OS PEIXINHOS - Prefeitura Municipal de Iporã do Oeste

Transcrição

OS PEIXINHOS - Prefeitura Municipal de Iporã do Oeste
Escola Municipal de Educação Infantil
Pré - Escolar “Os Peixinhos”
Rua 1º de Maio, Nº 236
Iporã do Oeste – SC
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
PRÉ – ESCOLAR “OS PEIXINHOS”
Iporã do Oeste - SC
Junho/2016
0
Escola Municipal de Educação Infantil
Pré - Escolar “Os Peixinhos”
Rua 1º de Maio, Nº 236
Iporã do Oeste – SC
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Iporã do Oeste - SC
Junho/2016
1
Escola Municipal de Educação Infantil
Pré - Escolar “Os Peixinhos”
Rua 1º de Maio, Nº 236
Iporã do Oeste – SC
ESTADO DE SANTA CATARINA
MUNICIPIO DE IPORÃ DO OESTE
Ilton Pedro Vogt
Prefeito
Valmor Reis
Vice - Prefeito
Elói Beilke
Secretário de Educação, Desporto, Cultura e Turismo
Marfisa Cristina Pasini Frizon
Diretora
Celita Ana Bido da Rosa
Assessora de Programas Educacionais
Gestão: 2013 a 2016
Iporã do Oeste - SC
Junho/2016
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Escola Municipal de Educação Infantil
Pré - Escolar “Os Peixinhos”
Rua 1º de Maio, Nº 236
Iporã do Oeste – SC
DADOS DA UNIDADE ESCOLAR
Unidade Escolar: Pré – Escolar “Os Peixinhos”
Criado pelo Decreto Nº 0025 de 10 de julho de 1996
Endereço: Rua 1º de Maio, 236.
Telefone: (49) 3634 2159
CEP: 89899-000
E mail: [email protected]
Modalidade de ensino:
 Educação Infantil – Regular – Anual
Curso oferecido:
 Pré Escola – Pré I e Pré II
Horário de funcionamento:
 Matutino – 7:30h às 11:30h
 Vespertino – 13:15h às 17:15h
Organização Pedagógica:
 5 (cinco) Professoras Titulares (de sala),
 2 (duas) Professoras de área -(Recreação, Artes, Hora do
Conto e Informática),
 2 (duas) Estagiárias e 3 (três) Agentes de Serviços Gerais.
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Escola Municipal de Educação Infantil
Pré - Escolar “Os Peixinhos”
Rua 1º de Maio, Nº 236
Iporã do Oeste – SC
SUMÁRIO
1-APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................. 6
2- JUSTIFICATIVA................................................................................................................................................ 6
3- OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................................... 7
4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................................................. 8
5-FILOSOFIA DA ESCOLA .................................................................................................................................. 8
6-LEMA .................................................................................................................................................................. 9
7-IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................... 9
7.1 HISTÓRIA DO PRÉ-ESCOLAR “OS PEIXINHOS” .................................................................................. 9
7.2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................................................... 10
7.3 PERFIL DOS EDUCANDOS/FAMÍLIAS DO PRÉ – ESCOLAR “OS PEIXINHOS” ............................ 11
8-HISTÓRIA DO NOSSO MUNICÍPIO .............................................................................................................. 13
9-HISTÓRIA DA CRIANÇA E DA INFÂNCIA ................................................................................................. 24
10. CONCEPÇÃO DE CRIANÇA E INFÂNCIA ................................................................................................ 27
11. ACOLHENDO A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................................ 28
12. O CUIDAR E O EDUCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................................................ 29
13. MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA ......................................................................................................................... 31
14. SALA DE AULA: AMBIENTE ALFABETIZADOR .................................................................................... 33
15. CURRÍCULO .................................................................................................................................................. 34
16. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS .......................................................................................................... 35
REFLETINDO AS LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL ..................................................................... 35
16.1 LINGUAGEM ARTÍSTICA ..................................................................................................................... 35
16.2 LINGUAGENS DA NATUREZA E SOCIEDADE ................................................................................. 37
16.3 LINGUAGEM DO MOVIMENTO .......................................................................................................... 38
16.4 LINGUAGEM ORAL E ESCRITA .......................................................................................................... 38
16.5 LINGUAGEM MATEMÁTICA............................................................................................................... 39
17. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS .......................................................................................................... 40
18. REDE TEMÁTICA ......................................................................................................................................... 41
18.1 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA ................................................................................................................ 42
18.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ............................................................................. 43
18.2.1 Projeto Didático ................................................................................................................................. 43
18.2.2 Sequência Didática ............................................................................................................................ 46
19. CONHECENDO AS CRIANÇAS DO PRÉ I – 4 a 5 anos ............................................................................. 47
19.1 CONTEÚDOS PRÉ I ................................................................................................................................ 47
19.1.1 Linguagem Artística/ Arte ................................................................................................................. 47
19.1.2 Linguagem da Natureza e Sociedade ................................................................................................. 49
19.1.3 Linguagem do Movimento/Recreação ............................................................................................... 51
19.1.4 Linguagem Oral e Escrita .................................................................................................................. 53
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Escola Municipal de Educação Infantil
Pré - Escolar “Os Peixinhos”
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Iporã do Oeste – SC
19.1.5
Linguagem Matemática ............................................................................................................... 56
19.1.6
Hora do Conto ............................................................................................................................. 58
19.1.7
Informática Pré I ......................................................................................................................... 59
20. CONHECENDO AS CRIANÇAS DO PRÉ II – 5 e 6 anos ............................................................................ 61
20.1 CONTEÚDOS DO PRÉ II ........................................................................................................................ 61
20.1.1 Linguagem Artística/Arte .................................................................................................................. 62
20.1.2 Linguagem Natureza e Sociedade ...................................................................................................... 63
20.1.3 Linguagem do Movimento/ Recreação .............................................................................................. 66
20.1.4 Linguagem Oral e Escrita .................................................................................................................. 68
20.1.5
Linguagem Matemática ............................................................................................................... 73
20.1.6
Hora do Conto ............................................................................................................................. 74
20.1.7 Informática Pré II ............................................................................................................................... 75
21. PLANEJAMENTO.......................................................................................................................................... 77
22. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................................ 79
23. ENTURMAÇÃO ............................................................................................................................................. 80
24. INCLUSÃO ..................................................................................................................................................... 81
25. MARCO LEGAL ............................................................................................................................................ 82
25.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ................................................................................................... 82
25.2 LDB - LEI DE DIRETRIZES E BASES .................................................................................................. 82
25.3 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO .................................................................................................. 83
25.4 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO
INFANTIL ........................................................................................................................................................ 84
25.5 SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO ..................................................................................................... 84
25.6 PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ................................................................................................. 85
25.7 PARECER Nº 02/2016, DE 27 DE ABRIL DE 2016 ............................................................................... 85
25.8 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) ................................................................. 86
25.9 LEI Nº 12.796 DE 4 DE ABRIL DE 2013 ................................................................................................ 86
25.10 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL - EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................... 86
25.11 PARECER Nº CEB 022/98 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL ........................................................................................................................................................ 86
25.12 RESOLUÇÃO CEB Nº 1 DE 7 DE ABRIL DE 1999 ............................................................................ 87
25.13 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA PARECER CNE/ CEB/7/
2010 .................................................................................................................................................................. 87
25.14 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, PROFESSORES e FUNCIONÁRIOS ....................................................... 87
25.15 CONSELHO ESCOLAR ........................................................................................................................ 88
26. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 89
27. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 90
ANEXOS ............................................................................................................................................................... 92
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Escola Municipal de Educação Infantil
Pré - Escolar “Os Peixinhos”
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1-APRESENTAÇÃO
Este documento constitui o Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal de
Educação Infantil, Pré - Escolar “Os Peixinhos” com ênfase nas Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica, voltada para o pleno desenvolvimento do educando, visando à
formação em três eixos, éticos (autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bemcomum, ao meio ambiente e as diferentes culturas, identidades e singulares), políticos
(direitos da cidadania, exercício da criticidade, respeito á ordem democrática), e estéticos
(sensibilidade, criatividade, ludicidade, liberdade de expressão nas diferentes manifestações
artísticas e culturais), considerando as formas pelas quais as crianças aprendem; convivendo,
brincando, participando, explorando, comunicando e conhecendo-se.
Neste Projeto explicitaremos o Referencial Teórico que norteia nossas ações
pedagógicas indicando o tipo de sociedade que queremos e definindo o perfil do ser humano
que pretendemos formar. Nesta perspectiva os objetivos gerais e específicos expressos neste
instrumento estabelecem os resultados de aprendizagens que desejamos alcançar. Deste modo,
apresentaremos as metas e estratégias que permitirão a concretização destes objetivos
mediante um instigante trabalho, cuja missão principal é a construção de uma educação cada
vez melhor, integrando os interesses e necessidades dos educandos, através de um processo de
avaliação constante.
2- JUSTIFICATIVA
Sabemos que a Educação é base fundamental na formação da cidadania,
caracterizando os valores da sociedade em que nossa Escola está inserida.
O modelo de sociedade que deve servir de rumo à nossa Escola é democrático, sem
exclusão.
A visão do ser humano é de alguém consciente de si, que se aperceba, que sinta, que
ama. Consciente do outro e do mundo, crítico, participativo, ético, pesquisador, com visão
humanística, capaz de valorizar o ser humano dentro de suas limitações e opções de vida; que
se caracterize como peça fundamental na promoção da vida. Livre, responsável, respeitador,
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que constrói sua felicidade no coletivo. A postura do ser humano diante da sociedade deve ser
crítica, investigativa e solidária, compreensiva para poder atuar e fazer algo com propósito de
contribuir para que essa realidade se transforme.
Cada um tem suas limitações e potencialidades, que devem ser respeitadas e que o
senso de justiça sempre prevaleça considerando a diversidade.
A democracia exige participação que se caracteriza no direito de opinar, de criticar, de
construir um novo conceito a partir de ideias diferentes e principalmente de se envolver com o
decidido.
A sociedade que se almeja necessita cultivar o amor pelo meio ao qual convive,
resgatando os valores da honestidade, solidariedade, humildade, sensibilidade em relação ao
outro, respeito mútuo, diálogo e interação constante. O que motiva o ser humano a tornar-se
um agente de transformação é a capacidade de se indignar diante das injustiças.
Cada ser humano deve contribuir para construir uma nova sociedade através da sua
afetiva participação, envolvendo-se e interagindo nas questões políticas, sociais e culturais.
A Educação é o resultado da interação do meio em que a pessoa vive. A Escola é o
espaço da problematização dos comportamentos e das ações humanas. A Escola tem que ter
consciência de que é possível desenvolver um ser integral, capaz de pensar, de produzir
conhecimento, de desenvolver habilidades, de aprender a aprender, ser agente da sua história,
que através do diálogo e da interação constrói o novo espaço onde vive. A Escola que
pretendemos é aquela que se baseia nos princípios humanos e coletivos.
A função da Escola deve ser a de um instrumento propulsor de transformação de
transformação social.
3- OBJETIVO GERAL
Proporcionar a criança momentos de aprendizagem através da ludicidade, da fantasia,
da socialização e da coletividade, privilegiando a construção do conhecimento, da autonomia,
criticidade, criatividade e humanização, promovendo assim o desenvolvimento integral da
criança, respeitando sua individualidade.
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4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Valorizar ações de cooperação e solidariedade, desenvolvendo atitudes de ajuda e
colaboração, compartilhando suas vivências;
Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, tendo uma imagem positiva
de si, ampliando a autoconfiança, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e
valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem estar;
Identificar e compreender sua ligação aos diversos grupos dos quais se relaciona,
aumentando gradativamente suas potencialidades de comunicação e interação social;
Adaptar-se e socializar-se com o meio escolar, construindo coletivamente regras para
um bom convívio escolar;
Brincar expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como: força, velocidade,
resistência e flexibilidade, conhecendo seus limites e as potencialidades do seu corpo;
Estimular as percepções sensoriais;
Desenvolver a coordenação motora, visual e auditiva;
Desenvolver a atenção;
Despertar a sensibilidade, curiosidade e criatividade da criança;
Adquirir o hábito de ouvir, falar e organizar o pensamento lógico.
5-FILOSOFIA DA ESCOLA
Educação Infantil não é apenas uma fase escolar. É um momento muito especial,
marcado pela descoberta do mundo, pelo acesso aos conhecimentos mais amplos da realidade
social e cultural. É na Educação Infantil que a criança aprende a se conhecer e também a
conhecer o ambiente que a cerca. É um período repleto de estímulos, aprendizagem e
conhecimento de um novo mundo composto de pessoas, valores e sentimentos.
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6-LEMA
Construindo Novos Caminhos, Com Um Novo Jeito de Andar.
7-IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
7.1 HISTÓRIA DO PRÉ-ESCOLAR “OS PEIXINHOS”
A Escola Municipal de Educação Infantil Municipal foi criada em 06 de março de
1989 na comunidade de Linha Aparecida, Iporã do Oeste, Santa Catarina, onde funcionou por
alguns anos. Após veio transferida em anexo para o Colégio Estadual Padre Vendelino Seidel
da sede , e posteriormente foi desativada.Com o processo de nucleação das Escolas
Municipais e crescimento da procura por vagas na Educação Infantil Municipal Pré - Escolar
“Os Peixinhos foi reativada e funcionando no Centro Integrado de Ensino Fundamental CIEF,
Junto ao CNEC de Iporã do Oeste. Após a conclusão do CIEF a Escola Pré - Escolar “Os
