Sumário

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Sumário
LIGHT ENERGIA S.A.
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DE 26/04/2013
Sumário
Proposta da Administração ...............................................................................................2
I - Destinação dos Resultados (Instrução 481 (ANEXO 9-1-II) .........................................3
II - Proposta de Remuneração dos Administradores .........................................................9
III – Remuneração dos Administradores e conselheiros (Instrução 481 (Art. 12)) ............9
IV - Comentários dos Administradores sobre a Situação Financeira da Companhia nos
Termos do Item 10 do Formulário de Referência ............................................................ 15
LIGHT ENERGIA S.A.
Proposta da Administração
Prezados Senhores,
A administração da Light Energia S.A. (“Companhia”) vem submeter as seguintes
propostas à apreciação de seus acionistas reunidos em Assembleia Geral Ordinária a
realizar-se em, 26 de abril de 2013 às 13h00, na sede da Companhia, na Avenida
Marechal Floriano, 168, Centro Rio de Janeiro-RJ:
Assembleia Geral Ordinária
1) Tomar a Contas dos Administradores, examinar, discutir e votar as
Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31 de
dezembro de 2012 (conforme documento disponível no IPE – Categoria: DFP);
2) Deliberar sobre a destinação do resultado do exercício social encerrado em 31
de dezembro de 2012 (conforme documento disponível no IPE – Categoria: Assembleia,
Espécie: Proposta da Administração e Assunto: Destinação dos Resultados);
3) Fixar a remuneração anual global dos administradores (conforme documento
disponível no IPE – Categoria: Assembleia, Espécie: Proposta da Administração e
Assunto: Remuneração dos Administradores e Conselheiros);
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2013
A Administração
2
I - Destinação dos Resultados (Instrução 481 (ANEXO 9-1-II)
DESTINAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO
Informar o lucro líquido do exercício
O Lucro líquido do exercício de 2012 foi de R$133.705.836,00 (cento e
trinta e três milhões, setecentos e cinco mil, oitocentos e trinta e seis
reais).
1. Informar o montante global e o valor por ação dos dividendos, incluindo
dividendos antecipados e juros sobre capital próprio já declarados
A proposta da administração é de distribuir R$23.896.887,34 (vinte e três
milhões, oitocentos e noventa e seis mil, oitocentos e oitenta e sete reais
e trinta e quatro centavos) do lucro líquido do exercício de 2012. O valor
por ação dos dividendos é de R$0,3087.
O montante declarado antecipadamente foi de R$ 124.281.557,43 (cento e
vinte e quatro milhões, duzentos e oitenta e um mil quinhentos e
cinquenta e sete reais e quarenta e três centavos), sendo R$
118.366.041,47 (cento e dezoito milhões, trezentos e sessenta e seis mil,
quarenta e um reais e quarenta e sete centavos) na forma de dividendo, e
R$ 5.915.515,96 (cinco milhões, novecentos e quinze mil, quinhentos e
quinze reais e noventa e seis centavos) na forma de juros sobre capital
próprio. O valor total por ação dos dividendos e juros sobre capital
próprio é de R$1,6053.
O total de dividendos e juros sobre capital próprio é de R$ 148.178.444,77
(cento e quarenta e oito milhões, cento e setenta e oito mil, quatrocentos
e quarenta e quatro reais e setenta e sete centavos). O valor total por
ação dos dividendos e juros sobre capital próprio é de R$1,9139.
2. Informar o percentual do lucro líquido do exercício distribuído
O total distribuído totaliza R$ 148.178.444,77 (cento e quarenta e oito
milhões, cento e setenta e oito mil, quatrocentos e quarenta e quatro reais
3
e setenta e sete centavos), o que equivale a 110,8% do lucro líquido do
exercício de 2012. Devido à realização de R$20.800.153,55 (vinte milhões,
oitocentos mil, cento e cinquenta e três reais e cinquenta e cinco
centavos) de ajuste de avaliação patrimonial, foi possível distribuir acima
de 100% do lucro líquido do exercício.
3. Informar o montante global e o valor por ação de dividendos distribuídos com
base em lucro de exercícios anteriores
Foram distribuídos R$49.975.217,20 (quarenta e nove milhões, novecentos
e setenta e cinco mil, duzentos e dezessete reais e vinte centavos) como
dividendo, com base em lucro de exercícios anteriores. O valor por ação
dos dividendos é de R$0,6455.
4. Informar, deduzidos os dividendos antecipados e juros sobre capital próprio já
declarados:
a. O valor bruto de dividendo e juros sobre capital próprio, de forma
segregada, por ação de cada espécie e classe:
A proposta da administração é de distribuir R$23.896.887,34 (vinte e três
milhões, oitocentos e noventa e seis mil, oitocentos e oitenta e sete reais e trinta
e quatro centavos) do lucro líquido do exercício de 2012. O valor por ação dos
dividendos é de R$0,3087.
b. A forma e o prazo de pagamento dos dividendos e juros sobre capital
próprio
A forma e o prazo de pagamento dos dividendos serão definidos em
Assembleia Geral Ordinária.
c. Eventual incidência de atualização e juros sobre os dividendos e juros
sobre capital próprio
Não haverá incidência de atualização e juros sobre dividendos.
4
d. Data da declaração de pagamento dos dividendos e juros sobre capital
próprio considerada para identificação dos acionistas que terão direito ao
seu recebimento
A ser definida na Assembléia Geral Ordinária
5. Caso tenha havido declaração de dividendos ou juros sobre capital próprio com
base em lucros apurados em balanços semestrais ou em períodos menores
a. Informar o montante dos dividendos ou juros sobre capital próprio já
declarados
O montante declarado antecipadamente foi de R$ 124.281.557,43 (cento e vinte e
quatro milhões, duzentos e oitenta e um mil quinhentos e cinquenta e sete reais
e quarenta e três centavos), sendo R$ 118.366.041,47 (cento e dezoito milhões,
trezentos e sessenta e seis mil, quarenta e um reais e quarenta e sete centavos)
na forma de dividendo, e R$ 5.915.515,96 (cinco milhões, novecentos e quinze
mil, quinhentos e quinze reais e noventa e seis centavos) na forma de juros
sobre capital próprio. O valor total por ação dos dividendos e juros sobre capital
próprio é de R$1,6053.
b. Informar a data dos respectivos pagamentos
Dos dividendos antecipados, R$60.815.009,42 (sessenta milhões, oitocentos e
quinze mil e nove reais e quarenta e dois centavos) foram pagos em 10 de
outubro de 2012 e R$57.551.032,05 (cinquenta e sete milhões, quinhentos e
cinquenta e um mil, trinta e dois reais e cinco centavos) foram pagos em 26 de
dezembro de 2012 e os juros sobre capital próprios declarados serão pagos até
30 de abril de 2013.
6. Fornecer tabela comparativa indicando os seguintes valores por ação de cada
espécie e classe:
a. Lucro líquido do exercício e dos 3 (três) exercícios anteriores
5
b. Dividendo e juro sobre capital próprio distribuído nos 3 (três) exercícios
anteriores
Lucro Líquido do exercício
Dividendos distribuídos/propostos
Juros sobre capital próprio distribuídos
N° de ações ordinárias
Lucro Líquido por ação
Dividendos por ação
Juros sobre capital próprio por ação
2010
88.697
84.262
77.421.581
1,1456
1,0884
-
2011
90.750
80.638
5.575
77.421.581
1,1722
1,0415
0,0720
2012*
133.706
142.263
5.915
77.421.581
1,7270
1,8375
0,0764
*Proposta da Administração, ainda a ser objeto de deliberação em Assembleia Geral Ordinária
7. Havendo destinação de lucros à reserva legal
a. Identificar o montante destinado à reserva legal
Conforme previsto no §1º do artigo 193 da Lei 6.404, após o saldo da
reserva legal exceder a 30% do capital social, a Companhia poderá
deixar de constituir reserva legal. Em razão disso, não foi constituída
reserva legal no exercício de 2012.
b. Detalhar a forma de cálculo da reserva legal
Não aplicável
8. Caso a companhia possua ações preferenciais com direito a dividendos fixos
ou mínimos
a. Descrever a forma de cálculos dos dividendos fixos ou mínimos
b. Informar se o lucro do exercício é suficiente para o pagamento integral
dos dividendos fixos ou mínimos
c. Identificar se eventual parcela não paga é cumulativa
d. Identificar o valor global dos dividendos fixos ou mínimos a serem pagos
a cada classe de ações preferenciais
e. Identificar os dividendos fixos ou mínimos a serem pagos por ação
preferencial de cada classe
Não aplicável
6
9. Em relação ao dividendo obrigatório
a. Descrever a forma de cálculo prevista no estatuto
Conforme artigo 202, da Lei 6.404 e no artigo 25 do Estatuto Social,
em cada exercício social, os acionistas farão jus a um dividendo
mínimo obrigatório de 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido
da Companhia.
