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O 100 Comentários tem o apoio de
Edição V- Ano IX
Maio. junho 2013
O 100 Comentários
tem o apoio de:
Editorial
Este é o nosso último número deste ano letivo, por isso queremos aproveitar para agradecer a todos os que connosco colaboraram ativamente eao longo do ano letivo. A todos o nosso muito obrigada.
Voltaremos em setembro.
PROJETO JACK PETCHEY
Prémio realização de 2013
Prémio realização de junho 2013
Miguel Pera Rodrigues, Turma B do 12º ano
Foi eleito por unanimidade por ser estudioso; empenhado; solidário; disponível; enfim por ser bom aluno.
Para a aplicação do dinheiro, o aluno considera que a reprografia necessita de um computador mais rápido e atualizado, que permita aos alunos a
impressão de trabalhos sem tantos problemas técnicos.
Prémio realização em maio 2013
Shana Alves, Turma D do 11ºano
Aluna estudiosa, disponível e boa colegaA aluna sugere que o dinheiro seja aplicado em livros para a biblioteca e
para melhorar a sala dos alunos.
Escola Secundária Dr.ª Laura Ayres
Prémio
Liderança
Professora
Teresa Carvalho
Escola Secundária Dr.ª Laura Ayres
Tiago Rafael Mendonça, da Turma F
do 10ºano
Eleito pelo facto de ser responsável,
solidário e empenhado.
O aluno deseja que o dinheiro seja empregue em espelhos para a sala de
ginástica.
[email protected]
Coordenadora:
Iolanda Semião
Equipa e colaboradores:
Ana Rosa Saavedra, Ademilde Trindade, Cristina Dias, Helena Gonçalves, Inês Aguiar, Iolanda Antunes, Marta Castro, Stella Ferreira, Suzinda
Neves
Edição: Marta Castro
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Susana Fernandes
Mónica Simões
O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família têm vindo a
dou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em
desenvolver diversas atividades e ações de sensibiliza-
Perigo para uma sessão de esclarecimento sobre os Si-
ção, em colaboração com os diversos projetos do agru-
nais de Alerta em Crianças e Jovens em Perigo, dirigida
pamento e entidades externas, tais como:
a todos os docentes do agrupamento.
No âmbito das ações de sensibilização promovemos:
- Uma sessão de Esclarecimento sobre o funcionamento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, em articulação com a Turma PIEF e a
CPCJ, onde convidamos todos os encarregados de Educação, cujos educandos fre-
No âmbito das atividades promovemos:
quentam o Projeto Estudo;
- No Dia da Criança, o GAAF, em colaboração com a
- Uma Sessão de Educação
Escola Ativa, trouxe o Rato Mickey ao pré-escolar e
Parental em articulação com a Turma PIEF;
primeiro ciclo, de todo o agrupamento;
- Uma Ação de Economia
Doméstica em articulação
com a turma PIEF e Fundação António Aleixo, onde
convidamos alguns encarregados de educação acompanhados pelo GAAF;
- No dia 21 de Maio foi apresentado às turmas 8º A, 8º
- Colaborou com o Banco Alimentar Contra a Fome
C, 10º G, CEF2- Jardinagem e Espaços Verdes e PIEF,
numa recolha de alimentos, que decorreu nos dias 1 e 2
o projeto Namorar com Fair Play, em colaboração
de Junho, onde se sensibilizou os encarregados de edu-
com a Professora Inês Aguiar – Coordenadora das Bi-
cação e alunos a participarem de forma voluntária.
bliotecas Escolares do Agrupamento, que irá ser desenvolvido no nosso agrupamento, no próximo ano letivo
e contará com a nossa colaboração;
Por fim, o GAAF gostaria de agradecer a todos os que
estiveram envolvidos, ao longo deste ano letivo, nas
nossas atividades e que contribuíram para o sucesso das
- A turma 11º I – Curso Profissional – Técnico de
Apoio à Infância aceitou o desafio do GAAF e convi-
mesmas.
Boas Férias!
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"No Princípio Era o Verbo" … O verbo bibliotecário
Cristina Dias/ Inês Aguiar
Atividades do mês de maio: atividades dedicadas
em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos
Deuses e da Cybele, Mãe dos Deuses romanos.
