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01-11-RTS:Layout 1 12/05/12 11.38 Pagina 4 ANIVERSÁRIO RTS de Gastone Partisani Presidente RTS RTS, UMA PAIXÃO QUE DURA TRINTA ANOS! Gastone Partisani com Valentina Ghetti, Annabella Partisani, Stefania Picchi, Sandra Baldassari, Fabio Faggi, Alessandra Ghetti, Massimo Partisani, Mauro Mercadante, Robertino Piazza E m 1976, eu tinha 30 anos e trabalhava na empresa da minha família que, por várias gerações, produziu farinhas alimentares. Nos anos 60, decidimos criar uma fábrica de rações animais. Uma das minhas tarefas era "otimizar" as centenas de fórmulas de rações para diferentes animais: galinhas, porcos, coelhos etc. Isso significava modificar suas composições para obter, em sintonia com as variações do preço das matérias-primas, o mesmo valor nutritivo ao menor custo. Era um trabalho longo e cansativo que os grandes produtores realizavam através de caros computadores (mainframes) IBM, potentes para a época. Quando eu soube que a empresa americana Texas Instruments estava lançando um novo minicomputador a um preço elevado mas acessível, decidi comprá-lo imediatamente por 40 milhões de liras, cerca de 200.000 euros atuais! O investimento porém poderia ser amortizado em 12 meses produzindo cerca de 250.000 quintais de ração por ano, economizando apenas 3% dos custos. Cometi, contudo, um erro devido à inexperiência. Pensei que os computadores eram como as calculadoras que para funcionarem seria suficiente ligá-los e ativá-los. Percebi logo que não era assim. Embora o programador disponibilizado pela empresa tentasse fazer o possível, os 4 CONVERTER / & Cartotecnica programas eram totalmente inadequados ou inexistentes, além de não funcionar. Logo após, a empresa fornecedora (uma software house de pequeno porte com sede em Trieste) fracassou. Acabei ficando com um equipamento de 40 milhões que não tinha nenhuma utilidade. Obviamente, a minha família considerou-me responsável por esse mau negócio. Foram meses difíceis aos quais reagi procurando diversas soluções, inclusive um acordo com o programador que se comprometeu a continuar a dar-me assistência. Então, começamos um cuidadoso trabalho de análise, elaboração e testes dos programas para otimizar as fórmulas das rações e gerenciar a contabilidade, as vendas e a produção. Mas, o nosso programador, o Mauro Mercadante, encontrou um segundo emprego em Trieste. Portanto, pudemos trabalhar no projeto apenas nos fins de semana e durante as férias. Durante quatro anos (1977-1980), todo o tempo livre foi dedicado ao crescimento do sistema informático. Administrando uma empresa havia 10 anos, eu sabia o que era necessário e, assim, definia as necessidades e os objetivos que Mauro Mercadante, em seguida, transformava em procedimentos eficientes e funcionais. Numa tarde de domingo em janeiro de 1981, enquanto estávamos trabalhando para ampliar e melhorar os procedimentos, fizemos um breve resumo da atividade de- senvolvida ao longo dos quatro anos anteriores: tínhamos programas que tratavam tanto a contabilidade quanto a parte produtiva e comercial, conhecimentos de engenharia de sistemas e fornecedores qualificados, como a Texas Instruments, que asseguravam apoio e assistência. Perguntamo-nos se não seria possível oferecer nossas experiências e nossos sistemas de informação a amigos empreendedores. Liguei então para dois deles. O primeiro, Franco Casadei, tinha uma empresa de comércio e distribuição de combustíveis. O segundo, Iliano Romagnoli, tratava de medicamentos e integradores animais. A ambos fizemos a proposta de instalar em seus escritórios vídeo terminais e impressoras ligadas ao nosso computador através de linhas telefônicas. Eles poderiam usar nossos programas “in service” e, caso ficassem satisfeitos, pagariam-nos uma taxa mensal. Ambos aceitaram com entusiasmo a nossa proposta! Eu e Mauro Mercadante, então, decidimos ser parceiros para tornar-nos uma software house a 360 graus. Assim, nasceu a RTS Remote Terminal System. Mauro Mercadante mudou-se para Forlì, compramos um escritório de 100 m2 no atual endereço em via Consolare 36 e começamos a propor nossas soluções às empresas de Forlì. Fizemos grandes esforços e, embora tivéssemos poucos clientes, contratamos a Sandra Baldassari, nossa primeira funcionária que, desde então, é a cuidadosa e fiel responsável pela administração RTS. Imediatamente, percebemos que não faltavam concorrentes no setor. Um destes, a Data Service de Faenza encontrou-se