b. Informar se ele está sendo pago integralmente
O dividendo mínimo obrigatório vem sendo pago integralmente
c. Informar o montante eventualmente retido
Não aplicável
10. Havendo retenção do dividendo obrigatório devido à situação financeira da
companhia
a. Informar o montante da retenção
b. Descrever, pormenorizadamente, a situação financeira da companhia,
abordando, inclusive, aspectos relacionados à análise de liquidez, ao
capital de giro e fluxos de caixa positivos
c. Justificar a retenção dos dividendos
Não aplicável
11. Havendo destinação de resultado para reserva de contingências
a. Identificar o montante destinado à reserva
b. Identificar a perda considerada provável e sua causa
c. Explicar porque a perda foi considerada provável
7
d. Justificar a constituição da reserva
Não aplicável
12. Havendo destinação de resultado para reserva de lucros a realizar
a. Informar o montante destinado à reserva de lucros a realizar
b. Informar a natureza dos lucros não-realizados que deram origem à
reserva
Não aplicável
13. Havendo destinação de resultado para reservas estatutárias
a. Descrever as cláusulas estatutárias que estabelecem a reserva
b. Identificar o montante destinado à reserva
c. Descrever como o montante foi calculado
Não aplicável
14. Havendo retenção de lucros prevista em orçamento de capital
a. Identificar o montante da retenção
Não aplicável
b. Fornecer cópia do orçamento de capital
Não aplicável
15. Havendo destinação de resultado para a reserva de incentivos fiscais
a. Informar o montante destinado à reserva
b. Explicar a natureza da destinação
Não aplicável
8
II - Proposta de Remuneração dos Administradores
Remuneração dos Administradores
Em Reunião do Conselho de Administração de 26 de março de 2013, a Companhia
propôs, para o exercício de 2013, o montante global de até R$937.145,00, para a
remuneração dos administradores da LIGHT ENERGIA S.A. Este montante inclui o
valor correspondente à remuneração fixa, remuneração variável, encargos e
benefícios.
III – Remuneração dos Administradores e conselheiros (Instrução 481
(Art. 12))
13.2 – Remuneração total por órgão1:
Light Energia S.A.
2013
Conselho de
Administração
Diretoria
Estatutária²
Nº de membros
17,67
8,25
Remuneração fixa anual (R$)
221.531
449.034
Conselho
Fiscal
Total (R$)
25,92
670.565
Salário/pró-labore
184.609
277.459
-
462.069
Benefícios diretos e indiretos
-
40.668
-
40.668
Participação em comitês
-
-
-
-
36.922
130.907
-
167.829
-
258.566
-
258.566
-
258.566
-
258.566
Outros
1
Remuneração variável (R$)
Bônus
1
As informações sobre a política de remuneração devem abranger comitês de auditoria, de risco, financeiro e de
remuneração, bem como estruturas organizacionais assemelhadas, ainda que tais comitês ou estruturas não sejam
estatutários, desde que tais comitês ou estruturas participem do processo de decisão dos órgãos de administração ou
de gestão do emissor como consultores ou fiscais.
9
Participação nos resultados
-
-
-
-
Participação em reuniões
-
-
-
-
Comissões
-
-
-
-
Outros
8.014
-
-
8.014
Benefícios pós-emprego
-
-
-
-
Benefícios pela cessação do
exercício do cargo
-
Remuneração baseada em
ações
-
Total Geral (R$)
229.546
-
-
-
707.600
-
-
937.145
Conselho
Fiscal
Total (R$)
¹ Inclui encargos da Previdência Oficial e FGTS.
Light Energia S.A.
Conselho de
Administração
2012
Diretoria
Estatutária²
Nº de membros
5
Remuneração fixa anual
(R$)
550.311
-
550.311
Salário/pró-labore
336.157
-
336.157
Benefícios diretos e
indiretos
11.113
-
11.113
-
-
-
-
-
203.040
-
203.040
-
306.467
-
306.467
Bônus
-
306.467
-
306.467
Participação nos resultados
-
-
-
-
Participação em reuniões
-
-
-
-
Comissões
-
-
-
-
Outros (ILP)
-
-
-
-
-
-
-
-
Participação em comitês
Outros
1
Remuneração variável (R$)
Benefícios pós-emprego
5
10
Benefícios pela cessação do
exercício do cargo
-
97.589
-
97.589
Remuneração baseada em
ações
-
-
-
-
954.368
-
954.368
Total Geral (R$)
¹ Inclui encargos da Previdência Oficial e FGTS.
11
Light Energia S.A.
¹
Conselho de
Administração
Diretoria
Estatutária
Conselho
Fiscal
Total (R$)
Nº de membros
5
-
5
Remuneração fixa
anual (R$)
550.490
-
550.490
Salário/pró-labore
340.404
-
340.404
2011
Benefícios diretos e
indiretos
-
Participação em comitês
-
-
13.396
-
-
-
-
196.690
-
196.690
-
454.087
-
Bônus
-
131.993
-
131.993
Participação nos
resultados
-
-
-
-
Participação em
reuniões
-
-
-
-
Comissões
-
-
-
-
Outros (ILP)
-
322.094
-
322.094
-
-
-
-
Outros
1
Remuneração variável
(R$)
Benefícios pósemprego
Benefícios pela
cessação do exercício
do cargo
Remuneração baseada
em ações
Total Geral (R$)
13.396
-
454.087
-
-
-
1.004.577
-
1.004.577
Inclui encargos da Previdência Oficial e FGTS.
12
Light Energia S.A.
Conselho de
Administração
Diretoria
Estatutária
Conselho
Fiscal
Total
Nº de membros
5
-
5
Remuneração fixa anual
(R$)
544.762
-
347.854
-
347.854
2010
Salário/pró-labore
544.762
Benefícios diretos e
indiretos
-
15.406
-
15.406
Participação em comitês
-
-
-
-
-
181.501
-
-
346.403
-
346.403
Bônus
-
346.403
-
346.403
Participação nos
resultados
-
-
-
-
Participação em reuniões
-
-
-
-
Comissões
-
-
-
-
Outros (ILP)
-
-
-
-
Benefícios pós-emprego
-
-
-
-
Benefícios pela cessação
do exercício do cargo
-
111.209
-
111.209
Remuneração baseada em
ações
-
-
-
-
1.002.374
-
1.002.374
Outros
1
Remuneração variável (R$)
Total Geral
181.501
¹ Inclui encargos da Previdência Oficial e FGTS.
13
13.13. Em relação aos 3 últimos exercícios sociais, indicar o percentual da
remuneração total de cada órgão reconhecida no resultado do emissor referente a
membros do conselho de administração, da diretoria estatutária ou do conselho
fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores, diretos ou indiretos,
conforme definido pelas regras contábeis que tratam desse assunto.
Não há.
13.16. Fornecer outras informações que o emissor julgue relevante
Não há.
14
IV - Comentários dos Administradores sobre a Situação Financeira da
Companhia nos Termos do Item 10 do Formulário de Referência
10.1. Os diretores devem comentar sobre2 3:
a. condições financeiras e patrimoniais gerais
A Light Energia S.A., Companhia de geração e transmissão de energia, com sede
na cidade do Rio de Janeiro, faz parte do Grupo Light, que é constituído também pelas
empresas Light S.A., holding; Light Serviços de Eletricidade S.A. (Light SESA), de
distribuição de energia; Light Esco – Prestação de Serviços S.A. (Light Esco), de
comercialização de energia.
O patrimônio líquido da Light Energia, em 31 de dezembro de 2012, era de R$ 578,3
milhões, um decréscimo de 13,6%, ou R$ 91,2 milhões, em relação a 31 de dezembro
de 2011. Isso ocorreu em função do pagamento de R$ 168,3 milhões de dividendos
propostos, R$ 5,9 milhões de juros sobre capital próprio e de R$ 44,8 milhões como
dividendos adicionais propostos, a serem deliberados na AGO de 2013.
Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia tinha uma posição de caixa de R$ 201,9
milhões. O atual capital de giro da Companhia é suficiente para as atuais exigências e
os seus recursos de caixa, inclusive empréstimos de terceiros, são suficientes para
atender o financiamento de suas atividades e cobrir sua necessidade de recursos.