Continuamos a dinamizar um conjunto de atividades e projetos promotor da leitura e da primavera,
do conhecimento, da crítica e do espírito argumentativo e desenvolvimento de competências específicas da cada área e transversais ao currículo…
Neste mês, divulguemos a cultura dedicada a Rhea
ou Cybele … o ventre originário da Humanidade.
Eis-nos quase no final do ano letivo e as atividades
e projetos deste Centro de Recursos estão quase no
seu epílogo.
O projeto «Páginas de Cidadania na BE da ESLA»
e as turmas de 10º ano envolvidas brilharam no
empenho demonstrado, nomeadamente na elaboração do projeto de recomendação, na promoção do
mesmo através de uma campanha eleitoral dinâmica e no debate alargado à comunidade educativa,
que teve efeito no dia 21 de maio. O projeto vencedor foi o da lista D e apresentou as seguintes
medidas:
1ª- Eliminação da ordem de serviço número 8 e respetiva autorização da sua utilização dentro
do recinto escolar, tendo em
conta a sua proibição dentro da
sala de aula;
2ª- Melhoria nos alimentos e
produtos servidos no bar e refeitório;
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3ª- Prolongamento dos dias disponíveis aos alunos
para atividades extra curriculares e visitas de estudo - até 5 dias úteis;
4ª- Suprimento da proibição da presença dos alunos nas salas de aulas ou blocos fora do horário de
aulas;
5ª- Eliminação das provas de aferição;
6ª- Desinfestação de insetos à porta e dentro dos
blocos.
Orgulhosa, aliás, muito orgulhosa, do empenho e
dedicação destes representantes, cujos nomes convém evidenciar: Paulo Madeira, nº 14 - 10º D; Raquel Soeiro, 16 - 10º D; Nádia Oliveira, nº 13 - 10º
D; Valter Coelho, nº 13 - 10º C; Erica Faria, nº 4 10º C; Karolina BoyarKo, nº 6 - 10º C; Daniel Caixeiro, nº 2 - 10º C; João Miguel Pires, nº 16 - 10º
B; Ana Rufino, nº 4 - 10º B; Inês Mestre Rosa, nº
13 - 10º B; Dorin Gujuman, nº 9 - 10º B; Laura
Rocha, nº 17 - 10º B; Luís Tarelho, nº 16 - 10º A;
Catherine Boryor, nº 6 - 10º A; Olga Pkotylo, nº
21 - 10º A; Luís Miguel Mestre, nº 17 - 10º A; Iolanda Gonçalves, nº 9 - 10º F; Soraia Ribeiro, nº
17 - 10º F e Ana Alves, nº2 –
10º F. Orgulhosa da disponibilidade e abertura argumentativa
demonstradas pela diretora e
membros convidados nesta sessão. Há, no entanto, ainda muito
a fazer, mas ser cidadão ativo
implica isso mesmo … A todos,
obrigada.
"No Princípio Era o Verbo" … O verbo bibliotecário (continuação)
Ao longo deste mês, o Projeto EVA continuou a
ser implementado. Trata-se de um projeto com
futuro, baseado no apoio pedagógico dos alunos
mais velhos, aos alunos mais novos, tendo sido
brilhantemente orientado pelo professor Arlésio
Coelho, em colaboração com a Biblioteca escolar.
Nos dias 7, 16 e 24 de maio, finalizámos um dos
projetos mais interessantes e aprovados em Conselho Pedagógico – Currículos Palestrantes – em
colaboração com todos os grupos disciplinares,
concretizado ao longo do ano letivo. «Os perigos
da internet», «A língua francesa e o mundo do trabalho» e «O mundo da arte», foram as temáticas
apresentadas de forma profícua pelos professores:
Hugo Mártires, Vera Henriques e Suzinda Neves,
respetivamente.
O «Bookcrossing», os livros em movimento, continuaram a viajar a bom ritmo pelas turmas do ensino básico, entre os dias 20 a 24 de maio. Uma
ideia simples, cuja ação prática fomentou a leitura
e o número de leitores.
se a comunidade educativa sobre a violência no
namoro, com os seguintes objetivos: Prevenir a
violência no namoro; Contribuir para eliminar estereótipos de género; Promover uma cultura de
não-violência, cidadania, relações interpessoais e
sociais que permitam a igualdade de género e de
oportunidades, entre os jovens adolescentes e alterar perceções práticas e comportamentos face às
situações de violência no namoro. Nesta fase inicial, a ação de sensibilização ficou a cargo do voluntário António Fernandes, em colaboração com as
técnicas do GAAF e a Biblioteca Escolar da ESLA.