com problemas porque não conseguia atender seus clientes conforme o prometido. Ficamos surpreendidos quando nos propuseram a fusão. Não foi fácil aceitá-la. Os riscos eram muito elevados porque o projeto envolvia a aquisição da empresa, a contratação do seu pessoal e a assunção dos compromissos com seus clientes. Tivemos coragem e, num piscar de olhos, a empresa cresceu três vezes 01-11-RTS:Layout 1 12/05/12 11.38 Pagina 6 mais. Tudo correu bem e após alguns anos tínhamos uma dezena de grandes clientes que, nos anos oitenta, asseguraram volumes de negócios mensais satisfatórios. Um episódio fundamental ocorreu em 1981, quando entramos em contato com a Ondulato Imolese, atual Smurfitkappa Massa Lombarda, empresa interessada em modernizar seu sistema de gestão. Após a primeira reunião na sede da empresa, o Mauro Mercadante concluiu: “Acho que será necessário fazer algumas alterações nos nossos programas, devido ao fato que produzem caixas de papelão ondulado, mas vamos conseguir! ”. Então, vendemos - inclusive a um preço muito baixo - um sistema "chave na mão". Mauro Mercadante trabalhou duramente no projeto por três anos! Concordamos em investir todo aquele tempo porque queríamos que o cliente ficasse satisfeito e também para construir algo de novo. Em 1983, contactou-nos o então Poligrafico Buitoni (atual Europoligrafico) que estava procurando um sistema de informação para a indústria de papel. Apreciaram as nossas soluções inovadoras e pagaram um bom preço pelo nosso software, dando-nos assim a oportunidade de amortizar os investimentos feitos até então. Além de dinheiro, obtivemos algo ainda mais importante: a oportunidade de melhorar nossos programas, seguindo as instruções, sugestões e solicitações dos consultores altamente especializados do Poligrafico Buitoni. Foi então que desenvolvemos as contabilidades industrial e comercial. O Mauro Mercadante cuidou do projeto por 2 anos, indo semanalmente a Perugia. Nossos esforços foram recompensados porque, em 1986, iniciaram-se as negociações com a Ondulati Panaro (atual Smurfitkappa). O encontro com o então diretor, Fiano Setti, e com o engenheiro Luigi Polimeni, responsável do projeto de informatização, foi muito importante para nós e deu início a uma amizade que dura até hoje. As verificações e as negociações foram intensas e detalhadas, mas terminaram positivamente. Por mais dois anos, Mauro Mercadante teve que ir semanalmente à sede da Ondulati Panaro, na província de Modena. A colaboração com o engenheiro Luigi Polimeni também proporcionou um enriquecimento significativo dos processos da RTS. Em 1986, deixei todas minhas atividades anteriores para dedicar-me somente à RTS. A empresa estava indo bem, eu era administrador e gerente da área comercial, Mauro Mercadante da técnica. O que dez anos antes parecia um fracasso - a aquisição de um computador que não funcionava - na verdade, revelou-se o impulso para lançar um novo negócio promissor. Em outras palavras, "há males que vêm para o bem", especialmente se somos capazes de transformar problemas em novas oportunidades. Nosso sistema cresceu bastante e começou a ser conhecido e apreciado no setor do papelão ondulado e artigos de papelaria. Em 1988, começamos a colaborar positivamente com a Cartotecnica Tifernate da Ondulati Santerno e, em 1989, com a Ondulati Icom. Contudo, efetuar as operações de assistência, mesmo pequenas, na sede do cliente, dificultou o nosso crescimento a nível nacional. Nos anos 80, cobrávamos mensalidades aos nossos clientes locais conectados “in service” aos nossos computadores e fornecíamos múltiplas soluções informáticas a diversos setores. Mas, os anos oitenta estavam acabando e as coisas começavam a mudar. No início dos anos 90, os preços dos computadores estavam caindo e começaram a difundir-se os primeiros PC, como, por exemplo, o M20 da Olivetti. O staff completo da RTS 6 CONVERTER / & Cartotecnica As linhas telefônicas que nos conectavam aos nossos clientes continuavam caras. Perdíamos competitividade e sabíamos que logo ficaríamos fora do mercado arriscando perder todos os clientes conectados “in service”. Naqueles anos, era muito difícil competir principalmente porque os clientes davam grande importância para o hardware e pouca ou nenhuma para o software, oferecido às vezes gratuitamente. O importante para o cliente era possuir um IBM ou um Honeywell. Lembro-me de um negócio que perdemos para a Olivetti, a qual mostrou ao cliente o programa do lançamento de um