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REABILITAÇÃO de GRANDES ESTRUTURAS UMA EXPERIÊNCIA PORTUGUESA - THOMAZ RIPPER - Caracterização da Construção Existente (Patrimônio) Reabilitação e Manutenção Segurança, Durabilidade e Economia como medida de Sustentabilidade “Engineering Structures are designed to perform over a stated period of time. This means that their functions must remain intact during the design service life.” Jan Bijen Desempenho Mecânico Prevenir Já emDurabilidade Projeto Reabilitar: Garantir Segurança Mecânica Reabilitar: Garantir Durabilidade Reabilitar: Dimensionar Vida Útil Observar, Monitorar e Manter Critério Sustentável de Abordagem Ação Ação Resistência Probabilidade Resistência Resistência > Ação Desempenho Mecânico Durabilidade Momento fletor Frente de carbonatação Intensidade de armaduras Recobrimento + Inibidores de Corrosão + Pintura Probabilidade a ser controlada A verificação de estruturas existentes por métodos probabilísticos, exigindo o maior conhecimento das características do construído e sua inserção ambiental, possibilita ao Engenheiro tirar maior partido da capacidade instalada, trazendo Poupança ao Proprietário. Ponte de Constância sobre o Rio Tejo • Construída pela Maison Eiffel em 1893 • Ponte Ferroviária de 1895 a 1979 • Desativada de 1979 a 1984 • Adaptação a Ponte Rodoviária em 1984 Inspecionar •Corrosão intensa • Empenos por corrosão • Empenos por embate de veículos •Elementos Estruturais em “Ferro Pudlado" Conhecer •Ensaios de Caracterização Mecânica •Ensaios de Caracterização Química Valor Desvio Coeficiente de Mínimo Médio Máximo Característico Padrão Variação Amostras •Ensaios de Fadiga Propriedades afetadas pelo aumento 95% do Material fy fu fy Valor fu Médio fy fu fy fu componente fy fu fyk fuk 271Carbono 346 279 Aumento da dureza, resistência e têmpera. 0,013 355 294 Diminuição 369 13 da 12 5% e soldabilidade. 3% 258 335 tenacidade Sulfatos 0,043 Efeito negativo na resistência e tenacidade. [P] Fósforo 0,077 Aumento na dureza e na fragilidade. Sílica 0,167 Manganês 0,016 Efeito similar ao carbono, aumento comportamento frágil. Aumento na dureza e fragilidade. do •Ensaio de Carga e Medição de Extensões, no Tabuleiro Avaliar, Calibrar •Medição da Frequência Própria Vertical do Tabuleiro Modelação E. F. com Degradação da Secção Ensaio Modelação E. F. Coeficientes de Degradação Modo Frequência [Hz] Modo Frequência [Hz] Modo Frequência [Hz] 11º 2,25 1º 13º 2,68 2º 19º 3,10 3º 23º 3,48 4º 30º 4,30 Adotados no Modelo de Cálculo com 11ºElementos Finitos 2,74 2,51cinco transdutores de aceleração Os utilizados possuem sensibilidade nominal de • redução 2,79 13º de 5 mm nos 2,98bordos das 10 V/g, o que permite medir acelerações a chapas e perfis; -2. partir ms19º 3,15 de 10• -5redução de 2 mm 3,43 nas superfícies 3,53 de contacto entre chapas; 23º 4,16 Representação • redução de 0,5 mm nas restantes Esquemática de uma Corda 5º 3,91 30º 4,89 superfícies. da Ponte de Constância DESIGNAÇÃO DO ELEMENTO 3,5 tf e CB Longarinas Viga - Longarina Contraventamento - Longarinas Carlingas 18 tf 30 tf 40 tf Análise de Risco Corda Inferior Corda Superior - Para definição dos elementos a intervir, Diagonal Interior Diagonal Exterior Montante carlinga Vigas Principais Montantes TIPO-0 TIPO-I TIPO-II TIPO-III Diagonais: 70x70x10x1+120x12 70x70x10+120x12 80x80x12+120x12 90x90x12+150x13 100x100x13+150x13 foi realizada uma análise de risco, considerando todos os cenários de carga. - Verificação realizada para os estados limites últimos de compressão, tração, corte e fadiga. Corda Inferior 1ª Chapa 2ª Chapa 3ª Chapa 4ª Chapa 5ª Chapa Corda Superior 1ª Chapa •Carregamentos Sem risco de ruína aplicados no modelo Risco de ruína dúctil com resistência remanescente em elementos finitos 2ª Chapa 3ª Chapa 4ª Chapa 5ª Chapa Contraventamento Vigas