A 16 de maio a Magia de Afonso Pereira iludiu e
desviou as perceções corriqueiras e quotidianas…
Brilhante.
No fim verbalizámos, bibliotecando… sempre neste mundo escolar e em outros mundos possíveis e
imaginários. A BE é, definitivamente, o lugar mais
espetacular da escola.
A leitura e a sua divulgação prosseguiram nas
quartas-feiras, pelas 16.30 horas, no clube de leitura. Desta vez a voz da escrita coube aos professores: Inês Aguiar e Rui Rocha, tendo o prazer de
apresentar obras e autores diversificados. Os alunos de CEF 2, participantes regulares destas sessões de leitura, também fizeram a sua divulgação.
Afinal a leitura está de boa saúde e recomenda-se.
O mar foi a temática escolhida pelas professoras
de Educação Visual: Lia Lamarão e Marta Castro,
para ser trabalhada com os alunos de ensino básico
das suas turmas. Os trabalhos realizados foram
expostos na Biblioteca Escolar e no exterior da
mesma, ao longo do mês de maio.
No dia 21 de maio as turmas PIEF, CEF 1, CEF 2,
10º G, 8º A e C, desenvolveram o projeto de voluntariado «Namorar com Fair Play». Esclareceu-
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Hallo!
Lurdes Seidenstricker
No dia 3 de maio de 2013, nós,
alunos de alemão do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres,
após termos sido convidados, fomos a Almada presenciar a 3ª edição do festival nacional de grupos
de teatro escolar, «Alemão em
Cena», organizada pelo GoetheInstitut Portugal.
Sul. Durante um breve intervalo
entre as peças fomos todos almoçar à pousada da juventude em
Almada com o fim de convivermos
e de nos conhecermos num ambiente diferente, já que sendo todos
diferentes temos algo em comum:
somos todos alunos de alemão!
O teatro deu-se no Fórum Municipal Romeu Correia onde fomos muito bem recebidos e visualizámos 16 peças preparadas por alunos de 13 escolas
básicas e secundárias de todo o país, de Norte a
Em suma, foi uma visita interessante que esperamos poder repetir para o próximo ano , quem sabe
até, participar.
Tschüs!
3º Consílio dos Deuses
Alunos de Latim 11ºE
N
o dia 17 de maio, as turmas do 10º e
11º ano de Latim da ESLA realizaram um desfile de divindades romanas por convite do museu do Cerro da Vila,
para comemoração do dia dos museus. Assim,
as informações, que diziam respeito a cada um
dos deuses, foram sendo lidas, tanto em Português, como em Inglês, à medida que os alunos
desfilavam, para todos os visitantes presentes.
Deste modo, todos os presentes puderam desfrutar duma tarde diferentes, contactando, ao
mesmo tempo, com elementos da cultura latina. Além disso, esta atividade serviu para serem postos em prática conhecimentos estudados nas aulas de Latim, nomeadamente, mitologia e vestuário romanos.
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IMANES ACENTOS
Mauro Maia
Uma
«r», «l», «z», «n»/«com til» que são, na ausência de
das maiores riquezas
acentos, agudas mas apenas os acentos agudo «´» e cir-
que Portugal tem é a
cunflexo «^» servem para marcar a sílaba tóni-
Língua Portuguesa.
ca. Nunca há duas sílabas tónicas na mesma palavra e,
Todas as línguas têm as suas subtilezas e encantos e o
como tal, apenas pode haver um acento tónico numa
Português não é exceção.
palavra portuguesa. Os acentos «~» e «`» não marcam a
É compreensível a prevalência da Língua Inglesa nos
sílaba tónica, servindo outros propósitos: o «til» surgiu
meios culturais internacionais. A origem tricéfala da
como forma de encurtar a escrita de palavras terminadas
língua inglesa (fruto da união das raízes germânica,
em «n». Das várias centenas de milhares de palavras
escandinava e latina) concedeu-lhe algumas característi-
portuguesas, menos de 30 terminam em «n», tendo este
cas que a tornam, a falantes de línguas europeias, agra-
sido substituído por um «~». Excetuando neologismos
dável de usar. O fim da II.ª Guerra Mundial e a ocupa-
ainda não convertidos para o português padrão ou no-
ção militar por parte dos EUA levou à necessidade da
mes próprios ou geográficos estrangeiros, ocorrem-me
utilização de uma língua artificial com base no Inglês,
apenas estas 22 palavras portuguesas terminadas em
criada pelo linguista e filósofo inglês Charles Kay
«n»: íman, abdómen, albúmen, éden, espécimen, gér-
Ogden, e apresentada, em 1930, no seu livro Basic En-
men, glúten, hífen, hímen, líquen, lúmen, pólen, sé-
glish: A General Introduction with Rules and Grammar,
men, árgon, cólon, crípton, éon, néon, plâncton,
para ensinar Inglês de nível básico aos povos ocupados
rádon, táxon e xénon. Note-se que, como a maioria é
(uma criação com fins teóricos que teve importantes
grave (apenas uma é esdrúxula), todas levem acento
utilizações práticas. A Matemática tem muitos exem-
para as distinguir de palavras agudas.
