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Edição V- Ano IX Maio. junho 2013 O 100 Comentários tem o apoio de: Editorial Este é o nosso último número deste ano letivo, por isso queremos aproveitar para agradecer a todos os que connosco colaboraram ativamente eao longo do ano letivo. A todos o nosso muito obrigada. Voltaremos em setembro. PROJETO JACK PETCHEY Prémio realização de 2013 Prémio realização de junho 2013 Miguel Pera Rodrigues, Turma B do 12º ano Foi eleito por unanimidade por ser estudioso; empenhado; solidário; disponível; enfim por ser bom aluno. Para a aplicação do dinheiro, o aluno considera que a reprografia necessita de um computador mais rápido e atualizado, que permita aos alunos a impressão de trabalhos sem tantos problemas técnicos. Prémio realização em maio 2013 Shana Alves, Turma D do 11ºano Aluna estudiosa, disponível e boa colegaA aluna sugere que o dinheiro seja aplicado em livros para a biblioteca e para melhorar a sala dos alunos. Escola Secundária Dr.ª Laura Ayres Prémio Liderança Professora Teresa Carvalho Escola Secundária Dr.ª Laura Ayres Tiago Rafael Mendonça, da Turma F do 10ºano Eleito pelo facto de ser responsável, solidário e empenhado. O aluno deseja que o dinheiro seja empregue em espelhos para a sala de ginástica. [email protected] Coordenadora: Iolanda Semião Equipa e colaboradores: Ana Rosa Saavedra, Ademilde Trindade, Cristina Dias, Helena Gonçalves, Inês Aguiar, Iolanda Antunes, Marta Castro, Stella Ferreira, Suzinda Neves Edição: Marta Castro 2 Susana Fernandes Mónica Simões O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família têm vindo a dou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em desenvolver diversas atividades e ações de sensibiliza- Perigo para uma sessão de esclarecimento sobre os Si- ção, em colaboração com os diversos projetos do agru- nais de Alerta em Crianças e Jovens em Perigo, dirigida pamento e entidades externas, tais como: a todos os docentes do agrupamento. No âmbito das ações de sensibilização promovemos: - Uma sessão de Esclarecimento sobre o funcionamento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, em articulação com a Turma PIEF e a CPCJ, onde convidamos todos os encarregados de Educação, cujos educandos fre- No âmbito das atividades promovemos: quentam o Projeto Estudo; - No Dia da Criança, o GAAF, em colaboração com a - Uma Sessão de Educação Escola Ativa, trouxe o Rato Mickey ao pré-escolar e Parental em articulação com a Turma PIEF; primeiro ciclo, de todo o agrupamento; - Uma Ação de Economia Doméstica em articulação com a turma PIEF e Fundação António Aleixo, onde convidamos alguns encarregados de educação acompanhados pelo GAAF; - No dia 21 de Maio foi apresentado às turmas 8º A, 8º - Colaborou com o Banco Alimentar Contra a Fome C, 10º G, CEF2- Jardinagem e Espaços Verdes e PIEF, numa recolha de alimentos, que decorreu nos dias 1 e 2 o projeto Namorar com Fair Play, em colaboração de Junho, onde se sensibilizou os encarregados de edu- com a Professora Inês Aguiar – Coordenadora das Bi- cação e alunos a participarem de forma voluntária. bliotecas Escolares do Agrupamento, que irá ser desenvolvido no nosso agrupamento, no próximo ano letivo e contará com a nossa colaboração; Por fim, o GAAF gostaria de agradecer a todos os que estiveram envolvidos, ao longo deste ano letivo, nas nossas atividades e que contribuíram para o sucesso das - A turma 11º I – Curso Profissional – Técnico de Apoio à Infância aceitou o desafio do GAAF e convi- mesmas. Boas Férias! 