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TV GLOBO ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA O brigado pela presença de vocês nesta noite, para a entrega de prêmios dos melhores do cinema brasileiro. Aqui estamos para festejar os cineastas e os filmes que se destacaram no ano passado. É a noite mais esperada do cinema brasileiro. Posso afirmar que a disputa vai ser dura. Produções de peso figuram entre as finalistas e não me atreveria a fazer qualquer prognóstico. Tenho certeza de que qualquer dos finalistas será um grande representante do nosso cinema. Isso me enche de orgulho, porque como bom dinossauro, lembro quando nossa produção era de dois ou três filmes por ano. Agora, os membros da Academia têm cada vez mais dificuldade de escolher os melhores dentre os finalistas. Os deste ano, então, deram um nó na nossa capacidade de escolha. Não foi fácil. Para mim, não foi. Mas os resultados já estão no envelope que a PwC vai trazer daqui a pouco. Ou seja, para o cinema brasileiro e seus cineastas, não há missão impossível. Voltamos ao Theatro Municipal e contamos com o patrocínio da TV GLOBO através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Obrigado pela presença de todos. Vamos começar a festa. Roberto Farias Presidente E star em movimento para fazer parte da vida das pessoas. Para estar com elas onde quer que elas estejam. Para surpreender e conectar. Para informar e compartilhar. Para entreter e encantar. Educar e desenvolver. A Globo está em movimento para acompanhar o mundo, a vida e você. Mantendo os compromissos que sempre pautaram a sua história, e que sempre estiveram presentes na sua relação com o cinema. Todos os anos, a Globo leva às telas, através da Globo Filmes, a emoção e o talento nacional, valorizando a diversidade cultural do país. Procurando encantar milhões de brasileiros, tão diferentes, de todas as regiões, fazendo um cinema com o jeito, a cara e a língua do Brasil. Ao participar do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, a Globo celebra a presença do brasileiro nas salas de cinema para prestigiar a sua própria cultura. Aposta no talento dos seus profissionais para construir uma obra audiovisual cada vez mais qualificada e plural. E aplaude, junto com o público, a arte e a criatividade nacional em toda a sua variedade de conteúdo e pluralidade de gêneros. M ELHOR LONG A-M ETR AGEM DE ficç ão CINE HOLLI Ú DY GRANDE PRÊMIO FA R OES T E C A BO CLO DO CINEMA BRASILEIRO FLOR ES R A R A S & HOMENAGEM A DOMINGOS OLIVEIRA TODAS AS MULHERES DO MUNDO O SOM AO R ED OR TAT UAGE M M ELHOR LONG A -M E T R AGEM DE FICÇ ÃO GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 FA ROESTE C A BOCLO CINE HOLLIÚDY DE H A L DER G OM ES PR ODUÇ ÃO : H A L DER G OM ES E DAY A NE QU EIR OZ P OR ATC E N T R E T E NI M E N TOS Na década de 70, no interior do Ceará, a chegada da televisão afastou as pessoas das salas de cinema. Mas Francisgleydisson, proprietário do Cine Holliúdy, um pequeno cinema da cidade assume a missão de manter viva a experiência cinematográfica. Tendo como origem o curta-metragem de mesmo nome, “Cine Holliúdy” tem como atrativos o resgate dos filmes antigos e clássicos de kung fu com imagens toscas, dublagem sem sincronia e adaptações, além de ser falado em “cearês” com legendas. 8 DE R E NÉ S A M PA IO PR ODUÇ ÃO : BI A NC A DE F EL IPPES P OR G ÁV E A FIL M ES E PR ODUÇ ÕES , M A R C EL L O M A I A P OR R EPÚ BL IC A PU R EZ A E R E NÉ S A M PA IO P OR F O G O C ER R A D O FIL M ES João quer mudar de vida e deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Na capital, procura o primo traficante Pablo, com quem passa a trabalhar. Ele agora é João de Santo Cristo, traficante e carpinteiro que se apaixona por Maria Lúcia, filha de um senador. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance, mas logo João se verá em meio a uma disputa com o playboy e traficante Jeremias, que coloca tudo a perder. 9 M ELHOR LONG A -M E T R AGEM DE FICÇ ÃO FLOR ES R A R A S DE BR UNO B A R R E TO PR ODUÇ ÃO : LUC Y B A R R E TO E PAU L A B A R R E TO P OR LC B A R R E TO E FIL M ES D O EQUA D OR “Flores raras” conta a história de amor entre a poetisa americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares. O pano de fundo do romance é, por um lado, a construção do Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, obra fundamental que consumiu a vida da brasileira. Por outro, a insegura e tímida Bishop encontra equilíbrio ao chegar ao Brasil e na relação que estabelece com Lota. Criam uma família, adotam uma filha, mas não há um final feliz. “Eu sempre quis que o título fosse ‘A Arte de Perder’, por que o filme conta uma história de amor para falar da perda, esse sentimento tão vertical e universal”, definiu o diretor Bruno Barreto. 10 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 O SOM AO R EDOR DE K L EBER M E ND ONÇ A FIL HO PR ODUÇ ÃO : E M IL IE L ESC L AU X P OR CI NE M A SC ÓPIO PR ODUÇ ÕES A vida numa rua de classe média na zona sul do Recife toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranquilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. A região é praticamente controlada por Francisco, uma espécie de senhor de engenho moderno, proprietário de diversos imóveis do bairro que é quem permite a chegada do “serviço de segurança” liderado por Clodoaldo. No filme ambientado na própria rua onde vive o diretor Kleber Mendonça, o bairro Setúbal, várias histórias se entrelaçam para compor uma crônica que reflete sobre história, violência e barulho. 11 M ELHOR LONG A -M E T R AGEM DE FICÇ ÃO GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 TAT UAGEM DE HILTON L AC ER DA PR ODUÇ ÃO : JOÃO V IEIR A JR , C HIC O R IBEIR O E OFIR FIG U EIR ED O P OR R EC PR ODU TOR ES A SSO CI A D OS M ELHOR LONG A-M ETR AGEM doc um en tá r io A LUZ D O TOM D OSSIÊ J A NG O ELEN A JORGE M AU TNER - O FILHO D O HOLO C AUS TO O DI A QUE DUROU 21 A NOS S ÃO SILV ES T R E Recife, 1978. Um grupo de artistas provoca a moral e os bons costumes pregado pela ditadura militar. Em um cabaré nordestino aconteciam os espetáculos da trupe, conhecida como Chão de Estrelas. Dirigida por Clécio Wanderley, o grupo apresenta espetáculos de resistência política e considerados subversivos. Neste ambiente de liberdade, contraposto ao que acontecia pelo país, se dá o encontro que muda a vida de Clécio: ele se apaixona pelo o soldado Fininha, um garoto de 18 anos. 1 2 1 3 M ELHOR LONG A-M E T R AGEM D O C UM EN TÁ R IO A LUZ DO TOM DE NEL SON PER EIR A D OS S A N TOS PR ODUÇ ÃO : M A R CI A PER EIR A D OS S A N TOS P OR R EGI N A FIL M ES LT DA E M AU R ÍCIO A NDR A DE R A MOS P OR V IDEOFIL M ES “A luz do Tom” aborda a relação do maestro e compositor Tom Jobim com mulheres. E são três delas que recontam que foi este homem e artista: Helena Jobim, irmã e autora da biografia-base do filme, e as esposas Thereza Hermanny e Ana Lontra. Diferentemente do documentário anterior – “A música segundo Tom Jobim” –, este traz um estilo mais convencional construindo através de entrevistas um retrato intimista do artista Tom. 14 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 DOSSIÊ JA NG O DE PAU L O HE NR IQU E F ON T E NEL L E PR ODUÇ ÃO : PAU L O M E ND ONÇ A P OR C A N A L BR A SIL “Dossiê Jango” reabre as discussões sobre o motivo da morte, em 1976, de João Goulart, único presidente a morrer no exílio. Recuperando informações históricas, o documentário traça um panorama sobre a história do presidente eleito democraticamente e expulso do cargo pelo golpe militar de 1964. Com argumento de Paulo Mendonça e Roberto Farias, o documentário abre perspectivas sobre o caso envolvido em circunstâncias nunca esclarecidas sobre sua morte na Argentina, e seu enterro no Brasil sem que fosse permitida uma autópsia, reforçando a tese do assassinato. 1 5 M ELHOR LONG A-M E T R AGEM D O C UM EN TÁ R IO ELEN A DE PE T R A C OS TA PR ODUÇ ÃO : PE T R A C OS TA P OR BUSC A V IDA FIL M ES Elena queria ser atriz de cinema. Imagens de arquivo da família revelam seu perfil frágil e sensível que não suportou as frustrações e a levou ao suicídio. Sua irmã mais nova, Petra Costa, diretora do filme, reelabora a relação amorosa com Elena e a perda, por meio de um documentário subjetivo e poético construído através de pistas como cartas e diários, que constroem a linha narrativa da história. Vinte anos se passaram até que Elena fosse outra vez encontrada pela memória afetiva de sua irmã treze anos mais nova. 16 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 O DI A QUE DUROU 21 A NOS DE C A M IL O TAVA R ES PR ODUÇ ÃO : K A R L A L A DEI A P OR PEQU I FIL M ES O golpe militar de 1964 no Brasil parecia para muitos um momento que logo seria superado, mas a realidade se mostrou mais dura: durante 21 anos o país viveu sob a tutela de militares. A permanência de um regime de exceção não foi gratuita. Era parte de uma ação mais ampla que atingiu toda a América Latina e foi articulada no norte do continente. O documentário “O dia que durou 21 anos” revela os bastidores da ação norte americana e sua política de controle a fim de impedir a “o processo de esquerdização do Brasil”. 17 M ELHOR LONG A-M E T R AGEM D O C UM EN TÁ R IO JORGE M AU TNER O FILHO DO HOLOC AUSTO DE PEDR O BI A L E HEI TOR D ’A L I NC OU R T PR ODUÇ ÃO : PAU L O M E ND ONÇ A P OR C A N A L BR A SIL E PEDR O BI A L Imagens raras, depoimentos e muita música recontam a vida do multifacetado artista Jorge Mautner. Filho de refugiados do Holocausto que escolheram o Brasil para viver, Mautner descobriu na cultura brasileira os elementos fundamentais para sua criação e sua subversão. Gerou-se, a partir daí, não apenas um músico, mas um poeta, um performer, um pensador referência de várias gerações. As imagens contam, os depoimentos revelam e o documentário constrói o inventário de uma das figuras fundamentais do movimento tropicalista brasileiro. 18 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 SÃO SILV ESTR E DE L I N A C H A M IE PR ODUÇ ÃO : DE NISE G OM ES E PAU L A C OSENZ A P OR BOSS A NOVA FIL M S E L I N A C H A M IE P OR GIR A FA FIL M ES “São Silvestre” é mais do que um documentário, é uma quase-ensaio poético sobre a cidade de São Paulo através das imagens geradas por câmeras acopladas a bicicletas e ao corpo de atores-corredores como Fernando Alves Pinto. A diretora Lina Chamie reafirma a tese de que o filme transcende o gênero: “É um filme sobre os sonhos (onde há o homem, há o sonho), sobre o asfalto ou sobre o céu. É um filme sobre superação, transcendência. É um filme que se faz na experiência do espectador”. 19 M ELHOR LONG A-M ETR AGEM INFA N TIL COR DA BA M BA GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO & HOMENAGEM A DOMINGOS OLIVEIRA M E U PÉ DE L A R A NJ A LI M A M INHO C A S TODAS AS MULHERES DO MUNDO TA IN Á – A OR IGE M M ELHOR LONG A -M ET R AGEM INFA N TIL COR DA BA M BA GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 M EU PÉ DE L A R A NJA LIM A DE EDUA R D O G OL DE NS T EI N PR ODUÇ ÃO : EDUA R D O G OL DE NS T EI N E K AT YA G OL DE NS T EI N P OR A ION CI NE M ATO GR Á FIC A LT DA . DE M A R C OS BER NS T EI N PR ODUÇ ÃO : K AT I A M AC H A D O P OR PÁ SS A R OS FIL M S D O BR A SIL AU DIOV IS UA IS LT DA . Maria tem 10 anos, nasceu no circo e é criada por seus padrinhos: a mulher barbada e o engolidor de fogo. Mas ela é mandada para a casa da avó, na cidade, e não consegue lembrar de seu passado e de seus pais. Da janela do quarto, Maria atravessa sobre uma corda bamba para a dimensão do imaginário. Lá, irá recuperar sua memória e encontrar a possibilidade de seguir adiante. “Corda bamba” é adaptado do livro da escritora Lygia Bojunga Nunes publicado em 1979. Baseado na obra de José Mauro de Vasconcelos, o filme conta a história de Zezé, um menino pobre, um menino pobre e bem levado que vive no interior de Minas Gerais. Seu principal refúgio é um pé de laranja lima, uma espécie de parceiro e confidente. É para a árvore que Zezé desabafa suas frustrações e conta suas alegrias e traquinagens até que ele conhece o misterioso Portuga, que se torna seu melhor amigo. “Meu pé de laranja lima” já teve uma versão cinematográfica em 1970, de Aurélio Teixeira, e foi tema de três telenovelas. 2 2 2 3 M ELHOR LONG A -M ET R AGEM INFA N TIL GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 M INHOC A S DE PAOL O C ON T I PR ODUÇ ÃO : PAOL O C ON T I P OR A NI M A K I NG PR ODUÇ ÕES , PR OMO Ç ÕES A R T ÍS T IC A S E CI NE M ATO GR Á FIC A S E C OM LT DA E PAU L O BO C C ATO P OR GL A Z E N T R E T E NI M E N TO LT DA . A partir do sucesso com o curta-metragem infantil “Minhocas”, de 2005, é criado o longa-metragem em stop motion de mesmo título. Primeira experiência na técnica no Brasil, o filme foi realizado a partir de 600 mil fotos para contar a história de Júnior, uma minhoca que vive uma crise típica de pré-adolescentes. Ao lado de Nico, ele quer provar aos colegas que não é mimado pela mãe e acaba se metendo numa enrascada ao ter que enfrentar o vilão tatu-bola. 2 4 TA INÁ – A OR IGEM DE R OS A NE S VA R TM A N PR ODUÇ ÃO : PEDR O R OVA I E V IR GI NI A L I M BER GER P OR SI NC R O CI NE PR ODUÇ ÕES CI NE M ATO GR Á FIC A S A índia Tainá, já conhecida de filmes anteriores de 2001 e 2004, retorna as telas para conhecermos sua origem. Filha de Maya, vítima de piratas da biodiversidade, a menina órfã é abrigada pelas raízes da árvore sagrada Sapopema, até que o pajé Tigê a encontra. Só aos 5 anos a menina retorna à tribo, no momento em que estão escolhendo um novo líder defensor da natureza. Só que este papel é proibido às mulheres. Mesmo assim, como heroína que é, ela se junta à menina da cidade Laurinha e ao índio nerd Gobi, para enfrentar os mal feitores e desvendar sua própria história. 