Principais Risco de ruína frágil (fadiga) Pormenorização da Intervenção •Reforço •Colocação dasdediagonais limitadores interiores de dase carlingas sinalização sobre adequada os apoiospelo nosembate pilares edeencontros •Substituição •Reabilitação dos dos montantes restantes elementos ealtura demais elementos estruturais danificados veículos Exemplo: Perda de Secção por Corrosão e Empenamento das Cordas Ponte 25 de Abril sobre o Rio Tejo • À data da sua inauguração (Agosto de 1966), foi a quinta maior ponte suspensa do mundo e a maior fora dos Estados Unidos da América. • Em 1998 o tabuleiro rodoviário foi alargado para seis vias e, em 1999, foi inaugurada a travessia ferroviária no tabuleiro inferior. • A margem Sul comporta o mais elevado índice de cloretos na atmosfera e na água de toda a costa portuguesa. • Os elementos de concreto dos viadutos de acesso e maciços de ancoragem dos cabos de suspensão só foram objeto de proteção (pintura) durante a obra de reforço para introdução do tabuleiro ferroviário. • Atualmente está a ser redefinido o sistema de proteção dos elementos de concreto, tendo sido iniciados os trabalhos de caracterização do existente pela face mais exposta do maciço Norte . Plano de Ensaios • 197 pontos de medição de espessura de recobrimento da armadura na face mais exposta do maciço, totalizando mais de 1400 leituras. • Foi estudada a influência do número de ensaios a realizar (concentração do agente agressor em função da espessura de recobrimento) para garantir a representatividade desejada. Ponte Internacional sobre o Rio Guadiana • • • A ponte do Guadiana integra-se na A 22, estando situada na divisa entre Portugal (Vila Real de Santo António e Ayamonte) e Espanha, estando distante aproximadamente 7 km do estuário do rio. Para além da relativa proximidade do mar, dá-se a presença de antigas salinas na margem portuguesa do rio (ambiente muito agressivo). O vão central da ponte, inaugurada em 1991, tem uma extensão de 324 m, sendo suspenso a torres com quase 100 m de altura. Plano de Ensaios • Refeito para cinco pontos, indicou probabilidade de corrosão ativa, com mais da • Sendo os íons cloreto o agente agressor e a corrosão das armaduras o mecanismo de metade dos valores situando-se acima da concentração limite para concreto degradação, o plano inicial previa perfis de concentração de cloretos traçados a partir protendido. Solução: reparação localizada e sistema ativo de proteção catódica, de ensaios à três profundidades. através de revestimentos orgânicos condutores aplicados diretamente nas superfícies (ânodos de sacrifício – corrente galvânica). Variação do Recobrimento da Armadura Recobrimento Médio da Armadura % ClValor Limite % Cloretos superficial é % Cloretos maior que osuperficial valor limite é menor que o valor limite Poderá haver risco de corrosão Não hádevido risco de à %corrosão cloretosdevido à % cloretos * * Valor indicativo da % inicial de cloretos (concretagem da obra) * Profundidade * * _ * Perfil de cloretos Ensaio de cloretos Modernização do Parque Escolar Português • • Exemplo uma escolaosnoedifícios Seixal, margem Sulescolar do Tejo, com altoao índice de secundário Recuperarpara e modernizar do parque destinado ensino (100 escolas, numa primeira corrosividade atmosférica e fase). umidade relativa do ar ≅ 80% , obra de 1986: Objetivo: resposta eficaz e eficiente às intervenções pontuais de reparação ou às intervenções programadas de conservação e manutenção Análise de Durabilidade 14% 12% Prof. carbonatação 2011 recobrimento Frequência 10% 8% 6% Probabilidade de falha - Pf 25% 20% Vigas D XC4 limite RC3 15% 10% 4% 5% 2% 0% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 0% 0 10 20 30 40 50 60 Tempo - anos Profundidade - mm 70 80 90 100 Suporte de Conduta de Abastecimento de Água • Principal sistema de abastecimento de água a