I CONGRESSO NACIONAL DE SEGURANÇA E DEFESA

Transcrição

I CONGRESSO NACIONAL DE SEGURANÇA E DEFESA
I CONGRESSO NACIONAL DE SEGURANÇA E DEFESA
MGEN. Faria Menezes
24 Junho 2010
AGENDA
¾
O novo quadro de Segurança Internacional (Ameaças e
Riscos).
¾
Enquadramento legislativo ( CEDN; CEM; MIFA; SFN).
¾
As Forças Armadas hoje.
¾
Participação nas Organizações Internacionais.
¾
Conclusões.
O NOVO QUADRO DE SEGURANÇA
INTERNACIONAL
O contexto de segurança do séc. XXI caracteriza-se
por uma multiplicidade de ameaças e riscos não
convencionais, simultaneamente transnacionais e
subestatais, que constituem ameaças à segurança
nacional e internacional
RISCOS E AMEAÇAS
‰ Ao nível transnacional:
- Criminalidade organizada;
- Terrorismo;
- Fundamentalismos;
- Proliferação de armas de destruição maciça;
- Riscos ambientais;
- Catástrofes humanitárias e pandemias.
‰ Ao nível subestatal:
- Estados falhados;
- Multiplicação de conflitos violentos;
- Guerras civis
RISCOS E AMEAÇAS
Este novo quadro de riscos e ameaças obriga
‰ Ao nível da NATO:
- Revisão do Conceito Estratégico;
- Revisão da Estrutura de Comandos.
‰ Ao nível da UE:
- Alterações introduzidas pelo Tratado de
Lisboa;
-Revisão do Conceito BG.
CONSEQUÊNCIAS DO
NOVO PARADIGMA MILITAR
ƒ
Antecipação e adequação permanente às novas realidades
estratégicas e operacionais
ƒ
Novas e mais evoluídas capacidades
ƒ
Forças militares com carácter vincadamente expedicionário
ƒ
Aptidão para articulação positiva e convergente com todos
os vectores de actuação
FORÇAS ARMADAS
SENTIDO DE EVOLUÇÃO
DO TERRITORIAL AO EXPEDICIONÁRIO
Indicadores de “Deployabiliy” e “Sustainability”
DO SECTORIAL (Ramos) AO CONJUNTO
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
Conceito Estratégico de Defesa Nacional
Conceito Estratégico Militar (2004)
Missões das Forças Armadas (2004)
Sistema de Forças Nacional (2004)
(2003)
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
ƒ Defesa do Território Nacional contra ameaças e
agressões externas (Defesa Militar da República)
ƒ Contribuir para satisfação das responsabilidades
de Portugal como membro das Nações Unidas,
União Europeia, NATO e CPLP
ƒ Contribuir para o empenhamento nacional na
promoção e afirmação da Paz, do Primado do
Direito, da Segurança, do Desenvolvimento e da
Estabilidade
Segurança Cooperativa
Missões Explícitas:
Segurança Colectiva
Missões
ças Armadas
Missões das
das For
Forças
Armadas (2004)
(2004)
Segurança centrada nas pessoas
Missões das For
ças Armadas
Forças
ƒ Conjuntas (19):
ƒ Defesa Militar
ƒ Prevenção e combate às novas ameaças
ƒ Compromissos Internacionais no âmbito militar
ƒ Apoio à Politica Externa do Estado
ƒ Outras Missões de Interesse Público
ƒ Emprego em Estados de excepção
ƒ Particulares:
ƒ Marinha (3)
ƒ Exército (1)
ƒ Força Aérea (2)
OUTRAS MISSÕES DE INTERESSE PÚBLICO
ƒ
Busca e Salvamento marítimo e aéreo;
ƒ
Apoio a situações de calamidade e catástrofe;
ƒ
Apoio a cheias e a incêndios;