Peixinhos” passou a funcionar no mesmo espaço físico com turmas de 05 e 06 anos. Em 2004
o espaço físico do CIEF não pode atender a demanda. Então, surgiu a ideia de atender as
turmas de 05 e 06 anos em parceria com o centro de Educação Infantil São José. Na II Rua do
Lazer de 2005 a Escola lançou seu slogan: “CONSTRUINDO NOVOS CAMINHOS COM
UM NOVO JEITO DE ANDAR”, bem como foi escrita a Filosofia da Escola, pelas
Professoras, Celita Bido Da Rosa, Clarisse Scopel, Lori Loebens Dill, Marclei Marx e Zaneti
Delarmelin Kessler.
Com o surgimento das novas diretrizes de ensino e do financiamento da educação, a
partir da lei 9394/96 LDBEN e da lei de aprovação do FUNDEB, o município sentiu-se na
condição de reestruturar a Educação Infantil, ampliando e democratizando seu atendimento,
garantindo assim recursos para gestão e manutenção das ações educacionais. A partir de 2006,
passou a atender em sua rede, as crianças de quatro anos, ou melhor, toda a pré-escola. O
espaço físico CEI não comportava mais a demanda.
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Então a municipalidade alugou a estrutura física do CNEC para o funcionamento do
Pré-Escolar “Os Peixinhos”. Foi um sonho bastante ousado para a época, no entanto
necessário e legal. Neste ano foi constituído a Associação de Pais e Professores-APP, bem
como, elaborado seu estatuto.
Os objetivos da reativação da escola foram diversos, entre os quais se destacam: a
necessidade do município investir e apostar mais na Educação Infantil; por acreditar na
educação como mudança e transformação social a começar na primeira infância.
Em 2011 o município de Iporã do Oeste adquiriu o prédio do Colégio Cenecista
Anildo Heissler onde funciona o Pré - Escolar “Os Peixinhos”, sendo agora patrimônio do
poder público municipal.
7.2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
A Escola de Educação Infantil Pré – Escolar “Os Peixinhos” é pertencente à rede
municipal de ensino, situada à Rua 1º de Maio, 236 – Centro – Iporã do Oeste, SC, criada por
decreto em Julho de 1996. Atendendo crianças em idade escolar 4 a 6 anos sendo um
estabelecimento de ensino regular, mantido pela Prefeitura Municipal de Iporã do Oeste – SC
e pela Associação de Pais e Professores – APP.
O Educandário oferece a seguinte modalidade de ensino: Educação Infantil – Pré I e
Pré II, sendo que neste ano letivo de 2016 conta com: 4 turmas de Pré I com média de 19
alunos por turma e 5 turmas de Pré II com média de 18 alunos por turma.
O número de alunos por turma segue a legislação e o parecer do Conselho Municipal
Escolar onde estabelece o número máximo de crianças por turma: Pré I até 20 alunos por
turma e Pré II até 22 alunos por turma.
O número de profissionais no Educandário neste ano letivo são 16 pessoas, sendo 7
professores, 4 agentes de serviços gerais, 2 estagiárias de 6 horas cada, 1 diretora e 1
coordenadora pedagógica.
Este Projeto Político Pedagógico tem como intuito de inovar as ações a serem
desenvolvidas dentro de uma contextualização de acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais e das leis educacionais vigentes, desenvolvendo uma política pedagógica voltada
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para um ensino-aprendizagem significativo, partindo de experiências já vividas num processo
ativo de construção do indivíduo.
A Escola se propõe a criar condições para o desenvolvimento integral de todas as
crianças, considerando as possibilidades de aprendizagem que são apresentadas nas diferentes
faixas etárias, através de uma atuação que propicia o desenvolvimento das capacidades de
ordem: física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social.
Neste ano letivo de 2016 temos 167 crianças matriculadas e frequentando a Escola.
Conforme alteração feita na LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
por meio da Lei nº12.796 de 4 de abril de 2013, que oficializa a mudança feita na
Constituição por meio da Emenda Constitucional nº 59 em 2009, no Art. 6º “ É dever dos pais
ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na Educação Básica a partir dos quatro anos
de idade”.
A Pré Escola é uma etapa anterior ao Ensino Fundamental e compreende a faixa etária
dos 4 a 6 anos de idade. Antes da mudança na Constituição o Ensino fundamental era a única
fase escolar obrigatória no Brasil. Depois da Emenda o ensino passa a ser obrigatório dos 4
aos 17 anos, incluindo a Pré - Escola, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
É dever dos pais matricular seus filhos a partir dos 4 anos e obrigação das redes
públicas de ensino garantir vaga para todas as crianças a partir desta idade.
Em 2014, a Secretaria Municipal de Educação de Iporã do Oeste – SC aderiu ao
Programa Educação Infantil 100% Inclusiva. Desta forma inserem-se na rede regular de
Ensino todas as crianças com necessidades educativas especiais. A Educação Inclusiva deve
respeitar as características individuais, que oferece alternativas pedagógicas que atenda às
necessidades individuais de cada aluno, numa mesma Escola, onde todos possam conviver e
aprender com as diferenças.
O Pré – Escolar “Os Peixinhos”, atende hoje duas crianças com deficiências. Eles
estão incluídos nas turmas regulares conforme a faixa etária e são acompanhadas por uma
Professora Habilitada em Educação Especial e Panlexia para auxiliar a turma e a professora
regente.
7.3 PERFIL DOS EDUCANDOS/FAMÍLIAS DO PRÉ – ESCOLAR “OS PEIXINHOS”
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A maioria das 165 famílias de alunos matriculados no Educandário reside no meio
urbano e as demais famílias residem no meio rural.
A classe econômica predominante dos pais dos alunos é a classe média, tanto no meio
urbano como rural, onde a maioria tem seu emprego para se manter.
O mercado de trabalho ainda é restrito em nosso município, percebendo a necessidade
do surgimento de mais indústrias, pois existe demanda de mão – de – obra.
A diversidade étnica/cultural enriquece o desenvolvimento das atividades escolares. A
origem étnica é diversificada em nossa região, porém a alemã prevalece seguida da italiana,
romena, cabocla, dentre outras.
Percebeu-se com o passar dos anos que a escolaridade dos pais dos educandos
aumentou, onde a grande maioria possui o Ensino Médio completo, ou possuem Nível
Superior Completo ou estão frequentando o mesmo.
JUSTIFICATIVA
A criança é um ser em contínuo crescimento físico e seu desenvolvimento e suas
características estão em permanente transformação. As mudanças são quantitativas e
qualitativas, tanto físicas tanto psicológicas. As interações sociais e a diversidade de
experiências potencializam o desenvolvimento infantil.
A partir desta relação/interação, a criança constrói coletivamente seu modo de pensar,
agir e organizar seu conhecimento. É na infância que a interação, o desenho, a brincadeira de
faz- de- conta, o jogo infantil, a fala, a escrita vão se constituir em processos fundamentais de
seu desenvolvimento e aprendizagem. Diante disso a Escola tem um papel muito importante
no processo de ensino/aprendizagem, buscando a formação integral dos educandos.
O Projeto Político Pedagógico do Educandário está organizado de uma forma que traz
um diagnóstico da realidade do contexto social ao qual está inserida. Uma fundamentação que
visa uma educação integral para as crianças complementando a ação da família e da
comunidade.
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8-HISTÓRIA DO NOSSO MUNICÍPIO
Iporã do Oeste é um Município do Estado de Santa Catarina no Brasil. “Iporã” é um
termo de origem “tupi” que significa “rio bonito”. Uma alusão a boa água encontrada pelos
primeiros colonizadores, nas matas repletas de araucárias do município.
Antes da chegada dos colonizadores, o município de Iporã do Oeste era habitado por
caboclos, que cultivavam pequenas lavouras e depois trabalhavam para as empresas
colonizadoras.
Os primeiros colonos imigrantes, de descendência alemã e italiana, chegaram à antiga
Vila Pinhal por volta de 1928. Esses colonizadores, muitos vindos do Rio Grande do Sul,
batizaram de Pinhal a comunidade que se formava, em consequência da abundância de
pinheiros existentes na região naquela época. Foi exatamente a grande disponibilidade de
madeira de lei que motivou a migração. Desenvolveram-se, junto com o povoamento, de
forma harmônica, duas correntes religiosas: a Evangélica e a Católica. Pode-se afirmar que a
colonização de Iporã do Oeste surgiu sob o símbolo do Ecumenismo.
Entre os acontecimentos históricos, o de maior expressão foi à passagem da Coluna
Prestes, em 1925, perseguida pelas tropas legalistas do governo, e que afastou a maioria dos
caboclos para o interior do Estado. Em 13 de novembro de 1953, Pinhal ficou sendo distrito
de Mondaí, recebendo a denominação de “Iporã”.
Somente em 1988 foi aprovada a emancipação político-administrativa do município,
instalado oficialmente em 1º de junho de 1989. A partir dali, passou a denominar-se Iporã do
Oeste. Uma história brilhante, de muitas conquistas, feita pela população Iporãoestina.
Principais Eventos Culturais e Desportivos
O espírito comunitário continua forte em nossas comunidades e elas buscam oferecer
as mais diversas atrações, entre elas: Festas Comunitárias, Festa do Frango, Fishfest - Festa
do Peixe, Café Colonial, Noite Italiana, Corrida Rústica, Programação da Semana do
Município, Semana das Etnias, Festival da Canção Estudantil, Festa do Colono e de
Motorista, FAIC-Feira Agropecuária, Comercial e Industrial, Noite Natalina, Desfile Cívico,
Campeonatos Municipais.
Também se destacam os grupos culturais, como o Grupo de Danças Immer Lustig, o
Clube de Patinação Asas da Liberdade, a Associação Coral e Coral Infanto-Juvenil, os Grupos
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de Violão e Gaita, a Banda Municipal, os Grupos de Canto Italiano, o Grupo Escoteiro Tupã,
o CTG Herança Pampiana entre outros.
PONTOS TURÍSTICOS
Praça do Imigrante:
Localizasse no trevo de acesso de Iporã do Oeste. Foi construída em 2007 e simboliza
a chegada dos imigrantes ao município.
Pesque e Pague:
Situa-se na comunidade de São Vendelino, no meio rural, de fácil acesso. Oferece um
ambiente familiar para camping, espaço para realização de festas e pescaria.
Cachoeiras:
Iporã do Oeste possui poucos rios, mas é uma Terra com grande abundancia de água.
Possuem várias cachoeiras bem como açudes e reservatórios de água.
Economia
A principal atividade econômica do município é a agropecuária, com destaque para a
agricultura familiar. Produção de fumo, grãos e frutas cítricas.
A criação não é diversificada, apenas cria-se gado de leite, suínos e aves. O setor
industrial incluiu artefatos de cimento, esquadrias, construção civil, farinha de milho e trigo,
embutidos, panificação e confeitaria, vestuário, artesanato, móveis, cerâmica, implementos
agrícolas e refrigeração.
Geografia
Iporã do Oeste está localizada a uma altitude de 557 metros acima do nível do mar. A
área da unidade territorial é de 202.369km², dividida em 26 Linhas/Comunidades. O clima é
subtropical, o relevo é constituído de planalto de superfícies planas, onduladas e montanhas
fortemente dissecadas, de formação basáltica. A vegetação predominante é de mata nativa,
embora bastante prejudicada pela devastação. Existem ainda, as áreas agricultáveis. A
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hidrografia é representada por inúmeros lajeados e riachos, todos desembocando no Rio
Uruguai.
População
A população do município é formada por habitantes do meio rural e urbano, conforme
dados do IBGE, 2010, a porcentagem da população é de 49,0% no meio urbano e 51,0% no
meio rural.
A estrutura etária de uma população habitualmente é dividida em três faixas: os
jovens, que compreendem do nascimento até 19 anos, os adultos, dos 20 anos até 59 anos, e
os idosos, dos 60 anos em diante. Segundo essa organização, no município em 2010, os
jovens representavam 29, 6%, os adultos 57,4% e os idosos 13% da população. Sendo que a
população total em 2010 é de 8.409 habitantes.
Localização de Iporã do Oeste no Brasil
Unidade Federativa - Santa Catarina
Mesorregião-Oeste Catarinense
Microrregião-São Miguel do Oeste
Municípios limítrofes: Mondaí, Riqueza, São João do Oeste, Tunápolis, Santa Helena e
Descanso.
Distância até a capital - 790Km.
HISTÓRIAS DAS COMUNIDADES QUE FAZEM PARTE DA NUCLEAÇÃO
ESCOLAR
1-Linha Aparecida
A comunidade de linha Aparecida é constituída por 180 famílias. A comunidade
escolheu o nome Nossa Senhora Aparecida como padroeira desta comunidade devido a uma
tragédia que aconteceu no meio do mato com o senhor José Ely, que pediu a benção a Nossa
Senhora Aparecida para melhorar das fraturas que sofreu, pois, naquele tempo não havia
recurso como hoje. Se o pedido for aceito a comunidade ia receber o nome de Nossa Senhora
Aparecida, como ele era um dos primeiros moradores, os outros aceitaram o nome com isso
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ficou Linha Aparecida. No dia 12 de setembro, dia de Nossa senhora Aparecida ocorre a
tradicional romaria na comunidade.
A comunidade já construiu a 3ª Igreja, o 2° salão, o campo de futebol, a escola que foi
desativada com a nucleação do ensino. E também no ano 2007 foi construído o calçamento da
rua principal, que era um grande momento histórico, pois, foi à primeira rua do interior do
município de Iporã do Oeste que recebeu calçamento.
Localiza-se ao oeste da sede, onde faz divisa com as comunidades de Monte Maria,
São Lourenço, Piraju e Jacutinga e com os municípios de São João do Oeste. Fica as margens
da rodovia SC 386. Sua economia está baseada em agricultura, gado leiteiro, pecuária,
avicultura, suinocultura. Possui aproximadamente 65 famílias, fica à 6 km da sede.
Curiosidade da comunidade possui ponto mais alto de Iporã do Oeste.
2- Linha Jacutinga
Em 20 de novembro de 1985 os moradores desta Linha se reuniram para pensar em
fundar uma nova comunidade, sendo que, foi efetivamente fundada em 01 de novembro de
1986. Comunidade está desmembrada de Linha Aparecida e uma parte de Iporã do Oeste.
Em março de 1986 foi eleita a primeira diretoria, assim constituída: Presidente Beno A.
Gabriel, Secretário Calisto Becker, Tesoureiro Pedro A. Heck.
E na mesma reunião Luís Wolf se prontificou em doar 2.000 m² de terra para a
construção da igreja, que teria como padroeiro São Gabriel, que mais tarde foi trocado o nome
para Sagrado Coração de Jesus. O primeiro culto foi realizado em novembro de 1986, pelo
então ministro Lotário Wolf.
Em 10 de fevereiro de 1987 deu-se início a construção da capela, quando a
comunidade contava com 18 sócios. A inauguração com a primeira missa, celebrada pelo
então vigário Luis Heinnem no dia 19 de julho de 1987.
Em 1991 foi concluído o prédio escolar, sendo inaugurado em 26 de maio de 1991,
tendo como professora Bernadete Oro Triches. Sendo que, anteriormente a escola funcionava
na igreja, a professora era Vera Lucia Sulzbacher Brand, escola hoje se encontra desativada.
Em 1986 foi fundada a Associação Cometa de Futebol, que tinha como primeiro
dirigente Calisto Becker e Astor Vogt. Em 1990 foi inaugurado o atual campo de futebol da
comunidade.
Em 1994 foi construído e inaugurado o Pavilhão Comunitário, construído na área da
Associação Cometa. Jacutinga está localizada a cerca de 5 km da sede municipal. Tem como
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fonte da economia, a agropecuária diversificada. A comunidade tem instituído o tradicional
bailão do fusca dia 1 de janeiro de todo ano.
Jacutinga localiza-se no Oeste da sede e faz divisa com Aparecida, Letras e com a
sede. Sua economia está baseada no Fumo, milho e soja. Tem aproximadamente 23 Famílias.
Fica numa distância de 5 km da Sede.
3 - Linha Letras
A localidade recebeu o nome de Letras, pois um riacho que faz divisa com o
município vizinho é chamado de Letras. A comunidade localiza-se a uma distância de
aproximadamente 5 km da sede de Iporã do Oeste.
Diz-se que à margem do mesmo encontram-se algumas plantas e nelas há riscos que se
identificam com "Letras". Não se sabe se foi trabalho da natureza ou se foi feito pelas mãos
dos povos primitivos.
A colonização desta comunidade data de 1948 quando chegaram os primeiros
pioneiros Artur Krein e Valdo Steler, iniciando o desbravamento das matas e construção de
um riacho que lhe servisse de abrigo e proteção.
A primeira escola que ainda hoje existe, porem desativada, foi construída em 1965 e
seu primeiro professor foi Arnildo Stahler, com um total de 12 alunos, naquele ano.
Existe atualmente na comunidade cerca de 20 famílias, exercendo suas atividades
fundamentadas na agricultura.
Localiza-se ao noroeste da sede fazendo divisa ao norte com o município de Santa
Helena ao oeste com Tunápolis e com comunidades de Pirapó e com a sede de Iporã do Oeste.
Sua economia está baseada em fundamentalmente na agricultura. Atualmente Linha Letras
possui clube, igreja, porém abandonado. As famílias participam da sede que fica a 5 km de
distância de Iporã do Oeste.
4-Linha Pirapó
O nome Pirapó significa em língua indígena "PEIXE VERMELHO". Por volta de
1952 chegaram os primeiros colonizadores, Italianos e Alemães, vindo do Rio Grande do Sul.
Os primeiros moradores foram: Antonio e Arcicio Lipreri, Arlindo Georgen, Balduino Horst,
Domingos Dallazem, João Vinda, Pedro khofan, Vitalino Lazzari, Vitório Bazotti e Vendelino
Georgen. Quando as famílias chegaram a Pirapó apesar de encontrar muito mato também
encontraram um Barraco, construído de madeira lascada e furada por balas de revólver e
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espingarda. O nome da padroeira da comunidade de Linha Pirapó foi colocado por este
seguinte fato: Terezinha Vidori estava com um sério problema de visão, quase cega. Como os
recursos médicos eram poucos, ela prometeu que se conseguisse enxergar com pelo menos
um olho, a comunidade se chamaria (Nossa Senhora do Caravágio) por um milagre ela tornou
a enxergar, ela comprou a primeira imagem da santa e colocou na igreja, este fato aconteceu
por volta de 1963, sendo que por ali em diante no dia 26 de maio acontece uma celebração em
honra a Nossa Senhora do Caravágio. No dia 29 de Junho de 1964 foi colocada a pedra
fundamental na igreja da comunidade sendo a primeira missa celebrada pelo Padre Vendelino
Seidel.
A primeira escola foi construída pelos próprios moradores, a lei desta Escola saiu em
03 de maio de 1960 sendo a primeira professora foi Darcila Disegna. A comunidade está
localizada aproximadamente à 6 km da sede do município e celebra tradicionalmente dia 26
de maio a festa Festa Nª Sra Caravágio.
Localiza-se a 6 km ao norte da sede. Faz divisa com os municípios de Santa Helena e
Descanso e com as comunidades de: Letras, Lagoa dos Patos e com a sede. Tem sua
economia baseada na criação de suínos, vaca leiteira, fumo e milho. Na comunidade de Pirapó
moram aproximadamente 40 famílias e na comunidade fica o local onde funciona a central de
abastecimento de água do município de Iporã do Oeste.
5-Linha Lagoa dos Patos
Lagoa dos Patos situa-se à aproximadamente 7 km da sede do município, sendo
beneficiada pela rodovia SC 163 que liga a comunidade via asfáltica à sede e ao vizinho de
Descanso.
Em 1929 chegaram os primeiros colonizadores, Siegfried Fridolin Kumm e Madalena Maria