plos destes).
Muitas vezes, o facto de a palavra com ou sem acento
Com o advento dos meios informáticos, o Inglês serviu
tónico ser o verbo ou o substantivo do mesmo conceito,
de base às primeiras ferramentas de interação virtual e
reforça a ilusão de que os acentos podem ser dispensa-
os acentos, ausentes do Inglês, não foram inicialmente
dos. A diferença entre «pais» (uma só sílaba com o di-
incorporados nos teclados disponíveis.
tongo «ai») e «país» (duas
Em Português, os acentos são utilizados para tornar
é unicamente um acento mas os significados são bem
clara e fácil a leitura de palavras escritas, através da
diferentes. Ou «ímanes» (plural de «íman», substância
identificação da sílaba tónica. Não é uma questão de
que atrai metais) e «imanes» (adjetivo plural de algo
pedantismo intelectual (embora possa ser erradamente
muito grande, desmedido).
sílabas
«pa»+«ís»)
utilizada como tal) a insistência na correta acentuação
das palavras.
A generalidade das palavras portuguesas é grave (a
penúltima sílaba é a que deve ser salientada na leitura),
servindo os acentos para indicar quando assim não é.
Há algumas exceções como as palavras terminadas em
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Mudam-se os tempos…
Artur, Adriano e Rumário (10ºH)
No
desporto
do
todo encarnado como um tomate, a condizer
com o seu cabelo “cenourinha”. Outros também apanharam escaldões, mas nada compaano de 2050, a turma de
10ºH
(dos
anos
rado ao dele.
letivos
No fim do dia, decidiram ir à água. O Jorge,
2012/2015) estava na praia de Quarteira a
como não sabia nadar, colocou o seu fato flu-
jogar volley quando apareceu o Manuel Só
tuante que ainda estava em fase de experiên-
atrasado, como sempre, meia hora. Aliás,
cia, mas que ele conseguira arranjar no
continuava com o mesmo costume de antes.
«mercado negro». O que ele não esperava era
De nada valeram os inúmeros raspanetes que
que o fato tivesse um defeito de fabrico e
ouviu ao logo do curso dos vários professo-
acabasse por romper-se. A sorte dele foi que
res.
a turma tinha aprendido o suporte básico de
Então, a turma decidiu jogar futebol de praia,
uma vez que tinha jogadores a mais para
volley. Foram feitas quatro
equipas de cinco jogadores,
cada. A equipa vencedora foi a
que era composta por Miguel,
Rúben, Afonso, Mikira e Alex.
vida, durante a sua formação, e não foi necessário chamar ninguém. Aliás, grande parte
dos elementos da turma tinha
profissões ligadas ao desporto
ou ao mar e, portanto, estavam à vontade no socorro a
náufragos.
Mas quem mais se destacou na
Apesar de todas as aventuras
equipa foi o Afonso como
vividas naquele dia, foi fan-
guarda-redes. Fizeram-lhe vá-
tástico o reencontro uns com
rios remates, no entanto sofreu
os outros ao fim de trinta e
poucos golos. Ele era um dos
sete anos. A maior surpresa
jogadores mais pequenos, mas
foi o Nuno, que agora era o
tinha a seu favor a agilidade e força.
O seu prémio foi um bocado mau, pois esqueceu-se de colocar protetor solar e ficou
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maior do grupo, graças às muitas vitaminas
que entretanto havia tomado.
