LEVANTAMENTO DOS DADOS REFERENTES ÀS POPULAÇÕES
Transcrição
LEVANTAMENTO DOS DADOS REFERENTES ÀS POPULAÇÕES
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DO TRABALHO E DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL COORDENAÇÃO ESTADUAL DO CADASTRO ÚNICO E PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA LEVANTAMENTO DOS DADOS REFERENTES ÀS POPULAÇÕES TRADICIONAIS E ESPECÍFICAS DOS CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- CRAS DO RIO GRANDE DO SUL por CLÁUDIO VELLINHO D’ANGELO SOCIÓLOGO DOUGLAS CHEN ESTAGIÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS Porto Alegre, 2014/2 à 2015/1 1 APRESENTAÇÃO A Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social, através da Coordenação Estadual do Cadastro Único e Programa Bolsa Família do Departamento de Assistência Social, organizou um levantamento de dados entre todos os municípios, cujo objetivo é apontar o número de famílias cadastradas pertencentes às Comunidades Tradicionais e Específicas, priorizadas pelo CADUNICO (Agricultura Familiar, População em Situação de rua, atingidos por Empreendimentos, População de Ribeirinhos, População extrativista, Comunidade de Terreiros, População Indígena, População Quilombola, Famílias de Assentados da Reforma Agrária, Pescadores Artesanais, População do Sistema Carcerário, Família de Catadores de Material Reciclável), que apresentam ou não acompanhamento no Programa de Atendimento Integral à Família – PAIF e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV. O Cadastro Único vem priorizando direcionar o acompanhamento aos grupos específicos, onde o escopo é estabelecer um passo para o incremento na maior identificação destes grupos populacionais. Ao priorizar as ações de busca ativa para identificação de populações específicas no CADUNICO, inaugurasse um novo processo de alteração do fluxo de geração de público, onde o Estado começa buscar eventuais destinatários das políticas, reconhecidos como legítimos sujeitos de direito. Com a permanente atualização e cobertura dos cadastros, os Gestores da Política de Assistência Social poderão garantir às Populações tradicionais e de grupos específicos o acesso a uma rede integrada de serviços e programas voltados à melhoria das condições de vida dessas comunidades. Assim sendo, incluindo diferentes temas e políticas de forma que lhes deem a possibilidade e garantia de assegurar uma maior autonomia e independência financeira. Com este instrumento, o Estado dá mais um passo na sua função precípua de apoio à condução de ações de cadastramento das Populações tradicionais e específicas. 2 271 População Específica por PAIF e SCFV 98 25 25 24 22 17 13 12 11 7 6 4 4 Tabela 1: Total de comunidades atendidas pelos 183 municípios Análise de Dados O período de coleta dos dados foi de Julho a Dezembro de 2014 e o número de respostas que obtivemos foi de 183 Prefeituras dentre o universo de 497 municípios do RS, portanto uma amostra de 36% que nos permite destacar as seguintes conclusões: O número de Grupos específicos, dentre os mencionados acima, que possui alguma família em acompanhamento é 271, portanto uma média de 1,4 grupos por município entrevistado. Entre os Grupos de Comunidades tradicionais e população específica são os Agricultores Familiares que representam o maior número de cadastrados e também os que mais acessam os serviços do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. Este dado é compreensível, uma vez que os dados da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação – SAGI confirmam, que entre os 3 3 Grupos de População específicos cadastrados no CADUNICO no Estado, 55% são provenientes de famílias de agricultores familiares. Entre os Serviços ofertados pelos Centros de Referência da Assistência Social – CRAS e na Rede de atendimento Socioassistencial do SUAS, observa-se o PAIF com maior número de procura que no SCFV, pelas seguintes razões: a) Maior investimento na implementação deste Serviço ao longo dos anos nos municípios; b) A implantação do SUAS nos municípios está vinculada a criação do PAIF com seu respectivo cofinanciamento; c) O SCFV prioriza os segmentos vulneráveis através das faixas etárias; d) No Rio Grande do Sul existem 487 municípios com o PAIF, já o SCFV está inserido em somente 401. A partir dos dados do IBGE pode-se concluir que em comparação com pesquisas de outros Estados, existem comunidades pouco numerosas e identificáveis no RS, como os Ciganos. O percentual entre os Grupos específicos atendidos pelo SUAS é quase igual entre um grupo a outro, com exceção das famílias de Catadores de material reciclável, atingidos por Empreendimentos e do Programa Nacional de crédito fundiário. Estes mesmos grupos apresentam hábitos diferenciados e alguns deles surgem em situações temporários