míssil. Quando eu disse ao cliente que ele não precisava de um míssil, mas de contabilidade, ele respondeu-me com as seguintes palavras: “Você acha que se eles sabem lançar um míssil, não sabem também fazer contabilidade?” Então, fizemos uma pesquisa para saber as margens de crescimento dos setores onde estávamos mais preparados e a concorrência era praticamente inexistente, os do papelão ondulado e artigos de papelaria. Foi a maior surpresa descobrir que havia mais de mil grandes e pequenas empresas destes setores, uma quantidade ideal para desenvolvermos uma ação específica para o nosso crescimento e para uma política própria de nicho. Os potenciais clientes estavam distribuídos em todo o território italiano, principalmente no norte, ou seja, existia o problema da distância. Tudo melhorou com a propagação do “modem”, o primeiro dispositivo através do qual foi possível, do próprio escritório, se conectar aos computadores dos clientes. Até o problema da conexão com o hardware da Texas Instruments foi resolvido quando conseguimos mudar para o novo sistema operacional “Unix” que nos permitiu utilizar e revender qualquer computador que o cliente quisesse, incluindo os da IBM. Nossa recuperação ocorreu em 1992 através de uma campanha de comunicação na revista especializada “Converter e Cartotecnica” e com a "estreia" oficial na Converflex92 de Milão. O acordo de colaboração com a rede comercial da Castaldini, importante empresa metal mecânica presente no setor do papelão ondulado e na indústria do papel, permitiu diferenciar-nos do mar de software houses que ofereciam soluções padronizadas. O sucesso foi imediato e chegaram os primeiros clientes da Lombardia. Mauro Mer- 01-11-RTS:Layout 1 12/05/12 11.38 Pagina 8 cadante, mais uma vez, tinha que fazer viagens cada vez mais longas porque o startup do sistema devia ser realizado no local, embora o modem facilitasse o atendimento ao cliente. Em 1993, tivemos sorte novamente. Junto com a IBM, organizamos uma apresentação no seu centro de pesquisa no Lago de Como. Lembro-me bem da emoção quando recebi a ligação do engenheiro Mauro Boatin, então EDP manager do Grupo SISA Saint Gobain (atual Smurfitkappa). Ele queria encontrar-me porque estava procurando um novo sistema de informação para todas as fábricas do grupo. O entendimento foi imediato. Em poucos dias, fechamos o contrato que previa a informatização das suas fábricas de Asti, Vercelli, Tezze, Monza e Foggia, gerando pelo menos dois anos de trabalho. Éramos 15 funcionários; estávamos crescendo, praticamente sem concorrentes. Seguindo o conselho do amigo Fiano Setti que sempre nos estimou e apoiou - em 1994 participei pela primeira vez, em Capri, da conferência GIFCO. Fiquei tão impressionado com o evento que nunca faltei aos seguintes. A possibilidade de apresentar, embora por poucos minutos, as nossas soluções e inovações para uma platéia repleta de empresários do setor do papelão ondulado foi uma oportunidade excepcional. Naturalmente, começamos a participar das conferências Gifasp do setor dos artigos de papelaria. Com grande entusiasmo participamos do Corrugated 1994 de Paris, que foi também um sucesso. Muitos clientes começaram a ter confiança em nós, por exemplo, Ondulati Ghelfi, Zetacarton, Euroscatola, Corsonna, Ondulkart, Ondulor entre outros. Pouco depois, a Smurfit adquiriu a Sisa e os equilíbrios mudaram. A Smurfit utilizava um sistema de informação desenvolvido por eles mesmos junto com um nosso concorrente. Pouco depois, terminou também a nossa colaboração com Mauro Boatin que, por motivos pessoais, decidiu deixar a “nova” Sisa-Smurfit. Foi contratado por Rainer Neugebauer, criador e proprietário de Pctopp, um dos programas para a otimização das combinações da onduladeira mais difundidos no mundo. O Mauro Boatin conhecia muito bem tal programa porque o havia traduzido para italiano e instalado em todas as fábricas Sisa alguns anos antes. Em 1996, Mauro Boatin, cansado de viajar pelo mundo, demitiu-se da Neugebaur e voltou a trabalhar na RTS. Naqueles anos, ao 8 CONVERTER / & Cartotecnica nosso sistema faltava toda a parte relativa à otimização das combinações da onduladeira. Não sabiamos se era apropriado desenvolvê-la internamente ou não. Pctopp era - e ainda é - um dos melhores programas existentes, contava com mais de cem instalações no mundo e já era utilizado na Itália pela Smurfit-Sisa. Graças à entrada de Mauro Boatin, conseguimos facilmente estipular um acordo de distribuição para a Itália. Apesar