3 "No Princípio Era o Verbo" … O verbo bibliotecário Cristina Dias/ Inês Aguiar Atividades do mês de maio: atividades dedicadas em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses e da Cybele, Mãe dos Deuses romanos. Continuamos a dinamizar um conjunto de atividades e projetos promotor da leitura e da primavera, do conhecimento, da crítica e do espírito argumentativo e desenvolvimento de competências específicas da cada área e transversais ao currículo… Neste mês, divulguemos a cultura dedicada a Rhea ou Cybele … o ventre originário da Humanidade. Eis-nos quase no final do ano letivo e as atividades e projetos deste Centro de Recursos estão quase no seu epílogo. O projeto «Páginas de Cidadania na BE da ESLA» e as turmas de 10º ano envolvidas brilharam no empenho demonstrado, nomeadamente na elaboração do projeto de recomendação, na promoção do mesmo através de uma campanha eleitoral dinâmica e no debate alargado à comunidade educativa, que teve efeito no dia 21 de maio. O projeto vencedor foi o da lista D e apresentou as seguintes medidas: 1ª- Eliminação da ordem de serviço número 8 e respetiva autorização da sua utilização dentro do recinto escolar, tendo em conta a sua proibição dentro da sala de aula; 2ª- Melhoria nos alimentos e produtos servidos no bar e refeitório; 4 3ª- Prolongamento dos dias disponíveis aos alunos para atividades extra curriculares e visitas de estudo - até 5 dias úteis; 4ª- Suprimento da proibição da presença dos alunos nas salas de aulas ou blocos fora do horário de aulas; 5ª- Eliminação das provas de aferição; 6ª- Desinfestação de insetos à porta e dentro dos blocos. Orgulhosa, aliás, muito orgulhosa, do empenho e dedicação destes representantes, cujos nomes convém evidenciar: Paulo Madeira, nº 14 - 10º D; Raquel Soeiro, 16 - 10º D; Nádia Oliveira, nº 13 - 10º D; Valter Coelho, nº 13 - 10º C; Erica Faria, nº 4 10º C; Karolina BoyarKo, nº 6 - 10º C; Daniel Caixeiro, nº 2 - 10º C; João Miguel Pires, nº 16 - 10º B; Ana Rufino, nº 4 - 10º B; Inês Mestre Rosa, nº 13 - 10º B; Dorin Gujuman, nº 9 - 10º B; Laura Rocha, nº 17 - 10º B; Luís Tarelho, nº 16 - 10º A; Catherine Boryor, nº 6 - 10º A; Olga Pkotylo, nº 21 - 10º A; Luís Miguel Mestre, nº 17 - 10º A; Iolanda Gonçalves, nº 9 - 10º F; Soraia Ribeiro, nº 17 - 10º F e Ana Alves, nº2 – 10º F. Orgulhosa da disponibilidade e abertura argumentativa demonstradas pela diretora e membros convidados nesta sessão. Há, no entanto, ainda muito a fazer, mas ser cidadão ativo implica isso mesmo … A todos, obrigada. "No Princípio Era o Verbo" … O verbo bibliotecário (continuação) Ao longo deste mês, o Projeto EVA continuou a ser implementado. Trata-se de um projeto com futuro, baseado no apoio pedagógico dos alunos mais velhos, aos alunos mais novos, tendo sido brilhantemente orientado pelo professor Arlésio Coelho, em colaboração com a Biblioteca escolar. Nos dias 7, 16 e 24 de maio, finalizámos um dos projetos mais interessantes e aprovados em Conselho Pedagógico – Currículos Palestrantes – em colaboração com todos os grupos disciplinares, concretizado ao longo do ano letivo. «Os perigos da internet», «A língua francesa e o mundo do trabalho» e «O mundo da arte», foram as temáticas apresentadas de forma profícua pelos professores: Hugo Mártires, Vera Henriques e Suzinda Neves, respetivamente. O «Bookcrossing», os livros em movimento, continuaram a viajar a bom ritmo pelas turmas do ensino básico, entre os dias 20 a 24 de maio. Uma ideia simples, cuja ação prática fomentou a leitura e o número de leitores. se a comunidade educativa sobre a violência no namoro, com os seguintes objetivos: Prevenir a violência no namoro; Contribuir para eliminar estereótipos de género; Promover uma cultura de não-violência, cidadania, relações interpessoais e sociais que permitam a igualdade de género e de oportunidades, entre os jovens adolescentes e alterar perceções práticas e comportamentos face às situações de violência no namoro. Nesta fase inicial, a ação de sensibilização ficou a cargo do voluntário António Fernandes, em colaboração com as técnicas do GAAF e a Biblioteca Escolar da ESLA. A 16 de maio a Magia de Afonso Pereira iludiu e desviou as perceções corriqueiras e quotidianas… Brilhante. No fim verbalizámos, bibliotecando… sempre