ƒ
Fiscalização e Vigilância do Espaço Marítimo e Aéreo sob
Jurisdição Nacional
Conjugação com:
ƒ Conselho Nacional do Planeamento Civil de Emergência
(CNPCE);
ƒ Autoridade Nacional Protecção Civil (ANPC);
ƒ Serviços Regionais de Protecção Civil (Açores e Madeira)
PAPEL NACIONAL
DAS FORÇAS ARMADAS
Missões Implícitas:
ƒ Factor identitário da Sociedade
ƒ Elemento estruturante do Estado
AS FORÇAS ARMADAS
AS FORÇAS ARMADAS HOJE
ƒ
49.000 homens e mulheres
ƒ 41.000 militares
ƒ 28% Marinha
ƒ 53% Exército
ƒ 19% Força Aérea
ƒ 100% profissionais (desde 2004)
ƒ 14% pessoal feminino
ƒ Despesas com a Defesa Nacional - 1,3% PIB (2009)
EMPREGO OPERACIONAL
MISSÕES INTERNACIONAIS
PARTICIPAÇÃO
PARTICIPAÇÃO NACIONAL
NACIONAL
Kosovo
300 FND KFOR
Afeganistão
266 ISAF
Bósnia
Herzegovina
15+38 EUFOR
Guiné-Bissau
2 EUSSR
Afeganistão
1 UNAMA
RDC
RDC
Timor
4 UNMIT
RD Congo
2 EUSEC
Uganda
2 EUTM
Líbano
146 FND UNIFIL
Somália
43 EUNAVFOR
Total: 819 Militares
BÓSNIA HERZEGOVINA
EUFOR - Contingente Nacional
LOT 3
BOSANSKI
БOСAНСКИ
DERVENTA
ДЕРВЕНТА
BROD
БРОД
LOT 4
BOSANSKA GRADISKA
DERVENTA
6 Exército
PRIJEDOR
CAZIN
Derventa
SANSKI MOST
GRADACAC
BIJELINA
DOBOJ
UGLJEVIK
BANJA LUKA
BANJA VRUCICA
HQ EUFOR
TUZLA
LUKAVAC
ZVORNIK
ZAVIDOVICI
RCC4
MR.KONJIC GRAD
DRVAR
ZENICA
TRAVNIK
Camp Butmir
KLADANJ
1 Exército
Tuzla
VLASENICA
VITEZ
BUGOJNO
HQ IPU
Modrica
BRCKO
PRNJAVOR
1 Marinha
1 Exército
6 Exército
MODRICA
SOKOLAC
VISOKO
SARAJEVO
LIVNO
5 GNR
JABLANICA
PALE
VISEGRAD
GORAZDE
KONJIC
FOCA
Camp Butmir
SIROKI BRIEJ
IPU
22 GNR
Pel.
Pel. Mnt Ordem Publica
OPLAN “Althea” Rev 1
IPU
11 GNR
Cmd ACoy + Eq.
Eq. Invest.
Invest. Crim.
Crim.
MOSTAR
GACKO
CAPLIJNA
BILECA
Total (53)
15 militares + 38 GNR
Total Internacional (1950)
2,43 %
KOSOVO
KFOR – Contingente Nacional
Ib
ar
Gate 1
Leposavic
Gate Dog 31
I bar
HQ KFOR
MNBG (N)
Podujevo
Zvecan
Mitrovica
Zubin Potok
6 Militares
Gate 3
Film City
Vucitrn
Kulina Pass
Istok
Gate 4
Srbica
Obilic
Pristina
MNBG (C)
Klina
Glogovac
MNBG (W)
2BIPARA
Novo Brdo
Kosovo Polje
294 Militares
Kamenica
Campo Portugal
Decane
Lipljan
Gate 5
Malisevo
Gnjilane
Stimlje
Cafa Morina
Dakovica
Orahovac
Suva Reka
Urosevac
MNBG (E)
Gate 6/Vic Mucibaba
Vitina
Cafa Prushit
Strpce
Vrbnica
MNBG (S)
Dragas
OPLAN 10501 Rev 3
“Joint Enterprise”
Globocica
Kacanik
General Jankovic/Blace
Total (300)
Total Internacional (11900)
2,47 %
Areas with concentration of Kosovo Serbs
AFEGANISTÃO
ISAF - Contingente Português
QRF
Eqª Saúde Role 3
160 Militares
16 Militares
Camp Warehouse
KAIA
Badakhshan
Jawzjan
3ª OMLT. D
Kunduz
Balkh
Sari Pul
Takhar
Samangan
Faryab
17 Militares
Panjsher Nuristan
Badghis
Parwan
KAIA
Bamyan
Wardak
Herat
Ghor
Day Kundi
Ghazni
5ª OMLT. G
11 Militares
HQ ISAF
Baghlan
Uruzgan
Farah
Kunar
Kapisa
Laghman
Kabul
Nangarhar
Logar
Paktya
Khost
Paktika
Zabul
Camp Warehouse
4 Militares
HQ Compound
HQ IJC
1 Militar
KAIA
Nimroz
Kandahar
Hilmand
Módulo Apoio FNDs
56 Militares
Camp Warehouse
OPLAN 10302 Rev 1
