 20 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 3ºC.
Domingo, 21 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 6ºC.
Segunda, 22 de abril, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 19ºC e
mínima de 8ºC.
Impresso em papel
que incorpora
30 por cento
de fibra reciclada, com
tinta ecológica de base
vegetal
∑agenda
Olho de Gato
Quinta, 18 abril
Cartões
amarelos
Mangualde
∑ Curso de apicultura
organizado por Harald
Hafner, com o apoio
da Câmara Municipal,
vai decorrer no
auditório da autarquia
e na Quinta do
Modorno, em horário
pós laboral nos
próximos seis dias.
Sexta, 19 abril
Viseu
∑ A Associação
Empresarial da
Região de Viseu e a
Associação Cristã
de Empresários e
Gestores, promovem
a sessão “Ética
para Dirigentes e
Administradores.
Como construir
empresas de
excelência e
socialmente
responsáveis” ,
às 17h45 no Hotel
Montebelo
∑ Tomada de Posse
dos órgãos sociais
do CERV - Conselho
Empresarial da Região
de Viseu, às 14h30 na
sede da Associação
Comercial do Distrito
de Viseu.
Publicidade
Joaquim Alexandre Rodrigues
[email protected]
DR
Viseu
∑ O Professor
Jaqques Donnez visita
o Centro Hospitalar
Tondela - Viseu, EPE.
O especialista
participa num debate,
às 11,30.
http://twitter.com/olhodegato
http://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com
A Festa dos estudantes decorre de 20 a 25 de abril
Xutos abrem Semana
Académica de Viseu
Concertos ∑ Blasted Mechanism, Jaimão, Quim Barreiros e Mind
da Gap, também vão subir ao palco do pavilhão Multiusos
Começa em grande a
XXIX Semana Académica de Viseu, com a atuação dos Xutos e Pontapés. A banda de rock
português, que já não
vinha à festa académica da cidade há algum
tempo, sobe ao palco no
sábado.
A semana da festa dos
estudantes, decorre no
pavilhão Multiusos de
Viseu e prolonga-se até
dia 25 de abril.
Domingo, o programa
começa pelas 15h00 com
a Benção das Pastas, no
adro da Sé, às 22h00 a
Marcha dos Caloiros e
às 23h00 a Monumental
Serenata, também no
Adro da Sé. No Pavilhão
Multiusos a animação
fica a cargo de Jaimão. A
noite de segunda-feira,
22, está reservada para
as tunas académicas de
Viseu.
O desfile académico
está marcado para terça-feira, 23, e à noite, já
no recinto oficial da semana académica, a habitual presença de Quim
Barreiros.
Os portugueses Blasted Mechanism também
fazem parte do cartaz da
edição 2013, e sobem ao
palco, quarta-feira, 24.
O último dia da festa dos estudantes fica
reservado para várias
bandas portuguesas de
hip-hop: os viseenses
Adega 13, Dealema e os
cabeça de cartaz para
a última noite, Mind da
Gap.
Para além das várias
bandas a semana académica conta com a presença de dj’s aos longo
das sete noites: DJ Nuno
Machado (20), DJ Peter
Sky (22), DJ Vitto (23), DJ
Alberto Grnja/DJ Vitor
Pirez (24) e DJ Mouse
(25).
O pavilhão Multiusos
abre portas, durante os
dias da Semana Académica, pelas 22h00.
Micaela Costa
1. No último Olho de Gato do ano passado escrevi aqui: “enquanto a generosidade das bases
socialistas está focada nas próximas autárquicas,
as elites pensam mais em legislativas antecipadas, apostando que Portas se divorcia de Passos”.
Chamei a isso “deriva estratégica”.
Seguro tem exigido a demissão do governo
mas — como seria estúpido juntar-se à “rua” de
Jerónimo e lhe fica mal jacobinar asneiras como
Mário Soares - resta-lhe continuar a ligar para o
roaming de Paulo Portas. Em resumo: a liderança do PS passou todos estes meses num corrupio
mas não saiu do mesmo sítio.
Nestes dois anos que leva de liderança, Seguro falhou o que se tinha proposto: nenhum candidato a uma câmara importante foi escolhido
em primárias, as suas ideias sobre ética política
foram metidas no congelador com medo dos socratistas e agora até ele é obrigado a papaguear
a “narrativa” do PEC4.
Seguro não tem agido, só reagido. Ao acto falhado da proto-candidatura de António Costa,
reagiu com a artilharia toda do aparelho e obteve 96% dos votos, uma norte-coreanice para
esquecer.
2. Caro António José Seguro, ligue lá ao Paulo
Portas outra vez. Não o atendeu? Esqueça esse
dançarino habilidoso. Mude de página. Abra um
novo capítulo. Foque-se no essencial, homem. E
o essencial é pôr os portugueses a falar, e esse
falar não é na “rua” nem em sondagens. Esse falar é nas urnas, é nas próximas eleições autárquicas.
Caro António José Seguro, faça o que Ferro
Rodrigues e Sousa Franco fizeram nas europeias
de 2004. Transforme as próximas autárquicas
num cartão amarelo a este governo gasparino
que não acerta uma. No futebol dois cartões
amarelos dão expulsão, trabalhe para serem milhões. Os autarcas socialistas agradecem. O eleitorado fica com uma motivação extra para ir votar. Foque-se, homem. Tome a iniciativa. Em vez
de reagir, aja primeiro.

Documentos relacionados