Manual Técnico

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Manual Técnico
Esta edição anula e substitui todas as anteriores.
Edição fevereiro 2012
Índice
4
O consumo de energia nos edifícios
5
Os sistemas weber.therm
6
vantagens
7
certificação
8
componentes principais
9
dados técnicos
12
O projeto com sistemas weber.therm
regulamentação térmica - RCCTE
14
espessura da placa isolante
15
opções gerais do projeto
17
pormenores construtivos
24
Aplicação dos sistemas weber.therm
condições gerais para aplicação
avaliação e preparação do suporte
25 arranque junto ao terreno
26 colagem das placas isolantes
27 fixação mecânica das placas isolantes
28 tratamento de pontos singulares
29 revestimento das placas isolantes
revestimento de acabamento
30 colagem de revestimento cerâmico (sistema weber.therm extra)
31
Reabilitação de fachadas com sistemas weber.therm
fixação das placas isolantes
remate inferior dos sistemas
remates em peitoris de janelas
remates superiores das fachadas
“O setor dos edifícios é responsável pelo consumo de
aproximadamente 40% da energia total na Europa.
No entanto, mais de 50%
deste consumo pode ser
reduzido através de
medidas de eficiência
energética, o que pode
representar uma redução
anual de 400 milhões
de toneladas de CO2.”
(In www.adene.pt)
o consumo de energia
nos edifícios
Estima-se que a utilização dos edifícios
seja responsável por cerca de 29% do
consumo energético em Portugal,
sendo que no que respeita ao consumo de eletricidade esse peso deverá
ascender a mais de 60% do total
(DGEG, Balanço Energético de 2006).
A União Europeia, na sequência dos
compromissos do Protocolo de Quioto,
aprovou a Diretiva 2002/91/CE,
relativa ao desempenho energético
dos edifícios.
O Estado Português publicou, no
seguimento da referida Diretiva
Europeia, um conjunto de diplomas
legais, nomeadamente o Regulamento
das Características do Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE)
(Dec.-Lei 80/2006) e a implementação
Certificado
Energético
O Certificado Energético
dos edifícios permitirá aos
proprietários, compradores e
arrendatários de edifícios
residenciais obter informação
sobre a eficiência energética e
consumos esperados numa
utilização normal.
Permitirá por outro lado
o estabelecimento de
comparações objetivas
entre diversas propostas
no mercado, ajudando a
evidenciar as de maior
qualidade.
4
do Sistema Nacional de Certificação
Energética e da Qualidade do Ar
Interior nos Edifícios (SCE)
(Dec.-Lei 78/2006).
O isolamento térmico da envolvente
de um edifício é uma componente
muito importante no seu desempenho
energético.
No âmbito deste sistema, surge a
obrigatoriedade da emissão do
Certificado de Desempenho Energética e da Qualidade do Ar Interior dos
edifícios e respetivas frações utilizáveis, que atribui uma classificação de
acordo com o respetivo desempenho
em termos de consumo energético e
permite verificar o cumprimento da
regulamentação térmica e de
qualidade do ar interior.
Os sistemas weber.therm de revestimento de fachadas apresentam-se
como soluções com uma contribuição
muito eficaz nas zonas opacas para o
bom desempenho térmico das mesmas, ao mesmo tempo que oferecem
soluções de revestimento esteticamente interessantes.
os sistemas
weber.therm
Os sistemas weber.therm são soluções contínuas para revestimento exterior
de paredes em fachada que, combinando a utilização de um material rígido de
isolamento térmico(*) com revestimentos de acabamento e decoração
adequados, proporciona um elevado desempenho na proteção térmica
da zona opaca das paredes.
(*) É considerado isolante térmico um material com condutibilidade térmica (λ) inferior a 0,065 W/(m.ºC) ou cuja resistência térmica (R)
é superior a 0,30 (m2.ºC)/W - Anexo II RCCTE.
weber.therm classic
weber.therm extra
parede weber.therm
sistema clássico baseado
em placas de poliestireno
expandido (EPS)
sistema com resistência
melhorada baseado em
placas de poliestireno
extrudido (XPS)
solução que combina
Bloco Térmico® Leca® e
sistema weber.therm
• boa relação custo / eficácia
• acabamentos decorativos
tradicionais
• resistência mecânica melhorada
• adequado para zonas em contacto
com terrenos ou água frequente
• permite acabamento com
revestimento cerâmico
• melhor planimetria da superfície
da alvenaria
• menor sobrecarga na estrutura
do edifício
• contributo da alvenaria em Bloco
Térmico® Leca® para um melhor
desempenho térmico da fachada
5
os sistemas
weber.therm
vantagens
Economia acentuada das necessidades
de consumo energético para
aquecimento e arrefecimento dos
espaços habitados.
Aumento da inércia térmica do interior
dos edifícios, já que a totalidade da
massa da parede da fachada se
encontra disponível para acumular os
ganhos internos de energia.
Redução drástica do fenómeno das
pontes térmicas, permitindo um
isolamento térmico sem interrupções
nas zonas da estrutura.
Diminuição do risco de condensações
no interior da parede.
Diminuição da necessidade de
ocupação de área útil no interior, já
que a espessura necessária para o
material de isolamento é transportada
para o exterior.
Facilidade de utilização em
reabilitação térmica de fachadas,
uma vez que os trabalhos são
realizados sem utilização dos espaços
interiores.
6
os sistemas
weber.therm
certificação
Os sistemas weber.therm classic e weber.therm extra foram objeto de um
processo de avaliação pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC),
tendo sido submetidos aos ensaios definidos no ETAG 004 - Março de 2000
(Guideline for European Technical Approval of External Thermal Insulation
Composite Systems With Rendering) publicado pela European Organisation for
Technical Approvals (EOTA).
Tendo sido considerado conformes, foram emitidos pelo
LNEC os respetivos DOCUMENTOS DE HOMOLOGAÇÃO
que definem as características e estabelecem as condições de utilização dos respetivos sistemas.
DH 911
Sistema weber.therm classic
Estes documentos podem ser solicitados pela Linha Verde
800 20 00 25, pelo endereço [email protected]. A sua
visualização e dowonload pode, também, ser feita em
www.weber.com.pt.