desses sucessos, sabíamos que não podíamos parar de fazer pesquisas e nos renovar. No nosso setor, você não pode parar por um instante sequer, senão acaba ficando fora do mercado! Naqueles anos, o Windows estava se difundindo rapidamente, superando o velho DOS e os PCs estavam se desenvolvendo, entrando em forte competição com os mainframes. começou sua apresentação com uma pergunta: “Vocês sabem como na Índia os caçadores fazem para capturar os macacos?” Obviamente, ninguém respondeu. Explicou que os caçadores pegam um coco e o furam para remover a sua água; depois, enchem-no com arroz, amarram-no numa árvore e aguardam. O macaco, curioso e sempre à procura de alimentos, enfia a mão no buraco. Quando sente que agarrou firmemente um punhado de arroz, apertao tão fortemente que não consegue tirar sua mão do coco. Assim, ele termina sendo vítima da vontade de não perder o arroz, deixando-se capturar. “A moral da história é - acrescentou o relator - se, em alguns casos, vocês não estiverem prontos a renunciar à própria tranquilidade e rotina, representadas pelo arroz, e deixar de investir energia e dinheiro O corpo gerencial da RTS:: Massimo Partisani, Mauro Mercadante, Gastone Partisani, Annabella Partisani, Robertino Piazza Nossos primeiros concorrentes surgiram naquele contexto, oferecendo programas escritos em Windows com o uso dos ícones e do mouse que hoje todos conhecemos. Nossos programas, porém, escritos numa linguagem derivada do Cobol, apresentavam ainda telas em caracteres verdes. Então, começaram discussões intermináveis entre eu e o Mauro Mercadante sobre a hipótese de reescrever todos os programas. As razões do debate eram claras: por um lado, tínhamos programas eficazes e testados cujas vendas continuavam boas e reescrevê-los e testá-los integralmente seria um esforço considerável em termos de tempo, energia e dinheiro; por outro lado, estávamos correndo o risco de "ficar para trás", perdendo competitividade. Em Junho de 1997, participei, como de costume, da conferência Gifasp de Taormina cujo tema era a renovação tecnológica da indústria do papel, já considerado um setor “maduro”. O relator, professor da Universidade Bocconi, em inovação e pesquisa, inevitavelmente vocês sucumbirão.” A mensagem foi clara e ajudou-me a tomar a decisão definitiva. Na minha volta para Forli já tinha resolvido reescrever todo o sistema para proporcionar aos clientes interfaces gráficas do Windows para suportar a utilização do mouse. Foi muito difícil, contudo, tomar esta medida. Para mudar o produto era necessário treinar os programadores a utilizar novas ferramentas e técnicas. Encontramos a solução no recrutamento de pessoal especializado com experiência na nova linguagem. Foi realmente uma injeção de vitalidade que nos permitiu fazer um importante avanço tecnológico e reescrever todos os programas. Pouco depois, percebemos a importância estratégica da escolha feita, pois estávamos próximos do ano 2000 e o bug do milênio obrigou a maioria das empresas a atualizar ou alterar os sistemas de informação. Se não tivéssemos introduzido no mercado a 01-11-RTS:Layout 1 12/05/12 11.38 Pagina 10 nova versão com interface gráfica, o nosso sistema teria sido considerado obsoleto e, muito provavelmente, teríamos sido excluídos do mercado. Encontrar-se numa situação de "monopólio” como nos encontrávamos até os meados dos anos 90 era confortável, mas também muito perigoso. Estávamos prontos para aproveitar da passagem do ano 2000, oportunidade única na história da informática que, como lembramos, envolvia o risco de bloqueio de quase todos os sistemas. Éramos os líderes do setor e conquistamos a confiança de muitos novos clientes importantes como a Ondulati Sada e a Cartonstrong e a Smurfit-Sisa. Esta última, então dirigida por Roberto Villaquiran, decidiu utilizar nossos sistemas não somente nas instalações ex-SISA, mas em todas as outras unidades do grupo na Itália. Tivemos satisfações também no setor dos artigos de papelaria, no qual podemos contar, entre os nossos clientes, empresas prestigiosas como a Arti Grafiche Reggiane e a Cartografica Veneta. Até 2001, fomos capazes de manter todos os nossos antigos clientes das diferentes áreas, apesar da “passagem do ano 2000”. Mas, em previsão da chegada do euro no mercado para 1° de Janeiro de 2002, consideramos a possibilidade de não conseguirmos fazer as necessárias conversões ao euro em todos os programas dos vários setores. Mais uma vez, tivemos que fazer uma escolha: efetuar as alterações em todos os programas, mas correndo o risco de a entrada do euro nos pegar despreparados, ou concentrar-nos apenas nos programas de papelão e artigos de papelaria, abandonando os demais. Decidimos abandonar os outros, escolha dolorosa, mas necessária. Fizemos o máximo para ajudar os velhos clientes, muitos dos quais eram inclusive amigos. Conseguimos fazer acordos com software houses que se comprometeram a fornecer gratuitamente programas, cobrando dos clientes apenas o treinamento e as tarifas de assistência. A coincidência entre o ano 2000 e a entrada em vigor do euro foi um evento realmente extraordinário que nos trouxe muito trabalho. Com mais de 140 clientes, continuamos ser o número um do setor. Em 2006, no GIFCO de Catânia, recebemos do presidente Piero Attoma um certificado especial de reconhecimento “pelos 25 anos de cooperação ativa e valioso apoio prestado através do desenvolvimento de soluções e ide- 10 CONVERTER / & Cartotecnica ias ao serviço das empresas do setor”. Mais uma vez, poderíamos optar por não fazer mais alterações, mantendo-nos nos níveis alcançados. Mas não faz parte do nosso caráter e, após ter-nos consolidados, decidimos dar mais um passo: a internacionalização. Encarregamos a Baum Communication, prestigiosa agência de comunicação de Milão, de estudar uma nova imagem e uma ação de marketing eficaz. Em seguida, contratamos o engenheiro Robertino Piazza para reorganizar e planejar todas as atividades técnicas da RTS a fim de tornar a sua estrutura mais adequada às novas tarefas. Todos os programas foram novamente reescritos para tornarem-se "multilínguas" e criamos as versões em inglês e espanhol. Decidimos também lançar uma nova e intensa temporada de projetos de pesquisa e desenvolvimento ambiciosos e desafiantes: o database em Oracle, o sistema de informação RTSv8 para servidores virtuais, as impressões em Crystal Report, o sistema de Business Intelligence, entre outros. Escolhemos a Espanha por razões óbvias de proximidade não apenas geográfica, mas também cultural e linguística. Sucessivamente, tomamos outras iniciativas importantes, tais como: a participação da conferência FEFCO em Nice; a busca de uma software house espanhola com a qual estabelecemos uma parceria; a assunçao de Roberto Chicote, especialista espanhol em softwares para papelao ondulado; e, enfim, conseguimos ser representados na Espanha por Victor Garcia, então presidente da AFCO. Havia todas as condições necessárias e, mais uma vez, a sorte ajudou-nos a conhecer os nossos primeiros importantes clientes ibéricos. Em 28 de Junho de 2007, assinei um contrato com José Romani, administrador Andopack, que eu tinha conhecido ao Hispack de Barcelona. Com Rafael Martinez, acionista e administrador do grupo Hinojosa, conhecido em Valencia em 2007, fechei um contrato para a informatização Mauro Mercadante, Piero Attoma (Presidente Gifco) e Gastone Partisani Massimo Partisani: Diretor Executivo de duas empresas do seu grupo: Vegabaja, de Alicante e Ondulembalaje, de Madri. Poucos meses depois, veio a crise financeira, um período muito difícil durante o qual todos os novos investimentos em bens de capital foram bloqueados e parecia que o pior não acabaria nunca. Tais contratos nos ajudaram muito naquele momento delicado. Em 2008 e 2009, Mauro Mercadante e Mauro Boatin lançaram com sucesso os três projetos, aprenderam a falar espanhol, viajar com voos baratos e comunicar-se com Skype. Sem exageros, posso tranquilamente afirmar que Mauro Mercadante e Mauro Boatin são uns dos maiores especialistas europeus do setor. Hoje, em 2011, estamos vivendo um momento entusiasmante, não apenas pelo simples fato de termos sido capazes de evitar a crise, mas porque a RTS continua crescendo tanto na Itália como no mercado espanhol, graças ao grande trabalho de marketing realizado nos últimos tempos. Além disso, este ano, a RTS comemora 30 anos, um aniversário significativo para uma software house, consideradas a peculiaridade do setor informático e as mudanças enfrentadas nestes anos. Estou muito tranquilo e confiante no futuro porque posso contar com meus filhos Massimo e Annabella, colaboradores que há muitos anos trabalham com a mesma paixão e darão continuidade aos meus projetos. Dentro de poucos meses, vou fazer 65 anos, mas não tenho nenhuma intenção de "aposentar-me"! E nem preciso! Escolhi um trabalho que amo. Por isso, admito, citando Confúcio, que não tive que trabalhar um único dia na minha vida!