2 5 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 M ELHOR LONG A-M ETR AGEM DE A NIM AÇ ÃO GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO & HOMENAGEM A DOMINGOS OLIVEIRA 2 6 M INHO C A S UM A HIS TÓR I A DE A MOR E F Ú R I A TODAS AS MULHERES DO MUNDO 2 7 M ELHOR LONG A -M E T R AGEM DE A NI M AÇ ÃO M INHOC A S DE PAOL O C ON T I PR ODUÇ ÃO : PAOL O C ON T I P OR A NI M A K I NG PR ODUÇ ÕES , PR OMO Ç ÕES A R T ÍS T IC A S E CI NE M ATO GR Á FIC A S E C OM LT DA E PAU L O BO C C ATO P OR GL A Z E N T R E T E NI M E N TO LT DA . A partir do sucesso com o curta-metragem infantil “Minhocas”, de 2005, é criado o longa-metragem em stop motion de mesmo título. Primeira experiência na técnica no Brasil, o filme foi realizado a partir de 600 mil fotos para contar a história de Júnior, uma minhoca que vive uma crise típica de pré-adolescentes. Ao lado de Nico, ele quer provar aos colegas que não é mimado pela mãe e acaba se metendo numa enrascada ao ter que enfrentar o vilão tatu-bola. 2 8 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 UM A HISTÓR I A DE A MOR E F ÚR I A DE LU I Z BOL O GNESI PR ODUÇ ÃO : C A IO G U L L A NE , FA BI A NO G U L L A NE , DÉBOR A I VA NOV E G A BR IEL L AC ER DA P OR G U L L A NE EN T R E T ENI M E N TO, L A ÍS BODA NZ K Y, LU IZ BOL O GNESI E M A R C OS B A R R E TO P OR BU R I T I FIL M ES Um drama épico que conta a história do Brasil através de seus momentos mais marcantes. São 600 anos traçados entre as batalhas entre tupinambás e tupiniquins antes mesmo da chegada dos europeus até o ano 2096 quando se trava uma guerra pela água. O narrador é um guerreiro tupinambá que começa a narrar eventos ocorridos do país em 1566 e sobrevive há séculos como personagem de diversos momentos históricos, enquanto busca a ressurreição de sua amada Janaína. 2 9 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 M ELHOR LONG A-M ETR AGEM DE COM ÉDI A CINE HOLLI Ú DY GRANDE PRÊMIO COLEG A S DO CINEMA BRASILEIRO M ATO SE M C ACHOR R O & HOMENAGEM A DOMINGOS OLIVEIRA TODAS AS MULHERES DO MUNDO M E U PA SS A D O M E CONDEN A M INH A M Ã E É UM A PEÇ A – O FIL M E 3 0 31 M ELHOR LONG A -M E T R AGEM DE COM ÉDI A CINE HOLLIÚDY DE H A L DER G OM ES PR ODUÇ ÃO : H A L DER G OM ES E DAY A NE QU EIR OZ P OR ATC E N T R E T E NI M E N TOS Nas palavras do diretor Halder Gomes, “Cine Holliúdy é uma homenagem ao cinema, à música e ao Bruce Lee”. Uma homenagem contada através da saga de Francisgleydisson, proprietário do Cine Holliúdy, para levar de volta às salas de cinema o público que acabava de conhecer a televisão. Na ocasião do lançamento, o ator-protagonista Edmilson Filho disse: “O filme chega para se afirmar como uma forma de comédia em que o público se se identifica e se vê na tela. Isso é bom e pode trazer mais produções dessa natureza, e é uma forma de colocar a cultura de um povo pela linguagem para outras partes do Brasil”. 3 2 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 COLEG A S DE M A R C EL O G A LVÃO PR ODUÇ ÃO : M A R C EL O G A LVÃO P OR G ATA CI NE PR ODUÇ ÕES Stallone, Aninha e Márcio são grandes amigos que vivem juntos em um instituto para portadores da síndrome de Down, ao lado de vários outros colegas. Apaixonados por cinema e inspirados pelo filme Thelma & Louise, eles roubam o carro do jardineiro e fogem. A felicidade é o objetivo que se traduz para Márcio em voar como um pássaro, para Aninha em arrumar um bom partido para se casar e para Stalone em ver o mar pela primeira vez. No caminho para Buenos Aires, eles se envolvem em várias aventuras e descobrem o sabor da liberdade. 3 3 M ELHOR LONG A -M E T R AGEM DE COM ÉDI A M ATO SEM C ACHOR RO DE PEDR O A MOR I M PR ODUÇ ÃO : EL I A NE F ER R EIR A P OR M I X ER E M A LU M IR A NDA P OR LU PA FIL M ES Filme de cachorro. A quem jure que o gênero existe. Estão lá um casal e um cão que os une. Mas em “Mato sem cachorro”, Deco e Zoé acabam se separando e o animal fica com ela: a parte mais pragmática da história. Inconformado, Deco se junta ao primo Leléo para tentar recuperar o antigo amor que já tem um novo relacionamento. Um destaque na história é o próprio cachorro Guto, que desmaia em situações de extremo estresse criando momentos inusitados na história. 3 4 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 M EU PA SSA DO M E CONDENA DE J U L I A R EZ E NDE PR ODUÇ ÃO : M A R I Z A L E ÃO P OR AT I T U DE PR ODUÇ ÕES Baseado na série de televisão de mesmo nome, “Meu passado me condena” conta a história do encontro entre Fábio e Miá: um caso de amor à primeira vista. Em apenas um mês eles se casam e decidem viajar à Europa em lua de mel. A opção é por um cruzeiro onde também estão seus ex-namorados Beto, um cara bem sucedido, e Laura, paixão platônica de Fábio. O filme é dirigido por Júlia Rezende, que criou a série de TV com a roteiristas Tati Bernardi. 3 5 M ELHOR LONG A -M E T R AGEM DE COM ÉDI A GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 M INH A M Ã E É UM A PEÇ A – O FIL M E DE A NDR É PEL L E NZ PR ODUÇ ÃO : I A FA BR I T Z P OR M IGDA L FIL M ES Dona Hermínia é uma figura. Divorciada, dedica a vida ao casal de filhos, mas o faz de forma excessiva. É controladora e quase histérica em seu comportamento sem nenhuma autocrítica. No dia em que descobre que os filhos acham aborrecida a maneira como os controla, resolve deixá-los sozinhos para ver como se viram sem a sua presença e parte para a casa da Tia Zélia. Na sua trajetória em cena, Hermínia tem que encarar vizinhos, a irmã Iesa, o ex-marido e sua atual mulher bem mais jovem. 3 6 3 7 3 8 Halder Gomes é diretor, produtor e roteirista cearense que se tornou conhecido por seus curtas-metragens “Cine Holiúdy – O astista contra o caba do mal” (2004) e “Loucos de futebol” (2007). Seus dois primeiros longas foram lançados diretamente em homevideo: o independente “Sunland Heat – No calor da terra do sol” (2004) e a produção americana “Cadáveres 2” (2008). Ao lado de Glauber Filho, Halder dirigiu o drama espírita “As mães de Chico Xavier” (2011). Ele também participou do roteiro e produção de “Area Q” (2011), de Gerson Sanginitto, uma parceria entre Brasil e Estados Unidos . “Quando tive a da ideia do filme, pensei: ‘por que ninguém pensou em fazer esse filme antes?’ E quando estava rodando entendi o porquê. Era quase impossível de ser feito. Era muito complexo. Foi o filme mais difícil que já realizei”, declarou o diretor CI NE M A Heitor Dhalia sobre “Serra Pelada”. O filme que se passa no garimpo do Pará, nos anos 80, e conta a história de Juliano e Joaquim, que como muitos outros brasileiros, saíram de sua cidade em busca da riqueza e acabaram tendo suas vidas transformadas. BR A SIL EIR O 2 014 KLEBER MENDONÇA FILHO D O POR O SOM AO REDOR POR TATUAGEM POR SERR A PELADA HEITOR DHALIA POR CINE HOLLIÚDY HALDER GOMES POR FLORES R AR AS BRUNO BARRETO “O meu grande desafio foi contar essa história com toda a sua complexidade e poesia da maneira mais acessível e emocionante possível. Tenho certeza que consegui, pela reação do público”, diz Bruno Barreto sobre “Flores raras”, filme que conta a história de amor entre a poetisa americana Elizabeth Bishop e a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares. Sobre suas opções estéticas na direção deste que é seu 19º. filme, Bruno declarou: “O ser humano é conservador, na sua essência. A vontade de que as coisas mudem é um hábito adquirido. Por isso decidi contar essa história de amor fora da curva, de uma forma bem clássica”. PR Ê M IO HILTON LACERDA GR A NDE M ELHOR DIR EÇ ÃO Pela primeira vez, Hilton Lacerda se aventura nos campos da direção de longa-metragem de ficção com um filme sensível, sobre o afeto e a repressão. É “Tatuagem”, a história do encontro entre Clécio, um artista eclético, e Fininha, um soldado. um encontro de mundos: o mundo do cabaré, da arte do Chão de Estrelas com sua subversão, alegria e homossexualidade e o militar com a ditadura, rigidez e atrocidades. Sobre o filme que levou 7 anos para ser realizado, Lacerda declarou: “Dizer que hoje é mais simples fazer cinema por causa da facilidade de suportes não é verdade. Até porque a banalização compromete o bom resultado”. “O som ao redor” é o primeiro longa-metragem dirigido por Kleber Mendonça Filho, conhecido por diversos curtas-metragens como “Vinil verde”, “Noite de sexta manhã de sábado”, “Recife frio” entre outros, além de seu trabalho como crítico de cinema. Depois de ter homenageado em seus filmes diretores como John Carpenter, Chris Marker e Vittorio De Sicca, Kleber Mendonça quis em “O som ao redor” deixar tudo mais lacônico, como definiu: “O assunto partir do artista diretamente pode moldar de maneira muito dura o olhar do observador, e isso é algo que quero evitar”. 3 9 GR A NDE Nesta adaptação de “O tempo e o vento”, de Érico Veríssimo, optou-se em contar a história pela ótica da personagem Bibiana e, então, foi feita escolha da atriz pelo diretor Jayme Monjardim. “Quando o meu coração me disse que eu tinha que ir em cima do amor da Bibiana, fechei com a Fernanda (Montenegro). Era muito importante para mim a presença dela, pelo respeito com o público, pelo que ela representa... Ela tem um pouco de Bibiana, ela foi a chave do projeto. Ela representa todas as Bibianas do país”. 4 0 Em seu 14º. filme da carreira, pela primeira vez, Glória Pires atuou em inglês para interpretar a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares, que vive um romance com a poetisa americana Elizabeth Bishop. “Elas viveram cerca de 15 anos juntas, construíram uma casa juntas. Bishop se redescobriu nesse período, e Lota pôde exercitar seu lado protetor. Ela era muito protetora com todos os amigos, era uma mãe para eles. O filme faz uma ampla discussão de todos esses temas: duas pessoas de culturas diferentes e mesmo sexo, vivendo aquela realidade no Brasil dos anos 50”, declarou Glória. “Ela é uma rosa no meio daquele cenário seco. Ela está ali para segurar a bronca entre João de Santo Cristo e Jeremias, é a doçura da história”, assim Ísis Valverde definiu Maria Lúcia, em entrevista no lançamento do filme em São Paulo. Para construir a personagem, Isis contou com a ajuda da mãe de Renato Russo, Carmem Manfredini, que rece- PR Ê M IO D O CI NE M A 2 014 SOPHIE CHARLOTTE COMO ZOÉ POR MATO SEM CACHORRO beu o elenco na casa da família em Brasília. Carmem mostrou fotos explicando que Maria Lúcia era inspirada em várias das amigas de Renato. Assim, Isis estudou as reações nos retratos e procurou encaixar diversos elementos na personagem durante os três meses de preparação ao lado de Fabrício Boliveira e Felipe Abib. BR A SIL EIR O COMO TEREZA POR SERR A PELADA LEANDR A LEAL COMO MARIA LUCIA POR FAROESTE CABOCLO ISIS VALVERDE COMO LOTA DE MACEDO SOARES POR FLORES R AR AS GLORIA PIRES FERNANDA MONTENEGRO COMO BIBIANA POR O TEMPO E O VENTO M ELHOR AT R IZ Zoé se cansa da falta de atitude e perspectiva de seu companheiro Deco e resolve partir para outra levando o que uniu o casal: o cachorro Guto. Leandra Leal, que interpreta o lado prático e equilibrado do casal, declarou que aceitou fazer o filme por conta da história cativante e bem escrita, apesar da trama parecer bem tradicional. “É um filme fofo, mas não é bobo”, declarou a atriz em entrevista na época do lançamento. Tereza é uma prostituta que aos 13 anos é resgatada pelo Coronel Carvalho, de quem fica noiva. Seria sua salvação se não aparecesse o garimpeiro Juliano. Tereza vive uma relação secreta com o exboxeador que não se conforma com o futuro casamento. O rumo de sua vida muda e Tereza volta para o prostíbulo. A estreia de Sophie Charlotte rendeu elogios de seu colega de cena Nachtergaele: “Ela é tão nova, mas tão sábia. Ela entrou nessa zona de uma forma tão profissionalmente arriscada que fiquei impressionado”. 4 1 4 2 Em seu primeiro papel como protagonista, Fabrício Boliveira vê em João de Santo Cristo uma característica essencial do brasileiro que é a perseverança. “Está sempre tentando, sempre correndo atrás”, declarou Fabrício em entrevista, acrescentando: “Brinco um pouco com o mito de Édipo, cujo destino trágico, do qual não pode fugir, é previsto pelo oráculo. O João é negro e pobre, ou seja, também não tem escapatória, mas tenta fugir do próprio destino”. Para construir seu personagem, Fabrício usou seu repertório iniciado aos 15 anos no teatro amador na Bahia, na faculdade de teatro da UFBA, na Companhia Baiana de Patifaria, além do aprendizado das aulas de balé e dança que ajudaram nas cenas de ação. No filme ambientado no Recife de 1978, Irandhir é performer e agitador cultural que cuida do cabaré Chão de Estrelas, um espaço tão anárquico quanto sua referência: o Vivencial, frequentado por artistas, intelectuais e o público gay. Ali o regime militar era constestado por meio do deboche. “Havia uma preocupação em dar uma característica de grupo ao núcleo do Chão de Estrelas. Então o Hilton e a produção do filme levaram os atores para esse espaço para que a gente tivesse essa vivência cotidiana. Quando tive acesso ao o Rodrigo e ao Jesuíta, tive o estímulo inicial para construir esse papel. Foi determinante para mim”, conta. Clodoaldo oferece serviços de segurança e é levado a um bairro de classe média do Recife por Francisco, proprietário de diversos imóveis no local e que é uma espécie de representantes dos antigos coronéis do Nordeste. Clodoaldo é interpretado por Irandhir dos Santos, que estreou no cinema em “Tropa de Elite 2” e se estabeleceu como uma das maiores revelações da dramaturgia brasileira, emendando grandes atuações como o poeta maldito de “A Febre do Rato” e com participações de diversos personagens e tipos em longas como “Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo”, no qual é o narradorprotagonista. BR A SIL EIR O COMO FININHA POR TATUAGEM Jesuíta Barbosa, que dá vida a Fininha, fez um teste para o filme “Tatuagem” quando ainda estava na faculdade, em Fortaleza. “O diretor assistente fez um teste lá e deu certo, aí viajei para São Paulo para ler o roteiro. Quando fui para Olinda já sabia que iria fazer o filme, fiquei cerca de um mês fazendo testes juntamente com o Ariclenes (Barroso) para saber quem faria o Fininha e o soldado Gusmão. Foi quando peguei o papel”, contou o ator sobre o seu papel de estreia que o levou a outros trabalhos com muita gente conhecida. “Tento lidar naturalmente. Às vezes fico meio assustado, pois trabalho com muita gente interessante e que admiro. Tento deixar as coisas fluírem”. 