Lisboa: 2100 km de condutas. • Objetivo do Proprietário: Engenharia Forense do mecanismo da Vida Útil do Sistema - Determinação Analisar as hipóteses de Condicionante intervenção que garantissem, com Estrutural a Acção vs oResistência Durabilidade (ELU) fiabilidade desejada, abastecimento de- água do adutor durante pelo menos mais 20 anos. Corrosão de Armaduras por Carbonatação Não condicionante Corrosão de Armaduras pela Existência de Fissuras Condicionante Corrosão de Armaduras por Reparações Mal Executadas (Pilhas por Diferença de Potencial entre o Material de Reparação e o Concreto Original) Condicionante Juntas e Estanquicidade Não condicionante Viaduto do Pereiro, em Olhão • Viaduto em laje esconsa, com fissuras indicativas de deficiente comportamento à flexão, confirmado através de verificação estrutural. • Fissuração transversal paralela aosàapoios, linha dea apoios, meio vão, desenvolvendo-se na face inferior atravessando na quase totalidade a quase totalidade do vão, com doespaçamento viaduto. regular. Recurso a Tecnologia de Ponta • Solução adotada original em emchapas lâminasmetálicas: CFRP S&P:maior maiordificuldade facilidade executiva, resposta resposta menos muito eficazeficaz mais para aumento para aumento da capacidade da capacidade resistente resistente à flexão. à flexão. Reservatório de Águas Servidas em Sines • Reservatório com vigas-parede a apresentarem fissuração devida à ação da temperatura e retração do concreto. Recurso a Tecnologia de Ponta • Solução com vedação das fendas e injeção de compressão pela aplicação de laminados CFRP protendidos S&P. Ponte da Barra, em Aveiro • • Projeto original de Edgar Cardoso, em 1971. Entrada em serviço em 1974. • Apresentava deficiências para as ações mecânicas e ambientais. • Urgente necessidade de adaptar a resposta da obra, cuja importância sócio – económica é elevada, às exigências das regulamentações atuais. • Reabilitação levada a efeito entre 2006 e 2008. 25 7×32 = 224 2×34+12=80 578 Interação Projeto - Execução Reforço: Tecnologia de Ponta • Necessidade de reforço generalizado, com protensão exterior, no tabuleiro, para repor os níveis de capacidade resistente à flexão e corte. CABO 2 CABO 1 PILARES P7/P10 CABO 3 CABO 4 PILARES P8/P9 LIMITE DO TABULEIRO CHIPPED SURFACE CROSS BEAM 0.30x0.30 PRE-STRESSING CABLE LONGITUDINAL SECTION LIMITE DO TABULEIRO TRANSVERSAL SECTION Reforço: Tecnologia de Ponta • Necessidade de reforço sísmico generalizado, com adição de lâminas CFRP S&P, nos pilares e travessas superiores. • Proteção com recurso a inibidor de corrosão orgânico migratório, aplicado na massa de material novo e em toda a superfície, e pintura generalizada, com espessura e componente básico variando em função do nível de exposição. TRANSVERSAL ELEVATION LONGITUDINAL ELEVATION Sistema de Monitorização • Instalação de sistemas de monitorização contínua da corrosão que permitissem fornecer indicações relevantes para avaliação a longo prazo da evolução da corrosão das armaduras e da eficácia dos métodos de recuperação a que a estrutura foi submetida. • Aquisição automática de dados sobre a evolução da penetração de cloretos e da carbonatação do concreto, com detecção da corrosão nas armaduras decorrente da acção destes agentes. • Sistema baseado em medidas de corrente galvânica, potencial de corrosão resistividade do betão e temperatura. • A análise dos resultados das medidas efectuadas evidencia que, nas zonas instrumentadas, as armaduras se encontram no estado passivo e que não ocorreu evolução desfavorável da protecção conferida pelo concreto de recobrimento e respectivo revestimento. Reabilitação Sustentável do Patrimônio: Uma Profissão, Um Desafio, Uma Paixão [email protected] www.leb.pt l’amour c’est plutôt comme le béton un matériau de construction (Jacques Lanzmann, chanté par Françoise Hardy, 2006)