O mistério da Serra da Estrela
Andreia, Cristiana e Catarina Cruz (10ºG)
Num dia de inverno, há uns anos atrás, um grupo
alguma coisa.
de amigos da cidade da Guarda, o Miguelito Peni-
Uns dias depois, Miguelito repara que a amiga
co Camarão, a Josefina Maleta Caracoleta e o
continua com um comportamento muito estranho;
Gonçaleta Nabiça Borboleta, decidem ir em busca
desaparece durante várias horas sem dizer para
de mistérios à serra da Estrela.
onde vai, não fala e mal come. Gonçaleta resolve
O Miguelito é de estatura média, bom aspeto, de
tirar as dúvidas e segue Josefina, numa das suas
olhos verdes, cabelo ruivo e muito branquinho de
saídas misteriosas. Nem quer acreditar no que vê:
pele. A Josefina é baixinha, cabelo comprido e
duas Josefinas e uns homens muito esquisitos. De
loiro, de olhos azuis. Por último, o Gonçaleta é
tão espantado que fica nem se apercebe de um
alto, cabelo curto e castanho, de olhos azuis e mo-
vulto que se aproxima de si e o agarra por trás.
reno.
Miguelito, que começa a ficar preocupado com a
Os três amigos decidem, então, iniciar a sua jor-
ausência dos companheiros, resolve sair do acam-
nada à serra da Estrela a pé. Pelo caminho vão
pamento e ir procurá-los. Leva consigo todo o
ouvindo várias lendas e histórias de arrepiar, mas
material de busca e salvamento, pois estando na
mesmo assim não desistem.
serra nunca se sabe o que pode acontecer. Depois
Uma semana depois, chegam ao seu destino. Des-
de andar alguns bons quilómetros, e sempre com
cansam e acabam por adormecer. De repente, os
a ajuda da bussola, Miguelito vê os dois amigos
rapazes acordam sobressaltados com um barulho
presos pelos homens estranhos. Pensa em várias
estranho vindo de uma gruta e reparam que a Jo-
hipóteses para distrair aqueles seres e chega à
sefina desaparecera e, imediatamente, decidem
conclusão que o melhor é atirar uma pedra para
procurá-la.
bem longe.
Quando chegam à gruta, Miguelito é atraído por
Se o pensou, melhor o fez e, na verdade, deu re-
um cheiro muito intenso no ar a enxofre. Gonça-
sultado, pois os homens, atraídos pelo barulho da
leta diz a Miguelito que aquilo não deve ser nada
pedra, resolvem afastar-se e Miguelito aproveita a
e que o melhor é procurar a amiga.
ocasião para salvar os amigos. Todos correm dali
Algumas horas depois, já muito cansados, com
o mais rápido que conseguem sem dar nas vistas.
fome e sede, estão prestes a desistir quando ou-
No acampamento, arrumam as suas coisas e deci-
vem um barulho. Correm ao seu encontro e veem
dem guardar segredo sobre o que ali lhes aconte-
Josefina deitada no chão inconsciente. Minutos
cera. Afinal, o grande mistério da serra da Estrela
depois, ela acorda e, muito assustada, pede aos
era a existência de extraterrestres que se transfor-
amigos para saírem daquele lugar. Os dois amigos
mavam em clones das pessoas raptadas.
entreolham-se e desconfiam que a amiga esconde
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Em homenagem a Helena Vieira da
Silva, os alunos do 10º, 11º e 12º do
Curso de Artes, realizaram um projecto
a pastel sobre o tema “Urbano” tendo
se conseguido verificar os três níveis
de abstracção.
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11
Amor e casamento em Memorial do Convento
Trabalho interdisciplinar - Português e
Desenho A - realizado pela turma E do
12º ano.
(…) esperou que Baltasar terminasse para se
servir da colher dele, era como se calada estivesse respondendo a outra pergunta, Aceitas
para a tua boca a colher de que se serviu a
boca deste homem, fazendo seu o que era
teu, agora tornando a ser teu o que foi dele, e
tantas vezes que se perca o sentido do teu e
do meu, e como Blimunda já tinha dito que
sim antes de perguntada, Então declaro-vos
casados.”ob. cit. p.73
“D. João, quinto de seu nome na tabela real,
irá esta noite ao quarto da sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois
anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou. Já
se murmura na corte, (…), que a rainha, provavelmente, tem a madre seca (…). Que caiba a
culpa ao rei, nem pensar, primeiro porque a
esterilidade não é mal dos homens, das mulheres sim, por isso são repudiadas tantas vezes, e segundo, material prova, se necessária
ela fosse, porque abundam no reino bastardos
da real semente…”
Saramago, José, Memorial do Convento, Caminho,50ª
edição,2011,p.11
12
Curta metragem em stop motion
A Escola Secundária Drª Laura Ayres, apresentou
no dia 6 de junho na sala de convívio o filme “ O
Pastor”. Esta curta-metragem em stop motion, baseada num poema de Eugénio de Andrade, foi realizada pelos alunos do curso de Artes Visuais da turma
E do 12º ano na disciplina de Oficina de Multimédia.