neste mundo escolar e em outros mundos possíveis e imaginários. A BE é, definitivamente, o lugar mais espetacular da escola. A leitura e a sua divulgação prosseguiram nas quartas-feiras, pelas 16.30 horas, no clube de leitura. Desta vez a voz da escrita coube aos professores: Inês Aguiar e Rui Rocha, tendo o prazer de apresentar obras e autores diversificados. Os alunos de CEF 2, participantes regulares destas sessões de leitura, também fizeram a sua divulgação. Afinal a leitura está de boa saúde e recomenda-se. O mar foi a temática escolhida pelas professoras de Educação Visual: Lia Lamarão e Marta Castro, para ser trabalhada com os alunos de ensino básico das suas turmas. Os trabalhos realizados foram expostos na Biblioteca Escolar e no exterior da mesma, ao longo do mês de maio. No dia 21 de maio as turmas PIEF, CEF 1, CEF 2, 10º G, 8º A e C, desenvolveram o projeto de voluntariado «Namorar com Fair Play». Esclareceu- 5 Hallo! Lurdes Seidenstricker No dia 3 de maio de 2013, nós, alunos de alemão do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, após termos sido convidados, fomos a Almada presenciar a 3ª edição do festival nacional de grupos de teatro escolar, «Alemão em Cena», organizada pelo GoetheInstitut Portugal. Sul. Durante um breve intervalo entre as peças fomos todos almoçar à pousada da juventude em Almada com o fim de convivermos e de nos conhecermos num ambiente diferente, já que sendo todos diferentes temos algo em comum: somos todos alunos de alemão! O teatro deu-se no Fórum Municipal Romeu Correia onde fomos muito bem recebidos e visualizámos 16 peças preparadas por alunos de 13 escolas básicas e secundárias de todo o país, de Norte a Em suma, foi uma visita interessante que esperamos poder repetir para o próximo ano , quem sabe até, participar. Tschüs! 3º Consílio dos Deuses Alunos de Latim 11ºE N o dia 17 de maio, as turmas do 10º e 11º ano de Latim da ESLA realizaram um desfile de divindades romanas por convite do museu do Cerro da Vila, para comemoração do dia dos museus. Assim, as informações, que diziam respeito a cada um dos deuses, foram sendo lidas, tanto em Português, como em Inglês, à medida que os alunos desfilavam, para todos os visitantes presentes. Deste modo, todos os presentes puderam desfrutar duma tarde diferentes, contactando, ao mesmo tempo, com elementos da cultura latina. Além disso, esta atividade serviu para serem postos em prática conhecimentos estudados nas aulas de Latim, nomeadamente, mitologia e vestuário romanos. 6 IMANES ACENTOS Mauro Maia Uma «r», «l», «z», «n»/«com til» que são, na ausência de das maiores riquezas acentos, agudas mas apenas os acentos agudo «´» e cir- que Portugal tem é a cunflexo «^» servem para marcar a sílaba tóni- Língua Portuguesa. ca. Nunca há duas sílabas tónicas na mesma palavra e, Todas as línguas têm as suas subtilezas e encantos e o como tal, apenas pode haver um acento tónico numa Português não é exceção. palavra portuguesa. Os acentos «~» e «`» não marcam a É compreensível a prevalência da Língua Inglesa nos sílaba tónica, servindo outros propósitos: o «til» surgiu meios culturais internacionais. A origem tricéfala da como forma de encurtar a escrita de palavras terminadas língua inglesa (fruto da união das raízes germânica, em «n». Das várias centenas de milhares de palavras escandinava e latina) concedeu-lhe algumas característi- portuguesas, menos de 30 terminam em «n», tendo este cas que a tornam, a falantes de línguas europeias, agra- sido substituído por um «~». Excetuando neologismos dável de usar. O fim da II.