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Turismo PIRACICABA/SP | MARÇO 2013 C5 Fotos: Shutterstock / Divulgação ROTA cultural DINAMARCA Roteiro, que se inicia em Copenhague e segue para o interior do país, passa por museus, parques e até por restaurante já eleito como melhor do mundo Como todo bom roteiro de viagem, este em especial deve ser degustado em fatias, igual a uma boa torta de maçã com canela e tornar-se uma grande viagem, completa em todos os sentidos e sabores. Aguarde nas próximas edições as fartas fatias desta torta e deguste uma viagem com o sabor de cada pedacinho deste maravilhoso mundo dos fiordes. ESCANDINÁVIA A Escandinávia nos faz pensar em fiordes, vilarejos coloridos, neve, altíssimo padrão de vida, passeios de barco, salmão defumado, bacalhau, frio, muito frio... Pois, muito além de qualquer figura pré-estabelecida, o local tem tudo isso e consegue misturar tradições milenares (três dos quatro países presentes nesse roteiro são monarquias) com uma grande capacidade de renovação. São países famosos pelos avanços na liberdade individual e na absorção rápida de novas tecnologias. Neste primeiro capítulo, iniciamos o tour por Copenhague, que avança pelo interior da Dinamarca. O segundo roteiro percorre o melhor da Península Escandinava, começando e terminando em Estocolmo, na Suécia, e atravessando a Noruega por Oslo e Bergen. Por fim, uma viagem incomum: o terceiro roteiro percorre o interior da Finlândia e chega até a Lapônia, acima do Círculo Polar Ártico. Essas viagens devem acontecer, preferencialmente, no Verão, quando os escandinavos lotam as praças e ruas e o sol se põe muito, muito tarde – em alguns lugares, ele nem se põe. Mas, quem se aventura no Inverno, conhece também um outro mundo, coberto por intensa neve e dias mais curtos, onde quase não se vê a presença do brilhante sol. A Dinamarca é o único pedaço da Escandinávia que é ligado à Europa continental, fazendo fronteira com a Alemanha. Porém, é mais próxima, em espaço e em espírito, dos colegas ao norte do que dos vizinhos ao sul. Copenhague merece vários dias de visita, mesmo que você deixe o carro de lado para passear a pé ou de bicicleta. Depois, explore o interior do país com seu carro alugado, conhecendo suas cidades medievais e os impressionantes fiordes. O Reino da Dinamarca é formado por 406 ilhas, mas a maior parte delas é ligada por excelentes estradas. Podemos percorrer neste belo trajeto, aproximadamente, 650 km em uma semana, com calma e serenidade, traços, aliás, típicos dos próprios moradores. Construções belíssimas, nunca mais altas que seis andares, sempre coloridas e cheias de janelas, rendem uma infinidade de fotos. Fundada em 1167 pelo bispo Absalon, já sob influência católica, Copenhague tem um grande número de castelos, museus e parques interessantes. Comece o passeio pela Radhus (prefeitura), dotada de um curioso relógio astronômico. Siga, depois, para a Praça de Gammel Torv e sua encantadora fonte. Pertinho daqui fica o Palácio de Charlottenborg, do século XVII. Encerre o passeio para tomar uma cerveja nos bares de Nyhavm (Porto Novo), a restaurada e fotogênica região do cais do porto de Copenhague, outrora um pedaço degradado da cidade. Aliás, nos últimos anos a culinária dinamarquesa ganhou fãs no mundo inteiro pelo aproveitamento de ingredientes inusitados, como a casca de árvore. O melhor restaurante do mundo em 2010, chama-se Noma, e você poderá fazer uma reserva com antecipação de pelo menos três meses da sua viagem. Vale a pena! Na culinária popular, não podemos deixar de provar o smorrebrod, um dos sanduíches abertos típicos da região. Peça o de arenque com alcaparras, é divino! Os peixes defumados e os embutidos estão em todos os cardápios da cidade, acompanhados de verduras e muito queijo. Quanto à bebida, as cervejas Carlsberg e a Tuborg são as locais mais solicitadas. E os doces? Ah, os doces em camadas finas de massa folhada são um delírio... Intercaladas de cremes e amoras frescas ou frutas do bosque. Feche assim seu cardápio com chave de ouro! Odense é a cidade de Hans Christian Andersen, o dinamarquês mais conhecido no mundo O passeio pode continuar no mesmo dia ou no dia seguinte, mas é preciso se planejar para não deixar passar as seguintes atrações: Palácio de Amelienborg, residência oficial da rainha Margrethe II, formado por quatro palácios idênticos do século XVIII (há troca da guarda todos os dias às 12h, não perca!); a Rundetarn (Torre Redonda), erguida a mando do rei Christian IV (que adorava uma obra), em 1642, com um mirante a 209 metros de altura; o Parque Tivoli, primeiro parque de diversões da Europa, da metade do século XIX, e a Ilha de Slotsholmen (uma visita que vale cada segundo). Acredite se quiser, outros palácios e castelos e uma infinidade de bons museus ficou fora do roteiro. Copenhague é mesmo surpreendente. É hora de deixar a região central do país e seguir para o oeste, com destino a Odense, na Ilha de Fyn. Para chegar lá, é preciso atravessar uma ponte de 18 quilômetros, a segunda maior ponte suspensa do globo. Odense é a cidade de Hans Christian Andersen, o dinamarquês mais conhecido do globo, autor de fábulas infantis como O Patinho Feio e A Pequena Sereia. Para saber mais sobre o autor, há uma Rota Andersen, mas você pode fazer tudo por conta própria. A casa do escritor é a principal atração da cidade, embora todo mundo ache que só o fato de pisar lá e ver sua magnífica arquitetura e paisagem já valha a visita. Tudo Parque Tivoli é conhecido como o primeiro parque de diversões da Europa, fundado na metade do século XIX é meio mágico. Muitas casas têm um curioso espelho retrovisor nas janelas para que o morador veja a rua, ou bisbilhote, dependendo do contexto, sem ter que sair de casa. A viagem entre Odense e Arhus passa por cenários fantásticos. Você cruza o mar e entra na Jutland, província com aquelas paisagens que só a Escandinávia tem: fiordes profundos com vilarejos de casas coloridas incrustadas nas encostas, praias serenas (geladíssimas) e muito verde. O destino é Arhus, segunda maior do país. A cidade é um centro cultural fervilhante, com festivais de música clássica, jazz e rock tomando as longas noites do Verão. Em setembro, um importante festival de Rose Caldana é diretora da Yllios Turismo e moradora do Terras II [email protected] Se for para a Escandinávia, não deixe de provar o típico smorrebrod teatro e dança reúne milhares de europeus. Literalmente, um banho de cultura! Chegou o momento para retornar à capital. Como é uma viagem curta, aproveite para curtir os arredores de Copenhague, como, o Castelo e o Parque de Fredreriksborg e também o Castelo de Fredensborg, residência real de Primavera e Outono. Mas, se quiser saborear um pouco mais antes de partir para o próximo destino, sente-se num bar e peça uma Calsberg e um smorrebrod e deixe ver a vida passar, à moda dinamarquesa.