2 014 WAGNER MOUR A CI NE M A COMO THEO GADELHA POR A BUSCA D O JESUÍTA BARBOSA COMO CLODOALDO POR O SOM AO REDOR COMO CLÉCIO POR TATUAGEM IR ANDHIR SANTOS COMO JOÃO DE SANTO CRISTO POR FAROESTE CABOCLO FABRÍCIO BOLIVEIR A COMO FR ANCISGLEYDISSON POR CINE HOLLIÚDY EDMILSON FILHO “O Francysgleydson (protagonista) é o alter-ego da luta pra fazer cinema independente, a determinação, coragem, ousadia, empreendedorismo, sonhos… O Valdisney é a lembrança de um garoto que viveu a infância no interior do Ceará, na década de 70, onde sonhar era a maior ferramenta para chegar em outros lugares, culturas e profissões”, contou Halder Gomes sobre o personagem vivido por Edmilson Filho, ator que já trabalhou no cinema, televisão e teatro e iniciou a carreira com 17 anos. Hoje, Edmilson vive em Los Angeles (Estados Unidos), onde trabalha como professor de taekwondo, paixão que nutre desde a infância. PR Ê M IO IR ANDHIR SANTOS GR A NDE M ELHOR ATOR No thriller dramático “A Busca”, Wagner Moura vive Théo Gadelha, um médico casado com Branca. Eles são pais de Pedro, um rapaz de 15 anos que foge de casa na véspera do aniversário. Mais do que um filme de suspense, “A busca” é uma drama de relacionamento em cujo centro está Théo, que além de ter que enfrentar a maratona da procura do filho, se vê diante de outros conflitos: a mulher que se separar e o seu mentor que está à beira da morte. 4 3 4 4 Sobre sua participação no filme de Halder Gomes, Ana Marlene relata: “Estar no Cine Holiúdy, fazer parte dessa equipe é um presente. A proposta do filme de contar uma parte da nossa história, mostrar nosso jeito bem humorado de encarar a vida, nossa vontade de sempre ir em frente e não desistir, mesmo diante das dificuldades, me deixou bem a vontade, dentro da minha realidade, diante da minha história. A mãe do Valdisney é uma dessas mães, que até por não saber que é, se torna engraçada. Só tenho a agradecer por fazer parte desse momento”. “Bonitinha, mas ordinária” é a adaptação de uma peça de Nelson Rodrigues que conta a história de Edgar, um homem simples, dividido pela proposta de casar-se por dinheiro com a filha do seu chefe, Maria Cecília ou permanecer na pobreza ao lado de D O CI NE M A 2 014 SANDR A CORVELONI BIANCA COMPAR ATO Ritinha, seu grande amor. Nesta versão, dirigida por Moacyr Goés, Angela Leal vive Dona Berta, uma senhora enlouquecida a partir de um episódio traumático do passado. Desde então tem o estranho hábito de andar para trás. BR A SIL EIR O COMO DONA CARMINHA POR SOMOS TÃO JOVENS COMO DONA BERTA POR BONITINHA, MAS ORDINÁRIA ÂNGELA LEAL POR CINE HOLLIÚDY COMO MÃE DO WALDISNEY ANA MARLENE COMO IESA POR MINHA MÃE É UMA PEÇA – O FILME ALEXANDR A RICHTER Iesa é irmã mais nova de Hermínia, a mãe do título do filme. Interpretada por Alexandra Richter, ela representa um contraponto dramático e recheado de humor à protagonista. Em especial em cenas nas quais Iesa e Hermínia disputam um móvel deixado como herança após a morte da mãe ou, ainda, quando discutem até que ponto o próprio comportamento pode afetar e influenciar os filhos. Afinal, ambas condenam quem fuma, mas, contraditoriamente, são fumantes. PR Ê M IO COMO CARMEM TEREZA POR SOMOS TÃO JOVENS GR A NDE M E L H O R A T R I Z C O A D J U VA N T E Em “Somos tão jovens”, Bianca Comparato interpreta Carmem Teresa, irmã mais nova do líder do Legião Urbana e uma das idealizadoras do projeto, que acompanhou de perto as filmagens. “Conversamos muito”, conta Bianca, “mas a Carmem sempre dava a opinião dela quando achava que estávamos fazendo algo errado. E isso foi muito bom. Às vezes, eu e o Thiago [Mendonça, que vive o Renato Russo] éramos carinhosos em uma cena. Aí ela virava e falava: ‘Não é assim, a gente era mais briguento, pode ser mais agressiva Bianca’”. Para compor a personagem, Bianca contou com o apoio da família de Renato Russo que mostrou diários, fotografias e várias coisas. “A Carmem é uma pessoa leve, cheia de humor e muito esperta, então foi demais vivê-la”. Carminha Manfredini, mãe de Renato Russo, acompanhou de perto as filmagens de “Somos tão jovens”, apoiando a recriação de si mesma através da personagem vivida por Sandra Corveloni. A atriz, desde o prêmio em Cannes, em 2008, por “Linha de passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas, tem estrelado várias produções no cinema e na televisão. No entanto, sua carreira já era conhecida no teatro paulista não apenas como atriz, mas também como diretora. 4 5 4 6 O ator Bruno Torres tocou bateria quando mais novo e é tão brasiliense quanto as bandas Legião Urbana e Capital Inicial. Mas só quando começou a estudar para o filme, descobriu que Fê Lemos morava perto de sua casa. Daí foi um passo para conhecer melhor a vida do baterista e retomar a prática na bateria: aprendeu a dar características do punk no instrumento para se adequar ao que era tocado na época, ouvindo shows tocados por jovens daquele período. CI NE M A mais um personagem gay em sua carreira, Jesuíta disse: “Adoro o universo gay. Convivo e vivo o tempo inteiro, assim como qualquer outra pessoa convive e vive. Não podemos mais separar esses assuntos por temáticas. O gay é universal, assim como o heterossexual”. BR A SIL EIR O 2 014 COMO LINDO RICO POR SERR A PELADA COMO CORONEL CARVALHO POR SERR A PELADA COMO NAVALHADA POR SERR A PELADA Jesuíta Barbosa é um dos novos destaques do cinema nacional e que em pouco tempo representou papéis significativos. Em “Serra Pelada”, este jovem ator de 22 anos representa o cabeleireiro Navalhada, uma pequena participação no início do filme, mas muito marcante. Sobre o fato de ser D O MATHEUS NACHTERGAELE JESUÍTA BARBOSA COMO FÊ LEMOS POR SOMOS TÃO JOVENS BRUNO TORRES COMO MARCO AURÉLIO POR FAROESTE CABOCLO ANTÔNIO CALLONI O policial aliado de Jeremias, inimigo de João de Santo Cristo, não existe na música “Faroeste Caboclo”, por isso, para a criação de Marco Aurélio, Antônio Calloni se inspirou em casos reais de corrupção policial. “As referências são muitas e claras, infelizmente”, declarou o ator em entrevista. “Mas, por outro lado, também quis humanizar o personagem sem recheá-lo de nuances. Ele é policial corrupto, é mau. Mas é humano, existe e você reconhece.” Marco Aurélio encarna os preconceitos que Santo Cristo encontrou em Brasília por ser negro, pobre e imigrante. PR Ê M IO WAGNER MOUR A GR A NDE M E L H O R A T O R C O A D J U VA N T E “Até chorei quando cheguei na nossa Serra Pelada. A quantidade de figurantes na nossa filmagem me comoveu”, disse Matheus Nachtergaele ao comentar a experiência em viver o vilão Carvalho no garimpo “criado” em Paulínia. Carvalho, que tem um relacionamento com a prostituta Tereza é considerado pelo ator um ingênuo: “Meu personagem não suja as mãos nem na terra nem no sangue, mas está naquela violência. O fato de ele não estar na cratera dá e ele uma ingenuidade no meio daquela bestialidade”. “O Lindo Rico é um personagem pra fazer inveja para os irmãos Coen e pro Tarantino”, assim o diretor Heitor Dhalia define o personagem vivido por Wagner Moura. O chefe de garimpo é corrupto e violento e promove a discórdia entre Juliano e Joaquim, amigos que saíram juntos de São Paulo em busca do sonho da riqueza no maior garimpo a céu aberto do mundo. Personagem que inicialmente não existia, Lindo Rico foi criado para ser um antagonista mais forte de Juliano dentro da trama. 47 4 8 Perfeccionismo, observação, sutileza, técnica e muita, muita experiência. Elementos básicos que compõem o trabalho de direção de fotografia de Affonso Beato, que afirma: “Só há um forma de fazer as coisas. A certa”. A partir dessa premissa, Beato buscou compor e imprimir as imagens em “O tempo e o vento”, filmado com uma câmera de altíssima definição – F65 – e uma ampla gama de cores. E assim foi recriada a história de amor entre Bibiana e Capitão Rodrigo nos pampas gaúchos. Gustavo Hadba trouxe para “Faroeste Caboclo” experiência de cinema que começa em 1994, como operador de camera em “Veja esta canção”, de Carlos Diegues, diretor com quem voltou a trabalhar, como operador de câmera e diretor de fotografia da segunda unidade, em Tieta do agreste (1996), Orfeu (1998) e Deus D O CI NE M A POR SERR A PELADA LITO MENDES DA ROCHA é brasileiro (2003). Mas desde 1990, Hadba já trabalhava em programas e séries especiais de TV, além de filmes filmes publicitários e videoclipes. Sua estreia na direção de fotografia aconteceu no filme “O caminho das nuvens” (2003), de Vicente Amorim. Desde então, Hadba tem trabalhado em diversos filmes brasileiros. BR A SIL EIR O 2 014 POR FLORES R AR AS POR FAROESTE CABOCLO GUSTAVO HADBA POR O TEMPO E O VENTO AFFONSO BEATO, ASC, ABC POR A BUSCA ADRIAN TEIJIDO ABC Uma história sobre a família e o amadurecimento. Assim, “A busca” trata os elementos que contam a história de Théo Gadelha, um médico que empreende uma viagem pela estradas e por suas emoções na busca de seu filho Pedro que, ás vésperas de completar 15 anos, fugiu de casa. A criação do clima do filme tem importante contribuição da fotografia de Adrian Tejido, também responsável pelos filmes “Gonzaga, de pai para filho” (2012), “O Palhaço” (2011), entre outros. PR Ê M IO MAURO PINHEIRO JR, ABC GR A NDE M ELHOR DIR EÇ ÃO DE FOTO GR A FI A O trabalho de direção de fotografia de Lito Mendes da Rocha em “Serra Pelada” foi elaborado a partir de uma utilização máxima da luz natural, mesmo nas cenas diurnas internas. Como complementação, as cenas noturnas trazem muitas cores que funcionam como uma complementação que naturaliza as imagens diante do olhar do público. Assim constrói-se a narrativa e o imaginário em torno daquele que foi um dos maiores mitos de riqueza dos anos 80, e que levou milhares de pessoas, assim como os personagens, a se embrenharem na dura vida do garimpo paraense. Desde o início dos anos 2000, Mauro Pinheiro vem se dedicando à direção de fotografia de longasmetragens, tendo ainda em seu currículo, curtas e séries de TV. Com esta experiência, Mauro compôs a fotografia de “Flores raras” enfrentando o desafio que equilibrar a narrativa com a delicadeza da imagem sendo ela realista ou preparada para o necessário uso de efeitos especiais de reconstituição de cenários. 4 9 5 0 Responsável pela direção de arte no filme “O som ao redor”, Juliano Dornelles é viciado em filmes desde a adolescência. Antes de entrar no mundo do audiovisual, estudou Artes Plásticas na Universidade Federal de Pernambuco, mas desistiu do curso e escolheu se formar através do contato direto com os elementos cinematográficos. Seu primeiro trabalho em um filme profissional foi na préprodução e produção de arte do filme “Cinema, Aspirinas e Urubus”, ao lado de Marcos Pedroso. Também atuando como diretor, Juliano carrega em sua bagagem mais de 40 filmes de vários formatos e diversas temáticas. Uma mistura de suspense e drama de relacionamento tecido a partir da viagem externa e interna de Théo, um médico que sai em busca do filho que desapareceu e acaba fazendo descobertas sobre si mesmo. “Para um projeto como este, a parceria com a direção de arte é fundamental”, ressalta o responsável pelo departamento, Marcelo Escañuela. Segundo ele, a direção de arte focou o trabalho em acompanhar a trajetória emocional dos personagens. Sua tarefa foi reconstituir o clima dos anos 70 nos quais a repressão estava presente, mas vigorava na cena artística de Pernambuco o grupo de teatro anarquista Vivencial, referência para “Tatuagem”, que se transforma no Chão de Estrelas. Para contar a saga de João de Santo Cristo, “Faroeste Caboclo” remonta os anos 60, na infância do menino pobre, mas se desenvolve principalmente nos anos 80. Conjugando todos os elementos da direção de arte construiu-se um pano de fundo que retrata as décadas sem que elas se sobreponham ao fundamental da narrativa. Para Tiago Marques, mais do que tudo “’Faroeste’ foi um filme de rara harmonia de toda a equipe. Um trabalho com muita comunicação e foco centrados em dois momentos fundamentais: a da história do filme e quando a música toca em nossas vidas”, A dimensão épica do enredo de “O tempo e o vento” é composta por vários elementos, entre eles, a impecável reconstituição do Rio Grande do Sul no século XIX, elaborada pela equipe de direção de arte capitaneada por Tiza de Oliveira. Um trabalho que compõe o pano de fundo e lado a lado com a narrativa reconstrói a história de amor vivida por Bibiana e Rodrigo na cidade de Santa Fé. 2 014 TULÉ PEAKE POR SERR A PELADA BR A SIL EIR O POR O TEMPO E O VENTO CI NE M A TIZA DE OLIVEIR A POR TATUAGEM Diretora de arte importante do recente cinema brasileiro, a pernambucana Renata Pinheiro trabalhou em filmes de cineastas como Cláudio Assis (Amarelo Manga), Selton Mello (Feliz Natal) e, recentemente, Hilton Lacerda (Tatuagem). D O TIAGO MARQUES RENATA PINHEIRO POR A BUSCA MARCELO ESCAÑUELA POR O SOM AO REDOR JULIANO DORNELLES POR FLORES R AR AS JOSÉ JOAQUIM SALLES Norteados pelas preocupações em respeitar as épocas e a verdade do filme dentro de uma história verídica, a direção de arte trabalhou desde grandes caracterizações, até pequenos detalhes na recomposição dos anos 50 e 60 no Rio de Janeiro e Petrópolis. Afinal, havia referências reais dos locais por onde Lota e Bishop passaram e viveram que precisavam ser reconstruídas. Para cumprir a tarefa, José Joaquim Sales trouxe para o filme “Flores raras” a experiência que se inicia na assistência de produção, em 1970, e passa por diversos departamentos até que em 1990 passa a dedicar à direção de arte. PR Ê M IO POR FAROESTE CABOCLO GR A NDE M ELHOR DIR EÇ ÃO DE A RT E Um dos pontos altos do filme “Serra Pelada” é o trabalho de direção de arte, desde a reconstrução da jazida e dos barrancos de Serra Pelada, da vila e do acampamento dos garimpeiros até a reconstituição de época em figurinos e caracterização de personagens. Tudo é marcado por minúcias e riqueza de detalhes construídos e pensados por Tulé Peake e sua equipe, que tornam o filme uma produção de grande escalada. 