ª Guerra Mundial e a ocupa- ainda não convertidos para o português padrão ou no- ção militar por parte dos EUA levou à necessidade da mes próprios ou geográficos estrangeiros, ocorrem-me utilização de uma língua artificial com base no Inglês, apenas estas 22 palavras portuguesas terminadas em criada pelo linguista e filósofo inglês Charles Kay «n»: íman, abdómen, albúmen, éden, espécimen, gér- Ogden, e apresentada, em 1930, no seu livro Basic En- men, glúten, hífen, hímen, líquen, lúmen, pólen, sé- glish: A General Introduction with Rules and Grammar, men, árgon, cólon, crípton, éon, néon, plâncton, para ensinar Inglês de nível básico aos povos ocupados rádon, táxon e xénon. Note-se que, como a maioria é (uma criação com fins teóricos que teve importantes grave (apenas uma é esdrúxula), todas levem acento utilizações práticas. A Matemática tem muitos exem- para as distinguir de palavras agudas. plos destes). Muitas vezes, o facto de a palavra com ou sem acento Com o advento dos meios informáticos, o Inglês serviu tónico ser o verbo ou o substantivo do mesmo conceito, de base às primeiras ferramentas de interação virtual e reforça a ilusão de que os acentos podem ser dispensa- os acentos, ausentes do Inglês, não foram inicialmente dos. A diferença entre «pais» (uma só sílaba com o di- incorporados nos teclados disponíveis. tongo «ai») e «país» (duas Em Português, os acentos são utilizados para tornar é unicamente um acento mas os significados são bem clara e fácil a leitura de palavras escritas, através da diferentes. Ou «ímanes» (plural de «íman», substância identificação da sílaba tónica. Não é uma questão de que atrai metais) e «imanes» (adjetivo plural de algo pedantismo intelectual (embora possa ser erradamente muito grande, desmedido). sílabas «pa»+«ís») utilizada como tal) a insistência na correta acentuação das palavras. A generalidade das palavras portuguesas é grave (a penúltima sílaba é a que deve ser salientada na leitura), servindo os acentos para indicar quando assim não é. Há algumas exceções como as palavras terminadas em 7 Mudam-se os tempos… Artur, Adriano e Rumário (10ºH) No desporto do todo encarnado como um tomate, a condizer com o seu cabelo “cenourinha”. Outros também apanharam escaldões, mas nada compaano de 2050, a turma de 10ºH (dos anos rado ao dele. letivos No fim do dia, decidiram ir à água. O Jorge, 2012/2015) estava na praia de Quarteira a como não sabia nadar, colocou o seu fato flu- jogar volley quando apareceu o Manuel Só tuante que ainda estava em fase de experiên- atrasado, como sempre, meia hora. Aliás, cia, mas que ele conseguira arranjar no continuava com o mesmo costume de antes. «mercado negro». O que ele não esperava era De nada valeram os inúmeros raspanetes que que o fato tivesse um defeito de fabrico e ouviu ao logo do curso dos vários professo- acabasse por romper-se. A sorte dele foi que res. a turma tinha aprendido o suporte básico de Então, a turma decidiu jogar futebol de praia, uma vez que tinha jogadores a mais para volley. Foram feitas quatro equipas de cinco jogadores, cada. A equipa vencedora foi a que era composta por Miguel, Rúben, Afonso, Mikira e Alex. vida, durante a sua formação, e não foi necessário chamar ninguém. Aliás, grande parte dos elementos da turma tinha profissões ligadas ao desporto ou ao mar e, portanto, estavam à vontade no socorro a náufragos. Mas quem mais se destacou na Apesar de todas as aventuras equipa foi o Afonso como vividas naquele dia, foi fan- guarda-redes. Fizeram-lhe vá- tástico o reencontro uns com rios remates, no entanto sofreu os outros ao fim de trinta e poucos golos. Ele era um dos sete anos. A maior surpresa jogadores mais pequenos, mas foi o Nuno, que agora era o tinha a seu favor a agilidade e força. O seu prémio foi um bocado mau, pois esqueceu-se de colocar protetor solar e ficou 8 maior do grupo, graças às muitas vitaminas que entretanto havia tomado. O mistério da Serra da Estrela Andreia, Cristiana e Catarina Cruz (10ºG) Num dia de inverno, há uns anos atrás, um grupo alguma coisa. de amigos da cidade da Guarda, o Miguelito Peni- Uns dias depois, Miguelito repara que a amiga co Camarão, a Josefina Maleta Caracoleta e o continua