Kumm, Carlos e Paulina Konflanz, juntamente com Bernardo Barth.
O nome da comunidade originou porque naquela localidade existia uma vertente de
água muito forte, como Carlos Konflanz adorava a criação de patos e marrecos, já que era
tradição entre os pomerânios, construiu uma barragem pau a pique, formando uma lagoa. Este
ponto serviu de referência e orientação aos cavalheiros, carroceiros e tropeiros. Todos diziam
"Lagoa dos Patos" e ficou por esse nome.
Os primeiros alunos que estudaram na escola primária, dirigiam-se para Pinhal.
Usavam cavalos para o transporte. Em 1953 foi fundada a primeira Igreja Luterana, que era
uma construção de madeira. Foi neste ano que iniciaram as atividades escolares, com 35
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alunos que vinham também de comunidades vizinhas, sendo utilizada a igreja para a
alfabetização das crianças. A primeira professora foi Carolina Konflanz. O segundo professor
é também proprietário da primeira casa comercial foi Emilio Angst.
Localiza-se a 8 Km ao norte da sede onde faz divisa com o município de Descanso e
com as localidades de: Pirapó, Laranjeiras, Iratim e São Vendelino. Sua economia esta
baseada em fumo, milho, feijão, pepino e leite. Número de famílias é aproximadamente 26.
6-Linha São Vendelino
A comunidade que hoje se chama São Vendelino, teve início nos primeiros anos da
década de 50, as terras eram praticamente de um dono, somente Guerino Piran, não residia na
comunidade, morava na sede em Pinhal (Iporã do Oeste).
Como a procura pelas terras era bastante intensa, começou a vender para os imigrantes,
deixando um pedaço reservado aonde seria a terra para a construção da igreja. Os primeiros
pioneiros foram: Severino e Tereza Grando, Ângelo e Ida Sicheleiro, Atinando e Libra DaI
Sasso, Pedro e Angelina Batistel, Emo e Amalha Ruschel.
O principal motivo da imigração era o excesso de madeiras, terras baratas e férteis para
o plantio. A maior parte dos pioneiros chegaram na década de 50 e 60, muitos não
aguentaram permanecer nas novas terras e voltaram, e outros seguiam para outros lugares. Os
que aqui ficaram formarão famílias numerosas começaram a derrubada do mato para fazer a
agricultura, tarefa bastante difícil porque erra feito de forma braçal, com serrote, machado,
queimadas e foice. Plantava - se com saraquá (pedaço de ferro); abria a cova e colocava a
semente, não havia a necessidade de limpar as plantações, quase não existia inço o que
facilitava o serviço.
O principal alimento era a polenta, radiche e carne (em sua maioria de caça). Quando
carneavam porcos, era necessário guardar a carne na banha, após frita, para não estragar, pois
não havia congelador para conservar os alimentos. Anos muito difíceis comparados com os
atuais. Ninguém reclamava, pois com muita coragem e otimismo lutavam para vencer.
Fiorentino Lorenzett comprou um pedaço de terra e junto a ele tinha a área reservada à
igreja, o mesmo cumpriu o contrato, deu desistência da terra doando a comunidade.
Antes de haver esta igreja as pessoas que residiam na comunidade deslocavam-se até
Itajubá ou Pinhal para participar do culto. A locomoção era a cavalo, bicicleta ou a pé,
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dificilmente deixavam de frequentar, mesmo com dificuldades de chegar até o local. Com a
construção da igreja facilitou a vida dessas famílias. No mês de outubro comemoram a
tradicional festa do padroeiro.
Localiza-se a 6 Km da sede, faz divisas com as seguintes comunidades, Lagoa dos
Patos, Iratim, Taquara, Cabeceira do Taquarussú ao nordeste da sede e as margens da SC386.
Economia: Sua economia está baseada na agricultura, pecuária, avicultura, suinocultura
e produção de leite. Tem aproximadamente 57 famílias.
7-Linha Cabeceira do Taquarussú
Localizada as margens da Rodovia SC 163, a 4 km distante do município, no sentido
norte-sul Iporã a Descanso.
Sua colonização iniciou-se no ano de 1952, quando fixaram residência as famílias de
Anoldo Germano Breunig, Felicio Sinhori, Francisco Horst, Luís Rúpulo, Reinoldo Scherer,
Siegfried Kumm, Teobaldo Winter, Vitória Fiorino, Wilhem Horst, provenientes do Estado
do Rio Grande do Sul. Os quais adquiriram as suas terras da Empresa Chapecó Peperi.
O nome Cabeceira do Taquarussú deu-se em razão da presença de uma grande
quantidade de touceira de Taquarussú perto de uma fonte, que dá início ao Rio Taquarussú,
mais adiante Rio Lajú. A primeira trilhadeira foi comprada por Anoldo Germano Breunig, no
ano de 1955, serviu para trilhar cereais em geral de um grande número de moradores,
inclusive de comunidades vizinhas. Sendo que o mesmo se ausentava da família por inúmeros
dias para efetuar este trabalho.
Em 1956, foi instalada a serraria e moinho de propriedade de Reinoldo Ruschel, sendo
que, atualmente o moinho e a serraria estão desativados. No dia 8 de agosto de 1960, começou
a funcionar a Escola. Foi feito uma arrecadação de material entre as famílias. Os móveis e
quadro-de-giz foram confeccionados por Adolfo Zillmer. O terreno foi doado por Anoldo G.
Breunig, tendo como professora Gerda Breunig. No dia 17 de junho de 1978 foi inaugurado
um novo prédio escolar, todo de alvenaria, hoje a Escola encontra-se desativada. Em 12 de
outubro de 1975, foi criado a Sociedade Recreativa Cultural e Beneficente 12 de outubro.
Primeiramente foi construído um pavilhão para atender as necessidades do clube e somente
em agosto de 1977 foi inaugurado o clube de danças.
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Localiza-se a 3 km nordeste da sede as margens da Rodovia SC-163 fazem divisa com
as comunidades de Taquarussú, Taquara, São Vendelino, Letras e com Iporã do Oeste.
Economia baseada na Agricultura e gado leiteiro. Possui aproximadamente 55 famílias,
realiza todo ano tradicional o baile do leiteiro.
8-Linha Faic
Recebeu o nome devido à primeira Feira Agropecuária Industrial e Cultural - FAIC ter
sido realizado em meados de 1970 na localidade. Foi colonizada por descendentes alemães
por volta de 1945. Os pioneiros foram: Miguel Gauer, Linus Ruschel, Aloísio Staud e Edvino
Staud.
A Linha Faic conta com uma sede tendo salão para realização de eventos e festas e o
campo inclusive iluminado. Por ser próxima a cidade não tem igreja na comunidade os
moradores participam dos eventos religiosos na sede do município.
Números de famílias localidade são aproximadamente 36 famílias. Localiza-se a 1,69
km da ao sul cidade. Faz divisa com Piraju, Taquarussu, Aparecida, e com a sede Iporã do
Oeste a economia baseada na agricultura, gado leiteiro e de suínos.
9-Linha Piraju
A colonização aconteceu por volta de 1945 quando as primeiras famílias vieram morar
ali. O início era difícil devido à falta de transporte e meios de comunicação, com o tempo foi
melhorando, mais famílias vieram e as picadas forma abertas e transformadas em estradas
dando melhores condições de trafico as carroças e mais tarde automóveis.
Na época existia grande número de aves e amimais selvagens, porém com a caça e
desmatamento foram desaparecendo. A terra fértil fez com que os colonizadores
aproveitassem suas áreas para exploração da agricultura.
No início a comunidade era formada só por alemães mais tarde italianos também
ocuparam a comunidade. A primeira escola foi construída em 1948 que foi fechada com a
nucleação das escolas como em praticamente todas as comunidades.
Em 1948 foi construída a igreja católica e em 1976 a igreja Luterana, ainda existentes
no dia de hoje.
Localiza-se a 12 km ao Sudoeste da sede e faz divisa com São Lourenço, Barra
Grande, Taquarussú, Faic e São Luís. Sua economia está baseada em milho, criação de gado
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leiteiro, aviários e suinocultura. Aproximadamente 100 famílias residem na comunidade.
Possuí três igrejas construídas: católica, evangélica e luterana.
10-Linha Barra do Taquarussú
Esta comunidade começou a ser colonizada no ano de 1945 pelos senhores Osvino
Wandscheer e Arnildo Pinnow. Recebeu este nome porque passa uma barra, a qual faz divisa
com a Cabeceira da Sanga Taquarussú.
A escola foi fundada em 1969, com 52 alunos, em terreno doado pelo Senhor Lindolfo
Grunewald, sendo a primeira professora Werena Maria Leuse que lecionou por vários anos. A
nova escola em alvenaria foi construída em parceria comunidade e prefeitura, inaugurada em
18-06-1995. A escola foi desativada, os alunos da comunidade frequentam as escolas do
centro do município.
Atualmente residem na comunidade famílias das religiões católica, evangélica e
luterana.
11-Linha Jundiá (não consta registro histórico)
12-Linha Alto Piraju (não consta registro histórico)
13-Linha Entre Rios (não consta registro histórico)
14-Linha Schneiders (não consta registro histórico)
15-Linha Esquina Gaúcha (não consta registro histórico)
16-Linha Wickert (não consta registro histórico)
17-Linha Ruscheinsky (não consta registro histórico)
18-Linha Jabuticaba (não consta registro histórico)
19-Linha São Jorge (não consta registro histórico).
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Referencial Teórico
A concepção da pedagogia crítico social assegura a interligação entre as práticas
socioculturais dos educandos, é a cultura elaborada e assim a unidade conhecimento-ação. O
domínio do saber elaborado auxilia no conhecimento e compreensão das realidades sociais
favorecendo a atuação dos indivíduos na vivência do dia a dia e das lutas pela transformação
social.
A educação é um processo social, é preciso ter claro o modelo de sociedade em qual
ocorre a fim de estipular seus objetivos e finalidades.
O modelo de sociedade é caracterizado pela divisão social do trabalho, relações entre
as classes e grupos sociais, diante disso é necessário questionar, qual é o objetivo da
Educação: a manutenção da organização social vigente, adaptando os indivíduos a essa
realidade? Ou tomar como ponto de partida as exigências da sociedade concreta, e
instrumentalizar os indivíduos para coletivamente compreendê-la e transformá-la. Dentre
estas exigências está o conhecimento referente aos múltiplos campos da atividade humana
requeridos pela prática social e histórica dos homens. É trabalhar um conhecimento
consonante com as imposições do desenvolvimento histórico e social com vistas à
transformação.
A Escola é mais que uma passagem é o próprio movimento social que possibilita aos
educandos ligações dos conteúdos com a realidade com a prática social e histórica. Passam do
conhecimento empírico para o conhecimento teórico científico. A teorização possibilita passar
do senso comum para uma explicação e compreensão da realidade e transformação social.
Competências a serem aprendidas na Escola do século XXI
 Autonomia
 Flexibilidade
 Iniciativa e dinamismo
 Espírito de equipe
 Criatividade
 Formação ao longo da vida
 Habilidades Sociais
 Comunicação
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 Assumir responsabilidades
 Entendimento das diferenças culturais
 Abertura as novas tecnologias
9-HISTÓRIA DA CRIANÇA E DA INFÂNCIA
A trajetória da educação Infantil sempre esteve ligada ao “conceito de infância”
construído ao longo da história e as políticas voltadas para essa faixa etária. Phillippe Ariès
(1981) em sua obra História Social da Criança e da Família retrata com clareza a lenta
evolução de algumas posturas ocorridas ao longo dos séculos, envolvendo a trajetória da
concepção de criança.
Na sociedade medieval, o sentimento de infância não existia, por isso não se
considerava a criança com suas características particulares, próprias de sua idade e que a
diferem do adulto. Ela era considerada um “adulto em miniatura”, e, por essa razão, assim que
tinha condições de viver sem os cuidados de sua mãe ou ama, ingressava na sociedade dos
adultos, e não se distinguia destes, participando de jogos e de situações da vida adulta.
Importante lembrar que, até no século XVII, as condições gerais de higiene e saúde
eram muito precárias e a mortalidade infantil era muito por causa da fragilidade das crianças
pequenas. Os pais se sentiam penalizados com a morte de seus filhos, mas viam tal
acontecimento como um fenômeno natural, e, que a criança morta poderia ser substituída por
outra. As mulheres, por sua vez, ao longo de sua vida davam a luz a muitos filhos; tinham,
pois a consciência que muitos deles não sobreviveriam a primeira infância.
A criança só passava a ter identidade própria, ao ser considerada como indivíduo na
comunidade social, quando conseguiam fazer coisas semelhantes aquelas realizadas pelos
adultos.
A partir do século XVII percebesse uma mudança considerável de ver a criança. Ela
deixou de ser misturada aos adultos e de aprender a vida, diretamente, mediante contato com
eles. Ela passou a ser mantida a distância, uma espécie de quarentena (escola/colégio), antes
de ser solta no mundo. Durante esse período, definiram-se rumos da educação que visavam,
antes de tudo, corrigir as crianças e guia-las para o caminho do bem.
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No século XVIII, via-se a criança como ser primitivo, irracional, não pensante. Era
preciso educa-la para desenvolver nela o carácter e a razão- traços de adultos. Instituiu-se,
pois, um padrão adulto para estabelecer julgamentos, ao invés de entender e aceitar as
diferenças e semelhança das crianças, a originalidade do seu pensamento. Pensasse nelas
como páginas em branco a serem preenchidas, preparadas para a vida adulta. Essa preparação
se fazia em etapas e exigiam-se cuidados. Essa foi a concepção, que triunfaria no século XIX.
Se na época medieval a vida era basicamente rural, e apenas a aristocracia e clero
tinham acesso à educação e à cultura, com a expansão do comércio e o surgimento de uma
nova classe social (os comerciantes), as coisas começaram a tomar novos rumos. Essa nova
classe começou a conquistar cada vez mais poder político, opondo-se a aristocracia. Esse
movimento culminou com a Revolução Francesa quando o povo e os comerciantes, os
burgueses, tomaram de assalto às instituições aristocráticas. Para os “burgueses”, a educação
dos filhos tornou-se muito importante, porque, sem conhecimento e sem formação necessária,
não poderiam levar a frente os estabelecimentos comerciais que viriam a herdar, nem
conseguir posições sociais mais favoráveis, caso os pais não as tivessem.
As escolas por sua vez, passaram a assumir o papel de ponte para o futuro, tendo como
objetivo a preparação da criança para a vida e o trabalho. Um ensino mais longo e
aprofundado era oferecido aos filhos de burgueses que ocupariam cargos de técnicos,
administradores, legisladores e intelectuais; enquanto que para os filhos dos trabalhadores
braçais, que viriam a ser mão-de-obra, destinava-se apenas uma educação básica.
Já com a Revolução Industrial, no século XIX, houve o crescimento das cidades,
tornando-se cada vez maior a necessidade de mão-de-obra para trabalhar nas indústrias.
A partir daí a sociedade encarregou-se com o cuidado com as crianças. Foram criadas
as primeiras creches e instituições de cunho assistencial, onde as crianças permaneciam
enquanto suas mães trabalhavam, originando assim, a pré – escola atual.
Embora a escolaridade destinada às crianças fosse diferenciada de acordo com sua
classe social, a escola em geral partia de uma concepção de infância, que pressuponha um
padrão médio, único e abstrato de comportamento e desempenho infantil: as crianças das
classes sociais menos favorecidas (de baixa renda) eram consideradas como carentes,
inferiores, a média que não correspondiam ao padrão pré-estabelecido. Faltavam a essas
crianças determinados atributos, atitudes ou conteúdo que deveriam ser nelas incutidos.
Somente na segunda metade do século XX, com os avanços dos estudos na área da psicologia
do desenvolvimento, é que houve uma mudança de concepção do que é ser criança.
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A Constituição Brasileira de 1988, assegura em seus artigos referentes à educação a
garantia do atendimento em creche e pré-escola ás crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos, como
direito de todos e dever do Estado e da família. Na sequência, o Estatuto da Criança e do
Adolescente de 1990, em seu Art. 53, reforça esses direitos. Mais tarde, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional de 1996 (Lei N° 9394/96) estabeleceu para o Município a
responsabilidade constitucional e legal em relação a Educação Infantil e ao Ensino
Fundamental, dando prioridade ao Ensino Fundamental. É a primeira vez que a expressão
“Educação Infantil” apareceu na LDB, e é definida como a primeira etapa da Educação
Básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade. A
Lei estabelece que a Educação Infantil seja oferecida em creches para crianças de até três anos
de idade e em pré-escolas para crianças de quatro a seis anos. Essa distinção entre creche e
Pré – escola é feita unicamente pelo critério de faixa etária, sendo ambas instituições de
Educação Infantil.
Atendendo as exigências da Lei, as creches passaram a integrar-se a um Sistema
Municipal de Educação, deixando de ter um caráter “assistencial”, espaço de “guarda” para
caracterizar-se como agência de educação. Neste sentido, as instituições de educação infantil
(creches e pré-escolas) integral passam a ter as funções de educar e cuidar, comprometidas
com o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, intelectual, afetivo e social,
compreendendo a criança como um ser total, completo, que aprende a ser e conviver consigo
mesmo, com o seu semelhante, com o ambiente que a cerca de maneira articulada e gradual.
Por isso, essas instituições precisam ter condições e recursos materiais e humanos voltados
para o trabalho de cuidado e educação dessa clientela.
Com a Sansão do FUNDEB, que passou a vigorar em 1º de Janeiro de 2007, pela
primeira vez na história as creches e Pré - escolas públicas tem um sistema de financiamento
normatizado em lei com recursos da União, Distrito Federal, Estados e Municípios. Instituído
pela Emenda Constitucional Nº 53, de 19 de dezembro de 2006, e regulamentado pela medida
provisória 339, de 29 de dezembro do mesmo ano, o FUNDEB amplia significativamente os
recursos para o financiamento da Educação Básica, contribuindo para o aumento de sua oferta
e de sua qualidade.
Sendo assim, o Fundo da educação Básica (FUNDEB) não resolve sozinho o déficit
histórico da Educação Infantil, mas sua implantação cria condições para o Brasil dar um salto
em oferta e qualidade dessa etapa, essencial ao desenvolvimento da criança, pois, o período de
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0 a 6 anos é o mais decisivo no desenvolvimento emocional e cognitivo da pessoa. O acesso á
educação nessa etapa da vida é essencial.
10. CONCEPÇÃO DE CRIANÇA E INFÂNCIA
Ao nascer, a criança já se constitui um ser social, pois depende dos adultos para
sobreviver. Ao chorar, manifesta sua insatisfação para ser atendida, estabelecendo, assim,
uma relação de interação, de ação recíproca, adulto X criança, onde ela estará em contato com
o meio a sua volta.
A história da criança demonstra que presença infantil, como fator merecedor de
atenção, cuidados, respeito no contexto social, só começa a ser considerada muito
