aula 03 Ficheiro

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aula 03 Ficheiro
Instituto Politécnico do Cávado e Ave
Escola Superior de Tecnologia
Professor Pedro M. Teixeira
Ano Curricular - 2012 | 2013
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Curso de Design Gráfico - 3º Ano | 2º Semestre
Aula 03
1. TÉCNICAS DE EXECUÇÃO DE ANIMAÇÃO
2. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS SOBRE VÍDEO
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Produção Audiovisual
Ano letivo - 2012 | 2013 || Professor Pedro M. Teixeira
01
Técnicas de execução de Animação
e-mail: [email protected] | Skype: leonardpeartree
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Técnicas de
execução de
animação
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Hoje vamos começar por falar de várias técnicas de execução de animação pois estas
podem, também, ser integradas na produção de Motion Graphics, como aliás iremos ver
que são.
Vamos falar essencialmente de:
1. Técnicas manuais ou analógicas
2. Técnicas digitais
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01.1
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Animação Frame a Frame - Técnicas analógicas
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Animação
frame a frame
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As técnicas de animação frame a frame consistem em criar imagens ou desenhos
individuais que diferem ligeiramente nalgum aspecto visual e espacial uns dos outros.
Mais tarde são montados e exibidos numa sucessão rápida ao longo de uma linha de
tempo. Esta apresentação rápida de várias imagens gera o chamado efeito de persistência retiniana, ou seja, o ser humano não os percepciona separadamente mas sim as
relações entre os mesmos, o que gera o efeito ou ilusão de movimento.
Há vários tipos de técnicas de animação frame a frame:
• Desenho/Cel Animation;
• Corte e recortes;
• Stop Motion;
• Pixillation ou pixelação;
• Rotoscoping.
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Desenho
Cell Animation
A técnica de Cell Animation consistia na utilização de folhas de acetato que permitiam
desenhar elementos separadamente, um a um, e no final juntar tudo numa única
composição. Podemos encontrar este princípio de Composição em alguns softwares
atuais de animação e efeitos especiais como o Combustion, o After Effects ou o Nuke.
Porque não utilizar uma técnica como esta na produção de Motion Graphics?
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Recorte
Cut-out
Por permitir uma execução rápida a técnica de uso de recortes de imagens é muito
usada em animação de temas satíricos, como por exemplo esta animação dos Jib Jab,
onde Barack Obama é satirizado e mostrado como um Super Heroi que nos vem salvar
a todos da crise gerada pelos seus antecessores.
Visualizar as animações dos Jib Jab em:
http://www.youtube.com/watch?v=kVFdAJRVm94&feature=channel
http://www.youtube.com/watch?v=TaIWM2ruyK4&feature=channel
http://www.youtube.com/watch?v=M8U4T1IH1C8&feature=channel
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Stop
Motion
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Esta técnica consiste em fotografar objectos ou desenhos numa sequência de imagens,
movidos ligeiramente de imagem para imagem, para que na montagem e sequência final
se crie a ilusão de movimento do/s objecto/s movido/s.
Visualizar videoclip “Sledgehamer”, de Peter Gabriel:
Visualizar o vídeo “Deadline”:
http://www.youtube.com/watch?v=hqyc37aOqT0
http://www.youtube.com/watch?v=-ZtxHOfmhH4
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Pixillation
Esta é uma Sub-técnica do StopMotion que consiste em filmar num frame de cada vez,
figuras humanas cujos movimentos são controlados totalmente pelo realizador.
Algumas partes dos movimentos são omissas por forma a criar movimentos ou
situações inconcretizáveis na realidade. Exemplo, alguém que paira e se desloca no ar
sem movimentar as pernas.
Visualizar Filme publicitário da Sumol “Sumol Z”, 2008 em:
http://www.youtube.com/watch?v=Xmsz4R5pcQI
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01.2
Produção Audiovisual
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CGI e Interpolação digital - Técnicas digitais
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CGI e a
Interpolação
digital
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CGI
Significa Computer-Generated Imagery. E refere-se à aplicação do campo de
gráficos informáticos (Computer Graphics) a efeitos especiais em filmes, programas
televisivos, anúncios publicitários, imagens e media impressos.
Interpolação Digital
A interpolação é um processo de animação estritamente digital, usado em aplicações
digitais (software) de edição, composição e animação.
É o processo através do qual as características visuais, espaciais e temporais de um
elemento visual, são animadas entre pelo menos duas ou mais instâncias desse mesmo
elemento no tempo. Estas instâncias são as chamadas Keyframes.