com um comportamento muito estranho; Gonçaleta Nabiça Borboleta, decidem ir em busca desaparece durante várias horas sem dizer para de mistérios à serra da Estrela. onde vai, não fala e mal come. Gonçaleta resolve O Miguelito é de estatura média, bom aspeto, de tirar as dúvidas e segue Josefina, numa das suas olhos verdes, cabelo ruivo e muito branquinho de saídas misteriosas. Nem quer acreditar no que vê: pele. A Josefina é baixinha, cabelo comprido e duas Josefinas e uns homens muito esquisitos. De loiro, de olhos azuis. Por último, o Gonçaleta é tão espantado que fica nem se apercebe de um alto, cabelo curto e castanho, de olhos azuis e mo- vulto que se aproxima de si e o agarra por trás. reno. Miguelito, que começa a ficar preocupado com a Os três amigos decidem, então, iniciar a sua jor- ausência dos companheiros, resolve sair do acam- nada à serra da Estrela a pé. Pelo caminho vão pamento e ir procurá-los. Leva consigo todo o ouvindo várias lendas e histórias de arrepiar, mas material de busca e salvamento, pois estando na mesmo assim não desistem. serra nunca se sabe o que pode acontecer. Depois Uma semana depois, chegam ao seu destino. Des- de andar alguns bons quilómetros, e sempre com cansam e acabam por adormecer. De repente, os a ajuda da bussola, Miguelito vê os dois amigos rapazes acordam sobressaltados com um barulho presos pelos homens estranhos. Pensa em várias estranho vindo de uma gruta e reparam que a Jo- hipóteses para distrair aqueles seres e chega à sefina desaparecera e, imediatamente, decidem conclusão que o melhor é atirar uma pedra para procurá-la. bem longe. Quando chegam à gruta, Miguelito é atraído por Se o pensou, melhor o fez e, na verdade, deu re- um cheiro muito intenso no ar a enxofre. Gonça- sultado, pois os homens, atraídos pelo barulho da leta diz a Miguelito que aquilo não deve ser nada pedra, resolvem afastar-se e Miguelito aproveita a e que o melhor é procurar a amiga. ocasião para salvar os amigos. Todos correm dali Algumas horas depois, já muito cansados, com o mais rápido que conseguem sem dar nas vistas. fome e sede, estão prestes a desistir quando ou- No acampamento, arrumam as suas coisas e deci- vem um barulho. Correm ao seu encontro e veem dem guardar segredo sobre o que ali lhes aconte- Josefina deitada no chão inconsciente. Minutos cera. Afinal, o grande mistério da serra da Estrela depois, ela acorda e, muito assustada, pede aos era a existência de extraterrestres que se transfor- amigos para saírem daquele lugar. Os dois amigos mavam em clones das pessoas raptadas. entreolham-se e desconfiam que a amiga esconde 9 Em homenagem a Helena Vieira da Silva, os alunos do 10º, 11º e 12º do Curso de Artes, realizaram um projecto a pastel sobre o tema “Urbano” tendo se conseguido verificar os três níveis de abstracção. 10 11 Amor e casamento em Memorial do Convento Trabalho interdisciplinar - Português e Desenho A - realizado pela turma E do 12º ano. (…) esperou que Baltasar terminasse para se servir da colher dele, era como se calada estivesse respondendo a outra pergunta, Aceitas para a tua boca a colher de que se serviu a boca deste homem, fazendo seu o que era teu, agora tornando a ser teu o que foi dele, e tantas vezes que se perca o sentido do teu e do meu, e como Blimunda já tinha dito que sim antes de perguntada, Então declaro-vos casados.”ob. cit. p.73 “D. João, quinto de seu nome na tabela real, irá esta noite ao quarto da sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou. Já se murmura na corte, (…), que a rainha, provavelmente, tem a madre seca (…). Que caiba a culpa ao rei, nem pensar, primeiro porque a esterilidade não é mal dos homens, das mulheres sim, por isso são repudiadas tantas vezes, e segundo, material prova, se necessária ela fosse, porque abundam no reino bastardos da real semente…” Saramago, José, Memorial do Convento, Caminho,50ª edição,2011,p.11 12 