recentemente foi a partir da psicanálise e, posteriormente, da psicologia infantil que se passou
dar importância à infância como uma etapa fundamental e decisiva na formação da
personalidade dos indivíduos. Até então, esta definição do que é ser criança, gerou no mundo
e através dos tempos, grandes injustiças e graves prejuízos em relação às responsabilidades
conjuntas do estado, da sociedade e da família, no que diz respeito nos cuidados de higiene,
saúde, nutrição, segurança, lazer e educação, elementos fundamentais ao processo de
desenvolvimento e socialização das crianças de 0 a 6 anos.
A criança é um ser humano completo, porque tem características necessárias para ser
considerada como tal: com constituição física, forma de agir, pensar e sentir; É um ser em
crescimento porque seu corpo está continuamente aumentando em peso e altura; É um ser em
desenvolvimento porque estas características estão em permanente transformação.
No que diz respeito às interações sociais, ressalta-se que a diversidade de experiências
potencializa o desenvolvimento infantil. “Crianças expostas a uma gama ampliada de
possibilidades interativas tem seu universo pessoal de significados ampliado”. Essa afirmativa
é considerada válida para todas as crianças independente de sua origem social, pertinência
étnico/racial, credo político e religioso, desde que nascem. A partir dessa relação/ interação,
ela constrói coletivamente seus modos de pensar, agir e reorganizar seus conhecimentos. É na
infância que a imitação, o desenho, a brincadeira do faz de conta, o jogo infantil, a fala e a
escrita, vão se constituir em processos fundamentais de seu desenvolvimento e aprendizagem.
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É através destes elementos mediadores que o educador vai atuar no processo de elaboração
conceitual da criança.
A Educação Infantil constitui-se em um espaço de construção e reconstrução do
conhecimento socialmente produzido e historicamente acumulado, e num instrumento de
compreensão da realidade como um todo.
11. ACOLHENDO A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
As crianças já desde pequenas, participam, vivenciam e se integram em situações que
envolvem diferentes sistemas de valores, regras, princípios morais e éticos presentes no
cotidiano. É na Educação Infantil que a criança adquire os primeiros preparos para o convívio
social, têm as primeiras noções de valores morais e aprimora suas capacidades cognitivas e
motoras que terá como base por toda vida.
A formação dos valores humanos se constitui a partir das experiências proporcionadas
pelas interações com o meio e no convívio com os outros. Sendo assim, a criança ao interagir
e vivenciar, vai observando, experimentando, descobrindo e constituindo seus próprios
conceitos. Com o amadurecimento e desenvolvimento da imagem mental, ela torna-se capaz
de interiorizar esses conceitos. Nesse processo, o adulto cumpre uma grande função de
auxiliar a criança a compreender e a perceber-se corresponsável pelos mesmos.
Numa dinâmica de trabalho onde o educador propicia experiências e questiona o ponto
de vista da criança confrontando-a com possíveis fatos, propicia a ela a renovação de
hipóteses. Com a resolução de pequenos conflitos, onde é desafiada constantemente com
novas tarefas e propostas, aprendem a cooperar, repara suas ações e estabelecer sua
autonomia, adquirindo uma conduta moral de valores individuais e coletivos necessários para
a vida em grupo.
Contudo, a ação educativa necessita ser pensada, planejada e analisada porque o que
definimos como metas e o que planejamos para atingi-las adquire um valor educativo
fundamental no processo de formação da autonomia, da personalidade e dos princípios morais
e éticos do cidadão. Portanto, é um ambiente de diálogo, confiança, onde as diversidades se
encontram e são reconhecidas, onde a criança é inserida, valorizada, respeitada e amada que
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se estimulam as oportunidades de desenvolvermos e formarmos um ser autônomo, com
princípios de valores morais, éticos e perspectivas de valorização à vida.
Moral e ética se constituem num sistema de regras e a essência de toda moralidade se
reflete no respeito que o ser humano tem por essas regras. A criança precisa compreender que
o estabelecimento, e, o cumprimento das regras é fundamental para a melhor convivência em
sociedade, e essas regras podem variar conforme os valores culturais, a consciência do
indivíduo e a situação do momento.
O educador precisa perseguir e mostrar com seu exemplo valores que são imitáveis,
tais como: liberdade, ética, amizade, solidariedade, boas maneiras, compaixão. Portanto, a
formação dos valores na educação escolar depende dos princípios de educação do professor. É
de extrema importância que o educador tenha consciência ao transmitir princípios morais bem
definidos, pois a criança precisa de bases seguras onde ela aprenda como proceder ao se
deparar com problemas, questionando o que não lhe é aceito e nem aceite tudo que lhe é
colocado.
A construção da autonomia refere-se ao conhecimento que as crianças vão adquirindo
de si mesmas, a autoimagem que se configura através desse conhecimento e a capacidade para
se utilizar de recursos pessoais nas diversas situações. A autonomia capacita a criança a tomar
decisões e a sentir-se responsável pela manutenção ou substituição. Torna-a capaz de agir
mentalmente, emancipando-a, ou seja, ela se torna sujeito, é capaz de pensar sobre os fatos
transformando-os e correlacionando tais transformações.
As ações educativas precisam permitir que a criança assuma as consequências de seus
atos e assim possa adquirir um sentimento de colaboração e responsabilidade para a vida.
O educador necessita planejar sua ação, organizar o espaço, levando em conta as
características, necessidades, possibilidades e desejos das crianças. Numa dinâmica de
trabalho onde as ações são desenvolvidas em conjunto, onde as próprias crianças executam
pequenas tarefas, tenham acesso aos materiais e sejam estimuladas nas iniciativas,
percorremos o caminho para a transformação de uma autonomia responsável e feliz.
12. O CUIDAR E O EDUCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
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A Educação Infantil caracterizou-se historicamente pelo assistencialismo, reduzindose a um espaço essencialmente de cuidados com a criança. Com o passar do tempo e com as
mudanças ocorridas nas tendências educacionais, passou a ser entendida como um processo
educativo. Hoje, ao refletir sobre a Educação Infantil, percebe-se claramente que não é
possível desassociar o cuidar e o educar, pois são considerados eixos centrais que
caracterizam e constituem o espaço e o ambiente escolar nesta etapa da educação.
Ao contrário do que muitos ainda pensam o cuidar e o educar não remetem,
respectivamente, ao assistencialismo e ao processo de ensino-aprendizagem, mas sim, um
complementa o outro e ambos precisam estar integrados para melhor atender os
desenvolvimento da criança na construção de sua totalidade e autonomia.
O Referencial Curricular para a Educação Infantil nos diz que, educar significa:
[...] propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de
forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades
infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica
de aceitação, respeito e confiança, e o acesso a conhecimentos variados (1998, p.23).
A criança necessita de cuidados básicos relativos à saúde, os quais se concretizam
através de uma alimentação saudável, hábitos de higiene, exercícios e atividades físicas,
momentos de repouso, entre outras diversas situações que exigem do professor atenção
especial em relação aos cuidados com a criança. No entanto, é imprescindível que o
profissional de Educação Infantil desenvolva entre as tarefas de cuidar, um trabalho
educacional que favoreça e conduza na descoberta e construção da identidade, apropriando-se
de saberes necessários à construção de sua autonomia.
A respeito do cuidar, o Referencial Curricular para a Educação Infantil serve de
subsídio no momento em que afirma que:
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a
dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a
qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses
cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados
(1998, p.24).
Cuidar significa auxiliar a criança em seus primeiros passos, descobertas, e ajuda-la a
desenvolver sua capacidade e explorar sua criatividade. Os cuidados não dizem respeito
apenas aos aspectos do corpo, mas envolvem também uma dimensão afetiva, pois a criança
precisa sentir segurança, apoio, incentivo e envolvimento do professor na compreensão do
que ela sente, pensa, em sua história e em seus anseios. A existência do vínculo professor X
educando é especialmente significativa, pois conhecer a criança permitirá ao professor
auxiliá-la em seu autoconhecimento e na identificação de suas necessidades.
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A Educação Infantil é um período em que devem ser oferecidas às crianças todas as
oportunidades e possibilidades de desenvolvimento e crescimento. É importante enfatizar que
não se constitui num tempo de preparação para a escolaridade futura. O cuidar e o educar
refletem seu significado no auxílio à criança a desenvolver sua capacidade de conhecer-se e
valorizar-se, compreendendo a importância do “eu” em sua dimensão tanto afetiva quanto
biológica, e também compreender e respeitar o outro, cultivando valores de solidariedade,
cooperação e amizade. Tanto o cuidar quanto o educar transparecem a ação pedagógica
quando há conscientização do professor sobre o desenvolvimento da criança de forma
integrada, quando valoriza a individualidade, as particularidades, os momentos e espaços
característicos da infância.
O professor precisa integrar o cuidar e o educar a sua prática de forma criativa e
dinâmica, onde todos os espaços e momentos vivenciados na escola favoreçam para a
construção da aprendizagem e da autonomia num ambiente que ofereça oportunidades e
possibilidades lúdicas e interativas, sempre na perspectiva de contribuir para a formação de
crianças felizes e saudáveis.
13. MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA
A mediação pedagógica é a expressão que se refere, em geral, ao relacionamento
professor- educando, na busca da aprendizagem como processo de construção de
conhecimento, a partir da reflexão crítica das experiências e do processo de trabalho.
O conceito de mediação pedagógica surgiu no contexto da “pedagogia progressista”,
caracterizada por uma nova relação professor - educando e pela formação de cidadãos
participativos e preocupados com a transformação e o aperfeiçoamento da sociedade. Antes,
até a década de 70, o sistema educacional brasileiro seguia uma abordagem de ensino
conhecida como “pedagogia tecnicista”, na qual cabia ao aluno assimilar passivamente os
conteúdos transmitidos pelo professor que se colocava como um facilitador, incentivador ou
motivador da aprendizagem que ativamente colaborava para que o aprendiz chegasse aos
objetivos.
Cabe aos professores um papel fundamental à vida em sociedade, mas principalmente,
no que se refere ao aluno para e/ou com os quais atuamos, como profissionais integrantes de
um processo sistêmico de educação.
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A prática de ensinar necessita ser subsidiada pela reflexão-ação-reflexão, a fim de que
o professor possa reinventá-la, tendo como sujeito principal o aluno e seus interesses, bem
como, ter em vista a realidade na qual atua de modo a adequar suas práticas e seus saberes,
conforme este contexto. Desta forma, este educador estará dando condições para que o aluno
possa construir conhecimentos, a partir do processo de ensino – aprendizagem, e que tais
conhecimentos façam sentido à vida prática deste, podendo assim, intervir como cidadão na
sociedade que aí se apresenta.
Ao professor cabe também a responsabilidade de exercer a função de socializar o saber
a todos os alunos, lutando pela garantia e permanência de todos na escola, independente da
origem, classe social, etnia e gênero. As mediações e interações promovidas pelo professor
precisam trabalhar heterogeneidade e o diálogo com as diferentes culturas. O professor é o
mediador do conhecimento, no qual planeja atividades significativas para estabelecer a
aprendizagem, a investigação e a pesquisa que orienta a mudança de conceitos preexistentes
em conexão às práticas e à teoria científica estabelecida. Sob esse ponto de vista, não somente
o professor, mas também o conteúdo, a forma de ensiná-lo e os objetivos como componentes
do ensino, são mediadores da atividade de aprendizagem.
O papel do professor é fundamental, pois é sua responsabilidade mediar e possibilitar
as interações entre os alunos e com o conhecimento como um processo de descoberta, de
produção, troca e cooperação. Nesse caso, o professor assume o papel e o espaço de mediador
na relação intencional de ensino: planeja atividades que contemplem observação, pesquisa ou
outras atividades que viabilizem o espaço e os dizeres dos alunos.
No seu papel de mediador, o educador vai além da simples ação educativa de
repassador de conteúdo, ampliando o seu papel para o mediador das dimensões cognitivas,
afetivas e sociais, desenvolvendo o trabalho em equipe, como parceiro, junto ao aluno,
buscando os mesmos objetivos.
Como mediador, o professor precisa ter uma relação ética com os alunos, isto é, ser
cúmplice na aposta de seu contínuo desenvolvimento e aprendizagem, e na construção de
valores e competências. Investir na capacidade do educando de assumir responsabilidade
também é função do professor mediador. Em decorrência dessa relação, o professor pode
passar a conhecer novas formas de conceber o mundo, rever comportamentos, desfazer
preconceitos, mudar atitudes e alterar posturas.
Quando a Escola procura realizar um trabalho de mediação, cujos pressupostos são
integracionistas no sentido de contribuir com a autonomia, o professor faz um percurso de
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mediação pedagógica, buscando atingir determinados fins, em direção a um trabalho
voluntário e intencional para que o aluno torne-se: ativo na busca e aquisição de informações,
na significação do conhecimento e na reflexão das práticas sociais; capaz de relacionar
conceitos teóricos com realidades práticas, de produzir conhecimentos enquanto agentes de
mudança, relacionando e contextualizando experiências, e dando sentido às diferentes práticas
da vida cotidiana; crítico na sua capacidade de considerar e olhar para os fatos e fenômenos
sob diferentes ângulos; pesquisador aberto ao diálogo, capaz de comparar posições e teorias e
resolver
problemas;
de
desenvolver
competências
pessoais
e
profissionais,
agir
voluntariamente e compreender a destinação de todas as suas funções, tanto individuais como
para a vida em sociedade.
Na Educação Infantil, todas as atividades precisam ser muito bem pensadas e
planejadas, possibilitando momentos de prazer, de oportunidades, de criação, de fazer
diferente. Portanto, os saberes necessários à prática docente são indispensáveis à vida do
educador, de forma que este possa desempenhar um trabalho, a partir de uma práxis educativa
comprometida com o saber docente. Esta práxis, requer o exercício diário sobre a ação
docente no lócus em que atua, levando- o a trilhar por caminhos que visualizem o ensino
como um trabalho coletivo e integrado da escola.
14. SALA DE AULA: AMBIENTE ALFABETIZADOR
O ambiente alfabetizador na instituição de Educação Infantil necessita propiciar
condições para que as crianças possam usufruí-lo em benefício de seu conhecimento e
aprendizagem. Para se obter um bom desenvolvimento neurológico e cognitivo da criança, o
ambiente alfabetizador precisa oferecer todos os estímulos em todas as linguagens,
necessários para a criança e também para a realização da prática docente.
Pesquisas e estudos voltados para a neurociência cognitiva mostram como a mente é
incrível e possui capacidade de nos surpreender. Crianças que convivem em ambientes
estimulantes, com adultos experientes e /ou sujeitos que compreendem a complexidade da
mente humana, terão suas capacidades e habilidades mais desenvolvidas. Estas são crianças
mais dispostas ao aprendizado, e culturalmente e socialmente mais desenvolvidas.
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Acredita-se que na Educação Infantil ocorre o processo de enriquecimento e de
desenvolvimento do cérebro da criança. Isso somente acontece se a criança realizar práticas
educativas estimulantes explorando os diferentes objetos usando sua imaginação e
criatividade, sendo encorajada por adultos que possibilitem a criança superar os seus desafios.
Para um ambiente ser estimulante, é preciso que os espaços oferecidos visem o bem
estar para o desenvolvimento infantil e situações ricas em aprendizagem. Criar um ambiente
alfabetizador designa organizar a sala de aula de forma que, cada espaço criado ofereça
materiais que favoreçam a aquisição de conhecimento. A exemplo disso citamos: Canto da
Leitura; materiais diversos com ilustrações e escritas (jornais, revistas, dicionários, folhetos);
Alfabeto ilustrado; Sequência numérica; Calendário; painel de aniversariantes; painel de
ajudantes do dia, dentre outros, de acordo com a idade, espaço e criatividade do educador.
Na Educação Infantil, não faz sentido separar o momento de brincar do momento de
aprender. Para tanto, o espaço necessita ser bem planejado de modo a proporcionar
multiplicidades de experiência e contato com todas as linguagens o tempo todo. É nesse
ambiente que as crianças vão socializar-se e ganhar autonomia.
Muitas vezes, a mesma sala é dividida com outras turmas, em outros horários.
Portanto, é importante que os professores entrem em acordo para a utilização do mesmo
espaço, afim de que não atrapalhe as atividades de ambos. Os materiais expostos necessitam
ter ordem e clareza, adquirindo o respeito de todos, indiferentemente de quem o tenha
elaborado.
15. CURRÍCULO
O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que
buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem
parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico. Tais práticas são efetivadas
por meio de relações sociais que as crianças desde bem pequenas estabelecem com os
professores e outras crianças e afetam a construção de sua identidade. Pois a criança é um
sujeito histórico, e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas, que vivencia,
constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa,
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experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade produzindo
cultura.
O currículo na Educação Infantil acontece na articulação dos saberes e das experiências
das crianças com o conjunto de conhecimentos já sistematizados pela humanidade, ou seja, os
patrimônios: cultural, artístico, científico e tecnológico. Essas considerações fundamentam os
3 princípios que devem guiar o Projeto Político Pedagógico na Unidade de Educação Infantil
propostos nos DCNEI (Resolução CNE/CEB 05/09, artigo 6º)