Total (266)
Total Internacional (87506)
0,3 %
NTMNTM-A
1 Militar
Camp Eggers
LIBANO
Contingente Português
HQ UnEng 8
141 Militares
Shama
HQ UNIFIL
5 Militares (EX)
Naqoura
Total (146)
Total Internacional (11700)
1,2 %
SOMÁLIA
EUNAVFOR Somália - OP. ATALANTA
Destac. P3P
Comando –
Tripulação –
Ops Log Apoio Mobil (16)
CIS FP Med Manutenção –
Seychelles
1
15
4
1
1
3
5
2
10
Total (43)
Total Internacional (1518)
2,76 %
OUTRAS MISSÕES INTERNACIONAIS
PARTICIPA
ÇÃO NACIONAL
PARTICIPAÇÃO
NACIONAL
PAÍS
ÂMBITO
TOTAL NACIONAL
Afeganistão
UNAMA (ONU)
1
RD Congo
EUSEC (ONU/UE)
2
Uganda
EUTM (EU)
2
Guiné-Bissau
EUSSR (UE)
2
Timor-Leste
UNMIT (ONU)
4
11
PORTUGAL PRODUTOR DE SEGURANÇA
(1991 - 2010)
Lituânia
BAP
STANAVFORLANT
SNMGSNMG-1
Adriá
Adriático
Maritime Monitor
Maritime Guard
Sharp Guard
Sharp Fence
Decisive
Enhancement
Iraque
NTM-I
Saara
Ocidental
MINURSO
Líbano
UNIFIL
Afeganistão
ISAF
Balcãs
ECMM/EUMM
KVM
UNPROFOR
ICFY
UNMOP
UNPREDEP
SFOR
AFOR
Harvest/
Harvest/Fox
CONCORDIA
EUFOR
IFOR
KFOR
UNMIK
Sudão
DR Congo
Burundi
Chade
Guiné
Guiné-Bissau
Angola
UNAVEM II
UNAVEM III
MONUA
Moç
Moçambique
ONUMOZ
EUMOZ
Timor Leste
INTERFET
UNTAET
UNMISET
Total 36 000
NATO RESPONSE FORCE - NRF
MEIOS
MEIOS NACIONAIS
NACIONAIS ATRIBUÍDOS
ATRIBUÍDOS
NRF 14 / RFP 01/10 – Stand-By 1º Semestre 2010
RAMO
FORÇAS / MEIOS
MILITARES
EXÉRCITO
1 Bateria de Artilharia de Campanha
1 Equipa de Controlo de Movimentos
130
10
FORÇA AÉREA
1 Equipa NBQ e EOD (Inactivação
Eng. Explosivos)
1 Equipa de Descontaminação NBQ
6 F-16
1 C-130
147
NRF 15 / RFP 02/10 – Stand-By 2º Semestre 2010
RAMO
FORÇAS / MEIOS
MILITARES
MARINHA
1 (FFGH) Fragata
1 Grupo-Tarefa de Operações Especiais
200
75
EXÉRCITO
1 Grupo-Tarefa de Operações Especiais
1 LNO Equipa NBQ
76
FORÇA AÉREA
1 Equipa de Oficiais de Estado-Maior para o
QG do Joint Logistic Support Group
6
PRINCIPAIS EMPENHAMENTOS
UE
BG 2-2010
- SP, FR e PRT
BG 2-2011 (EUROFORÇAS)
- PRT, FR, IT e SP
PRINCIPAIS EMPENHAMENTOS
ONU
Contribuição para o United Nations
Stand-by Arrangement System (UNSAS)
- 1466 militares
- 3 Navios
PORTUGAL PAÍS DE COOPERAÇÃO
ƒ
CTM – histórico:
Ao longo de 16 anos (1993-2009), 42 projectos
desenvolvidos e 3221 militares empenhados
ƒ
CTM – actual
Jun10
CONCLUSÕES
Vivemos um novo quadro internacional onde as ameaças não
militares ganham importância sendo, principalmente, de
carácter transnacional e simultaneamente subestatal (como o
narcotráfico, terrorismo, migrações, riscos ecológicos e
ambientais).
Este novo paradigma militar obriga os Estados e as OI a
adaptarem a sua organização, moldarem as suas estruturas
por forma a flexibilizar e agilizar a sua capacidade de
resposta, numa articulação convergente dos seus vectores
militares e não militares.
CONCLUSÕES
As Forças Armadas têm cumprido com
elevado desempenho, no quadro das
alianças, um conjunto de missões que
contribuem para a afirmação de Portugal
como um Estado empenhado no garante
da Segurança Internacional