Curta metragem em stop motion A Escola Secundária Drª Laura Ayres, apresentou no dia 6 de junho na sala de convívio o filme “ O Pastor”. Esta curta-metragem em stop motion, baseada num poema de Eugénio de Andrade, foi realizada pelos alunos do curso de Artes Visuais da turma E do 12º ano na disciplina de Oficina de Multimédia. O projeto foi coordenado pela docente da disciplina, Marta Castro, e envolveu diferentes fases de trabalho. Foram produzidos um guião, um storyboard, desenhos de cenários, construção das personagens, recolha de imagens e por último edição áudio e vídeo. O filme pode ser visualizado a partir da página web da escola em http://www.esla.edu.pt ou ainda através do YOUTUBE no link http:// www.youtube.com/watch? 13 Frutos, Bichos e fantasia II Para festejar o Dia da Criança, a turma I do 11º ano, do curso de Técnico de Apoio à Infância preparou para oferecer às crianças dos jardins de infância do agrupamento um espetáculo de fantoches. Num trabalho interdisciplinar entre Português e Educação Plástica, subordinado ao tema: Frutos, bichos e fantasia, os alunos escreveram as histórias e conceberam os fantoches e os fantocheiros . As crianças aderiram com entusiasmo e alegria ao evento. Os perigos da internet Fábio Passos Silva, Nº 5, 12ºH O professor Hugo Mártires, realizou uma palestra subordinada ao tema: Os perigos da internet. O orador iniciou com algumas curiosidades da informática relacionadas com Silicon Valley e especificou os locais onde estão situadas cada uma das empresas por ele referidas. Depois salientou a importância do silício que, no ramo da informática, é utilizado para produzir chips. Entretanto, adicionou outra curiosidade ao tema, falando do seu primeiro computador em 1993 - um Intel 386 sx - com 25Mhz, 4Mb de RAM e 40Mb de armazenamento. Explicou, também, para que servia o clock de um processador, e sabe-se que quanto maior velocidade de clock, mais rapidez no processamento. Em seguida comparou o seu computador de 1993 ao seu atual telemóvel, com um processador Qualcomm Snapdragon de 1,5Ghz, com 2Gb de RAM e 16Gb de armazenamento. Concluiu que as diferenças de há 20 anos são enormes, pois o que tínhamos num computador, agora conseguimos multiplicar umas “trezentas vezes” num pequeno telemóvel. 14 Explicou como se fundou a Microsoft, e quem é Bill Gates. Salientou como se fundou o adversário principal da Microsoft que é a Apple criada por Steve Jobs, que uns anos mais tarde foi expulso da sua própria empresa, criando a Next, e dentro dela a Pixar, que rapidamente foi comprada pela Walt Disney. Steve Jobs voltou às suas origens e comprou a sua antiga empresa, a Apple. O tema seguinte da palestra foi os motores de busca mais utilizados, como por exemplo o Google que com o passar dos anos e o seu poder, acaba por comprar o Youtube. Falou-se também do Facebook e da sua criação e com mais pormenor da Microsoft, do Google e da Apple. Por fim, outro tema abordado foi as redes sociais e quando surgiram, como o Friendster em 2002, o Myspace e o Hi5 em 2003, o Facebook e o Twitter em 2006. O LATIM MORREU! NÃO FAZ FALTA, POR AQUI! ou O LATIM MORREU? NÃO, FAZ FALTA, POR AQUI! Luís Reis Antes de falar no James Bond, na Legião Francesa e nos Marines norte-americanos, queria homenagear um professor de Latim que dizia que, tal como o Amor, Labor omnia vincit [O amor/o trabalho vence tudo]; de seguida laureava-nos com o lema dos Jogos Olímpicos – Citius, altius, fortius [mais rápido, mais longe, mais forte] – incentivando-nos a darmos sempre o melhor de nós próprios à maneira de Ricardo Reis. Costumava ainda provocar-nos sobre a utilidade dessa língua e concluía que o Latim leva o aluno a estudar para aprender, em vez de estudar apenas para passar de ano; chamava ao seu estudo a arte de raciocinar. O Latim foi sempre considerado a língua da ciência, como se pode ver, quer pelos nomes das plantas, quer pelos