Éticos: (autonomia, responsabilidade, solidariedade, respeito ao bem- comum, ao meio
ambiente e as diferentes culturas, identidades e singularidades);

Políticos: (direitos de cidadania, exercício da criticidade, respeito à ordem
democrática);

Estéticos: (sensibilidade, criatividade, ludicidade, liberdade de expressão nas
diferentes manifestações artísticas e culturais).
Tais princípios embasam os temas, as metodologias e as relações que constituem o
modo de gestão das turmas e das unidades e a programação dos ambientes no dia a dia da
unidade de Educação Infantil.
16. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
REFLETINDO AS LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Na Educação Infantil os conteúdos são organizados através das linguagens sendo as
seguintes: Linguagem Artística, Linguagem da Natureza e Sociedade, Linguagem do
Movimento, Linguagem Oral e Escrita e Linguagem Matemática.
16.1 LINGUAGEM ARTÍSTICA
A arte é expressão e comunicação, e está presente em todos os tempos e em todas as
culturas. O papel do professor é criar condições materiais e pedagógicas para que o contato da
criança com a arte aconteça da forma mais lúdica e prazerosa possível. Orientar, provocar,
criar um ambiente propício para que ele faça, refaça, experimente e construa.
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A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e
comunicar sensações, sentimentos e pensamentos. Ela está presente em todas as culturas e nas
mais diversas situações (festas, comemorações, rituais religiosos...)
O trabalho com a música é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível
aos bebês e crianças. A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da
expressão do conhecimento, do equilíbrio, da autoestima e auto - conhecimento, além de
integrador social.
As artes cênicas dão às crianças uma chance real de brincar com outras possibilidades
de ser e de agir, favorecer a formação da identidade e mostram, na prática, a importância dos
valores, as consequências das atitudes e, acima de tudo, desenvolvem a cooperação e a
habilidade no trabalho em grupo.
Essa forma lúdica de aprender tem profundas implicações no amadurecimento das
crianças. Tais atividades conduzem ao aumento do poder de análise e síntese, permitem o
exercício da associação de ideias, da organização corporal e do pensamento. As artes visuais
são as expressões naturais das crianças.
Toda criança desenha. O processo de desenvolvimento gráfico infantil está ligado ao
desenvolvimento físico, social, intelectual e afetivo-emocional da criança. Várias modalidades
artísticas são trabalhadas com as crianças, mas o desenho se destaca por ter importância no
lazer artístico e na construção das imagens visuais.
Em cada fase, a criança possui determinada maneira de representar os elementos, não
havendo uma relação fixa entre a idade da criança e a etapa a ser alcançada, assim como a
idade mental não é a mesma em relação à idade cronológica.
As crianças têm suas próprias impressões, ideais e interações do lazer artístico. É
possível identificar espontaneidade e autonomia na exploração do fazer artístico, pois
exprimem emoções, sensações, pensamentos por meio de desenhos, pinturas, modelagem,
etc., suas vontades, imaginação e criação.
Outra questão importante é realizar a leitura de imagens, pois são fundamentais para a
formação crítica das crianças. Precisa-se dar preferência a materiais diversificados e que
promovam o lazer artístico no sentido da sua criação.
Se a professora estiver atenta às produções gráfico plásticas dos seus alunos, ela
poderá acompanhar os ritmos pessoais de cada criança e identificar eventuais fases comuns a
toda sua turma de educandos. Contudo, não basta entender os mecanismos psicomotores,
cognitivos, afetivos e históricos- culturais no grafismo infantil; é preciso oferecer um
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ambiente de aprendizado desafiador e estimulante às crianças. Constata-se que a função
simbólica é fator essencial no processo ensino e aprendizagem. Por meio de diferentes formas
de linguagens, a criança representa seus conceitos de vida. Representar, falar, cantar, imitar
ou desenhar são funções criativas e lúdicas, expressam representações verbais, visuais,
gestuais e sonoras.
16.2 LINGUAGENS DA NATUREZA E SOCIEDADE
No mundo onde vivemos, as crianças se constituem vivenciando um conjunto de
fenômenos naturais e sociais inseparáveis, diante do qual elas se mostram curiosas e
investigativas. Interagindo com esse meio, questionam e procuram respostas às suas próprias
perguntas.
A indagação sobre o corpo e o ambiente contribui para a formação de crianças cada
vez mais curiosas, observadoras, que se perguntam sobre sua realidade, buscam informações e
respostas, imaginam soluções, formulam explicações, expressam opiniões, interpretações e
concepções de mundo, confrontando seu modo de pensar com os de outras crianças e adultos
e relacionando seus conhecimentos e ideias a contextos mais amplos.
Propondo ou intervindo em situações cotidianas, levamos o grupo à ação reflexiva,
objetivando o pensamento, o levantamento de hipóteses interpretativas e explicativas.
Alimentamos uma postura investigativa, abrindo espaço para novos conceitos, resultado da
interação entre ideias elaboradas espontaneamente e o que lhes é ensinado. Assim, teremos
crianças cada vez mais autônomas, com possibilidades de trabalhar cooperativamente, de
coordenar outros pontos de vista ao seu, de modo a formar cidadãos críticos, responsáveis,
ativos, capazes de se integrarem criativamente à sociedade da qual fazem parte.
O trabalho com essa linguagem necessita proporcionar experiências que possibilitam
uma aproximação ao conhecimento das diversas formas de representação e explicação do
mundo social e natural, para que as crianças possam estabelecer, progressivamente, a
diferenciação entre o censo comum e o conhecimento científico.
Sendo assim, a Educação Infantil precisa proporcionar a ampliação das experiências já
construídas pelas crianças, mostrando a diversidade dessa linguagem, pluralidade de
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fenômenos e seres oferecendo o contato com as explicações científicas e possibilitando novas
formas de pensar e agir sobre o mundo que os rodeia.
16.3 LINGUAGEM DO MOVIMENTO
O movimento é a primeira manifestação na vida do ser humano, desde sua vida
uterina. É por meio dele que a criança tem a possibilidade de expressar-se e de interagir com o
meio e com outras pessoas, satisfazendo suas necessidades e ampliando o uso de gestos e
posturas corporais.
Através do movimento a criança conhece mais sobre mesma e sobre o outro,
aprendendo a relacionar-se. Constitui assim uma linguagem que a permita crescer na
construção de sua autonomia e identidade (no meio físico e social), contribuindo para o
domínio das habilidades motoras ao brincar, jogar, criando e imitando ritmos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:
O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do
corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos
gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A
dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança. Pode-se dizer que
no início do desenvolvimento predomina a dimensão subjetiva da motricidade, que
encontra sua eficácia e sentido principalmente na interação com o meio social, junto
às pessoas com quem a criança interage diretamente. A externalização de
sentimentos, emoções e estados íntimos poderão encontrar na expressividade do
corpo um recurso privilegiado.( Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil, 1998, p.18).
O educador precisa assegurar espaços apropriados que possam estimular e permitir
desafios, desenvolvendo o indivíduo integralmente, oportunizando a criança conhecer-se a si
própria, testar seus limites, modificar seus gestos, compreender a função de seus movimentos,
explorando as desigualdades dinâmicas. Portanto, o movimento é essencial ao ser humano,
especialmente às crianças, pois por meio de uma aprendizagem e estímulos adequados, estas
crescerão tornando-se adultos mais conscientes de suas capacidades e habilidades motoras.
16.4 LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
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A linguagem oral e escrita é de fundamental importância para o desenvolvimento
integral do ser humano. Desde muito cedo, é meio de interação e comunicação entre ela e seus
pares.
Pelo uso das diferentes linguagens, a criança interage com os outros manifestando seus
desejos e sentimentos. E é pela oralidade, inicialmente, que estabelece comunicação, relação
com o meio onde vive, ampliando suas possibilidades e dando sentido ao que vivem, veem e
aprendem.
A linguagem oral e escrita amplia a capacidade e o acesso ao mundo das letras,
passando pelas competências linguísticas de falar, ler e escrever. Para adquirir o domínio
dessas capacidades, a criança passa por diferentes fases de desenvolvimento, onde realiza
atividades que desenvolvam o aspecto cognitivo, social e emocional. Na brincadeira do faz de
conta, ela estabelece relações concretas com a linguagem oral e escrita as quais lhe
possibilitarão uma relação concreta, reconhecendo a importância da mesma e sua função
social, bem como o uso dessa linguagem no dia a dia de sua vida.
As instituições de Educação Infantil necessitam se preocupar em permitir acesso às diferentes
linguagens oral e escrita, dentro de uma perspectiva e contexto que permitam a criança viver
plenamente sua infância e que venha a desenvolvê-la integralmente numa relação de
mediação entre educador e educando.
16.5 LINGUAGEM MATEMÁTICA
Desde o nascimento, as crianças estão imersas em um universo do qual os
conhecimentos matemáticos são parte integrante. Participam de uma série de situações
envolvendo números, relações entre quantidades e noções obre espaço. Através da observação
de situações, manipulação de objetos e interação com as pessoas, a criança vai estabelecendo
relações e buscando significados para tudo o que acontece a sua volta.
Através do brincar a criança subtrai, adiciona, divide e multiplica. Podemos afirmar,
sem dúvida, que tanto as brincadeiras de rodas cantadas, as dramatizações, como os
brinquedos industrializados e artesanais são, todos, imprescindíveis na vivência infantil,
permitindo assim que a criança estabeleça relações matemáticas e sociais do cotidiano.
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Uma das estratégias que mais favorecem as construções de matemática são os jogos,
processos que envolvem o indivíduo e sua cultura, adquirindo especificidades de acordo com
cada grupo. Eles têm um significado cultural muito marcante, pois acriança irá conhecer,
aprender e se construir como um ser pertencente ao grupo, ou seja, os jogos e as brincadeiras
são meios para a construção de sua identidade cultural.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998):
As noções matemáticas (contagem, relações quantitativas e espaciais etc.)
são construídas pelas crianças a partir das experiências proporcionadas pelas
interações com o meio, pelo intercâmbio com outras pessoas que possuem
interesses, conhecimentos e necessidades que podem ser compartilhadas
(p.23)
Utilizando recursos próprios e pouco convencionais, as crianças recorrem a contagem
e operações para resolver problemas do seu cotidiano. Contudo, é preciso ser criativo e usar
de recursos que instigam o aluno à reflexão e a busca de soluções, tornando a sala de aula um
ambiente desafiador.
É trabalhando com situações- problema ou resolvendo problemas que estamos
oportunizando situações ricas para a aprendizagem de conceitos, descobertas de estratégias e
o desenvolvimento de atitudes favoráveis ao saber matemático. Portanto, a matemática que as
crianças aprendem na Escola necessita dar-lhes acesso a novos meios de pensar, levando-as a
uma flexibilidade de pensamento tão necessário neste mundo dinâmico em que vivemos.
17. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Os conteúdos para a Educação Infantil são organizados em uma rede temática,
seguindo um Tema Geral que norteia a prática pedagógica.
O Tema Geral é elaborado com a Comunidade Escolar, a partir da vivência ou da
necessidade com os educandos, educadores e pais. A partir dessa vivência, faz um diagnóstico
das metas e necessidades para que haja uma transformação no processo educativo, elabora-se
então um Tema Geral para todas as Unidades Escolares que norteará o trabalho pedagógico.
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18. REDE TEMÁTICA
TEMA GERAL: “ O valor da vida ?”
01-Socialização
Adaptação
Integração
Convivência
Autonomia
09-Meios de
Transporte
Tipos
Trânsito
Utilidade
Cuidados
Segurança
Leis
Sinalização
02- Escola
Espaço Físico
Localização
Função social
Nomes/Símbolos
Profissionais
08-Meios de
Comunicação
Mídia
Evolução
História
Tipos
Qualidade dos
programas
Tempo
10-Município
07-Meio Ambiente
Localização
Geográfica
Zona Urbana/Rural
Símbolos
Economia
Cultura
Planeta Terra
Água
Solo
Ar
Animais
Plantas
Preservação
Lixo
03- Valores
04- Identidade
Limites
Direitos e Deveres
Combinados (Escola/Turma)
Segurança Afetividade
Solidariedade
Confiança
Responsabilidades
Autoestima/Fé
Corpo
Eu
Nome
Gênero/Sexualidade/Diferenças
Higiene
Saúde/Doenças/Vacinas/Remédios
Alimentação/Ativ. Físicas/Lazer
05-Família
A Escola como um espaço de
construção de Projetos de Vida
Datas Especiais
Páscoa
Dia das Mães
Semana do Município
Festa Junina
Dia dos Pais
Aniversariantes
Semana da Pátria
Semana da Criança
Gincana da Família
Formatura Pré II
06-Alimentação
Origem dos alimentos
(naturais e industrializados)
Higiene e conservação
Pirâmide alimentar Cadeia
alimentar
Estrutura Familiar (pesquisa)
Trabalho/Profissões
Visita as Famílias (resgate)
Lazer/Etnia/Espiritualidade
Resgate dos Brinquedos
e Brincadeiras que fizeram parte da
história da Família.
Organização
Familiar
Moradia, Localização
Tipo(madeira/tijolo,..)
Cômodos/espaços
Importância
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18.1 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
O sócio-interacionismo é uma teoria de aprendizagem cujo foco está na interação.
Segundo esta teoria, a aprendizagem dá-se em contextos históricos, sociais e culturais e a
formação de conceitos científicos dá-se a partir de conceitos quotidianos. Desta forma, o
conhecimento real do educando é ponto de partida para o conhecimento potencial,
considerando-se o contexto sociocultural.

Planejando nesta perspectiva:
Para conduzir o processo de planejamento, alguns princípios são apresentados como
fundamentais, entre eles, a importância de planejar pensando em formar cidadãos críticos, que
criam e recriam conhecimentos, primando pelo respeito aos ritmos de aprendizagem de modo
que possam avançar em seus conhecimentos. O planejamento é entendido como ação que
precisa proporcionar um ensino reflexivo, que valoriza, problematiza e sistematiza os
conhecimentos dos alunos, oportunizando a interação entre pares por meio da diversificação
de estratégias didáticas. O planejamento constitui-se numa importante ferramenta de
organização didática e pedagógica, sendo fundamental a clareza quanto aos aspectos
conceituais e metodológicos dos conteúdos de ensino a fim de estabelecer objetivos claros de
aprendizagem, levando em conta os conhecimentos prévios dos educandos e produzindo
situações de ensino e aprendizagem desafiadoras que contemplem a progressão contínua dos
conhecimentos.

Concepções de Ensino – Aprendizagem:
A educação no Município de Iporã do Oeste, fundamenta a prática pedagógica na
concepção sócio interacionista, pois entende que o indivíduo aprende e constrói
conhecimentos, competências e habilidades, a partir da elaboração de suas próprias
representações, interpretando criticamente os fenômenos do mundo que o cerca e
estabelecendo relações entre o que já sabe e o novo conhecimento construído. A
aprendizagem é um processo dinâmico no qual o aprendiz é ator e o conhecimento se constrói
a partir das interações entre os alunos, os professores e a comunidade escolar. Com base
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nesses pressupostos, podem ser refletidos os papéis vivenciados pelos seus elementos
principais:

Escola como espaço de:
- Acolhimento ao educando, valorizando a sua identidade sociocultural e seus conhecimentos,
possibilitando sua socialização;
- Inserção social que busca a formação dos educandos para o desenvolvimento de suas
capacidades, em função de novos saberes;
- Formação para que os educandos se apropriem de conteúdos sociais e culturais;
- Interação entre o saber escolar e os demais saberes;
- Favorecimento da produção e da utilização das múltiplas linguagens das expressões e dos
conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos;
- Promoção de autonomia intelectual e moral do educando;
- Estímulo à autoestima dos educandos, validando o esforço do educando para aprendizagem;
- Desenvolvimento de atitudes e valores positivos que devem ser estimulados e
compartilhados por todos, dando aos educandos uma formação ética.
• Professor como orientador:
- Da mediação da aprendizagem, devendo apresentar a capacidade de desenvolver o processo
de ensino e de aprendizagem de forma estratégica;
- Da gestão da aprendizagem significativa, à medida que estabelece relações entre os
conteúdos e conhecimentos prévios dos alunos, através da relação dialógica.
• Educando como participante:
- Da produção de conhecimentos, respeitando-se os seus ritmos de aprendizagem, estados
emocionais, habilidades e necessidades;
- Das ações educativas, como sujeito e agente.
18.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
18.2.1 Projeto Didático
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É o conjunto de atividades trabalhadas de maneira interdisciplinar. Sempre é
intencional e social, aborda o conhecimento em uso e procura resolver um problema/situação.
Embora os direitos de aprendizagem sejam específicos para áreas de conhecimento, no projeto
didático, a forma como o trabalho pedagógico se organiza pode possibilitar não só
interdisciplinaridade,
mas
também
uma
prática
com
abordagem
em
níveis
de
aprofundamentos indicados para cada ano de ensino.
O projeto possui uma sequência mais detalhada com aspectos a serem descritos:
Estrutura do Projeto Didático:
1- Problematização
2- Escolha e Delimitação do Tema
3- Justificativa
4- Referencial Teórico
5- Objetivo Geral e Específicos
6- Conteúdos Curriculares
7- Metodologia / Estratégias (Desenvolvimento)
8- Recursos Necessários
9- Cronograma
10- Avaliação
11- Referências
As etapas de planejamento de um projeto Didático segundo (Hernández (1998),
retomadas por Rojo (2009) e Suassuna (2006):
1. Problematização: Identificação das necessidades de aprendizagem em relação ao Projeto
Político Pedagógico da escola, aos objetivos de ensino da disciplina ou do ano escolar e à
realidade dos alunos e da comunidade escolar. Se dá a partir da observação.
2. Escolha (delimitação) do tema: Surge da observação do contexto, das necessidades de
aprendizagem, do interesse dos alunos. Precisa ser bem delimitado, pois balizará todas as
ações a serem desenvolvidas.
4. Referencial Teórico: Explicitar e discutir as teorias que sustentam o projeto.
5. Objetivos Geral e Específicos:
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Quais os objetivos a serem alcançados? Que conhecimentos, atitudes e habilidades serão
desenvolvidos?
dele,
Estabelecer
os
um
objetivo
geral
e,
objetivos
a
partir
específicos.
6. Conteúdos curriculares (EIXOS):
Que conhecimentos de Língua Portuguesa e de outras disciplinas serão trabalhados?
7.
Metodologia/estratégias
(desenvolvimento):
Quais
ações
ou
atividades
serão
desenvolvidas para que os objetivos possam ser alcançados?
Passo a passo do trabalho e das atividades propostas. Detalhar os procedimentos observando
um cronograma.
8. Recursos necessários: Materiais (computador, máquina fotográfica, gravador, vídeos
etc.). Bibliográficos (livros, artigos, revistas, sites, CDs Rom, outros materiais, etc.)
9. Avaliação: Indicar como os alunos serão avaliados, observando o alcance dos objetivos.
Quais instrumentos avaliativos serão utilizados? O que os alunos aprenderam, o que foi
necessário alterar no planejamento, o progresso dos alunos;
10. Referências: Listar os autores consultados na elaboração do projeto.
“Essa modalidade de organização do trabalho pedagógico prevê um produto final, com
objetivos claros, dimensionamento no tempo, divisão de tarefas e, por fim, a avaliação final
em função do que se pretendia. Tudo isso feito de forma compartilhada e com cada estudante
tendo autonomia pessoal e responsabilidade coletiva para o desenvolvimento do projeto. ” Os
projetos aprofundam conteúdos de estudo que começam com uma ideia e são desenvolvidos
durante um período, envolvendo situações concretas que levam a reflexões resultantes destas.
Um bom projeto é aquele que possibilita às crianças interagirem entre elas, discutindo,
decidindo, dialogando, resolvendo conflitos e estabelecendo regras e metas. Segundo,
Brandão, Selva e Coutinho (2006, p. 112) “[...] Conjuntos de atividades que trabalham com
conhecimentos específicos, construídos a partir de um dos eixos de trabalho que se organizam
ao redor de um problema para resolver um produto final que se quer obter.” (P. 57, v. 1). No
desenvolvimento do projeto didático as dimensões do lúdico e do artístico na organização do
trabalho pedagógico são destacadas, visto que possibilitam aos alunos conviver em grupos,
tomar decisões, fazer escolhas e descobertas, usufruindo e reproduzindo brincadeiras e
expressões artísticas que fazem parte do acervo cultural da humanidade.
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18.2.2 Sequência Didática
Esta metodologia de ensino desenvolve atividades relacionadas a um determinado
gênero/conteúdo que se deseja ensinar/aprofundar. Na sequência didática, a existência de
propósitos para a escrita é um dos princípios básicos, esta leva muito em consideração os
conhecimentos prévios dos educandos, sendo assim possui a finalidade de ajudar o aluno a
dominar melhor o gênero/conteúdo que se está sendo desenvolvido.
A estrutura de base de uma Sequência Didática segundo Dolz, Noverraz, Schneuwly (2004):

Apresentação da situação; Módulo 1; Produção Final.
Apresentação da situação:
Visa expor o educando a tarefa de expressão oral ou escrita que será realizada e
prepará-los para uma produção inicial, do gênero que será trabalhado em módulos até chegar
a produção final que se deseja.
Primeira produção:
Permite ao professor avaliar os conhecimentos dos educandos em relação ao gênero
proposto e que capacidades precisam ser desenvolvidas.
Módulos:
Constituem nas atividades e exercícios, em que fazendo uso dos instrumentos
necessários os educandos vão aprimorando o seu domínio do gênero textual em estudo. Nessa
etapa, o ensino se faz de forma sistematizada e aprofundada. A sequência didática caracterizase num trabalho pedagógico organizado de forma sequencial, estruturado pelo professor para
um determinado tempo (1 dia, 5 dias, 1 semana ou no máximo 2 a 3 semanas), trabalhando-se
com conteúdos relacionados a um mesmo tema, a um gênero textual específico, uma
brincadeira ou uma forma de expressão artística.
A sequência didática consiste em um procedimento de ensino, em que um conteúdo específico
é focalizado em passos ou etapas encadeadas, tornando mais eficiente o processo de
aprendizagem. Ela permite o estudo de várias áreas do conhecimento do ensino, de forma
interdisciplinar. As sequências didáticas não têm necessariamente um produto final, embora
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possamos estabelecer, com as crianças produtos a serem criados ao final dos trabalhos, ou
mesmo produtos no decorrer das aulas.
19. CONHECENDO AS CRIANÇAS DO PRÉ I – 4 a 5 anos
Por volta dos 4 anos, a criança já começa a se dar conta de que é uma pessoa
particular. Sabe que faz parte de uma família e está orientada quanto a sua idade, ao número
de irmãos e a ordem de nascimento. Demonstra interesse pelo faz de conta, imitando e
experimentando diversos papéis e personagens. As formas de atividades mais comuns são de
natureza estética (as formas de expressão artística, desenho, teatro) e lúdica;
Caracteriza-se por uma fase de intensa aquisição de habilidades motoras, de
movimentos (correr, saltar, arremessar, apreender, quicar, chutar); Sentem interesse em
relação à linguagem escrita, imitando a escrita dos adultos em suas brincadeiras. Algumas
solicitam a escrita do nome e de algumas palavras.
19.1 CONTEÚDOS PRÉ I
19.1.1 Linguagem Artística/ Arte
Objetivos:

Estimular e desenvolver o gosto pelo processo de criação, expressão e sensibilidade,
através de diversas formas artísticas (musicalidade, expressão, plástica, visual e
cênica);

Ampliar a capacidade de expressão e comunicação, conhecendo e explorando diversas
possibilidades e materiais;

Desenvolver o gosto pelos diferentes gêneros musicais;
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
Utilizar a linguagem do desenho e da pintura, como forma de expressão e
comunicação de suas ideias;

Criar e produzir trabalhos de arte, utilizando as diversas linguagens;

Observar, apreciar e manipular imagens e objetos diferentes e diversos;

Explorar as possibilidades oferecidas pelos diversos materiais e instrumentos
necessários para o fazer artístico;