O projeto foi coordenado pela docente da disciplina,
Marta Castro, e envolveu diferentes fases de trabalho. Foram produzidos um guião, um storyboard,
desenhos de cenários, construção das personagens,
recolha de imagens e por último edição áudio e vídeo.
O filme pode ser visualizado a partir da página web
da escola em http://www.esla.edu.pt ou ainda através do YOUTUBE no link http://
www.youtube.com/watch?
13
Frutos, Bichos e fantasia II
Para festejar o Dia da Criança, a turma I do 11º ano, do curso de Técnico de Apoio à Infância preparou para oferecer às
crianças dos jardins de infância do agrupamento um espetáculo de fantoches.
Num trabalho interdisciplinar entre Português e Educação
Plástica, subordinado ao tema: Frutos, bichos e fantasia, os
alunos escreveram as histórias e conceberam os fantoches e
os fantocheiros .
As crianças aderiram com entusiasmo e alegria ao evento.
Os perigos da internet
Fábio Passos Silva, Nº 5, 12ºH
O professor Hugo Mártires, realizou uma palestra subordinada ao tema: Os perigos da internet. O orador
iniciou com algumas curiosidades da informática relacionadas com Silicon Valley e especificou os locais onde
estão situadas cada uma das empresas por ele referidas.
Depois salientou a importância do silício que, no ramo
da informática, é utilizado para produzir chips.
Entretanto, adicionou outra curiosidade ao tema, falando do seu primeiro computador em 1993 - um Intel 386
sx - com 25Mhz, 4Mb de RAM e 40Mb de armazenamento. Explicou, também, para que servia o clock de
um processador, e sabe-se que quanto maior velocidade
de clock, mais rapidez no processamento.
Em seguida comparou o seu computador de 1993 ao seu
atual telemóvel, com um processador Qualcomm
Snapdragon de 1,5Ghz, com 2Gb de RAM e 16Gb de
armazenamento. Concluiu que as diferenças de há 20
anos são enormes, pois o que tínhamos num computador, agora conseguimos multiplicar umas “trezentas
vezes” num pequeno telemóvel.
14
Explicou como se fundou a Microsoft, e quem é Bill
Gates. Salientou como se fundou o adversário principal
da Microsoft que é a Apple criada por Steve Jobs, que
uns anos mais tarde foi expulso da sua própria empresa,
criando a Next, e dentro dela a Pixar, que rapidamente
foi comprada pela Walt Disney. Steve Jobs voltou às
suas origens e comprou a sua antiga empresa, a Apple.
O tema seguinte da palestra foi os motores de busca
mais utilizados, como por exemplo o Google que com o
passar dos anos e o seu poder, acaba por comprar o
Youtube.
Falou-se também do Facebook e da sua criação e com
mais pormenor da Microsoft, do Google e da Apple.
Por fim, outro tema abordado foi as redes sociais e
quando surgiram, como o Friendster em 2002, o
Myspace e o Hi5 em 2003, o Facebook e o Twitter em
2006.
O LATIM MORREU! NÃO FAZ FALTA, POR AQUI!
ou
O LATIM MORREU? NÃO, FAZ FALTA, POR AQUI!
Luís Reis
Antes de falar no James Bond, na Legião
Francesa e nos Marines norte-americanos, queria
homenagear um professor de Latim que dizia que,
tal como o Amor, Labor omnia vincit [O amor/o
trabalho vence tudo]; de seguida laureava-nos com
o lema dos Jogos Olímpicos – Citius, altius, fortius
[mais rápido, mais longe, mais forte] – incentivando-nos a darmos sempre o melhor de nós próprios
à maneira de Ricardo Reis. Costumava ainda provocar-nos sobre a
utilidade dessa língua e concluía
que o Latim leva o aluno a estudar
para aprender, em vez de estudar
apenas para passar de ano; chamava ao seu estudo a arte de raciocinar.