elementos da tabela periódica, cujas abreviaturas dele germinaram. No entanto, em qualquer sítio onde mencionemos o Latim, ouve-se de imediato alguém a referir-se a ele como uma língua morta. De facto, há muita coisa que já morreu e que continua a ser importante para nós… Aliás, até há algumas vantagens em estudar uma “língua morta”; ela não evolui, isto é, não tem (des)acordos ortográficos… Para todos os que acreditam que aquela língua morreu, vou referir alguns exemplos em que aquela língua, eruditamente, “dá vida” a lemas/ logótipos de países, estados e organizações: Estados Unidos da América (EUA) e Sport Lisboa e Benfica (SLB) – “E pluribus unum” [De muitos, um]; Guarda costeira e Marines norte-americanos – “Semper paratus” [Sempre pronto] e “Semper fidelis” [Sempre fiéis], respetivamente; Escócia – “Nemo me impune lacessit” [Ninguém me fere impunemente]; Canadá – “A mari ad mare” [De mar a mar]; Estado do Rio de Janeiro – “Recte rempublicam gerere” [Gerir a coisa pública (República) com retidão]; Legião Estrangeira Francesa – “Legio patria nostra” [A Legião é a nossa pátria]; Justiça portuguesa (sim, também tem um lema em Latim!) – “Ignorantia iuris neminem excusat” [O desconhecimento da lei não impede o seu cumprimento]; Força aérea portuguesa – “Ex mero motu” [Por mérito próprio]; Academia militar portuguesa – “Dulcis et decorum est pro patria mori” [Doce e honroso é morrer pela pátria]; cidade de Manchester – “Superbia in praelia” [Orgulho no combate]; Brasão da família de James Bond – “Orbis non sufficit” [O mundo não é o bastante]; Apollo 13 – “Ex Luna, Scientia” [Conhecimento a partir da Lua]. Como pudemos ver, a língua de Virgílio e Horácio não está assim tão morta como dizem. Onde uns leem “O Latim morreu! Não faz falta, por aqui”, outros compreenderão um pequeno erro de pontuação: “O Latim morreu? Não, faz falta, por aqui”. De facto, nós exalamo-lo em qualquer parte, às vezes até onde menos esperamos. Quanto ao seu ensino nas escolas portuguesas, já não sei se a podemos observar com tanta vitalidade, no entanto, como dizia Cícero, “Non deterret sapientem mors” [A morte não detém os sábios]. 15 Iolanda Antunes Quando chega a noite, regresso a casa e entro no xa de valores. Os valores humanistas clássicos meu escritório: […] entro nas cortes dos antigos, encontram a sua raiz na filosofia de Platão e pri- onde, recebido por eles solicitamente, me alimen- vilegiam a literatura, as ciências e as artes como to dessa comida que é só minha e para a qual instrumentos que permitem lapidar o espírito com nasci; onde não me envergonho de conversar vista à sua nobilitação, apenas tais valores pode- com eles e de os questionar acerca dos motivos rão possibilitar aos seres humanos a descoberta das suas ações, e eles, com a sua bondade huma- da sua dignidade. Ora, como as democracias atu- na, respondem-me. E durante quatro horas de ais, por meio da educação e dos média, trabalham cada vez não sinto aborrecimento nenhum, es- para a homogeneização massiva dos grupos hu- queço todos os meus problemas, não receio a manos, o ideal de “Nobreza de Espírito” encontra pobreza, e não estou apavorado pela morte. Dei- -se ameaçado, o que só pode augurar o regresso xo-me absorver totalmente por eles. (pp. 157- da barbárie. 158 ) Assim, o convite de Rieman é o de restaurar o Começar um texto com uma citação de “O Príncipe” de Maquiavel não constitui, talvez, um bom cartão de visita para a leitura de uma qualquer obra, contudo, todo o sentido do livro de Rob Rieman, politicamente incorreto, se deixa ler à luz desta citação, que aparece nas páginas finais: a de que só poderemos enfrentar os grandes desafios da vida humana através do conheci- significado das palavras de Gración: Somos bárbaros se não possuímos, ou deixamos de praticar, o único conhecimento que importa para a dignidade humana: temos de praticar as virtudes e sermos guiados