Desenvolver a expressão corporal e a sensibilidade.
Conteúdos:
 Produção e criação artística;
 Exploração e apreciação de imagens;
 Expressão corporal e sensibilidade;
 Musicalidade, Sons e Ritmos;
 Estudos de autores e obras de arte.
Habilidades:
 Criar, Desenhar, Pintar, Colar, Modelar, Rasgar, Recortar, Conhecer e reconhecer
cores, forma e texturas.
 Conhecer e apreciar imagens, Imaginar, Ler, Recriar, Emitir Opinião e Diferenciar.
 Dramatizar, expressar-se, imitar e socializar.
 Ouvir, cantar, perceber e Discriminar diferentes sons, Produção Sonora.
Atividades:

Criação de desenhos, Pinturas, Colagens, Modelagens utilizando as linguagens da
arte visual (ponto, linha, forma, cor, volume, espaço e textura);

Visualização de imagens, pesquisar diferentes imagens, desenhos, pinturas, leitura e
releitura de imagens, contação de histórias;
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
Jogos teatrais, dramáticos e simbólicos, mímica, expressões faciais, representações
com fantoches e fantasias;

Audição de músicas clássicas e de diferentes gêneros musicais, brincadeiras cantadas
e de rodas, produção de sons com o corpo ou com diferentes objetos.
Recursos:

Papel pardo, cartolina, papel Paraná, papelão, jornal, folha ofício, lápis de cor, giz de
cera, canetão, canetinha, giz branco, carvão, pincéis, massa de modelar, tintas, água,
areia, terra, argila, blocos lógicos, materiais alternativos (sucatas);

Fotos, obras de arte, imagens e esculturas, revistas, jornais, literaturas, telas;

Fantoches, fantasias, máscaras, bandinha rítmica, cd’s diversos, dvd, pendrive.
19.1.2 Linguagem da Natureza e Sociedade
Objetivos:
 Desenvolver e reconhecer-se como ser social e integro, valorizando e respeitando seu
meio social e sua origem étnico-cultural;
 Construir
e
aprimorar
gradativamente
sua
autonomia,
responsabilidade
e
espiritualidade vivenciando diferentes momentos de aprendizagem interagindo no
meio social e natural em que convive;
 Respeitar seu corpo cultivando hábitos alimentares saudáveis, mantendo sua higiene
buscando qualidade de vida;
 Valorizar-se nas pequenas conquistas e produções, entender-se como um ser histórico,
único e feliz.
Conteúdos:
 Família,
Alimentação
(autonomia),
Moradia,
Identidade
(Eu),
Corpo/Higiene/Sexualidade, Integração Social, Hábitos e Atitudes (Valores éticos),
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Escola, Recursos Naturais (Fonte primordial da Vida), Tempo/ Espaço, Datas
Comemorativas, Meios de Comunicação/ Transportes, Profissões.
Habilidades:

Conhecer, reconhecer e identificar os membros de sua família; Perceber diferentes
tipos de famílias;

Alimentar-se (segurar o prato, servir-se, usar os talheres, mastigar corretamente)
incentivando a alimentação saudável;

Conhecer e reconhecer diferentes tipos de moradia, localizar-se no espaço;

Conhecer-se, reconhecer-se e valorizar-se enquanto pessoa;

Conhecer e identificar as partes do corpo, funções e sentidos, mantendo hábitos de
higiene e saúde, reconhecer o gênero;

Interagir e socializar-se com os colegas e com o ambiente escolar;

Praticar as palavras mágicas (obrigado, por favor, com licença, desculpas);
Desenvolver a autonomia e responsabilidade, Cultivar a espiritualidade, respeitar os
combinados da turma e da Escola;

Perceber e identificar os fenômenos da natureza, identificar partes da planta e sua
importância, Preservar os recursos naturais; Preservar a natureza (lixo);

Perceber e identificar os diferentes tipos de solo, destacar a importância do equilíbrio
dos recursos naturais;

Perceber a existência do ar, valorizando sua pureza;

Reconhecer e identificar os animais e sua classificação;

Observar, conhecer e ter noção;

Identificar e valorizar as datas comemorativas;

Conhecer os meios de transporte e comunicação do meio em que vive (tipos e
classificação);

Identificar sinais de trânsito (placas).
Atividades:
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 Observação, diálogo, desenho livre e dirigido, visitas, passeios e viagens de estudos,
dramatizações, recorte, teatro, dedoches, painéis, cantos, modelagem, palestras,
literaturas, colagem, trabalho com sucatas, jogos livres e dirigidos, jogos de encaixe e
jogos de mesa, brincadeiras de faz de conta (casinha, salão de beleza, carrinhos) orar,
escutar, pesquisa, construção de gráficos, dança, homenagens, filmes, entrevistas, etc.
Recursos:
 Fotos, imagens, revistas, literaturas, filmes, cds, dvds, papel pardo, cola, tesoura,
massa de modelar, argila, multimídia, sucata, cartolina, tintas diversas, espelho, giz,
jornal, produtos de higiene, toalha, lixeiro, folhas de ofício, brinquedos, balão, terrário,
sementes diversas.
19.1.3 Linguagem do Movimento/Recreação
Objetivos:
 Assegurar, valorizar e explorar os movimentos motores que contemplem a
coordenação ampla e fina dos movimentos e o equilíbrio das atividades às crianças;
 Apropriar-se gradativamente da imagem global de seu corpo, desenvolvendo atitudes
de interesse e cuidados com ele;
 Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade,
resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites de seu corpo;
 Controlar o seu movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando
suas habilidades;
 Ampliação da expressividade do próprio movimento, utilizando gestos diversos e
ritmo corporal.
Conteúdos:
 Motricidade ampla;
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 Princípios para a alfabetização;
 Noção de espaço/temporal e psicomotoras;
 Motricidade fina;
 Musicalidade;
 Discriminação sensorial (5 sentidos).
Habilidades:
 Pular, caminhar, saltitar, rolar, puxar, pegar, correr, subir, descer, escorregar, pendurar,
equilibrar, empurrar, ajoelhar, sentar, agachar, cair, inclinar, levantar, girar, abaixar,
galopar, deitar, estender;
 Apalpar, reconhecer, manusear, identificar, explorar, modelar, empilhar, dobrar, abrir,
fechar, encaixar, prender, lançar, recortar, amassar, rasgar, traçar, enfileirar, enfiar,
espessuras (grosso, fino), desenhar e escrever;
 Dançar, dramatizar, cantar, imitar, inventar e imaginar;
 Ver, experimentar, sentir, ouvir, tocar, cheirar, admirar, assoprar, apreciar;
 Ter noção de espaço (dentro, fora, encima, embaixo, do lado, longe, perto, alto, baixo,
em pé, sentado, frente e atrás).
Atividades:
 Corridas simples ou com mudança de direção e velocidade; Corridas com obstáculos;
 Pular corda; Circuito;
 Andar com pé de lata; Atividades com bambolês;
 Ovo choco;
 Desenhar com giz o corpo no chão (contornando o corpo do outro);
 Céu e Terra; Pato cinza; Telefone sem fio;
 Pular na cama elástica; Piscina de bolinhas;
 Coelho sai da toca (com variações);
 Atividades de lateralidade marcando a mão, com comandos (no chão, na parede, na
cabeça);
 Pular amarelinha; Mico preto; Passa passará;
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 Atividades com jornal (amassar, dobrar);
 Manipular diversos materiais, objetos, texturas e brinquedos;
 Rasgar e amassar papel; Manusear massa de modelar e argila; Recortar; Folhear livros
e revistas;
 Pintura em diversos materiais (papel, chão)
 Encher balão; Alinhavo;
 Histórias,
Cantigas,
Brincadeiras
de
Rodas,
Mímicas,
Músicas,
imitação,
dramatização.
 Brincadeiras com a produção de sons vocais diversos imitando, criando e se
comunicando por meio da linguagem;
 Explorar sons corporais (boca, bochecha, dedos, palma);
 Rodas cantadas (história da serpente, 2 patinhos na lagoa, ...); Dança da cadeira;
Vamos brincar da cor; Estátua;
 Bom dia, boa tarde (discriminação auditiva vendando os olhos); adivinhação de qual
objeto que produz determinado som;
 Sensações térmicas; Reconhecer objetos através do tato;
 Assoprar (balão, bolão de sabão, papel); Morto – vivo;
 Bola ao cesto; passar no minhocão.
Recursos:
 Bolas, cordas, bambolês, latas, giz, cama elástica, piscina de bolinhas, jornais, revistas,
livros, literaturas, massa de modelar, argila, tesoura, tinta, giz de cera, lápis de cor,
balão, cds, dvds, cadeiras, cartazes, murais, painéis, água, gelo, rádio, Tv, vela, cesto
ou caixas, minhocão, ...
19.1.4 Linguagem Oral e Escrita
Objetivos:
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 Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação oral e de expressão,
através da literatura infantil interagindo com seus colegas e demais materiais.
 Desenvolver a linguagem oral e escrita e a utilização destes recursos para expressar-se.
Conteúdos:
Oralidade (clareza e sequência):
 Conhecer e explorar as modalidades de linguagem (diferentes formas de textos);

Histórias, poesias, quadrinhos, piadas, música, adivinhas, trava-língua, brinquedos
cantados, rimas, parlendas;

Narrar, reproduzir dramatizar e criar histórias;

Formular perguntas e saber argumentar;

Relatar experiências;

Produzir e associar o som das letras;

Identificar seu nome, dos colegas, dos professores e demais funcionários;

Usar a linguagem oral para comunicar- se;

Compreender e interpretar imagens;

Perceber os diferentes tipos de sons e ritmos;

Aprender a concentrar-se e ouvir;

Compreender e diferenciar os momentos para falar;
Escrita:

Fases do desenho (rabiscação, celular e formas);

Função social da escrita (história da escrita);

Construção da escrita (palavras);

Registro pictográfico (fases da escrita);

Associação de letras, figuras e objetos (iniciar a escrita do nome);

Relação da oralidade com a escrita.
Leitura:

Literatura infantil;
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
Ampliação do vocabulário;

Prática de escutar;

Leitura de diferentes textos;

Interpretação de textos (histórias, parlendas, etc).
Habilidades:
 Adequar à linguagem as diferentes situações comunicativas;
 Ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão oral;
 Ouvir e saber transmitir recados;
 Criar e contar histórias;
 Relatar fatos vivenciados (hora da novidade);
 Reconhecer seu nome;
 Pronunciar “corretamente” as palavras;
 Identificar e produzir sons diferentes dependendo das emoções e sentimentos;
 Observar e analisar os detalhes;
 Identificar e contextualizar diferentes tipos de sons e ritmos;
 Adequar
a
linguagem
as
diferentes
situações
comunicativas,
ampliando
gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão oral;
 Desenhar;
 Conhecer e diferenciar letras do alfabeto de figuras e números;
 Construir a escrita (conhecer e escrever seu primeiro nome);
 Narrar e contar histórias a partir de sequência de figuras (início, meio e fim);
 Apropriar-se da leitura como atividade necessária e prazerosa;
 Compreender e interpretar (iniciando o processo de alfabetização como ex: imagens,
figuras, placas).
Atividades:

Ouvir e recontar diferentes tipos de histórias;

Contar histórias seguindo uma sequência lógica;
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
Assistir filmes;

Falar sobre diferentes tipos de imagens;

Dramatizações;

Recitar: parlendas, trava- língua, poesias, quadrinhas;

Momento do canto;

Dobradura;

Desenhar o corpo, objetos e cenas;

Escrever algumas letras do alfabeto e do nome;

Jogos de mesa;

Jogos de alfabeto;

Visualizar e estudar o calendário;

Trabalhar o som das letras e associar a sua escrita;

Registro em diferentes espaços: chão, parede, cartaz, quadro;

Manusear histórias e diferentes materiais;

Ouvir, imaginar, recriar e criar histórias e fatos pessoais;

Ampliação do vocabulário.
Recursos:

Literatura infantil e materiais impressos (livro didático, jornal, revistas);

Jogos de montar, de encaixe e de mesa;

Massa de modelar;

Dvds, cds;

Fantoches, máscaras, fantasias;

Giz de cera, lápis de cor, canetinhas;

Materiais pedagógicos (tapete emborrachado, amarelinha, alinhavo);

Aventais pedagógicos.
19.1.5 Linguagem Matemática
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Objetivo:

Aprimorar os conhecimentos já existentes de diversas situações, promovendo a
interação e aprendizagem matemática através da ludicidade;

Conhecer, reconhecer, vivenciar e interagir com conceitos matemáticos presentes no
cotidiano (data aniversário, idade, meses).
Conteúdos:

Relação de números e quantidades;

Associação e exploração de números/quantidades até numeral 6;

Identificar quantidades e números em diferentes contextos;

Parlendas;

Raciocínio lógico;

Classificação, Seriação, Observação, Ordenação, Gráficos;

Noção de tempo e espaço;

Massa, volume, peso;

Ordem crescente e decrescente;

Figuras geométricas.
Habilidades:

Contar, visualizar, observar, seriar, ouvir, explorar, fixar, somar, manipular,
raciocinar, classificar, jogar, criar/encaixar, dividir/arrastar, separar/empilhar, rolar/
transportar, comparar/identificar, ordenar, recitar, escrita dos números.
Atividades:

Contar e recontar histórias;

Cantos e cantigas de rodas;

Montar e desmontar objetos;

Construção de gráficos;

Brincadeiras livres e dirigidas;
57
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
Dramatizações e mímicas;

Contagem oral dos números;

Manipular, explorar brinquedos e instrumentos;

Sequência lógica;

Quantidade dos alimentos;

Relação dia/noite, manhã/ tarde.
Recursos:
 Literaturas variadas;
 Cd, dvds;

Brinquedos diversos;

Massa de modelar;

Utensílios domésticos (brincar de faz de conta, casinha);

Parque, areia;

Alimentos;

Quebra- cabeças, dominó, tangram, outros jogos de mesa;

Revistas, jornais.
19.1.6 Hora do Conto
Objetivos:

Incentivar o gosto pelas histórias, proporcionando aos alunos a oportunidade de
desenvolver a criatividade, imaginação, expressão oral e corporal, promovendo a
participação e o interesse nos diferentes gêneros literários;

Estimular e desafiar a criança a desenvolver a criatividade, por meio da compreensão
e da apropriação das práticas sociais, em situações lúdicas e imaginárias;

Respeitar regras coletivas e individuais de convivência, desenvolvendo suas
habilidades através das diferentes linguagens.
Conteúdos:
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
Literatura Infantil, dramatização, canto, dança, cultura, tradição, mímica, faz de
conta, leitura de imagens, ...
Habilidades:

Ouvir, falar, recontar, argumentar, perguntar, compreender, interpretar, apresentar,
criar, observar, criatividade, raciocínio, memorização, sequência lógica.

Atividades: recorte, colagem, pintura, leitura de imagens, criação de histórias,
origami, manuseio de livros diversos, recontar as histórias com sequência lógica,
danças livres e dirigidas, discriminação visual, auditiva, sensorial, painéis, rasgadura,
mosaico, passeios, observação, viagem de estudos, pesquisa, interpretação de textos,
teatro, dramatização, dedoches, fantoches.

Recursos: literaturas diversas, fantoches, dedoches, papéis diversos, tesoura, cola,
biombo, lápis de cor, caixa surpresa, recursos naturais, fantasias, corda, bola, diversos
materiais impressos.
19.1.7 Informática Pré I
Objetivos:

Reconhecer e identificaras partes do computador e suas principais funções;

Criar um ambiente de aprendizagem em que os educandos autonomia e iniciativa para
manusear o computador;

Desenvolver a coordenação motora fina para manusear o mouse;

Despertar a curiosidades;

Incentivar o trabalho cooperativo e interdisciplinar;

Estimular a reflexão, o raciocínio e a compreensão de conceitos;

Ressaltar a importância do processo ao invés do resultado obtido (ganhar ou perder,
certo ou errado);
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
Comtemplar os aspectos de linguagem (faixa etária, gênero, ambiente);

Estimular o educando a propor e resolver problemas.
Conteúdos:

Projetos pedagógicos temáticos ou softwares multimídias abordando novos
conteúdos;

Componentes do computador (teclado, mouse, monitor, gabinete da CUP);

Softwares educativos;

Digitação de palavras e números;

Jogos interativos/ educativos que abrangem conteúdos curriculares (memória, 7 erros,
cores, cores, formas geométricas;

Desenhos livres e dirigidos, pintura através do computador;

Histórias produzidas com temas infantis utilizando os recursos de multimídia;

Imagens sincronizadas.
Habilidades:

Conhecer o computador e suas funções;

Coordenação motora fina (habilidade de manuseio do mouse);

Saber usar adequadamente o teclado;

Seguir as orientações do professor para entrar, usar e sair dos programas;

Demonstrar interesse e ampliar o conhecimento;

Concentração, memorização e criatividade.
Atividades:

Manuseio do mouse e do teclado;

Digitação, desenhos, pinturas, exploração do mesmo;

Conhecer e compreender o processo de ligar e desligar;

Jogos interativos;

Assistir episódios educativos no computador.
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Recursos:

Computador, rádio, dvd, cd, tv, data show, notebook, papel diversos, caneta, lápis,
canetinha, lápis de cor, etc.
20. CONHECENDO AS CRIANÇAS DO PRÉ II – 5 e 6 anos
20.1 CONTEÚDOS DO PRÉ II
Crianças de 5 anos
Esta etapa marca o fim de uma etapa de crescimento, na qual a criança já começa a ter
consciência de sua idade, torna-se mais dona de si mesma e a sua relação com o meio
manifesta-se em termos mais amistosos. O centro de seu mundo ainda continua sendo a mãe,
mas continua egocêntrica, muitas vezes não dividindo as coisas que mais gosta com os outros.
Sua preferência manual já está quase estabelecida, sendo capaz de se vestir e despir sozinha. É
capaz de assegurar sua higiene de forma independente. Pode manifestar vômitos ou dores de
barriga quando forçada a comer comidas que não gosta ou vivenciar situações de conflito;
Fala de forma fluente utilizando plural, verbos e pronomes demonstrando interesse
pelas palavras e linguagem;
Pode gaguejar quando nervosa ou cansada;
Segue instruções;
Conhecem números e cores;
É capaz de ordenar objetos pelos seus tamanhos;
Copia os adultos (exemplos);
É capaz de brincar sozinha, ou em grupo, podendo escolher crianças do mesmo sexo
ou não independentemente sem necessitar de supervisão;
Começa a ser capaz de esperar pela sua vez de partilhar;
Gosta de falar durante as refeições;
Começa a interessar-se e questionar de onde vêm os bebês;
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Pode acrescentar alguns medos: escuro, cair, cães;
Quando cansada, nervosa ou chateada pode apresentar alguns comportamentos: roer
unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, chupar dedo;
Preocupa-se em agradar os adultos, podendo com isso até mentir ou culpar os outros
de comportamentos reprováveis;
Possui maior sensibilidade aos sentimentos dos outros;
Demonstra timidez facilmente;
20.1.1 Linguagem Artística/Arte
Objetivos:

Estimular e desenvolver o gosto pelo processo de criação, expressão e sensibilidade,
através de diversas formas de experiências artísticas (musicalidade, expressão
plástica, visual e cênica);

Desenvolver o gosto pelos diferentes gêneros musicais;

Utilizar a linguagem do desenho, pintura, como forma de expressão e comunicação de
suas ideias;

Criar e produzir trabalhos de arte, utilizando as diversas linguagens;

Observar, apreciar e manipular imagens e objetos diferentes e diversos;

Explorar as possibilidades oferecidas pelos diversos materiais e instrumentos
necessários para o fazer artístico;

Desenvolver a expressão corporal e a sensibilidade.
Conteúdos:

Produção e criação artística;

Exploração e apreciação de imagens;

Expressão corporal e sensibilidade;

Apreciação musical (conhecimento, exploração e reprodução de sons).
Habilidades:
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
Criar, desenhar, pintar, colar, modelar, rasgar, recortar, conhecer e reconhecer
(cores, formas e texturas), perfurar, alinhavar, abotoar, amarrar, amassar, laçar,
abrir e fechar, imitar, apreciar, imaginar, ler, recriar, emitir opinião, diferenciar,
expressar-se, dramatizar, socializar, ouvir, cantar, perceber e discriminar diferentes
sons (produção sonora).
Atividades:

Criação de desenhos, pinturas, colagens e modelagens, utilizando as linguagens
das artes visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço e textura;

Visualização, pesquisa, leitura e releitura de diferentes imagens;

Contação de histórias;

Jogos
teatrais,
dramáticos
e
simbólicos,
mímicas,
expressões
faciais,
representações com fantoches e fantasias;

Audição de diferentes gêneros musicais enfatizando a cultura e tradição;

Brincadeiras cantadas e de roda;

Produção de sons com o corpo e com diferentes objetos.
Recursos:

Diferentes tipos de papel (pardo, cartolina);

Lápis de cor, giz de cera, canetão, canetinhas, giz, carvão, pincel, massa de
modelar.