Na mesma data, a dívida líquida totalizava R$ 1.115,4 bilhões. A relação dívida
líquida/patrimônio líquido em 2012 ficou em 1,9x, ao passo que atingiu 1,34x em 2011.
2
Quando da apresentação anual do formulário de referência, as informações devem se referir às 3
últimas demonstrações financeiras de encerramento do exercício social. Quando da apresentação do
formulário de referência por conta do pedido de registro de distribuição pública de valores mobiliários, as
informações devem se referir às 3 últimas demonstrações financeiras de encerramento do exercício social
e às últimas informações contábeis divulgadas pelo emissor.
3
Sempre que possível, os diretores devem comentar também neste campo sobre as principais tendências
conhecidas, incertezas, compromissos ou eventos que possam ter um efeito relevante nas condições
financeiras e patrimoniais do emissor, e em especial, em seu resultado, sua receita, sua lucratividade, e
nas condições e disponibilidade de fontes de financiamento.
15
A Diretoria entende que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais
suficientes para implementar seu plano de negócios e cumprir suas obrigações de curto
e médio prazo.
b. estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando:
i.
hipóteses de resgate
ii.
fórmula de cálculo do valor de resgate
Não há possibilidade de resgates de ações de emissão da companhia além das
legalmente previstas.
c. capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros
assumidos
Observando o endividamento, o fluxo de caixa e a posição de liquidez, a Companhia
acredita ter liquidez e recursos de capital suficientes, que poderão eventualmente ser
adicionados a obtenção de recursos junto a instituições financeiras públicas e privadas,
caso necessário,para cobrir os investimentos, despesas, dívidas e outros valores a
serem pagos nos próximos anos, embora não possa garantir que tal situação
permanecerá igual.
d. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos
não-circulantes utilizados:
Além da utilização em parte de sua geração própria de caixa, a principal fonte de
financiamento para os projetos de investimento da Companhia é o BNDES, que
usualmente oferece taxas de juros menores que o mercado privado, além de prazos de
pagamento compatíveis com o tempo de retorno do projeto de investimento.
Caso o projeto de investimento não seja elegível para financiamento via BNDES, a
Companhia normalmente recorre ao mercado de capitais (debêntures), agências
multilaterais de fomento ou demais fontes do mercado bancário.
16
e. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos
não-circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez
Atualmente a Light Energia possui linhas de capital de giro contratadas e/ou aprovadas
perante instituições financeiras de primeira linha no montante de R$ 50 milhões. No
entanto, em 31 de dezembro de 2012 nada havia sido sacado.
f. níveis de endividamento e as características de tais dívidas, descrevendo ainda:
i.
contratos de empréstimo e financiamento relevantes
Em 31 de dezembro de 2012, o endividamento total consolidado em aberto da
Companhia era de R$1.291,1 milhões, dos quais 13,2% (R$170,3 milhões) eram em
moeda estrangeira. Este valor, deduzido do caixa e disponibilidades da Companhia, no
montante de R$207,4 milhões, atinge R$1.083,7 milhões.
Do valor total do endividamento acima, 8,0% (R$103,3 milhões) tinha vencimento
no curto prazo e 92,0% (R$1.187,7 milhões) tinha vencimento no longo prazo. Além
disso, nessa mesma data, a Companhia também possuía obrigações com a Braslight
(plano de previdência da Companhia) no montante de R$10,9 milhões.
A Companhia não utiliza de instrumentos financeiros derivativos (operações de
swap) para prestação do serviço associado a dívidas em moeda estrangeira.
A tabela abaixo descreve a evolução do endividamento total consolidado em
aberto da Companhia nos períodos em referência:
Dívidas (R$ MM)
Curto Prazo
Moeda Estrangeira
Moeda Nacional
Longo Prazo
Moeda Estrangeira
Moeda Nacional
Swap
Total Geral
2010
2011
2012
103,3
17,4
79,0
1,2
2,0
1,7
102,1
15,4
77,3
241,6
959,6 1.187,7
169,1
10,7
7,1
230,9
952,5 1018,6
-1,1
0,0
0,0
259,0 1.038,6 1.291,1
Financiamentos Relevantes
17
Ao longo de 2010, 2011 e 2012, foram contraídas algumas dívidas, entre as principais
estão:

1ª emissão de debêntures da Light Energia, de 11 de abril de 2011, no montante
total de R$ 170,0 milhões. A data final de vencimento é 10 de abril de 2016. Sobre
o valor do principal incidem juros equivalentes ao CDI acrescido de spread de
1,45% ao ano;

2ª emissão de debêntures da Light Energia, de 29 de dezembro de 2011, no
montante total de R$ 425,0 milhões. A data final de vencimento é 19 de agosto de
2019. Sobre o valor do principal incidem juros equivalentes ao CDI acrescido de
spread de 1,18% ao ano;

3ª emissão de debêntures da Light Energia, de 10 de setembro de 2012, no
montante total de R$ 30 milhões. A data final de vencimento é 04 de junho de
2026. Sobre o valor do principal incidem juros de CDI + 1,18% ao ano.

Contrato de Abertura de Crédito para Financiamento mediante Repasse de
recursos do BNDES – FINEM, celebrados com a Light Energia, tendo como
Interveniente a Light S.A. em 30 de novembro de 2009, no valor de R$ 30,8
milhões. Sobre o principal da dívida na maioria dos subcréditos incidirão juros de
2,58% ao ano dependendo da variação da TJLP. Um dos subcréditos aponta juros
de 4,50% ao ano a título de remuneração. A data final de vencimento é 15 de
setembro de 2019.

Contrato de Abertura de Crédito para Financiamento mediante Repasse de
recursos do BNDES – FINEM, celebrados com a Light Energia, tendo como
Interveniente a Light S.A. em 10 de abril de 2012 no valor de R$ 35,5 milhões.
Sobre o principal da dívida incidirão juros de 1,81% ao ano dependendo da
variação da TJLP. A data final de vencimento é 15 de março de 2018.

Captação em moeda estrangeira (operação 4131) em 02 de outubro de 2012 no
valor de US$80 milhões (equivalente a R$162,4 milhões) para a Light Energia
através do Banco Citibank S.A. com vencimento em 03 de abril de 2018.
ii.
outras relações de longo prazo com instituições financeiras
A Companhia mantém contratos de prestação de serviços bancários com diversas
instituições financeiras, contratos de administração de contas, contratos de conta
corrente e transferências bancárias e contratos de prestação de garantias e etc.
18
iii.
grau de subordinação entre as dívidas
Não existe grau de subordinação entre as dívidas da Companhia.
iv.
eventuais restrições impostas ao emissor, em especial, em relação a limites
de endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à
alienação de ativos, à emissão de novos valores mobiliários e à alienação de
controle societário
A primeira e segunda emissão de Debêntures da Companhia prevê a
manutenção de indicadores de endividamento e cobertura de juros. No exercício findo
em 31 de dezembro de 2012, a Companhia atingiu todos os indicadores requeridos
contratualmente.
g. limites de utilização dos financiamentos já contratados
Especificamente para os Contratos de Abertura de Crédito para Financiamento
dos programas de investimentos da Light Energia para o biênio 2011-2012, firmados
com o BNDES na modalidade FINEM direto, o prazo-limite para utilização do volume
total disponibilizados nessas duas linhas é até 15 de março de 2013.
h. alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras
19
2011
Reapresentado
% da
Receita
Líquida
2012
% da
Receita
Líquida
2012 / 2011
RECEITA OPERACIONAL
Suprimento de energia elétrica
Outras receitas
366.638
12.141
109,2%
3,6%
483.233
9.115
109,8%
2,1%
31,8%
(24,9)%
378.779
112,8%
492.348
111,9%
30,0%
Deduções à Receita O peracional
Quota para reserva global de reversão
PIS/COFINS
Outras
RECEITA LÍQUIDA
CUSTO DA OPERAÇÃO
(10.040)
(32.894)
(67)
(3,0)%
(9,8)%
(0,0)%
(13.368)
(38.867)
(57)
(3,0)%
(8,8)%
(0,0)%
33,1%
18,2%
(14,9)%
(43.001)
(12,8)%
(52.292)
(11,9)%
21,6%
335.778
100,0%
440.056
100,0%
31,1%
(103.736)
(126.299)
Encargos uso de rede básica
Pessoal
Material
Serviço de terceiros
Depreciação e amortização
Outras
(18.761)
(13.105)
(969)
(13.034)
(56.714)
(1.153)
(5,6)%
(3,9)%
(0,3)%
(3,9)%
(16,9)%
(0,3)%
(42.050)
(14.674)
(851)
(11.840)
(55.697)
(1.187)
(9,6)%
(3,3)%
(0,2)%
(2,7)%
(12,7)%
(0,3)%
124,1%
12,0%
(12,2)%
(9,2)%
(1,8)%
2,9%
LUCRO BRUTO
232.042
69,1%
313.757
71,3%
35,2%
DESPESAS OPERACIONAIS
(44.977)
(13,4)%
(40.885)
(9,3)%
Despesas gerais e administrativas
Outras Receitas/ Despesas
(45.064)
87
(13,4)%
0,0%
(61.222)
20.337
(13,9)%
4,6%
LUCRO OPERACIONAL
187.065
55,7%
272.872
62,0%
45,9%
RESULTADO FINANCEIRO
(55.339)
(16,5)%
(85.146)
(19,3)%
53,9%
Receitas
Despesas
13.389
(68.728)
4,0%
(20,5)%
13.375
(98.521)
3,0%
(22,4)%
(0,1)%
43,3%
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
131.726
39,2%
187.726
42,7%
42,5%
Imposto de renda e contribuição social Corrente
Imposto de renda e contribuição social Diferido
(53.156)
11.190
(15,8)%
3,3%
(81.487)
27.467
(18,5)%
6,2%
53,3%
145,5%
89.760
26,7%
133.706
30,4%
49,0%
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Lucro básico por ação
Lucro diluído por ação
QUANTIDADE DE AÇÕES AO FINAL DO EXERCÍCIO
1,15937
1,10087
1,72699
1,67581
77.421.581
77.421.581
(9,1)%
35,9%
23.275,9%
Análise da Demonstração do Resultado para o Exercício Social Encerrado em 31
de Dezembro de 2012 Comparado ao Exercício Social Encerrado em 31 de
Dezembro de 2011.
Receita Operacional Líquida
A receita operacional líquida do exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2012 foi de R$ 440,1 milhões, representando um aumento de 31,1%, comparado à
20
receita líquida operacional de R$ 335,8 milhões registrada em 2011, explicado,
principalmente, pelo maior preço e volume dos contratos de energia negociados no
Ambiente de Contratação Livre e pela maior receita oriunda da consolidação da receita
da Renova Energia desde setembro de 2011.
Custo de Operação
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, os custos de bens e
serviços vendidos pela companhia foram de R$ 126,3 milhões, significando um aumento
de 21,8% quando comparados aos R$ 103,7 milhões verificados em 2011. Tal variação
foi causada principalmente pelo aumento na linha de encargos de uso da rede básica.
Encargos Uso de Rede Básica: O custo com encargos de utilização da rede
básica foi de R$ 42,1 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2012, apresentando um aumento de 124,1% na comparação com os custos de R$ 18,8
milhões em 2011. Tal resultado é decorrente da consolidação dos custos da Renova.
Pessoal: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, o custo de
pessoal foi de R$ 14,7 milhões, representando um aumento de 12,0% comparado ao
custo de R$ 13,1 milhões em 2011, reflexo do dissídio coletivo.
Material: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, o custo de
material foi de R$ 0,9 milhão, representando uma redução de 12,2% comparado ao
custo de R$ 1,0 milhão em 2011, devido a ligeira retração nos investimentos de
manutenção realizados pela Companhia.
Serviço de Terceiros: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012,
o custo de serviços de terceiros foi de R$ 11,8 milhões, representando uma redução de
9,2%, se comparado ao custo de R$ 13,0 milhões do ano de 2011. Este resultado foi
impactado principalmente pela retração nos investimentos de manutenção realizados
pela Companhia.
21
Depreciação e Amortização: No exercício social encerrado em 31 de dezembro
de 2012, o valor desta linha somou R$ 55,7 milhões, praticamente em linha com os R$
56,7 milhões registrados em 2011.
Outras: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, outros custos
de operação totalizaram R$ 1,2 milhão, ficando em linha com o resultado de 2011.
Lucro Operacional Bruto
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, o lucro operacional
bruto da Companhia foi de R$ 313,8 milhões, apresentando um aumento de 35,2% em
relação ao lucro de R$ 232,0 milhões registrado em 2011, em decorrência
principalmente do aumento de 31,1% da receita líquida.
Despesas Operacionais
Gerais e Administrativas: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2012, as despesas gerais e administrativas da Companhia foram de R$ 61,2 milhões,
representando um aumento de 35,9% em comparação com o valor de R$ 45,1 milhões
apurado em 2011, tal variação é explicada principalmente pela consolidação da Renova
Energia S.A..
Outras Receitas/Despesas: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2012, o saldo de outras receitas/despesas operacionais da Companhia foi positivo de
R$ 20,3 milhões, em comparação a R$ 0,1 milhão em 2011, tal resultado é proveniente
do ganho obtido com a diluição do capital da Companhia na Renova, em função da
entrada da BNDESPar no capital daquela sociedade.
Resultado Antes de Receita e Despesa Financeira
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, o resultado
operacional da Companhia foi de R$ 272,9 milhões, em face de R$ 187,1 milhões em
22
2011, representando um aumento de 45,9%. Os fatores que contribuíram para tal
variação foram o aumento na receita líquida e a redução nas despesas operacionais.
Receitas (Despesas) Financeiras
O resultado financeiro do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012
foi negativo em R$ 85,1, em comparação à R$ 55,3 milhões, registrado em 2011.
Receitas: A receita financeira de 2012 foi de R$ 13,4 milhões, ficando em linha
com a registrada em 2011.
Despesas: A despesa Financeira somou R$ 98,5 milhões, com aumento de
43,3% em relação ao ano de 2011, que registrou R$ 68,7 milhões. Esse resultado é
decorrente, principalmente, do aumento dos encargos financeiros dos empréstimos
contraídos em moeda nacional.
Resultado Antes dos Tributos e Participação Minoritária
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, o resultado antes dos
tributos e participação minoritária da Companhia foi de R$ 187,7, em face de R$ 131,7
milhões em 2011, representando um aumento de 42,5%. O resultado apresentando foi
conseqüência do aumento no lucro operacional, que foi compensado quase totalmente
pelo aumento negativo no resultado financeiro.
Imposto de Renda e Contribuição Social
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, a Companhia
registrou despesas de IRPJ e CSLL no valor de R$ 54,0 milhões, em comparação com
uma despesa de R$ 42,0 milhões em 2011.
Lucro do Período
A Light Energia registrou lucro líquido de R$ 133,7 milhões em 2012, 49,0%
acima do lucro registrado em 2011 no montante de R$ 89,8 milhões.
23
Análise da Demonstração do Resultado para o Exercício Social Encerrado em 31
de Dezembro de 2011 Comparado ao Exercício Social Encerrado em 31 de
Dezembro de 2010
Receita Operacional Líquida
A receita operacional líquida do exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2011 foi de R$335,8 milhões, representando um aumento de 4,9%, comparado à receita
líquida operacional de R$319,9 milhões registrada em 2010, explicado, principalmente,
pelos reajustes dos contratos de venda de energia no Ambiente de Contratação
Regulado, e pela maior receita oriunda da consolidação da receita da Renova Energia
desde setembro de 2011.
Custo de Operação
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, os custos de bens e
serviços vendidos pela Companhia foram de R$103,7 milhões, significando um aumento
de 1,5% quando comparados aos R$102,2 milhões verificados em 2010. Tal variação foi
causada, essencialmente, pelo aumento no custo de Serviços de Terceiros.
Encargos Uso de Rede Básica: O custo com encargos de utilização da rede
básica foi de R$18,8 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2011, apresentando um aumento de 6,0% na comparação com os custos de R$17,7
milhões em 2010. Tal resultado é decorrente de reajustes periódicos realizados pela
Aneel.
Pessoal: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, o custo de
pessoal foi de R$ 13,1 milhões, representando um aumento de 4,9%, comparado ao
custo de R$ 12,5 milhões em 2010, reflexo do aumento dos investimentos realizados
pela Companhia
24
Material: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, o custo de
material foi de R$ 1,0 milhão, representando um aumento de 33,1%, comparado ao
custo de R$ 0,7 milhão em 2010, devido aos investimentos realizados pela Companhia.
Serviço de Terceiros: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011,
o custo de serviços de terceiros foi de R$ 13,0 milhões, representando um aumento de
29,8%, se comparado ao custo de R$ 10,0 milhões do ano de 2010. Este resultado foi
impactado principalmente pelo maior custo com serviço técnico em máquinas e
equipamentos em R$ 1,0 milhão.