51 5 2 “Tatuagem não é só um filme. Foi uma experiência única, reveladora, emocionante e imensamente prazerosa para todos que fizeram parte desse projeto. Tanto que nos intitulamos ‘tatuados’ ”, conta Chris Garrido. “Na construção desse figurino existiam muitas possibilidades criativas de desenvolvimento do meu trabalho. Desde a rigidez do núcleo dos militares, no qual o figurino tinha que ser absolutamente fiel à época, passando pela liberdade do dia-a-dia num período tão rico de conceito como os anos 70, até o palco do Chão de Estrelas, que era a expressão maior do espírito libertário daquele grupo. Fazer o figurino de um roteiro tão belo foi, mais que tudo, um presente”. Joanna Fontelles conta que “trabalhar no Cine ‘Holliúdy’ foi uma experiência maravilhosa, imensamente enriquecedora. Eu e minha equipe fizemos muitas pesquisas, transformamos peças, readaptamos e criamos muitas coisas. Ficamos muito tempo longe da família, mas acabamos formando naquele momento uma grande família. D O CI NE M A Acredito que a maior satisfação que se pode ter nesse tipo de trabalho é conviver por um tempo com tantas pessoas diferentes e num clima tão divertido; porque muitas cenas eram muito divertidas, o que tornava, muitas vezes, impossível a permanência de algumas pessoas no set, já que era quase impossível segurar o riso!”. BR A SIL EIR O 2 014 VALÉRIA STEFANI MACELO PIES POR FLORES R AR AS POR CINE HOLLIÚDY JOANNA FONTELLES POR TATUAGEM CHRIS GARRIDO POR SERR A PELADA BIA SALGADO Bia Salgado conta que “foi muito bom fazer o Serra Pelada. Foi um filme praticamente todo confeccionado e com um tratamento de envelhecimento bastante criterioso e trabalhoso. Cito os três cavalheiros, Heitor, Lito e Tulé, porque formavam realmente o tripé da criação em cinema. Eu fui correndo atrás, seguindo o caminho que eles traçavam e graças a isto realizando um trabalho do qual tenho muito orgulho. Eu gosto muito e trabalhar com o Tulé, diretor de arte, e foi a primeira vez que trabalhei com o Heitor. Adorei trabalhar com ele, além de talentoso e brilhante, ele tira da equipe o que ela tem de melhor. O diretor de fotografia, Lito, também fez um belo trabalho”. PR Ê M IO POR FAROESTE CABOCLO GR A NDE M ELHOR FIGU R INO Marcelo Pies construiu com delicadeza o figurino dos personagens de “Flores raras” a partir de uma palheta de cores que marca o romantismo dos anos 50. As roupas recuperam não apenas um tempo histórico, mas também uma determinada classe social na qual se inseriam as protagonistas: a elite elegante que circulava no Rio de Janeiro daquela época. Marcelo Pies trouxe para o filme toda a sua experiência desenvolvida tanto o cinema, onde estreou no longa-metragem 1994, quanto no teatro. Seis semanas antes das filmagens, iniciou-se a preparação da equipe de figurino do filme “Faroeste Caboclo” com leitura do roteiro, reuniões de equipe com direção para definição dos personagens, provas de roupa e ajustes. Mas acima de tudo, muita pesquisa envolvendo o universo do rock de Brasília nos anos 80, livros sobre a cidade, troca de ideias com integrantes de bandas da época e fotos, muitas fotos. Apesar do filme se passar em grande parte nos anos 80, ele se inicia na infância de João, nos anos 60, e por isso o figurino equilibrou a pesquisa de época com um figurino que também reúne elementos atemporais. 5 3 5 4 Ao lado do figurino, a maquiagem tem papel fundamental para dar o tom certo ao personagem. E, no caso de um filme de época, a pesquisa foi fundamental e a preparação da equipe de caracterização bastante detalhada. Auri Mota procurou compor cada um dos personagens sem os exageros típicos dos anos 80 e fugindo de elementos óbvios. Para cada personagem havia uma história e uma imagem construídas a partir de muita experimentação até chegar ao tom adequado. Para contar a história um homem apaixonado por cinema que tenta mantê-lo vivo no interior de um Ceará dos anos 70, quando ocorre a chegada da televisão, “Cine Holliúdy conta com um eficiente trabalho de caracterização. D O CI NE M A A maquiagem acerta na composição das feições mais simples, apostando na naturalidade, mas também em contraposição, nas mais “coloridas” dos personagens, inclusive no tom caricato do pastor com sua cabeleira e barba excessiva. BR A SIL EIR O 2 014 POR SERR A PELADA SIVA R AMA TERR A POR TATUAGEM POR CINE HOLLIÚDY CRIS PIRES POR FAROESTE CABOCLO AURI MOTA POR FLORES R AR AS ANCELMO SAFFI LUCILA ROBIROSA E UIR ANDE HOLANDA Sobre o trabalho em “Flores raras”, Ancelmo Saffi conta que: “As preocupações eram respeitar as épocas e a verdade do filme dentro de uma história verídica, sendo uma grande história de amor. O desafio era constante, e tudo tinha que ser perfeito. A passagem de tempo foi cuidadosamente delicada e preparada. As sequências das cenas variavam, eram diferentes épocas, envelhecimentos e as situações e núcleos diferenciavam com o cotidiano, a sociedade, a política, entre salões nobres junto a pobreza no Brasil na época”. PR Ê M IO DONNA MEIRELLES GR A NDE M ELHOR M AQUI AGEM “Fazer um filme com essa galera do Pernambuco era algo que eu esperava há tempos. Sempre admirei a liberdade desse cinema”, declara Donna Meirelles. “O processo de criação foi muito livre, ninguém disse o que eu deveria fazer, apenas me deram o roteiro e me contaram a história dos atores do Vivencial, nos quais estávamos inspirando. Os atores receberam a caracterização como uma luva. Eles vestiram as caras que precisavam vestir e vibraram com isso. Foi incrível a forma como eles gostavam de se ver nas personagens. Eu realmente considero o filme inteiro um desafio porque contávamos a historia de um Recife que até então era desconhecido pra mim”. “A equipe de maquiagem foi escolhida a dedo. Sabiamos qual era o desafio. Era um clima de guerra com brilho nos olhos e coração aberto, coisa de gente que sonha em bando”, relata Siva Rama Terra. “O maior desafio era ser o mais ‘invisível’ possível no set ao longo de toda a filmagem. Não tínhamos tempo para nada, então treinamos para fazer tudo como se maquiagem fosse proibida no set, clandestina mesmo. Preciso dizer que éramos predominantemente mulheres? Existia um grande carinho por este filme. A maquiagem era um prato cheio. Compartilhamos de uma equipe unida e entregues e recebemos a generosidade dos atores e dos figurantes, assim como a mão e o ombro dos outros departamentos quando era necessário”. 5 5 5 6 A vida numa rua de classe média no bairro Setubal, na zona sul do Recife, se modifica discretamente com a chegada de uma milícia liderada por Clodoaldo, contratado por Francisco, proprietário de diversos imóveis do bairro. Construído por momentos que alavancam a tensão, o filme de tons realistas entrelaça várias histórias para refletir sobre a discreta violência cotidiana e surpreende com sequências oníricas e ao imprimir na tela uma cachoeira de sangue. “Trabalhar em Faroeste Caboclo foi diferente do que normalmente fazemos em outros projetos, onde temos cenas planejadas e produzidas para ganharem, só então na pós, a dimensão esperada”, conta Omar Colocci. “O filme não faz uso de efeitos de grande escala, mas de intervenções localizadas que fornecem os últimos degraus para garantir que as cenas contem a história que já está D O CI NE M A impressa na película. Foi um trabalho de carinho e cuidado de toda a equipe, onde o importante não era, do ponto de vista de efeitos visuais, deixar uma cena incrível, mas de fato, crível. É a satisfação de ver o filme pronto e as pessoas não perceberem o que foi feito de pós ali, apesar das semanas de trabalho intenso. Isso significa que fizemos bem o nosso trabalho”. BR A SIL EIR O 2 014 POR SERR A PELADA POR FLORES R AR AS ROBSON SARTORI POR FAROESTE CABOCLO OMAR COLOCCI E R AFAEL RODRIGUES POR O SOM AO REDOR CARLOS EDUARDO NOGUEIR A POR UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA DANIEL GRECO E BRUNO MONTEIRO Os efeitos visuais de “Uma História de Amor e Fúria” foram realizados pelo departamento de composição do filme. Como conta Daniel Greco: “Além dos efeitos, fomos responsáveis pela integração entre os elementos da animação de personagens com os cenários e adicionamos movimentos de câmera às cenas”. Em seu blog, Bruno Monteiro conta como foi valorizada a pré-produção com o estudo de cada personagem, com versões de layout em 2D e 3D e com traço e linguagem de HQ para o público adulto e infantil, e comemora os resultados obtidos pelo filme como um marco definitivo no mercado, que demonstra a capacidade brasileira de produzir filmes de animação. PR Ê M IO ROBSON SARTORI GR A NDE M ELHOR EFEITO V IS UA L “Por ser um filme de época, tivemos muitos planos com parte de imagem construída, que não se nota em função do cuidado da equipe de filmagem, da equipe de VFX da Teleimage e do entendimento do diretor”, conta Robson Sartori. “Tivemos situação como filmar em uma casa com o jardim de Burle Max e precisarmos alterar seu aspecto para indicar a passagem de tempo, a reconstrução de Copacabana para 1950, o jardim da chegada de Bishop no Brasil nas Docas do Rio, planos do Aterro do Flamengo sendo construído, planos do Aterro do Flamengo sendo inaugurado e Ouro Preto, onde tivemos detalhes mais poéticos, como a lua e a silhueta das construções”. Para recontar a saga do garimpo paraense de Serra Pelada foi necessário utilizar de um extenso trabalho de efeitos especiais, coordenados por Robson Sartori que lembra: “No filme tivemos alguns desafios, além do tempo, entre eles completar cenário, aplicar faísca de tiros, eliminar elementos indesejados de planos em função de época ou mesmo pela estética do filme. Um fato curioso foi retocar a careca do ator Wagner Moura em alguns planos. Foram perto de 50 planos de VFX”. 5 7 5 8 “O roteiro é construído de memórias da época do filme – década de 70 – e recortes do universo das artes marciais, o qual também fez parte por mais de vinte anos da minha vida”, contou Halder Gomes na ocasião do lançamento do filme. “A ideia surgiu do curta ‘O Astista Contra o Caba do Mal’, que fez muito sucesso em festivais, com o público e a crítica. Os constantes comentários de ‘quero mais’ e o conselho da jornalista Ana Maria Bahiana e José Emílio Rondeau serviram de motivação pra escrever o longa. As inspirações foram as memórias da minha infância. No entanto, quis fazer muitas reverências a músicas e filmes de sucesso da época”. CI NE M A do filme: a terra sem lei, naquele lugar tão distante”. Assim, Heitor Dhalia define o ponto de partida para a construção de “Serra Pelada”, tarefa que dividiu com Vera Egito ao longo de três anos até chegar ao tratamento final da história que se passa em um dos garimpos mais famosos do Brasil. BR A SIL EIR O 2 014 POR O SOM AO REDOR POR TATUAGEM POR SERR A PELADA “Quando escrevemos o primeiro roteiro, não havia pesquisa. Conforme avançamos na história, descobrimos que se tratava de algo muito pior do que havíamos imaginado. Era um ambiente muito mais violento e selvagem. Fomos entendendo que essa era a vocação D O HILTON LACERDA HEITOR DHALIA E VER A EGITO POR CINE HOLLIÚDY HALDER GOMES ANDRÉ PEREIR A POR MATO SEM CACHORRO Sem dúvida é um desafio escrever uma comédia romântica que conta a história de um casal e um cachorro. Já existem algumas por aí. Mas o roteiro de André Pereira consegue ultrapassar os elementos-clichês através de um equilíbrio entre situações inusitadas, humor e o romantismo inevitável. Colaboram com a fluidez e leveza da história, os diálogos que ousam refletir sobre os altos e baixos dos relacionamentos retratados através do desencontroreencontro de Deco e Zoé unidos pelo cachorro Guto. PR Ê M IO KLEBER MENDONÇA FILHO GR A NDE M ELHOR R OT EIR O OR IGIN A L Este é o primeiro longametragem de ficção dirigido por Hilton Lacerda conhecido pelos roteiros de “Amarelo Manga” e “Baixio das bestas”. O roteiro nasceu de uma conversa de Hilton com o escritor João Silvério Trevisan. “Surgiu a ideia de partir de um grupo de teatro que foi importante para uma geração inteira, o Vicencial, que teve força de 1972 a 1979.” Anarquistas, eles colocavam discussões de gênero, inquietações políticas, tudo com muita irreverência. E, em um momento, conta Hilton, “os personagens pensam no futuro que imaginam. No discurso de um deles está a ficção científico-filosófica, eles enxergam o presente e todas as caretices que vivemos hoje”. “Escrevi o roteiro com 39 anos, hoje eu tenho 42. A rispidez com a qual escrevi o roteiro de ‘O som ao redor’ mostra que eu tinha já muita coisa guardada. Não existia um bloco de anotações, tudo meio que... uma coisa puxava a outra... Dessa primeira versão até a da filmagem, tenho essencialmente o mesmo roteiro, o que aconteceu é que ele passou por pequenas expansões, ele agregou detalhes, e esse texto tem muitos detalhes”, assim Kleber Mendonça falou, em entrevista, sobre o roteiro do filme premiado no edital para filmes de Baixo Orçamento do Ministério da Cultura. 