Diferentes tipos de tintas, sucatas e recursos naturais (terra, argila, carvão);

Blocos lógicos;

Fotos, obras de arte (telas), imagens e esculturas;

Literatura infantil, fantoches, fantasias, máscaras;

Bandinha rítmica, cds, dvds.
20.1.2 Linguagem Natureza e Sociedade
63
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Objetivos:

Desenvolver e reconhecer-se como ser social e íntegro, valorizando e respeitando
seu meio social e sua origem étnico-cultural;

Construir e aprimorar gradativamente sua autonomia, responsabilidade e
espiritualidade vivenciando diferentes momentos de aprendizagem do meio natural
meio social e natural em que convive;

Respeitar seu corpo cultivando hábitos alimentares saudáveis, mantendo sua
higiene, buscando qualidade de vida;

Valorizar-se nas pequenas conquistas e produções, entendendo-se como um ser,
histórico único e feliz.
Conteúdos:

Família;

Alimentação e autonomia (Saúde);

Moradia;

Identidade (Eu);

Corpo, higiene e sexualidade;

Integração social;

Hábitos e atitudes;

Escola (espaço físico e história);

Meios de comunicação e transporte;

Profissões;

Recursos naturais (fonte de vida);

Tempo e espaço;

Datas comemorativas.
Habilidades:

Conhecer, reconhecer e identificar os membros de sua família;

Perceber os diferentes tipos de família (relacionamento familiar – afeto);

Conhecer e identificar os alimentos naturais e industrializados;
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
Autonomia da hora do lanche (servir – se sozinha, equilíbrio do prato, mastigar
corretamente);

Perceber o alimento como fonte de energia para o corpo;

Conhecer e reconhecer os diferentes tipos de moradia;

Localizar-se no espaço (a sua casa como ponto de referência);

Conhecer a sua história de vida e valorizar-se enquanto pessoa;

Identificar as partes do corpo e suas funções;

Noções básicas de higiene e saúde;

Reconhecer o gênero;

Interagir e socializar os diferentes brinquedos (com os colegas);

Reconhecer o ambiente escolar e a história da Escola;

Praticar as palavras mágicas (obrigado, por favor, com licença);

Desenvolver a autonomia e a responsabilidade cultivar a espiritualidade, respeitar os
combinados da turma;

Conhecer e classificar os diferentes meios de comunicação e transporte;

Identificar e locomover-se respeitando os sinais de trânsito;

Reconhecer, identificar e valorizar os diferentes tipos de profissões;

Perceber e identificar os diferentes fenômenos da natureza;

Preservar os recursos naturais controlando o desperdício (alimentos, água);

Identificar as partes das plantas e suas funções, observando o ciclo da mesma;

Perceber e identificar os diferentes tipos de solo;

Perceber a existência do ar;

Destinar corretamente o lixo;

Conhecer e identificar as datas comemorativas.
Atividades:

Observação, diálogo, desenho livre e dirigido, visitas e viagens de estudos,
dramatização (dedoches, fantoches) recortes e colagens, painéis diversos, cantos e
músicas diversas, literatura infantil, trabalho com sucatas, jogos livre e dirigidos,
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brincadeiras de roda e cantadas, jogos de mesa, maquetes, brincar de casinha (faz de
conta), construir gráficos, construção do terrário, pesquisa, observação, dança,
homenagem.
Recursos:

Fotos, imagens, revistas, filmes, literaturas, cds, dvds, papéis diversos, cola, tesoura,
sucata, massa de modelar e recursos naturais, espelho, giz, tinta, argila, pincel, eva,
placas de trânsito, etc.
20.1.3 Linguagem do Movimento/ Recreação
Objetivos:

Assegurar, valorizar e explorar os movimentos motores que contemplem a
coordenação ampla e fina dos movimentos e o equilíbrio das atividades às crianças;

Apropriar-se gradativamente da imagem global de seu corpo, desenvolvendo
atitudes de interesse e cuidados com ele;

Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento como: força, velocidade,
resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites de seu corpo;

Controlar seu movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando
suas habilidades;

Ampliação da expressividade do próprio movimento, utilizando gestos diversos e
ritmo corporal.
Conteúdo:

Motricidade ampla;

Princípios para a alfabetização;

Noção de espaço/temporal e psicomotoras;

Motricidade fina;

Musicalidade;

Coordenação motora geral (lateralidade, agilidade, impulsão e equilíbrio);

Discriminação sensorial (5 sentidos);
66
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Habilidades:

Pular, caminhar, saltitar, rolar, puxar, pegar, correr, subir, descer, escorregar,
pendurar, equilibrar, empurrar, ajoelhar, sentar, agachar, cair, inclinar, levantar,
girar, abaixar, galopar, deitar, estender;

Apalpar, reconhecer, manusear, identificar, explorar, modelar, empilhar, dobrar,
abrir, fechar, encaixar, prender, lançar, recortar, amassar, rasgar, traçar, enfileirar,
enfiar, espessuras (grosso, fino), desenhar e escrever;

Dançar, dramatizar, cantar, imitar, inventar e imaginar;

Ver, experimentar, sentir, ouvir, tocar, cheirar, admirar, assoprar, apreciar;

Ter noção de espaço (dentro, fora, encima, embaixo, do lado, longe, perto, alto,
baixo, em pé, sentado, frente e atrás).
Atividades:

Corridas simples ou com mudança de direção e velocidade; Corridas com
obstáculos;

Pular corda; Circuito;

Andar com pé de lata; Atividades com bambolês; Ovo choco;

Desenhar com giz o corpo no chão (contornando o corpo do outro);

Céu e Terra; Pato cinza; Telefone sem fio;

Pular na cama elástica; Piscina de bolinhas;

Coelho sai da toca (com variações);

Atividades de lateralidade marcando a mão, com comandos (no chão, na parede, na
cabeça);

Pular amarelinha; Mico preto; Passa passará;

Atividades com jornal (amassar, dobrar);

Manipular diversos materiais, objetos, texturas e brinquedos;

Rasgar e amassar papel; manusear massa de modelar e argila;

Recortar; Folhear livros e revistas;

Pintura em diversos materiais (papel, chão). Encher balão;
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
Alinhavo;

Histórias, Cantigas, Brincadeiras de Rodas, Mímicas, Músicas, imitação,
dramatização.

Brincadeiras com a produção de sons vocais diversos imitando, criando e se
comunicando por meio da linguagem;

Explorar sons corporais (boca, bochecha, dedos, palma);

Rodas cantadas (história da serpente, 2 patinhos na lagoa, ...); Dança da cadeira;
vamos brincar da cor; Estátua;

Bom dia, boa tarde (discriminação auditiva vendando os olhos); adivinhação de qual
objeto que produz determinado som;

Sensações térmicas; reconhecer objetos através do tato;

Assoprar (balão, bolão de sabão, papel);

Morto – vivo; Bola ao cesto; passar no minhocão;
Recursos:

Bolas, cordas, bambolês, latas, giz, cama elástica, piscina de bolinhas, jornais,
revistas, livros, literaturas, massa de modelar, argila, tesoura, tinta, giz de cera, lápis
de cor, balão, cds, dvds, caderias, cartazes, murais, painéis, água, gelo, rádio, Tv,
vela, cesto ou caixas, minhocão, etc.
20.1.4 Linguagem Oral e Escrita
Objetivos:

Compreender a função social da escrita e da leitura, ampliando seu vocabulário e
suas possibilidades de comunicação e expressão, compreendendo sua importância
para o seu desenvolvimento crítico e social.

Expressar seus desejos, necessidades e sentimentos socializando suas ideias e
opiniões, ampliando seu vocabulário e a sua comunicação através das diferentes
linguagens.
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Conteúdos:
Oralidade

Expor oralmente ideias com clareza e sequência lógica;

Conhecer e explorar as modalidades de linguagens;

Explorar e conhecer diferentes tipos de textos (historias, poesias, quadrinhas);

Narrar, reproduzir e criar histórias;

Dramatizar histórias;

Formular perguntas, questionar e argumentar;

Relatar experiências;

Produzir e associar o som as letras;

Identificar seu nome, dos colegas, dos professores e demais funcionários;

Usar a linguagem oral para comunicar-se ampliando o vocabulário em situações
cotidianas;

Compreender e interpretar imagens;

Perceber os diferentes tipos de sons e ritmos;

Aprender a concentrar-se e ouvir;

Saber transmitir recados.
Escrita:

Fases do desenho;

Função social da escrita (história da escrita);

Construção da escrita (palavras, frases e pequenos textos);

Registro pictográfico (fases da escrita);

Escrever o nome completo e palavras contextualizadas;

Desenhar cenas completas;

Associação de letras, figuras e objetos;

Palavras que iniciam com a mesma letra;

Relação da oralidade com a escrita;

Pesquisa, entrevista.
69
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Leitura:

Literatura infantil;

Ampliação do vocabulário;

Prática da escuta;

Leitura de diferentes tipos de texto;

Interpretação de textos (histórias, parlendas).
Habilidades:

Adequar à linguagem as diferentes situações comunicativas;

Ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão oral;

Ouvir e transmitir recados;

Criar a contar histórias;

Relatar fatos vivenciados (hora da novidade);

Reconhecer seu nome completo;

Saber os dados de identificação da Escola;

Pronunciar e fazer uso correto das palavras;

Identificar e produzir sons diferentes dependendo das emoções e sentimentos;

Observar e analisar o todo e os detalhes;

Identificar e contextualizar diferentes tipos de sons e ritmos;

Adequar
a
linguagem
a
diferentes
situações
comunicativas,
ampliando
gradativamente nas possibilidades de comunicação e expressão oral (dialogar);

Desenhar, conhecer e reconhecer as letras do alfabeto e o som das mesmas;

Estimular a escrita utilizando material concreto;

Identificar no dia a dia, situações das quais se faz necessário o uso da leitura e
escrita;

Conhecer e escrever seu nome completo;

Identificar e escrever a letra script maiúscula;

Diferenciar letras, figuras e números;
70
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
Produção de textos coletivos;

Gramática somente na oralidade;

Narrar e contar histórias a partir de sequência de imagens;

Vivenciar a leitura como atividade necessária e prazerosa;

Compreender e interpretar;

Perceber a importância da leitura na vida das pessoas.
Atividades:

Ouvir e recontar diferentes tipos de histórias;

Contar histórias seguindo uma sequência lógica;

Assistir filmes;

Falar sobre os diferentes tipos de imagens;

Dramatizações;

Recitar: parlendas, trava-língua, versos, poesias, quadrinhas.

Momento do canto;

Dobradura;

Jogo do contrário;

Caixa surpresa;

Carta enigmática;

Diálogo partindo da literatura infantil, de uma imagem, de uma informação
desenvolvendo assim o raciocínio e senso crítico;

Uso da literatura infantil como forma de produzir conhecimento, imaginação e
fantasia;

Jogos de mesa (dominó, memória, alfabeto móvel);

Desenhar o corpo, objetos e cenas;

Escrever o nome completo e palavras chave;

Usos e interpretação de variadas formas de representação (imagens, dramatização,
símbolos, sinais e decodificação);

Visualizar e estudar o calendário;
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
Escutar o som e escrever a letra correspondente;

Registro em diferentes espaços (chão, parede, muro, calçada);

Manusear histórias e diferentes materiais;

Ouvir e criar histórias;

Leitura de sequência de imagens compreendendo o espaço e o tempo em que
aconteceu a história.
Recursos:

Literatura infantil, jogos de encaixe, jogos de mesa, massa de modelar, dvd, cds,
pendrive, livros didáticos, jornais, revistas, figuras diversas, fantoches, máscaras,
fantasias, giz de cera, lápis de cor, canetinha, giz branco, lápis, tapete emborrachado
com figuras e letras, aventais pedagógicos, alinhavo, calendário, alfabeto móvel.
72
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20.1.5 Linguagem Matemática
Objetivos:

Aprimorar e ampliar diferentes aprendizagens matemáticas, promovendo a interação
com o cotidiano, estabelecendo relações com bases nas observações, experiências e
ações que fazem sobre os elementos do seu meio físico e sociocultural;
Conteúdos:

Relação de números com quantidade;

Associação e exploração de números (quantidade até 12);

Identificação de números e numerais escritos;

Sequência numérica;

História dos números;

Reconhecimento e prática da escrita numérica;

Classificação, observação, seriação, ordem, massa, volume, peso, tabelas simples,
gráficos, figuras geométricas, tangram, frações inteiro e metade, dúzias, situações
matemáticas, jogos de mesa e parlendas, ordem crescente e decrescente;

Noção espaço e tempo (calendário, relógio, dias);

Lateralidade (encima, embaixo, frente, atrás, dentro, fora);

Textura (grosso, fino, liso, áspero).
Habilidades:

Escrever, comparar, concentrar, fixar, aprofundar, reconhecer, classificar, seriar,
memorizar, igualdade, diferença, contar, visualizar, observar, ouvir, explorar, somar,
diminuir,
manipular,
raciocinar,
jogar,
criar/encaixar,
dividir/arrastar,
separar/empilhar, rolar/transportar, identificar, ordenar e recitar a escrita dos números.
Atividades:

Pesquisar os diferentes lugares onde os números se encontram;
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
Relação de manhã, tarde e noite;

Dias da semana, meses e ano;

Brincadeiras dirigidas com corda, bola, bambolê, amarelinha.

Explorar diferentes objetos de várias formas;

Memorizar a sequência dos dias da semana;

Exercitar oralmente pequenos cálculos;

Escrita dos números estudados de 0 à 12.
Recursos:

Literaturas diversas, cds, dvds, parque, areia, alimentos, jogos de mesa, jogos de
encaixe, tangram, balança, relógio, calendário, livros e revistas para recorte, corda,
bola, bambolê, circuito, recursos naturais, canudinhos, bolinhas, fio, passeios,
observação, etc.
20.1.6 Hora do Conto
Objetivos:

Incentivar o gosto pelas histórias, proporcionando aos alunos a oportunidade de
desenvolver a criatividade, imaginação, expressão oral e corporal, promovendo a
participação e o interesse nos diferentes gêneros literários;

Estimular e desafiar a criança a desenvolver a criatividade, por meio da compreensão
e da apropriação das práticas sociais, em situações lúdicas e imaginárias;

Respeitar regras coletivas e individuais de convivência, desenvolvendo suas
habilidades através das diferentes linguagens.
Conteúdos:

Literatura Infantil, dramatização, canto, dança, cultura, tradição, mímica, faz de
conta, leitura de imagens.
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Habilidades:

Ouvir, falar, recontar, argumentar, perguntar, compreender, interpretar, apresentar,
criar, observar, criatividade, raciocínio, memorização, sequência lógica.

Atividades: recorte, colagem, pintura, leitura de imagens, criação de histórias,
origami, manuseio de livros diversos, recontar as histórias com sequência lógica,
danças livres e dirigidas, discriminação visual, auditiva, sensorial, painéis, rasgadura,
mosaico, passeios, observação, viagem de estudos, pesquisa, interpretação de textos,
teatro, dramatização, dedoches, fantoches.