Depreciação e amortização: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2011, o valor desta linha somou R$ 56,7 milhões, uma redução de 6,9% quando
comparado aos R$ 60,9 milhões em 2010. Tal resultado deve-se à baixa do imobilizado
da empresa em 2010.
Outras: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, outros custos
de operação totalizaram R$ 1,2 milhões, representando um aumento de 226,6% quando
comparado ao custo de R$ 0,4 milhão em 2010, ocasionado principalmente pela
consolidação da Renova Energia S.A..
Lucro Operacional Bruto
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, o lucro operacional
bruto da Companhia foi de R$ 232,0 milhões, apresentando um aumento de 6,6% em
relação ao lucro de R$ 217,7 milhões registrado em 2010, em decorrência
principalmente do aumento na receita líquida de 4,9%.
Despesas Operacionais
Gerais e Administrativas: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2011, as despesas gerais e administrativas da Companhia foram de R$ 45,1 milhões,
representando uma redução de 10,0% em comparação com o valor de R$ 50,1 milhões
apurado em 2010 principalmente pela consolidação da Renova Energia S.A..
25
Outras Receitas/Despesas: No exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2011, o saldo de outras receitas/despesas operacionais da Companhia foi positivo de
R$ 0,1 milhão, em comparação a um saldo negativo de R$ 0,2 milhão em 2010.
Resultado Antes de Receita e Despesa Financeira
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, o resultado
operacional da Companhia foi de R$ 187,1 milhões, em face de R$ 167,4 milhões em
2010, representando um aumento de 11,7%. Os fatores que contribuíram para tal
variação foram o aumento na receita líquida e a redução nas despesas operacionais.
Receitas (Despesas) Financeiras
O resultado financeiro do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011
foi negativo em R$ 53,8 milhões, em comparação à R$ 34,3 milhões, registrada em
2010.
Receitas: A receita financeira do ano, de R$ 13,4 milhões, foi 105,5% maior que a
do ano anterior, reflexo da consolidação da Renova no montante de R$ 2,1 milhões e o
aumento dos rendimentos sobre aplicações financeiras.
Despesas: A despesa financeira somou R$ 67,3 milhões, com aumento de 64,7%
em relação ao ano de 2010. Esse resultado é decorrente, principalmente, do aumento
dos encargos financeiros dos empréstimos contraídos em moeda nacional.
Resultado Antes dos Tributos e Participação Minoritária
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, o resultado antes dos
tributos e participação minoritária da Companhia foi de R$ 133,2 milhões, em face de R$
133,1 milhões em 2010, representando um aumento de 0,1%. O resultado apresentado
foi conseqüência do aumento no lucro operacional, que foi compensado quase
totalmente pelo aumento negativo no resultado financeiro.
26
Imposto de Renda e Contribuição Social
No exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011, a Companhia
registrou despesas de IRPJ e CSLL no valor de R$ 42,5 milhões, em comparação com
uma despesa de R$ 44,4 milhões em 2010.
Lucro do Período
A Light Energia registrou lucro líquido de R$ 90,8 milhões em 2011, 2,3% acima
do lucro registrado em 2010 no montante de R$ 88,7 milhões.
ANÁLISE DAS PRINCIPAIS CONTAS PATRIMONIAIS
2011
Reapresentado
% do
ativo
total
2012
% do
ativo
total
2012 / 2011
Ativo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Títulos e valores mobiliários
Concessionárias e permissionárias
Tributos e contribuições
Imposto de Renda e Contribuição Social
Estoques
Serviços prestados
Despesas pagas antecipadamente
Outros créditos
153.415
1.268
44.655
11.454
2.081
1.183
508
5.030
7,0%
0,1%
2,0%
0,5%
0,0%
0,1%
0,1%
0,0%
0,2%
191.968
67.832
2.814
2.368
514
624
8.508
8,0%
0,0%
2,8%
0,1%
0,0%
0,1%
0,0%
0,0%
0,4%
25,1%
(100,0)%
51,9%
(75,4)%
0,0%
13,8%
(56,6)%
22,8%
69,1%
Total do Circulante
219.594
10,1%
274.628
11,4%
25,1%
Tributos e contribuições
Tributos diferidos
Depósitos vinculados a litígios
Outros créditos
Investimentos
Imobilizado
Intangível
452
4.206
69
167
1.663.045
295.856
0,0%
0,0%
0,2%
0,0%
0,0%
76,2%
13,6%
200
1.142
18.429
636
1.835.314
269.183
0,0%
0,0%
0,0%
0,8%
0,0%
76,5%
11,2%
(100,0)%
0,0%
(72,8)%
26.608,7%
280,8%
10,4%
(9,0)%
Total do não Circulante
1.963.795
89,9%
2.124.904
88,6%
8,2%
Total do Ativo
2.183.389
Não Circulante
2.399.532
9,9%
27
2011
Reapresentado
% do
passivo
total
2012
% do
passivo
total
2012 / 2011
2,4%
0,3%
2,0%
3,3%
2,0%
0,2%
0,2%
0,0%
0,1%
0,9%
152,0%
51,2%
22,8%
(6,0)%
903,5%
6,1%
1,0%
21,1%
22,9%
2,8%
Passivo Circulante
Fornecedores
Tributos e contribuições
Imposto de Renda e Contribuição Social
Empréstimos, financiamentos e encargos financeiros
Debêntures e encargos financeiros
Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar
Obrigações estimadas
Encargos regulatórios
Benefício pós-emprego
Outros débitos
Total do Circulante
22.998
4.594
39.341
83.597
4.878
4.738
3.838
560
1.169
20.055
1,1%
0,2%
1,8%
3,8%
0,2%
0,2%
0,2%
0,0%
0,1%
0,9%
57.947
6.947
48.322
78.541
48.952
5.028
3.875
678
1.437
20.610
185.768
7,7%
272.337
11,3%
46,6%
369.165
594.245
342.143
1.480
10.215
10.793
16,9%
27,2%
0,0%
15,7%
0,1%
0,5%
0,5%
498.030
691.732
4.527
319.976
1.604
18.845
14.144
20,8%
28,8%
0,2%
13,3%
0,1%
0,8%
0,6%
34,9%
16,4%
0,0%
(6,5)%
8,4%
84,5%
31,0%
1.328.041
55,3%
1.548.858
64,5%
16,6%
Não Circulante
Empréstimos, financiamentos e encargos financeiros
Debêntures e encargos financeiros
Rendas a pagar - Sw ap
Tributos diferidos
Provisões
Benefício pós-emprego
Outros débitos
Total do não Circulante
Patrim ônio Líquido
Capital Social
Reservas de lucro
Dividendos adicionais propostos
Ajustes de avaliação patrimonial
Lucro (prejuízo) acumulados
77.422
75.437
44.847
472.864
(990)
3,5%
3,5%
2,1%
21,7%
0,0%
77.422
25.462
29.235
446.218
-
3,2%
1,1%
1,2%
18,6%
0,0%
0,0%
(66,2)%
(34,8)%
(5,6)%
(100,0)%
Total do Patrim ônio Líquido
669.580
27,9%
578.337
24,1%
(13,6)%
Passivo Total
2.183.389
2.399.532
9,9%
Análise do Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2012 comparado a 31
de dezembro de 2011
Nas contas do ativo, as principais variações observadas foram:
Caixa e equivalentes de caixa: Em 31 de dezembro de 2012, o montante de
disponibilidades era de R$201,8 milhões, representando um aumento de 31,6% em
relação ao valor de R$153,4 milhões apurado em 31 de dezembro de 2011,
principalmente em função da consolidação da controlada em conjunto Renova Energia
S.A.
Concessionárias e permissionárias (circulante e não circulante): Em 31 de
dezembro de 2012, o saldo de Concessionárias e permissionárias era de R$67,8
milhões, representando um aumento de 51,9%, quando comparado ao saldo de R$44,7
28
milhões verificado em 31 de dezembro de 2011. Esta variação pode ser explicada
principalmente pelo aumento de 51,4% na venda da energia.
Tributos e contribuições (circulante e não circulante): Em 31 de dezembro de
2012, o valor de tributos e contribuições a compensar era de R$0, representando uma
redução de 75,4% quando comparado ao valor de R$11,5 milhões apurado em 31 de
dezembro de 2011. Essa diminuição foi em função da baixa de ICMS a compensar.
Outros créditos (circulante e não circulante): Em 31 de dezembro de 2012, o
saldo de outros créditos era de R$26,9 milhões, significando um aumento de 428,3% em
comparação ao saldo de R$5,1 milhões em 31 de dezembro de 2011. Esse aumento
ocorreu em função da consolidação da Renova Energia S.A., que gerou um aumento no
montante de R$25,2, em função do registro de cauções e depósitos vinculados.