5 9 A história de “A coleção invisível”, conto de Stefan Zweig, um austríaco que fugiu do nazismo e veio viver no Brasil, passa-se originalmente na Alemanha dos anos 20 em plena crise econômica. Mas foi adaptado para um cenário brasileiro semelhante: a região cacaueira do Sul da Bahia que entrou em decadência depois de uma praga. Ali vive Beto, cuja família é dona de uma tradicional loja de antiguidades e está passando por uma crise financeira. Para tentar solucionar o problema, ele viaja até a cidade de Itajuípe, interior da Bahia, atrás de uma coleção raríssima de gravuras que foi adquirida há 30 anos pelo colecionador Samir, um antigo cliente. 6 0 “Flores raras” reconta a história real de duas mulheres que viveram um romance nos anos 50 e 60 no Rio de Janeiro. A americana Elisabeth Bishop, emocionalmente frágil, alcoólatra e sem família que encontra a brasileira Lota de Macedo Soares, otimista, autoconfiante e empreendedora. Duas personalidades opostas que se apaixonam. “A maneira como o Bruno, o Matthew, a Julie e a Carolina desenvolveram essa relação no roteiro já era muito elegante. Não penso que seja um filme sobre sexo, mas sobre a maneira como as pessoas misturam suas personalidades quando vivem uma relação muito longa”, declarou a atriz Glória Pires. Publicado em 1968 e traduzido em mais de 30 línguas, o clássico da literatura brasileira “Meu pé de laranja lima” ganha uma nova versão para as telas do cinema 44 anos depois. Desta vez, menos melodramático e mais melancólico, o roteiro de Marcos Bernstein e Melanie Dimantas destaca a solidão e os sonhos do personagem e coloca na tela o autor do livro no momento em que recebe a versão recém impressa de sua obra. A partir deste ponto, volta-se no tempo para recriar a história do menino Zezé, um dos cinco filhos de uma família modesta. Lançada em 1987, pela banda Legião Urbana, no álbum “Que país é este?”, a canção “Faroeste Caboclo” surpreendeu por sua extensão – nove minutos e três segundos de duração – e por narrar uma saga de tom cinematográfico. A trajetória de João de Santo Cristo desde a infância no iterior até a morte ainda jovem em Brasília, teve seus 168 versos adaptados para um roteiro por por Marcos Bernstein e Victor Atherino, com ousadia reduzindo o tempo da infância de João e introduzindo novos personagens na criação de um western trágico. O ponto de partida para a construção do roteiro de “A luz do Tom” foi o livro de sua irmã Helena Jobim. E ela é uma das “vozes” que reconta Tom ao lado de Thereza Hermanny, sua primeira mulher, e Ana Lontra Jobim, sua segunda mulher. Assumiram a tarefa da reescrita a cantora Miúcha e o cineasta Nelson Pereira dos Santos, que já havia “contado” Tom através de sua música em outro documentário, “A música segundo Tom Jobim”. 2 014 ADAPTADO DA PEÇA TEATR AL “’MINHA MÃE É UMA PEÇA” DE PAULO GUSTAVO POR MINHA MÃE É UMA PEÇA – O FILME BR A SIL EIR O PAULO GUSTAVO E FIL BR AZ CI NE M A ADAPTADO DA OBR A “ANTÔNIO CARLOS JOBIM, O HOMEM ILUMINADO” DE HELENA JOBIM POR A LUZ DO TOM D O NELSON PEREIR A DOS SANTOS E MIUCHA PR Ê M IO ADAPTADO DA MÚSICA “FAROESTE CABOCLO” DE RENATO RUSSO, LEGIÃO URBANA POR FAROESTE CABOCLO GR A NDE MARCOS BERNSTEIN E VICTOR ATHERINO ADAPTADO DA OBR A “O MEU PÉ DE LAR ANJA LIMA” DE JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS POR MEU PÉ DE LAR ANJA LIMA MARCOS BERNSTEIN E MELANIE DIMANTAS ADAPTADO DA OBR A “FLORES R AR AS E BANALÍSSIMAS” DE CARMEN L. DE OLIVEIR A E BASEADO NO ROTEIRO DE CAROLINA KOTSCHO, AC POR FLORES R AR AS MATTHEW CHAPMAN E JULIE SAYRES ADAPTADO DA OBR A “A COLEÇÃO INVISÍVEL” DE STEFAN ZWEIG POR A COLEÇÃO INVISÍVEL BERNARD ATTAL, IZIANE MASCARENHAS E SERGIO MACHADO M ELHOR ROT EIRO A DA P TA D O “Minha mãe é uma peça” leva para as telas a personagem de sucesso dos palcos: Dona Hermínia, vivida por Paulo Gustavo, ele mesmo autor do roteiro e da obra original. Extremamente autoral, a história da mulher de meia idade, divorciada, que cria sozinha os dois filhos é claramente inspirada na vivência de Gustavo com a sua mãe. Na ficção, Dona Hermínia depois de descobrir que toda sua dedicação, na verdade, é considerada uma chatice, decide deixar os filhos sozinhos e passar um tempo com a tia Zélia. 61 6 2 Uma montagem que intercala a repetição com longos minutos encarando, por exemplo, um único enquadramento. Alternam-se apenas os moradores de Pacatuba que passam pela frente da câmera, como no caso em que olham o cartaz do filme que será exibido no município. Recursos diversos, mas que tem graça e levam o espectador ao riso. Por outro lado, a montagem solicita a atenção do espectador ao relacionar cenas do passado e do presente para contar uma história de paixão pelo cinema. “Primeiro montamos o filme que veio do roteiro, editamos cenas por puro prazer, começando pelo meio do filme, depois voltando para o início, depois indo pro final. Aliás, não sei se isso é uma coisa boa. O primeiro corte foi um monstrengo deselegante e lento”, assim Kleber Mendonça descreveu, em entrevista, a montagem de D O CI NE M A “O som ao redor” quando ainda estava no começo do processo. Sobre o trabalho com João Maria, Kleber contou que ele “trouxe um desapego interessante pelo material, sem saber que tal cena foi trabalhosa, que choveu naquele dia etc”. Kleber e João Maria já haviam trabalhado juntos em “Enjaulado” e “Eletrodoméstica”. BR A SIL EIR O 2 014 MARCIO HASHIMOTO POR FLORES R AR AS LETÍCIA GIFFONI POR O SOM AO REDOR KLEBER MENDONÇA FILHO E JOÃO MARIA POR CINE HOLLIÚDY HELGI THOR POR SOMOS TÃO JOVENS DIRCEU LUSTOSA “Participar de ‘Somos Tão Jovens’ foi uma oportunidade única na minha trajetória profissional e pessoal, que me foi confiada pelo diretor Antonio Carlos da Fontoura, com quem pude aprender muito. Por ter sido criado em Brasília e ter vivido parte das cenas recriadas para o filme, senti que contava também minha própria história e de minha geração. Por isso tudo, editar as cenas dos shows foi um desafio especial. Ter que subtrair versos e compassos de músicas que gosto há trinta anos foi um enorme exercício de desapego, que a função de montador exige”, contou Dirceu Lustosa. PR Ê M IO POR FAROESTE CABOCLO GR A NDE M ELHOR MON TAGEM DE FICÇ ÃO Em entrevista, o diretor Bruno Barreto declarou que fez uma opção por “contar essa história de amor fora da curva, de uma forma bem clássica”. A montagem do filme “Flores raras” também acompanha essa linha da delicadeza que expõe mais fortemente a emoção que acompanha todos os momentos da história de amor e perda entre Lota de Macedo Soares e Elizabeth Bishop. Letícia Giffoni tem atuado como montadora desde o início dos anos 2000 em filmes e produções televisivas. Através de um roteiro nãolinear, “Faroeste Caboclo” tem uma montagem que revela pouco a pouco a saga de João de Santo Cristo: por meio de detalhes sabemos o destino do pai de João de Santo Cristo ou da violência sofrida pelo protagonista, por exemplo. As pequenas doses de informação se articulam organicamente com a estrutura do filme e foram compostas pelas mãos de Márcio Hashimoto, que tem em seu currículo várias séries de televisão e longasmetragens como “Quincas Berro D´água”, “Estamos juntos” e “Serra Pelada”. 6 3 6 4 Para contar a história do governo dos Estados Unidos no golpe militar no Brasil, em 1964, foram reunidos documentos secretos e gravações originais. Revelase através da articulação dos materiais e de depoimentos, a participação da CIA – Central de Inteligência Americana – e dos presidentes norteamericanos John F. Kennedy e Lyndon Johnson no golpe que destituiu o presidente João Goulart e entregou o governo ao Marechal Castelo Branco. A montagem permite a análise de diversos ângulos com um clima de triller investigativo. Narração em off, materiais de arquivo e depoimentos. O que poderia ser apenas o material de base de um documentário tradicional, acaba por provocar uma reflexão sobre a figura de Jorge Mautner, multiartista e elemento fundamental no movimento tropicalista. Dentro D O CI NE M A POR ELENA da linha dos documentários-musicais, “Jorge Mautner – O filho do Holocausto”, recupera através da articulação dos materiais não apenas a história de um artista fundamental da cultura brasileira, mas também de uma referência para seus contemporâneos e para jovens músicos. BR A SIL EIR O 2 014 POR DOSSIÊ JANGO MARÍLIA MOR AES E TINA BAZ POR JORGE MAUTNER – O FILHO DO HOLOCAUSTO LEYDA NÁPOLES POR O DIA QUE DUROU 21 ANOS CESAR TUMA E VERÔNICA SAENZ POR A LUZ DO TOM ALEXANDRE SAGGESE E LUELANE CORREIA Coube a Alexandre Saggese e Luciane Correia organizar as “vozes femininas” que recontam a história de vida do maestro Antonio Carlos Jobim, cuja origem da narrativa está no livro de memórias “Um homem iluminado”. E, ainda, compor as imagens muitas delas aéreas e panorâmicas que permite ao espectador a experiência e o olhar do voo dos pássaros que Tom Jobim tanto admirava. Voos que encontram e se despedem das personagensnarradoras: a irmã Helena Jobim e as esposas Thereza Hermanny e Ana Lontra. PR Ê M IO PAULO HENRIQUE FONTENELLE GR A NDE M ELHOR MON TAGEM DE D O C UM EN TÁ R IO O documentário “Elena” é construído a partir cartas, diários e filmes caseiros que servem para revelar ao público essa mulher procurada por sua irmã Petra Costa, diretora do filme. Com imagens fragmentadas e amadoras, o filme constrói o perfil de uma jovem sensível, criativa e melancólica que tentou a carreira de atriz em Nova Iorque, mas teve dificuldades em lidar com as frustrações. De forma melancólica e poética, a montagem reúne fragmentos guiados por Petra para, enfim, elaborar o suicídio da irmã em 1990. A montagem do documentário “Dossiê Jango” foi realizado pelo também diretor do filme Paulo Henrique Fontenelle que optou por uma atmosfera de thriller acentuada por uma banda sonora marcante que costura a mescla de material de arquivo, depoimentos e elementos que trazem à tona novas informações para reconstrução dos fatos. Centrado na questão em aberto que envolve a morte de João Goulart, o documentário articula-se com outras questões mais amplas do contexto político. A montagem acentua o aspecto obscuro da história do país que até hoje busca respostas. 6 5 6 6 O som do “Cine Holliudy” foi pensado para lembrar uma época: o som precário das salas de cinema da década de 70 e das radiolas. A mixagem das músicas possui a distribuição de canais stereo superexageradas, textura e timbres bem característicos. “Todos os diálogos dos filminhos projetados, foram dublados pelo próprio diretor Halder Gomes e nós tivemos que criar um som específico quando os dois meninos se cumprimentavam, pois no fim do filme era o único elemento que os identificariam depois de adultos”, conta Érico Paiva. “Outro fator importante foi a criação do Ambiente de cidade do interior, os sons de sertão durante a viagem e a atmosfera de uma pequena cidade dos anos 70. Trabalhar no Cine Holliudy foi um prazer!” Responsável pela captação do som direto, João Godoy conta que: “O intenso ritmo das filmagens e a opção de direção por realizar as cenas em planos-sequência utilizando duas câmeras simultaneamente com mise-en-scène complexas, obrigou ao som direto estabelecer como estratégia para a captação dos diálogos, o uso sistemático de microfones de lapela com transmissão via rádio, por exemplo. As cenas de luta e de tiroteio nos obrigaram a criar variações na estratégia padrão, adaptando-as às necessidades de realização destas sequências. Uma equação de difícil solução para o som direto esteve presente ao longo de toda filmagem, mas o trabalho desenvolvido pela nossa equipe foi muito bem sucedido e os esforços recompensados com a utilização de mais de 85% do áudio captado pelo som direto na trilha sonora do filme.” Jorge Saldanha tem mais de 50 longas-metragens em seu currículo e uma longa história com o cinema brasileiro. Neste filme, que acrescenta mais um título ao seu currículo, teve como companheiros de equipe, o supervisor de edição de som Alessandro Laroca e o técnico em mixagem Armando Torres Jr. Laroca e Torres Jr. repetiram uma parceria com Eduardo Virmond Lima, com quem já haviam trabalhado em “Paraísos artificiais” (2012), de Marcos Prado na finalização sonora de “O tempo e o vento”. BR A SIL EIR O A equipe formada por Leandro Lima, Miriam Biderman, Ricardo Chuí e Paulo Gama formou o quarteto responsável pela banda sonora que compõe os elementos para conta a história de João de Santo Cristo. Um trabalho que dependeu da dedicação de todos, como conta Leandro: “Um detalhe muito importante na captação de som do filme “Faroeste Caboclo” foi a captação de ruídos e efeitos que fazíamos no set, pois contando com a dedicação dos atores, conseguimos do set de filmagem, levar para a pós de som, elementos que eram importantes para os atores, como, por exemplo, os passos do Santo Cristo e os ruídos de carros da época”. 