e em locais bastante específicos. Percebe-se a grande lacuna existente entre famílias dos Grupos de Comunidades tradicionais e População específica que estejam em acompanhamento nos Programas de Assistência social do município. Da mesma pesquisa, conclui-se que estes grupos existentes com população cadastrada nos municípios gaúchos, 271 são acompanhados pelo PAIF e SCFV. A partir dos dados coletados, consideramos a necessidade de realização de uma busca ativa as populações atingidas por empreendimentos, situação de rua, programa nacional de crédito fundiário, família de acampados e catadores de material reciclável para conhecimento e identificação destas comunidades, bem como, para posterior levantamento de suas necessidades e encaminhamentos às Políticas Públicas. Cabe destacar que, apesar das equipes ainda incompletas, observamos um grande empenho dos trabalhadores do SUAS no acompanhamento às Populações tradicionais e específicas, segundo as amostras abaixo. 4 Figura 2 Agricultura Familiar 147 98 Agricultura Familiar 73 PAIF SCFV 49 Não são acompanhados *Observação: Destes 147 munícipios com agricultura familiar, 49 não são acompanhados, seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 3. Famílias de quilombolas atendidas pelo PAIF e SCFV. Família de Quilombolas 27 22 15 5 Quilombolas PAIF SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 27 munícipios com quilombolas, 05 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 4. Família de reclusos atendidas pelo PAIF e SCFV Família de Presos do Sistema Carcerário 44 25 12 Presos PAIF SCFV 19 Não são acompanhados *Observação: Destes 44 munícipios com presos do sistema carcerário, 19 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 5. Família de catador de material reciclável atendidas pelo PAIF e SCFV 5 Família de Catador de material reciclável 66 41 25 Catador de material reciclável 13 PAIF SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 66 munícipios com catadores de material reciclável, 41 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 06. Família de assentados da Reforma Agrária atendidas pelo PAIF e SCFV Família de Assentados da Reforma Agrária 27 17 Assentados da reforma agrária PAIF 9 10 SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 27 munícipios com assentados da reforma agrária, 10 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 07. Família de assentados da Reforma Agrária atendidas pelo PAIF e SCFV Família de Indígenas 37 24 21 13 Indígenas PAIF SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 37munícipios com indígenas, 13 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 08 6 Família de Pescadores Artesanais 22 13 9 7 Pescadores Artesanais PAIF SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 22 munícipios com pescadores artesanais, 09 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 09 Família de Programa nacional de Crédito Fundiário 40 29 11 Programa nacional de Crédito Fundiário 5 PAIF SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 40 munícipios com famílias cadastradas no programa nacional de crédito fundiário, 29 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 10 Família de Situação de rua 21 12 7 Situação de rua PAIF SCFV 9 Não são acompanhados *Observação: Destes 21 munícipios com famílias em situação de rua, 09 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 11 7 19 Atingidos por Empreendimentos Família de Atingidos por Empreendimentos 04 04 PAIF SCFV 15 Não são acompanhados *Observação: Destes 19 munícipios com famílias atingidas por empreendimentos, 15 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 12 Família de Ribeirinhos 10 7 4 Ribeirinhos PAIF SCFV 3 Não são acompanhados *Observação: Destes 10 munícipios com famílias ribeirinhas, 03 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 13 Família de Extrativista 7 4 2 Extrativista PAIF SCFV 3 Não são acompanhados *Observação: Destes 07 munícipios famílias extrativistas, 03 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 14 8 Família de Comunidade de Terreiros 4 3 2 1 Comunidade de terreiros PAIF SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 04 munícipios com comunidade de terreiros, 01 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Figura 15 Família de Acampados 11 6 5 3 Acampados PAIF SCFV Não são acompanhados *Observação: Destes 11 munícipios com comunidade de acampados, 05 não são acompanhados seja pelo PAIF ou pelo SCFV. Bibliografa: RI – SAGI – Sistema Autônomo de Gestão de Informação PNAS- Política Nacional de Assistência Social Tipificação Nacional de Serviços socioassistenciais – Resolução nº 109 NOB – Normas Operacionais Básicas – 2012 Informe Programa de Bolsa família – Gestão nº316 Cadastramento de Grupos Tradicionais e Específicos - SENARC 9