Imobilizado: Em 31 de dezembro de 2012, o saldo de imobilizado era de
R$1.835,3 milhões, representando um aumento de 10,4% em comparação ao saldo de
R$1.663,1 milhões em 31 de dezembro de 2011, esse aumento ocorreu principalmente
em função da consolidação da Renova Energia S.A.
Intangível: Em 31 de dezembro de 2012, o saldo de intangível era de R$269,1
milhões, representando uma diminuição de 9,0% em comparação ao saldo de R$295,9
milhões em 31 de dezembro de 2011, essa redução ocorreu principalmente em função
da diluição de participação na Renova Energia S.A.
Nas contas do passivo, as principais variações observadas foram:
Fornecedores: Em 31 de dezembro de 2012, o saldo total de fornecedores era de
R$57,9 milhões apresentando um aumento de 152,0%, em comparação com o valor de
R$23,0 milhões em 31 de dezembro de 2011. Essa variação é principalmente em função
da consolidação da Renova Energia S.A.
Empréstimos, Financiamentos e Debêntures (circulante e não circulante): Em 31
de dezembro de 2012, o saldo total de empréstimos, financiamentos e debêntures
(incluindo encargos financeiros) era de R$1.317,3 milhões, significando um aumento de
29
25,2% em comparação ao valor de R$1.051,9 milhões verificado em 31 de dezembro de
2011. Esse aumento é em decorrência principalmente da captação de empréstimo no
valor de R$162,4 para fins de capital de giro e emissões de debêntures por parte das
controladas Renova Energia, no valor de R$66,1 e Guanhães Energia, no valor de
R$33,1.
Tributos diferidos: Em 31 de dezembro de 2012, o valor de tributos diferidos era
de R$320,0 milhões, representando uma redução de 6,7% quando comparado ao valor
de R$342,1 milhões apurado em 31 de dezembro de 2011. Essa redução ocorreu
principalmente devido a diluição de participação na controlada Renova Energia S.A, que
gerou amortização de parte da mais valia registrada.
Plano previdenciário e Outros Benefícios aos Empregados: Em 31 de dezembro
de 2012, o valor devido a esse título era de R$20,3 milhões, um aumento de 78,2%
frente aos R$11,4 milhões em 31 de dezembro de 2011. Esse aumento ocorreu
principalmente devido à queda das taxas de juros, que impactaram diretamente o
passivo atuarial da Companhia para 31 de dezembro de 2012.
Outros débitos (circulante e não circulante): Em 31 de dezembro de 2012, o valor
de outros débitos registrava R$34,7 milhões, não demonstrando variação significativa
com os R$30,8 milhões registrados em 31 de dezembro de 2011.
Análise do Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2011 comparado a 31
de dezembro de 2010
Nas contas do ativo, as principais variações observadas foram:
Disponibilidades: Em 31 de dezembro de 2011, o montante de disponibilidades
era de R$153,5 milhões, representando um aumento de 73,6% em relação ao valor de
R$88,4 milhões apurado em 31 de dezembro de 2010, principalmente em função da
consolidação da Renova Energia S.A., que gerou um aumento no montante de R$100,6
milhões.
Concessionárias e permissionárias (circulante e não circulante): Em 31 de
dezembro de 2011, o saldo de Concessionárias e permissionárias era de R$44,7
milhões, representando uma redução de 3,2%, quando comparado ao saldo de R$46,2
30
milhões verificado em 31 de dezembro de 2010. Esta pequena variação pode ser
explicada pelo volume inferior de GWh vendido, ocasionado pela queda de vendas no
spot em relação a 2010.
Tributos a compensar (circulante e não circulante): Em 31 de dezembro de 2011,
o valor de tributos a compensar era de R$27,0 milhões, representando um aumento de
11,2% quando comparado ao valor de R$24,3 milhões apurado em 31 de dezembro de
2010. Esse aumento foi em função principalmente do ICMS a compensar, proveniente
de aquisição de ativos, no montante de R$1,9 milhão.
Outros créditos (circulante e não circulante): Em 31 de dezembro de 2011, o
saldo de outros créditos era de R$5,1 milhões, significando um aumento de 220% em
comparação ao saldo de R$1,6 milhão em 31 de dezembro de 2010. Esse aumento
ocorreu em função da consolidação da Renova Energia S.A., que gerou um aumento no
montante de R$3,6 milhões.
Imobilizado: Em 31 de dezembro de 2011, o saldo de imobilizado era de
R$1.663,1 milhões, representando um aumento de 21,2% em comparação ao saldo de
R$1.371,7 milhões em 31 de dezembro de 2010, esse aumento ocorreu principalmente
em função da consolidação da Renova Energia S.A., que possui grandes investimentos
em imobilizado de geração eólica.
Intangível: Em 31 de dezembro de 2011, o saldo de intangível era de R$196,2
milhões, representando um aumento de 6.442% em comparação ao saldo de R$3,0
milhões em 31 de dezembro de 2010, esse aumento ocorreu principalmente em função
da aquisição da Renova Energia S.A. em 2011, onde foi registrada a mais valia
referente ao direito de uso da concessão no montante de R$196,7 milhões.
Nas contas do passivo, as principais variações observadas foram:
Fornecedores: Em 31 de dezembro de 2011, o saldo total de fornecedores era de
R$23,0 milhões apresentando uma redução de 4,16%, em comparação com o valor de
R$24,0 milhões em 31 de dezembro de 2010. Essa variação é principalmente em função
da redução no montante de R$6,0 milhões na compra de energia de curto prazo e em
31
contrapartida um aumento no consumo de matérias e serviços por conta da
consolidação da Renova Energia S.A., que gerou um aumento no montante de R$5,6
milhões.
Empréstimos, Financiamentos e Debêntures (circulante e não circulante): Em 31
de dezembro de 2011, o saldo total de empréstimos, financiamentos e debêntures
(incluindo encargos financeiros) era de R$1.051,9 milhões, significando um aumento de
234% em comparação ao valor de R$314,8 milhões verificado em 31 de dezembro de
2010. Esse aumento é em decorrência principalmente da emissão de Debêntures feita
pela companhia no montante de R$595,0 milhões. Outro fator que contribuiu para esse
aumento foi a consolidação da Renova Energia S.A., que gerou um aumento no
montante de R$210,3 milhões.
Tributos diferidos: Em 31 de dezembro de 2011, o valor de tributos diferidos era
de R$243,3 milhões, representando uma redução de 4,4% quando comparado ao valor
de R$254,5 milhões apurado em 31 de dezembro de 2010. Essa redução ocorreu
principalmente devido a realização de débito tributário em função da reavaliação de
ativos por conta do IFRS.
Plano previdenciário e Outros Benefícios aos Empregados: Em 31 de dezembro
de 2011, o valor devido a esse título era de R$10,7 milhões, uma redução de 5,4%
frente aos R$11,3 milhões em 31 de dezembro de 2010, resultado da amortização de
R$1,0 milhão, além de atualização pelo IPCA (com um mês de defasagem) mais juros
de 6% ao ano no total de R$1,9 milhão, e uma redução de R$1,5 milhão referente a
ajuste de equalização do superávit ocorrido no ano de 2011 na Braslight.
Outros débitos (circulante e não circulante): Em 31 de dezembro de 2011, o valor
de outros débitos registrava R$30,9 milhões, não demonstrando variação significativa
com os R$29,9 milhões registrados em 31 de dezembro de 2010.
Fluxo de Caixa 2012 / 2011
A Companhia apresenta geração de caixa substancial em decorrência de suas
operações nos segmentos de distribuição, embora o fluxo de caixa possa variar de período a
período conforme os reajustes tarifários vis-à-vis as variações de custos.
32
Em 31 de dezembro de 2012, o caixa e equivalentes de caixa da Companhia somaram
R$ 192,0 milhões, frente aos R$ 153,4 milhões verificados em 31 de dezembro de 2011.
O quadro a seguir mostra os componentes dos nossos fluxos de caixa em 31 de
dezembro de 2012 e 2011:
Em 31 de dezembro de
2012
2011
2012/2011
Caixa no Início do Período (1)
153,4
88,4
73,5%
Caixa Líquido Gerado pelas Operações (2)
174,2
102,9
69,3%
Atividade de Financiamento (3)
44,6
298,5
-85,1%
Atividade de Investimento (4)
(180,2)
(336,4)
-46,4%
Caixa no Final do Período (1+2+3+4)
192,0
153,4
25,2%
Variação de Caixa (2+3+4)
38,6
65,0
-40,6%
Fluxos de Caixa de Atividades Operacionais
O caixa gerado nas atividades operacionais apresentou um aumento de 69,3%,
variando de R$ 102,9 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2011 para R$ 174,2 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012.