DH 914
Sistema weber.therm extra
7
os sistemas
weber.therm
componentes
principais
1
Placa de isolamento térmico
Poliestireno Expandido Moldado - EPS
Poliestireno Extrudido Moldado - XPS
weber.therm EPS
weber.therm XPS
Argamassa de
colagem
Argamassa de
revestimento
3
1
2
5
4
6
Rede de
fibra de vidro
4
weber.therm rede normal
weber.therm rede reforçada
8
2
weber.therm pro
weber.therm flex P
5
Primário
weber.prim regulador
regulador de fundo
3
weber.therm pro
weber.therm flex P
6
Acabamento
weber.plast decor
weber.plast gran
os sistemas
weber.therm
dados técnicos
colagem e
barramento
weber.therm pro
Argamassa cimentícia impermeável
para colagem e revestimento de
placas de EPS e XPS em sistemas
weber.therm.
• Obtém-se a argamassa misturando cada saco
de 25 kg com 6 a 7 litros de água.
• Deve ser aplicado à temperatura ambiente
entre 5ºC e 30ºC.
• Consumo: 8 a 10 kg/m2, para colagem e
barramento das placas.
weber.therm flex P
Argamassa de colagem de placas
isolantes em sistemas weber.therm
sobre suportes sem absorção. Indicada
para aplicações em trabalhos de renovação sobre superfícies preexistentes.
• Obtém-se a argamassa misturando cada saco
de 25 kg com 5 a 6 litros de água.
• Deve ser aplicado à temperatura ambiente,
entre 5ºC e 30ºC.
• Consumo: 3,5 a 4 kg/m2
(em função da irregularidade do suporte).
acabamentos
weber.plast decor
weber.plast gran
weber.prim regulador
Revestimento colorido de base acrílica,
com acabamento talochado, para
paredes interiores e exteriores
- textura fina (F) e média (M).
Revestimento de base acrílica com
granulados coloridos de mármore para
paredes interiores e exteriores.
Primário de regularização de absorção
de suporte para revestimentos
weber.plast
• Espessura de aplicação: 2 a 3 mm.
• Deve ser aplicado à temperatura ambiente
entre 5ºC e 30ºC.
• Consumo: 5,5 a 6,5 kg/m2.
• Aplicação a rolo, sem misturar água, em 1 ou 2
camadas
• Deve ser aplicado à temperatura ambiente
entre 5ºC e 30ºC.
• Consumo: 0,2 a 0,3 kg/m2.
• Espessura de aplicação: 1 a 2 mm.
• Deve ser aplicado à temperatura ambiente
entre 5ºC e 30ºC.
• Consumo: 1,8 a 2,5 kg/m2.
9
os sistemas
weber.therm
componentes
Placas isolantes
weber.therm EPS
Placas de poliestireno expandido
moldado classificadas segundo a
EN 13163.
propriedades
Dimensões: 100x50 cm
Espessuras: de 30 a 80 mm.
weber.therm XPS
Placas de poliestireno extrudido
moldado XPS classificadas segundo
a EN 13164.
norma
massa volúmica (± 10%)
condutibilidade térmica
resistência à compressão (def. 10%)
absorção de água por imersão
resistência à difusão do vapor de água
classe de reação ao fogo
coeficiente de dilatação térmica linear
EN 12667
EN 826
EN 12087
EN 12086
EN 13501-1
unidade
EPS100
EPS150
ºC-1
20
0,036
100
<2
30-70
E
5-7(x10-5)
25
0,034
150
<2
30-70
E
5-7(x10-5)
kg/m3
W/mºC
KPa
%
μ
Código de designação EN 13163:
EPS 100: EPS - NPEN 13163 - T1- L1 - W1 - S1 - P3 - DS(N)5 - BS150
EPS 150: EPS - NPEN 13163 - T1- L1 - W1 - S1 - P3 - DS(N)5 -BS200
propriedades
norma
massa volúmica (± 10%)
condutibilidade térmica
resistência à compressão (def. 10%)
absorção de água por imersão
resistência à difusão do vapor de água
classe de reação ao fogo
coeficiente de dilatação térmica linear
EN 1602
EN 13164
EN 826
EN 12087
EN 12086
EN 13501-1
Dimensões: 120 x 60 cm
Espessuras: 40 a 80 mm.
unidade
kg/m3
W/mºC
KPa
%
μ
Euroclasse
ºC-1
XPS
30
0,035
250
<1,5
100
E
5-7(x10-5)
Código de designação EN 13164:
XPS - EN 13164 - T3 - CS (1O/Y) 250 - DS (TH)
- TR 200 - MU 100 - SS 200
Redes de fibra de vidro
weber.therm rede
Redes de fio de fibra de vidro com
dupla torção, sujeitos a uma indução
de resina para proteção contra os alcalis dos materiais cimentícios.
10
características
normal
reforçada
dimensões dos rolos (m)
dimensões da abertura da malha (mm)
peso total do tecido (g/m2)
resistência à tração (N/5 cm)
alongamento à rotura (%)
espessura (mm)
resistência química
1x50
3,7x4,3 (±10%)
160 (±5%)
1485 (±5%)
2,6
0,49
boa aos alcalis
1x25
6x6 (±5%)
343 (±5%)
4500 (±2%)
3,5
0,9
boa aos alcalis
os sistemas
weber.therm
weber.therm
perfil de esquina
weber.therm
perfil de arranque
Acessórios para
perfil de arranque
Perfil em
alumínio para
arranque
inferior do
sistema
Perfil perfurado em alumínio ou PVC
com rede para reforço de esquina
Comprimento: 2,5 m
Rede de fibra de vidro (100+150 mm de largura)
com tratamento antialcalino.
weber.therm
perfil de janela
Espessura de alumínio: 0,8 mm
Larguras: 30 a 80 mm
Comprimento: 2,5 m
(outras larguras sob consulta)
weber.therm
perfil de pingadeira
Perfil perfurado
em PVC com rede
para pingadeira
em janelas e
portas
Perfil em PVC
com rede para
remate com
caixilhos de
janela
weber.therm
espaçador
Material: PVC
Espessuras:
3 mm (vermelho)
5 mm (amarelo)
10 mm (preto)
weber.therm
ligador
Material: PVC
weber.therm perfil de
junta de dilatação
Perfil em PVC
com rede e
membrana
deformável, para
remate de juntas
de dilatação
Comprimento: 2,5 m
Rede de fibra de vidro (80 mm de largura) com
tratamento antialcalino.
Comprimento: 2,5 m
Rede de fibra de vidro com tratamento
antialcalino (126+126 mm de largura).