2 014 POR FLORES R AR AS PAULO RICARDO NUNES, ALESSANDRO LAROCA E ARMANDO TORRES JR. CI NE M A POR FAROESTE CABOCLO D O LEANDRO LIMA, MIRIAM BIDERMAN, ABC, RICARDO CHUÍ E PAULO GAMA POR O TEMPO E O VENTO POR SERR A PELADA JOÃO GODOY, MÁRTIN GRIGNASCHI, DIEGO GAT E LUCAS MEYERE POR CINE HOLLIÚDY ALFREDO GUERR A E ÉRICO PAIVA POR UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. E EDUARDO VIRMOND LIMA Na animação “Um história de amor e fúria”, no qual não há captação de som direto, a equipe de áudio tem importância fundamental, pois é preciso produzir e tratar o material original. A equipe responsável por tal tarefa foi composta por alguns dos mais experientes profissionais da área: Alessandro Laroca na supervisão de edição de som e mixagem de Armando Torres Jr, uma dupla que costuma trabalhar em parceria. Completa a equipe, Eduardo Virmond Lima, com quem já haviam trabalhado em “Paraísos artificiais” (2012), de Marcos Prado. PR Ê M IO JORGE SALDANHA, ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. E EDUARDO VIRMOND LIMA GR A NDE M ELHOR SOM Em “Flores raras”, a supervisão de edição de som ficou sob a responsablidade de Alessandro Laroca, que já teve diversos trabalhos reconhecidos por prêmios como os de melhor som da Academia Brasileira de Cinema e da Associação Brasileira de Cinematografia pelos filmes “Tropa de Elite”, “Tropa de Elite 2”, “2 filhos de Francisco” e “Cidade de Deus”. Ele trabalhou com uma equipe que contava com Armando Torres Jr. na mixagem, que é especialista em pós-produção de áudio e assina a mixagem de alguns dos filmes nacionais mais importantes da atualidade. A captação do som direto ficou a cargo de Paulo Ricardo Nunes, técnico de som que trabalhou em diversos filmes brasileiros e também para emissoras de TV como BBC e Channel 4. 67 6 8 Classificado como um documentário poéticomusical, “Jards” retrata o processo criativo do artista carioca formado pela pauta dos compositores eruditos, mas que representa o que de melhor a música popular brasileira produziu em sua história. Dirigido por Eryk Rocha, o documentário faz um retrato intimista de Jards Macalé acompanhando as gravações em que a afinação, a repetição e a improvisação compõem a sonoridade do artista e sua destreza com vários instrumentos musicais. POR JORGE MAUTNER – O FILHO DO HOLOCAUSTO É o próprio “personagem” do documentário o responsável pela trilha sonora do filme “Jorge Mautner – O filho do Holocausto”. São reinterpretados alguns de seus maiores sucessos como “Maracatu atômico” e “Lágrimas negras” e convidados dividem a cena musical. Ao lado de Caetano Veloso D O CI NE M A interpreta “Todo errado”, “Tarado” e “Manjar de Reis” e com Gilberto Gil faz dueto em “Os pais” e “Rouxinol”. No total, 26 canções embalam a narrativa que recupera a biografia de Mautner, que mais do que um músico, é um artista múltiplo e inusitado. BR A SIL EIR O 2 014 PAULO JOBIM LINA CHAMIE POR SÃO SILVESTRE JORGE MAUTNER JARDS MACALÉ POR JARDS FIL PINHEIRO POR ELENA A trilha sonora cuidadosamente escolhida torna “Elena” um filme que oscila entre a sensibilidade e a angústia para contar a história da irmã da diretora Petra Costa: Elena, uma aspirante a atriz que escolheu Nova Iorque para viver e trabalhar, mas acabou se matando em 1990. A trilha embala as imagens de arquivo da família, a busca de sinais da irmã na cidade americana, as encenações e a narração neste filme extremamente pessoal e íntimo que recupera uma trajetória sobre o amor familiar e a perda. PR Ê M IO POR A LUZ DO TOM GR A NDE M ELHOR T R ILH A SONOR A Clarinetista de formação clássica que abandonou a música para se dedicar ao cinema, Lina Chamie assume no longa-metragem “São Silvestre”, além da direção, a responsabilidade pela trilha sonora. Para retratar as emoções da tradicional corrida e, ao mesmo tempo, traçar um panorama amoroso por São Paulo, Lina recorre a uma trilha pontuada por obras marcantes de sua formação. Ali estão presentes Camille SaintSaëns (“Sansão e Dalila”), Gustav Mahler (“Sinfonia Nº 1”), Richard Wagner (“Parsifal”) e Alexander Scriabin (“Poema do êxtase”). Para compor a trilha sonora do documentário “A luz do Tom”, o diretor musical Paulo Jobim dividiu a responsabilidade com o diretor Nelson Pereira dos Santos. Eles definiram a seleção musical priorizando os períodos da narrativa de acordo com os depoimentos, sem muitos mistérios. Ou talvez apenas um: a utilização de uma única música que não é de autoria do biografado: “Três apitos”, de Noel Rosa. 69 7 0 A trilha sonora de “Somos tão jovens” filme possui 17 músicas e tem direção musical de Carlos Trilha, que também participou da banda Legião Urbana e produziu dois CDs solos de Renato Russo, “The Stonewall Celebration Concert” e “Equilíbrio Distante”. Como não podia deixar de ser, estão presentes canções da Legião, como “Que país é este”, que mantém a sua atualidade crítica, mas há também instrumentais e misturas musicais feitas por Trilha que merecem destaque. se mete em todas as etapas. Eu apenas forneci um monte de sons para ele e só vi o resultado no final, já projetado. Mas ele me dá um crédito forte por ter insistido no uso de uma nota grave que conduz o filme. Generosidade de quem poderia muito bem ter assinado a coautoria da trilha.” BR A SIL EIR O 2 014 POR FAROESTE CABOCLO CI NE M A PHILLIPE SEABR A DJ DOLORES Em “O Som ao Redor”, a música é mais do que trilha. É o compasso das tensões e neuroses aparentes e internalizadas no cotidiano de um bairro de classe média de Recife diante da chegada de um grupo de milícia. Sobre o trabalho no filme, DJ Dolores declarou: “Trabalhar com Kleber é bem diferente. Ele é um renascentista que D O POR FLORES R AR AS POR O SOM AO REDOR POR SOMOS TÃO JOVENS CARLOS TRILHA ANTÔNIO PINTO POR SERR A PELADA Sócio-diretor da produtora Supersônica, Antônio Pinto é especializado em trilhas sonoras para cinema. Foi responsável pelas trilhas dos longas-metragens “Terra estrangeira”, “Central do Brasil”, “Cidade de Deus”, em parceria com Ed Cortês, entre muitos outros filmes nacionais. Tem carreira internacional desde 2004 quando compôs a trilha adicional do longa-metragem americano “Colateral”, de Michael Mann, protagonizado por Tom Cruise, e a trilha de “Crônicas”, de Sebastián Cordero, uma coprodução entre México e Equador. Compôs “Despedida”, interpretada por Shakira, para o filme “O amor nos tempos do cólera”, de Mike Newell, pela qual foi indicado ao Globo de Ouro. PR Ê M IO MARCELO ZARVOS GR A NDE M ELHOR T R ILH A SONOR A OR IGIN A L A trilha sonora elaborada por Marcelo Zarvos para contar a história de amor entre Elizabeth Bishop e Lota de Macedo Soares foi muito bem recebida pela crítica. Profissional que fez carreira no exterior trabalhando para HBO, em “Phil Spector” e para Showtime em “The Big C”, Marcelo criou uma trilha que sublinha os momentos dramáticos da história combastante eficiência e dentro do equilíbrio proposto em toda linguagem do filme. Amigo pessoal de Renato Russo e um dos primeiros a ouvir a história de Maria Lúcia e João do Santo Cristo, Phillipe Seabra não teve muita dificuldade em produzir a trilha sonora que acompanharia a saga cinematográfica, seu quinto trabalho como produtor de trilha para cinema. Seguindo a orientação do diretor René Sampaio de deixar para o final do filme a canção cantada por Renato Russo, Phillipe se concentrou em buscar fonogramas originais que permitisse situar os espectadores na época através da música, assim como colaborar para construção dos personagens. 71 7 2 Hsu Chien já foi assistente de direção de mais de 60 longas metragem, também já fez novelas e seriados na televisão. “Flerte” não é sua estreia como diretor. Além de 3 curtas-metragens realizados na faculdade, ele dirigiu profissionalmente “Pietro” e agora lançou “Flerte”, que define como “um filme que fala sobre amores expressos, tesão, carência e seus perigos na cidade grande”. Sua sinopse diz: “A noite está apenas começando”. CI NE M A parte da história e da tradição do cinema brasileiro, “Linguagem” é constituído por uma colagem de imagens e por uma crítica ao capitalismo. BR A SIL EIR O 2 014 TODOS OS DIAS EM QUE SOU ESTR ANGEIRO DE THAIS FUJINAGA LINGUAGEM O curta-metragem experimental de Luís Rosemberg Filho trata-se de uma reflexão sobre a linguagem cinematográfica. Feito por um cineasta que faz D O OS IRMÃOS MAI DE LUIS ROSEMBERG FILHO DE HSU CHIEN FLERTE AU REVOIR DE MILENA TIMES O curta-metragem pernambucano “Au revoir”, de Milena Times, fez sucesso nos circuitos de festivais brasileiros da temporada 2013-2014, passando além da Mostra de Pernambuco, por Brasília, Salvador, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras cidades brasileiras. A sinopse define o filme como uma história que acontece em um corredor estreito que separa e une a vida de duas vizinhas. PR Ê M IO DE EDUARDO MOROTÓ GR A NDE M ELHOR C U RTA-M E T R AGEM FICÇ ÃO O curta-metragem de Thais Fujinaga conta a história de dois irmãos de origem chinesa que saem pelo centro da cidade em busca de um presente para a sua avó. Quanto mais eles caminham, mais longe parecem estar de seu objetivo. Produzido em formato digital e com 19 minutos de duração, “os irmãos Mai” tem no elenco Benedito Lisboa, Cheng Me, Juliana Wu, Jully Hsu, Luís Mai King, Recardo Mai e Thaís Rangel. O filme conta a história de dois irmãos nordestinos moram no Rio de Janeiro e tentam melhorar a qualidade de vida. Com o desenrolar do enredo, o diretor busca passar uma mensagem de tolerância para com as pessoas que vem de fora. Afinal, ele mesmo é “estrangeiro”: um pernambucano morando há 7 anos no Rio. “Quis falar do estrangeiro, da pessoa que está fora do local de onde veio. Tem muito preconceito, principalmente com nordestino. Nunca passei por nenhuma situação constrangedora, mas a história do filme é baseada em um caso real”, conta Eduardo. 7 3 GR A NDE O documentário em animação digital, de 19 minutos, fala sobre os anos 1960 quando surge uma criativa produção de quadrinhos eróticos no Brasil. No entanto, a censura conspirava para o seu fim. Em uma reação inesperada, Satã, Chico de Ogum, Maria Erótica e outros personagens se unem aos quadrinistas na batalha contra a ditadura. Entre seus prêmios estão o de melhor filme no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em 2013. 74 O curta documental cearense tem como personagens 2 mães, 3 crianças e um carro. Eles estão juntos durante 15 minutos no percurso entre uma festa infantil e a chegada em casa, partindo de um aparentemente incontrolável caos até o extremo relaxamento, numa situação que oscila nos limites indiscerníveis entre documentário e a ficção. Já foi premiado como Melhor Documentário no Festival de Vídeo de Teresina em 2013 e recebeu Menção Especial do Júri Oficial no Janela Internacional de Cinema do Recife em 2013 O curta-documentário revive em 13 minutos as lendas urbanas, memórias de uma família e do local onde moram. Uma história de lobos, cobras e porcos para uma complexa Maré. O filme já foi premiado como PR Ê M IO D O CI NE M A 2 014 DE CLAR A LINHART GERICINÓ Melhor Curta Documentário no Festival de Brasília em 2013, Melhor Filme no Araribóia Cine em 2013, Melhor Filme - Júri Jovem no Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em 2013. BR A SIL EIR O LUNA E CINAR A DE GABRIEL MEDEIROS E MARIA CLAR A SENR A CONTOS DA MARÉ DE DOUGLAS SOARES DE CAMILLA BATTISTETTI ATÉ O CÉU LEVA MAIS OU MENOS 15 MINUTOS A GUERR A DOS GIBIS DE THIAGO BR ANDIMARTE MENDONÇA E R AFAEL TERPINS M ELHOR C U RTA-M E T R AGEM D O C UM EN TÁ R IO O documentário “Gericinó”, de 28 minutos, registra em uma véspera de Natal, as visitantes do Complexo Penitenciário de Gericinó esperam para encontrar seus familiares. Durante a madrugada, elas dividem histórias e contam um pouco sobre a realidade que as cerca. O curta já foi premiado pela Crítica no Festival É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários em 2013 e pelo público no Festival Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em 2013 O curta documental tenta demonstrar um pouco da relação entre uma idosa e sua empregada doméstica em um dia de ida ao cinema. A idosa é Luna Galano Mochcovitch, avó de Clara, e a empregada Cinara Magalhães Neves, que está há 9 anos na casa de Luna. Ao perceber que uma preenchia as lacunas familiares e afetivas da outra e vice-versa, Clara resolveu registrar um momento dessa relação. 