pelos valores espirituais que tornam possível uma existência harmoniosa com os nossos pares. […] mento e da “conversa” com os grandes mestres Reconhecidamente, este ideal humano é aristo- da Filosofia e da Literatura. crático, embora não diga respeito à nobreza de Através da análise do contributo de vários autores (Thomas Mann, Espinosa, Goethe, Platão entre outros) Rieman explora o conceitos de “Nobreza de Espírito” que, no seu entender, corresponde ao Humanismo e à sua rede comple- 16 sangue mas à nobreza de espírito, qualquer indivíduo pode adquiri-lo, e é o ideal intemporal de civilização. (p.101) Cristina Dias a ESCRITORA PRODIGIOSA A leitura da obra de Agustina Bessa- Luís pode política a sede insaciável de tudo o que estava potenciar amor e ódio, pois complexifica as rela- para além de si mesmo e que revela a vida como ções humanas, contaminando-as com «uma histó- uma correspondência com a imortalidade» (pp.73 ria quase seca e sugerida por uma espécie de pal- -74), nunca se libertou da vinculação matrimonial, pites e não pelo conhecimento da pessoa.(…), diz mesmo quando o casamento teve o seu epílogo. a própria escritora. Os leitores têm, assim, a possi- Outra mulher tomará o seu lugar, Marina, mas bilidade de entregarem-se à leitura de obras com Rosamaria tornou-se «uma pessoa angélica (…) grande compleição camiliana. As mesmas prestam Ela era feliz, não possuía desejo de domínio -se à análise de traços psicológicos marcantes, (…)»(p.269). Aqui vemos à capacidade de Agusti- especialmente na figura feminina. Agustina po- na Bessa- Luís em construir uma trama, com per- tenciou nos seus textos as mulheres, considerando sonagens diversos, partindo de um fundo real: a -as um produto inesgotável, irrepetível e que, nas história de vida e relacionamentos amorosos de suas palavras, «acham que se movem dentro de Francisco Sá- Carneiro, o «menino de ouro» de um círculo de ilegalidade, e na ilegalidade não há um país em mudança, pós 25 de abril. repetição.» A obra Meninos de ouro termina com as palavras: Atendendo ao interesse notório de Agustina Bessa «Velha amiga que é a terra, ela não nos decepcio- -Luís pela imagem da mulher e dos seus infinitos na, e poderemos durante milénios chamar nobre à relacionamentos, considerou-se fundamental suge- raça humana. Se uma lágrima descer sobre estas rir a leitura do livro Os Meninos de Ouro, onde se linhas como um fio de prata, é porque existe con- apresenta um entrecruzar de histórias de família e, solação até ao último homem que por último de- mais uma vez se destaca uma figura feminina: saparecer; quando a Terra rolar à volta do Sol, Rosamaria Alba Pereira. Ela «possuía uma força com noites e manhãs, e só talvez o lírio geresiano de entendimento muito superior àquela que é afe- olhe e pense no seu seio de cinzas.» (p. 302). rida por qualquer ciência (…)(p.31) Dá-se rele- Agustina Bessa – Luís deixa aqui exemplificada a vância ao supra entendimento, à valorização e sua recorrente temática: relações humanas, em perspicácia femininas. Esta mulher, casada com Portugal, com envolvência provinciana, natural, José Matildes, um homem que «levava para a livre e harmonizante… 17 Retrata-te à maneira de ... Lia Lamarão e Marta Castro Trabalhos realizados pelos alunos do 9ºano na disciplina de Educação Visual, tendo como referência as obras de pintores famosos do século XX. No desenvolvimento do projeto, os alunos pesquizaram sobre a obra de pintores famosos do século XX, escolheram um, e auto-retrataram-se apropriando-se das suas características formais e técnicas pictóricas. 18 19 Propostas para postos de vigia de praia, realizadas pelos alunos do 9º ano em Educação Visual. Este projeto foi dinamizado pelas docentes Lia Lamarão e Marta Castro, após a pesquisa formal, os alunos em grupos de trabalho, traduziram as suas propostas em maquetes tridimensionais, construídas com diversos materiais.