Largura máxima de junta: 55 mm
Comprimento: 2,5 m
Rede de fibra de vidro com tratamento
antialcalino.
weber.therm
bucha SPIT
weber.therm
bucha ISO DTH
weber.therm bucha de
perfil de arranque
Diâmetro da cabeça circular: 60 mm
Diâmetro dos furos: 6 mm
Comprimento de ancoragem: 30 mm
Bucha para
fixação em
betão, reboco
ou alvenaria
variada
Diâmetro da cabeça circular: 50 mm
Espessuras máximas de placas a fixar:
bucha
10-30 : 30 mm
40-60 : 60 mm
70-80 : 80 mm
Diâmetro dos furos: 10 mm
Bucha para
fixação em
suportes de
madeira
Espessuras máximas de placas a fixar:
bucha
Prego em aço
inox com
bucha para
fixação do perfil
de arranque do
sistema
6x60: 40 mm
6x80: 60 mm
6x100: 80 mm
Diâmetro dos furos: 10 mm
11
o projeto com
sistemas weber.therm
regulamentação
térmica RCCTE
Objetivos do RCCTE
Contributo da solução weber.therm para a
eficiência térmica do edifício
O Regulamento das Características de
Comportamento Térmico dos Edifícios
(RCCTE) estabelece um conjunto de
regras a respeitar na elaboração dos
projetos de edifícios visando:
A utilização da solução weber.therm no exterior da zona opaca da fachada
oferece vantagens importantes para o cumprimento das exigências de eficiência
térmica colocadas pelo RCCTE, nomeadamente:
• Classe de inércia térmica (Anexo VII – 2 do RCCTE) a colocação do material
isolante pelo exterior das paredes de fachada permite maximizar a parcela da
massa destas a considerar para a determinação da classe de inércia térmica do
edifício ou fração autónoma.
Classificação
energética
dos edifícios
Edifícios existentes
• Minimizar as patologias nos
elementos da construção devidas a
condensações superficiais ou internas (maioritariamente associadas
a pontes térmicas), com potencial
impacto negativo na durabilidade
dos materiais e na qualidade do ar
interior.
• Pontes térmicas lineares os valores de ψ (Coeficiente de Transmissão Térmica
Linear) identificados pelo RCCTE são mais favoráveis para quase todas as situações tipificadas (Tabela IV.3 do RCCTE) quando o isolamento é considerado pelo
exterior.
Edifícios novos
• Satisfazer, sem dispêndio excessivo
de energia, as exigências de conforto
térmico na sua utilização, sejam elas
de aquecimento ou arrefecimento, de ventilação (visando garantir a qualidade do ar interior), ou
necessidades de aquecimento de
água sanitária.
• Pontes térmicas planas permitindo revestir a fachada com isolante térmico
sem descontinuidade nestas zonas, aproxima os valores de U (Coeficiente de
Transmissão Térmica Plana) calculados na zona de descontinuidade e na zona
corrente.
classe energética
R = Ntc/Nt
A+
R ≤ 0,25
A
0,25 < R ≤ 0,50
B
0,50 < R ≤ 0,75
B-
0,75 < R ≤ 1,00
C
1,00 < R ≤ 1,50
D
1,50 < R ≤ 2,00
E
2,00 < R ≤ 2,50
F
2,50 < R ≤ 3,00
G
3,00 < R
(In www.adene.pt)
12
o projecto com
sistemas weber.therm
Coeficiente de
Transmissão Térmica
Plana – U (W/m2.ºC)
Coeficiente de
Transmissão Térmica
Linear – ψ (W/m.ºC)
O Coeficiente de Transmissão Térmica
Plana de um elemento da envolvente
representa a quantidade de calor por
unidade de tempo e superfície que
atravessa esse elemento, por unidade
de diferença de temperatura entre os
ambientes que separa.
O Coeficiente de Transmissão Térmica
Linear representa a quantidade de calor transmitida por unidade de tempo
ao longo da ligação entre elementos
construtivos diferentes ou elementos
enterrados, sujeitos a uma diferença
de temperatura unitária entre os ambientes que divide.
É o parâmetro que caracteriza o comportamento térmico de uma solução
construtiva da envolvente opaca de
um edifício, nomeadamente das paredes de fachada.
Pontes térmicas planas
Nas zonas de ponte térmica plana
correspondentes a heterogeneidades
na zona corrente opaca das fachadas
(pilares, vigas, caixas de estore, etc.),
o Coeficiente de Transmissão Térmica,
U, calculado na direção perpendicular
ao plano das mesmas não pode ter um
valor superior ao dobro do calculado
para a zona corrente.
U1
U1
U2
U2
U3
U2 < 2 x U1
U3 < 2 x U1
13
o projeto com
sistemas weber.therm
espessura da
placa isolante
Seleção da espessura da placa de isolamento
A espessura do material de isolamento
térmico a utilizar em cada parede de
fachada depende da solução construtiva, da zona geográfica em que se
localiza a obra e da interação entre os
vários parâmetros que configuram a
avaliação do comportamento
térmico do edifício.
Pode no entanto ser realizada uma
pré-avaliação da solução de fachada
em zona opaca utilizando o sistema
weber.therm, em função dos valores
de referência definidos pelo RCCTE
para o Coeficiente de Transmissão
Térmica (U) em zona corrente opaca
das fachadas para cada Zona Climática de Inverno (anexo IX, quadro IX.3).
A localização de cada concelho numa
Zona Climática de Inverno pode ser
verificada em www.weber.com.pt.
Valores de referência RCCTE
(por Zona Climática de Inverno)
Características da parede
Zonas Climáticas
O RCCTE divide Portugal Continental
em Zonas Climáticas de Inverno e de
Verão atribuindo a cada concelho um
conjunto de características climáticas
de referência.