7 5 76 Maverick é um urubu que logo ao nascer vê sua família ser vitimada pela violência. Habituado a ela desde o princípio de sua vida, na idade adulta torna-se líder de uma gangue criminosa, espalhando terror por onde passa. Premiado como Melhor Curta brasileiro no Anima Mundi em 2013 e Melhor Curta brasileiro no ANIMAGE - Festival Internacional de Cinema de Animação em 2013. A animação mostra a São Paulo do século 21 onde personagens de graffiti dançam bolero dos anos 1950. O curta-metragem já foi premiado como Melhor Animação Júri Popular no Anima Mundi em 2013, Melhor Som no Curta Santos em 2013 e Melhor Trilha Sonora no Festival de Cinema e Vídeo de Santa Rosa em 2013. A animação com a voz de Paulo César Pereio conta a história de uma cidade que fica em polvorosa com a chegada de muitos macacos. O curta é baseado no conto homônimo de Fernando Sabino e foi premiado como Melhor Curta Online no Bang Awards - International Animation Awards em 2014. Este filme foi produzido originalmente para a série Lab Cultura Viva, através do edital para obras de ficção (2012). A animação conta a história de um menino de apenas sete anos de idade está em coma. Apesar da tristeza de sua situação, a natureza de seu espírito infantil não é afetada e ele voa livre e vive grandes aventuras! O curta foi premiado como Melhor Curta no AnimaSerra - Festival Nacional de Cinema de Animação de Teresópolis em 2013 e Melhor Curta do Júri Popular no Cine MuBE Vitrine Independente em 2013. Baseado no toy art PALEOLITO, o curta narra as aventuras de um homem das cavernas e sua busca diária por comida. No interior de uma caverna o caçador assiste ao despertar do seu aliado PALEOLITO e juntos saem para caçar um animal imponente e impossível de ser capturado, uma grande e mal humorada Mamute. Através de planos mirabolantes desenhados no corpo de pedra do PALEOLITO eles tentarão em vão capturar a caça tão desejada. BR A SIL EIR O DE FR ANCISCO ROSATELLI DE MARCO NICK O curta-metragem, de 8 minutos, tem como tema o encontro entre a morte e um homem por trás de seus segredos. A animação, produzida em Minas Gerais, participou do Curta Cinema Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em 2013. 2 014 UM DIA DE TR ABAJO CI NE M A QUINTO ANDAR D O PALEOLITO DE DOUGLAS ALVES FERREIR A O MENINO QUE SABIA VOAR DE SÁVIO LEITE E CESAR MAURICIO MACACOS ME MORDAM GR AFFITI DANÇA DE RODRIGO EBA DE WESLEY RODRIGUES FAROESTE DE DAVID MUSSEL, FERNANDA VALVERDE, GABRIEL BITAR, GIULIANA DANZA, JONAS BR ANDÃO, MARCELO MAR ÃO, PEDRO EBOLI, ZÉ ALEXANDRE ENGOLE OU COSPERVILHA Este curta-metragem de animação promete ser “o derradeiro, o conclusivo, o último ENGOLERVILHA”. Em mais esta experiência em animação de uma quase série de tudo como diz a sinopse: vibradores, excrementos e jeans apertados. EngoleUmAviãoMonomotor, EngoleCancroMole. Premiado como Melhor Animação no LOCOMOTIVA Festival de Cinema de Animação de Garibaldi em 2013, Melhor Edição no Curta Taquary em 2013 e Melhor Filme Experimental no Mostra Miragem em 2013. PR Ê M IO DE ISMAEL LITO E GABRIEL CALEGARIO GR A NDE M ELHOR C URTA-M ET R AGEM A NI M AÇ ÃO Todo dia ela se prepara para ir trabalhar, no qual ela encontra muitas pessoas diferentes. É um trabalho comum e muito presente no dia a dia de todos, mas talvez ela não seja tão normal assim. “Um dia de trabajo” foi premiado como Melhor Animação Brasileira no Mumia - Mostra Udigrudi Mundial de Animação, em 2013. 7 7 7 8 Georges ( Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que colocarão o seu amor em teste. Aos 15 anos, Adele (Adèle Exarchopoulos) não tem dúvidas de que garotas saem com garotos. Mas sua vida muda para sempre ao conhecer Emma (Léa Seydoux). A jovem CI NE M A DE WOODY ALLEN. DISTRIBUIÇÃO: IMAGEM FILMES de cabelos azuis permitirá a Adele conhecer novos desejos, se conhecer como mulher e adulta. Diante disso, Adele cresce, procura-se, perde-se, encontra-se. Jasmine (Cate Blanchett) vive na alta sociedade de Nova York. Mas tudo muda completamente quando ela se separa do marido e perde todo seu dinheiro. Com isto ela é obrigada a ir morar com sua modesta irmã em São Francisco. Jasmine acaba encontrando um homem (Alec Baldwin) na Bay Area que pode resolver seus problemas financeiros, mas antes ela precisa descobrir quem ela é e aceitar que São Francisco será sua nova casa. BR A SIL EIR O 2 014 DE QUENTIN TAR ANTINO. DISTRIBUIÇÃO: SONY PICTURES D O BLUE JASMINE/BLUE JASMINE DE ADDELLATIF KECHICHE. DISTRIBUIIÇÃO: IMOVISION AZUL É A COR MAIS QUENTE/LA VIE D’ADELE DE MICHAEL HANEKE. DISTRIBUIÇÃO: IMOVISION AMOR/AMOUR DE PAOLO SORRENTINO. DISTRIBUIÇÃO: VINNY FILMES/EUROPA FILMES A GR ANDE BELEZA/ LA GR ANDE BELLEZZA Em Roma, durante o verão, o escritor Jep Gambardella (Toni Servillo) reflete sobre sua vida. Ele tem 65 anos de idade, e desde o grande sucesso do romance “O Aparelho Humano”, escrito décadas atrás, ele não concluiu nenhum outro livro. Desde então, a vida de Jep se passa entre as festas da alta sociedade, os luxos e privilégios de sua fama. Quando se lembra de um amor inocente da sua juventude, Jep cria forças para mudar sua vida, e talvez voltar a escrever. PR Ê M IO DJANGO LIVRE/ DJANGO UNCHAINED GR A NDE M ELHOR LONG A ES T R A NGEIRO Django ( Jamie Foxx) é um escravo negro liberto que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa das garras de Monsieur Calvin Candie (Leonardo Di Caprio), charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland, casa no Mississippi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e escravos são colocados pra lutar entre si. 7 9 GR A NDE PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 HOM E N AGE M AC A DE M I A BR A SIL EIR A DE C I N E M A PR Ê M IO D O CI NE M A BR A SIL EIR O 2 014 HOM EN AGE M ESPECI A L - C U R SO DE CI NE M A DA U F F O domingos oliveira Q “ GR A NDE uem não quer trabalhar com Domingos? Quando se fala em cinema no Brasil, eu não conheço um ator ou uma atriz, que não queira se aproximar desse homem tão importante para a nossa cultura, não só cinematográfica. Ele é um homem abrangente. Ele é um homem também muito especial. Eu não conheço, também, nenhum outro cineasta no nosso país que fale do amor, como Domingos fala. E eu digo isso sem nenhum pudor, não vou esconder o melhor desse homem, num cinema que na relação entre homem e mulher sempre tem muito mais uma conotação de caráter social, de carência social. Não, o Domingos fala do encontro de pessoas, de contrastes nesse encontro e do reencontro. Trabalhar com ele, nesse material, com essa temática é um privilegio, ele é um homem de extrema sensibilidade, a vida dele prova isso, o trabalho dele prova isso. Toda a capacidade que ele tem de criação ele não precisa comprovar. Domingos é um homem que não só a partir de “Todas as Mulheres do Mundo”, mas daí para toda uma atividade extremamente personificada, nesse tipo de visão de mundo ele é inigualável. curso de cinema da Universidade Federal Fluminense surgiu da desmobilização do curso de cinema da Universidade de Brasília após o golpe de 1964. Foi um momento de intensa repressão, marcado pela perseguição a professores e funcionários, muitas demissões e o fechamento de vários departamentos, incluindo o de Cinema da UnB. Três professores fundadores do pioneiro curso em Brasília—Paulo Emílio Salles Gomes, Jean-Claude Bernardet e Nelson Pereira dos Santos—retornam às suas cidades e fundaram, respectivamente, o curso de cinema da ECA/USP, em 1966 (Paulo Emílio e Jean-Claude), e o curso de cinema da UFF, planejado por Nelson Pereira dos Santos no ano de 1968. De volta a Niterói, cidade onde morava, o cineasta propôs ao então reitor da UFF, Manoel Barreto Netto, a criação de um Curso de Comunicação semelhante àquele existente em Brasília. Já com boa experiência de magistério, Nelson encontrou abrigo às suas ideias. A Reitoria disponibilizou uma sala de exibição do antigo Cassino Icaraí para iniciar as atividades e o planejamento do futuro curso. Em maio do mesmo ano de 1968, articulou-se o Setor de Arte Cinematográfica e surgiu o Instituto de Arte e Comunicação Social, que congregou a Comunicação Social propriamente dita (com suas habilitações em Cinema, Publicidade e Jornalismo) e também Biblioteconomia e Documentação. Naquele momento só existia a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, criada em 1966, e, assim, o ensino de cinema foi se firmando nessas duas escolas pioneiras. O pontapé inicial para a criação do CURSO de cinema da UFF se dá com a inauguração do Cine Arte UFF, em 12 de setembro de 1968, e o início de suas atividades de extensão. Estas incluíam cursos, abertos à comunidade externa, sobre estética, história de linguagem cinematográfica, “embrião do futuro curso de cinema da UFF” segundo anunciava o programa inaugural distribuído ao público naquela histórica sessão inaugural, que exibiu o inédito longa Samson, de Andrei Wajzda. O primeiro vestibular aconteceu em dezembro de 1968 e a primeira turma ingressou em março do ano seguinte. Hoje, consagrado pela tradição e consolidado no meio acadêmico nacional como um de seus mais expressivos polos de reflexão e produção, o CURSO de Cinema e Audiovisual da UFF enfrenta novos desafios, como o de sua mudança para um prédio novo e a implantação da Licenciatura em Audiovisual, iniciada em 2011, a primeira a ser criada no ensino superior no Brasil. Então, tenho orgulho, sim, de ser amiga dele, de amá-lo, de respeitá-lo, de saber exatamente o quanto ele vale para todos nós, para a nossa cultura. Não só cinematográfica, mas também como pensador.” Fernanda Montenegro 8 0 81 lista ger a l d os CONCOR R EN T ES MELHOR LONGA– METRAGEM DE FICÇÃO CINE HOLLIÚDY de Halder Gomes. Produção: Halder Gomes e Dayane Queiroz por ATC Entretenimentos FAROESTE CABOCLO de Rene Sampaio. Produção: Bianca De Felippes por Gávea Filmes e Produções, Marcello Maia por República Pureza e René Sampaio por Fogo Cerrado Filmes FLORES RARAS de Bruno Barreto. Produção: Lucy Barreto e Paula Barreto por LC Barreto e Filmes do Equador Produção: Paolo Conti por Animaking Produções, promoções artísticas e cinematográficas e com Ltda e Paulo Boccato por Glaz Entretenimento Ltda. UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Débora Ivanov e Gabriel Lacerda por Gullane Entretenimento, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e Marcos Barreto por Buriti Filmes MELHOR LONGAMETRAGEM INFANTIL MELHOR DIREÇÃO BRUNO BARRETO por Flores Raras HALDER GOMES por Cine Holliúdy HEITOR DHALIA por Serra Pelada HILTON LACERDA por Tatuagem KLEBER MENDONÇA FILHO por O som ao redor MELHOR ATRIZ GR A NDE GR A NDE ÂNGELA LEAL COMO DONA BERTA por Bonitinha, mas ordinária BIANCA COMPARATO COMO CARMEM TEREZA por Somos tão jovens SANDRA CORVELONI COMO DONA CARMINHA por Somos tão jovens MELHOR ATOR COADJUVANTE ANTÔNIO CALLONI COMO MARCO AURÉLIO por Faroeste Caboclo DONNA MEIRELLES por Tatuagem LEANDRA LEAL COMO ZOÉ por Mato sem cachorro WAGNER MOURA COMO LINDO RICO por Serra Pelada SOPHIE CHARLOTTE COMO TEREZA por Serra Pelada MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA TAINÁ – A ORIGEM de Rosane Svartman. Produção: Pedro Rovai e Virginia Limberger por Sincrocine Produções cinematográficas MELHOR ATOR MELHOR LONGAMETRAGEM DE COMÉDIA FABRÍCIO BOLIVEIRA COMO JOÃO DE SANTO CRISTO por Faroeste Caboclo O DIA QUE DUROU 21 ANOS de Camilo Tavares. Produção: Karla Ladeia por Pequi Filmes SÃO SILVESTRE de Lina Chamie. Produção: Denise Gomes e Paula Cosenza por BossaNovaFilms e Lina Chamie por Girafa Filmes. MELHOR LONGAMETRAGEM DE ANIMAÇÃO MINHOCAS 8de2 Paolo Conti. MATO SEM CACHORRO de Pedro Amorim. Produção: Eliane Ferreira por Mixer e Malu Miranda por Lupa Filmes MEU PASSADO ME CONDENA de Julia Rezende. Produção: Mariza Leão por Atitude Produções MINHA MÃE É UMA PEÇA – O FILME de André Pellenz. Produção: Iafa Britz por Migdal Filmes MELHOR MAQUIAGEM ISIS VALVERDE COMO MARIA LUCIA por Faroeste Caboclo MINHOCAS de Paolo Conti. Produção: Paolo Conti por Animaking Produções, promoções artísticas e cinematográficas e com Ltda e Paulo Boccato por Glaz Entretenimento Ltda. COLEGAS de Marcelo Galvão. Produção: Marcelo Galvão por Gata Cine Produções VALÉRIA STEFANI por Faroeste Caboclo MATHEUS NACHTERGAELE COMO CORONEL CARVALHO por Serra Pelada MELHOR LONGA– METRAGEM DOCUMENTÁRIO JORGE MAUTNER - O FILHO DO HOLOCAUSTO de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt. Produção: Paulo Mendonça por Canal Brasil e Pedro Bial MACELO PIES por Flores Raras AURI MOTA por Faroeste Caboclo MEU PÉ DE LARANJA LIMA de Marcos Bernstein. Produção: Katia Machado por Pássaros Films do Brasil Audiovisuais Ltda. CINE HOLLIÚDY de Halder Gomes. Produção: Halder Gomes e Dayane Queiroz por ATC Entretenimentos JOANNA FONTELLES por Cine Holliúdy JESUÍTA BARBOSA COMO NAVALHADA por Serra Pelada TATUAGEM de Hilton Lacerda. Produção: João Vieira Jr, Chico Ribeiro e Ofir Figueiredo por REC Produtores Associados ELENA de Petra Costa. Produção: Petra Costa por Busca Vida Filmes CHRIS GARRIDO por Tatuagem ANCELMO SAFFI, LUCILA ROBIROSA E UIRANDE HOLANDA por Flores Raras O SOM AO REDOR de Kleber Mendonça Filho. Produção: Emilie Lesclaux por Cinemascópio Produções DOSSIÊ JANGO de Paulo Henrique Fontenelle. Produção: Paulo Mendonça por Canal Brasil BIA SALGADO por Serra Pelada BRUNO TORRES COMO FÊ LEMOS por Somos tão jovens FERNANDA MONTENEGRO COMO BIBIANA por O tempo e o vento CORDA BAMBA de Eduardo Goldenstein. Produção: Eduardo Goldenstein e Katya Goldenstein por Aion Cinematográfica Ltda. A LUZ DO TOM de Nelson Pereira dos Santos. Produção: Marcia Pereira dos Santos por Regina Filmes Ltda e Maurício Andrade Ramos por Videofilmes MELHOR FIGURINO GLORIA PIRES COMO LOTA DE MACEDO SOARES por Flores Raras EDMILSON FILHO COMO FRANCISGLEYDISSON por Cine Holliúdy IRANDHIR SANTOS COMO CLÉCIO por Tatuagem IRANDHIR SANTOS COMO CLODOALDO por O som ao redor JESUÍTA BARBOSA COMO FININHA por Tatuagem WAGNER MOURA COMO THEO Gadelha por A Busca MELHOR ATRIZ COADJUVANTE ALEXANDRA RICHTER COMO IESA por Minha mãe é uma peça – o filme ANA MARLENE COMO MÃE DO WALDISNEY por Cine Holliúdy ADRIAN TEIJIDO, ABC por A Busca. AFFONSO BEATO, ASC, ABC por O tempo e o vento GUSTAVO HADBA por Faroeste Caboclo. LITO MENDES DA ROCHA por Serra Pelada MAURO PINHEIRO JR, ABC por Flores Raras. MELHOR DIREÇÃO DE ARTE JOSÉ JOAQUIM SALLES por Flores Raras JULIANO DORNELLES por O som ao redor MARCELO ESCAÑUELA por A Busca CRIS PIRES por Cine Holliúdy SIVA RAMA TERRA por Serra Pelada MELHOR EFEITO VISUAL DANIEL GRECO E BRUNO MONTEIRO por Uma história de amor e fúria CARLOS EDUARDO NOGUEIRA por O som ao redor OMAR COLOCCI E RAFAEL RODRIGUES por Faroeste Caboclo ROBSON SARTORI por