Folheto Fogo Bacteriano COTHN

Transcrição

Folheto Fogo Bacteriano COTHN
Viveiros
As plantas, os porta-enxertos, garfos e borbulhas a
ulizar devem ter origem controlada, ou seja, provenientes de plantas-mãe previamente inscritas e controladas.
Os viveiros instalados com materiais adquiridos a outras endades ou a outros países devem ser portadores de documentos comprovavos de origem e passaporte fitossanitário para ZP (zona protegida), como
garana de que estão isentos de organismos prejudiciais. Sempre que forem adquiridos, plantas, portaenxertos ou garfos noutros países e antes de proceder
ao seu uso, deve solicitar-se à DRAP da área onde
exerce a acvidade, uma inspeção fitossanitária aos
materiais.
Medidas de erradicação
Para reforço e atualização das medidas fitossanitárias
a desenvolver para o controlo e erradicação do fogo
bacteriano, de foi elaborada e publicada a Portaria n.º
287/2011, de 31 de outubro, que define medidas fitossanitárias adicionais e de emergência para o controlo e
erradicação do fogo bacteriano.
De forma a que Portugal connue a manter o estatuto
«Zona Protegida» foram adotadas as seguintes medidas de erradicação nas zonas declaradas como “zona
contaminada” previstas no Art.º 3 da Portaria.
•Arranque e destruição, nomeadamente pelo fogo, no
próprio local e sob controlo oficial, de todos os vegetais infectados ou com sintomas suspeitos, bem como
de todos os vegetais hospedeiros que lhe estejam circundantes;
•No caso de um viveiro, arranque e destruição no próprio local e sob controlo oficial, de todos os vegetais
hospedeiros existentes nesse local de acvidade.
•Proibição de plantação e ou a replantação de vegetais
hospedeiros na zona contaminada, enquanto a bactéria não for considerada oficialmente erradicada.
•Nas “zonas de segurança” estabelecidas num raio de
1Km em redor da “zona contaminada”, os vegetais
hospedeiros infetados também devem ser destruídos
pelo fogo no próprio local.
Medidas culturais
•Observar semanalmente os pomares e viveiros de modo a detetar precocemente os sintomas e comunicar de
imediato às endades oficiais;
•Fazer tratamentos cúpricos antes das épocas chuvosas
e no caso dos pomares, preferencialmente a meio e no
fim da queda das folhas, depois da poda e antes do
abrolhamento
•À queda das pétalas e ao vingamento deverão ser feitos
tratamentos com produtos homologados que potenciem a indução de resistências.
•Durante a poda, os utensílios de corte devem ser desinfectados entre cada corte e de pomar para pomar;
•Após as podas, deve pulverizar todo o pomar com produtos cúpricos. Deve proceder-se, se possível, à selagem
individual dos locais de corte;
•Administrar o azoto após a floração, moderadamente e
em aplicações repardas;
•No abrolhamento, cortar as inflorescências que surjam
depois da época normal de floração e antes das flores
abrirem;
•Manter as colmeias fixas, não as transportando entre
pomares desde o início da floração até Novembro.
•Durante a colheita dos frutos, ulizar embalagens e
utensílios lavadas e desinfectadas diariamente e sempre
que mudarem de pomar;
•Não colher os frutos com folhas nem pedaços de ramo.
Contactos
Perante qualquer sintoma suspeito, deve contactar
a Direção Regional de Agricultura da sua área:
Fogo Bacteriano
O futuro da produção de Pêra e Maçã na nossa
Região está nas suas mãos, por isso solicitamos a todos que colaborem na implementação de todas as medidas de controlo.
DRAP Lisboa e Vale do Tejo – 243377500 ou através
do e-mail [email protected]
DRAP Centro - 271205450;
DRAP Algarve - 289870700;
DRAP Alentejo - 266757886;
Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo
O fogo bacteriano é uma doença causada pela bactéria
Erwinia amylovora (Burr.) Winsl. et al, considerada um