Sistemas weber.therm classic/extra
Espessura
do isolante
Parede base
parede simples de alvenaria de
Bloco Térmico® Leca® com 25 cm
Zonas Climáticas de inverno
parede simples de alvenaria de
Bloco Térmico® Leca® de 30 cm
parede simples de betão
com 20 cm
parede simples de tijolo vazado
com 22 cm
parede simples de bloco de betão
com 23 cm
parede dupla (11 + 11 cm de tijolo
vazado) com caixa de ar de 3 cm
I3
I2
I1
parede dupla (15 + 11 cm de tijolo
vazado) com caixa de ar de 3 cm
30 mm
40 mm
50 mm
60 mm
70 mm
80 mm
30 mm
40 mm
50 mm
60 mm
70 mm
80 mm
30 mm
40 mm
50 mm
60 mm
70 mm
80 mm
30 mm
40 mm
50 mm
60 mm
70 mm
80 mm
30 mm
40 mm
50 mm
60 mm
70 mm
80 mm
30 mm
40 mm
50 mm
60 mm
70 mm
80 mm
30 mm
40 mm
50 mm
60 mm
70 mm
80 mm
U
Zona I1
Zona I2
Zona I3
correspondente
U=0,70
U=0,60
U=0,50
0,62
0,53
0,46
0,41
V
V
V
V
N
V
V
V
N
N
V
V
0,36
0,33
0,90
0,72
0,60
0,52
V
V
N
N
V
V
V
V
N
N
N
V
V
V
N
N
N
N
0,38
0,34
0,75
0,62
0,53
0,46
V
V
N
V
V
V
V
V
N
N
V
V
V
V
N
N
N
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
N
V
V
V
W/m2.ºC
0,37
0,34
0,59
0,51
0,45
0,40
0,45
0,40
0,65
0,55
0,48
0,42
0,41
0,37
0,57
0,49
0,43
0,39
0,35
0,32
0,54
0,47
0,41
0,37
0,34
0,31
W/m2.ºC
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
W/m2.ºC
V
V
V
V
V
V
V
V
N
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
V
W/m2.ºC
V
V
N
V
V
V
V
V
N
N
V
V
V
V
N
N
V
V
V
V
Nota: As soluções de parede consideram a existência de reboco interior com 2 cm de espessura
Legenda: V - verifica N - não verifica
14
o projeto com
sistemas weber.therm
opções gerais
de projeto
Parapeitos em janelas
É importante que o desenho dos
parapeitos em janelas seja adequado para impedir a água da chuva de
escorrer diretamente sobre o
revestimento do sistema weber.therm,
arrastando detritos acumulados que
se depositarão na sua superfície.
Assim, para além de uma pendente
para o exterior que garanta o bom
escoamento da água, deverão garantir
uma projeção horizontal com pingadeira de 3 a 4 cm para além do
plano do revestimento da fachada
e a existência de um dispositivo nas
suas extremidades laterais (ranhura,
pequeno canalete, parede vertical,
etc.) que impeça a água de escorrer
lateralmente, obrigando-a a escorrer
pelo bordo frontal.
Exemplos de parapeitos em janelas
Remates superiores
das fachadas
Remates no contacto
com o solo
Reforço em zonas de exposição a choques
É fundamental, para a manutenção do
bom aspeto da fachada weber.therm
ao longo do tempo, que o desenho
dos remates superiores dos panos
permitam impedir a água da chuva de escorrer diretamente sobre a
superfície texturada do revestimento,
arrastando e depositando sobre esta
os detritos acumulados na superfície
do elemento de remate. Para tal,
deve garantir-se uma projeção
horizontal para além do plano do
acabamento de 3 a 4 cm e um remate
do tipo pingadeira na sua extremidade
A solução de remate dos sistemas
weber.therm junto ao solo, especialmente a definição do seu revestimento final, deve ter em conta que este
estará frequentemente em contacto
com água existente no terreno ou
que salpique deste, em resultado das
chuvas ou de sistemas de rega.
As zonas da fachada com exposição
a ações de maior agressividade mecânica, nomeadamente aquelas com
acessibilidade direta pelos utilizadores
(até 2m de altura do solo, em varandas
ou terraços, etc.) deverão ser reforçadas através da aplicação no revestimento das placas isolantes de uma
camada adicional de argamassa incorporando uma rede adicional reforçada:
weber.therm rede reforçada.
(ver pormenores B10 e B11, página 21 e 22).
Assim, deverá evitar-se a utilização do
revestimento final de base orgânica
típico do sistema na faixa junto ao
solo, sob pena de poder vir a sofrer
empolamentos, sendo substituído por
outro tipo de revestimento resistente
a presença prolongada de água (cerâmico, pedra natural ou outro).
Em zonas de utilização pública
recomenda-se que o revestimento
superficial seja feito com uma solução
mais resistente, como seja a aplicação
de um revestimento cerâmico.
15
o projeto com
sistemas weber.therm
opções gerais
de projeto
Colagem de revestimento cerâmico
É possível realizar a colagem de
revestimento cerâmico sobre o
sistema weber.therm extra (baseado
em placas de weber.therm XPS), com
as seguintes condicionantes:
• até uma altura máxima de 6m;
• garantir a colagem das placas de XPS
em contacto integral com o respetivo
suporte, ou seja, sobre suporte plano
(rebocado, por exemplo);
• prever fixação mecânica adicional à
colagem das placas;
• o revestimento cerâmico a utilizar
não deverá exceder um peso de
30kg/m2 ou dimensões superiores a
900cm2;
• se o revestimento for do tipo “lâmina
cerâmica” com 3mm de espessura, a
dimensão máxima poderá ir até aos
3600cm2;
• prever o uso de cores claras no
revestimento cerâmico, com
coeficiente de absorção de radiação
solar inferior a 0,7;
• prever a realização da colagem
utilizando cimentos-cola de tipo
adequado;
• prever a utilização de juntas entre
peças cerâmicas com pelo menos
5mm de largura;
• prever a realização de juntas de
fracionamento entre peças cerâmicas, seladas com material elástico do
tipo mastique, ao nível de cada piso
na horizontal e a cada 4m na vertical;
• desenhar o remate do revestimento
cerâmico com outro revestimento
acima de modo a garantir a respetiva
impermeabilidade e assimilação da
diferença de comportamento à
deformação dos materiais em
presença.
Ver descrição detalhada na página 30.
Revestimento de acabamento
Os revestimentos de acabamento
propostos para o sistema
weber.therm (weber.plast decor e
weber.plast gran) são do tipo RPE
(Revestimento Plástico Espesso), sendo
argamassas com espessuras entre 1 e
2,5 mm. Proporcionam acabamento
decorativo e de impermeabilização e
contribuem para a resistência
mecânica superficial do sistema.
Possuem na sua constituição agentes
algicidas e antifúngicos que visam
procurar dificultar a fixação e proliferação de contaminantes biológicos.
Em zonas de maior potencial de
agressividade biológica (níveis de
humidade elevada e persistente, forte
coberto vegetal, etc.) recomenda-se
a aplicação adicional de um agente
hidrorepelente sobre o revestimento
do tipo weber.hidrofuge P.
É desaconselhada a utilização de
cores cujo coeficiente de absorção de
radiação solar (α) seja superior a 0,7
(ver quadro), exceto se a fachada se
encontrar permanentemente protegida da radiação solar.