O Latim foi sempre considerado a língua da ciência, como
se pode ver, quer pelos nomes das
plantas, quer pelos elementos da
tabela periódica, cujas abreviaturas dele germinaram. No entanto, em qualquer sítio onde mencionemos o Latim, ouve-se de imediato alguém a referir-se a ele como uma língua morta. De facto, há
muita coisa que já morreu e que continua a ser importante para nós… Aliás, até há algumas vantagens em estudar uma “língua morta”; ela não evolui, isto é, não tem (des)acordos ortográficos…
Para todos os que acreditam que aquela
língua morreu, vou referir alguns exemplos em que
aquela língua, eruditamente, “dá vida” a lemas/
logótipos de países, estados e organizações: Estados Unidos da América (EUA) e Sport Lisboa e
Benfica (SLB) – “E pluribus unum” [De muitos,
um]; Guarda costeira e Marines norte-americanos
– “Semper paratus” [Sempre pronto] e “Semper
fidelis” [Sempre fiéis], respetivamente; Escócia –
“Nemo me impune lacessit” [Ninguém me fere
impunemente]; Canadá – “A mari ad mare” [De
mar a mar]; Estado do Rio de Janeiro – “Recte
rempublicam gerere” [Gerir a coisa pública
(República) com retidão]; Legião Estrangeira
Francesa – “Legio patria nostra” [A Legião é a
nossa pátria]; Justiça portuguesa
(sim, também tem um lema em
Latim!) – “Ignorantia iuris neminem excusat” [O desconhecimento
da lei não impede o seu cumprimento]; Força aérea portuguesa –
“Ex mero motu” [Por mérito próprio]; Academia militar portuguesa – “Dulcis et decorum est pro
patria mori” [Doce e honroso é
morrer pela pátria]; cidade de
Manchester – “Superbia in praelia” [Orgulho no combate]; Brasão da família de
James Bond – “Orbis non sufficit” [O mundo não é
o bastante]; Apollo 13 – “Ex Luna, Scientia” [Conhecimento a partir da Lua].
Como pudemos ver, a língua de Virgílio e
Horácio não está assim tão morta como dizem.
Onde uns leem “O Latim morreu! Não faz falta,
por aqui”, outros compreenderão um pequeno erro
de pontuação: “O Latim morreu? Não, faz falta,
por aqui”. De facto, nós exalamo-lo em qualquer
parte, às vezes até onde menos esperamos. Quanto
ao seu ensino nas escolas portuguesas, já não sei se
a podemos observar com tanta vitalidade, no entanto, como dizia Cícero, “Non deterret sapientem
mors” [A morte não detém os sábios].
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Iolanda Antunes
Quando chega a noite, regresso a casa e entro no
xa de valores. Os valores humanistas clássicos
meu escritório: […] entro nas cortes dos antigos,
encontram a sua raiz na filosofia de Platão e pri-
onde, recebido por eles solicitamente, me alimen-
vilegiam a literatura, as ciências e as artes como
to dessa comida que é só minha e para a qual
instrumentos que permitem lapidar o espírito com
nasci; onde não me envergonho de conversar
vista à sua nobilitação, apenas tais valores pode-
com eles e de os questionar acerca dos motivos
rão possibilitar aos seres humanos a descoberta
das suas ações, e eles, com a sua bondade huma-
da sua dignidade. Ora, como as democracias atu-
na, respondem-me. E durante quatro horas de
ais, por meio da educação e dos média, trabalham
cada vez não sinto aborrecimento nenhum, es-
para a homogeneização massiva dos grupos hu-
queço todos os meus problemas, não receio a
manos, o ideal de “Nobreza de Espírito” encontra
pobreza, e não estou apavorado pela morte. Dei-
-se ameaçado, o que só pode augurar o regresso
xo-me absorver totalmente por eles. (pp. 157-
da barbárie.