organismo nocivo de quarentena a nível comunitário e,
como tal, incluído no Anexo II/A/II da Direva n.º
2000/29/CE, do Conselho, de 8 de Maio. O Decreto-Lei
nº 243/2009 de 17 Setembro que republica o Dec.Lei nº
154/2005, transpõe para o direito interno a Direcva.
Esta doença surgiu nos Estados Unidos da América em
1780 e foi detectada em Portugal em 2006 na região
Centro e mais tarde, em 2010 na região Oeste em pomares de pereira e macieira.
O Fogo Bacteriano causa graves danos nos hospedeiros
suscepTveis, sobretudo em pomóideas considerada a
pior doença das pereiras e macieiras, levando à morte
das plantas e podendo destruir vastas áreas de pomar.
Sintomas
Disseminação da doença
Os sintomas são variáveis com a espécie e podem confundir-se com a de outros agentes infeciosos.
O sintoma mais caracterísco é o aspecto queimado das
folhas e ramos da planta afectada (figura 10), flores secas (figura 11) e pedúnculos negros, frutos jovens negros (figura 12a e 12b), curvatura dos ramos jovens em
forma de cajado (figura 13), goTculas de exsudado nos
órgãos afectados (figura 14a e 14b) e formação de cancros nos ramos e tronco (figura 15). As folhas e frutos
dos ramos afectados ficam aderentes até ao Inverno.
A doença transmite-se a parr de árvores doentes e a
bactéria pode ser transportada a curtas distâncias por:
chuva, vento, insectos, instrumentos de poda, pássaros, máquinas e equipamentos agrícolas e pelo homem. A disseminação a longas distâncias pode ser
através de materiais de propagação vegetal (portaenxertos, garfos, borbulhas), aves migratórias e correntes de ar.
Instalação de novos pomares
Plantas hospedeiras
A bactéria afecta numerosas espécies e culvares, a
maioria da Família das Rosáceas. A sensibilidade ao fogo bacteriano é muito variável, as plantas com florações secundárias são parcularmente afectadas.
Fruteiras: pereira, macieira, marmeleiro (figura 1), nespereira (figura 2), etc…
Ornamentais: amalenqueiro (figura 4), pilriteiro (figura
Figura 1 - Marmeleiro
(Cydonia spp.).
Figura 4 - Amalenqueiro
(Amelanchier spp.).
Figura 7 - Nespereira
ornamental
Figura 2 - Nespereira
(Eriobothrya japónica).
Figura 5 - Pilriteiro
(Crataegus spp.).
Figura 8 - Photinia spp..
Meios de controlo
Figura 10 - ramo e
folhas com aspecto
Figura 11 - corimbo com Figura 12a - corimbo
flores infectadas.
com pequenos frutos
Figura 12b - corimbo
com frutos e flores
Figura 13 - curvatura dos Figura 15 - Cancro no
jovens ramos em forma ramo .
•A ulização de material de propagação vegetava de
qualidade e isento, é o aspecto mais importante a ter
em consideração para o êxito de novas plantações.
•Adquira plantas ou material de enxera em viveiros
controlados oficialmente.
•Se comprar plantas em Portugal ou que venham da
União Europeia, verifique se são portadoras de passaporte fitossanitário, obrigatório para as espécies hospedeiras desta doença. Em caso de dúvida solicite a
presença dos serviços oficiais.
Figura 3 - Mostajeiro
(Sorbus spp.).
Figura 6 - Cotoneaster
(Cotoneaster spp.).
Figura 9 - Piracanta
(Pyracantha spp.).
Figura 14a - Exsudado
bacteriano.
Figura 14b - Exsudado
bacteriano no tronco.
Viveiros
A produção de materiais de propagação de fruteiras,
qualidade CAC e de plantas ornamentais, qualidade CE,
regulamentadas respecvamente pelos Decreto-Lei n.º
329/2007 de 08 de Outubro e Decreto-Lei n.º
237/2000, de 26 Setembro, é realizada por endades
previamente licenciadas que devem solicitar antecipadamente à DGAV a respeva autorização, através da
DRAP onde pretenderem exercer a avidade. A produção deve também obedecer aos requisitos fitossanitários previstos no Decreto-Lei n.º 154/2005 de 06 de
Setembro e legislação complementar.

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