Recursos: literaturas diversas, fantoches, dedoches, papéis diversos, tesoura, cola,
biombo, lápis de cor, caixa surpresa, recursos naturais, fantasias, corda, bola, diversos
materiais impressos.
20.1.7 Informática Pré II
Objetivos:

Reconhecer e identificaras partes do computador e suas principais funções;

Criar um ambiente de aprendizagem em que os educandos autonomia e iniciativa para
manusear o computador;

Desenvolver a coordenação motora fina para manusear o mouse;

Despertar a curiosidades;

Incentivar o trabalho cooperativo e interdisciplinar;

Estimular a reflexão, o raciocínio e a compreensão de conceitos;

Ressaltar a importância do processo ao invés do resultado obtido (ganhar ou perder,
certo ou errado);

Comtemplar os aspectos de linguagem (faixa etária, gênero, ambiente);

Estimular o educando a propor e resolver problemas.
Conteúdos:
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
Projetos pedagógicos temáticos ou softwares multimídias abordando novos
conteúdos;

Componentes do computador (teclado, mouse, monitor, gabinete da CUP);

Softwares educativos;

Digitação de palavras e números;

Jogos interativos/ educativos que abrangem conteúdos curriculares (memória, 7 erros,
cores, cores, formas geométricas;

Desenhos livres e dirigidos, pintura através do computador;

Histórias produzidas com temas infantis utilizando os recursos de multimídia;

Imagens sincronizadas.
Habilidades:

Conhecer o computador e suas funções;

Coordenação motora fina (habilidade de manuseio do mouse);

Saber usar adequadamente o teclado;

Seguir as orientações do professor para entrar, usar e sair dos programas;

Demonstrar interesse e ampliar o conhecimento;

Concentração, memorização e criatividade.
Atividades:

Manuseio do mouse e do teclado;

Digitação, desenhos, pinturas, exploração do mesmo;

Conhecer e compreender o processo de ligar e desligar;

Jogos interativos;

Assistir episódios educativos no computador.
Recursos:

Computador, rádio, dvd, cd, tv, data show, notebook, papel diversos, caneta, lápis,
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21. PLANEJAMENTO
Conforme a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) Nº 9394-96 no Art. 13, Inciso V, a qual
estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que o Professor tem as seguintes
funções em seu trabalho: ministrar os dias letivos e horas aula estabelecidos, além de
participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao
desenvolvimento profissional.
O planejamento educativo necessita ser assumido no cotidiano como um processo de
reflexão, pois, mais do que ser um papel preenchido, é atitude que envolve todas as ações e
situações do educador no cotidiano do seu trabalho pedagógico. Planejar é a atitude de traçar,
projetar, programar, elaborar um roteiro para a transformação do conhecimento, de interação,
de experiências múltiplas e significativas para com o grupo de crianças. É necessário que os
professores também revisem as atividades que planejaram e realizaram, refletindo se estas
foram adequadas ao interesse e necessidades das crianças. A criança precisa ser atendida
segundo suas necessidades, seus interesses e suas condições de desenvolvimento.
Ostetto (2000, p.177) também considera o planejamento uma atitude crítica do
educador diante do seu trabalho docente, “motivo pelo qual o planejamento não é uma fôrma,
mas é flexível, o que permite ao educador repensar, revisando, buscando novos significados
para sua prática pedagógica”.
Para haver um planejamento significativo, faz-se necessário uma avaliação crítica por
parte dos profissionais, pois avaliar na Educação Infantil exige dos educadores: observação,
reflexão, registros diários e sobretudo grande sensibilidade. As reações dos educandos, suas
contribuições, participações, falas, conclusões, sugestões e socializações ilustram e
confirmam as suas aprendizagens. As situações de rotina constituem momentos privilegiados
de interação adulto/criança, durante as quais o adulto pode conversar com a criança, criar,
jogar, falar, sorrir, estabelecendo uma relação afetuosa com cada criança, uma vez que cada
uma delas é única e tem necessidades diferentes.
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As rotinas são flexíveis sendo momentos de trocas intensas e aprendizagens
significativas, em que se promove a independência e a autonomia. A partir disso, a Escola
propõe uma rotina que traga maior segurança tanto para a criança quanto aos profissionais que
com ela atuam.
Para a organização do planejamento e das atividades pedagógicas, o Professor da
Rede Municipal de Ensino tem o seu dia de planejamento, que representa 1/3 de sua carga
horária garantido em Lei, e este é adequado conforme a carga horária de cada educador. Na
Educação Infantil para atender o dia de planejamento do professor titular da turma, os
educandos têm aula com professores de área, sendo: Informática, Artes, Recreação e Hora do
Conto, e os mesmos também possuem seu dia de planejamento.
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22. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A LDB Nº 9394/96, estabelece que, “Na Educação Infantil, a avaliação faz-se
necessária mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso para o ensino fundamental”.
A avaliação é conhecer as crianças, compreendê-las, para lhes oferecer experiências
ricas e significativas, acolhendo-as e desafiando-as a prosseguir em suas conquistas com
segurança e iniciativa. Na Educação Infantil, a avaliação tem por base a observação
permanente das crianças no cotidiano escolar, acompanhar seu desenvolvimento nos aspectos
cognitivo, sócio afetivo e psicomotor. Nesse sentido o professor/avaliador terá por objetivo:

Manter uma atitude curiosa e investigativa sobre as reações e manifestações das
crianças no dia a dia da Escola;

Valorizar a diversidade de interesses e possibilidades de exploração do mundo pelas
crianças, respeitando sua identidade sociocultural;

Proporcionar-lhes um ambiente interativo, acolhedor e alegre, rico em materiais e
situações a serem experenciadas;

Agir como mediador de suas conquistas, no sentido de apoiá-las, acompanha-las e
oferecer-lhes desafios adequados aos seus interesses e possibilidades;

Fazer anotações diárias sobre aspectos individuais observados de forma a reunir
dados significativos que embasem o seu planejamento e a reorganização do ambiente
educativo.
Dessa forma, a avaliação na Educação Infantil é constante e está organizada nas
seguintes etapas:

Registro diário e individual de cada educando;

Conversa com os pais no dia de planejamento do professor;

Conselho de Classe semestral;

Reunião Pedagógica de turma com os pais;

Entrega do Boletim com avaliação do 1º semestre para os pais ou responsáveis legais;

Palestra/formação para a família;
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
Entrega do Boletim com avaliação do 2º semestre para a família.
O boletim da Educação Infantil, é organizado em forma de portfólio, composto por:

Capa de identificação com foto;

Avaliação objetiva dos aspectos: sócio afetivo, psicomotor, cognitivo e das aulas de
Arte, Informática, Recreação e Hora do Conto;

Parecer descritivo emitido pelos Professores e pelos Pais ou Responsáveis;

Em anexo atividades realizadas pelos educandos.
23. ENTURMAÇÃO
A Educação Infantil tem por finalidade criar condições para o desenvolvimento
integral de todas as crianças, considerando também, as possibilidades de aprendizagem que
apresentam nas diferentes faixas etárias, através de uma atuação que propicia o
desenvolvimento de capacidades envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva, ética,
estética, de relação interpessoal e inserção social.
A enturmação das crianças na Escola ocorre de acordo com a Lei nº 11.114/2005 que
altera na redação do referido art. 32 da LDB a qual estabelece a data de corte do dia 31 de
março do ano em que o educando realiza sua matrícula inicial com 4 anos na Pré – Escola.
Nas turmas de Pré I são atendidas crianças de 4 a 5 anos, Pré II crianças de 5 a 6 anos.
Na organização das turmas da UE do Pré – Escolar “Os Peixinhos” são considerados
os critérios conforme parecer do Conselho Municipal da Educação Nº 02/2016, de
27/04/2016.
Pré – Escola:

Pré I – 4 anos: 1 Professor para 18 a 20 crianças;

Pré II - 5 anos: 1 Professor para 20 a 22 crianças.
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24. INCLUSÃO
A inclusão é um grande desafio para a Educação do Século XXI. Ela é fruto de um
contexto histórico em que resgata a Educação como lugar de exercício pleno da cidadania,
buscando igualdade de direitos e combatendo qualquer forma de discriminação. Uma
Educação Inclusiva é uma educação que respeita as características individuais, oferecem
alternativas pedagógicas, que atenda as necessidades individuais de cada educando.
Muitos são os estudos e documentos que defendem a inclusão e oferecem a proposta
de que a educação pode ser oferecida a todas as pessoas numa mesma Escola onde todos
possam conviver e aprender com as diferenças. Segundo Antunes, (2008, p.21) “Acredita-se
na educação inclusiva não apenas como um simples “método de trabalho” que dominado
passam a aplicar no seu cotidiano, mas como uma nova maneira de encarar a função
educativa”.
Uma educação inclusiva considera as características dos educandos, observando que
ele tem ritmos diferentes e modos diferentes de construir o conhecimento. Mas como o
professor pode trabalhar essa questão? Faz-se necessário abordar as mesmas questões muitas
vezes, de maneiras distintas, em momentos diferentes e com recursos diferentes.
Assim, o professor estará oferendo a todos os alunos a oportunidade de aprender,
participar e construir o seu conhecimento, pois sabemos que somos todos diferentes e que não
aprendemos todos do mesmo jeito que nos é ensinado. Numa escola inclusiva os alunos não
necessitam se adaptar ao mesmo método pedagógico e também não podem ser avaliados da
mesma forma como acontecia na escola tradicional.
Com isto percebe-se que a base de uma educação inclusiva é considerar as diferenças,
encontrar formas adequadas para mediar o conhecimento e avaliar o aproveitamento de cada
educando, garantindo que “todos” os alunos participem ativamente de todas as atividades na
escola e na comunidade.
Numa escola inclusiva o professor elabora e desenvolve estratégias e habilidades
educativas adequadas a cada educando, é um facilitador da aprendizagem dos alunos com a
ajuda de outros profissionais tais como: Professores com habilitação em Educação Inclusiva,
pedagogos, fonoaudióloga, psicóloga e intérpretes da língua de sinais (Libras).
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A inclusão traz para toda a comunidade escolar alguns sentimentos, como o receio do
novo, a sensação de incapacidade e despreparo para atender aos educandos. Ela exige, porém,
transformação, pois defende a inserção de alunos com qualquer deficiência e dá a escola o
compromisso de conhecer, interagir e socializar o mesmo no contexto escolar.
Para se trabalhar em classes inclusivas e com turmas heterogêneas, é preciso lançar um
novo olhar sobre os saberes, as competências e as atitudes, onde o professor será a principal
recurso onde a educação inclusiva pode se apoiar.
25. MARCO LEGAL
25.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
A Constituição Federal de 1988 é considerada um marco para a Educação Infantil,
explicita o direito a educação de 0 a 6 anos, compreendendo que a Educação Infantil é uma
etapa da Educação Básica.
A concepção de creches e pré-escola também mudou onde passaram a ser entendidas
como instituições educativas ao invés de assistenciais.
O ensino deve ser ministrado com base no princípio do pluralismo de ideias e de
concepções pedagógicas e com garantia de padrões de qualidade.
A Constituição Federal de 1988, a LDB/96 e a Política Nacional de Educação de 1988,
determinam
as
competências e
responsabilidades
para os
sistemas
de ensinos,
complementando com Diretrizes e Resoluções formuladas pelo Conselho Nacional de
Educação.
A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica assegurada na Constituição
Brasileira de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394 de 1996,
pressupõe a universalização do acesso da criança a instituição formal de ensino.
25.2 LDB - LEI DE DIRETRIZES E BASES
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A expressão “Educação Infantil” e sua concepção como primeira etapa da educação
básica estão agora na lei maior da educação do país, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), sancionada em 20 de dezembro de 1996. Se o direito de 0 a 6 anos à
Educação em creches e pré-escolas já estavam assegurados na Constituição de 1988 e
reafirmados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, a tradução deste direito
em diretrizes e normas, no âmbito da Educação Nacional representam um marco histórico de
grande importância para a Educação Infantil em nosso país.
A inserção da Educação Infantil na Educação Básica, como na primeira etapa, é o
reconhecimento de que a Educação começa nos primeiros anos de vida sendo essencial.
25.3 PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Com base em um amplo diagnóstico da Educação Nacional, as expectativas da
sociedade vocalizadas nas conferencias, encontros e contribuições diversas recebidas durante
longo processo de discussão e elaboração da proposta, o Ministério da Educação norteou a
proposta do novo PNE fundado nas seguintes premissas:
a) Universalização da Educação Básica pública, por meio do acesso e permanência na
Instituição Nacional;
b) Expansão da oferta da Educação Superior, sobretudo a pública, por meio da
ampliação do acesso e permanência na Instituição educacional;
c) Garantia de padrão de qualidade em todas as Instituições de ensino, por meio do
domínio dos saberes, habilidade e atitudes necessárias ao desenvolvimento do
cidadão, bem como da oferta dos insumos próprios a cada nível, etapa e modalidade
de ensino;
d) Gratuidade do ensino para o estudante em qualquer nível, etapa ou modalidade na
Educação, nos estabelecimentos públicos oficiais;
e) Gestão democrática da Educação e controle social da Educação;
f) Respeito e atendimento as diversidades étnicas, religiosas, econômicas e culturais;
g) Excelência na formação e na valorização dos profissionais da Educação;
h) Financiamento público das instituições públicas.
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25.4 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
EDUCAÇÃO INFANTIL
O atendimento em creches e Pré-escolas como direito social das crianças se concretiza
na Constituição de 1988, com o reconhecimento da Educação Infantil como dever do Estado
com a Educação, processo que teve ampla participação dos movimentos comunitários, dos
movimentos de mulheres, dos movimentos de redemocratização dos pais, além,
evidentemente, das lutas dos próprios profissionais da Educação.
A partir desse novo ordenamento legal, creches e pré – escolas passaram a construir
nova identidade na buscar de superação de posições antagônicas e fragmentadas, sejam elas
assistencialistas ou pautadas numa perspectiva preparatória a etapa posteriores de
escolarização.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil foram fundamentadas
para explicitar princípios e orientações para os sistemas de Ensino e na organização,
articulação, desenvolvimento e avaliação das propostas pedagógicas.
25.5 SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
Conforme Lei n° 625 de 15/12/1997 no art. 205, lei do sistema de ensino de Iporã do
Oeste, a Educação é ministrada com base nos princípios estabelecidos na Constituição
Federal, na Lei Orgânica e inspirada nos sentimentos de igualdade, liberdade e solidariedade e
será responsabilidade do Município de Iporã do Oeste e a organização como sistema
destinado à universalização do ensino fundamental e da Educação Infantil.
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25.6 PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
O Sistema de Ensino do Município abrange a Educação Básica, desde a Educação
Infantil até o Ensino Médio. Também inclui as modalidades de Educação de Jovens e
Adultos, a Educação Especial e o Ensino Superior.
A Educação Infantil compreende a idade de 0 a 5 anos, sendo que de o a 3 anos o
atendimento é ofertado em creches e de 4 e 5 anos em Pré – Escolas. Na Educação Infantil, a
criança participa de diferentes experiências, vivenciam noções de valores no convívio social,
regras, princípios morais, éticos e recebe estímulos para desenvolver a capacidade cognitiva e
motora que servirão de base para a vida.
25.7 PARECER Nº 02/2016, DE 27 DE ABRIL DE 2016
O Conselho municipal de Educação do município de Iporã do Oeste, no uso de suas
atribuições que lhe são conferidas, na forma do disposto na Lei nº 0626 de 17/11/97, no artigo
3º, item II, V e VI e ata nº 02/2016 deliberou que:
Em reunião ordinária do Conselho Municipal de Educação, no dia 27 de abril de 2016,
os membros do Conselho Municipal de Educação analisaram, discutiram e deliberaram sobre
o Regimento Escolar da Rede Pública Municipal de Ensino, conforme processo nº 01/2016 da
SMEDCT.
Após análise, discussão e alterações propostas ao Regimento, o Conselho Municipal
de Educação deliberou pela aprovação do Regimento Escolar da Rede Pública Municipal de
Ensino de Iporã do Oeste.
Este parecer entra em vigor na data de sua publicação.
Iporã do Oeste SC, 27 de abril de 2016.
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25.8 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o conjunto de normas do ordenamento
jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente,
aplicando medidas e expedindo encaminhamentos para o juiz. É o marco legal e regulatório
dos direitos humanos de crianças e adolescentes.
25.9 LEI Nº 12.796 DE 4 DE ABRIL DE 2013
A Lei 12.796/13 que altera a Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. No artigo 4º
contempla que a Educação Básica seja obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade,
organizada da seguinte forma: Pré – Escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
25.10 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL - EDUCAÇÃO INFANTIL
Atualmente falar em Educação Infantil no Brasil implica fazer uma retrospectiva desde
a promulgação da Constituição Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente de
1990 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, isso por que foi a partir
das deliberações encaminhadas nessas duas leis e das suas consequências para a área que os
desafios e as perspectivas têm sido colocados.
25.11 PARECER Nº CEB 022/98 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL
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Segundo o Parecer Nº CEB 022/98, entende-se que o Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil, constitui-se uma colaboração importante prestada pelo MEC ao
Sistema Brasileiro de Ensino.
25.12 RESOLUÇÃO CEB Nº 1 DE 7 DE ABRIL DE 1999
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
25.13
DIRETRIZES
CURRICULARES
NACIONAIS
DA
EDUCAÇÃO
BÁSICA
PARECER CNE/ CEB/7/ 2010
A Educação escolar, comprometida com a igualdade do acesso de todos ao
conhecimento e especialmente empenhada em garantir esse acesso aos grupos da população
em desvantagem na sociedade, será uma educação com qualidade social e contribuirá para
diminuir as desigualdades historicamente produzidas, assegurando assim o ingresso, a
permanência e o sucesso na Escola, com a consequente redução da evasão, da retenção e das
distorções de idade/ano/série.
25.14 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, PROFESSORES e FUNCIONÁRIOS
Decreto Nº 0025 de 10 de julho de 1996
A Associação de Pais, Professores e Funcionários – APP, do Pré –Escolar “Os
Peixinhos”, foi fundada no dia 15 de março de 2006, sendo uma Associação sem fins
lucrativos de duração indeterminada e existência obrigatória, com atuação junto a referida
Unidade Escolar, com sede à Rua 1º de Maio, 236 e foro no Município de Iporã do Oeste e
Comarca de Mondaí, Estado de Santa Catarina, e é regido pelo próprio Estatuto. Constituí
como finalidade específica da Associação de Pais, Professores e Funcionários, a integração
entre Escola e Comunidade escolar.
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25.15 CONSELHO ESCOLAR
Instituído em abril de 2016 na Unidade Escolar, a partir da lei 1.724 de 11 de
novembro de 2015. Este Conselho é um Colegiado permanente de debate e articulação entre
os vários segmentos da comunidade escolar e local, tendo em vista a democratização do
ensino das escolas públicas e a melhoria da qualidade socialmente referenciada e da educação
ofertada. Exerce a função consultiva, deliberativa, fiscalizadora, propositiva e mobilizadora
nos assuntos referentes a gestão pedagógica administrativa e financeira da comunidade
escolar.
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26. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto Político Pedagógico não se encerra aqui, mas, é preciso ser analisado,
discutido e aperfeiçoado anualmente ou sempre que necessário, para que sejam feitas
adaptações, modificações, e alterações de acordo com as propostas metodológicas que forem
surgindo e as necessidades inerentes à sociedade que venha construir a nossa comunidade
escolar e para isso, todos são convidados a se envolver e participar. O que queremos, é
construir e manter uma escola de qualidade, inserida nos novos tempos, e que aponte para a
reflexão constante do conceito de educação infantil, que esteja sempre conectada com a
sociedade, consciente de seus desafios, formadora de educandos capazes de aprender e
também conscientizados de seus direitos e deveres, de liberdade e de igualdade. O Projeto
Político Pedagógico da Escola Municipal de Educação Infantil Pré-escolar “Os Peixinhos”,
assume internamente um compromisso com a conscientização e transformação sociocultural
da comunidade, concordando com o fato de que educação é prioridade e que a diversidade
presente não seja uma barreira para que propostas e ações pedagógicas inovadoras sejam
norteadoras para a nossa prática educativa.
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27. REFERÊNCIAS
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