158 )
Assim, o convite de Rieman é o de restaurar o
Começar um texto com uma citação de
“O Príncipe” de Maquiavel não constitui, talvez,
um bom cartão de visita para a leitura de uma
qualquer obra, contudo, todo o sentido do livro
de Rob Rieman, politicamente incorreto, se deixa
ler à luz desta citação, que aparece nas páginas
finais: a de que só poderemos enfrentar os grandes desafios da vida humana através do conheci-
significado das palavras de Gración:
Somos bárbaros se não possuímos, ou
deixamos de praticar, o único conhecimento que
importa para a dignidade humana: temos de praticar as virtudes e sermos guiados pelos valores
espirituais que tornam possível uma existência
harmoniosa com os nossos pares. […]
mento e da “conversa” com os grandes mestres
Reconhecidamente, este ideal humano é aristo-
da Filosofia e da Literatura.
crático, embora não diga respeito à nobreza de
Através da análise do contributo de vários autores (Thomas Mann, Espinosa, Goethe,
Platão entre outros) Rieman explora o conceitos
de “Nobreza de Espírito” que, no seu entender,
corresponde ao Humanismo e à sua rede comple-
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sangue mas à nobreza de espírito, qualquer indivíduo pode adquiri-lo, e é o ideal intemporal de
civilização. (p.101)
Cristina Dias
a ESCRITORA PRODIGIOSA
A leitura da obra de Agustina Bessa- Luís pode
política a sede insaciável de tudo o que estava
potenciar amor e ódio, pois complexifica as rela-
para além de si mesmo e que revela a vida como
ções humanas, contaminando-as com «uma histó-
uma correspondência com a imortalidade» (pp.73
ria quase seca e sugerida por uma espécie de pal-
-74), nunca se libertou da vinculação matrimonial,
pites e não pelo conhecimento da pessoa.(…), diz
mesmo quando o casamento teve o seu epílogo.
a própria escritora. Os leitores têm, assim, a possi-
Outra mulher tomará o seu lugar, Marina, mas
bilidade de entregarem-se à leitura de obras com
Rosamaria tornou-se «uma pessoa angélica (…)
grande compleição camiliana. As mesmas prestam
Ela era feliz, não possuía desejo de domínio
-se à análise de traços psicológicos marcantes,
(…)»(p.269). Aqui vemos à capacidade de Agusti-
especialmente na figura feminina. Agustina po-
na Bessa- Luís em construir uma trama, com per-
tenciou nos seus textos as mulheres, considerando
sonagens diversos, partindo de um fundo real: a
-as um produto inesgotável, irrepetível e que, nas
história de vida e relacionamentos amorosos de
suas palavras, «acham que se movem dentro de
Francisco Sá- Carneiro, o «menino de ouro» de
um círculo de ilegalidade, e na ilegalidade não há
um país em mudança, pós 25 de abril.
repetição.»
A obra Meninos de ouro termina com as palavras:
Atendendo ao interesse notório de Agustina Bessa
«Velha amiga que é a terra, ela não nos decepcio-
-Luís pela imagem da mulher e dos seus infinitos
na, e poderemos durante milénios chamar nobre à
relacionamentos, considerou-se fundamental suge-
raça humana. Se uma lágrima descer sobre estas
rir a leitura do livro Os Meninos de Ouro, onde se
linhas como um fio de prata, é porque existe con-
apresenta um entrecruzar de histórias de família e,
solação até ao último homem que por último de-
mais uma vez se destaca uma figura feminina:
saparecer; quando a Terra rolar à volta do Sol,
Rosamaria Alba Pereira. Ela «possuía uma força
com noites e manhãs, e só talvez o lírio geresiano
de entendimento muito superior àquela que é afe-
olhe e pense no seu seio de cinzas.» (p. 302).
rida por qualquer ciência (…)(p.31) Dá-se rele-
Agustina Bessa – Luís deixa aqui exemplificada a
vância ao supra entendimento, à valorização e
sua recorrente temática: relações humanas, em
perspicácia femininas. Esta mulher, casada com
Portugal, com envolvência provinciana, natural,
José Matildes, um homem que «levava para a
livre e harmonizante…
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Retrata-te à maneira de ...
Lia Lamarão e Marta Castro
Trabalhos realizados pelos alunos do 9ºano na disciplina de
Educação Visual, tendo como referência as obras de pintores famosos do século XX.
No desenvolvimento do projeto, os alunos pesquizaram sobre a obra de pintores famosos do século XX, escolheram
um, e auto-retrataram-se apropriando-se das suas características formais e técnicas pictóricas.
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Propostas para postos de vigia de praia,
realizadas pelos alunos do 9º ano em Educação Visual. Este projeto foi dinamizado
pelas docentes Lia Lamarão e Marta Castro, após a pesquisa formal, os alunos em
grupos de trabalho, traduziram as suas
propostas em maquetes tridimensionais,
construídas com diversos materiais.

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