Gama de cor da superfície
Branco
16
Coeficiente α
0,2 a 0,3
Amarelo, creme, laranja, vermelho-claro
0,3 a 0,5
Vermelho-escuro, verde-claro, azul-claro
0,5 a 0,7
Castanho, azul-vivo, azul-escuro, verde-escuro
0,7 a 0,9
Castanho-escuro, preto
0,9 a 1,0
o projeto com
sistemas weber.therm
pormenores
construtivos
B1 Arranque do sistema fora do
terreno - paredes a reabilitar
B2 Arranque do sistema enterrado espessuras diferentes das placas de
isolamento
Legenda:
1
Suporte de
alvenaria ou
betão
2 Revestimento a
reabilitar
3 Argamassa de
Legenda:
5 Revestimento
armado com rede:
argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
colagem: gama
weber.therm
6 Acabamento
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
7 Bucha de fixação:
4 Placa isolante:
colorido: gama
weber.plast
weber.therm
bucha SPIT
8 weber.therm
perfil de arranque
9 weber.therm
1
Suporte de
alvenaria ou
betão
5 Acabamento
11 Cortina drenante
12 Selagem de junta
colorido: gama
weber.plast
bucha de perfil de
arranque
2 Argamassa de
6 Bucha de fixação:
impermeabilização: weber.tec
superflex more
3 Placa isolante:
7 weber.therm
10 Revestimento de
colagem: gama
weber.therm
weber.therm
EPS ou
weber.therm XPS
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
weber.therm
bucha SPIT
bucha de perfil de
arranque
8 weber.therm
perfil de arranque
9 Revestimento
cerâmico ou
pedra natural
10 Argamassa de
colagem com
cimento-cola
weber.col flex L
de águas pluviais,
ligada a coletor
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta.
13 Impermeabilização do suporte
e colagem de
placas isolantes:
weber.tec
superflex more
14 Placa isolante:
weber.therm XPS
15 Manta drenante
pitonada
17
o projeto com
sistemas weber.therm
B3 Arranque do sistema enterrado
- espessuras iguais das placas de
isolamento
B4 Arranque do sistema sobre varanda
ou terraço
Legenda:
1
2
3
4
18
Suporte de
alvenaria ou
betão
Argamassa de
colagem: gama
weber.therm
Placa isolante:
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
Legenda:
9 Placa isolante:
1
6 Bucha de fixação:
10 Cortina drenante
2
Revestimento
cerâmico ou
pedra natural
11 Manta drenante
3
5
7
8
Acabamento
colorido: gama
weber.plast
weber.therm
bucha SPIT
Argamassa de
colagem com
cimento-cola
weber.col flex L
weber.therm
XPS
de águas pluviais,
ligada a coletor
pitonada
12 Impermeabiliza-
ção do suporte e
colagem de placas
isolantes:
weber.tec
superflex more
4
5
Suporte de
alvenaria ou
betão
Argamassa de
colagem: gama
weber.therm
Placa isolante:
weber.therm
EPS ou
weber.therm XPS
Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 Bucha de fixação:
11 Argamassa de
weber.therm
bucha perfil de
arranque
12 Placa isolante:
weber.therm
bucha SPIT
7
8
weber.therm
perfil de arranque
9 Revestimento
cerâmico ou
pedra natural
10 Selagem de junta
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta
colagem com
cimento-cola
weber.col flex L
weber.therm
XPS
13 Impermeabiliza-
ção do suporte e
colagem de placas
isolantes:
weber.tec
superflex more
14 Banda de remate
de ângulo:
weber.dry banda
15 Camada de forma
em betonilha leve
com agregados
Leca®
o projeto com
sistemas weber.therm
pormenores
construtivos
B5 Remate em ombreiras de janelas
B6 Remate com peitoril de janela
(pedra)
Legenda:
1
Suporte de
alvenaria ou
betão
2 Argamassa de
colagem: gama
weber.therm
3 Placa isolante:
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
Legenda:
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 weber.therm
perfil de esquina
7 weber.therm
perfil de janela
8 Remate de placa
isolante com
caixilho em
mastique de
poliuretano
1
Suporte de
alvenaria ou
betão
2 Argamassa de
colagem: gama
weber.therm
3 Placa isolante:
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
10 Parapeito em
6 Bucha de fixação:
11 Fixação de perfil
colorido: gama
weber.plast
weber.therm
bucha SPIT
7 Selagem de junta
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta
8 Remate caixilho /
peitoril
9 Perfil metálico
para apoio do
peitoril
pedra natural
com pingadeira
metálico
12 Placa isolante:
weber.therm
XPS, colada com
weber.col flex L
13 Calha de estore
14 Caixilho de janela
com corte de
ponte térmica
19
o projeto com
sistemas weber.therm
B7 Remate com peitoril de janela
(metálico)
Legenda:
1
Suporte de
alvenaria ou
betão
2 Argamassa de
colagem: gama
weber.therm
3 Placa isolante:
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
20
B8 Remate em padieira de janela
(estore de enrolar)
Legenda:
5 Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 Bucha de fixação:
weber.therm
bucha SPIT
7 Selagem de junta
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta
8 Remate caixilho /
peitoril
9 Perfil metálico
para apoio do
peitoril em chapa
10 Peitoril em chapa
metálica
11 Fixação de perfil
metálico
12 Material isolante:
weber.therm
EPS ou
weber.therm
XPS colada com
weber.col flex L
13 Calha de estore
14 Caixilho de janela
com corte de
ponte térmica
1 Suporte de
alvenaria ou
betão
2 Argamassa de
colagem: gama
weber.therm
3 Placa isolante:
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 weber.therm
perfil de
pingadeira
7 Caixa de estore
em material
isolante
8 Estore
9 Peça de remate
da caixa de estore
com material
isolante
10 Placa isolante:
weber.therm
EPS ou
weber.therm XPS
11 Caixilho de janela
com corte de
ponte térmica
o projeto com
sistemas weber.therm
pormenores
construtivos
B9 Remate em padieira de janela
(estore de lâminas)
B10 Remate superior de parede
(platibanda)
Legenda:
1
Suporte de
alvenaria ou
betão
2 Argamassa de
colagem: gama
weber.therm
3 Placa isolante:
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
Legenda:
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 weber.therm
perfil de
pingadeira
7 weber.therm
perfil de esquina
8 Bucha de fixação:
1
9 Caixa de estore
2 Argamassa de
10 Braço de
3 Placa isolante:
weber.therm
bucha SPIT
em material
isolante
manipulação
mecânica do
estore
11 Fixação mecânica
Suporte de
alvenaria ou
betão
colagem: gama
weber.therm
weber.therm
EPS ou
weber.therm XPS
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 Fixação mecânica
7 Rufo metálico
8 Selagem de junta
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta
9 Perfil metálico
para fixação do
rufo e apoio da
pingadeira
12 Caixilho de janela
com corte de
ponte térmica
21
o projeto com
sistemas weber.therm
B11 Remate superior de parede
(beirado) - reabilitação
B12 Remate em junta de dilatação
Legenda:
1
Suporte de
alvenaria ou
betão
3 Placa isolante:
colagem: gama
weber.therm
4 Revestimento
2 Argamassa de
22
Legenda:
weber.therm
EPS ou
weber.therm XPS
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
1
6 Selagem de junta
2 Argamassa de
colorido: gama
weber.plast
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta
Suporte de
alvenaria ou
betão
colagem: gama
weber.therm
3 Placa isolante:
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
4 Revestimento
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 weber.therm
perfil de junta de
dilatação
7 Selagem de junta
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta
8 Junta de dilatação
o projeto com
sistemas weber.therm
pormenores
construtivos
B13 Remate com elementos rígidos
B14 Fixação de elementos na fachada
(tubo de queda)
Legenda:
1
Legenda:
Suporte de
alvenaria ou
betão
3 Placa isolante:
colagem: gama
weber.therm
4 Revestimento
2 Argamassa de
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
1
6 Selagem de junta
2 Argamassa de
colorido: gama
weber.plast
com mastique
de poliuretano e
cordão de fundo
de junta
Suporte de
alvenaria ou
betão
3 Placa isolante:
colagem: gama
weber.therm
4 Revestimento
weber.therm EPS
ou weber.therm
XPS
armado com
rede: argamassa
weber.therm e
weber.therm rede
normal
5 Acabamento
colorido: gama
weber.plast
6 Varão roscado
fixado com bucha
química
7 Abraçadeira
metálica para
tubo de queda
23
aplicação dos
sistemas weber.therm
Condições gerais para
aplicação
Avaliação e preparação do suporte
Como condições gerais de
aplicação do sistema, deverão
ser respeitados os seguintes
aspectos:
Os sistemas weber.therm podem ser
aplicados sobre:
• não aplicar o sistema em fachadas
com inclinação inferior a 45º C;
• betão;
• não aplicar as argamassas com
temperaturas atmosféricas inferiores
a 5ºC nem superiores a 30ºC;
• suportes antigos em obras de
reabilitação (ver página 31).