É nos Keyframes que se encontram as informações sobre valores de características de
um elemento visual presente num filme, como o valor da sua posição, tamanho,
orientação, cor, ou nível de transparência, etc. E é entre os Keyframes que são
processados matematica e automaticamente os frames intermédios.
A Interpolação Digital é o processo de animação que iremos aprender a controlar
no After Effects, para produzir Motion Graphics
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Interpolação
visual
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A interpolação visual é a possibilidade de animar as mudanças nas características
visuais de um objecto ao longo do tempo, como por exemplo a forma, cor e níveis de
transparência. Neste modo de interpolação também podem ser animados os efeitos
aplicados sobre um mesmo objecto como, por exemplo, a correcção de cor, correcção
de contraste e brilho, etc.
Frame 0
Opacidade 100%
Frame 25
Opacidade 50%
Frames intermédios = Mudança de opacidade
Neste exemplo simples vemos a Interpolação visual a ser utilizada para animar a
mudança da opacidade de um círculo.
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Interpolação
Espacial
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A interpolação espacial é a possibilidade de se de animar na timeline as características
espaciais de um dado objecto como a sua posição no eixo de x, y e z (em aplicações
que simulam 3D), orientação e escala.
Frame 0
X=0
Frame 25
X = 200
Frames intermédios = Mudança de posição em x
Neste exemplo simples vemos a Interpolação espacial a ser utilizada para animar a
mudança da posição de um círculo no eixo horizontal ou de X.
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Interpolação
Temporal
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Diz respeito à forma como os objectos se movem ao longo do tempo. A velocidade a que
os objectos se movem no tempo e no espaço pode ser controlada.
E neste sentido existem duas possibilidades:
A interpolação temporal linear:
A temporal linear produz movimentos mecânicos, lineares e regulares na velocidade a
que os objectos se deslocam através do espaço e do tempo.
A interpolação temporal não linear:
A não linear, através da atribuição de propriedades de aceleração e desaceleração da
velocidade de deslocação dos objectos nos seus Keyframes, produz movimentos mais
suaves, naturais e agradáveis.
Estas propriedades de aceleração e desaceleração são conhecidas por ease in e ease
out.
Já ouviram falar em ease in e ease out?
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02
Produção Audiovisual
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Importantes considerações técnicas sobre vídeo
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Considerações técnicas
sobre vídeo
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Vamos falar de seguida nalgumas destas considerações pois, a forma de exibição dos
vossos trabalhos de Motion Graphics é em suporte ou no media de vídeo.
Logo há algumas considerações técnicas de que vocês têm de ter noção.
Vamos falar de:
• Formatos standard de janelas de vídeo
• Pixel aspect ratio
• Progressive e interlaced video
• Video Safe Zones
• Formatos de Importação de ficheiros
• Sistemas de cor em vídeo
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Formatos
Standard de
janelas de
vídeo
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Na produção de vídeo existem vários sistemas métricos internacionais para os
tamanhos da janela de vídeo que mudam de contexto para contexto.
Por exemplo:
Televisão - Standard definition
Cinema - High Definition
Por isso, antes de se produzir qualquer material audiovisual é necessário situar
o contexto em que este será distribuído. O mesmo se aplica aos Motion Graphics.
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Formatos
Standard de
janelas de
vídeo
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Se queremos produzir material para Cinema há a resolução HD:
Progressiva: 1920 x 1080 px
Interlaçada: 1280 x 720 px
Se queremos produzir para TV, que é o que aqui nos interessa, há várias resoluções
mas as duas principais são o sistema NTSC e o sistema PAL.
EUA - NTSC DV:
Width = 720 px
Height = 480 px
Frame Rate = 29.97 fps
Pixel Aspect Ratio = 0.91
EUROPA (não em todos os países) - PAL D1/DV:
Width = 720 px
Height = 576 px
Frame Rate = 25 fps
Pixel Aspect Ratio = 1.09
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Formatos
Standard de
janelas de
vídeo
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Por isso em Portugal, e para Televisão, o que nos interessa é usar o PAL D1/DV.
É este o sistema que iremos utilizar nas composições que criarmos no After Effects.
PORTUGAL - PAL D1/DV:
Width = 720 px
Height = 576 px
Frame Rate = 25 fps
Pixel Aspect Ratio = 1.09
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Pixel
Aspect Ratio
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É a proporção entre a altura e a largura dos píxeis que compõem uma imagem digital.