Flores Raras ROBSON SARTORI por Serra Pelada MELHOR ROTEIRO ORIGINAL ANDRÉ PEREIRA por Mato sem cachorro HALDER GOMES por Cine Holliúdy RENATA PINHEIRO por Tatuagem HEITOR DHALIA e VERA EGITO por Serra Pelada TIAGO MARQUES por Faroeste Caboclo HILTON LACERDA por Tatuagem TIZA DE OLIVEIRA por O tempo e o vento KLEBER MENDONÇA FILHO por O som ao redor TULÉ PEAKE por Serra Pelada MELHOR ROTEIRO ADAPTADO PR Ê M IO PR Ê M IO D O D O CI NE M A CI NE M A BERNARD ATTAL, IZIANE MASCARENHAS e SERGIO MACHADO – Adaptado da obra “A coleção invisível” de Stefan Zweig – por A coleção Invisível MATTHEW CHAPMAN e JULIE SAYRES – adaptado da obra “Flores Raras e Banalíssimas” de Carmen L. de Oliveira e baseado no roteiro de Carolina Kotscho, AC – por Flores Raras. MARCOS BERNSTEIN e MELANIE DIMANTAS – adaptado da obra “O Meu pé de laranja lima” de José Mauro de Vasconcelos – por Meu pé de laranja lima MARCOS BERNSTEIN e VICTOR ATHERINO – adaptado da música “Faroeste Caboclo” de Renato Russo, Legião Urbana – por Faroeste Caboclo NELSON PEREIRA DOS SANTOS e MIUCHA – adaptado da obra “Antônio Carlos Jobim, o homem iluminado” de Helena Jobim – por a Luz do Tom PAULO GUSTAVO e FIL BRAZ adaptado da peça teatral “’Minha mãe é uma peça” de Paulo Gustavo – por Minha mãe é uma peça – o filme MELHOR MONTAGEM FICÇÃO BR A SIL EIR O BR A SIL EIR O PAULO HENRIQUE FONTENELLE por Dossiê Jango MELHOR SOM ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e EDUARDO VIRMOND LIMA por Uma história de amor e fúria ALFREDO GUERRA E ÉRICO PAIVA por Cine Holliúdy JOÃO GODOY, MÁRTIN GRIGNASCHI, DIEGO GAT e LUCAS MEYERE por Serra Pelada JORGE SALDANHA, ALESSANDRO LAROCA, ARMANDO TORRES JR. e EDUARDO VIRMOND LIMA por O tempo e o vento LEANDRO LIMA, MIRIAM BIDERMAN, ABC, RICARDO CHUÍ E PAULO GAMA por Faroeste Caboclo PAULO RICARDO NUNES, ALESSANDRO LAROCA e ARMANDO TORRES JR. por Flores Raras MELHOR TRILHA SONORA FIL PINHEIRO por Elena JARDS MACALÉ por Jards DIRCEU LUSTOSA por Somos tão jovens JORGE MAUTNER por Jorge Mautner – o filho do holocausto HELGI THOR por Cine Holliúdy LINA CHAMIE por São Silvestre KLEBER MENDONÇA FILHO e JOÃO MARIA por O som ao redor PAULO JOBIM por a Luz do Tom LETÍCIA GIFFONI por Flores Raras MARCIO HASHIMOTO por Faroeste Caboclo MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO ALEXANDRE SAGGESE e LUELANE CORREIA por a Luz do Tom CESAR TUMA e VERÔNICA SAENZ por O dia que durou 21 anos LEYDA NÁPOLES por Jorge Mautner – o filho do holocausto MARÍLIA MORAES e TINA BAZ por Elena MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL ANTÔNIO PINTO por Serra Pelada CARLOS TRILHA por Somos tão jovens DJ DOLORES por O som ao redor MARCELO ZARVOS por Flores Raras PHILLIPE SEABRA por Faroeste Caboclo MELHOR CURTA FICÇÃO AU REVOIR de Milena Times FLERTE de Hsu Chien LINGUAGEM de Luis Rosemberg Filho 2 014 2 014 OS IRMÃOS MAI de Thais Fujinaga TODOS OS DIAS EM QUE SOU ESTRANGEIRO de Eduardo Morotó MELHOR CURTA DOCUMENTÁRIO A GUERRA DOS GIBIS de Thiago Brandimarte Mendonça e Rafael Terpins ATÉ O CÉU LEVA MAIS OU MENOS 15 MINUTOS de Camilla Battistetti CONTOS DA MARÉ de Douglas Soares GERICINÓ de Gabriel Medeiros e Maria Clara Senra LUNA E CINARA de Clara Linhart MELHOR CURTA ANIMAÇÃO ENGOLE OU COSPERVILHA de David Mussel, Fernanda Valverde, Gabriel Bitar, Giuliana Danza, Jonas Brandão, Marcelo Marão, Pedro Eboli, Zé Alexandre FAROESTE de Wesley Rodrigues GRAFFITI DANÇA de Rodrigo EBA MACACOS ME MORDAM de Sávio Leite e Cesar Mauricio O MENINO QUE SABIA VOAR de Douglas Alves Ferreira PALEOLITO de Ismael Lito e Gabriel Calegario QUINTO ANDAR de Marco Nick UM DIA DE TRABAJO de Francisco Rosatelli MELHOR LONGA– METRAGEM ESTRANGEIRO A GRANDE BELEZA/ La grande bellezza de Paolo Sorrentino. Distribuição: Vinny Filmes/ Europa Filmes AMOR/Amour de Michael Haneke. Distribuição: Imovision AZUL É A COR MAIS QUENTE/La Vie d’Adele de Addellatif Kechiche. Distribuição: Imovision BLUE JASMINE/ Blue Jasmine de Woody Allen. Distribuição: Imagem Filmes DJANGO LIVRE/ Django Unchained de Quentin Tarantino. Distribuição: Sony Pictures 8 3 cr éditos ac a de m i a BR A SIL EIR A DE C I N E M A PATROCÍNIO TV GLOBO - ATRAVÉS DA LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA COPATROCÍNIO GOVERNO DO RIO DE JANEIRO- SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA TELECINE CANAL BRASIL TRANSMISSÃO CANAL BRASIL APOIO FILME B CLEAR CHANNEL UCI ADORO CINEMA CHANDON MPV7 DISARONNO REVISTA DO EXIBIDOR BULL MOTORS PATRONOS ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA GLOBO FILMES CINEMAS SÃO LUIS S/A – KINOPLEX CINEMARK BRASIL S.A. PARAMOUNT PICTURES BRASIL DISTRIBUIDORA DE FILMES LTDA SONY PICTURES DO BRASIL LEREBY PRODUÇÕES LTDA FOX FILM DO BRASIL LTDA WARNER BROS (SOUTH) INC. PWC – PRICEWATERHOUSECOOPERS PARIS FILMES- SM DISTRIB. DE FILMES EUROPA FILMES O2 FILMES AUDITORIA E APURAÇÃO DO GRANDE PRÊMIO PwC HENRIQUE LUZ MANUEL ARAUJO ANDRÉ PANNUNZIO RENATA FERNANDES FARNEY GHUERREN LEONARDO ARAGÃO TROFÉU GRANDE OTELO CRIAÇÃO JOÃO UCHÔA EXECUÇÃO INARCO CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO DIREÇÃO ARTÍSTICA IVAN SUGAHARA ASSISTENTE DE DIREÇÃO ARTÍSTICA CRISTINA LAGO PESQUISADOR BRENO LIRA GOMES ROTEIRO IVAN SUGAHARA E RODRIGO 8FONSECA 4 ATORES/APRESENTADORES CAIO BLAT MARIA RIBEIRO DIREÇÃO DE PALCO MÁRCIA MACHADO ASSISTENTES DE PALCO CARLA TORRES AZEVEDO CLEO BESSA FLÁVIA ALVIM MONIQUE HOUAT DIREÇÃO DE ARTE E CENOGRAFIA SERGIO MARIMBA ASSISTENTE DE CENOGRAFIA: ROBERTA BARABARA JARDIM PÓVOA CENOTÉCNICO JOSUÉ VITORINO E CARLOS ANTÔNIO REIS MONTADORES BRUNO MARINS SANTOS JONES ARCHANJO GARCIA THALES FERNANDO DA SILVA DELSO DE OLIVEIRA FABRICIO DA SILVA ROMEU DA SILVA PRODUÇÃO EXECUTIVA AMANDA LIMA PRODUTORA ASSISTENTE ELISA LEVY PRODUÇÃO DE LOGÍSTICA MÔNICA VARELLA PRODUÇÃO DE MONTAGEM KASSANDRA SPELTRI MAICON SANTINI FELIPE ARAÚJO ATENDIMENTO PERLA JORDANI MEL OLIVEIRA CRIAÇÃO ZÉ MARIA DE OLIVEIRA MURILO SILVIO FILIPPE VIDAL JÚLIO COSTA THIAGO VIDAL RAFAEL VANNI PRODUÇÃO GRÁFICA DAZINHA MORAES ASSISTENTE DE PRODUÇÃO GRÁFICA LUIZ VIDAL ILUMINAÇÃO PAULO CÉSAR MEDEIROS PROGRAMAÇÃO WEB RAFAEL VANNI SONOPLASTA LUCIANO SIQUEIRA PRODUÇÃO DE TEXTO DO CATÁLOGO ANGÉLICA COUTINHO MICROFONISTA TIAGO DA SILVEIRA FIGURINO TARSILA TAKAHASHI CABELO E MAQUIAGEM GABRIELA FIGUEIRA CAMAREIRA JUJU SANTOS ELIANE FERREIRA FOTÓGRAFOS FELIPE PANFILI CLÁUDIO DE ANDRADE SILVA EDIÇÃO E FINALIZAÇÃO NATARA NEY VIDEOGRAFISMO E PROJEÇÕES RICO VILAROUCA RICARDO VILAROUCA ASSISTENTE DE VIDEOGRAFISMO E PROJEÇÕES JULIA CAVOUR ASSISTENTE DE EDIÇÃO JULIA CAVOUR JOÃO PEDRO VILHENA LOCUÇÃO DE VINHETA LUIZ CARLOS PERCY PROJEÇÃO ON PROJEÇÕES PRODUÇÃO ESPAÇO/Z DIREÇÃO GERAL ZÉ MARIA DE OLIVEIRA DIREÇÃO EXECUTIVA RICARDO VIDAL PESQUISA DE TEXTO DO CATÁLOGO GREGORY BALTZ EDIÇÃO DE TEXTO DO CATÁLOGO THIAGO LIMA ASSESSORIA DE IMPRENSA MNIEMEYER ASSESSORIA DE IMPRENSA ESPAÇO Z NATHÁLIA ARAUJO GRÁFICA VIA 7 EQUIPE ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA COMENTÁRIOS ROGER LERINA DIREÇÃO GERAL DE TRANSMISSÃO MARCUS VINÍCIUS CEZAR PROGRAMAÇÃO AFRA GOMES ALBERTO MIGLIAVACCA MARCELO MENDONÇA THAÍS LAGE DAGOBERTO CADILHE MARKETING HELENA PEREGRINO ISABEL FIRMO VITÓRIA NEVES JULIA SENNA DANIELLE LOBATO MARCIA GUERRA INTERNET GESIELE VENDRAMINI ERICK LIGNEUL MARCELO FERREIRA ENGENHEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES FELIPE DA TRINDADE EDITORES AMANDA LOUREIRO BERNADETE DUARTE FERNANDA FIGUEIRA PESQUISA FERNANDO AZEVEDO PRODUTORES DE REPORTAGEM AMANDA LOUREIRO ANA ELISA ATHAYDE ANA PAULA ALMEIDA CLAUDIA BATISTA JÉSSICA ZAPPAS MARIA CLARA SENRA MARIANA LEIVAS MARISTELA PEREIRA COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO LUCIANA ARAUJO COORDENAÇÃO DE JORNALISMO ERIKA RODRIGUES PRODUÇÃO EXECUTIVA RAQUEL COUTO GERENTE DE PROGRAMAÇÃO E AQUISIÇÃO DE CONTEÚDO ALEXANDRE CUNHA EQUIPE DE PRODUÇÃO ELIANE CARVALHO LILIANE DE PAULA GERENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO LUIZ CARLOS BERTOLO COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA MÁRCIA ELTZ GERENTE DE MARKETING E PROJETOS ANDRÉ SADDY CONTROLLER FINANCEIRO MARISE LOPES GERENTE DE PRODUÇÃO CARLOS WANDERLEY ASSISTENTES: ALEXANDRE BASÍLIO ISABELA LIMA PRISCILA MARQUES DIRETOR GERAL PAULO MENDONÇA EQUIPE CANAL BRASIL APRESENTAÇÃO SIMONE ZUCCOLOTTO REPORTAGEM KIKO MOLLICA MARIANA RUGGIERO AGRADECIMENTOS VOTO POPULAR ABIGAIL GONÇALVES ANIBAL MASSAINI NETO BERNARDO STROPPIANA CARLA CAMURATI CARLO MOSSY MARCELO SANTIAGO MARILIA PINHANEZ GR A NDE GR A NDE PR Ê M IO PR Ê M IO PALOMA ROCHA PAULA BARRETO PEDRO CARLOS ROVAI RIVA FARIAS ZENAIDE ALVES CINE SANTA CINE CANDIDO MENDES PONTOCINE CINE MANGUINHOS – BIBLIOTECA PARQUE DE MANGUINHOS NUCINE – NÚCLEO DE CINEMA - UNIDADE JOÃO UCHÔA ASSOCIAÇÕES QUE INDICARAM OS CURTASMETRAGENS ABCA (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMA DE ANIMAÇÃO) FÓRUM DOS FESTIVAIS PORTA CURTAS TEMPO GLAUBER AGRADECIMENTO ESPECIAL DOMINGOS OLIVEIRA PRISCILLA ROZENBAUM AGRADECIMENTOS SERGIO REZENDE ZELITO VIANNA MARIA RIBEIRO CAVI BORGES ALEXANDRE LINO FIU CARVALHO DANIEL CAETANO LEONARDO DIAS RAFAEL SAAR FILIPE TOMASSINI RAUL FERNANDO AÍDA MARQUES DANIEL NOLASCO FABIÁN NÚÑEZ INDIA MARTINS ACADEMIA BRASILEIRA DE CINEMA DIRETORIA DIRETOR PRESIDENTE ROBERTO FARIAS DIRETOR VICE-PRESIDENTE JORGE PEREGRINO DIRETOR SECRETÁRIO ELISA TOLOMELLI DIRETOR FINANCEIRO ALEXANDRE DUVIVIER DIRETORA SOCIAL EDINA FUJII CONSELHO DELIBERATIVO MEMBRO EFETIVO ADRIANO LÍRIO CAIO GULLANE CARLOS DIEGUES CESAR PEREIRA DA SILVA DILER TRINDADE JOÃO JARDIM LUCY BARRETO LUIZ CARLOS BARRETO LUIZ SEVERIANO RIBEIRO PAULO MENDONÇA SILVIA RABELLO VALMIR FERNANDES D O D O SUPLENTES ANDRE CARREIRA FÁBIO LIMA GISÉLIA MARTINS LAIS BODANZKY MARCELO SIQUEIRA SARA SILVEIRA CONSELHO FISCAL MEMBRO EFETIVO ABELARDO MARTINS DE MELLO ANTONIO ALMEIDA VILMA LUSTOSA SUPLENTES IAFA BRITZ IRENE FERRAZ LUCIANA BOAL MARINHO COMISSÃO DE ÉTICA LEONARDO MONTEIRO DE BARROS DANIEL FILHO FLAVIO TAMBELLINI SÓCIOS ACADÊMICOS ABELARDO MARTINS DE MELLO ADRIANA FALCÃO ADRIANA TENÓRIO ADRIANO LÍRIO ALBERTO GRAÇA ALEXANDRE DUVIVIER ALTENIR SILVA ANDRÉ CARREIRA ANDRÉ MATTOS ANDRÉ MORAES ANDRÉ RISTUM ANDRÉ STURM ANDREA BARATA RIBEIRO ANDRUCHA WADDINGTON ANGELA LEAL ANTÔNIO ALMEIDA ANTONIO CARLOS DA FONTOURA ANTÔNIO LEAL ARMANDO TORRES JUNIOR ARTHUR FONTES AUGUSTO AMORIM AUGUSTO CASÉ BEL BERLINCK BERNARD ATTAL BETE MENDES BETSE DE PAULA BIANCA DE FELIPPES BIANCA VILLAR BRENO SILVEIRA BRUNO BARRETO BRUNO TORRES CACO SOUZA CAIO GULLANE CARLOS AUGUSTO BRANDÃO CARLOS DIEGUES CARLOS MARIN PRIETO CARLOS MOLETTA CAROL ZÉTOLA CESAR PEREIRA DA SILVA CLAUDIA BEJARANO CLÁUDIA DUTRA CLÁUDO TORRES CRISTIANE D’AMATO DANIEL FILHO DANILO SANTOS DE MIRANDA DAVID SCHURMANN DEBORAH BRENNAND DEBORAH SECCO DENISE DUMMONT DENISE FRAGA VILLAÇA DENISE GOMES CI NE M A CI NE M A BR A SIL EIR O BR A SIL EIR O DILER TRINDADE DIRA PAES DOMINGOS OLIVEIRA EDINA FUJII EDSON PIMENTEL ELIANA DE SOUZA SOÁREZ ELISA TOLOMELLI ELOI PIRES FERREIRA ERICA IOOTTY EUNICE GUTMANN FABIANO GULLANE FÁBIO LIMA FELIPE JOFFIY FERNANDO ADOLFO CARDOSO DE ANDRADE FERNANDO MEIRELLES FILIPPO CAPUZZI LAPIETRA FLÁVIO MIGLIACCIO FLÁVIO TAMBELLLINI GEORGIA COSTA ARAÚJO GERSON SANGINITTO GILSON PACKER GISÉLIA MARTINS GUILHERME FIÚZA GUSTAVO TEIXEIRA HALDER GOMES HELENA IGNEZ HÉLVECIO RATTON HOMERO OLIVETTO HSU CHIEN IAFA BRITZ IARA CARDOSO IRENE FERRAZ ISAAC BESSO ISABELLE TANUGI IZABEL JAGUARIBE DE MATTOS JASMIM DE BRITTO PINHO JEFERSON DE JOÃO DANIEL TIKHOMIROFF JOÃO FALCÃO JOÃO HENRIQUE JARDIM JOÃO ROCHA JORGE COSTA JORGE PEREGRINO JOSÉ AMARILIO JUNIOR JOSÉ EDUARDO FERRÃO JOSÉ JOFFILY JOSÉ MARIA DE OLIVEIRA JOSÉ MARIA ZARAGOZA LAÍS BODANZKY LEONARDO MONTEIRO DE BARROS LINA CHAMIE LUCIANA BOAL MARINHO LUCIANO HUCK LUCY BARRETO LUIS ERLANGER LUIS FERNANDO PETZHOLD LUIZ FERNANDO VILLAÇA LUIZ ROBERTO BOLOGNESI LUIZ ANTONIO VIANA LUIZ CARLOS BARRETO LUIZ MELO LUIZ SEVERIANO RIBEIRO MALU MIRANDA MANOEL GARCIA JUNIOR MARCELO GALVÃO MARCELO MAIA MARCELO PIES MARCELO SIQUEIRA MARCELO TARANTO MARCIO FRACCAROLI MARCIO ROSÁRIO MARCO AURELIO MARCONDES MARCOS CAMURATI MARCOS CARVALHO MARCOS FLAKSMAN MARCUS BALDINI MARIA LUIZA MENDONÇA MARIA PADILHA GONÇALVES MARIANA BRENNAND MARIANA CALTABIANO 2 014 2 014 MARIETA SEVERO MARILY RAPHUL MARIZA LEÃO MARLISE STORCHI MAURO MENDONÇA MICHELL WAGNER MIGUEL DE OLIVEIRA MIGUEL RODRIGUES MILTON GONÇALVES MINI KERTI MONICA VILELA MONIQUE GARDENBERG MYRNA SILVEIRA BRANDÃO NELSON HOINEFF NELSON RODRIGUES ORIVALDO MENDES JUNIOR OTAVIO AUGUSTO OTAVIO CURY PABLO RIBEIRO PATRÍCIA PILLAR PATRICK SIARETTA PAULA BARRETO PAULA COSENZA PAULA FIÚZA PAULA TRABULSI PAULO CALDAS PAULO CURSINO PAULO DUARTE PAULO EDUARDO RIBEIRO PAULO JOSÉ PAULO MACHLINE PAULO MEDEIROS DE LIMA PAULO MENDONÇA PAULO MORELLI PAULO MUNHOZ PAULO REIS PAULO SCHMID PAULO SERGIO DE ALMEIDA DA SILVA PEDRO BUARQUE DE HOLLANDA PLINIO PROFETA RAQUEL HALLAK RENATA MAGALHÃES RENATA MOURA RENE SAMPAIO RICARDO DOMINGOS PINTO ROBERTA MARQUES ROBERTO BERLINER ROBERTO FIGUEIRA DE FARIAS ROBERTO FRAGOSO CARVALHO ROBERTO MOREIRA RODRIGO SANTORO RONALDO SCHILLING DA CAMARA SANDRO RODRIGUES SARA SILVEIRA SELTON MELLO SILVIA RABELLO SIMONE DE MAGALHÃES MATOS SIMONE OLIVEIRA STEFANO CAPUZZI LAPIETRA STEVAN LEKITSCH STEVE SOLOT SYLVIA RAMOS TATA AMARAL TATIANA PENTEADO THIAGO VALENTE TONI VENTURI TONICO PEREIRA TUCA ANDRADA VALMIR FERNANDES VICENTE AMORIM VILMA LUSTOSA VLADIMIR CARVALHO WAGNER LUIZ DE ASSIS COELHO WAGNER MOURA WALBERCY RIBAS WILSON BORGES WILSON CUNHA WILSON FEITOSA 8 5 ZELITO VIANA Os sucessos do cinema nacional por um preço especial. 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