• evitar a aplicação dos materiais em
situação de vento forte;
• não aplicar os materiais na
eventualidade de poderem apanhar
chuva enquanto não estiverem
secos;
• evitar a aplicação dos materiais sob a
incidência direta dos raios solares;
• não iniciar a aplicação do sistema
sobre suportes em que não tenha
decorrido pelo menos um mês sobre
a sua execução (alvenarias, betão,
reboco), para que se encontrem em
condições de estabilidade e secagem
adequados.
24
• alvenaria de Bloco Térmico® Leca®,
bloco de betão leve ou normal ou
tijolo cêramico;
• reboco;
Os suportes em alvenaria (tijolo ou
blocos de betão) ou betão deverão
apresentar uma superfície plana,
isenta de irregularidades e defeitos de
planimetria superiores a 1cm quando
controlados com uma régua de 2m de
comprimento. Se esta condição não
estiver garantida, deverá ser regularizada a superfície através da execução
de um reboco com weber.rev dur, de
resistência adequada ao suporte de
esforços.
Os suportes deverão ser normalmente
absorventes, consistentes e isentos de
poeiras ou óleos descofrantes. Suportes em betão degradado deverão ser
reparados, incluindo o tratamento de
armaduras, se necessário. Reparar zonas fissuradas sempre que as fissuras
apresentem abertura superior a 2mm.
Em obras de reabilitação, os suportes
deverão ser verificados do ponto de
vista da sua consistência, degradação
e fissuração, devendo ser removidas as
zonas que não ofereçam condições e
reparadas as zonas danificadas.
aplicação dos
sistemas weber.therm
Arranque junto ao terreno
O sistema deverá ser limitado no seu
contorno inferior por um weber.therm
perfil de arranque em alumínio, de
largura adaptada à espessura das
placas isolantes que se preveja utilizar.
Este perfil terá a dupla função de
auxílio no arranque da montagem do
sistema (garantindo a sua horizontalidade e o suporte das placas enquanto
não se encontrarem coladas) e de
proteção inferior do mesmo contra
a penetração de humidade e
agressões externas.
O perfil de arranque deverá posicionar-se a pelo menos 10cm acima da
cota mais elevada prevista para o
terreno exterior, visando dificultar a
degradação do sistema por contacto
direto com este. Os perfis serão
colocados em posição horizontal,
fixados à parede por weber.therm bucha de perfil de arranque, com espaçamento entre si inferior a 30cm. A zona
de suporte do perfil de arranque deve
encontrar-se regularizada (rebocada
por exemplo) para que este assente
perfeitamente contra a sua superfície,
sem ocos ou vazios. Caso não seja
possível, deverão ser utilizados espaçadores weber.therm espaçador acopolados a cada elemento de fixação.
Deverão ser deixadas juntas com pelo
menos 2mm entre topos de perfis de
arranque (que têm 2,5m de extensão)
de modo a permitir absorver eventuais
deformações do material, utilizando
weber.therm ligador e garantir o seu
nivelamento. Estas juntas deverão ser
posteriormente seladas com um cordão de mastique de poliuretano pelo
lado inferior.
A parede enterrada deverá ser
impermeabilizada até um nível acima
da posição do perfil de arranque com
weber.tec superflex more, visando
impedir a penetração das águas do
terreno para o interior da parede por
ascensão capilar por trás dos sistemas
weber.therm.
25
aplicação dos
sistemas weber.therm
Colagem das placas de isolantes
O sistema deverá ser montado de
baixo para cima a partir do perfil de
arranque, apoiando cada fiada de
placas de isolamento sobre a anterior.
As placas serão coladas ao suporte
(alvenaria, reboco ou betão) com a
argamassa poliméricas weber.therm
pro, aplicadas no seu verso.
Sobre suporte em situação de
reabilitação (cerâmico ou pintura),
visar a argamassa weber.therm flex P
(ver página 31).
O método de aplicação da argamassa
de colagem depende das condições do
suporte:
• sobre alvenaria de tijolo ou
bloco de betão com alguma
irregularidade, aplicar a argamassa
em cordão com 3 a 4cm de
espessura ao longo do perímetro da placa, acrescentando dois
pontos de argamassa no centro da
mesma (1);
• sobre superfície regularizada
(reboco por exemplo) aplicar a
argamassa em toda a superfície
da placa, com talocha denteada
(dente 6mm) (2).
As placas serão montadas em posição
horizontal em fiadas sucessivas, de
baixo para cima, contrafiadas em
relação à fiada inferior. Do mesmo
modo, nas esquinas os topos das
fiadas de placas deverão ser
alternados para melhorar o
travamento do sistema (3).