Essa variação pode ser explicada principalmente melhor desempenho das operações da
Companhia, com crescimento da receita pela venda de energia.
Fluxos de Caixa Usados em Atividades de Investimento
O fluxo de caixa usado em atividades de investimento apresentou redução de
46,4%, variando de R$ 336,4 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro
de 2011 para R$ 180,2 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2012. Essa variação pode ser explicada principalmente pela redução nos aportes
efetuados nas participações adquiridas em 2011.
Fluxos de Caixa utilizados nas Atividades de Financiamentos
O fluxo de caixa despendido em atividades de financiamento passou de R$ 298,5
milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011 para R$ 44,6
33
milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, tendo em vista o
menor volume de captações, representando uma desalavancagem no nível de
endividamento em 2012.
Fluxo de Caixa 2011 / 2010
Em 31 de dezembro de 2011, o caixa e aplicações da Companhia somaram
R$154,7 milhões, frente aos R$89,6 milhões verificados em 31 de dezembro de 2010.
Esse aumento é explicado pela geração de caixa proveniente das atividades
operacionais e de financiamento, superando o caixa aplicado nas atividades de
investimento da Companhia.
O quadro a seguir mostra os componentes principais dos nossos fluxos de caixa
em 31 de dezembro de 2011 e 2010:
2011
Caixa no Início do Período (1)
Caixa Gerado pelas Operações (2)
Atividade de Financiamento (3)
Atividade de Investimento (4)
Caixa no Final do Período (1+2+3+4)
Variação no caixa
2010
89.675
102.881
298.532
(336.391)
154.697
171.590
127.467
(156.937)
(52.445)
89.675
65.022
(81.915)
Fluxos de Caixa de Atividades Operacionais
O caixa gerado nas atividades operacionais apresentou uma redução de 19,3%,
variando de R$127,5 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010
para R$102,9 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011. Essa
variação pode ser explicada principalmente pelo pagamento de juros ocorrido durante o
ano de 2011, em função do alto volume de captações ocorrido.
Fluxos de Caixa Usados em Atividades de Investimento
34
O fluxo de caixa usado em atividades de investimento apresentou um aumento de
540,7%, variando de R$52,5 milhões aplicados no exercício social encerrado em 31 de
dezembro de 2010 para R$336,4 milhões aplicados no exercício social encerrado em 31
de dezembro de 2011. Essa variação pode ser explicada principalmente pelo aumento
na aquisição de bens do ativo imobilizado e pela aquisição de participação na Renova
Energia S.A.
Fluxos de Caixa Oriundos de Financiamentos
O fluxo de caixa das atividades de financiamento apresentou variação de 290,2%,
aplicando R$156,9 milhões no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010
contra R$298,5 milhões gerado no exercício social encerrado em 31 de dezembro de
2011. Essa variação ocorreu principalmente devido à captações e a consolidação da
Renova S.A. no montante de R$995,6. Em contrapartida houve amortização de parte
dessa captação, além das amortizações que seguem o cronograma normal da dívida, no
montante total de R$445,3 milhões.
10.2. Os diretores devem comentar4 5:
a. resultados das operações do emissor, em especial:
i.
descrição de quaisquer componentes importantes da receita
A Companhia gera suas receitas a partir da venda da energia gerada pelas suas
usinas nos ambientes de contratação regulada (ACR) e livre (ACL), além da liquidação
de parcela de energia no mercado de curto prazo.
A seguir receita líquida dos últimos 3 anos:
4
Quando da apresentação anual do formulário de referência, as informações devem se referir às 3 últimas
demonstrações financeiras de encerramento do exercício social. Quando da apresentação do formulário
de referência por conta do pedido de registro de distribuição pública de valores mobiliários, as
informações devem se referir às 3 últimas demonstrações financeiras de encerramento do exercício social
e às últimas informações contábeis divulgadas pelo emissor.
5
Sempre que possível, os diretores devem comentar também neste campo sobre as principais tendências
conhecidas, incertezas, compromissos ou eventos que possam ter um efeito relevante nas condições
financeiras e patrimoniais do emissor, e em especial, em seu resultado, sua receita, sua lucratividade, e
nas condições e disponibilidade de fontes de financiamento.
35
Receita Líquida (R$ MM)
2012
2011
2010
Venda Geração (ACR+ACL)
364,6
319,6
298,7
Curto prazo
38,5
5,2
15,8
Diversos
37,2
11,0
5,4
ii.
Fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais
Fornecimento de energia elétrica
A tabela abaixo descreve o fornecimento de energia pela Companhia, em cada
ambiente de contratação, regulado, livre e spot, mostrando a evolução do consumo e
faturamento dessas classes desde 2010 e suas participações no faturamento total:
31 de dezembro de
Venda
(GWh)
2012
%
2011
%
2010
%
ACR
ACL
SPOT
4.102.961
746.572
523.225
76,4%
13,9%
9,7%
4.185.687
619.816
717.518
75,8%
11,2%
13,0%
4.189.670
529.457
932.718
74,1%
9,4%
16,5%
-2,0
20,5
-27,1
-0,1
17,1
-23,1
5.372.758
100,0%
5.523.021
100,0%
5.651.846
100,0%
-2,7
-2,3
2012/2011 2011/2010
(%)
(%)
Em 2012, foi vendido um total de 5.372,8 GWh, volume 2,7% inferior ao ano de
2011, devido a queda das vendas no spot em 27,1%, decorrente às más condições
hidrológicas ao longo do ano, sobretudo no quarto trimestre. No Ambiente de
Contratação Regulado, foi observado um volume 2,0% inferior devido às devoluções
provenientes do MCSD. Tais devoluções geraram a descontratação no Ambiente de
Contratação Regulado, que influenciaram o crescimento de 20,5% das vendas no
Ambiente de Contratação Livre.
Em 2011, foi vendido um total de 5.523,02 GWh, volume 2,3% inferior ao ano de
2010, devido a queda das vendas no spot em 24,6%, decorrente da contabilização da
CCEE no 1º semestre de 2010 que não descontou a energia consumida pelas bombas,
de 83 MW médio, estornado posteriormente.
36
b. variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de
câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e
serviços
Informação opcional para emissores de valores mobiliários da Categoria “B”.
c. impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e
produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no
resultado financeiro do emissor
Informação opcional para emissores de valores mobiliários da Categoria “B”.
10.3. Os diretores devem comentar os efeitos relevantes que os eventos abaixo
tenham causado ou se espera que venham a causar nas demonstrações
financeiras do emissor e em seus resultados:
a. introdução ou alienação de segmento operacional
Não há no presente momento, expectativa de introdução ou alienação futura de
segmento operacional.
b. constituição, aquisição ou alienação de participação societária eventos ou
operações não usuais
Não há
c. Eventos ou operações não usuais.
Não há
10.4. Os diretores devem comentar
a. Mudanças significativas nas práticas contábeis
37
A Companhia alterou sua política contábil em relação ao registro dos ganhos ou perdas
atuariais relacionados aos planos de pensão de benefício definido, que anteriormente
eram imediatamente reconhecidos no resultado do exercício e passaram a ser
reconhecidos imediatamente no patrimônio liquido, em outros resultados abrangentes,
em conformidade à Deliberação CVM nº 600/09. Esta prática contábil permite uma
informação mais relevante e será consistente nos próximos exercícios para o registro
dos ganhos ou perdas atuariais.
b.
Efeitos significativos das alterações em práticas contábeis
Essa alteração gerou um aumento no resultado do exercício de 2011 de R$508 mil e
uma redução no mesmo valor em outros resultados abrangentes. Não houve efeito no
patrimônio líquido em 1º de janeiro de 2011 e nem em 31 de dezembro de 2011.
c.
Ressalvas e ênfases presentes no parecer do auditor
2012:
Ressalvas: Não há
Ênfase: “Conforme descrito na nota explicativa 3, as demonstrações financeiras
individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
No caso da Light Energia S.A. essas práticas diferem do IFRS, aplicável às
demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos
investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto pelo método de
equivalência patrimonial, enquanto que para fins de IFRS seria custo ou valor justo.
Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.”
2011:
Ressalvas: Não há
Ênfase: “Conforme descrito na nota explicativa 2, as demonstrações financeiras
individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
No caso da Light Energia S.A. essas práticas diferem do IFRS, aplicável às
demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos
investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que
para fins de IFRS seria custo ou valor justo.
Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.”
38
2010:
Ressalvas: Não há
Ênfase: “Conforme descrito na nota explicativa 2, as demonstrações financeiras
individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
No caso da Light Energia S.A. essas práticas diferem do IFRS, aplicável às
demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos
investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que
para fins de IFRS seria custo ou valor justo.”
10.5. Os diretores devem indicar e comentar políticas contábeis críticas adotadas
pelo emissor, explorando, em especial, estimativas contábeis feitas pela
administração sobre questões incertas e relevantes para a descrição da situação
financeira e dos resultados, que exijam julgamentos subjetivos ou complexos, tais
como: provisões, contingências, reconhecimento da receita, créditos fiscais,
ativos de longa duração, vida útil de ativos não-circulantes, planos de pensão,
ajustes de conversão em moeda estrangeira, custos de recuperação ambiental,
critérios para teste de recuperação de ativos e instrumentos financeiros
Informação opcional para emissores de valores mobiliários da Categoria “B”.
10.6. Com relação aos controles internos adotados para assegurar a elaboração
de demonstrações financeiras confiáveis, os diretores devem comentar:
a. grau de eficiência de tais controles, indicando eventuais imperfeições e
providências adotadas para corrigi-las
Apesar de a Companhia não integrar o Novo Mercado da Bovespa, ela atende aos
padrões de governança corporativa do Novo Mercado e considera seus controles
internos suficientes dado o tipo de atividade e o volume de transações que opera. O
“Manual de Governança Corporativa da Light S.A.” aplica-se à Companhia.
Adicionalmente, face à complexidade das atividades e inovações tecnológicas, a
Administração está empenhada no aprofundamento, revisão e melhoria contínua de
39
seus processos, e na implementação de novas ferramentas para revisão e controles
internos.
b. deficiências e recomendações sobre os controles internos presentes no
relatório do auditor independente
O relatório sobre procedimentos contábeis e de controles internos elaborado pelo
auditor independente, não detectou deficiências e recomendações que pudessem
afetar de forma significativa as Demonstrações Financeiras da Companhia.
10.7. Caso o emissor tenha feito oferta pública de distribuição de valores
mobiliários, os diretores devem comentar: (a) como os recursos resultantes da
oferta foram utilizados; (b) se houve desvios relevantes entre a aplicação efetiva
dos recursos e as propostas de aplicação divulgadas nos prospectos da
respectiva distribuição; (c)se houve desvios relevantes entre a aplicação efetiva
dos recursos e as propostas de aplicação divulgadas nos prospectos da
respectiva distribuição;
Informação opcional para emissores de valores mobiliários da Categoria “B”.
10.8. Os diretores devem descrever os itens relevantes não evidenciados nas
demonstrações financeiras do emissor, indicando:
a. os ativos e passivos detidos pelo emissor, direta ou indiretamente, que não
aparecem no seu balanço patrimonial (off-balance sheet items), tais como:
i.
arrendamentos mercantis operacionais, ativos e passivos
ii.
carteiras de recebíveis baixadas sobre as quais a entidade
mantenha riscos e responsabilidades, indicando respectivos
passivos
iii.
contratos de futura compra e venda de produtos ou serviços
iv.
contratos de construção não terminada
v.
contratos de recebimentos futuros de financiamentos
40
Informação opcional para emissores de valores mobiliários da Categoria “B”.
A Companhia não possui ativos ou passivos que não estejam refletidos nesse
Formulário de Referência e nas demonstrações financeiras e suas notas explicativas.
A Renova Energia S.A. também não mantém qualquer operação, contrato, obrigação
ou outros tipos de compromissos em sociedades cujas demonstrações financeiras não
sejam consolidadas com as suas ou outras operações passíveis de gerar um efeito
relevante, presente ou futuro, nos seus resultados ou em sua condição patrimonial ou
financeira, receitas ou despesas, liquidez, investimentos, caixa ou quaisquer outras não
registradas em suas demonstrações financeiras.
b. outros itens não evidenciados nas demonstrações financeiras
Não há
10.9. Em relação a cada um dos itens não evidenciados nas demonstrações
financeiras indicados no item 10.8, os diretores devem comentar:
i. como tais itens alteram ou poderão vir a alterar as receitas, as despesas, o
resultado
operacional,
as
despesas
financeiras
ou
outros
itens
das
demonstrações financeiras do emissor
Não há
ii. natureza e o propósito da operação
Não há
iii. natureza e montante das obrigações assumidas e dos direitos gerados em favor
do emissor em decorrência da operação
Não há
41
10.10. Os diretores devem indicar e comentar os principais elementos do plano de
negócios do emissor, explorando especificamente os seguintes tópicos:
a. investimentos, incluindo:
i. descrição quantitativa e qualitativa dos investimentos em andamento e dos
investimentos previstos
A tabela a seguir apresenta os investimentos da Companhia nos exercícios sociais
encerrados em 31 de dezembro de 2010, 2011 e 2012:
Investimento (R$MM)
Exercício Social
encerrado em
dezembro em 2010
Exercício Social
encerrado em
dezembro em 2011
Exercício Social
encerrado em
dezembro em 2012
121,8
89,8
25,7
No segmento de geração, os investimentos somaram R$ 25,7 milhões no ano, sendo R$
23,7 milhões referentes à modernização e manutenção do parque gerador existente,
uma redução de 71,4% com relação ao investido em 2011.
ii.
fontes de financiamento dos investimentos
A Companhia financia seus projetos de investimento em parte com sua geração
própria de caixa e em parte através de linhas de financiamento do BNDES (quando
elegível) e/ou demais instrumentos de captação dos mercados de capitais e bancário.
iii.
Desinvestimentos relevantes em andamento e desinvestimentos
previstos
Não houve desinvestimentos relevantes da Companhia nos exercícios de 2012,
2011 e 2010.
b. Desde que já divulgada, indicar a aquisição de plantas, equipamentos, patentes
ou outros ativos que devam influenciar materialmente a capacidade produtiva do
emissor
A Companhia tem como um dos pilares do seu Planejamento Estratégico o
aumento da participação do segmento de geração de energia nos seus resultados. De
42
modo a cumprir tal objetivo, a Companhia anunciou diversos projetos de geração
assegurando o crescimento de sua capacidade instalada. Com a entrada em operação
do primeiro parque eólico da Renova, além das PCHs operacionais da Renova, somados
à capacidade existente da Light Energia, a capacidade instalada atual alcança 929 MW.
Considerando os projetos já em desenvolvimento, a capacidade instalada de geração
crescerá 22,2% nos próximos anos, passando dos atuais 929 MW para 1.135 MW.
c.
Novos produtos e serviços, indicando:
i.
Descrição das pesquisas em andamento já divulgadas
O programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) é elaborado de acordo com a
Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, que define a obrigatoriedade das concessionárias
de serviços públicos de distribuição de energia elétrica em investir 0,2% da sua Receita
Operacional Líquida em projetos de P&D, à Resolução Aneel nº 271 de 19 de julho de
2000, e conforme manual aprovado pela Resolução Aneel nº 504 de 14 de Agosto de
2012.
ii.
montantes totais gastos pelo emissor em pesquisas para desenvolvimento
de novos produtos ou serviços
Durante o ano de 2012, foi gasto um total de R$ 2,1 milhões pela empresa LIGHT
ENERGIA em projetos de pesquisas para desenvolvimento de novos produtos ou
serviços.
iii.
projetos em desenvolvimento já divulgados
Em continuidade aos projetos de pesquisa, e observando a mesma diretriz a eles
aplicada, durante o período destacado acima houve o desenvolvimento de 1 (um) novo
projeto e, estiveram em execução, o total de 11 (onze) projetos de P&D, sendo 04
(quatro) projetos estratégicos, cooperado com outras empresas, e 7 (sete) projetos de
Pesquisa e Desenvolvimento na qual a empresa Light Energia é a executora do projeto.
iv.
montantes totais gastos pelo emissor no desenvolvimento de novos
produtos ou serviços
43
Todos os projetos da Light Energia estão, no máximo, na fase de protótipos. Ou seja,
ainda não alcançaram a fase de produtos. Portanto, todo o montante gasto pertence a
pesquisas.
10.11. Comentar sobre outros fatores que influenciaram de maneira relevante o
desempenho operacional e que não tenham sido identificados ou comentados nos
demais itens desta seção:
Todas as informações relevantes e pertinentes a este tópico foram divulgadas nos itens
acima.
44

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