Existem píxeis quadrados e píxeis retangulares, sendo que dentro dos rectangulares
existem diversas proporções.
Pixel Aspect
Ratio: 1: 1
Píxeis quadrados
Imagens obtidas através de scanners ou geradas no computador.
Pixel Aspect
Ratio: 1: 0.9 ou 1.09 ou ...
Píxeis rectangulares
Imagens geradas a partir da captura de um sinal de vídeo podem ter píxeis quadrados
ou retangulares, conforme o formato do vídeo usado.
Visualizar vídeo explicatívo em:
http://www.youtube.com/watch?v=bae5DIqa6tk
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Formatos
Standard de
janelas de
vídeo
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Uma vez que iremos trabalhar essencialmente com o sistema PAL, onde o píxel não é
quadrado, há cuidados a ter na criação de imagens antes da sua importação para o After
Effects.
No Photoshop, ao criar uma imagem, devemos utilizar um ficheiro que tenha as mesmas
características que a composição do After Effects onde iremos usar essa mesma
imagem.
e
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Interlaced e
Progressive
Vídeo
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Os ecrãs de televisores e os ecrãs de computadores interpretam e mostram
a informação de vídeo de forma diferente.
Televisores = vídeo interlaçado
Computadores = vídeo progressivo
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Interlaced e
Progressive
Vídeo
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1. Vídeo interlaçado
No vídeo interlaçado as Frames são compostas por dois Fields (meia frame cada):
Upper Top Field - Linhas horizontais pares
Lower Bottom Field - Linhas horizontais impares
Upper Top Field
Lower Bottom Field
Frame completa
2. Vídeo progressivo
No vídeo progressivo cada frame é mesmo uma frame. Logo, se falámos em 25 frames
por segundo, temos mesmo 25 imagens a aparecer por segundo.
Já no vídeo interlaçado quando falámos em 25 frames por segundo, temos, no fundo, 50
fields intercalados a surgirem por segundo no ecrã dos televisores.
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Interlaced e
Progressive
Vídeo
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De que forma devemos ter isto em conta no nosso trabalho?
Quando dentro do After Effects, ou dentro de outra aplicação de edição ou composição
vídeo, usamos footage de vídeo capturado (por natureza interlaçado), temos de definir
os upper ou lower fields do vídeo.
Todas as sources de vídeo utilizadas num projecto e numa composição têm de ter o
mesmo tipo de entrelaçamento.
Caso contrário vão-se notar essas diferenças no render final do vídeo.
No After Effects PAL D1/DV: Lower Fields first
Depois vou vos mostrar como é que determinamos os Fields num vídeo.
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Video
Safe Zones
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Quando se está a editar um projecto é necessário que os elementos visuais mais importantes do nosso trabalho sejam colocados dentro de uma área de acção segura.
Esta área de acção segura corresponde a uma área do enquadramento que se sabe que
será vista em todos os televisores, uma vez que existem ecrãs de televisores com
formatos muito diferenciados.
Esta área segura é constituída por duas sub-áreas:
1. Title Safe Zone
Área de dentro da qual nenhum elemento tipográfico informacional (como títulos) deverá
sair.
2. Action Safe zone
Área de dentro da qual a acção presente no vídeo ou animação não deverão sair.
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Video
Safe Zones
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No After Effects basta clicar neste ícone para as Safe Zones serem exibidas no
ecrã...
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Video
Safe Zones
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No After Effects basta clicar neste ícone para as Safe Zones serem exibidas no
ecrã...
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Formatos de
importação
de ficheiros
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O After Effects permite a importação de vários tipos materiais ou Footage:
Vídeo
Quicktime, AVI (PC)
Imagens
Jpeg, Tiff, PNG, PSD, Targa
Imagens sem fundo
PNG e PSD
Som
Wave, Avi, Mp3, Mpeg-4, AIFF
Sequências de imagens:
Sequências de Tiffs, Sequências de Jpegs, Sequências de PNGs, Sequências de Targas
Vectores
AI, PDF
Outros
SWF de Flash
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Sistema
de cor
As Imagens que forem importadas para dentro do After Effects têm de estar todas em
RGB. Se estiverem em CMYK, por exemplo, o After Effects, pura e simplesmente não as
aceita.
O mesmo acontece com vectores AI (Illustrator). Temos de converter os documentos AI
que utilizamos também para RGB.
QUEREM VER COMO SE FAZ OU SABEM?

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