As placas serão colocadas na sua
posição definitiva pressionando-as
contra o suporte de modo a esmagar
a argamassa de colagem e
ajustando os seus contornos e
planimetria superficial com as placas
26
adjacentes, de modo a evitar juntas
com folgas e desalinhamentos na
superfície dos panos de parede.
A verticalidade e o ajustamento
planimétrico de cada placa em
relação às adjacentes deverão ser
permanentemente verificados, usando
régua metálica de 2m e nível de bolha
de ar (4). Eventuais descontinuidades
entre placas adjacentes deverão ser
eliminadas através de desgaste
abrasivo das arestas desniveladas,
limpando os resíduos resultantes.
Eventuais juntas abertas entre placas
não deverão ser preenchidas com a
argamassa de revestimento, mas sim
com tiras do mesmo material das
placas ou espuma de poliuretano,
antes da aplicação do revestimento.
Nos cantos das zonas envolventes
dos vãos, as placas deverão ser
montadas de forma a evitar que
juntas entre si correspondam ao
alinhamento das arestas do vão.
Este cuidado contribuirá para diminuir
a tendência para a formação de
fissuras a partir dos cantos do vão (5).
Notas importantes:
1
2
3
4
• qualquer menor cuidado tido na
colocação das placas de isolamento,
nomeadamente no que diz respeito à
perfeição de planimetria em relação
às adjacentes, poderá resultar em
defeitos globais de planimetria da
fachada não aceitáveis pelo projetista ou dono de obra
• as camadas de argamassa de
revestimento das placas não deverão
ser utilizadas como expediente de
resolução de defeitos graves de
planimetria já que a utilização de
espessuras elevadas poderá originar
o aparecimento de outras patologias
(fissuras, ondulações, etc.).
5
correcto
incorrecto
aplicação dos
sistemas weber.therm
Fixação mecânica das placas isolantes
É aconselhável a utilização de
fixações mecânicas complementares
da colagem das placas de isolamento
nas seguintes circunstâncias:
• sempre que o sistema
weber.therm seja utilizado na
reabilitação de um edifício, sobre
suportes com revestimentos pré-existentes que não ofereçam a
adequada garantia de aderência
das argamassas de colagem das
placas de isolamento (pinturas,
cerâmica, Revestimentos Plásticos
Espessos, etc.)
• quando for efetuada a aplicação
de material cerâmico como revestimento final do sistema (ver página 30)
• em utilizações do sistema acima
dos 10 metros de altura, quando
sujeito a condições severas de
exposição ao vento, devido à acção
de pressão negativa (sucção)
produzida por este.
Este reforço de fixação será realizado
pela instalação de buchas específicas
(weber.therm bucha SPIT), na quantidade de mínima de 6 unidades por m2,
que deverá ser mais reforçada em
função da exposição ao vento. As
buchas deverão ter comprimento
adequado à espessura da placa de
isolamento a fixar.
1
As buchas serão instaladas realizando
furos com broca de diâmetro e comprimento adequados ao da bucha. Após
introdução no furo, o aperto da bucha
é feito através da introdução do prego
de expansão, por percussão (1).
As cabeças circulares das buchas
deverão ser pressionadas de modo a
esmagar a superfície da placa de placa
de isolamento, para que não fiquem
salientes do plano da mesma (2).
2
As pequenas cavidades resultantes
deverão ser posteriormente preenchidas com argamassa de revestimento,
numa operação prévia ao revestimento das placas (3).
3
Fixação com 6 unidades por m2
Fixação com 8 unidades por m2
27
aplicação dos
sistemas weber.therm
Tratamento de pontos singulares
As arestas do sistema, em esquinas de
paredes e contornos dos vãos,
deverão ser reforçadas usando o
weber.therm perfil de esquina, em
alumínio ou PVC, perfurados para a
aderência das argamassas e incluindo
rede de fibra de vidro com tratamento
antialcalino. Os perfis serão colados diretamente sobre as placas de
isolamento com a mesma argamassa
utilizada na colagem das placas.
As juntas de dilatação deverão ser respeitadas - interrompendo o sistema e rematadas com weber.therm perfil
de junta de dilatação aplicado sobre
as placas de isolamento. O espaço
interior do perfil de junta de dilatação
deverá ser selado com mastique de
poliuretano sobre cordão de fundo de
junta em espuma de polietileno
Nos encontros das placas de isolamento com superfícies rígidas (caixilharias,
planos salientes, varandas ou palas,
remates de topo, etc.), deverá ser
deixada uma junta aberta com cerca
de 5 mm para posteriormente ser
preenchida com material elástico e
impermeável do tipo mastique de
poliuretano.
O remate da placa isolante com o
elemento fixo de caixilhos de janela
deverá ser complementado com a
aplicação de weber.therm perfil de
janela garantindo um remate perfeito
entre os revestimentos e o caixilho, e
possibilitando a fixação de proteção
da janela durante a execução dos
trabalhos.
Antes da aplicação da primeira camada de revestimento deverá ser
reforçada a superfície do sistema nos
cantos da zona envolvente dos vãos.
Este reforço deverá ser feito aplicando
tiras de rede de fibra de vidro
(weber.therm rede normal) com cerca
de 50x25 cm, posicionadas a 45º, coladas sobre as placas de isolamento e
usando a argamassa de revestimento.
Nas padieiras das janelas ou portas
aplicar um weber.therm perfil de
pingadeira com rede abraçando a
aresta do plano da fachada com o
plano interior do vão.
Este perfil permite realizar o reforço da
aresta e evitar o recuo da água que
pinga da fachada.
28
(ver pormenor B12 na página 22).
aplicação dos
sistemas weber.therm
Revestimento das placas isolantes
O revestimento das placas de isolamento será feito com a aplicação das
argamassas weber.therm pro ou
weber.therm flex P em duas camadas incorporando uma armadura em
rede de fibra de vidro com tratamento antialcalino (weber.therm rede
normal). Os trabalhos de revestimento
das placas de isolamento deverão ser
realizados somente após o endurecimento da argamassa de colagem,
estando garantida a estabilidade das
placas.
Se for incorporada uma segunda
camada de rede de fibra de vidro em
zonas reforçadas do sistema (ver página
15), será aplicada uma terceira camada
de revestimento com argamassa.
A argamassa será aplicada por
barramento, usando talocha metálica
inoxidável, sendo a segunda camada aplicada após endurecimento da
primeira. A primeira camada deverá
ser aplicada com talocha denteada
(dentes de 6 mm) para garantir uma
espessura final de aproximadamente
2 mm. Sobre o material ainda fresco,
esticar a rede de fibra de vidro e
alisar suavemente a argamassa com
talocha lisa, incorporando a rede na
mesma (1). O encosto lateral entre
tiras de 1 m da rede de fibra de vidro
deverá respeitar uma sobreposição de
cerca de 10 cm (2).
A espessura da 2ª camada de argamassa aplicada sobre a rede de fibra
de vidro deverá garantir a efetiva cobertura da rede de fibra de vidro, não
sendo admissível que seja percetível
ao olhar (3).
A superfície de acabamento da
argamassa de revestimento deverá
resultar plana, sem ressaltos ou vincos
e com textura constante ao longo da
toda a extensão.
Deixar secar as argamassas pelo
menos 3 dias antes da aplicação do
revestimento de acabamento.
1
2
3
4
Revestimento de acabamento
O revestimento de acabamento deverá
contribuir para a impermeabilidade,
proteção e decoração do sistemas
weber.therm, sendo constituído por
uma ou mais demãos do primário
de homogeneização weber.therm
regulador, aplicado a rolo (4), e pelos
acabamentos decorativos de base acrílica weber.plast decor (140 cores) ou
weber.plast gran (granulado natural
colorido de mármore).
• weber.plast decor é aplicado por
barramento com talocha lisa em
inox, na referência de cor escolhida
pelo projetista, apertando bem contra o suporte e acabado com talocha
plástica em suaves movimentos
circulares para obter a textura de
acabamento (5).
• weber.plast gran é aplicado por
barramento com talocha lisa de inox,
bem apertado contra o suporte, e
acabado após algum tempo de
secagem apertando suavemente
com talocha de inox (6).
5
6
29
aplicação dos
sistemas weber.therm
Colagem de revestimento cerâmico (sistema weber.therm extra)
O revestimento cerâmico deverá
ser aplicado diretamente sobre as
camadas de revestimento das placas
isolantes weber.therm XPS,
respeitando as condições gerais
enunciadas na página 16.
A aplicação de revestimento cerâmico
como acabamento do sistema
weber.therm extra deverá respeitar
os seguintes procedimentos:
• o suporte para colagem das placas
isolantes deverá ser plano (rebocado
ou betão em obra nova)
revestimento das placas isolantes
após 4 a 12 horas da aplicação desta
• a colagem do revestimento cerâmico
só deve ser realizada pelo menos 7
dias depois da aplicação da última
camada da argamassa de
revestimento das placas isolantes
• a colagem deverá ser realizada
usando o cimento-cola de
ligantes mistos da gama
weber.col flex adequado ao tipo e
dimensão da peça cerâmica a
utilizar
• a argamassa de colagem das placas
weber.therm XPS deverá ser
aplicada em barramento integral
no verso desta, usando talocha
denteada (dente de 9 mm)
• colar peças do tipo forra ou
alheta com weber.col flex M
• a fixação mecânica adicional à
colagem das placas deverá ser
realizada com um mínimo de 8
pontos de fixação por cada duas
placas. As buchas de fixação devem
ser adequadas ao tipo de suporte,
colocadas por cima da rede de fibra
de vidro incorporada na primeira
camada de argamassa de
• colar lâmina cerâmica até
60x60 cm com weber.col flex XL
7
30
• colar peças até 30x30 cm com
weber.col flex L
• as juntas entre peças cerâmicas
deverão ser preenchidas com a
argamassa de junta weber.color flex,
devendo respeitar uma largura
mínima de 5 mm
• deverão ser realizadas juntas de
fracionamento elásticas que ajudem
a absorver as deformações geradas
pela dimensão dos panos de fachada:
na horizontal ao nível da cada piso,
na vertical a cada 4 m. Tais juntas
deverão ter pelo menos 5 mm de largura e ser preenchidas com material
elástico do tipo mastique (MS ou
poliuretano) em cor
adequada
• deverão ser respeitadas todas as
boas regras relativas à colagem de
revestimentos cerâmicos em
fachada
• no caso do revestimento
cerâmico rematar com outro
revestimento acima, a solução de
remate deve ser concebida de modo
a prever a sua impermeabilidade e a
diferença de comportamento à
deformação dos materiais em
presença.
Reabilitação de fachadas com
sistemas weber.therm
Fixação das placas
isolantes
Remates em parapeitos
de janelas
Sobre suporte mineral (betão ou argamassa de cimento), o sistema poderá
ser colado como se de um suporte
novo se tratasse (usar weber.therm
pro ou weber.therm flex P). Deve no
entanto ser garantida a sua consistência e a reparação de buracos e fissuras
de maior importância.
Em obras de reabilitação com sistema
weber.therm é comum existir a
necessidade de aumentar a extensão
do peitoril devido à espessura que é
acrescentada à parede original.
Na presença de revestimentos pré-existentes que não garantam as
melhores condições de aderência da
argamassa de colagem (pintura, cerâmico, revestimentos vidrados, etc.),
é necessário reforçar a colagem (feita
com weber.therm flex P) utilizando fixação mecânica. Utilizar weber.therm
bucha de fixação SPIT na quantidade
de pelo menos 6 unidades por m2 (ver
página 27).
• substituição do peitoril original
por um novo, o que em certos casos pode obrigar ao levantamento
e reposição do caixilho da janela
Em qualquer caso, os suportes devem
ser sujeitos a trabalhos preparatórios
eliminando contaminantes e sujidade,
usando agentes de limpeza adequados
e água a elevada pressão. Os materiais
soltos ou pouco consistentes deverão
ser eliminados e reparadas as zonas
degradadas (1).
Remate inferior
dos sistemas
Tal como em obra nova, em trabalhos
de reabilitação deverá ser utilizado o
perfil de arranque no remate inferior
do sistema weber.therm, elevando o
arranque do sistema pelo menos
10 cm relativamente à cota do terreno
com o objetivo de o proteger da agressividade deste.
1
É possível sugerir diversas soluções
para este problema:
2
• extensão do peitoril existente em
pedra, colando no topo deste um
elemento em material semelhante
usando argamassa epoxy
(weber.color epoxy) (2);
• aplicação de novo peitoril metálico
sobre o existente, devidamente rematado com a caixilharia (situação
cujo detalhe deve ser avaliado caso
a caso).
3
Remates superiores
das fachadas
Atendendo ao aumento de espessura
das paredes provocado pela aplicação
do sistema, será necessário avaliar a
necessidade de revisão dos sistemas
de remate e proteção superior dos
panos de fachada.
No caso de beirados ou cornijas, avaliar a necessidade de efetuar correções
ao desenho dos mesmos (3).
4
No caso de rufos metálicos, substituir
os sistemas existentes por novos de dimensões e desenho adaptados à nova
espessura das paredes (ver pormenor B10
na página 21) (4).
31
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